Download - Mês de agosto de 2015
Mês 08 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br
Diretor responsável Caio Augusto
Novidades, textos, eventos,
matérias, tudo que você
Umbandista procura.
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NOTA:
Comunicamos que, o Jornal de Umbanda
Sagrada Portal Caminhos de Ogum é um espaço
livre que altores enviam seus textos e trabalhos e
é comunicado a na mídia Umbandista, cada um
tem total responsabilidade por seu texto, então o
jornal em geral só si responsabiliza pela
montagem e divulgação!!! boa leitura.
Redação:
Diretor Geral:
Caio Augusto
Colaboradores:
Douglas Elias;
Glauco Mariani;
Felipe Campos;
Hugo Lapa;
Orlando Aparecido;
Jean de Ogum;
Claudio Vieira;
Bruno Stanchi;
Maria Aparecida;
Rosana Souza;
Correção e textos:
Flávia Rodrigues
Artes e Distribuição:
Caio Augusto
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(Caio Augusto)
Olá irmão de fé mais um mês juntos hoje eu vou colocar mais um estudo
sobre o desencarne o desprender da carne que as vezes é muito difícil de
aceitar, é uma psicografia bem bacana!
AOS CORAÇÕES QUE FICARAM
Teu coração amoroso sofre com a partida do ser amado, que te
antecedeu na grande viagem para o Além.
Recordações te torturam; emoções dolorosas te abatem.
Entretanto, raciocina um pouco.
A morte física não separa os afetos, que seguem unidos além do tempo
e do espaço.
O ente querido, a quem aspiras reencontrar, segue o próprio caminho
na espiritualidade, preparando o momento em que teus corações se
tornarão a unir.
Assim, reergue-te da dor e segue para frente.
Tua vontade de viver e servir se refletirá no mais além, preenchendo
de ânimo e tranqüilidade o coração que partiu.
Ora a Deus, rogando serenidade, a fim de que a dor de agora se
converta em ensinamento importante, convidando-te à certeza na
imortalidade espiritual.
Do Plano Maior, o coração amado prosseguirá ligado a ti, construindo
o próprio destino, sob o amparo de Deus.
Pelo espírito: Scheilla
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(Caio Augusto)
Páginas: 160
Release:
Muitos confundem Umbanda e Macumba. A grande maioria das pessoas,
leigas, não sabe o que é Umbanda e muito menos o que vem a ser
Macumba.
Macumba é o nome de um instrumento de percussão que era muito
utilizado em alguns dos cultos afro-brasileiros no passado. Hoje esse termo
tem uma conotação pejorativa utilizada como forma de discriminação e
preconceito.
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Umbanda é uma religião brasileira fundada por um brasileiro, que pratica
única e exclusivamente o bem. O fundamento mais básico desta religião
diz: “Umbanda é manifestação do espírito para a prática da caridade”.
Qualquer coisa diferente disso não é Umbanda.
Com uma linguagem simples e objetiva, este livro se destina a todos que
querem entender o mínimo e o básico sobre Umbanda e entender que
Umbanda não é Macumba.
Autor:
Alexandre Cumino é cientista da religião, bacharelado pela UNICLAR;
médium de Umbanda atuante, sacerdote de Umbanda Sagrada, responsável
pelo Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca
(www.colegiopenabranca.com.br) onde ministra estes cursos:
Desenvolvimento Mediúnico de Incorporação na Umbanda, Teologia de
Umbanda Sagrada, Sacerdócio de Umbanda Sagrada, Curso de Exu – O
Guardião da Luz – e Magia Divina.
É autor dos livros História da Umbanda e Deus, Deuses, Divindades e
Anjos, ambos publicados pela Madras Editora. É editor do Jornal de Umbanda Sagrada e ministra também cursos virtuais
no site: Umbanda EAD.
Cumino nasceu em um lar espírita e, em 1995, conheceu e se encantou pela
Umbanda, na qual se desenvolveu mediunicamente e da qual não se afastou
mais. Nessa época, conheceu seu Mestre e Pai Espiritual Rubens Saraceni,
que o preparou sacerdotalmente para a religião e lhe deu condições para
ensinar Umbanda Sagrada e Magia Divina a tantas pessoas que o procuram.
