MINISTRO DA EDUCAÇÃO - MEC Prof. FERNANDO HADDAD
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR - SESu/MEC
Prof. NELSON MACULAN FILHO
REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Prof. JOSÉ CARLOS FERRAZ HENNEMANN
MEMBROS DO CONSELHO DIRETOR
Presidente do Hospital de Clínicas de Porto Alegre Prof. SÉRGIO CARLOS EDUARDO PINTO MACHADO
Vice-Reitor da UFRGS Prof. PEDRO CEZAR DUTRA FONSECA
Diretor da Faculdade de Medicina da UFRGS Prof. MAURO ANTÔNIO CZEPIELEWSKI
Pró-Reitora de Administração - UFRGS Profª MARIA APARECIDA GRENDENE DE SOUZA
Representantes da Faculdade de Medicina - UFRGS Prof. CLÁUDIO PAIVA
Profª ELIANA DE ANDRADE TROTTA
Representante da Escola de Enfermagem - UFRGS Profª LIANA LAUTERT
Representante da Pró-Reitoria de Planejamento - UFRGS Prof. DARCI BARNECH CAMPANI
Representante do Ministério da Educação Prof. LUIZ ALBERTO DOS SANTOS RODRIGUES
Representante do Ministério da Saúde Prof. JOÃO JOSÉ CÂNDIDO DA SILVA – até junho de 2006
Prof. AMÂNCIO PAULINO DE CARVALHO – a partir de julho de 2006
Representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Econ. ARIOSTO ANTUNES CULAU
Representante do Ministério da Fazenda Econ. ADRIANO PEREIRA DE PAULA – até maio de 2006
Engª ANA CRISTINA BITTAR DE OLIVEIRA – a partir de junho de 2006
MEMBROS DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL
PRESIDENTE Prof. SÉRGIO CARLOS EDUARDO PINTO MACHADO
VICE-PRESIDENTE MÉDICO Prof. AMARILIO VIEIRA DE MACEDO NETO
VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVO Econ. FERNANDO ANDREATTA TORELLY
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Relatório de Atividades
2006
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................................. 9
1 DADOS GERAIS DO HOSPITAL ....................................................................................................... 13 1.1 ORGANOGRAMAS ........................................................................................................................... 14 1.2 INSTALAÇÕES FÍSICAS................................................................................................................... 20 1.3 CARACTERÍSTICAS DE GESTÃO .................................................................................................. 22 1.3.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ............................................................................................ 22
2 ASSISTÊNCIA ......................................................................................................................................... 51 2.1 PRODUÇÃO ASSISTENCIAL .......................................................................................................... 52 2.2 APOIO ASSISTENCIAL..................................................................................................................... 56 2.2.1 COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR................................................ 56 2.2.2 COMISSÃO DE ÉTICA EM ENFERMAGEM ............................................................................ 59 2.2.3 COMISSÃO DE ÉTICA MÉDICA................................................................................................ 61 2.2.4 COMISSÃO DE MEDICAMENTOS............................................................................................ 62 2.2.5 COMISSÃO DE NORMAS E ROTINAS DO GRUPO DE ENFERMAGEM.......................... 66 2.2.6 COMISSÃO DE ÓBITOS, CONTROLE CIRÚRGICO E REVISÃO ANATOMOPATOLÓGICA............................................................................................................................. 67 2.2.7 COMISSÃO DE PRONTUÁRIOS ................................................................................................ 69 2.2.8 COMISSÃO DE SELEÇÃO........................................................................................................... 72 2.2.9 COMISSÃO DE SUPORTE NUTRICIONAL ............................................................................. 72 2.2.10 COMISSÃO GESTORA DOS PORTAIS DA INTERNET E INTRANET................................ 73 2.2.11 COMISSÃO PERMANENTE DE TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E DE TECIDOS.............. 74 2.2.12 COMITÊ GESTOR DE ACESSO AOS SISTEMAS INFORMATIZADOS............................... 76 2.2.13 GRUPO DE TRABALHO SOBRE DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM .............................. 77 2.2.14 GRUPO DE TRABALHO SOBRE INDICADORES DE QUALIDADE ASSISTENCIAL ..... 79 2.2.15 PROGRAMA DE ACREDITAÇÃO HOSPITALAR .................................................................. 81 2.2.16 PROGRAMA DE ATENÇÃO AOS PROBLEMAS DE BIOÉTICA.......................................... 83 2.2.17 PROGRAMA DE PROTOCOLOS E ROTINAS ASSISTENCIAIS........................................... 83 2.2.18 SERVIÇO DE EMERGÊNCIA ...................................................................................................... 86
3 ENSINO..................................................................................................................................................... 89 3.1 GRADUAÇÃO.................................................................................................................................... 89 3.2 PÓS-GRADUAÇÃO ........................................................................................................................... 90 3.3 RESIDÊNCIA MÉDICA ..................................................................................................................... 91 3.4 ENSINO MÉDIO................................................................................................................................. 94 3.4.1 ESCOLA TÉCNICA EM ENFERMAGEM.................................................................................. 94 3.4.2 ESCOLA ESTADUAL TÉCNICA EM SAÚDE........................................................................... 95 3.5 ESTÁGIOS............................................................................................................................................ 97 3.6 CURSOS DE CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PARA PROFISSIONAIS ................. 99 3.7 GRAND ROUND, SESSÃO ANATOMOCLÍNICA E ESTUDOS CLÍNICOS............................ 99
4 PESQUISA .............................................................................................................................................. 101 4.1 CENTRO DE PESQUISAS ............................................................................................................... 102 4.2 CENTRO DE PESQUISA CLÍNICA ............................................................................................... 103 4.3 REDE NACIONAL DE PESQUISA CLÍNICA.............................................................................. 104
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Relatório de Atividades
2006
4.4 DESENVOLVIMENTO E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA ........................................... 104 4.5 COMISSÕES CIENTÍFICA E DE PESQUISA E ÉTICA EM SAÚDE ......................................... 105 4.6 SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS ............................................................ 105 4.7 REVISTA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS ..................................................................................... 106 4.8 GRUPOS DE PESQUISA CADASTRADOS NO CNPQ E BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA .................................................................................................................................................... 107 4.9 FUNDO DE INCENTIVO À PESQUISA E EVENTOS ................................................................ 108
5 RESPONSABILIDADE SOCIAL........................................................................................................ 109 5.1 APOIO PEDAGÓGICO.................................................................................................................... 109 5.2 PROTEÇÃO À CRIANÇA............................................................................................................... 110 5.3 HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA .......................................................................................... 111 5.4 GRUPO DE VOLUNTARIADO...................................................................................................... 114 5.5 ATENDIMENTO LÚDICO-TERAPÊUTICO ................................................................................ 116 5.6 CASA DE APOIO ............................................................................................................................. 119 5.7 BANCO DE LEITE HUMANO ....................................................................................................... 120 5.8 FARMÁCIA DE PROGRAMAS ESPECIAIS................................................................................. 121 5.9 CONSULTORIA ESCOLAR............................................................................................................ 122 5.10 OUVIDORIA ..................................................................................................................................... 123 5.11 GESTÃO DO RELACIONAMENTO COM O CLIENTE............................................................. 127 5.12 GESTÃO AMBIENTAL.................................................................................................................... 129 5.13 EVENTOS .......................................................................................................................................... 133 5.14 VISITAS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES ......................................................................................... 133
6 GESTÃO DE PESSOAS ....................................................................................................................... 135 6.1 VISÃO ESTRATÉGICA DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS........................................... 136 6.2 PERFIL PROFISSIONAL.................................................................................................................. 137 6.3 PROGRAMA INTEGRAR ............................................................................................................... 139 6.4 PROGRAMA DE GESTÃO DO DESEMPENHO ......................................................................... 141 6.5 CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO.................................................................................. 142 6.5.1 PROGRAMA “JEITO CLÍNICAS DE ATENDER”.................................................................. 145 6.5.2 PROGRAMA BEM-ESTAR E SAÚDE NO TRABALHO........................................................ 145 6.5.3 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL........................................................ 146 6.5.4 PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL............................................................. 146 6.6 PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS .............................................................................................. 148 6.7 BENEFÍCIOS...................................................................................................................................... 149 6.7.1 PLANO DE SAÚDE..................................................................................................................... 149 6.7.2 LICENÇA ESPECIAL .................................................................................................................. 150 6.7.3 LICENÇA PARA ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO................................................ 150 6.7.4 COMPLEMENTO DO AUXÍLIO-DOENÇA ............................................................................ 151 6.7.5 CRECHE........................................................................................................................................ 151 6.7.6 LIBERAÇÃO PARA MESTRADO E DOUTORADO.............................................................. 151 6.7.7 REFEITÓRIO................................................................................................................................. 152 6.8 PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL ............................................................................. 152 6.9 MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL................................................................................................. 153 6.9.1 PROCESSO SELETIVO PÚBLICO............................................................................................. 154 6.9.2 REALOCAÇÕES INTERNAS..................................................................................................... 155 6.9.3 DESLIGAMENTO FUNCIONAL .............................................................................................. 157 6.9.4 INDICADORES ............................................................................................................................ 158 6.10 MEDICINA OCUPACIONAL ........................................................................................................ 162 6.10.1 UNIDADE DE SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO (SESMT) .................................................................................................................................... 163 6.10.2 UNIDADE DE SAÚDE DOS FUNCIONÁRIOS ...................................................................... 166 6.10.3 AMBULATÓRIO DE DOENÇAS DO TRABALHO................................................................ 168 6.10.4 ACADEMIA DE GINÁSTICA.................................................................................................... 168 6.10.5 PSICOLOGIA E SAÚDE DO TRABALHADOR...................................................................... 170
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Relatório de Atividades
2006
7 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO................................................................................................. 173 7.1 NOVAS FUNCIONALIDADES NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO .................................... 174 7.1.1 APLICATIVOS PARA GESTÃO HOSPITALAR (AGH) ........................................................ 174 7.1.2 INFORMAÇÕES GERENCIAIS (IG) ......................................................................................... 176 7.1.3 PORTAIS INSTITUCIONAIS ..................................................................................................... 176 7.2 NOVAS TECNOLOGIAS ................................................................................................................ 176 7.2.1 CERTIFICAÇÃO DIGITAL......................................................................................................... 176 7.2.2 TELEMEDICINA.......................................................................................................................... 177 7.3 INFRA-ESTRUTURA ....................................................................................................................... 177 7.4 INDICADORES DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO......................................................... 178
8 QUALIDADE RECONHECIDA......................................................................................................... 179 8.1 PRÊMIOS ........................................................................................................................................... 179 8.1.1 SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DO SUS................................................................................. 179 8.1.2 TOP SER HUMANO.................................................................................................................... 179 8.1.3 CONCURSO DE INOVAÇÃO NA GESTÃO PÚBLICA FEDERAL..................................... 179 8.1.4 SELO IBASE.................................................................................................................................. 180 8.1.5 PRÊMIO RESPONSABILIDADE SOCIAL ............................................................................... 180 8.1.6 ACREDITAÇÃO HOSPITALAR................................................................................................ 180 8.1.7 9º PRÊMIO EXCELÊNCIA EM INFORMÁTICA .................................................................... 181 8.1.8 PRÊMIO DE INOVAÇÃO DA GESTÃO EM SAÚDE ............................................................ 181 8.1.9 PRÊMIO CEN AIDS..................................................................................................................... 181 8.2 DESTAQUES ..................................................................................................................................... 182 8.2.1 RANKING REGIONAL CAMPEÃS DA INOVAÇÃO – REVISTA AMANHÃ ................. 182 8.2.2 RANKING NACIONAL VALOR 1.000 – JORNAL VALOR ECONÔMICO ...................... 182 8.2.3 RANKING REGIONAL MAIORES E MELHORES – REVISTA AMANHÃ....................... 182 8.2.4 RANKING REGIONAL 600 MAIORES EMPRESAS – REVISTA EXPRESSÃO ................. 182
9 PANORAMA ECONÔMICO FINANCEIRO .................................................................................. 183 9.1 ANÁLISE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DO EXERCÍCIO ............................................ 185 9.1.1 O RESULTADO ORÇAMENTÁRIO ......................................................................................... 185 9.1.2 A ORIGEM DOS RECURSOS..................................................................................................... 185 9.1.3 A APLICAÇÃO DOS RECURSOS............................................................................................. 186 9.1.4 OS RECURSOS DE DESTAQUE................................................................................................ 186 9.1.5 OS RECURSOS A RECEBER ...................................................................................................... 187 9.1.6 O DIFERIMENTO DE RECURSOS............................................................................................ 187 9.2 INVESTIMENTOS REALIZADOS ................................................................................................. 187 9.3 TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS (CONVÊNIOS TRANSFERIDOS).................................... 192
10 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................................................................................... 199
11 PARECERES ........................................................................................................................................... 213 11.1 PARECER DOS AUDITORES INTERNOS ................................................................................... 214 11.2 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES ...................................................................... 216 11.3 EXTRATO DA ATA DO CONSELHO DIRETOR DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE ........................................................................................................................................................... 218 11.4 PARECER DO CONSELHO DIRETOR ......................................................................................... 221
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Relatório de Atividades
2006
INDICE DE TABELAS
TABELA - 1. DADOS SOBRE INSTALAÇÕES FÍSICAS DO HOSPITAL ............................................ 20 TABELA - 2. PAINEL DE CONTROLE – PERSPECTIVA SOCIEDADE.............................................. 27 TABELA - 3. PAINEL DE CONTROLE – PERSPECTIVA CLIENTES .................................................. 28 TABELA - 4. PAINEL DE CONTROLE – PERSPECTIVA FINANCEIRA............................................ 34 TABELA - 5. PAINEL DE CONTROLE – PERSPECTIVA PROCESSOS .............................................. 38 TABELA - 6. PAINEL DE CONTROLE – PERSPECTIVA APRENDIZADO E CRESCIMENTO ..... 42 TABELA - 7. PRODUÇÃO ASSISTENCIAL ............................................................................................. 51 TABELA - 8. INDICADORES HOSPITALARES ...................................................................................... 51 TABELA - 9. INTERNAÇÕES ..................................................................................................................... 52 TABELA - 10. INTERNAÇÕES POR CONVÊNIO E POR CLÍNICA ...................................................... 52 TABELA - 11. CONSULTAS REALIZADAS .............................................................................................. 52 TABELA - 12. PARTOS REALIZADOS ....................................................................................................... 52 TABELA - 13. BANCO DE SANGUE........................................................................................................... 52 TABELA - 14. PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS (PACIENTES ATENDIDOS) .................................. 53 TABELA - 15. SESSÕES TERAPÊUTICAS .................................................................................................. 54 TABELA - 16. TRANSPLANTES REALIZADOS ....................................................................................... 54 TABELA - 17. ATENDIMENTO DOS GRUPOS DE AUTO-AJUDA ...................................................... 55 TABELA - 18. EVOLUÇÃO DA TAXA DE INFECÇÃO HOSPITALAR ................................................ 56 TABELA - 19. DISTRIBUIÇÃO, FREQÜÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES ................................................................................................................................................ 57 TABELA - 20. TAXAS DE UTILIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS INVASIVOS*................................. 57 TABELA - 21. APROVAÇÃO DE PRESCRIÇÕES DE MEDICAMENTOS DE USO RESTRITO E NÃO-SELECIONADOS .................................................................................................................................... 64 TABELA - 22. PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS NÃO-SELECIONADOS .................................... 64 TABELA - 23. COMPARAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE NP PELOS PACIENTES DA NEONATOLOGIA, PEDIATRIA E ADULTOS ............................................................................................. 73 TABELA - 24. TRANSPLANTES REALIZADOS ....................................................................................... 76 TABELA - 25. INDICADORES DE PROCESSOS ASSISTENCIAIS......................................................... 80 TABELA - 26. TAXA DE MORTALIDADE................................................................................................. 87 TABELA - 27. ENTRADAS EM OBSERVAÇÃO / ALTAS ...................................................................... 87 TABELA - 28. CURSOS DE GRADUAÇÃO QUE ATUAM NO HOSPITAL......................................... 89 TABELA - 29. Nº DE ALUNOS..................................................................................................................... 89 TABELA - 30. CURSOS COM ATIVIDADES NO HOSPITAL ................................................................. 90 TABELA - 31. ESPECIALIDADES DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA .............................. 91 TABELA - 32. NÚMERO DE CONVÊNIOS AVALIADOS, APROVADOS E EM ACOMPANHAMENTO ................................................................................................................................... 97 TABELA - 33. DISTRIBUIÇÃO DOS ESTAGIÁRIOS CONFORME O TIPO DE ESTÁGIO E O ANO .. .................................................................................................................................................. 98 TABELA - 34. DISTRIBUIÇÃO DAS BOLSAS-AUXÍLIO ......................................................................... 98 TABELA - 35. VALORES FINANCEIROS EMPREGADOS (EM R$)* .................................................... 98 TABELA - 36. ATIVIDADES REALIZADAS .............................................................................................. 99 TABELA - 37. AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS VERBA FINEP 2006............................................. 102 TABELA - 38. VALORES CAPTADOS / EDITAL FINEP 2006 ............................................................. 103 TABELA - 39. INDICADORES DA ZONA AMBULATORIAL DE PESQUISA .................................. 104 TABELA - 40. NÚMERO DE PROJETOS SUBMETIDOS À AVALIAÇÃO.......................................... 105 TABELA - 41. INDICADORES DA 26ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS .... 106 TABELA - 42. INDICADORES DA REVISTA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS/FAMED- UFRGS ... 107 TABELA - 43. GRUPOS DE PESQUISA CERTIFICADOS PELO HOSPITAL DE CLÍNICAS E CADASTRADOS NO CNPQ.......................................................................................................................... 107 TABELA - 44. PERCENTUAL DE RUBRICAS APOIADAS PELO FIPE .............................................. 108 TABELA - 45. ATENDIMENTOS EM 2006 ............................................................................................... 110 TABELA - 46. ATIVIDADES REALIZADAS ............................................................................................ 115
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Relatório de Atividades
2006
TABELA - 47. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO SERVIÇO DE RECREAÇÃO TERAPÊUTICA NO HOSPITAL ................................................................................................................................................ 117 TABELA - 48. ATENDIMENTOS REALIZADOS .................................................................................... 119 TABELA - 49. PRODUÇÃO DO BANCO DE LEITE ............................................................................... 121 TABELA - 50. NÚMERO DE ATENDIMENTOS NA FARMÁCIA DE PROGRAMAS ESPECIAIS. 122 TABELA - 51. COMPARATIVO DAS MANIFESTAÇÕES RECEBIDAS ............................................. 123 TABELA - 52. EVENTOS REALIZADOS .................................................................................................. 133 TABELA - 53. VISITAS RECEBIDAS NO HOSPITAL............................................................................. 133 TABELA - 54. INDICADORES DO PROGRAMA INTEGRAR.............................................................. 140 TABELA - 55. PARTICIPAÇÕES EM TREINAMENTOS POR ÁREA .................................................. 144 TABELA - 56. LICENÇA ESPECIAL.......................................................................................................... 150 TABELA - 57. LICENÇAS EM 2006 ........................................................................................................... 150 TABELA - 58. COMPLEMENTOS DO AUXÍLIO-DOENÇA ................................................................. 151 TABELA - 59. LIBERAÇÃO PARA MESTRADO..................................................................................... 151 TABELA - 60. PERCENTUAL DE PARTICIPANTES.............................................................................. 152 TABELA - 61. QUADRO DE PESSOAL..................................................................................................... 153 TABELA - 62. ADMISSÕES......................................................................................................................... 155 TABELA - 63. TEMPO MÉDIO DE PREENCHIMENTO DE VAGAS .................................................. 155 TABELA - 64. ACOMPANHAMENTO DO NÚMERO DE SELEÇÕES PARA REALOCAÇÃO ..... 156 TABELA - 65. NÚMERO DE DESLIGAMENTOS ................................................................................... 157 TABELA - 66. ANÁLISE COMPARATIVA – ROTATIVIDADE DE PESSOAL .................................. 159 TABELA - 67. ATENDIMENTOS REALIZADOS .................................................................................... 163 TABELA - 68. EXAMES MÉDICOS OBRIGATÓRIOS ............................................................................ 164 TABELA - 69. CONSULTAS ....................................................................................................................... 164 TABELA - 70. PRODUTIVIDADE DOS EXAMES MÉDICOS PERIÓDICOS ...................................... 164 TABELA - 71. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA UNIDADE SESMT ...................................... 165 TABELA - 72. ACIDENTES DO TRABALHO/DOENÇAS OCUPACIONAIS ................................... 166 TABELA - 73. COEFICIENTE DE GRAVIDADE DE ACIDENTES DE TRABALHO......................... 166 TABELA - 74. ATENDIMENTOS REALIZADOS NO SMO................................................................... 167 TABELA - 75. USUÁRIOS DA ACADEMIA DISTRIBUÍDOS POR FUNÇÕES .................................. 169 TABELA - 76. HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO DA ACADEMIA ............................................... 170 TABELA - 77. INDICADORES DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ............................................ 178 TABELA - 78. EQUIPAMENTOS EMPENHADOS NO EXERCÍCIO ................................................... 188 TABELA - 79. OBRAS EMPENHADAS NO EXERCÍCIO....................................................................... 191
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Relatório de Atividades
2006
APRESENTAÇÃO
Prof. Sérgio Pinto Machado Presidente
Em 2006, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre comemorou 35 anos de
atividades. A celebração deste marco ensejou-nos renovadas oportunidades de
recordar a trajetória da Instituição, bem como refletir sobre suas realizações, sua
evolução e o papel que atualmente ocupa na sociedade.
Desde que seu projeto começou a ser concebido, ainda na década de 1930,
passando pelas diferentes etapas que levaram à viabilização da obra nos anos
seguintes e ao funcionamento das atividades a partir de 1971, a Instituição está
imbuída do compromisso de prestar assistência, formar recursos humanos e
desenvolver conhecimentos em saúde, sempre com padrão de excelência acadêmica e
forte senso de responsabilidade social. Os pioneiros que idealizaram e viabilizaram
este Hospital, os profissionais que o colocaram em funcionamento e aqueles que, ao
longo de três décadas e meia, atuaram em suas mais diversas áreas e funções foram
conduzidos por tal visão, que fez do Clínicas um referencial público de qualidade em
saúde.
Assim como nos apraz fazer uma retrospectiva de 35 anos de trabalho e
constatar a dimensão dos resultados obtidos nesta trajetória, da mesma forma
sentimo-nos muito orgulhosos em, encerrado o exercício de 2006, apresentar o
Relatório de Atividades que sintetiza as ações desenvolvidas e os resultados obtidos no
período.
Tivemos, por exemplo, acréscimos significativos em modalidades assistenciais,
destacando-se o aumento, em relação ao ano anterior, de 5,74% no número de
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Relatório de Atividades
2006
transplantes, 4,51% nas internações, 4,3% nos exames e 4,99% nas sessões
terapêuticas. Tudo isto acompanhado de ações sistemáticas e permanentes de
monitoramento e incremento da qualidade dos serviços, como é o caso do Programa
de Protocolos e Rotinas Assistenciais, que não só vem qualificando, ano após ano, o
atendimento prestado pelo Clínicas, mas também está gerando potenciais modelos
de referência.
Há que destacar, ainda na área assistencial, a inauguração, nos últimos dias de
2006, de um moderno equipamento de ressonância magnética – adquirido com o
apoio do Ministério da Educação – e de um novo tomógrafo computadorizado –
financiado pelo Ministério da Saúde –, diversificando e ampliando a atuação do
Clínicas na área de diagnóstico por imagens.
No que diz respeito ao ensino, destaca-se o atendimento a quase 1.500 alunos
de nove cursos de graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a
produção, por 544 alunos de mestrado e 266 de doutorado vinculados aos dez
programas de pós-graduação da UFRGS com atividades no Hospital, de 112
dissertações e 59 teses. A este universo, somaram-se, ainda, atividades voltadas a 314
médicos residentes – dentro das 40 especialidades disponibilizadas pelo Programa de
Residência Médica da Instituição – e a 1.954 estagiários de diferentes habilitações.
Em relação à pesquisa, 2006 trouxe, como principal conquista, o início da
construção do Centro de Pesquisa Clínica – conjugando iniciativas e apoio dos
ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia –, o que vai possibilitar a ampliação e
centralização da produção científica nesta área. Na mesma linha, em março foi
implantada a Zona Ambulatorial de Pesquisa, com o objetivo de realizar
procedimentos de investigação e diagnóstico em regime ambulatorial. Com estas
ações, somadas a muitas outras, o Hospital de Clínicas consolida ainda mais sua
condição de referência entre os centros produtores de conhecimento em saúde, nas
suas diversas etapas.
No nível da gestão do Hospital, cabe destacar o avanço obtido na área de
licitações, as quais passaram a ser realizadas, em sua grande maioria (90,1% do total),
através do sistema de pregão – tanto presencial quanto eletrônico –, indo ao encontro
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Relatório de Atividades
2006
das diretrizes do Governo Federal e garantindo mais agilidade e melhores condições
de negociação nas compras realizadas pela Instituição.
Dados como os até aqui apresentados equivalem a um resumo excessivamente
breve e simples da multiplicidade de atos promovidos pelo Hospital de Clínicas de
Porto Alegre em 2006. Muito foi feito na assistência, no ensino e na pesquisa, assim
como nos inúmeros programas de promoção da qualidade de vida e da cidadania e
também no âmbito da gestão empresarial, das inovações tecnológicas e na busca – e
obtenção – de um bom desempenho econômico-financeiro. Isso sem falar no retorno
positivo recebido de várias instâncias da sociedade, em diferentes momentos, através
de reconhecimentos públicos, prêmios e destaques.
E é para que esse amplo universo possa ser melhor conhecido e compreendido
que apresentamos o presente Relatório, o qual, mais do que prestar contas, tem o
objetivo de tornar transparente o Hospital de Clínicas de Porto Alegre – um hospital
público, geral e universitário que, há 35 anos, aposta na educação e na saúde como
instrumentos indispensáveis à felicidade e à emancipação de todos os brasileiros.
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Relatório de Atividades
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1 DADOS GERAIS DO HOSPITAL
Nome da Instituição: Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Número do CNPJ: 87.020.517/0001-20
Natureza Jurídica: Empresa Pública
Vinculação Ministerial: Ministério da Educação - MEC
Endereço: Rua Ramiro Barcelos, 2.350
Bairro Santa Cecília
CEP 90.035-903 Porto Alegre – RS
Telefone: (51) 2101-8000
Fax: (51) 2101-8001
Endereço na internet: http://www.hcpa.ufrgs.br
Código e nome do órgão da Unidade Gestora no SIAFI:
Órgão: 26294 — UG: 155001 —Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Código gestão SIAFI: 15275
Norma de criação e finalidade:
Lei nº 5.604, de 02/09/1970, publicado no DOU em 08/09/1970
Norma que estabelece a estrutura orgânica no período de gestão sob exame:
Estatuto do Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Estatuto de que trata as contas:
Decreto nº 68.930, de 16/07/1971
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1.1 ORGANOGRAMAS
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1.2
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1.2 INSTALAÇÕES FÍSICAS
TABELA - 1. DADOS SOBRE INSTALAÇÕES FÍSICAS DO HOSPITAL
Descrição Quantidade Unidade
Área física construída 125.256,38 m²
Leitos Capacidade instalada (leitos disponíveis e desativados)
750
Leitos Capacidade operacional (leitos disponíveis) 749 Leitos Unidades de internação 655 Leitos Unidades de Tratamento Intensivo 67 Leitos
Adultos 34 Leitos Pediátrica 13 Leitos Neonatal 20 Leitos
Emergência 27 Leitos Adulto 17 Leitos Pediátrica 07 Leitos Obstétrica 03 Leitos
Apoio Recuperação Pós-anestésica Adultos CCA
16
Leitos Recuperação Pós-anestésica Pediátrica CCA 05 Leitos Recuperação Pós-anestésica Adultos CC 22 Leitos Recuperação Pós-anestésica Pediátrica CC 06 Leitos Recuperação Pós-anestésica Obstétrica 04 Leitos Recuperação Pós-anestésica Hemodinâmica 07 Leitos Berçário 38 Leitos Pré-parto Centro Obstétrico 07 Leitos
Quimioterapia Adulto 07 Poltronas Pediátrica 06 Poltronas Adulto 06 Cabinas Pediátrica 02 Cabinas
Hemodiálise Crônico negativo 12 Poltronas Crônico positivo 04 Poltronas Agudo 03 Poltronas Isolamento 01 Poltrona
Centro Cirúrgico 12 Salas
Centro Cirúrgico Ambulatorial Procedimentos 08 Salas Procedimento Diagnóstico Terapêutico (PDT) 07 Salas Curativos 01 Sala Fertilização 01 Salas
Centro Obstétrico
Parto Normal 03 Salas Parto Cesárea 02 Salas
21
Relatório de Atividades
2006
Ambulatório 119 Consultórios
Outros Consultórios 25 Consultórios
Emergência Adultos 05 Consultórios Procedimentos/exames (RX, Coleta) (com 32 cadeiras e 7 macas)
01 Sala
Emergência Pediátrica 01 Consultório Procedimentos (5 cadeiras) 01 Sala
Emergência Obstétrica 02 Consultórios Albergue
54
Camas
Creche 240 Vagas Recreação
Pediátrica 01 Sala Adultos 01 Sala Psiquiátrica 01 Sala
Auditório 08 Ambientes Anfiteatro 01 Ambiente Salas de Aula 31 Ambientes Hospital – Dia 04 Poltronas Centro Atenção Psicossocial (CAPS)
Oficinas 06 Consultórios Quarto 01 Leito
Radioterapia
Consultórios 04 Consultórios Planejamento 01 Sala Recuperação 01 Leito Curativo 01 Sala Procedimentos 02 Salas
Serviço de Medicina Ocupacional Consultórios 07 Consultórios Sala de Procedimentos 01 Sala Academia de ginástica Sala de exames 01 Sala Vestiários 02 Ambientes Ginásio 01 Ambiente
Unidade Básica de Saúde Consultórios 14 Consultórios Curativo 02 Salas Procedimentos 02 Salas Vacinas 01 Sala Farmácia 01 Sala Triagem/acolhimento 01 Sala Aula 01 Sala
Fonte: Serviço de Arquivo Médico e Informação em Saúde (SAMIS)/Hospital de Clínicas. *Não incluído nos leitos do Hospital.
22
Relatório de Atividades
2006
1.3 CARACTERÍSTICAS DE GESTÃO
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre foi criado pela Lei 5.604, de 2 de
setembro de 1970, pertence à rede de hospitais do Ministério da Educação e está
vinculado academicamente à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Hospital público, geral e universitário, responsável por serviços de grande relevância
social e de qualidade reconhecida, oferece assistência integral à saúde de todo
cidadão, ajuda a formar e qualificar profissionais e está na linha de frente da
produção de conhecimentos.
Na sua Lei de criação foram estabelecidos como objetivos:
� Administrar e executar serviços de assistência médico-hospitalar.
� Servir de área hospitalar e de saúde pública para a Faculdade de
Medicina da UFRGS.
� Servir de área hospitalar e de saúde pública para a Escola de
Enfermagem da UFRGS e cooperar na execução dos planos de ensino e
treinamento das demais unidades da UFRGS.
� Promover a realização de pesquisas científicas e tecnológicas.
� Prestar serviços à UFRGS, a outras instituições e à comunidade,
propostos pela Administração Central e aprovados pelo Conselho
Diretor.
1.3.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
O Planejamento Estratégico do Clínicas é um processo participativo, que visa
construir e implementar uma gestão por resultados. A ferramenta utilizada, o
Balanced Scorecard (BSC), tem se apresentado de grande valia no desdobramento e
implementação das estratégias. Esta metodologia de trabalho pressupõe alguns
produtos que compõem o plano estratégico, o qual foi apresentado e aprovado no
Conselho Diretor do Hospital.
O novo ciclo do planejamento estratégico no Hospital de Clínicas, iniciado no
ano de 2005, busca aprofundar questões críticas na gestão da estratégia, como a
23
Relatório de Atividades
2006
mobilização das lideranças, a comunicação das estratégias facilitando a compreensão
de todos, o alinhamento de toda a estrutura do Hospital, a motivação para o
envolvimento e fazer da gestão estratégica um processo permanente e contínuo.
O planejamento estratégico requer o chefe como líder, formador e treinador do
grupo, baseando o processo de liderança na participação e no envolvimento dos
funcionários. Ao mesmo tempo em que o chefe tem uma visão global da Instituição,
consegue dar foco na atuação setorial, incentivando a criação de idéias e sugestões
para melhorar o processo de gestão e operação do Hospital. Assim, é papel da
liderança distinguir claramente eficácia operacional de estratégia, guiar o processo
decisório em direção à estratégia, comunicar a estratégia a todas as partes
envolvidas, preservar a disciplina em torno da estratégia em face de muitas
distrações e medir o progresso alcançado em relação à estratégia usando os
indicadores estratégicos e táticos.
O plano estratégico é composto pelos seguintes itens:
1. Visão Institucional, Missão Institucional, Negócio e Valores.
2. Beneficiários – grupos de interesse que se utilizam do Hospital.
3. Mapa estratégico.
4. Painel de controle.
5. Planos de ação das áreas.
1.3.1.1 Visão Institucional, Missão Institucional, Negócio e Valores
� Visão Institucional
Ser um referencial público de alta confiabilidade em saúde.
� Missão Institucional
Prestar assistência de excelência e referência com responsabilidade social,
formar recursos humanos e gerar conhecimento, atuando decisivamente na
transformação de realidades e no desenvolvimento pleno da cidadania.
24
Relatório de Atividades
2006
� Negócio
Assistência, ensino e pesquisa em saúde.
� Valores
Respeito à pessoa – o Hospital de Clínicas valoriza o respeito à pessoa através
do reconhecimento do direito de cada indivíduo de tomar suas decisões em um
ambiente de acolhida, respeito e confiança.
Competência técnica – a competência técnica é valorizada pelo Hospital de
Clínicas, através do aprimoramento incessante da excelência e agilidade de serviços.
Trabalho em equipe – o trabalho em equipe é um valor institucional que se
manifesta pela participação coesa e integrada de todos os colaboradores do Hospital
de Clínicas.
Comprometimento institucional – o comprometimento institucional é um
valor do Hospital de Clínicas que se expressa pela identificação da responsabilidade
e orgulho institucional, resultando em um amplo compromisso social.
Austeridade – a austeridade é um valor do Hospital de Clínicas na gestão do
patrimônio público com parcimônia, integridade e honestidade.
Responsabilidade social – a responsabilidade social é um valor do Hospital de
Clínicas decorrente de uma visão abrangente de saúde que exige a contínua
prestação de contas à sociedade.
1.3.1.2 Beneficiários – grupos de interesse que utilizam o Hospital
O planejamento estratégico deve considerar as necessidades de grupos de
interesses que se utilizam da prestação de serviços da Instituição. No caso do
Hospital de Clínicas, foram relacionados grupos de interesses institucionais – tais
como Governo Federal (ministérios da Educação e da Saúde), governos Estadual e
Municipal, UFRGS, fornecedores, agências de fomento à pesquisa, universidades
locais e operadoras de saúde – e beneficiários diretos dos serviços, como professores,
alunos e pesquisadores, pacientes, familiares e funcionários. Os beneficiários
institucionais contam com o Hospital como parceiro no fortalecimento das políticas
25
Relatório de Atividades
2006
nacionais para a saúde e na execução de serviços de assistência, ensino e pesquisa. Os
beneficiários diretos contam com os serviços de qualidade e referência, tanto na rede
de serviços de saúde como no âmbito acadêmico.
1.3.1.3 Mapa estratégico
O mapa estratégico é uma representação gráfica resultante da utilização da
ferramenta gerencial BSC. Os objetivos estratégicos estão explicitados em cada
perspectiva, visando balancear os focos de atenção no desdobramento das estratégias
que norteiam a consecução do planejamento.
FIGURA 1 – MAPA ESTRATÉGICO DO HOSPITAL DE CLÍNICAS
O Clínicas é um hospital universitário integrado por professores, funcionários,
pesquisadores e alunos de alta competência e espírito público, o que permite definir
os diferenciais institucionais, assinalados no mapa em tom mais escuro:
� Hospital geral de alta qualificação e resolutividade
Atuar no sistema de saúde como uma instituição resolutiva em níveis de
média e alta complexidade, garantindo à sociedade tratamentos de ponta às mais
26
Relatório de Atividades
2006
variadas patologias e utilização das melhores práticas assistenciais, baseadas em
evidências científicas.
� Pesquisa
Ter uma produção científica de alta qualificação, com destaque nacional e
internacional, implementada através de uma política institucional que fomente
projetos, parcerias públicas e privadas e criação de estruturas diferenciadas para o
seu desenvolvimento.
� Inovação
Gerir o conhecimento da comunidade interna, através da integração
harmônica e complementar da assistência, do ensino e da pesquisa, possibilitando
que inovações significativas na área da saúde ocorram a partir do Hospital de
Clínicas.
1.3.1.4 Painel de controle – indicadores estratégicos
O painel de controle é um instrumento que condensa os principais
indicadores, referentes a cada perspectiva do BSC, com o objetivo de facilitar a visão
geral do desempenho da Instituição em relação às metas estabelecidas pela
Administração Central e aprovadas pelo Conselho Diretor. Desta maneira, permitiu
o monitoramento constante das metas e, em conseqüência, a tomada de decisão para
o tratamento dos pontos de melhorias que necessitaram de intervenção.
A obtenção dos dados para o cálculo dos indicadores estratégicos é feita a
partir do ambiente de Informações Gerenciais (IG), que é abastecido pelas
informações contidas no Banco de Dados do Sistema informatizado Aplicativos de
Gestão Hospitalar (AGH), o qual abrange a quase totalidade dos processos de
trabalho do Hospital. A tecnologia da informação, através da ferramenta de Business
Intelligence (BI), disponível no IG, oferece condições para interpretar as definições da
forma de recuperação dos dados e da conseqüente resolução da fórmula do
indicador, tornando-se assim responsável pela publicação destes indicadores de
forma integrada ao BSC.
27
Relatório de Atividades
2006
A seguir, é apresentado o painel de controle de 2006, com a respectiva análise
por perspectiva de como se comportaram os indicadores estratégicos.
1.3.1.4.1 SOCIEDADE
TABELA - 2. PAINEL DE CONTROLE – PERSPECTIVA SOCIEDADE Objetivo estratégico
Indicador Fórmula Meta 2006
Resultado 2006
1.1 Comprometimento com as políticas públicas
Faturamento em procedimentos pré-fixados
Faturamento em média complexidade / Valor da contratualização
≥ 92% 92,63%
1.2 Liderança acadêmica
Docentes com mestrado ou doutorado
Nº de docentes com mestrado ou doutorado / Nº total de docentes
≥ 75% 75,6%
1.3 Influência na organização e qualificação do SUS
Rotatividade de pacientes ambulatoriais
Nº de altas ambulatoriais / Nº de primeiras consultas ≥ 20%
Meta estabelecida p/ 2º semestre
2007
Fonte: Sistema de Informações Gerenciais (IG).
1.3.1.4.1.1 Análise da perspectiva Sociedade
Nesta perspectiva, os objetivos estratégicos estabelecidos visam à manutenção
da excelência acadêmica e assistencial, em um ambiente altamente instável e
competitivo. Muitas iniciativas foram adotadas para que tais objetivos fossem
alcançados, entretanto cabe aqui analisar os resultados expressos nos indicadores do
Painel de Controle. Com base nestes indicadores, pode-se afirmar que os objetivos
foram atingidos, com exceção da “Influência na organização e qualificação do SUS”,
onde não foi possível mensurar o indicador de Rotatividade de Pacientes
ambulatoriais por dificuldades operacionais.
� Faturamento procedimentos pré-fixados
A pressão de demanda por serviços de média complexidade em determinados
meses superou a meta estabelecida. No entanto, no âmbito anual este indicador
manteve-se dentro do esperado. Os serviços de Emergência, Ginecologia e
Obstetrícia, Medicina Intensiva, Patologia Clínica e Urologia foram os que mais
contribuíram para as oscilações do indicador.
28
Relatório de Atividades
2006
� Docentes com mestrado ou doutorado
A meta de docentes com mestrado ou doutorado foi plenamente atingida no
período, com 75,6% dos docentes alcançando esta titulação. Este crescimento impacta
positivamente no número de publicações e na qualidade da pesquisa realizada no
Hospital de Clínicas.
� Rotatividade de pacientes ambulatoriais
Este indicador teve sua meta estabelecida para o segundo semestre de 2007.
1.3.1.4.2 CLIENTES
TABELA - 3. PAINEL DE CONTROLE – PERSPECTIVA CLIENTES Objetivo estratégico
Indicador Fórmula Metas 2006
Resultados 2006
Taxa de reinternações 7 dias (Med. e Ped.)
(Quant. de reinternações de urgência em até 7 dias / Quant. de saídas médicas) * 100
≤ 4,53% 4,61%
Mortalidade cirúrgica
(Altas por óbito de paciente submetidos à cirurgia / Total de altas de pacientes submetidos à cirurgia) * 100
≤ 3,96% 4,05%
Infecção relacionada a cateter vascular central
(Nº de infecções hospitalares associadas ao uso de cateteres vascular central / Nº de dias de uso de cateteres vasculares centrais) * 1000
≤ 4,75 4,14
2.1 Referência em qualidade intrínseca
Infecção urinária relacionada a procedimentos invasivos urinários
Nº de infecções associadas a procedimentos invasivos urinários / (Nº de dias de uso de procedimentos invasivos urinários ) * 1000
≤ 9,03 8,13
2.2 Eficiência no ambiente para ensino e pesquisa
Satisfação do pesquisador
Somatório dos graus atribuídos pelos pesquisadores no item infra-estrutura de pesquisa / Total de respostas ao item
≥ 80% Meta
estabelecida para 2007
29
Relatório de Atividades
2006
Satisfação dos pacientes internados (ótimo)
Nº de graus ótimos dos pacientes internados, no item atendimento geral / Total de respostas ao item
≥ 80% 74,44%
2.3 Referência em qualidade percebida
Satisfação pacientes ambulatórios (ótimo + bom)
Nº de graus ótimos + bom dos pacientes externos, no item atendimento geral / Total de respostas ao item
≥ 80% 80,0%
Fonte: Sistema de Informações Gerenciais (IG).
1.3.1.4.2.1 Análise da perspectiva Clientes
Os resultados obtidos nessa perspectiva foram bastante satisfatórios, pois
inclusive nos itens em que não foram alcançadas as metas estabelecidas a maioria dos
indicadores apresentou valores muito próximos dos quantitativos programados. O
resultado que ficou mais distante da meta foi o índice de satisfação dos pacientes
internados que, mesmo assim, alcançou cerca de 93% do índice esperado. Destaque
positivo para os indicadores referentes à infecção hospitalar, com acentuada queda
em 2006.
� Reinternações de urgência em até sete dias
O resultado de 4,61% ficou muito próximo da meta programada de 4,53% e foi
melhor que o resultado de 2005, quando as reinternações chegaram a 4,77%. Esse
indicador leva em consideração apenas as reinternações da clínica médica (adultos) e
da clínica pediátrica. Ambas apresentam historicamente índices de reinternações
muito semelhantes (média dos últimos cinco anos de 4,64% na clínica pediátrica e de
4,44% na clínica médica). Assim, o fato de que o número de internações na clínica
médica aumentou em cerca de 25% nos últimos cinco anos, enquanto que o número
de internações na clínica pediátrica se manteve aproximadamente estável, não teve
influência significativa no resultado do indicador. Porém, é importante observar que,
sem que haja aumento nas reinternações de urgência, a média de permanência dos
pacientes vem sendo reduzida, o que permite inferir que os critérios de alta mantêm-
se adequados, mesmo com internações de duração mais curta.
� Mortalidade cirúrgica
Trata-se do percentual de óbitos após a indução anestésica e na mesma
30
Relatório de Atividades
2006
internação hospitalar, entre os pacientes submetidos à cirurgia no Bloco Cirúrgico. A
taxa de mortalidade cirúrgica observada em 2006 (4,05%) também ficou muito
próxima da meta programada, que era de 3,96%. Entretanto, o resultado verificado
em 2006 foi inferior ao de 2005, quando a taxa observada foi de 3,81%. Essa diferença
não pode, em princípio, ser explicada por uma maior gravidade dos pacientes
levados a cirurgias em 2006: a distribuição dos casos por ASA (classificação de
gravidade dos casos cirúrgicos em cinco categorias) foi muito semelhante à de 2005 e
a mortalidade de 2006 foi mais alta em todas elas, com exceção da categoria 1 (a de
menor gravidade). O resultado, entretanto, cai dentro da variação estatisticamente
esperada, com base na observação dos últimos cinco anos, e pode ser considerada
como uma flutuação casual, a menos que continue a ocorrer elevação nos próximos
anos.
