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Manual de Anatomia e Fisiologia
SISTEMA MUSCULAR
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Índice
INTRODUÇÃO 2
OBJECTIVOS GERAIS 4
ENQUADRAMENTO DO MÓDULO 4
BIBLIOGRAFIA 4
SISTEMA MUSCULAR 6
MÚSCULO ESQUELÉTICO 7
FORMAS DOS MÚSCULOS 9
MÚSCULOS HUMANOS 10-21
FISIOLOGIA MUSCULAR 22
ESTRUTURA DA FIBRA MUSCULAR 22
CONTRACÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO 24
EM SÍNTESE 27
INTRODUÇÃO
O programa de estudos está delineado para formandos com grande vontade de se desafiarem a si
próprios, no sentido de obterem sucesso numa profissão que é pessoal e financeiramente
recompensadora.
Para que este objectivo seja cumprido, os nossos formadores são altamente qualificados e possuem
experiência nas matérias respectivas.
O presente manual está construído para possibilitar, a cada formando, uma forma única de
processamento e aprendizagem dos conteúdos. Os formandos são encorajados a potenciar as suas
qualidades individuais de aprendizagem. Desta forma os formandos desenvolvem as suas vertentes
críticas, avaliação das necessidades do cliente, solução de problemas, desenvolvimento de capacidades
intuitivas e habilidade para criar um plano de tratamento.
Adicionalmente, são criados desafios como preparação para os seus objectivos de carreira.
Orgulhamo-nos do sucesso dos formandos diplomados e do impacto que eles provocam na vida de
outros. Somos cuidadosos no sentido de considerar o corpo e a mente como um todo.
Desta forma oferecemos aos formandos, cursos que para além do aspecto científico, privilegia
experiências de crescimento pessoal. O currículo do curso inclui o módulo de Fundamentos Biológicos
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do Corpo Humano, que lhes transmite conteúdos de Anatomia e Fisiologia, fundamentais em profissões
que lidam com a saúde. Os nossos documentos de apoio estão cientificamente bem documentados e
actualizados.
A habilidade para percepcionar as diferenças entre tecidos como tendões, artérias, veias, músculos,
fascias e mesmo energia, é essencial para o sucesso. Este processo é progressivo, feedbacks e a prática
repetida em diversos contextos é fundamental.
Não existem atalhos, senão o cumprimento de objectivos de aprendizagem para que o referencial de
formação tenha significado.
É extremamente importante perceber como conjugar o conhecimento com as capacidades intuitivas. A
interacção com o cliente, a capacidade de ouvir, a avaliação do cliente, a habilidade de comunicar com
delicadeza e a manutenção de elevados patamares éticos é indissociável da prática da qualquer
desporto.
OBJECTIVOS GERAIS
1. Conhecer os níveis de organização do corpo humano;
2. Relacionar e definir as terminologias de anatomia e fisiologia por sistema corporal;
3. Reconhecer as estruturas dos principais sistemas influenciados pela massagem;
4. Descrever em pormenor a anatomia muscular superficial bem como as estruturas de apoio
(musculares, tendinosas, ligamentares e articulares).
ENQUADRAMENTO DO MÓDULO
Qualquer pessoa envolvida na área da saúde necessita de um amplo conhecimento do corpo
humano pois, só assim, compreenderá as reacções do corpo, perante determinados “estímulos”. A
aprendizagem de anatomia e fisiologia exige um olhar atento sobre intermináveis redes de
estruturas nervosas, vasos sanguíneos e linfáticos, camadas musculares sobrepostas, entre
outras.
O objectivo deste manual é oferecer, ao formando, conteúdos de fácil compreensão, que
promovam a aprendizagem. Assim sendo, procurou-se organizar, o módulo, de forma lógica e
sequencial, e dotá-lo de explicações claras e completas.
Este módulo trata do sistema muscular, do mecanismo envolvido na contracção muscular, e de alguns
músculos com a sua origem, inserção e acção.
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BIBLIOGRAFIA
Anónimo, 2001 – Anatomy and Physiology Made Incredibly Easy. 1Th
Edition Guanabara -
Koogan. USA.
Azevedo C., 1997 – Biologia Celular. Lidel – Edições técnicas Lda. Lisboa
Brites M., 2006 – Fisiologia - Manual de Apoio ao Estudante. QuidNovi. Matosinhos.
