MACHADO DE ASSIS .
IOO ANOS DE UMA
CARTOGRAFIA INACABADA
MACHADO DE ASSIS.
IOO ANOS DE UMA CARTOGRAFIA INACABADA
REPÚBLICA FEDERATIVA D O BRASIL
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro da Cultura
Juca Ferreira
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL
Presidente
Muniz Sodré
Diretora executiva
Célia Portella
Diretora do Centro de
Processos Técnicos
Liana Gomes Amadeo
Diretora do Centro de Referência
e Difusão
Carmen Moreno
Coordenador Geral de Pesquisa
e Editoração
Oscar M. C. Gonçalves
Coordenação de Eventos e Projetos Especiais
Suely Dias
EXPOSIÇÃO
Curadoria
Marco Lucchesi
Produção
Imago Escritório de Arte
Maria Clara Rodrigues
Design da exposição
Leila Scaf Rodrigues
Programação visual
Afflalo +Associados Design
Bitiz Afflalo, Glória Afflalo e Luiz Arbex
Jornal virtual
Pat Kilgore
Assistente de produção
Pablo Matos
Organização
Marco Lucchesi e Raquel Martins Rêgo
Apoio Logístico
Raquel Fábio
Tarso Tavares
Pesquisa iconográfica
Priscila Serejo Martins
Assistentes de Pesquisa
Fernanda Cury
Marlon Magno Abreu de Carvalho
Michele Magalhães
Renan Pereira
Fotografia
Cláudio de Carvalho Xavier
Hélio Garcia
Jaime Acioli
EDITORIAL
Coordenação editorial
Raquel Martins Rêgo e Verônica Lessa
Projeto Gráfico e diagramação
Afflalo + Associados Design
Bitiz Afflalo, Gloria Aflallo e Luiz Arbex
Padronização e revisão
Benjamin Albagli Neto
Francisco Madureira
MACHADO DE ASSIS .
IOO ANOS DE UMA
CARTOGRAFIA INACABADA
Catálogo da exposição realizada na
Fundação Biblioteca Nacional
23 de setembro a 8 de novembro de 2008
Rio de Janeiro, 2008
M I N I S T É R I O I ) A C U L T U R A Fundação BIBLIOTECA NACIONAL
B i b l i o t e c a N a c i o n a l (Brasi l ) .
M a c h a d o de Ass is :
i o o a n o s de u m a c a r t o g r a f i a i n a c a b a d a . - R i o de J a n e i r o : F u n d a ç ã o Bib l io teca N a c i o n a l , 2 0 0 8 . Ê 4 p . : i l . ( a l g u m a s co l . ) ; 2 5 c m .
C u r a d o r i a : M a r c o L u c c h e s i . C a t á l o g o da e x p o s i ç ã o r e a l i z a d a n a F u n d a ç ã o Bib l io teca N a c i o n a l , n o R i o de J a n e i r o , de 23 de s e t e m b r o a 0 8 de n o v e m b r o de 2 0 0 8 .
ISBN 9 7 8 - 8 5 - 3 3 3 - 0 5 0 0 - 7
1. Ass is , M a c h a d o d e , 1 8 3 9 - 1 9 0 8 - E x p o s i ç õ e s . 2. Bib l io teca N a c i o n a l (Brasi l ) - E x p o s i ç õ e s . I. Lucches i , M a r c o . II. T í t u l o .
C D D 0 1 6 . B 8 6 9 3
Com esta exposição, que é uma das maiores já realizadas até hoje, homenageamos
Machado de Assis no centenário de sua morte. Um motivo particular de orgulho
é que tudo se fez com o riquíssimo acervo da Biblioteca Nacional e com a parti-
cipação de todas as suas divisões. Aqui se delineia um Machado que atravessa em
cheio a Modernidade, narrando o universal da aventura humana com as nuances
especialíssimas da paisagem carioca e, no limite, incitando a se repensar alguns dos
desafios que nos movem e enriquecem, a partir do prisma multicultural e poliglota
de nossa cultura. Com isto, pretendemos rememorar Machado não como um ponto
perdido no tempo, mas como o escritor contemporâneo das muitas e diversas mo-
dernidades.
A Biblioteca Nacional se propõe, através dessa figura paradigmática
de nossas letras, a promover um diálogo cultural mais amplo, que contemple os
especialistas e críticos de sua obra, mas sem deixar de lado uma visão de cidadania
solidária, inclusiva, democrática. Isto é o que a obra de Machado nos mostra em não
raros momentos, criticando o sistema político do Segundo Reinado, a escravidão e
os vícios de uma democracia formal e aparente. A própria biografia de Machado
de Assis coincide contraditória e luminosamente com a possível biografia de muitas
vozes, de muitos rostos e expressões, que se desenvolvem soberbamente na narrativa
desse que é um de nossos maiores escritores.
Muniz Sodré
Presidente da Fundação Biblioteca Nacional
Marco Lucchesi Curador
Cada um de nós traz uma idéia de Machado.
Idéia vaga, talvez, difusa, mas eminentemente
sua, apaixonada e intransferível. Como se guardás-
semos um fino véu que se estendesse sobre a cidade
do Rio de Janeiro.
Paisagem pela qual vamos fascinados e diante de
cuja natureza suspiramos.
Todo um rosário de ruas e de igrejas - Mata-Ca-
valos, Santa Luzia, Latoeiros e Candelária. Nomes-
guias e sonoridades perdidas. Morros derrubados.
Praias ausentes. Tudo o que perdemos move-se ainda
nas páginas de uma cidade-livro. Cheia de árvores
e de contradições, por vezes dolorosas. Chácaras e
quintais compridos. Aqueles mesmos quintais que as-
sistiram aos amores de Bentinho e Capitu e dentro de
cuja educação sentimental nos formamos.
Machado nos vem desde a escola - com "A car-
tomante" ou a "Missa do galo" - até a revelação
inesperada de Brás Cubas; quando já consideramos
nossa aquela terra ficcional, totalmente nossa, e por
usucapião.
E assim aprendemos a ver as coisas que nos cercam.
Herdamos parte essencial de sua língua. O corte
da frase. A espessura do substantivo. A parcimônia
de atributos. Mas, acima de tudo, o modo de sondar
a extensão de nosso abismo. Sabemos que o Cruzeiro
do Sul está muito alto "para não discernir os risos e
as lágrimas dos mortais". Mas acreditamos que "al-
guma coisa escapa ao naufrágio das ilusões". Esse
fraseado lapidar salta dos livros e cria instrumentos
de sentir. E não são apenas as frases. As personagens
também se deslocam do papel e vagam incertas pelas
ruas do Rio. Tal como as criaturas de Dostoievski em
São Petersburgo.
Sabemos onde moram e para onde vão.
Aquelas ruas e praças são como espelhos que re-
fletem distâncias desde sempre intangíveis.
Emerge desse mundo, José Dias com seu passo
estudado. Marcela, tão ávida de esplendores. A seve-
ra beleza de Guiomar. E o sorriso-lágrima de Helena.
O piano de Fidélia em Botafogo. E Quincas Borba
nas escadarias da igreja de São Francisco.
Mas há também seres de carne e osso, contem-
porâneos de Machado, que lhe habitam as páginas,
adquirindo foros de eternidade ficcional, como o
"ateniense" Francisco Otaviano. A longa tristeza
de Alencar no Passeio Público. As mãos trêmulas de
Monte Alverne, apalpando o espaço que não podia
ver. As meias de seda preta e os calçados de fivela do
porteiro do Senado.
Para Machado de Assis a História podia ser compa-
rada aos
fios do tecido que a mão do tecelão vai compon-do, para servir aos olhos vindouros; com os seus vários aspectos morais e políticos. Assim como os há sólidos e brilhantes, assim também os há frouxos e desmaiados, não contando a multidão deles que se perde nas cores de que é feito o fun-do do quadro.
O centro e o fundo. As cores vivas e desmaiadas.
A trama singular. Machado de Assis terá fixado o
sentimento exato daqueles dias, que parecem ultra-
passar o próprio tempo, como se fossem o patrimô-
nio da memória coletiva e quase atemporal.
A exposição da Biblioteca Nacional é dedicada
aos amigos e leitores de Machado. A idéia tinha de
ser abrangente e republicana. E a escolha não podia
não ser biográfica neste centenário, quando se rede-
senha o rosto de Machado.
Se a crítica avançou nesse território, ainda resta
muito que fazer no espaço continental de sua obra.
Falta uma biografia mais apurada, que retifique as
anteriores, de Lúcia Miguel Pereira, Magalhães Jú-
nior, Luis Viana Filho e Jean-Michel Massa - cujo
livro A juventude de Machado de Assis constituiu um
passo decisivo. O labirinto de pseudônimos, decla-
rados ou não, ainda espera pelo fio de Ariadne. E a
1 6 - 7
edição da obra completa parece deixar a descoberto
zonas de silêncio e vazios demográficos.
A voz de Machado se faz sentir na exposição a
partir da obra e da cidade. Como se tivéssemos de
tentar aquele livro de memórias que ele sugeriu em
carta a José Veríssimo. Memórias futuras, por onde
se move o "narrador anfíbio". A exposição se inspira
na "imagem ambígua do mundo" e na visão "unitá-
ria da natureza", que Machado persegue nas mudan-
ças da Corte para a Capital Federal.
Esse tônus de época, assumido pela exposição,
insere Machado no horizonte do Segundo Reinado
e da República, delineando-lhe, ao mesmo tempo, o
índice manifesto de sua contemporaneidade, tão cla-
ro nas obras maduras e cheias de frescor. Os ensaios
de Alfredo Bosi, José Miguel Wisnik e Sérgio Pau-
lo Rouanet vêm apontando recentemente para essa
inesgotável permanência.
A exposição vai das peças mais visitadas às me-
nos conhecidas, além daquelas redescobertas duran-
te a montagem e devidamente assinaladas. Trata-se
menos de uma semiologia de objetos e mais de uma
sintaxe configuradora. Não a simples amostragem,
mas o ruído da obra e da história, que formam um
todo, longe do vácuo que se costuma interpor entre
ambas, como se fossem esferas irredutíveis.
Seria o caso de combater alguns fantasmas que, mui-
to embora eliminados pela crítica, perseguem uma
estranha sobrevida?
A idéia, por exemplo, de um menino mais pobre
do que realmente foi e de compleição mais frágil do
que teve. E a lista seria longa: não consta que Ma-
chado tivesse tentado apagar suas raízes ou que lhe
faltasse amor pela família; a existência da padaria
Gallot, onde teria aprendido francês, carece de docu-
mentação plausível; o primeiro poema que publicou
não foi "A palmeira", mas "À lima. Sra. D.P.J.A.";
Carolina não ampliou as leituras de Machado nem
tampouco lhe aperfeiçoou o estilo; o espaço entre a
primeira e a segunda fase da obra, cuja fronteira se-
ria Memórias póstumas de Brás Cubas, deixou de ser
vista como um abismo; não faltam árvores e quintais
no coração da narrativa e a natureza não está
fora de seus quadros, como também as cartas
que escreveu não respiram frias distâncias; por
último, Machado jamais deixou de lado as ques-
tões políticas, como o caso Christie, a escravidão
e a República.
Tudo isso já foi amplamente demonstrado.
E, no entanto, esses falsos biografemas parecem
inarredáveis.
E mesmo que fossem verdadeiros, a obra
não perderia um milímetro de sua qualidade fic-
cional.
Seja como for, o fascínio exercido por Machado
é a melhor parte de seu legado. Aquele enigma
tão bem definido por Graça Aranha:
O que se sabe das suas origens é impreciso; é a vaga e vulgar filiação, com inteira igno-rância da qualidade psicológica desses pais, dessa hierarquia, de onde dimana a sensibi-lidade do singular escritor. E por isso acen-tua-se mais o aspecto surpreendente do seu temperamento raro, e divergente do que se entende por alma brasileira. Há um encanto nesse mistério original, e a brusca e inexpli-cável revelação do talento concorre vigoro-samente para fortificar-se o secreto atrativo, que sentimos por tão estranho espírito. De onde lhe vem o senso agudo da vida? Que legados de gênio, ou de imaginação, recebeu ele? Ninguém sabe. De onde essa amargura e esse desencanto? De onde o riso fatigado? De onde a meiguicef A volúpia? O pudor? De onde esse enjôo dos humanos? Essas qua-lidades e esses defeitos estão no sangue, não são adquiridos pela cultura individual. A ex-pressão psicológica de Machado de Assis é muito intensa para que possa ser atribuída ao estudo, à observação própria. Cada traço de seu espírito tem raízes seculares e por isso ele resistirá a tudo o que passa.
E aqui se estende seu olhar sobre o futuro.
TEMAS PARA U M D I C I O N Á R I O M A C H A D I A N O
M a r c Ferrez.
Panorama apresentando os
bairros da Glória e do Catete.
[189-] .
Só assim teremos uma grande literatura .
