Presidente da República Federativa do Brasil JOSÉ SARNEY
Ministro de Estado da Educação CARLOS SANT´ANNA
Secretário Geral Ubirajara Brito
Prêmios MEC de Literatura Desportiva
e Jayr Jordão Ramos
1989 Centenário da República
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Conselho Nacional de Desportos
Secretaria de Educação Física e Desportos do MEC Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Conselho Nacional de Desportos Secretário de Educação Física e Desportos do MEC Manoel José Gomes Tubino
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Manuel Marcos Maciel Formiga
Subsecretária de Educação Física Marieta da Silva Carvalho
Coordenadora da Educação Física de 19 e 29 Graus Maria Eliene Pinheiro Peixoto Botelho
Coordenador da Educação Física do Ensino Superior Renausto Alves Amanajás
Prêmios MEC de Literatura Desportiva
e Jayr Jordão Ramos, de
Monografia nas Áreas de Educação Física,
Desportos e Lazer
Autores: Marco Antonio Bechara Santos Paulo Roberto dos Santos Soares e outros Paulo Roberto dos Santos Amorim
Organizador: Renausto Alves Amanajás
1989 Direitos Autorais desta Edição exclusivos da Secretaria de Educação Física e Desportos do Ministério da Educação
COORDENAÇÃO DO PRÉMIO MEC DE LITERATURA DESPORTIVA E JAYR JORDÃO RAMOS EM 1989 RENAUSTO ALVES AMANAJÁS NILMA GARCIA PETTENGILL
Revisão: Maria Elvira de Melo Oliveira
PRÉMIOS de literatura desportiva e Jayr Jordão Ra-P925pmos de monografias nas áreas de educação física,
desportos e lazer. Brasília, SEED/MEC, 1989.
168 p.: il+retrs. Publicado em co-edição com Conselho Nacional de Desportos e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
1. Educação física. I. Brasil. Secretaria de Educação Física e Desportos/MEC. #
CDU: 796.4
Sumário
Apenas um resgate 9
PRÉMIO MEC DE LITERATURA DESPORTIVA
Introdução 13 Resultados anteriores 15 O Concurso de 1989 17
PRÉMIO JAYR JORDÃO RAMOS
Introdução 23 Resultados anteriores 25 Sonho de um Homem - Esperança de uma obra 27
Marco António Bechara Santos Monografia Premiada em 1º Lugar em 1983
O CONCURSO DE 1989
Perfil de escolares de 07 a 14 anos através de medidas antropométricas 121 Paulo Roberto dos Santos Soares et alii. Monografia Premiada em 1º Lugar em 1989
Educação Física na Terceira Idade 149 Paulo Roberto dos Santos Amorim Monografia Premiada em 2º Lugar em 1989
Apenas um Resgate
Há alguns anos, a Secretaria de Educação Física e Desportos instituiu os Prémios MEC de Literatura Desportiva e Jayr Jordão Ramos,
como motivação para produção intelectual da comunidade brasileira de Educação Física/Desportos.
Entretanto, a partir de 1984, por motivos vários, o oferecimento destes prémios foi interrompido.
Ao assumirmos a SEED, colocamos o resgate destes prémios como uma das metas da nossa transitória e rápida passagem, à frente desse órgão do Ministério da Educação.
Na busca de maior efetividade, no sentido de evitarmos outras interrupções, incorporamos como parceiros da SEED, o Conselho Nacional de Desportos (CND)-e o
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP).
Esta publicação, criada pelo esforço conjunto da SEED, CND e INEP, tem como objetivo principal, justamente, recuperar a memória de todas as disputas
dos prémios em questão, divulgar as duas monografias premiadas no Prémio Jayr Jordão Ramos, e recuperar o primeiro trabalho contemplado neste prémio,
o qual versou justamente sobre a biografia do seu patrono.
MANOEL JOSÉ GOMES TUBINO Presidente do Conselho Nacional de Desportos
Secretário de Educação Física e Desportos do MEC
INTRODUÇÃO
A Secretaria de Educação Física e Desportos como órgão diretivo da Educação Física no ano de 1973 criou o Prémio MEC de Literatura Desportiva, objetivando incentivar e apoiar a Pesquisa e Trabalhos originais que oferecessem contribuição para a melhoria da Educação Física. Os dois primeiros prémios receberam denominação de PRÉMIO MEC DE LITERATURA DESPORTIVA. A partir de 1980, a designação passou a ser PRÉMIO LISELOTT DIEM DE LITERATURA DESPORTIVA homenageando a conhecida e admirada professora que colaborou intensamente com a Educação Física no Brasil, na qualidade de coordenadora da parte alemã no acordo Brasil/Alemanha. Posteriormente, em 1984, o Prémio volta a se chamar PRÉMIO MEC DE LITERATURA DESPORTIVA apresentando a inovação de premiar dois segmentos: as obras inéditas e as obras publicadas, tendo em vista a produção científica alcançada na Educação Física Brasileira.
Resultados Anteriores
1973: I PRÉMIO MEC DE LITERATURA DESPORTIVA
CATEGORIA A: Educação Física, Desportiva e Recreativa.
1º Lugar: Os Esportes - Traçado e Técnica Construtiva dos campos Esportivos Autor: Nestor Lindenberg
29 Lugar: Em Busca de Uma Tecnologia Educacional para as Escolas de Educação Física Autor: Manoel José Gomes Tubino
39 Lugar: Planejamento Esportivo para o Estado de Minas Gerais Autor: Nildo Junqueira Lopes
1ª Menção Honrosa: Elementos para Uma Carta do Desporto Agonís-tico Brasileiro Autor: Alfredo Colombo
2ª Menção Honrosa: A Cinesiologia nos Desportos Autor: José Luiz Fraccaroli
3ª Menção Honrosa: Manual dos Esportes Autores: Flávio Bertola Facca
José Medalha José Roberto Borsari Clodoaldo Mesquita Carlos Catalano Davi Camargo Francisco de Paula Neves Filho
CATEGORIA B: Medicina Desportiva
1º Lugar: A Alimentação do Atleta Autor: Luiz Irineu Cibils Settineri
Obs.: Não houve classificação para os outros trabalhos.
1975: II PRÉMIO MEC DE LITERATURA DESPORTIVA
CATEGORIA A: Currículo de Educação Física para Todos os Graus: 1º Lugar: Didática de Educação Física - Técni
ca de Formulação e Enunciado de Ob-jetivos do Ensino.
Autor: Alfredo Gomes de Farias Júnior 2º Lugar: O Ensino da Educação Física no Ciclo
Fundamental. Autor: Luiz Irineu Cibils Settineri
Bruno Edgar Reis Jacintho Francisco Targa
3º Lugar: Normas Orientadoras para o Planejamento de Educação Física nos Diversos Graus de Ensino do Distrito Federal.
Autor: Ceusa do Nascimento Amaral Vera Lúcia M. Tamm Yette Saldanha Gomes Laura Elvira S. Joviano Vanilton Senatore Massumi de Castilho Ribeiro
CATEGORIA B: Tema Livre 1º Lugar: Treinamento Desportivo e Ritmo
Biológicos. Autor: Lamartine Pereira da Costa 2º Lugar: Expressão Corporal. Autor: Rodrigo Octávio Torres Pereira 3º Lugar: Futebol 2001 Autor: José Angelo Gaiarsa
1980: PRÉMIO LISELOT DIEM DE LITERATURA DESPORTIVA
CATEGORIA A: Pesquisa Pedagógica 1º Lugar: Educação Física - Diretrizes Curricu
lares para o Ensino de 1º e 2º graus. Autor: Eloah Soyre Fritsch Brum
Fandila Maria Reginato
2º Lugar: Educação Física que Eles Merecem. Autor: Rui Jornada Krebs
CATEGORIA B: Pesquisa Biológica 1º Lugar: A Problemática da Educação Física Autor: Carlos Sanches de Queiroz 2º Lugar: Manual de Teste de Esforço Autor: Cláudio Gil Soares de Araújo 3º Lugar: Estado Nutricional de Aptidão Física
em Pré-Escolares. Autores: Maria Beatriz Rocha Ferreira
Sérgio Miguel Zucas Menção Honrosa: Cineantropometria, Edu
cação Física e Treinamento Desportivo.
Autores: Eduardo Henrique De Rose Elizabeth Pigatto Regina Celi Fonticielha De Rose
1983 - PRÉMIO LISELOT DIEM DE LITERATURA DESPORTIVA
CATEGORIA A: Pesquisa Pedagógica 1º Lugar: Análise de Ensino e Estágio Supervi
sionado de Educação Física. Autor: Alfredo Gomes de Faria Júnior 2º Lugar: Métodos de Ensino em Educação Fí
sica Autor: Telmo Pagana Xavier 39 Lugar: Pesquisa Experimental sobre Modifi
cações de Aspectos de Personalidade em Estudantes de Educação Física Através da Expressão Corporal.
Autores: Rui Jornada Krebs Maria Augusta Salim Gonçalves
CATEGORIA B: Pesquisa Biológica 19 Lugar: Teoria e Prática dos Exercícios Ab
dominais Autor: Paulo Roberto Barcellos de Mello 29 Lugar: Biometria Aplicada à Educação Física Autor: Maria Teresa Silveira
1984: PRÉMIO MEC DE LITERATURA DESPORTIVA
I - Obras Inéditas Categoria Estudos Pedagógicos:
19 Lugar: A Educação Física Escolar como Campo de Vivência Social e de Formação de Atitudes Favoráveis à Prática do Desporto.
Autor: Valter Bracht
2º Lugar: Introdução ao Estudo da Ginástica Escolar Especial
Autor: Paulo Roberto Barcellos de Mello
Categoria Estudos Biológicos: 1º Lugar: Alguns Efeitos da Qualidade da Pro
teína Ingerida e da Restrição Alimentar no Desenvolvimento de Ratos Submetidos ou Não ao Exercício Físico.
Autor: Maria Cristina Rolfsem Belda 2º Lugar: Efeitos da Hiperventilação Voluntária
sobre a Capacidade Física em Seres Humanos.
Autor: Luiz Oswaldo Carneiro Rodrigues Lor 3º Lugar: Estudo da Variação de Consumo Má
ximo de Oxigénio por Métodos Indire-tos e Respostas Fisiológicas em Três Situações Ambientais Diferentes.
Autor: Paulo António Silvestre Menção Honrosa: Avaliação do Estresse dos
Pilotos de Automobilismo Através da Eletrocardiografia Dinâmica e de Esforço.
Autor: Franklin Delano Nunes Galvão
II Obras Publicadas: 1º Lugar: Prática da Educação Física no 1º grau. Autor: Vera Lúcia Costa Ferreira 2º Lugar: Esporte Para Todos Autor: Katia Brandão Cavalcanti 3º Lugar: Educação Física Especial Autor: Sidney de Carvalho Rosadas Menções Honrosas: a) O Ensino da Educação Física
autor: Airton Negrine b) O que é Educação Física
autor: Vítor Marinho de Oliveira
O Concurso em 1989 Em 1989, a Secretaria de Educação Física e
Desportos tenta recuperar a época em que a Premiação deixou de ser conferida, fazendo com que as obras publicadas em primeira edição, no período de 1985 a 1989 pudessem concorrer, assim como achou-se por bem homenagear anualmente uma personalidade expressiva da Educação Brasileira. Este ano foi escolhido como Patrono do VI Prémio MEC de Literatura Desportiva o inesquecível professor INEZIL PENNA MARINHO, considerado nacionalmente no âmbito do conhecimento da Educação Física e dos Desportos, em razão da envergadura intelectual que deixou marcada em suas obras, publicadas em forma de livros, artigos e folhetos, versando sobre Administração, Filosofia, Legislação, Treinamento, Metodologia, Psicologia e História, e que constitui a fonte principal para os estudiosos da evolução histórica da Educação Física no Brasil.