Flores M., 1998 – Atlas Temático de Cirurgia. Beta-Projectos editoriais Lda. Lisboa.
Keith L, Arthur F., 1999 – Anatomia Orientada para a Clínica. 4ª Edição. Guanabara Koogan.
Rio de Janeiro.
Miranda. E. – 2000 - Bases de Anatomia e Cinesiologia. Editora Sprint Lda.Rio de Janeiro.
Moll K. Moll M., 2004 – Atlas de Anatomia. Lusociencia-Edições Técnicas e Científica, Lda.
Loures.
Neil B., 2000 – Compêndio de Fisiologia. Stória Editores Lda. Lisboa.
Ovejero A., 1998 – Corpo Humano. Beta-Projectos editoriais Lda. Lisboa
Parker, S., 2007 – Anatomia e Fisiologia do Corpo Humano. Dorling Kinderley – Civilização
Editores, Lda. Porto.
Pereira L., 2001. – Metabolismo de Órgãos Vitais in Riscos de Agentes Biológicos-Manual de
Prevenção. IDICT. Lisboa.
Sandy F., 2000 – Fundamentos da Massagem Terapêutica. 2ª Edição. Manole. Brasil.
Seeley R., Stephens T. & Tate P., 2007 – Anatomia & Fisiologia. 6ª Edição. Lusociência. Lisboa.
Serranito P., 2003 – Fundamentos Biológicos do Exercício e da Condição Física, 2ªEdição.
Xistarca. Lisboa.
Ribeiro B., 1992 – O treino do Músculo. Editora Caminho. Lisboa.
Rigutti A., S/D – Atlas Ilustrado de Anatomia. Girassol Edições Lda. Sintra.
Reyes E., 1998 – Anatomia Humana. Beta-Projectos editoriais Lda. Lisboa.
Robertis E.& Robertis Jr., 1996 – Biologia Celular e Molecular. Fundação Calouste
Gulbenkian. Lisboa.
Sherman, K., J., Cherkin, D.,C., Kahn, J., Erro, J., Herbek, A., Deyo, R., A., & Eisenberg, D.,
M., 2005 - A survey of training and practice patterns of massage therapists in two US
states BMC Complementary and Alternative Medicine.
Twietmeyer T, McCracken T., 2006 – Manual de Anatomia Humana para Colorir. Editora
Ganabara Koogan. Rio de Janeiro. Valdivia, P., 1998 – Manual de Massagem. Xistarca, Promoções e Publicações Desportivas,
Lda. Ministério do Trabalho e da Segurança Social.
Whitaker R & Borley N., 2000 – Compêndio de Anatomia. Blackwell Lda. Instituto Piaget.
Lisboa.
J. A. Esperança Pina – Anatomia Humana da Locomoção – LIDEL - Lisboa
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SITES DA INTERNET
http://www.visiblebody.com
http://www.exrx.net
http://www.muscleandmotion.com/
http://www.anatomia.online.com
http://www.innerbody.com/htm/body.html
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FORMAÇÃO PROFISSIONAL, LDA.
Elaborado em 2009 por Henrique Lopes
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SISTEMA MUSCULAR
Figura 1 – Sistema Muscular –( Visiblebody.com)
O corpo humano tem aproximadamente 640 músculos, que perfazem entre 40 a 50 por cento do
peso de um indivíduo masculino. Relativamente ao feminino, embora o número seja o mesmo,
peso total é menor. Quando estes se contraem, afectam o movimento do corpo como um todo: do
sangue (circulação), dos alimentos (através do tracto digestivo), da urina (através do tracto
urinário) e do tórax, diafragma e abdómen (durante a respiração). Os músculos são, portanto, os
responsáveis pelo movimento, pois é devido à contracção muscular que o movimento acontece.
