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A9igto II l&iazil — _Bi«i» «le Jancir» — 1883 — ilareo —* 15 í%. 5.»
ASSIGN ATURASpar-v o iNTuruon e exteiuoií
Semestre, . . . t'>#000
Os Srs. Agentes do Cor-reiode todas as localidadesaceitam assignat.uras.
ESCaiPTORlp
RUA DA CARIOCA 1202.° andar. %mm mm^mwmm
ongnmw
KEL^OilMADOLl
Rogamos ás pessoas que desejaremassignar o Reformador, queiram uti-lisar-se do direito que lhes confere oRegulamento dos Correios do Império,approvado pelo Decreto m 3443, re-mettendo aos Srs. Agentes apenas onome, residência e Gí?'J00, sem outradespeza, nem incominodo para o As-signante, em vista do Art. 114 dasInstrucçõe.s daquelle Regulamento.
18S3—Março—15.
CASAMENTO CIVIL
Seguindo òsdictaraes daconsciencianão podia ceixar,a redaccão de umórgão evolucionista, do dar o seu voto,na magna e discutida questão do casa-mento civil.
Nessa questão,como em todas quan-tas tratarmos, nos apresentamos no ter-reno da imparcialidade.
Já dissemos e o repetimos : não te-mos idéias preconcebidas, c: nere mos obom, o bello e o verdadeiro 1
Também adoptamos como divisa—averdade, não importa porque boca ; obem, não importa porque mão : isto é,
-ín^^wmiius~a~vèrdade dos lábios dè'um ignorante ou de um sábio,e o bemdas mãos de um perverso ou de umvirtuoso.
Por muitos pontos de vista se pôdeconsiderar a questão do casamento ci-vil; porém preferimos consideral-a sobo ponto de vista puramente religioso,eo que mais tem um ;caracter local,o ponto de vista catholico.
Nossa alma exulta de gratidão pe-rante os venerandos vultos, que enri-
quecem a historia da Religião Catho-lica Apostólica Romana, cheios de vir-tudes e de saber que consagraram aexistência inteira em conduzir ao-ca-minho do bem, entes que viviam tran-s via dos.
Existem hoje, com certeza, muitossacerdotesillustrados.inspirados pelossentimentos mais puros, de uma con-sciencia lúcida, de uma alma cheia defé; os quaes, si eombattem o casamentocivil, temos certeza, não é pelo sórdidointeresse, mas apenas porque julgamprofanar o germen religioso que todosos homens tem, fazendo extinguir estegermen em lugar de lhe dar nova for-ça, nova luz, na consuminação de umsacramento, que tem todos os requisi-tos necessários para despertar a féadormecida.
A esses portanto, é que dirigimosas nossas palavras.
Temos em vista preparar essesdignos sacerdotes, para acceitaremcomo mais conveniente,arealisaeão deuni facto que indubitavelmente se hade dar — a decretação do casamentocivil.
Prevemos q.ue,sièllès nãocoinpreen-dessem a necessidade, a conveniênciapelo lado religioso, entregariam suaalma á tristeza, ficariam por um ins-tante, talvez, com a fé abalada, pen-Mando que Deus tinha abandonado ahumanidade; e '"ós, que ternos umaalma compadeci Queremos poupar-lhes as lagrimas.
——o—
& flrttB-flflBíTBM
O QUARTO DA AVO'ou
A fleiâcEtlailc i.a iami-itippn
*Mull°. MONNIOT
Ordeno-vos que vos ameismutuamente.
(EVANG. S..l(i.U), XV, 12). *TRADUZIDO PÓit U. O.
IIA CHEGADA
(Cunlinuasilo)
Fliza sentio-se pucliada para traz porduas pequenas mãos robustas, qne u força-ram ti voltar-se.
Eíln vio-se em presença dc dois olhosazus e de uma rosca, oócea, rindp-sc commalícia da psça pregada á Mathilde.
Era Fannv.Assim eollocãdaentre suas duas primas.
Eliza beijou primeiro Fannv que o exigia
* *
A grandeza de uma Religião, o seupoderio,nunca pôde estar na força ma-teriaí, nem no auxilo das leis civis;mas, no seu reino moral, no numerode. vassallos que como cordeiros acoin-
panham o seu pastor, obedecendo ássuas ordens, não porque lh'as impõepela força, mas porque os dirige pelaconvicção.
A ReligiãoCatholica pôde collocar-se nessas condições, pôde procederdesse modo. porque, segundo os dadosofficiaes, no Brazil, a maioria dos ha-bitantes, é catholica, e ainda (pie alei civil não obrmuo essa maioria ca-
o depois Mathilde, cujo beijo pareceu-lhefrio.A tt riba indo essa friezaá preferencia dada
por força á Fannv, ella sentio por Mathildeuma espécie de reconhecimento.