"Estabelecei a crítica, mas a crítica fecunda, e não a estéril, que nos
aborrece e nos mata, que não reflete nem discute, que abate por capricho
ou levanta por vaidade; estabelecei a crítica pensadora, sincera, perseverante,
elevada - será esse o meio de reerguer os ânimos, promover os estímulos,
guiar os estreantes, corrigir os talentos feitos; condenai o ódio, a
camaradagem e a indiferença — essas três chagas da crítica de hoje; „ ( M a c h a d o de Assis.
ponde, em lugar deles, a sinceridade, a solicitude e a justiça — e so assim Diário do Rio de Janeiro,
que teremos uma grande literatura." 8 out.1865)
I O - I I
O N O V O M U N D O .
Noticia da atual literatura
brasileira. Ar t igo de
M a c h a d o de Assis p u b l i c a d o n o jornal O Novo Mundo. N ° v a Y o r k , 14 mar. 1973 .
Ia noticia na edade icn como icral das
110 do in-Hiclor ilo sim como Primeiros magnífico lorico do •união de ao prélo. OMAJI TÍ 1-:," " ni.i.-geral da
itricto de ilontes.— intitulada 0 Tlieatro prélo. itlnista e te fizeram eatros de para nm oróm, pe-ne muito
idvogado •"o, escre-ne se pu-s, mas de
mhra im-Memorin , nos mo a mesma IRAI,, e m 'RAXCISCO uella Fa-is ontras a-se qne ?reiro 011
II.tlF.RME is qne se 1 Dtniz— no a uma romance. Fidalgos
ama não ilterario, - " A Fa-leitor "— > e s m e r n -n q u i s t á r a ic portu-> se fará as obras
111 um ro-) A V I D D E 0." Ain-irtnenses <e impri-OSÉ OAII-1 poucos 1, c ipital
Angola. 15 anros haver em • que cila :ar-se es-auetores
IUA I> 'AN-0 subido
ministros prélo um mprehen-u o regi-1 governo linio cas-
u ultimu-romance
)lha Jor-edige. E
f " » K S n , A s n , 'a , l i l l'«blicar um Com-pêndio de Poética o Estylo. T„ L B . 1 T V V r a : Í , u submetteu á approvução da Juncta Consultiva d'Instrucção Publica umas cartilhas pam a primeira infancia; e o Comuiis-sario dos Estudos do Districto (Açoriano) de Angra do Heroísmo publicou outro trabalho do mesmo gênero. AUGUSTO J O S É DA CI NUA. lente ua bschola Politeclmica está dando ao prélo li-vrinnos de leitura para criança?, modelados pelas obras altemaus do mesmo genero.
CASTILHO E M E L L O .
N O T I C I A D A A U T U A I ,
L I T T E R A T U R A B R A Z I L E I R A .
i k s t i s c t o DI; NACIONALIDADE.
Q L E M examina a actual litteratura brazileira reconhece-lhe logo, como primeiro traço, certo instii.cto de nacionalidade. Poesia, romance, todas as formas litterariaa do pensamento bus-cam vestir-se com as cores do pniz, e não lia negar que similhante preoccupação é sympto. ma de vitalidade e abono de futuro. As tra-dicções de GONSALVES D I A S , PORTO A L E G R E e M A G A L H Ã E S são assim continuadas pela geração já feita e pela que ainda agora madruga, como aquelles continuaram as de J O S É UASII.IO DA
G A M A B S A N C T A R I T A D U R Ã O . Escusado é dizer a vantagem deste universal accordo. Interrogando a vida brazileira e a natureza americana, prosa-dores e poetas acharão ali farto manancial de inspiração c irão dando physionomla própria ao pensamento nacional. Esta outra independên-cia não tem Septe de Septembro nem campo de Ypiranga; não se fará 11'nm dia, mas pausada-mente. para sabir mais duradoura ; não será obra de uma geração nem duas; muitas traba-lharão para ella até perfazel-a de todo.
Sente-se aquelle instineto até nas manifesta-ções da opinião, aliás mal formada ainda, res-iricta em extremo, pouco solicita, e ainda me-nos apaixonada nestas questões dc poesia c litteratura. l ia nella um instineto que leva a applaudir principalmente as obra* que trazem os toques nacionaes. A juventude litteraria, sobretudo, faz de3te ponto uma questão de legi-timo amor-proprio. Nem toda ella terá medita-do os poemas de U R U C U A Y e CARAMURÔ com aquella attenção que taes obras estão pedindo; mas os nomes de BASILIO DA G A M A e D U R Ã O são citados e amados, como precursores da poesia brazileira. A razão é que elles buscaram em roda de si os elementos de uma poesia nova, e deram os primeiros traços de nossa physionomla litteraria, emquanto que outros, GONZAGA por exemplo, respirando aliás 03 ares da patria, não souberam desligar-se das faixas da Arcadia nem do3 preceitos do tempo. Admira-se-lhes o talento, mas não se lhes perdoa o cajado e a pastora, e nisto lia mais erro que acerto.
Dado que as condições de3te escripto o per-mittissein, não tomaria eu sobre mim a defeza do mau gosto dos poetas arcndicos nem o fatal es-ti t..(i que essa eschola produziu nas lltteraturas portugueza e brazileira. Não mo parece, todavia, justa a censyra aos nossos poetas coloniaes, is-cados duquelle mal; nem egualmente justa a de não haverem trabalhado para a independencia litteraria, quando a independencia política jazia ainda no ventre do futuro, e mais que tudo, quando entro a metrópole e a colonia creura a historia a homogeneidade das tradicçoes, dos costumes e da educação. As mesmas obras de BASILIO DA G A M A e D U R Ã O quiseram antes os-
soniilidade litteraria. Mas si isto é verdade, j não é menos certo que tudo é matéria «le poesia, 1 uma vez que traga as condições ilo bello ou os el> inentos de qne elle se compõe. Os que, como'' o Sr. VARNIIAOKN, negam tudo aos primeiros povos deste paiz, esses podem logicamente ex-cluil-os da poesia côntemporunea. Parece-me, entretanto, que, depois das memórias que a este respeito escreveram os Sr3. M A G A L H Ã E S e GONSALVES DIAS, não é licito arredar o elemen-to indiano da nossa applicação iutellectual. Erro seria conslltuil-o um exclusivo palrimonio da litteratura brazileira; erro egual fóra certa-mente a sua absoluta exclusão. As tribus in-dígenas, cujos U 3 0 3 e costumes J O Ã O FRANCISCO ;
LISBOA cotejava com 0 livro de TÁCITO e os I
achava tão siniilhantes aos dos antigos Germa- , nos, desuppareceram, é coito, da região que , por tanto tempo fóra sua; mas a raça mi- !
nadora que as freqüentou, colheu informações preciosas e nol-as transmittiu como verdadeiros ; elementos poéticos. A piedade, a minguarem 1 outros argumentos dc maior valia, devera ao j menos inclinara imaginação dos poetas para os povos que primeiro bobeiam os ares destas re-giões, consorciando 11a litteratura 03 que 11 fa-talidade da historia divorciou.
Esta é hoje a opinião triumphante. Ou lá nos costumes puramente indianos, taes quaes os vemos nos Tymbiras, de GONSALVES D I A S , 011 já na lueta do elemento barbnro com o civiiisado, tem a imaginação litteraria do nosso tempo ido buscar alguns quadros de siugular effelto, dos quaes citarei, por exemplo, r. Iracema, do Sr. I J. DE ALENCAR, uma das primeiras obras desse | fecundo e brilhante escriptor.
Comprchcndcndo que não está na vida in-diana todo o palrimonio da litteratura brazilei-ra, mas apenas um legado, tão brazileiro como universal, não se limitam os nossos escriptorcs a essa só fonte de inspiração. Os costumes ci-vilizados, ou já do tempo colonial, ou já do tem-po de hoje, egualmente olíerecem á imaginação bôa e larga matéria de estudo. Não menos que elles, os convida a natureza americana, cuja magnificência e esplendor, naturalmente desa. liam a poetas e prosadores. O romance sobre-tudo apoderou-se de todos esses elementos de invonção, a que devemos, entre outros, os livros dos Srs. B E R N A R D O G U I M A R Ã E S , que brilhante e ingenuamente nos pinta os costumes da região em que nasceu, J . D E A L E N C A R , MACEDO, S I L -
VIO D I N A S T E (Escraguolle Taunay), F R A N K L I N
TAVORA, e alguns inais.
Devo accrescentar que ne3te ponto manifes-ta-se ás vezes unia opinião, que tenho por errô-nea; é a que só reconhece espirito nacional nas obras que tractou de nssumpto local, doctrina que, a ser exacta, limitaria muito os cabedaes da nossa litteratura. GONSALVES DIAS, por exemplo, com poesias próprias seria admittido 110 pauthcon nacional; se exceptuarmoa os Tymbiras, os outros poemas americanos, e cer-to numero de composições, pertencem os seus versos pelo assumpto a toda a mais humanidade, cujas aspirações, enthusiasmo, fniquesas e do-res geralmente cantam; e excluo dahi as bellas Scxtilhas clu Frei Antãu, que essas pertencem unicamente á litteratura portugueza, não só pelo assumpto quo o poeta extrahlu dos histo-riadores lusitanos, mas até pelo estylo que elle habilmente fez antiquado. O mesmo acuiitece com os seus dramas, nenhum dos quaes teeiu por tlieatro o Brazll. Iria longo si tivesse do citar outros exemplos de casa, e não acabaria
Charge pub l icada na
Semana lllustrada.
Rio de Jane i ro , 16 fev. 1878 .
M a c h a d o de Assis.
Ideal do crítico. Pub l icado no
jornal Diário do Rio de Janeiro.
Rio de Jane i ro , 8 o u t . 1865 .
•utwij, ai U J « uj|KHüm,uu i u u m í<.iu«a i a v n . u a . . ^ r ~ moveis e outros muitos <>bjeclos forem levados para o lugu-aonde estavamâcinj i d a s t r o p a s ; t o d n a lúih latrinchei-ra oflfei ocia o aspecto de um bazar grotesoo.. . A guarniçà estava cb i iaacahtr , nu moaient » de esmerar o combate. Alguns erabr.agaMoi-sa com kerosene e ou morr-rata <>u " aram doentes ü w j u v n m renderão e não pelejar P u Quanto duravam a negociações piua a capuuUcão, os s.li-dados saiiiant espontaneamente a lespeilo ios itíicií^s.
• Os corpuí fo: im rfi s iniia lv'!» e entregue» t J.-.*. ás f .r-ÇJ>s brasiltuias coai i s-^pção le uns 200 e tanto que se «ciiAvam nos o o i ' • • í l h i d o s <nn . m . 0 armamento
. ' ynut '
cidos de que as auloudados não sabem pactuar coi me; e nara isto cumpro (jue as que furum no i oadai indivíduos do recmiliecido credito» amigas da jus i.isos do serviço publico e incansaveis na persegu malfeitores.
O goveruo espera uma narração minuciosa dq Ihantes acontecimentos, não sendo suflicientc uma ( çào ve< baldo quo o ceutro da província doava em | que as respectivas autoridades prosiguia na cap acioi t4> dos att mtados, os quaes se havim refugi p i i n o i a s linaitrophes.
F O L i í R' iT\i .
l D i i A L D O C R I T I C O
Exercer a critica, afigura-se a al.runs quo ú uma fácil taref», como a outros parece igualmente faci! a tarefa do legislador; mas, p?ra a representação ülleraria, como para a representação política, ú preciso ler alguma cousa mais que um simples desejo de faltar á multidão. Iyfcliz-ttenteé a opinião contraria que domina, e a crilica, desam-parada pelos esclarecidos, 6 exercida pelos incompe-tentes.
São obvias as conseqüências de uma tal siluaçã*. As Hiusas, privadas de um pharol seguro, correm o risco de naufragar nos mares «empre desconhecidos da publicidade. O erro prodysirá o erro; amortecidos os nobres estímulos, bat idas as legitimas ambições, só um tribunal será aca-tado, e esse, se é Q mais numeroso, 6 lambem o menos de-cisivo. O poeta oscillará entre as sentenças mal concebidas do critico, e os «restos caprichosos da opinião ; nenhuma -uz, nenhum conselho, nada lhe mostrará o caminho que <ieve seguir,—e a morto próxima será o prêmio definitivo das suas fadigas e das suas lutas.
Chegamos já a estas tristes consequencias?N5o]quero pro-ferir um juízo, que seria temerário,mas qualquer pódenotar com que largos intervallos apparecem as boas obras, o como são raras as publicações selladas por um talento ver-dadeiro. Quereis mudar esta situação afllitiva ? Estabele-cei a critica, mas a critica fecunda, c não a esteril, que nos aborrece e nos mata.que não reflecte nem discute, que abate por capricho ou levanta por vaidade ; estabelecei a critica pensadora, Eincera, perseverante, elevada, — será esse o nieio de reerguer os ânimos, promover os estímulos, guiar o s estreantes, corrigr os talentos feitos; condemnae o odio, a camaradagem e a indiíferença,—essas tres chagas da cri-tica de hoje,—ponde em lugar delles, a sinceridade, a soli-citude e a justiça, — é só assim quo teremos uma grande küeratura.
