Download - Música Cristã e Sonorização, 23
Blue-Ray: Com investimento pesado em alta definição, ivc comunicação eleva o nível das pRoduções evangéliCas
ENTREVISTA: stênio maRCius, o poeta da mÚsiCa CRistã BRasileiRa
ano 4 • nº 23
R$ 8,90
Ex-intEgrantE do grupo Fat Family Fala sobrE a Fama, traiçõEs E a nova vida quE Encontrou Em JEsusCelinhaCelinha
Batista
CRítiCa de Cds, dvds e singles; agenda de shows, novidades da expoCRistã e as 10+ toCadas
a de dvdsdvdsdvdKATSBARNeA
24 anos depois, paulinho Makuko releMbra coMo tudo coMeçou
TRIBO URBANA DO MeTALa força de uM estilo que venceu a barreira do preconceito
música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 2011
EDITORIA
4
EDITORIA
as 10 +
6 social
7 twitterland
8 sonoras
12 ligeirinhas: lEONARDO gONçAlVES
46 mercadomulhERES pRODuTORAS
48 internacional TAkE 6 DE VOlTA AO bRASIl
50 equipamentos
54 teste de guitarra
56 crítica cd’s
60 crítica de clipes
62 cifras
64 as 10+
66 agenda
NeSTA eDIÇÃO
LéA MeNDONÇA e wAgUINhO e TIAgUINhOprimeiro lugar nas principais rádios do rio grande do norte e espírito santo. confira a lista completa no fim desta edição.
agosto/setembro 2011
TecNOLOgIAcOM INveSTIMeNTO peSADO eM ALTA DefINIÇÃO, Ivc cOMUNIcAÇÃO eLevA O NíveL DAS pRODUÇõeS evANgéLIcAS
ex-integrante do grupo fat family, ela - que experimentou os manjares da fama, mas também traições e o esquecimento da mídia - falou sobre o noVo sentido que a sua Vida ganhou desde que conheceu o amor de jesus
eNTRevISTA
STeNIO MARcIUS
14
Canções antigas que marCaram gerações de Cristãos antes de nós, e Continuam fazendo suCesso atualmente. saiba o porquê.
cONSUMOMúSIcASSeLecIONADASpeLO TeMpO
18 22
a força de um estilo que venCeu a barreira do preConCeito religioso e se solidifiCou no Cenário da músiCa gospel independente
eSpecIAL TRIBO URBANADO MeTAL
36
IAL
KATSBA
RN
éA peRfIL
24 anos e 10 formações diferentes depois,
paulinho makuko
relembra como tudo
começou
KATSBA
RN
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24 anos e 10 formações diferentes depois,
38
40MINISTéRIOjeSUS cULTURe: AvIvAMeNTO eSpIRITUAL e MUSIcAL
EDITORIAlfiliada à associação de editores Cristãos (asec)pResidente
eduardo Berzin filho
logístiCa e distRiBuiçãomárcio luiz sabadini
geRente de opeRaçõeseurico w. Berzin
diRetoR de maRketing
rogério Barrios
editoROziel Alves • MTB 14794/RS
equipe editoRialcelso de carvalho, elis amâncio,
fernando garros, Juliano westphal, nilbberth silva, ricardo régener, rafael cardoso e tiago garros
assistentes de Redaçãorobson morais, Vinícius cintra e mayra Bondança
ColaBoRadoResabner Borba, alexandre malaquias,
cesar moysés, fernando garros, lucas souza, nelson tristão, ton Bitencourt
RevisãoVanessa riambau
pRoJeto gRáfiConovo design Brasil
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depaRtamento ComeRCial (11) 4081 1760
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assessoRa ComeRCial ana paula giovanelli
assessoRa ComeRCial mariana gomes
CooRdenação de weBoséias Brandão
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maRketing / mídiaJoice camargo
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assinatuRasnovas e renovações
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Edição 23 • SETEMBRo/oUTUBRo dE 2011
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todo o texto é confessional. quando li pela primeira vez esta frase do grande poeta mário quintana, me identifiquei tanto com ela, que passei a utilizá-la como cabeçalho de um blog pessoal onde publico algumas de minhas en-trevistas e reportagens, desde que comecei a escrever profissionalmente para a mídia cristã, lá por meados de 2005. o motivo? de fato, há um pouco de mim em tudo que eu escrevo. os anos se passaram e a frase permaneceu lá, intacta e cada vez mais significativa para mim. no entanto, hoje, como editor, eu acrescenta-ria algumas palavras a esta sentença. sim, há um pouco de mim em tudo o que eu escrevo, mas também nas pautas que sugiro, nas dicas e longas conversas que tenho com cada um dos repórteres, e claro, nas inesquecíveis en-trevistas que publicamos aqui na revista mcs.a cada entrevista realizada ou texto editado, deus ministra em áreas específicas da minha vida, e nesta edição, não foi diferente. quando fui informado que a entrevista de capa seria com a ex-Fat Family Celinha Batista, embora soe clichê, algo como um filme passou pela minha cabeça. afinal, não foram poucas as vezes que assisti a programas de televisão em que repórteres invadiam a intimidade do gru-po. lembrando de tudo isso, pensei: é hora de questionar o roteiro de todo aquele sucesso e tentar mostrar ao leitor por que tantos artistas têm abandonado suas carreiras seculares para se dedicarem à divulgação do evangelho de Jesus cristo.qual não foi a minha surpresa ao ouvir de ce-linha, que aquele suposto sucesso, exposto na tV era artificial e que não valia a pena, pois custava caro e o pagamento, não raro era fei-to com a própria vida, já que relacionamentos costumavam ser sacrificados em prol da ga-nancia daqueles que exigiam a manipulação de suas próprias identidades. a cada respos-ta obtida, nas entrelinhas da reflexão, celinha deixava claro aquilo que rory noland já tinha escrito em seu livro intitulado o coração do artista: “caráter é mais importante para deus do que o sucesso na perspectiva do mundo”.
na sequência de entrevistas realizadas na li-vraria cultura em são paulo, o bate papo ficou por conta da experiência de vida do ilustre paulinho makuko, uma figura lendária do rock gospel nacional, que nos deu uma divertidís-sima aula de história sobre a carreira da banda Katsbarnea e sobre todo o contexto cultural e eclesiástico em que ela esteve envolvida no começo da polêmica década de 80. ainda cedendo espaço para aqueles verdadei-ros talentos que, por opção, vivem à margem do mainstream evangélico, o repórter ricardo Régener entrevistou Stênio Marcius - o poe-ta anônimo da música cristã 100% brasileira - que enriqueceu o conteúdo desta edição compartilhando um pouquinho da época em que ouvia feliciano amaral, arautos do rei e luiz de carvalho, mas também da sua insatis-fação com a cultura de colônia do segmento gospel, que hoje, engrandece o que vem de fora e desconhece aqueles que fizeram a his-tória da música popular brasileira cristã como Vencedores por cristo, Jovens da Verdade, sérgio pimenta e João alexandre, só para citar alguns.nesta edição ainda tem uma belíssima ma-téria sobre as antigas canções da harpa e do cantor cristão, músicas que fizeram história e que hoje retornam com nova roupagem para as prateleiras das livrarias cristãs; uma repor-tagem sobre a tribo do metal, um estilo que venceu a barreira do preconceito religioso e se solidificou no cenário da música gospel independente; entre outras como mulheres produtoras produzida pela repórter mayra Bondança e Vídeos em alta definição assinada pelo repórter fernando garros. É. não adianta negar. todo o texto é confes-sional. no dna destas reportagens, há pouco da minha e da sua his-tória. Boa leitura.
histórias de um passado não tão distante
oZiel alVes, editor
@CantoRpg (PG)“Sim! Vivemos o que pregamos. Isso sim é bom. Só música gera enfado pra alma! Temos mesmo é que ter prazer na Palavra.”
@CReio (Creio)“CRENTE PODE FAZER TATUAGEM? Pastor tem 170 tatuagens no corpo e lança livro na @EXPOCRISTA leia + http://bit.ly/p4fKK3”
@dJalpiste (Dj Alpiste)“Personalidade é como carisma, não se finge. Ou você tem ou você não tem.”
@expoCRista (Expocristã)“A @EXPOCRISTA bate mais um recorde para comemorar os seus 10 anos, são 250 #caravanas confirmadas!!!! #EXPOCRISTA10ANOS no Anhembi - SP.”
@maRCeloResgate (Marcelo Massa)“A alegria de viver em comunhão é uma dos grandes desafios da fé. As pessoas tem mais importância que as organizações.”
@RBCantoR (Ronaldo Bezerra)“Fácil é ser colega, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.”
@zoelilly (Zoe Lilly)“Ame o destino, mas curta a viagem até lá.”
@luiz_aRCanJo (Luiz Arcanjo)“Se a fartura do rico não o deixa dormir, ele estará acumulando, ao mesmo tempo, sua riqueza e a sua desgraça.”
@ChRisquilala (Chris Quilala)“É incrível o que uma palavra de encorajamento pode fazer. Tente! Quem sabe você pode mudar o dia/ano/vida de alguém?! Faça!” (tradução)
@davisaCeR
(Davi Sacer)“eU pRecISO SeR gRATO peLO ‘SIM’ e peLO ‘NÃO’ De DeUS. ADÃO NÃO Se cONTeNTOU cOM O ‘NÃO’ De DeUS e ISSO O TIROU DO pARAíSO!”
@alemdoveu_davis
(Pr. Davis Oliveira)“AqUILO qUe vOcê OLhA, vOcê DeSejA. AqUILO qUe vOcê DeSejA, TORNA-Se SeU MAIOR OBjeTIvO! MUDe hOje SeUS OLhOS De DIReÇÃO.”
@asaphBoRBa
(Asaph Borba)“vOcê NÃO pODe LevAR ALgUéM A UM LUgAR ONDe NUNcA eSTeve. O SANTO DO SANTOS é pARA OS qUeBRANTADOS De cORAÇÃO.”
@dJalpiste
(Dj Alpiste)“MeU MAIOR DeSAfIO é SUpeRAR A MIM MeSMO TODOS OS DIAS.”
@kiRkfRanklin
(Kirk Franklin)“vOcê é LUz. A eScURIDÃO eM TORNO De vOcê NUNcA Deve eSTAR cONfORTáveL. Se AS peSSOAS Se SeNTeM LIvReS pARA vIveR De qUALqUeR MANeIRA eM TORNO De vOcê, veRIfIqUe A SUA LUz.”
música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 2011 7
twitterland @revistamcsSiga também @creio
música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 20118
SONORAS
J. Neto libera material para DowNloaDDepois De um períoDo loNge Dos ho-lofotes, J. Neto volta ao ceNário musical cristão ateNto às iNova-ções tecNológicas.
em seu site pessoal, o cantor, que soma
mais de 26 anos de carreira, liberou para
download músicas de seu mais recente
trabalho, “um milagre novo”.
além das músicas, é possível também
baixar alguns de seus clássicos como
“conquista” e “além das aparências” em
versão play-back, assim como cifras de
todas as músicas de sua carreira.
só para lembrar, J. neto foi um dos pio-
neiros a introduzir o estilo romântico no
segmento gospel e orgulha-se de ter sido
o primeiro artista cristão a ter suas músi-
cas em uma novela. a canção “o último
romântico” foi trilha sonora de “escrava
isaura”, veiculada na rede record no ano
de 2004. No folhetim seguinte, “Essas
mulheres”, o cantor também emplacou
outra música, “uma chance em mil”.
andRéa fontes ComemoRa 30 anos de CaRReiRauma das mais importantes represen-
tantes da música pentecostal brasilei-
ra, a cantora andréa fontes, celebrará
seus 30 anos de carreira em grande
estilo. em agosto, chega às lojas um
álbum duplo, com alguns dos mais
importantes sucessos da carreira da
artista. músicas como “permissão de
deus”, “João Viu”, “É fogo puro”, “ser
Cristão” e mais 26 outras canções
compõem o repertório, que totaliza
30 grandes hits na voz inconfundível
de andréa fontes.
na manhã do feriado do dia 2 de no-
vembro de 2011, o credicard hall será
palco do primeiro Vocal music festi-
val. na audição, ao vivo, serão selecio-
nados três grupos vocais para aber-
tura do show do grupos acappella
- formação atual - e Acappella Classic,
que acontecerá ainda no credicard
hall no mesmo dia, às 15h, em única
apresentação.
podem participar grupos de três a 12
componentes. além da oportunidade
de cantar na mais importante casa
de espetáculos da américa latina, os
melhores colocados vão ganhar prê-
mios especiais. os critérios de pontu-
ação serão: interpretação, qualidade
vocal e afinação. a música apresen-
tada tem que ser de autoria própria e
sem acompanhamento instrumental.
mais informações no site:
www.vocalmusicfestival.com
1º voCal musiC festivalaConteCeRá em novemBRo
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música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 2011 9
gravaDoras firmam acorDo De Distribuição
Dona de um acervo histórico, a
gravadora Bom Pastor acaba de firmar
um acordo de distribuição com a Sony
Music. A partir de julho, a gigante do
mercado fonográfico passou a distri-
buir uma série de produtos exclusivos
do catálogo da gravadora evangélica.
Na parceria, serão lançados, inicial-
mente, 10 títulos com o melhor da car-
reira musical dos artistas de seu cast.
Em agosto, já saíram coletâneas de
artistas como Luiz de Carvalho, Paulo
César Baruk e Armando Filho.
A gravadora Bom Pastor é uma
das mais tradicionais empresas do
segmento gospel no Brasil. Foi ela
quem, pela primeira vez, trouxe LPs de
artistas internacionais como Jaci Ve-
lásquez, Sandi Patty e Amy Grant para
o mercado nacional.
pASTOR pORTuguêS lança cd no Brasilo pastor e ministro de louvor português
david neutel terá seu mais novo trabalho,
“para além do Véu”, lançado simultanea-
mente no Brasil e em portugal. lançado
pela onimusic, “para além do Véu” traz
um cd bastante eclético, com uma linha
pop rock e conta com participações es-
peciais de leo fonseca e fernandinho.
engenheiro de som, produtor musical e
professor de piano, david neutel percor-
re o mundo – especialmente a Europa-
ministrando sobre louvor e o papel da
música e dos músicos na igreja.
como engenheiro de som e produtor
musical, david neutel grava e produz vá-
rios artistas cristãos, nacionais e interna-
cionais. Destaca-se o álbum: “Igreja Viva”,
com a participação do pastor asaph
Borba. ao nível secular, o pastor portu-
guês trabalhou com vários artistas, como
a cantora de fado mafalda arnauth.
a previsão de chegada do cd “para
além do Véu” nas lojas de todo o Brasil
é ainda neste semestre.
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EDITORIA
música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 201110
EVENTO
O anúncio sobre a criação do Troféu
Promessas e do Festival homônimo ba-
lançou o cenário gospel nacional. Afinal
de contas, ambos, que estão sendo pro-
duzidos pela GEO Eventos, terão apoio
e cobertura de ninguém menos do que
a Rede Globo.
O Troféu promete ser
a maior premiação da
música gospel brasilei-
ra, reconhecendo e ho-
menageando o trabalho
dos artistas que têm se
destacado na cena mu-
sical evangélica.
Os indicados foram se-
lecionados a partir de
um conselho formado
por gestores das prin-
cipais gravadoras e
mídias do país nesse setor. Juntos, eles
decidirem quais os ministérios, bandas
e cantores iriam para a votação popular,
que já está sendo realizada via internet e
SMS, desde o dia 16 de agosto.
Em entrevista exclusiva à revista Música
Cristã, Marcus Mota, diretor da Quartel
Design (empresa responsável pela área
de comunicação do evento) e presidente
do conselho gestor do Troféu Promes-
sas, disse: “O objetivo não era somente
unir a categoria, mas trazer legitimidade
à premiação. Acredito que nunca houve
uma reunião parecida como esta, com os
representantes das grandes gravadoras
e da mídia cristã em prol de uma premia-
ção.”
Sobre como surgiu a ideia do evento,
Motta mencionou: “O Troféu Promessas
foi idealizado por Junior Monteiro, ge-
rente de projetos especiais e administra-
tivos do Diante do Trono, que é também
conhecido produtor de eventos no meio
gospel. Fui a primeira pessoa com quem
ele compartilhou o projeto do Troféu. E
não só ele, mas toda a equipe da Quartel
Design participou ativamente, desde os
primeiros passos”.
A cerimônia de entrega das estatuetas
- que serão réplicas da arca da aliança -
está prevista para acontecer no dia 6 de
dezembro; demais informações sobre o
evento ainda não foram divulgadas.
A data do Festival Promessas, por sua
vez, ainda não foi confirmada, mas a pre-
visão é de que aconteça no primeiro ou
no segundo sábado do mês de dezem-
bro. Tudo o que se sabe até aqui é que o
evento é uma parceria da Som Livre e da
Rede Globo e que será uma grande cele-
bração ao ar livre, na praia do Flamengo,
Rio de Janeiro; deverá marcar o fim do
ano de 2011, reunindo diversas bandas e
ministérios, dentre elas a já confirmada
Diante do Trono.
troféu e festiVal promessas o evento que promete ser a maior premiação da música gospel brasileira e o festival que deverá ser veiculado pela rede globo de televisão, ainda são motivo de curiosidade e expectativa para o segmento
a Votação ao troféu promessas pode ser feita até o dia 29 de noVembro pelo site ou Via sms.
as categorias são:
❱ melhor grupo ❱ melhor ministério de louvor ❱ melhor Cantor ❱ melhor Cantora ❱ artista revelação ❱ melhor música ❱ melhor dvd/bluray ❱ melhor Cd ❱ melhor clipe
Veja a lista dos artistas indicados, o regulamento e todas as demais informações em www.trofeupromessas.com.br
D A R E D A ç Ã O
o Comitê é Composto pelos seguintes representantes: gilberto de Jesus (rádio gospel – sp); marCus mota (presidente do Comitê organizador); ana paula porto (graça musiC); ozéias leal (Central gospel musiC); vagner Jimenes (Canzion); marCelo toller (som livre); Junior monteiro (idealizador troféu promessas); alomara andrade (mKmusiC); mauriCio soares (sony musiC); bianCa pagliarin (rádio vida – sp); eduardo berzin filho (ebf) e rogério barrios (dir. de mKt ebf).
marCus mota, presidente do Comitê organizador
SONORAS
CantoR fRed hammond pela pRimeiRa vez ao BRasil
depois de switchfoot, third day e Jeremy camp,
entre outros, mais um grande nome da música
gospel mundial desembarca no Brasil. desta vez,
é fred hammond, que fez um show dia 10 de
setembro, em Barueri (sp), no festival “indepen-
dência com cristo”.
cantor americano de 50 anos, fred hammond
tem 24 trabalhos lançados em 15 anos de car-
reira, e conquistou onze prêmios, entre “dove”,
“grammy” e “stellar”. Já vendeu, ao todo, mais de
7 milhões de cópias. Hammomnd veio com sua
formação completa, com 17 integrantes, trazen-
do o melhor da verdadeira musica gospel
americana.
o “independência com cristo” contou
com inúmeras atividades durante a
semana, culminando com o festival
no dia 10, que teve as presenças de
fernandinho e ao cubo, além, é cla-
ro, de fred hammond. os shows
tiveram início as 15h, no estaciona-
mento do ginásio José correa e a
entrada foi franca.
o Comitê é Composto pelos seguintes representantes: gilberto de Jesus (rádio gospel – sp); marCus mota (presidente do Comitê organizador); ana paula porto (graça musiC); ozéias leal (Central gospel musiC); vagner Jimenes (Canzion); marCelo toller (som livre); Junior monteiro (idealizador troféu promessas); alomara andrade (mKmusiC); mauriCio soares (sony musiC); bianCa pagliarin (rádio vida – sp); eduardo berzin filho (ebf) e rogério barrios (dir. de mKt ebf).
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música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 201112
D A R E D A ç Ã O
a sabedoria popular diz que pimen-ta boa é aquela que passa anos des-cansando, tendo o seu sabor único sendo forjado. o cd “alvinu malke-nu”, de leonardo gonçalves (sony music) é uma prova de que essa lógi-ca também parece ser realidade no universo da boa música. Trata-se do único álbum gospel brasileiro grava-do totalmente em língua hebraica e construído - segundo o próprio Le-onardo - durante 8 anos de experi-mentação, inspiração, composição, pré-produção e produção. O resulta-do é um trabalho de sabor único, de arranjos detalhistas, bons para co-nhecer a língua e a cultura hebraica, ou simplesmente pra iluminar - com sons - o ambiente.
por que um cd todo em hebraico?
descobri em 2002 minha ascendência judaica por acaso e isto me incentivou a fazer um projeto que me ajudasse a conhecer minhas raízes. eu não tinha nenhuma pretensão, mas no decorrer da produção a coisa foi tomando pro-porções maiores, incluindo gravação de cordas em los angeles e mixagem e masterização em nova iorque.
como foi o processo de composição das letras e melodias?
na verdade 8 das 12 canções são mú-sicas judaicas tradicionais litúrgicas (exceto “yerushalayim shel zahav”). meu irmão andré compôs 2 músicas e eu também escrevi 2 músicas. as le-tras destas canções são textos bíbli-cos; ou seja: estavam prontas. nós vi-vemos num mundo pós-moderno em que até mesmo a religião é algo indi-vidual, então quando você canta can-
ções litúrgicas, você fala de experiên-cias coletivas e isto foi extremamente revigorante pra mim.
como a ideia foi recebida pela graVadora? houVe resistência ou desconfiança?
fiquei muito surpreso com a ousadia por parte da sony music gospel em lançar um cd tão diferente. senti es-pecialmente do mauricio, o reconhe-cimento por estarmos fazendo algo novo.
e na comunidade hebraica, como foi a receptiVidade, seja no brasil ou no exterior?
não é a coisa mais simples do mun-do conseguir chamar à atenção de um público tão diferente do que aque-le que eu usualmente trabalho, mas temos recebido um feedback muito bom de todos os judeus que entraram em contato com o cd. de certa forma, ele também tem ajudado a diminuir ainda mais o preconceito com o juda-ísmo onde ele ainda existe.
seu cd serVe de trilha para a série de Videos “ talmidim” do pr. ed rené kiVitz. o que achou deste fato?
fiquei muito feliz em poder fazer par-te do talmidim. tenho profunda ad-miração pela forma como a ibab tem utilizado seus recursos e sua influên-cia na disseminação do evangelho puro e simples, começando pelas 30 ongs que são sustentadas com os re-cursos da igreja.
como tem sido a aceitacão de”aVinu malkenu” de maneira geral?
tem sido uma surpresa constante. te-nho incluído pelo menos uma ou duas canções em cada apresentação por onde passo e a reação tem sido real-mente incrível.
leonardogonçalves
ligeirinhasUm ano depois do lançamento de seu terceiro álbum - o disco Alvinu malke-nu (Nosso Pai, Nosso Rei), considera-do um divisor de águas no cenário da música gospel nacional - o cantor faz uma análise de sua repercussão.