O Sr. Valbrum disse um tanto severa-menti; á Fannv:
Porque nao começaès por vossa avó?Fannv, perturBuda, fez um pequeno mo-
mo, e não offereccu á sua avó senão umrosto enrubecido.
.\ Sra. Valbrum pareceu não notai-o eapertou-a aff"ctuosamente cm seus braços.
A mulher do Sr. Adolpho apepu-se(>m ultimo lugar, depois de ter entregueao criado o menor dos meninos adormecidoque ella mostrou com orgulho ;i Sra. Vai-brum.
lira um magnífico menino de quatroannos.
Este « deseneaxotamento » da família (se-gundo a expressão de Fannv) fez-se em ai-guns segundos, posto que tenha mos gasto,muito mais para narral-o.
A Sra. Valbrum conduziò o Sr. Adolphoe sua mulher a seus quartos atim de ahidescansarem um pouco antes do jantar.
Flisa encarregou-se de mostrar a suasprimas o quarto que lhes estava destinado.
Que velha casa! exclamou Fannv,
tholica, a ir á Igreja, ella irá espon-taneamente.
Pela mesma razão, si as leis não im-pedirem que qualquer catholico vásatisfazer o impulso da sua fé, rece-bemlo a consagração religiosa do seucasamento civil, elle se apressará aguiar seus passos ao seio da Igreja ; eella então, com júbilo e amor,, poderádizer : Para o inundo não precisavasde mim, e si aqui vieste, tenho cer-teza que não pôde ser a hypocrisia oua satisfação á sociedade profana o queaqui te trouxe, mas o amor que meconsagras,a crença verdadeira na exis-tencia de Deus e a fé ardente n'umavida futura.
Agora pediremos em nome da cari-dade, perante a lei de reciprocidade, eainda, mais para servir de escudo aoscatholicos,que residem em paizes aca-tolicos, que a lei do casamento civilseja decretada.
Em nome da caridade pedimos porque é um crime augmentar-se a di-vida moral de um incrédulo.
E' faltar á caridade perante a nossaconsciência,exigirmos que um homemminta para obter um direito, quandoesse direito se lhe devia garantir pelaverdade.
Não havendo o casamento civil,estámoralmente obrigado a contrahír ocasamento religioso, aquelle homemque, apezar de não pertencer a cultoalgum, sentio n'alma o gr .nele cultodo amor.
Pediremos,perante a lei de recipro-cidade aosCatholicos do Brazil que en-sinem como exemplo aos Acatholicos,dos paizes em que não se tolera anossa religião, a serem os primeiros apugnarem pelo casamento civil.
Sim ! é indispensável darmos esteexemplo, para salvarmos os Catholi-cos. que existem naquelles paizes, de
subindo a larga e fria escada. Fila tem,pelo menos duzentos- annos. Sabeis, minhapriniivj que muito vos lastimo por morarésaqui?
Porque? perguntou Fliza estupefacta.Não sou eu aqui feliz com nossa cara avó?
Oh ! é verdade que nossa avó pareceboa; mas...Calla-te, Fany, interrompeu Mathilde;
vais como sempre tagarèllar a torto cadireito? Fliza foi criada nesta casa, com aqual está habituada, não aehando-a. por-tanto, talvez triste.
Não, por certo, respondeu branda-mente. Fliza; mas muito sentiria se ella vosproduzisse esse effeito; somos tão felizesrecebendo-vos riella!
Sois demasiadamente boa, minha pri-ma, continuou Mathilde, e nós estamosmuito commovidas pelo vosso ae dhimento,crede-o.
Fliza affligia-se com esse ton ceremo-nioso : ella preferiria menos política e maisfranqueza; assim, asohservaçôcsde Fannv,que, a propósito de tudo, clamava, apezardas olhadelas severas de Mathilde, choca-vam menos a terna [menina, do que a friareserva e altivas maneiras desta.
Fste 6 o nosso quarto ? — exclamou
PUBLICAÇÕESNAS S1ÍCCÕKS 1.1VUHS
Por linha . . #100As a.ssignaturas «lo Ri;-
formador terminam em .1 u-nho e Dezembro.
ESCRIPTORIO
RUA DA CARIOCA 1202." andar.
serem forçados a se conservarem celi-batàrios, a serem apontados comoconcubinarios, hypocritas, ou a abju-rarem a religião.
Tomamos como exemplo uma jovenCatholica, orphã, abandonada, que serecolho ao lar de umCatholico sincero,e este depois de- consagrar-lhe umpuro amor quer dar-lhe o nome de es-posa.