E' claro que a essa critica, destinada a produzir ri farina, deve-se exigir as condições o as virtudes Um á critica dominante; —e para melhor detin pensamento, eis o que eu exigiria no critico do fut'
0 critico aotualmento acceilo não prima pela ' litl iraria ; creio ató que uma das condições para d uhar tão curioso papel, 6 despíeocupar-se do questões quo ontendem com o domínio da imaginai tra, entretanto, deve ser a marcha do critico ; lonf sumir em duas linhas,—cujas phrases já o typogi tem feitas,—o julgamento de uma obra, cumpre ditar profundamente sobro ella, procurar-lhe o se limo, applicar-lho as leis poéticas, ver emfim ató c a imaginação o a verdade conferenciaram para aqi ducção. Deste modo as conclusões do critico ser\ á obra ooncluida, como á obra em embryão. analyse,—a critica quo não analysa é a mais comrn nSo pôde pretendor a ser fecunda.
Para realisar tão multiplicadas obrigações, com] eu que não basta uma leitura superficial dos auto a simples reproducção das impressões de um n póde-se, é verdade, fascinar o publico, modii phraseolugia quo se emprega sempre para louv pritnir; mas no animo daquelles para quem un nada valo, desde que não traz uma idóa,—esse n potente, e essa critica negativa.
Não comprehendo o critioo sem consciência. A e a consciência, eis as duas condições princij exercer a cr.tica. A critica util e verdadeira ser que, em vez de modelar as suas sentenças por resse, quer seja o iuteresse do odio, quer o ção ou da sympathia, procure reproduzir ui os JUÍZOS da sua consciência. Ella deve ser sii pena dc ser nulla. Não lhe ó dado defender nen interesses pessoaes, nem os alheios, mas sómc convicção, e a suá convicção, devo formar-se tão alta, que não soíTra a acção das circumslancias Pouco lhe deve importar as sympathias ou a dos outros; um sorriso complacente, so pó Jo so
Rafael C a s t r o y O r d o n e z .
Rua do Ouvidor.
Rio de Jane i ro , 1862.
A simpatia é o meu léxico .
"[...] mas é preciso atender ao uso das palavras. Não cansam só as línguas
que as dizem; elas próprias gastam-se. Quando menos, adoecem. A anemia é
um dos seus males freqüentes; o esfalfamento é outro. Só um longo repouso , , ( M a c h a d o de Assis. Gazeta de
as pode restituir ao que eram, e torná-las prestáveis." Notícias, u mar. 1893)
Charge pub l icada n o
jorna l A Pacotilha.
Rio de Jane i ro , n . 23, 1865.
à direi ta: M a c h a d o de Assis.
T r a d u ç ã o de O corvo, de
Edgar Allan Poe, publ icada
n o jorna l A Estação.
Rio de Jane i ro , 2.8 fev. 1883 .
ao b r u m a s , pens iu» q u e os a m o r SIM a p r o v e i t a n d o o i i v j » j
p a r l e m em cavalg.nlasV
NA.. L iu I' t r o p o l i i , Fril . i irprt, Th. r c o p o l i s , se Í»{IIC ,
p e r f e i t a m e n t e a n i a \ i m a : Hóa i - j m a n a far. .
Mesmo lVt ropo l i s , q u e e o liueaio i e t i r» pr- (er ido das i
l l umiuou jea , só lia tloit d i v e r t i m e n t o s .
0 hotel Dragam;:» onde se fali i um pouco ila vi-la a l h e i a ;
!•: OS baile* d o (á i í s iuó P e l r o p o l i t a n o , aos d"Mii»;:o«.
doinlu":>s, s im! por que. S. M possa hon ra i -o s
t o m sua a u g u ü i p re sença .
Mas fn i rqué não ã pu lu las , as le igas ' •
Porque. e s m a r i d o s n ã o ÍOIUMII Sea.lo aos s ahhados ,
quan t ia j u s t a m e n t e S. M. de .-.ce. K j i lá so i\ú » t e m p o cm
oa it ' is d iz iam aos seus m i n i s t r o s Vou ver / a i r a , depo i s
v! l ivcr t e m p o t r a t a r e m o s da pol í t ica .
Hoje as / r r a s (i i s s i m d e p o i s dos m i n i s t r o s .
) . ' n *,alanlcria q u e se vae , l e i t o r a » ; a m p a r a e - n com a
inllii tKi i d >s \ n i s o s encau ou cila se m o r r e c o m p l e t a - !
m e n t e ú m i n g u a .
l l epo i s isso de c idades d o c a m p o . . . Acontece m u i t a vez
q u e uma j o v e n a d m i r a as m a n e i r a s d ' u in bel lo martcelut,
e logia a sua d i s ü n c i á o , a nobreza d e seu c a r a c t e r .
A ' s vezes m e s m o »e iu l l a inma , fali» d e l l o c o m o a r t i s t a ,
como a m o r o s a , ta lvez, — c e n t r e t a n t o se llie p e r g u n t a m :
— Quer casar «o:n e l l e ?
Mia , c o m o desper t an Io r e p e n t i n a m e n t e d ' u in sonho ,
e x c l a m a : — « <lh! n á o , eu p re l i ro o p r i m o J ú l i o
!•' o q u e eu s in lo q u a o d o d e i x o 1 c o r t e pe lo c a m p o c q u e i
me d izem : « l ' u i s q u e s e n h o r a c h a is to de l ic ioso , H o p r o -
pic io á sua s a ú d e , p o r q u e não es tabe lece aqui a sua res i -
denc ia ile verSo.
Nâ' i . eu pre l i ro meti p r i m o Jni i . .
(i m e u p r i m o Jú l io é a (.'.Vle com t o J o i os s e u s deitei i- s ,
[ ':ia a sua c h i n a , as s ias mal uceiadas r u a s e c a r r o ç a s , e os !
r i d i a i l o s ed is , u n s d e p e r m e i o os r a p t o s de mocas gorados ,
a u n i d a d e , o e s p i r i t o , o i m p r e v i s t o e os t h e a l r o s - • • • ••
V:\o começando d e a n i m a r - se u m p o u c o os nossos thea l ro* .
He volta das provi l ic ias e m a i s in fe l i zes d o t|iie Mar ia
Angii t e m o , u m a c o m p a n h i a na l ' h e i i i \ D i a m a t i r a e ou t r a '
no P r ínc ipe i m p e r i a l .
Na rua d 'A ju i l a s u b i o :, seen.1 o Hmpmtnior A - ;
iihcim enire nenhures, d r a m a em c i n c o ac tos u oilO q u a d r o s •
— o i lo o cine : Ire/.e, m a u n u i a e i o , n n i n ç r o fa t íd ico ,
l i e » r i l i e ine n à " licava j a m a i s a ne-sa, q u a n d o e r am treze a
j a n t a r c o m i d a s.t chegava p n . i dose .
K' de A. ItOiirj.'1 tis e d 'Kiu ierv o d r a m a ; e pe los n o m e s
dos a u t t rês j á l i e i a !•. i lora s a b e n d o q u e a peça é g r a n d e ,
longa , m u i t o longa , do e n t r e c h o c o m p l i c a d i s s i m o , bem
t r a m a d o , b e m desenvo lv ido e b e m d e s a t a d o f i n a l m e n t e ;
q u e t em s ; e n a s comrnoi en t e s , sceuhs q u e e s p a n l a m . e s t a -
te lam o e s p e c t a d o r ; seonas emi iu i p a r a Iodos os gos tos .
Modes t amen te e i iscenada e medioc i t smeuto r e p r e s e n t a d a
Eu c i ta re i en t r e t an to o h r . s iuuu : • q u e d e o re levo ao
papel d e p t u t o g o n i s l a , e . . .
K o c ü o — e n t r a u m rn.» ua peça q u e se p . t r lou e d m o
um p e r f e i t o c a v a l h e i r o . — l i ' u u n t ' coi i iòensaçào.
0 1 Sonoros Sinai ile Comei iile t i v e r a m m a i s u m a ed ição , j
f o r a m l e p r e s e n t a d o » n o f r i n & i p e í r a p e r i â t - '/nifcnl t / t C
— f a z e n d o o S r . Mael iado o pape l do" C a » p i r - - / t " M l ••ri'!
J a m a i s o a.:b.r Machado Unlm atatótdo tliu pape l se: io ; :
na \ i d i d o palco fo ra s e m p r e u m i n i c i f q u l o p r o c u r a t a |
s enão fazer r i r .
O u a n d o cor reu p o r t a n t o a m.va d e q u e elle i a f a z e r u p a p e l
q u e foi um dos s u c c e s s o j tio a r i t s l i f r aneez l t a b e l l y e u m a <
g lo r i a d o C u i l h e r m e d e A g u i a r , todos d u v i d a r a m , e . . .
K o t l iea t ro o t i c b e u - s e .
<i p r i m i ro a ç u pas sou sem i n c i t k n l e . no s e c u n d o ,
l inalmeii te ua «cena da ava reza , ' q u a n d o o ' ' S r . M a c h a d o ;
l ima to i le t te de S"liin b ram o | u a r n e c i d a tle r e n d a s l irnn-
cas e i n i m a e n l a d a s m a r g a r i d a s ; no;, cahello? a i n d » niai
pa r idas — I das au les da sccua tio j a r d i m .
S qini lilaí.. f ' ;fos ile r e n d a r h r a u c i deri.it-ido eni q u a -
d r a d o , de longa cauda
ü s o b r e t u d o q u a i i n e n h u m pau te i . O que eu note i cun
ex l reu ia s a l i s í a e l o . J O.
AS N O S S A S G R A V U R A S A H A I N H A V I C T O R L A
j)iin»os l ioic y r e t u i t o •» f . i inhi i \ ' i c l ( n i «. S n p p o -m o s f u / c r ás l . i i o r u s vi.i I v/.r:«i » u m t io s m e l h o r e s n i i m o s .
( , n m e H e i t o , n o h r e s e n h o r a n á o ».' s<> UJOÍI tHgnsi r a i n l i a . -que •> n n u i d o a d m i r a » r e s p e i t a , q u e o . i n g l e z e s c s t r e i n - r t i n c o m e n t l i u s i a s m o . S u a s q u a l i d a -d e s p o l í t i c a s , o i M tt l a r f o e m p r e g a d o p o r ci la iif> e x e r -c í c i o -Ia s o b e r a n i a c o n s t i t u c i o n a l q u e •> n . i s / i m c n t o l h e d e u , c a s a m m a i - . l i i ias e sol iJaw q u a l i d a d e s d e s e n h o r a e d<- ivái . M á i desve l l av la . e s p o r a a m a n t e , v iuva a u s t e r a , d t i - a - d e -I u m a !;i:nilui d i s t i n e t a : e . c o m o tal a a p r e s e n t a m o s á s n" . -sas l e i t o r a s . í > u « e s q u e r q u e s e j a m •> v i r t u d e s q u e m e l h o r q i . j l i e m c o m o n o s s o e s p i r i t o , o u a s p u b l i c a : , o u a s p r i v a d a s , p o d e -r e m o s d i z e r d e l i a c«»mo o s i n y l c / e s . ( i kÍ • i r t l h e Quatíii l
O C O R V O
K m c e r t o d i a , á h o r a , á h o r a L):< m e i a n o i t e q u e a p a v o r a .
E u . c a h i n d o d e < o m n o . . j -xhaus to d e f a d i g a . A o p é d e m i n t a l a u d a a n t i g a
1 >c u m a v e l h a d o u t r i n a , a g o r a m o r t a . Ia p e n s a n d o , q u a n d o o u v i i p o r t a D o m e u q u a r t o , u m s o a r d e v a g a r i n h o ,
K d isse e - t a s p a l a v r a s t a e s : f K' a l g u é m q u e rr.o b a t e á p o r t a d e m a n s i n h o ;
.« H a d c s e r i s so . e n a i l a m a i s ! »•
A h ! b e m m e l e m b r o ! b e m m e l e m b r o ! K a t io ^ i a c i a l D e z e m b r o ;
C a d a b ra / . a d o l a r s o b r e o c h ã o r e H e c t i a A sua u l t i m a a g o n i a .
l{u . a n c i o s o pel«> o i , b u s c a v a Sax t r d a q u e l l e s l i v r o s q u e e s t u d a a R e p o u s o ( u m va«j! • t d o r e s n i ; ; . : a d o r a
D e s t a s s a u d a d e s i m m o r t a e s P e l a q u e o r a n o s c e u s a n j o s c h a m a m L e n o r a .
K q u e n i n g u é m c h a m a r á m a i s .