� Taxa de infecções relacionadas a cateteres vasculares
A taxa de infecções hospitalares relacionadas a cateteres vasculares centrais
compreende as infecções identificadas em pacientes em uso de cateteres vasculares
centrais arteriais ou venosos, de curta ou longa permanência, implantáveis ou não.
Em 2006, houve a continuidade de uma tendência decrescente na taxa de infecções
relacionadas a cateteres vasculares centrais, observada anualmente desde 2003. Em
que pese haver um aumento progressivo do número de pacientes-dia em uso de
cateteres vasculares centrais na Instituição, denotando aumento da população sob
risco de infecções, não houve aumento significante do número de infecções.
Conseqüentemente, observam-se taxas decrescentes dessas infecções nos últimos 48
meses. A relação entre o número de pacientes-dia em uso de cateteres e o número de
pacientes-dia internados no Hospital – medida do grau de invasividade em relação
ao acesso vascular - aumentou de 12,2 em 2003 para 15,8 em 2006, resultando em
acréscimo de 29,5%. A taxa média anual de infecções hospitalares relacionadas a
cateteres vasculares centrais em 2006 foi 4,14 infecções por 1.000 pacientes-dia em
uso de cateteres vasculares, inferior à meta pactuada em 4,75 infecções por 1.000
pacientes-dia.
31
Relatório de Atividades
2006
� Taxa de infecções relacionadas a procedimentos urinários invasivos
As infecções urinárias relacionadas a procedimentos urinários invasivos
apresentaram igual tendência decrescente em 2006. Os procedimentos urinários
invasivos computados para a aferição dessa taxa compreendem a sondagem vesical
de alívio, demora e demais procedimentos urológicos. A taxa corresponde ao
somatório de infecções hospitalares dividido pelo número de pacientes-dia em
submetidos aos procedimentos urinários invasivos supradescritos. Há redução
progressiva nas taxas de infecções urinárias em pacientes submetidos a
procedimentos invasivos anualmente desde 2003. Comparativamente a 2005, houve
decréscimo de 11,1% em 2006, respectivamente 10,04 e 8,13 infecções por 1.000
pacientes-dia submetidos a procedimentos urinários invasivos. A taxa de 2006 foi
inferior à meta pactuada em 9,03 infecções por 1.000 pacientes-dia.
� Satisfação de pacientes internados
Com relação aos escores obtidos junto aos pacientes internados, constata-se
que o intervalo de variação dos valores mínimos e máximos obtidos condiz com
outros obtidos em anos anteriores. Contudo, no ano de 2006, parece ter havido maior
oscilação de um mês em relação a outro. Isto pode nos indicar que os setores tiveram
maior dificuldade de manter o padrão de atendimento. Por outro lado, sabe-se que
houve um incremento no sentido de uma maior participação dos clientes na
avaliação, pois aumentou o percentual de retorno de questionários preenchidos
(43,5%), podendo representar uma avaliação mais precisa.
As melhorias implementadas dizem respeito ao conforto (troca de parte dos
colchões), higienização e limpeza (mudanças de rotinas), atendimento ao cliente
(curso desenvolvido para alguns funcionários da higienização, atendentes de
alimentação, auxiliares administrativos da internação, emergência e convênios pelo
SENAC, totalizando 351 servidores). Também foram realizados encontros de
sensibilização, orientação e discussão com as equipes de enfermagem das unidades,
com o objetivo de fortalecer o comprometimento do grupo com a proposta de
atendimento focado no cliente.
32
Relatório de Atividades
2006
� Satisfação de pacientes ambulatoriais
Pela primeira vez, a satisfação do cliente com o atendimento ambulatorial
pôde ser acompanhada mensalmente ao longo do ano. Assim, não foi possível
estabelecer comparativos na série histórica. Observa-se que houve uma elevação nos
escores no último quadrimestre, tendo sido alcançada a meta em três dos quatro
últimos meses do ano. Os quesitos educação e cortesia, limpeza e localização e
identificação alcançaram a meta em mais de 50% dos meses do ano. Já o tempo de
espera e o conforto permanecem sendo os pontos críticos, apresentando escores
aquém do desejado.
Há um grupo de trabalho planejando a reformulação de área física e processos
do ambulatório, com o objetivo de oferecer melhores acomodações (melhor conforto)
e de reduzir o tempo de espera. Este último inclui também avaliar se o tempo de
espera está relacionado ao horário em que o cliente chega ao hospital e àquela em
que deveria ter sido atendido, pois se sabe que alguns chegam muito tempo antes do
horário de atendimento, em virtude de virem do interior.
1.3.1.4.2.2 Planos de ação de melhoria - Clientes
Taxa de reinternações 7 dias (clínicas Médica e Pediátrica)
Meta: ≤ 4,53%; 2006: 4,61%
Descrição Centro Custo Título da ação Prazo Resultados esperados
Serviço de Cirurgia Vascular Satisfação dos pacientes. 31-dez-07
Atender as necessidades dos pacientes e a demanda de novos clientes.
Serviço de Hemoterapia Ampliar o atendimento da equipe transfusional. 31-dez-06
Atendimento hemoterápico em 100% das solicitações diurnas do Serviço de Emergência.
Serviço de Pediatria
Função pulmonar do recém-nascido, lactente e escolar (0 a 5 anos). 30-jun-06
Propiciar intervenções terapêuticas adequadas aos pacientes menores de cinco anos contribuindo para a diminuição da morbidade e aumento da sobrevida de pacientes com comprometimento pulmonar.
Serviço de Pediatria Investimento para o Serviço de Pediatria. 31-dez-06
Disponibilizar equipamentos adequados às necessidades da assistência nas unidades pediátricas.
Serviço de Cirurgia Plástica
Referência em qualidade intrínseca e eficiência no ambiente para ensino e pesquisa. 31-dez-08
Manter a taxa de reintervenção cirúrgica e reinternação; implantação de novas técnicas e conhecimento.
33
Relatório de Atividades
2006
Mortalidade Cirúrgica
Meta: ≤ 3,96%; 2006: 4,05%
Descrição Centro Custo Título da ação Prazo Resultados esperados
Serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo
Aquisição de equipamento. 31-dez-08
Realizar procedimentos com possibilidade de grandes sangramentos com maior segurança e em menor tempo.
Serviço de Cirurgia Pediátrica
Desenvolvimento de técnica cirúrgica. 31-jul-06
Desenvolver cirurgias microinvasivas em RNs.
Serviço de Cirurgia Plástica
Referência em qualidade intrínseca e eficiência no ambiente para ensino e pesquisa. 31-dez-08
Manter a taxa de reintervenção cirúrgica e reinternação; implantação de novas técnicas e conhecimento; promoção de eventos científicos.
Serviço de Colo-proctologia
Referência em qualidade intrínseca. 31-dez-06
Reduzir taxas de morbi-mortalidade; aumento de implantação de novas tecnologias.
Serviço de Neonatologia
Implantar uma sala de procedimentos cirúrgicos na unidade de neonatologia. 30-jun-06
Melhor qualidade na assistência prestada aos RNs em procedimentos cirúrgicos.
Satisfação dos pacientes internados
Meta: ≥ 80%; 2006: 74,44%
Descrição Centro Custo Título da ação Prazo Resultados esperados
Gerência de Hotelaria
Melhoria nas cabinas dos elevadores e adequação às normas técnicas. 31-dez-06
Adequar o nível de satisfação dos pacientes acima de 90%.
Serv. Psiquiatria da Inf. e Adolescência
Elevar nível de qualidade assistencial. 31-dez-07
Manter alto nível de qualidade assistencial.
Serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo
Instituir lista única em cirurgias eletivas. 31-dez-08
Atendimento dos pacientes por ordem de chegada ao serviço; distribuição mais justa do tempo de espera entre todas as equipes.
Serviço de Gineco-Obstetrícia
Atendimento resolutivo e humanizado às pacientes. 31-dez-06
Qualificar a assistência obstétrica e neonatal através de práticas humanizadoras; estabelecer uma assistência obstétrica e neonatal em área física adequada, propiciando maior qualidade e segurança às parturientes e seus recém-nascidos.
Serviço de Hemoterapia
Otimizar e qualificar o atendimento aos clientes internos e externos. 31-dez-06
Aumento do índice de satisfação dos clientes internos e externos para 90%.
Serviço de Medicina Interna
Elevar nível de qualidade assistencial. 31-dez-06
Manter alto nível de qualidade assistencial.
Serviço de Neurologia Otimizar e qualificar o atendimento aos clientes. 30-jun-06
Atingir o índice de satisfação dos clientes para 85%, diminuir em 50% o tempo p/ realização de exames, diminuir em 50% o tempo p/ entrega de resultados de exames.
34
Relatório de Atividades
2006
Serviço de Nutrição e Dietética
Melhoria do cardápio de lanche dos pacientes. 31-mar-06
Atingir e manter um nível de satisfação igual ou superior a 90% (ótimo + bom).
Serviço de Nutrição e Dietética
Melhoria de cardápio do café da manhã e lanches. 31-mar-06
Atingir e manter um nível de satisfação igual ou superior a 90% (ótimo + bom).
Serviço de Patologia Clínica
Otimizar e qualificar o atendimento ao cliente. 31-dez-08
90% de satisfação dos clientes internados e 80% de satisfação dos clientes ambulatoriais.
Serviço de Pneumologia Otimizar e qualificar o atendimento aos clientes. 30-set-06
Obter índice de satisfação superior a 80% na pesquisa de opinião de clientes internos e externos, somando-se as respostas ótimas e boas.
Serviço Social Aumentar a satisfação dos clientes do Serviço Social. 31-dez-08
Alcançar 70% de grau ótimo na pesquisa de satisfação do cliente.
� Outras medidas adotadas
- Projeto de reforma do ambulatório que inclui modernização da área física
e redesenho de processos visando tornar o atendimento mais ágil e
seguro.
- Projeto de reformulação da assistência obstétrica e neonatal através de
novas práticas humanizadoras e área física adequada, oferecendo maior
qualidade e segurança às parturientes e recém-nascidos.
- Projeto de remodelação da área física e ambiente pediátrico para a
melhoria da operacionalização das atividades técnicas da equipe de
atendimento e implementação de medidas qualificadoras da assistência.
1.3.1.4.3 FINANCEIRA
TABELA - 4. PAINEL DE CONTROLE – PERSPECTIVA FINANCEIRA Objetivo estratégico
Indicador Fórmula Metas 2006
Resultados 2006
3.1 Compromisso por resultados
Resultado direto Receitas (serv. hospitalares + Outras receitas oper. + Incorporação de bens de produção) – Despesas (consumo + Serv. terceiros + Despesas financeiras + Deduções da receita própria + Despesas de exercícios anteriores)
≥ 6.000.000 2.911.038
35
Relatório de Atividades
2006
Índice de renovação do permanente
Valor dos bens patrimoniais incorporados / Valor das depreciações
> 1,00 1,56
3.2 Produtividade da capacidade instalada
Taxa de ocupação das unidades de convênios
Pacientes-dia das Unidades 3N, 3S e 4S / (Nº de leitos destas unidades x 365)
≥ 80% 73,50%
Faturamento em alta e estratégico
Receita do SUS em alta complexidade + Receita do SUS de procedimentos estratégicos
≥38.974.796 38.928.894
3.3 Busca de oportunidades
Captação de recursos externos
Somatório dos valores arrecadados através de órgãos de fomento
≥7.000.000 8.950.867
Fonte: Sistema de Informações Gerenciais (IG).
1.3.1.4.3.1 Análise da perspectiva Financeira
Garantir a sustentabilidade das estratégias no médio e longo prazos é a
principal finalidade desta perspectiva. Os resultados do ano permitem afirmar que
tal objetivo foi alcançado quase na sua totalidade, como se pode verificar nas análises
de cada indicador.
� Resultado direto
O ano encerrou com um saldo positivo do resultado direto, embora não se
tenha atingido a meta esperada. Tal fato se deveu ao acréscimo nas despesas
motivadas pela maior elevação das despesas com serviços e redução na expectativa
de receita.
� Índice de renovação do permanente
A renovação dos ativos permanentes indica as constantes atualizações
tecnológicas, necessárias a um hospital universitário, e a manutenção da estrutura,
suporte ao padrão de qualidade. Neste ano, o plano de investimento, vinculado ao
planejamento estratégico, propiciou a incorporação de R$ 9.262.931 em equipamentos
e obras onde se destacam os equipamentos de ressonância magnética e a nova
tomografia computadorizada.
36
Relatório de Atividades
2006
� Taxa de ocupação das unidades de internação de convênios
O aumento dessa taxa de ocupação é resultado do crescimento de 16,06% no
número de internações em comparação com o ano anterior (de 2.789 em 2005 para
3.237 em 2006). Ainda que a meta não tenha sido plenamente atingida, considera-se
que houve um bom incremento, o que contribuiu com a sustentação do equilíbrio
financeiro.
Os serviços de Cardiologia, Ortopedia, Cirurgia Geral e Urologia foram
responsáveis por 40% do total dessas internações.
No que se refere ao número de internações, as especialidades com maior
crescimento foram: Neurologia 57,7%, Ginecologia e Obstetrícia 34,3%, Urologia, com
27,7%; e Oncologia, com 18,4%.
� Faturamento de alta complexidade e procedimentos estratégicos – SUS
Houve um acréscimo no volume faturado em alta complexidade e
procedimentos estratégicos, principalmente com a contribuição dos serviços de
Radioterapia, Neurologia e Imunologia. Também contribuíram para este crescimento
os serviços de Hematologia Clínica, Oncologia, Oncologia Pediátrica, Urologia,
Cirurgia Vascular Periférica e Cirurgia Cardiovascular.
� Captação de recursos externos
O rápido avanço tecnológico na área hospitalar e a necessidade de ampliação
de serviços nas áreas de assistência, ensino e pesquisa exigem grandes recursos
financeiros. Neste sentido, o Hospital contou com o apoio dos Ministérios da
Educação, Saúde e Ciência e Tecnologia para investimentos como os do acelerador
linear, dos monitores para CTI e recursos para obra e equipamentos da Unidade de
Pesquisas.
1.3.1.4.3.2 Planos de ação de melhoria - Financeira
Resultado direto
Meta: ≥ R$6.000.000; 2006: R$2.911.038
Descrição Centro Custo Título da ação Prazo Resultados esperados
Serviço de Finanças Gerenciamento de créditos a pagar. 30-abr-07
Redução dos valores a receber vencidos e da inadimplência.
37
Relatório de Atividades
2006
Seção de Custos
Desenvolver informações de custos para a área da pesquisa.
31-jan-07 Redefinir e organizar as informações de custos para a área da pesquisa.
Seção de Custos Controlar as despesas com prestação de serviços. 31-jan-07
Identificar as variações mensais buscando o gerenciamento da conta serviços.
Seção de Custos
Divulgar as informações de custos para as áreas estratégicas do HCPA. 31-out-06
Melhorias nas informações geradas, bem como subsidiar a administração na gestão das áreas.
Seção de Custos
Conferir e adequar as informações para o novo sistema de absorção. 31-out-06
Adequar as informações à realidade dos centros de custos.
Serviço de Orçamento
Processo de acompanhamento da previsão e execução orçamentária por rubrica e por Centro de Custo. 31-dez-07
Estimar e executar os recursos orçamentários dentro dos limites da capacidade de arrecadação anual da Instituição, respaldando a Administração Central na tomada de decisão e na programação plurianual das receitas e despesas.
Serviço de Planejamento e Programação de Estoques
Implantar sistemática de planejamento de compras dos Centros de Custo estratégicos. 31-dez-07
Aprimorar a logística de abastecimento melhorando o tempo de atendimento dos materiais.
Serviço de Almoxarifado Projeto de segurança patrimonial. 31-mar-07
Reduzir os riscos de perda patrimonial.
CCA - Centro Cirúrgico Ambulatorial Compromisso por resultados. 31-dez-08
Gerenciamento efetivo nas despesas, custos e produção; Aumentar o controle do consumo de materiais; Conscientização do desperdício e capacidade de produção.
CME - Centro de Material e Esterilização
Compromisso com os resultados. 31-dez-08
Receita própria; trabalhar com custos operacionais.
Serviço de Colo-proctologia
Compromisso com os resultados. 31-dez-06
Gerenciamento efetivo nas despesas, custos e benefícios; diminuir gastos; aumentar faturamento.
Serviço de Engenharia Predial e de Edificações Co-geração de energia. 28-fev-07
Modernização da matriz energética com redução de custo operacional.
Serviço de Fisiatria e Reabilitação
Aumento da receita e preparação das informações para melhoria dos registros e cobrança. 31-dez-06
Incremento de receitas e melhorias dos processos.
Serviço de Hemoterapia Qualificar os processos de aquisição de insumos. 31-dez-06
Aplicação das melhores técnicas, objetivando qualificação e padronização de 100% das formas de aquisição de materiais para o serviço.
Serviço de Imunologia
Incrementar os processos de aquisição de insumos do serviço. 31-dez-06 Reduzir o consumo da curva A.
Serviço de Medicina Nuclear
Incrementar os processos de aquisição de insumos do serviço. 30-mai-06
Reduzir o consumo da curva A em 5%.
Serviço de Nefrologia Otimização da produtividade. 31-dez-07
Ganho de produtividade para o Serviço de Nefrologia e HCPA.
Serviço de Neurologia Sistema de controle s/ gastos de insumos utilizados. 31-mai-06
Reduzir o consumo da curva A em 5%.
38
Relatório de Atividades
2006
Serviço de Neurologia
Sistema de controle sobre os gastos dos insumos utilizados. 31-jan-07 Aumentar o faturamento em 200%.
Serviço de Patologia
Incrementar os processos de aquisição de insumos do serviço. 31-mai-06 Reduzir o consumo da curva A.
Serviço de Patologia Clínica (SPC)
Incrementar os processos de aquisição de insumos do SPC. 31-dez-08
Equilíbrio do índice RD (Receita total/Despesa total).
Serviço de Patologia Clínica
Incrementar os processos de aquisição de insumos do SPC. 31-dez-08
Reduzir o % de itens do suprimento em não conformidade.
Taxa de ocupação das Unidades de Convênios
Meta: ≥ 80%; 2006: 73,50%
Descrição Centro Custo Título da ação Prazo Resultados esperados Serviço de Cirurgia Torácica Atendimento a convênios. 31-dez-08
Aumentar 10% ao ano o atendimento em internação de convênios.
Serviço de Cirurgia Vascular Aumento de produção. 31-dez-08 Aumento de produtividade.
Serviço de Urologia Ser instituição de referência. 31-dez-07
Ampliação no atendimento SUS e de convênios.
1.3.1.4.4 PROCESSOS
TABELA - 5. PAINEL DE CONTROLE – PERSPECTIVA PROCESSOS Objetivo Estratégico
Indicador Fórmula Meta 2006
Resultados 2006
Taxa de cesárea primária
Quant. de cesareanas sem cesárea prévia / Quant. de pacientes sem cesárea prévia * 100
≤ 27,80% 24,83%
Taxa de cancelamento no Bloco por causas hospitalares
Quant. de cirurgias canceladas no BC por causas hospitalares / Quant. de cirurgias marcadas * 100 (sem Sala de Emergência)
≤ 13,53% 12,91%
4.1 Gestão assistencial baseada na efetividade clínica
Média de permanência
Pacientes dia / Quant. de saídas do Hospital de Clínicas ≤ 8,83% 8,29 dias
Taxa de aproveitamento de consultório
Consultas realizadas nos consultórios / Potencial de atendimento com base nas consultas oferecidas * 100
≥ 75% 67,18%
4.3 Eficiência na gestão operacional
Ocupação de salas no Bloco Cirúrgico
Quant. de horas paciente e limpeza / Quant. de horas disponibilizadas * 100 (sem Sala de Emergência)
≥ 80% 77,72%
Fonte: Sistema de Informações Gerenciais (IG).
39
Relatório de Atividades
2006
1.3.1.4.4.1 Análise da perspectiva Processos
Os resultados obtidos nessa perspectiva foram bastante bons. Em três dos
cinco processos considerados estratégicos, alcançou-se a meta programada. Na meta
de ocupação de salas do Bloco Cirúrgico, o resultado alcançado correspondeu a mais
de 97% do valor programado.
� Taxa de cesárea primária
O resultado obtido foi excelente. Não apenas se alcançou a meta programada
(27,80%), como ela foi superada em quase três pontos percentuais. O resultado de
24,83% ganha mais destaque quando se leva em consideração o fato de ser o Clínicas
um hospital de referência, para o qual é encaminhado um grande número de casos
de gravidez complicada, nos quais a cesárea está formalmente indicada.
� Taxa de cancelamento de cirurgias – Bloco Cirúrgico
O indicador Taxa de cancelamento de cirurgias por causas hospitalares obteve
a média de 12,99% de cancelamentos de cirurgias, atingindo a meta proposta de
13,61% para este período. Um dos motivos de maior incidência, na
proporcionalidade de todos os motivos descritos, foi “falta de leito”, com 38,47% do
total dos cancelamentos.
Em maio, foi implantado o rodízio de equipes para ocupação dos leitos da
unidade de cuidados mínimos cirúrgicos (9º sul), tendo havido uma pequena
redução nos cancelamentos por falta de leito. A fixação de leitos para a cirurgia
pediátrica também colaborou para a diminuição deste motivo de cancelamento.
� Média de permanência
A média de permanência não apenas superou de longe a meta programada,
como alcançou seu melhor resultado histórico, desde que se adotou a atual forma de
cálculo (até 2000 não eram consideradas as internações que ocorriam exclusivamente
no setor de Emergência do Hospital). Essa redução não foi acompanhada por
aumento nas internações de urgência, o que indica que não foi causada por altas
médicas excessivamente precoces, nem por aumento na mortalidade, o que significa
40
Relatório de Atividades
2006
que não foi influenciada pelo encurtamento do tempo de internação em função de
um maior número de óbitos. A redução da média de permanência nos últimos anos é
o resultado de um esforço institucional que alia a adoção de protocolos assistenciais,
levando a desfechos favoráveis em tempo mais curto, com a racionalização de
processos assistenciais, agilizando os procedimentos que têm lugar durante a
internação do paciente.
� Taxa de aproveitamento de consultório
O indicador Taxa de aproveitamento dos consultórios do ambulatório, criado
em 2006, refere-se ao aproveitamento dos consultórios das zonas ambulatoriais,
considerando o total de consultas realizadas. O resultado observado em 2006 foi de
67,18% para uma meta programada de 75%.
No ano de 2006, o estudo deste indicador apontou os diversos fatores que
geraram este resultado, o que balizou os planos de ação do Serviço do Ambulatório
para 2007.
Identificaram-se as áreas funcionais em que os resultados são mais críticos e
ações referentes à revisão das agendas por consultório estão em desenvolvimento.
� Ocupação de salas do Bloco Cirúrgico
Este indicador, em 2006, obteve o resultado de 77,72%, com uma defasagem
de – 2,28 pontos percentuais em relação à meta proposta de 80%.
Os meses que apresentaram menor desempenho foram fevereiro, junho,
novembro e dezembro, considerados atípicos devido ao período de férias, ingresso
de residentes novos e período de greve da residência médica.
Esse indicador refere-se à ocupação das salas destinadas a cirurgias eletivas.
Algumas especialidades com taxa de ocupação mais baixa (entre 65% e 75%) e que,
portanto, não atingiram a meta proposta de 80%, apresentaram, entretanto, alta
produção em cirurgias de urgência, as quais não são computadas neste indicador por
ocorrerem em sala específica, sem programação prévia. Uma medida de gestão a ser
estudada para melhorar o grau de ocupação será a readequação da distribuição de
salas para as especialidades com maior demanda de cirurgias eletivas.
41
Relatório de Atividades
2006
1.3.1.4.4.2 Planos de ação de melhoria - Processos
Taxa de aproveitamento de consultório
Meta: ≥ 75%; 2006: 67,18%
Descrição Centro Custo Título da ação Prazo Resultados esperados
Serviço de Ambulatório Aproveitamento dos espaços e consultas do ambulatório. 31-dez-08
Otimizar os recursos ambulatoriais.
Serviço de Cirurgia Pediátrica
Atender encaminhamentos do interior. 31-mar-06
Otimizar encaminhamentos para consultórios.
Serviço de Nefrologia Otimização do processo. 31-dez-08 Otimização dos processos assistenciais.
Serviço de Psiquiatria Planejamento estratégico do ambulatório. 31-dez-07
Implementar o uso de protocolos assistenciais; avaliar a possibilidade de criação de um novo programa de psiquiatria clínica; aumentar o número de procedimentos de ECT de 8 para 16 por manhã; solicitar o credenciamento junto ao gestor.
Ocupação das salas do Bloco Cirúrgico
Meta: ≥ 80%; 2006: 77,72%
Descrição Centro Custo Título da ação Prazo Resultados esperados
CME - Centro de Material e Esterilização
Melhoria da qualidade em esterilização. 31-dez-08
Todos os processos validados de acordo com os padrões internacionais; manter em 0,5% o índice de não conformidades de bandejas no BC e CCA.
Serviço de Cirurgia Vascular Melhoria de processos. 31-dez-06
Otimização dos processos, aumento de produtividade e qualidade de atendimento.
Serviço de Engenharia Clínica Central de equipamentos. 31-mar-06
Disponibilizar equipamentos 24 horas, dispondo de reserva técnica quando solicitado, ampliando o índice de disponibilidade dos equipamentos.
Serviço de Engenharia Clínica
Verificação/calibração de equipamentos biomédicos. 31-dez-06
Confiabilidade dos equipamentos disponíveis para assistência.
� Outras medidas adotadas
- Diversos serviços assistenciais implementaram seus próprios indicadores
de desempenho assistencial e gerencial.
- Reformas de adequação da área física buscando melhorias operacionais.
- Redução do tempo de liberação de laudos de exames.
42
Relatório de Atividades
2006
1.3.1.4.5 APRENDIZADO E CRESCIMENTO
TABELA - 6. PAINEL DE CONTROLE – PERSPECTIVA APRENDIZADO E
CRESCIMENTO Objetivo estratégico
Indicador Fórmula Meta 2006
Resultados 2006
5.1 Valorização das pessoas
Satisfação dos funcionários
Grau de satisfação de funcionários ≥ 85% 83,6%
5.1 Valorização das pessoas
Grau de adesão ao plano de saúde
Nº de funcionários que aderiram ao plano de saúde / Total de funcionários
≥ 70% 82,31%
5.2 Fortalecimento do ambiente de trabalho saudável e seguro
Freqüência de acidente de trabalho – por milhão
Nº de acidentes de trabalho + nº de acidentes de doença ocupacional)/ Nº de horas trabalhadas * 1.000.000
≤ 20 29,3
5.3 Desenvolvimento de liderança e trabalho em equipe
Satisfação com trabalho em equipe
Grau de satisfação com trabalho em equipe na pesquisa de clima organizacional
≥ 70% 61,2%
5.4 Tecnologia da informação sustentando resultados
Proporção de processos críticos informatizados
Nº de processos críticos informatizados / Total de processos críticos ≥ 90% 83%
5.5 Cultura inovadora e resolutiva
Planos de ação implementados
Nº de planos de ação implementados / Nº de planos de ação previstos para o período
≥ 70% 71%
Fonte: Sistema de Informações Gerenciais (IG).
1.3.1.4.5.1 Análise da perspectiva Aprendizado e Crescimento
Saber como está o desenvolvimento institucional e o crescimento e
aperfeiçoamento de seus profissionais são aspectos vitais para o sucesso do
planejamento estratégico. Embora nesta perspectiva, em geral, o investimento
realizado tenha um tempo de maturação e resposta maior em comparação às demais,
ainda assim é possível observar resultados interessantes, como na valorização das
pessoas, medida pelo grau de adesão ao plano de saúde, a tecnologia da informação
sustentando resultados, medida pela proporção de processos críticos informatizados,
e a cultura inovadora, pelos planos de ação implementados.
43
Relatório de Atividades
2006
� Pesquisa de clima organizacional
Para realização da pesquisa de clima organizacional, foi contratada empresa
especializada, sendo a pesquisa efetivada na data prevista – dezembro de 2006.
O percentual de participações, em relação ao quadro de pessoal, atingiu
62,66%, superando em muito o da pesquisa de 2004, que foi de 31,47%.
� Grau de satisfação dos funcionários
O resultado observado na pesquisa foi de 83,6% de satisfação, muito próximo
da meta estipulada de 85%. Esse índice representa um avanço constante e
significativo no quesito, uma vez que as pesquisas anteriores mostram que em 2002 o
índice observado foi de 77,1% e, em 2004, de 80,8%.
� Grau de adesão ao plano de saúde
A adesão dos funcionários ao plano de saúde atingiu o percentual de 82,31%
sobre o quadro de lotação de pessoal, superando a meta estabelecida de 70%.
� Freqüência de acidente de trabalho – por milhão
O comportamento do indicador Coeficiente de freqüência de acidente de
trabalho no ano de 2006 apresentou uma elevação da média histórica dos últimos
anos. Salienta-se que houve um aumento no número absoluto dos acidentes de
trabalho em comparação ao ano de 2005, o que não correspondeu ao mesmo índice
de aumento de gravidade dos mesmos. Estes acidentes geraram um número menor
de dias perdidos ao trabalho, comparado ao do ano anterior, apesar de ter ocorrido
um aumento na freqüência. Outro indicador, este setorial, Coeficiente de gravidade
de acidente do trabalho, superou a meta, que é de diminuir em 10% do coeficiente de
gravidade, quando efetivamente houve a redução de 21,32%.
� Satisfação com trabalho em equipe
Este indicador também foi medido pela pesquisa de clima organizacional,
observando-se um resultado de 61,2%, o que representa 12,57 pontos percentuais
abaixo da meta programada. Isto sinaliza oportunidades de implementação de ações
que estimulem as equipes em diversos aspectos, tais como: cooperação, comunicação,
visão de resultados, motivação e feedback. Como esse índice foi mensurado pela
44
Relatório de Atividades
2006
primeira vez em 2006, não se possuem dados anteriores que permitam comparações
de tendência. Por outro lado, a estratificação desses dados, para efeitos de análises
setoriais por setor, estarão disponíveis no primeiro trimestre de 2007.
� Proporção de processos críticos informatizados
No final de 2005, foram definidos e priorizados oito sistemas que, pela sua
importância, passaram a compor o indicador institucional: Emergência - Fase 2,
Checagem Eletrônica da Prescrição, Prescrição de Diálise, Anamnese/Evolução
Internação, Ficha Anestésica, Financeiro (Edital), Custos – Absorção e Custos –
Atividade. Entretanto, no decorrer de 2006, novas demandas foram acrescidas às
atividades do Grupo de Sistemas, que culminaram num total de 18 sistemas críticos.
Considerando estes aspectos, chegou-se ao final de 2006 com um índice de 83%,
sendo que o planejado era de 90%. Portanto, observa-se a efetivação de 92% da meta,
quando computados apenas os sistemas originalmente priorizados.
� Planos de ação concluídos
O ano de 2006 foi marcado pela evolução na aprendizagem também da
elaboração e implementação de planos de ação, em consonância com relatos feitos na
literatura para fases iniciais do BSC. Dos 205 planos de ação previstos, 146 foram
implementados até 31 de dezembro, atingindo um índice de 71% de planos de ação
implementados.
1.3.1.4.5.2 Planos de ação de melhoria – Aprendizado e Crescimento
Freqüência de acidente de trabalho (por milhão)
Meta: ≤ 20; 2006: 29,3
Descrição Centro Custo Título da ação Prazo Resultados esperados
CME - Centro de Material e Esterilização Humanização. 31-dez-08
Redução dos afastamentos no trabalho. Melhoria do nível de satisfação dos profissionais. Educar 70% dos profissionais do CME.
Gerência de Hotelaria Proporcionar melhores condições no ambiente de trabalho. 31-dez-06 Redução do absenteísmo.
SAMIS Expansão do arquivo legal. 31-jan-07
Área com ventilação, iluminação e espaço adequados, observando-se os critérios de segurança no trabalho e preservação do material armazenado.
45
Relatório de Atividades
2006
Serviço de Hemoterapia Reduzir a exposição a riscos no ambiente de trabalho. 31-dez-06
Elaboração de mapa de risco do serviço.
Serviço de Imunologia
Reduzir a exposição a riscos no ambiente de trabalho de todos os colaboradores do Serviço. 30-abr-06
Redução dos acidentes de trabalho e doenças por LER.
Serviço de Medicina Nuclear
Reduzir a exposição a riscos no ambiente de trabalho de todos os colaboradores do serviço. 30-mai-06
Melhoria das condições de trabalho.
Serviço de Medicina Ocupacional
Prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. 31-dez-06
Diminuir em 10% o coeficiente de freqüência e gravidade de acidente de trabalho e doença ocupacional em relação à 2005.
Serviço de Medicina Ocupacional Capacitação em biossegurança. 31-dez-08
Atingir 80% da previsão dos treinamentos; diminuir em 10% o coeficiente de freqüência e gravidade de acidentes de trabalho e de doença ocupacional em relação à 2005; absenteísmo por DORT/LER menor que 2.
Serviço de Neurologia
Reduzir a exposição a riscos no ambiente de trabalho de todos os colaboradores do serviço. 30-jun-06
Melhoria das condições de trabalho.
Serviço de Nutrição e Dietética
Redimensionamento de pessoal para a redução de horas extras. 31-dez-08
Redução de horas extras geradas por atestatos médicos e diminuição de atestados médicos gerados por acidente de trabalho e excesso de trabalho.
Serviço de Patologia
Reduzir a exposição a riscos no ambiente de trabalho de todos os colaboradores do serviço. 31-mai-06
Redução dos acidentes de trabalho e doenças por LER.
Serviço de Patologia Clínica
Melhoria contínua do ambiente de trabalho 31-dez-08
Funcionários preparados para trabalhar com segurança frente aos riscos inerentes ao laboratório clínico.
Serviço de Radiologia
Reduzir a exposição a riscos no ambiente de trabalho de todos os colaboradores do serviço. 31-mai-06
Proporcionar melhores condições de trabalho para os trabalhadores.
Satisfação com trabalho em equipe
Meta: ≥ 70%; 2006: 61,2%
Descrição Centro Custo Título da ação Prazo Resultados esperados
Coordenadoria de Gestão de Pessoas Gestão de desempenho. 31-dez-07
80% do número de profissionais do quadro capacitados; 60% das áreas capacitadas implementem as entrevistas de gestão de desempenho.
Coordenadoria de Gestão de Pessoas
Pesquisa de clima organizacional. 31-mar-07
Grau de satisfação dos funcionários na pesquisa de clima organizacional >85%.
Coordenadoria de Gestão de Pessoas
Projeto “O Jeito Clínicas de Atender”. 31-dez-07
Capacitar 80% dos profissionais das áreas envolvidas no Projeto; Grau de satisfação na Pesquisa dos pacientes internados ≥ 80% do conceito ótimo; Grau de satisfação na Pesquisa dos pacientes internados ≥ 70% do conceito ótimo.
46
Relatório de Atividades
2006
Coordenadoria de Gestão de Pessoas Capacitação profissional. 31-dez-07
≥ 2,5 horas de treinamento/ funcionário/mês.
Coordenadoria de Gestão de Pessoas
Programa de desenvolvimento gerencial. 31-dez-08
80% do número de lideranças formais treinadas; grau de satisfação na pesquisa de clima organizacional, nos itens relacionados a liderança ≥ a 80%.
Serviço de Emergência Realizar gestão de desempenho com a equipe de enfermagem. 31-dez-06
Resultados qualitativos e quantitativos da capacitação das pessoas resultantes da gestão de desempenho.
Grupo de Enfermagem Implementar a gestão de desempenho. 31-dez-07
Qualificar o ambiente de trabalho e os processos assistenciais.
Serviço de Cirurgia Vascular
Incentivar o crescimento pessoal. 31-dez-07
Qualificação e satisfação dos funcionários.
Serviço de Patologia Clínica Qualificar lideranças. 31-dez-08 80% dos líderes com treinamento. Serviço de Patologia Clínica Qualificar lideranças. 31-dez-08 Trabalho em equipe.
Proporção de processos críticos informatizados
Meta: ≥ 90%; 2006: 83%
Descrição Centro Custo Título da ação Prazo Resultados esperados Assessoria de Planejamento e Avaliação
Capacitação de gestores na utilização freqüente do IG no processo decisório. 30-jun-06
Qualificação do processo decisório baseado em indicadores confiáveis e disponíveis no momento necessário.
GSIS Ampliar para 80% o número de gestores que utilizam o IG. 31-dez-06
Melhoria na gestão dos processos administrativos e assistenciais do HCPA, facilitar o acesso aos indicadores institucionais.
GSIS
Implantação de sistema para captura, armazenamento e distribuição de imagens médicas (PACS). 31-dez-06
Melhoria na assistência, disponibilidade de acesso à informação.
GSIS
Ampliar para 90% o número de processos críticos informatizados. 31-dez-06
Melhoria na assistência, disponibilidade de acesso à informação, completude de documentos no prontuário on-line.
GSIS
Ampliar para 30% o número de protocolos assistenciais validados informatizados. 31-dez-06 Melhoria na assistência.
GSIS Intensificar o acesso à internet na atividade fim. 31-dez-06
Aprimoramento da pesquisa, ampliação acesso à internet em 20% ao ano na atividade fim.
GSIS
Desenvolvimento do projeto Beira de Leito/Segurança do Paciente - fase 2. 31-dez-06
Melhoria na assistência, mobilidade dos processos assistenciais junto ao paciente.
Serviço de Ambulatório
Informatizar as áreas ambulatoriais que utilizam o prontuário papel. 31-dez-06
Informatizar 100% das atividades do ambulatório.
Serviço de Atenção Primária à Saúde
Informatizar a Unidade Básica de Saúde. 31-dez-06
Agilidade, transparência e gestão dos processos de atendimento na UBS.
47
Relatório de Atividades
2006
Serviço de Cirurgia Pediátrica Prontuário eletrônico. 31-mar-06 Ampliar o prontuário eletrônico.
Serviço de Cirurgia Plástica
Tecnologia da informação sustentando resultados. 31-dez-08
Acesso para tecnologia da informação; agilização do processo assistencial e de pesquisa para aumento da produtividade.
Serviço de Emergência Informatização do atendimento. 31-mai-06 Informatização de 100% do atendimento realizado no serviço.
Serviço de Hemoterapia
Complementar em sua totalidade a tecnologia de informação no Serviço de Hemoterapia. 31-dez-06
Atendimento em 100% das exigências da ANVISA; atingir 85% do nível de satisfação dos funcionários das recepções; adequar 100% das informações/relatórios do Serviço de Hemoterapia; atingir 100% de interfaciamento dos equipamentos.
Serviço de Nutrição e Dietética
Melhoria no sistema de informações nutricionais. 31-dez-06
Otimização da prescrição dietética; diminuição de erros na entrega da dieta ao paciente; avaliação da sistemática de acompanhamentos por níveis assistenciais.
Serviço de Patologia Atualizar a tecnologia da informação no serviço. 31-mar-06
Qualidade no atendimento aos clientes do serviço.
Serviço de Patologia
Desenvolver programas que qualifiquem os resultados dos exames do serviço. 31-mai-06
Qualidade dos resultados e imagens dos exames da patologia.
Serviço de Patologia Clínica
Consolidação da gestão da qualidade das ações utilizando recursos tecnológicos. 31-dez-08
Todas as lideranças do SPC utilizando o IG,
Serviço de Psicologia
Informatização dos atendimentos do Serviço de Psicologia. 31-jul-06
Informatizar 100% das atividades do Serviço de Psicologia.
Serviço de Radiologia Atualizar a tecnologia da informação no serviço. 31-mar-06
Qualidade no atendimento aos clientes do serviço.
� Outras medidas adotadas
- Programa de capacitação e desenvolvimento em BSC – Planejamento
Estratégico envolvendo 111 pessoas em 2.021 horas de capacitação, com
o objetivo de vincular a teoria com a prática da implementação do
Balanced Scorecard no Hospital de Clínicas e de revisão dos planos de
ação das áreas para a implementação na nova ferramenta de
acompanhamento do planejamento no IG.
1.3.1.5 Planos de ação
Outro instrumento muito utilizado em 2006 foram os planos de ação
construídos pelas áreas. O processo de construção, validação e execução destes
48
Relatório de Atividades
2006
planos, sempre associado a determinado objetivo estratégico, em um processo
dinâmico e concretamente focado na obtenção de avanços, viabilizou a execução do
Planejamento Estratégico do Hospital.
O plano de ação descreve o conjunto de ações e projetos que competem a cada
unidade gerencial na consecução dos objetivos estratégicos. Inclui a definição de
responsabilidades, prazos, meios, recursos e indicadores de desempenho. Sua
elaboração envolve um processo de negociação na construção dos planos de ação e
coordenação com as diversas áreas envolvidas.
A finalidade principal do plano de ação é atingir os desafios apontados nas
definições estratégicas da organização na busca de objetivos e reversão de
desempenhos desfavoráveis. Neste sentido, foram elaborados e implementados 208
planos de ação ao longo de 2006.
� Resultados de 2006
Os movimentos predominantes foram a disseminação das estratégias, a
negociação com os serviços assistenciais e a implementação dos planos de ação
previstos. O ano também foi marcado pela incorporação e compartilhamento do
conhecimento, através da informatização do processo do Planejamento Estratégico, e
pela capacitação do corpo gerencial na metodologia BSC aplicada à realidade do
Hospital de Clínicas.
A divulgação das definições estratégicas envolveu todos na organização, não
apenas a gerência. Desta forma, os benefícios da estratégia são maiores quando ela é
amplamente divulgada por toda a organização. Para a melhor compreensão das
estratégias foi preciso haver uma série de discussões abertas e bilaterais para
aumentar o nível de entendimento e aceitação. Foram empregados os mais variados
meios disponíveis, como jornal, cartazes, painéis, calendários, mensagens eletrônicas,
subsites na intranet e na internet.
O processo de negociação envolvendo os membros da Administração Central
(AC) e os responsáveis por planos de ação ocorreu através de 22 reuniões com a
participação de 53 serviços assistenciais.
49
Relatório de Atividades
2006
Nestas reuniões, ao longo de 2006, os membros da AC ressaltaram a
importância do Planejamento Estratégico para a Instituição. Um dos resultados
esperado, além da integração entre as áreas, era o de definir o status de cada plano
(A-autorizados, AP-autorizados com planejamento e NA-não autorizados), visando
dar andamento aos mesmos. Os serviços presentes, que encaminharam
anteriormente seus planos de ação, alinhados ao planejamento institucional, tiveram
avaliadas e negociadas as viabilidades de cada plano.
Para facilitar o acompanhamento de cada participante da reunião, foi
distribuído um roteiro contendo o resumo dos planos de ação de cada serviço em
pauta, relacionados às perspectivas do BSC, evidenciando suas contribuições a cada
objetivo estratégico definido pela AC.
Estas reuniões foram precedidas de reuniões privadas entre os membros da
AC para discutirem o rol de propostas nos planos das áreas para que no dia
agendado pudesse se buscar a convergência de interesses. Este movimento também
favoreceu uma avaliação de desempenho de cada serviço, onde se tornou
transparente o processo de investimento relacionado ao resultado prometido em
cada plano de ação.
Outra importante ação para a mobilização foi a capacitação da equipe
gerencial na metodologia do BSC e nas naturais adaptações para sua implementação.
No ano, foram capacitados 111 gestores, em um total de 2.021 horas de treinamento.
A intenção é fomentar o autodesenvolvimento, formando um líder como
treinador, com capacidade técnica, capacidade de articulação, compromisso com o
desenvolvimento da equipe, capacidade de entrega (resultados) e visão sistêmica
alinhada ao mapa e ao plano estratégico.
A implantação da nova versão do ambiente de Informações Gerenciais (IG),
contemplando a informatização das etapas de construção do mapa estratégico e do
painel de controle, totalmente integrado aos indicadores da Instituição, possibilitou
uma visão dinâmica dos objetivos estratégicos.
51
Relatório de Atividades
2006
2 ASSISTÊNCIA
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre é considerado um hospital de
excelência e referência no sul do país e integra o SUS - Sistema Único de Saúde,
prestando assistência de forma universalizada e gratuita em diversas especialidades.
