Download - Ministério com crianças e a Infância
Ministério Infantil
Lucas 18: 15 à 17 M. Bárbara Floriano/2014
Para começar bem!!!
Estar 100% presente (corpo e alma) em cada momento; Ser um participante envolvido / ativo; Focar a aprendizagem, evolução, o ajudar e ser ajudado; Superar preconceitos, pré-julgamento, barreiras mentais; Postura aberta ao novo, ao inédito, ao “diferente”, para ampliar
a visão; Ir fundo nas coisas; Praticar efetivamente os valores básicos (honestidade,
transparência e respeito).
M. Bárbara Floriano/ 2014
O que é um ministério?
Do latim ministeriu: função de servidor; Religião: sacerdócio; Figurado: função nobre É importante que um ministério seja detalhado:
1. O que é?
2. Para que serve?
3. Qual a sua missão?
4. Definir objetivos e metas
M. Bárbara Floriano/2014
O que é dom?
Dom ( latim dominu): senhor. Donativo, dádiva, aptidão inata, qualidade
Base bíblica=> Efésios 4:7 à 15 Deus dá o dom para edificar o corpo e glorificar Seu nome. Parábola dos talentos (Mt 25: 14 à 30). Todos têm ao
menos um dom que é dado quando aceitamos Jesus e precisamos usá-lo, caso contrário Deus o tira e dá para outro.
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Infância Do latim (infans)= aquele que não fala; Primeiro período da vida humana, que vai do nascimento
até a adolescência; Figurado: começo, princípio, início, criança. Jesus tinha um amor especial pelas crianças e nós, na
condição de ministros, devemos mostrar Esse amor (Mc 10:14)
M. Bárbara Floriano/ 2014
Concepção atual...
A infância não é um espaço cheio de lacunas; A criança não é passiva e nem extremamente frágil; O período da infância é cheio de curiosidade, conferindo
uma papel ativo à criança; O ambiente em que a criança se insere deve ser
desafiador, estimulador, acolhedor, organizado e aconchegante.
M. Bárbara Floriano/2014
A igreja e a criança
A criança não é um devir, ela é o presente e como tal não deve ser encarada como o futuro da igreja;
A Palavra deve ser trazida ao seu conhecimento de forma adequada e com um vocabulário adequado a sua idade;
Termos como “classinha”, “aulinha”, “cultinho”, “salinha” etc, conotam inferioridade ao trabalho com crianças ( Pv 18:20 e 21)
M. Bárbara Floriano/2014
Jesus e as crianças
Gênesis 37 (José);
I Samuel 3 (Samuel);
I Samuel 16: 10 à 13 (Davi);
II Reis 5 (escrava de Naamã);
Marcos 6:38 ( multiplicação dos 5 pães e 2 peixinhos);
Mateus 18:14, Marcos 10: 13 à 16, Lucas 18:16, etc.
M. Bárbara Floriano/2014
O desenvolvimento humano
Jean Piaget (1896-1980) foi um renomado psicólogo e filósofo suíço, conhecido por seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil.
Jean Piaget passou grande parte de sua carreira profissional interagindo com crianças e estudando seu processo de raciocínio. Seus estudos tiveram um grande impacto sobre os campos da Psicologia e Pedagogia.
Jean Piaget morreu em Genebra, em setembro de 1980 (com 84 anos).