I • r u m o r t r i s t e , v a g o . b r a n d o l),is c o r t i n a s ia a c c o r d a n d »
D e n t r o o m m e u c o r a ç ã o u m \ ' - ror n á o v t b i d o . N u n c a p o r e l l e p a d e c i d o .
K m l i m . p o r a n p l a c a l - o a q u i n o p e i t o , L e v a n t e i - m e u c p r o m p t o , e : CI«>m o f l c i t o . i Dis>e) e vis i ta a m i g a ' e r e t a r d a d a
- Ou . - b a t e a - i a s h o r a s t a e s : <•. E ' v i s i t a q i p e d e a m i n h a p o r i a e n t r a d a ;
. I l u d e v e r issu, e n a d a m a i s .
M i n h a b n a e n t ã o s e n t i u - s e f o r t e ; N ã o m a i s vac iUo . e d e s t a s o r t e
K a l i o ; « I m p l o r o d e vos . o u s e n h o r , o u s e n h o r a . •• Me d e s c u l p e i s t a n t a d e m o r a .
«» M a s c o m o e u , p r e c i s a d o d e d e s c a n ç o , M J á ecichi l- iva. e t ã o d e m a n s o e m a n s o
b a t e s u n ã o f u i l o g o , p r e s t e m e n t e , i C e r t i f i c a r - m v q u e a h i e s t a e s . •>
D i s s e ; a p o r t a e s c a n c a r o , a c h o n n o i t e s o m e n t e , S ' » m e n t » a n o i t e , e n a d a m a i s .
C o m l o n ^ o o l h a r , e s e r n t o a s o m b r a , Q u e m e a m e d r o n t a , q u e m e a s s o m b r a
E i s o n h o o q u e n e n h u m m o r t a l h a já s o n h a d o . M a s o s i l e n c i o a m p l o e c a l a d o ,
C a l a d o l i c a ; a q u i e t a ç ã o q u i e t a ; Si> t u , p a l a v r a i m u a e d i l e c r a , I J e n ò r a . t u , c o m o u m s u s p i r o e s c a s s o ,
Ua m i n h a t r i s t e b o c c a s.u- ; E o é c h o . q u e t e o u v i u , m u r m u r o u - t e 110 e s p a ç o :
|*oi issu a p e n a s , n a d a m a i s .
E n t r o c o ' .i a l m a i n c e n d i a i a . L 0 4 0 d e p o i s o . í t r . i p a n ç a Ia
S o a u m p o u c o m a i s f o r t e ; e .n v o l t a n d o - m e , d i e o : «• S e ü u r a m e n t e , ha n o p o s t i g o
• A l g u m a cou>.t q u e s u s s u r r a . A b r a m o s . Kia. íVira '> t e m ^ r . . ia, v e i a m o s . \ e x p l i c a .*. » d«i iso m v s t e r i o s >
J . Gut ier rez .
Ministério da Agricultura.
Rio de Jane i ro , 1895 .
Circulares que o vento leva .
"Circulares que o vento leva; a política era boa, fácil e dava g a n h o
a todos, aos de fora c o m o aos de dentro. M a s as circulares são
c o m o as ilusões: verdeiam algum tempo, amarelecem e caem logo;
' 0 r ( M a c h a d o de Assis,
depois vêm outras." Gazeta de Notícias, 17 set. 1896)
16-17
à direi ta: M a c h a d o de Assis.
Ofício ao chefe da Diretoria-Geral
de Contabilidade. 1 fev. 1893 .
Eugene Cicéri; Phil ippc Benoist .
As praias St. Luzia e a Glória.
[1851] .
A história dos subúrbios .
"Em vão passavam as gerações, ele não passava. Chamava-se João. Noivos
casavam, ele repicava às bodas; crianças nasciam, ele repicava ao batizado;
pais e mães morriam, ele dobrava aos funerais. Acompanhou a história da
cidade. Veio a febre amarela, o cólera-morbo, e João dobrando. Os partidos
subiam ou caíam, João dobrava ou repicava, sem saber deles. Um dia
começou a Guerra do Paraguai, e durou cinco anos; João repicava e dobrava,
dobrava e repicava pelos mortos e pelas vitórias. Quando se decretou
o ventre-livre das escravas, João é que repicou. Quando se fez a abolição
completa, quem repicou foi João. Um dia proclamou-se a República, João
repicou por ela, e repicaria pelo Império, se o Império tornasse.
Não lhe atribuas inconsistência de opiniões; era o ofício. João não sabia de
mortos nem de vivos; a sua obrigação de 1853 era servir à Glória, tocando
os sinos, e tocar os sinos para servir à Glória, alegremente ou tristemente, , , , ( M a c h a d o de Assis.
conforme a ordem." Gazeta de Notícias, 4 nov. 1900)
1 6 - 1 9
O VELHO SENADO
t a c h a d o d e Assis .
° veIho Senado. Publicado na Rci"sta Brazileira.
d c J a n e i r o , 15 j U n. 1 8 9 8 .
A proposito de algumas litographias de Sisson, tive ha dias
uma visão do Senado de 1860. Visões valem o mesmo que a retina
em que se operam. Um político, tornando a ver aquelle corpo, acha-
ria nelle a mesma alma dos seus co-religionarios extinctos, e um
historiador colheria elementos para a historia. Um simples curioso
não descobre mais que o pitoresco do tempo e a expressão
das linhas com aquelle tom geral que dão as coisas mortas e
enterradas.
Nesse anno entrara eu para a imprensa. Uma noite, como
saissemos do theatro Gymnasio, Quintino Bocayuva e eu fomos
tomar chá. Bocayuva era então uma gentil figura de rapaz, del-
gado, tez macia, fino- bigode e olhos serenos. Já então tinha os
gestos lentos de hoje, e um pouco daquelle ar distant que Taine
achou em Merimée. Disseram coisa analoga de Chailemel-La-
cour, que alguém ultimamente definia como très-rcpitblicain de
conviction ct très-aristocrate dc lemperamcnt. O nosso Bocayuva 17 TOMO XIV — 1808
Desmons .
Panorama da cidade de Rio de
Janeiro tomado do morro de St.
Antônio a vôo de pássaro.
[1854]-
Tenho particular amor às borboletas .
"É meu velho costume levantar-me cedo e ir ver as belas rosas, frescas
murtas, e as borboletas que de todas as partes correm a amar no meu
jardim. Tenho particular amor às borboletas. Acho nelas algo das minhas
idéias, que vão com igual presteza, senão com a mesma graça." ( M a c h a d o de Assis.
Gazeta de Notícias, 19 fev. 1893)
Z O - 2 I
P a r t i d a de xadrez en t re
t a c h a d o de Assis e A r t h u r
N a P o l e ã o . Illustraçãu Brazileira.
R l ° de Jane i ro , i jul. 1877 .
à esquerda : U m a das cur ios idades
da expos ição foi re t i rada d o
á lbum de a u t ó g r a f o s de Ernes to
Senna. N o verso d o sugest ivo
Poema Valsando! (Ao Senna)
~ talvez escr i to em h o m e n a g e m
3 0 o r g a n i z a d o r das a s s ina tu ras - ,
M a c h a d o de Assis escreve:
Quem foi o inventor dos álbunst
Não fui eu.
Machado de Assis
'1-1-89
Logo a b a i x o , a p r ó x i m a pessoa
a a u t o g r a f a r o á l b u m de Senna
aprovei ta o grace jo e e m e n d a :
Nem eu.
Leopoldina M. de Vasconcelos.
20-4-90
ac ima: O r g a n i z a d o por Leono r
Pereira de M e l o , Lau r inda Santos
L o b o e F. G u i m a r ã e s , o á l b u m de
a u t ó g r a f o s é c o m p o s t o por fo lhas
sol tas c o n t e n d o tex tos , desenhos
e ded ica tór ias de pe rsona l idades
c o m o J o ã o d o Rio , Euclides da
C u n h a e A f r â n i o Pe ixo to .
O s o rgan izadores f o r a m
c o n t e m p l a d o s c o m o a u t ó g r a f o
de M a c h a d o de Assis, subsc revendo
os seguintes versos:
Aqui vae um nome velho, não
menos velho que escasso, não menos
escasso que triste.
Machado de Assis
3 de setembro 1907
Die Rua Direita in
Rio de Janeiro. I185-] .
Eu o mais encolhido dos caramujos .
"Houve sol, e grande sol, naquele domingo de 1888, em que o Senado votou
a lei, que a regente sancionou, e todos saímos à rua. Sim, também eu saí à
rua, eu o mais encolhido dos caramujos, também eu entrei no préstito, em
carruagem aberta, se me fazem favor, hóspede de um gordo amigo ausente;
todos respiravam felicidade, tudo era delírio. Verdadeiramente, foi o único „ , , , ( M a c h a d o de Assis.
dia de delírio público que me lembra ter visto." Gazeta de Notícias, 14 m a i o 1893)
16-26
t a c h a d o de Assis.
Hino patriótico. Publicado na revista Semana lllustrada. R l ° de J ane i ro , 18 jan . 1863 .
Desmons .
Panorama da cidade de Rio de
Janeiro tomado do morro de
St. Antônio a vôo de pássaro.
[1854]-
A vida é uma ópera e uma grande ópera .
"Aquilo que hoje se chama profanamente Pensão Beethoven era a casa do
clube. O salão do fundo, tão vasto como o da frente, servia aos concertos
e enchia-se de uma porção de homens de vária nação, vária língua, vário
emprego, para ouvir as peças do grande mestre que dava nome ao clube, ( M a c h a d o de Assis
e as de tantos outros que formam com ele a galeria da arte clássica." Gazeta de Notícias, 5 j u l . 1 8 9 6 )
Bilhete de Machado de Assis
a Ramos da Paz. i ou t . 1883 .
16-28
Retrato de Augusta Candiani .
' r < )grama de apresen tação
Musical d o Club Beethoven. R i o de Janeiro , 27 jun. 1886.
Louis Buvelot .
Praça da Constituição. 1845.
Acompanhar o povo .
"O teatro é para o povo o que o Coro era para o antigo teatro grego; uma
iniciativa de moral e civilização. Ora, não se pode moralizar fatos de pura
abstração em proveito das sociedades; a arte não deve desvairar-se no doido
infinito das concepções ideais, mas identificar-se com o fundo das massas;
copiar, acompanhar o povo em seus diversos movimentos, nos vários modos . . , , , ( M a c h a d o de Assis.
e transformações da sua atividade." o Espelho, 25 set. 1859)
D o m i n g o s Jacy M o n t e i r o .
Parecer pa ra a peça O pomo da
discórdia, de M a c h a d o de Assis.
Rio de J ane i ro , 21 mar. 1864 . 1 6 - 2 9
MACHADO DE ASSIS E O ROSTO DA CIDADE
Eugene Cicéri; Phil ippe Bcnoist .
A Prainha (da Saúde). [1852] .
Se eu for a contar as memórias da infância, deixo a semana no meio, remonto os tempos e faço um volume .
16-33
"Eu, quando era pequenino, achei ainda uma usança da noite de S. João.
Era expor um copo cheio d'água ao sereno, e despejar dentro um ovo
de galinha. De manhã ia-se ver a forma do ovo; se era navio, a pessoa
tinha de embarcar; se era uma casa, viria a ser proprietária, etc. Consultei
uma vez o bom do santo; vi claramente visto - vi um navio; tinha de
embarcar. Ainda não embarquei, mas, enquanto houver navios no mar,
não perco a esperança." ( M a c h a d o de Assis.
Gazeta de Notícias, 16 dez. 1894)
(À memória de minha irmã)
Foste a rosa desfolhada
Na urna da eternidade,
Pr'a sorrir mais animada,
Mais bela, mais perfumada
Lá na etérea imensidade.
Rasgaste o manto da vida,
E anjo subiste ao céu
Como a flor enlanguecida
Que o vento pô-la caída
E pouco a pouco morreu!
Tu'alma foi um perfume
Erguido ao sólio divino;
Levada ao celeste cume
Co'os Anjos oraste ao Nume
Nas harmonias dum hino.
Parece que no céu bem negra nuvem
Já marcou meu destino pelo mundo!
Tenho de ti saudades, ó meu anjo.
No meu peito o pesar é tão profundo!
Se perdi minha mãe sendo tão moço,
Se padeço de ti tanta saudade,
Não posso existir no mundo triste;
É melhor eu morrer nesta idade!
(A memória de minha mãe)
Há uma dor que não se apaga d'alma,
Lágrima triste que pendente existe
Da face do infeliz:
É gemido que mata e não se acalma,
Que torce o coração, e se persiste,
A existência maldiz.
Essa dor eu senti quando vi morta
Minha terna mãe... perdão, meu Deus.
Se quero já morrer;
Esta vida de dor perder que importa?
Quero com minha mãe morar nos céus,
Com os anjos viver.
Eu perdi minha mãe... era uma santa,
Que tinha a minha vida neste mundo,
Minh'alma e meu amor!
E foi o meu pesar, minha ânsia tanta,
Que a vida quis deixar num ai profundo,
Morrer também de dor.