Além de todas as atividades, mantém o trabalho caritativo e assistencial das
sessões de Umbanda Sagrada ao lado de sua mulher Marina Cumino, com
quem dirige o grupo de médiuns do Colégio de Umbanda Sagrada Pena
Branca.
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(Douglas Elias)
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(Orlando Garcia)
DE ONDE VEM A EXPRESSÃO "QUEM NÃO PODE COM MANDINGA NÃO CARREGA PATUÁ" Mandinga No Brasil Colonial Era A Designação De Um Grupo Étnico De Origem Africana, Praticantes Do Islã,
Possuidor Do Hábito De Carregar Junto Ao Peito, Pendurado Em Um Cordão, Pequeno Pedaço De Couro Com Inscrições De Trechos Do Alcorão, Que Negros De Outras Etnias Denominavam Patuá. Depois De Feita A Inscrição Couro Era Dobrado E Fechado Costurando-Se Uma Borda Na Outra. A Bolsa De Mandinga, Como Também Ficou Conhecida, Era Uma Forma De Exercer Uma Medicina Mágica, Com Implicações Corporais E Espirituais. Diversos Negros Fugidos De Outras Etnias, Para Tentarem Disfarçar O Fato De Não Serem Livres Espichavam O Cabelo E Usavam O Patuá Em Um Cordão, A Também Chamada Bolsa De Mandinga, Junto Ao Peito, Porém Sem As
Inscrições. Os Mandingas Tinham O Costume De Se Reconhecerem Mutuamente Recitando Trechos Do Alcorão Uns Para Os Outros. Caso O Negro Interpelado Não Recitasse O Trecho Correto, O Capitão Do Mato De Etnia Mandinga, Capturaria O Fugitivo Imediatamente.
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(Glauco Mariani)
Na Umbanda, trabalhamos com vários Orixás; gostaria de salientar que a Umbanda é uma só, porém existem várias vertentes, alguns terreiros por exemplo, não trabalham com o Orixá Exu. Quando se fala de Orixá, a coisa é muito mais abrangente e sabemos
apenas o que nos foi permitido saber, então os Orixás colocados nesse
texto estão de forma resumida.
Exú- é força vitalizadora, disciplina e um executor da Lei Maior.
Antes de começar uma gira deve-se sempre saudar Exú, ele sempre
deve ser o primeiro a ser lembrado, pois é o mensageiro. Exú toma
conta da porteira evitando que adentrem em um trabalho espiritual
espíritos zombeteiros e afins, dessa forma faz com que os trabalhos
ocorram na mais perfeita harmonia.
Ogum- o soldado, Orixá da guerra, dos caminhos, general cumpridor
da Lei, nele buscamos a evolução e ordenação dos nossos atos e da
nossa vida. É a força para continuarmos nossas batalhas diárias.
Existem várias qualidades de Ogum, como já mencionei em textos
anteriores.
Oxossi- senhor da caça, rápido nas respostas e sempre agindo com
determinação. Traz o alimento da Fé, do saber, a busca contínua por
conhecimento, expande e irradia, é também responsável pela linha dos
caboclos.
Xangô- o rei, Orixá conhecido por fazer a verdadeira justiça; quem
deve paga e quem merece recebe. Sua presença é necessária para que
exista fortalecimento da alma. Senhor das Leis e escritas, através de
sua sabedoria em julgar sem pressa, gera o poder da política, fazendo
com que os documentos não fiquem “emperrados” na burocracia do
homem.
Obaluaiê- ele é quem cura e paralisa todas as nossas doenças, tanto
espirituais como físicas. Esse Orixá é detentor de grande sabedoria e
representa-se como elemento de Obaluaiê, por exemplo, a terra úmida;
está acima da terra do cemitério, porém isso não quer dizer que esse
Orixá represente a morte, entenda que a terra é elemento vital para a
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vida, viemos da terra, voltamos para a terra, plantamos e colhemos o
que a terra nos dá. Orixá transmutador e evolucionista, trabalha no
nível vibratório evolutivo, para que possamos atingir a sabedoria
espiritual. Cuida também das passagens de um plano para outro.
Oxumarê- responsável pela transformação das coisas e a
transformação dos seres. Quem já viu esse Orixá ser representado
como a cobra que morde o próprio rabo, entenda que isso significa a
continuidade e permanência. Representa também a riqueza, o
princípio da multiplicidade da vida, com inúmeros destinos e caminhos
a serem tomados.