Mo magistério de Ensino Superior, teve destacada vivência na Escola Nacional de Educação Física e Desportos, onde foi Livre-Docente e Catedrático, marcando fortemente a sua passagem.
Os trabalhos de Inezil Penna Marinho demonstram o seu espírito de investigador minucioso, detalhista e amante do conhecimento.
PORTARIA Nº 389, DE 20 DE JUNHO DE 1989
Altera a Portaria Ministerial nº 108, de 13 de março de 1984 e institui o VI PRÉMIO MEC DE LITERATURA DESPORTIVA.
O Ministro de Estado da Educação, no uso de suas atribuições, RESOLVE:
Art. 1º - O Prémio MEC de Literatura Desportiva, contendo anualmente pela Secreta
ria de Educação Física e Desportos, Conselho Nacional de Desportos e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais aos melhores estudos inéditos nas áreas da Educação Física e Desporto, passa a ser conferido, a partir deste ano, às obras publicadas em língua vernácula nos termos desta Portaria.
Art. 2º - A Secretaria de Educação Física e Desportos poderá, anualmente, escolher um patrono para o prémio, com o objetivo de homenagear personalidades nacionais, que se destacaram por relevantes serviços prestados à Educação Física ou ao Desporto do País.
Art. 3º - Os trabalhos concorrentes serão analisados e selecionados por uma comissão julgadora, integrada por pessoas de reconhecida capacidade e notório saber na área de Educação Física e Desporto.
Art. 4º - Aos autores classificados até o TERCEIRO LUGAR serão conferidos Diplomas e Prémio em dinheiro.
Parágrafo único - Aos classificados do QUARTO LUGAR até a SEXTA colocação serão conferidos Diploma de "MENÇÃO HONROSA".
Art. 5º - Ao Secretário de Educação Física e Desportos caberá, ainda:
I - Escolher e designar os membros da Comissão Julgadora de que trata o artigo terceiro;
II - fixar os valores dos Prémios em dinheiro de que trata o artigo quarto;
III - regulamentar a execução do Prémio; IV - baixar as demais instruções necessá
rias ao cumprimento da presente Portaria.
Art. 6º - Esta Portaria entrará em vigor na
data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
CARLOS SANT'ANNA
(Of. nº 117/89)
PORTARIA N9 08, DE 27 DE JUNHO DE 1989
Regulamenta o VI PRÉMIO MEC DE LITERATURA DESPORTIVA.
0 Secretário de Educação Física e Desportos do Ministério da Educação, no uso de suas atribuições e de acordo com o que dispõe o artigo 2º e Inciso III do artigo 5- da Portaria Ministerial nº 389 de 20 de junho de 1989. RESOLVE:
1 - Disposição Preliminar
Art 1- - O Prémio MEC de Literatura Desportiva instituído pela Portaria Ministerial n9
389 de 1989, será conferida, no corrente ano, às obras publicadas (livro) em língua vernácula visando estimular e contemplar o autor nacional de educação física e desportos, que esteja contribuindo com sua produção técnica e científica para o desenvolvimento da Educação Física Nacional.
§ 1- - O Prémio de que trata este artigo é uma promoção aberta à participação de Professores de Educação Física e Profissionais de outras áreas que tenham suas obras técnicas e científicas relacionadas a área de Educação Física e Desportos.
§ 2º - O Prémio MEC de Literatura Desportiva, no ano de 1989, terá como Patrono o Prof. INEZIL PENNA MARINHO.
II - Dos Trabalhos Concorrentes
Art. 2- - Poderão concorrer todos os trabalhos publicados sob a forma de livro cuja 19
edição tenha sido publicada desde o ano de 1985 (inclusive), sem existir limites quanto a característica que poderá ser didática, de pesquisa, de revisão bibliográfica, etc, e ainda quanto ao seu conteúdo, o qual poderá abranger qualquer sub-área de Educação Física e Desportos, como didática da Educação Física, Medicina Desportiva, Psicologia Aplicada, Treinamento Desportivo, Esporte Para Todos, Desporto Escolar, etc.
Parágrafo Único - Não poderão concorrer traduções e/ou obras cujos autores sejam estrangeiros.
Art. 3º - As obras concorrentes deverão preencher os seguintes requisitos:
a) que tenham sido publicadas depois de 1985 (inclusive).
b) que tenha autorização das respectivas editoras para concorrer, as quais deverão concordar inclusive com a destinação do prémio para o(s) autor(es) ou outros.
Ill - Das Inscrições
Art. 4º - A inscrição dos trabalhos será feita mediante entrega ou remessa dos Correios à Secretaria de Educação Física e Desportos do Ministério da Educação, dos seguintes documentos:
I - solicitação formal de inscrição, assinada pelo(s) autor(es);
1 1 - 1 0 (dez) exemplares da obra; III - ficha de identificação do(s)autor(es)
com os seguintes dados: a) nome completo do(s) autor(es); b) endereço completo e telefone do(s)
autor(es); c) número, data da emissão e órgão
expedidor da carteira de identidade do(s) autor(es);
d) número do cartão de identificação do contribuinte-CIC, do(s) autores);
e) data e assinatura do(s) autor(es); f) comprovante solicitado no artigo 39
- item "B".
Parágrafo Único - Os documentos relacionados neste artigo serão encaminhados em um envelope cuja capa contenha além do endereço constante do art. 5º, os seguintes dizeres:
"PRÉMIO MEC DE LITERATURA DESPORTIVA" NÃO VIOLAR
Art. 5º - As obras concorrentes serão encaminhadas pelos respectivos autores, até o dia 30 de setembro de 1989, diretamente à Secretaria de Educação Física e Desportos, Via N-2, Anexo I do MEC, 2º andar - Sala 237 - CEP 70.047, Brasília-DF.
Parágrafo Único - Para efeito de validade das inscrições solicitadas pelos Correios serão
consideradas as datas do registro postal das remessas.
Art. 6º - Não haverá limite quanto ao número de obras com que o(s) mesmo(s) autor(es) poderá(ão) concorrer.
Parágrafo Único - É vedada a participação de obras já premiadas em outros prémios MEC de Literatura Desportiva.
IV - Do Julgamento
Art. 7º - As obras concorrentes serão analisadas e selecionadas por uma comissão julgadora, integrada por profissionais de reconhecida capacidade e notório saber na área de Educação Física e Desportos.
Parágrafo Único - As atividades da Comissão Julgadora serão orientadas e coordenadas por um Presidente, que será escolhido pela maioria simples de todos os seus membros.
Art. 8º - A Comissão Julgadora poderá estabelecer critérios e normas complementares para o julgamento dos trabalhos que lhe forem submetidos, respeitadas as disposições deste Regulamento.
Art. 9º - A Comissão Julgadora apontará as 06 (seis) melhores obras, classifícando-as conforme as disposições dos artigos 12 e 13, não se admitindo a possibilidade de empate.
Art. 10 - A Comissão Julgadora terá até 31 de outubro de 1989 para submeter sua decisão à consideração do Secretário de Educação Física e Desportos do Ministério da Educação.
Art. 1 1 - 0 Secretário de Educação Física e Desportos do Ministério da Educação, após conhecimento dos autores das obras classificadas, baixará Portaria homologando, em caráter irrecorrível, o resultado final do Prémio.
V - Da Classificação e Prémios
Art. 12 - Aos autores das obras classificadas até o terceiro lugar serão conferidos Diploma e Prémio em dinheiro.
Parágrafo Único - Os prémios em dinheiro a que se refere este artigo terão os seguintes valores:
1º Lugar: NCz$ 5.000,00 2º Lugar. NCz$ 3.000,00 3º Lugar: NCz$ 2.000,00
Art. 13 - Aos classificados do quarto ao sexto lugares serão conferidos Diploma de "MENÇÃO HONROSA".
VI - Das Disposições Gerais
Art. 14 - A Secretaria de Educação Física e Desportos, ao final do concurso, não restituirá qualquer uma 'dias obras encaminhadas, no ato da inscrição, podendo incorporá-las ao seu acervo ou distribuí-las a quem de direito.
Art. 15 - Os autores e editoras das obras premiadas e não premiadas não perdem os direitos autorais.
Parágrafo Único - As editoras poderão. após o concurso, fazer referência nas capas ou no conteúdo dos livros concorrentes da classificação abe suas obras no concurso.
Art. 1 6 - 0 pedido de inscrição significará a aceitação por parte do concorrente, de todas exigências regulamentares e o não cumprimento de qualquer disposição implicará na sua automática desclassificação.
Art. 17 - Fica o Coordenador de Educação Física no Ensino Superior, da Subsecretaria de Educação Física, incumbido de Coordenar e Supervisionar a realização do certame em todas as suas fases.
Art. 18 - Os casos omissos serão resolvidos pela Secretaria de Educação Física e Desportos do Ministério da Educação.
Art. 19 - Esta Portaria entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
MANOEL JOSÉ GOMES TUBINO Responsável pela Secretaria
(Of. nº 371/89)
PORTARIA Nº 11, DE 02 DE OUTUBRO DE 1989
O Secretário de Educação Física e Desportos do Ministério da Educação, no uso de suas atribuições e de acordo com o que dispõe o arti-
go 5- inciso I, da Portaria Ministerial nº 389, de 20 de junho de 1989, resolve:
Art. 1º - Designar como membro da Comissão Julgadora do VI Prémio MEC de Literatura Desportiva:
I - Professor Doutor João Carlos Jaccot-tet Piccoli, da Universidade Federal de Pelotas;
II - Professor Doutor Alberto Carlos Amadio, da Universidade de São Paulo:
III - Professor Doutor Ruy Jornada Krebs, da Universidade Federal de Santa Maria;
IV - Professor Doutor José Maria de Camargo Barros, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; Campus de Rio Claro;
V - Professor Doutor Ricardo Weigert Coelho, da Universidade Federal do Paraná;
VI - Professor Doutor Sérgio Luiz Galan Ribeiro, da Universidade Federal do Piauí;
VII - Professor Doutor Moacir Brondi Daiu-to, da Universidade da Associação de Ensino de Ribeirão Preto.
Art. 2º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
MANOEL JOSÉ GOMES TUBINO Responsável
PORTARIA nº 014, DE 09 DE NOVEMBRO DE 1989
Homologa o Resultado Final do VI Prémio MEC de Literatura Desportiva de 1989
O Secretário de Educação Física e Despo • tos do Ministério da Educação, no uso de suas atribuições, de acordo com o que dispõe o item IV, do artigo 59 da Portaria Ministerial nº 389, de 20 de junho de 1989, o artigo 11 da Portaria nº 08 da Secretaria de Educação Física e Desportos, de 27 de junho de 1989, e considerando:
a) que neste ano o VI Prémio MEC de Literatura Desportiva integra os festejos comemorativos do Centenário da Proclamação da República Federativa do Brasil;
b) o resultado final do julgamento do VI Prémio MEC de Literatura Desportiva de 1989, constante da ata da reunião da Comissão Julgadora, especificamente realizada para esse fim.