Só lágrimas de sangue eu sinto agora
Afogaram-me os olhos, e o martírio
Emurcheceu-me a vida;
Eu tenho pouca idade, mas embora,
Sente apagar-se da existência o círio
Minh'alma amortecida.
Maldigo minha vida, por seu filho
A minha pobre mãe chama nos céus
Quando eu rezo por ela;
Choro vendo que só no mundo trilho;
Quero com minha mãe viver, meu Deus,
No céu, bem junto dela!
George Leuzinger.
Rio de Janeiro e seu porto do
Livramento. [18-]
à dire i ta : Assento de b a t i s m o
de M a c h a d o de Assis. Cape la de
N o s s a Senhora d o L iv ramen to .
13 nov. 1839.
1 6 - 3 5
Rafael Cas t ro y O r d o n e z .
P raça c/e D. Pedro I. 1861 .
Políticos, poetas, dramaturgos .
"[...] a recordação da Petalógica dos primeiros tempos, a Petalógica de Paula
Brito —, o café Procópio de certa época, onde ia toda a gente, os políticos,
os poetas, os dramaturgos, os artistas, os viajantes, os simples amadores,
amigos e curiosos; onde se conversava de tudo, desde a retirada de um
ministro até a pirueta da dançarina da moda; onde se discutia tudo, desde o
dó de peito do Tamberlick até os discursos do marquês de Paraná, verdadeiro
campo neutro onde o estreante das letras se encontrava com o conselheiro;
onde o cantor italiano dialogava com o ex-ministro."
( M a c h a d o de Assis. Diário do
Rio de Janeiro, 3 jan. 1865)
1 6 - 3 7
M a c h a d o de Assis aos 25 anos .
M a c h a d o de Assis.
^ Uma. sra. D. P. J. A. Pub l i cado
" o jornal Periódico dos Pobres.
Rio de J ane i ro , 3 ou t . 1854 .
^s te é o p r ime i ro p o e m a de q u e
s c tem notícia a ser p u b l i c a d o p o r
t a c h a d o de Assis.
38-39
H . Fleiuss.
Pan teon da Semana lllustrada,
r ep re sen tando sucesso de 1864 ,
entre eles a pub l i cação das
Crisálidas. M a c h a d o de Assis levado
em t r i u n f o p o r Gonça lves Dias .
à e squerda e aba ixo :
M a c h a d o de Assis.
O s arlequins: poesia .
1864.
Desmons .
Vista da Glória tomada do
Passeio Público. [1854] .
A crítica decidirá se a obra corresponde ao intuito .
"Não quis fazer romance de costumes; tentei o esboço de uma situação e o
contraste de dous caracteres; com esses simples elementos busquei o interesse
do livro. A crítica decidirá se a obra corresponde ao intuito, e sobretudo se o ( M a c h a d o de Assis.
operário tem jeito para ela." T r e c h o d o livro Ressurreição)
M a c h a d o de Assis e a lguns
pe r sonagens d o seu r o m a n c e
Ressurreição. Semana lllustrada.
Rio de Jane i ro , 1 8 7 1 - 1 8 7 2 . 1 6 - 4 1
M A C H A D O I D E A S S I S e algumas personagens do seu aovo romance Iiisurrciçüo.
M a c h a d o de Assis aos 34 anos
e José de Alencar.
Archivo Contemporâneo.
R i o de Jane i ro , 1873 .
Re t r a to s de Ca ro l i na Xavier
de Nova i s . [18-].
Recém-descober tas n o acervo d a
Biblioteca N a c i o n a l , as fo tograf ias de
Caro l ina pe r tencem à Co leção Tacla,
da Divisão de M a n u s c r i t o s .
Eugene Cicéri; Phil ippe Benoist .
Rio de Janeiro tomado de
Boa-Vista da Tijuca. [1852.].
Nenhum escritor teve em mais alto grau a alma brasileira .
"Nenhum escritor teve em mais alto grau a alma brasileira. E não é só porque
houvesse tratado assuntos nossos. Há um modo de ver e de sentir, que dá a
nota íntima da nacionalidade, independente da face externa das coisas. [...]
O nosso Alencar juntava a esse dom a natureza dos assuntos, tirados da vida
ambiente e da história local. Outros o fizeram também; mas a expressão do
seu gênio era mais vigorosa e mais íntima."
( M a c h a d o de Assis. Discurso
p ro fe r ido n o l a n ç a m e n t o da
pr imei ra pedra da es tá tua de José
de Alencar, 1897)
à dire i ta , ac ima:
Rafael Borda lo Pinhei ro . C h a r g e
pub l icada n o jornal O Mosquito.
Rio de J ane i ro , 9 set. 1876 .
à dire i ta , a b a i x o :
M a c h a d o de Assis. T recho em
prosa que a c o m p a n h a p o e m a
sem t í tu lo . [1876] . 1 6 - 4 5
Desmons .
Panorama da cidade de Rio de
Janeiro tomado do morro de
St. Antônio a vôo de pássaro.
[ 1 8 5 4 ] -
A obra em si mesma é tudo .
"Mas eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o primeiro
remédio é fugir a um prólogo explícito e longo. O melhor prólogo é o que
contém menos coisas, ou o que as diz de um jeito obscuro e truncado.
Conseguintemente, evito contar o processo extraordinário que empreguei na
composição destas Memórias, trabalhadas cá no outro mundo. Seria curioso,
mas nimiamente extenso, e, aliás, desnecessário ao entendimento da obra. ( M a c h a d o de Assis.
A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se ^ , , ,. w 0 T recho d o l ivro Memórias
te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus. póstumas de Brás Cubas)
Brás Cubas."
1 6 - 4 7
Folha de rosto da primeira
e dição de Memórias póstumas
de Brás Cubas.
Joseph Alfred M a r t i n e t .
O Passeio Público. 1847.
Retórica dos namorados .
"Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer
o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me açode imagem capaz de dizer,
sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de
ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam
não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para
dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser
arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos
cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a
onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, ,,, , , , , . 1 ( M a c h a d o de Assis,
puxar-me e tragar-me." T recho d o l ivro Dom Casmurro)
1 6 - 4 9
ao lado: Folha de ros to
da pr imeira ed ição de
Quincas Borba.
acima à dire i ta : A u g u s t o M a l t a .
Fotograf ia de M a c h a d o de Assis
c o m u m g r u p o de amigos .
Rio de Jane i ro , [10 ago . 1906] .
N a fo to , M a c h a d o de Assis,
Pereira Passos, J o a q u i m N a b u c o
J. Amér ico dos Santos , Aloís io d
Carva lho , Lafa ie t te Pereira , G a s
tão da C u n h a , Uribes y Uribes ,
d a C o l ô m b i a .
M a r c Ferrez.
[Templo da Vitór ia] .
Rio de Jane i ro , [ 10 jul. 1870] .
O povo mudaria de governo, sem tocar nas pessoas .
"Santos receava os fuzilamentos; por exemplo, se fuzilassem o imperador,
e com ele as pessoas de sociedade? Recordou que o Terror... Aires tirou-lhe
o Terror da cabeça. As ocasiões fazem as revoluções, disse ele, sem intenção
de rimar, mas gostou que rimasse, para dar forma fixa à idéia.
Depois, lembrou a índole branda do povo. O povo mudaria de governo,
sem tocar nas pessoas." ( M a c h a d o de Assis.
Trecho d o l ivro Esaú e Jacó)
COLLECÇAO OOf AUTORES CELEBREI
LITTERATURA BRASILEIRA
ESAÚ E
JACOB M A C H A D O D E A S S I S
(Ja AuxJrmla B,nlk&a)
L I V R A R I A C A R N I E R 10*. — OIM*R. I« I SM>I
RIO DE JANEIRO I PARIS
Folha de ros to da pr imei ra
ed ição de Esaú e Jacó.
1 6 - 5 1
° lha de ros to da pr imeira
e (%ão de Poesias completas.
M a c h a d o de Assis.
Ca r i a a Salvador de Mendoüí'
Rio de Jane i ro , 6 mar. i ? 0 4 '
Reprodução de fotografia t i rada
Por ocasião de um a lmoço
oferecido a Lúcio de M e n d o n ç a .
Rio de Janeiro , 3 mar. 1901.
N a fo to , sentados: J o ã o Ribeiro,
M a c h a d o de Assis, Lúcio de Mendonça ,
Silva Ramos . Em pé: Rodo l fo Amoedo ,
Ar thur Azevedo, Inglês de Souza,
O lavo Bilac, José Veríssimo,
Souza Bandeira, Filinto de Almeida,
Guimarães Passos, Valentim Magalhães ,
Henr ique Bernardelli , Rodr igo Otáv io
e Hei tor Peixoto.
Eugene Cicéri.
Laranjeiras. | i 8 - | .
Foi-se a melhor parte da minha vida .
"Foi-se a melhor parte da minha vida, e aqui estou só no mundo. [.. .] Aqui
me fico, por ora na mesma casa, no mesmo aposento, com os mesmos
adornos seus. Tudo me lembra a minha meiga Carolina. Como estou à ( M a c h a d o de Assis.
beira do eterno aposento, não gastarei muito tempo em recordá-la. Trecho de carta a Joaquim Nabuco, 10 nov. 1904)
Irei vê-la, ela me esperará."
Casa de M a c h a d o de Assis
no Cosmc Velho.
5 4 - 5 5
D. Caro l ina .
Renascença.
Rio de Jane i ro , jun . 1939-
M a c h a d o de Assis.
Renascença.
Rio de Jane i ro , set. 1908 .
Silogeu Brasileiro.
Rio de Jane i ro , [193-] .
Papel, amigo papel, não recolhas tudo o que escrever esta pena vadia .
"Papel, amigo papel, não recolhas tudo o que escrever esta pena vadia (...).
Não, papel. Quando sentires que insisto nessa nota, esquiva-te da minha
mesa e foge. A janela aberta te mostrará um pouco de telhado, entre a rua e
o céu, e ali ou acolá acharás descanso. Comigo, o mais que podes achar , w . , , , . _ ( M a c h a d o de Assis. T recho
é esquecimento, que é muito, mas não é tudo..." d o livro Memorial de Aires)
1 6 - 5 7
O aper i t ivo dos intelectuais
- M a c h a d o , J . Veríssimo,
Euclides da C u n h a e Wal f r ido
Ribei ro , na Terrasse dos
Castel lões. Revista Fon-Fon,
Rio de Jane i ro . 4 m a i o 1907 .
Cartão de visita de Machado de
Assis. i jan. 1907 .
aba ixo : O Escr i tór io de Direi tos
Autora is (EDA) func iona desde
1898 no Brasil, c o m o ob je t ivo
de registrar as o b r a s intelectuais,
g a r a n t i n d o a o a u t o r o direi to
sobre a sua c r iação . N o pr imei ro
livro t o m b o d o EDA, exis tem sete
registros de o b r a s de M a c h a d o
a inda em vida. O livro Dom
Casmurro, u m a das ob ra s -p r imas
de M a c h a d o , foi regis t rado na
folha 19, sob o n ú m e r o 187.
J . Gut ie r rez .
Cor r e io e Rua i ° de M a r ç o .
Rio de Jane i ro , 1895
Aposentadoria da vida .
"Qualquer um de nós teria organizado este mundo melhor do que saiu.
A morte, por exemplo, bem podia ser tão-somente a aposentadoria
da vida, com prazo certo. Ninguém iria por moléstia ou desastre, mas
por natural invalidez; a velhice, tornando a pessoa incapaz, não
a poria a cargo dos seus ou dos outros. Como isto andaria assim desde
o princípio das coisas, ninguém sentiria dor nem temor, nem os que
se fossem, nem os que ficassem. Podia ser uma cerimônia doméstica ou
pública; entraria nos costumes uma refeição de despedida, frugal, não
triste, em que os que iam morrer dissessem as saudades que levavam,
fizessem recomendações, dessem conselhos e, se fossem alegres,
contassem anedotas alegres. Muitas flores, não perpétuas, nem dessas
outras de cores carregadas, mas claras e vivas, como de núpcias. , , , ( M a c h a d o de Assis.
E melhor seria não haver nada, além das despedidas verbais e amigas..." Gazeta de Notícias, 6 set. 1896)
1 6 - 5 9
Funeraes de M a c h a d o
de Assis. Revista Fon-Pon ,
Rio de Jane i ro , 10 ou t . 1908 .
Rui Barbosa .
O adeus da Academia a Machado
de Assis. Rio de Jane i ro : Casa de
Rui Barbosa , 1958
R E L A Ç Ã O DE OBRAS DA EXPOSIÇÃO
T E M A S PARA U M D I C I O N Á R I O
M A C H A D I A N O
Só assim teremos uma grande literatura.