Ossãe- esse Orixá está em todas as folhas, conhecedor dos mistérios das
ervas, dono dos fundamentos da mata. Importante em todas as
situações ligadas a busca pela cura de doenças através da natureza, os
remédios produzidos pelos cientistas vêm desse Orixá.
Ibeji- representam o amor e a alegria de se viver, formado a partir do
princípio da dualidade, indica dessa forma a contramão, ou seja, os
opostos caminham juntos, tudo tem dois lados e a justiça só pode ser
feita se as medidas forem bem pesadas. Orixá ligado a brincadeira, a
alegria e a infância propriamente dita, a pureza, a inocência e a
ingenuidade.
Oxum- é responsável pelas águas doces, os rios e cachoeiras, Orixá
que tem em sua essência o saber falar com diplomacia e de maneira
meiga. Oxum é a manifestação do amor puro, real e incondicional,
associada a maternidade, ao desenvolvimento da criança no ventre
materno, gera a vida no período da gestação.
Iansã- guerreira assim como Ogum, Orixá do tempo, do clima,
também conhecida como senhora dos raios,chuvas e ventanias. Aquela
que direciona e movimenta, em sua qualidade eólica é a respiração, a
vida. Orixá que é a própria paixão, cria o desejo de possuir. Orixá que
rege o tempo da vida e nos ensina o amor que devemos ter pela vida,
direcionando quem está em desequilíbrio, renovando nossa mente e
nosso coração.
Obá- é responsável por densificar o racional dos seres, esgotando
dessa forma os conhecimentos desvirtuados. Atua em todos nós no
conhecimento, desenvolvendo o raciocínio e a capacidade de
assimilação mental. É a evolução continua.
Ewá- Orixá das águas claras e cristalinas, nos ajuda equilibrando e
dando clareza às nossas ideias e pensamentos. Está presente nos
cristais, no gelo, nos pássaros e na neblina ou névoa.
Yemanjá- uma das mais conhecidas yabás, é oferendada até por quem
não é da religião, está presente nos mares e oceanos. È a mãe da vida e
como mãe é a preocupação e desejo de ver quem amamos sempre bem,
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rege nossos lares, nossa família. Dá sentido a família, geradora do
sentimento de amor entre os entes, trazendo união.
Oxalá- senhor de todas as coisas do universo, é ele quem ordena tudo e
todos, responsável pela manutenção da paz, harmonia e tranquilidade
dos seres. Representa a sabedoria, maturidade e o equilíbrio. Seu
raciocínio e reflexão constante muito nos ajuda em todos os aspectos.
Oxalá é a mais pura emanação da Fé.
(Jean de Ògún)
Muito se tem falado sobre politeísmo e monoteísmo das religiões e difícil é interpretar
corretamente o verdadeiro sentido destas palavras. Muitas pessoas “mal informadas”
dão como politeístas as crenças tradicionais africanas e de suas raízes na América
(Brasil), como a Umbanda Africanista (o termo é nosso) e o Candomblé. Senão
vejamos, Zambi ou Olorun é o arquiteto de tudo que existe, é a força, energia, o infinito,
o ser incriado, é o tudo e o nada ao mesmo tempo. Este é Deus para mim e para todos os
adeptos iniciados dentro do candomblé, Umbanda, e das crenças tradicionais africanas.