Existem três tipos de músculo:
Músculo esquelético - é formado por tecido muscular estriado e insere-se nos ossos;
Músculo cardíaco - é formado por tecido muscular cardíaco disposto em fáscias e em espiral
e, cada célula, tem a capacidade de se contrair ritmicamente. O tecido contrai-se de forma
coordenada graças a um elemento anatómico do qual partem «ondas» de contracção, que se
propagam pelo coração regulando a sua pulsação. O músculo cardíaco pode efectuar
contracções fortes e continuadas sem nunca parar;
Músculo liso - é formado por tecido muscular liso e a sua função é controlam os movimentos
involuntários dos órgãos internos (vasos sanguíneos, brônquios, tubo digestivo, etc.). Estes
músculos encontram-se sob o controlo do sistema nervoso autónomo e reagem aos impulsos
com contracções lentas e regulares, que podem prolongar-se durante multo tempo;
Destes três tipos de músculos apenas será abordado o músculo esquelético, neste capítulo.
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MÚSCULO ESQUELÉTICO
O músculo esquelético é uma das variedades do tecido muscular. Tal como o tecido muscular liso
e o tecido muscular cardíaco, apresenta algumas propriedades específicas: extensibilidade,
elasticidade, excitabilidade e contractibilidade.
O músculo esquelético é constituído, fundamentalmente, por dois tecidos:
Tecido muscular estriado, com capacidade para transformar energia química em energia
mecânica;
Tecido conjuntivo, que forma as fáscias, as quais envolvem:
As células musculares – denominado endomísio;
Os feixes de células musculares – denominado perimísio;
O músculo – denominado epimísio.
As fáscias juntam-se nas extremidades do músculo para formar o tendão, que se relacionará com
os ossos.
Figura 2 – Esquema de um músculo esquelético em corte transversal (Retirado de «Massoterapia
Clínica» de James H. Clay e David M. Pounds)
FUNÇÕES DO MÚSCULO ESQUELÉTICO
Reconhecem-se as seguintes funções ao músculo esquelético:
Produção do movimento articular;
Manutenção das posturas;
Participação na estabilidade articular;
Participação em vários processos relacionados com a manutenção do equilíbrio interno (p.e.
regulação térmica).
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UNIDADE MÚSCULO ESQUELÉTICA
A unidade musculo esquelética (figura 3) é a estrutura mais simples, responsável pela produção
do movimento e integra:
Um músculo unido a dois ossos;
Uma articulação móvel que permite o movimento.
Quando o músculo se contrai, a tensão resultante é transmitida às peças osseas através das
fáscias e dos tendões, que induzem o movimento articular através do deslocamento das peças
ósseas. O deslocamento das peças ósseas realiza-se segundo a direcção em que o músculo se
une aos ossos. Essa linha imaginária recebe a designação de linha de tracção do músculo.
O tipo de movimento articular depende da relação que se estabelece entre a linha de tracção do
músculo e a orientação do(s) eixo(s) articular(es). Os eixos articulares dependem das
características morfológicas das superfícies articulares.
A análise da participação dos músculos no movimento exige, particularmente, que se analisem as
características morfológicas das superfícies articulares (eixos articulares) e conhecimento sobre a
orientação das linhas de tracção dos músculos, que cruzam a(s) articulação(ões) em análise.
Considera-se que o ponto que permanece fixo se designa de origem, enquanto que o local de
união ao osso que se desloca é designado de inserção. Pode ser usada uma outra terminologia
que é inserção proximal e inserção distal em que a primeira corresponde ao ponto onde o
músculo se insere no local mais proximal e, a segunda, ao ponto onde o músculo se insere no local
mais distal. Em termos práticos a origem é equivalente à inserção proximal e a inserção é
equivalente à inserção distal.
Ao descrever o músculo referimo-nos, geralmente, à sua origem e inserção indicando, dessa
forma, como actuam na produção do movimento. Se observarmos o exemplo do bicipete braquial,
dizemos que a sua origem é no tubérculo supraglenoidal e na apófise coracóide da escápula e a
inserção, na tuberosidade do rádio. Indicamos, assim, que este músculo tende a realizar a flexão
do antebraço sobre o braço.
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FORMAS DOS MÚSCULOS
Os músculos podem apresentar várias formas (figura 4).