FERREZ, Marc. [Panorama apresentando os bairros da Glória e do Catete, na cidade do Rio de Janeiro]. [189-?!. 1 fot. p&b . Localização no acervo: ICON FOTOS-ARC 1. 15 (14)
ASSIS, Machado de. Os cegos. Marmota Fluminense, Rio de Janeiro, n. 931, p . i , 5 mar. 1858. Localização no acervo: PR-SOR 00284 Ul-
ASSIS, Machado de. Ideal do crítico. Diário do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, ano 45, n. 243, p. 1, 8 out. 1865. Localização no acervo: PR-SPR 00005 Í67I.
ASSIS, Machado de. Notícia da atual literatura brasileira. O Novo Mundo: periódico illustrado do progresso de política, literatura, arte e indústria, Nova York, ano 3, n. 30, p. 107-108, 24 mar. 1873. Localização no acervo: PR-SOR 02120 [1].
CONSERVATÓRIO Dramatico Nacional. Primeiro auto de fé theatral. Semana Illustrada, Rio de Janeiro, 16 fev. 1878. Charge.
ASSIS, Machado de. Pareceres censórios para o Conservatório Dramático Brasileiro. Rio de Janeiro, 1862-1864. Coleção Conservatório Dramático Brasileiro. Original e autógrafo. Manuscri to e impresso. Localização no acervo: MSS 49,7,017
A simpatia é o meu léxico.
0 PINTOR das Chrysalidas reproduz maravilhosamente o painel de Beaumarchais - Barbeiro de Sevilha. A Pacotilha, Rio de Janeiro, n. 23, 1865. Charge.
CASTRO Y O R D O N E Z , Rafael. La Comision Científica Destinada al Pacífico. 1 porta-fólio. 1862. Coleção: D. Teresa Christina Maria. 1 foto, papel albuminado, p&b . Localização no acervo: ICON FOTOS-ARM. 3 .9 .2( 5 o) .
DANTE ALIGHIERI. O canto XXV do "Inferno". Tradução de Machado de Assis. A Instrucção Pública, Rio de Janeiro, ano 4, n. 1, p. 3-4, 28 fev. 1875. Localização no acervo: PR-SOR 03795 [2]
HYGIENE para o uso dos mestres-escola pelo dr. Galard. Tradução de Machado de Assis. A Instrucção Pública, Rio de Janeiro, ano 2, n. 29, p. 243-244, 20 jul. 1873. Localização no acervo: PR-SOR 03795 ( i ) .
H U G O , Victor. Os trabalhadores do mar. Tradução de Machado de Assis. Diário do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, ano 46, n. 64, p. 1, 15 mar. 1866. Localização no acervo: PR-SPR 00005 I 6 8 l
POE, Edgar Allan. O corvo. Tradução de Machado de Assis. A Estação: jornal illustrado para a família, Rio de Janeiro, ano 11, n. 4, p. 40, 28 fev. 1883. Suplemento. Localização no acervo PR-SOR 04641 [3].
CircuJares que o vento leva.
GUTIERREZ, J. Coleção de fotografias dos festejos nacionais no dia 15-11-1894, oferecido ao Presidente da República Dr. Prudente José de Moraes Barros pela Commissão Militar de Festejos. Rio de Janeiro: J. Gutierrez, 1895. Localização no acervo: ICON Res.
ASSIS, Machado de. Ofício ao chefe da Diretoria-geral de Contabilidade solicitando material de escritório. [S. 1.], 2 fev. 1893. 1 doe. (1 p.). Original e autógrafo. Manuscrito. Localização no acervo: MSS 1-46,12,016.
ASSIS, Machado de. Ofício de Machado de Assis, observando as leis de aposentadoria para E.F.C.B. [S. 1.], 20 abr. 1903. 1 f. Autógrafo. Coleção Heitor Lira. Localização no acervo: 1-5,35,8.
ASSIS, Machado de. Carta a destinatário ignorado sobre serviços da diretoria e uma exposição em Chicago. [S. 1.], 30 maio 1891. 1 doe. (3 p.). Coleção Manuscritos Avulsos. Original e autógrafo. Manuscrito. Localização no acervo: MSS 1-02,03,012.
A história dos subúrbios.
BERTICHEM, Pieter Gotfred. Camara dos senadores. Campo d'accIamação. In: . O Brazil pittoresco e monumental. Rio de Janeiro: Lithographia Imperial de Rensburg, 1856. Localização no acervo: ICON C.I. 1.36 (8).
DESMONS. Prancha 1. Panorama da cidade de Rio de Janeiro do Passeio Público. In: . Panorama da cidade de Rio de Janeiro. Paris: Imp. Lemercier, [1854]. Localização no acervo: ICON E:g:II-Desmons (pastas 1-2).
CICÉRI, Eugene; BENOIST, Philippe. Prancha 2: Rio de Janeiro. As praias St. Luzia e a Gloria. In: . Série de nove vistas do Rio de Janeiro. Paris: Imp. Lemercier, l i852] . Localização no acervo: ICON Vol 115 Cicéri.
CASTRO Y O R D O N E Z , Rafael. Vista do Rio de Janeiro tirada de Sta. Tereza: Largo da Lapa. In: . La comision Científica Destinada al Pacífico. 1 porta-fólio, 1862. Coleção D. Teresa Cristina Maria. 1 foto: papel albuminado, p&b . Localização no acervo: ICON FOTOS-ARM.3.9.2U7).
1 6 - 6 1
KLUMB, Revert Henrique. [Playa de Sa Luzia, Rio de Janeiro], [ca. 1869]. Coleção D. Teresa Cristina Maria. 1 foto. Localização no acervo: ICON FOTOS-FICH.1.2 (117).
ASSIS, Machado de. O velho Senado. Revista Brazileira, Rio de Janeiro, ano 4, t. 14, p. 257-271, 15 jun. 1898. Localização no acervo: PR-SOR 00028 [15].
ASSIS, Machado de. Folhetim. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, p. 1, 16 jul. 1892. Localização no acervo: PRC-SPR 00061.
ASSIS, Machado de. Folhetim. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, p. 1, 4 nov. 1892, Localização no acervo: PRC-SPR 00061.
ASSIS, Machado de. Comentários da Semana. Diário do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Typ. do Diário, ano 41, n. 338, p 1-2, 11 dez. 1861. Localização no acervo: PR-SPR 00005.
ASSIS, Machado de. A Semana. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, ano 20, n. 224, p. 1, 13 ago. 1893. Localização no acervo: PRC-SPR 00061.
Tenho particular amor às borboletas
DESMONS. Prancha 3. Panorama da cidade de Rio de Janeiro tomado do morro de St Antônio a vôo de pássaro. In: . Panorama da cidade de Rio de Janeiro. Paris: Imp. Lemercier, [1854]. Localização no acervo: ICON E:g:II-Desmons(pastas 1-2).
ÁLBUM dedicado a Ernesto Senna. Rio de Janeiro, 1884-1910. 296 doe. (68 p.). Coleção Ernesto Senna. Original e autógrafo. Manuscrito. O autógrafo de Machado de Assis data de 11 jan. 1889. Localização no acervo: MSS 1-05,23,001.
ÁLBUM de autógrafos organizado por Leonor Pereira de Melo, Laurinda Santos Lobo e F. Guimarães. [S. 1.]. O autógrafo de Machado de Assis data de 3 set. 1907. 109 p. Original e autógrafo. Manuscrito. Localização no acervo: MSS 21,4,019 n°o i2 .
Partida de xadrez entre Machado de Assis e Arthur Napoleão. Illustração Brazileira, Rio de Janeiro, n. 25, p. 15, 1 jul. 1877. Localização no acervo: PR-SPR oo239[ i -35] .
ASSIS, Machado de. A Semana. Gazeta de Noticias, Rio de Janeiro, p. 1, 17 maio 1896. Localização no acervo: PRC-SPR 00061.
ASSIS, Machado de. A Semana. Gazeta de Noticias, Rio de Janeiro, p . i , 19 fev. 1893. Localização no acervo: PRC-SPR 00061.
Eu o mais encolhido dos caramujos.
GUTIERREZ, J. Correio e Rua i ° de Março. In: . Coleção de fotografias dos festejos nacionais no dia 15-11-1994, oferecido ao Presidente da República Dr. Prudente José de Moraes Barros pela Commissão Militar de Festejos. Rio de Janeiro: J. Gutierrez, 1895. Localização no acervo: ICON Res.
ASSIS, Machado de. Carta ao Visconde do Rio Branco referindo-se à passagem da data comemorativa da promulgação da Lei do Ventre Livre. Rio de Janeiro, 30 set. 1876. idoc . (2 p.). Coleção Rio Branco. Original e autógrafo. Manuscrito. Localização no acervo: MSS 1-32,36,025.
ASSIS, Machado de. Pae contra Mãe. In: . Relíquias de casa velha. Rio de Janeiro: Garnier, 1906. (Série Biblioteca Universal). Localização no acervo: SOR 74,1,30.
ASSIS, Machado de. Hymno Patriotico. Semana lllustrada, Rio de Janeiro, n. 11 o, p. 871-872, 18 jan. 1863. Localização no acervo: PR-SOR 02334 [1-8].
ASSIS, Machado de. A Semana. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, p. 1, 11 nov. 1894. Localização no acervo: PRC-SPR 00061.
A vida e uma ópera
[Retrato de Augusta Candiani]. 1 fotografia. Localização no acervo: DIMAS.
C O N C E R T O dado pelo Club Mozart na noute de dez de Dezembro 1870. Aspecto do salão principal na noite da inauguração. Vida Fluminense, Rio de Janeiro, n. 136, 24 dez. 1870. Localização no acervo: PR SOR 02154 [1-4]
KLUMB, Revert Henrique. Le Morro do Castello, Rio de Janeiro [ca. 1860]: vue prise de la porte de la Forterèsse. Coleção D. Teresa Cristina Maria . Localização no acervo: ICON FOTOS-FICH. 1.2(128).
DESMONS. Prancha 5. Panorama da cidade de Rio de Janeiro tomado do morro de St Antônio a vôo de pássaro. In: . Panorama da cidade de Rio de Janeiro. Paris: Imp. Lemercier, [1854]. Localização no acervo: ICON E:g:II-Desmons(pastas 1-2).
ASSIS, Machado de. Bilhete a Francisco Ramos Paz a respeito do Cassino Fluminense. [S. 1.], 1 out . 1883. 1 doe. (1 p.). Coleção Ramos Paz. Original e autógrafo. Manuscrito. Localização no acervo: MSS 1-04,02,044.
ASSIS, Machado de. Lua da estiva. In: . NAPOLEÀO, Arthur. Ecos do passado: i ° álbum de romances: para canto com acompanhamento de piano. Rio de Janeiro: Narciso, Arthur Napoleão & Miguez, [18-]. Localização no acervo: DIMAS Império; N-VII-31
LEONARDO, Luiza. Inocência: romance. [Paroles portugaises de) Louis Guimarães Júnior; [paroles françaises de] J. M. Machado de Assis. [Rio de Janeiro]: Narciso & Arthur Napoleão, [19-]. 1 parti tura, 3 p. Piano. (Série Souvenirs et Regrets). N. de chapa: 1904. Localização no acervo: DIMAS Império; N-VI-45.
PINHEIRO, Rafael Bordalo. Aos amigos da harmonia. . . O Mosquito, Rio de Janeiro, 2 set. 1876. Charge. Localização no acervo: BR-SOR 2147.
[Programa das apresentações musicais do Club Beethoven], Rio de Janeiro, 27 jun. 1886; 12 ago. 1887. Localização no acervo: DIMAS.
[Retrato de Arthur Napoleão]. [S. 1., 18-]. 1 fotografia. Localização: DIMAS.
Acompanhar o povo
Frontispício do novo theatro São Luiz inaugurado no dia 1 de Janeiro de 1870. Vida Fluminense, Rio de Janeiro, n. 106, 8 jan. 1870. Localização no acervo: PR SOR 02154 (1-4].
DUNLOP, Charles J. Theatro Lírico. In: . Rio Antigo. Fotografias de Augusto Malta, Marc Ferrez, George Leuzinger, E. A. Mortimer e outros. Vinhetas de Ângelo Agostini. Rio de Janeiro: Laemmert, [1955]. Localização no acervo: ICON 6.3.4 volume I
BUVELOT, Louis. Praça da Constituição. [S. I.]: Lith. Heaton e Rensburg, 1845. Localização no acervo: ICON Cl, 1,27.
ASSIS, Machado de. As forcas caudinas: comédia em dois atos. [S.I.: 19-J. 67 p. Original. Manuscri to. Localização no acervo: MSS 50,4,002.
M O N T E I R O , Domingos Jacy. Pareceres censórios para o Conservatório Dramático Brasileiro. Rio de Janeiro, 21 mar. 1864. Coleção Conservatório Dramático Brasileiro. Original e autógrafo. Manuscri to e impresso. Parecer para a peça O pomo da discórdia, de Machado de Assis. Localização no acervo: MSS 49,7,017
D U M A N O I R ; CLAIRVILLE; CORDIER, J. Os burgueses de Paris: comédia em três atos e seis quadros. Traduzida por Machado de Assis. [S.I.: 18-]. 71 p. Cópia. Manuscrito. Localização no acervo: MSS 16,1,014.