Resolve:
Art. 1º - Fica homologada a decisão da Comissão Julgadora do VI Prémio MEC de Literatura Desportiva de 1989, cujo resultado final é o seguinte:
1º Lugar: "Educação de Corpo Inteiro -Teoria e Prática da Educação Física" Autor: João Batista Freire
2º Lugar: "Fundamentos Biológicos - Medicina Desportiva" Autor: Coordenação Cláudio G:l Soares de Araújo
3º Lugar: "Educação Física e Esporte na Universidade" Autor: Organizadora Solange de Cássia Elias Passos
Menções Honrosas: a) Educação e Esportes não Formais
Autor: Lamartine Pereira da Costa b) Fundamentos Pedagógicos - Educação
Física Autor: Organizador Vitor Marinho de Oliveira
c) Educação Física Humanista Autor: Vitor Marinho de Oliveira
Art. 2º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
MANOEL JOSÉ GOMES TUBINO Responsável pela SEED/MEC
INTRODUÇÃO
A Secretaria de Educação Física e Desportos, através de sua Subsecretaria de Educação Física, instituiu o Prémio Jayr Jordão Ramos com o objetivo de estimular as pesquisas e incentivar a capacidade de criação literária entre os alunos do Curso de Graduação de Educação Física.
O Prémio Jayr Jordão Ramos recebeu esta denominação em homenagem ao General Jayr Jordão Ramos, eterno incentivador da Educação Física Brasileira, a qual ajudou a construir desde sua atuaçào junto a Escola de Educação Física do Exército ou na Federação Internacional da Educação Física, além de notabilizar-se pela imensa obra literária deixada.
O Prémio Jayr Jordão Ramos foi realizado nos anos de 1983 e 1984.
Em 1989, houve seis obras concorrentes, classificando-se duas, publicadas em anexo. Neste mesmo ano, surge a obrigatoriedade do pro-fessor-orientador, cuja finalidade é proporcionar maior ajuda à fundamentação científica nos trabalhos apresentados.
Resultados Anteriores
1983 - PRÉMIO JAYR JORDÃO RAMOS DE LITERATURA DESPORTIVA
1º Lugar: Sonho de um Homem - Esperança de uma obra
Autor: Marco António Bechara Santos 2º Lugar: Diminuição do Tempo da Fadiga no
Atleta de Futebol por Uso de Método de Contração Isométrica e Alongamento Muscular.
Autor: José Odair Meireles Nunes 3º Lugar: A dimensão do Lazer no Sistema
Educativo Salesiano. Autor: Kleber do Sacramento Adão
Menções Honrosas. a) Como Ser um Campeão Autor: Bruno Koeche Júnior
Edésio da Silva b) Atetividade e o Movimento Autor: Reynaldo Soares Coelho dos Santos
1984 - PRÉMIO JAYR JORDÃO RAMOS DE LITERATURA DESPORTIVA
1º Lugar: Experiências em Educação Física/Esporte na Comunidade do Bairro Vasco da Gama através do Estágio Supervisionado.
Autor: Lindolfo Rocha Lima Neto 2º Lugar: A criança Vista como Criança Autor: Astrid Studart Corrêa Barreto 3º Lugar: Reeducação Psicomotora para Dé
beis, Utilizando o Relaxamento. Autor: Geraldino Gonçalves Bastos
Menções Honrosas: a) Reeducação Psicomotora: Relato de Expe
riências Autor: Rita Maria Lopes Moreira b) Contribuição da Psicologia Educacional para
o Processo Ensino-Aprendizagem em Educação Física
Autor: Juarez Oliveira Sampaio Josedite Pacífico Galvão
PRÊMIO JAYR JORDÃO RAMOS DE LITERATURA DESPORTIVA
SONHO DE UM HOMEM ESPERANÇA DE UMA OBRA
Autor: Marco António Bechara Santos Pseudônimo: MABS Instituição: Universidade Gama Filho - RJ
Outubro/1983
Sumário
INTRODUÇÃO OU CARTA AOS LEITORES 31
UM HOMEM VIVE 33 - Porque um Militar? 34 - Joinville-Le-Pont 34 - Atuando na EsEFEx 35 - Divulgando a Informação 36 - A Missão no Paraguai 39 - A Segunda Lingíada 39 - Reconhecimentos 41 - Ordem de Vasa 42 - Atuando fora de Caserna 42 - Atuaçáo da FIEP 44
UM HOMEM SONHA 48 - Imaginação ou Fantasia 48 - O Museu de Educação Física 48 - Vivendo a Imaginação 49 - Museu de Educação Física - Ensaio e Organização 51
CONCLUSÃO OU UM HOMEM NÃO MORRE 53
- O Resgate da Dívida: Esperança de uma obra 54
BIBLIOGRAFIA 55
ANEXOS 59
INTRODUÇÃO OU
CARTA AOS LEITORES
Rio de Janeiro, Outubro de 1983.
Prezados Senhores
Permitam-me iniciar o trabalho com esta carta relatório, onde pretendo justificar minha ousadia em penetrar e revelar o sonho de um homem.
Ao tomar conhecimento do Prémio de Literatura Desportiva, através do Jornal "Perspectiva Universitária", ano X, agosto - 1983 nº 172, fiquei curioso em saber porque se intitulava "PRÉMIO JAYR JORDÃO RAMOS". Quem seria este indivíduo que fora merecedor de sustentar seu nome a um prémio de literatura desportiva do MEC. A curiosidade levou-me à uma busca inicial em minha biblioteca, e ao desfolhar a revista nº 108 da Escola de Educação Física do Exército, bem lá na página 25, num artigo que trata da "Saudação ao General Jayr Jordão Ramos", constatei quem fora este General, e confesso que fiquei muito envergonhado, como estudante do Curso de Licenciatura em Educação Física, em não ter conhecimento dos seus feitos e, portanto, não tê-lo até então valorizado.
Ao mesmo tempo que este sentimento se instalava, crescia em mim a admiração por suas realizações na Educação Física brasileira. Sen-ti-me bastante comprometido com sua obra e uma grande responsabilidade em reuni-la e divulgá-la. Ao ler o artigo da mesma revista que dizia que, naquele momento, não faria a biografia do General, pois este feito seria um dever indeclinável dos historiadores da Educação Física no Brasil, senti-me encantado e desafiado.
Longe de pretender-me um historiador da Educação Física, percebi que estava revelado que a Educação Física brasileira teria uma lacu
na se não se historiasse, imediatamente, a vida e a obra desse homem. Estava decidido, portanto, que eu tomaria parte neste concurso de Literatura Desportiva, com algo que realmente tivesse relevância para a Educação Física brasileira -O resgate de parte de sua memória, através da vida e do sonho de um homem.
Naturalmente que escrever sobre um homem que desenhou o mundo da Educação Física brasileira, torna-se um projeto audacioso e ao mesmo tempo, desafiante...
Conhecer esse homem, realizar o seu levantamento biográfico tornou-se, a cada momento, uma revelação, fazendo crescer, em cada novo instante a apreciação pela simplicidade e pela lição de amor investida numa causa. A seriedade com que conduziu sua vida, o respeito pelo registro dos fatos relacionados com a Educação Física e a valorização demonstrada na preservação da memória dessa mesma Educação Física que ajudou a construir, aponta-nos acima de tudo, o exemplo de um homem admirável. Esse homem, quer seja ação nacional ou internacional, em suas atividades na Escola de Educação Física do Exército ou na Federation Internationale de Educación Physique, dá-nos uma lição de força e importância da preservação dos fatos relacionados à Educação Física pelos tempos para manutenção da própria vida da Educação Física.
E esse homem, dentro do seu compromisso com a renovação, sonha..., E eu ao tentar penetrar no sonho desse homem, senti-me muito "pequenino", diante de tanta grandeza humana e histórica, mas ao mesmo tempo orgulhoso em ter a oportunidade de tentar humildemente descortinar suas ideias grandiosas, para a evolução da Educação Física no Brasil, projetando-a internacionalmente.
Portanto, prezados leitores, o presente ensaio nada mais pretende do que enaltecer o tra-
balho de alguém que foi capaz de anunciar e ser o futuro, às custas do presente e do passado. Se eu conseguir, através deste relato, despertar em cada um de nós a consciência de quanto a Edu
cação Física brasileira deve a esse vulto e despertar também a esperança de renascimento de sua obra, poderei considerar-me satisfeito.
O autor
UM HOMEM VIVE...
O homem elabora seu potencial criador através do trabalho. É uma experiência vital. Nela o homem encontra sua humanidade ao realizar tarefas essenciais à vida humana e essencialmente humanas. O Homem passa mas a vida continua, e o seu espírito não se retira deste mundo se deixar nele por menor que seja, o fruto de seus estudos, pensamentos e realizações. E os esforços do homem de quem me proponho a falar constituíram em realidade na Educação Física Brasileira.
Jayr Jordão Ramos, nascido em 14 de Julho de 1907 na cidade do Rio de Janeiro, cursou a Escola Militar de Realengo, sendo declarado aspirante a oficial do Exército Brasileiro em 21 de Janeiro de 1930.
Desportista militante, como o caracterizou o General Olavo em 1980, matriculou-se em 24 de março de 1932 no Curso de instrutores do Centro
Militar de Educação Física, porém em 19 de Abril do mesmo ano, fora mandado trancar sua matrícula, para apresentar-se ao Departamento de Guerra. Dois anos depois, retornava a se matricular, cursando como aluno do Curso de Instrutores, de 27 de Fevereiro de 1934 à 13 de Dezembro do mesmo ano. Como integrante da Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), foi aluno brilhante, conseguindo grau = 8,047 nos exames parciais realizados em Junho e grau = 8,050 nos exames finais (1), recebendo "Menção Honrosa" pelo conceito "Muito bem", fez jus ao seguinte elogio:
"Ótimo valor intelectual, bom valor físico boa execução, boa direçâo, boa atilude, ótima conduta. Este Oficial demonstrou grande entusiasmo pela Educação Física c Desportos, tendo produzido bastante c te o seu curso. Muito estudioso e dedicado devo se ton um ótimo instrutor" (1)
Turma de Instrutores formados na EsEFEx. onde o Ten. JAYR JORDÃO RAMOS, é o quarto homem da esquerda para direita. O Diploma da Escola encontra-se no anexo 1
POR QUE UM MILITAR?
Um dos fatos que me deixou curioso em saber, foi porque um militar? Qual a importância do exército na história da Educação Física? Perguntas estas, que me levaram a buscar um breve histórico da Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx):
Com a vinda da missão militar francesa, para instruir o exército e transmitir-lhe as experiências da Primeira Guerra Mundial, (1914-1918), grandes empreendimentos começaram a aparecer, surgindo, entre inúmeros outros, a ideia de especialização em Educação Física.
Em 1922, foram as primeiras tentativas de sistematização dos exercícios e de criação de um centro formador de especialistas em Educação Física. Devido as inúmeras dificuldades materiais e dos acontecimentos políticos da época, esta fase durou pouco tempo, mas foi proveitosa, pela experiência que alguns oficiais adquiriram, da qual resultaram interessantes observações e manifestações escritas sobre o assunto.
Somente em 1929, após esforços tenazes, foi instalado o Curso Provisório de Educação Física, que funcionou na Vila Militar, com a participação de uma turma de professores primários, aumentando assim a importância do empreendimento.
Dessa maneira, com os dois atos acima, foi dado um passo decisivo na solução do problema brasileiro da Educação Física, que se achava em precárias condições, e sistematizada a sua aplicação de uma maneira racional e positiva.
Grande foi a influência da Missão Francesa, contratada para instruir o exército brasileiro, na fixação da doutrina de trabalho. Além do regulamento geral, documento básico do Método Francês de Educação Física, quase todas as disciplinas de currículo escolar utilizaram, de preferência, as publicações francesas da época, especialmente os folhetos da Escola Joinv'lle-Le Pont, que era considerada um "Templo de Saber".
O desenvolvimento dos trabalhos fizeram sentir a necessidade de instalações mais adequadas, motivo por que, em 11 de janeiro de 1930, foi o curso provisório transformado em Centro Militar de Educação Física, localizado e
administrado pela Fortaleza de São João - Urca. Posteriormente, em 1931, o Centro Militar de Educação Física, tornou-se autónomo administrativamente. A escola de Joiville - Le - Pont, em tudo data a última palavra.