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música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 201114
ENTREVISTA
O poeta anônimo da música cristã100% 100% 100 brasileira
POr RIcARDO RégENER
só existem duas maneiras de com-
prar um CD de Stênio Marcius:
escrevendo um e-mail pra Selma – a
esposa do compositor – ou indo, pesso-
almente, a algum evento onde ele vai
cantar e pedindo pra Selma.
Parece coisa de artista que co-
meçou ontem, mas não se deixe levar
pelas aparências: Stênio Marcius não
está na mídia, não tem gravadora, mas
já fazia sua música cristã tipo “biscoito
fino”, muito antes de quase todos os
nomes que fazem sucesso, na atuali-
dade.
Apesar de ter uma longa histó-
ria escrita como compositor desde os
anos 70, foi apenas em 1998 que gra-
vou o seu primeiro álbum solo, chama-
do “O Tapeceiro”. De lá pra cá, lançou
outros três cds, todos independentes:
“Estima” (2004), “Canções a meia noite”
(2008) e “A Beleza do Rei” (2010).
O maior diferencial do artista são
as letras, que não têm a estrutura con-
vencional de estrofe e refrão, tratam-se
de narrativas musicadas que contex-
tualizam o ouvinte em cenas bíblicas,
vistas de ângulos inusitados. Há tam-
bém muitas poesias reflexivas sobre
os fracassos humanos e a graça divi-
na. Você pode nunca ter ouvido uma
canção dele, mas se hoje toca violão e
bateria na igreja, é porque sofreu um
pouco de sua influência.
a participação no moVimento de mpb cristã dos anos 70
Stênio Marcius Botelho nasceu
em Roraima no ano de 1951, mas pas-
sou toda a sua infância em Manaus.
Cresceu numa família de crentes,
ouvindo os “bolachões” de Feliciano
Amaral, Arautos do Rei e Luiz de Car-
valho. Foi ainda no Amazonas que viu
o seu irmão Edílson Botelho e Sérgio
Pimenta, membros da mesma igreja,
se reunindo e compondo os primeiros
cânticos do que anos depois viria a ser
o Vencedores por Cristo.
Já adolescente e em São Paulo,
em meados de 1965, Stênio se enga-
jou na juventude da Igreja Presbite-
riana Independente do Ipiranga, onde
conheceu Guilherme Kerr, Nelson Bo-
milcar, Laudir Pezato, e Selma, com
quem se casou. Amigos entre si, esses
e outros músicos foram responsáveis
por introduzir - na década seguinte - o
violão e a bateria na liturgia do culto.
Também inventaram a “Música Popu-
lar Brasileira Cristã”, o primeiro mo-
vimento musical evangélico de raízes
genuinamente nacionais. Apaixona-
dos pelo que faziam, esses jovens saí-
ram pelo Brasil compondo e cantando
bossa nova, baião, xote, samba e moda
de viola. Deram origem a grupos como
Jovens da Verdade, Vencedores por
Cristo, Expresso Luz e o Grupo Atos,
do qual Stênio foi integrante. O poeta
e compositor lembra com saudades da
época: “no final dos anos 70 tínhamos
uma música cristã madura, brasileira,
e que não ficava devendo em nada a
nomes como Chico Buarque, Caetano
Veloso e Milton Nascimento”, recorda.
Apesar de não ter ficado tão fa-
moso quanto alguns de seus colegas,
Stênio nunca parou de compor. Atu-
almente, já tem mais de 300 canções.
A mais famosa delas é “O Tapeceiro”,
gravada por João Alexandre no álbum
“Voz, Violão e algo mais” (2002).
Stênio Marcius falou pessoal-
mente a Música Cristã e Sonorização.
Ligeiramente tímido, ele abraça e bei-
ja o rosto de quem o cumprimenta e
gosta de ser chamado de irmão. Alter-
nativo ao extremo, rejeita o showbizz
evangélico e – apesar da mansidão – le-
vanta a bandeira da música 100% bra-
sileira e não tem medo de incomodar
com suas opiniões e canções. Não é a
toa que - durante um evento musical
na cidade de Arujá - o mestre João Ale-
xandre declarou que se sente pequeno
diante de Stênio. Apesar de não se sen-
tir confortável com o título de poeta,
Stênio é um deles por natureza.
na estrada desde os anos 70, o músico, cantor e compositor stênio marcius prefere a independência inegociável de sua poesia aos holofotes do showbizz evangélico.
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música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 2011 15
ENTREVISTA
BATE PAPO COM STÊNIO MARCIUS nos anos 70 voCê fez paRte de um movimento que Revolu-Cionou a mÚsiCa CRistã BRa-sileiRa. voCês tinham noção de que estavam fazendo algo históRiCo?Não. As canções eram feitas simples-mente porque o pessoal gostava de fazer música boa. Não era algo maqui-nado, do tipo “vamos fazer um movi-mento em prol da música brasileira”. O grande lance é que ao fazermos esse tipo de música batíamos de frente com uma longa tradição daquelas mú-sicas que as nossas autoridades ecle-siásticas diziam que eram inspiradas. Em vários púlpitos desse Brasil, discos nossos eram quebrados na frente da igreja como sendo do diabo, só por-que tinham samba, bossa nova, baião. Foi muito difícil, mas quebramos a hegemonia das músicas traduzidas, fi-cou provado que é possível fazer uma música cristã com ritmos brasileiros.
Como voCê avalia a mÚsiCa CRistã na atualidade?
No final da década de 70 tínhamos uma música madura. No entanto, no início da década de 90, algumas mega igrejas impuseram um novo tipo de música, e varreram tudo o que havia sido conquistado. O povo cristão bra-sileiro ainda era complexado, e quan-do viu esse tipo de música cristã ga-nhando espaço na mídia, abraçaram a ideia. No entanto, devido ao excesso de imitações, considero que a música regrediu. Hoje em dia, você encon-tra pessoas de mais de 20 anos que não conhecem Vencedores por Cris-to, nunca ouviram falar de Jovens da Verdade, Sérgio Pimenta nem de João Alexandre. Voltamos a ter a cultura de colônia, onde tudo que vem de fora é considerado melhor.
poR que tanta disCRição no seu ministéRio, voCê pRefeRe
fiCaR a maRgem?Eu não prefiro ficar nas sombras, mas Deus me permite compor um tipo de música que não trás interesse pra muitos: ela confronta, acusa, pede às pessoas que dêem uma resposta. Também é uma música brasileira, e os brasileiros não gostam de sua própria cultura. Além disso, se eu estivesse no mercado iriam interferir no meu estilo de compor, e isso é incompatível com o meu ministério.
suas Composições têm um foR-te Componente melanCóliCo, poRque?
Coloco na minha música coisas da mi-nha intimidade com Deus, até mesmo exponho os meus fracassos. O interes-sante é que depois várias pessoas vêm falar que foram tocadas, e é ai que eu vejo que somos pessoas tão iguais.
entRe mais de 300 Composi-ções, tem alguma que seJa mais maRCante?
Difícil, mas se é pra exemplificar uma, há uma canção que compus numa época em que estava precisando to-mar remédios pra dormir. Numa noite tinha acabado o remédio e não tinha receita pra compra. E ai eu orei: “Se-nhor, será que o Senhor pode me fa-zer dormir essa noite?”. E não é que Ele fez? Eu dormi muito bem, e depois daquela noite eu parei de tomar o re-médio e vi que eu tinha voltado a ter o sono normal. No dia seguinte, quando acordei eu fiz a canção “Ele passou por aqui”: “Ele passou por aqui, neste exa-to momento passou bem aqui! Como pode meu Deus, tanta glória passar sem deixar rastro algum no lugar que passou? Só restou uma prova de que o fato ocorreu: todo o medo se foi, tive forças pra crer, ficou comigo essa paz, e essa vontade de rir! Tiro as sandálias dos pés: Jesus passou por aqui!”.
qual é o Conselho mais im-poRtante que voCê daRia a um poeta/aRtista CRistão?
Gosto do exemplo de Maria Madalena, que lavou os pés de Jesus com as suas lágrimas, enxugou com os cabelos, e quebrou um vidro de perfume caríssi-mo. Como ela produziu uma adoração tão bela? Ela fez isso porque entendeu que tinha sido perdoada e se alegrou com a certeza de ter sido salva. É isso que deve motivar um artista cristão a fazer a sua arte: a gente nunca pode esquecer do primeiro amor, nem achar que ser salvo é uma coisa comum. Al-guém que tem consciência do perdão que recebeu com certeza vai compor uma coisa bonita.É claro, além disso, a pessoa tem que ter recebido um dom de escrever, fa-zer aquele tipo de arte, e também es-tudar, a gente tem um dom que deve ser aperfeiçoado.
na nossa CultuRa CRistã tudo é mÚsiCa, afinal, qual é o lugaR “saudável” que a mÚsiCa deve oCupaR dentRo da igReJa?
Ela serve para o que sempre serviu desde o antigo testamento: a música é pro povo de Deus louvá-lo. Na idade média inventaram o canto gregoriano, só os monges cantavam, tiraram esse privilégio do povo. Precisamos mudar isso na igreja: pode até haver partici-pações especiais, mas poucas. O mú-sico deve tocar e cantar para que toda a congregação louve a Deus, e não pra ser admirado como artista e ser endeusado. Mais importante que isso, é preciso entender que o principal no culto é a pregação da palavra, o ensi-no tem que ter mais tempo. A música é um excelente instrumento, mas deve ser menos importante que a palavra.
música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 201116
criatividadecriatividade na igrejal u c A S S O u z A
LUcAS é cAntOr, cOmPOsitOr, e líDer De ADOrAçãO. Há quAse Dez AnOs tem viAjADO PelO BrAsil e váriOs OutrOs PAíses cOm suA BAnDA, A lucAs sOuzA e BAnDA. O Ofício de Compor
Fazer música cristã congregacional é mais que juntar palavras chavões e acordes básicos numa cesta, misturá-los à revelia, espremê-los sem esmero para, no final, ter-se algo que poderíamos cha-mar de “mais do mesmo”. Infelizmente, muitos ainda fazem música assim e, ainda infelizmente, muitos aceitam que seja feito assim. Mas deixemos de pessi-mismo. Acredito que uma nova espécie de compositores/artistas cristãos está se levantando. E me alegra saber que ain-da poderemos encher o peito para entoar composições de relevância, produzidas com conteúdo, lirismo, musicalidade e unção.
Compor, em teoria, é ofício. E com-por com todos os itens que citei acima é ofício que exige perseverança, trabalho diário e foco. Creio que existe inspiração do alto para o compositor que é chama-do por Deus para compor canções que a Igreja cantará. Sei, por experiência pró-pria, que muitas vezes esse cântico vem
por inteiro, quase pronto. Mas, ao mes-mo tempo, sempre fui um crítico dos que compõem espiritualizando tudo, como se estivessem “psicografando” algo, e que não aceitam crítica nem mesmo para os erros de português que vêm no embalo
da experiência, sem contar os erros teológicos e, em alguns casos, até mesmo erros de lógica.
Um compositor precisa, ini-cialmente, de humildade. Sua obra, se nascida no Espírito, já nasce partilhada e, se é para a
igre- ja cantar, será ainda comparti-
lhada. Portanto, aprenda a ouvir a opi-nião dos outros. Aceite ser questionado. Pondere, reescreva, reestruture. O mun-do não acabará se você passar mais um domingo sem cantar sua música.
Nas minhas viagens ao redor do Bra-sil, tenho conhecido dezenas de líderes de adoração: muitos me presenteiam com CDs e letras de músicas para que eu possa talvez vir a gravar, e me sinto muito honrado com isso! Contudo, na
maioria das vezes, tenho visto trabalhos precipitados. Penso que saber esperar é a melhor solução para uma canção. Não foram poucas as vezes em que deixei um refrão guardado por anos, enten-dendo que ainda não era a hora daquela composição. Anos depois, ao retirar da gaveta o meu projeto musical, sentia-me apto e maduro a prosseguir. Vivi isso claramente em discos como “Cidade do Amor” e “Todos Juntos por Você”. Não te-nho dúvida de que vale a pena esperar!
Já sobre lirismo e cadência, ninguém nasce sabendo. Alguns talvez já possu-am um ritmo próprio para lidar com as palavras, mas em geral isso é adquirido com leitura, e muita leitura. Leia de tudo, retenha o que é bom, enriqueça seu vo-cabulário, não se acomode aos lugares--comuns. E saiba que não será apenas a melodia que ditará o ritmo da canção. Ela também precisará estar alinhada com o tempo de cada palavra e para isso não existe regra, apenas vivência. O tempo ensina aos que têm sensibilidade e insistência de aprender.
Por fim, alinhe-se com o céu. Há música sendo tocada 24/7 por lá. Nós paramos, os anjos não. Compositores que oram, adoram, lêem a palavra e enchem-se do espírito estarão aptos a ouvir as melodias superiores, inovado-ras, e que os ouvidos humanos ainda não ouviram. Isso fará toda a diferença no seu trabalho final.
De fato, a criação espera pela mani-festação, também, dos compositores fi-lhos de Deus.
“NãO fORAM POUCAS AS vEzES EM qUE dEIxEI UM REfRãO
gUARdAdO POR ANOS, ENTENdENdO qUE AINdA NãO ERA
A hORA dAqUElA COMPOSIçãO.
música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 201118
cONSumO
canções antigas, que marcaram gerações de cristãos antes de nós, e continuam fazendo sucesso atualmente. saiba o porquê.
P O r R I c A R D O R é g E N E R
músicasselecionadaspelo tempopelo tempopelo tempona semana do seu lançamento, o Cd sou
Feliz, de Fernandinho (OniMusic), bateu
as 50.000 cópias vendidas. Uma vendagem
pra lá de expressiva em um mercado fono-
gráfico cada vez mais vitimado pela pirataria.
André Valadão (Graça Music) vendeu,no ano
de 2007,100.000 cópias do seu álbum Clássi-
cos, também em menos de um mês. Outros
álbuns de ambos os cantores também alcan-
çaram vendagens expressivas, embora te-
nham demorado mais tempo para atingirem
a mesma marca.
O que Sou Feliz e Clássicos têm em co-
mum? Ambos são CDs de regravações e re-
leituras de canções que marcaram a história
da igreja evangélica, como “Sou Feliz” e “Quão
Grande és Tu” (ambas regravadas pelos dois
artistas). O curioso é que, recentemente, ou-
tros grandes nomes da música gospel têm
alcançado sucesso semelhante com regra-
vações. Thalles Roberto, Cassiane e Adhemar
de Campos também alcançaram vendagens
expressivas, ultimamente, com músicas an-
tigas.
Mas afinal, por que essas canções anti-
gas fazem tanto sucesso? Priscila Nascimento
tem uma explicação pra isso. Há seis anos ela
atende o público em um grande shopping da
rua Conde de Sarzedas em São Paulo (o maior
centro de compras de produtos evangélicos
do país). Grande apreciadora de música gos-
pel, Priscila diz que tanto o público mais jo-
vem quanto o mais velho aparecem na loja
procurando algo bonito, profundo e que traga
verdade: “os jovens querem aprender as can-
ções que seus pais e avós cantavam, e sempre
aparece alguém mais velho na loja dizendo
que as canções de hoje em dia não são tão
profundas como as de antigamente. Qual-
quer CD que sai com essa proposta vende
mais, é incrível”, conta Priscila.
De fato, o antigo naturalmente está
mais consolidado que o novo. Músicas do
passado remetem a experiências de conver-
são, e a um tempo em que não era chique
ser evangélico: “essas músicas nos lembram
da infância, dos parentes e de como vivemos
experiências com Deus”, diz André Valadão.
Para além da nostalgia, no entanto, é impor-
“essas músiCas nos lembram da infânCia, dos parentes e de Como vivemos experiênCias Com deus”, diz andré valadão.
“hINOS ANTIgOS qUe pASSARAM
peLO TeSTe DO eSqUecIMeNTO
NÃO SÃO ApeNAS BONITOS: é
MUITO IMpORTANTe TRANSMITIR
àS NOvAS geRAÇõeS O háBITO
De OUví-LOS.”
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EDITORIA
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música cristã & sonorização ||||||| ABRIL / MAIO 2011
pelo tempo
pARA QuEm QuER OuVIR
OS hINOS ANTIgOS...
EScOlhA O QuE mAIS cOmbINA cOm VOcê
no mercado evangélico, há muitas
opções para regravações de can-
ções antigas. álbuns para todos os
gostos: há os que têm arranjos jo-
vens, os com roupagem mais
antiga, os para orar e refletir e os
especialmente feitos para quem
quer versões adaptadas ao lou-
vor congregacional. selecionamos
alguns dos materiais disponíveis no
mercado pra você:
» em arranjos tradicionais:
cassiane Hinos - Reuel music
» que marcaram a igreja brasileira nos anos 80 e 90:
Adhemar de campos Comunhão e Adoração - Aliança
» com um toque mais joVial:
Fernandinho Sou Feliz – OniMusic
Thalles Roberto Raízes – Graça Music
» com a família inteira:
André Valadão Clássicos - Diante do Tronoclássicos de natal
» no quarto, com um toque intimista:
heloisa Rosa asas da adoração
paulo cesar baruk Piano e Voz - Salluz
» com a cara da mpb:
João Alexandre oração da noite
pelo tempoções antigas.
gostos: há os que têm arranjos jo
quer versões adaptadas ao lou
vor congregacional.
alguns dos materiais disponíveis no
mercado pra você:
»cassianeHinos - Reuel music
tante ir mais profundo para entender
esse fenômeno: será que não existia
composição musical ruim no passado?
Será que hoje não existem canções e
produções tão boas como as de antiga-
mente?
Sérgio Pavarini, blogueiro e pen-
sador cristão conhecido por suas aná-
lises irônicas, ama composições anti-
gas: “certas canções trazem a minha
mente episódios que me enchem de
esperança” diz, explicando o porquê da
sensação de que o antigo seria melhor
que o novo. “Uma espécie de seleção
natural preserva boa parte do que é
musicalmente bom, o que inclui boa
parte dos hinos”, daí o fato de termos a
impressão de que no passado só havia
coisa boa. Na verdade, até tinha músi-
ca ruim, mas elas foram esquecidas, ao
contrário das ruins e recentes, que ain-
da não tiveram tempo de serem esque-
cidas, mas que passarão pela peneira
do tempo: “há músicas do ano passa-
do que ninguém se lembra mais nas
igrejas. Graças a Deus, aliás”, se diver-
te Pavarini.
Hinos antigos que passaram
pelo teste do esquecimento não são
apenas bonitos: é muito importante
transmitir às novas gerações o hábito
de ouvi-los, dando espaço a eles no
culto, ao lado do hinário contemporâ-
neo. O objetivo de André Valadão, ao
gravar Clássicos, era justamente esse:
“hoje, a grande maioria dos evangé-
licos se converteu há menos de 15
anos. Vi a responsabilidade de levar a
eles um pouco da história da música
cristã”. Para Pavarini, é preciso exce-
lência ao escolher o que tocar no cul-
to, oferecendo um cardápio saudável
à congregação, com canções antigas,
atuais e também com as nascidas na
própria comunidade: “quando não há
excelência, a congregação peca em
vez de louvar”.
música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 201120
bASTIDORES + plAylIST bateraworldcláudio Ulisseestou ouvindo: Palavrantigaminha opinião: Excelente grupo, com um som diferenciado do habitual e letras marcantes. Tem ajudado em nossa diversidade musical.
fernandinhoestou ouvindo: Jovens da Capital minha opinião: Uma banda de Brasília que, aos meus olhos, tem excelentes composições e maravilho-sas linhas melódicas.
Duda Andrade estou ouvindo: Here for you do Passion da Quatro Pro Umminha opinião: Tenho ouvido bastante este ultimo álbum do Passion. É uma gravação ao vivo com vários artistas. O Chris Tomlin é o meu favorito. Gos-to bastante dos arranjos de guitarra deste CD. São músicas que alimentam o meu espírito!
hamilton gomes (Banda Regate)estou ouvindo: Banda Trigo minha opinião: A banda tem um rock básico, mas eficiente. Tenho nas mãos o cd “que haja som” e muito do que ouço nele me agrada. Composições simples, mas ainda com letras acima da média. O conhecimen-to da linguagem do rock dá um toque especial ao trabalho. Recomendo aos apreciadores do Rock Cristão.