Não há culto para Zambi/Olorun, pois sendo ele o tudo e o nada, ninguém pode saber
nada a respeito do infinito. Deste ser infinito é que se manifestam todos os seres,
planetas, matérias, elementos e assim por diante. Acreditamos e cultuamos os
Inkisis/Orixás que são parte desta natureza e tidos como divindades e ao qual
pertencemos como matéria afim a um ou a outro. Estes Inkisis/Orixás tem seus animais
(quadrúpedes), aves (bípedes), e peixes e outros habitantes do mundo marinho e fluvial
específicos de sua própria natureza: terra, água, ar…Tem suas plantas e folhas
específicos particular de cada um deles (divindades). Muitas das características
humanas destas divindades (específicas de cada um) é latente em cada ser humano e nós
os cultuamos na crença, nos rituais, nas cantigas, nas oferendas, obrigações e isto não
nos torna politeísta de forma alguma, Deus: Zambi/Olorun é um só e esta multiplicidade
por ele manifestada. As crenças das religiões antigas (mitologia Greco-Romana),
religião Egípcia, o Bramanismo e Induísmo também foram denominadas de religiões
politeístas, mas todas elas tinham a crença em um ser único acima de todos e de onde
provinha este mundo manifesto. Divindades Greco-Romanas tinham semelhanças com
os Orixás/Inkisis e outras divindades…e isto é o que as torna humanas. Ogum/Marte,
Netuno/Yemanjá, Yemanjá/Kalunga, Ogum/Nkossi, Saturno/Obaluaiê,
Obaluaiê/Kavungo. Todos temos uma parte específica e característica destas divindades
em nós, e ao qual lhes dedicamos cultos. Reunimos estas divindades na formação do
Candomblé de Congo/Angola ou de Ketu, na formação da Umbanda Africanista (o
termo é nosso), aqui no Brasil, pois nas crenças tradicionais africanas elas apareciam
como divindade de uma determinada região específica e seus cultos eram afins em cada
região/divindade. Isto não quer dizer que a divindade está acima de Zambi em
Angola/Congo ou de Olorun na Nigéria/Benin. Por que isto agora? Por causa das pedras
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que nos atiram, das depredações de nossos terreiros, das discriminações, das difamações
quando nos chamam de demônios…e afrontar seria o mesmo que “atirar pérolas aos
porcos”. Se Deus, Olorun, Zambi, ou qualquer outro nome que lhe atribuímos é um só e
infinito e se manifesta em tudo o que existe, como podem afirmar que Deus tem povo
escolhido? Como podem afirmar que existe uma força contraria ao infinito ou a Deus?
Como podem afirmar que adoramos imagens, pois se estas nos foram impostas? Como
podem afirmar que o Deus (deles) é o verdadeiro e o nosso é falso, se Deus é um só e se
manifesta de várias e inúmeras formas para todos os seres? Se Deus: Zambi/Olorun ou
qualquer denominação humana que lhe dermos é por nós, quem será contra nós?
Com muito Ngunzu, Axé,
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(Hugo Lapa)
Uma mulher estava bastante abalada com seus problemas atuais.
Encontrava-se depressiva, tomava medicamentos e não via mais saída para
a sua situação. O suicídio era uma opção desde muito tempo, mas nunca
teve coragem de tirar sua vida.
Certo dia, resolveu procurar um guru oriental que muitos tinham como um
verdadeiro mestre. Foi então visitar o guru no mosteiro onde ele vivia.
Assim que encontrou o mestre, contou sua situação e pediu:
– Querido guru, por favor, me dê uma orientação sobre a minha vida. A
única coisa que vejo é escuridão.
– Encontre-me amanhã de manhã no alto desta colina. Quero te mostrar
uma coisa, disse o mestre.
A mulher esperou até o dia seguinte, e assim que o dia raiou, foi encontrar
com o mestre ansiosa pela resposta.
Logo que chegou no alto da colina, observou o mestre em frente a um túnel
escuro.
– Peço que entre por este túnel, até a parte mais escura do mesmo. Mas não
pare de caminhar. Aconteça o que acontecer, continue caminhando.
A mulher, sem entender nada, confiou e fez o que o mestre pediu. Adentrou
no interior do túnel, que ainda estava iluminado pelos raios de sol.
Conforme ela foi penetrando na parte interna do túnel, percebeu que a luz
estava começando a se enfraquecer. Entrou ainda mais fundo, e quase não
mais conseguia se ver ou ver qualquer coisa lá dentro. Começou então a
sentir medo. Não sabia o que continha ali no interior do túnel. Talvez um
bicho viesse atacá-la, ou poderia topar numa pedra, cair e machucar-se.
Começou a suar e tremer descontroladamente. Imaginou-se sendo atacada
por animais, sendo picada por cobras ou aranhas, etc. Pensou também se
tudo aquilo não passou de uma armadilha do suposto sábio para estupra-la.
Na escuridão, na hora do temor, sua imaginação foi bem longe.
Inevitavelmente comparou a situação atual de sua vida com aquela
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escuridão tenebrosa. Porém, reuniu os últimos resquícios de coragem, e
lembrou-se das palavras do sábio que a havia orientado a não parar no
caminho, a seguir em frente, caminhando, independente de qualquer coisa.
Então fez isto, continuou percorrendo o túnel, mesmo sem nada enxergar.