Em 1933, mais uma importante etapa foi vencida na consolidação da Educação Física no Brasil. Quase no fim do ano, realizando um sonho antigo, foi o centro transformado em Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), cujos objetivos e cursos foram ampliados e reestruturados.
A EsEFEx passou a balizar o progresso da Educação Física no Brasil. O papel pioneiro da Escola, estendeu-se no setor educacional, possibilitando a criação e organização da Divisão de Educação Física no Ministério da Educação e Saúde, a oficialização da profissão no País, a criação de um estabelecimento congénere no meio civil - A Escola Nacional de Educação Física e Desportos da Universidade do Brasil, além da evolução da técnica ginástico-desportiva, as Colónias de Férias, e várias outras Escolas de Educação Física fundadas no Brasil, tiveram como semente, a EsEFEx.
Assim eu entendi, a causa dos militares estarem tão envolvidos com a Educação Física na época.
Vivenciando todo o processo de transformação, Jayr Jordão Ramos ao regressar das férias, em 21 de Fevereiro de 1935, foi nomeado para instrutor da EsEFEx. Sua primeira missão na Escola, além de instrutor, surgiu em 14 de maio de 1935, quando foi designado para examinar artigos pertecentes à Escola, publicados na revista da própria escola. Em Abril de 1935, traduziu do Espanhol, o artigo "Corridas de Archo-tes-Olímpia-Berlim-1936" (2). Neste cargo trabalhou até 29 de Agosto de 1935, pois no dia seguinte, ou seja, 30 de Agosto à 31 de Dezembro de 1935, foi afastado das funções, por ter seguido para a França.
JOINVILLE - LE - PONT
Jayr Jordão Ramos, seguiu para a França, a fim de cursar a Escola de Educação Física de Joinville - Le - Pont, com permissão do Sr. Ministro de Estado e dos Negócios da Guerra. Regressando em 06 de fevereiro de 1936, apresen-tando-se na mesma data.
O conceito obtido, na Escola Superior de Educação Física de Joinville - Le - Pont, durante sua permanência na França, foi enviado à EsE-FEx, em 14 de Fevereiro de 1936, enaltecendo as notas (conceitos) obtidos durante o curso, devotamente e compenetração demonstrados durante sua passagem na Escola (1).
Em outubro de 1936, escreveu o artigo "Treinamentos Especiais do Combatente - Lançamento de Granada" (4).
Em outubro de 1936, publicou um trabalho em gravuras, sobre "Lição de Educação Física Infantil - 2º grau do ciclo elementar" (5).
Turma de Oficiais, formados em Joinville-Le-Pont (França), onde o Ten. Jayr Jordão Ramos, aparece na fileira central, sendo o 8º homem da esquerda para a direita. O diploma da Escola encontra-se no anexo 2.
ATUANDO NA EsEFEx
Regressando à EsEFEx, foi designado para encarregado do ginásio da Escola, em 1º de Fevereiro de 1936.
O devotamente a força de vontade e a vontade de acertar eram traços marcantes no Tenente Jayr Jordão Ramos, em que já era depositada toda à confiança de seus superiores.
Em maio de 1936, o dinâmico tenente traduziu do francês, o artigo "Combate à baioneta e luta corporal - da Escola de Joinville - Le - Pont" (3), informando as novas técnicas de utilização da arma no combate corpo a corpo, nos corpos de tropa francesas.
O jovem tenente, em 15 de junho de 1936, foi designado para acumular as funções de instrutor a estar à disposição do Departamento Técnico, a fim de colaborar na elaboração do novo regulamento da EsEFEx, devido à experiência adquirida na França.
RECONHECIMENTOS INICIAIS
Portanto, a presença de Jayr Jordão Ramos, ultrapassa as paredes militares e é reconhecido quando, em 23 de Setembro de 1936. é elogiado pelo brilhantismo com que desempenha suas funções de instrutor e dedicação à escolares na educação de infantis e juvenis, tornado-se forte elo da EsEFEx com o meio civil, pois ele também era responsável pela ginástica infantil da escola.
Em 14 de dezembro de 1939, seus conhecimentos pedagógicos foram solicitados quando nomeado para constituir a banca examinadora das cadeiras de Pedagogia e Educação Física da EsEFEX.
Em 30 de Março de 1937, ficou com as funções de instrutor de pedagogia para oficiais. Neste período também tornou-se encarregado da Educação Física Infantil e substituto eventual do Instrutor de Voleibol, para o corrente ano letivo.
UMA VISÃO INOVADORA
Já entáo como capitã®, Jayr Jordão Ramos, escreveu o artigo "impressões sobre o Ensino da Escola de Joinville - Le - Point" (6) onde relata como se processa o ensino na Escola, os diversos cursos oferecidos, os tipos de ensino e verificação do aproveitamento.
Um fator importante, explorado nesse artigo, foi o enaltecimento do curso de especialização para os médicos, em Joinville-Le-Pont, e o alerta que entre nós seria de grande vantagem a realização de estágios semelhantes para que oficiais médicos recém-saídos da Escola de Saúde, pudessem adquirir os conhecimentos necessários, por meio de uma documentação teóri-co-prática, tornando-se assim, aptos a controlar o ensino da Educação Física sob a ótica biológica.
Absorvendo sua ideia, e sentindo a deficiência de professores e de médicos especializados, a divisão de Educação Física do Ministério da Educação e Cultura, com a valiosa cooperação da Escola de Educação Física do Exército, planejou e estruturou um "curso de emergência", que funcionou durante cinco meses, entre 1938 e 1939, tendo diplomado 168 professores e 78 médicos. Foi um passo decisivo para numerosas outras conquistas no campo da atividade física. Desta meneira, Jayr Jordão Ramos, começa a anunciar um futuro na Educação Física brasileira.
Outra informação de curso realizado na França, aparece sob a forma de alerta para nós: o "Curso de Instrução" de Joinville-Le-Pont, com duração de 16 semanas, que tem por fim preparar os sub-oficiais para as funções de monitores auxiliares nos corpos de tropa e nas sociedades de Educação Física e preparação militar de sua guarnição.
Segundo o Capitão Jayr, entre nós seria de grande vantagem a realização de cursos semelhantes de média ou curta duração, para sargentos e estagiários recrutados nos corpos de tropas. Esses estagiários visariam dar subsídios teórico-práticos àqueles que exerceriam as funções de auxiliares de Educação Física, quer seja no meio militar ou civil. Esse posicionamento era extensivo também aos professores da rede oficial de ensino e desportistas selecionados.
Como podemos sentir, Jayr Jordão Ramos, era um homem com uma visão muito além de
sua época. Esse homem conseguia adaptar ao nosso país, de modo simples, as coisas boas de outros povos, para serem concretizados no futuro.
Esta visão progressista constituía-se em qualidade. Sempre com o pensamento nas necessidades da Educação Física brasileira ele, aos poucos, ia semeando o futuro...
DIVULGAÇÃO E INFORMAÇÃO
Em outubro de 1937, traduziu do Francês, o artigo "Organização de uma Pista de Obstáculos". Em novembro publicou o artigo "Lição de Educação Física Feminina" - 1º Grau do Ciclo Secundário" (7). Em dezembro, publicou os artigos: "Lição de Aplicações Militares - Turma de Combatentes a Pé" (8), e "Organização de um Campo de Jogos" - coordenação (9).
Ainda em 1937, o Capitão Jayr, publicou o seu primeiro livro o "Fichário dos Instrutores de Educação Física" (10), recebendo o seguinte parecer do departamento técnico da EsEFEx:
"O trabalho do Capitão Jayr Jordão Ramos, é um trabalho de real interesse para a Educação Física nos corpos de tropa, organizado sob a forma de fichas, sistema atual-mente preconizado na preparação da instrução, ele apresenta sob aspecto prático, suscetível de imediata aplicação, permitindo assim o desenrolar da instrução física militar sem mais percalços"(10) E o seguinte parecer do Departamento Médico da EsEFEx:
"A parte de medicina desportiva está muito bem organizada e o autor imprimiu ao seu trabalho um cunho altamente prático, tornando-se, para aqueles que se dedicam a esse ramo da medicina, um ótimo guia. Desde as atribuições do médico especialista em Educação Física, à classificação dos homens em grupos homogéneos, das tabelas dos perfis à apresentação das fichas de exame físico e controle do exercício, tudo que está claramente exposto, o que torna o trabalho do Sr. Cap. Jayr Jordão Ramos merecedor dos maiores elogios de Departamentos" (10).
Assim podemos perceber claramente a visão de integração de profissionais de áreas afins à Educação Física, preconizado pelo então capitão.
Ao tomar conhecimento de seu primeiro livro, "Fichário dos Instrutores de Educação Física" (fig. 1), pude concluir que Jayr Jordão Ramos, fizera um Trabalho precioso, para beneficiar a Educação Física, pois naquela época haviam dificuldades de registros de assuntos relativos a essa disciplina, e a ausência de um manual com assuntos metodologicamente dispostos, dificultavam em muito o trabalho de instrutores nos corpos de tropa. Logicamente, somente um homem dotado de tenacidade invulgar, poderia vencer o desafio de propiciar uma melhor organização na Educação Física, fornecendo um livro altamente gabaritado com a finalidade de facilitar a tarefa dos instrutores de Educação Física.
O DESEMPENHO
Em 30 de Dezembro de 1937, assumiu as funções de chefe de seção de Educação Física e Desportos do Departamento de Ensino da EsE-FEx.
A multiplicidade de conhecimentos e de realizações de Jayr Jordão Ramos, permitiam que acumulasse vários cargos concomitantes e se desempenhasse bem em cada um deles. Já no 1º semestre de 1938 juntamente com a função de chefe da Seção de Educação Física e Desportos, também desempenhou funções de di-retor de estudos, instrutor de remo, instrutor de pedagogia e encarregado da Educação Física Infantil.
Fig. 1 - Fichário dos Instrutores de Educação Física (cópia reduzida do panfleto de divulgação)
CONTINUANDO A DIVULGAR A INFORMAÇÃO
Ainda em 1938, escreveu o opúsculo "Sugestões sobre a Reorganização do Ensino da Escola de Educação Física do Exército"(11). Passando a partir de julho a escrever na seção pedagógica da revista da EsEFEx: "Unidade de Doutrina" (12), que aborda generalidades de treinamento físico geral, os processos de trabalho e atribuição dos quadros de Educação Física.
No mês de agosto, dando continuidade ao artigo, "Unidade de Doutrina" (12), aborda regras gerais para a aplicação do método: (a) exame clínico e biométrico dos homens; e (b) progressão da instrução.
Nos meses seguintes, "Unidades de Doutrina" (12),.dá continuação do número anterior, tratando de dois aspectos: (a) atração dos exercícios; e (b) verificação dos resultados, complementado por regimes de trabalho.
Em outubro, "Unidades de Doutrina" (12) -(modelo I - Caderneta de Saúde) - relata o que é a caderneta de saúde, e ensina como preenchê-la. E (modelo II - ficha biométrica) - relata as instruções para seu preenchimento.
Em fevereiro de 1939, concluiu o "Curso de Emergência" de Educação Física da EsEFEx -MES. E em 25 de março do mesmo ano era designado para instrutor de Pedagogia da Educação Física do mesmo curso. Curso este, que fora fruto de uma semente plantada pelo próprio Jayr Jordão Ramos.
Ainda em 1939, publicou o opúsculo "Educação Física de Conservação" (13), tradução e adaptação. E o opúsculo "Exemplos de Sessões de Estudo de Elementos, Lições de Educação Física e Sessões de Jogos" (14).