Aconteceu, nos dia 16 e 18 de julho
mais uma gravação do ministério de
louvor diante do trono. realizado em
natal, capital do rio grande do norte,
o evento foi prestigiado por cerca de
120 mil pessoas estiveram presentes
no evento, segundo estimativas da po-
lícia militar local. mas o que mais cha-
mou atenção mesmo foram as con-
dições climáticas adversas, que, além
de resultar em uma gravação extra,
no teatro riachuelo, quase provocou
o cancelamento do show realizado na
praia do meio.
mas nem mesmo as dificuldades técni-
cas desanimaram ana paula Valadão,
líder do ministério. “eu sempre disse
que a gravação em si era um pretexto.
o propósito sempre foi o ajuntamento
do povo de deus”, minimizou, em seu
blog pessoal.
de fato, mesmo com a montagem
da estrutura do evento ter começado
uma semana antes da data da gra-
vação, os problemas não pararam de
se acumular. conforme a própria ana
paula descreveu em seu blog pessoal,
“a chuva, torrencial, era como uma cor-
tina de tão grossa”.
ainda segundo ana paula, na noite an-
terior à gravação, a inevitável, mas ne-
cessária, decisão foi tomada. “foi mui-
to difícil para mim e para nossa valente
equipe concluir que não conseguiría-
mos gravar no sábado. não havia mais
tempo hábil e estava bastante perigo-
so, pois água e equipamentos elétricos
não combinam. o campo de futebol
onde as estruturas de apoio atrás do
palco seriam montadas estava alaga-
do. um palmo de água cobria o chão.
o vento forte arrancava o cenário e até
uma pesada caixa de som foi arrasta-
da pelo vento. a cena era desoladora.”,
descreve.
falando sobre o show em si, a líder do
ministério falou com emoção. o gran-
de destaque vai para a participação
especial de asaph Borba, que neste
ano completa 35 anos de ministério. o
gaúcho cantou um medley de sua au-
toria e participou de uma das canções
de ana paula. além do evento a céu
aberto, que boa parte foi prejudicado
pelo mau tempo, o grupo ainda repe-
tiu todo programa no teatro riachue-
lo, dois dias depois com um público de
2,5 mil pessoas, formados apenas por
membros do coral de moradores de
natal, convidados, autoridades, veícu-
los de comunicação e mídia, além de
pastores e suas esposas.
na ocasião, também foi inaugurado o
“monumento à Bíblia sagrada”, cons-
truído na mesma praia. depois de
inaugurado, o monumento passará a
dividir espaço com a estátua da orixá
africana iemanjá, celebrada como “a
rainha do mar” pelos seguidores do
candomblé, erguida a poucos metros
do novo símbolo cristão.
o trabalho produzido pela gravadora
som livre tem seu lançamento marca-
do para outubro.
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O QUE OS ARTISTAS ESTÃO OUVINDO
diante do trono grava “sol da justiça”, 14ºálbum doministério
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música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 2011 21
feRNANDO é BAteristA DA TANLAN (tAnlAn.cOm.Br), Além De PuBlicitáriO, PAi DA sOfiA e mAriDO DA micHele. AO lOngO De seus mAis De 30 AnOs De músicA, já tOcOu, grAvOu e AcOmPAnHOu um sem-númerO De gruPOs e ArtistAs nO riO grAnDe DO sul.
bateraworldbateraworldF E R N A N D O g A R R O Sworldplay
listQuando o menos, pode representar muito mais
Uma vez ouvi uma definição sobre “sideman”( músico que acompanha ar-tistas, mas que não é fixo deles) acerca das performances pop de Vinnie Colaiu-ta, um dos maiores bateristas da atuali-dade. Ele descrevia a forma como Vinnie acompanhava seus artistas e tocava para a música, mas sempre de maneira contida, sem se sobressair, embora todos na platéia soubessem, que se quisesse, Vinnie “quebraria tudo” em cada canção. A definição foi a seguinte: “Vinnie é como um pistoleiro dos filmes de faroeste: pos-sui dois revólveres na cintura, mas deci-de sair brigando com as mãos.”
Quando eu era bem mais jovem, fi-cava indignado e não entendia por quê grandes bateristas não usavam suas técnicas, seus licks e frases complexas durante as músicas ou performances ao vivo. E concluía, então, que os caras não tocavam tudo aquilo. Mas como o tempo é o senhor da razão, fui percebendo que era exatamente o oposto. Os grandes ba-teristas – os grandes músicos em geral – são aqueles que vão além da técnica e dos rudimentos. Estão num campo supe-rior a isto. São aqueles que enxergam o quadro todo e tem a capacidade de per-ceber o que deve ser feito. E não o que pode ser feito.
Tocar para a música é talvez a coisa mais difícil que um baterista pode fazer, porque depende única e exclusivamente da sua experiência e do seu feeling. Tem que aprender a se conter, respeitar espa-ços, perceber qual instrumento deve se sobressair,qual está dando a identidade para a canção. Observar o que seus co-
legas de banda estão fazendo. Inclusive ter a humildade de perceber que determi-nada canção não deva nem ter bateria. Tocar menos notas, na hora certa, usan-do o equipamento certo, é mais pra mú-sica. Entendo o nosso ímpeto em aplicar o que recentemente aprendemos na última aula, ou vimos no último vídeo. Mas se não estiver no contexto do que a música pede, nunca vai fazer sentido.
Este conceito se aplica perfeitamen-te ao contexto da adoração na igreja. É muito comum, nos períodos de louvor das igrejas, vermos bateristas usando e abusando de suas técnicas e não obser-vando o que está acontecendo com a con-
gregação. Parecem estar fazendo uma performance no Modern Drummer Fes-tival ou no Batuka Brasil! Principalmente no que se refere à pedal duplo, dinâmicas e viradas.
É fundamental que o baterista tenha a noção de que, num contexto de louvor congregacional, a bateria está ali para oferecer segurança, fundamento e anda-mento. Deve oferecer o pulso da música, para que o louvor flua naturalmente, com pegada firme, constante e dinâmica adequada. Enfim, o segredo é: esteja lá, mas não apareça. E tenho que confes-sar que isso , muitas vezes é difícil, pois mesmo com ensaios, tudo pode aconte-cer no ambiente litúrgico. Paradas, cortes
de estrofes ou repetições, aumento ou diminuição de volume. Por isso, o bom baterista deve estar preparado para ter a visão do todo, sentir o clima e o ambiente e conduzir os demais instrumentistas e o auditório.
Aqui vão algumas dicas que podem ajudá-lo a estar preparado para ser um bom baterista congregacional:
❱ Chegue antes, tanto nos ensaios
quanto nos cultos. Seu equipamento
é o mais demorado para montar, se
nada estiver pronto.
❱ Respeite o condutor ou ministro de
louvor. Ele é que tem a obrigação de
ter a visão geral de tudo que irá acon-
tecer, portanto sabe o papel de cada
músico.
❱ Toque levadas simples e preocupe-se
em manter o groove. Nas viradas,
seja objetivo, evite 100 notas por se-
gundo, que tendem a embolar.
❱ Pedal duplo funciona em determina-
dos momentos, mas não em todos.
❱ Olhe para o auditório. Perceba as rea-
ções das pessoas.
❱ Nunca, nunca perca o tempo, mesmo
com as palmas ou o silêncio.
❱ Ao terminar o período de louvor, per-
maneça no templo e participe do res-
tante do culto. Seja levita, não espec-
tador.
“TOCAR PARA A MúSICA é TAlvEz A COISA MAIS dIfíCIl qUE UM BATERISTA
POdE fAzER
O baterista estava, lá mas não apareceu
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FOTO: diVulgação
música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 201122
TEcNOlOgIA
selo do interior de são paulo gravou seu primeiro blu-ray em maio de 2010. com investimento pesado, a empresa promete elevar o nível das produções evangélicas
P O r F E R N A N D O g A R R O S
o selo “ivC Comunicação” - ligado à
Igreja Vivendo em Cristo de Valinhos/SP
– tem apenas 12 meses de existência, mas já
apresenta números de gente grande: já são
11 artistas no casting da empresa que já con-
seguiu se diferenciar no mercado evangélico.
Uma das estratégias utilizados tem sido o in-
vestimento pesado em vídeos de alta defini-
ção, os blu-rays.
A iniciativa é pioneira no meio evangé-
lico: apesar do mercado secular de blu-rays
ter vendido 880 mil cópias no ano de 2010
(quase 4 vezes mais que as 230 mil cópias de
2009), a produção e a distribuição desse tipo
de produto no mercado evangélico ainda
engatinha. Até o momento, há menos de 10
títulos evangélicos em circulação, sendo que
vários desses produtos são blu-rays converti-
dos de DVDs sem a qualidade superior de um
vídeo preparado e gravado diretamente em
alta resolução.
A IVC Comunicação está mudando
isto: em maio 2010, a empresa reuniu gran-
des nomes da música evangélica nacional
para uma gravação em comemoração aos 50
anos do ministério do pastor José Rodrigues.
Durante algumas horas, Soraya Moraes, Ma-
riana Valadão, Marquinhos Gomes, Leonardo
Gonçalves, entre outros nomes, cantaram e
ministraram com o que há de melhor em ter-
mos de produção técnica e artística, o que foi
capturado por câmeras HD de altíssima tec-
nologia. O resultado poderá ser conferido na
Expocristã 2011, mas já coloca a empresa na
vanguarda das produções em blu-ray, consi-
derando-se o segmento evangélico nacional.
Ainda este ano, outros artistas do casting da
empresa, como Rachel Novaes e Emerson Pe-
drosa terão seus blu-rays disponibilidades no
mercado, já que os mesmos se encontram na
fábrica para reprodução.
ivc comunicação investe pesado em
alta definição
raChel novaes lançará seu blue-ray na expoCristã 2011
gravação do Cd, dvd e blue-ray de emerson pedrosa na igreJa do nazareno em Campinas / sp
música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 2011 23
TEcNOlOgIA
produção em hd pede atenção aos detalhes
Maurício Abachioni, que assina a di-
reção dos projetos da IVC, é duas vezes pio-
neiro nesse mercado. Ele também dirigiu a
produção de áudio e vídeo do primeiro blu-
-ray evangélico do país, o da cantora Nívea
Soares, e já trabalhou para nomes como Ro-
berto Carlos, Zé Geraldo, Mauricio Manieri,
Adhemar de Campos, Mariana Valadão e
Vineyard. Especialista em vídeos de alta de-
finição (HD), Abachioni contou à Música Cris-
tã e Sonorização um pouco das dificuldades
que normalmente encontra em produções
este tipo: “os custos com a preparação final
do disco blu-ray ainda são muito elevados, e
é necessário muito capricho com finalização
de cenário, maquiagem e figurino, pois deta-
lhes que passariam despercebidos em uma
gravação standard (SD) acabam aparecendo”,
conta o diretor.
Para Abachioni, não economizar nos
custos dos detalhes é essencial para obter um
produto de excelente qualidade e vendável.
Por enquanto, o privilégio da produção em
alta definição é somente de alguns grandes
nomes consolidados no mercado e do casting
da IVC, que conta com investimento pesado
e de longo prazo em produções arrojadas e
bastante perfeccionistas. Para Maurício, no
entanto, a tendência é que a produção desse
tipo de produto se popularize cada vez mais:
“o preço dos players já caiu vertiginosamente
e em breve o preço da mídia comercializada
deve cair bastante, também - isso fará o pro-
duto se popularizar. Logo, quem produziu em
SD, deve se ver com um produto ultrapassado
nas mãos. Sinal de que é um bom tempo para
começar a fazer esse tipo de produção”, sen-
tencia o diretor.
O QuE é um blu-RAy?Blu-ray, ou simplesmente BD, é um disco parecido com o DVD. A diferença está em que ele comporta vídeos em HD, e por isso tem sua capacidade de armazenamento, pelo menos, 4 vezes maior que o DVD.Para entender melhor esta questão podemos usar como paralelo a fotografia digital: quando foram lançadas as primeiras câmeras fotográficas - com menos de 1,0 MP (megapixels), até mesmo simples revelações (como 10x15) deixavam claro a falta de resolução. Hoje em dia, com câmeras amadoras que ultrapassam 12,0 MP, é pos-sível imprimir até mesmo cartazes, e ainda assim man-ter uma altíssima qualidade de impressão. Trazendo isso para o vídeo, tem-se por um lado o DVD - que armazena um video com 720x480 linhas de definição; e por outro o BD - que armazena um vídeo 1920x1080 linhas de de-finição. Quando assistimos um DVD (que tem 720x480 linhas) numa TV LCD/Plasma/LED, tem-se a sensação de baixa resolução porque essas TVs já tem a mesma quantidade de linhas que o BD (1920x1080 linhas).Por isso, apesar de ainda se tratar de um produto um
pouco caro para se produzir e consumir, sua populari-zação é uma questão de tempo, pois a grande maioria das TVs já são HD e as transmissões de canais aberto também já estão em HD (e marcaram forte presença na transmissão da última Copa do Mundo). Agora, o próxi-mo passo é o que se chama de “Home Video”. Há ofer-tas de BD Players por menos de R$ 300,00 em diversas lojas de departamentos. Sem dúvida, a tendência é que o blu-ray substitua completamente o DVD em bem me-nos tempo do que se espera.
gravação do Cd, dvd e blue-ray de emerson pedrosa na igreJa do nazareno em Campinas / sp
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mauríCio abaChioni
música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 201124
o levitao levitaA l E X A N D R E m A l A Q u I A S
ALeXANDRe é PrODutOr, ArrAnjADOr, OrquestrADOr, cOmPOsitOr e instrumentistA Há mAis De 20 AnOs.
A busca pela santidadedeclarem-se pentecostais ou roQueiros; mas o façam em nome do deus vivo
É bem intencionada a nossa intenção de fazer música, hoje em dia, nas igrejas do mundo todo. Seja para o mal ou para o bem, a música é um dos centros da composição religiosa.
Na prática, é como se disséssemos que não há vida religiosa sem trilha sonora. Tudo requer música, tom, cor, respiração e contraste de andamento. A natureza dos fatos e suas semelhan-ças cotidianas marcam nossas vidas com todo o tipo de som que podemos imaginar.
Guitarras definem em nossa geração, o som da liberdade condicional; ao pas-so que a bateria, determina o ritmo da adoração extravagante, ou movimento pentecostal.
Mas as coisas não param por aí; te-mos então as letras e suas declarações. Canções feitas em berços simples e em berços instruídos. Tudo para a glória de Deus Pai. Sigamos em frente, amigos músicos. Declaremos o nome do Infinito
com o máximo de nossas forças, a fim de declarar o reino de Deus e a sua justiça em forma de louvor.
Declarem-se pentecostais ou roquei-ros; mas o façam em nome do Deus vivo.
Entreguemos nossos corações a expo-sição da música de Deus; a fim de que nos traga a paz e a sua luz.
Evangelizemos em tempo e fora de tempo como se fosse nosso último louvor.
Busquemos essa santidade através de uma visão de louvor, onde haja novi-
dade de vida e adoração; mais do que co-nhecimento ou mercado. Olhemos para a cruz de Cristo e cantemos. Mas façamos isso com gratidão; abandonando as ves-tes do mundo e os conceitos seculares.
Inicialmente, isso parece meio reli-gioso; mas tenho certeza que quando paramos para orar ao nosso Deus, todo o nosso conceito de vida se altera, devido a sua santidade. Disse-me outro dia uma discípula: Jesus não pode fazer nada se nós não quisermos. Logo percebi que ao conceito dela, Jesus está limitado ao que ela acha ou não possível. Como um co-ração que pensa assim poderá crer, ou louvar ao Deus do impossível?
Mais importante do que cantar ou tocar para Deus, é o crer; pois a Bíblia nos ensina que sem fé é impossível agradá-lo.
Então, queridos irmãos, músicos do Senhor, creiam de todo o coração e confiem em um Deus que tudo pode fazer, e Ele se manifestara a vocês através da sua palavra e dos louvo-res. Deus Abençoe.
INICIAlMENTE, ISSO PARECE MEIO
RElIgIOSO; MAS TENhO CERTEzA qUE
qUANdO PARAMOSPARA ORAR AO NOSSO dEUS, TOdO O NOSSO CONCEITO dE vIdA SE
AlTERA, dEvIdO ASUA SANTIdAdE.
EDITORIA
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celinhaBatista
ex-integrante do grupo fat
family, ela - que experimentou os
manjares da fama, mas também traições e o
esquecimento da mídia - falou sobre
o novo sentido que a sua vida
ganhou desde que conheceu o amor
de Jesus
EDITORIA
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Batista
P O r O z I E l A l V E S
O grande público e a imprensa ainda insistem em reconhecê-la
como a ex integrante do grupo Fat Family, a carismática banda
black que estourou no Brasil no final dos anos 90. No entanto, o
brilho espontâneo dos olhos de Celinha Batista é um indício de
que algum fato muito importante transformou sua identidade para sempre.
Quando “Jeito Sexy” estourou nas rádios e TVs de todo o Brasil e Portu-
gal, Celinha e seus sete irmãos experimentaram fama repentina e alcançaram
números de vendagem sequer imaginados: quase dois milhões de cópias só
no primeiro disco. Em um intervalo de mais ou menos três anos, a família al-
cançou o topo das paradas de sucesso nas rádios, foi disputada por programas
de TVs, gravou jingles, especiais de fim de ano, ganhou discos de ouro, platina
e saiu pelo Brasil com turnês lotadas de fãs.
No showbizz, Celinha experimentou tentações, a falsidade reinante no
“meio” e o gosto amargo das traições por dinheiro. O sucesso foi astronômico,
mas passou logo e o grupo foi esquecido pela mídia.
Felizmente, como todas as coisas cooperam para o bem, todo o desgosto
veio a calhar para que a graça de Deus preenchesse aquele vazio existencial.
No ano de 2003, a família teve contato com o bom testemunho e a pregação
dos produtores musicais Tom e Sérgio Saas, do grupo Raiz Coral. Foi o começo
de um novo tempo, que prosseguiu com a conversão do grupo ao evangelho
de Jesus. Apesar de ser a última a reconhecer a soberania de Cristo, influen-
ciada pelos irmãos Celinha levantou a mão e disse “sim” pra Jesus em 2003,
mas ainda resistiu ao poder transformador do evangelho até o ano de 2006,
quando começou a caminhar de fato em novidade de vida.
Nesses cinco anos, desde que começou a trilhar, verdadeiramente, os
caminhos de Cristo, Celinha esteve longe dos holofotes; no entanto, continuou
desenvolvendo seus melhores dons e talentos à frente de um coral na Igreja
Batista do Povo, em São Paulo. Nesse período, dedicou-se a estudar a Palavra
com mais profundidade, desenvolveu sua intimidade com Cristo e começou
a compor canções que falam sobre a intensidade do seu encontro com aquele
que deu um novo sentido - mais intenso do que a fama e as tentações deste
mundo - para a sua vida. E o resultado acaba de ser lançado através do belíssi-
mo CD intitulado Tua Palavra, uma produção da IVC Comunicação.
Nesta entrevista - que durou pouco mais de duas horas -, realizada na
Livraria Cultura, em São Paulo, Celinha, tímida e de voz sussurrante, contou
alguns detalhes sobre o início da sua trajetória, os deslumbres do sucesso, o
esquecimento da mídia e o novo sentido que a sua vida ganhou desde que
conheceu o amor de Jesus.
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mCs – Celinha: ser artista era um
sonho ou isso nem passava pela sua
cabeça?
Celinha – Pois é...eu tinha o desejo, e também percebia o dom. Apesar de ter tentado outras carreiras - com 13 anos, por exemplo, eu já trabalhava como babá -, a música e, em especial, o canto, sempre foi uma constante em minha vida. Meu pai era cantor profis-sional, mas como os filhos foram nas-cendo e não dava para viver só da mú-sica, ele preferiu focar numa coisa mais certa. Eu sabia, até pelo exemplo de meu pai, que a carreira artística não se-ria uma coisa fácil. No entanto, o dom e a vontade falaram mais alto. Então, quando eu completei 15 anos, minha mãe começou a me levar em progra-mas e concursos para cantar. Aos 18 anos, eu já podia “caminhar sozinha”.
mCs – por sinal, você acabou ga-
nhando um concurso aqui em são
paulo, que foi o que te introduziu,
de fato, ao mundo da música profis-
sional, correto?
Celinha - Exato. Na verdade, quando eu ganhei aquele concurso, o prêmio para o ganhador era um Chevette e a gravação de um disco de vinil. Isso aconteceu lá por volta de 90, 91. Acon-tece que eu nunca ganhei a tal grava-ção, muito menos o tal Chevette. O que o organizador do concurso fez foi contratar-me para cantar nas pizzarias que ele tinha. Eu não tinha noção de como eram as coisas. Eu só pensava que uma hora a coisa iria dar certo.
mCs – da gravação do primeiro
álbum até o estouro no mainstream
secular, quanto tempo levou?
Celinha – Gravamos em 97 e, em 98, já estávamos aí. Foi muito rápido. Eles [os produtores] têm o faro. Quando eles percebem que a coisa vai estou-rar, eles investem tudo o que podem.
O que acabou sendo correria mesmo foi a escolha do repertório. Nós não tínhamos músicas próprias. Não com-púnhamos nada. Nós éramos o produ-to. Pra você ter uma ideia, os grandes sucessos do Fat Family não partiram de nós. Para dizer a verdade, teve uma música apenas. Ela falava do valor da obediência. Dizia que as crianças pre-cisavam obedecer a seus pais. Então, basicamente, nós cantávamos as mú-sicas de compositores que já estavam no mercado. A própria gravadora bus-cava isso: ela criou essa identidade e começou a nos moldar, ela é quem dizia o que nós tínhamos que cantar. Tudo tinha que ser da forma como os produtores queriam.
mCs – em 1997 vocês passaram a
conhecer o tão desejado mundo da
fama e do glamour. programas de
tv, viagens internacionais, agenda e
casas de shows lotadas passam a fa-
zer parte do dia-a-dia de vocês. que
manjares a fama oferece, Celinha?