TABELA - 7. PRODUÇÃO ASSISTENCIAL
Produção assistencial 2005 2006 Variação %
Consultas atendidas 538.520 537.547 - 0,18
Internações* 27.033 28.251 4,51
Procedimentos cirúrgicos** Cirurgias Outros procedim. em ambiente cirúrgico
33.755 18.763 14.992
36.822 19.423 17.399
9,09 3,52 16,06
Transplantes 331 350 5,74
Partos 3.971 3.875 - 2,61
Serviço auxiliar de diagnóstico – exames*** 2.091.441 2.181.448 4,30
Procedimentos em consultórios 232.823 226.406 - 2,83
Sessões terapêuticas 78.250 82.152 4,99 Fonte: SAMIS/Hospital de Clínicas. *Com emergência. **O nº de procedimentos cirúrgicos é maior do que o nº de pacientes que a eles se submeteram (ver tabela 14) porque podem ser realizados vários procedimentos em um mesmo paciente. ***Inclui exames complementares e exames que implicam a realização de algum procedimento invasivo, realizado fora da área cirúrgica. TABELA - 8. INDICADORES HOSPITALARES
Indicadores hospitalares 2005 2006 Variação %
Média de permanência (dias) 8,97 8,29 - 0,68
Taxa de ocupação (%) 89,65 85,84* - 3,81
Coeficiente de mortalidade (%) 4,55 4,86 0,31
Taxa de cesáreas (%) 35,11 32,02 - 3,09
Taxa de infecção hospitalar (%) 9,73 9,69 0,04 Fonte: SAMIS/Hospital de Clínicas. *Em 2006 a Unidade de Internação do 5º Sul esteve em obras tornando inoperante seus 34 leitos, ainda que contém na capacidade operacional.
52
Relatório de Atividades
2006
2.1 PRODUÇÃO ASSISTENCIAL
TABELA - 9. INTERNAÇÕES
Capacidade instalada (leitos)
Área satélite
Unidades de internação
Total
Quantidade 749 4.248 24.003 28.251 Fonte: SAMIS/Hospital de Clínicas.
TABELA - 10. INTERNAÇÕES POR CONVÊNIO E POR CLÍNICA
Conv./Clínica Cirúrgica Médica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Total geral
SUS 7.109 8.594 5.049 3.942 320 25.014
IPE 493 591 53 47 72 1.256
UNIMED 514 397 67 73 48 1.099
GEAP 58 90 1 1 - 150
Outros conv. 170 229 5 11 5 419
Particular 227 63 11 - 11 313
Total 8.571 9.964 5.186 4.074 456 28.251 Fonte: SAMIS/Hospital de Clínicas.
TABELA - 11. CONSULTAS REALIZADAS
Ambulatório Pronto atendimento Medicina Interna e Pediatria
Emergência Total
Quantidade 470.771 11.057 55.719 537.547 Fonte: SAMIS/Hospital de Clínicas.
TABELA - 12. PARTOS REALIZADOS
Normal Cesárea Total
Quantidade 2.636 1.239 3.875 Fonte: SAMIS/Hospital de Clínicas.
TABELA - 13. BANCO DE SANGUE
Doadores efetivos
Total 17.913 Média/mês 1.492,7 Fonte: SAMIS/Hospital de Clínicas.
53
Relatório de Atividades
2006
TABELA - 14. PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS (PACIENTES ATENDIDOS)
Serviços Centro Cirúrgico
Ambulatorial
Bloco Cirúrgico
Hemodinâmica Total
Ambulatório 01 0 0 01
Anestesiologia 01 0 0 01
Cardiologia 0 1 1.134 1.135
Cirurgia Aparelho Digestivo 101 409 0 510
Cirurgia Cardiovascular 0 569 18 587
Cirurgia Geral 1.488 2.381 0 3.869
Cirurgia Pediátrica 284 698 0 982
Cirurgia Plástica 385 403 0 788
Cirurgia Torácica 272 358 0 630
Cirurgia Vascular Periférica 204 618 97 919
Coloproctologia 1.241 386 0 1.627
Dermatologia 370 0 0 370
Fisiatria e Reabilitação 05 0 0 05
Gastroenterologia 6.150 04 0 6.154
Ginecologia Obstétrica 1.231 1.032 0 2.263
Hematologia Clínica 845 0 0 845
Mastologia 172 208 0 380
Medicina Interna 94 0 0 94
Nefrologia 114 0 0 114
Neurologia 14 316 25 355
Odontologia 0 0 0 0
Oftalmologia 1.518 0 0 1.518
Oncologia 64 0 0 64
Oncologia Pediátrica 283 0 0 283
Ortopedia e Traumatologia 67 1.216 0 1.283
Otorrinolaringologia 924 787 0 1.711
Pneumologia 593 0 0 593
Psiquiatria 1.010 0 0 1.010
Radiologia 03 0 20 23
Reumatologia 03 0 0 03
Tratamento da Dor 37 0 0 37
Urologia 2.910 1.666 0 4.576
Total geral 20.384 11.052 1.294 32.730 Fonte: SAMIS/Hospital de Clínicas.
54
Relatório de Atividades
2006
TABELA - 15. SESSÕES TERAPÊUTICAS
Serviços Quantidade
CAPS 14.194
Hemodiálise 11.483
Quimioterapia 10.576
Radioterapia 21.245
Hospital Dia 1.495
Fototerapia 5.677
Outros 17.482
Total 82.152 Fonte: SAMIS/Hospital de Clínicas.
TABELA - 16. TRANSPLANTES REALIZADOS
Tipo Quantidade
Cardíaco 01
Conjuntiva 12
Córnea 183
Medula Óssea – Alogênico Aparentado
Alogênico não Aparentado
Antólogo
Não classificável
16
07
49
02
Pâncreas 02
Hepático 15
Auto transplante renal 01
Renal (receptor) 57
Renal (revisão) 05
Total 350 Fonte: SAMIS/Hospital de Clínicas.
55
Relatório de Atividades
2006
TABELA - 17. ATENDIMENTO DOS GRUPOS DE AUTO-AJUDA
Grupos Nº pacientes Nº grupos Pacientes p/grupo Doenças do trabalho grupo 61 7 8,71 Enf. fibromialgia grupo 55 8 6,88 Enf. grupo de insulina 87 31 2,81 Enf. grupo neuro doenças cérebro vasculares 10 6 1,67 Enf. grupo fam. pac. prog. transtornos de humor 36 11 3,27 Enf. psiquiátrica grupo 371 46 8,07 Enf. psiquiatria pais e bebês grupo 110 7 15,71 Enf. psiquiátrica Protan grupo 49 14 3,50 Enf. grupo dos cardiopatas e pneumopatas 327 43 7,60 Enf. grupo de pais e crianças da CCMF 265 11 24,09 Grupo de familiares – CAPS 11 2 5,50 Grupo de familiares – Serviço Social 383 67 5,72 Enf. grupo de fumantes 467 47 9,94 Enf. grupo de gestantes 164 23 7,13 Enf. grupo transtorno humor bipolar 21 4 5,25 Fisiatria grupo coluna 156 52 3,00 Grupo de crianças asmáticas 14 2 7,00 Grupo atend. e prevenção à violência infantil 18 7 2,57 Medicina Ocupacional grupo de asma 15 5 3,00 Medicina Ocupacional grupo de diabetes 282 16 17,63 Medicina Ocupacional grupo dislipidemia 6 2 3,00 Medicina Ocupacional grupo de gestantes 38 7 5,43 Medicina Ocupacional grupo de hipertensão 25 6 4,17 Oficina terapêutica adulto psiquiatra 1.836 271 6,77 Oficina terapêutica adulto enf. superior 36 7 5,14 Oficina terapêutica adulto recreação 2.828 449 6,30 Oficina terapêutica adulto assistência social 33 5 6,60 Oficina terapêutica adulto com a psicologia 1.597 161 9,92 Oficina terapêutica inf. e adol. psicologia 7 1 7,00 Oficina terapêutica infantil assistência social 71 12 5,92 Pneumo asma adulto grupo 9 1 9,00 Pais-bebê grupo 182 33 5,52 Psico fobia social e transtornos do pânico grupo 89 26 3,42 Psicologia do trabalho grupo 147 31 4,74 Psiquiatria genética grupo 115 20 5,75 Psiquiatria grupo de idosos 33 4 8,25 Programa de atenção à saúde do trabalhador 18 7 2,57 Programa multidisc. de reabilitação pulmonar 97 10 9,70 Psiquiatria grupo pacientes transexuais 590 96 6,15 Psiquiatria pesquisa 273 37 7,38 Serviço social Nefropediatria grupo 22 4 5,50 Outros 11 10 1,10 Total/média 10.965 1.609 6,81 Fonte: SAMIS/Hospital de Clínicas.
56
Relatório de Atividades
2006
2.2 APOIO ASSISTENCIAL
2.2.1 COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
Os objetivos da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) são:
� Realizar a vigilância epidemiológica das infecções hospitalares.
� Estimular o uso racional de antimicrobianos.
� Monitorar o perfil de sensibilidade das bactérias aos antimicrobianos
de uso corrente.
� Monitorar processos assistenciais críticos visando salvaguardar a
segurança dos pacientes e reduzir o risco de ocorrência de infecções
hospitalares.
� Disseminar condutas baseadas em evidências para evitar a ocorrência
de infecções hospitalares.
� Gerenciar a utilização de quartos de isolamento.
� Produzir, avaliar e disseminar as taxas de infecções hospitalares, o
perfil de uso de antimicrobianos e a freqüência de isolados de bactérias
multirresistentes.
As taxas gerais de infecções hospitalares (IH) têm se mantido estáveis no
Hospital de Clínicas nos últimos quatro anos. No período de 2003 a 2006, a taxa geral
de IH é igual a 9,52%. Houve redução do número de pacientes-dia em 2006
comparativamente ao ano anterior e conseqüente aumento das saídas (altas). Em
números absolutos, em 2006 ocorreram 119 infecções hospitalares a menos do que em
2005.
TABELA - 18. EVOLUÇÃO DA TAXA DE INFECÇÃO HOSPITALAR
2003 2004 2005 2006
Taxa de infecção hospitalar 9,64 9,02 9,73 9,69
Infecções 2.251 2.158 2.396 2.277
Saídas (altas) 29.227 29.676 30.019 31.005 Fonte: CCIH/Hospital de Clínicas.
57
Relatório de Atividades
2006
A tabela a seguir apresenta a distribuição, freqüência absoluta e relativa dos
tipos de IH em 2006. As infecções relacionadas à corrente sangüínea corresponderam
a 26,7% das infecções. Já as infecções urinárias e relacionadas a procedimentos
cirúrgicos correspondem a, respectivamente, 23,9% e 22,0% do total de casos
apurados em 2006. As pneumonias hospitalares corresponderam a 21% das IH.
TABELA - 19. DISTRIBUIÇÃO, FREQÜÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES
Tipo de infecção n %
Corrente sanguínea 608 26,7
Infecções urinárias 544 23,9
Infecções cirúrgicas 501 22,0
Pneumonias 475 20,9
Outras infecções 149 6,5
Total 2.277 100,0 Fonte: CCIH/Hospital de Clínicas.
Na próxima tabela é apresentada as taxas de utilização de procedimentos
invasivos no Hospital no período de 2003 a 2006. Observa-se aumento progressivo na
freqüência de uso de cateteres vasculares, procedimentos urinários invasivos
(sondagem vesical de demora e alívio) e ventilação mecânica. Como resultado, há
maior número de pacientes-dia em risco de ocorrência de IH relacionada aos
procedimentos invasivos em questão. Entretanto, tem havido estabilidade nas taxas
de IH relacionadas aos procedimentos, como será visto adiante.
TABELA - 20. TAXAS DE UTILIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS INVASIVOS*
Ano Pacientes-Dia Cateteres Procedimentos
urinários invasivos Ventilação mecânica
2003 229.111 16,00 12,19 3,66
2004 234.665 17,10 14,02 3,73
2005 242.546 17,23 12,64 3,75
2006 234.675 18,36 15,85 4,92
Média 235.249 17 14 4 Fonte: CCIH/Hospital de Clínicas. *Corresponde à fórmula: paciente-dia em uso do procedimento/paciente-dia do Hospital de Clínicas.
58
Relatório de Atividades
2006
� Infecções cirúrgicas: há tendência decrescente nas taxas de infecções
relacionadas a parto normal, infecção puerperal e cesariana nos últimos
quatro anos. A taxa de IH relacionada a parto normal passou de 1,28%
em 2003 para 0,84% em 2006, correspondendo a uma redução de 52,9%.
Da mesma maneira, as taxas de infecção relacionadas a cesariana e
puerperal passaram de, respectivamente, 4,3% e 2,26% em 2003 para
2,96% e 1,51% em 2006, correspondendo à reduções de 47,1% e 43,4%.
Houve, ainda, redução da taxa de infecções relacionadas a cirurgias
limpas em 2006 (3,44) comparativamente ao ano anterior (3,71).
� Taxa de infecções relacionadas a procedimentos urinários invasivos:
comparativamente a 2005, houve decréscimo de 11,1% em 2006 na taxa
de IH relacionadas a procedimentos urinários invasivos,
respectivamente, 10,04 e 8,13 infecções por mil pacientes-dia. A taxa de
2006 foi inferior à meta pactuada em 9,03 infecções por mil pacientes-
dia. Há redução progressiva nas taxas de infecções urinárias em
pacientes submetidos a procedimentos invasivos desde 2003.
� Taxa de infecções relacionadas a cateteres vasculares: em 2006, houve a
continuidade de uma tendência decrescente na taxa de infecções
relacionadas a cateteres vasculares centrais, observada desde 2003. Em
que pese haver um aumento progressivo do número de pacientes-dia
em uso de cateteres na Instituição, não houve aumento significante do
número de infecções e, conseqüentemente, observaram-se taxas
decrescentes dessas infecções nos últimos 48 meses. A relação entre o
número de pacientes-dia em uso de cateteres e o número de pacientes-
dia internados aumentou de 12,2 em 2003 para 15,8 em 2006,
resultando em acréscimo de 29,5%. A média anual em 2006 foi de 4,14
infecções por mil pacientes-dia submetidos a cateteres vasculares,
inferior à meta pactuada em 4,75 infecções por mil pacientes-dia.
� Taxa de pneumonias associadas à ventilação mecânica (PAV): o gráfico
1 a seguir apresenta a evolução do coeficiente de incidência de
59
Relatório de Atividades
2006
pneumonias associadas à ventilação mecânica invasiva e o número
pacientes-dia em uso de ventilação mecânica no período de janeiro de
2003 a dezembro de 2006 no Hospital. Os dados foram agrupados
trimestralmente para reduzir a variabilidade das taxas. Há um
aumento progressivo no número de pacientes-dia em uso de ventilação
mecânica no período estudado. No entanto, a mesma tendência não é
observada em relação à taxa de PAV e o número absoluto de casos, o
que leva a crer que há efetiva redução desses agravos, em que pese o
aumento progressivo de pacientes-dia em risco, posto que submetidos
à ventilação mecânica invasiva.
� Taxa de utilização de antimicrobianos: o gráfico 2 a seguir apresenta a
evolução da dose diária definida de uso de antimicrobianos
glicopeptídeos (vancomicina e teicoplanina) em pacientes adultos no
período de 2004 a 2006. Corresponde ao número de pacientes-dia em
uso desses antimicrobianos, dois dos 54 monitorados pela CCIH.
Apesar do aumento do número de pacientes-dia submetidos a
procedimentos invasivos, como foi demonstrado anteriormente, tem
havido constância no uso de tais antimicrobianos, que representam um
indicador sensível para a ocorrência e o manejo de IH relacionadas a
procedimentos invasivos.
2.2.2 COMISSÃO DE ÉTICA EM ENFERMAGEM
A Comissão de Ética em Enfermagem do Hospital de Clínicas tem como
objetivo assessorar o Grupo de Enfermagem (GENF) sobre assuntos relacionados à
ética na enfermagem, seguindo recomendações do Código de Ética dos profissionais
da área. Dentre suas atribuições, coopera com a direção de Enfermagem, recebendo,
analisando e dando parecer das situações ou notificações recebidas de pacientes,
familiares e profissionais do Hospital de Clínicas.
60
Relatório de Atividades
2006
GRÁFICO – 1. INCIDÊNCIA TRIMESTRAL DE PNEUMONIAS ASSOCIADAS À VENTILAÇÃO MECÂNICA E PACIENTES-DIA EM VENTILAÇÃO MECÂNICA (2003 A 2006)
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Meses Índice de pneumonias
Ventilação mecânica Fonte: CCIH/Hospital de Clínicas.
GRÁFICO – 2. DOSE DIÁRIA DEFINIDA DE GLICOPEPTÍDEOS UTILIZADOS NO HOSPITAL (2004 a 2006)
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
jan/
04fe
v/04
mar
/04
abr/
04m
ai/0
4ju
n/04
jul/0
4ag
o/0
4se
t/04
out/0
4no
v/04
dez/
04ja
n/05
fev/
05m
ar/0
5ab
r/05
mai
/05
jun/
05ju
l/05
ago/
05
set/0
5ou
t/05
nov/
05de
z/05
jan/
06fe
v/06
mar
/06
abr/
06m
ai/0
6ju
n/06
jul/0
6ag
o/0
6se
t/06
out/0
6no
v/06
dez/
06
GLICOPEPTÍDEOS
Linear (GLICOPEPTÍDEOS)
DDDD
Fonte: CCIH/Hospital de Clínicas.
As principais atividades realizadas em 2006 foram:
� Prestação de 21 consultorias individualizadas a vários setores de
Enfermagem do hospital, principalmente das Unidades do Serviço de
Enfermagem Cirúrgica (SEC) e do Serviço de Enfermagem Médica
(SEM).
61
Relatório de Atividades
2006
� Idealização, divulgação e implementação de um programa de
consultoria focal para atendimento das demandas específicas de cada
serviço, tendo-se disparado este processo junto ao SEC. Houve três
encontros com os multiplicadores do Serviço, reunindo enfermeiros e
auxiliares de Enfermagem em debates participativos.
� Promoção de encontro em que participaram os membros da Comissão
de Ética em Enfermagem e representantes da Comissão de Prontuário
do Paciente para discussão e encaminhamentos de situações relativas à
consulta documental no prontuário do paciente internado.
� Elaboração de uma proposta para a confecção de um cartaz padrão a
ser afixado em todas as Unidades do Hospital, versando sobre acesso
ao prontuário do paciente internado, com base na política de
privacidade e confidencialidade do Hospital de Clínicas.
2.2.3 COMISSÃO DE ÉTICA MÉDICA
A partir de Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), todos os
estabelecimentos ou entidades em que é exercida a Medicina devem ter uma
Comissão de Ética Médica (CEM). A CEM, vinculada ao Conselho Regional de
Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS), têm funções educativas,
fiscalizadoras e sindicantes do desempenho ético da profissão médica no nosso
Hospital.
A atual Comissão, eleita em 2005, é composta por membros das várias
categorias de profissionais médicos do corpo clínico do Hospital de Clínicas.
A CEM realiza reuniões ordinárias mensais, nas quais são avaliadas denúncias
e consultas encaminhadas por serviços e profissionais da área médica e pela
Administração Central do Hospital. Para a apuração de denúncias de infração ética,
a Comissão deve instaurar processos de sindicância, que seguem as normas
específicas ditadas pelo CFM. Na Sindicância, é feita a apuração dos fatos,
encaminhada posteriormente ao CREMERS se houver indício de infração, não
emitindo julgamento ou penalidades. Todas as informações obtidas pela Comissão
62
Relatório de Atividades
2006
são protegidas por sigilo e guardadas em arquivo próprio da Comissão.
No ano de 2006, o Hospital de Clínicas, através da Comissão de Ética Médica,
pôde aprimorar, de forma organizada, a avaliação e a discussão de questões que
envolveram aspectos ético-profissionais da Medicina. Entre as atividades da CEM ao
longo do ano, podem ser destacadas:
� Onze consultas avaliadas, provenientes de profissionais, Ouvidoria e
Administração Central. A maioria das consultas gerou documentos
elaborados pela Comissão, com farto embasamento no Código de Ética
Médica e nas Resoluções publicadas pelo CFM. Esses documentos
poderão servir para a abordagem de questões similares que venham a
ocorrer no futuro no âmbito do Hospital.
� Quatro sindicâncias, que necessitaram de 16 reuniões extraordinárias
para audiências com os envolvidos nos fatos apurados. As audiências
foram gravadas e transcritas para a elaboração do Relatório Final de
cada sindicância.
� Encontro com os novos médicos residentes do Hospital de Clínicas
para apresentação do tema “Ética na Profissão Médica”.
2.2.4 COMISSÃO DE MEDICAMENTOS
Os objetivos da Comissão de Medicamentos (COMEDI) são:
� Agilizar a prescrição médica, contribuir para a qualificação da
assistência e otimizar recursos no que se refere ao uso de
medicamentos em ambiente hospitalar.
� Promover o uso racional de medicamentos.
� Manter uma lista de medicamentos para uso hospitalar (Seleção de
Medicamentos) que seja adequada às necessidades do hospital, racional
e atualizada.
� Prover assessoria técnica à Administração Central na área de
farmacoterapêutica.
63
Relatório de Atividades
2006
As atividades desenvolvidas e seus principais resultados foram:
� Manutenção da lista de medicamentos selecionados:
- Solicitações de revisão da lista: foram recebidas nove solicitações de
revisão da lista encaminhadas pelo corpo clínico. Destas, sete foram
deferidas, resultando em inclusão do medicamento, e duas foram
indeferidas. A COMEDI incluiu na lista outros quatro medicamentos,
por iniciativa própria, para atender a situações de demanda
justificada (três itens) ou atendendo à solicitação da CCIH (um item).
� Política de aquisição de medicamentos:
- Foi dada continuidade à política de licitações conjuntas de
medicamentos do mesmo grupo farmacológico e com eficácia similar,
como carbapenêmicos (imipenem e meropenem), heparinas de baixo
peso molecular (enoxaparina, nadroparina e outras), surfactante
pulmonar (porcino e bovino). Como resultado, obteve-se concorrência
e redução de preços nos itens licitados. A COMEDI também aprovou
a decisão de importação de anfotericina B lipossomal, levando a uma
redução de custos de aproximadamente 30 %.
� Monitoramento e auditoria:
- Medicamentos de uso restrito: de janeiro a novembro de 2006, foram
avaliadas pela COMEDI 28.391 primeiras prescrições de
medicamentos de uso restrito por internação. As avaliações são
baseadas em critérios de uso racional definidos pela COMEDI, sendo
realizadas por médicos executivos. Desta forma, considera-se que a
taxa de aprovação de prescrições de medicamentos de uso restrito é
um indicador de prescrição racional. Nesta taxa, são computadas
apenas as prescrições liberadas sem intervenção, de acordo com
critérios de uso racional pré-estabelecidos pela COMEDI.
Antimicrobianos foram avaliados em conjunto com a Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar.
64
Relatório de Atividades
2006
TABELA - 21. APROVAÇÃO DE PRESCRIÇÕES DE MEDICAMENTOS DE USO RESTRITO E NÃO-SELECIONADOS
Indicador 2004 2005 2006
Taxa de aprovação de medicamentos selecionados de uso restrito (%)
55,8 53,7 52,7
Taxa de aprovação de prescrições de medicamentos não-selecionados (%)
76,9 74,4 66,5
Fonte: IG/Hospital de Clínicas.
- Prescrição de medicamentos não-selecionados: esta taxa é um
indicador da qualidade e abrangência da lista de medicamentos
selecionados do Hospital, bem como de adesão à lista pelo prescritor.
A meta da COMEDI é a manutenção de uma taxa de prescrição de
não-selecionados inferior a 5%, baseado em referenciais externos e na
experiência da própria Comissão.
TABELA - 22. PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS NÃO-SELECIONADOS
Indicador 2004 2005 2006
Quantidade total de itens prescritos 454.698 430.788 401.203
Quantidade total de itens não-selecionados prescritos
3.260 3.075 2.561
Taxa de prescrição de medicamentos não-selecionados %
0,72 0,71 0,64
Fonte: IG/Hospital de Clínicas.
� Atividades de apoio à prescrição:
- Suporte à prescrição informatizada: realizada manutenção e revisão
periódica do cadastro de mensagens eletrônicas (alertas) com
informações referentes a doses, alternativas, efeitos adversos,
interações medicamentosas e disponibilidade de protocolos
assistenciais. São mantidos ativos 85 alertas eletrônicos na prescrição,
sendo que nove foram incluídos no ano de 2006 (ação realizada em
parceria com o Centro de Informações sobre Medicamentos).
- Recomendações de uso: quanto ao medicamento Ertapenem, foi
65
Relatório de Atividades
2006
elaborado texto com recomendações de uso baseadas na literatura,
com objetivo de orientação ao prescritor e definição de critérios para
avaliação da utilização do medicamento no Hospital. O documento
está disponível para consulta on-line no sistema de prescrição.
- Rotinas para avaliação de consumo de medicamentos: elaborado texto
com aspectos a serem levantados e descritos na elaboração de
relatórios sobre utilização de medicamentos, bem como na avaliação
de impacto de medidas visando à redução de consumo.
- Critérios para avaliação de uso: quanto ao medicamento Irinotecan
em carcinoma de cólon e reto, foi elaborado texto baseado em
literatura científica sobre indicações, esquemas de uso e eficácia
comparativos do Irinotecan no tratamento de carcinoma de cólon, a
ser utilizado pelos médicos executivos para embasar a avaliação de
prescrições.
� Participação em eventos:
- Seminário de Propaganda sobre uso de medicamentos, promovido
pela ANVISA, em Florianópolis (SC).
- Semana da Qualidade: Comissão de Padronização de Medicamentos,
HC/USP (SP).
- Curso de Farmacoeconomia e Modelos Matemáticos em
Farmacoeconomia, ANVISA.
- Comissões de Medicamentos, Vitória (ES) e Curitiba (PR).
� Atividades de pesquisa:
- Projeto de pesquisa GPPG05-348: terminada coleta de dados e
realizada análise parcial. Apresentado pôster na Semana Científica.
- Encaminhado projeto ao GPPG sobre adesão a protocolo de uso de
Omeprazol.
66
Relatório de Atividades
2006
� Atividades de consultoria:
- Realizadas atividades de consultoria para o corpo clínico, Centro de
Informações sobre Medicamentos, Comissões de Medicamentos de
outros hospitais e Administração Central.
2.2.5 COMISSÃO DE NORMAS E ROTINAS DO GRUPO DE ENFERMAGEM
O objetivo da Comissão de Normas e Rotinas é avaliar, revisar e divulgar as
normas e rotinas dos cuidados existentes no Grupo de Enfermagem. A divulgação
dos Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) é feita pelas chefias de serviço de
Enfermagem, as quais recebem os POPs revisados e encaminham para suas chefias
de unidade, que devem divulgar para sua equipe. Estes são arquivados em pastas
disponíveis nas unidades para utilização pela equipe de enfermagem. Além disto, as
rotinas podem ser visualizadas acessando a prescrição de enfermagem. Com a
introdução dos POPs na internet, estão sendo revisadas as rotinas existentes e
encaminhadas para o portal.
As atividades desenvolvidas em 2006 foram:
� Revisão e verificação de 21 POPs:
- manejo de paciente portador de germe multiresistente;
- coleta de urocultura através de cateterização;
- coleta de urocultura em pacientes cateterizados;
- coleta de urocultura através de jato médio;
- uso do trapézio em pacientes ortopédicos;
- cuidados de enfermagem ao paciente com tração esquelética;
- uso de comadre em pacientes com disfunção coxo-femural;
- transferência do leito do paciente em pós-operatório imediato de
artroplastia coxo-femural;
- cuidados de enfermagem na lavagem de sonda vesical;
67
Relatório de Atividades
2006
- cuidados de enfermagem no cateterismo vesical de demora;
- cuidados de enfermagem no cateterismo vesical de alívio;
- controle da diminuição urinária para pesagem diferencial de fraldas;
- controle da eliminação urinária através do saco coletor;
- cuidados na higiene das bolsas de colostomia, ileostomia e urostomia;
- cuidados na troca das bolsas de colostomia, ileostomia e urostomia;
- solicitação de culturas microbiológicas de materiais diversos como:
ponta de cateter, secreção de ferida operatória, secreção ocular, urina
e sangue;
- guarda dos pertences de pacientes internados;
- admissão do recém-nascido proveniente do Centro Obstétrico na
unidade de Neonatologia;
- admissão do recém-nascido proveniente da Emergência na unidade
de Neonatologia;
- oferta de oxigênio por incubadora;
- sondagem gástrica e enteral.
� Atualização de POPs para apresentação no novo portal do Hospital de
Clínicas.
� Nomeação de uma professora da Escola de Enfermagem da UFRGS
para coordenar a Comissão de Normas e Rotinas a partir de dezembro
de 2006.
2.2.6 COMISSÃO DE ÓBITOS, CONTROLE CIRÚRGICO E REVISÃO
ANATOMOPATOLÓGICA
Esta Comissão tem como objetivos:
� Analisar os óbitos do Hospital de Clínicas.
68
Relatório de Atividades
2006
� Revisar os exames anatomopatológicos de neoplasia maligna com
margens comprometidas.
� Revisar os exames anatomopatológicos normais.
� Analisar os óbitos necropsiados.
� Coletar dados para mensurar indicadores gerais e setoriais.
� Disponibilizar dados coletados e resultados obtidos no sistema (AGH).
As atividades desenvolvidas durante o ano foram:
� Análise mensal do percentual de óbitos nos 34 serviços médicos
assistenciais do Hospital de Clínicas.
� Análise mensal dos sumários de óbitos informatizados (média de 106,3
óbitos/mês).
� Análise mensal de peças cirúrgicas com diagnóstico de neoplasia
maligna, estratificando as neoplasias mais prevalentes.
� Análise mensal de todas as peças cirúrgicas com diagnóstico
anatomopatológico de neoplasia maligna com margens cirúrgicas
comprometidas (busca ativa no prontuário).
� Estudo dos óbitos necropsiados (sessões anatomoclínicas).
� Monitoramento de indicadores setoriais do Serviço de Patologia para
avaliar os exames de congelação e as solicitações de revisão de laudos
já emitidos.
� Coleta de dados para indicadores gerais da instituição.
Tendo como principais resultados:
� Número de óbitos/mês com estratificação mensal das doenças básicas
e das causas mortis. Principais doenças básicas: fase terminal de
neoplasia maligna, neoplasia maligna primária, pneumopatias,
cardiopatias, SIDA e hepatopatias. Principais causas mortis: sepsis, fase
terminal de neoplasia maligna e pneumopatias.
69
Relatório de Atividades
2006
� Número de peças cirúrgicas de anatomopatológicos com diagnóstico
de neoplasia maligna com margens comprometidas e sem margens
comprometidas.
� Estratificação das neoplasias malignas mais prevalentes quanto à
localização: próstata, mama, pele, trato gastro-intestinal e colo uterino.
� Número total de anatomopatológicos de peças cirúrgicas com
diagnóstico de neoplasia maligna: 1.347.
� Número total de anatomopatológicos de peças cirúrgicas com
diagnóstico de neoplasia maligna com margens cirúrgicas
comprometidas e busca ativa nos prontuários: 182.
� Índice de concordância Kappa: 0,94 em 2006, para o indicador setorial
de exames de congelação.
� Concordância de 93% em 2006 no indicador setorial referente às
solicitações de revisão de laudos anatomopatológicos.
� Total de necropsias realizadas: 84 (68 adultos e crianças e 16 fetos
mortos). Foram necropsiados, provenientes da Santa Casa, 15 adultos
transplantados hepáticos.
� 5,3% dos óbitos ocorridos, durante o período de internação, foram
necropsiados.
� Nove casos de necropsias e de exames anatomopatológicos foram
selecionados para as sessões anatomoclínicas do Hospital.
2.2.7 COMISSÃO DE PRONTUÁRIOS
A Comissão de Prontuários de Pacientes (CPP) tem como objetivo garantir que
o prontuário do paciente do Hospital de Clínicas seja efetivamente utilizado para
registro dos processos assistenciais. Deve conter todas as informações necessárias e
relevantes para a assistência, a pesquisa e o ensino, estar disponível prontamente a
todos os que têm o direito de acessá-lo e atender às exigências éticas e legais
pertinentes.
70
Relatório de Atividades
2006
Para isso, busca estabelecer normas para o arquivamento de informações no
prontuário e o acesso a estas informações, além de legislar sobre questões táticas,
operacionais e legais relacionadas aos prontuários: conteúdo do prontuário,
avaliação de sua qualidade e problemas diversos detectados pelo Serviço de Arquivo
Médico e Informações da Saúde (SAMIS), propondo projetos para atualização
permanente do prontuário e para sua informatização progressiva, buscando alcançar
um padrão de operacionalidade e qualidade compatível com o estado da arte
vigente, avaliando continuamente a qualidade dos registros dos prontuários clínicos.
Neste ano, a CPP deu continuidade às suas atribuições com o foco no processo
de migração progressiva do prontuário em suporte papel para o prontuário
eletrônico. Foram desenvolvidas as seguintes atividades:
� Organização do prontuário-papel, redução de seu volume e circulação:
- continuidade do processo de digitalização dos prontuários antigos,
que já permitiu a eliminação de cerca de 30 toneladas de papel;
- supressão da impressão e armazenamento dos sumários de prescrição
médica e de Enfermagem, garantindo uma economia de papel,
tonner, tempo de processamento, tempo de arquivamento (52.000
prontuários deixaram de ser manuseados para este fim) e área de
armazenamento no SAMIS;
- estabelecimento de critérios para o envio diário de prontuários em
papel para as zonas ambulatoriais, sem prejuízo dos processos
assistenciais, o que permitiu a redução da movimentação de
prontuários para fins assistenciais (de 515.000 em 2005 para 460.0000
em 2006, redução de 16,5%).
� Informatização progressiva do prontuário e acesso à informação (em
cooperação com o Grupo de Sistemas):
- participação no grupo de trabalho para o desenvolvimento e
implantação do sistema de registro assistencial da Emergência;
71
Relatório de Atividades
2006
- cooperação com o Grupo de Pesquisa e Pós-Graduação para melhorar
o acesso dos pesquisadores internos e externos aos dados clínicos do
prontuário eletrônico, o que reduziu a consulta a prontuários em
papel para este fim (de 24.000 em 2005 para 15.500 neste ano, redução
de 35%).
� Questões éticas e legais:
- emissão de 75 pareceres sobre o atendimento a solicitações de
informações judiciais ou de autoridades governamentais sobre
pacientes do Hospital de Clínicas;
- participação do grupo de trabalho que discute estratégias de
implementação da Certificação Digital para registro de atos médicos
no prontuário, a ser iniciada em 2007;
- revisão do Manual do Prontuário (versão 4), visando à incorporação
de novos processos informatizados e a atualização da legislação;
- realização de auditorias periódicas de sumários de alta faltantes, com
envio de relatórios trimestrais de pendências aos chefes de serviços
médicos, o que provocou a realização de cerca de 120 sumários
pendentes.
� Qualidade da informação:
- capacitação de alunos da Faculdade de Medicina e de médicos
residentes, abordando conceitos sobre questões profissionais, éticas e
legais do prontuário de pacientes e demonstrando as facilidades e
vantagens do uso dos sistemas informatizados do Hospital de
Clínicas;
- palestras sobre o Prontuário de Pacientes do Hospital de Clínicas, nos
níveis regional e nacional.
72
Relatório de Atividades
2006
2.2.8 COMISSÃO DE SELEÇÃO
A Comissão de Seleção tem como objetivo normatizar, supervisionar e
assessorar a realização dos processos seletivos públicos para contratação de
profissionais para o quadro de pessoal do Hospital de Clínicas.
No ano de 2006, foram realizadas 36 reuniões com a finalidade de estabelecer
diretrizes e normativas aos processos seletivos públicos do Hospital, avaliar os
processos seletivos realizados e em andamento, bem como propor melhorias para a
realização dos mesmos, tendo o seguinte resultado:
���� Avaliação e aprovação dos 11 editais para realização de 77 processos
seletivos públicos, nos quais se inscreveram 15.548 candidatos.
���� Orientação às bancas examinadoras quanto à elaboração dos processos
seletivos, reforçando a responsabilidade que as mesmas deverão ter
com relação a estes.
���� Supervisão das atividades da Fundação de Apoio da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS) na realização dos processos
seletivos públicos do ano de 2006.
2.2.9 COMISSÃO DE SUPORTE NUTRICIONAL
A Comissão de Suporte Nutricional exerce atividades normativas que visam
otimizar a utilização dos recursos envolvidos e qualificar a assistência nutricional aos
pacientes do Hospital de Clínicas nos níveis hospitalar e ambulatorial. Para tanto,
realiza vigilância clínico-epidemiológica dos pacientes em uso de terapia nutricional,
educação continuada das equipes assistentes, padronização e acompanhamento
contínuo dos processos envolvidos.
As atividades desenvolvidas em 2006 foram:
� Através da utilização da ferramenta de Informações Gerenciais (IG),
foram feitos acompanhamentos das prescrições de nutrição parenteral
(NP) para os pacientes das diversas especialidades.
� Realização de auditorias para identificar a adesão de rotinas
preconizadas.
73
Relatório de Atividades
2006
� Avaliação do impacto econômico da substituição do leite de vaca por
fórmulas infantis industrializadas no preparo das mamadeiras para
crianças entre 6 e 12 meses de idade. Considerando-se os benefícios
clínicos e as recomendações de melhores práticas, foi padronizada a
utilização de fórmulas infantis como leite de seguimento às crianças,
nessa faixa etária, hospitalizadas na Instituição.
� Visita de técnicos da Secretaria Municipal da Saúde para benchmarking
sobre alta complexidade em terapia nutricional.
� Realização da V Jornada de Terapia Nutricional e da III Jornada de
Nutrologia do Hospital de Clínicas, contando com 460 participantes.
� Manutenção de atividades de educação continuada, como os
treinamentos introdutórios para médicos residentes e para novos
funcionários do Grupo de Enfermagem.
TABELA - 23. COMPARAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE NP PELOS PACIENTES DA NEONATOLOGIA, PEDIATRIA E ADULTOS
Neonatologia Pediatria Adultos Total
2005 166 24 90 280
2006 174 49 112 335 Pacientes em uso de NP
Variação (%) 4,8 104,2 24,4 19,6
2005 2534 493 1919 4946
2006 2472 1712 2216 6400 Total de dias de uso de NP
Variação (%) -2,5 247,3 15,5 29,4 Fonte: Serviço de Nutrologia do Hospital de Clínicas.
2.2.10 COMISSÃO GESTORA DOS PORTAIS DA INTERNET E INTRANET
Em 2006, foi ao ar o portal do Hospital de Clínicas, com conteúdos para a
internet e para intranet. Os sites antigos foram totalmente reformulados, integrando-
se em um único ambiente.
Em termos de conteúdo, o portal oferece um amplo conjunto de informações
sobre assistência, ensino e pesquisa, além de detalhes a respeito da estrutura da
Instituição, orientações e serviços para os clientes e divulgação de eventos, concursos
74
Relatório de Atividades
2006
e licitações. Outra novidade é que todos os serviços médicos e de enfermagem têm
sua página para expor as atividades que desenvolvem.
Quanto ao visual, o Clínicas é apresentado de forma mais moderna e
dinâmica, com utilização de fotografias e outros recursos. A inovação estende-se,
também, à infra-estrutura. Por um lado, passou-se a utilizar, como ferramenta de
construção e manutenção, um software livre, indo ao encontro das diretrizes do
Governo Federal e reduzindo custos. Profissionais do Grupo de Sistemas foram
treinados e desenvolveram a estrutura e o design do portal. Por outro lado, a
responsabilidade pela coleta de dados, redação e editoração foi assumida pela
Assessoria de Comunicação, que passou a contar com dois estagiários de Jornalismo.
A coordenação das diferentes etapas e atividades ficou a cargo da Comissão
Gestora dos Portais, que realizou diversas reuniões para chegar às definições e
decisões necessárias. Em paralelo, foi instituído o Conselho Editorial, responsável
pela avaliação e validação dos conteúdos apresentados para publicação.
A intenção é de que o portal mantenha sua dinamicidade e esteja em
permanente atualização. Para isto, a participação da comunidade interna será
essencial, ajudando a identificar oportunidades de inserção de novos conteúdos e
mantendo as páginas de suas respectivas áreas atualizadas e atrativas.
2.2.11 COMISSÃO PERMANENTE DE TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E DE
TECIDOS
A Comissão Permanente de Transplante de Órgãos e de Tecidos (CPTOT)
objetiva controlar, avaliar, normalizar, regulamentar e estimular a atividade
transplantadora na Instituição. Seus membros são representantes das equipes de
cuidados com o doador e gerenciamento do processo de doação multiorgânica e dos
programas de transplante e Bancos de Tecidos, além de representantes das áreas
técnicas e administrativas afins.
Em 2006, a CPTOT reuniu-se regularmente para equação e solução de
problemas logísticos relacionados com a atividade, além do desenvolvimento de
ações como:
75
Relatório de Atividades
2006
� Credenciamento do programa de transplante de pulmão junto ao
Sistema Nacional de Transplantes.
� Recredenciamento dos programas de transplantes - renopancreático,
cardíaco, de córnea, de medula óssea, hepático e de retirada de
múltiplos órgãos - junto ao Sistema Nacional de Transplantes.
� Recredenciamento do Banco de Tecidos Oculares junto à Vigilância
Sanitária.
� Participação nas reuniões de implantação do Banco de Tecidos
Músculos-esqueléticos e do Banco de Sangue de Cordão Umbilical e
Placentário do Rio Grande do Sul.
� Equação e solução de problemas logísticos relacionados com a
atividade doação-transplante: imunologia de doador (HLA/Cross),
sorologia de doador e envio de resultados de exames de pacientes em
lista de espera para a Central de Transplantes.
� Treinamento da secretária-estagiária da Comissão, cujas atividades se
iniciaram em setembro.
� Reuniões periódicas com a Central de Transplantes do Rio Grande do
Sul.
� Reuniões periódicas de avaliação e planejamento com a Vice-
presidência Médica.
� Reuniões com vários setores e chefias de serviços sobre assuntos
pertinentes ao processo de doação/transplante.
� Elaboração de rotinas de atividades dos enfermeiros coordenadores de
retirada de múltiplos órgãos, assim como protocolo de atividades e
relatório de encaminhamento de órgãos retirados.
� Elaboração de rotinas de admissão hospitalar de receptores de fígado
no Centro Cirúrgico Ambulatorial.
� Lançamento do manual “O Papel do Intensivista na Doação de
Órgãos“, de autoria de membro da Comissão, editado com apoio da
Associação de Medicina Intensiva Brasileira.
76
Relatório de Atividades
2006
� Visita à Central de Transplantes da Comunidade Autonômica da
Galícia, Espanha.
� Participação de membros da Comissão em diversos eventos nacionais e
internacionais relativos à área de captação e transplante de órgãos.
� Foram realizadas dez cirurgias para retirada de múltiplos órgãos.
TABELA - 24. TRANSPLANTES REALIZADOS
Grupo de transplante 2005 2006
Cardíaco - 01
Conjuntiva 18 12
Córnea 152 183
Medula óssea 48 74
Pâncreas 07 02
Hepático 27 15
Autotransplante renal 01 01
Renal (receptor) 73 57
Renal (revisão) 04 05
Total 331 350 Fonte: IG/Hospital de Clínicas.
2.2.12 COMITÊ GESTOR DE ACESSO AOS SISTEMAS INFORMATIZADOS
O Comitê Gestor de Acesso aos Sistemas Informatizados, composto por
representantes da Administração Central e das áreas médica, de enfermagem e
administrativa, visa ao gerenciamento das permissões de acesso dos usuários aos
processos informatizados do Hospital de Clínicas, com o objetivo principal de
garantir que cada profissional possua o perfil de que necessita para realizar a
atividade na qual tenha competência e direito, prevalecendo a privacidade do
paciente, o sigilo dos dados e o cumprimento dos preceitos éticos.
Em 2006, a Comissão dedicou-se ao acompanhamento da implantação dos
perfis de acesso da categoria administrativa em relação aos processos de apoio
assistenciais, além de tratar de casos de situações excepcionais em relação aos perfis
já implantados. Também promoveu, junto à Gerência de Suprimentos, a definição
77
Relatório de Atividades
2006
dos perfis de cada categoria profissional daquela área em relação aos seus processos
administrativos.
Desde 2001, já foram mapeados 57 processos assistenciais, 46 processos de
apoio assistencial, 28 processos administrativos e 71 categorias de profissionais, das
quais 32 da área assistencial e 39 da área administrativa.
2.2.13 GRUPO DE TRABALHO SOBRE DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
O Grupo de Trabalho do Diagnóstico de Enfermagem (GTDE) caracteriza-se
como grupo permanente, de caráter executivo e deliberativo acerca da Sistematização
da Assistência de Enfermagem (SAE) ou Processo de Enfermagem no Hospital de
Clínicas. Integram o grupo representantes de cada Serviço de Enfermagem e
professoras da Escola de Enfermagem da UFRGS.
As atividades desenvolvidas no ano de 2006 e seus principais resultados
foram:
� Consolidação e otimização da metodologia do Processo de
Enfermagem.
- Realização de treinamento introdutório da SAE aos 34 enfermeiros
recém-admitidos, como atividade do Programa de Educação
Continuada.