Si busca os cultos alli estabelecidos,para dar-lhe a saneção do matrimônio,commette uma abjuração hypocrita ;e si contiuúa a conviver com a jovensem um acto externo religioso ou civilmuito embora conservem a purezacom tudo servem de elemento de es-candalo, e moralmente para todos ees-pecialmente perante a lei sãoamance-bados,isto é, a lei,não lhes reconhecenenhuns direitos matrimoniaes.
Entretanto, existindo alli o casa-mento civil esses Catholicos podem „.garantir os direitos de herança aseus filhos, sem serem perjuros atéque um dia poderão alcançar o sacra-mento religioso e terem a consciênciatranquilla de que não deram escândaloporque seguiram os princípios de S."Paulo -. « oi na„ J ser castossedes cantos. »
Não queremos mais nos estendercom relação a estas idéias, porque su-pomos que aos illustrados sacerdotes,aquem consagramos estas palavras, ei-Ias são sufficientes para desp.írtar emsuas almas o desejo de propagarem oCasamento Civil.
A Religião que lhes confiou a mis-são de serem pastores dos homenstransviados será mais gloriosa, maisresplandecente, mais santa no dia emque abandonar a fraqueza dc impor elançar mão do poder da convicção,isto é da PORCA DE ATTRACÃO.
Fannv. Ainda bem, é mais bonito do queeu esperava. Onde éo vosso, Eliza?Aqui, ao lado, respondeu Fliza co-
rando.Oh ! mostra-o-nos agora mesmo !Quanto cs indiscreta! disse Maihilde,
com impaciência; talvez Eliza não desejeconduzir-nos a seu quarto.Ao contrario, disse Fliza, desejo pro-var-vos immediatamcnte, que ahi sereissempre bemvindos!
E retomando a luz, ella fez entrar asduas irmãs no quarto immediato.
Mas, é uma cellula, isto! exclamouFannv; nada lhe falta, nem mesmo o cru-cifixo! Porque não habitaes antes o quartoque nos deram ?
Prefiro muito que ahi estejais, pois quevos agrada mais que o meu...Mathilde fez uma meia inclinação, muito
graciosa.Fannv abraçou sua prima, dizendo ;Papá tinha razão pensando que nós te
amaríamos!Fliza beijou-a e seus olhos encheram-se
de lagrimas; mas ella voltou o rosto paraque suas primas não o vissem.
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(Continua.)
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Sr. Dr. E. Q. — Agradecemos atraducção da importante sessão dematerialisação; a seu tempo será pu-bl içada.
Sr. J. B. A.— Apreciamos muito oseu trabalho, mas referindo-se a indi-vidualidades não pôde ser publicado:salvo se quizer modifical-o no sentidode interesse geral.
SR. *** — Enganou-se na porta.. .
Sr. G. P. de Campinas.—Continua-mos a remetter-lhe a folha do Sr. F.Tornotti; porque antes de partir paraa Itália elle nos fez este pedido.Quantoat) segundo ponto nos entenderemosem Abril quando vier a esta capital.
Sr. A. de T. de Campo Bello. —Agradecemos o seu trabalho. Quantoao numero que não recebeu fazemosnesta data segunda remessa.
Recebemos e agradecemos O Par-tido Conservador da Franca. Brevesconsiderações sobre a política hódierna
pelo Bacharel Estevam Leão Bourròul.Em resposta ao illustrado autor, que
nos pede a nossa opinião, temos a dizei*o seguinte :
Os qne comprehendéram o nosso ar-tigo inicial, sabem a priori, qual anossa opinião com referencia ás idéasenunciadas pelo Sr. bacharel Bour-rt>u 1; porém, com referencia a nm
ponto que ainda uã) tínhamos enun-ciado o nosso pensamento, o fazemosagora, ein artigo edictorial, que lhededicamos, como prova de considera-cão ás suas boas intenções.
Quando foi inangurado em Paris,íio cemitério .Y adisse, o bustoe monumento á memória de Paul deSaint Victor; o illustrado Sr. ArsenioHoussaie, pronunciou um discurso,do qual extraiamos os seguintes tre-chos: « E' entrando num cemitério,que sentimos perfeitamente o vinculoque une o mundo material ao espiri-tual.
« Os que apparentam viver, vêemfazer uma visita aos que apparentamestar mortos.
« Quando saudámos a nm morto(|iie passa, san Íamos a um irmão quenos precede na vida real. »
—«:»• —
Chegaram ultimamente da visgérnde propaganda e visita aos GruposSpirítas do Brazil, os Delegados daSociedade Acadêmica Deus Christo eCaridade.