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Estágios de Desenvolvimento
Período Sensório-Motor (do nascimento aos 2 anos)
A ausência da função semiótica é a principal característica deste período. A inteligência trabalha através das percepções (simbólico) e das ações (motor) através dos deslocamentos do próprio corpo. É uma inteligência iminentemente prática. Sua linguagem vai da ecolalia (repetição de sílabas) à palavra-frase ("água" para dizer que quer beber água) já que não representa mentalmente o objeto e as ações. Sua conduta social, neste período, é de isolamento e indiferenciação (o mundo é ele)
M. Bárbara Floriano/ 2014
Período Simbólico(dos 2 anos aos 4 anos)
Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização, etc.. Podendo criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação é o período da fantasia, do faz de conta, do jogo simbólico. Com a capacidade de formar imagens mentais pode transformar o objeto numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforo em carrinho, por exemplo). É também o período em que o indivíduo “dá alma” aos objetos . A linguagem está a nível de monólogo coletivo, ou seja, todos falam ao mesmo tempo sem que respondam as argumentações dos outros. Sua socialização é vivida de forma isolada, mas dentro do coletivo. Não há liderança e os pares são constantemente trocados. Surge o nominalismo , a teimosia, egocentrismo, etc. M. Bárbara Floriano /2014
Período Intuitivo(dos 4 anos aos 7 anos)
Neste período já existe um desejo de explicação dos fenômenos. É a “idade dos porquês”, pois o indivíduo pergunta o tempo todo. Distingue a fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. Seu pensamento continua centrado no seu próprio ponto de vista. Já é capaz de organizar coleções e conjuntos sem no entanto incluir conjuntos menores em conjuntos maiores (rosas no conjunto de flores, por exemplo). Quanto à linguagem não mantém uma conversação longa mas já é capaz de adaptar sua resposta às palavras do companheiro.
Os Períodos Simbólico e Intuitivo são também comumente apresentados como Período Pré-Operatório. M. Bárbara Floriano/ 2014
Estágio operatório-concreto(dos 7 aos 10/11 anos)
É o período em que o indivíduo consolida as conservações de número, substância, volume e peso. Já é capaz de ordenar elementos por seu tamanho (grandeza), incluindo conjuntos, organizando então o mundo de forma lógica ou operatória. Sua organização social é a de bando, podendo participar de grupos maiores, chefiando e admitindo a chefia. Já podem compreender regras, sendo fiéis a ela, e estabelecer compromissos. A conversação torna-se possível (já é uma linguagem socializada), sem que no entanto possam discutir diferentes pontos de vista para que cheguem a uma conclusão comum.
M. Bárbara Floriano/ 2014
Estágio operatório-formal(dos 11 em diante)
É o ápice do desenvolvimento da inteligência e corresponde ao nível de pensamento hipotético-dedutivo ou lógico-matemático. É quando o indivíduo está apto para calcular uma probabilidade, libertando-se do concreto em proveito de interesses orientados para o futuro. É, finalmente, a “abertura para todos os possíveis”. A partir desta estrutura de pensamento é possível a dialética, que permite que a linguagem se dê a nível de discussão para se chegar a uma conclusão. Sua organização grupal pode estabelecer relações de cooperação e reciprocidade. Exemplo:Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da ideia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos. M. Bárbara Floriano/ 2014
O ministro infantil Auto imagem correta (Rm 12:3); Lidar com o Ego (Lc 9:23 e 24); Humildade (II Co 12:9); Caráter . Uma pessoa que tem compromisso demonstra que
tem caráter (Fp 4:8); Confiança (Pv 16:3); Respeito( I Tm 2: 1 à 3); Intuição. Saber interpretar a situação; Interpretar as
tendências; Conhecer o potencial dos recursos que tem; Interpretar as crianças; Interpretar a si mesmo. Quem você é define o que você vê. (Pv 23:7)
M. Bárbara Floriano/ 2014
Magnetismo. Quem você é define o que você atrai (Gn 1:27); Serenidade e Domínio próprio (Gl 5:22 e 23). “Uma postura
tranquila exerce sobre o mundo nervoso e desordenado uma influência irresistível.” (Gilbert Highet);
Tocam o coração. Você não pode estimular as crianças a amarem Jesus, a menos que primeiro você demonstre amor por elas. (Rm 13:8);
Autoridade (Mc 1:22); Conhecimento. (Pv 3:13) “A receita para a perpétua ignorância
é permanecer satisfeito com suas opiniões e contente com seus conhecimentos.” (Elbert Hubard)
Criatividade ( Rm 12:2b/ Gn 2:19/ Mc 2:4).
M. Bárbara Floriano/ 2014
Base do trabalho ministerial infantil
Podemos ancorar o trabalho com crianças, na igreja, em sete princípios bíblicos e dessa forma apresentar, de maneira sintética, todo o conteúdo bíblico articulando-o ao dia- a – dia dos pequenos, auxiliando-os no desenvolvimento prático da Palavra em suas vidas.