Figura4 – Esquemas de formas musculares (retirado de Gispert, C., 2006 e de «Massoterapia Clínica» de James H. Clay e David M. Pounds)
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MÚSCULOS HUMANOS
Figura 5– Esquemas dos músculos humanos – vista anterior (retirado de Parker, S., 2007)
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Figura 6– Esquemas dos músculos humanos – vista posterior (retirado de Parker, S., 2007)
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Origem, Inserção e Acção de alguns dos principais músculos
Músculos do Pescoço
Esternocleidomastoideo
Inserção Proximal – 1/3 interno da Clavícula e manubreo do esterno
Inserção Distal – Apófise
mastoidea do temporal e occipital
Elevador da Escápula
Inserção Proximal – Apófises transversas cervicais C2 a C5
Inserção Distal – Ângulo superior da omoplata
Flexão Inclinação lateral Rotação Elevação da escápula
Elevação da escápula (a) Extensão do pescoço (b) Inclinação lateral do pescoço (c)
Músculos da Cintura Escapular
DELTOIDE
Inserção Proximal – Terço lateral da Clavícula Inserção Distal – Tuberosidade deltoidea do Úmero
Anterior
Inserção Proximal – Dois terços mediais da omoplata
Inserção Distal Tuberosidade deltoidea do Úmero
Flexão Extensão Abdução Rotação interna Rotação externa
Posterior
GRANDE PEITORAL
Inserção Proximal – Dois terços internos da Clavícula (porção clavicular) e face anterior do externo e cartilagem das seis primeiras costelas) Inserção Distal – Face lateral do Úmero, abaixo da cabeça do úmero (goteira bicipital do úmero)
Flexão Rotação interna Adução Extensão Abaixamento
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Depressão da escápula
Faceta superior do troquíter Abdução do braço
1
PEQUENO PEITORAL - 1
Inserção Proximal Bordo superior e face externa das 3ª,4ª e 5ª costelas.
Inserção Distal
Porção anterior do bordo interno da apófise coracoideia
Elevador das costelas (musculo inspiratório)
SUBCLÁVIO - 1 1
Inserção Proximal - Primeira cartilagem costal e na primeira costela Inserção Distal Goteira do subclávio, existente na face inferior da clavícula
GRANDE REDONDO
Inserção Proximal – Fossa
infra-espinhosa, junto ao ângulo inferior da omoplata.
Inserção Distal – Face anterior
do úmero (lábio interno da goteira bicipital) Extensão
Adução Rotação
SUPRA-ESPINHOSO
Inserção Proximal Insere-se na fossa supra-espinhosa da omoplata Inserção Distal
INFRA-ESPINHOSO
Inserção Proximal – Fossa infra-espinhosa
Inserção Distal – Tubérculo
maior do úmero
Rotação externa Abdução horizontal
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úmero Adução
SUBESCAPULAR
Inserção Proximal Superfície anterior da escápula Inserção Distal Pequeno tubérculo do
Rotação interna
REDONDO MENOR
Inserção Proximal – Bordo postero-lateral da escápula Inserção Distal – Grande tubérculo adjacente ao local de articulação do úmero (Faceta inferior do troquíter)
Rotação lateral Abdução horizontal
INFRA-ESCAPULAR
Inserção Proximal Fossa sub-
escapular Inserção Distal Troquino
Rotação interna Adução do braço
GRANDE DENTADO
Porção superior: Insere-se no ângulo superior da omoplata e nas duas primeiras costelas Porção média: Insere-se no bordo espinhal da omoplata e no bordo inferior e na face externa das 2, 3, 4ª costelas; Porção inferior: Insere-se no ângulo inferior da omoplata e na face externa das 5,6,7,8,9, e 10ª costelas
Baixa e antepõe a escápula
Roda a escápula elevando o
braço no plano frontal e sagital
Participa na inspiração
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BICÍPTE
Inserção Proximal – Porção Longa – tubérculo supraglenoidal da escápula; Porção Curta – apófise coracóide da escápula
Inserção Distal – Tuberosidade
do rádio