Somos informados que esses Dele-
gados percorreram algumas localida-des, e em todas ellas effectuaram con-feréncias publicas que foram muitoconcorridas, e fundaram diversosGrupos.
Entrou no seu terceiro anuo o jornalspiríta : L'age Progressif, que se pu-blica em Atlanta Geórgia (listados-Unidos).
— «: n —
Entre os jornaes que permutamosderam números commemorativos aoanniversario da desencarnação de JoãoGuttemberg os seguintes:
Sexto Districto de Campos.Monitor Campista de Campos.O Trabalho de Ouro Preto.Será difficil á nossa intellectuali-
dade julgar qual das illustradas Re-daccões, maior pedestal levantouaquelle iminente e colossal trabalha-dor do progresso.
HOMENAGEM A ALLAN-KARDEC
Enviamos ultimamente a. algunsSpirítas residentes nas províncias a
seguinte circular :«Caro Confrade.—Gorainunicamos-
lhe que a Rêdacção do Reformadorresolveu publicar em 31 do corrente,uma, èdicção de um numero especialcomniemorativo á desencarnação do
nosso bom Mestre Ai.i.an-Ivardkc.« Desejando o concurso de todos os
Spirítas bem intencionados, pedimospara nos remotter algumas linhas queserão publicadas na Dohjanthéa e ao
mesmo tempo para solicitar aos Spi-rítas dessa localidade, para nos envia-
rem por seu intermédio alguns traba-lhos, que devem ser publicados no
numero comniemorativo.uNão se querendo dar preferencia a
nenhum trabalhoj se houver tal abun-
dancia qüê não possam todos ser pu-bli.cad.os sciéntificamos queellès serão
classificados por ordem de recebimen-to, por isso lhe pedimos para nos re-
metter os seus com a máxima brevi-dade. »
Igual pedido fazemos aos Spirítas
que residem na Corte e aos do interior
que não tiverem recebido a circular.
Na occasião em que se procedia áinliumação do eiivoliipro material da-quelle que na ultima encarnação tinhapor nome Al. Gorin, o Illustrado Se-nhor Florian Loth, Midre de Ia com-mune, pronunciou algumas palavras,fazendo comprehender qne o Sr. Gorinacreditava firmemente em Deus, e naimmortalidade da alma, mas não acre-ditava na eííicacia das preces pagas;que livre pensador, não r}inír>d;rzeratheu; mas, pensar livremente.
O seu enterro foi feito civilme ite,porque era esse o seu desejo formal.
Na pedra de sua sepultura, foi feitaa seguinte inscripção :
Nascer, morrer, tornar a nascer, re-nascer ainda, progredir sempre : tal éa lei.
— «:»—
Recebemos o Relatório da S. S. M.Protectora dos Artistas Sapateiros eClasses Co-relativas.
Pelo balanço geral de 1 de Janeiroa 30 de Setembro de 188*2, tiveram dereceita4:1G7S470 e despeza 3:51 d $74(5.
Desejamos á humanitária institui-cão todas as prosperidades.
—te»—
Chamamos a attenção de nossos lei-tores para a declaração que em outrolugar desta folha faz a Rêdacção doRenovador.
— (CD
O illustrado Spiríta Victor Hugo,enviou ao Comitê Veneziano de Bene-ficencia a quantia de 500 francos paraa subscripção aberta a favor dos inun-dados da Alta Itália.
Acompanhava aquella quantia aseguinte carta, que temos o maiorprazer de a fazer conhecida dos leito-res do Reformodor:
(( Devemos oppor ás violências danatureza, a unidade humana.
Onde quer que o poder desconhe-cido leve a miséria — levante-se aunidade humana e leve a fartura.
Contra as inundações, incêndios, etoda a sorte de catastrophes que atli-gem os povos; organisem-se subscrip-ções universaes.
Com dez sol dos por pessoa, podem-serealisar milhões, o obulo popular pro-vara sua força e a fraternidade dospovos chegará a ser a fraternidade hu-mana. »
Recebemos :O Industrial, revista de industrias
e artes, que s" publica no Recife.Trás o seguinte summario :Uma explicação,— Melhoramentos
industriaés. — De que precisa a iiidus-iria ? (continuação).-— Mancos popu-lares.--Noticias sobre o algodão.—Industrias novas : — A lã.— O caroçodo algodão.—Ensino agrícola (con-tinuação).— As artes e a industriaartistíca (continuação).— Secçãò no-ticiosa. — Útil e agradável. — An-núncios.
Agradecemos ao çollega a mimosapermuta e desejando coUeecionar tãoimportante revista, pedimos para nos.ser enviado o n. 1.
O 1.° numero do Parnaso publicaçãomensal que encetou a publicação nacapital deS. Paulo. E' um interessantejornal redigido pelos Srs. J. A. O.Martins e F. Gaspar.