1º Caráter Textos base: Gn 1:26 / I Co 6:9; 11:1 / Gl 5:16-21 / 1Pe 1:16 Caráter é o conjunto das qualidades e os hábitos que cada
um de nós tem. Todos têm caráter, o que diferencia um e outro são as qualidades de cada um (bom ou mau caráter);
O desejo de Deus é formar a imagem e a natureza de Jesus dentro de cada um de nós, tornando-nos a cada dia mais parecidos com Ele. Para isso, o caráter de Jesus tem que ser impresso em nós;
Todo líder de excelência, todo homem ou mulher de Deus, que deseja realmente ser imagem e semelhança do seu Criador, precisa ter um bom caráter.
M. Bárbara Floriano/ 2014
2º Mordomia Texto base: Gn 2:15 Mordomia é administrar, cuidar com amor, daquilo que Deus
nos dá; Como o proprietário de todas as coisas no Universo, Deus deu
ao homem a responsabilidade de cuidar de tudo o que ali havia. Essa mesma responsabilidade de cuidarmos daquilo que nos foi dado, é dada a cada um de nós;
Deus sempre nos dá o melhor, mas também nos dá a responsabilidade de cuidarmos daquilo que Ele nos deu. Somos mordomos d'Ele.
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3º Auto governo/ Auto disciplina
Texto base: Pv 25:28 Auto- governo é a capacidade que o homem tem de controlar o seu
comportamento, as suas atitudes, em qualquer lugar que estiver; Quando não sabemos controlar as nossas atitudes, estamos expostos
ao resultado das nossas ações; O mundo tem um princípio comum: bateu, levou. O Senhor nos
ensina outra coisa: "A palavra branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira." (Pv 15:1). Auto- governo é uma obra do Espírito em nossa vida. É o fruto do domínio próprio (Gálatas 5:23);
Auto- governo não se consegue sozinho. Precisamos do Espírito de Deus para nos ajudar a vencer a nossa carne.
M. Bárbara Floriano/ 2014
4º Semeadura e Colheita Texto base: Gl 6:7b É a lei da causa e do efeito, ou seja, para toda ação há uma
reação. É a lei da semeadura e da colheita. Tudo o que plantarmos, certamente colheremos, na mesma proporção. De acordo com a semente será a nossa colheita;
Oséias 8:7 lemos que aqueles que semeiam vento colhem tempestades;
Tudo o que você quiser que os outros lhe façam, faça você primeiro, pois tudo aquilo que o homem semear, isso mesmo é o que ele colherá.
M. Bárbara Floriano/ 2014
5º União Texto base: I Pe 3:8 Precisamos uns dos outros, apesar de sermos diferentes,
necessitamos uns dos outros e precisamos respeitar uns aos outros como parte do corpo de Cristo (Rm 12:5);
O princípio da União nos ensina que devemos procurar conviver com os outros em harmonia, tendo em nós o mesmo sentimento de amor, de paz, de misericórdia, que Jesus tinha, olhando para cada pessoa ao nosso redor com respeito, e vendo neles a imagem e semelhança de Deus;
A união nos incentiva a realizar grandes obras (Êx 17:12 e Ne 4:16 e 17)
M. Bárbara Floriano/ 2014
6º Individualidade Texto base: Rm 12:4 à 8 Individualidade é a identidade de cada um. Deus criou todas as
coisas com identidades distintas. Cada um é um; Identidade fala das características que são específicas de uma
pessoa, de um ser ou de alguma coisa; Romanos 12:4-8 diz que em um corpo existem vários membros e
cada um deles tem uma função específica. Assim somos nós como corpo de Cristo. Cada um tem o seu lugar, a sua função e o seu valor;
Respeitar os outros e respeitar a si mesmo, reconhecendo a sua individualidade, se auto- aceitando e aceitando os outros como são.