CORACO BRAQUIAL
Inserção Proximal – Apófise coracoide da escápula Inserção Distal –Face antero-medial do úmero
RADIAL
Inserção Proximal – Epicôndilo medial do úmero
Auxilia na:
Abdução
Flexão
Rotação medial
Adução
Adução horizontal
Flexão
Inserção Distal – Base do 2º metacarpo
Extensão
Abdução
CUBITALPOSTERIOR (extensor cubital do carpo)
Inserção Proximal –
Epicondilo lateral do úmero
Inserção Distal –5º
metacarpo
Extensão (mão) Adução (mão)
CUBITAL ANTERIOR (flexor cubital do carpo)
Inserção Proximal
– Porção úmeral Vértice do epicôndilo medial do úmero; Porção do cúbito – margem posterior do cúbito
Inserção Distal –
Pisiforme
Flexão (antebraço) Flexão (mão) Adução (mão)
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TRICEPS
Inserção Proximal – Logo abaixo da cavidade glenoide e metade superior da diáfise posterior do úmero Inserção Distal – Tuberosidade do rádio
LONGO SUPINADOR - BRAQUIORRADIAL
Inserção Proximal – Dois terços
superiores da crista supracondilar lateral do úmero Inserção Distal – Face lateral da extremidade distal do rádio
CURTO SUPINADOR
Inserção Proximal – Epicôndilo lateral do
úmero, extendendo-se ao cúbito Inserção Distal – Terço superior e lateral do radio
REDONDO PRONADOR
Inserção Proximal – Apófise coronoide do cúbito Inserção Distal – Meio da diáfise lateral do rádio
Músculos Dorsais
TRAPEZIO
Auxilia a extensão
Adução
Flexão (antebraço) Rotação externa (antebraço)
Supinação
Auxilia na flexão (a) Pronação (b)
Inserção Proximal – Occipital, ligamento comum posterior e apófises espinhosas das vertebras C7 a D12 Inserção Distal – terço lateral da clavícula e espinha da escápula
Abaixamento Elevação Retropulsão Extensão Inclinação lateral
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GRANDE DORSAL
Inserção Proximal – Apófises espinhosas das vertebras D6 a L5, Crista sagrada e crista ilíaca
Inserção Distal – goteira bicipital
do úmero
ROMBÓIDE MAIOR E MENOR
Inserção Proximal – Apófises espinhosas das vértebras dorsais
Inserção Distal – bordo
interno ou vertebral da escápula
ÍLEO COSTAL
Inserção Proximal – Parte superior da coluna sagrada e lombar e parte superior da crista íliaca
Extensão Adução
Elevação no plano frontal Retro impulsão da escápula
Estende o tronco Inclina-o lateralmente Baixa as costelas (expiração)
Inserção Distal – 12 costelas e nas apófises transversas das últimas vértebras cervicais
Músculos do Abdómen
GRANDE OBLÍQUO – OBLÍQUO ESTERNO
Inserção Proximal – Crista íliaca, arcada crural e púbis
Inserção Distal – face externa da 5ª à 12ª costela
PEQUENO OBLÍQUO – OBLÍQUO INTERNO
Inserção Proximal – Crista
ilíaca, arcada crural, púbis e vértebras lombares
Inserção Distal – Ultimas 4
costelas e cartilagens costais
Flecte o tronco (a) Inclina o tronco (b) Roda o tronco (c)
Flecte o tronco Inclina o tronco Roda o tronco Baixa as costela actuando como músculo expirador
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TRANSVERSO DO ABDÓMEN
Inserção Proximal – Face interna da 7ª à 11ª cartilagem costal, fáscia toracolombar, crista ilíaca e terço lateral do ligamento inguinal
Inserção Distal – Linha branca com
apeneurose do músculo oblíquo interno, crista púbica e linha pectínea do púbis
GRANDE RECTO DO ABDÓMEN
Inserção Proximal – Sínfise púbica e crista púbica
Inserção Distal – Apêndice xifóide
e 5ª, 6ª e 7ª cartilagens costais
Músculos dos Membros Inferiores
GRANDE GLÚTEO
Inserção Proximal – Porção posterior da lábio externo da crista ilíaca, na fossa ilíaca externa, na crista do sacro e do cóccix, nos tubérculos sagrados póstero-externos e nos bordos laterais do sacro e do cóccix Inserção Distal – Ramo externo superior da linha áspera do fémur e no lábio externo da linha áspera.