Agradecemos.(O
Em Lérida llespanlnu a Igreja. Ga-tholica negou sepultura sagrada ádtstíncta e virtuosa senhora do Direc-tor da Revista Spiríta El Buen Sen-tido.
A indignação publica por este netode intolerância deu em resultado o-fazerem-se em dois mezes, naquellacidade.sete eiit"rramentos civis e fun-dar-se uma associação com o fim ex-clusivo de libertar os seus associados,ao menos na morte, ás especulaçõesecclesiastieas (Da Revista Constância).
Na confederação Argertina foi fun-dada mais uma Sociedade Spiríta.
Este novo centro de luz que com-
põe-se de dedicados propagadores dadoutrina, tomou o t ttllo — Caridade.
— a : » —
Furam installados os seguintes Cru-
pos Spirítas :Espiritualismo Experimental em S.
Paulo.Aurora Macahen-se.Amor á Verdade, Corte.Aurora em Lavrinhas.São novas legiões de denodados
acthletas, que vem derramar sob ahumanidade a sublime luz da verdadespiríta.
Avante companheiros da evoluçãosocial, trabalhai, que o trabalho é a
prece da creatura ao creador.
¦doos—0OsWit>anu^m|tn____B SBsnaaraãBMasBSM
SEGClO ECLKTICA
II
A exaltação do orgam da. Diocese
fluminense arrastou-o até ao ponto de
comparar o seu Prelado á Apelles, o
mais distineto dos Pintores Gregos doseu- tempo, e o humilde escriptor des-tas linhas ao sapateiro que, tendovisto acceitas as suas observaçõesacerca dos sapatos, ousou apontaroutros defeitos.
Ainda que sua Ex. Rvnm. seja.entre o-; Bispos do Brazil o que Apel-les foi entre os Pintores seus cuevos econterrâneos,' a Iilustrada Redação,não devia dizcl-o, por ser quasi vitu-
perio, alem de que era faltar á consi-deração para com os outros Prelados.
Foi infeliz, porque não só exaltou-se, mas até excedeu-se a IilustradaRêdacção, dizendo :
« Não res po n de mo i ou não discuti-mos, por não termos o que responderou sobre o que discutir. »
E todo o seu artigo é uma demons-tração aesse período.
Sem querer, disse uma verdade, e
a provou incont incute, não tendo oquè responder-nos e não discutindo ;nem de outra sorte podiaser • porquenão conhecendo a doutrina Spiríta,não podia discutil.-a,e por conseguintesem responder-nos.
Estava perturbada, tanto assim quesó viu na carta um «amontoado de pa-lavras » o. « palavras inconvenientes »e não vio a phrase anti-christã quenos ferio como o grito do algoz que zom-ba da vidima; entretanto (dia foi (a-criptas, e lá se acha ni nossa carta,bem visível aqúelles que a lêem comcalma, sem paixão.
O ponto de. admiração, com que, fé*-Clia o período, deixa vero espirito quese achava ao lado do Illustre Re-dactor.
Admirar-se de que alguém seja con-vidado a estudar uma sciencia, quedesconhece, é revidar a presuinpçãode infalibilidade e consequentementeomnisciencia, da Egreja que. se dizcafholiea.e de todos quantos em nomedelia faliam; e isso dá a medida dodesmedido orgulho dos que se admi-rarn de tal facto.
Convidar alguém a estudar umfacto, uma douctrinn, uma sciencia,muito embora esse alguém seja umdouto, não é motivo para admiração ;mas até importa um dever, quandotd.^a alguém, julgando-se obrigado atráctár da matéria, que constituo ob-
jecto da sciencia, mostra desconhe-cel-a; mormente quando esse alguém
pcçúpa uma cadeira de onde se nãodeve tractar de assunipto algum, sem
çonliecel-u profundamente? - porque,seudo, como se diz, a cadeira da?ver-dade, a palavra que d'ahi parte nãodeve induzir ao erro.
Sem esta condição ella se desauc-tora e desprestigia.
Esse convite não pode, constituiroíYensa, nem como tal ser consideradosobretudo nos termos em que o fez oauetor da carta, que, Spiríta convictorevelou sinceramente o desejo de queS. Ex. Rvma. se torne Spiríta; certode que, quando mais não seja a lei-tura das obras fundamentaes da dou-trina muito aproveitará á S. Ex. comotem aproveitado á muitos homens dosmais eminentes.
A Iilustrada Redaccão começa o•* *
período seguinte por estas palavras:«O Spiritismo jáé bem estudado (1)»Ora tendo gryphado a palavra sei-
encia, no antecedente, conclue neste,
que: «não sendo sciencia não passa deuma superstição grosseira indigna dochristão. »
Não pode ser assunipto de discus-são.