Celinha – Todos estes que você fa-
lou. Acho que o maior manjar é o de ter o seu sonho concretizado. Eu não diria que é um sonho financeiro, mas um sonho profissional. O financeiro é consequência disso. O que a gente pensava mesmo era em poder dar um conforto para os nossos pais, já que éramos nove filhos. Meus pais nunca tiveram boas condições financeiras. Minha mãe foi uma heroína. Apesar de não conhecer a Palavra, nos educou bem.
mCs – quando a fama chega, ela dá
algum aviso?
Celinha - Não. Quando você se dá con-ta, já acabou a privacidade. Daí você começa a lidar com aquela necessida-de de ser diferente, porque você é um produto e as pessoas precisam olhar pra você como produto. Elas precisam desejar ter e ser aquilo que você é.
mCs – e psicologicamente, como é
isso?
Celinha – É difícil.
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mCs – a fama seduz?
Celinha – Seduz. Você acaba traba-lhando, trabalhando e trabalhando pe-los outros. As pessoas de fora fazem isto com você: o escritório, o empresá-rio, a gravadora. Eles fazem essa movi-mentação para que você seja o centro. Para que você aconteça. Para que as pessoas passem a te olhar com ou-tros olhos, passem a te admirar. E isso acontece. Só que uma hora você se dá conta de que você não é isso. Aquilo é tudo fantasia. Tudo ilusão.
mCs – Claro. exige uma mudan-
ça drástica de comportamento,
correto?
Celinha – Exato. Nós éramos fãs de vá-rios artistas, por exemplo. Cantávamos as músicas deles, inclusive. Quando você se dá conta, está cantando com eles. Está fazendo programas de TV, jingles e gravando especiais de fim de ano junto deles. Tudo isso impressiona as pessoas. Mas a realidade é bem di-ferente. Não tem nada de real.
mCs – em 2003, depois de vocês
caminharem cinco anos nos trilhos
da fama, vocês se converteram,
correto? Como isso aconteceu?
Celinha – Na verdade, quando co-meçamos a produzir o nosso último trabalho pela EMI, um rapaz que era evangélico veio fazer a parte da pro-dução do vocal. O nome dele é Sérgio Saas, do Raiz Coral. As minhas irmãs mais novas, que não eram casadas, fizeram amizade e puderam ir com o Tom e o Saas para conhecer a Igreja deles. Nós estavamos no Rio de Janei-ro e acabamos gravando neste CD a música “Oh Happy Day”. Quando esta música começou a tocar, muita gente pensou que nós fôssemos evangéli-cos. Bem, nós ficamos fascinados, e daí as coisas começaram a acontecer. Eu não sei as datas, mas sei que fui a última a me converter. Na realidade, eu tinha aceitado a Jesus, mas não havia deixado o Espírito Santo fazer a obra.
mCs – mas houve um fato específico
que acabou levando vocês para a
igreja?
Celinha – Depois de algum tempo ca-minhando nesta vida artística, você acaba percebendo que deixa de ser uma pessoa normal para se tornar uma marionete. Você passa a viver conforme o querer de outras pessoas, e não segundo o seu. Só para você ter uma ideia, até o nome do grupo foi registrado no nome do empresário, entre muitas outras coisas. Alguns fa-tores que nos incomodaram bastante foram as constantes decepções com esse empresário. Ele se aproveitou da nossa condição ingênua. A gente era um bando de caipiras. Primeiro foi co-migo, quando ganhei aquele concurso e nunca recebi o prêmio. Depois com o grupo todo. É muita coisa (risos). então, a gente tava muito decepcio-nado. Quando o Tom e o Sérgio se
aproximaram da gente e começaram a falar do amor de Jesus, aquilo veio como uma luva. Com frequência, os meus irmãos se reuniam na casa da minha mãe para estas reuniões. Eu raramente estava presente, porque eu estava no Rio, mas eu sabia um pouco do que acontecia lá.
mCs – para ser mais clara, que de-
cepções eram essas? houve algum
tipo de discórdia dentro da família?
Celinha – O que aconteceu foi que, no terceiro CD, a gravadora começou a dizer que oito pessoas no grupo eram demais. Diziam que, na verdade, não eram os oito que cantavam e então começaram a plantar uma semente de desunião entre nós.
mCs – e como foi a reação de vo-
cês?
Celinha - O caso é que quando você está neste meio, você não tem muita noção de como é. Eu até tentei pen-sar positivamente. Afinal, se alguns ficassem, ainda poderíamos continuar ajudando o pai e a mãe. Mas como o nosso mercado já era mais restrito, a gravadora começou a investir menos também. Começaram a nos deixar de lado. Depois o contrato acabou e eles não quiseram mais renovar. Como eu já estava no Rio de Janeiro, eu fiquei afastada uns nove meses.
mCs – é nesse meio tempo que o
pessoal se converte?
Celinha - É. Quando eu retornei, eles já tinham aceitado a Jesus, mas não eram membros de nenhuma igreja. Depois de algum tempo (eu fui a ter-ceira me batizar) passei a ser membro de uma igreja. Os demais ainda não eram membros porque seguiam as orientações de um missionário que a Deise conheceu no Rio de Janeiro. Ele dizia que elas não deviam se membrar
“DepOIS De ALgUM
TeMpO cAMINhANDO
NeSTA vIDA ARTíSTIcA,
vOcê AcABA
peRceBeNDO qUe
DeIXA De SeR UMA
peSSOA NORMAL
pARA Se TORNAR UMA
MARIONeTe”
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a nenhuma igreja. Sabe por quê, né? (risos) Os dízimos iam pra ele. Você não tem ideia de como estavam as coisas quando eu cheguei. Eu não en-tendia muito bem a Palavra, mas aqui-lo não me cheirava bem. Aos poucos, o entendimento foi chegando. O Ce-linho, aqui em São Paulo, começou a frequentar uma igreja. A Sueli também começou, e assim todos começaram a querer entender um pouco mais.
mCs – e daí, apesar de não terem
mais um contrato, vocês seguiram
fazendo shows?
Celinha – Algumas igrejas começaram a nos convidar. Nós íamos e cantáva-mos as músicas dos nossos CDs.
mCs – Como assim? Cantavam
as músicas dos Cds seculares na
igreja?
Celinha – Eu também achava muito estranho, mas como não entendíamos nada, lá estávamos nós. Por isso eu falo: alguns líderes tiveram sua parce-la de culpa. Muitos não estimulam as pessoas a criarem suas identidades em Cristo. Eu falo porque passamos por isto. A grande maioria acha que é só aceitar a Jesus e pronto. Pensa que não é preciso mudar. Realmente devemos ir como estamos, mas não podemos ficar daquele jeito. Hoje, eu entendo a clareza da Bíblia. Ela diz que se você ainda tiver prazer nas coisas do mundo, o Senhor não tem prazer em nós. Nesta época, eu não entendia nada. Mas como o Celinho já estava congregando nesta igreja, e ele havia me convidado umas três ou quatro vezes, eu resolvi compare-cer. A cada decepção, eu dizia: “Jesus não é isso”. E, involuntariamente, eu pedia a Deus para me mostrar a ver-dade. Porque de uma coisa eu sabia: aquela não era a verdade. E o Espírito Santo foi me mostrando que daquele jeito não podia. Na época, como eu
morava lá na Consolação, comecei a frequentar uma igreja de lá. Lembro--me que, sempre que eu chegava atra-sada, tinha um lugarzinho reservado para mim. No começo isso não me incomodava tanto, mas depois, com o passar do tempo, isso começou a me incomodar. Nessa mesma época, eu me senti inquietada pelo Espírito San-to para ser membro, de fato, de uma igreja. Cinco meses depois o Espírito Santo me levou para a Igreja Batista do Povo, da qual eu sou membro até hoje.
mCs – e como foi este início lá na
igreja Batista?
Celinha - Quando eu cheguei, pedi para ficar no meu banco, aprenden-do. De fevereiro a julho de 2006 eu fiz parte do grupo de oração, e só depois eu comecei com o ministério de mú-sica no qual encontrei essas meninas.
mCs – e o fat-family?
Celinha - Então... Um dia depois do meu aniversário, eu tinha ensaio com
os meus irmãos. Neste dia, eu comu-niquei que não faria mais parte do grupo. Quando eu cheguei lá, a Deise estava comentando que deveríamos tentar o mercado secular mais uma vez. Foi aí que eu disse: se vocês qui-serem fazer isso, tudo bem, mas eu não vou participar. Relatei a eles que eu havia tido um encontro com Deus e Ele tinha ministrado claramente co-migo através de Genesis 12, “Sai da tua casa e da tua parentela”. Deixa tudo. Eu entendi que devia abrir mão de to-das essas coisas e esperar Nele.
mCs – e daí você começou a se en-
volver, efetivamente, no ministério?
Celinha – Sim, eu comecei ajudan-do no culto de mulheres nas quarta--feiras. Como não havia músicos e eu também não sabia tocar, acabava can-tando a capella. Depois de um tempo, eu passei a ensaiar com um grupo de 10 pessoas que veio a se tornar o coral da Igreja. No início não foi fácil. Dentro da própria Igreja, o ministro de louvor ficou com medo que eu tomasse o lu-
“hoJe, eu entendo a Clareza da bíblia. ela diz que se voCê ainda tiver prazer nas Coisas do mundo, o senhor não tem prazer em nós.”, diz Celinha em entrevista na livraria Cultura, em sp
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gar dele. Fui provada para poder ser aprovada. Qualquer movimento meu podia ser entendido como competição. Foi um exercício de humildade extrema. Houve também um preconceito devido aos maus testemunhos daqueles que se diziam convertidos, mas não estavam. Apesar de tudo que eu passei, foi muito bom. Eu pude conhecer o Senhor e provar da bondade, misericórdia, fidelidade e graça Dele para comigo.
mCs – você acabou de lançar o Cd tua palavra pela ivC
Comunicação. Como nasceu esta obra?
Celinha – Neste mesmo período, o Senhor foi me dando os louvores e eu comecei a compor. Depois de estudar a Pala-vra, passei a alinhar a letra com a visão da verdade. Quando eu compus a música, cuja letra diz “O Senhor me mandou aqui para adorar e nada vai ser capaz de me parar”, tudo colaborava para que eu parasse, mas Deus me dizia para permanecer fiel.
mCs – em janeiro deste ano, seu irmão sidney faleceu.
Como você encarou esta separação?
Celinha – Graças a Deus que o Senhor chegou antes. Enfren-tar a dor da morte conhecendo a Jesus é, sem dúvida, mais fácil. A morte nos coloca em contato com a maior das rea-lidades: o mundo espiritual. Este mundo aqui é uma utopia. Eu falo isso porque muitas pessoas querem a vida agora, e esquecem do principal. Nos últimos dez dias de vida do meu irmão, o Senhor ministrou o consolo em meu coração. Neste período, Deus falou muito comigo, e eu não entendia como o Senhor me iria usar; mas eu sabia que ele me queria usar. E quando o meu irmão faleceu, Deus me usou para consolar meus pais. Eu dei a notícia a eles.
mCs – quando seu irmão faleceu seus pais já estavam
convertidos?
Celinha - Sim, meus pais já eram cristãos. De qualquer for-ma, foi bem triste ter que dar a notícia a eles. Mas o Senhor já havia me preparado. Eu fiquei com eles o tempo todo. Consolei-os. Enfim. Toda a morte é difícil.
mCs – pra finalizarmos esta entrevista, o que teremos de
Celinha daqui pra frente?
Celinha – Eu sempre falo que não foi eu quem escolheu ao Senhor, eu fui alcançada e escolhida pelo seu amor e por sua graça. Daqui pra frente quero ser um instrumento dEle para que a graça alcance a outros também.
TUA pALAvRAcelinha batista
IVc cOmuNIcAçÃO
tua palavra traz melo-
dias bem ornamentadas
e arranjos vocais muito
bem pensados, herança
dos tempos de fat fa-
mily, principalmente nos
vocalizes dos backing
vocals criados por ela. evidente também é o estilo bla-
ck music (soul e blues, principalmente), que está im-
pressa na identidade vocal de celinha. são 11 faixas de
composição própria que também tem a mão do pro-
dutor musical Kléber augusto. o instrumental tocado
em “sou livre” é de uma qualidade impressionante. po-
deria, perfeitamente, ser confundido com uma canção
internacional. “eu me entrego a ti” tem um piano com
cordas muito bonito. destacamos, ainda, “tua palavra”,
“louvai ao senhor” e “abençoado soul”. É um trabalho
diferente dos que estamos acostumados a ouvir por
aqui. Bem produzido e com um toque cheio de referên-
cias ao melhor da black music brasileira.
“hoJe, eu entendo a Clareza da bíblia. ela diz que se voCê ainda tiver prazer nas Coisas do mundo, o senhor não tem prazer em nós.”, diz Celinha em entrevista na livraria Cultura, em sp
“eu sempre falo que não foi eu quem esColheu ao senhor, eu fui alCançada e esColhida pelo seu amor e por sua graça.”
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produção de eventosfOrmADO em eletrOtécnicA é emPresá-riO, músicO, DiretOr e PrODutOr técnicO AtivO nO mercADO PrOfissiOnAl gOsPel DesDe 1994. AtuAlmente é cOnsultOr técnicO e gerente De PrOjetOs DO cAn-ziOn PrODuções BrAsil e cOnselHeirO DO institutO cAnziOn BrAsil.
produção de eventosc E S A R m O y S E S
Promotores de olho no gospelcomo se já não bastassem nossas dificuldades, estamos agora importando problemas do secular
Este ano de 2011 está sendo marcado pela quantidade de shows internacio-nais no Brasil. O grande crescimento dos evangélicos e as possibilidades de um mercado novo têm atraído a atenção dos promotores e produtores de shows secu-lares, que cada vez mais se interessam em obter uma fatia deste bolo.
Nas últimas duas décadas, todos nós assistimos às experiências desagradá-veis que aconteceram especialmente nos eventos internacionais. Quase todos esses problemas convergem à falta de profis-sionais e expõem uma oportunidade aos do secular, mas um fato que nos chama a atenção é o perfil desses profissionais que estão chegando. A maior parte deles não é muito bem-sucedido. Alguns foram no passado, mas hoje procuram uma sal-vação no gospel. Os de sucesso procuram parcerias para garantir seu espaço, mas sem se arriscar muito.
Algumas particularidades do nosso
meio dificultam esta entrada. O dilema custo x receita dos eventos é o principal deles. Os custos são altos para o valor de ingresso, culturalmente praticado, e isso cria um ciclo vicioso. As produções são baratas por causa da baixa receita e o público não está disposto a pagar mais porque a qualidade do evento não vale o ingresso. Alguns eventos internacionais têm contribuído para ajudar nesta ques-tão, pela qualidade mínima exigida neste segmento. Mesmo assim, alguns continu-am manchando a nossa imagem lá fora e infelizmente os promotores do secular estão engrossando este grupo.
Nosso mercado é extremamente sin-gular, nosso sistema de comunicação é muito diferente e a forma como as de-nominações interagem entre si é muito particular. Isso torna o evento evangélico um campo minado para aqueles que não fazem parte dessa realidade. Em função disso, alguns promotores simplesmente
desistem de realizar os shows em sua véspera ou os realizam de maneira ina-dequada para não saírem no prejuízo. Os patrocinadores, por experiências ne-gativas anteriores ou por não saber se relacionar com este mercado, dificilmente participam de nossos eventos. O resul-tado é que continuamos no mesmo ciclo. Obviamente precisamos ter lucro nos eventos, mas que isto não seja o objeti-vo principal e sim a consequência de um bom trabalho.
Sendo direto, um evento gospel tem em sua essência um contexto espiritual que não existe no secular por razões ób-vias. Neste mercado não basta ser pro-fissional, tem que estar habilitado espiri-tualmente para estar nele. Também não basta ser apenas espiritual, temos que ter profissionalismo, sem jeitinho, sem remendo e sem enrolação.
foto de show radapé
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ESpEcIAl
Eles estão sempre trajados de preto, usam coturnos, cintos extravagantes, brincos, piercings, camisetas de bandas com imagens de caveiras, bodes e símbolos que, num primeiro momento, nada têm a ver o cenário da música cristã. O som que eles fazem ou ouvem é extremamente pesado, tem vocais poderosamente graves e roucos e quando algum desavisado os ouve ou se depara com eles na rua, é qua-se de praxe pensar que se trata de mais um grupo de desajustados, ou ainda pior, de adoradores do demô-nio. No entanto, ao se chegar mais perto e prestar bastante atenção nas letras que estas melodias en-surdecedoras trazem, o resultado pode impressionar até os mais con-servadores. Afinal, quem diria que pessoas tão diferentes, com estilo visual tão contrastante, cantariam músicas falando acerca do amor, da graça e da misericórdia de Deus ou ainda sobre a importância de entre-gar a vida ao único e suficiente sal-vador que é Cristo?
Esse é o caso da tribo do me-
tal cristão, que tem gerado adeptos apaixonados e dispostos a carregar a bandeira do cristianismo por onde quer que passem, contribuindo, à sua maneira, com a evangelização de grupos emergentes urbanos.
Uma das características mar-cantes desse público é a lealdade às bandas que admiram e a devoção exclusiva ao seu estilo. Assim sen-do, a única estratégia plausível para o alcance dessa tribo é a formação de bandas de metal com letras de inspiração cristã que possam vir ao encontro de suas expectativas e anseios.
A fim de marcar seu espaço na cena do metal, diversas bandas cristãs têm se levantado de norte a sul do país (sobretudo na região norte – veja box 1). Algumas delas têm alcançando êxito tal, que termi-nam por romper a barreira entre o secular e o cristão, fundindo-se em uma só categoria aos ouvidos de seus admiradores.
Exemplo clássico de quem conseguiu romper todas as barrei-ras com seu som é a banda paulista
a força de um estilo que venceu a barreira do preconceito religioso e se solidificou no cenário da música gospel independente
metaltribo urbana do
metalmetalmetalmetalmetalP O r R A F A E l c A R D O S O
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de death metal e grind core, “Antide-mon”. Com três CD´s lançados e mais de 30 viagens internacionais, a banda liderada pelo pastor Batista, líder da Igreja alternativa Crash Church, tem realizado uma cruzada evangelística perene por quase 20 anos, adentran-do lugares outrora inimagináveis pra quem carrega a mensagem da cruz. Tocando em festivais, pubs, praças e até em algumas igrejas adeptas aos movimentos undergrounds, eles já passaram por praticamente toda a América Latina, América Cen-tral e por diversos países da
Europa, incluindo Noruega, República Tcheca e Eslová-
quia, onde a música do
“Antidemon” tem tido excelente reco-nhecimento.
Mesmo possuindo fãs espalha-dos por praticamente todo o planeta e colecionando centenas de testemu-nhos de gente que foi alcançada por sua obra, o “Antidemon” é uma banda praticamente desconhecida no mains-tream gospel nacional e seu som cer-tamente não se enquadraria no cast de nenhuma das grandes empresas fonográficas que hoje atuam no mer-cado da música cristã brasileira.
No entanto, viver esta realidade dentro de um contexto tão fechado à mensagem evangélica não é tarefa simples, conforme as palavras do lí-der da “Antidemon”, pastor Batista,
que ressalta: “Para uma banda se-cular alcançar sucesso, é preciso ter talento, visual adequado, bom gosto e oportunidades para fazer seu traba-lho conhecido. Para uma banda cristã alcançar algo, é preciso um pouqui-nho de tudo isso, mas, sobretudo ser realmente chamada por Deus para essa missão. O público do metal é re-almente fechado e exigente, mas ad-mira quem é autêntico”.
Sobre a luta que significa en-veredar pelos meandros da contra-cultura, pastor Batista comenta que no princípio, isto é, há 20 anos, 100% das Igrejas evangélicas consideravam o “Antidemon” e bandas desse estilo coisa do diabo e que mesmo ante o
metalmúsica cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 2011
» Trino, de São Paulo myspace.com/trinometal
» Marcha das Árvores, do Rio myspace.com/amarchadasarvores
» Judas o outro, S. Bernardo do Campo myspace.com/judasooutro
» Conversão em Massa, Canoas/RS myspace.com/bandaconversaoemmassa
» Saint Spirit, de Belford Roxo myspace.com/saintspirit
» Krig, de Belo Horizonte myspace.com/krigdeathmetal
» Menorah, de Cuiabá myspace.com/menorahmetal
» Metal Nobre, Brasília myspace.com/metalnobre
» Stauros, Santa Catarina myspace.com/staurosband
a cena do metal cristão se espalha por todo o Brasil, em maiores e menores proporções e vale aqui citar outras bandas do gênero que têm deixado sua marca pelo Brasil e no exterior, dentro e fora da igreja.
fato das le-tras serem explicita-
mente cristãs e a mensa-gem do evangelho ser pregada nos shows, nada fazia com que aceitassem aquele estilo como algo divino. “Com o passar dos anos, os nossos frutos foram ficando conhe-cidos, a própria mídia secular passou a testemunhar so-bre as vidas que estavam sendo mudadas e transforma-das, tiradas das drogas, da depressão e da marginalidade. Hoje, mesmo não entendendo o nosso chamado, algu-
mas igrejas acabam res-peitando e até apoiando essa ferramenta necessá-ria para o crescimento do Reino”, diz.
De fato, os testemunhos de gente que foi, de algu-ma forma, tocada e influenciada pelo metal cristão são muitos. Kellen Santos, que hoje é cristã e mora na cidade de Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul, conta que entre-gou sua vida a Jesus ajoelhada em seu quarto, sozinha, após ouvir uma música da banda Metal Nobre, que havia sido enviada por um amigo evangélico através da inter-net. Outra história semelhante é a de Douglas Machado, que mora na grande Porto Alegre e que sempre foi fã de
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ESpEcIAl
Black Sabbath. Douglas era um adolescente muito precon-ceituoso com relação à Igreja e testemunha que ganhou de presente de um amigo CD´s com uma coletânea de várias bandas de metal, entre elas a “Stauros”, banda de heavy metal cristão que não está mais na ativa, mas fez história entre o final dos anos 90 e início dos anos 2000 (confira o myspace dessa banda no box dois). Suas letras foram mudando aos poucos seus conceitos e revelando o Evan-gelho, que hoje prega através de sua banda, também de heavy metal, cujo nome é “Conversão em Massa”.