Assumiu a seção de esgrima da EsEFEx, em 04 de Setembro de 1939.
Na revista da EsEFEx Junho/Julho de 1939, escreveu o artigo intitulado "Organização de Competições por Equipes" (15), onde informa aos brasileiros tão necessitados de divulgação de informações, os processos de organização de competições: (a) eliminatórias; (b) rodízio; e (c) combinações, bem como outros detalhes a serem observados na organização de competições, vigentes na época. E nesta mesma revista a con
tinuação do artigo, "Unidade de Doutrina" (12), abordando estudo do pulso, como calcular a elasticidade toráxica, coleta dos elementos de parte biotipo-etnológica e traçado de perfis.
Em outubro de 1939, juntamente com o 19
Tenente Arêas e o Prof. Santos Rocha, o Cap. Jayr Jordão Ramos fazia a tradução de um artigo de ERNEST LOISEL - Diretor da Escola Normal de Educação Física de Paris, sobre o "Método Alemão" (16), artigo este que aborda o conhecimento do método, para reflexão e crítica dos processos de trabalho físico seguidos na Alemanha, onde ainda se faz sentir o espírito de JAHNS.
Em dezembro de 1939, publicado na seção pedagógica, a continuação da revista de Junho/Julho, sobre "Unidade de Doutrina" (12), abordando a classificação biotipológica, regras concernentes à direção e à execução do trabalho (Divisão do Treinamento Físico Geral). Nesta mesma revista, a continuação da tradução do "Método Alemão" (16).
Ainda em dezembro o Cap. Jayr Jordão Ramos, ofertou à Escola de Educação Física do Exército um exemplar de "Alguns Aspectos da Educação Física" (17), coletânea de sua autoria.
A dedicação, o amor, o carinho e a consideração que Jayr Jordão Ramos tinha com a Educação Física, procurando sempre estar atualiza-do e principalmente atualizar seus companheiros, o faziam um verdadeiro "Professor de Educação Física", digno de ser admirado por todos que o conheciam ou já tinham lido algumas de suas publicações.
Em 29 de dezembro do mesmo ano, foi afastado da EsEFEx para cumprir obrigações militares, retornando à Escola em 09 de Maio de 1941. Tendo assumido a chefia da Seção de Educação Física do Departamento Técnico quatro dias após.
A revista da EsEFEx, estava paralizada desde dezembro de 1939, mas voltava em setembro de 1941 com artigos muito bons, como lhe era característico. O retorno à circulação da revista é marcado por um artigo do Cap. Jayr Jordão Ramos, intitulado "A flexibilidade e a Impulsão na Moderna Ginástica Alemã"(18), onde o autor procura chamar a atenção dos instrutores para a excelência dos exercícios estudados neste artigo, principalmente para o "Bodenturnen",
que é um novo método alemão. E dentro do ecletismo dos métodos de Educação Física existentes na época, talvez disponha de um lugar no conjunto dos seus processos de trabalho. Também nesta mesma revista, publicada a última parte da tradução do artigo de Ernest Loisel, "Método Alemão" (16), que teve início em Outubro de 1939, essa tradução foi publicada como opúsculo, em 1942, contendo 12 páginas.
Em outubro de 1941, escreveu o artigo "A Escola de Educação Física do Exército - uma realização da inteligência e da tenacidade brasileira" (19), artigo este que foi traduzido para o francês.
Em dezembro de 1941, escreveu o artigo "Campos e Colónias de Férias - crítica amigável e alguns conselhos práticos" (20), artigo este que foi traduzido para o espanhol e publicado na Imprensa Paraguaia (1946).
DESEMPENHANDO OUTRAS FUNÇÕES
Em 23 de Março de 1942, assumiu a chefia do departamento técnico, e Diretor da Revista de Educação Física da EsEFEx.
Em 13 de Abril de 1942, foi designado para, na qualidade de interventor, dirigir os destinos do Esporte Clube Germânia, sediado à Rua Dias Ferreira, 420 (Leblon). E neste mesmo mês, publicava o artigo intitulado "A Mulher e o Esporte" (21), onde faz uma abordagem das controvérsias da prática de esportes pelo sexo feminino. E po-siciona-se, dizendo que é de favor que a mulher com uma adaptação, pode praticar quase todos os esportes praticados pelo homem.
Em 14 de Setembro de 1942, afasta-se da EsEFEx, por obrigações militares.
Em 27 de Abril de 1944, é nomeado assistente técnico da Comissão de Desportos Regional (Rio de Janeiro), onde foi muito elogiado.
Seu segundo livro, foi editado em 1945, intitulado "Dêem Estádios ao Exército" (22). Com 110 páginas e 6 mapas, o autor alerta a necessidade da sociedade contribuir para a construção de novos Estádios, Pistas e Instalações destinadas ao esporte.
O valor de um homem, se espelha na soma de esforços bem conduzidos, em benefício de uma causa, e isto era verídico na pessoa de Jayr
Jordão Ramos. Crescia cada vez mais a admiração pelo espírito de luta desse homem em favor do registro e divulgação do conhecimento em Educação Física.
A MISSÃO NO PARAGUAI
Em 21 de maio de 1945, foi designado para instrutor de Educação Física na Missão Militar brasileira de Instrução no Paraguai, e durante a sua permanência, o Major Jayr Jordão Ramos, muito fez pela Educação Física daquele país. Foi assessor Técnico da Escola Nacional de Educação Física e do Conselho Nacional de Cultura Física do Paraguai, onde redigiu desde a "Carta Orgânica" do citado conselho, até os regulamentos indispensáveis ao bom funcionamento desses órgãos. Projetou um estágio, e outros trabalhos interessantes, deixou quase completos, o que facilitou muito o seu substituto em dar continuidade ao projeto iniciado pela missão de 1945. Infelizmente não houve registros sob a forma de documentos, para se saber quais foram esses trabalhos interessantes e qual o estádio projetado por Jayr Jordão Ramos (1).
O Major Jayr Jordão Ramos, retornou de Assuncion, em 05 de setembro de 1946.
RETORNO À AÇÃO NACIONAL
Em 11 de fevereiro de 1947, foi designado para diretor do Departamento de Educação Física da Polícia Militar do Distrito Federal (RJ).
Em feveiro de 1948, escreveu o artigo "Organização de um Departamento de Educação Física" (23). E, em abril do mesmo ano, escreveu "Momento de Treinamento Físico Militar do Exército Francês" (24).
Em 1949, escreveu o artigo "Algumas Ideias sobre Ginásios e Recintos Cobertos" (25).
A SEGUNDA LINGÍADA
Em 21 de junho de 1949, embarcou para a Suécia, como membro da representação nacional a 'II Lingíada". Realizada de 27 de julho à 29 de agosto, em Estocolmo. A cópia do diploma de participação da II Lingíada, encontra-se em (A-nexo 3). Regressando em 9 de setembro de 1949, escreveu o artigo "A Lingíada de 1949 -um acontecimento de projeção internacional" (26), onde o autor relata o que é "Lingíada", qual o seu propósito e quais os seus acontecimentos principais.
Mais uma vez, Jayr Jordão Ramos, dava prova que era um: elo forte, um condutor de conhecimento, entre a "cultura" e os brasileiros. A sua responsabilidade e vontade de veicular os conhecimentos sobre Educação Física era uma das qualidades, entre muitas que o tornaram um homem admirável.
PARTICIPAÇÃO CIVIL
Em 10 de janeiro de 1950, foi autorizado a completar o "quorum' da Congregação da Escola Nacional de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Para fins de concurso para Professor e Catedrático da Cadeira de Metodologia da Educação Física e do Treinamento Desportivo da referida Escola. Essa concessão dada a uma pessoa estranha ao meio universitário, reforça o reconhecimento pelo saber de Jayr Jordão.
O RETORNO À EsEFEx
Em 16 de julho de 1950, saiu da Polícia Militar do Distrito Federal, onde estava desde 11 de fevereiro de 1947, onde ocupou os cargos de Instrutor e Diretor do Departamento de Educação Física.
Em 1º de outubro de 1951, retorna à EsEFEx, e escreve o artigo "Suécia - Terra da Beleza e Progresso" (27), onde o autor descreve o seu encantamento pelo povo sueco, a beleza de suas terras e progresso de sua cultura.
Em 24 de abril de 1952, ofertou à EsEFEx a clicheria do livro "Dêem Estádios ao Exército" -1945 (22), de sua autoria.
Em 30 de abril de 1952, foi autorizado a integrar a banca examinadora do concurso de provas e títulos para provimento de cargos isolados de professores de Recreação e Jogos do quadro permanente da prefeitura do Distrito Federal. A ação de Jayr Jordão Ramos, por vezes, ultrapassa os limites da EsEFEx e seu brilhantismo se fazia notar também em ações no meio civil, cumprindo a missão de extensão e benefícios à sociedade como um todo, características que o tornaram digno de nosso respeito e admiração.
Ainda em 1952, foram publicados, de sua autoria, os seguintes artigos:
a) "Escola Central de Educação Física" (28), onde relata a eficiência e a produti
vidade do ensino da Escola de Educação Física de Toledo, na Espanha;
b) "A Moderna ginástica Sueca (29), onde aborda generalidades sobre a ginástica pedagógica desenvolvida na Suécia;
c) "Roteiro do Treinamento Físico Militar" (30), onde relata, como exemplo, um ano de instrução física militar, com toda a sequência a ser seguida;
d) "Escola de Educação Física do Exército - Resumo histórico e organização geral" (31), onde relata a história cronológica da Escola e a sua influem ia na Educação Física Brasileira; e
e) "Departamento Técnico da EsEFEx" (32), onde relata as atribuições das diversas dependências do Departamento Técnico da Escola;
f) "Manual de Biometria" - T - 21.224 (33) g) "Manual de Jogos Militares" - T - 21.221
(34)
Em 1953, os seguintes artigos:
a) "A moderna Ginástica Sueca" (29), dando continuidade ao artigo escrito no ano anterior abordando generalidades sobre a ginástica médica, as lingíadas, as salas de ginástica e o material sueco utilizado na prática da Educação Física;
b) "Organização de um Departamento de Educação Física" (trabalho de divul-gação)(23). Examina as necessidades de um departamento de Educação Física, a fim de cooperar na atualização dos já existentes;
c) "Grupamento Homogéneo em Natação nos Corpos de Tropa" (35), onde aborda a importância da Natação e algumas generalidades para a Educação Física Militar;
d) "Organização das Competições Entre Equipes"(15), reprodução do trabalho publicado em 1939, porém revisado e atualizado;
e) "O Treinamento Físico no Exército" -Crítica construtiva e Necessidade de Novos Rumos(36). Questiona a Doutrina da Educação Física no Exército; cogita reeditar um Manual C-21-20 e organizar outros Manuais ligados as atividades físicas;
f) "Curso de Força", Subsídios para Reorganização do C-21-20(51);
g) "Ginástica Básica" (51), subsídios para reorganização do C-21-20, trata de uma
coletânea de exercícios físicos; h) "Manual de Recondicionamento Físico -
Subsídios para a sua Organização", tradução e adaptação feita em colaboração com o Cap. Médico Dr. Maurício Inácio Bandeira;
i) "Conceitos e Sugestões"(51), sobre a Educação Física;
j) "Recondicionamento Físico no Exérci-to"(51).
Em 22 de Junho de 1953, embarcou para Santos, para representar a EsEFEx nos trabalhos de inauguração do III Curso de Aperfeiçoamento Técnico e Pedagógico.
Em seus artigos publicados, podemos notar que todos tem um caráter pedagógico muito grande, mas o que mais se admira no autor é a simplicidade com que ele anuncia o futuro, ressaltando a importância da mudança e da atuali-zação, e fornecendo subsídios para esta transformação.