Ha muita còlisa, neste período,digna de apreço.
Comecemos pelo HnC:« Não pude ser assumptode dis-
cussão. »Na opinião do órgão da Diocese
fluminense, as superstições, não de-vem ser discutidas.
Com uma simples proposição pre-capitou nas profundezas da ignorância
(1) O grypíio ú nosso.
A
:-',-y,-y
liW-.mSH.-fcBMm — Mar<'« as*£ 15 3um JwnwiiJiiiiMHiaiiuwi—w^w"11"1 ii muiunii. ¦¦¦mmm»
qs doutores, os santos Padres e osconcilios que não tem feito outracousa mais do qne còmbatter super-ticões « superstição grosseira indignade christão.»
Los-o ha superstições dignas dochrisião 1!
« Não sendo sciencia não passa desuperstição.»
E' o Apóstolo qüerii p diz.Mas n Religião que nó dizer de
todos os Padres não é sciencia, ficasendo uma superstição, segundo oApóstolo—do Rio de Janeiro — .
Tendo affirmado que o Spiritismonão é sciencia, não passa de supersti-cão grosseira, que a superstição não
pôde, ao menos, ser assumpto de dis-
cussão,nãose comprenendê a primeiraproposição do período :
k 0 Spiritismo ja é bem estudado.»Ora aííirma que não é sciencia; ora
diz que já c bem estudado.
Qual das duas a (.ti ri nativas é verda-
deira para o Apóstolo?Pãrà nós nem uma nem outra é
exata.O Spiritismo, como sciencia, ape-
nas começa a ssr estudado ; mas o é
em todas as partes do mundo; e na
Europa a maioria das nações, sinão
todas, o estudam: França, Hespanha,
Bélgica, Itália, Rússia, Allemanlia,«. *• onde a Egreja
l auxilio, estu.-"jr na Revista
Spiríta Braaneira, Abril do 2.! anuo.Portanto apezar da sentença do
Apóstolo e soas congêneres, o Spiri-
sciencia; e abi estam para provas, os
trabalhos dos sábios e eminentes Pro-
fessores da Inglaterra, Allemanlia e'
Estados-Uuido.s, W. Croolcs, Walares
Zolner, II. Doherty c outros, os quaes
podem ser consultados na Dibliotheca
da Sociedade Acadêmica.Guuwan.
Introducção ao conhecimento do mundoinvisível poda manifestação dos espi-
¦ ritos contendo o resumo dos princípiosda doutrina spiríta e a resposta ás
principaes objeccões.
ALLAN-KARDECSom caridade não hu salvação.
CAPITULO IPEQUICNA CONFERÊNCIA SPIRÍTA
1.» DIALOGOO CRITICO
(Continuação)Visitante. — E' precisameate para
evitar esses escolhos que vim pedir-vos licença para assistir a algumas
experiências.Allan-Kardec. — E julgais que isso
bastará para fallardes do spiritismo« ex-professo » etc.
Mas como poderias comprebenderessas experiências, e ainda mais, jul-gal-as se não tendes estudado os prin-cipios que lhes servem de base ?
Como poderias apreciar o resultado,satisfactorio ou não, de experiênciasmetallurgicas, por exemplo, so nãoconheceis a fundo a metallurgia ?
—W—I —SMS
Pénnitti-me dizer-vos senhor, que ovosso projecto ó tão absurdo como se,não sabendo nem as inathematicasnem a astronomia, fosseis dizer a umd'aquellés .senhores do Observatório :
« Senhores, quero escrever um li-vro robr.e a astronomia, e alem d'is.so
provar que vossosystema ó falso: mas,como d'élla não tenho noção algumadéixai-rne olhar unta ou duas vezes
pelos vossos óculos, isto me bastará
para saber tanto como vòs.E' só por extenção que a palavra
criticar é synoniina de censurar em suaaccepção própria e segundo sua ety-mologia, ella significa julgar, apre-ciar.
A critica pode, pois. ser approbati vaou desapprobativa.
Fazer a critica d*um livro não é ne-cessariamente condemnal-o; quem em-
prehenderessa tarefa deve fazel-o semide ias preconcebidas; mas, se antes deabrir o livro, tem em mente condem-hal-o, seu exame não pôde ser ímpar-ciai.
Neste caso se acha a maior partedaquelle.s, (pie tênl tallado do Spiri-tistno.
Só pela palavra, ell s teem formadouma opinião, procedendo como um
juiz (pie desse uma sentença, sem sedar ao trabalho de examinar os autos.