A própria história da “Conversão em Massa” de-monstra os muitos milagres que têm acontecido nessa cena, conforme relatado por Douglas, vocal lead da ban-da: “Vários amigos que também eram músicos e curtiam metal foram se convertendo ao mesmo tempo que eu. Foi aí que resolvemos falar em público de Jesus. Montamos a banda ‘Conversão em Massa’ em 2008, gravamos nos-so primeiro CD e, desde então, temos tocado em parques, festivais e praças, testemunhando desse milagre que nos alcançou”.
Essa expansão da música cristã pelos caminhos do underground é parte de um movimento que tem tudo para marcar a história e assinalar uma amplificação dos hori-zontes artísticos e culturais da cristandade, levando a igre-ja a influenciar o mundo que a rodeia de uma forma mais contundente e não meramente a produzir riqueza com sua força de mercado.
Assim como Handel que, com sua canção, levou a temática religiosa a lugares tidos como profanos, ou como Bach, que mesclou a música das tavernas com a música sagrada, ou ainda como os Reformadores, que plagiaram melodias seculares conhecidas para evangelizar e popu-larizar suas doutrinas, surge no Brasil uma geração de ar-tistas cristãos que quer ir além da realização profissional. Uma classe que quer deixar um legado artístico de quali-dade e profundidade, leais aos seus ideais e estilos e que sabem que existe e que sempre existirá um grupo que apreciará e será, de alguma forma, impressionado por sua
arte e mensagem, seja ele grande ou pequeno, pop ou alternativo.
“NO BRASIl, O ESTAdO qUE POSSUI A MAIOR CONCENTRAçãO dE BANdAS AlTERNATIvAS dE METAl é O AMAzONAS. lá, EvENTOS COM BANdAS dESSE ESTIlO MOvIMENTAM E ATRAEM MIlhARES dE jOvENS. CONCERTOS E fESTIvAIS SãO REAlIzAdOS TOdOS OS ANOS dENTRO E fORA dAS IgREjAS”.
Algumas igrejas têm investido nessa direção, al-cançando grandes resultados. Uma que se des-taca é a base missionária Sabaoth, que realiza constantemente festivais de metal, como o Saba-oth North Fest, Projeto Plugadão e Intervenção Underground, que têm reunido não somente as bandas regionais do estilo, mas também nacionais e internacionais.
algumas Bandas de metal no noRte do país:
» Violent Invasion (Manaus-AM) myspace.com/violentinvasion
» Ceifadores (Manaus-AM) sanguearterial.blogspot.com/2011/06/ceifadores.html
» Divine Symphony (Manaus-AM) myspace.com/divinesymphonyband
» Shine in the Darkness (Manaus-AM) www.myspace.com/shineinthedarknessgoth
» Perpetual Faith (Belém-PA) www.myspace.com/perpetualfaithband
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A fênixKatsbarnea em 1988, enquanto o rock nacional
entrava na fase adulta, a sua ver-
são gospel sequer engatinhava. Foi aí
que o Apóstolo Estevam Hernandes,
antevendo essa necessidade evange-
lística, começou a incursionar pelas
redondezas da Vila Madalena, reduto
paulista de artistas, “à procura de mú-
sicos que pudessem montar uma ban-
da para fazer um som mais rock in roll,
porém com letras cristãs”. Ao seu lado
estava Brother Simion, cantor e gui-
tarrista, até então o único integrante
do futuro grupo que iria revolucionar
a música evangélica, o Katsbarnea. E
foi através de Simion que Hernandes
conheceu Paulinho Makuko. “O negó-
cio foi muito louco, eu não entendia
nada daquela parada que eles queriam
pra mim”, disse Makuko. E depois de
muita conversa, e algumas jam ses-
sions, seguiu-se o diálogo que Paulinho
Makuko, resumidamente, nos contou:
– Você acredita em Deus? - indagou o
líder da igreja Renascer em Cristo.
– Sim, respondeu prontamente
Makuko, que devolveu a questão com
outra: – Deus está aonde?
Sem titubear, o Apóstolo deu uma res-
posta enigmática, mas suficiente para
conquistar a confiança daquele jovem:
– Deus está nas nuvens, explicou.
Makuko riu, antes de completar:
– Nas nuvens? Então deixa pra mim,
que de nuvens eu entendo.
A partir daquele dia, a vida de
Makuko mudou completamente: Este-
vam e ele rumaram para a casa da fa-
mília Hernandes, onde lhe foi feito um
inesperado convite.
“A bispa Sônia (esposa de Este-
vam) me convidou para morar lá com
eles. Respondi: ‘Como assim? Vocês
nem me conhecem’. Eu estranhei, por-
que eu era um drogado. Mas tudo isto
aconteceu perto do Natal, e no dia do
Vinte e quatro anos e dez formações dife-rentes depois, o voca-lista paulinho makuko, recebe a reportagem da revista mcs - na livraria cultura em são paulo – e, relembra como tudo começou
P O r J u l I A N O W E S T p h A l
E O z I E l A l V E S
“NÃO SABíAMOS NADA DE BíBLIA, NEM DE DENOMINAçÃO OU DE REGRAS. O FOCO ERA JESUS CRISTO”, DIz PAULINHO MACUCO
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Natal eu estava lá. Tinha uma mesa linda, enorme, toda
decorada; e ela disse: ‘É pra você tudo isso aqui’. Eu mo-
rava na rua e neste dia, de fato, começou a minha traje-
tória com eles. Lembrei da minha família e de tudo que
eu havia perdido”, conta Makuko, orfão de pai e mãe
desde os 16 anos: “Daquele dia em diante, nunca mais
cheirei”, confessando que era viciado em cocaína e LSD.
Pois foi assim que Paulinho Makuko entrou para
o Katsbarnea. Primeiro como percussionista - destaque
para seu inimitável “solo de bochecha” - e, a partir do
ano 2000, assumindo os vocais, após a saída de Brother
Simion. Vinte e quatro anos e dez formações diferen-
tes depois, a banda, que já teve como integrante até o
guitarrista Tomate, do sexteto de Jô Soares, continua na
ativa graças à “persistência” de Makuko, que já viven-
ciou diversos extremos com o grupo. Se sua estreia nos
vocais foi com o excelente Acústico – A revolução está
de volta, que vendeu mais de 100 mil cópias (da antiga
fita cassete), alguns anos depois, com o álbum Invasão,
decaiu para parcas 30 mil cópias vendidas, em uma ou-
sada tentativa de juntar rock com elementos eruditos.
Mesmo nunca estando fora da ativa, a falta de
trabalhos inéditos certamente contribuiu para a dimi-
nuição da popularidade do Katsbarnea. Mas a verdade
é que Katsbarnea fez história junto com bandas como
Oficina G3, Resgate e outras que surgiram naquela épo-
ca aderindo ao, até então desconhecido rótulo, chama-
do gospel. Nestes quase 25 anos, muita coisa aconte-
ceu. A história que ouvimos de Makuko renderia uma
boa e longa biografia. Mas o fato é que agora, com (mais
uma) nova formação, Makuko e Cia (a banda é
formada por ele e seus filhos) tentam voltar
ao mainstream com um álbum novo ainda
em 2011, além de relançar o álbum Acús-
tico (CD e DVD) em edição especial para
colecionadores. Vida longa à banda que
diz ter sido responsável por implantar,
aqui no Brasil, a música hoje conhecida
como gospel.
mCs – no início da banda, não havia nenhu-
ma grande estrutura para alavancar vocês.
Como tudo começou?
katsBaRnea – Tínhamos uma igrejinha numa garagem. A gente começou a pintar os cabe-los, rasgar as calças, fazer umas decorações muito loucas. Valia tudo para atrair o povo à nossa garagem. Adaptávamos músicas conhe-cidas como a do Cazuza “A sua piscina esta cheia de ratos”, e no lugar desta letra colocá-vamos “Tire os ratos da sua piscina e coloque luz”. Éramos totalmente verdes, sem vocabulá-rio cristão. Não sabíamos nada de Bíblia, nem de denominação ou de regras. O foco era Je-sus Cristo. Eu dava o testemunho e as pessoas aceitavam Jesus. A gente fazia somente isso.
mCs – o katsbarnea foi um dos pioneiros da
música gospel brasileira. Como vocês eram
vistos pelo povo evangélico da época?
katsBaRnea – A primeira notícia que eu fiquei sabendo a nosso respeito foi que o diabo havia mandado os seus anjos para a terra e que nós éramos “os filhos de satã” (risos). Nós éramos soltos no mundo, não conhecíamos ninguém do meio evangélico que tocasse como nós. Eu só sei que, quando nós surgimos, fo-mos abrindo um caminho por onde muita gente começou a aparecer.
mCs – de lá para cá,
como a igreja no Brasil
tem tratado vocês?
katsBaRnea – O amor da Igreja no Brasil por nós
está bem dividido. 50% nos ama, 50%
nos odeia: a ver-dade é essa. Eles até nos conside-ram cristãos, mas ainda tem algo em nós que incomoda e
distancia muitos.
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mINISTERIO
a primeira impressão de quem vê
a potente voz rouca saindo do
corpo franzino de Kim Walker-Smith ,
com seu visual de geek girl, é de que
se trata de mais uma banda de louvor
moderninha ao estilo united norte-
-americana. Ledo engano.
Assim como seu predecessor Passion, Jesus Culture é um movi-mento que vem conquistando multi-dões nos Estados Unidos, principal-mente entre jovens do high school e universitários, com palestras sobre avivamento espiritual, santidade no mundo pós-moderno, uma adoração visceral e sincera, banhada por melo-dias que misturam o que há de me-lhor na música pop mundial.
Tudo começou no verão de 1999, quando jovens da Bethel Chur-ch em Redding, Califórnia, liderados por Banning Liebscher, realizaram uma primeira conferência chamada Jesus Culture. O objetivo desses en-contros, segundo o próprio Liebscher,
era o de “servir a outras igrejas e o de conduzir os jovens à experiência do amor radical de Deus”. E tudo isso aconteceu sob a contagiante minis-tração dos jovens Chris Quilala e Kim Walker-Smith. “Logo tornou-se mui-to claro para nós que a adoração era parte essencial de nosso movimen-to”, afirma o pastor.
Foi a partir daí que se formou a banda, que incorporou o nome do movimento e hoje conta com Kim Walker-Smith (vocal), Chris Quilala (vocal e guitarra), Jeffrey Kunde (gui-tarra), Brandon Aaronson (baixo), Ian McIntosh (teclado) e Josh Fisher (ba-teria).
De lá para cá, 12 anos se pas-saram, eles lançaram oito trabalhos e agora viajam o mundo apresentando suas conferências e o projeto Cam-pus Awakening (um kit de pales-tras que capacita jovens estudantes cristãos a serem influenciadores em suas universidades), que está se tor-
nando um forte vetor do avivamento espiritual entre de diferentes cultu-ras e nações.
Talvez o segredo que esteja por trás da Jesus Culture e o que os di-ferencia de outras bandas como Hill-song United – que por sinal está par-ticipando da conferência Awakening 2011 neste mês de agosto – está no formato. Enquanto muitas bandas de adoração se preocupam demasi-damente com o estilo, a produção e a adoração em si, Jesus Culture preo-cupa-se em entregar um pacote bem mais completo. Em suas conferên-cias itinerantes ao redor do mundo, promovem palestras motivacionais, cursos de capacitação de líderes, en-sinamento bíblico e fazem projetos com universidades e igrejas locais.
Ao usar a ferramenta da con-ferência (formato adotado aqui no Brasil por Juliano Son, do “Livres para Adorar”, e que tem na banda sua maior referência), Jesus Culture
Avivamento espiritual e musicaljesus culture
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mINISTéRIO
cria um distanciamento dos demais grupos de adoração. Para começar, a banda não chega, toca e vai embora, como se fosse uma atração do sho-wbiz. Pelo contrário, há uma série de atividades, nas quais uma equipe de quase 20 pessoas lidera o processo com os grupos locais. Algumas des-tas conferências chegam a durar uma semana inteira. Depois, durante a ministração, sente-se um ar de culto mesmo, com manifestações, orações, testemunhos e pregações. Algo até mais formal, contido e talvez mais sincero.
Mas é na hora da música que Jesus Culture mostra seus grandes predicados. Há sempre a preferência pela criação de uma atmosfera em cada canção, com trilhas pré-grava-das, pequenas introduções de gui-tarras ou teclados e uma explosão no final. Letras muito simples, mas de grande peso na contrição e na exal-tação a Deus.
O resultado é sempre de ar-repiar: muito pelos arranjos, que lembram Radiohead, U2, Keane e Coldplay; mas também pela voz e performance única de Kim Walker-
-Smith. Embora o grande arranjador e compositor seja o jovem Quilala, é Kim quem rouba a cena. Com seu jei-tão “out of the world” de cantar e in-terpretar as canções, é quase impos-sível não se emocionar e perceber um coração derramado aos pés da cruz. Uma entrega poucas vezes vista em concertos evangélicos. Vale a pena rodar o YouTube e encontrar os víde-os de suas performances. Destaques para os vídeos de “Revelation Song”, “How he loves us”, “Oh, Lord You´re Beautiful” e a ótima “Holy”.
a mais recente sensação da Modern Worship passa a ser distribuída no brasil pela onimusic e mostra porque vem ganhando os holofotes do segmento cristão no mundo inteiro
P O r f e r n A n D O g A r r O s
distRiBuição no BRasilNo Brasil, Jesus Culture acaba de ganhar representação pela Onimusic, que em agosto coloca no mercado os álbuns.
Come away fReedom CallingyouR love neveR fails
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INTERNAcIONAl
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take 6 o melhor grupo vocal “gospel” do mundo faz apresentações em
são paulo, rio, brasília, belo horizonte e curitiba.
D A R E D A ç Ã O
ser respeitado musicalmente na
Igreja é uma coisa. Ser respeitado
no mundo do jazz é outra bem diferen-
te. Pois o “Take 6”, grupo vocal norte-
-americano, conseguiu esta façanha e
mantém, até hoje, o título de um dos
melhores grupos vocais acapella da
história.
É bem verdade que a cultura do
harmony vocals é muito incentivada
nos Estados Unidos. Mas, até então,
os grupos cantavam num estilo mais
voltado para o country ou rythm &
blues, principalmente dentro da Igreja.
Desde o início do século XIX, as igrejas
americanas eram hostis em relação ao
jazz porque esse estilo era cantado em
clubes noturnos. E cantar no estilo aca-
pella no formato de jazz ou dou-woop
dentro da Igreja era muito ousado. O
pensamento protestante da época era:
ou cantava na igreja ou cantava em
clubes de jazz.
Assim, “Take 6”, formado por
estudantes universitários, em 1985,
começou ensaiando no banheiro da
Universidade Adventista de Oakwood
para sua primeira apresentação. Prova-
velmente, pela excelente acústica que
um bom banheiro sempre oferece.
Já que não podiam se apresentar
nas igrejas, o jeito encontrado pelos ir-
mãos McKnight foi cantar nos campi
universitários. Com o grande sucesso
que fazia, o grupo assinou com a gra-
vadora Warner Brothers em 1987 e mu-
dou seu nome de “Aliança” (sim, esse
era o nome) para “Take 6”. Atraindo
atenção cada vez maior devido ao ex-
tremo talento e a capacidade de, lite-
ralmente, brincar com a voz, “Take 6”
seguiu gravando e cantando junto com
lendas do jazz como Quincy Jones (pro-
dutor e arranjador de Michael Jackson),
Ella Fitzgerald e ninguém menos do
que Stevie Wonder.
Em 1990, So Much 2 Say chegou
ao segundo lugar na parada da Billbo-
ard destacando-se na categoria Jazz
Contemporâneo. Naquele ano, leva-
ram um Grammy para Melhor Álbum
Gospel de Soul Contemporâneo. Em
1991, He is Christmas marcou a es-
treia de instrumentos junto das vozes.
Resultado? Mais um Grammy. Pos-
teriormente, o grupo deixou a grava-
dora Warner Brothers, após Beautiful
World, e lançou seu próprio selo, com
Feels Good. Em 2008, gravaram The
Standard, onde cantaram só clássicos
americanos, com participações de Aa-
ron Neville, George Benson, Al Jarreau
e Jon Hendricks. The Standard recebeu
três indicações ao Grammy em 2009 de
melhor performance gospel, melhor
arranjo instrumental de acompanha-
mento e melhor instrumental.
O grupo veio algumas vezes ao
Brasil. Uma delas foi como convidado
do extinto Free Jazz Festival. A última
foi em 2005, no Credicard Hall em São
Paulo. Agora eles retornaram
ao Brasil para mais uma tour
que teve abertura de Le-
onardo Gonçalves e do
grupo “todosUM” em to-
das as cidades por onde
o grupo passou.
A equipe da MCS
conversou com a banda
quando ela ainda estava nos
Estados Unidos.
mCs- Como o estilo jazz ser-
viu para quebrar as barreiras
em relação à mensagem cristã
de algumas das suas músicas?
take6 - Entendemos que o jazz que fazemos é uma maneira de aproximar pessoas que gostam desse estilo de mensagem. Em outras palavras, há pessoas que jamais ouviriam a mensagem cristã se não fosse por meio de um estilo musical que apreciam. mCs- por que usar instru-
mentos agora nas gravações
e concertos ao vivo? isto não
mexeria no estilo acapella
que deu reconhecimento e
fama ao grupo?
take6- Temos usado ocasional-mente instrumentos em mú-sicas em que sentimos que os arranjos ficariam melhores. Al-gumas canções ganham mais feeling assim, e fazem mais sentido com instrumentos para nós. Tentamos ter uma mistu-ra dos dois hoje em dia. Para
mais informações basta acessar
www.take6BRasil.Com.BR
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direitoautoralNeLSON é sóciO PrOPrietáriO DA eDitOrA ADOrAnDO, resPOnsável PelA ADministrAçãO DOs DireitOs AutOrAis De DiversOs cOmPOsitOres nAciOnAis e estrAngeirOs nO BrAsil. AtuAnDO nO mercADO fOnOgráficO Há mAis De 10 AnOs, ele tAmBém é, tAmBém, criADOr DO selO Onimusic.
direitoautoralN E l S O N T R I S T Ã O
Direito moral do autorigrejas cometem falhas por falta de conhecimento da lei do direito autoral
Toda pessoa física que seja criadora de uma obra intelectual, seja ela uma música, livro, pintura, escultura, foto-grafia, enfim qualquer obra literária, artística ou científica, goza de direitos como autor, que a legislação brasileira lhe confere. A lei de Direito Autoral Bra-sileira é a de nº 9610 de 19 de fevereiro de 1998, há ainda acordos e convenções internacionais onde o Brasil é signatário e também referencias ao direito autoral na Constituição Federal no artigo 5º nos incisos XXVII e XXVIII. Os direitos do autor são divididos em duas categorias, o direito moral e o direito patrimonial.
O direito moral liga o autor à sua obra de forma permanente, sen-
do, portanto inalienável e irrenunciável. O
direito moral do autor é um di-reito inviolável e está ligado ao direito da personalidade e faz parte da
base dos direi-tos fundamen-
tais do cidadão na
maioria dos países. O direito moral do autor lhe permite:
reivindicar a qualquer tempo a autoria da obra; ter seu nome, pseudônimo ou sinal indicado ou anunciado como sendo o autor na utilização de sua obra; con-servar a obra inédita; assegurar a inte-gridade da obra proibindo alteração nela que possa prejudicá-lo ou atingi-lo; mo-dificar a obra antes e depois de utilizada (não transmissível aos sucessores); reti-rar de circulação a obra (não transmissí-vel aos sucessores); suspender qualquer forma de utilização já autorizada quan-do esta implicar em afronta à reputação
e imagem do autor, (não transmissível aos sucessores); até 70 anos após a mor-te do autor, seus herdeiros receberam os direitos autorais de suas obras.
Na prática precisamos sempre citar o autor da obra quando ela for utiliza-da. Um exemplo prático e que na maio-ria das vezes não acontece é quando as igrejas projetam as letras das músicas durante os cultos. A projeção obrigato-
riamente deveria trazer no inicio o ti-tulo da obra e o seu autor. Na maioria das vezes é projetado apenas o nome da canção ou nem isso. Algumas vezes o nome do intérprete, ou seja, o cantor que gravou aquela canção, raramente ou quase nunca se cita o nome do autor da canção. Tenho certeza que isso ocorre simplesmente por falta de conhecimento da lei do direito autoral.
Da mesma forma o autor precisa ser citado em todos os encartes de cd e dvd, e em todos os programas de TV e filmes onde sua obra é exibida.
Outro aspecto também desconhecido é sobre a impossibilidade de cessão do direito moral. É totalmente impossível que um autor ceda o seu direito moral de autor a terceiros. Ou seja, alguém que escreveu uma canção sempre será o autor da mesma e nem que ele queira pode transferir a autoria de sua criação a alguém. Não estou falando do direito patrimonial, onde o autor pode ceder seus ganhos patrimoniais totalmente ou em parte a terceiros, mas falo do direito moral de ser o autor.
Concluindo, a observância do direi-to moral do autor é algo simples de ser observado e nossas igrejas com um pe-queno esforço do pessoal do louvor, esta-riam honrando com a citação do nome do autor, essa pessoa que se dedicou a escrever a canção que tanto nos inspira a buscar a Deus.