Andou alguns quilômetros e começou a ver uma pequena brecha de luz a
frente. Continuou mantendo o mesmo passo. A luz foi aumentando, e logo
se revelou como sendo a saída do túnel. Voltou a enxergar-se e a ver tudo,
e finalmente saiu do túnel.
Assim que saiu, deparou-se com o guru, com um sorriso no rosto.
– Mestre, disse ela, não compreendi por que tive que atravessar este túnel.
Por que me fizeste passar por essa escuridão?
O mestre respondeu:
– Para que pudesse ter contato com a luz no final do túnel. Observe que
você iniciou sua jornada dentro do túnel, chegou a região mais escura de
sua travessia e assim que você cruzou a metade do caminho, viu um ponto
luminoso mostrando a saída. Você quase desistiu de caminhar, paralisada
pelo medo e por outras travas emocionais. Isso é o que costuma acontecer
com a maioria das pessoas quando se deparam com a escuridão. Elas param
ali, ficam imobilizadas e até entorpecidas por conta do medo e da cegueira
da escuridão, das névoas da ignorância. Nossa mente começa a viajar e
imaginamos muito mais problemas e perigos do que de fato existem. A
escuridão faz a mente ver riscos e sofrimentos onde nada existe. Mas
quando se insiste em seguir a trajetória com firmeza, sem desistir, mesmo
na escuridão, saímos da região central do túnel e vislumbramos a luz que
sempre, e afirmo, sempre… brilha do outro lado. Jamais se esqueça desta
lei natural da vida: quando chegamos ao ponto mais escuro do túnel,
estamos iniciando o caminho da saída. O mesmo ocorre em nossa vida:
assim que chegamos ao ápice da escuridão, caso continuemos caminhando,
um pequeno facho de luz é avistado, e se persistimos, encontraremos
certamente a luz que dissipa as trevas.
Galerinha vagas abertas para novos colaboradores e apresentadores para fazer parte da nossa equipe seja você mais um guerreiro desse Portal, contate via e-mail : [email protected] ou via face gratidão.
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(Felipe Campos)
Estamos nos preparando para iniciar o curso mais completo e
importante do meio Umbandista, a Teologia de Umbanda.
Este curso será apresentado de uma forma exclusiva, formatação
híbrida, onde teremos as aulas presenciais e virtuais.
Caso você opte por fazer no modo presencial, também terá acesso ao
modo virtual, as aulas dadas pessoalmente serão as mesmas
disponibilizadas no site no mesmo dia, então caso você precise faltar,
perca algo, ou queira rever aquela aula mais complexa, basta assisti-la
pessoalmente e on-line quantas vezes quiser.
O conteúdo das aulas também segue formatação do Templo, assim
dando ênfase a pontos importantes no conhecimento de um Teólogo
como a filosofia e até mesmo conceitos de outras religiões.
Estamos formando turma para início em Setembro.
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(Rosana Sousa)
Oração de Perdão
Divino Criador Olorum, peço vossa benção e auxilio, para entender
seus mistérios Divinos.
Quando tudo parece perdido e confuso ao meu redor, permita que Exu
Guardião e Pombagira Guardiã, me guardem e me ensine a me
defender.
Quando eu for apontada, julgada ou atacada injustamente, que meu
amado Pai Xângo, me ampare e não deixe que eu sofra com injustiças,
e não deixe que eu cometa-as.
Quando meus inimigos, espirituais ou carnais, me atacarem e dessas
batalhas eu for ferida, que meu amado Pai Ogum esteja ao meu lado
me protegendo, e se for o que estiver em minha caminhada, que eu veja
como instrumento da Lei Maior, para me aperfeiçoar, e recolher meus
débitos.
Que mesmo em minhas tristezas, elas se tornem insignificantes perante
a alegria de servi aos meus amados Pais e Mães Orixás.
Que na minha dor, eu seja cuidada pelo meu amado Pai Obaluaiê,
cuidando das minhas dores e feridas espirituais e físicas, abrindo meu
coração para sua cura e evolução.
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Que nos oceanos da minha Mãe Iemanjá, em sua grandeza, gere novas
oportunidades, levando com suas ondas as minhas fraquezas e
tristezas.