DOalii tem resultado fazerem falsasapreciações, e que em vez de persuadirteem. provocado o riso.
Quanto aquelles que teem estudadoscientificamente a questão, a maior
parte tem mudado de opinião e maisd'um adversado. se-.tfiiu.-tQ.rjiadQ...pur-.,tidario depois de verem'que se tra-tava de cousa muito diversa do quesupunham.
V. — Fállais do exame dos livrosem geral; julgais que seja material-mente possível a um jornalista ler eestudar todos os que lhes passam pelasmãos, sobretudo quando se trata detheorias novas que lhe seria necessa-rio aprofundar e verificar?
Seria o mesmo que exigir d'um im-
pressor que lê-se todas as obras quesabem de seus prelos.
A.-K.—A um raciocínio tão judi-cioso nada tenho a responder, senão
que quando não se tem tempo parafazer conscicnciosamente uma cousanão se a procura, e que é melhor fa-zel-a uma só vez bem feita do que dezmal.
F.—Não penseis senhor que minhaopinião tenha sido formada precipita-(lamente.
Tenho visto mezas girarem e bate-rem, pessoas que passavam por escre-verem sob a influencia dos Espíritos;mas estou convencido de que haviacharlatanismo.
A.-K.— Quanto pagastes para verisso ?
y--_Nada absolutamente.A.-K. — Abi tendes charlatães
d"uma espécie singular que vão réha-bilitar a classe.
' Até agora ninguém tinha vistoainda charlatães desinteressados.
S.i algum gaiato de mão gosto quiz>fé ¦ .•W
devertir-se uma. vez, segue-se d'ahi(jiie as outras pessoas fossem conni-ventes ?
Demais, com que fim se teriam ellasternado cúmplices duma mystifiça-ção ?
Rara divertir a sociedade dizeis vós.Concedo que uma vez alguém se
preste a um gracejo : mas (punido umgracejo dura mezes e annos é, se-
gundo julgo,o mystificudor quem ficamystif içado.
Será provável que pelo simples
prazer de fazer acreditar em umacousa que se sabe ser falsa, alguémmortifique horas inteiras sobre umaineza "?
O prazer não valeria a pena.Antes de concluir pela fraude, de-
ve-se perguntar primeiro que interessepode haver em enganar, ora, convi-reis em que ha posições que excluemtoda a suspeita de fraude, pessoascujo caracter é por si uma garantiade probidade.
Seria couza diversa se se tratassed'uma especulação porque a prespec-tiva do lucro é má conselheira; masadmittindo mesmo que, neste ultimocaso,seja positivamente verificado umfacto de manobra fraudulenta, issonada provaria contra a realidade do
principio, visto como de tudo se podeabuzar.
Porque ha pessoas que vendem vi-nho falsificado, d'aln não se segue
que não haja vinho puro.O Spiritismo não é responsável por
aquelles que abusam desse nome e oexploram, assim como o não é. a scien-cia*"'médica pelos charlatães que íãi-sificam suas drogas, nem a religião
pelos sacerdotes que abusam do seuministério.
0 Spiritismo, pela sua novidade emesmo pela sua natureza, devia pres-tar-se a abusos, mas elle tem forneci-do os meios de reconhecel-os, defi-nindo claramente seu verdadeiro ca-racter, recusando toda solidariedadecom aquelles que o explorassem ou pdesviassem de seu fim exclusivamentemoral e para fazer dei les um oiiicio,uni instrumento de advinhaeâo ou de
pesquizas futeis.Desde cpieo proprioSpiritismo traça
os limites do que afirma e do que nãoafirma o que está ou não nas suasattribuições, o que. aceita e o que re-
pelle o erro é cPaquelles que, não sedando ao trabalho de estudai-o jul-gam-iVo pelas apparencias; (pie pelofacto de encontrarem saltimbancosacobertados com o nome de Spiritas
para atrahirem os transuentes dizemcom gravidade:
Eis aqui o que é o Spiritismo.Sobre quem, definitivamente, re-
cahe o ridículo *?
Não é sobre o saltimbanco que exer-cesua profissão, nem sobre o Spiritis-mo cuja doutrina escripta desmentesimiihantès asserções, mas sim sobreos críticos convencidos de fallarem do
que não sabem ou de alterarem scien-temente a verdade.
Aquelles que attribuem ao Spiri.
tisino o que é contra a sua própriaessência, fazem-no, ou por ignorânciaou com intenção-, no primeiro Caso,lia leviandade; no segundo má fé.
Neste ultimo caso, assemelham-se acertos historiadores que alteram osfactos históricos em proveito ÉTuinpartido ou d'uma opinião. '
Um partido se desacredita sempreque emprega similhantes meios parachegarão fim que se propõe.