O AUTOR PRECISA SER
CITAdO EM TOdOS OS
ENCARTES dE Cd E
dvd, E EM TOdOS OS
PROgRAMAS dE Tv E
fIlMES ONdE SUA OBRA
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mERcADO
elas também produzem
não é de hoje que as mulheres es-
tão conquistando, cada vez mais,
espaço expressivo no mercado de
trabalho. Representando a maioria
da população brasileira – mais de 97
milhões, segundo o Censo 2010 – elas
têm se destacado em várias profissões,
antes dominadas pelo público mas-
culino. O resultado, como já era de se
imaginar, tem sido pra lá de extraordi-
nário. Agora o que está em pauta é a
mulher como produtora musical. Será
que elas estão conseguindo adentrar
neste meio? O mercado ainda trata as
mulheres com preconceito? Qual a sig-
nificância delas quando o assunto é a
produção musical?
Atuando no mercado fonográfi-
co há mais de 10 anos, Nelson Tristão,
criador do selo Onimusic, diz que “nun-
ca tinha parado para pensar no fato de
que há poucas mulheres exercendo a
profissão de produtoras musicais no
mercado de trabalho atual.” Ele ainda
observa que é um pouco difícil enten-
der tal fato, já que o sexo feminino pos-
sui várias habilidades que se adequam
perfeitamente à profissão. “Afinal,
além da sensibilidade aguçada, que é
um requisito super necessário na hora
de produzir, a mulher tem um olhar
mais amplo, diferente do homem, que
foca um único ponto”, explica.
Nelson acredita que o cresci-
mento da participação feminina no
mundo da produção musical é apenas
uma questão de tempo, afinal, como
ele mesmo afirma, as mulheres têm
sido bem sucedidas nas várias funções
que assumiram. “Em minha opinião o
que vai contar mesmo é a competência
da pessoa”, finaliza.
Apesar de nunca ter parado
para pensar no assunto, Nelson sabe
bem como uma mulher pode se sair
no ramo. Sua esposa, Christie Tristão,
do Asas da Adoração, é responsável
pela produção musical tanto do grupo,
quanto de seus trabalhos solo. A canto-
ra vê diferenças no trabalho realizado
por homens e mulheres. Mas, encontra
qualidade em ambos. “A mulher é mais
emocional e detalhista e o homem
mais objetivo e racional, isso reflete no
trabalho de cada um. Não penso que
traga uma diferença no resultado em
termos de qualidade, e sim de identi-
dade. A qualidade de uma produção é
definida pela competência e seriedade
do produtor, seja ele homem ou mu-
lher.”
A história de Christie como pro-
dutora começou ‘sem querer’. “Tudo
começou no primeiro CD do Asas”,
conta. “Eu havia contratado um produ-
tor e trabalhamos juntos na pré-pro-
dução do CD. No entanto, no momento
de iniciar as gravações do CD ele teve
um problema de saúde e não pôde dar
continuidade ao trabalho. “Não tive es-
colha, precisei tocar o projeto por conta
própria” salineta.
Na época, Christie não tinha ex-
periência alguma, mas encarou o desa-
fio como um chamado de Deus. “O que
me levou a entrar na área de produção
foi a necessidade”.
Apesar de ser muito respeitada
pelo segmento, a cantora e produto-
ra admite a existência do preconceito
e observa que o cenário da produção
musical ainda é dominado pelos ho-
mens. Apesar disso, ela afirma que “É
apenas uma questão de tempo para
que mais mulheres descubram o gosto
pela produção musical e se dediquem
a isso. O crescimento da mulher no
mercado de trabalho é inevitável.”
Vera Medina é outro case de su-
cesso. Filha de artista e envolvida com
a música desde tenra idade ela é um
exemplo de que o talento ainda é o
melhor antídoto para acabar com o
preconceito.
“A área de produção é muito
técnica. Lidar com softwares, equipa-
mentos e cabos acaba atraindo pouco
as mulheres”, explica Vera. Ela conta
que no início não dava muita atenção
apesar da falta de reconhecimento, as mulheres provam que também entendem de produção musical
P O r m A y R A b O N D A N ç A
CHRISTIE TRISTÃO
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ao fato, mas acabou percebendo que
tinha um diferencial e que poderia ser
respeitada pelo que estava fazendo.
“Os homens ficam espantados e não
levam muito a sério, mas aos poucos
veem que tenho conhecimento e daí
tudo flui bem.”
Diante da maior dificuldade que
as mulheres produtoras enfrentam,
isto é “serem levadas a sério”, ela dá o
conselho: “tenha muita perseverança e
paciência para fazer algo concreto e de
longo prazo.”
Outro detalhe que garante o
sucesso de Vera é a escolha de quais
equipamentos usar. “Escolho meus
equipamentos pela qualidade e usa-
bilidade. Qualidade é tudo. Invisto em
equipamentos de ponta e acredito que
isso também me motivou a fazer as
coisas de forma adequada”, conta. Ela
diz que toma cuidado para não ir atrás
da moda e mantém apenas o que lhe
é útil.
Além de ser colunista da revista
Backstage, Vera Medina tem trabalha-
do em um álbum próprio totalmente
acústico e em um projeto de lounge,
onde trabalha profundamente as nu-
ances eletrônicas. Em seus trabalhos,
ela tem buscado aliar o visual ao áu-
dio com intuito de criar situações mais
complexas e completas. “Acho que
é importante explorar os sentidos”,
completa.
Aos 24 anos, Anelys Mellado já
entendeu a dificuldade de ser uma
mulher em um meio masculino. Bau-
ruense e apaixonada por música desde
os quatro anos, ela decidiu, em 2007, se
mudar para São Paulo e correr atrás do
seu sonho: trabalhar no meio musical.
Ao entrar no curso de produção musi-
cal, no mesmo ano, ela sabia do gran-
de desafio que encontraria pela frente.
“Me disseram, várias vezes, que eu
deveria ser duas vezes melhor que um
produtor homem para me destacar, e
tinham razão”, conta.
Anelys se formou em produção
fonográfica e sentiu na pele o precon-
ceito na hora de procurar um emprego.
Segundo ela, muitas vagas oferecidas
em produção musical são direciona-
das somente a homens. “É um ramo
complicado. O preconceito é alto. Eles
normalmente preferem homens, com
uma boa formação.” Mas, mesmo es-
tando ciente das dificuldades e tendo
que enfrentar muitas delas, a cantora
e produtora conseguiu se encontrar e,
hoje, vê seu grande sonho se tornan-
do realidade quando olha para sua
banda, a Lys. Apesar de já ter enfren-
tado diversas mudanças de formação,
o grupo luta para dar uma nova visão
ao pop/rock nacional e trabalha junto
em todos os processos. “A pré-produ-
ção é toda feita por mim, e a produção
eu vou modelando com a banda toda,
onde cada um dá o seu toque, suas
ideias e eu vou coordenando.”
Sobre o segmento, Anelys acredi-
ta que precisa haver uma evolução no
geral, não somente para o público fe-
minino. Apesar de acreditar que a dife-
rença entre o trabalho de um homem e
de uma mulher seja somente a aceita-
ção, ela também enxerga a necessida-
de de um crescimento no mercado de
trabalho e na divulgação do mesmo. O
conselho fica: “devemos nos preparar
melhor e divulgar mais os resultados.”
entreVistaroberta medina mostra que dá para ser respeitada – e muito! – em um meio domi-nado pelos homens
Filha do criador do Rock in Rio – um
dos maiores festivais de música do
mundo –, Roberta Medina foi pra-
ticamente obrigada a se adequar a
um meio onde era chamada de ‘pa-
tricinha’ e ‘filhinha de papai’. quando
deixou a filha à frente dos negócios,
roberto medina foi questionado pela
imprensa e talvez até por amigos e
profissionais do meio, mas hoje, dez
anos depois, 500 mil ingressos ven-
didos em apenas quatro dias provam
que ele estava certo. “meu pai é um
visionário, um gênio”, comemora ro-
berta.
desde que passou a tomar conta do
festival, roberta só confirmou a es-
colha certa de seu pai e o julgamento
errado de várias pessoas à sua volta.
o rock in rio foi levado para portu-
gal e espanha. ela abriu sua própria
empresa e se tornou jurada do pro-
grama ídolos da tV portuguesa.
roberta é um exemplo de quem deu
muito certo e tem um nome pra lá de
respeitado. sobre o rock in rio 2011
ela destaca os números mais impor-
tantes: “o festival vai gerar cerca de
4 mil empregos diretos e outros 7 mil
indiretos. serão 10 mil credenciados
trabalhando lá dentro. e o evento vai
injetar US$ 376 milhões na economia
da cidade. noventa por cento dos
hotéis já estão ocupados.”
f O n t e : R E V I S T A T p m – E D I ç Ã O 1 1 0
VERA MEDINA
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música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 201148
produçãodeáudioABNeR é DiretOr DO estúDiO life, fez esPeciAlizAçãO nO segmentO De sOnOrizAçãO nOs estADOs uniDOs e cOmO PrODutOr De áuDiO já trABAlHOu AO lADO DOs grAnDes nOmes DA músicA gOsPel BrAsileirA, executAnDO PrOjetOs PArA A igrejA nA AlemAnHA, POrtugAl e váriOs PAíses DA AméricA lAtinA e Oriente méDiO. AtuAlmente, ministrA cursOs sOBre áuDiO e sOnOrizAçãO em igrejAs De tODO O PAís.
produçãodeáudioA b N E R b O R b A
Caixas acústicas Hummerhayonik inova visando as igrejas de peQueno e médio porte
Em Londrina/PR, dando um curso de Sonorização para Igrejas e Auditórios, tive a oportunidade de conhecer a linha de caixas acústicas Hummer, da Hayo-nik. Líder no Brasil em sonorização para pequenos, médios e grandes ambientes, a Hayonik criou esta linha para dar o pontapé inicial no mercado de áudio pro-fissional, especialmente visando as igre-jas de pequeno e médio porte que estão se tornando cada vez mais exigentes.
O nome Hummer veio de um “jipe” de guerra projetado pelos americanos para o campo de batalha. Quase in-destrutível, este veículo fez fama pelo mundo inteiro devido à robustez, efici-ência, resistência e durabilidade destes automóveis. Daí o nome batizado pela brasileiríssima Hayonik para esta linha de caixas acústicas profissionais, se fi-zermos uma analogia do ponto de vista do áudio profissional.
Assim como os “jipões” Hummer, a Hayonik criou dois modelos de caixas desta linha. Uma para cada tipo de ne-cessidade: a HUMMER 508-Q e a HUM-MER 508-R. Em comum, os dois mode-los vem com alto falante Snake de 8” , drive de titânio e potência de 500 Watts RMS. Ambas podem ser utilizadas no modo FULL-RANGE ou BI-AMPLIFI-CADA, através de uma chave seletora atrás da caixa. Todos os modelos da li-nha Hummer vem com dois conectores Speakon ligados em paralelo na parte traseira para serem utilizados com cabo
paralelo (PP 2x2,5mm). Sobre a conexão Speakon, cabe lembrar que são utiliza-dos os pinos +1 e -1 para FULL-RANGE e para BI-AMPLIFICADO os pinos +1 e -1 para o drive e os pinos +2 e -2 para o alto falante.
FULL-RANGE é um tipo de woofer (alto falante de graves) que é projetado para responder à maior gama de fre-quências possível. Como as HUMMER
vêm com um drive de titânio associa-do ao woofer, temos um FULL-RANGE mais preciso para responder com maior eficiência a uma gama de frequências ainda maior. Para completar, temos ainda um crossover passivo interno. O crossover serve para fazer o corte de frequências específicas para o falante e para o drive. Neste caso (FULL RANGE) o crossover faz um corte entre 125 Hz (LOW) e 2.5kHz (HIGH) para o falan-te de 8” e para o drive titânio 2.5kHz e 20kHz (18 dB/oitava).
Já no modo BI-AMPLIFICADO, a cai-
xa passa a receber o áudio direto do am-plificador, e o corte de frequências passa a ser feito por um processador externo, responsável por delimitar o corte de fre-quências para o alto falante e o drive. Neste caso tem-se um domínio maior sobre a caixa.
Vamos às diferenças agora. Na HUMMER 508-Q a corneta é quadrada, de disparo a curta distância e um ângu-lo de cobertura horizontal de 60 graus. Esta é melhor para públicos pequenos que necessitam de uma boa definição. Já na HUMMER 508-R, a corneta é re-donda, de disparo a longa distância mas com um ângulo de cobertura de 45 graus. Esta é ideal para públicos de cerca de 400 a 500 pessoas , dependendo do ambiente e das possibilidades do posi-cionamento das caixas.
Ao escutá-las pude ter a experiência de ouvir a definição que elas reprodu-zem e pude sentir a sensação de uma excelente pressão sonora que elas impri-mem num ambiente. Em conjunto som o subwoofer de fabricação da própria Hayonik, estas caixas acústicas ga-nham ainda mais força em termos de som profissional.
Longe de ser um tanque de guerra para longo alcance, as Hummer de ape-nas 13kg e de dimensões 23cm x 25cm x 42cm (P x L x A) fazem jus ao nome: leves, portáteis, fortes, objetivas e pre-cisas. Ideais para combaterem o bom combate. Bom áudio pra você!
“lídER NO BRASIl EM SONORIzAçãO PARA PEqUENOS, MédIOS E gRANdES AMBIENTES, A hAyONIk CRIOU ESTA
lINhA PARA dAR O PONTAPé INICIAl NO MERCAdO dE áUdIO
PROfISSIONAl.”
música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 201150
equipamentosBATeRIA MeeD SeRIeS
a bateria adah meed series oferece total liberdade para quem quer
expandir sua criatividade, dando identidade sonora e visual para seu
instrumento.
com a melhor tecnologia no Brasil para construção de tambores, aliada
à excelência de experientes luthiers, ela se completa dando origem a
uma bateria com características únicas, com uma cuidadosa seleção de
madeiras nobres brasileiras, com os mais variados acabamentos, dos
mais clássicos aos mais modernos e arrojados. ela disponibiliza tam-
bém, diversas opções nas cores de aros e canoas.
a meed series tem acompanhado diversos musicos nos palcos do Bra-
sil a fora como : lincoln cheib ( milton nascimento) , china de castro (
dj alpiste ) , diego coelho ( ton carfi ) , daniel moyses ( Voz da verdade
/ Brothers Music ) entre outros.
com todos esses diferenciais a bateria adah meed series mostra que é
uma bateria que se adequa a qualquer estilo e gosto pra você baterista.
www.adahdrums.com.br
LINe ARRAy DIgITAL Ic8R
pode diminuir a necessidade de tratamento acústico em locais reVerberantes
sútil e estéticamente agradável, o mul-
ti-Premiado IC8R é o primeiro e único
line array digital disponível no Brasil.
Cada caixa é composta por 8 trans-
dutores coaxiais com tweeters duplos
e cada transdutor é amplificado digi-
talmente individualmente, permitindo
controle digital sobre o som. seu siste-
ma de controle Beamware, permite a
criação de até 4 raios por caixa (as cai-
xas são modulares e podem ser aco-
pladas em até 4 caixas verticalmente
aumentando cada vez mais a direcio-
nabilidade dos raios). com estes raios,
o usuário pode controlar a abertura
vertical de cada raio (de 5 a 30 graus
dependendo da configuração), a an-
gulação vertical dos raios (de -30 a
+30 graus) e até o centro acústico da
caixa (permitindo a movimentação
do centro acústico ou até o uso de di-
versos centros acústicos simultanea-
mente). esta tecnologia revolucionária
significa que o usuário pode mandar
o som apenas para a onde deseja,
sem criar refleções desnecessárias e
resultando em um som muito mais
homogêneo, natural e inteligível. ideal
para locais acusticamente difíceis, o
controle digital da série iconyx me-
lhora significativamente a qualidade
sonora e, em muitas ocasiões, diminui
a necessidade de tratamento acústico
em locais reverberantes. seu software
e processamento integrado rhaon
permite não apenas o controle do Be-
amware, mas, também possui equali-
zação integrado, compressão, limiter,
e muito mais. todos estes recursos
podem ser gravados em um dos 10
presets na própria caixa. fabricado
nos EUA, a Renkus-Heinz fornece 6
anos de garantia nas suas caixas de
line arrays digitais.
51música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 2011
EQuIpAmENTOS
peDAL DUpLO De BUMBO hp-pS02
no pedal duplo hpro da adah você encontra diferen-
ciais muito além do que você imagina.
Seu batedor com 4 faces da a opção de escolha no
timbre que deseja na hora de tocar, ele vem com cor-
rente dupla e tem um fácil e moderno travamento la-
teral além de ser muito preciso e rápido com diversas
regulagens inclusive de ângulo de batedor.
E o melhor é que o HP-PS02 com todas esses qualida-
des ele tem um excelente preço de mercado.
SéRIe 2000 SISTeMA SeM-fIO
nomeado ao prêmio tec na categoria de “melhor tecnologia
Sem-Fio”, a Série 2000 possui 10 canais totalmente compatíveis
(que permitem o uso de até 10 sistemas simultâneos), lcd no
receptor, transmissão true diversity uhf e pontos de recarrega-
mento nos transmissores. sua transmissão true diversity uhf,
seu escaneamento automático e o tone lock garantem a melhor
transmissão sem-fio na melhor freqüência disponível, sem inter-
ferência e sem fuga. outras inovações, como conectores profis-
sionais Bnc para as antenas, alimentação para antenas remotas,
cápsulas da série pro, sinal de piloto e transmissão selecionável
High-Low garantem a melhor qualidade sonora na Série 2000 e
resultaram na série 2000 se tornar o líder de mercado na sua ca-
tegoria de preço nos EUA. Melhor ainda, todo sem-fio da Audio-
-Technica possui 2 anos de garantia no Brasil.
microfone headset subminiatura
cONfORTO e qUALIDADe
headset subminiatura e totalmente flexível, o novo
BP892cW-TH é ideal para aplicações de palestras,
broadcast, locução, teatros, igrejas, e muito mais.
sua haste flexível e suporte flexível permitem
adaptação e conforto em qualquer usuário
e sua resposta ampla de 20-20.000 Hz
g a r a n - te a melhor qualidade sonora e
inteligibilidade em um headset. com apenas
2,6mm de espessu- ra, sua cápsula incrivelmente
fina suporta altos níveis de pressão sonora de até 135
dB-SPL. Nomeado ao Prêmio TEC na categoria de
“Melhor Tecnologia de Microfone”, o BP892cW-TH é
o atual líder de mercado de headsets subminiaturas.
EQuIpAmENTOS
e 2000 SISTeMA SeMA SeMA M-fIO
ENTOS
maleta audience
UM NOvO cONceITO De SONORIzAÇÃO pORTáTIL
criada pela cgarcia, a maleta audiente, foi designada,
principalmente, visando a praticidade e trazendo um
novo conceito em sistemas de sonorização portáteis.
ela é completa. com entradas usB, sd e auxiliares,
pode ser conectada a um dVd ou notebook, além de
captar, também, rádio Fm. Seus 400 watts de potência
possibilitam que o usuário sonorize um ambiente para
300 pessoas ou mais, uma vez que é possível utilizar
o seu amplificador para tocar até duas outras caixas
passivas. o equipamento é ideal para locais que não
possuem sistemas de som.
www.cgarcia.com.br
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música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 201152
equipamentos
pIANO KORg Sp 170
compacto, discreto e projetado para o mundo moderno, o piano
Digital SP-170 tem todos os elementos essenciais de um piano;
sons ricos, vibrantes e sensação de um grand piano. projetado
para reproduzir um piano acústico, o SP-170 tem design simples
e limpo, eliminando a necessidade de um painel de controle. no
lugar dos knobs, botões e chaves, o SP-170 utiliza as próprias
teclas para essas funções.
O sistema de áudio estéreo embutido tem dois alto-falantes
eficientes dentro de um encapsulamento que reforça os graves
(bass reflex), garantindo áudio de muita qualidade. Você pode
escolher entre duas cores – preto ou branco – para que o SP-170
combine com sua decoração. O SP-170 também é leve e fácil de
transportar, sendo a escolha ideal para shows ou uso ao vivo.
o teclado natural weighted hammer action (nh) tem o peso
igual ao de um piano tradicional; pesado nas notas graves e fi-
cando gradativamente leve em direção às teclas mais agudas.
os três níveis de touch control permitem resposta adequada em
qualquer estilo de tocar, preservando as expressões mais sutis
da performance!
MONOTRIBe
o Korg monotribe tem o mesmo dna analógico do
monotron com um toque a mais do rico, orgânico e
caótico mundo da síntese analógica. ainda, o mono-
tribe é fácil de usar, intuitivo e vem com uma seção
de ritmos analógicos de três partes, além do reno-
mado seqüenciamento no estilo Electribe. Complete
tudo isso com um alto-falante embutido e a alimen-
tação por pilhas e o monotribe está pronto e portátil.
características
❱ O sOm pOderOsO da verdadeira
síntese analógica.
❱ Baterias analógicas de 3 partes
cOm circuitO analógicO exclusivO.
❱ recursOs active step e Flux
permitem manipulaçãO dinâmica de
lOOp em tempO real.
❱ tecladO de Fita multiFunçãO
avançadO; mOdOs chrOmatic,
cOntinuOus & Wide.
❱ autO-tuning OFerece aFinaçãO
estável permitindO O usO da
escala crOmática cOm precisãO.
❱ FOrma de Onda dO OsciladOr
❱ sequencias aO estilO electriBe.
❱ seleciOnável, geradOr de ruídO e
FiltrO lFO versátil.
❱ utiliza O mesmO circuitO (FiltrO)
vcF dOs clássicOs ms-10/ms-20.
❱ cOnectOres sync in & Out permitem
integraçãO sincrOnizada cOm
Outras unidades.
❱ alimentaçãO pOr pilhas, altO-
Falante emButidO e tamanhO
cOmpactO garantem pOrtaBilidade.