Que a cada dia eu aprenda mais com meus amados Pais e Mães Orixás,
com os guias que me auxilia nos trabalhos espirituais, eu vos peço Pai
sua misericórdia divina, que minha humildade seja como uma gota
d’água em um oceano, que eu seja inundada de paz e gratidão por
tamanha proteção.
A cada oração eu vós peço perdão, pois sou humana e cometo erros,
tenho defeitos, e que a cada dia, procuro melhorar e me encontrar em
sua luz, amor e nos ensinamentos da minha amada Umbanda Sagrada!
Perdoe-me pelos meus erros e fraquezas de hoje, me permitindo um
novo recomeço amanhã.
Que assim seja
Amém!
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A beleza da imperfeição!
(Maria Aparecida Linares)
Você já parou para pensar sobre a beleza e a perfeição? A cada
ciclo histórico a sociedade determina seus padrões de beleza e
aquilo que não se encaixa nesse padrão é deixado de lado como
se não existisse ou utilizado para exemplo do que não serve.
Desde a Antiguidade a sociedade define o feio e o bonito; o perfeito e o imperfeito; o
agradável e o desagradável e a maiorias das pessoas aceita esses padrões como regras para
se viver em sociedade. Nesse ponto é que se diferenciam os indivíduos
espiritualizados que conseguem manter-se à margem dessa opressão e
viver de acordo com seus próprios conceitos. Estes são mais livres e leves
em vários aspectos de suas vidas e, até mesmo, mais felizes
porque enxergam além e relacionam-se com as pessoas pelo que
realmente são, enxergam suas almas, seus sentimentos, não apenas a cor
de seus olhos, o brilho dos cabelos e a distribuição correta do peso em relação a estatura.
Os japoneses inventaram um termo que define a beleza que mora na imperfeição: Wabi sabi. Siginifica uma forma de enxergar de forma simples, natural e com aceitação.
A natureza é uma constante mutação de formas e vidas que jamais estarão
totalmente acabadas. Um utensílio doméstico danificado ou uma peça de roupa
puída guardam em si a história de alguém que se modificou ao longo do tempo
junto com seus objetos. Ninguém acha bela uma peça de roupa rasgada, mas, se
pudermos enxergar através dela quem a usou, sua personalidade, seus valores, sua
importância na vida de alguém, essa peça não será mais vista da mesma forma.
Tudo o que morre renasce de alguma forma para continuar seu ciclo e o
tempo é um transformador soberano acrescentando a tudo mais ou menos
carinho, de acordo com o olhar de cada observador. Aceitar as próprias
falhas e deficiências é o primeiro passo para aceitar também
as do próximo. Saber que nada é permanente e que tudo
depende de tudo para formar um conjunto harmônico, ajuda afastar o caos.
O mundo imperfeito e incompleto é repleto de jóias
escondidas prontas para serem garimpadas.
Observadores despreparados enxergam a beleza que
harmoniza os olhos na natureza exuberante, nos animais
cativantes, nas faces encantadoras que desfilam diariamente
diante de todos, mas só os que compreendem a filosofia do Wabi sabi se deliciam com as
jóias garimpadas diante do opaco, do escurecido, do peculiar e do assimétrico.
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Você, sacerdote umbandista, tem o dever de praticar o olhar simples e natural diante do
mundo a sua volta e, quando estiver conseguindo fazê-lo, tem que trazer junto de si aqueles
que ficaram para trás.
Maria Aparecida Linares
comunicação SANU / FUGABC www.santuariodaumbanda.com.br
(Bruno Stanchi)
A maioria das pessoas que chegam à Umbanda, infelizmente, chega pela
dor. Normalmente estão passando por momentos terríveis em suas vidas,
sejam eles de cunho emocional, profissional, financeiro, saúde física
debilitada, etc, etc, etc.
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Após passarem por tratamentos espirituais específicos conseguem se
reequilibrar, na medida das suas necessidades e de seus merecimentos, e
voltam às suas vidas de forma natural e já mais tranquila.
Muitos, refeitos ou restabelecidos, não voltam aos Templos de Umbanda,
de fato se socorrem dela como um doente se socorre de um pronto-socorro,
porém, outros, se apaixonam e se agregam à Umbanda, normalmente
àquele Templo em que foi socorrido, alguns como muitos de seus
trabalhadores, outros como frequentadores de seus cultos.