- Inclusão da SAE nos sete encontros do treinamento introdutório para
toda equipe de Enfermagem do Hospital.
� Avaliação do impacto da sistematização da assistência de Enfermagem
sobre o resultado do cuidado prestado.
- Realização de nove estudos clínicos sobre o processo e diagnóstico de
Enfermagem, promovendo discussões teóricos-práticas.
- Revisão e atualização do sistema informatizado de prescrição de
Enfermagem (20 diagnósticos de Enfermagem, cadastro de fatores
relacionados/etiologias, características definidoras/sinais e sintomas
e cuidados) para atender às demandas das unidades.
- Reativação e criação de petit comitês (grupos constituídos por
78
Relatório de Atividades
2006
enfermeiros das unidades que se reúnem para estudar a SAE e propor
ao GTDE melhorias no sistema informatizado) no Serviço de
Enfermagem em Centro Cirúrgico (SECC), no Serviço de Enfermagem
em Saúde Pública (SESP) e na Unidade de Apoio ao Diagnóstico e
Tratamento (UADT), entre outros.
� Publicação do folheto “Sistematização da Assistência de Enfermagem
no Hospital de Clínicas”, utilizado como material didático nos
treinamentos e divulgação externa.
� Participação em eventos internacionais e nacionais com apresentação
de trabalhos: Nort American Nursing Diagnosis Association (NANDA)
Conference, na Philadelphia, EUA; VIII Simpósio Nacional de
Diagnóstico de Enfermagem (SINADEn), em João Pessoa (PB); IV
Simpósio do Processo e Diagnóstico de Enfermagem do Hospital de
Clínicas.
� Organização e participação do IV Simpósio do Processo e Diagnóstico
de Enfermagem do Hospital de Clínicas, com participação de 402
profissionais e alunos.
� Realização de cursos: Exame Físico no Adulto, Exame Físico na Criança
e Curso Introdutório à SAE para Enfermeiros, Estudantes de
Enfermagem, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem, totalizando 218
participantes, cuja inscrição foi um quilo de alimento não-perecível,
totalizando cerca de 218 kg, que foram distribuídos entre o Lar Santo
Antônio dos Excepcionais e o Lar da Amizade (entidade para cegos).
Foram apresentados 32 trabalhos na modalidade pôster e realizadas
visitas acompanhadas a oito unidades de internação, totalizando 64
visitantes.
� Aquisição de 55 livros, sendo 35 exemplares da Classificação dos
Diagnósticos de Enfermagem NANDA, dez da Classificação das
Intervenções de Enfermagem e dez de Exame Clínico, os quais foram
doados às chefias de unidade e de serviços do Grupo de Enfermagem.
79
Relatório de Atividades
2006
2.2.14 GRUPO DE TRABALHO SOBRE INDICADORES DE QUALIDADE
ASSISTENCIAL
Em 1997, dentro de sua política de qualificação da informação, a
Administração Central do Hospital de Clínicas criou um grupo de trabalho com a
finalidade específica de expandir e aperfeiçoar o elenco de indicadores assistenciais.
Esse grupo deu início a uma série de atividades que tendem a ser permanentes, cujos
principais resultados incluem as seguintes melhorias:
� identificação de novos indicadores assistenciais;
� clara definição dos indicadores em utilização, com a conseqüente
uniformização dos termos a eles referentes e elaboração de um
glossário desses termos;
� alterações no prontuário eletrônico dos pacientes, permitindo que, a
partir dos registros clínicos, o próprio sistema corporativo obtenha os
dados e calcule, de modo fidedigno e em tempo oportuno, os
indicadores selecionados.
Além da cooperação das diferentes áreas técnicas e administrativas do
Hospital, esse trabalho tem contado com a colaboração de outros setores que lidam
com a informação no Hospital de Clínicas, como o Grupo de Sistemas (GSIS), a
Comissão de Prontuários e o Serviço de Arquivo Médico e Informações em Saúde
(SAMIS). Uma ferramenta de business intelligence, adquirida em 2001, possibilita ao
GSIS disponibilizar mensalmente em tela, para os gestores das áreas assistenciais,
todos os indicadores assistenciais já validados pelo Grupo de Trabalho, no máximo
até o dia 5 do mês subseqüente. Esses indicadores, com suas estratificações,
compõem o conjunto denominado Informações Gerenciais Assistenciais (IG
Assistencial). Ao longo de 2006, houve um incremento no número de indicadores
assistenciais disponibilizados mensalmente pelo IG Assistencial, que passaram de 48,
em dezembro de 2005, para 57, em dezembro de 2006.
Dentre esses indicadores, nove já validados foram considerados estratégicos
ao se adotar a ferramenta Balanced Scorecard (BSC) para o planejamento do Hospital
em 2006. Desses nove, quatro são indicadores de desfecho (epidemiológicos):
80
Relatório de Atividades
2006
mortalidade cirúrgica, reinternações em sete dias, infecções relacionadas a cateter
venoso central e infecções relacionadas a procedimentos urinários invasivos. Os
outros cinco são indicadores de processo (operacionais): cesáreas primárias,
cancelamento de cirurgias por causas hospitalares, ocupação das salas cirúrgicas,
aproveitamento dos consultórios e média de permanência. Os resultados de 2006
desses nove indicadores estão apresentados no item referente ao planejamento
estratégico.
Um grupo desses 57 indicadores corresponde àqueles mais abrangentes em
termos institucionais (mortalidade geral, grau de ocupação, taxa geral de cesáreas) e
seus resultados estão apresentados no capítulo 2 (Assistência); outros agrupamentos
de indicadores correspondem a aspectos específicos da qualidade assistencial
(infecção hospitalar, prescrição de medicamentos, cirurgias de câncer com ou sem
margens comprometidas) e seus resultados estão apresentados nos capítulos
referentes às comissões técnicas que os monitoram.
A tabela a seguir mostra o resultado de 2006, comparado com o de 2005, de
alguns indicadores representativos dos processos assistenciais mais importantes do
Hospital de Clínicas.
TABELA - 25. INDICADORES DE PROCESSOS ASSISTENCIAIS Processo assistencial
Indicador 2005 2006
Taxa de cancelamentos (geral) 16,32% 16,63%
Taxa de realização de overbooking 58,43% 65,07%
Taxa de reintervenção cirúrgica 2,57% 2,31%
Taxa de mortalidade cirúrgica 3,81% 4,05%
Cirurgias
Taxa de mortalidade perioperatória 0,68% 0,68%
Taxa de absenteísmo às consultas 11,66% 12,42%
Taxa de agendamento das consultas oferecidas
84,22% 86,00%
Consultas
ambulatoriais
Tempo médio de espera para início da consulta*
... 29,6min
Taxa de solicitação repetida de exames 3,91% 3,77%
Taxa de exames normais (ambulatório) 61,43% 61,84%
Exames
laboratoriais
Taxa de primeiros exames normais (internação)
54,33% 58,01%
81
Relatório de Atividades
2006
Taxa de retorno à CTI em até 48 horas 4,07% 4,00% Internações
Taxa de ocupação de Unidades de Convênio 69,70% 73,50%
Taxa de prematuridade 13,82% 13,16% Partos
Mortalidade perinatal 5,48% 4,36% Fonte: IG Assistencial/Hospital de Clínicas. *Indicador homologado em 2006.
Oito indicadores de qualidade assistencial permaneciam em processo de
avaliação pelo Grupo de Trabalho dos Indicadores assistenciais em 31/12/2006:
� Tempo médio de espera para interconsultas.
� Tempo médio de espera pelo início da consulta (consultórios
especializados).
� Tempo médio para emissão do laudo após a solicitação de exame de
traçado gráfico.
� Tempo médio para emissão do laudo após a solicitação de exame
laboratorial.
� Tempo médio para emissão do laudo após a solicitação de exame de
imagem).
� Taxa de aproveitamento dos consultórios (consultórios especializados).
� Taxa de aproveitamento dos consultórios (ambulatório geral).
� Taxa de prescrição de enfermagem.
Esses oito indicadores, ainda sujeitos a alterações em sua definição, deverão
ser homologados em 2007 e compor a avaliação da qualidade assistencial somente a
partir desse ano.
2.2.15 PROGRAMA DE ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
A gestão da qualidade assistencial, de acordo com o modelo adotado pelo
Hospital de Clínicas, pressupõe a adoção das melhores práticas, o entendimento de
que a responsabilidade por esta qualidade é coletiva, o uso de informações como
subsídio para todos os processos e a avaliação permanente. Várias são as formas de
avaliação utilizadas, desde as auditorias internas realizadas de forma permanente
82
Relatório de Atividades
2006
pelas diferentes Comissões até a adoção de variados instrumentos de avaliação
externa. Uma das modalidades de avaliação externa adotada é a Acreditação
Hospitalar.
O Clínicas participa do Programa Brasileiro de Acreditação Hospitalar,
coordenado pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), desde seu
lançamento, em 2000. O Hospital, depois de uma intensa preparação interna, foi
acreditado em Nível 1 (dos três níveis possíveis) em outubro de 2001, tendo sido o
primeiro hospital universitário brasileiro, o primeiro hospital de grande porte do
país e o primeiro hospital gaúcho acreditado pela ONA. Em 2003, o Hospital foi
novamente avaliado, tendo obtido o Nível 2 (Acreditado Pleno).
Em 2006, o Hospital foi avaliado por uma equipe de profissionais credenciada
pela ONA, que exigiu esforço contínuo do Comitê Coordenador da Acreditação e o
envolvimento de grande parte dos profissionais dos diferentes serviços e setores. O
Clínicas recebeu novamente o certificado de Acreditado Pleno (Nível 2) e já iniciou o
planejamento das mudanças e melhorias necessárias para obtenção do Nível 3, o que
está previsto para o início de 2007.
Para preparação e acompanhamento do processo de avaliação, foram
executadas as seguintes atividades:
� Preparação e distribuição de cópias de capítulos do Manual da ONA e
do relatório de 2003 para todos os 48 setores a serem avaliados.
� Visita de preparação e de auto-avaliação aos 44 setores previstos pelo
Manual.
� Elaboração de relatório de auto-avaliação, tendo a equipe interna
considerado que 27 setores atendiam às exigências do Nível 3, oito
setores estavam muito próximos e os restantes ainda não atendiam a
estes critérios.
� Divulgação das visitas de avaliação através de cartazes, banners e
mensagens.
� Acompanhamento dos avaliadores durante a visita, que teve a duração
83
Relatório de Atividades
2006
de dez dias úteis, com oito horas de trabalho por dia.
� Reuniões para avaliação do processo de acreditação e do desempenho
dos profissionais contratados, que não atenderam plenamente às
expectativas do Hospital.
� Apresentação dos resultados e avaliações internos à Administração
Central e ao Conselho Diretor da Instituição.
� Recebimento do relatório da empresa contratada, onde nove dos 44
setores atendiam aos requisitos necessários para obtenção do Nível 3.
2.2.16 PROGRAMA DE ATENÇÃO AOS PROBLEMAS DE BIOÉTICA
O Programa de Atenção aos Problemas de Bioética foi o primeiro Comitê de
Bioética a funcionar no Brasil, a partir de 1993. Desde então, têm sido desenvolvidas
atividades ininterruptas nas áreas de consultoria, capacitação e atendimento de
demandas específicas propostas pela comunidade assistencial do Hospital de
Clínicas.
Em 2006, foram realizadas reuniões mensais para discutir os casos mais
significativos e refletir sobre temas atuais na área de Bioética Clínica. Foram
atendidas consultorias geradas por profissionais de diversas áreas do Clínicas,
familiares e pacientes. O Programa manteve as atividades regulares desenvolvidas
junto ao Serviço de Pediatria, Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrico, equipes
de internação hospitalar e Programa de Transtornos de Identidade de Gênero. Na
área de capacitação, ocorreu a participação semanal nas atividades de recepção dos
novos funcionários. Além desta, houve envolvimento de membros do Programa em
um treinamento institucional sobre privacidade e confidencialidade, tendo sido
treinados 222 funcionários das áreas administrativas, distribuídos em 16 turmas.
2.2.17 PROGRAMA DE PROTOCOLOS E ROTINAS ASSISTENCIAIS
No ano de 2006, uma das principais propostas do Programa de Protocolos e
Rotinas Assistenciais foi otimizar a disponibilização dos protocolos na Instituição e
fora dela, através de estratégias de divulgação na intranet e na Internet, resultando
em maior adesão dos protocolos por parte do corpo clínico.
84
Relatório de Atividades
2006
Dessa forma, permitiu-se aos profissionais do Clínicas um conhecimento
maior do trabalho do Programa, estimulando os serviços a buscarem assessoria para
a elaboração de novos protocolos. Além de continuar abordando doenças e
síndromes, referentes à internação hospitalar, o Programa de Protocolos expandiu-se
com outras propostas, como padronização da solicitação de exames, patologias de
tratamento ambulatorial e realização de procedimentos médicos. Buscou-se, da
mesma forma, a descentralização com maior autonomia dos serviços.
Atualmente dispomos de 33 protocolos assistenciais ativos. Os protocolos
mais utilizados na prática clínica, abrangendo as patologias e os procedimentos
hospitalares mais prevalentes na instituição, são listados a seguir:
- Acidente Vascular Encefálico
- Dor Torácica Aguda
- Síndrome Coronariana Aguda com e sem Supra-desnível ST
- Hemorragia Digestiva
- Insuficiência Cardíaca Congestiva
- Pneumonias Adquiridas na Comunidade
- Asma Aguda em Adultos
- Abdômen Agudo Não-traumático
- Tuberculose
- Tromboembolismo Pulmonar Agudo
- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
- Diabetes Mellitus em Adultos
- Manejo da Neutropenia Febril
- Profilaxia de Trombose Venosa Profunda
- Prevenção da Perda de Função Renal na Internação
- Reposição Volêmica
- Transfusões de Sangue e Hemoderivados
- Acesso Vascular Central
85
Relatório de Atividades
2006
- Avaliação Pré-operatória
- Prevenção e Tratamento de Úlcera de Pressão
Estratégias para divulgação dos protocolos:
� Na intranet do portal do Hospital:
- quinzenalmente, um protocolo ou rotina assistencial (novo ou antigo)
é discutido no portal;
- na divulgação, um texto é redigido pelo(s) serviço(s) ou por algum
líder local, salientando os aspectos chaves de cada protocolo;
- será realizada avaliação do impacto e intensidade do uso através do
número de acessos ao site, conteúdo sobre protocolos e links dos
artigos.
� Na internet:
- acesso direto aos protocolos assistenciais da Instituição através da
página do Hospital de Clínicas, no link Assistência, mediante termo
de isenção de responsabilidade do usuário.
� Realização da montagem de um mural com cartazes dos protocolos
assistenciais pertinentes na Unidade Vascular do Serviço de
Emergência e nas unidades de internação.
� Divulgação dos protocolos e discussão nas reuniões específicas dos
serviços e com suas chefias de acordo com a especificidade de cada
protocolo.
Atividades realizadas em 2006:
� Reuniões semanais para discussão e revisão dos protocolos.
� Sete protocolos realizados no segundo semestre de 2005 foram
atualizados no sistema com disponibilização na intranet e internet na
nova versão.
� Oito novos protocolos foram elaborados e disponibilizados no sistema:
- Dissecção Aórtica Aguda
86
Relatório de Atividades
2006
- Cateter Venoso Central
- Avaliação de Risco de Suicídio
- Tratamento de Adrenoleucodistrofia Ligada ao X
- Lipofuscinoses Ceróides
- Ataxias Isoladas
- Requisição de Eletroencefalograma
- Insônia
� Em parceria com a CCIH, foi dado auxílio e suporte na elaboração de
dois novos protocolos (Pneumonias por Ventilação Mecânica e
Infecções Urinárias por Procedimentos Invasivos).
� Foram realizadas reuniões com a Secretaria Municipal de Saúde em
apoio ao processo municipal de construção de fluxogramas de
atendimento em Cardiologia.
� Foram realizadas auditorias dos protocolos de Hemorragia Digestiva
Alta e de Cirurgia Vascular Arterial para análise de indicadores clínico-
assistenciais.
� Foi feita a divulgação dos trabalhos de auditoria na Semana Científica
do Hospital de Clínicas através de três temas livres apresentados
(relativos à hemorragia digestiva alta, cirurgia vascular arterial e
acidente vascular encefálico).
2.2.18 SERVIÇO DE EMERGÊNCIA
O Serviço de Emergência consolidou, em 2006, sua sistemática assistencial
através do Protocolo de Triagem e Classificação de Risco baseado em critérios de
urgência e tempos de atendimento, resultando na qualificação dos serviços através
da atenção prioritária aos pacientes mais graves.
Com esta forma de atendimento, a Emergência consegue focar suas atividades
na assistência de pacientes graves, que é o propósito do serviço.
Os pacientes são classificados por cores, conforme a escala:
87
Relatório de Atividades
2006
� Roxo: atendimento imediato
� Vermelho: risco alto
� Amarelo: risco intermediário
� Verde: risco baixo
Em dezembro de 2006, o Serviço de Emergência comemorou um ano da
abertura da Unidade Vascular, área destinada ao atendimento de pacientes
portadores de patologias vasculares. A assistência prestada nesta área oportunizou a
atualização dos Protocolos Assistenciais da Dor Torácica, Síndrome Coronariana
Aguda, Acidente Vascular Cerebral e Patologias Carotídeas e de Aorta. Além disso, a
Unidade atendeu, ao longo do ano:
� 300 casos de dor torácica.
� 260 casos de acidente vascular cerebral (isquêmico/hemorrágico),
sendo que destes, 15% realizaram trombólise.
TABELA - 26. TAXA DE MORTALIDADE
Ano Taxa Hospital de Clínicas
Taxa Emergência
2005 4,55 2,84
2006 4,86 3,58 Fonte: IG/Hospital de Clínicas.
TABELA - 27. ENTRADAS EM OBSERVAÇÃO / ALTAS
Ano Ingressos em salas de observação
Altas da Emergência
2005 10.198 2.905
2006 10.531 3.846 Fonte: IG/Hospital de Clínicas.
89
Relatório de Atividades
2006
3 ENSINO
O Hospital de Clínicas é campo de atividades práticas curriculares e
extracurriculares para o ensino médio, de graduação e pós-graduação.
3.1 GRADUAÇÃO
Como Hospital Universitário da UFRGS, o Hospital de Clínicas recebe alunos
de nove cursos de graduação:
TABELA - 28. CURSOS DE GRADUAÇÃO QUE ATUAM NO HOSPITAL
Curso Unidade da UFRGS
Medicina Faculdade de Medicina
Nutrição Faculdade de Medicina
Enfermagem Escola de Enfermagem
Odontologia Faculdade de Odontologia
Farmácia Faculdade de Farmácia
Psicologia Instituto de Psicologia
Pedagogia Faculdade de Educação
Ciências Biológicas Instituto de Biociências
Educação Física Escola Superior de Educação Física Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
TABELA - 29. Nº DE ALUNOS
Ano Cursos de Graduação da UFRGS que atuam no Hospital de Clínicas
Nº alunos de Graduação
2005 9 1.315
2006 9 1.484
Variação % 12,9% Fonte: Comissões de Graduação das Unidades da UFRGS.
90
Relatório de Atividades
2006
3.2 PÓS-GRADUAÇÃO
Em nível de pós-graduação, sensu strictu, diversos cursos desenvolvem suas
atividades no Hospital.
TABELA - 30. CURSOS COM ATIVIDADES NO HOSPITAL
Mestrado Doutorado
Cursos Alunos
2005
Alunos
2006
Diss.
2005
Diss.
2006
Alunos
2005
Alunos
2006
Teses
2005
Teses
2006
Cardiologia 18 59 12 7 11 23 5 9
Cirurgia 25 47 19 13 18 22 2 2
Clínica Médica 171 227 39 42 39 67 18 18
Endocrinologia 23 27 5 3 22 25 1 1
Epidemiologia 28 41 8 14 32 37 1 8
Gastroenterologia 15 16 1 5 8 14 3 2
Nefrologia 22 23 1 10 8 7 1 4
Pediatria 40 45 19 9 17 25 4 4
Pneumologia 21 30 7 7 18 27 10 10
Psiquiatria 21 29 8 2 18 19 2 1
Total 384 544 119 112 191 266 47 59
Variação % 41,7% - 5,9% 39,3% 25,5% Fonte: Comissões de Pós-Graduação da Faculdade de Medicina da UFRGS.
Em 2006, o Ministério da Saúde (MS), por intermédio do Departamento de
Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos -
DECIT/SCTIE convidou instituições de ensino e pesquisa interessadas em apresentar
proposta para realização de Curso de Especialização ou de Mestrado Profissional em
Gestão de Tecnologias em Saúde, a ser ministrado no biênio 2006/2007. O objetivo é
aprimorar a capacidade de aporte à tomada de decisão no processo de avaliação e
incorporação de tecnologia em saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), em especial,
voltado aos profissionais de nível superior que atuam em uma das três esferas de
gestão do SUS, sendo dada preferência aos servidores públicos.
O projeto para mestrado profissional da Faculdade de Medicina/Programa de
Pós-Graduação em Epidemiologia da UFRGS em conjunto com o Hospital de
Clínicas de Porto Alegre obteve o primeiro lugar, após uma avaliação de um Comitê,
seguindo critérios pré-estabelecidos.
91
Relatório de Atividades
2006
3.3 RESIDÊNCIA MÉDICA
Os Programas de Residência Médica (PRM) são modalidades de ensino de
pós-graduação destinadas a médicos e caracterizadas por treinamento em serviço,
funcionando sob a responsabilidade de instituições de saúde, universitárias ou não,
com a orientação de profissionais médicos de elevada qualificação.
No Hospital de Clínicas de Porto Alegre, as vagas para residência são sempre
muito concorridas, sendo a Instituição do estado com maior número de candidatos.
Em 2006, seu Programa de Residência Médica contou com 40 especialidades
credenciadas junto à Comissão Nacional de Residência Médica do Ministério da
Educação (conforme tabela a seguir). No total, 314 médicos residentes fizeram sua
formação especializada no Hospital, sendo 130 como R/1, 120 como R/2, 62 como
R/3, dois como R/4.
TABELA - 31. ESPECIALIDADES DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA
Anestesiologia Medicina de Família e Comunidade
Cancerologia Medicina do Trabalho
Cancerologia Cirúrgica Medicina Física e Reabilitação
Cancerologia Pediátrica Medicina Intensiva
Cardiologia Medicina Nuclear
Cirurgia do Aparelho Digestivo Nefrologia
Cirurgia Geral Neurocirurgia
Cirurgia Pediátrica Neurologia
Cirurgia Plástica Obstetrícia e Ginecologia
Cirurgia Torácica Oftalmologia
Cirurgia Vascular Ortopedia
Clínica Médica Otorrinolaringologia
Coloproctologia Patologia
Dermatologia Pediatria
Endocrinologia Pneumologia
Gastroenterologia Psiquiatria
Genética Médica Radiologia e Diagnóstico por Imagem
Hematologia e Hemoterapia Radioterapia
Infectologia Reumatologia
Mastologia Urologia Fonte: Comissão de Residência Médica do Hospital de Clínicas.
92
Relatório de Atividades
2006
Os mesmos desenvolveram atividades práticas, sob a forma de estágio
hospitalar supervisionado, cumprindo uma carga horária de 60 horas semanais,
incluindo um plantão de 24 horas. Nas atividades teóricas, Bioética, Ética Médica,
Metodologia Científica, Epidemiologia, Bioestatística, seminários e estágios fora dos
serviços, seguiram as normas estabelecidas de cada PRM, conforme Resoluções da
CNRM. Já as avaliações dos médicos residentes estão informatizadas e são realizadas
trimestralmente, assim como a dos programas e preceptores.
Para coordenar as atividades da área, o Hospital dispõe da Comissão de
Residência Médica (COREME), composta por 13 membros, sendo sete professores
(um é o coordenador) e seis médicos residentes, representantes de cada grande área
de atuação.
Em razão de não possuir professores em seu quadro de profissionais, o
Hospital vale-se de um convênio com a Fundação Médica do Rio Grande do Sul, que,
através de seus membros, tem a responsabilidade pela execução do Programa.
A Residência Médica não faz parte do currículo da graduação em Medicina,
conforme estabelece a Resolução nº 4, de 7 de novembro de 2001, da Câmara de
Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, que instituiu as Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. O médico, tão logo
recebe seu diploma de graduação, já se acha legalmente apto para o exercício pleno
da profissão. A Residência Médica, entretanto, é considerada como um complemento
quase mandatório à graduação, pois ainda que esta forneça um rico cabedal de
informações, não é suficiente para dar ao profissional a experiência de que necessita
para enfrentar com segurança as situações com que se defrontará no dia-a-dia da
prática médica.
A condição de estudante de graduação não permite, por razões de ordem
legal, que o futuro profissional execute, mesmo sob supervisão, determinados
procedimentos que são prerrogativas dos médicos formados. A Residência Médica
compensa esta limitação do ensino de graduação.
Além disso, o ensino de graduação está voltado basicamente para a formação
93
Relatório de Atividades
2006
de médicos generalistas. Aqueles que buscam uma especialização têm na Residência
a oportunidade de se iniciar na especialidade médica por eles escolhida. Com este
intuito, um médico pode candidatar-se a uma vaga de residente, após ter-se
graduado, e obter legalmente título de especialista.
O ensino da Medicina é eminentemente tutorial: desde que Hipócrates
estabeleceu as bases científicas da profissão, aprende-se Medicina observando-se
como a exerce alguém mais experiente e praticando-a sob a supervisão de alguém
nestas condições. Os médicos residentes já se acham legalmente aptos a praticar a
Medicina, mas desenvolvem suas aptidões, na prática, contando com a orientação de
preceptores que os acompanham e os supervisionam em suas atividades assistenciais
ao longo do período de duração da residência.
A preceptoria de médicos residentes é, portanto, indissociável da atividade
assistencial e deve ser exercida pelos membros de um corpo clínico envolvido nesta
atividade e comprometido com a sua qualidade.
No Hospital de Clínicas, regimentalmente, os professores da Faculdade de
Medicina da UFRGS não são funcionários do Hospital, no entanto, integram o seu
corpo clínico na condição de médicos assistentes. Cada um desses professores chefia
uma equipe médica, da qual fazem parte médicos contratados do Hospital e médicos
residentes.
Em função da sua condição de preceptor, o professor é o responsável técnico
pelos procedimentos realizados pela equipe que coordena. A produção assistencial
do Hospital de Clínicas está vinculada a estas equipes, que são designadas pelo nome
dos respectivos professores coordenadores. Tal responsabilidade técnica, inerente à
preceptoria e à atividade assistencial, é uma situação diferenciada que os professores
da área da Medicina têm em relação aos professores de outras áreas de ensino da
UFRGS.
A atividade assistencial é uma atividade típica de extensão, pois implica a
prestação de um serviço à população. Do mesmo modo, a preceptoria de médicos
residentes é uma atividade didática que transcende as tarefas didáticas e rotineiras
dos professores e, não sendo de graduação nem de pós-graduação sensu lato, está
94
Relatório de Atividades
2006
classificada como atividade de extensão, regularmente registrada junto à UFRGS.
Destaque-se ainda que, embora tenha como preceptores professores da
UFRGS, membros da Fundação Médica, o corpo de residentes do Programa de
Residência Médica do Hospital de Clínicas não é composto exclusivamente por
médicos graduados naquela Universidade: em alta proporção, são oriundos de
outras universidades e faculdades autônomas de Medicina, que concorrem à seleção
em pé de igualdade com os egressos da UFRGS, mediante processo seletivo público.
3.4 ENSINO MÉDIO
Além de atuar na graduação e pós-graduação, o Hospital de Clínicas mantém
a Escola Técnica em Enfermagem do Hospital de Clínicas e oferece estágio para
alunos de nível médio da Escola Estadual Técnica em Saúde.
3.4.1 ESCOLA TÉCNICA EM ENFERMAGEM
A Escola Técnica em Enfermagem tem como objetivo formar técnicos em
Enfermagem comprometidos com a saúde do ser humano e da coletividade nas
diversas fases do ciclo vital. Em 2006, formou 27 alunos e realizou processo seletivo
que resultou na composição de uma nova turma de 25 estudantes.
As atividades são planejadas de forma participativa, através da realização de
conselhos e reuniões pedagógicas, com o envolvimento de todos os segmentos da
Escola. Para qualificar permanentemente o ensino, o corpo docente participa em
eventos e cursos de aperfeiçoamento técnico, além de desenvolver pesquisas em
saúde e educação. Uma novidade em 2006 foi a criação do Grupo de Estudos
Pedagógicos, como espaço de reflexão e discussão entre a pedagoga e os enfermeiros
envolvidos nas atividades de educação em serviço.
Outra característica da Escola é a ampla integração com as atividades do
Hospital de Clínicas, através da participação dos professores e da pedagoga em
comissões, grupos de trabalho e consultorias. No último ano, por exemplo, estiveram
presentes na Comissão de Normas e Rotinas do Grupo de Enfermagem, nas
discussões sobre a residência integrada em saúde e no Programa de Prevenção e
Tratamento de Feridas, entre outros.
95
Relatório de Atividades
2006
Em 2006, a Escola Técnica em Enfermagem dedicou-se, ainda, à ampliação dos
espaços educativos oferecidos para os profissionais da saúde do Hospital de Clínicas,
resultando no acompanhamento e desenvolvimento de atividades de educação em
serviço para 66 funcionários recém-admitidos e na oferta de cursos na área de
enfermagem que beneficiaram 128 trabalhadores.
3.4.2 ESCOLA ESTADUAL TÉCNICA EM SAÚDE
A Escola Estadual Técnica em Saúde no Hospital de Clínicas foi criada em
1990, a partir de uma parceria entre a Secretaria de Educação do Estado do Rio
Grande do Sul e o Hospital de Clínicas, com o propósito de formar profissionais na
área da saúde, em especial a hospitalar.
Nestes 16 anos de atuação, a Escola tem procurado desenvolver uma educação
inovadora, através de uma proposta pedagógica que visa romper o modelo
mecanicista/tecnicista, ao encontro de uma prática capaz de agir/refletir não só na
dimensão técnica, mas abranger as dimensões humanas, políticas, éticas e sociais do
processo educativo.
Outro aspecto importante da proposta inicial da Escola foi a existência de um
Centro Cultural que propõe a realização de atividades culturais, artísticas e
comunitárias de alunos, professores e comunidade, complementando, apoiando e
expandindo o processo de aprendizagem, oportunizando ao aluno a construção de
seu “capital cultural”.
Atualmente, a Escola possui 773 alunos, nos cursos de Técnico em
Administração Hospitalar (186 alunos), Técnico em Patologia Clínica (188 alunos),
Técnico em Nutrição e Dietética (191 alunos) e Técnico em Radiologia
Radiodiagnóstico (208 alunos), turnos diurno e noturno. Semestralmente, são
disponibilizadas em torno de 240 vagas.
Além dos cursos técnicos, a Escola organizou, em parceria com o Hospital de
Clínicas, o Programa de Apoio Pedagógico, onde atuam sete professoras. A íntegra
do Programa está publicada no capítulo “Responsabilidade Social” do presente
Relatório.
96
Relatório de Atividades
2006
No ano de 2006, foram realizadas, no Centro Cultural, exposições de trabalhos
desenvolvidos pelos alunos nos seguintes temas:
� Dia da Consciência Negra.
� Meio Ambiente.
� Aids.
� Copa do Mundo.
� Semana da Alimentação.
Também aconteceram, na Escola, as seguintes atividades:
� V Fórum Cultural.
� III Seminário de Radiologia, com apresentação de trabalhos de
conclusão.
� IV Seminário Técnico de Radiologia da Escola Técnica em Saúde.
� Apresentação dos trabalhos de conclusão na disciplina de Dietoterapia,
dos alunos do Curso Técnico em Nutrição e Dietética.
No Anfiteatro Carlos César Albuquerque do Hospital de Clínicas, houve
eventos coordenados por professores da Escola e profissionais do Hospital e
organizados pelos alunos formandos no segundo semestre de 2006:
� IV Simpósio de Patologia Clínica.
� 11º Simpósio de Administração Hospitalar.
O Simpósio de Administração Hospitalar constou na Revista da
Superintendência do Ensino Profissionalizante como um dos eventos de destaque
realizados pelas Escolas Técnicas do Rio Grande do Sul.
Em 2006, a Escola também recebeu as seguintes distinções, pela participação
em atividades propostas por outras instituições:
� O Instituto do Câncer Infantil do Rio Grande do Sul certificou a Escola
pela conquista do 3° lugar com maior número de inscrições na 13ª
Corrida pela Vida de 2006.
� Troféu Escola Amiga do Instituto da Criança com Diabetes 2006.
97
Relatório de Atividades
2006
A Escola recebeu R$ 5 mil, em bônus, para serem gastos em livros para a
Biblioteca, por ter sido sorteada na promoção “Ler é Tudo”, projeto da Empresa
Jornalística Caldas Júnior e Banrisul, com apoio da Câmara Rio-grandense do Livro.
3.5 ESTÁGIOS
O estágio no Hospital de Clínicas tem como objetivo permitir o
aprofundamento dos conhecimentos teórico-práticos e a vivência de situações da
vida profissional, dando oportunidade ao aluno de questionar, discutir e propor
novas alternativas nos projetos e atividades em que está inserido. Em 2006, foram
aprovados e encaminhados às diversas áreas da Instituição 1.954 estagiários.
O gerenciamento desta área é feito pela Comissão de Estágios, que, durante o
ano de 2006, avaliou 25 solicitações de acordos de cooperação de estágios com outras
instituições e aprovou 11 (tabela a seguir). Destes, quatro eram novos convênios
referentes à Biomedicina (UFRGS), Educação Física (ULBRA), Pós-Graduação em
Enfermagem (UFRGS) e Radiologia/Radioterapia (Centro Cultural Educacional Saint
Germain/Porto Alegre).
TABELA - 32. NÚMERO DE CONVÊNIOS AVALIADOS, APROVADOS E EM ACOMPANHAMENTO
Convênios Quantidade
Aprovados em 2006 e em acompanhamento 11
Solicitados em 2006 e em avaliação 14
Solicitados anteriormente a 2006 e em acompanhamento 27
Total 52 Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
Durante o ano, foram acompanhados pela Comissão 379 bolsistas, antigos e
novos.
98
Relatório de Atividades
2006
TABELA - 33. DISTRIBUIÇÃO DOS ESTAGIÁRIOS CONFORME O TIPO DE ESTÁGIO E O ANO
Tipos de estágios 2004 2005 2006
Extracurricular com bolsa 370 397 379
Extracurricular sem bolsa 773 993 1.276
Curricular 248 281 299
Total 1.391 1.671 1.954
Variação % 2,7% 41,6% 14,4% Fonte: Sistema Corporativo do Hospital de Clínicas – AGH.
No mesmo período, foram contabilizadas 337 bolsas-auxílio aprovadas pela
Administração Central, com um incremento de 70 bolsas comparativamente ao ano
de 2005, em um percentual de 26% .
TABELA - 34. DISTRIBUIÇÃO DAS BOLSAS-AUXÍLIO
2004 2005 2006
Bolsas 184 267 337
Variação % 10,8% 45% 26% Fonte: Comissão de Estágios do Hospital de Clínicas.
Na próxima tabela, encontra-se o investimento financeiro do Hospital de
Clínicas na contratação de estagiários extracurriculares com bolsa em 2006,
comparado com os dois anos prévios.
TABELA - 35. VALORES FINANCEIROS EMPREGADOS (EM R$)*
2004 2005 2006
Bolsas 423.120,00 613.920,00 962.400,00
Variação % 10,7% 45% 56,7% Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas. *Esses valores foram ponderados levando em conta a proporção das bolsas de níveis técnico (42%) e superior (58%)..
99
Relatório de Atividades
2006
3.6 CURSOS DE CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PARA
PROFISSIONAIS
O Programa Institucional de Cursos de Capacitação e Aperfeiçoamento para
Profissionais (PICCAP) tem como objetivo oportunizar cursos abertos à comunidade,
possibilitando aos profissionais ampliar sua formação.
No ano de 2006, foram encaminhados para análise e aprovação 22 novos
planos de cursos e participaram do Programa 87 profissionais oriundos de diversos
locais, inclusive de outros estados.
Os cursos foram desenvolvidos nas seguintes áreas: Dermatologia, Pediatria,
Neurologia, Oftalmologia, Ortopedia e Traumatologia, Medicina Nuclear,
Otorrinolaringologia, Nutrição e Dietética, Patologia Clínica, Cirurgia Plástica,
Nutrologia, Nefrologia, Farmácia, Cirurgia Torácica, Imunologia, Serviço Social,
Anestesiologia, Recreação Terapêutica, Genética Médica e Enfermagem em Centro
Cirúrgico.
Neste ano, informações sobre os cursos passaram a ser disponibilizadas na
internet, propiciando maior divulgação das oportunidades de capacitação e
aperfeiçoamento profissional ao público externo.
3.7 GRAND ROUND, SESSÃO ANATOMOCLÍNICA E ESTUDOS CLÍNICOS
Atividades de discussão coletiva da avaliação clínica dos pacientes e debate
sobre questões relacionadas a condutas assistenciais, tecnologias e rotinas
institucionais.
TABELA - 36. ATIVIDADES REALIZADAS
Atividades Temas Parada cardíaca Perdas e ganhos em Medicina Tratando pacientes invisíveis – da abstração ao concreto: o papel do profissional de saúde na doação de órgãos e de tecidos para transplante Derrame pleural complicado: a síndrome de sexta-feira Rastreamento e prevenção do câncer de próstata Abordagem atual das bronquiectasias Obesidade: alternativas terapêuticas Síndrome coronariana aguda sem supra
Grand Round
Parto e cesariana: perdas e ganho
100
Relatório de Atividades
2006
Acidente punctório Transtorno bipolar Arritmias cardíacas Check up: quais as evidências Alto risco de câncer de mama Nevos e melanoma Hematúria Doença celíaca A importância da biologia molecular na prática clínica atual: carcinoma medular de tireóide Hipovitaminose D TPET: Uma nova perspectiva do enfisema pulmonar RNM e CT MULTISLICE Terapia celular em cardiologia: a cura das cardiopatias Hepatotoxicidade RHZ
Mesa-redonda: Dor hospitalar, manejo na prática Paciente com neoplasia gástrica operada chega na emergência com sonolência e confusão mental Paciente com Sida chega na emergência com cefaléia e vômitos Paciente em tratamento de linfoma, com neutropenia febril, desenvolve lesões pulmonares e cerebrais Paciente com síndrome nefrótica interna para investigação Paciente com poliartrite e linfadenopatia cervical evolui com insuficiência respiratória Paciente transplantado renal evolui com dor torácica e parada cardiorrespiratória Homem com hepatoesplenomegalia e emagrecimento a esclarecer
Sessão Anatomoclínica
Mulher, 99 anos, interna com infiltrado pulmonar. Evolui com insuficiência respiratória e óbito Usuária do CAPS com processo de pensamento alterado encaminhada à internação Paciente oncológico com deglutição prejudicada Tensão do papel do cuidador Risco para comportamento infantil desorganizado Paciente crítico com capacidade adaptativa intracraniana diminuída Intolerância à atividade em paciente adulto com dor torácica Déficit de conhecimento relacionado à gestação Paciente em pós-operatório de cirurgia neurológica com síndrome do desuso
Estudos Clínicos em Enfermagem
Risco para lesão pelo posicionamento perioperatório Fonte: Seção de Eventos do Hospital de Clínicas.
101
Relatório de Atividades
2006
4 PESQUISA
O desenvolvimento das atividades de pesquisa constitui um dos mais
importantes objetivos institucionais. O Grupo de Pesquisa e Pós-graduação (GPPG),
criado em 1989, coordena as atividades de pesquisa realizadas na Instituição,
definindo as políticas institucionais de pesquisa em consonância com a Missão
Institucional e oferecendo apoio financeiro e infra-estrutura. O GPPG propicia a
integração do ensino e da pesquisa com a assistência, com o objetivo de buscar a
liderança acadêmica na saúde através do desenvolvimento de novos conhecimentos
para o progresso técnico-científico na área médica. Desta forma, os projetos de
pesquisa desenvolvidos no Hospital têm vinculação direta com a vocação e a
competência institucional: a assistência à saúde em suas múltiplas dimensões.
Com este enfoque, o GPPG priorizou, no ano de 2006:
� O fomento a grupos de pesquisa através da melhoria na infra-estrutura
de equipamentos dos laboratórios compartilhados e da instalação da
área de Apoio Administrativo à Pesquisa.
� A alocação de áreas físicas adequadas às reais necessidades dos grupos
de pesquisa já consolidados na Instituição, com a instalação de novos
laboratórios temáticos no Centro de Pesquisas.
� A criação de estrutura própria para Pesquisa Clínica envolvendo
pessoas, processos e recursos físicos.
� A inserção do Hospital de Clínicas na Política Nacional de C&T para a
pesquisa clínica.
� A realização de consultorias nas áreas de Epidemiologia e Estatística,
totalizando 1.743 consultorias.
102
Relatório de Atividades
2006
4.1 CENTRO DE PESQUISAS
As atividades coordenadas e desenvolvidas pelo GPPG no Centro de
Pesquisas, com foco nas prioridades mencionadas anteriormente, obtiveram como
resultados:
� Instalação do Laboratório de Pesquisa em Ginecologia e Obstetrícia
Molecular (Laboratório temático).
� Instalação do Laboratório de Pesquisa em Bioética e Ética na Ciência
(laboratório compartilhado).
� Aquisição de equipamentos para os laboratórios compartilhados
através da aprovação de projetos institucionais pela Financiadora de
Estudos e Projetos (FINEP), conforme tabela a seguir:
TABELA - 37. AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS VERBA FINEP 2006
Equipamentos Valor (R$)
Leitora de Elisa 54.000,00
Centrífuga 16.573,00
Caixas para experimentação 6.554,00
Total 77.127,00 Fonte: Centro de Pesquisas/GPPG/Hospital de Clínicas.
Adicionalmente, diversos investimentos foram realizados com recursos
próprios do Fundo de Incentivo à Pesquisa e Eventos (FIPE) para manutenção e
melhoria da infra-estrutura existente, tais como: instalação de ar-condicionado
central no segundo andar do Centro, aquisição de racks e caixas para
acondicionamento de amostras biológicas em freezer -80 C, conserto de
equipamentos e aquisição e instalação de equipamentos de segurança para o prédio.
Com as ações realizadas, o Centro de Pesquisas possui, atualmente, seis
laboratórios compartilhados e 18 laboratórios temáticos em funcionamento.
103
Relatório de Atividades
2006
4.2 CENTRO DE PESQUISA CLÍNICA
O caráter multi e interdisciplinar do Hospital de ensino está inscrito nas linhas
de pesquisa desenvolvidas em caráter acadêmico e nas vinculadas a patrocínio
privado. Com o objetivo de consolidar o papel do Hospital como um centro de
referência dedicado às diversas etapas de estudos clínico-epidemiológicos, com
ênfase nos ensaios clínicos de fármacos, procedimentos e equipamentos em saúde,
em estreita consonância com as políticas de saúde do país, está sendo desenvolvido o
Centro de Pesquisa Clínica.
Este Centro partiu da proposta de implantação da Unidade de Pesquisa
Clínica do Hospital de Clínicas, dentro de uma iniciativa da Secretaria de Ciência e
Tecnologia do Ministério da Saúde de constituir uma Rede Nacional de Pesquisa
Clínica. Em um consórcio regional de pesquisa clínica com a participação do Hospital
Universitário da Universidade Federal de Santa Maria e da Universidade Federal de
Pelotas, o Hospital de Clínicas é membro fundador da Rede Nacional.
O projeto contempla a ampliação e centralização das atividades de pesquisa
clínica na instituição, a partir da consolidação de área física. Esta Unidade será a base
para o Centro de Pesquisa Clínica, além de abrigar uma Unidade de Epidemiologia
dedicada ao Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA), núcleos de apoio a
pesquisadores e atividades de ensino, como o Programa de Pós-graduação em
Gestão de Tecnologia em Saúde.
TABELA - 38. VALORES CAPTADOS / EDITAL FINEP 2006
Fontes Valor (R$)
Edital 04/2005 UPC – FINEP 1.751.658,50
Bolsas MCT/FINEP/CNPq
Edital 04/2005 UPC 506.343,24
Edital 01/2005- MCT/FINEP Ampliação UPC p/ CPC
600.000,00
Infra-estrutura área de ensino - MP MCT/FINEP
162.000,00
Total 3.020.001,70 Fonte: Centro de Pesquisas/GPPG/Hospital de Clínicas.
104
Relatório de Atividades
2006
Como parte deste projeto, foi implantada a Zona Ambulatorial de Pesquisa
(ZAP), em março de 2006, com o objetivo de atender à realização de procedimentos
de investigação e diagnósticos em regime ambulatorial relacionados com os projetos
de pesquisa clínica em uma área de 200 metros quadrados.