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EQuIpAmENTOS
peDAL DAMp
o damp é o drive “pitbull”! indicado
para quem quer um timbre analógi-
co na melhor linha de classic rock e
hard rock, com um timbre bastante
carnudo os harmônicos consistentes, fazendo até mesmo uma
guitarra equipada com captadores single coils falar bem alto. o
damp é o tipo de pedal ideal para solos com sustain tipo violin,
gerando uma sonoridade bastante marcante e nada artificial. pe-
dais drive mais pesado tem a tendência de roubar um pouco do
timbre original do instrumento. a vantagem do damp é que ele
veio para somar, não para alterar. certamente esse pedal irá agra-
dar aos ouvidos dos guitarristas mais exigentes. sem contar que é
produzido artesanalmente.
AMpLIfIcADOR DAMpe 10
será que um aplificador de 10 watts inteiramente valvulado é ca-
paz de alguma coisa? Você certamente não ouviu o dampe 10, da
white and green. esse “baixinho” fala muito alto! equipado com
válvulas Electro Harmonix (Uma 6L6 na potência, e uma 12AX7 no
pré-amplificador), esse amplificador do tipo classe A, que traba-
lha tanto em 4 ohms quanto em 8 ohms, é capaz de produzir um
volume bem alto. esse modelo de amplificador, low wattage, tem
uma vantagem muito grande: trabalhar com a sua potência no li-
mite, produzindo o melhor do timbre de suas válvulas. além de to-
das as suas qualidades, o dampe 10 tem um diferencial que deixa
seus concorrentes para trás: a qualidade dos seus graves, que en-
corpam o timbre de maneira genial. o dampe 10 é excelente para
apresentações de médio porte (cerca 1.000 pessoas), gravações
em estúdio e ensaios. outra grande vantagem é seu tamanho su-
per reduzido, pois ele pode ser transportado através de um bag a
tiracolo que acompanha o produto. ou seja, para músicos que es-
tão sempre viajando e sofrem com o check in dos aeroportos por
não poderem levar seu equipamento, esse cabeçote é a solução.
amplificadores valvulados
de pequeno porte são
uma tendência mundial.
e nada melhor do que ter
um produto nacional que
põe frente a qualquer im-
portado. sem contar que é
produzido artesanalmente.
cIRcUIT BReAKeR
o circuit Breaker da planet waves possui um botão
mute (liga e desliga), que protege seu equipamento de
estalos altos e estridentes na mudança de instrumento
com o sinal ligado. com um ligeiro toque no botão, o
sinal é interrompido e a troca de instrumento poderá
ser feita sem qualquer chance de ruídos. acionando
novamente o botão o sinal é restabelecido. prático,
rápdio e seguro!
O-pORT
o equipamento é um redutor de microfonia que aprimo-
ra o som, volume, clareza e a projeção tanto do violão
acústico como elétrico. produzido com material flexível,
não prova danos no acabamento do seu instrumento.
caracteristicas
❱ sOm mais ricO, cOmpletO e altO, cOm mais clareza e maiOr
prOjeçãO;
❱ instalaçãO simples, sOltandO Ou remOvendO as cOrdas e
encaixandO O O-pOrt na BOca dO instrumentO;
❱ redutOr de micrOFOnia;
❱ dispOnível nas cOres preta e marFim e em dOis tamanhOs
para perFeitO encaixe nas BOcas largas Ou estreitas.
música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 201154
lAbequipamentos
Sax Alto eagle paganelli Signature Series
não adianta negar. a produção em es-
cala é um grande vilão quando o assun-
to é a qualidade de um determinado
produto. e no segmento da música, isso
não poderia ser diferente. com o avan-
ço das novas tecnologias e o interesse
exacerbado da indústria pela massifica-
ção dos lucros, tem sido cada vez maior
o número de empresas que opta pela
importação de instrumentos oriundos
de países como china e hong Kong.
resultado? instrumentos esteticamente
maravilhosos, porém tecnicamente pro-
blemáticos.
foi pensando em propiciar uma mu-
dança significativa neste contexto que a
indústria paulista de instrumentos musi-
cais eagle resolveu apresentar um novo
conceito em instrumentos musicais, ao
lançar o novo sax alto eagle paganelli
Signature Series. Uma produção - facil-
mente classificada como linha premium
– que foi desenvolvida em parceria com
seu endorse, o músico andré paganelli,
hoje considerado uma verdadeira lenda
do sopro no segmento da música gos-
pel contemporânea.
como o instrumento vem despertando
o interesse e a curiosidade de saxofonis-
tas, profissionais e amadores, em todo
o país, música cristã resolveu fazer um
teste e, durante uma sessão de experi-
mentação - que contou com a presença
do gerente de marketing da indústria
miguel de laet e o próprio músico an-
dré Paganelli - analisou minunciosamen-
te sua performance, salientando aqui os
principais diferenciais observados por
mim.
entre os pontos obserVados, destaco:
A liga do instrumento composta por 85% de cobre e 15% de níquel. devido
a grande utilização do cobre, esta com-
posição metálica permite o aumento da
potência, já que é o cobre que faz o som
do instrumento vibrar;
O tudel do sax. totalmente construído
em prata maciça, ele propicia uma pro-
jeção da sonoridade, tanto nas notas
mais graves, quanto nas notas agudas e
hiper agudas;
As sapatilhas de pelica italiana e o ressonador de metal. eles ajudam na
construção do timbre e na amplitude da
sonorização do instrumento;
Seu mecanismo de digitação de frases. a anatomia do equipamento é propícia
a digitação de frases curtas e rápidas;
O acabamento totalmente manual,
um novo conceito em instrumento musical
P O r m A R c O A N T O N I O
AVALIAÇÃO
aCabamento/ meCâniCa
afinação
timbre
potênCia som/ proJeção
gravação estúdio:
DeScRIÇÃO TécNIcA
❱ acaBamento laqueado
❱ CORPO CONFECCIONADO EM BRONzE 85/15
❱ tudel de prata maciça
❱ apoio de polegar reguláVel
❱ chaVe com micro regulagem de aBertura
❱ PARAFUSO DE BICO EM AçO INOXIDáVEL
❱ chaVe em fá# agudo
❱ CHAVE EM MADRE-PéROLA
❱ sapatilhas de pelica italiana e ressonador de metal
com desenhos fei-tos a mão por toda a extensão do sax. o
cuidado com o visual,
que conta ainda com
a assinatura do músico
paganelli, dão um toque
especial ao instrumento.
diante do custo versus
benefício bastante em
conta, encontrei apenas um
ponto negativo que ainda pode ser me-
lhorado: o peso do instrumento.
quanto a sonoridade e o timbre, o sax
relembra um pouco os instrumentos da
década de 50 e 60, produzidos logo após
a ii guerra mundial. feitos de refugos de
cartuchos deflagrados de armamentos e
de peças de ouro e prata, que eram der-
retidas para a produção da liga, eles se
tornaram conhecidos pelo som vibrante
e cheio de harmônicos.
os músiCos andré paganelli e marCo antonio
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música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 201156
destaqueP O r F E R N A N D O g A R R O ScRíTIcA / lANçAmENTOS
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Uma estreia de sucessoOséas Silva meu tudo
INDEpENDENTE
uma voz diferenciada pode ser o
cartão de visita de qualquer artista
que deseje encontrar seu lugar ao
sol. e o caso de oséas silva, não pode-
ria ser diferente. integrante do grupo de
louvor da igreja renascer em cristo, o
renascer praise, oséias tem voz mar-
cante. a pegada é soul, mas com uma
certa queda para o pop. depois de
compor canções para o grupo e para
cantores do meio gospel, e de ainda
alcançar um relativo sucesso com o
renascer praise, oséias sentiu que
era hora de andar com os próprios
pés. em tempo recorde, gravou
meu tudo e ao que tudo indica fez
um belíssimo trabalho. o cd tem
participações muito especiais: dJ
alpiste, maurílio santos, Barbara
amorim, danny grace e ainda conta
com um time de músicos da pesada.
o hit “meu tudo”, é uma bela canção,
com coro fácil e melodia marcante. o
carro-chefe que já está tocando nas rádios
em todo o Brasil. a música “milagre no al-
tar” reaparece aqui com uma forte balada
- característica do álbum - num dueto fan-
tástico com Danny Grace. A levada em 6/8
de “seu nome é Jesus” foi uma bela saca-
da de arranjo, que dá um groove diferen-
ciado para a música. a percussão de cara
de cobra, percussionista da ivete sangalo,
pode ser sentida na introdução de “tudo
está em tuas mãos”, que tem até citação
falada da palavra no meio. em “mover”
rola uma black music ao melhor estilo de
tim maia. Bonitos violões se destacam em
“Volta logo” e pavimentam a estrada para
a voz de oséias trilhar. aqui acontece um
clima quase que de apelo de final de cul-
to, pois a música é realmente um chamado
para que o ouvinte volte para cristo. então,
nada mais justo do que a opção pelo clima
mais intimista. Ao cabo e ao fim, trata-se
de um belíssimo cd de estreia, de uma voz
e de um talentoso compositor que, ao que
tudo indica, em breve, será um dos mais
consagrados cantores da música evangé-
lica nacional.
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música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 2011 57
cRíTIcA / lANçAmENTOS
Douglas Balmant tu és
IVc cOmuNIcAçÃO
as oportunidades vão apa-
recendo a quem tem talento
e preparação. No estilo pop/
worship o álbum – produzido
por Rodrigo Soeiro - foi gravado nos estúdios Tonelada e
salluz, em são paulo. são 10 canções, sendo 3 versões : É
Jesus (Jesus is – Hillsong London), Eu só tenho a Ti (All I have
- Vineyard), Aleluia (Allelujah - Hillsong), e ainda algumas
participações especiais. a primeira delas é helena tannure, do
ctmdt; a segunda é o coral resgate e para completar pre-
gador luo. tudo isso enriquece o talento de douglas como
letrista e compositor, qualidades que podem ser percebidas
em “seu nome é Jesus”, destaque para o arranjo de cordas.
em “eu só tenho a ti”, o looping de bateria e os violões nos le-
vam para uma agradável viagem. “maravilhosa graça” é difícil
de fazer algo melhor do que ela própria. nesse caso, douglas
apenas caminha em sua doce melodia. como estréia, douglas
fez um belo trabalho e tem tudo para ser um dos bons nomes
da nova geração de vozes masculinas do gospel brasileiro.
cds nacionaisResgatepretérito imperfeito, mais que perfeito
SONy muSIc gOSpEl
resgate é uma das referências
no segmento da música gos-
pel brasileira. neste ano, eles
comemoram seu 22° aniversário fazendo um apanhado dos
maiores hits que os embalaram nesta caminhada. o álbum
tem 19 músicas e apenas uma inédita, que recebe o título “As-
sim caminha a humanidade?” nesta obra, cujas músicas já são
do conhecimento do público, o destaque vai para o encarte,
que vem recheado de fotos dos arquivos pessoais dos inte-
grantes do grupo. No lugar das letras, podem-se ler declara-
ções da trupe contando curiosidades sobre as canções. uma
delas é a música “todo som”, que foi gravada no quintal da
casa onde Rick Bonadio montou seu primeiro estúdio - o que
só agora veio à tona -, e que teve sons reais de pássaros, entre
outros efeitos sonoros. pretérito imperfeito, mais que perfei-
to é, sem dúvida, perfeitíssimo. um belo registro de uma das
mais influentes bandas do cenário gospel nacional e que se
encontra em plena atividade, apesar da maioridade.
Brendaoutra metade
SONy muSIc
Brenda foi destaque no pro-
grama de raul gil e é a grande
aposta feminina em termos de
novos talentos da sony music
Gospel. A sonoridade mescla o estilo pop/pentecostal e, ao
que tudo indica, promete ser o maior sucesso da gravadora.
o cd conta com 12 canções, sendo 10 músicas inéditas e duas
regravações. em “Bem perto de ti”, Brenda marca presença
com uma interpretação consistente e penetrante nesta balada
pop. a ponte é muito bacana e o refrão é bem fácil, o que
mostra, de certa forma, uma fórmula para se fazer sucesso.
Boa, também, foi a ideia da participação de outros integran-
tes do programa do raul gil (Brenda, renato Viana, david air
e elissa gomes, recém contratada pela mK music), que soltam
a voz e dividem os vocais do hit “deixa deus te usar”. “não
há outro” possui um arranjo denso, recheado de guitarras,
efeitos de teclado e efeitos de ambiência. Brenda ainda vai dar
muito o que ouvir. pode escrever.
David quinlanliberdade
cANzION
originalmente este cd, liberda-
de, do irlandês -brasileiro Davi
quinlan, seria lançado apenas
em inglês e espanhol. são seis
regravações, com três inéditas e uma faixa bônus. o backing
vocal conta com nívea soares nas faixas seis, sete e oito. nas
demais, temos milena dias e felipe Valente, regidos por p.
c. Baruk . tudo está mais denso e com mais pressão neste
trabalho de david. isso pode ser notado em “ águas profun-
das”, com direito a um virtuoso solo de roger franco, cheio de
tappings e um tanto quanto datado, é verdade. em “quando
estou do teu lado” atenção para o belo naipe de cordas, um
toque de musicão” para a faixa e à leitura bíblica feita pela sua
esposa Bebel quinlan. outra inédita é “como eu te amo” , que
tem um loop de bateria e uma intervenção de uma harmônica,
bem colocados. o grande momento de “correndo” fica por
conta de um solo rápido de guitarra, com fortes influências de
metal. este cd é resultado de um trabalho que consagra o mi-
nistério de david como um dos mais influentes da atualidade.
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música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 201158
cRíTIcA / lANçAmENTOS
Deigma Marques que ele cresça
ONImuSIc
a modernidade em termos de
arranjos, dinâmicas e principal-
mente as texturas invadiram de
vez alguns ministérios de louvor
na cena gospel brasileira. É o caso do novo trabalho de deig-
ma marques. são 11 faixas, num climão ao vivo, sendo seis de
autores diversos, três de deigma marques e uma regravação
da clássica “grandioso És tu”. entre as vozes convidadas es-
tão eber rodrigues (teu Jardim), heloisa rosa (Brilha em mim),
hernane santos (minha esperança) e luciano subirá. a produ-
ção musical é de Josué ribeiro, que além de produzir o cd
anterior, também esteve envolvido na gravação, produção e
arranjos de chris duran, leo fonseca, entre outros. nos arran-
jos, pode-se notar a utilização de camadas de pads, synths e
samplers de cordas além de loops. tudo isso somado à, quatro
tracks de guitarras, executadas por fábio Batista (que acom-
panha a cantora ludmila ferber). uma das principais intenções
na finalização do projeto foi dar ao ouvinte a possibilidade de
se imaginar ao vivo numa ministração do pr. deigma marques.
cds nacionais
Jairo BonfimexclusiVamente teu
mk muSIc
Jairo Bonfim já foi backing vocal
para cassiane, fernanda Brum,
eyshila, sula miranda, Kleber lu-
cas, leonardo gonçalves, ludmi-
la ferber,cris duran, mara maravilha e até ron Kenoly. portanto,
é mais do que tarimbado para fazer sua voz ganhar o holofote.
e é isso que acontece nesse seu primeiro trabalho solo, exclu-
sivamente teu. a produção foi do pastor emerson pinheiro, e o
próprio Jairo foi o produtor vocal. o álbum também conta com
a participação especial do coral renovasoul nas músicas “Vida”
e “glorificarei . fernanda Brum também surge para dar seu
toque em “Amarra-me no teu altar”. Há ainda uma versão em
espanhol da música “exclusivamente seu” (“exclusivamente
tuyo”), que se faz presente, ampliando a abrangência do traba-
lho de Jairo. sua voz realmente impressiona. ora é um veludo,
ora é rasgado com os melhores soulmen americanos, como em
“ Vida”. o instrumental é muito competente e não deve nada
para os melhores discos gospel americanos. Bem-vindo às lu-
zes, Jairo.
Trazendo a Arcaentre a fé e a razão
gRAçA muSIc
entre a fé e a razão é o quarto ál-
bum de canções inéditas do mi-
nistério trazendo a arca, o maior
e mais importante das chamadas
“bandas de louvor congregacional” brasileiras, e que marcou
a estreia da banda com o suporte de uma grande gravadora
– Graça Music. O repertório foi produzido pelo tecladista Ro-
nald fonseca e contém 11 faixas, que surgiram durante uma via-
gem da banda à europa, em meados de 2010. o virtuosismo
do baterista andré mattos e a parceria certeira fechada com
o baixista deco rodrigues já são sentidos na faixa que abre os
trabalhos, “sobre a terra” num clima funkeado e com um refrão
empolgante, que lembra earth, wind & fire. “grande deus” tem
um looping e uma textura interessante e dá a impressão - aliás
todo álbum dá - de ter sido gravado ao vivo. Uma levada meio
pop britânica aparece em “o nardo” e “ entre a fé e a razão”,
que versa sobre o sacrifício de isaque; muito tocante, por sinal.
mais um grande trabalho de um dos mais consagrados grupos
brasileiros. talvez o melhor.
Lucas Souzatodos juntos por Você
cORAçõES
todos juntos por você foi grava-
do, ao vivo, nos dias 15 e 16 de
abril de 2010, na missão praia
da costa em Vila Velha, espírito
santo. ali participaram rodolfo abrantes, Juliano son ( livres
para adorar) e marcos almeida (palavra antiga). a história da
faixa-título é curiosa. A letra foi construída em conjunto por
ele, vários amigos e internautas, através de sugestões deixadas
no seu twitter. “não é sem razão que te amamos” possui uma
bela melodia. destaque para o slide de guitarra, que caiu como
uma luva. Rodolfo aparece em “Isaias 9”, música dele de seu
primeiro disco pós-Raimundos. Lucas e Marcos Almeida can-
tam “casa”, hit do palavra antiga e uma das mais poderosas
melodias dos últimos anos na musica evangélica brasileira. “es-
trela da manhã”, que foi gravada originalmente em 2005 no
álbum caminho de revolução, tem Juliano son, do ministério
livres para adorar, e mostra uma pegada que nos remete a
uma sonoridade bem sessentista. um encontro entre amigos,
que coroa o bom gosto de lucas.
música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 2011 59
cRíTIcA / lANçAmENTOScds internacionaischristafarino compromise
cANzION
Bob marley pode ter sido uma
pessoa controversa e, aos olha-
res de muitos, um incurável to-
xicômano. mas dentre o seu le-
gado à cultura popular, o que chama atenção é o pioneirismo
na abordagem a temas relacionados à Bíblia, principalmente
ao povo judeu. mas o fato é que foi dado ao reggae o espaço
para falar abertamente sobre ensinamentos bíblicos e cultura
judaico-cristã no pop secular e isto, sem dúvida, abriu um filão
para bandas cristãs, como a christafari, a maior e mais famosa
delas. Formada em 1989, ela agora celebra 20 anos de carreira.
nas letras, assuntos polêmicos como a cultura rastafári “gwa-
an natty”, o afastamento de deus “that none should fade
away” e até a maconha em “pure meditations”. em “most
high,” pela primeira vez na carreira, o fundador, vocalista, le-
trista e principal compositor mark mohr fala sobre seu vício de
maconha durante a adolescência. em termos de estilo, chris-
tafari faz a linha mais roots-reggae, o que para quem aprecia,
é o suficiente.
christy Nockels life light up
cANzION
christy nockels não é uma
grande compositora como re-
bbeca st James, amy grant
e outras divas gringas. mas a
produção do álbum faz parecer que sim. apesar de estar na
estrada desde 1996, Christie demorou para ser reconhecida.
isso só veio em 2005, com vários dove awards, depois de
5 álbuns, christy deu uma parada. o retorno está ai, com life
light up. “no note one” abre os trabalhos, com uma levada de
rock bem contagiante e as tradicionais gibsons cortando a
melodia. “choose” é uma balada melancólica, meio folk, meio
country, que lembra um pouco faith hill. muito bonita.”the
song of the Beautiful”possui uma introdução e uma linha me-
lódica bastante incomum, mas totalmente dentro do estilo de
christy, que beira mesmo o inspirativo. um belo cd que mos-
tra a exuberância da produção americana para composições
medianas, que influenciam diretamente no resultado final de
um trabalho.
charlie hallbright sadness
cANzION
charlie hall é mais uma desco-
berta do movimento passion
americano. pastor de adoração
em oklahoma, charlie é creden-
ciado no assunto e mostra toda sua verve de compositor e
vocalista em Bright sadness. Já em “chainbreaker”, uma mú-
sica cheia de referências estéticas oitentistas, mas com letras
profundamente enraizadas na palavra de deus, ele e sua ban-
da demonstram para onde está indo o canto congregacional
americano. em “new year” ele conclama a todos, dizendo que
“este é o tempo de nos levantarmos, como um novo ano se
levanta”. a música “walk the world” lembra um pouco david
crowder Band e a levada termina com um coro agradável e
dançante. em “thrill”, as entradas dos teclados são inteligen-
tes, criando um groove pra lá de interessante. impossível não
perceber as semelhanças com “should i stay or should i go”,
do clash em the second alive. mas as referências se dissipam
quando a musica é boa, o que é o caso aqui.
Delirious?farewell in london
ONI muSIc
delirious? o grupo que surgiu
das reuniões de jovens britâni-
cas cutting edge no início dos
anos 90. “Farewell Concert in
london” é o registro ao vivo do último concerto da mais in-
fluente banda de rock cristão contemporâneo dos últimos 15
anos. ali estão todos os grandes hits que fizeram do delirous?