ASSIS, Machado de. Os deuses de casaca. Rio de Janeiro: Typ. do Imperial Instituto Artístico, 1866. Bibliotheca de Francisco Ramos Paz. Contém dedicatória e autógrafo. Localização no acervo: SOR 80,1,6.
ASSIS, Machado de. Tu só, tu, puro amor. Rio de Janeiro: Lombaerts ôc C., 1881. Localização no acervo: SOR 80.1.16.
ASSIS, Machado de. Theatro de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Typ. do Diário do Rio de Janeiro, 1863. Localização no acervo: SOR 80.1.3.
Fotos dc Carolina jovem M A C H A D O DE ASSIS E O R O S T O DA C I D A D E
Sc cu for a contar as memórias da infância, deixo a semana no meio, remonto os tempos e faço um volume
LEUZINGER, George. Rio de Janeiro e seu porto do Livramento. In: . Álbum de pbotogravuras do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: [s. n., i8- | . i v. Fotogravura colorida à mão, em três folhas. Gravura de G. & C. Localização no acervo: ICON ARM 28.5.3.
MARTINET, J. A. Cemeterio Inglez na Gamboa. [Rio de Janeiro]: Officina Heaton e Rensburg, [18-]. Litografia p&b. Localização no acervo: ICON Vol. 113 Martinet.
CICÉRI, Eugène; BENOIST, Philippe. Prancha n. 5: a Prainha (da Saúde). Litografia. In: . Série de nove vistas do Rio de Janeiro. Litogravura. Paris: Imp. Lemercier, [1852). Localização no acervo: ICON Vol. 115 Cicéri.
ASSENTO de batismo de Machado de Assis. Capela de Nossa Senhora do Livramento, 13 nov. 1839. Fac-símile. 1 f. Assinado pelo vigário José Francisco da Silva Cardoso. Fundo/Coleção Decimal. Localização no acervo: MSS 1-46,14,12.
ALMANAK Administrativo Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro para o Anno Bisssexto de 1844. Rio de Janeiro: Typ. Universal de Laemmert, 1846. Localização no acervo: SOR P01A,01,1-16.
ASSIS, Machado de. Chrysalidas. Rio de Janeiro: Garnier, 1864. Localização no acervo: SOR 80.1.4.
Políticos, poetas, dramaturgos
MACHADO de Assis aos 25 anos, sentado, apoiando-se a uma mesa. [1864]. 1 fotografia. Localização no acervo: ICON Ret. 2 / F i o - 10 b.
PANTEON da Semana Illustrada: representando sucessos de 1864; entre eles, a publicação das Crisálidas. Semana Illustrada, [Rio de Janeiro, 186-]. 1 fotografia. Localização no acervo: ret. 2/F4.
ASSIS, Machado de. Ela. Marmota Fluminense: jornal de modas e variedades, Rio de Janeiro, n. 539» P- 3» 1 2 Ían- j 855- Localização no acervo: PR-SOR 00284 [3]-
ASSIS, Machado de. Soneto: à lima. sra. D. P. J. A. Periódico dos Pobres: folha crítica noticiosa e recreativa, Rio de Janeiro, ano 5, n. 103, p. 4, 3 out. 1854. Localização no acervo: PR-SOR 02280 [3].
1 6 - 6 3
ASSIS, Machado de. Versos a Corina. Correio Mercantil, Rio de Janeiro, n. 80, p. 2, 21 mar. 1864. Localização no acervo: PR-SPR 00001 [29].
ASSIS, Machado de. Ao proscrito Ch. Ribeyrollez. [S. 1.], 1859. Manuscrito. Autógrafo. 2 p. Localização no acervo: MSS 1-07,10,041.
ASSIS, Machado de. Os arlequins. [S. 1.], 1864. Manuscrito. Autógrafo 4 p. Localização no acervo: MSS 1-07,10,043.
ASSIS, Machado de. Uma flor? Uma lágrima. [S. 1.], out. 1858. Manuscrito. Autógrafo. 2 p. Localização no acervo: MSS 1-07,10,044.
CONSULTA Pública 1854-56. Do registro de leitores da Biblioteca Nacional, contém relação de obras emprestadas a Machado de Assis e respectivas datas. Localização no acervo: MSS I-16, 04,20.
ASSIS, Machado de. Desencantos: phantasia dramática. Rio de Janeiro: Paula Brito, 1861. Localização no acervo: SOR 80.1.1.
A crítica decidirá se a obra corresponde ao intuito
MACHADO de Assis aos 34 anos e José de Alencar. Arcbivo Contemporâneo, Rio de Janeiro, ano 1, n. 10, 30 jan. 1873. Capa. 1 fotografia. Localização no acervo: ICON Ret. 2^7-73 .
[Retrato de Carolina Xavier de Novais). [S. 1., 18-). Reprodução. 1 fotografia. Localização no acervo: MSS Coleção Paulo Tacla.
(Retrato de Carolina Xavier de Novais]. [S. 1., [18-]. Reprodução. 1 fotografia. Localização no acervo: MSS Coleção Paulo Tacla.
KLUMB, Revert Henrique. [Passeio Público], Rio de Janeiro [ca. 1860]. Localização no acervo: ICON FOTOS-FICH. 1.2(5).
KLUMB, Revert Henrique. [Passeio Público], Rio de Janeiro [ca. 1860]. Localização no acervo: ICON FOTOS-FICH. 1.2(24).
KLUMB, Revert Henrique. L'Eglise da Lapa, et le Couvent de Sa Thereza, Rio de Janeiro [ca. 1860]. vue prise de la terrasse du Jardin Public R. H. Klumb. Localização no acervo: ICON FOTOS-FICH. 1.2(114).
DESMONS. Prancha 10: panorama da cidade de Rio de Janeiro. Vista da Glória tomado do Passeio Público. In: . Panorama da cidade de Rio de Janeiro. Paris: Imp. Lemercier, [1854]. Litogravura. Localização no acervo: ICON E:g:II-Desmons (pastas 1-2).
Os manuscritos da Biblioteca Nacional não deixam de produzir surpresas. Uma delas veio da Coleção Paulo Tacla, jornalista de ascendência síria, radicado no Rio de Janeiro, que dedicou várias décadas de sua vida a promover a união luso-brasileira.
Em 1965, um de seus correspondentes portugueses, o professor Manuel Corrêa de Barros, visitou a Universidade do Estado da Guanabara, onde lhe ofertaram as obras completas de Machado dc Assis. O fato é mencionado numa carta a Paulo Tacla, acrescido de uma importante informação: em sua juventude, Carolina Xavier de Novais, esposa de Machado de Assis, fora muito amiga da avó do remetente, Antónia Amélia Moutinho de Sousa.
Manuel Corrêa de Bastos se refere a essa ligação de forma casual, uma "coincidência" que, segundo ele, veio se somar às recordações de sua viagem ao Brasil. Paulo Tacla, porém, parece ter se interessado em saber mais - e o resultado foi uma troca de correspondência que culminou, cm janeiro de 1966, no envio de reproduções de fotografias e documentos relativos à amizade entre os Moutinho de Sousa e os Xavier de Novais.
Segundo apurou Barros, sua avó era amiga de Carolina pelo menos desde 1860, havendo também grande intimidade entre os irmãos de ambas, Antônio Moutinho de Sousa e Faustino Xavier de Novais. Sousa esteve no Brasil entre 1859 e 1863, e já em 1860 conhecia Machado de Assis, que lhe dedicou um poema por ocasião de seu casamento. Barros informa ainda que há mais retratos dc Carolina no Porto, bem como livros e outros documentos com dedicatórias de Machado de Assis a Antônio Moutinho de Sousa.
Coincidência ou sincronicidade? O fato é que esse achado inesperado, num dos últimos pacotes da Coleção Paulo Tacla a serem abertos, e justamente no momento em que se prepara o catálogo da Exposição Machado de Assis, nos enche de entusiasmo .
Ana Lúcia Merege Divisão de Manuscritos da Fundação Biblioteca Nacional
M A C H A D O de Assis e alguns personagens do seu romance Ressurreição. Semana Illustrada, n. 597, 1872. 1 fotografia. Localização no acervo: ICON Ret. 2 / F 3 .
RESSURREIÇÃO, romance de Machado de Assis. O Mosquito, Rio de Janeiro, n. 138, p. 3, 4 maio 1872. Localização no acervo: PR-SOR 2147 [2].
ASSIS, Machado de. A S. Ex. o sr. conselheiro José de Alencar. Correio Mercantil, Rio de Janeiro, ano 25, n. 6o, p. 2, 1 mar. 1868. Localização no acervo: PR-SPR 00001 [51].
ASSIS, Machado de. Carta a Jose Carlos Rodrigues. Rio de Janeiro, 25 jan. 1873. 2 f., 3 p. Autógrafo. Original. Coleção José Carlos Rodrigues. Localização no acervo: MSS I - 03,01,044.
ASSIS, Machado de. Carta a Ramos Paz. [S. 1.], 19 nov. [18-J. 2Í., 4p. Original. Autógrafo. Coleção Ramos Paz. Localização no acervo: MSS 1-4,2,48.
ASSIS, Machado de. Contos fluminenses. Rio de Janeiro: Garnier. Localização no acervo: SOR 81.3.13.
ASSIS, Machado de. Phalenas. Rio de Janeiro: Garnier, 1870. Localização no acervo: FBN/SOR 80,1,8.
ASSIS, Machado de. Ressurreição. Rio de Janeiro: Garnier, (1872]. Localização no acervo: SOR OR-80,1,33.
ASSIS, Machado de. Histórias da meia-noite. Rio de Janeiro: Garnier, [1873]. (Collecção dos Autores Celebres da Litteratura Brasileira). Localização no acervo: FBN/SOR 81.3.16.
ASSIS, Machado de. A mão e a luva. Rio de Janeiro: Gomes de Oliveira: Typ. do Globo, 1874. (Série Biblioteca do Globo). Coleção Bibliotheca de Francisco Ramos Paz. Localização no acervo: SOR 80.1.11.
Nenhum escritor teve em mais alto grau a alma brasileira
CICÉRI, Eugène; BENOIST, Philippe. Prancha n. 1: Rio de Janeiro tomado de Boa Vista da Tijuca. In: . Série de nove vistas do Rio de Janeiro. Litogravura. Paris: Imp. Lemercier, [1852]. Localização no acervo: ICON Vol 115 Cicéri.
LEUZINGER, George. (Boa] Vista, Tijuca: lado direito. [1865-1874). 1 foto, papel albuminado, pôcb. Localização no acervo: ICON FOTOS-ARM.9-2.4( i5) .
DESMONS. Prancha 11. Panorama da cidade de Rio de Janeiro tomado da chácara do Sr. Barão de Mauá a vôo de pássaro. In: . Panorama da cidade de Rio de Janeiro. Litogravura. Paris: Imp. Lemercier, [1854]. Localização no acervo: I C O N E:g:II-Desmons (pastas 1-2).
ASSIS, Machado de. [Poema sem título]. Rio de Janeiro, 25 ago. 1876. 2 p. Original e autógrafo. Manuscrito. Primeiro verso: " Ó Cristo, em que alma penetrou teu nome". Anexo: texto em prosa. Coleção Literatura. Localização no acervo: MSS 1-07,10,42.
C O N T R A T O celebrado entre Machado de Assis e o editor Baptiste-Louis Garnier para a primeira edição da obra Helena do Vale. Rio de Janeiro, 29 abr. 1876. 2 doe. (1 p.). Original e autógrafo. Inclui o recibo da importância paga por este contrato. Coleção Literatura. Localização no acervo: MSS 1-07,09,004.
ASSIS, Machado de. [Poema sem título]. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, ano 3, n. 354, p. 1, 23 dez. 1877. Primeiro verso: "Naquele eterno azul, onde Coema [...]". PRC-SPR 00061 [5].
ASSIS, Machado de. Círculo vicioso. Revista Brazileira, Rio de Janeiro, a n o i , t. 1, p. 79, jun. 1879. Localização no acervo: PR-SOR 00028 [3]
PINHEIRO, Rafael Bordalo. Machado de Assis cinzelando primorosamente uma belíssima Helena no rodapé do Globo. O Mosquito, Rio de Janeiro, 9 set. 1876. Charge. Localização no acervo: PR SOR 02147 [1-4).
ASSIS, Machado de. Yayá Garcia. Rio de Janeiro: G. Vianna, 1878. Localização no acervo: FBN/SOR 80.1.15 A.
A obra cm si mesma é tudo
M A C H A D O de Assis: retrato aos 42 anos. Penna e lápis, Rio de Janeiro, 10 jul. 1880. Capa. 1 reprodução tipográfica. Original litografado por Augusto Off . Localização no acervo: ICON Ret. 2/ R2.