TABELA - 39. INDICADORES DA ZONA AMBULATORIAL DE PESQUISA
Indicadores Quantidade
Número de consultas 2.654
Número de projetos em andamento 41
Número de serviços com atuação na ZAP 16 Fonte: ZAP/GPPG/Hospital de Clínicas.
4.3 REDE NACIONAL DE PESQUISA CLÍNICA
Os Ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia criaram a Rede Nacional de
Pesquisa Clínica (RNPC), com o objetivo de consolidar a pesquisa clínica nos
hospitais de ensino, priorizando o efetivo comprometimento destas unidades com as
necessidades de saúde do país e com as prioridades da política nacional de saúde.
Em 2006, o Centro de Pesquisa Clínica do Hospital de Clínicas foi escolhido, pelos 19
demais membros da RNPC, como coordenador da Rede Nacional de Pesquisa
Clínica.
A Rede também prevê o desenvolvimento de diretrizes de boas práticas de
pesquisa clínica e de tecnologias gerenciais voltadas às unidades de pesquisa clínica
dos 19 centros participantes no Brasil, bem como o desenvolvimento de projetos
colaborativos. No ano de 2006, o Hospital de Clínicas organizou o 5º Encontro
Nacional da Rede de Pesquisa Clínica, com a temática “Conflito de Interesse: da
Pesquisa à Prática Clínica”, contando com 242 participantes.
4.4 DESENVOLVIMENTO E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
O Serviço de Engenharia Biomédica do Grupo de Pesquisa e Pós-Graduação
fornece suporte de hardware, software, modelamento e simulação para os diversos
grupos de pós-graduação que atuam no Hospital. Além destas atividades já
consolidadas ao longo dos anos, este setor passou a atuar também na descrição
105
Relatório de Atividades
2006
técnica dos equipamentos de alta complexidade. A renovação do parque de
máquinas usadas no diagnóstico exigiu um suporte mais qualificado na escolha das
técnicas, fornecedores e assistência técnica de equipamentos tais como aceleradores
lineares, ecógrafos, sistemas de radiologia telecomandados, equipamentos de
medicina nuclear (SPECT) e outros. Esta tarefa é realizada em estreita parceria com
os futuros usuários/clientes dos mesmos, maximizando o desempenho e reduzindo
os custos do processo.
4.5 COMISSÕES CIENTÍFICA E DE PESQUISA E ÉTICA EM SAÚDE
As comissões Científica e de Pesquisa e Ética em Saúde são responsáveis pela
avaliação ética e metodológica dos projetos de pesquisa desenvolvidos no Hospital
de Clínicas. Em 2006, foram submetidos 669 projetos de pesquisa para análise destas
comissões, totalizando 5.952 projetos submetidos desde 1989. Em 2005, haviam sido
submetidos 636 projetos para avaliação das comissões e em 2004, 505 projetos.
TABELA - 40. NÚMERO DE PROJETOS SUBMETIDOS À AVALIAÇÃO
Tipos de projetos Nº de projetos submetidos
%
Pesquisa em seres humanos 516 77
Pesquisa em base de dados 60 9,0
Pesquisa em animais 36 5,4
Pesquisa em material biológico 31 4,7
Projetos de desenvolvimento 15 2,3
Uso compassivo 11 1,6
Total 669 100 Fonte: GPPG/Hospital de Clínicas.
4.6 SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS
Em 2006, foi realizada a 26ª Semana Científica do Hospital de Clínicas, que é
um evento destinado à avaliação e divulgação dos trabalhos científicos
desenvolvidos nas diversas áreas do conhecimento. Este evento visa, também,
promover a participação de estudantes e oportunizar o encontro de pesquisadores,
buscando o aperfeiçoamento das práticas acadêmicas e a qualificação da produção
científica.
106
Relatório de Atividades
2006
A realização da Semana Científica e a publicação dos resumos proporcionam
uma visão do cotidiano da pesquisa na Instituição, da qualidade da produção
científica e técnica desenvolvida em seu âmbito. Os resumos foram publicados na
Revista do Hospital de Clínicas, suplemento 1, 2006. Com isso, o Hospital de
Clínicas, em consonância com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, renova
o exercício da sua função social e científica e, ao mesmo tempo, revela a capacidade
empreendedora das lideranças e dos grupos de pesquisa para suplantar dificuldades
e investir seu esforço em pesquisa.
TABELA - 41. INDICADORES DA 26ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS
Indicadores Quantidade
Avaliadores para resumos 104
Avaliadores para pôsteres 50
Participantes 2.098
Inscrições em palestras e cursos 6.025
Trabalhos inscritos 936
Trabalhos selecionados para apresentação oral 40 Fonte: Seção de Eventos do Hospital de Clínicas.
4.7 REVISTA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS
A Revista do Hospital de Clínicas e da Faculdade de Medicina da UFRGS
(FAMED/UFRGS) teve a sua primeira edição em 1981, com periodicidade
quadrimestral, tornando-se desde então, ininterruptamente, um veículo de
disseminação de resultados de pesquisa. Hoje, a Revista do Hospital de Clínicas já
está no seu volume 26 e é produzida em parceria com a Fundação Médica do RS. Seu
conteúdo encontra-se disponível para consulta on line no portal do Hospital, a partir
do volume 20, em formato pdf.
O Grupo de Pesquisa e Pós-Graduação, através dos editores e da Comissão
Editorial, é o responsável pela política editorial, seleção de artigos e gerenciamento
do fluxo de artigos até o envio para a Fundação Médica, que é a responsável pelo
encaminhamento para editoração, impressão e distribuição. A ferramenta “Sistema
Eletrônico de Editoração de Revistas” (SEER) está em fase de implantação, visando à
107
Relatório de Atividades
2006
informatização do processo editorial. Desta forma, juntamente com os demais
periódicos científicos da UFRGS, a Revista terá todo o processo editorial, desde a
submissão de artigos até a sua editoração por meio eletrônico, hospedado em um
servidor da UFRGS. O primeiro volume de acesso totalmente eletrônico está previsto
para março de 2007, com o volume 27(1). A melhoria do padrão editorial colocará a
Revista do Hospital de Clínicas no cenário científico nacional.
TABELA - 42. INDICADORES DA REVISTA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS/FAMED- UFRGS
Ano Nº de artigos submetidos
Nº de artigos publicados
Nº de fascículos editados
2005 52 38 07
2006 50 47 05 Fonte: GPPG/Hospital de Clínicas.
4.8 GRUPOS DE PESQUISA CADASTRADOS NO CNPQ E BOLSAS DE
INICIAÇÃO CIENTÍFICA
Os Grupos de Pesquisa cadastrados no Conselho Nacional de Pesquisa
(CNPq) são um instrumento fundamental não só para as atividades de fomento, mas,
também, para tratamento e difusão das informações necessárias à gestão de políticas
de ciência e tecnologia. Estão disponíveis no banco de cadastro de Grupos de
Pesquisa do CNPq informações quanto a pesquisadores e demais envolvidos com
pesquisa na Instituição, as linhas de pesquisa que desenvolvem e o envolvimento
destes grupos com os programas de pós-graduação. Atualmente, desenvolvem
atividades de pesquisa no Hospital de Clínicas 21 pesquisadores que possuem bolsas
de Produtividade em Pesquisa (PQ) do CNPq, sendo 14 da área da Medicina, três da
Genética, três da Biofísica, Bioquímica, Farmacologia, Fisiologia e Neurociência e um
da Psicologia e Serviço Social.
TABELA - 43. GRUPOS DE PESQUISA CERTIFICADOS PELO HOSPITAL DE CLÍNICAS E CADASTRADOS NO CNPQ
Ano Nº grupos
2002 02
2004 05
2006 17 Fonte: Censos do CNPq realizados em 2002, 2004 e 2006.
108
Relatório de Atividades
2006
Em 2006, o Hospital contou, ainda, com 34 bolsas do Programa de Iniciação
Científica do CNPq, tendo um acréscimo de nove bolsas em relação ao ano de 2005.
Além desses, desenvolveram também atividades de pesquisa no Hospital alunos de
iniciação científica que, através de outras unidades da UFRGS, obtiveram bolsas da
Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPESQ), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio
Grande do Sul (FAPERGS) ou da Fundação Médica do Rio Grande do Sul (FMRS).
4.9 FUNDO DE INCENTIVO À PESQUISA E EVENTOS
O Fundo de Incentivo à Pesquisa e Eventos (FIPE) do Hospital de Clínicas tem
como objetivo apoiar financeiramente projetos de pesquisa e desenvolvimento
realizados no âmbito da Instituição, desde 1984. Os recursos do FIPE são constituídos
por 0,8% das receitas provenientes do faturamento dos serviços hospitalares, da
arrecadação de 7% sobre o orçamento de pesquisas com patrocínio privado, além de
outros recursos arrecadados junto a órgãos financiadores e demais instituições.
No ano de 2006 o FIPE apoiou um número recorde de projetos, chegando à
quantidade de 243 projetos apoiados, num valor financeiro total de R$884.042,79. A
tabela a seguir mostra detalhadamente as rubricas apoiadas pelo FIPE em 2006. O
percentual de projetos com patrocínio privado, os quais fazem o repasse de 7% da
sua receita ao FIPE, aumentou 3%, passando de 12% em 2005 a 15% em 2006. Este foi
o maior percentual desde 1998.
TABELA - 44. PERCENTUAL DE RUBRICAS APOIADAS PELO FIPE Rubrica Apoio (%) Material de consumo 43 Exames no Hospital de Clínicas 24 Serviços no Centro de Pesquisas 7 Outros 7 Taxa de inscrição em congressos internacionais 5 Publicações 5 Consultas no Hospital de Clínicas 2 Eventos 2 Material permanente 2 Serviços de farmácia 1 Serviços de terceiros 1 Revisão de prontuários 1
Fonte: FIPE/Hospital de Clínicas.
109
Relatório de Atividades
2006
5 RESPONSABILIDADE SOCIAL
Através de diversas iniciativas o Hospital de Clínicas amplia sua ação social
visando contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, sem
desigualdades e com sustentabilidade.
5.1 APOIO PEDAGÓGICO
O Programa de Apoio Pedagógico (PAP) é desenvolvido em parceria com a
Secretaria Estadual de Educação e com a Escola Estadual Técnica em Saúde, desde
agosto de 1990.
O PAP tem como objetivo proporcionar à criança e ao adolescente
hospitalizado na Pediatria, Hematologia, Oncologia Pediátrica e Psiquiatria Infanto-
juvenil, bem como aos usuários que freqüentam o Centro de Atenção Psicossocial
(CAPS), a possibilidade de construir o conhecimento através de um
acompanhamento pedagógico que valorize as relações afetivas, sociais e culturais, a
fim de estabelecer, manter ou resgatar o vínculo com a instituição escolar a que
pertence, evitando, assim, evasões escolares. Também visa garantir o cumprimento
do artigo 9 do Estatuto da Criança e do Adolescente Hospitalizados, no que se refere
ao “direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para
a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante a sua permanência
hospitalar”, e enriquecer o contexto hospital/família/escola, ampliando as
possibilidades de interlocução entre os mesmos.
Os alunos que freqüentam o CAPS infantil fazem uso do laboratório de
informática da Escola, para consulta, produção textual e conhecimento do mundo
virtual. Participam, ainda, de visitações e passeios relativos a datas comemorativas e
eventos no município de Porto Alegre.
110
Relatório de Atividades
2006
No CAPS adulto, objetiva-se desenvolver a autonomia (consciência para se
auto-cuidar) e criar possibilidades variadas dentro da inclusão social (ressignificação
da vida e auto-estima), sem perder de vista as necessidades funcionais e clínicas de
cada indivíduo. Para tanto, os alunos são deslocados do CAPS para a biblioteca e
laboratório de informática da Escola, onde desenvolvem atividades que possibilitem
a inserção no campo de trabalho e o contato com a informatização e a realidade
escolar. Além disso, faz-se um trabalho de alfabetização desde o letramento até
problemas de escrita e de fala, viabilizando a convivência em qualquer grupo, sem se
sentir rejeitado ou diminuído por não saber ler/escrever/compreender.
TABELA - 45. ATENDIMENTOS EM 2006
Unidades de atendimento Nº alunos/pacientes
Pediatria – 10º Sul 274
Adolescentes Psiquiatria – 6º Sul 166
Oncologia Pediátrica – 3º Leste 347
Hematologia 69
Centro de Atenção Psicossocial – CAPS (Adulto) 374
Centro de Atenção Psicossocial – CAPS (Infantil) 70
Total 1.300 Fonte: Programa de Apoio Pedagógico do Hospital de Clínicas.
5.2 PROTEÇÃO À CRIANÇA
O Programa de Proteção à Criança (PPC) é desenvolvido por uma equipe
interdisciplinar composta por profissionais das áreas de Serviço Social, Psicologia,
Enfermagem, Pediatria, Psiquiatria e Recreação, além da participação voluntária de
uma procuradora de Justiça. Tem como objetivo principal atender as crianças com
suspeita ou confirmação de violência, bem como suas famílias, com fins de avaliação,
diagnóstico, tratamento e encaminhamentos pertinentes e cada situação.
As avaliações ocorrem através de entrevistas individuais e em grupo e de
visitas domiciliares. O Programa também tem a preocupação em realizar contatos e
encaminhamentos a recursos da rede de apoio social, de saúde, educacional e legal
na qual a criança e a família estão inseridas, buscando evitar a reincidência da
111
Relatório de Atividades
2006
situação de violência. Todos os casos são discutidos pela equipe interdisciplinar em
reuniões semanais, nas quais são estabelecidos planos de intervenção e definidas
condutas. Paralelamente, ocorrem oficinas como modalidade de tratamento para
enfrentamento à violência no círculo familiar. O PPC responde, ainda, pela
implantação e execução do Relatório Individual de Notificação de Agravos à
Violência (RINAV), da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde da Secretaria
Municipal de Saúde, e promove palestras e treinamentos sobre o tema para
profissionais da saúde.
Em 2006, foram avaliados 68 pacientes. Destes, 49 configuraram-se como casos
novos de suspeita de violência, sendo confirmados 42. Todas as situações tiveram
encaminhamento legal (Conselho Tutelar, Promotoria da Infância e Juventude,
Juizado da Infância e Juventude), realizando um trabalho conjunto com esses órgãos
e respeitando aquilo que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente.
5.3 HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA
O Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) busca a sensibilização de todas
as áreas da Instituição para uma reflexão que procure estabelecer práticas
humanizadoras. Apoiado nos dispositivos propostos pela Política Nacional de
Humanização (PNH), pretende desenvolver ações que melhorem a qualidade nas
relações e no atendimento de trabalhadores e usuários.
Dos oito dispositivos preconizados pela Política (Ambiência, Acolhimento,
GTH, Valorização da Saúde do Trabalhador, Visitas Abertas, Redes Sociais, Clínica
Ampliada, Gestão Participativa e Co-gestão), os quatro primeiros foram priorizados
e vêm sendo consolidados nas diferentes áreas da Instituição.
A identificação das ações prioritárias dá-se através da rede de contatos
formada, que atualmente compõe-se de 23 áreas, e de outros espaços de escuta, como
o L-Humanização (lista de correio eletrônico para troca de informações, sugestões e
opiniões).
Dessa demanda, surgiram algumas ações que foram implementadas nesse ano
ou que estão sendo desenvolvidas nos locais vinculados à rede de contatos.
112
Relatório de Atividades
2006
As principais atividades realizadas em 2006 e seus resultados foram:
� Dispositivos sendo implementados em diferentes áreas:
- Acolhimento - Emergência, Unidade Básica de Saúde, Centro
Obstétrico, Zona 14 (coleta de exames).
- Grupo de Trabalho de Humanização – Institucional.
- Valorização da Saúde dos Trabalhadores – Institucional.
- Ambiência – Institucional.
� Sensibilização das áreas:
- Campanha Institucional Pró-humanização (textos, folhetos e
cartazes).
- I Encontro Pró-Humanização do Hospital de Clínicas, com presença
dos Doutores da Alegria (200 participantes).
� Estruturação da rede de contatos:
- Vinte e três pontos da rede de contatos.
- 1º e 2º Encontro da Rede de Contatos Pró-Humanização (55
participantes).
� Produção Científica:
- Produção de cinco pôsteres para apresentação em eventos na
Instituição (26ª Semana Científica e na Semana de Enfermagem) e em
eventos externos (II Seminário Estadual da Política de Humanização
da Assistência à Saúde e SOBRAGEM).
- Publicação do artigo: “Contextualizando a Política Nacional de
Humanização: a experiência de um hospital universitário“ no Boletim
em Saúde, v. 20, n. 2.
- Desenvolvimento de projeto-piloto na Pediatria: “Avaliação das
Ações Humanizadoras Desenvolvidas na Pediatria do Hospital de
Clínicas”.
113
Relatório de Atividades
2006
� Ações desenvolvidas:
- Implementação do acolhimento na Unidade Básica de Saúde do
Hospital de Clínicas (UBS).
- Reorganização do ambiente físico e revisão dos Procedimentos
Operacionais Padrão (POPs) do Morgue.
- Reuniões com Associações Interprofissionais e elaboração da Carta de
Intenções Pró-Humanização.
- Implantação dos métodos não-farmacológicos para alívio da dor pela
equipe de enfermagem e disponibilidade de analgesia para 100% das
pacientes obstétricas.
- Criação de espaços de trabalho adequados às necessidades dos
funcionários; funcionário capacitado para o atendimento dos
funcionários em afastamento do trabalho pelo SUS e pelo Programa
de Reabilitação; acolhimento dos novos funcionários do Hospital.
- Projeto de atendimento lúdico para pacientes em atendimento na
emergência (adulto e infantil).
- Melhorias na sala de espera do Serviço de Medicina Ocupacional
(SMO): televisão e revistas.
- Implantação dos Diálogos de Segurança, encontros nas áreas de
trabalho onde, juntamente com a equipe multidisciplinar, os
trabalhadores buscam refletir sobre a segurança no trabalho.
- Obras, nas áreas envolvidas na rede de contatos, que impactaram na
melhoria das condições de atendimento e de trabalho. Continuidade
da reforma da Emergência. Reforma da recepção do Centro Cirúrgico
Ambulatorial, da recepção da Radiologia, dos vestiários no subsolo
(masculino e feminino), das salas de passagem de plantão nas
unidades e do CTI. Troca paulatina dos monitores dos
microcomputadores das áreas de recepção do Hospital e criação do
refeitório de acompanhantes de pacientes.
114
Relatório de Atividades
2006
� Criação de canais de contato: lista L-Humanização e links nos itens
Espaço Aberto e Ouvidoria da intranet. Nestes, foram atendidas 38
ocorrências.
� Divulgação externa do trabalho de humanização realizado no Hospital
de Clínicas:
- Atividade de Extensão Pró-humanização, realizada na Escola de
Enfermagem – UFRGS.
- Representação junto aos Apoiadores da PNH, pelo Ministério da
Saúde.
- Encontro com os Apoiadores da PNH – RS.
5.4 GRUPO DE VOLUNTARIADO
Em 1982, chegou ao Hospital de Clínicas um grupo de senhoras para realizar
um trabalho voluntário junto ao setor de Patologia Mamária. Este trabalho consistia
em doar próteses, lenços, gorros e, ainda, emprestar perucas para aqueles pacientes
em tratamento quimioterápico. Com o passar dos anos, novas pessoas foram se
agregando a este grupo e, em 1991, foi fundada a Legião Assistencial de Apoio ao
Paciente de Câncer (LAAPAC). Esta passou a atuar de forma mais efetiva junto às
pacientes do Setor de Mastologia, até que, em 1998, foi reconhecida como o
voluntariado oficial do Hospital de Clínicas, visitando então todos os setores
existentes neste Hospital.
O princípio dos voluntários e voluntárias da LAAPAC é inspirado na ética,
amor, carinho, atenção, amizade, respeito, companheirismo e fraternidade. A
entidade é regida por um Código de Responsabilidade, Estatuto e Regimento
Interno, sendo formada por voluntários que constituem a diretoria, o conselho
superior, as coordenadorias e um quadro social que conta, atualmente, com 120
associados. Atuando sem fins lucrativos, possui como missão buscar sempre a
perfeição no trabalho, aprimorando a relação entre conhecimentos científicos e
humanos, de forma a propiciar momentos de lazer, de conforto e de alegria a todos
os pacientes atendidos.
115
Relatório de Atividades
2006
Tem como objetivo dar apoio moral e material aos pacientes em tratamento no
Hospital de Clínicas, quer estejam baixados ou em suas residências, procurando
aliviar as angústias e a dor de quem passa por este momento tão delicado, dando-
lhes a coragem de que precisam para lutar contra a doença.
Conforme o Código de Responsabilidade da LAAPAC, as atividades são
realizadas por todos os voluntários. Existe uma programação fixa, distribuindo os
voluntários em grupos.
TABELA - 46. ATIVIDADES REALIZADAS
Grupos Atendimentos
Visitas ao leito 15.269
Apoio à quimioterapia de adultos 2.648
Apoio à quimioterapia pediátrica 836
Apoio à radioterapia 315
Apoio à hemodiálise 827
Apoio à Unidade Tratamento Intensivo (UTI) 372
Apoio à Unidade Tratamento Intensivo Pediátrico (UTIP) 927
Apoio à Mastologia 782
Apoio às crianças da oncologia pediátrica 975
Grupo da Dor 137
Oficinas de artesanato 42 Fonte: LAAPAC/Hospital de Clínicas.
Além desses programas, também, são realizados outros auxílios:
� Grupo de costura: tem finalidade de confeccionar próteses de uso
externo para mulheres mastectomizadas.
� Grupo de plantão: tem como objetivo fornecer informações sobre o
trabalho voluntário desenvolvido, bem como atender aos pacientes que
solicitam doações de próteses mamárias, perucas e lenços.
� Registro de solicitações: são recebidas ligações do posto de
Enfermagem solicitando visitas pontuais a pacientes (35 visitas),
doações de roupas (220 pacientes atendidos) e doações de objetos de
higiene pessoal (127 pacientes atendidos).
116
Relatório de Atividades
2006
5.5 ATENDIMENTO LÚDICO-TERAPÊUTICO
O Serviço de Recreação Terapêutica do Hospital de Clínicas é reconhecido
pela comunidade interna e externa por ser pioneiro no atendimento lúdico a
pacientes clínicos, cirúrgicos e psiquiátricos.
Aplicando o conceito de atenção integral em saúde, contribui
significativamente para a recuperação e diminuição do tempo de internação e
constitui uma estratégia eficiente na humanização da assistência e das relações entre
familiares, pacientes e equipes.
As atividades e programas lúdicos são desenvolvidos por profissionais e
acadêmicos das áreas de Educação Física, Pedagogia e Terapia Ocupacional e têm
por objetivo amenizar os efeitos da hospitalização, proporcionando a alegria que
advém do brincar, que é a medida autocurativa mais natural que acompanha o ser
humano da infância até a maturidade.
Para isso, o Serviço oferece três amplas salas de recreação, equipadas com
jogos, brinquedos, revistas, livros e equipamentos eletrônicos, localizadas nas
Unidades de Oncologia Pediátrica, Internação Pediátrica e Internação Adulta. Além
do atendimento nas salas, os pacientes restritos ao quarto e leito também recebem a
visita dos recreacionistas que adaptam as atividades às limitações impostas pela
doença ou tratamento.
No Centro de Atenção Psicossocial de Adultos e Infantil, o atendimento lúdico
e ocupacional tem lugar de destaque no tratamento de pacientes portadores de
doença mental.
Complementando as ações assistenciais e atendendo às demandas, o grupo
realiza várias outras atividades, que estão descritas a seguir.
117
Relatório de Atividades
2006
TABELA - 47. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO SERVIÇO DE RECREAÇÃO TERAPÊUTICA NO HOSPITAL
Programa Descrição Atendimentos
Sala de Recreação Pediátrica (10º andar)
Atende a pacientes da Unidade de Internação Pediátrica, oferecendo atividades lúdicas, estimulando a sociabilização e facilitando a adaptação à rotina hospitalar.
10.032
Sala de Recreação Oncologia Pediátrica (3º Leste)
Freqüentada por pacientes oncológicos de 0 a 18 anos, oferece atividades lúdicas–terapêuticas adaptadas aos interesses e limitações dos pacientes.
3.420
Sala de Recreação para adolescentes, adultos e idosos (8º andar)
Oferece atendimento através de uma diversificada programação lúdica, possibilitando aos pacientes e seus familiares o alívio de tensões, o desenvolvimento, a adaptação de habilidades não afetadas pela doença, a elevação da auto-estima e a melhoria da qualidade de vida enquanto hospitalizados.
7.900
Centro de Atenção Psicossocial de Adultos
Destina-se a acolher pacientes com transtornos mentais, estimulando a integração sociocultural e apoiando as iniciativas de busca de autonomia. As atividades são centradas em tarefas ocupacionais e lúdicas.
2.960
Centro de Atenção Psicossocial Infantil
Atende a crianças e adolescentes em tratamento psiquiátrico ambulatorial dentro de um espaço onde são disponibilizadas atividades lúdicas e oficinas visando à reinserção social.
2.880
Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrico - UTIP
Realizado de forma sistemática, atende às necessidades dos pacientes, utilizando recursos de som/imagem, contação de histórias, atividades manuais e jogos.
780
Pacientes pediátricos restritos ao leito/quarto
Visando amenizar os efeitos da internação para pacientes impossibilitados de saírem do quarto/leito, são oferecidos às crianças brinquedos e atividades manuais dirigidas e contação de histórias, proporcionando-lhes alegria e entretenimento.
2.223
Pacientes adultos restritos ao leito/quarto
O envolvimento em atividades de leitura, trabalhos manuais ou jogos possibilita ao paciente ocupar o tempo ocioso aliviando tensões. Desenvolver habilidades que não foram prejudicadas pela doença contribui com o processo de recuperação.
934
Programa de assistência aos pais da Pediatria (Grupo de Pais)
Reuniões semanais com o objetivo de esclarecer dúvidas, amenizar ansiedades, orientar quanto às patologias e rotinas e contribuir com a qualificação dos pais para os cuidados junto a seus filhos hospitalizados.
223
Espaço recreativo no Bloco Cirúrgico e Centro Cirúrgico Ambulatorial
Espaço lúdico organizado em parceria com a equipe de Enfermagem na sala de preparo do Bloco Cirúrgico e no Centro Cirúrgico Ambulatorial, para atender crianças que aguardam cirurgia. Tem por objetivo aliviar o stress e a ansiedade da criança e seus pais, gerados pela espera no pré-cirúrgico.
353
118
Relatório de Atividades
2006
Atendimento lúdico no CTI adulto, áreas I e II
Como estímulo à melhora física e emocional, pacientes recebem atendimento lúdico através de atividades adaptadas às suas possibilidades e interesses.
380
Ambulatório de Quimioterapia
Atividade desenvolvida com pacientes em tratamento quimioterápico (crianças e adolescentes), respeitando os limites e possibilidades terapêuticas de cada um.
978
Unidade de Transplante de Medula Óssea
Atendimento sistemático a pacientes submetidos à transplante de medula óssea. Visa ocupar seu tempo ocioso com atividades que o gratifiquem, adaptadas às suas necessidades e limitações.
1.180
Atendimento lúdico na Unidade Básica de Saúde
Atendimento preventivo em saúde com grupos de idosos e gestantes. São desenvolvidas atividades físicas e recreativas.
740
Projeto “Momento do bebê”
Destinado a crianças de até 36 meses, busca, através da atividade lúdica, proporcionar um ambiente estimulador, favorecendo o vínculo mãe-bebê- cuidador-equipe.
471
Projeto “Era uma vez a visita da fantasia”
Em parceria com a Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFRGS, oferece momentos de contação de histórias para crianças e seus acompanhantes, preparadas por acadêmicos, utilizando como recursos, além do livro, o teatro de fantoches, bonecos de vara etc.
1.232
Projeto “Pintando o sete na Emergência”
Através do oferecimento de materiais de desenho e pintura, as crianças ocupam de forma lúdica o tempo estressante de espera para atendimento.
513
Projeto “Biblioteca viva em hospitais”
Iniciativa do Ministério da Saúde em parceria com a Fundação Abrinq, tem como objetivo a inclusão da leitura como ação humanizadora. Contando com a participação de funcionários do Hospital de Clínicas e voluntários, estimula o hábito da leitura e a criatividade, permitindo ao ouvinte liberar fantasias.
1.106
Projeto “Espaço de leitura Tabajara Ruas”
Disponibiliza aos pacientes hospitalizados e a seus familiares o acesso à leitura, ocupando o tempo livre da internação com uma atividade prazerosa.
920
Projeto “Criando com palitos”
Atividade de criatividade realizada semanalmente nas unidades de Oncologia Pediátrica e Pediatria, com materiais (palitos de picolé coloridos) oferecidos pela Companhia de Alimentos Kibon.
888
Projeto “Sarau no Hospital”
Atividade de Extensão Universitária realizada em parceria com o Departamento de Música da UFRGS no qual, semanalmente, são realizados recitais nas Unidades de Internação Pediátrica e Oncologia Pediátrica, com o objetivo de desenvolver o gosto pela música erudita.
604
Festas e comemorações
Em 2006, foram comemoradas as principais festas: Carnaval, Páscoa, São João e Natal, com a participação de pacientes, familiares e equipes envolvidas.
Fonte: Serviço de Recreação Terapêutica do Hospital de Clínicas.
119
Relatório de Atividades
2006
5.6 CASA DE APOIO
Com 54 leitos, a Casa de Apoio oferece alojamento para crianças e
adolescentes de 0 a 18 anos que estejam em tratamento ambulatorial ou internados
no Hospital de Clínicas, bem como para seus familiares. Trata-se, normalmente, de
pessoas de baixa renda vindas do interior gaúcho ou de outras regiões do país, que
são acolhidas em um ambiente saudável, confortável, seguro e de estímulo à
sociabilidade e à cidadania.
TABELA - 48. ATENDIMENTOS REALIZADOS
Serviço Nº de atendimentos
Oncologia Pediátrica 1.590
Transplante de Medula Óssea 378
Unidade de Tratamento Intensivo - Neonatologia
217
Unidade de Tratamento Intensivo - Pediatria
242
Pediatria – 10º andar 447
Ambulatório 649
Outros 29
Total 3.552 Fonte: Casa de Apoio do Hospital de Clínicas.
Antes ligada à área de Serviços Gerais, em outubro de 2006 a Casa de Apoio
passou a ser administrada pelo Serviço Social do Hospital de Clínicas, com
mudanças na área física e em seu gerenciamento.
Para o seu funcionamento, a Casa de Apoio conta com a colaboração de
voluntários e profissionais ligados ao Instituto do Câncer Infantil, com o qual
trabalha em parceria desde sua inauguração. Conta ainda com a participação de
prestadores de serviço à comunidade, provenientes do convênio firmado entre o
Hospital de Clínicas e a Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas.
Em 2006, a Casa de Apoio passou a ser, também, campo de estágio
extracurricular para alunos das faculdades de Serviço Social.
120
Relatório de Atividades
2006
5.7 BANCO DE LEITE HUMANO
Em 2006, o Banco de Leite Humano do Hospital de Clínicas atendeu 100% das
nutrizes com recém-nascidos internados na Instituição, cumprindo plenamente o
compromisso da promoção e incentivo ao aleitamento materno, na condição de
Hospital Amigo da Criança, desde 1997.
Diariamente, o Banco de Leite Humano realiza atividades de orientação às
mães (pacientes e funcionárias do Hospital) sobre a importância da amamentação e
sobre a retirada, armazenamento e conservação do leite materno. A equipe do Banco
também mantém e estimula a lactação das mães afastadas dos filhos, por internações
próprias ou de seus bebês, e presta atendimento às mães de recém-nascidos baixados
na Unidade de Internação Neonatal que estejam recebendo leite por copinho ou
sonda. As nutrizes funcionárias do Hospital são, ainda, incentivadas a manter a
lactação por um período mais prolongado.
Por outro lado, o Banco de Leite Humano, focado em seguir os Dez Passos
para o Sucesso do Aleitamento Materno (Hospital Amigo da Criança) preconizados
pelo UNICEF, possui uma linha telefônica direta, o Disque-amamentação, para o
atendimento aos públicos interno e externo, 24 horas por dia. Através deste serviço,
são esclarecidas dúvidas relacionadas à amamentação e, sempre que necessário,
feitos encaminhamentos a atendimentos individualizados, prestados por
nutricionista e/ou enfermeira consultora em aleitamento materno. Toda puérpera, na
alta hospitalar, recebe um cartão com os números do serviço: 2101.8161 (telefone
localizado no Banco, com ligações recebidas pelas atendentes de alimentação) e
2101.8000 (para acesso ao bip da amamentação, que fica sempre com uma das
consultoras). Em 2006, o Disque-amamentação realizou 259 atendimentos telefônicos.
Outros dados relativos ao total de atendimentos prestados pelo Banco de Leite
Humano em 2006 podem ser conferidos na tabela a seguir.
121
Relatório de Atividades
2006
TABELA - 49. PRODUÇÃO DO BANCO DE LEITE
Indicadores Total Média/mês Média/dia
Nº de atendimentos – pacientes 12.888 1.074 36
Volume de leite (em ml) – pacientes 848.330 70.694 2.356
Nº de atendimentos – funcionários 1.206 101 3
Volume de leite (em ml) – funcionários 138.717 11.560 385
Total de atendimentos 14.094 1.175 39
Volume total de leite (em ml) 987.047 82.254 2.742
Volume de leite pasteurizado (em ml) 64.509 5.376 179 Fonte: Banco de Leite Humano do Hospital de Clínicas.
5.8 FARMÁCIA DE PROGRAMAS ESPECIAIS
A Farmácia de Programas Especiais (FAPE), localizada no ambulatório do
Hospital de Clínicas, tem por objetivo a dispensação de medicamentos especiais,
dentre eles os anti-retrovirais, antiinfecciosos e preservativos do Programa de
Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM) do Ministério da Saúde;
medicamentos oncológicos e imunoterápicos para pacientes do ambulatório de
Quimioterapia com tratamento domiciliar; medicamentos excepcionais, como
morfina e metadona, para o Centro de Referência da Dor; e toxina botulínica para os
Centros de Referência de Espasticidade e Distonias.
A FAPE atende, em média, 120 pacientes por dia. Presta informações e
orientações sobre os medicamentos, visando à segurança do tratamento e ao
resultado terapêutico, assim como adesão à terapia e restabelecimento da saúde dos
pacientes, buscando sempre o uso racional de medicamentos. Foram prestadas
orientações farmacêuticas a 1.230 pacientes durante o ano de 2006.
Através da parceria com a Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do
Sul, também realiza cadastramento e dispensação de medicamentos para os pacientes
em acompanhamento e tratamento clínico nos Centros de Referência do Hospital de
Clínicas.
Em convênio com o Ministério da Saúde, a FAPE distribui, através da
Secretaria Estadual da Saúde, preservativos para os pacientes HIV positivo e para a
122
Relatório de Atividades
2006
população em geral. Em 2006, foram distribuídos 124.000 preservativos.
A FAPE proporciona, ainda, um espaço para o crescimento, tanto pessoal
como profissional, para os estudantes do curso de Farmácia.
TABELA - 50. NÚMERO DE ATENDIMENTOS NA FARMÁCIA DE PROGRAMAS ESPECIAIS
Medicamentos Número de atendimentos
Anti-retrovirais e antiinfecciosos (SICLOM) 14.056
Medicamentos oncológicos (quimio-ambulatorial domiciliar)
9.452
Morfina/metadona (Centro de Referência da Dor) 1.031
Toxina botulínica (Centros de Referência de Espasticidades e Distonias)
157
Total 24.696 Fonte: Relatório de produtividade da FAPE.
5.9 CONSULTORIA ESCOLAR
A disciplina de Consultoria Escolar é uma atividade do Curso de
Especialização em Psiquiatria, do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da
Faculdade de Medicina da UFRGS e do Programa de Residência Médica em
Psiquiatria do Hospital de Clínicas.
Tem por objetivo geral habilitar o psiquiatra em formação a desempenhar o
papel de agente de saúde mental na instituição escolar, possibilitando um contato
inicial com esse tipo de atividade de prevenção.
Em 2006, foram atendidas pelo programa quatro escolas da rede pública
estadual e uma federal:
� Escola Estadual de Ensino Fundamental Dom Pedro I
� Escola Estadual de Ensino Fundamental Luciana de Abreu
� Escola Estadual de Ensino Fundamental São Francisco de Assis
� Escola Estadual Técnica de Saúde no Hospital de Clínicas de Porto
Alegre
� Colégio de Aplicação da UFRGS
123
Relatório de Atividades
2006
Os residentes/cursistas reúnem-se semanalmente, nas próprias escolas, com
as equipes designadas por elas. Cada aluno participou durante um semestre da
atividade, discutindo casos de alunos-problema e aspectos da dinâmica escolar,
favorecendo a implementação de medidas de prevenção primária e secundária na
comunidade escolar atendida pelo programa, com a supervisão semanal de
professores do Departamento e convidados. Ao final do ano, representantes das
escolas participaram de uma reunião de avaliação com os coordenadores do
Programa e mostraram-se satisfeitos com o trabalho realizado, manifestando
interesse de continuar recebendo a contribuição dos psiquiatras em formação.
5.10 OUVIDORIA
Através da Ouvidoria, os usuários e a comunidade interna do Hospital de
Clínicas podem registrar reclamações, críticas, sugestões e elogios, para que a
Instituição conheça as opiniões e demandas do público e esteja em permanente busca
da melhoria de seus serviços. O setor recebe e documenta as manifestações – feitas
pessoalmente, por e-mail, fax, telefone ou carta –, encaminha-as para as áreas
competentes e acompanha as manifestações até sua solução, além de dar retorno aos
usuários, esclarecendo determinadas situações ou, em outras, informando quais as
medidas adotadas.
Na sua atuação em defesa dos direitos do cidadão e da sociedade, a Ouvidoria
recebeu, em 2006, 2.082 manifestações, sendo 80,60% de usuários e 19,40% de
funcionários. Deste total, 81% foram respondidas e 19% se encontram em
andamento. Os tipos de manifestações podem ser observados na tabela a seguir:
TABELA - 51. COMPARATIVO DAS MANIFESTAÇÕES RECEBIDAS
Tipos de manifestações 2005* 2006
Reclamações 811 895
Orientações 274 699
Sugestões 131 271
Elogios 99 217
Informações 74** -
Total 1.389 2.082 Fonte: Sistema Qualitor - Relatórios de Ouvidoria do Hospital de Clínicas. *Os dados referentes a 2005 compreendem os meses de março a dezembro. **A partir de setembro/2005 as informações passaram a ser encaminhadas a outro canal de comunicação - Fale Conosco.
124
Relatório de Atividades
2006
O encaminhamento das reclamações e sugestões gerou diversas melhorias,
algumas em implementação e outras já implementadas ao longo do ano. Entre estas
últimas, destacam-se:
� Alterações no sistema de agendamento de exames fonoaudiológicos,
diferenciando adultos e crianças.
� Estabelecimento de rotina de chamada de equipe cirúrgica para
atendimento de pacientes em pós-operatório que procuram a
Emergência.
� Fixação de funcionário específico para coleta de material para exames
de pacientes de convênios e funcionários.
� Acréscimo da exigência de Carteira de Identidade, no formulário de
requisição de biópsia, evitando o cancelamento do procedimento.
� Intermediação para a concretização de alta de pacientes de longa
permanência.
� Proposta de orientação aos profissionais da saúde através de pareceres
solicitados à Comissão de Ética Médica sobre sigilo profissional e
atendimento a pacientes com intercorrências agudas nos ambulatórios.
� Destaque, no Protocolo de Entrega de Laudo de Internação, em negrito,
da frase “A internação dependerá da disponibilidade de leitos no dia” e
colocação de cartazes no Setor de Admissão, no sentido de facilitar a
justificativa de cancelamento de cirurgia.
� Proposta de elaboração de protocolo referente à doação de cadáver
para a Faculdade de Medicina da UFRGS.
� Informatização do boletim da situação atual dos pacientes da
Emergência.
� Intermediação junto à Caixa Econômica Federal, Serviço de
Ambulatório e Comissão de Prontuários visando à padronização do
atestado para liberação do FGTS a pacientes portadores de doenças
complexas.
125
Relatório de Atividades
2006
� Elaboração de Protocolo de risco de suicídio junto à Comissão de
Humanização e Serviço de Psiquiatria.
� Discussão, junto à Administração Central, sobre rotina de extravio de
prótese no Hospital e seu ressarcimento.
� Inclusão do nome do responsável pelo paciente no aviso de alta.
� Acréscimo do nome do responsável legal de pacientes dependentes e
autorização da divulgação do CID nos atestados fornecidos.
� Solicitação de colocação de grades nas janelas do banheiro do CTI
visando evitar tentativa de suicídio dos familiares.
� Implementação de “atendimento de porta” (informações, receitas,
atestado, laudos) em alguns serviços ambulatoriais.
� Implementação do acolhimento (Zona 14) realizado por profissional
realocado, repercutindo em redução de conflitos e maior satisfação do
usuário.
� Distribuição de revistas para pacientes que aguardam consulta e/ou
exames na Emergência.
� Aquisição de cadeiras de rodas especiais para crianças portadoras de
deficiência.
� Criação de espaço externo para descanso de não-fumantes.
� Disponibilização da lista de ramais internos na intranet.
� Elaboração de normas pertinentes ao uso adequado do refeitório.
� Colocação de torradeira de pão no refeitório.
� Aprimoramento do atendimento dos taxistas aos usuários da
Instituição e conseqüente Prêmio Top of Mind 2006, concedido pelo
INBRAP (Instituto Brasileiro de Pesquisa de Opinião Pública) ao
Condomínio Ponto Fixo Táxi Hospital de Clínicas.
� Liberação de estacionamento para doadores de sangue junto ao Banco
de Sangue do Hospital.
126
Relatório de Atividades
2006
� Ampliação do horário de acesso ao estacionamento da Rua São Manoel.
� Revisão dos processos de atendimento e ambiência do Morgue.
� Melhoria da ambiência da Sala de Gesso e da Fisiatria, através de
doação de obra de arte por paciente.
� Informação antecipada de cancelamento de cirurgia pela equipe.
� Implantação da distribuição de senhas para agendamento de exames
radiológicos.
� Implantação de rotina para acionamento de médicos patologistas nos
casos de realização de congelação de peças para exames
transoperatórios.
� Melhoria das condições de hotelaria (ar condicionado, TV, telefone,
roupeiros novos e pintura) da Unidade de Internação do 4º Sul.
� Cadastramento de pneumologistas junto ao Centro de Saúde Modelo,
cujas receitas permitem a liberação de medicamentos a pacientes do
Hospital.
� Liberação de acesso pela Rua São Manoel para pacientes especiais
vinculados à Fundação de Proteção Especial, que são atendidos no
CAPS mediante identificação e comprovação de consulta.
� Colocação de placas de sinalização em diversos setores do Hospital.
� Colocação de placas de silêncio no CTI.
� Identificação nos elevadores, com placas informativas, a respeito do
transporte de cargas.
� Intensificação na sinalização do prédio garagem, com colocação de
mais placas indicativas.
� Fixação de cartazes informativos com a localização do Banco de
Sangue.
� Implementação da caixa de sugestão no setor de convênios.
� Colocação de cabides nos banheiros masculinos das áreas públicas.
127
Relatório de Atividades
2006
5.11 GESTÃO DO RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
O Grupo de Gestão do Relacionamento com o Cliente (GGRC) desenvolveu,
durante o ano de 2006, atividades relacionadas à Pesquisa de Satisfação de Clientes
do Hospital de Clínicas, procurando aprimorar o método utilizado e acompanhar as
melhorias implementadas nas diferentes áreas. Os questionários são preenchidos,
espontaneamente, pelos clientes em 51 áreas do Hospital. Acadêmicos da UFRGS
coletam estes formulários, operacionalizam o tratamento dos dados e elaboram
relatórios para as áreas. As informações são disponibilizadas para os gerentes,
mensalmente, através do Sistema de Informações Gerenciais. O sistema possibilita a
visualização dos dados desde julho de 2005, permitindo o acompanhamento e
comparação em diferentes períodos de um mesmo setor e também entre setores.
Os elogios, críticas e sugestões registrados nos formulários são encaminhados
às áreas envolvidas para conhecimento e manifestação quando a situação o exigir.
Também existe um sistema de retorno para aqueles clientes que assinam o
formulário e informam o número do telefone para contato.
A opinião do cliente com relação ao atendimento recebido tem sido um dos
focos de atenção do planejamento estratégico do Hospital. No painel de controle do
BSC, ela encontra-se contemplada na perspectiva 2.3 “Referência em qualidade
percebida”.