“a referência na música evangélica mundial, tendo influencia-
do gente como michael w smith e hillsong united. “magesty”,
“ did you feel the mountains tramble”, “i could sing of your
love forever” , “ find me in the river”, e tantos outros. mar-
tin smith, stu g, tim Jupp, Jon thatcher, stew smith e paul
Evans, que entrou no lugar de Stew em 2008, levantam uma
plateia de 5000 lugares no mítico hammersmith apollo, em
Londres, com um set de 26 músicas. Além de música no CD,
os 145 minutos do DVD de Farewell Show contam com um ex-
clusivo documentário “On The Road – The Farewell Tour” que
inclui imagens dos bastidores e entrevistas individuais com os
membros da banda.
música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 201160
cRíTIcA / lANçAmENTOS independente
P O r F E R N A N D O g A R R O S
Os Oitavosarmas de distração em massa
INDEpENDENTE
existem dois caminhos a serem
percorridos na música evangélica
brasileira: o fácil, ou seja, fazer o que todo mundo faz e obter
sucesso com uma fórmula; ou o difícil, que é criar algo com-
pletamente novo e ter de ficar lutando pelo reconhecimento.
os oitavos optaram pelo segundo. e acabam de fazer história.
armas de distração em massa é o segundo cd da banda, que
se inspira em muse, david Bowie, delirious?, travis, 30 secon-
ds from mars e oasis. produzido por ray Z, o disco tem uma
sonoridade e texturas incomuns na música gospel brasileira e
que colocam os oitavos em um outro patamar, o que inclui os
seus ouvintes. mas é nas letras que residem o pulo do gato. Ver-
sando sobre o amor, egoísmo, fé e indiferença, a banda aborda
temas existenciais sem clichês e sem os verbetes evangélicos.
intencionalmente, fazem música para aquelas pessoas que, por
puro preconceito, jamais entrariam numa igreja evangélica. des-
taques para “frases feitas”, “papel”, o hit “tem coisas que de-
moram” e a épica “o homem que foi outubro”. com um talento
desses, os oitavos tem tudo para se tornar, junto com outros, a
ponta de um iceberg da nova música cristã que está surgindo
no Brasil. Brilhante.
Som da colheitaalguém para Vida inteira
NOVIS FIlmES
a palavra aqui é despretensão. uma câmera na mão e
a banda tocando ao pôr-do-sol, como se todos fossem
simplesmente bons amigos. esta é a receita deste clipe
singelo e sincero dos garotos do som da colheita, de
maceió. naturalmente, o ritmo é reggae, com paisa-
gens de praia e uma ode ao amor verdadeiro de uma
parceira escolhida por deus. “nosso amor não é brinca-
deira/ Nosso amor é para a vida inteira” canta o voca-
lista e pastor pf. a música já possui vários powerpoints
enamorados na internet, o que é um bom sinal, pois
mostra a abrangência romântica do trabalho, ao mes-
mo tempo em que revela verdades espirituais.
clip
es
Discopraisealtos montes
plAy yOuNg mOTION
Juntar imagens e colocar todas elas em uma edição en-
graçada sempre rende um bom material: é um truque
e uma fórmula bastante utilizados pelos produtores de
vídeo. quando a música ajuda, o resultado normalmen-
te é surpreendente. foi isso que aconteceu nesse clipe
dos brasilienses do discopraise, intitulado “altos montes”.
com a colaboração de vídeos enviados por fãs que se
esforçam para interpretar a música, além de contar com a
participação dos membros da igreja internacional da gra-
ça de são paulo, o vídeo rende bons momentos e muitas
risadas. a música é muito boa, um pop rock de levada
contagiante.
singl
esmúsica cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 2011 61
cRíTIcA / lANçAmENTOS
BertaVou confiar INDEpENDENTEBerta é uma das novas revelações que
flertam com a mpB; isso pode ser senti-
do neste seu segundo trabalho. gravado
no estúdio Vibe, em são paulo, o cd tem
conquistado o coração de muitos artistas como thales e alexandre ma-
laquias. o disco lembra os primeiros trabalhos de rebbeca saint James.
isso pode ser sentido em “Vou confiar”, uma doce canção. em “Jesus”,
Berta encanta. É extremo o cuidado nos arranjos instrumentais, gravados
por músicos experientes como ramon montagner, calderazo e rodrigo
mozar. Vale a pena conferir e esperar ainda mais dessa promessa.
gabriella Morelli totalmente teu
INDEpENDENTE
filha do cantor ademir de almeida e finalista do
programa raul gil, gabriela morelli prepara o lan-
çamento de seu cd “ muito mais que um sonho”.
por hora, já dá para sentir a força dos vocais em
“totalmente teu”. promete.
Dayana Trindadea proVa da fé
INDEpENDENTE
as melhores experiências a serem contadas são
aquelas que foram vividas. e foi depois de uma
grande batalha, vencida com muita fé e oração,
que dayana trindade apresentou este novo traba-
lho, intitulado a prova da fé. a cura do câncer de
seu esposo, além de muitas outras vitórias, estão
impressas neste disco. mais um daqueles testemu-
nhos que nos mostra o quanto deus é fiel.
Oséias Brandãopáscoa
INDEpENDENTE
primeiro single de oséias Brandão revela seu po-
tencial. um pop rock gostoso de ouvir e, cá pra
nós, muito bem gravado. destaque para o trabalho
de backing vocals, bem acabado e de muito bom
gosto. Vale lembrar que “agora eu sei o que é pás-
coa” foi tema musical da rede gospel.
Renovoclamor pelas nações
ONImuSIc
após o lançamento do cd, chegou dVd reno-vo do ministério clamor pelas nações. renovo é o quinto trabalho do minis-tério e teve participações especiais de fernandi-nho, ana paula Valadão, fernanda Brum e paula santos. “chuva” que abre
o cd, é versão do clássico rain, do delirious? e aqui recebe mais uma gravação, claro, de fernandinho, com ele próprio junto de ricardo. iné-ditas mesmo, só em “Tu não desistirás”, “Prepara-te, oh noiva” e “Toda terra está cheia da sua glória”. as demais são versões para canções anteriores de ricardo, como “que o cordeiro receba” que aqui tem par-ticipação de Fernanda Brum. Musicalmente, trata-se de um som bem trabalhado, que ganha força maior graças aos pesos-pesados que se juntaram ao projeto. no menu de extras podemos conferir a discografia do ministério e um slide show com fotos do evento, além de palavras dos ministros ricardo robortella, pastor paulo e Judson de oliveira. as duas primeiras canções fazem parte do disco anterior, “que amor é esse”. “tu não desistirás” é a primeira das três inéditas. aqui temos a participação de paula santos, esposa de fernandinho. destaque pra base instrumental que conduz a música através de uma cadência me-lódica executados pelo violão e piano. um momento poético, interes-sante e altamente criativo é encontrado na canção “no caminho para Jericó”. o hino faz alusão a parábola do samaritano relatada por Jesus em lucas 10. a gravação termina com “encontro profético de minis-tros”, onde todos os participantes, ao lado de Judson oliveira e simone robertella ministram sob a canção anterior ao fundo. Boa pedida.
dvds
singles
Intro 2x: E/ A9 /C#m7 /A9 e a9
deus mais uma vez segura em minha mão C#m7
minha alma aflita pede tua atenção a9
cheguei no nível mais difícil até aqui b9
me ajude a concluir e a9
quando penso que estou forte fraco eu estou C#m7
mas quando reconheço que sem ti eu nada sou b9
alcanço os lugares impossíveis, me torno um vencedor e a9
estou sentindo minhas forças indo embora C#m7
mas tua presença me renova nessa hora b9
o senhor vem, e me leva além e a9
o meu sonho de chegar está tão longe C#m7
sou humano não consigo ser perfeito b9
o senhor vem, e me leva além
1x Int: E/ A9 volta ao início 2x E/G# (E,D#,C#,B,G#)notas da convenção,
a9 b9
me ajude a usar com minha fé sou pequeno eu não sei ficar de pé C#m7
sou dependente, tão dependente b/d# e/g# (e,d#,C#,b,g#) Convenção
o vem senhor ao meu favor f#m7 e/g#
me ajude a ousar com minha fé a9
sou pequeno eu não sei ficar de pé me dá sua mão, b9
me tira do chão Vem me ajudar refrão em e
final sobe meio tom f bb9
estou sentindo minhas forças indo embora f/a dm7
mas tua presença me renova nessa hora C9
o senhor, vem, e me leva além f f/a bb9
o meu sonho de chegar está tão longe sou humano não consigo ser perfeito dm7 C4 C f/bb9/dm7/bb9
Vem senhor, vem, e me leva além
cIFRAS
sou humanoBRUNA KARLAtom: e
P O r l u c A S O l I V E I R A
C4
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EDITORIA
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a9 b9
me ajude a usar com minha fé sou pequeno eu não sei ficar de pé C#m7
sou dependente, tão dependente b/d# e/g# (e,d#,C#,b,g#) Convenção
o vem senhor ao meu favor f#m7 e/g#
me ajude a ousar com minha fé a9
sou pequeno eu não sei ficar de pé me dá sua mão, b9
me tira do chão Vem me ajudar refrão em e
final sobe meio tom f bb9
estou sentindo minhas forças indo embora f/a dm7
mas tua presença me renova nessa hora C9
o senhor, vem, e me leva além f f/a bb9
o meu sonho de chegar está tão longe sou humano não consigo ser perfeito dm7 C4 C f/bb9/dm7/bb9
Vem senhor, vem, e me leva além
cIFRAS
samba pra deusLUIz ARcANjOtom: D
(intro) D6/9 c6/9 d7+9 g#m7/11 g7/11# f#m7/11
Ah! Quando eu era meni............no eu quis C#m7/5b f#7/13b bm7/9
quis cantar samba pra deus ou...................vir d7/9 g6/9 f#7/13b f7/13
mas alguém cruel me di........sse que em7/9 eb79 d7+9
deus não gostava de sam...ba, e ai g#m7/11 g7/11# f#m7/11
O meu coração meni.............no chorou C#m7/5b f#7/13b bm7/9
E o que eu vou cantar pro meu Senh............or am7/11 g6/9 f#7/13b f7/13
se meu samba é o meu me......lhor em7/9 eb79 d7+9
me senti frustrado, triste e só g#m7/11 g7/11# f7/13
chorei escondido, e em enquanto escondido insistia C#m7/5b f#7/13b bm7/9
cantando pra Deus e batendo na lata vazia e7/9/11 e7/9/11#
Eu não saberia explicar a certeza que vinha
e7/9 a7/13
Que Deus lá do alto ouvia, gostava e sorria Refrão d7+9 C#m7/5b f#7/13b bm7/9
Ah! Deixa eu cantar do jeito meu f#m7/5b b7/9b e7/11# e7/9
E se eu dançar vai ser pra De...........us a#6/9 C6/9 d6/9
Só pode dizer o que é isso alguém que sentiu C#m7/5b f#7/13b bm7/9
Deus ouve além de uma can..ção f#m7/5b b7/9b e7/11# e7/9
Sabe o que vem do cora....çã...........o a#6/9 C6/9 d6/9
O que há de errado em cantar um som do brasil Int: D6/9 c6/9 FINAl : D6/9 c6/9
P O r l u c A S O l I V E I R A
a#6/9
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e7/9
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música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 2011
EDITORIA
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EDITORIA
64
RIO gRANDe DO SUL As 10 mAis
# mÚsiCa aRtista
1 RESSUSCITA-ME ALINE BARROS
2ÁRVORE DE BONS FRUTOS PREGADOR LUO E APC 16
3 ARCA DA FÉ MINISTÉRIO ARCA DA FÉ
4AINDA QUE A FIGUEIRA FERNANDINHO
5 DEUS DA MINHA VIDA THALLES ROBERTO
6 LUz DO MUNDO CHRIS DURÁN
7 ATÉ QUANDO ANDRÉ VALADÃO
8 UM NOVO VENCEDOR DAMARES
9FAz UM MILAGRE EM MIM RÉGIS DANESE
10 ISAíAS 9 RODOLFO ABRANTES
FONTE: REDE mENSAgEm 97,9 Fm
MINAS geRAIS As 10 mAis
# mÚsiCa aRtista
1 SABOR DE MEL DAMARES
2 ELE VAI CUMPRIR MARCOS NUNES
3 DEPOIS DE TUDO BANDA RESGATE
4 ATÉ QUANDO ANDRÉ VALADÃO
5 A TUA GLÓRIA FERNANDA BRUM
6 CELEBRAREI CASSIANE
7 METADE DO FILHO ARIELLY BONATTI
8 MUDA A MINHA VIDA ALEX E ALEX
9 NÃO MORREREI MARQUINHOS GOMES
10 RESTAURA A FAMíLIA CRISTIANE FERR
FONTE: RÁDIO 107 Fm
RIO De jANeIRO As 10 mAis
# mÚsiCa aRtista
1 RESSUSSITA-ME ALINE BARROS
2 UMA COISA NOVA MARQUINHOS GOMES
3 ATRAVESSEI A POçA MC’S TIAGO E DIOGO
4 DIAMANTE DAMARES
5 E-MAIL WILLIAN NASCIMENTO
6 PAPEL DE BALA CASSIANE E JAIRINHO
7 OFERTA VIVA MARCELO NASCIMENTO
8 PRA QUÊ CHRIS DURÁN
9 O NOSSO DEUS É FIEL KLEBER LUCAS
10 A ESPERA DE UM MILAGRE SHIRLEY CARVALHAES
FONTE: RÁDIO mElODIA 97,5 Fm
RIO g. DO NORTe As 10 mAis
# mÚsiCa aRtista
1 COVARDIA LÉA MENDONçA
2 MESTRE LIz LANNE
3 O TRIBUNAL ARIELLY BONATTI
4 NA FILA DO BANCO UNçÃO DE DEUS
5 OUTRA METADE BRENDA
6 VITÓRIA NO DESERTO ALINE BARROS
7 INIGUALÁVEL SENSAçÃO PÂMELA
8 UM HOMEM DE BEM ANDRÉ VALADÃO
9 ESCONDIDA EM DEUS JOzYANNE
10 ESPíRITO SANTO SARANDO A TERRA FERIDA
FONTE: RÁDIO gOSpEl Fm 102,3
eSpíRITO SANTO As 10 mAis
# mÚsiCa aRtista
1SEGURA NA MÃE DE DEUS WAGUINHO E THIAGUINHO
2 RESSUSCITA-ME ALINE BARROS
3 SOL E LUA TEMPERO DO MUNDO
4 PROPÓSITO MARCUS SALLES
5 GRAçA KARLA MALTA
6EU TENHO UM PACTO COM DEUS MARCELO AGUIAR
7MARCADO COM SANGUE ALÉM DO VÉU
8ENTRE A FÉ E A RAzÃO TRAzENDO A ARCA
9 A MINHA FAMILIA REGIS DANESE
10 CONTINUAR OFICINA G3
FONTE: RÁDIO A cOR DA VIDA 102,9 Fm
SÃO pAULO As 10 mAis
# mÚsiCa aRtista
1 ÁGUAS VIVAS ADORAçÃO E ADORADORES
2 JESUS KIRK FRANKLIN
3SE EU NÃO TIVESSE A TI RENASCER PRAISE
4 SWEET REVENGE BARLOW GIRL
5 THE MOTIONS MATHEW WEST
6 NADA É IMPOSSIVEL PREGADOR LUO E CHORÃO
7 STAND UP SUPER CHICK
8 GRANDES COISAS FERNANDINHO
9 ALÉM DOS LIMITES IGREJA APOSTÓLICA RHEMA
10 TAKE YOU BACK JEREMY CAMP
FONTE: RÁDIO gOSpEl Fm 91.1
1
ALINe BARROSrio grande do sul
LéA MeNDONÇArio grande do norte
MARqUINhO gOMeS
rio de Janeiro
wAgUINhO e ThIAgUINhO
espírito santo
ADORAÇÃO e ADORADOReS
são paulo
1
1
1
2
Sp
Mg
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RN
Rj
RS
DAMAReSminas gerais
1
música cristã & sonorização ||||||| AGOSTO / SETEMBRO 201166
agendaagendaou
tubr
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tem
bro TAKe 6
LeONARDO gONÇALveS e TODOSUMBElO hORIzONTE – MgcheVrolet hall
cOnferÊnciA DunAmisLUcAS SOUzA BANDA INAvITÓRIA – ESteatro sesi
cOnferÊnciA rADicAis LIvReS 2011LeO fONSecA feRNANDINhO NíveA SOAReS MINISTéRIO NOvA geRAÇÃOgOIANIA – gOginásio goiÂnia arena
cOnferÊnciA DunAmisLUcAS SOUzA BANDA INAvITÓRIA – ESteatro sesi
AlDeiA gOsPelBANDA ReSgATeOpUS DAICAMAqUã – RSparque do sindicato rural
TAKe 6LeONARDOgONÇALveS e TODOSUMRIO dE jANEIRO – RjcitiBanK hall
MARIANA vALADÃO ARACAjU – SE
TALITA pAgRIARINSãO PAUlO – SPpaZ e Vida crastro alVes
AlDeiA gOsPelDAvID qUINLANCAMAqUã – RSparque do sindicato rural
TAKe 6LeONARDO gONÇALveS e TODOSUMBRASílIA – dfcentro de conVençÕes ulYsses guimarães
LUIz ARcANjOAMERICANA – SP
NíveRA SOAReSAlCANTARA – MApraça da matriZ
pg e BANDA KATSBARNeACURITIBA – PRcuritiBa master hall
cASSIANegOvERNAdOR vAlAdARES – Mgcentro de conVençÕes da uniVale
vi inDePenDÊnciA em cristOfReD hAMMONDfeRNANDINhOBARUERI – SPpregador luo
BARREIRO – MgAvIvA TIROl
fERNANdINhOfOz dO IgUAçU – PRgresfi
BANDA ApOgeUMOgI dAS CRUzES – SPmarcha pra Jesus
RODOLfO ABRANTeSBElO hORIzONTE – MgBolda de neVe church
DAMAReS e BANDABRASílIA – dfáREA CENTRAL 4 RIACHO FUNDO
LIvReS pARA ADORARITAjAí – SCmeVam
jOzyANe 3° ANIvERSáRIO dE AdOlESCENTES - PIlAR dUqUE dE CAxIAS – RjigreJa assemBlÉia de deus
DAvI SAceRSERTãOzINhO – SPfesta da paZ festadapaZsp.com.Br
OfIcINA g3IjUí – RSestação da mata
NANI AzeveDOdUqUE dE CAxIAS – RjassemBleia de deus saracuruma
eXpOcRISTÃSãO PAUlO – SPanhemBi
eXpOcRISTÃSãO PAUlO – SPanhemBi
14h00 - paulo RogérioRodrigo Soeiro (espaço cultural)
17h45 – voz da verdade18h00 – Oséas Silva18h15 – elaine de jesus18h30 – álvaro Tito18h50 – Danielle cristina19h – Renascer praise19h20 – cassiane19h40 – Raquel Melo19h50 – Brenda20h05 – Marcelo Aguiar 20h20 – Damares 20h15 – Marquinhos Menezes e Lilian20h50 – Aliança do Tabernáculo
20h25 – Além do véu20h40 – Talita pagliarin21h05 – paulo césar Baruk21h20 – celinha Bastista e Douglas Balmont21h30 – Tan Lan21h45 – carlinhos félix21h55 – Maria pugliese22h05 – wesley Ross
eXpOcRISTÃSãO PAUlO – SPanhemBi
10h00 - Nani AzevedoCElEBRAçãO dA UNIdAdEpalco principal
14h00 - Celebração Line Records19h – 22h - Show da fé MINISTéRIO RR SOARES
cOnferÊnciA OxigÊniOjARS Of cLAy ThALLeS pALAvRANTIgARECIfE – PEteatro da ufpe
pg e BANDA - grAvAçãO cD e DvD AO vivOSãO PAUlO – SPigreJa BíBlica da paZ
chRIS DURANARAUCARIA – PRigreJa assemBleia de deus ministÉrio madureira
BANDA ReSgATeCONfERÊNCIA NAçãO jOvEMGOIÂNIA – GO
eXpOcRISTÃ SãO PAUlO – SPanhemBi
14hs - 18hs - Rede Novo Tempo
cOnferÊnciA OxigÊniOjARS Of cLAy ThALLeS pALAvRANTIgARECIfE – PEteatro da ufpeV
eXpOcRISTÃSãO PAUlO – SPanhemBi
CElEBRAçãO INAUgURAl
10h00 - Asaph Borba e Oséas Silva
DOUgLAS BALMANTCONfERÊNCIA vÔE MAISalto espaço cultural
eXpOcRISTÃSãO PAUlO – SPanhemBi
14h00 - eliane Lopesvandersil (espaço cultural)
ANDRé vALADÃOMORRO AgUdO – SP
pAULO cezAR BARUK e BANDA SALLUzBARUERI – SPig. assemBlÉia de deus
pg e BANDACONCEIçãO dE APARECIdA – Mgpraça João BrBosa soBrinho
DAMAReS e BANDASAlvAdOR – BAPARQUE DE EXPOSIçÕES DE SALVADOR
KIRK fRANKLINOlyMPIA - SPBola de neVe
MARIANA vALADÃOITAgUAí – Rjig. mundial missão niKKei.
KIRK fRANKLINOlyMPIA - SPBola de neVe
feRNANDINhOSãO gOTARdO – MgPARQUE DE EXPOSIçÕES
BRUNA OLLyMONTES ClAROS – MgigreJa presBiteriana
Dj ALpISTeBElfORd ROxO – Rjesporte cluBe sueca
OfIcINA g3MAREChAl CÂNdIdO – PRcentro de eVentos
BANDA ReSgATehORTOlÂNdIA – SPshopping metropolitano
pg e BANDAdOURAdOS – MStenda iBmr
ThALLeSBElO hORIzONTE – MgcheVrolet hall
ANDRé vALADÃOgOvERNAdOR vAlAdARES – Mgcampo do democrata
DAvID qUINLANTAqUARA – RSass. dos motoristas
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