M. Bárbara Floriano/ 2014
7º Soberania Texto base: Êx 15:18 O princípio da Soberania ensina que Deus é Senhor sobre
todas as coisas, Ele é o supremo soberano de todo o universo. Ele é o Criador de todas as coisas, em todo o Universo. Tudo existe porque Ele fez e continuarão a existir enquanto Ele sustentar;
Sl 139:1 à 4, Pv 15:3; Quando reconhecemos a soberania de Deus em nossas
vidas, podemos seguir o conselho de Davi em Salmo 37: 4,5
M. Bárbara Floriano/ 2014
Recursos didáticos Bíblia de Recursos para o Ministério com Crianças (APEC). É uma fonte de
pesquisa e orientação para o preparo das lições bíblicas; Bíblia Ilustrada (SBB). Serve como suporte para as aulas, pois contém
histórias e ilustrações; Livros com histórias ou apenas figuras; Cartazes, murais, varais ilustrados; Fantoches; Filmes ou desenhos; Gravuras, figuras, painéis, maquetes; Slides, rádio; Atividades de pintura (tinta, giz, lápis de cor, canetinha, cola colorida); Atividades com recorte e colagem ( canudos, glíter, revista, jornal, dobradura,
etc) M. Bárbara Floriano/ 2014
Princípios de uma aula1. Ter a criança como referência;
2. Valorizar o cotidiano (contextualizar as lições);
3. Preocupar-se com a linguagem e conceitos;
4. Privilegiar a análise sobre a síntese (retomar a lição ao final);
5. Ver a aprendizagem como ação (como aplicar a lição no dia a dia?);
6. Selecionar conteúdos emergindo dos objetivos, das competências, visando a construção de habilidades;
7. Inserir a dúvida como princípio, ou seja, lançar questionamentos para as crianças;
M. Bárbara Floriano/ 2014
8. Valorizar outros materiais de ensino (utilizar a criatividade);
9. Trabalhar a partir das representações das crianças (ter em mente o conhecimento prévio das crianças sobre a lição em questão);
10. Construir na sala um verdadeiro laboratório de aprendizagem onde crianças, ministros e outros são parte ativa do processo.
M. Bárbara Floriano/ 2014
“Que maravilha será ver nossas crianças firmadas na doutrina da redenção por Cristo! Se forem prevenidas contra os falsos evangelhos dessa era perversa, e ensinadas a firmar-se na rocha eterna da obra consumada de Cristo, podemos esperar que a próxima geração venha a manter a fé e que será melhor do que a de seus pais.”
Charles Spurgeon
M. Bárbara Floriano/ 2014
E agora?De posse dessas informações, agora é hora de arregaçar as mangas e impedir que nossas crianças se percam, mostrando-lhes o Amor e a Vida!
Você está disposto???
M. Bárbara Floriano/ 2014
O QUE AS CRIANÇAS ANDAM LENDO...
“A Máquina de Brincar”, escrito pelo gaúcho Paulo Bentancur, traz uma série de contos em forma de poema, e entre eles, alguns em que o diabo é mencionado como “um bom parceiro”.
O livro foi distribuído em escolas públicas brasileiras para alunos do Ensino Fundamental.
Dividido em duas partes, “Para ler no claro” e “Para ler no escuro”
Com poemas de títulos chamativos, como “O diabo que me carregue”, onde são feitos questionamentos sobre a existência de Deus, o livro compara Deus a uma criança medrosa e chama satanás de “amigo”: “Sossega! Vão falar mal aqueles que não estão contigo. Que não foram convidados pelo diabo, meu grande amigo”, diz um dos poemas.
PAULO BENTANCUR: O ESCRITOR
O autor, entrevistado sobre a polêmica, negou que faça apologia ao satanismo com as histórias que contou no livro, e disse que a intenção é usar a literatura para dar asas ao “surreal”.
“Quis fazer um livro diferente. As crianças de hoje são inteligentes, gostam de suspense, de figuras lendárias. E qual o problema de brincar com Deus e o diabo? Não faço apologia ao demônio, apenas brinco com o lado bom e o lado mau das coisas”, defendeu-se.