A pesquisa utiliza dois instrumentos de coleta: um para os clientes da área
ambulatorial e outro para os da internação.
� Pesquisa de satisfação do cliente na área de internação
A pesquisa de satisfação do cliente teve 10.164 questionários respondidos no
ano de 2006, com uma média de 847 por mês. Para um universo de 23.348 altas, isso
indica que 43,5% dos pacientes que tiveram alta do Hospital preencheram o
formulário da pesquisa de opinião, demonstrando a participação ativa dos clientes
na avaliação dos serviços.
128
Relatório de Atividades
2006
Observando o comportamento das respostas da pesquisa à pergunta genérica:
“Como você classifica o atendimento recebido durante esta internação?”, verifica-se
que os índices mensais apresentam uma variação de escore no grau ótimo entre
69,98% e 79,18%. Ao longo do ano, os serviços buscaram implementar melhorias,
como, por exemplo, mudanças nos processos do serviço de higienização e limpeza,
solicitação de substituição de colchões para maior conforto, alteração no horário de
visita para avós, dentre outros. Também está sendo realizado um processo educativo
junto às equipes das unidades de internação com o objetivo de motivá-las ao
desenvolvimento de suas atividades cada vez mais com foco no cliente, orientadas
pelos resultados da pesquisa.
Cabe ressaltar que o valor médio anual de 74,44% de respostas no grau ótimo
representa uma boa avaliação, mas ainda não corresponde à meta institucional de
atingir os 80%, o que significa mais um estímulo à permanente implementação de
melhorias para atingir tal resultado.
Quando se analisam os resultados a partir do somatório dos escores ótimo e
bom, constata-se que em praticamente todos os atributos são obtidos valores acima
dos 90%, excetuando a avaliação da alimentação e do Serviço de Emergência. Outra
observação é de que, nos depoimentos registrados no espaço livre do formulário
(questão aberta), constata-se a ocorrência de cerca de 70% de elogios e 30% de
críticas.
� Pesquisa de satisfação do cliente na área ambulatorial
A pesquisa de satisfação do cliente na área ambulatorial teve, em 2006, pela
primeira vez, um acompanhamento mensal, ao longo dos 12 meses do ano. Assim
como na pesquisa realizada na área de internação, os dados estão disponibilizados
aos gestores através do IG.
A pesquisa teve 7.706 questionários respondidos, com uma média de 642 por
mês. Atualmente, 30 áreas de serviços a pacientes ambulatoriais estão mensurando a
satisfação do cliente.
A avaliação do atendimento de forma geral obteve um escore médio de 44,20%
de respostas no grau ótimo e de 35,80% no grau bom. Isto totaliza 80% no somatório
129
Relatório de Atividades
2006
das respostas ótimo e bom de satisfação, evidenciando o alcance da meta
institucional estabelecida para esta área.
As informações obtidas através da pesquisa subsidiaram o trabalho dos
profissionais dos setores envolvidos na elaboração de um projeto de reformulação do
ambulatório, incluindo proposta de melhorias na área física e reformulação de
processos de atendimento, a ser implementado. Também foi observada melhoria na
satisfação com relação ao Serviço de Higienização, que implementou mudanças no
ano de 2005, as quais se refletiram em aumento da satisfação em 2006.
O quesito tempo de espera, embora com percentuais um pouco melhores com
relação ao ano anterior (2005=43,63%), ainda permanece com escores aquém do
desejado, com conceito ótimo+bom de 46,26% .
5.12 GESTÃO AMBIENTAL
Como Instituição socialmente responsável, o Hospital de Clínicas realiza
diversas ações que contribuem para a diminuição do impacto ambiental de sua
atuação.
Apesar de estar em permanente crescimento – o que inclui a necessidade de
construção de novos espaços físicos –, o Hospital preserva uma área verde de 51 mil
metros quadrados e possui 861 árvores de 54 espécies em seu terreno.
Os diferentes tipos das quase quatro toneladas de resíduos produzidos
diariamente na Instituição são segregados na fonte geradora, de acordo com o grupo
ao qual pertencem:
� Resíduos biológicos são tratados por autoclavagem e dispostos em
aterro sanitário.
� Resíduos comuns são encaminhados para aterro sanitário.
� Resíduos recicláveis são destinados a usinas de reciclagem.
� Resíduos químicos seguem para disposição final em aterro industrial.
Alguns desses materiais e sua destinação estão descritos a seguir:
130
Relatório de Atividades
2006
� Envio dos resíduos orgânicos (sobras alimentares) à suinocultura , para
transformação em ração animal.
� Encaminhamento de vidros, plásticos, papéis, papelão e papéis
sigilosos a uma empresa de reciclagem.
� Encaminhamento do óleo de cozinha para uma empresa, onde é
aproveitado na fabricação de ração animal.
� Repasse das sucatas de metal para seleção e aproveitamento na
fabricação de grades, lixeiras e churrasqueiras.
� Encaminhamento dos líquidos resultantes de revelação de filmes
radiológicos para retirada da prata e neutralização do produto restante.
� Envio dos cartuchos de toner das máquinas da Gráfica para o
fabricante do produto, que os reaproveita.
� Encaminhamento de termômetros de mercúrio quebrados ao
fabricante.
� Envio de lâmpadas fluorescentes quebradas e/ou queimadas para
reaproveitamento do mercúrio e reciclagem do vidro.
Adequando-se a recentes resoluções (306 – ANVISA/2004 e 358 –
CONAMA/2005), o Clínicas criou a Comissão Interna de Gestão Ambiental, com as
atribuições de promover ações educativas, de treinamento e conscientização voltadas
à preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental na área do Hospital.
Esta Comissão passou a responder, também, pela definição das políticas e diretrizes
do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), bem como
por sua implementação, acompanhamento e avaliação.
Este Plano, elaborado em 2003 e atualizado anualmente, conforme a nova
legislação, está baseado no princípio dos 3R – redução, reutilização e reciclagem – e
visa à preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. Neste
contexto, foi aprimorado o manejo de resíduos, com a adoção de uma nova
classificação para segregação e adequação dos coletores. Também ocorreu a
131
Relatório de Atividades
2006
contratação de empresas especializadas em coleta, tratamento e destinação final de
resíduos especiais do grupo A (biológicos).
As principais ações e resultados obtidos em 2006 foram:
� Instalação de 389 lixeiras com pedal, com capacidade para 50 e 30 litros.
� Adequação do processo de tratamento interno dos resíduos da
Patologia Clínica.
� Testagem do ácido peracético como alternativa para a desinfecção de
equipamentos hospitalares, já que este é menos tóxico para pacientes e
profissionais e não causa impacto ao meio ambiente.
� Aquisição de 75 monitores de LCD (consomem a metade da energia
dos monitores tradicionais e não tem emissão de raio X).
� Instalação de aproximadamente 40 splits em substituição aos
aparelhos de ar condicionado tradicionais (menor consumo de
energia).
� Colocação de bancos de polipropileno (ecológicos) entre as árvores.
� Redução de 18% no consumo de água em relação ao ano de 2005.
� Graças ao sistema fechado e informatizado de abastecimento de
detergente nas máquinas de lavagem de roupas, redução de consumo
do produto na ordem de 34,81%.
� Troca de produtos na área de limpeza de peças e substituindo produtos
derivados de petróleo por produtos sintéticos (ecológicos).
� Instalação, no sistema de caldeiras, de atenuadores de ruídos nos
ventiladores, obtendo-se redução de 10 decibéis.
O Hospital de Clínicas mantém o Programa de Educação Continuada em
Gerenciamento de Resíduos, que integra informações sobre gestão ambiental em
diversos eventos institucionais, tanto nos encontros de integração de novos
funcionários, médicos residentes e estudantes quanto em cursos especiais para
funcionários do Serviço de Higienização e outros trabalhadores das áreas de apoio.
132
Relatório de Atividades
2006
São realizadas, ainda, campanhas para informar e conscientizar sobre o correto
descarte de resíduos de serviços de saúde.
Este Programa atende tanto a comunidade interna (funcionários, pacientes e
familiares) quanto a externa, através da participação nas campanhas como:
� “O dia interamericano de limpeza e cidadania” (DIADESOL), que
possui como objetivo sensibilizar a sociedade civil acerca da
importância de manter limpas casas, cidades, estradas e lugares de
passeio. O DIADESOL é uma iniciativa promovida pela Organização
Pan-americana da Saúde (OPAS) e Associação Interamericana de
Engenharia Sanitária e Ambiental (AIDIS).
� “Mostra RS - Iniciativa Social”, evento que reúne organizações do 1°, 2°
e 3° setores envolvidos com a promoção social e melhoria da qualidade
de vida na sociedade, buscando desenvolvimento social sustentável.
Nela são apresentadas experiências e ações voltadas para as iniciativas
sociais, dando visibilidade a estas ações e divulgando as marcas das
empresas responsáveis.
O Hospital de Clínicas também participou, em 2006, do “Seminário de
Sensibilização para Criação do Fórum Estadual de Produção mais limpa”, passando
assim a integrar o Comitê Gestor para elaboração de políticas de P + L (produção
mais limpa), atividade promovida pelo Ministério do Meio Ambiente, Secretaria
Estadual de Meio Ambiente e Fundação Estadual de Proteção ao Ambiente.
Desde 2004, o Clínicas promoveu a mudança do sistema de geração e
distribuição de energia térmica, passando a utilizar como combustível o gás natural,
que promove melhoria nos padrões ambientais. Além disso, as vantagens desta
mudança podem ser constatadas também no aspecto financeiro, uma vez que, com a
implantação do sistema utilizando o gás natural e considerando todos os aspectos do
projeto, o Hospital teve uma economia de R$ 58.856,79 por mês, chegando até o final
de 2006 a R$ 1,2 milhão.
133
Relatório de Atividades
2006
5.13 EVENTOS
Através de uma estrutura própria de anfiteatros e salas de aula, o Hospital de
Clínicas realiza uma série de eventos, promovendo a disseminação de conhecimentos
em saúde.
TABELA - 52. EVENTOS REALIZADOS
Tipo de evento Total Carga horária
Promoção
Eventos internos 56 637h Serviços Internos do Hospital de Clínicas
Eventos externos
09
105h
UNIMED Hospital de Pronto Socorro
Soc. Rio-grandense de Infectologia Outros
Seminários e cursos 30 91h Serviços Internos do Hospital de Clínicas Fonte: Seção de Eventos do Hospital de Clínicas.
5.14 VISITAS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES
O Hospital de Clínicas recebe, anualmente, inúmeras solicitações de visitas de
instituições do Rio Grande do Sul, de outros estados do Brasil e também do exterior,
as quais buscam informações sobre as melhores práticas na área da saúde e em
processos administrativos.
Em 2006, o Hospital recebeu 524 visitas, conforme demonstrado na tabela a
seguir.
TABELA - 53. VISITAS RECEBIDAS NO HOSPITAL
Tipo de instituição Nº de visitantes
Instituições de ensino
(universidades, faculdades, escolas técnicas) 386
Hospitais 115
Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde 13
Outras instituições 10
Total 524 Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Hospital de Clínicas.
135
Relatório de Atividades
2006
6 GESTÃO DE PESSOAS
A Coordenadoria de Gestão de Pessoas (CGP) desenvolve suas atividades no
Hospital de Clínicas visando contribuir, através do apoio ao gerenciamento e à
administração de pessoas, para que a Instituição consolide a sua Missão em um
ambiente de trabalho estimulador, onde os profissionais sintam-se comprometidos e
reconhecidos.
No ano de 2006, orientada pelo Planejamento Estratégico do Hospital, esta
posição da CGP foi reforçada com a perspectiva de “Aprendizado e Crescimento”
como suporte para as ações da Instituição, onde a estratégia de Valorização das
Pessoas é reconhecida como essencial e fundamental para o sucesso dos objetivos
estratégicos.
Sendo uma área norteada por esses objetivos, a CGP construiu sua missão:
“Atuar de forma representativa e de referência, promovendo a gestão de pessoas,
através da valorização e do desenvolvimento dos recursos humanos, visando
excelência no atendimento ao cliente e o alcance dos resultados, em consonância com
as estratégias da Instituição”.
Esse posicionamento possibilitou, ainda, a ampliação da visão de futuro e a
integração da atuação da CGP ao contexto da Instituição, resultando na Visão
Estratégica de Desenvolvimento de Pessoas do Hospital de Clínicas, a qual alinha as
ações já desenvolvidas pela CGP às que serão implantadas nos próximos períodos.
A seguir, são apresentadas as novas ações implementadas em 2006 e a
continuidade dos programas em Gestão de Pessoas que vêm sendo desenvolvidos na
Instituição.
136
Relatório de Atividades
2006
6.1 VISÃO ESTRATÉGICA DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
A Visão Estratégica de Desenvolvimento de Pessoas (figura 2) integra as ações
de gestão de pessoas, concorrendo para o alcance dos resultados estabelecidos nos
Planos de Ação das áreas, das estratégias, da Missão, da Visão e dos Valores do
Hospital de Clínicas.
FIGURA 2 – VISÃO ESTRATÉGICA DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
No período de 2006, para consolidar a implantação dessa visão de gerenciar
pessoas, a CGP intensificou a atividade de consultoria interna, onde os profissionais
de Recursos Humanos atuam realizando interface com as demais unidades de
negócio.
Totalmente voltado a esse objetivo, o trabalho de consultoria interna
mobilizou diversas áreas da Instituição, mostrando uma dimensão que afeta,
basicamente, a forma de trabalhar com os processos de gestão de pessoas.
A atuação da consultoria, neste período, envolveu um total de 1.204 horas,
resultando em ações que oportunizaram aos líderes o desenvolvimento de
competências como gestores de pessoas, bem como efetiva contribuição para
melhorar o ambiente e o clima de trabalho.
137
Relatório de Atividades
2006
Dentre essas ações, destacam-se:
� revisão e construção de perfis de cargos;
� entrevistas admissionais;
� integração setorial;
� processo de acompanhamento do novo funcionário;
� processo de gestão do desempenho;
� programas de capacitação e desenvolvimento;
� participações em reuniões, jornadas e fóruns realizados pelas diversas
áreas;
� acompanhamento individual de gestores;
� processos de realocação;
� assessoria nos casos de desligamento funcional.
Para esse trabalho, os profissionais da área de gestão de pessoas estão cada
vez mais focados nas relações interpessoais e nas necessidades dos clientes internos,
indo além da postura técnica e do conhecimento adquirido em suas áreas de
formação. Desta forma, cada dificuldade apresentada por seus clientes internos
constitui-se em uma oportunidade de melhorar e desenvolver o gerenciamento das
pessoas na Instituição.
6.2 PERFIL PROFISSIONAL
O perfil profissional compreende a definição dos objetivos do cargo, com
ênfase na contribuição esperada do funcionário (responsabilidades) frente aos
objetivos estratégicos da Instituição e da área. Além disso, são identificadas as
competências (conhecimentos, habilidades e atitudes), a formação e a experiência
profissional necessárias para atender às responsabilidades componentes do perfil.
O perfil profissional é um dos pilares básicos da Visão Estratégica de
Desenvolvimento de Pessoas, pois orienta:
� processos seletivos;
� Programa Integrar;
138
Relatório de Atividades
2006
� realocações internas;
� reabilitações;
� planos de capacitação;
� gestão do desempenho.
No ano de 2006, foram definidas responsabilidades e competências
institucionais que, integrando todos os perfis profissionais, visam alinhar o
desempenho dos funcionários à estratégia da Instituição, que estabelece o foco em
resultados e em clientes. Estas definições consideraram as especificidades das
atividades inerentes às funções de liderança e às demais funções:
� Responsabilidades –funções de liderança:
- Analisar o cenário da saúde e do Hospital de Clínicas, além de sua
área de atuação, identificando as necessidades e as perspectivas do
cliente interno e externo da Instituição, visando à excelência na
assistência ao paciente e sua família.
- Estruturar e estabelecer estratégias, metas e ações, em consonância
com os objetivos do Hospital de Clínicas, atingindo os resultados
esperados dentro dos prazos e padrões pré-definidos.
� Responsabilidades – funções operacionais, administrativas e
assistenciais:
- Identificar as necessidades e as perspectivas do cliente interno e
externo da Instituição, objetivando a excelência na assistência do
paciente e sua família.
- Executar as ações estabelecidas no planejamento da área, em
consonância com os objetivos do Hospital de Clínicas, atingindo os
resultados esperados dentro dos prazos pré-definidos.
� Competências:
- Conhecimentos: orientações estratégicas do Hospital de Clínicas:
Missão, Visão, Valores e Planejamento Estratégico; ética da conduta
profissional.
139
Relatório de Atividades
2006
- Habilidades: liderança (funções de liderança); trabalho em equipe
(funções operacionais, administrativas e assistenciais).
- Atitudes: comprometimento com o cliente; comprometimento com
resultados; postura ética adequada.
Também houve a definição de responsabilidades e competências estratégicas
do Grupo de Enfermagem, que passaram a compor todos os perfis do GENF:
� Responsabilidade:
- Assegurar a qualidade do cuidado de Enfermagem através da
sistematização da assistência de Enfermagem.
� Competências:
- Conhecimento: sistematização da Enfermagem.
- Habilidade: visão da integralidade do paciente.
- Atitude: pró-atividade.
Através da informatização da gestão do desempenho, a atualização dos perfis
profissionais será otimizada, contribuindo como uma ferramenta mais ágil e
dinâmica no apoio às ações gerenciais.
6.3 PROGRAMA INTEGRAR
O Programa Integrar é uma ação multidisciplinar que tem por objetivo atender
melhor o trabalhador da saúde nos aspectos relativos à sua adaptação na Instituição.
Tal iniciativa deveu-se à percepção de que, considerando o porte e o papel social do
Hospital de Clínicas, seus profissionais recém-contratados necessitam de uma
especial preparação para desenvolver suas atividades.
Esse Programa é realizado tanto para os funcionários contratados por prazo
indeterminado quanto para os por prazo determinado. Sendo composto por seis
etapas (figura 3), o Programa prevê ações de acolhimento, fornece informações
importantes sobre a Instituição, facilita o aprendizado das rotinas da área onde o
novo funcionário irá atuar, orienta as diferentes chefias no processo probatório e
oportuniza espaços de escuta sobre possíveis ansiedades e expectativas individuais.
140
Relatório de Atividades
2006
FIGURA 3 – ETAPAS DO PROGRAMA INTEGRAR
A tabela a seguir apresenta a evolução do Programa nos anos de 2004 a 2006,
através de seus principais indicadores.
TABELA - 54. INDICADORES DO PROGRAMA INTEGRAR
Indicadores 2004 2005 2006
Número de participantes –
Integração Institucional Geral 386 374 305
Horas de treinamento –
Integração Institucional Geral 3.088 2.992 2.440
Horas de treinamento –
Integração Setorial/Introdutórios/Oficinas 11.085 32.237 25.429
Taxa de efetivação 82,37% 87,20% 87,69% Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
A redução das horas de treinamento relativas ao Programa Integrar deve-se a
um menor número de admissões no período e à contratação de pessoas já
capacitadas anteriormente quando do cumprimento de contratos por prazos
determinados.
141
Relatório de Atividades
2006
Avaliado e aprimorado periodicamente, através de pesquisa de opinião,
avaliação de reação e análise de indicadores institucionais, o Programa,
oportunizando um acolhimento humanizado e fortalecendo as relações de trabalho,
contou, em 2006, com as seguintes melhorias:
� Transformação do módulo Programa Integrar em seminários
periódicos, visando reforçar com as lideranças a importância do
Programa e o papel das chefias neste processo.
� Realização da pesquisa de opinião junto aos funcionários admitidos de
outubro de 2005 a janeiro de 2006, visando à avaliação do Programa.
� Parceria com a Escola Técnica de Enfermagem na Integração Setorial
Funcional e nos Treinamentos Específicos.
� Realização mensal da Oficina de Ética e Valores, em parceria com a
Comissão de Bioética, objetivando reforçar os aspectos relativos à
postura ética adequada ao exercício profissional.
A importância do Programa Integrar é reforçada pelo fato de 99% dos
entrevistados na pesquisa de opinião terem referido sentir-se, após o período de
experiência, adaptados e seguros para o desenvolvimento das atividades inerentes
aos cargos que ocupam. Segundo um dos depoimentos registrados na Pesquisa, o
Programa Integrar “mostra o quanto a Instituição está preocupada com o funcionário
que está iniciando e está presente para ajudá-lo”1.
Sendo reconhecido como uma ação diferencial na área pública, o Programa
Integrar foi premiado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos na 14ª Edição
do Prêmio Top Ser Humano – Categoria Empresa.
6.4 PROGRAMA DE GESTÃO DO DESEMPENHO
O Programa de Gestão do Desempenho desenvolve líderes e funcionários para
a inserção no processo de avaliação funcional, buscando, além da valorização dos
recursos humanos da organização, maior comprometimento das equipes com os
objetivos estratégicos da Instituição. 1 Depoimento de um funcionário na Pesquisa de Opinião.
142
Relatório de Atividades
2006
Em 2006, foram implementadas significativas melhorias no Programa, visando
facilitar a sua aplicabilidade, bem como viabilizar a sua utilização como subsídio
para outros processos. São elas:
� Desenvolvimento e implantação do sistema informatizado da Gestão
de Desempenho.
� Treinamento intensivo de áreas-piloto (Gerência de Hotelaria e
Gerência de Engenharia e Manutenção), a fim de validar o novo
processo da Gestão de Desempenho informatizada, atingindo um
público de 96 chefias e 439 funcionários operacionais.
� Revisão da descrição dos perfis profissionais de áreas em geral,
adequando-os ao Planejamento Estratégico e definindo as
responsabilidades e as competências institucionais.
� Validação do novo formato de Gestão do Desempenho, para,
futuramente, incorporar os resultados da avaliação como subsídio para
concessão de mérito e para plano de carreira.
As demais áreas, já capacitadas em anos anteriores, continuam com o
acompanhamento da consultoria da CGP e, gradualmente, serão inseridas no
processo informatizado.
A meta estratégica estabelecida no Planejamento da Instituição para 2007
prevê, em relação ao processo da Gestão de Desempenho, 60% do quadro funcional
com pelo menos uma avaliação de desempenho realizada no período.
6.5 CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
A CGP tem implementado ações sistematizadas de capacitação e
desenvolvimento de competências relacionadas aos perfis das diferentes funções da
Instituição, possibilitando ao funcionário o atendimento pleno das responsabilidades
do seu atual cargo ou preparando-o para novas responsabilidades decorrentes de
processos de realocação interna ou reabilitação.
Este aprimoramento é promovido através da viabilização de cursos externos e
143
Relatório de Atividades
2006
internos, visitas técnicas e estágios. Como exemplo, tem-se a parceria com a Escola
Técnica de Enfermagem, através da qual foram realizadas atividades de educação em
serviço e o acompanhamento aos funcionários admitidos no GENF.
Os gráficos 3, 4 e 5 apresentam dados relacionados às atividades de
treinamento no período 2004 a 2006:
GRÁFICO - 3. HORAS DE TREINAMENTO
80.205
104.219 115.873
0
30.000
60.000
90.000
120.000
2004 2005 2006
Horas de Treinamento
Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
GRÁFICO – 4. NÚMERO DE PARTICIPAÇÕES
11.144 11.580
17.468
0
5.000
10.000
15.000
20.000
2004 2005 2006
Número de Participações
Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
GRÁFICO – 5. HORAS DE TREINAMENTO POR FUNCIONÁRIO/ANO
22,2226,76 28,62
0,00
10,00
20,00
30,00
2004 2005 2006
Horas de Treinamento por Funcionário / Ano
Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
144
Relatório de Atividades
2006
O trabalho de consultoria da CGP tem possibilitado um diagnóstico mais
preciso das necessidades de desenvolvimento, propondo a elaboração e execução de
planos de capacitação para as áreas, o que colaborou para o comparativo de
2005/2006 apresentar:
� 11,18% de aumento no total das horas de treinamento;
� 50,84% de aumento no número de participações;
� 6,95% de aumento na hora de treinamento por funcionário.
O gráfico 6 apresenta o investimento financeiro realizado em capacitação e
desenvolvimento de 2004 a 2006.
GRÁFICO – 6. INVESTIMENTOS EM CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
78.296
115.379
101.353
0
30.000
60.000
90.000
120.000
150.000
180.000
2004 2005 2006
Investimentos em Capacitação e Desenvolvimento / Ano (R$)
Fonte: Gerência Financeira do Hospital de Clínicas.
O menor investimento em Capacitação em 2006 ocorreu devido ao
desenvolvimento de um maior número de instrutores internos, capacitados em novos
conhecimentos e metodologias, que disseminaram na Instituição esse know-how.
TABELA - 55. PARTICIPAÇÕES EM TREINAMENTOS POR ÁREA
2004 2005 2006
Presidência 304 326 600
Vice-presidência Médica 1.248 1.894 2.046
Vice-presidência Administrativa 2.427 4.110 6.779
Grupo de Enfermagem 7.157 5.187 7.905
Grupo de Pesquisa e Pós-graduação 08 63 138 Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
145
Relatório de Atividades
2006
6.5.1 PROGRAMA “JEITO CLÍNICAS DE ATENDER”
Com o objetivo de desenvolver ações de capacitação voltadas para a
responsabilidade estratégica de orientação ao cliente, destaca-se o trabalho realizado
em parceria com o SENAC, enfocando a qualidade na prestação dos serviços e
atendimento ao cliente, denominado “O Jeito Clínicas de Atender”.
Participaram desta atividade 351 funcionários, tais como: auxiliares de
higienização e auxiliares administrativos que desempenham suas atividades nas
áreas de Internação, Emergência e Convênios; auxiliares de processamento de roupas
da Seção de Distribuição e Recolhimento de Roupas; e atendentes de alimentação da
Seção de Distribuição de Alimentos, totalizando 3.159 horas treinamento. A partir
desta atividade, foram realizadas outras ações:
� Curso de Preservação da Informação e Privacidade, com a participação
de 292 funcionários, envolvendo 584 horas treinamento.
� Palestra: Atitudes Pessoais como Facilitador do Sucesso Profissional,
com a participação de 255 funcionários, envolvendo 510 horas
treinamento.
� Atividade “Atender Bem Faz Bem”: apresentação teatral com palestra,
participação de 205 funcionários, envolvendo 410 horas treinamento.
6.5.2 PROGRAMA BEM-ESTAR E SAÚDE NO TRABALHO
Com o objetivo de sensibilizar a população interna do Hospital sobre a
temática da qualidade de vida, em parceria com o Serviço de Medicina Ocupacional
(SMO), Serviço de Psicologia e Serviço Social, foi realizado um ciclo de palestras
envolvendo os seguintes assuntos: Bem-estar e Saúde no Trabalho; O Cuidado de Si;
Saúde do Corpo; Ética nas Relações; Vida Saudável e Estética; Climatério e
Menopausa; e Orçamento Familiar e Economia Doméstica.
Estes encontros totalizaram 412 horas treinamento.
146
Relatório de Atividades
2006
6.5.3 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL
Promovendo a continuidade do desenvolvimento das lideranças, em 2006,
foram realizadas ações reforçando o posicionamento estratégico das chefias frente
aos desafios sintetizados pelo Planejamento Estratégico do Hospital de Clínicas:
� Programa BSC – Planejamento Estratégico: 1.937 horas de capacitação,
visando o entendimento conceitual e a utilização da ferramenta
Balanced Scorecard, estimulando a visão integral da organização com
revisão dos planos de ação das áreas.
� Seminários Internos de Atualização Gerencial em Administração de
Pessoas: 573 horas de treinamento em temas como Processo Seletivo e
Contratação de Pessoas, Legislação Trabalhista e Programa Integrar.
� IG – Cubo Pessoas: 110 horas de capacitação para utilização do Sistema
de Informações Gerenciais.
� Gestão do Desempenho: 1.519 horas de capacitação para o
entendimento conceitual do Programa de Gestão do Desempenho,
envolvendo a utilização do sistema informatizado.
� Curso de Especialização em Gestão Hospitalar: 2.010 horas de
capacitação.
� Curso de Especialização em Avaliação de Tecnologias em Saúde (em
andamento).
Com o desenvolvimento das ações voltadas às lideranças, em 2006, foram
realizadas 38,5 horas/ano de desenvolvimento gerencial, superando a meta
estabelecida de 36 horas. Este resultado demonstra o investimento que a Instituição
realiza no intuito de cumprir a estratégia “Desenvolvimento de Liderança e Trabalho
em Equipe”.
6.5.4 PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL
O Programa da Reabilitação Profissional (PRP) tem por objetivo reabilitar
funcionários que se encontram momentaneamente incapacitados para desenvolver
147
Relatório de Atividades
2006
suas atividades laborais. O programa é desenvolvido por uma equipe composta pela
CGP, Medicina Ocupacional, Serviço de Psicologia e Serviço Social.
A equipe realiza avaliações médicas, psicológicas e sociais, indicando, quando
necessário, tratamentos ao funcionário com a finalidade de proporcionar o seu
restabelecimento físico e emocional. A partir das avaliações, encaminha os
funcionários para iniciar o treinamento da reabilitação profissional, com vistas a
propor o seu retorno ao trabalho.
Dando continuidade ao Programa, no ano de 2006 foram desenvolvidas as
seguintes atividades:
� Acompanhamento médico e psicológico com 100% dos funcionários
encaminhados para o PRP.
� Orientação às chefias que recebem os funcionários quanto ao
planejamento e acompanhamento no período do estágio.
� Acompanhamento do funcionário durante este período.
� Grupo de acompanhamento psicológico.
� Reuniões semanais da equipe para discussão das possibilidades de
reabilitação profissional.
Com base nos indicadores do Programa de Reabilitação Profissional,
apresentados nos gráficos 7 e 8, observa-se que:
� Do total de funcionários que iniciaram o período de estágio no ano de
2006, 75% foram reabilitados, estando aptos a retornarem ao trabalho.
� Houve um aumento de 27,53% no número de horas de treinamento
durante o estágio em 2006, em relação a 2005.
� Ao longo de sua existência, o PRP já reabilitou 70 profissionais.
148
Relatório de Atividades
2006
GRÁFICO – 7. PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL
43
5855
2419 20 19 17
15
0
10
20
30
40
50
60
Nº
de
Funci
onár
ios
Nº de funcionários encaminhadospara PRP
Nº de funcionários encaminhadospara t reinamento pela reabilitação
Nº de funcionários que concluiramtreinamento
Dados Relativos ao PRP
2004 2005 2006
Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
GRÁFICO – 8. HORAS DE TREINAMENTO NA REABILITAÇÃO PROFISSIONAL
8.037 8.51410.858
02.0004.0006.0008.000
10.00012.000
Nº
de
Hor
as
2004 2005 2006
Horas de Treinamento na Reabilitação Profissional
Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
Através destas ações, o Hospital reforça valores institucionais como Respeito à
Pessoa e Responsabilidade Social, uma vez que privilegia a reinserção na vida
laboral, auxiliando na diminuição de problemas sociais e proporcionando melhor
qualidade de vida para as pessoas que trabalham na Instituição.
6.6 PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS
Para ampliar as ações de estímulo ao desenvolvimento profissional e à
melhoria contínua, o Hospital de Clínicas obteve êxito na aprovação de ajuste em seu
Plano de Cargos e Salários pelos órgãos governamentais competentes (Min. da
Educação, Min. do Planejamento Orçamento e Gestão – através do Departamento de
Coordenação e Controle das Empresas Estatais – e Delegacia Regional do Trabalho).
149
Relatório de Atividades
2006
O ajuste no Plano de Cargos e Salários fez-se necessário uma vez que a última
revisão foi em 1987 e, desde então, não houve mais alterações em sua estrutura, as
quais são imprescindíveis para que a Instituição consiga alinhar os seus cargos com a
nova realidade social, tecnológica e organizacional, nos níveis interno e de mercado.
As alterações iniciaram em março de 2006, com a redução da carga horária dos
funcionários administrativos, passando de 44 para 40 horas semanais, e da unificação
da carga horária e da remuneração dos profissionais da Enfermagem, os quais
passaram a cumprir jornada de 36 horas semanais.
Estas mudanças na carga horária foram realizadas no intuito de proporcionar
maior qualidade de vida para os funcionários, reduzindo o tempo de exposição aos
fatores repetitivos.
Em 2006, outra ação adotada foi a criação de comitês multidisciplinares para
discussão e definição da normatização e das demais etapas do ajuste do Plano de
Cargos e Salários para ser implementado em 2007, visto que os cargos serão
dispostos em três grandes grupos: Básico (carreira operacional); Intermediário
(carreira administrativa, assistencial enfermagem, assistencial médica, manutenção e
técnico em secretariado) e Superior (diversas carreiras).
Essa alteração no Plano de Cargos e Salários está alinhada aos programas de
Desenvolvimento e Gestão de Desempenho, bem como às estratégias institucionais,
no que tange aos seus valores e missão, representando uma nova forma de gestão de
pessoas, dando maior motivação ao funcionário e propiciando que o mesmo busque
o seu autodesenvolvimento para que possa disputar as vagas internas de acordo com
o que prevê a legislação vigente.
6.7 BENEFÍCIOS
6.7.1 PLANO DE SAÚDE
O plano de saúde teve o contrato renovado em 2006, com algumas alterações
necessárias para a sua manutenção. A partir de 1º de julho, as novas adesões
passaram a ser com carência, excetuando-se as de funcionários aprovados no período
150
Relatório de Atividades
2006
probatório e dos filhos recém-nascidos, que em até 30 dias podem aderir sem
carência.
No ano de 2006, houve 709 novas adesões de funcionários e 1.250 de
dependentes, totalizando 3.357 beneficiários no plano de saúde, alcançando o
percentual de adesão de 82,31%.
Outra modificação foi relativa ao plano odontológico, que a partir de 1º de
outubro passou a vigorar independente do plano principal. A partir deste período,
ocorreram 324 adesões de funcionários e 352 de dependentes, totalizando 676
beneficiários.
Além disso, em 2006, foi desenvolvida uma funcionalidade específica no
sistema de folha de pagamento STARH direcionada ao gerenciamento do plano de
saúde.
6.7.2 LICENÇA ESPECIAL
É o afastamento remunerado a que o funcionário tem direito de acordo com o
tempo de serviço na Instituição.
TABELA - 56. LICENÇA ESPECIAL
2004 2005 2006
Funcionários beneficiados 456 438 519 Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
6.7.3 LICENÇA PARA ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
O Clínicas concede a seus funcionários licença remunerada para participação
em congressos, convenções, seminários e encontros que visem ao desenvolvimento
profissional.
TABELA - 57. LICENÇAS EM 2006
Número de participações
Horas-participação
Exterior 41 1.464
No país 546 12.639 Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
151
Relatório de Atividades
2006
6.7.4 COMPLEMENTO DO AUXÍLIO-DOENÇA
Quando o funcionário precisar se afastar por doença ou acidente de trabalho,
em período superior a 15 dias, e nos casos em que o benefício foi inferior ao salário, o
Hospital de Clínicas complementa o valor pago pelo INSS por até 12 meses,
considerando o salário nominal acrescido, quando houver, de função gratificada,
adicional por tempo de serviço e insalubridade/periculosidade.
TABELA - 58. COMPLEMENTOS DO AUXÍLIO-DOENÇA
2005 2006
Número de complementos pagos 1.349 1.032
Valor de complementos pagos (R$) 703.002,34 717.419,88 Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
6.7.5 CRECHE
O Hospital de Clínicas disponibiliza a Creche Vera Fabrício Carvalho a filhos
de funcionários, com idade entre três meses e sete anos incompletos.
A Creche, através da equipe educacional e com o suporte dos serviços de
Nutrição e Dietética e de Psicologia, atendeu o total de 171 alunos, nas turmas de
berçário, maternal e jardim. Foram oferecidas atividades extraclasse como dança,
inglês e teatro. O trabalho educacional foi complementado através da parceria
firmada com algumas universidades para realização de estágio na Creche.
6.7.6 LIBERAÇÃO PARA MESTRADO E DOUTORADO
Foi aprovada pela Administração Central, em maio de 2005, a liberação de
funcionários para participação em atividades de aperfeiçoamento profissional
(mestrado ou doutorado), em um total de quatro horas semanais.
TABELA - 59. LIBERAÇÃO PARA MESTRADO
Períodos Número de funcionários Total de horas
2005 09 376
2006 19 1.112 Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
152
Relatório de Atividades
2006
6.7.7 REFEITÓRIO
Em 2006, foi implementado o Sistema de Controle de Acesso – Refeitório.
Através deste software, conectado de forma on-line com os sistemas de freqüência, de
acesso ao estacionamento e às áreas restritas, foram obtidos os seguintes benefícios:
� maior segurança e rapidez das informações;
� eliminação de controle paralelo de acesso ao refeitório;
� informação on-line de bloqueio de acesso e admissões;
� controle efetivo dos usuários com permissão de acesso, conforme rotina
estabelecida pelo Serviço de Nutrição e Dietética.
6.8 PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL
Realizada a cada dois anos, a Pesquisa de Clima Organizacional visa
identificar o grau de satisfação e insatisfação dos funcionários no que se refere a
fatores como ambiente físico, disponibilidade de recursos, oportunidades de
participação, comunicação, desempenho, desenvolvimento, liderança e realização
pessoal. Os dados provenientes desta pesquisa servem de orientação a ações de
melhoria voltadas à gestão dos funcionários e ao clima organizacional.
No ano de 2006, a pesquisa foi realizada em novembro, através da contratação
de uma empresa especializada, visando reforçar o sigilo e a idoneidade do processo.
Tendo como campanha “Queremos ouvir Você”, o estímulo à participação dos
funcionários deu-se através de carta do presidente aos funcionários, carta às chefias,
banners, cartazes nos setores, divulgação via intranet, e-mail e das lideranças.
A tabela a seguir apresenta o percentual de participantes nos três últimos
ciclos da Pesquisa. Os resultados de 2006 serão divulgados no 1º trimestre de 2007.
TABELA - 60. PERCENTUAL DE PARTICIPANTES
2002 2004 2006
Respondentes 1.342 1.200 2.477
Funcionários ativos 3.706 3.813 3.953
Percentual de participantes 36,21% 31,47% 62,66% Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas e Fornasier Pesquisas & Desenvolvimento Ltda.
153
Relatório de Atividades
2006
6.9 MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL
O quadro atual do Hospital de Clínicas é composto de 4.078 funcionários.
Além destes, atuam na Instituição 279 professores, 314 médicos-residentes, 1.954
estagiários curriculares, voluntários e bolsistas.
TABELA - 61. QUADRO DE PESSOAL
Ocupação 2004 2005 2006
Médico 366 387 420
Enfermeiro 388 388 407
Farmacêutico bioquímico 72 77 77
Nutricionista 24 25 25
Psicólogo 9 8 9
Assistente social 11 11 12
Fisioterapeuta 4 6 11
Fonoaudiólogo 7 7 7
Biólogo 15 14 15
Odontólogo 6 6 6
Técnico de enfermagem 654 670 682
Técnico de radiologia 53 56 63
Auxiliar de enfermagem 657 669 675
Outros 1.618 1.659 1.669
Total 3.884 3.983 4.078
Docentes 2004 2005 2006
Professores da Faculdade de
Medicina/Odontologia
247
252
259
Professores da Escola de
Enfermagem
20
20
20
Residentes 2004 2005 2006
Médicos 281 298 314 Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
154
Relatório de Atividades
2006
Constata-se um incremento de pessoal, principalmente em ocupações
assistenciais e de apoio às mesmas. O aumento no quadro de funcionários ocorreu
devido à necessidade de melhoria no atendimento aos pacientes, bem como de
redução no quantitativo de horas extras, as quais oneram em muito as despesas de
pessoal e contribuem para aumento das doenças ocupacionais.
Para um melhor e mais seguro gerenciamento do quadro de pessoal, em 2006
a CGP adquiriu um sistema informatizado vinculado diretamente à folha de
pagamento, agilizando o acesso às informações. Este novo módulo permite que
diversos usuários estejam conectados simultaneamente, obtendo as informações em
tempo real.
Para prover e manter a Instituição com um quadro de pessoal adequado às
suas atividades, são realizados processos seletivos públicos e realocações internas.
6.9.1 PROCESSO SELETIVO PÚBLICO
O ingresso de novos funcionários, atendendo à legislação, ocorre através da
aprovação em processo seletivo público e visa suprir o quadro de pessoal com os
mais capacitados profissionais do mercado.
O processo envolve:
� Acompanhamento de cadastro e identificação da necessidade de
realização do processo seletivo.
� Orientação às áreas na definição de bancas examinadoras e na
construção dos perfis e do processo de seleção, com a definição dos
tipos de provas, seus conteúdos e as etapas de seleção dos candidatos.
� Análise dos processos e orientação às bancas examinadoras em relação
as suas responsabilidades, visando à ética e transparência.
� Contratação da Fundação de Apoio à Universidade Federal (FAURGS)
para execução dos processos seletivos.
Foram publicados 11 editais para a realização de 77 processos seletivos
públicos, nos quais se inscreveram 15.548 candidatos.
155
Relatório de Atividades
2006
Neste período, foram realizadas 428 admissões, conforme tabela a seguir.
TABELA - 62. ADMISSÕES
2004 2005 2006
Admissões 472 504 428 Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
Em comparação com o ano de 2005, houve redução no número de admissões,
tendo em vista um menor número de desligamentos e o aumento do número de
funcionários afastados no INSS que retornaram ao trabalho.
A eficiência no preenchimento das vagas é medida através do tempo médio
decorrido entre a convocação do candidato e sua admissão. A tabela a seguir mostra
que em 2006 houve uma diminuição no tempo médio de preenchimento das vagas.
Esta redução ocorreu por variáveis como a reestruturação da equipe responsável
pelo processo de preenchimento de vagas e a diminuição no número de admissões
por prazo determinado, tendo em vista a dificuldade dos candidatos aceitarem esta
forma de contratação.
TABELA - 63. TEMPO MÉDIO DE PREENCHIMENTO DE VAGAS
2005 2006
Processos de admissão 13,03 dias 11,26 dias Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
6.9.2 REALOCAÇÕES INTERNAS
O processo de realocação envolve a realização de seleção entre os funcionários
da Instituição, possibilitando melhor aproveitamento das competências internas e
agregando os conhecimentos já adquiridos no exercício profissional no Hospital às
necessidades das áreas, bem como mantendo um quadro funcional reconhecido e
motivado.
Desta forma, a realocação interna oportuniza aos funcionários:
� transferência de área, na mesma ocupação;
� transferência de turno;
156
Relatório de Atividades
2006
� troca de ocupação dentro da mesma classe salarial;
� ascensão dentro de uma mesma carreira;
� desenvolvimento de novas habilidades e competências.
No processo de seleção os critérios são, de modo geral, o histórico do
desempenho funcional, a participação em atividades de treinamento, as
competências requeridas no perfil do cargo e a motivação do funcionário para a nova
oportunidade.
Como etapas de seleção usualmente tem-se a revisão do perfil da vaga, a
divulgação do processo para inscrições, a realização de reuniões informativas,
dinâmicas de grupo e entrevistas individuais, com a participação da chefia da área
requisitante e da consultora da Coordenadoria de Gestão de Pessoas.
TABELA - 64. ACOMPANHAMENTO DO NÚMERO DE SELEÇÕES PARA REALOCAÇÃO
Períodos 2004 2005 2006
Número de processos 10 24 13
Áreas requisitantes 08 14 07 Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
A variação do número de realocações internas de 2004 a 2006 deve-se,
principalmente, ao fato de que nos anos eleitorais a rotatividade diminui em virtude
da impossibilidade de desligamentos por parte da Instituição.
Através deste processo, em 2006, foram realocados 39 funcionários
envolvendo os serviços de Patologia Clínica, Governança e Higienização,
Processamento de Roupa e Finanças; as unidades de Apoio ao Diagnóstico e
Tratamento e de Radiologia; e a Seção de Creche.
Em decorrência da aprovação dos ajustes do Plano de Cargos e Salários,
prevê-se para os próximos períodos um aumento no número de processos de seleção
para realocação.
157
Relatório de Atividades
2006
6.9.3 DESLIGAMENTO FUNCIONAL
Outro aspecto a ser analisado na movimentação do quadro de pessoal é o
número de desligamentos ocorridos no período. O ano de 2006, em comparação com
2005, apresentou diminuição no número de desligamentos sem justa causa tendo em
vista o período eleitoral, bem como a melhoria nos processos de gestão de pessoas.
TABELA - 65. NÚMERO DE DESLIGAMENTOS
Tipos de desligamento 2004 2005 2006
Sem justa causa – DSJC 40 60 47
Sem justa causa – aposentados 11 19 13
Término de contrato - substituição licença 98 139 145
Com justa causa 02 01 01
Contratos de experiência 37 14 17
Pedidos de demissão 115 92 94
Morte 09 06 04
Total 312 331 321 Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
Quando a iniciativa da solicitação de desligamento parte do funcionário
(pedido de demissão), é realizada uma entrevista na CGP, a fim de verificar os
motivos desta decisão e analisar em conjunto suas implicações.