MÉDIO GLÚTEO
Inserção Proximal – Face externa do ílio
Inserção Distal – face
lateral do trocanter maior do fémur
PEQUENO GLÚTEO
Inserção Proximal –
Entre as linhas glúteas anterior e inferior da crista ilíaca
Inserção Distal –
Superfície anterior superior do grande trocânter do fémur
Roda o tronco (a) Baixa as costelas (expiração) – intervem particularmente na expiração forçada e aumento da pressão intra abdominal – fundamental no esvaziamento abdominal
Flecte o tronco Inclina lateralmente o tronco Baixa as costelas – músculo expirador
Extensão da coxa sobre a bacia e vice versa Adução da coxa Rotação interna
Adução Rotação externa da coxa
Adução Rotação interna da coxa Rotação externa da coxa
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TENSOR DA FASCIA LATA
Inserção Proximal – Crista ilíaca
Inserção Distal – Trato
iliotibial
QUADRICEPS FEMURAL
Inserção Proximal – Grande trocânter e face anterior do fémur; Espinha ilíaca (recto anterior)
Inserção Distal – Face superior da rótula
PECTÍNEO
Inserção Proximal – Ramo superior do púbis
Flexão da coxa Abdução da coxa Rotação interna da coxa
Estende a perna e flecte, promovendo uma ligeira adução da coxa sobre a bacia(recto anterior) e vice versa
Inserção Distal – Linha Pectínea do Fémur, logo abaixo do trôcanter menor
Flexão da coxa sobre a bacia (a) e vice versa, Adução Rotação externa
PEQUENO ADUTOR
Inserção Proximal – Face anterior do corpo do pubis Inserção Distal – Linha áspera do fémur
MÉDIO ADUTOR
Inserção Proximal – Corpo do pubis entre a espinha e sínfise
Inserção Distal – Linha
pectínea e parte proximal da linha áspera do fémur
Adução Flexão da coxa Rotação externa da coxa
Adução Flexão da coxa Rotação externa da coxa
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COSTUREIRO OU SARTÓRIO
Porção Longa
Porção Curta
GRANDE ADUTOR
Inserção Proximal –
Tuberosidade isquiática e ramo isquio-púbico; Inserção Distal – 2/3 superiores da linha áspera; lábio interno e através de um tendão no epicôndilo interno do fémur BICEPS FEMURAL
Inserção Proximal – Porção longa – tuberosidade isquiática; poção curta – linha áspera e linha supracondilar lateral do fémur Inserção Distal – Côndilo postero-lateral da tíbia e cabeça do perónio
Adução Extensão Rotação externa da coxa
Flexão da perna em relação à coxa Extensão da coxa em relação à bacia e vice- versa Rotação externa da coxa
Inserção Proximal – Espinha ilíaca antero-superior Inserção Distal – Bordo superior da tuberosidade interna da tíbia
Flecte a perna, Flecte a coxa sobre a bacia Roda a coxa externamente
SEMITENDINOSO
Inserção Proximal – Face posterior da tuberosidade isquiática Inserção Distal – Tuberosidade interna da tíbia
Flexão da perna Extensão da perna Adução da coxa
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SEMIMENBRANOSO
Inserção Proximal – Face lateral da tuberosidade isquiática Inserção Distal – côndilo interno da tíbia
GÉMEOS
Inserção Proximal – Parte posterior do côndilo latreal do fémur, face superior do côndilo interno
Inserção Distal – Tendão de
aquiles no calcâneo
SOLEAR
Inserção Proximal –
Perónio (na parte posterior lateral da cabeça)
Flexão da perna Extensão da perna Adução da coxa
Extensão (flexão plantar do pé)
Flexão da perna em relação à coxa
Extensão (flexão plantar do pé)
Inserção Distal – Tendão de aquiles no calcâneo
Figura 8 – Esquemas de alguns dos principais músculos, inserções e principais acções realizadas por
eles (retirado de www.sportraining.net)
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FISIOLOGIA MUSCULAR
ESTRUTURA DA FIBRA MUSCULAR
O músculo esquelético é composto de grandes grupos de células longas denominadas fibras
musculares. Cada fibra tem muitos núcleos e uma série crescente de pequenas estruturas fibrosas
internas. As estruturas de uma fibra muscular (figura 9), observando do exterior da célula para o
seu interior, são:
Endomísio - uma camada de tecido conjuntivo fibroso, que envolve o exterior da fibra;
Sarcolema - a membrana plasmática da célula, que se situa sob o endomísio e logo acima do
núcleo da célula;
Sarcoplasma - o citoplasma da célula muscular, que está contido dentro do sarcolema; Miofibrilas - delicadas estruturas filiformes, que determinam o comprimento das fibras e
constituem o feixe de fibras:
Miosina (filamentos espessos) (à volta de 1500);
Actina (filamentos finos), fibras mais finas, dentro das miofibrilas (à volta de 3.000).