É bem verdade que jamais um Templo de Umbanda ou seus Guias se atém
à crença do socorrido, independe de qualquer condição ao atendimento aos
que dela se socorrem, seja por classe social, raça ou credo, o pronto
atendimento é indistinto.
No caso daqueles que após serem socorridos não mais voltam, é natural que
muitas vezes até mesmo se esqueçam dos motivos que os levaram a
procurar o socorro e, na verdade, nenhum Templo ou Guia esperam
qualquer demonstração de gratidão, pois cumprem seu papel de prestação
de caridade sem nada exigir em troca, nem mesmo a tal gratidão.
Porém, há aqueles que se dizem apaixonados pela religião e se agregam à
ela, todavia, vê-se, mesmo nesses, algo que acho estranho, pois muitos
destes, apesar de fazerem parte de um Templo ou simplesmente tornarem-
se frequentadores assíduos, negam sua religiosidade.
Essa característica eu nomeio de autopreconceito ou, se não for isso, é
ainda pior, pois demonstra ingratidão com a religião que os acolheu. Acho
estranho porque se dizem apaixonados, não têm pudor algum em
nomearem-se umbandistas quando em círculos fechados, porém, se
questionados sobre sua religiosidade em público ou se tiverem que,
simplesmente, participar de um evento externo ao Templo, negam essa
religiosidade, se acovardam.
Vejo muitos “filhos de fé” que fazem parte de Templos e quando
convocados a participar de eventos externos ou ajudar na divulgação de
eventos ou atividades se escondem, se negam ou até mesmo ignoram tais
atividades ou sua participação, nem um simples “curtir” numa publicação
nas redes sociais que tenha a ver com a religião se atrevem.
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O mais interessante é que quando há “giras” são os primeiros que na
primeira oportunidade, se chegam aos Guias para pedirem algo ou
reclamarem de suas dores e problemas, mas não tem a mesma disposição
para honrar a religião na qual buscam acolhimento e socorro.
Certo dia estava numa conversa com um Dirigente e este me dizia que
conheceu a Umbanda quando atravessava um momento muito difícil na
vida e que foi nela que encontrou auxílio e socorro, por essa razão honra a
religião que lhe deu honra.
Como é bom ouvir um testemunho desses, pois coadunam com meu
sentimento e com aquilo que acredito, ou seja, devo honrar a quem me
honra, se a Umbanda honrou minha vida porque não honrá-la?
Já escrevi certa vez um texto em que dizia que o pior preconceito é o
autopreconceito, nesse, concluo afirmando que um dos piores sentimentos
talvez seja o da ingratidão, e o pior, ingratidão com aquilo que a pessoa diz
ser sagrada para ela. Será que é sagrada mesmo? Você é umbandista? Você
diz que entrou para a Umbanda, mas a Umbanda entrou em você? Você
incorpora seus guias, mas os valores deles você incorporou? Só como
exemplo: você enche os pulmões pra dizer “Ogum Yê meu Pai” ou
“Eparrei Iansã” quando vai saudá-los no Terreiro, mas e na vida, você
brada tão forte assim honrando aqueles que te honram como filho ou filha?
Provocações para reflexões. Saravá!
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(Claudio Viera)
24 de agosto, Saravá Pai Oxumarê
ORAÇÃO AO PAI OXUMARÊ
Pai Oxumarê, Divino arco-íris da Alegria, do Encantamento e da
Renovação.
Toca meu coração magoado de tristezas que ninguém vê, e liberta a
minha alma do rancor e da desilusão que me prendem num passado
sem paz e sem calma.
Serpente da Sabedoria das Águas de Ouro do Amor, toca meu
pensamento intranquilo e deposita em meu ser doces gotas de Alegria.
Num jato Renovador, diluindo tudo aquilo da dor antiga e sombria
que eu teimo ainda em reter.
Pai das Águas lá dos Céus, onde moram as Sete Cores, toca e desfaz
esses véus e me faz novo, de novo, qual criança renascida que em paz
descansa, mansa e sem temores, abençoada e nutrida Pela Tua Corte
de Erês.
Abraça a Terra, Pai Divino, dilui em nós toda mágoa, renovando e
despertando
Todos os filhos Teus com o Poder Celestino das Tuas Cores e Águas.
Sustenta-nos em Tuas Mãos e nos eleva do chão ao Colo Sagrado de
Deus.
Salve Senhor do Arco-Íris!
Arrobobô yê, Oxumarê!
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