Entre os motivos para esses desligamentos, destacam-se:
� 28,7% por incompatibilidade de horário com outra atividade
profissional, estudos ou outro compromisso.
� 23,4% para assumir outra atividade empregatícia.
� 22,3% para assumir outras atividades de trabalho, através de aprovação
em concurso público.
� 11,7% por motivos pessoais.
� 8,5% para assumir atividade empregatícia com contrato indeterminado,
pois no Clínicas o trabalho era temporário.
� 6,3% para assumir cargo de professor na UFRGS.
158
Relatório de Atividades
2006
6.9.4 INDICADORES
Para gerenciar os processos relativos à administração de pessoas, em 2006
consolidou-se a utilização do sistema Informações Gerenciais (IG) na divulgação de
dados referentes às horas extras, turnover e absenteísmo, propiciando maior
segurança na apuração das informações e facilidade de acesso aos gestores.
6.9.4.1 Horas extras
O compromisso institucional de redução do quantitativo mensal de
pagamento de horas extras, estabelecido a partir de outubro de 2005, foi atingido.
Traçando um comparativo com o ano de 2005, houve uma redução de 128.147 horas
extras, equivalente a 40,22% do número de horas pagas, resultado obtido através de
estabelecimento de:
� Meta institucional (no máximo 15 mil horas extras mensais).
� Mudança da cultura organizacional.
� Cotas de horas extras por grupos.
� Gerenciamento da força de trabalho realizado em conjunto com as
lideranças de cada área.
� Investimento em tecnologia através de software de freqüência (sistema
de freqüência Ronda) onde a descentralização e a transparência
possibilitam o monitoramento e o controle da realização de horas para
cumprimento de cotas, assim como a redução do passivo trabalhista.
GRÁFICO – 9. HORAS EXTRAS
327.686 318.566
190.419
050.000
100.000150.000200.000250.000300.000350.000400.000
2004 2005 2006
Horas Extras
Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
159
Relatório de Atividades
2006
O gerenciamento das horas extras e a adoção de políticas institucionais
resultaram em uma economia orçamentária no valor total de R$ 1.989.785,00,
comparando com o valor gasto com esta rubrica em 2005, conforme gráfico 10.
O resultado deste ano permitirá o estabelecimento de novos desafios para
2007.
GRÁFICO – 10. EVOLUÇÃO DOS VALORES PAGOS EM HORAS EXTRAS
8.487.2558.858.342
6.868.558
4.000.000
5.000.0006.000.0007.000.0008.000.0009.000.000
2004 2005 2006
Evolução dos Valores Pagos à Título deHoras Extras
Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
6.9.4.2 Rotatividade de pessoal e tempo de permanência
TABELA - 66. ANÁLISE COMPARATIVA – ROTATIVIDADE DE PESSOAL
HOSPITAIS
2006 HCPA A B C D E MÉDIA
Jan. 1,39 1,61 1,36 1,34 2,40 1,47 1,60
Fev. 0,71 0,93 1,19 0,51 1,24 1,04 0,94
Mar. 0,78 2,14 2,17 0,44 1,51 1,67 1,45
Abr. 0,90 1,71 1,44 1,03 2,35 2,14 1,60
Maio 1,04 2,02 1,66 0,87 1,91 2,07 1,59
Jun. 1,19 2,35 0,99 0,61 1,31 1,36 1,30
Jul. 0,75 1,06 1,22 0,51 1,39 1,73 1,11
Ago. 0,68 2,41 1,08 0,73 1,30 NI 1,24
Set. 0,43 1,83 0,76 0,99 1,40 NI 1,08
Out. 0,52 1,46 1,02 0,57 1,13 NI 0,94
Nov. 0,51 * * * * * 0,51
Dez. 0,40 * * * * * 0,40
Média 0,78 1,75 1,29 0,76 1,59 1,64 1,30 Fonte: Grupo de Gestão de Informações de Recursos Humanos (GGIRH). *Os dados referentes aos demais hospitais foram disponibilizados até outubro de 2006.
160
Relatório de Atividades
2006
GRÁFICO – 11. ROTATIVIDADE DE PESSOAL
0,78
1,75
1,29
0,76
1,591,64
-
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80
Média
2006
HCPA A B C D E
Rotatividade de Pessoal
Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
GRÁFICO – 12. TEMPO DE PERMANÊNCIA
Tempo de Permanência
11 a 15 anos17,97%
16 a 20 anos14,30%
acima de 25 anos6,40%
21 a 25 anos6,25% Até 5 anos
32,07%
6 a 10 anos23,00%
Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
O Hospital de Clínicas mantém-se com um dos menores índices de
rotatividade de pessoal entre os hospitais, estando 0,52 pontos percentuais abaixo da
média dos componentes do GGIRH. Do quadro de pessoal do Hospital, 44,92%
possuem mais de dez anos de tempo de serviço, demonstrando, com isto, uma
política eficiente de manutenção dos recursos humanos na Instituição.
Em 2006, foi instituída a Distinção Por Tempo de Serviço no Hospital de
Clínicas, que homenageará, anualmente, os funcionários que completam 25, 30 e 35
anos de trabalho ininterrupto. Nessa primeira edição do evento, foram
homenageados 56 funcionários na primeira categoria, 27 na segunda categoria e
quatro na terceira categoria.
161
Relatório de Atividades
2006
O HCPA é considerado um hospital de excelência e referência no sul do país.
Integrante do SUS - Sistema Único de Saúde, presta assistência de forma
universalizada e gratuita nas seguintes grandes áreas
6.9.4.3 ABSENTEÍSMO
GRÁFICO – 12. ABSENTEÍSMO
2,19
2,67
3,07
0,00
1,00
2,00
3,00
2004 2005 2006
ABSENTEÍSMO
Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas do Hospital de Clínicas.
Verifica-se que o Hospital de Clínicas apresentou crescimento significativo no
absenteísmo em 2005 e 2006, que se deve, na maior parte, a um aumento nos casos de
doenças e acidentes de trabalho, cujos índices passaram de 1,74%, em média, no ano
de 2004, para 2,20% em 2005 e 2,57% em 2006, representando um aumento de 0,83
pontos percentuais. O plano de saúde oferecido aos funcionários possibilitou que
muitas pessoas que necessitavam de tratamento (por exemplo, consultas médicas e
exames preventivos) e vinham postergando pudessem realizá-lo. Entende-se que,
passada esta fase inicial, a demanda deva ser regularizada.
A promoção da Campanha de Acidente Zero (parceria entre SMO e CIPA),
desenvolvendo atividades de prevenção, e o Programa de Desenvolvimento
Gerencial, estimulando ações mais efetivas do corpo gerencial no acompanhamento
de suas equipes de trabalho, são estratégias para diminuir o absenteísmo e trazê-lo
mais próximo à meta institucional de 2%.
162
Relatório de Atividades
2006
6.9.4.4 Reclamatórias trabalhistas
No ano de 2006 houve a continuidade da revisão permanente das práticas de
administração de pessoal, o cumprimento integral da legislação trabalhista e das
convenções coletivas de trabalho. A elevação do quantitativo das reclamatórias
trabalhistas deveu-se ao ingresso de 15 ações que versam sobre dois temas, ainda
controversos nos tribunais trabalhistas:
� Nove ações questionando a multa de 40% sobre o Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS), nos casos de demissões de aposentados.
� Seis ações solicitando reintegração ao emprego, alegando amparo da
Lei 8.112, que trata do Regime Jurídico dos Servidores Públicos, visto
que o ingresso ocorreu por concurso público.
Excluindo-se estas 15 ações, das 42 ajuizadas, fica demonstrado que o
quantitativo anual permaneceu nos mesmos patamares dos anos anteriores.
GRÁFICO – 14. EVOLUÇÃO DAS RECLAMATÓRIAS
89
59
45 39
21 13 23
42
0
20
40
60
80
100
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Evolução
Fonte: Consultoria Jurídica Hospital de Clínicas.
6.10 MEDICINA OCUPACIONAL
O Serviço de Medicina Ocupacional (SMO) desenvolve ações em saúde com
ênfase na prevenção e proteção, com atendimento qualificado e integral através da
Unidade SESMT (Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho),
Unidade de Saúde dos Funcionários e Ambulatório de Doenças Ocupacionais.
163
Relatório de Atividades
2006
Os atendimentos realizados pelo SMO são consultas ocupacionais,
assistenciais e de Enfermagem.
TABELA - 67. ATENDIMENTOS REALIZADOS
Atendimentos 2004 2005 2006
Total 35.540 38.360 38.706
Média/mês 2.962 3.197 3.226
Média/dia 142 153 155 Fonte: Unidade de Segurança e Medicina do Trabalho/Hospital de Clínicas.
6.10.1 UNIDADE DE SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E
MEDICINA DO TRABALHO (SESMT)
Através desta Unidade são realizados os seguintes programas:
- Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
- Programas especiais de controle médico.
- Programa de reabilitação profissional e para pessoas portadoras de
deficiência.
- Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
- Elaboração de laudos técnicos (insalubridade, periculosidade,
aposentadoria especial e ergonômicos).
- Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP).
- Análise e registro de acidentes de trabalho e doença ocupacional.
São descritos a seguir alguns desses programas.
� Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional: tem caráter de
prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde
relacionados ao trabalho, além da constatação da existência de casos de
doenças profissionais ou danos à saúde dos trabalhadores. Inclui, entre
outros, a realização obrigatória dos exames médicos descritos nas
tabelas abaixo, que abrange a anamnese ocupacional e o exame físico.
Os exames complementares específicos foram realizados conforme a
exposição ocupacional existente.
164
Relatório de Atividades
2006
TABELA - 68. EXAMES MÉDICOS OBRIGATÓRIOS
Tipo de exame 2004 2005 2006
Admissional 616 756 700
Periódico 3.667 3.567 3.608
Troca de função 72 25 41
Retorno ao trabalho 276 264 463
Demissional 256 239 239
Total 4.999 4.851 5.051 Fonte: Unidade de Segurança e Medicina do Trabalho/Hospital de Clínicas.
TABELA - 69. CONSULTAS
Tipo de consulta 2004 2005 2006
Exames médicos obrigatórios 4.999 4.851 5.351
Consultas ocupacionais 6.277 7.569 8.896
Consultas de Enfermagem 6.384 7.255 7.577
Total 17.660 19.675 21.824 Fonte: Unidade de Segurança e Medicina do Trabalho/Hospital de Clínicas.
TABELA - 70. PRODUTIVIDADE DOS EXAMES MÉDICOS PERIÓDICOS
Exame médico periódico 2004 2005 2006
Total 3.667 3.450 3.608
Nº de funcionários admitidos no ano 376 292
Número médio de funcionários 3.852 3.893 4.041
Percentual de funcionários com EMP atualizado
95,20% 98,28% 96,51%
Fonte: Unidade de Segurança e Medicina do Trabalho/Hospital de Clínicas.
� Programas especiais de controle médico realizados durante o ano:
- Programa de prevenção de perda auditiva.
- Programa de prevenção de risco biológico.
- Programa de prevenção e controle de distúrbios músculo-esqueléticos
relacionados com o trabalho.
- Programa de melhorias ergonômicas nos ambientes de trabalho.
- Programa de prevenção de tuberculose.
165
Relatório de Atividades
2006
- Programa de reabilitação profissional e para pessoas portadoras de
deficiência.
� Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): visa à
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores através da
antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do controle da
ocorrência de riscos ambientais que existam ou venham a existir no
ambiente de trabalho. Os riscos ambientais físicos, químicos,
biológicos, ergonômicos e de acidentes foram identificados e
relacionados com as fontes geradoras, as funções e as atividades.
Avaliações quantitativas, conforme tabela a seguir, foram realizadas
sempre que necessário, comprovando o controle de exposição ou a
inexistência de riscos, dimensionando a exposição dos profissionais e
subsidiando o equacionamento das medidas de controle.
TABELA - 71. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA UNIDADE SESMT
Tipo de laudo técnico 2005 2006
Ambiental 94 30
PPRAs 76 11
Ergonômico/Insalubridade/ Periculosidade
155 111
Perfil profissiográfico previdenciário* 213 278
Aposentadoria especial (DSS- 8030 + laudo técnico)
350 148
Total 888 578 Fonte: Unidade de Segurança e Medicina do Trabalho/Hospital de Clínicas. *Perfil profissiográfico previdenciário (PPP) é o documento histórico-laboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo INSS, que, entre outras informações, deve conter registros ambientais, resultado de monitoração biológica e dados administrativos.
� Análise de acidentes do trabalho: a análise e o registro de acidentes do
trabalho e de doença profissional são atividades desenvolvidas pelo
SESMT, descrevendo a história e as características dos acidentes e/ou
doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente
e as condições do indivíduo portador de doença ocupacional ou
acidentado.
166
Relatório de Atividades
2006
TABELA - 72. ACIDENTES DO TRABALHO/DOENÇAS OCUPACIONAIS
Modalidade 2004 2005 2006
Acidente do trabalho com afastamento 126 141 213
Doença ocupacional com afastamento 20 34 16
Acidente com material biológico
(sem afastamento) 170 203 183
Fonte: Unidade de Segurança e Medicina do Trabalho/Hospital de Clínicas.
TABELA - 73. COEFICIENTE DE GRAVIDADE DE ACIDENTES DE TRABALHO
Modalidade 2005 2006 %
Coeficiente de gravidade (média) 3.515,54 2.766,02 ↓ 21,32%
Dias perdidos (total) 28.488 21.578 ↓ 24,26%
HHT (total) 8.103.423 7.801.075
Nº de acidentes (AT + DO) 175 229 ↑ 30,00% Fonte: Unidade de Segurança e Medicina do Trabalho/Hospital de Clínicas.
Os registros de acidentes de trabalho aumentaram em 30% no ano de 2006, em
comparação ao ano de 2005. Entretanto, no último ano ocorreu uma diminuição de
mais de 50% de registro de doença ocupacional e 9,85% de redução dos acidentes de
trabalho com exposição a material biológico. Embora tenha aumentado a freqüência
dos acidentes de trabalho, diminui o coeficiente de gravidade em 21,32%, e de 24,26%
do total de dias de trabalho perdidos.
6.10.2 UNIDADE DE SAÚDE DOS FUNCIONÁRIOS
Tem como objetivo prestar um atendimento de saúde para os trabalhadores do
Hospital de Clínicas, buscando desenvolver ações de atendimento integral em saúde,
priorizando o pronto atendimento. É constituída pelas especialidades de clínica
médica, ginecologia e ortopedia, que fazem o atendimento somente de funcionários
nas dependências do SMO. Em dezembro de 2005, foram incorporados ao grupo dois
médicos clínicos, um pediatra e um otorrinolaringologista, que atendem dependentes
e funcionários do hospital e da UFRGS junto aos ambulatórios. A tabela a seguir
mostra a distribuição dos atendimentos realizados pela Unidade.
167
Relatório de Atividades
2006
TABELA - 74. ATENDIMENTOS REALIZADOS NO SMO
Tipo de atendimento Consultas
atendidas/ 2005 Média/2005
Consultas atendidas/2006
Média/2006
Clínica 13.576 1.131 12.246 1.021
Ortopedia 3.348 279 3.025 252
Ginecologia 2.482 207 2.063 172
Total 19.406 1.617 17.334 1.445 Fonte: Unidade de Saúde dos Funcionários/Hospital de Clínicas.
Durante o ano, foram realizadas as seguintes atividades:
� Programa de Prevenção de HIV/AIDS.
- Realização de diversas atividades com distribuição de folders e
material informativo, palestras, grupos de teatro e caminhada de
conscientização.
- Realização do I Curso de Atualização em HIV/AIDS, com
participação de 500 pessoas.
- Participação no Prêmio Bristol, categoria de educação continuada –
Programa de Prevenção do HIV/AIDS .
- Participação do concurso do CEN-AIDS – Conselho Empresarial
Nacional para Prevenção do HIV no Trabalho, tendo conquistado o 1º
lugar na categoria de empresa de grande porte.
� Programas de Educação em Saúde.
- Realização de palestras mensais para funcionários sobre asma,
diabetes, hipertensão, dislipidemia, pré-natal e obesidade.
� Programa de Atenção à Saúde do Trabalhador.
- Realização de palestras de sensibilização e reflexão, tendo como
objetivo oferecer um espaço de discussão e acolhimento aos
funcionários em situação de vulnerabilidade e adoecimento.
� Programas de vacinação.
- Gripe: 1.669 doses.
168
Relatório de Atividades
2006
- Hepatite B: 373 doses.
- Tétano: 329 doses.
� Academia do Hospital de Clínicas.
- Atendeu 392 funcionários, oferecendo atividade física orientada.
6.10.3 AMBULATÓRIO DE DOENÇAS DO TRABALHO
Desenvolve atividades voltadas para o atendimento de pacientes
potencialmente portadores de patologias ocupacionais. Em 2006, foram realizadas
2.195 consultas. Nos atendimentos em grupo, houve 61 pacientes com doenças
crônicas, 38 com pneumopatias ocupacionais e 67 com hepatopatias tóxicas virais.
Também é área de formação e capacitação de recursos humanos, com a
Residência em Medicina do Trabalho formando e desenvolvendo habilidades no
diagnóstico diferencial das doenças relacionadas ao trabalho.
Esta área sedia, ainda, atividades de pesquisa e de capacitação de alunos da
Especialização em Medicina do Trabalho da UFRGS.
6.10.4 ACADEMIA DE GINÁSTICA
A Academia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, localizada no Parque
Social, foi inaugurada em março de 2006, para atender funcionários, professores e
médicos residentes da Instituição. Oferecendo diferentes modalidades, que
abrangem exercícios resistidos (musculação) e aeróbios (esteira, bicicleta e transport),
com uma avançada linha de equipamentos, beneficia todos os que desejam
desenvolver um programa orientado de atividades físicas – seja para recuperação da
saúde ou na busca de condicionamento físico –, com reflexos no incremento da
qualidade de vida e do bem-estar no trabalho.
Durante os primeiros dez meses de funcionamento, todos os usuários da
Academia foram submetidos a uma avaliação médica e, em alguns casos, também a
avaliação ortopédica e cardiovascular. Além disso, foram oferecidas avaliações físicas
periódicas diferenciadas, realizadas a cada 20 sessões de exercício, que envolveram
análises antropométrica (baseada em perímetros corporais, diâmetros ósseos e
169
Relatório de Atividades
2006
dobras cutâneas), postural, cardiovascular submáxima e de força muscular, visando
otimizar a prescrição de exercícios físicos individualizada.
Até dezembro de 2006, a Academia já contava com a participação de 302
usuários, o que representa aproximadamente 8% dos funcionários do Hospital de
Clínicas das mais diversas áreas (tabela 75), com destaque para o número de usuários
ligados à área da enfermagem, os atendentes de alimentação, os auxiliares de
higienização e os auxiliares administrativos que, somados, representam cerca de 50%
do total.
Esses funcionários são distribuídos em 16 grupos de exercício, cada um
contendo até 20 participantes. Os grupos são distribuídos em horários que variam
das 8 da manhã às 9 da noite, com freqüência semanal de duas ou três sessões de
exercício (tabela 76), freqüência semanal considerada adequada por diversos órgãos
de saúde internacionais.
TABELA - 75. USUÁRIOS DA ACADEMIA DISTRIBUÍDOS POR FUNÇÕES
Profissão Quantidade
Enfermagem (técnico/auxiliar) 52
Auxiliar administrativo II 30
Atendente de alimentação 29
Auxiliar de higienização 19
Auxiliar administrativo III 12
Auxiliar administrativo I 07
Auxiliar administrativo IV 02
Outros 151
Total 302 Fonte: Unidade de Segurança e Medicina do Trabalho/Hospital de Clínicas.
170
Relatório de Atividades
2006
TABELA - 76. HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO DA ACADEMIA
Horário segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira
08:00-09:00
09:00-10:00
10:00-11:00
Academia
11:00-12:00
Academia
Academia
12:00-13:00
13:00-14:00
14:00-15:00
15:00-16:00
Academia
Academia
16:00-17:00
Academia
Academia
17:00-18:00
18:00-19:00
19:00-20:00
20:00-21:00
Academia
Academia
Academia
Fonte: Unidade de Segurança e Medicina do Trabalho/Hospital de Clínicas.
Até o final de 2006, a Academia teve aproximadamente 1.200 pessoas inscritas,
número ainda superior às vagas disponíveis, o que representa um percentual
significativo de indivíduos interessados em praticar exercícios físicos.
Paralelamente às atividades rotineiras, foram ministradas algumas palestras
sobre os benefícios dos diferentes tipos de exercício físico, a fim de salientar sua
importância na rotina social e profissional. Esta iniciativa envolveu tanto os usuários
da Academia como profissionais que não a freqüentam.
6.10.5 PSICOLOGIA E SAÚDE DO TRABALHADOR
O Serviço de Psicologia desenvolve suas atividades integrado ao Serviço de
Medicina Ocupacional, com projetos e ações direcionadas às expectativas dos
usuários e dos projetos que atendem as demandas das ações estratégicas e políticas
de nossa instituição.
171
Relatório de Atividades
2006
� Intervenções individuais
- Atendimentos individuais no Ambulatório de Saúde Mental do
Trabalhador (inclui o acompanhamento individual dos funcionários
em período probatório, além dos demais atendimentos psicológicos
para outras situações relacionadas ao trabalho), totalizando 1.222
atendimentos.
� Intervenções coletivas
- Intervenção institucional a equipes de trabalho (inclui diagnósticos
institucionais, atendimentos psicológicos a chefias e a grupos),
totalizando 151 atendimentos.
- Grupos de reflexão (focados na discussão sobre o impacto psíquico do
trabalho hospitalar), totalizando 135 atendimentos.
- Participação no Programa de Reabilitação Profissional.
- Participação em programas de prevenção da saúde do trabalhador
(Prevenção de HIV/AIDS, Prevenção de Doenças Ocupacionais,
Programa de Atenção a Saúde dos Trabalhadores – Trabalhadores em
situação de vulnerabilidade e Programa de Prevenção de Acidentes
de Trabalho).
- Participação em programas de treinamento e capacitação,
desenvolvendo temas específicos em saúde mental do trabalhador
(participação no Programa de Integração para Novos Colaboradores,
Introdutórios da Enfermagem, Implantação do Protocolo de
Prevenção e Tratamento da Úlcera de Pressão).
- Oficinas com equipes de trabalho sobre os impactos psíquicos do
trabalho hospitalar.
- Participação no Grupo de Trabalho de Humanização.
- Participação no Programa de Qualidade de Vida.
172
Relatório de Atividades
2006
� Pesquisas
- A convivência com o sofrimento e a morte e seus reflexos sobre a
saúde dos trabalhadores de Enfermagem.
- A representação social de um hospital escola sob a visão do novo
funcionário.
- Saúde, subjetividade e trabalho na diversidade de um hospital
público e universitário.
173
Relatório de Atividades
2006
7 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Em 2006, o Grupo de Sistemas (GSIS) focou seu direcionamento na absorção
de novas tecnologias e qualificação de seu corpo técnico, visando dar continuidade à
qualidade dos serviços oferecidos. Como resultado deste esforço, a equipe do GSIS
detém, hoje, tecnologia para desenvolvimento de sistemas em dispositivos móveis,
certificação digital e telemedicina. Para permitir a utilização destas novas
tecnologias, foi realizada, em paralelo, a contratação da nova rede de informática,
que terá sua instalação concluída no ano de 2007, agregando funcionalidades
avançadas de gerenciamento e segurança, além de cobertura wireless (sem fio).
A política de governança de Tecnologia da Informação (TI) levou o Clínicas a
decidir pela utilização dos serviços de Outsourcing de Impressão, cujo edital
licitatório já foi realizado. Sua implementação, em breve, permitirá obter maior
qualidade em serviços e equipamentos, além de redução significativa no custo de
impressão. Por outro lado, a preocupação constante quanto à política de atualização
do parque computacional permitiu à Instituição chegar ao final do ano com cerca de
80% das 1.500 estações de trabalho atualizadas. Os 40 servidores que hoje suportam
as diversas aplicações no Clínicas estão em pleno processo de atualização.
Grande parte dos projetos de TI implementados teve foco no prontuário
eletrônico, permitindo que novos documentos fossem informatizados. O processo de
desenvolvimento participativo, conduzido por grupos de trabalho
multiprofissionais, constituídos por membros de comissões, professores de diferentes
áreas assistenciais, técnicos do Grupo de Sistemas e outros profissionais da área da
saúde, tem apresentado excelentes resultados. Já nos sistemas administrativos, o foco
principal baseou-se na melhoria dos processos de controle e segurança, destacando-
se o esforço para a definição dos requisitos para contratação de um Sistema
Integrado Financeiro.
174
Relatório de Atividades
2006
Em sintonia com os objetivos estratégicos institucionais, o GSIS apoiou a
implantação do Planejamento Estratégico através da metodologia Balanced Scorecard
(BSC), viabilizando sua informatização de forma integrada ao ambiente de
Informações Gerenciais (IG).
7.1 NOVAS FUNCIONALIDADES NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
7.1.1 APLICATIVOS PARA GESTÃO HOSPITALAR (AGH)
� AGH Mobile: foi implementada a primeira fase da informatização do
atendimento à beira do leito, contemplando a possibilidade de acesso
às principais informações do prontuário eletrônico do paciente em
dispositivos móveis como Palms e Pocket PCs, e concluída a
especificação da segunda fase do projeto, que permitirá o registro dos
medicamentos e demais itens prescritos à beira do leito, combinando a
tecnologia móvel com a de código de barras.
� Enfermagem: novas facilidades foram implementadas, tais como
solicitação e retorno de consultorias e implantação dos protocolos de
solicitação de exames nos atendimentos ambulatoriais. Recentemente,
foi implementada a notificação de quedas do leito e úlcera de pressão,
cujos dados permitirão a obtenção dos indicadores institucionais
“Incidência de Úlcera de Pressão” e “Incidência de Quedas do Leito”.
� Controle de Infecção: novo portal de Controle de Infecção,
contemplando lista de casos de pacientes internados com pistas e
notificações de infecção, além do gerenciamento de leitos de
isolamento.
� Checagem eletrônica da prescrição: registros do aprazamento e
checagem eletrônica dos itens da prescrição pela equipe de
enfermagem, tais como medicamentos, cuidados e procedimentos.
� Integração com a pesquisa: fase 3 da integração do sistema de pesquisa
com o AGH, permitindo o controle de voucher de consulta, exames e
internação.
175
Relatório de Atividades
2006
� Centro Obstétrico: descrição cirúrgica das cesarianas, disponibilizado o
documento no prontuário eletrônico do paciente.
� Anestesia: protocolo de avaliação pré-anestésica para pacientes de alto
risco e que devem ser submetidos a procedimentos cirúrgicos.
� Unidade Básica de Saúde: implantação do sistema AGH adaptado para
atender as principais necessidades da UBS, tais como o agendamento
de consultas e a solicitação de exames.
� Prescrição de diálise: módulo específico de prescrição para pacientes
internados, através do uso de protocolos de diálise, completamente
integrado às demais áreas, como Farmácia e COMEDI.
� Laudo único da Patologia: módulo específico, integrado ao atual
sistema de exames, para possibilitar o laudo de biópsias e demais
exames realizados na Patologia, considerando os processos internos da
unidade, como microscopia e macroscopia.
� Emergência: finalização do processo de desenvolvimento e início de
homologação do novo sistema que tornará a emergência paperless,
contemplando o registro eletrônico (prescrição, exames, evoluções,
receitas e altas) desde o consultório, Sala de Procedimentos, Sala de
Observação e Unidade Vascular até o check-out do paciente.
� Recursos Humanos: primeira fase do Sistema de Gestão de
Desempenho, que permite o registro eletrônico do processo de
avaliação funcional realizado conjuntamente entre chefia e funcionário.
� Financeiro: geração automática dos empenhos, baseada na
movimentação das autorizações de fornecimento, para integração com
o Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI); especificação
dos requisitos necessários para abertura do processo licitatório do novo
sistema financeiro integrado; desenvolvimento e homologação da
primeira fase do Sistema de Custos, que permitirá obter
eletronicamente o custo por absorção.
176
Relatório de Atividades
2006
7.1.2 INFORMAÇÕES GERENCIAIS (IG)
� Novas implementações: no ambiente de Informações Gerenciais, novos
cubos setoriais foram implementados, tais como Pessoas, Unidade
Básica de Saúde, CTI–UTIP e Quimioterapia. Uma nova versão da
interface foi implantada, que contempla a informatização do
planejamento estratégico utilizando o modelo BSC.
7.1.3 PORTAIS INSTITUCIONAIS
� Os portais institucionais (intranet e internet) foram completamente
reformulados, tanto por seu conteúdo, como pela tecnologia adotada,
baseada em software livre e totalmente implementada pelo Grupo de
Sistemas. O processo de redefinição do conteúdo e reformulação visual
foi realizado através de um grupo de trabalho multidisciplinar.
7.2 NOVAS TECNOLOGIAS
7.2.1 CERTIFICAÇÃO DIGITAL
A partir da validade legal de documentos assinados utilizando o processo de
certificação digital, o Clínicas avaliou o potencial uso dessa tecnologia nos
documentos do prontuário eletrônico. A partir do estudo de viabilidade, onde
chegou-se à conclusão de que os benefícios seriam significativos para a instituição, o
Clínicas participou ativamente no processo de criação da Autoridade Certificadora
do Estado do Rio Grande do Sul (AC-RS), concretizado pelo Projeto de Lei 12.469, de
3 de maio de 2006. A participação foi além dos comitês estratégico e técnico, onde o
Clínicas e a Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul
(PROCERGS) desenvolveram os primeiros componentes de certificação digital. Este
conhecimento adquirido foi fundamental para implementação dessa tecnologia no
Sistema AGH, que atualmente está sendo homologada em dois documentos do
prontuário eletrônico.
177
Relatório de Atividades
2006
7.2.2 TELEMEDICINA
Em projeto inovador, o Clínicas associou-se ao Programa Institutos do
Milênio, que objetiva difundir e consolidar o uso da telemedicina. Esta encontra-se
parcialmente implantada, com uma sala com equipamentos de última geração e
profissionais capacitados para seu uso. Realizaram-se, dentro do escopo deste
projeto, diversas videoconferências nacionais e internacionais, oportunizando a troca
de experiências em larga escala.
7.3 INFRA-ESTRUTURA
No que diz respeito à infra-estrutura, iniciativas foram realizadas objetivando
aumentar o grau de segurança, qualidade, disponibilidade e confiabilidade dos
sistemas implantados. Condições técnicas foram criadas para ampliar o acesso de
todo corpo funcional às facilidades da tecnologia da informação.
Destacam-se neste contexto:
� atualização do parque computacional e adoção de novo sistema
operacional nas estações de trabalho;
� terceirização (outsourcing) de serviços de impressão;
� início da atualização tecnológica da rede de informática;
� atualização e consolidação de servidores (IG, correio eletrônico, banco
de dados e gestão de acesso à internet);
� ampliação do sistema de backup corporativo;
� implantação de sistema de inventário do parque de equipamentos
baseado em software livre;
� integração da rede de informática da Fundação Médica à estrutura do
Clínicas;
� implantação do novo sistema de atendimento remoto em software livre.
178
Relatório de Atividades
2006
7.4 INDICADORES DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Os indicadores a seguir atestam o crescimento, em alguns casos muito
significativo, não apenas dos recursos inerentes à tecnologia da informação, mas
também dos esforços necessários à sua manutenção e utilização, de forma a integrar
as atividades de assistência, ensino e pesquisa.
TABELA - 77. INDICADORES DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Indicadores 2004 2005 2006 ∆
2005-2006
Banco de dados (tabelas) 2.120 2.274 2.569 13%
Sistemas implantados 7 10 18 80%
Manutenções em sistemas 166 239 280 17%
Relatórios ad hoc (queries) 550 690 634 -8%
Assuntos implantados no ambiente IG 4 5 4 -20%
Micros novos instalados 130 194 380 96%
Manutenções realizadas em micros 1.100 1.150 998 -13%
Pontos de rede instalados 110 169 181 7%
Novas impressoras instaladas 20 61 76 25%
Impressoras que sofreram manutenção 257 350 464 33%
Servidores instalados 4 5 13 160%
Número de chamados técnicos 11.500 15.000 16.200 8%
Micros com acesso à internet na atividade-fim 47% 51% 5%
Número de gestores que utilizam o IG 49% 44% -10%
Processos críticos informatizados 71% 83% 12%
Micros com capacidade na atividade-fim 53% 71% 18%
Sistemas com tecnologia atualizada 13% 24% 11%
Fonte: GSIS/Hospital de Clínicas.
179
Relatório de Atividades
2006
8 QUALIDADE RECONHECIDA
Diversos prêmios e destaques conquistados em 2006 mais uma vez atestaram a
qualidade do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e reafirmaram o reconhecimento
da sociedade:
8.1 PRÊMIOS
8.1.1 SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DO SUS
Pelo segundo ano consecutivo, o Clínicas foi considerado, na avaliação dos
usuários do Sistema Único de Saúde, um dos dez melhores hospitais gaúchos, a
partir de levantamento realizado pela Secretaria Estadual da Saúde junto a
instituições conveniadas ao SUS.
8.1.2 TOP SER HUMANO
O Hospital também repetiu a conquista deste prêmio conferido pela
Associação Brasileira de Recursos Humanos/Seção RS, desta vez com o projeto
Programa Integrar: ação de acolhimento e valorização do novo funcionário. Nele, é mostrado
que o Clínicas valoriza o acolhimento e a integração dos profissionais que ingressam
na Instituição desde o primeiro dia de trabalho, oportunizando a todos as melhores
condições de inserção no ambiente laboral, fazendo com que se sintam motivados e
possam crescer na empresa.
8.1.3 CONCURSO DE INOVAÇÃO NA GESTÃO PÚBLICA FEDERAL
Os relatos de experiências do Hospital de Clínicas têm recebido destaque nas
diversas edições do Concurso Inovação da Gestão Pública Federal, promovido pela
Escola Nacional de Administração Pública.
No início de 2006, a Instituição conquistou o terceiro lugar com o relato
Registro eletrônico do atendimento ambulatorial: mais um passo na consolidação do
180
Relatório de Atividades
2006
prontuário eletrônico do paciente e teve mais dois trabalhos premiados por estarem
entre os 20 melhores: Programa de Reabilitação Profissional: gestão de pessoas buscando
resultados e desenvolvimento da cidadania e Redução da taxa de cancelamento de cirurgias
através da otimização do processo assistencial.
No final do ano, quando divulgados os resultados preliminares das
premiações da nova edição do concurso (a ordem de classificação final e a entrega
dos prêmios ocorrem em princípios de 2007), novamente o Clínicas foi destacado,
tendo dois trabalhos selecionados entre os melhores: Reinserção do aluno ao seu
ambiente de convívio escolar e social após a alta hospitalar e Como um protocolo de
classificação de risco pode qualificar o encaminhamento dos pacientes na Emergência.
8.1.4 SELO IBASE
O Hospital de Clínicas conquistou o Selo Ibase 2005, certificação conferida
pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas às empresas que elaboram
e divulgam, de forma abrangente e transparente, seu Balanço Social. A Instituição já
havia recebido esta certificação em 2003.
8.1.5 PRÊMIO RESPONSABILIDADE SOCIAL
Devido à publicação e ampla divulgação de seu Balanço Social, a Instituição
recebeu, como tem sido tradição nos últimos anos, certificado no Prêmio
Responsabilidade Social, promovido pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio
Grande do Sul. No mesmo concurso, o Clínicas inscreveu-se, pela primeira vez, para
concorrer à distinção maior, o Troféu Responsabilidade Social, e o conquistou, sendo
classificado como a melhor empresa governamental.
8.1.6 ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Após passar, em 2006, por um novo ciclo de avaliação, o Hospital de Clínicas
de Porto Alegre voltou a receber, da Organização Nacional de Acreditação (ONA), a
Acreditação Plena. Em 2001, a Instituição havia conquistado a Acreditação no Nível 1
– de forma pioneira entre os hospitais gaúchos, os hospitais universitários brasileiros
e os hospitais de grande porte do país – e, em 2003, de modo também inédito, a
Acreditação Plena, agora reconfirmada.
181
Relatório de Atividades
2006
8.1.7 9º PRÊMIO EXCELÊNCIA EM INFORMÁTICA
O relato Qualidade assistencial: o uso da TI à beira do leito para aumentar a
segurança do paciente, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, foi o primeiro colocado
na modalidade Projeto do 9º Prêmio Excelência em Informática Aplicada aos Serviços
Públicos, entregue durante o 12º Congresso de Informática e Inovação na Gestão
Pública (CONIP), realizado em junho, em São Paulo. O trabalho mostra a experiência
da Instituição com o uso da tecnologia móvel e do código de barras para a verificação
de dados relativos aos pacientes internados – tais como prescrição, sinais vitais e
resultados de exames – no próprio leito, garantindo que os profissionais de saúde
tenham acesso, de forma ágil, às informações necessárias, ampliando a segurança e a
qualidade do atendimento.
8.1.8 PRÊMIO DE INOVAÇÃO DA GESTÃO EM SAÚDE
O trabalho Relato da prática de gestão do laboratório clínico do Hospital de Clínicas
de Porto Alegre foi o vencedor do Prêmio de Inovação da Gestão em Saúde Ciclo 2005-
2006, dentro do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde. Nele, é apresentada a
experiência de gestão do laboratório desenvolvida nos últimos cinco anos, gerando
inovações que se traduziram na melhoria da qualidade dos serviços prestados.
8.1.9 PRÊMIO CEN AIDS
O Programa de Prevenção do HIV/AIDS do Clínicas foi o vencedor, na
categoria Grande Empresa, do prêmio CEN AIDS, promovido pelo Conselho
Empresarial Nacional (CEN). Coordenado pelo Serviço de Medicina Ocupacional, o
programa consiste em uma série de ações voltadas à comunidade interna, desde
atividades educativas e informativas até medidas de prevenção primária e
secundária de acidentes com materiais biológicos e acolhimento a portadores de HIV
e AIDS.
182
Relatório de Atividades
2006
8.2 DESTAQUES
8.2.1 RANKING REGIONAL CAMPEÃS DA INOVAÇÃO – REVISTA
AMANHÃ
Em levantamento realizado pela revista Amanhã, o Hospital de Clínicas
aparece, na Região Sul, como a empresa mais inovadora na área da saúde,
destacando-se, principalmente, por suas atividades de pesquisa. Foi a segunda vez
que a Instituição constou neste ranking.
8.2.2 RANKING NACIONAL VALOR 1.000 – JORNAL VALOR ECONÔMICO
Neste ranking nacional que identifica as maiores empresas do país, públicas e
privadas, dos mais diversos segmentos de atuação, o Hospital de Clínicas classificou-
se como a 2ª empresa do país com menor nível de endividamento geral. Também
aparece como a 596ª maior empresa brasileira e a 9ª maior do setor de serviços
médicos. Já no ranking específico da área de serviços médicos da Região Sul, é o
primeiro colocado, mesma posição já conquistada no ano anterior e mantida neste
novo exercício.
8.2.3 RANKING REGIONAL MAIORES E MELHORES – REVISTA AMANHÃ
O Clínicas ocupou a 93ª posição entre as 500 maiores empresas e grupos da
Região Sul. Entre as empresas do setor Saúde da Região, classificou-se como a 4ª
maior em termos de receita bruta e a 5ª em rentabilidade. No Rio Grande do Sul, foi o
38º colocado no ranking das 100 maiores empresas, entre as públicas e privadas, dos
diferentes segmentos. Teve, ainda, no ranking estadual geral, o 27º maior patrimônio
líquido, a 10ª maior liquidez e o 3º menor endividamento.
8.2.4 RANKING REGIONAL 600 MAIORES EMPRESAS – REVISTA
EXPRESSÃO
O Hospital de Clínicas foi a maior empresa da Região Sul no segmento
serviços de saúde e a 100ª colocada no ranking das 600 maiores empresas da Região.
183
Relatório de Atividades
2006
9 PANORAMA ECONÔMICO FINANCEIRO
184
Relatório de Atividades
2006
TODAS AS FONTES DE RECURSOS EM R$
CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTO REALIZADO EXECUÇÃO PARTICIPAÇÃOLEI 2006 Exercício 2006 (%) (%)
RECURSOS DO TESOURO - RECEITA 233.771.999,74 232.660.095,65 99,52 65,45%Pessoal e Encargos Sociais 232.503.506,00 232.025.600,11 99,79 65,27%Sentenças Judiciais Pessoal 710.074,00 549.800,80 77,43 0,15%Pessoal e Encargos Cedidos 82.655,62 82.655,62 100,00 0,02%Portaria MEC - Aux. Capacitação 2.039,12 2.039,12 100,00 0,00%Despesas de Capital 473.725,00 0,00 0,00 0,00%
RECURSOS DO TESOURO - DESPESA 233.771.999,74 232.601.197,16 99,50 65,44%Pessoal e Encargos Sociais 232.503.506,00 231.966.701,62 99,77 65,27%Sentenças Judiciais Pessoal 710.074,00 549.800,80 77,43 0,15%Pessoal e Encargos Cedidos 82.655,62 82.655,62 100,00 0,02%Portaria MEC - Aux. Capacitação 2.039,12 2.039,12 100,00 0,00%Despesas de Capital 473.725,00 0,00 0,00 0,00%
RESULTADO -x- 58.898,49 -x- 0,02%
RECURSOS PRÓPRIOS - RECEITA 111.546.384,00 108.688.932,72 97,44 30,57%Transferências do SUS 80.562.319,00 80.562.319,00 100,00 22,66%Convênios e Particulares 23.245.086,00 20.276.526,07 87,23 5,70%Receitas de Aluguéis 2.582.839,00 2.252.762,25 87,22 0,63%Aplicações Financeiras 1.059.537,00 850.944,14 80,31 0,24%Receitas Diversas 837.329,00 1.487.107,26 177,60 0,42%Saldo de Exercício Anterior 3.259.274,00 3.259.274,00 100,00 0,92%
RECURSOS PRÓPRIOS - DESPESA 111.546.384,00 108.666.671,51 97,42 30,57%Material de Consumo 65.207.722,85 64.263.657,39 98,55 18,08%Serviços de Terceiros e Acervo 32.758.164,15 32.748.589,62 99,97 9,21%Assistência aos Funcionários 4.642.149,00 3.936.516,25 84,80 1,11%Aquisição de Equipamentos 3.818.136,40 3.528.044,53 92,40 0,99%Obras e Instalações 2.181.863,60 1.908.479,02 87,47 0,54%Amortizações e Encargos 2.938.348,00 2.281.384,70 77,64 0,64%
RESULTADO -x- 22.261,21 -x- 0,01%
CONVÊNIOS EXTERNOS - RECEITA 14.163.906,45 14.152.306,45 99,92 3,98%MEC/SESu - Residência Médica 6.674.133,06 6.674.133,06 100,00 1,88%MEC/SESu - Apoio Hosp. Ensino 1.026.256,00 1.026.256,00 100,00 0,29%MS/FNS - Apoio Hosp. Ensino 1.249.800,00 1.249.800,00 100,00 0,35%Convênio MEC/SESu -Acelerador Linear4.000.000,00 4.000.000,00 100,00 1,13%Convênio FINEP 481.717,39 481.717,39 100,00 0,14%Convênio Óleo de Lorenzo 0,00 38.400,00 - x - 0,01%Convênio MS - Monitores CTI 682.000,00 682.000,00 100,00 0,19%Convênio SCT 50.000,00 0,00 0,00 0,00%
CONVÊNIOS EXTERNOS - DESPESA 14.163.906,45 14.152.306,45 99,92 3,98%Bolsas Residência Médica 6.674.133,06 6.674.133,06 100,00 1,88%Material de Consumo 1.286.895,68 1.275.295,68 99,10 0,36%Serviços de Terceiros e Acervo 833.544,34 833.544,34 100,00 0,23%Aquisição de Equipamentos 5.069.333,37 5.069.333,37 100,00 1,43%Obras e Instalações 300.000,00 300.000,00 100,00 0,08%
RESULTADO -x- (0,00) -x- 0,00%
OPERAÇÕES DE CRÉDITO - RECEITA 14.903.320,00 0,00 0,00 0,00%OPERAÇÕES DE CRÉDITO - DESPESA 14.903.320,00 0,00 0,00 0,00%
RESULTADO -x- - -x- 0,00%
RESULTADO ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE 2006 81.159,70 0,02%
RECEITA - TOTAL DE TODAS AS FONTES 374.385.610,19 355.501.334,82 94,96 100,00%DESPESA - TOTAL DE TODAS AS FONTES 374.385.610,19 355.420.175,12 94,93 99,98%
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DO EXERCÍCIO 2006HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE
185
Relatório de Atividades
2006
9.1 ANÁLISE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DO EXERCÍCIO
9.1.1 O RESULTADO ORÇAMENTÁRIO
O resultado orçamentário do exercício de 2006 apresentou um superávit geral
de R$ 81.159,70, considerando todas as fontes de recursos representando 0,02% da
receita total arrecadada, tendo a seguinte composição:
Os recursos do Tesouro Nacional tiveram um superávit de R$ 58.898,49, pela
diferença do total das remessas realizadas com o montante da despesa liquidada. O
financeiro do superávit verificado fica disponibilizado na conta de vinculação de
pagamento da instituição, para ajuste nas remessas do exercício de 2007.