Notae bem, Senhor, não pretendoque a crítica deva necessariamenteapprovar nossas idéias mesmo depoisde as ter estudado ; não censuramosabsolutamente aquelles que não pensam como nós.
O que é evidente para nós, pôde nãosel-o para todo o mundo, cada umjulga as cousas a seu modo, 3 do factoo mais positivo nem todos tiram as-mesmas conseqüências.
Se um pintor, por exemplo, (lese-nhar em um quadro um cavallo bran-co, alguém poderá muito bem dizer
que esse cavallo faz mau effeito e quese fosse preto convinha melhor; maso erro estará em dizer que o cavallo ébranco se for preto; e é o que fazem amaior parte dos nossos adversários.
Para resumir, Senhor, cada um éinteiramente livre em approvar oucriticar as bases do Spiritismo,em de-duzir taes conseqüências boas ou más,como lhe approuver; mas a conscien-cia impõe o dever a todo o critico seriode não dizer o contrario do que é; orapara isso a primeira condição é nãofallar senão do que se sabe.
(Continua).
DECLARAÇÕES
ifc«BBOYS&«5«&l'
Communicamos aos Srs. assignan-tes cío " Renovador,,, que tendo appa-recido na arena jornalística o Refor-mador e devendo convergir todas asforças para este jornal fica suspensa apublicação daquelle órgão, e roga-mos aos que pagaram adiantadamenteum semestre o favor de nos commu-nicar se querem ser reembolsados ouque lhes seja enviado em substituiçãoeste novo propagandista.
A decisão dos Srs. Assignantes podenos ser remettida por intermédio daillustrada redacção do " Reformador,,,á rua da carioca n. 120, que se prestaa esse obséquio.
Rio de Janeiro. 1883 Fevereiro 28.Pela Redacção do "Renovador,
Sá Lúz.
Sociedade Aondeiuicn 3K*sasOíriwSo e Caridade
A Commissão Confraternisadora queaté esta data trabalhava na sala daSociedade Acadêmica, á rua da Al-fandega n. 120, passará a trabalhard'ora em diante na da praça da Accla-inação n.57.
Rio de Janeiro— 1883 Fevereiro 24.
Com. Confraternisadora.
€». ®. AljBNpEIãSftvtisãa Etoje «« 5? laora» da
noite |í»ara traí ar tio re^u-BaB&ieBsdo iníea-Rís» e para. aclcicMLO «S"bbbbh regíreseBBÍaaBÔe;a«» CcbbIb*» da 5i' as 5 js o ft|t>ÍB*ítloúa IBrazâl.
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FABRICA CENTRAL A VAPORDE
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ção nem mistura.Podemos fornecer diariamente dons
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Recebe-se café a consignação.
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Fhotographins ínaiternvcis«Asa Oiarlboia »
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Um empregado dá União Spiríta;encarregado de desempenhar gratui-tamento as funeções de Agente noBrazil, se prestará a tomar a.ssignatu-rás dos jurnaes e outras publicaçõesspirítas de todo o inundo.
PUBLICAÇÕES SPIRÍTAS
Revista da Sociedade AcadêmicaDeus Christo e Caridade— Brazil..
Revue Spirite, Journal cTEtudesPsychologiq ues— França
El Critério — Hespaníia.Annalli dellb Spiritismo in Itália—
ital ia.De Rots, jornal em fraucez e ila-
mengo—Bélgica.La Revelacion—Hepanha.O Religio Journal, pliilosophical,—Estados Unidos.The Theosophist—Indiw.OSpitual Nots. jornal hebedomadal— Inglaterra.Le Devoir, jornal das reformas so-
ciaes—França.Le Mensager—Bélgica.
< The Spiritualist, jornal das scien-ias psychologicas—Inglaterra.Mindant Matter—PhiladelphiaThe Banner of Light — Massáclíüs-
setts.Psychische Studien — Allemanha.El Spiritista—-Hespanhn.Revista Spiritista— Bracellona.The Médium and Daybrcak — In-
glaterra.La Illustracion Espirita — México.The Harbinger—Austrália.La Revista Espiritista — Monte-
vídeo.Le Monteur de ia Féderation Belge,
— Bélgica.La Fraternidad—Hespanha.La Discussion—México.La Luz de Sion — Estados-Unidos.Revista da Sociedade Spiríta Cons
tança—Buenos-Ayres.4.Jir.jirtrcialidade—Portugal,
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ríta La Verdad—México. iSpiritual Scientist— Estad.-Unidos.jEl Buen Sentido, Hespanha.La Vérité—Egypto.The Spiritual Magazine — Inhla-
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Santiago—Chili.
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