No ano de 1954, publicou os seguintes artigos:
a) "Necessidade de Assistência Física e Psíquica ao convalescente" (38), onde aborda a importância do recondicionamento físico, o recondicionamento educacional, a terapêutica educacional e o serviço especial, que devem ser dados aos convalescentes;
b) "Ginástica Básica" (51), subsídios para reorganização do C-21-20, é uma coletânea de exercícios físicos;
c) "Ginástica com Arma" (51), subsídios para reorganização do C-21-20;
d) "Preparação Física do Combatente (51), subsídios para reorganização do C-21-20;
e) "Qualidades e Açáo do Instrutor" (51), subsídios para reorganização do C-21-20;
f) "O Preparo Físico da Mulher no Exército" (38).
Dando um caráter impessoal, com a colaboração do Gen. Horácio dos Santos, publicou os seguintes opúsculos:
a) "Manual Sabre Moderno" (39), tradução do Manual Francês.
b) "Manual de Esgrima - Espada" (40), tradução do Manual Francês.
E também em 1954, o livro "Instrução Individual para as operações aquáticas" (c-21-20) (41) - tradução e adaptação.
A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Em 26 de julho de 1954, cooperou na organização do regulamento da Federação Internacional de Esgrima.
De 19 de outubro à 5 de dezembro de 1954, esteve nos Estados Unidos da América do Norte. a fim de visitar os Centros de Treinamento do Exército Norte-Americano.
RECONHECIMENTOS
Em 10 de setembro de 1954, o Sr. Mário Gonçalves Viana. Diretor do Instituto Nacional de Educação Física de Portugal, exalta a importância da EsEFEx, através do seu veículo de publicação - a revista, o que honra o seu diretor: Tenente Coronel Jayr Jordão Ramos.
Em 17 de setembro de 1954, lhe foi concedido pelo chefe das Forças Armadas da República do Paraguai, o diploma (Anexo 4)a e insígnias da escola de Educação Física das Forças Armadas. como reconhecimento aos serviços prestados, na Missão Militar Brasileira de Instrução no Paraguai.
Em 06 de dezembro de 1954, o Tenente Cel. Jayr Jordão Ramos apresentou certificado do Curso de Aperfeiçoamento, dado pelo Prof. Mário Gonçalves Viana, sobre "A Aprendizagem nos domínios da Educação Física" considerada a Luz da Psicologia e da Pedagogia, curso este realizado na Escola Nacional de Educação Física e Desportos.
Jayr Jordão Ramos, para orgulho nosso era da estirpe de homens incansáveis, que se dedicam a uma causa e por ela não medem esforços. Utilizando de toda a sua potencialidade enalteceu a Educação Física Brasileira. Em 13 de junho de 1955, o Comandante da EsEFEx Oswaldo Niemeyer Lisboa, definiu muito bem a açáo desse homem, através de um elogio, que dizia:
"Além de exercer as funções de Subcomandante, aproveita as horas de descanso em casa para cooperar na confecção de vários manuais de Educação Física. Como Diretor da revista de Educação Física da escola, imprimiu a mesma, um cunho de objetivida-de, regularidade e a colocou em ótima situação financeira.
Mantém ativo intercâmbio cultural entre nossa escola e outros institutos congéneres nacionais e estrangeiros, conhecedor profundo e entusiasta dos problemas relacionados com a Educação Física do povo brasileiro"
REGISTRANDO CONHECIMENTO
Em 1955, traduziu o artigo "O Treinamento Moderno no Atletismo" (42).
Ainda em 1955, escreveu os seguintes artigos:
a) "Corrida Rústica" (48). Subsidio para reorganização, do C-21-20;
b) "Norma de Organização do Trabalho" (48), subsídios para reorganização do C-21-20;
c) "Publicações Especializadas em Educação Física" (43), Informa aos órgãos que publicam artigos sobre Educação Física nos principais países:
d) "Verificação do Treinamento" (48), subsídio para reorganização do C-21-20, onde aborda as importâncias dos testes de verificação, a determinação do peso corporal e teste de aptidão física;
e) "Exercícios de vivacidade" (48), subsídios para reorganização do C-21-20;
f) "Escola de Educação Física do Centro de Esportes da Marinha" (44)
g) "Natação Utilitária" (48), subsídios para reorganziação do C-21-20. Com cooperação do Cap. Gastão e do Cap. Mário e
h) Dando um caráter impessoal, com a colaboração do Gal. Horácio dos Santos, publicou Opúsculo 'Manual de Esgrima - Generalidades - Florete" (45), tradução do manual francês;
PRESTANDO SERVIÇOS A OUTROS
Em 24 de agosto de 1955, foi designado para prestar orientação técnica a Escola de Educação Física Infantil do Instituto de Educação de Belo Horizonte no Estado de Minas Gerais.
ORDEM DE VASA
Em 27 de outubro de 1955, foi apostilado pela Secretaria Geral do Ministério da Guerra (SGMG), devido ao diploma da "Ordem de Vasa" (Anexo 5), no grau de Comendador, condecoração com que foi agraciado pelo Governo da Suécia.
MAIS TRABALHO
A produção intelectual de Jayr Jordão, nao esmoreceu e no ano de 1956, publicou os artigos:
a) "Pista de Obstáculos" (48), Subsído para Reorganização do C-21-20;
b) "Publicações Especializadas em Educação Física" (45), continuação de informações de órgãos especializados no Brasil e no exterior em Educação Física;
c) "O Moderno Treinamento Físico Militar" (48), subsídio para reorganização do C-21-20, abordando os conceitos fundamentais, a preparação física do combatente, a análise das atividades físicas e as diferentes modalidades de trabalho e
d) Atividade de Reconhecimento Físico para Cegos (46). Abordando as generalidades, atividades propostas para cegos, jogos e sugestões.
ALGUNS ELOGIOS E RECONHECIMENTOS
Em 23 de abril de 1956, foi elogiado por doar à EsEFEx um trabalho sobre Esgrima que foi a base para o "Manual de Esgrima", editado pelo Exército.
Em 11 de dezembro, foi elogiado por doar a EsEFEx o Manual de sua autoria, sobre "Instalações e Material" (47).
Torna-se difícil encontrar palavras para descrever este incansável homem, que jà com tantas realizações, buscava sempre um amanhã melhor, mais vivo e mais completo,
Em 1957, foi elogiado pelo comandante da EsEFEx, pela colaboração na confecção do C-21-21 - "Manual de Treinamento Físico Militar" (48), onde os seus trabalhos se constituíram em valiosa cooperação.
Em 04 de março de 1958, Jayr Jordão Ramos, foi promovido à General de Brigada, passando automaticamente para a reserva de 1ª Classe.
ATUANDO FORA DA CASERNA
Outros registros do conhecimento
No ano de 1958, publicou o artigo: O Espírito das Formas do Trabalho (49), tradução de um
trabalho do Prof. Augusto Listello França. E o opúsculo: Regulamento do Percurso de Patrulhas, tradução e adaptação da Regulamentação Espanhola. Publicação impessoal com 8 páginas.
Ainda em 1958, o General Jayr Jordão, ofertou uma cama elástica à Aeronáutica de Portugal, para treino de saltos, destinada ao batalhão de Caçadores Pára-quedistas de Tancos. Confirmando o bom relacionamento entre os dois governos.
No ano de 1953, não se apresentou com menor intensidade de ações: Foi Professor do III Estágio Internacional de Educação Física, promovido pela divisão de Educação Física do Ministério da Educação e Cultura. Participou do Grupo de Estudos e Pesquisas, sobre "Treinamento Desportivo", da divisão de Educação Física do MEC e publicou os seguintes opúsculos:
a) "Organização de Campeonatos e Torneios", atualização do opúsculo "Organização de Competições entre Equipes 1953". Separata do trabalho publicado nos arquivos da Escola Nacional de Educação Física e Desportos, nº 12, com 35 páginas. RJ/1959;
b) "Instruções para o Treinamento Fracio-nado (Interval Training), tradução do trabalho de Raoul Mollet, Bélgica, 1959, com 46 páginas;
c) "Resumo do Interval Training" (segundo Gerschler-Rein - deli) - separata do trabalho publicado nos Arquivos da Escola Nacional de Educação Física e Desportos, dezembro, 1959, com 8 páginas.
Ainda no mesmo ano, foi considerado de sua autoria o artigo: Descortinando o "Interval Training" (50). E os seguintes trabalhos mimeo-gráficos:
a) "Interval Training" - Tradução do trabalho do Major Raoul Mollet, publicado na revista belga "Sport" - 1959, com 15 páginas;
b) "Mais sobre o Interval training" - 1959, com 19 páginas;
c) "Opinião sobre o Treinamento Moderno: O ponto de vista do Técnico" - Tradução do trabalho de Louis Fauconnier, publicado na revista belga "Sport" - 1959 - 7 páginas;
d) "Opinião sobre o Treinamento Moderno:
O ponto de vista do Médico" - tradução do trabalho de Dr. Frans Den Bossche, publicado na revista belga "Sport" -1959, 12 páginas;
e) "O Problema do Trabalho Contra-Re-sistência" - tradução do trabalho de Louis Fauconnier, publicado na revista belga "Sport" - 1959 - 13 páginas;
f) "Os paradoxos do Dr. Cezzuty" - tradução feita em colaboração, do trabalho de Louis Fauconnier, publicado na revista belga "Sport" - 1959. 15 páginas;
g) "O Circuit-Training" - tradução do trabalho de Hultman e Larssan. publicado na revista internacional "Cism Magazin" -1959. 4 páginas;
h) "Como M. Klattkowslay concebe o treinamento Moderno do Remo" - tradução de uma informação excerta da revista belga "Sport" - 1959, 2 páginas;
Durante 1960, o General foi Professor do IV Estágio Internacional de Educação Física - Rio de Janeiro, promovido pela Divisão de Educação Física (DEF) do MEC. Também foi professor do 19 Estágio Nordestino de Educação Física, realizado em Recife. E publicou ainda os seguintes opúsculos:
a) Interval Training segundo "Gerschler -Reindell". Coletânea de trabalhos traduzidos, excerto e originais. Colaboração do grupo de estudos de pesquisas do MEC, e dos Generais Dr. Luis da Silva Tavares e António Pires de Castro Filho, 1960- 52 páginas; e
b) "Power Training" - tradução de um trabalho do Major Raoul Mollet (Bélgica) -1960. 14 páginas.
No I Congresso Luso Brasileiro de Educação Física - Portugal, 1960. O General apresentou o trabalho: Um golpe de Vista sobre o Treinamento Desportivo.
Também são de sua autoria os impressos:
a) "Caderno 1 - Esquema de Treinamento Desportivo". Resumo da palestra realizada no IV Estágio Internacional de Educação Física e repetida no I Estágio Nordestino de Educaçõ Física. 1960, com 4 páginas.
b) "Interval Training - Informações distribuídas aos sócios do Rotary Club - Rio de Janeiro. 1960, com 4 páginas.
E mais trabalhos mimeografados:
a) Alguns apontamentos sobre o registro do treinamento Desportivo, colaboração do grupo de Estudos e Pesquisas, do Ministério de Educação e Cultura, do General Dr. Luis da Silva Tavares. 1960. 52 páginas.
b) Fontes de consultas sobre Treinamento Desportivo - trabalhos originais pela DEF do MEC. 1960. com 2 páginas.