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SARCÓMERO
A miosina e a actina estão contidas dentro de compartimentos denominados sarcómeros (figura
10). Os sarcómeros são unidades funcionais do músculo esquelético. Durante a contracção
muscular, a miosina e a actina deslizam uma sobre a outra, reduzindo o comprimento do
sarcómero. Os compartimentos de sarcómeros, de todas as miofibrilhas de uma única fibra, estão
alinhados. Assim, quando uma fibra muscular é observada ao microscópio, bandas transversas,
em ângulos rectos ao eixo mais longo, denominadas estrias, aparecem junto ao comprimento da
fibra.
A camada fibrosa de tecido conjuntivo, denominada perimísio, liga-se às fibras musculares por um
feixe. Uma camada mais forte, o epimísio, rodeia todos os feixes para formar um músculo inteiro.
Estendendo-se além do músculo, o epimísio forma um tendão. A maior parte dos músculos fixa-se
aos ossos, seja directa ou indirectamente.
No caso de uma fixação directa, o epimísio do músculo funde-se ao periósteo, a membrana
fibrosa que cobre o osso. No caso de ser uma fixação indirecta (a mais comum), o epimísio
estende-se além do músculo formando um tendão e fixa-se ao osso.
Figura 10 – Esquema de um sarcómero (Retirado de «Anatomia e Fisiologia» de R. Seeley, T. Stephens,
P. Tate)
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CONTRACÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO
A contracção muscular é acompanhada por alterações do comprimento do sarcómero, explicados
pelo designado mecanismo do deslizamento dos miofilamentos finos (de actina) sobre os
miofilamentos espessos (de miosina) no sentido do centro do sarcómero (figura 11). Este
deslizamento é a consequência da interacção estabelecida entre as pontes transversais da miosina
e as moléculas de actina. Esta interacção é observada mesmo em moléculas de miosina e actina
purificadas, indicando que a união das duas proteínas é um processo espontâneo. No entanto, na
fibra muscular, esta interacção é regulada por vários processos que controlam, com precisão, os estados de relaxamento e de contracção. O processo de contracção das fibras musculares
esqueléticas envolve as seguintes etapas:
1º - Excitação da fibra muscular esquelética, envolvendo o processo de estimulação e a sua
propagação ao longo do sarcolema;
2º - Acoplamento excitação/contracção, que inclui os processos de transdução da excitação em
actividade contráctil;
3º - O ciclo das pontes cruzadas, respeitante à formação e ruptura cíclicas dos complexos de
actomiosina e à geração de força e de trabalho mecânico;
4º- O relaxamento muscular.
Figura 11 – Esquemas da contracção muscular (Retirado de «Anatomia e Fisiologia» de R. Seeley, T. Stephens, P. Tate)
Revisto em 2016 por Paulo Murteira
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EXCITAÇÃO DA FIBRA MUSCULAR
Cada fibra muscular recebe a inervação motora de um único motoneurónio alfa, unindo-se a uma
expansão do axónio numa região da fibra muscular situada, geralmente, a meio do seu
comprimento. A união entre o motoneurónio e o sarcolema constitui a junção neuromuscular
(figura 12), alternativamente, designada de junção mioneural ou de placa motora. A estrutura
desta união sináptica é muito semelhante à de outras sinapses, muito embora existam
especificidades estruturais e funcionais que tornam a placa motora diferente das restantes uniões
entre células excitáveis.
A excitação da fibra muscular tem início com a chegada de um impulso nervoso ao terminal
sináptico do motoneurónio alfa, originando a libertação da acetilcolina no espaço sináptico (figura
13). Este neurotransmissor difunde-se na fenda sináptica até alcançar a porção juncional do
sarcolema, ligando-se, então, aos receptores colinérgicos. O potencial da placa motora é seguido
pelo desencadear de um potencial de acção, que tem início, não na própria placa motora, mas na região do sarcolema imediatamente adjacente. Este potencial de acção, conhecido como
potencial de acção muscular, possui todas as características de um potencial de acção nervoso,
distinguindo-se, apenas, por ter uma duração um pouco superior. Uma vez desencadeado, o
potencial de acção muscular propaga-se ao longo de todo o sarcolema, dando início a um conjunto
de eventos que culminam na produção de força.