DESMONS. Prancha 4: panorama da cidade de Rio de Janeiro. Vista da Glória tomado do Passeio Público. In: . Panorama da cidade de Rio de Janeiro. Paris: Imp. Lemercier, [1854]. Litogravura. Localização no acervo: ICON E:g:II-Desmons (pastas 1-2).
ASSIS, Machado de. O Alienista. A Estação: jornal illustrado para a família, Rio de Janeiro, p. 231-232, 15 out. 1881. Localização no acervo: PR-SOR 4641 [2].
ASSIS, Machado de. Memórias posthumas de Braz Cubas. Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1881. Localização no acervo: FBN/SOR 80.01.18-18A.
ASSIS, Machado de. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: Typ. Lombaerts 8c C., 1882. Localização no acervo: SOR 080.01.19.
ASSIS, Machado de. Bilhete a Artur de Oliveira elogiando-o. [S. 1.], 18 jan. 1881. 1 p. Autógrafo. Localização no acervo: FBN/MSS 1 - 0 2 , 0 3 , 0 9 .
ASSIS, Machado de. Bilhete a Ramos Paz. [S. 1.], 30 mar. 1884. 1 doe. 1 (p). Coleção Ramos Paz. Localização no acervo: FBN/MSs 1-4,2,45.
ASSIS, Machado de. Carta de Machado de Assis a Alfredo Pujol. Rio de Janeiro, 28 jan. 1886. 4 {., 4 p. Localização no acervo: MSS 1-02,03,10.
ASSIS, Machado de. Carta a Raimundo Correia, 7 out. 1886. if . , Autógrafo 1 p. Coleção Adir Guimarães. Localização no acervo: MSS 1-9,5.51.
ASSIS, Machado de. Mundo interior: poesia. 1 f. Autógrafo. 1 p. Localização no acervo: FBN/MSs 1-9,5,46.
Retórica dos namorados
MALTA, Augusto. Fotografia de Machado de Assis com um grupo de amigos. Rio de Janeiro, [10 ago. 1906]. Localização no acervo: ICON Ret. 2 /Fi3a .
M A C H A D O de Assis: retrato aos 57 anos. [1896]. 1 fotografia. Localização no acervo: ret. 2/F12-12d.
ASSIS, Machado de. Missa do galo. A Semana. Rio de Janeiro, ano 5, t. 5, n. 41, p. 322, 12 maio 1894. Localização no acervo: PR-SOR 00006 [2]
ASSIS, Machado de. Comentários sobre Henrique Lombaerts. |S. 1.], 1897. 2 p. Original e autógrafo. Manuscrito. Coleção Mendes de Morais. Localização no acervo: MSS 50,5,007 n°oo7.
ASSIS, Machado de. Declaração de que era casado com dona Carolina Augusta de Novaes, sem filhos, e que desejava pagar antecipadamente a jóia que lhe cabia. Rio de Janeiro, 9 dez. 1890. 1 doe. (1 p.). Original e autógrafo. Manuscrito. Coleção Decimal. Localização no acervo: MSS 1-46,12,15.
ASSIS, Machado de. Recibo passado a Stephani Marte Vienne L., representante do editor B. L. Garnier, pela importância paga pela terceira edição da obra Memórias póstumas de Brás Cubas e pela segunda edição de Quincas Borba. Rio de Janeiro, 17 jun. 1896. 1 doe. (1 p.). Original. Manuscrito. Coleção Literatura. Localização no acervo: 1-07,09,005.
ASSIS, Machado de. AZEVEDO, Arthur. Pareceres a respeito da apresentação do engenheiro Paulo José de Oliveira. [S. 1.], 9 fev. 1904-13 jun. 1904. 1 doe. (2 p.). Original e autógrafo. Manuscrito. Coleção Heitor Lira. Localização no acervo: MSS 1-05,35,008.
ASSIS, Machado de. Quincas Borba. Rio de Janeiro: Garnier, 1891. Localização no acervo: SOR 074,001,019.
ASSIS, Machado de. Varias historias. Rio de Janeiro: Garnier, [18-]. (Collecção dos Autores Celebres da Litteratura Brasileira). Localização no acervo: SOR OR-155.3.14.
ASSIS, Machado de. Paginas recolhidas. Rio de Janeiro: Garnier. (Collecção dos Autores Celebres da Litteratura Brasileira). Localização no acervo: SOR 80.1.38.
ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. Rio de Janeiro: Garnier, (18-]. Coleção Biblioteca de Francisco Ramos Paz. Localização no acervo: SOR 80.1.25.
0 povo mudaria de governo, sem tocar nas pessoas
M A C H A D O de Assis e vários escritores. In: ABREU, Modesto de. Biógrafos e críticos de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro, 1989. 1 fotografia, p. 256. Localização no acervo: ICON Ret. 2/F1.
M A C H A D O de Assis: retrato aos 65 anos. Renascença, [Rio de Janeiro, 19-]. 1 fotogravura. 15,8 x 11,5 cm. Fotogravura do desenho de H. Bernardelli. Localização no acervo: ICON Ret 2/ R i .
FERREZ, Marc. Brazil IRio de Janeiro, 1880: cascata do Campo da Aclamação). 1 foto, colódio?, p&b . Coleção D. Teresa Cristina Maria. Localização no acervo: ICON FOTOS-ARC. 1.5(1).
[Estrada de Ferro D. Pedro 2.], [doe. fot.J. [Rio de Janeiro, RJ], 1881. Estação Central: Campo d'Acclamação. 1 foto: papel albuminado, p&b . Doação de D. Pedro II, 1891. Coleção D. Teresa Cristina Maria. Localização no acervo: ICON FOTOS-ARM. 12.2.13(1).
ASSIS, Machado de. Carta a Tobias Monteiro. Rio de Janeiro, 26 fev. 1902. 1 p. Localização no acervo: MSS 1-02,03,19.
ASSIS, Machado de. Carta a Salvador de Mendonça. Rio de Janeiro, 6 mar. 1904. 1 folha; 1 envelope. Coleção Salvador de Mendonça. Localização no acervo: MSS I - 04,22,20.
PRIMEIRO registro de obra de Machado de Assis no Escritório de Direitos Autorais: Contos Fluminenses, registro n. 46, livro 1, folha 5, 21 dez. 1889. Localização no acervo: Escritório de Direitos Autorais (não disponível para consulta).
ASSIS, Machado de. Esaú e Jacob. Rio de Janeiro: Garnier, [1904]. Localização no acervo: SOR 81.3.6.
ASSIS, Machado. Poesias completas: Chrysalidas, Phalenas, Americanas, Occidentaes. Rio de Janeiro: Garnier. 1901. Localização no acervo: SOR 80.1.26.
Foi-se a melhor parte da minha vida
CASA em que morou Machado de Assis no Cosme Velho. Renascença, (Rio de Janeiro, 19-]. 2 fotografias. Localização no acervo: Ret. 2 / F n - i i b
CICÉRI, Eugene. Laranjeiras. [S. 1., 18-]. Localização no acervo: ICON Vol. 115, Ciceri.
ASSIS, Machado de. Carta a Francisco Ramos Paz. Rio de Janeiro, 15 dez. 1904. 1 doe. 1 p. Original e autógrafo. Manuscrito. Coleção Biblioteca Ramos Paz. Localização no acervo: MSS 1-04,02,047.
ASSIS, Machado de. Declaração de montepio do autor. 17 nov. 1904. if . , Manuscrito autografado. 1 página colada em cartão. Coleção Adir Guimarães. Localização no acervo: MSS 1-9,5,47.
ASSIS, Machado de. Relíquias de casa velha. Rio de Janeiro: Garnier, 1906. Localização no acervo: SOR 80.1.29
Papel, amigo papel, não recolhas tudo 0 que escrever esta pena vadia
MUSSO, Luiz. Palacio da Presidencia. In: . Vues de Rio de Janeiro, Brèsil. Rio de Janeiro: Photographia Brazileira, [19-j. Localização no acervo: ICON ARM. 17.1.4.
SILOGEU Brasileiro: vista do prédio na cidade do Rio de Janeiro, atual Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. [Rio de Janeiro, 193-). 1 fot. p&b . Localização no acervo:
ICON Pasta de documentação da cidade do Rio de Janeiro, tam A, n. 218.
FERREZ, Marc. [Panorama apresentando os bairros da Glória e do Catete, na cidade do Rio de Janeiro]. [189-?]. 1 fot. p & b . Localização no acervo: ICON FOTOS-ARC 1. 15 (14)
O APERITIVO dos intelectuais: Machado, J. Veríssimo, Euclides da Cunha e Walfrido Riberio, na Terrasse dos Castellões. Fon-Fon, 4 maio 1907. Localização no acervo: PR-SPR0131 [x-135].
REGISTRO de obra de Machado de Assis no Escritório de Direitos Autorais: Dom Casmurro, registro n. 187, livro 1, folha 19, 30 abr. 1900. Localização no acervo: Escritório de Direitos Autorais (não disponível para consulta).
ASSIS, Machado de. Cartão de visita de Machado de Assis. 1 jan. 1907. Localização no acervo: MSS 1-9,5,49.
ASSIS, Machado de. Memorial de Ayres. Rio de Janeiro: Garnier, [1908J. Dedicatória ao Jornal do Commercio, sem assinatura. Coleção Benedicto Ottoni . Localização no acervo: SOR 80,1,30.
Aposentadoria da vida
PETIT Trianon. Illustração Brasileira, Rio de Janeiro, p. 15, jun. 1939. Localização no acervo: PR-SPR oo239[ i -35] .
Funeraes de Machado de Assis. Fon-Fony Rio de Janeiro, ano 2, n. 27, p. 6, 10 out. 1908. Localização no acervo: PR-SPR 00131(1-135].
0 5 FUNERAES de Machado de Assis. Revista da Semana. Rio de Janeiro, ano 13, n. 439, p. 946, 11 out. 1908. Localização no acervo: PR-SPR 00666(1-75].
BARBOSA, Rui. O adeus da Academia a Machado de Assis. Rio de Janeiro: Casa de Rui Barbosa, 1958. Localização no acervo: SOG H-233,6,16 n.7.
H O M E N A G E M de Fon-Fon a Machado de Assis. Fon-fon, Rio de Janeiro, 23 out. 1908. 1 página de revista. Localização no acervo: MSS I-9, 5, 45.n.2.
CUNHA, Euclides da. A última visita. Renascença: revista mensal de lettras, sciencias e artes. Rio de Janeiro: E. Bevilacqua, ano 5, n. 55, p. 98, set. 1908. Caderno. Localização no acervo: PR-SPR 1-214,02,18.
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AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
Marta e Carlos Lessa
AGRADECIMENTOS
Alber th C a t h a r i n o da Silva J a y m e Spinelli
A lexandre Pessanha Jorge Luiz. dos Santos
Al t ino M a y r i n k Jo rge Rodr igues Reis
Ana Lúcia Merege Corre ia José H e n r i q u e M o n t e i r o
Ana Paula Souza Ju l iana U e n o j o
Ana Virgínia Pinhei ro Kátia D u a r t e
A n a p a u l a O t t o n i Kesiah Pinhei ro Vianna
Ângela M a r i a Torres Di Stasio Léia Pereira da C r u z
Anna Na ld i L e o n a r d o d a Cos ta
Barbara Silveira S imão Lia J o r d ã o
Bianca M a n d a r i n o da Cos ta Luís C láud io F. Veloso
Bruno Luiz M o n t e i r o de M o r a i s Luiz A n t ô n i o de Oliveira
Cami la Silveira de P inho M á r c i o S a c r a m e n t o dos Santos
Car l a Rossana M a r i a da Penha de Lima Silva
Ca r lo s Mangefes t e M a r t a R a m o s
Ca t i ana de A r a ú j o M i r a n d a Michel le M e n d e s C a r n e i r o
Chr i s t i anne T h e o d o r o de Jesus M õ n i c a C a r n e i r o Alves
Cirlei G o m e Na ta l i a Tor tore l la
C laud ia Cr is t iane da F. M . C o u t o Pau lo H e n r i q u e de Oliveira Silva
C l á u d i o de C a r v a l h o Xavier Rafael la Bet tamio
Deividi Grassini Régia He lena d a Silva Lima
Di s t e f ano Fonseca Vieira Regina Sant iago
Djani l son da Silva T i to Rena t a Cava lcan t i
Eliane Perez Rogér io Silva dos San tos
Elizabeth M o r a e s da Cos ta Ros imer i R o c h a da Silva
Elizete H ig ino R y a n d d r e Sampa io
F e r n a n d o F r a n c o Sabr ina Gonça lves M a r q u e s
Irineu E. Jones C o r r ê a Silvana Bojanoski
luri Lapa Silvio Gonça lves Bahiana
J a u r y N e p o m u c e n o de Oliveira Sônia Alice M o n t e i r o C a l d a s
Ta t iane Cova
T h i a g o Ci rne
Vera Lúcia Garc ia Menezes
Vera Lúcia M . Faillace
Yolle Bi t tencour t