Atuação da FIEP
Convém lembrar, que, depois da II Lingíada, festival internacional de ginástica, realizada em Estocolmo, em agosto de 1949 começou o Brasil, de maneira vacilante a se integrar na FIEP. No período de 1949 até 1960, fora pouco expressiva a participação e colaboração do Brasil em atividades da FIEP. Porém após a realização do 1º Congresso Luso - Brasileiro de Educação Física em Lisboa (1960). O General Jayr Jordão foi escolhido, pelo Dr. António Leal de Oliveira (Presidente da FIEP), para delegado Geral do Brasil. Ainda em 1960 o General Jayr, cria o Comité Brasileiro, para a FIEP, sediado no Rio de Janeiro, e escolhe alguns delegados regionais. Os professores escolhidos, com firme determinações movimentou-se para fortalecer a ideia. Agindo separadamente, e progressivamente, cresceu o número de adesões no País.
Em 1963, o General Jayr incentiva e colabora no programa do Curso Básico de Educação Física por correspondência do MEC. Este curso tratou de manuais de Educação Física enviados pelo correio, aos interessados.
No mesmo ano foi realizado o 2º Congresso Luso-Brasileiro de Educação Física, promovido pela FIEP, no Rio de Janeiro, de 09 a 13 de agosto de 1963, sob a direção da divisão de Educação Física do MEC.
Alfredo Colombo, diretor desta divisão, agradece o empenho do General Jayr Jordão Ramos, através do ofício n- 19, do MEC, de 14 de fevereiro de 1964, nos seguintes termos:
"Tenho o prazer de manifestar-lhe os meus sinceros agradecimentos pela colaboração prestada por V. Sas. ao tempo em que ressalto a excepcional dedicação, zelo e competência demonstráveis na realização dos trabalhos, de organização do certame refe
rido na presidência da II Seção - preparação desportiva. Oferecendo a V. Sa. a "Medalha comemorativa" do congresso citado, sirvo-me do ensejo para reiterar-lhe as expressões de minha maior estima e elevada consideração".
Jayr Jordão Ramos, já era sem dúvida a maior autoridade para a Educação Física Brasileira, em junho de 1964, publicou o célebre artigo, intitulado: "Os Cânones atuais de Treinamento Desportivo". (51) Sendo o primeiro artigo originalmente brasileiro, só poderia ser escrito por um homem que realmente dominasse muito bem os conhecimentos científicos aplicados ao Desporto de alto nível. Conhecimentos estes, adquiridos devido aos inúmeros trabalhos de tradução realizados e a sua dedicação aos estudos e pesquisas no campo do Treinamento Desportivo.
Reafirmando a posição assumida em valorizar as relações entre Brasil e Portugal, a FIEP realiza o III Congresso Luso-Brasileiro de Educação Física, realizado em Luanda, província de Angola, no período de 19 à 28 de julho de 1966. Este congresso teve ajuda da divisão de Educação Física do MEC - Brasil, onde compareceu numerosa delegação sobre a orientação do Delegado Geral para o Brasil, General Jayr Jordão Ramos.
Ainda em 1967, publicou os seguintes artigos:
a) "Reportagem sobre o III Congresso Luso-Brasileiro de Educação Física", (52) demonstrando mais uma vez, a preocupação em divulgar conhecimentos no Brasil.
b) "Homenagem ao Professor Mário Gonçalves Viana" - Durante o Congresso de Luanda. (53)
c) "O Treinamento na Antiguidade Grega e nos Tempos Modernos" tradução. (54)
d) "Contraçáo Isométrica" (55), tradução. e) "O Interval Training, segundo Gerschler
e Reindel" (56).
De 1960 até 1970, inúmeros foram os esforços de Jayr Jordão Ramos, junto ao DEF do MEC, para difundir a FIEP no Brasil, sua presença foi marcante, no sentido de incorporar o maior número de brasileiros possíveis a esta federação. Este foi, sem dúvida nenhuma, um grande
passo para a evolução da Educação Física no Brasil.
Nesta mesma época, ou seja 1960 à 1970, o nosso General, estava absorvido em um planejamento muito pessoal. Planejamento este que tornou-se a essência de seu pensamento, e que mais adiante falaremos com detalhes.
Em agosto de 1970, uma assembleia da FIEP organizada em Lisboa, agrupando representantes de 23 países, entre eles o General Ja-yr Jordão Ramos representando o Brasil, dedicou 3 dias à discussão do "Manifesto Mundial de Educação Física", onde foi aprovado e redigido no seu texto definitivo, 6 meses depois, por uma comissão internacional de redaçáo. Esse "Manifesto" é uma contribuição para levar a Educação Física ao seu verdadeiro lugar num sistema geral da Educação. Esse "Manifesto", foi divulgado em todo mundo, e no Brasil, entre muitos outros meios, pelos seguintes: Opúsculo organizado pelo General Jayr Jordão Ramos (2 edições de 1.500 exemplares); Na revista de cultura do MEC (cerca de 15.000 exemplares): Na revista Brasileira de Educação Física (cerca de 10.000 exemplares) no Boletim da Associação dos Professores de Educação Física do Rio de Janeiro (A-PEF-RJ) (15.000 exemplares); Gazeta do Estado do Espírito Santo (3.000 exemplares); DEFER (mais 6.000 exemplares, distribuídos durante os jogos estudantis brasileiros); III Jornada Internacional de Educação Física e Desportos (1.000 exemplares). Muitas escolas, cursos departamentos e Associações, mimiografaram o "Manifesto", sendo possível estimar o número de exemplares distribuídos.
Ainda, na Assembleia Geral da FIEP, em Lisboa, de 10 à 16 de agosto de 1970, foi dada nova organização à FIEP, e eleito o novo presidente, Dr. Pierre Seurin. O General Jayr, convidado especial da FIEP, foi eleito então Vice-Pre-sidente para América, e a 1º de janeiro de 1971 oficialmente, o Comité Diretor da FIEP, como Vice-Presidente para América e Delegado Geral para o Brasil, o General Jayr Jordão Ramos.
A escolha não poderia ser melhor. Um homem que dedicava toda a sua vida em prol desta causa, tudo faria para bem cumprir esta sua nova missão, com muita determinação e vontade de servir. Era motivo de orgulho e satisfação, para nós brasileiros, que já o conhecíamos como velho servidor e promotor da Educação Física.
Os brasileiros estavam mais integrados do que nunca à Federação Internacional de Edu-
Esta viagem do Presidente da FIEP ao Brasil, foi relatada no Boletim da FIEP. volume 42 -número 3, de julho/setembro de 1972 - Portugal, pág. 97-101. È teve como conclusão do Sr. Pre
cação Física (FIEP), e vários eventos, passaram a acontecer no Brasil, a partir desta data promovidos por essa entidade científica:
a) "II Seminário de Recreação". Rio de Janeiro, de 02 a 04 de julho de 1971. Organização da Associação Brasileira de Recreação - cerca de 200 participantes. Por iniciativa do Comité Brasileiro da FIEP, foi proposto e. posteriormente lançado, um "Manifesto de Recreação".
b) "I Curso de Férias de Santos", de 10 a 21 de janeiro de 1972, organizado pela Faculdade de Educação Física de Santos - cerca de 800 participantes.
c) "I Jornadas Internacionais de Educação Física e Desportos", Vitória, de 21 a 30 de maio de 1972 - Cerca de 400 cursistas. Curso ministrado por professores associados da FIEP. Após as jornadas. como extensão delas, foram realizados pequenos cursos em Colatina e Cachoeira do Itapemirim. Situaram-se no quadro das manifestações nacionais comemorativas do 150- aniversário da Independência do Brasil, e por isso tiveram um grande apoio administrativo e financeiro. A abertura das jornadas, com grande solenidade foi feita pelo Governador do Estado do Espírito Santo. No decurso dessa sessão, o presidente da FIEP, expressou o seu agradecimento às autoridades e aos organizadores. A seguir podemos ver as autoriades presentes, inclusive, o General Jayr Jordão Ramos, delegado Geral da FIEP no Brasil e Vice-Presidente para a América.
sidente da FIEP, Pierre Seurin, os seguintes termos:
"Esperamos que esta viagem, tão interessante e instrutiva para nós, tenha também sido proveitosa para a FIEP. Pudemos verificar a eficiência da ação dos nossos delegados nos diversos estados brasileiros, animados pelo Vice-Presidente para a América, General Jayr Jordão Ramos. Para nós é indubitável que o Brasil, que em 1971 já era o 1º País da FIEP, em relação ao número de aderentes, atingirá em 1972, o número de 1.000 membros e já será uma das forças vivas da FIEP do mundo. Os responsáveis por esta situação (encorajadora em relação ao futuro da nossa organização). merecem os nossos agradecimentos.
a) "II Jornadas Internacionais de Educação Física e Desportos ". Goiânia, de 23 de julho a 2 de agosto de 1973. Organizada pelo Governo do Estado de Goiás. Cerca de 700 cursistas.
b) "Cursos de Orientação Pedagógica para Professores de Educação Física". Iniciativa do Prof. António Boaventura da Silva, em: Ribeirão Preto, Assis. Mogi das Cruzes, Tatui e São Paulo - 1974.
f) "Curso de Ginástica Olímpica em Salvador, de 27 de outubro a 8 de novembro de 1974.
No Boletim da FIEP, em 1972, o General Jayr, publica o artigo Biblioteca Especializada em Educação Física (ensaio de Organização) (57), uma referência mercadora (58):
Ação da FIEP no Brasil" Devemos mais uma vez, destacar a notá
vel atividade da FIEP no Brasil, onde vem ocorrendo sob seu patrocínio numerosos cursos regionais e nacionais. No ano de 1973, o número total de membros individuais era de 1.062. Judo isto graças ao dinâmico impulso de seu presidente General Jayr Jordão Ramos, de seus Vice-Presidentes: Coronel Jacinto larga e Prof. Aloyr Queiroz de Araújo, e da sólida equipe de delegados da FIEP, dos distintos Estados do Brasil, realizando um trabalho muito positivo que pode servir de exemplo". (FIEP, 1974 - pág. 23).
Neste mesmo ano, o nosso General Jayr, foi acometido de um enfarte, tendo que diminuir suas atividades. Sendo representado pelo Coronel Jacinto Targa e pelo Prof. Aloyr Queiroz de Araújo.
g) "Estágio Internacional de Educação Física" no Rio de Janeiro, em julho de 1975. Organizada pela Associação de Professores de Educação Física do Rio de Janeiro (APEF-RJ). Cerca de 200 participantes.
h) "III Jornadas Internacionais de Educação Física em Volta Redonda, de 13 a 20 de julho de 1975. Organizado pela Escola de Educação Física de Volta Redonda.
Além das citadas promoções, vários outros empreendimentos, cursos, conferências e atividades práticas, foram patrocinados pela FIEP.
O General Jayr, também muito contribuiu para o Noticiário do Boletim da FIEP. E as publicações de artigos brasileiros no mesmo boletim, aumentou muito, a partir de 1971.
Um fato que merece destaque, foi o incentivo que o General Jayr Jordão Ramos, deu ao MEC, para a publicação dos boletins da FIEP, em Português, fato este que ocorreu, à partir de março de 1977.
Um fato, não foi esquecido na ordem cronológica da apresentação, é a atuação de Jayr Jordão Ramos no campo administrativo, quando o decreto do Sr. Presidente da República, de 16 de setembro de 1971, o designou para exercer a função de membro do Conselho Nacional de Desportos (CND). Pedindo sua exoneração em 07 de agosto de 1974, por motivo de saúde. Durante a sua passagem no CND, muito fez para elevar e projetar o nome da Educação Física Brasileira.
Em 12 de maio de 1975, sugeriu ao Diretor do DEF-MEC, a presença de uma Delegação Brasileira, para a Conferência Internacional sobre "Educação Física e Olimpismo", que se realizaria de 26 de julho a 02 de agosto, em Olímpia (Grécia). A sugestão foi aceita.
