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Mulheres de Bucos: Casa da Lã
Museu das Terras de Basto
Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto
Isabel Maria Fernandes
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Museu das Terras de Basto (Cabeceiras de Basto)
Trata-se de um museu polinucleado existindo neste momento três núcleos:
• Núcleo Ferroviário de Arco de Baúlhe
• Núcleo Museológico do Baixo Tâmega
• Casa da Lã
O Museu das Terras de Basto pediu recentemente a adesão
à Rede Portuguesa de Museus (Instituto dos Museus e da Conservação /
Ministério da Cultura)
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Mulheres de Bucos
• Existe há vários anos um grande envolvimento da Junta de Freguesia e do Município na preservação do trabalho
da lã em Bucos.
• Todas as quintas-feiras à tarde, incentivadas pela Dona Ana Brás, um grupo de mulheres de Bucos reúne-se na
sede da Junta de Freguesia para trabalhar a lã.
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Mulheres de Bucos
• Dá gosto ouvi-las falar de outros tempos, enquanto as mãos se movimentam a lavar, a secar, a esguedelhar, a
cardar, a emanelar, a fiar, a ensarilhar, a dobar e a tecer.
Só que hoje já não levam, como o faziam há muitas dezenas de anos atrás, as mantas e cobertores a pisoar num dos
pisões de Bucos, porque os tempos são outros e outros são os aconchegos e as vestes das nossas gentes.
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Em 1940, o trabalho da lã em Bucos mereceu a atenção de um
investigador
«O administrador do concelho, no intento justo e bem compreensível de propagandear
as «especialidades» da terra, promoveu uma exposição em que figuravam mantas,
capuchas, peças de burel, ‘bicas’ de manteiga, etc.
O inesperado ou o desconhecimento por parte dos viajantes da maioria dos produtos
expostos constituiu um verdadeiro sucesso e redundou em fartos benefícios.
As mantas coloridas, ou melhor, as cobertas e as capuchas tiveram uma tal procura que
breve se acabaram as expostas e as encomendas sucederam-se, mesmo depois de
decorrido algum tempo.
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Em 1940, o trabalho da lã em Bucos mereceu a atenção de um investigador
«O burel sai do tear pouco espesso e é preciso pois apisoá-lo (…). O modelo dos pisões do Barroso é este: - roda hidráulica exterior, com um
eixo quadrangular em carvalho ou castanho que termina em uma espeque ou pilar no interior do moinho ou engenho.
(…) Lembrarei que, Bucos, – centro desta indústria – , disputou galharda e nobremente «a final» no concurso «galo de prata».
Os pisões trabalham durante 3 a 4 meses e pagam de indústria perto de 200$00, o que faz, com que dentro em breve desapareçam, tal o
ónus que os sobrecarrega.
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Em 1940, o trabalho da lã em Bucos mereceu a atenção de um investigador
(…) As mantas policromas foram, de facto, o principal chamariz. Tanto podem servir de colcha, coberta de cama, como de tapete. São
tecidas em teares manuais, muito rudimentares e gastam 1,5 Kg de lã lavada – ou 3 Kg de lã churra e 500 grs de algodão para «tapar ou
encher». Medem geralmente 2 m2 e o preço varia entre 50 e 60 escudos.
É muito provável que, se às tecedeiras fornecessem desenhos ou motivos curiosos, essas mantas teriam outras aplicações mais
diversas….
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Casa da Lã: o projecto«se às tecedeiras fornecessem desenhos ou motivos curiosos, essas mantas teriam outras aplicações mais diversas….»
É exactamente essa a principal intenção do projecto Casa da Lã de Bucos
MISSÃO:
A Missão da Casa da Lã de Bucos é «mantendo a tradição no fiar e no tecer, procurar novas funções, modelos e
padrões para os trabalhos de lã»
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Casa da Lã: o projecto
OBJECTIVOS:
• Inventariar as técnicas utilizadas
• Reunir espólio relacionado com o trabalho da lã
• Entrevistar as pessoas que estiveram ou ainda estão ligadas ao trabalho
da lã
• Criar um arquivo documental, fotográfico e fílmico
• Promover cursos para ensinar as técnicas relacionadas com o trabalho
da lã, de modo a que a arte não morra
• Contribuir para a criação e manutenção de postos de trabalho
• Promover a qualidade estética dos produtos, criando novos modelos
• Promover a distribuição dos produtos realizados
• Criar um núcleo museológico sobre o trabalho da lã em Bucos
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Casa da Lã: o que já foi feito
Tendo em vista trazer a contemporaneidade a estes trabalhos ancestrais o município convidou a estilista Helena
Cardoso a colaborar com estas mulheres ajudando-as a realizar novas peças.
Sob a orientação desta estilista cada uma das 10 artesãs executou duas peças que se encontra expostas nesta
certame
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Casa da Lã: o que já foi feito
• Escolha do nome para o grupo - Novelo de Lã
• Criação do logótipo por Rita Faria e Tiago Couto
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Casa da Lã: o que já foi feito
• Levantamento fotográfico e realização de um vídeo por alunos da Escola de Belas Artes do Porto
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Casa da Lã: as nossas artistas
I l í d i a M a te u s O l i v e i ra
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Casada Lã: as nossas artistas
Ana Francisca Teixeira Pires
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Casa da Lã: as nossas artistas
Maria Teresa Senra Simões
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Casa da Lã: as nossas artistas
Elisa da Conceição Gonçalves Brás
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Casa da Lã: as nossas artistas
Adelaide Machado Fernandes
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Casa da Lã: as nossas artistas
Ana Gomes Brás
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Casa da Lã: as nossas artistas
Teresa de Jesus
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Casa da Lã: as nossas artistas
Maria Quintas Simões
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Casa da Lã: as nossas artistas
Maria Jorge Gonçalves
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Casa da Lã: as nossas artistas
Maria da Conceição Dias Rodrigues Ramalho
CoordenaçãoMunicípio de Cabeceiras de BastoPelouro da Cultura
ApoioJunta de Freguesia de BucosEmunibasto, E.M.
Responsável técnicaIsabel Maria Fernandes ([email protected])
EstilistaHelena Cardoso
Vídeo e fotografia
João GiganteMiguel ArieiraAna CastroSusana LageFábio Santos
LogótipoElástico Design
Técnica de apoioBenta Machado Gonçalves Serra Pacheco