Os Recursos Diretamente Arrecadados tiveram um superávit de R$ 22.261,21,
considerando-se a execução das fontes 0250, 0280, e o crédito do saldo financeiro do
exercício anterior no valor de R$ 3.259.274,00. O financeiro do superávit apurado no
exercício, será objeto de solicitação de suplementação orçamentária no exercício de
2007.
As descentralizações de convênios específicos tiveram resultado nulo, pois as
receitas que não tiveram as despesas liquidadas ou inscritas em restos a pagar em
2006, foram devolvidas no encerramento do exercício à concedente, conforme regras
de encerramento do SIAFI.
9.1.2 A ORIGEM DOS RECURSOS
A receita da instituição no exercício de 2006 totalizou o valor de R$
355.501.334,82, considerando todas as fontes de recursos, as inscrições de convênios e
portarias em recursos a receber e o saldo do exercício de 2005.
A maior receita arrecadada, refere-se às transferências do Tesouro Nacional
para o pagamento de pessoal, encargos sociais e sentenças de pessoal, no valor de R$
232.660.095,65 representando 65,45% da receita total.
As receitas próprias arrecadadas, provenientes basicamente de serviços
hospitalares, com ênfase no repasse do Fundo Nacional da Saúde – Sistema Único de
Saúde, totalizaram o valor de R$ 108.688.932,72, representando 30,57%, da receita
186
Relatório de Atividades
2006
total, considerando-se o crédito do saldo do exercício de 2005, no valor de R$
3.259.274,00.
Os recursos descentralizados para a execução de convênios firmados com
outros órgãos, ou recebidos por portarias interministeriais com finalidades e metas
específicas, somaram o valor de R$ 14.152.306,45, representando 3,98% da receita
total.
Os limites aprovados para contratação de operações de crédito externo, não
tiveram realização no exercício de 2006.
9.1.3 A APLICAÇÃO DOS RECURSOS
A despesa de todas as fontes de recursos totalizou o montante de R$
355.420.175,12, tendo a seguinte composição:
Despesas com pessoal, encargos sociais e sentenças de pessoal, incluindo os
auxílios para capacitação de servidores, 65,44%;
Despesas com a manutenção das atividades da instituição, compra de
materiais de consumo 18,44%; serviços de terceiros e contribuições com o PASEP,
9,44%, assistência médica aos funcionários 1,11%;
Despesas com a manutenção das bolsas para a residência médica 1,88%;
Despesas com investimentos de curto prazo 3,05%, e com amortizações e
encargos de financiamentos de investimentos em longo prazo 0,64%.
9.1.4 OS RECURSOS DE DESTAQUE
Neste exercício o HCPA executou integralmente os recursos de convênios e
portarias com finalidades e metas específicas, que foram repassados pelos seguintes
órgãos:
1. Portarias, firmada com o Ministério da Educação, através da Secretaria
de Educação Superior, no valor de R$ 6.674.133,06, para manutenção da Residência
Médica, Portarias nº 276/2006 e 463/2006, no valor de R$ 1.026.256,00, para reforço à
manutenção dos Hospitais Universitários Federais, Portaria nº 432/2006, no valor de
187
Relatório de Atividades
2006
R$ 4.000.000,00, para aquisição do Acelerador Linear, e Portaria nº 26/2006, no valor
de R$ 2.039,12 para capacitação de servidores do MEC.
2. Portaria nº 2456/2006, firmada com Ministério da Saúde, através do
Fundo Nacional da Saúde, no valor de R$ 1.249.800,00, para reforço à manutenção
dos Hospitais Universitários Federais, Portaria nº 336/2006, no valor de R$
682.000,00 para aquisição de Monitores para a CTI.
3. Convênios nº 633/2005, no valor de R$ 327.525,00, firmado com a
FINEP, para aquisição de equipamentos e materiais permanentes, para o Centro de
Pesquisas (primeira parcela em 2005 e segunda parcela em 2006) e Convênio nº
1113/2006 referente à primeira parcela, no valor de R$ 300.000,00 para construção do
Centro de Pesquisas do HCPA.
9.1.5 OS RECURSOS A RECEBER
Foram inscritos em recursos a receber do exercício de 2006, os totais de R$
4.485.431,19, sendo R$ 4.000.000,00, do MEC para aquisição do Acelerador Linear, R$
341.000,00 do MS, referente à segunda parcela dos Monitores da CTI, R$ 104.150,00
do MS, referente à última parcela do Programa Interministerial e R$ 40.281,19 do MS,
referentes à serviços hospitalares prestados ao SUS.
9.1.6 O DIFERIMENTO DE RECURSOS
No encerramento do exercício houve a inscrição automática pelo sistema
SIAFI, dos valores a débitos em fontes do Tesouro Nacional na conta de
disponibilidade por fontes, no valor de R$ 585.655,42, deste valor R$ 570.099,14,
refere-se a recursos destinados ao pagamento da folha de pessoal, e R$ 15.556,28,
refere-se a recursos próprios repassados pelo Fundo Nacional da Saúde.
9.2 INVESTIMENTOS REALIZADOS
Neste exercício, além dos recursos próprios investidos em obras e
equipamentos no valor de R$ 5.436.523,55, o hospital executou os recursos de
convênios firmados com a FINEP, no valor de R$ 477.893,37, com o Ministério da
Educação, através da Secretaria da Educação Superior, no valor de R$ 4.209.440,00 e
188
Relatório de Atividades
2006
com o Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional da Saúde, no valor de R$
682.000,00.
Considerando todas as fontes de recursos, a destinação orçamentária para
investimentos no exercício de 2006, foi de R$ 10.805.856,92, que representou 3,05% da
receita total apurada no exercício.
TABELA - 78. EQUIPAMENTOS EMPENHADOS NO EXERCÍCIO
Equipamentos Quant. Valor total Acessório para Holter 1 2.176,15 Agitador de plaquetas horizontal 14 92.050,00 Agitador mecânico 2 1.270,00 Antropômetro/estadiômetro 1 989,40 Aparelho com CD 1 472,00 Aparelho de fax 7 3.636,40 Aparelho DVD 1 541,00 Aparelho para academia 4 9.452,24 Ar-condicionado 3 51.800,01 Ar-condicionado janela capacidade 18.000 BTU 24 32.389,59 Armadilha luminosa para eliminação de insetos 7 2.660,00 Armário 32 47.645,52 Armário aéreo 4 3.835,10 Armário alto 2 portas 27 12.198,00 Armário para computador 1 651,00 Armário porta chaves 2 735,00 Armário vestiário metálico 10 3.953,00 Arquivo metálico 1 605,00 Balança com visor digital 2 2.153,51 Balança eletrônica 14 21.249,98 Balança pediátrica 1 639,80 Balcão 9 15.839,66 Bancada 5 5.328,99 Banho maria 1 1.783,00 Bebedouro 10 4.785,96 Berço simples em acrílico 40 25.500,00 Bicicleta ergométrica 4 6.400,00 Biombo leve com rodízios 4 1.571,00 Bomba de infusão 1 3.700,00 Bomba injetora de contraste 1 79.000,00 Cadeira de aproximação 2 1.370,00 Cadeira de rodas 40 39.472,00 Cadeira motorizada 2 9.600,00 Cadeira tipo trono 19 13.432,00 Caixa para gaiolas 50 6.554,00 Cama eletrônica CTI 10 242.440,00 Cama infantil tipo berço 4 8.000,00 Capela de fluxo laminar 1 12.120,00 Carro de supermercado 5 2.116,80
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Relatório de Atividades
2006
Equipamentos Quant. Valor total Carro funcional para limpeza 18 8.704,82 Carro maca adulto sem grades 2 2.400,00 Carro para PCR 3 8.505,00 Carro para transporte 11 16.359,00 Catraca 1 2.128,00 Centrífuga 1 728,00 Centrífuga digital de bancada 2 20.159,18 Centrífuga refrigerada com rotor 1 16.573,00 Cilindro pequeno 1 399,00 Colchão de ar circulante 18 10.435,32 CPU microcomputador 1 1.100,00 Detector de radiação gama de uso cirúrgico 1 56.047,03 Dinamômetro 1 1.001,00 Encefalógrafo 1 48.830,00 Enceradeira 6 6.765,36 Equipamento de ecocardiografia 1 116.859,92 Equipamento de ecografia 3 240.000,00 Equipamento de raio-X 1 13.200,00 Equipamento de ventilação não invasiva-BIPAP 1 55.000,00 Equipamento técnico engenharia - nível à laser 1 3.775,00 Equipamento técnico engenharia - trena à laser 1 2.590,00 Escaninho 1 966,00 Estabilizador eletrônico 1 58.000,00 Esterilizador de água 1 1.785,00 Etiquetadora de etiquetas auto-adesivas 1 3.100,00 Flexímetro 1 460,00 Foco cirúrgico de pedestal 1 10.870,00 Fone de cabeça com atendimento remoto 3 3.318,00 Forno combinado 3 96.450,00 Forno microondas 12 4.268,14 Freezer vertical - 80 graus 1 24.332,01 Freezer vertical para Banco de Sangue 2 33.700,00 Frigobar 120 litros 64 41.235,33 Fritadeira 7 22.902,84 Furadeira 29 14.125,00 Gabinete 6 29.299,98 Garrote pneumático 2 13.180,00 Grampeador eletrônico 1 2.100,00 Gravador de Holter 2 6.123,41 Gravador de mapa 2 14.400,00 Gravador portátil miniatura 18 13.605,00 Homogeneizador para bolsa de sangue 5 68.600,00 Impressora 33 87.628,30 Incubadora de CO2 1 20.000,00 Incubadora neonatal 6 117.112,31 Lavadora de alta pressão 1 2.659,99 Lavadora ultrasônica 1 1.916,09 Leitora de micro placas espectrofotométrica 1 51.000,00 Liquidificador industrial 2 1.378,00 Maca 29 51.390,20 Manovacuometro portátil digital 2 5.100,00
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Relatório de Atividades
2006
Equipamentos Quant. Valor total Máquina de costura 4 10.870,00 Maquina de lavar louça 1 17.000,00 Máquina fotográfica digital 3 1.988,00 Mesa 139 59.936,41 Microcomputador 176 205.549,50 Módulo para monitor multiparâmetro 2 12.266,00 Monitor cardíaco 10 160.067,89 Monitor de oxigênio de ambiente 4 10.000,00 Monitor de vídeo 85 44.636,32 Monitor fetal 1 14.680,00 Monitor multiparâmetro 11 682.000,00 Moto serra 1 1.680,00 Negatoscópio 1 1.378,30 Negatoscópio 3 ou mais corpos 1 398,00 Negatoscópio para mamografia 1 2.880,00 Nobreak 8 5.832,00 Notebook 2 9.596,10 Oftalmoscópio de bolso 6 2.580,00 Osmômetro criostático 1 23.738,18 Otoscópio completo com punho 1 1.875,00 Oxímetro de pulso 2 8.200,00 PDA'S com Wireless , Bluetooth e leitor de código de barra 2 6.364,00 PDA'S PALM com Wireless e Bluetooth 6 14.724,00 PDA'S PALM Pochket PC com Windows Mobile 2 6.000,00 Peças de reposição para ampliação central telefônica 1 87.308,00 Plaina elétrica industrial 8 3.630,00 Plicômetro científico 1 700,00 Poltrona 2 1.360,00 Poltrona para doação/coleta de sangue 9 15.804,99 Poltrona tipo papai 61 36.600,00 Posturógrafo 1 875,00 Precessador de alimentos 1 7.500,00 Projetor multimídia 6 21.483,73 Purificador de água 9 4.785,46 Rack para servidor de rede 1 8.000,00 Radiômetro 1 1.065,00 Refresqueira 1 1.574,99 Refrigerador 5 33.878,99 Refrigerador para Banco de Sangue 1 14.870,00 Respirador 2 111.536,35 Respirador – ventilador mecânico 9 269.770,50 Respirador – ventilador multimodal 1 29.974,50 Scanner para microcomputador 2 1.307,00 Secador de ar comprimido 1 6.477,00 Seladora para papel grau cirúrgico 2 1.200,00 Serra esquadria 2 3.200,00 Servidor de rede 3 94.980,00 Sistema de transcrição de laudos 4 5.482,28 Sistema modular de aquisição de dados 1 30.417,86 Sistema para radioterapia e dosimetria - acelerador linear 1 4.000.000,00 Split 30 63.027,20
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Relatório de Atividades
2006
Equipamentos Quant. Valor total Suporte para soro 14 5.249,99 Switches de apoio 5 6.738,70 Telefone com fone de cabeça 14 5.809,64 Telefone com secretária eletrônica 2 723,81 Telefone sem fio 9 3.600,00 Telefone sem fio com fone de cabeça 7 2.907,38 Televisor 104 41.132,50 Termociclador 4 67.557,60 Tonômetro de aplanação portátil 4 35.259,00 Topógrafo computadorizado 1 42.000,00 Transdutor para ecógrafo 1 10.200,00 Unidade automática de dosagem de cloro 1 7.950,00 Varredeira manual 2 4.120,00 Ventilador para animais - (seguro) - importação 1 69,39 Videocassete 1 330,00
Total geral 1.488 8.597.377,90 Fonte: Gerência Financeira do Hospital de Clínicas.
TABELA - 79. OBRAS EMPENHADAS NO EXERCÍCIO
Descrição m2 Valor Subestação entrada energia (reforma entrada de energia) 17.227,01 Laboratório (reforma Serviço Imunologia e Hematologia) 381,00 32.371,54 Acesso viário (adequações dos acessos/Hospital) 896,00 Sinalização gráfica (complementação da sinalização/Hospital) 37.800,00 Lavanderia (reforma da sala de costura) 97,86 9.487,28 Pesquisa clínica – 1º andar (reforma da antiga zona 11 para Laboratório de Pesquisa) 150,40 606,08 Vestiário de funcionários do subsolo (reforma dos vestiários masculino e feminino) 801,00 15.790,11 Apoio à pesquisa (reforma da antiga área da engenharia para pesquisa) 135,00 1.661,70 Assessoria e CCIH (mudança de área) 165,00 2.143,50 Emergência (reforma acolhimento, SP, UV) 274,00 39.927,78 Passagem de plantão (reforma das salas de passagem de plantão) 168,00 8.804,00 Ressonância magnética (sala para ressonância e recuperação) 98,96 39.509,53 5º Pavimento Sul – 1ª parte (reforma 5º Sul + ar-condicionado) 1239,00 577.486,84 Serviço de Gastroenterologia (reforma) 99,94 9.015,32 CNPQ (nova área) 157,70 78.904,91 Refeitório – 1ª etapa (ar-condicionado) 568,00 75.035,77 Iglú – garagem (mudança do almoxarifado p/ ed. garagem 451,00 11.809,20 GSIS (ar-condicionado/projeto) 530,00 4.500,00 Centro de Pesquisa Clínica (prédio novo) 3.081,98 300.000,00 Obra GPPG (reforma total da área) 245,20 82.171,84 Reformulação da Radiologia (recepção, preparo, tomógrafo) 330,00 17.181,61 Instalações gerais (obras gerais no prédio) 846.149,00
Total 2.208.479,02
192
Relatório de Atividades
2006
9.3 TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS (CONVÊNIOS TRANSFERIDOS)
193
Relatório de Atividades
2006
TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS (CONVÊNIOS RECEBIDOS) 2006
Identificação do Termo Valor Total Situação da Avença
Código Inicial ou Aditivos ( n° Objeto Data Valor Recebido/ (alcance de objetivos e
Tipo Siafi/Siasg do processo e do termo, da de
publicação Total Transferido Contrapartida Beneficiário
(Razão metas, prestação de
data assinatura, vigência Avença no DOU Pactuado no exercício Social e CNPJ) contas, sindicância,
etc...) TCE S/N?)
31/12/06
Portaria 450 06/07/2006 até 06/07/2007 Aquisição de Equipamento - 02/08/06 R$
4.000.000,00 R$
4.000.000,00 - HCPA Em Execução
Processo n° 23000.013885/2006-14 Acelerador Linear
87.020-517/0001-20
Inscrição em restos a Pagar
Convênio 505441 24/12/2003 até 24/02/2005 Estabelecimento de Ações Conjuntas 24/12/03 R$ 72.000,00 R$ 72.000,00 R$ 14.400,00 HCPA Em Execução
24/02/2005 até 25/08/2005 no Atendimento aos Usuários do SUS
87.020-517/0001-20
Solicitado 3° termo Aditivo ao
25/08/2005 até 25/03/2006 Portadores de Transtorno de Identidade 15/09/05 convênio em 08/01/2006
25/03/2006 até 25/03/2007 de Gênero
Conv. N° 038/2003 31/03/06
Processo n° 72971-20/01.4 e
46185-20.00/02-0
Assinado em 18/12/2003
Assinado em 25/08/2005
Assinado em 24/03/2006
Portarias 1 Descentralizado por destaque
Apoio financeiro para atender os desembolsos 26/01/06
R$ 6.674.133,06
R$ 6.674.133,06 - HCPA Em Execução
4 em 23/02/2005 inerentes ao Programa de Resi- 24/02/06
87.020-517/0001-20
Relatório a ser encaminhado pelo
8 dência Médica 27/03/06 MEC/SESu, para preenchimento
194
Relatório de Atividades
2006
15 26/04/06
51 26/05/06
304 29/06/06
420 26/07/06
564 31/08/06
706 29/09/06
823 30/10/06
987 30/11/06
Portaria 276 01/06/2006 até 01/06/2007 Subsidiar despesas com serviços de 20/06/06
R$ 816.816,00
R$ 816.816,00 - HCPA Em Execução
terceiros, aquisiição de equip., visando
87.020-517/0001-20
Outros Serv. Terceiros Pessoa
Processo n° 23000.013885/06-15
cumprir as ações previstas no Programa Jurídica
463 Interministerial de Reforço a Manutenção 27/07/06
R$ 209.440,00
R$ 209.440,00
Aquisição de camas eletrônicas
dos Hospitais Universitários
Convênio 569237 11/09/06 até 11/09/08 Ampliação da infra-estrutura de Pesquisa 28/09/06
R$ 600.000,00
R$ 300.000,00
R$ 120.000,00 HCPA Em execução
Conv. N° 01.06.0595.00 Clínica Experimental em Saúde no HCPA
87.020-517/0001-20
Falta liberação da 2° parcela
Ref. n° 1100/06
Assinado em 11/09/2006
Convênio 465717 19/09/2003 até 18/09/2004 Estabelecimento de ações conjuntas, 28/12/01 R$ 38.400,00 R$ 38.400,00 - HCPA Em execução
19/09/2003 até 01/05/2005 visando o atendimento de pacientes
87.020-517/0001-20
Enviar prestação de contas
02/05/2005 até 01/04/2006 portadores de Adrenoleucodistrofia, ligada 17/08/05
01/04/2006 até 01/01/2007 ao "X" no HCPA 22/05/06
Conv. N° 042/2001
Processo n° 10261-20.00/97-7
e 52263-20.00/01-8
195
Relatório de Atividades
2006
Assinado em 18/09/2003
Assinado em 28/04/2005
Assinado em 22/05/2006
Portaria 336 01/09/06 até 01/09/2007 Aquisição de Equipamento e Material
R$ 682.000,00
R$ 682.000,00 - HCPA Em execução
Permanente - Monitores Multiparâmetros
87.020-517/0001-20
Inscrição em Restos à Pagar
Processo n° 25000.146191/06-80
Assinado em 30/06/2006
Portaria 2456 01/01/2006 até 31/12/2006 Subsidiar despesas com a aquisição de 12/12/05
R$ 1.249.800,00
R$ 1.249.800,00 - HCPA Em execução
mat. consumo, visando cumprir as
87.020-517/0001-20
Não é necessário apresentar
ações previstas no Programa Interministerial
prestação de contas, pois este
de Reforço a Manutenção dos Hospitais Universitários
recurso está incorporado com o
repasse da contratualização
Convênio 524478 15/07/05 até 15/07/07 Ampliação da Infra-Estrutura de equipamentos 29/07/05
R$ 327.525,00
R$ 327.525,00
R$ 180.805,00 HCPA Em Execução
nos Laboratórios compartilhados
87.020-517/0001-20
Inscrição em Restos à Pagar
Convênio n° 01.05.0405.00 do Centro de Pesquisa do HCPA
Ref. n° 0633/05
Assinado em 15/07/2006
196
Relatório de Atividades
2006
TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS (CONVÊNIOS TRANSFERIDOS) 2006
Identificação do
Termo Valor Total Situação da Avença
Código Inicial ou Aditivos (n° Objeto Data Valor Recebido/ (alcance de objetivos e
Tipo Siafi/Siasg do processo e do
termo, da de
publicação Total Transferido Contrapartida Beneficiário
(Razão metas, prestação de
data assinatura,
vigência Avença no DOU Pactuado no exercício Social e CNPJ) contas, sindicância,
etc...) TCE S/N?)
31/12/06
conv. N° 01 Programa de Docência em Residência Fundação Médica Em execução
Convênio 565356 22/07/2006 até 31/12/2006
Médica e Assistência à Saúde 14/08/06 R$ 4.343.430,00 R$ 3.905.442,57
94.391.901/0001-03
Aguardando prestação de contas final
Assinado em 22/07/2006
Convênio 567336 22/07/2006 até 31/12/2006
Programa de Capacitação Profissional 11/09/06 R$ 319.450,00 R$ 240.025,75 - Fundação Médica Em execução
Conv. N° 03 e Qualificação do Atendimento Assisten-
94.391.901/0001-03
Assinado em 22/07/2006
cial à Comunidade através de convênios
Aguardando prestação de contas final
de Saúde
Convênio 566935 22/07/2006 até 31/12/2006
Programa de Assistência à Saúde e 04/09/06 R$ 448.430,00 R$ 448.430,00 - Fundação Médica Em execução
Conv. N° 04 Educação Continuada em Enfermagem
94.391.901/0001-03
Assinado em 22/07/2006
Aguardando prestação de contas final
Convênio 566933 22/07/2006 até 31/12/2006
Programa de Gestão de Informação 04/09/06 R$ 283.546,05 R$ 283.546,05 - Fundação Médica Em execução
197
Relatório de Atividades
2006
Conv. N° 05 Hospitalares 94.391.901/0001-
03
Assinado em 22/07/2006
Aguardando prestação de contas final
Convênio 567337 22/07/2006 até 31/12/2006
Programa de Extensão em Odontologia 11/09/06 R$ 3.907,00 R$ 2.208,57 - Fundação Médica Em execução
Conv. N° 06 94.391.901/0001-
03
Assinado em 22/07/2006
Aguardando prestação de contas final
199
Relatório de Atividades
2006
10 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
200
Relatório de Atividades
2006
31/12/06 31/12/05Em R$ Em R$
CIRCULANTE 55.316.420,90 50.405.165,43 Disponibilidades 8.697.448,15 10.526.635,28 Caixa 17.826,75 7.744,19 Bancos 8.679.621,40 10.518.891,09
Créditos a Receber Curto Prazo 39.049.746,15 31.392.724,83 Crédito Fornecimento de Serviços 23.433.665,76 21.047.691,22 Recursos Especiais de Restos a Pagar 11.834.032,10 7.196.541,65 Adiantamentos a Pessoal 3.782.048,29 3.148.491,96
Estoques 7.542.634,84 8.485.805,32 Materiais de Consumo 7.441.201,81 7.920.529,88 Estoque de Vale Transporte 64.967,35 47.934,20 Importações em Andamento 36.465,68 517.341,24
Despesas Pagas Antecipadamente 26.591,76 0,00
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 2.746.116,74 2.731.224,54 Crédito Fornecimento de Serviços 8.414.854,14 7.858.826,05 Provisão p/Créditos Liquidação Duvidosa (8.414.854,14) (7.858.826,05) Depósitos Judiciais 2.746.116,74 2.731.224,54 PERMANENTE 271.299.935,71 270.402.971,79 Imobilizado 318.103.620,87 310.275.526,26 Importações em Andamento 23.538,30 2.103.012,83 (-)Depreciação (46.827.223,46) (41.975.567,30)
TOTAL DO ATIVO 329.362.473,35 323.539.361,76
Prof. Amarílio Vieira de Macedo NetoVice-Presidente Médico
Adm. Paulo da Cunha SerpaCoordenador da Gerência Financeira Contadora - CRC/RS nº 53.292
Neiva Teresinha Finato
Vice-Presidente Administrativo
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PROCEDIDAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006I-BALANÇO PATRIMONIAL
A T I V O
Prof. Sérgio Carlos Eduardo Pinto MachadoPresidente
Bel. Fernando Andreatta Torelly
HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRECNPJ:87.020.517/0001-20
201
Relatório de Atividades
2006
31/12/06 31/12/05Em R$ Em R$
CIRCULANTE 13.808.704,12 12.586.085,16
Fornecedores 4.438.884,59 5.365.849,01 Obrigações Sociais 0,00 986,81 Obrigações Tributárias 252.407,04 318.099,00 Consignações Folha de Pagamento 1.075,00 0,00 Operações de Crédito Internas 1.038.429,07 2.040.341,40 Obrigações Inscritas em Restos a Pagar 7.364.877,76 4.142.877,12 Outras Obrigações 127.375,24 139.035,69 Repasses Diferidos 585.655,42 578.896,13
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 0,00 1.020.170,72
Operações de Crédito Internas 0,00 1.020.170,72
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 315.553.769,23 309.933.105,88
Capital Social 309.933.105,88 296.775.793,51 Resultados Acumulados 5.620.663,35 13.157.312,37
TOTAL DO PASSIVO 329.362.473,35 323.539.361,76
Prof. Amarílio Vieira de Macedo NetoVice-Presidente Médico
Adm. Paulo da Cunha SerpaCoordenador da Gerência Financeira
Presidente
Contadora - CRC/RS nº 53.292Neiva Teresinha Finato
Vice-Presidente AdministrativoBel. Fernando Andreatta Torelly
I-BALANÇO PATRIMONIAL
PASSIVO
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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PROCEDIDAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
202
Relatório de Atividades
2006
31/12/06 31/12/05Em R$ Em R$
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 345.826.448,56 326.884.516,80
Serviços Prestados 103.497.596,46 99.386.911,27 Repasses Recebidos 242.328.852,10 227.497.605,53 Deduções PASEP (702.748,96) (631.048,77)
RECEITA LÍQUIDA 345.123.699,60 326.253.468,03
CUSTOS DOS SERVIÇOS (317.410.213,41) (294.992.072,21)
LUCRO BRUTO 27.713.486,19 31.261.395,82
RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS (21.809.930,08) (17.881.535,40)
Despesas Financeiras (218.522,40) (379.345,40) Receitas Financeiras 1.165.540,57 855.082,37 Despesas Administrativas (33.319.304,17) (30.966.018,63) Variação Monetária Passiva (40.779,25) (126.224,07) Variação Monetária Ativa 140.286,15 307.008,72 Outras Receitas / Despesas Operacionais 10.462.849,02 12.427.961,61
RESULTADO OPERACIONAL 5.903.556,11 13.379.860,42
RESULTADO NÃO OPERACIONAL (282.892,76) (222.548,05)
RESULTADO LÍQUIDO 5.620.663,35 13.157.312,37
Prof. Amarílio Vieira de Macedo NetoVice-Presidente Médico
Adm. Paulo da Cunha SerpaCoordenador da Gerência Financeira
II- DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Contadora - CRC/RS nº 53.292Neiva Teresinha Finato
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Bel. Fernando Andreatta Torelly
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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PROCEDIDAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
203
Relatório de Atividades
2006
Capital Resultado TotalRealizado Acumulado
Em R$ Em R$ Em R$
Saldo em 31/12/2003 285.443.593,07 1.914.177,42 287.357.770,49
Lucro do Exercício findo em 31.12.2004 13.277.304,83
Saldo em 31/12/2004 285.443.593,07 15.191.482,25 300.635.075,32
Aumento de Capital 11.332.200,44 (11.332.200,44) -
Ajustes de Exercícios Anteriores (3.859.281,81)
Lucro do Exercício Findo em 31.12.2005 13.157.312,37
Saldo em 31/12/2005 296.775.793,51 13.157.312,37 309.933.105,88
Aumento de Capital 13.157.312,37 (13.157.312,37) -
Lucro do Exercício Findo em 31.12.2006 5.620.663,35
Saldo em 31/12/2006 309.933.105,88 5.620.663,35 315.553.769,23
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Adm. Paulo da Cunha SerpaCoordenador da Gerência Financeira Contadora - CRC/RS nº 53.292
Presidente
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III - DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PROCEDIDAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
204
Relatório de Atividades
2006
31/12/06 31/12/05Em R$ Em R$
ORIGENS DAS APLICAÇÕES 15.138.575,36 19.749.191,66
DE OPERAÇÕES 15.138.575,36 19.749.191,66
Lucro do Exercício 5.620.663,35 13.157.312,37
Ajustes Result. Exerc. p/Valores Não Financeiros 9.517.912,01 6.591.879,29 Depreciações 6.003.600,44 5.600.007,94 Baixas de Bens Ativo Imobilizado 1.434.837,04 222.548,05 Variação Monetária do Exigível a LP 0,00 85.628,38 Redução do Ativo Realizável a LP 0,00 683.694,92 Redução Importações em Andamento 2.079.474,53 0,00
TOTAL DAS APLICAÇÕES DOS RECURSOS 15.138.575,36 19.749.191,66
Aplicações dos Recursos 11.449.938,85 12.961.699,61 Aquisições do Ativo Imobilizado 9.262.931,65 7.118.507,04 Aumento do Ativo Realizável a LP 14.892,20 0,00 Redução do Passívo Exígivel a LP 1.020.170,72 1.983.910,76 Ajuste de Exercício Anterior 0,00 3.859.281,81 Reversão de Depreciações de Bens Baixados 1.151.944,28 0,00
AUMENTO DO CAPITAL DO CIRCULANTE LÍQUIDO 3.688.636,51 6.787.492,05
Ativo Circulante 4.911.255,47 4.884.589,52 No Início do Período 50.405.165,43 45.520.575,91 No Final do Período 55.316.420,90 50.405.165,43
Passivo Circulante 1.222.618,96 (1.902.902,53) No Início do Período 12.586.085,16 14.488.987,69 No Final do Período 13.808.704,12 12.586.085,16
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IV - DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DOS RECURSOS
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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PROCEDIDAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
205
Relatório de Atividades
2006
31/12/06 31/12/05Em R$ Em R$
I - Receitas 356.006.404,82 339.270.713,21 I.I. Vendas de Serviços/Repasses 345.826.448,56 326.884.516,80 I.II. Receitas / Despesas Operacionais 10.179.956,26 12.386.196,41
II - Insumos Adquiridos de Terceiros (c/ICMS e IPI) 104.815.168,27 95.048.747,89 II.I. Custos dos Serviços Vendidos 68.670.462,17 65.259.028,08 II.II. Serviços de Terceiros 36.144.706,10 29.789.719,81
III - Valor Adicionado Bruto ( I - II ) 251.191.236,55 244.221.965,32
IV - Retenções (6.003.600,44) (5.600.007,94) IV.I. Despesas com Depreciação (6.003.600,44) (5.600.007,94)
V - Valor Adicionado Líq. Produzido p/Entidade ( III - IV ) 245.187.636,11 238.621.957,38
VI - Valor Adicionado Recebido em Transferências 1.305.826,72 855.082,37 VI.I. Receitas Financeiras 1.305.826,72 855.082,37
VII - Valor Adicionado Total a Distribuir ( V + VI ) 246.493.462,83 239.477.039,75
VIII - Distribuição do Valor Adicionado 246.493.462,83 239.477.039,75 VIII.I. Pessoal e Encargos 239.910.748,87 225.309.335,01 VIII.II. Impostos, Taxas e Contribuições 702.748,96 631.048,77 VIII.III. Despesas Financeiras 259.301,65 379.343,60 VIII.IV. Lucro do Período 5.620.663,35 13.157.312,37
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Adm. Paulo da Cunha SerpaCoordenador da Gerência Financeira Contadora - CRC/RS nº 53.292
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Vice-Presidente AdministrativoBel. Fernando Andreatta Torelly
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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PROCEDIDAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
VALOR ECONÔMICO AGREGADO (EVA)
Prof. Sérgio Carlos Eduardo Pinto Machado
206
Relatório de Atividades
2006
NOTAS EXPLICATIVAS SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
PROCEDIDAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
NOTA 1 - CONTEXTO OPERACIONAL
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre é um hospital geral universitário empresa pública de direito privado, criado pela Lei n. º 5.604, de 02 de setembro de 1970 e vinculado à supervisão do Ministério da Educação.
NOTA 2 - APRESENTAÇÃO E BASE DE ELABORAÇÃO
A) Apresentação
Para o registro das operações e elaboração das demonstrações contábeis foram adotadas as práticas contábeis emanadas da Lei 6.404/76, as quais não requerem a apresentação das demonstrações financeiras expressas em moeda de capacidade aquisitiva constante. Desta forma, as demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos são decorrentes da simples acumulação dos valores nominais das transações ocorridas.
B) Base de Elaboração
A base de elaboração seguiu a orientação do Sistema Integrado de Administração Financeira -SIAFI.
NOTA 3 - RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
A) Sistema de Escrituração
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre integra o SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira da União) desde 01/01/92, na forma total, observando aspectos da Lei 6.404/76 em relação à escrituração contábil.
B) Aplicações de Liquidez Imediata
Estão demonstradas pelo custo de aquisições acrescidas dos rendimentos apropriados até a data do encerramento.
C) Estoques
Os estoques de material de consumo são avaliados pelo custo médio de aquisição. As importações em andamento pelo custo incorrido apropriado até 31.12.06.
207
Relatório de Atividades
2006
D) Imobilizado
Os bens integrantes do Imobilizado estão demonstrados pelo custo de aquisição corrigida monetariamente, na forma da lei 8.383/91 até 31/12/95 e os bens imóveis estão acrescidos da reavaliação. As depreciações foram calculadas sobre o custo corrigido pelo método linear dentro das seguintes taxas:
um % ªª - Prédios 10 % ªª - Máquinas e Equipamentos, Móveis e Utensílios e Instalações; 20 % ªª - Veículos e Equipamentos de Processamento de Dados
E) Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa
Neste exercício, por decisão da Administração Central e aprovação do Conselho Diretor, foram provisionados todos os valores, decorrentes de serviços hospitalares prestados a convênios de saúde e clientes particulares, pendentes de realização, cujos vencimentos são anteriores ao dia 31/12/2005, no total de R$ 3.461.489,82, com relação ao Sistema Único de Saúde foi provisionado o valor de R$ 4.953.364,32, referente a faturamento extra-teto não recebido até 31/12/2005. O saldo em 31 de dezembro de 2006 é de R$ 8.414.854,14. Foi aprovado pelo Conselho Diretor a baixa de contas glosadas do SUS no total de R$ 4.808.008,78 e IPE R$ 449.814,20, totalizando baixa de R$ 5.257.822,98, lançamento realizado em janeiro de 2007.
F) Financiamentos Internos
A Instituição possui 01 (um) financiamento interno, com o BNDES e FINAME, tendo como Agente Financeiro o BANCO ABN AMRO REAL S/A, para a expansão e a modernização tecnológica de determinadas áreas do hospital, no valor de R$ 6.623.558,00, com taxa de juros de 4,5 % ªª, acima, da TJLP, divulgada pelo BACEN, incluindo o “Del Credere” de 2,00 % ªª, Comissão de Reserva de Crédito de 0,1 % ªm, com parcelas de vencimento mensal, cujo pagamento final ocorrerá em 15/06/2007. Os saldos foram ajustados à taxa da TJLP vigente em 31/12/2006, e estão classificados no passivo circulante. Saldo em 31/12/2006 de R$ 1.038.429,07 Foram dados em garantia, recebíveis do convênio de Prestação de Serviços mantido entre HCPA e o Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul.
G) Custos Administrativos e dos Serviços
Os custos dos serviços e administrativos foram apropriados de acordo com a compatibilização dos valores contábeis e os valores existentes nos controles elaborados pelo serviço de custos, essa providência visa à integração dos custos à contabilidade. A adoção deste procedimento foi necessária, visto que o SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira da União) em seu módulo contábil não prevê sistema de custos integrado à contabilidade.
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Relatório de Atividades
2006
H) Provisão de Férias e Encargos
A Instituição não tem como prática contábil o provisionamento de Férias e Encargos no encerramento do exercício social, porque as despesas com pessoal são cobertas com recursos do Tesouro Nacional. No caso de se reconhecer esta despesa, seria necessário o reconhecimento da receita no Orçamento, o que seria incompatível com as verbas alocados no mesmo para atendimento de despesas com pessoal no exercício. O tratamento contábil descrito não gera nenhum reflexo no resultado do exercício.
NOTA 4 – DISPONIBILIDADES 31/12/2006 EM R$ CAIXA 17.826,75 BANCOS 405.487,99 APLICAÇÃO DE LIQUIDEZ IMEDIATA
4.109,939,90
CONTA C/VINCULAÇÃO DE PAGAMENTO
4.097,193,51
VALORES EM TRANSITOS 67.000,00
TOTAIS 8.697,448,15
NOTA 5 - CRÉDITOS FORNECIMENTO DE SERVIÇOS CRÉDITOS A RECEBER PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
31/12/2006 EM R$
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) 15.594.886,87 CONVÊNIOS PRIVADOS 6.962.730,72 CLIENTES PARTICULARES 564.293,14 CRÉDITOS DIVERSOS 311.755,03
TOTAIS 23.433.665,76
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Relatório de Atividades
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NOTA 6 – RECURSOS ESPECIAIS A RECEBER POR RESTOS A PAGAR Os valores a receber são referentes à inscrição em restos a pagar pelo repasse de recursos pelo Fundo Nacional de Saúde para custeio de despesas hospitalares e aquisição de equipamentos de uso hospitalar. NOTA 7 - REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
A) CRÉDITOS FORNECIMENTO DE SERVIÇOS 31/12/2006 EM R$ SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE ( SUS) 4.953.364,32 CONVÊNIOS PRIVADOS 2.657.324,24 CLIENTES PARTICULARES 504.071,24 CLIENTES DIVERSOS 300.094,34
TOTAIS 8.414.854,14
B) DEPÓSITOS JUDICIAIS
Está composto dos valores relativos aos depósitos judiciais vinculados a causas trabalhistas e tributárias, corrigidos até 31.12.2006.
NOTA 8 – IMOBILIZADO
31/12/2006 EM R$
HOSPITAL 254.827.178,37 OBRAS EM ANDAMENTO 1.753.811,74 INSTALAÇÕES 1.077.264,99 APARELHOS, EQUIP. UTENS.MED.ODONT.LAB. E HOSPITALARES
43.145.808,87
APARELHOS E UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS 617.508,93 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO, SEGURANÇA E SOCORRO
81.845,09
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS GRÁFICOS 363.224,22
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Relatório de Atividades
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EQUIPAMENTOS P/AUDIO, VIDEO E FOTO 979.316,59 MÁQUINAS, UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS DIVERSOS 4.331.048,33 EQUIPAMENTOS DE PROCESSAMENTO DE DADOS 6.217.106,40 MÁQUINAS, FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS DE OFICINA 254.315,76 MOBILIÁRIO EM GERAL 3.302.415,94 VEÍCULOS DE TRAÇÃO MECÂNICA 143.921,56 APARELHOS DE ORIENTAÇÃO MÉDICA 196.272,33 APARELHOS E EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO 210.575,51 APARELHOS E EQUIPAMENTOS PARA ESPORTES E DIVERSÕES
69.398,24
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ENERGETICOS 436.158,00 MÁQUINAS E EGUIPAMENTOS DE NATUREZA INDUSTRIAL
96.450,00
SUB TOTAL 318.103.620,87 ( - ) DEPRECIAÇÕES (46.827.223,46) IMOBILIZADO 271.276.397,41 IMPORTAÇÕES EM ANDAMENTO 23.538,30
TOTAL 271.299.935,71
NOTA 9 - CAPITAL SOCIAL
O Capital Social é de R$ 309.933.105,88 e pertence integralmente a União Federal.
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Relatório de Atividades
2006
NOTA 10 – OUTRAS RECEITAS / DESPESAS OPERACIONAIS RECEITAS OPERACIONAIS - Aluguéis 2.252.762,25 - Doações 1.509.054,82 - Recursos especiais a receber de restos a pagar 4.485.431,19 - Adiantamentos a pessoal 648.468,50 - Incorporação de bens permanentes e estocáveis 4.430.990,03 - Prestação de serviços diversos 803.619,76 - Crédito baixa faturamento 222.241,09 - Desincorporação de obrigações – Restos a pagar 857.576,87 - Outras 2.964.070,60 Total das receitas operacionais 18.174.215,11 DESPESAS OPERACIONAIS - Créditos Diversos 1.891.392,08 - Bens e direitos incorporados por restos a pagar 3.555.207,36 - Provisão para crédito de liquidação duvidosa 556.028,09 - Repasses Diferidos 585.655,42 - Outras 1.123.083,14 Total das despesas operacionais 7.711.366,09 TOTAL DAS RECEITAS / DESPESAS OPERACIONAIS 10.462.849,02 NOTA 11 - COMPARATIVO ENTRE O SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira da União) E AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PUBLICADAS TÍTULOS D.C.P 2006 SIAFI 2006 DIFERENÇA D.C.P 2005 SIAFI 2005 DIFERENÇA
Lei 6404/76 Lei 4320/64 Lei 6404/76 Lei 4320/64
ATIVO CRICULANTE
55.316.420,90 55.171.997,55 144.423,35
50.405.165,43
50.344.431,05 60.734,38
REALIZAVEL A LONGO PRAZO
2.746.116,74 2.746.116,74 -
2.731.224,54
2.731.224,54 -
ATIVO PERMANENTE
271.299.935,71 271.444.359,06
(144.423,35)
270.402.971,79
270.463.706,17 (60.734,38)
TOTAL ATIVO
329.362.473,35 329.362.473,35 -
323.539.361,76
323.539.361,76 -
PASSIVO CIRCULANTE
13.808.704,12 13.808.704,12 -
12.586.085,16
12.586.085,16 -
EXIG. A LONGO PRAZO - - -
1.020.170,72
1.020.170,72 -
PATRIMÔNIO LÍQÜIDO 315.553.769,23 315.553.769,23 -
309.933.105,88
309.933.105,88 -
TOTAL PASSIVO
329.362.473,35 329.362.473,35 -
323.539.361,76
323.539.361,76 -
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Relatório de Atividades
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Os valores R$ 60.734.38 de 2005 e R$ 144.423,35 de 2006 referem-se ao saldo na
conta de almoxarifado de obras. O SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira da União) obedece a Lei
4.320/64 classificando esta conta no Ativo Imobilizado enquanto que a Lei 6.404/76 a classifica no Ativo Circulante / Estoque.
Prof. Sérgio Carlos Eduardo Pinto Machado Presidente
Prof. Amarílio Vieira de Macedo Neto Vice-Presidente Médico
Bel. Fernando Andreatta Torelly Vice-Presidente Administrativo
Adm. Paulo da Cunha Serpa
Coordenador da Gerência Financeira Neiva Teresinha Finato
Contadora – CRC/RS 53.292
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Relatório de Atividades
2006
11 PARECERES
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Relatório de Atividades
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11.1 PARECER DOS AUDITORES INTERNOS
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Relatório de Atividades
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Parecer dos Auditores Internos Ao Presidente do Hospital de Clínicas de Porto Alegre Nesta Capital
1 Examinamos os balanços patrimoniais do HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE, em 31 de dezembro de 2006 e 2005, e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido, das origens e aplicações de recursos, dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2 Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, que requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e os sistemas contábil e de controles internos do HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração do HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
3 Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE em 31 de dezembro de 2006 e de 2005, o resultado das operações, das mutações do patrimônio líquido, das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Porto Alegre, 30 de janeiro de 2007. Armando José Gass Contador CRC/RS 23.585 Coordenador do Grupo de Auditoria Interna
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11.2 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
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11.3 EXTRATO DA ATA DO CONSELHO DIRETOR DO HOSPITAL DE
CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE
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Relatório de Atividades
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Relatório de Atividades
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11.4 PARECER DO CONSELHO DIRETOR
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