Figura 12 – Esquema da junção neuromuscular (Retirado de «Anatomia e Fisiologia» de R. Seeley, T. Stephens, P. Tate) Figura 13 – Esquema da fenda sináptica (Retirado de «Anatomia e Fisiologia» de R. Seeley, T. Stephens, P. Tate)
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COORDENAÇÃO INTERMUSCULAR
Para a produção dos movimentos não basta a contracção de um músculo ou grupo muscular
isolado. A maior parte dos movimentos realiza-se envolvendo vários músculos, ou grupos
musculares, com papéis diferentes e que possibilitam o ajustamento e a adequação do movimento
ao objectivo pretendido (figura 14).
Os músculos que participam no movimento com funções específicas são categorizados em: Agonistas - se a sua acção é responsável pela realização do movimento. Falamos de
agonistas principais quando nos referimos a músculos que fornecem o contributo mais
importante para a força global produzida e agonistas secundários se a sua participação é
acessória;
Antagonistas - se a sua acção é contrária ao movimento. O exemplo do bicípete e do tricípete
braquial é um exemplo clássico desta situação. A acção agonista/antagonista pode inverter-se
quando a acção muscular ocorre com origem e inserção invertida. Se o agonista e o
antagonista se contraírem simultaneamente (co-contracção), não ocorre movimento e existe
uma fixação dos ossos articulados, o que, por vezes, é muito importante na realização de
determinados movimentos;
Fixadores - se a acção do músculo, ou grupo muscular, é a fixação de locais estáveis, que
potenciam a acção dos agonistas do movimento;
Neutralizadores - são músculos que participam no movimento anulando, ou reduzindo, uma
acção indesejável do agonista.
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FUSO MUSCULAR E ÓRGÃO TENDINOSO DE GOLGI
O fuso neuromuscular consiste num pequeno corpúsculo que se localiza no interior do músculo,
paralelamente às fibras musculares. É constituído por cinco a doze pequenas fibras musculares
especializadas - fibras intrafusaís. Estas fibras só apresentam proteínas contrácteis nas
extremidades, o que significa que só as extremidades se podem contrair. Para além, da sua
grande importância como sensor do grau e velocidade do estiramento muscular, o fuso
neuromuscular está, também, na base de um reflexo fundamental na regulação da actividade
motora - o reflexo miotático. Este consiste, sumariamente, na tendência para a contracção de um
úsculo após ter sofrido um estiramento. Como tem um componente monosináptico, este reflexo
permite que a resposta do músculo seja quase imediata, evitando estiramentos não desejados e
representando um mecanismo para manter o comprimento pretendido para o músculo. O órgão
tendinoso de Golgi está localizado no tendão, mais precisamente na junção miotendinosa,
apresentando-se unido por várias fibras musculares. O número de unidades motoras diferentes
que estão representadas nessas fibras não é superior a quinze. Este receptor está ligado à medula
por fibras aferentes semelhantes às fibras Ia, as fibras Ib. Estas fibras, na medula, não apresentam
terminações monosinápticas sobre os motoneurónios alfa. O órgão tendinoso de Golgi é
estimulado pelo estiramento do tendão, que é fundamentalmente consequência de contracções
musculares potentes e dá origem a um reflexo cuja resposta é oposta ao reflexo miotático e que,
por isso mesmo, se designa por reflexo miotático inverso. Em síntese, o órgão tendinoso de Golgi
no ser humano participa no processo de regulação da intensidade da contracção muscular e
permite controlar o grau de cooperação entre músculos sinérgicos.
EM SÍNTESE
DEVE SABER:
Sistema Muscular
Tipos de Músculos Músculo Esquelético
o Função do Músculo Esquelético o Unidade Músculo Esquelética o Forma dos Músculos o Principais Músculos Humanos o Origem, Inserção e Acção dos Principais Músculos
(Pescoço, Cintura Escapular, Membros Superiores, Músculos Dorsais, Músculos do Abdómen e Músculos dos Membros Inferiores)
Fisiologia Muscular o Estrutura da Fibra Muscular o Contracção Muscular o Excitação da Fibra Muscular o Coordenação Intermuscular (Músculos Agonistas,
Antagonistas, Fixadores e Neutralizadores) o Fuso Muscular e Órgão Tendinoso de Golgi