Em 12 de fevereiro de 1976, sugeriu ao Comandante da Escola de Educação Física do Exército, que designasse uma representação da Escola, para o "Congresso Internacional de Educação Física", sobre o tema geral: "Avaliação no
Desenvolvimento e Ensino da Educação Física", que se realizaria de 28 de junho a 3 de julho, em Jyvaskila (Finlândia). A sugestão foi aceita.
Ainda em 1976, publicou o artigo "A Ideologia Olímpica".
De acordo com um levantamento da FIEP, os países com o maior número de sócios eram os seguintes:
Esse posicionamento do Brasil no ranking dos associados da FIEP deve-se principalmente ao esforço do General Jayr.
Em 22 de março de 1978, o General Jayr, credencia o General Olavo Amaro da Silveira, para representá-lo no Congresso Mundial do México, no período de 01 a 06 de agosto, por incompatibilidade de condições de saúde com a altitude daquela região.
Em março e junho de 1978, o General Jayr publica no Boletim da FIEP, volume 48, nºs 1 e 2
respectivamente, o artigo "Os Exercícios Físicos no Tempo e no Espaço".
Em 19 de junho de 1979, o General Jayr credencia o Prof. Jacinto F. Targa, para representá-lo no Congresso Internacional de Educação Física, por motivo de saúde.
Em dezembro de 1979, o General Jayr Jordão Ramos, publicou seu último artigo, intitulado "Os Etruscos" (59), onde relata de forma brilhante a história dos exercícios físicos dos Etruscos.
Através dos fatos relatados, de maneira progressiva, somados à minha admiração que aumentava cada vez mais à medida que conhecia melhor sua obra, procurei posicionar seus fe. tos e suas ideias, através do tempo e do espaço.
Suas obras foram cheias de amor e de serviços inestimáveis à causa da Educação Física, foi uma atuação brilhante de idealismo e pensamento. E nesse sentido se somaram os seus esforços numa realização completa e objetiva.
Disse alguém, com muita propriedade que a inteligência humana ê um bem supremo quando labora sob a inspiração de qualidades pessoais, que a fazem culminar como fator de eficiência no trabalho e nas energias construtivas. A ideia é perfeita, e a vida de Jayr Jordão Ramos, afirma essa verdade. Todos os locais por onde passou. deixou vestígios de sua paixão pela causa da Educação Física e pelo aprimoramento do ser humano.
PAÍS
Brasil França Suécia Bélgica Argélia
1977
11.143 10.373 3.683 3.205 3.000
1978
14.935 8.895 3.600 3.162 3.000
UM HOMEM SONHA...
O homem caracteriza-se como um ser teleológico, por poder projetar no futuro os seus pensamentos e ambições. Esta capacidade de abstração fundamenta-se na capacidade de rememorar as experiências passadas, julgá-las e projetar no futuro o que delas aprendeu. Usan-do-a, o homem se beneficia de sua própria experiência e da dos outros seres humanos, vivos ou mortos, através de sistemas de comunicação. Símbolos, palavras e gestos, foram criados para comunicar os fenómenos que fazem parte não só da experiência pessoal, mas da humanidade em geral.
Por outro lado, o homem - usando palavras e símbolos derivados do processo mental - pode relatar suas experiências aos semelhantes mesmo sem levá-los a participar delas. Tendo capacidade para pensar abstratamente, projeta-se no futuro e sonha.
IMAGINAÇÃO OU FANTASIA
Se se refletir um pouco sobre o tema acima, ver-se-á que é sobre Jayr Jordão Ramos, que se está falando. É sobre o homem que viveu a sua imaginação, a qual chamar-se-á de sonho. Entretanto se deve ter cuidado para não confundir imaginação com fantasia, pois ambas aparentemente têm o mesmo significado, mas são bem diferentes. Tanto a imaginação quanto a fantasia, expressam o ato de se criar imagens mentais, diferindo na responsabilidade de fazê-la. Na fantasia, não usamos força mental suficiente para torná-la verdadeira, entretanto, na imaginação, todo o poder mental de concentração, que o homem acredita possuir, é empregado para transformar a imagem mental em algo real.
Em "O homem vive", fizemos referências que, entre 1960 e 1970, Jayr Jordão Ramos, estava absorto em um planejamento muito pes
soal. E que este planejamento tornou-se a essência do seu pensamento.
Este planejamento referenciado em "Um homem vive", foi um sonho do General. Sonho esse no qual foi empregado tanta concentração mental que se pode chamar de imaginação.
O sonho que Jayr Jordão Ramos vivenciou, foi a existência de um museu. Um verdadeiro Museu de Educação Física, ou seja, uma instituição de caráter histórico-sócio-cultural, voltada para os exercícios físicos na história e na arte, que infelizmente não foi oficializada no Brasil.
O MUSEU DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Quando se fala num museu, surge na memória de quase todas as pessoas, por força de uma irresistível associação de idéias, a visão de uma casa, ou de várias salas atulhadas de objetos velhos e antigos, reunidos sem alma, para gáudio de alguns investigadores ou amadores de antiqualhas, tal é a força da tradição. Durante longos anos, durante séculos, os museus foram necrópoles sombrias e quase inúteie cidades de "mortos"!
A concepção atual de tais instituições difere da concepção passada. Ao organismo morto ou dormente, de outros tempos, contrapõe-se um organismo vivo, que não se limita a reunir espécimes raros ou curiosos, para investigação de alguns poucos sábios ou eruditos, e antes, pelo contrário, procura proporcionar todos os espíritos de boa vontade, elementos vivos e fecundos de estudo e de cultura. Para Gebhard, "os museus têm a grande vantagem de serem considerados como fontes imparciais de informação científica, porque, ao passo que o escol erudito pode aproveitar com a leitura de tratados ou de conferências, só os objetos expostos atingem as massas". (60)
Na verdade, a imagem é o elemento mais universal de cultura para as inteligências simples e medianas, sob o ponto de vista psicológico, ver e crer são duas operações que se confundem. O operário, o camponês, o homem da rua só acredita verdadeiramente, depois de ver, ou na melhor das hipóteses, só começa a inte-ressar-se por um problema após tê-lo observado em imagem ou em esquema.
Por isso, no entender geral dos mais notáveis museólogos, entre todos os estabelecimentos de Educação (nota-se que, hoje os vocábulos escola e museu já não podem dissociar-se), "são os museus os mais qualificados no sentido de formarem a juventude com dignidade e elevação" (61) e "os mais indicados, também, para educarem as classes populares (62).
Em face disso, surge, naturalmente a seguinte interrogação: mas que deve entender-se por "Museu"?
A esta pergunta lógica, responderemos com a definição do Prof. Dr. Mário Gonçalves Viana:
"Museu é um conjunto de espécimes, de documentos, de elementos de estudo, de bibliografia e de publicações, devidamente selecionados, classificados e agrupados (expostos e não expostos), no sentido de esclarecerem, em todos os seus aspectos, o problema á volta do qual gravita a instituição". (63)
Pela definição apresentada, se verifica que a velha concepção unilateral de museu, apenas formado de espécimes raros, isolados de quaisquer outros elementos de cultura geral e especial, já não é de se admitir. O museu para cumprir a sua finalidade precípua, tem de agregar entre si todos os elementos susceptíveis de esclarecerem o problema que lhe deu origem: l i vros, mapas, gráficos, filmes, discos fonográficos, fotografias, etc.
A IMPORTÂNCIA DE UM MUSEU
Posicionamento de diferentes autores reconhecem a ideia de um museu como um fator de preservação cultural.
Entre esses depoimentos encontram-se:
"Colecionar representa um dever cívico, visto constituir um meio de preservar objetos
que, de outro modo, correriam o risco de desaparecer para sempre". (Douglas A. Al-lan, museologista inglês de fama internacional.) (64) "Na época atual, numerosas influências tendem a destruir rapidamente em nós as qualidades humanas. O museu é talvez, um dos meios mais eficazes para fazer nascer e aumentar o amor de saber, da qualidade, da verdade e da beleza entre os que parecem desprezar esses valores." (Molly Harri-son, museologista inglês de fama internacional.) (64) "Todas as ciências, todas as técnicas e todas as atividades da vida contemporânea têm, como símbolo e paradigma de sua personalidade, como expressão de sua cultura, museus próprios". (Mário Gonçalves Viana, ex-diretor do Instituto Nacional de Educação Física de Portugal.) (64) "Criando museus de Educação Física sal-var-se-ia da dispersão aquilo que ainda existe; realizar-se-ia uma obra de reconstituição e hierarquização de valores; interes-sar-se-iam as massas pelos aspectos espirituais, estéticos e higiénicos da Educação Física e, finalmente, edificar-se-ia um monumento admirável mais sólido e mais perdurável do que o mais grandioso dos estádios. " (Mário Gonçalves Viana, ex-diretor do Instituto Nacional de Educação Física de Portugal.) (64)
VIVENDO A IMAGINAÇÃO
Conhecendo o sonho do General Jayr Jordão e conhecendo o valor e a grandiosidade de um museu, pode-se compreender os esforços que este homem fez para institucionalizar o seu Museu de Educação Física.
Jayr Jordão Ramos, viveu tão intensamente o sonho, que não dificulta encontrar o limite entre a imaginação e a fantasia. Aquele sonhador teve concentração mental suficiente para iniciá-lo.
O sonho iniciou sua realização, a partir do próprio Jayr Jordão Ramos, com a publicação de opúsculos, pelo qual expedia seus inúmeros trabalhos. Ele também publicava ensaios de outros autores, que eram significativos para a Educação Física.
Esses opúsculos, editados pelo Museu de Educação Física, permitiam aos brasileiros, tão
carentes de publicações técnicas e científicas, um verdadeiro bebedouro de conhecimentos atualizados.
Alguns desses opúsculos tiveram, como tema, artigos publicados anteriormente pelo próprio General, e os demais, oriundos de experiências vividas pelo autor, tais como trabalhos de pesquisa, informações coletadas no estrangeiro e muitas outras fontes, onde buscava, com a finalidade de informar o que havia de mais moderno, e melhor na Educação Física Mundial. A essas publicações, o autor fez referências como parte do Museu de Educação Física, que a dividia em duas linhas distintas: a) temas de Educação Física e b) documentários.
Temas
A primeira linha sobre Temas de Educação Física, totalizando 19 obras, aqui dispostas pelo número de edição do Museu de Educação Física:
Tema 1 : Museu de Educação Física (Ensaio de organização) - Jayr Jordão Ramos -Rio de Janeiro, 1966
Tema 2 : Escola de Educação Física do Exército (1930-1965) General Jayr Jordão Ramos - Rio de Janeiro, 1966
Tema 3 : A Educação Física e os Desportos no Rio de Janeiro de 400 anos - Walde-mar Areno - Rio de Janeiro, 1966
Tema 4 : Conteúdo Sociológico dos Desportos -João Lyra Filho, Rio de Janeiro, 1966.
Tema 5 : Os Cânones Atuais do Treinamento Desportivo - Jayr Jordão Ramos - Belo Horizonte, 1967.
Tema 6 : Suécia: Terra da Beleza, Progresso e Espírito Desportivo - Jayr Jordão Ramos - Rio de Janeiro, 1966.
Tema 7 : A Educação Física na História e na Arte - O Egito dos Faraós na Museologia - Jayr Jordão Ramos - Rio de Janeiro, 1966.
Tema 8 : Organização de Campeonato e Torneios - Jayr Jordão Ramos - Rio de Janeiro, 1967.
Tema 9 : Biblioteca Especializada em Educação Física - Jayr Jordão Ramos -Rio de Janeiro, 1967.
Tema 10: Publicações Periódicas de Exercícios Físicos - Jayr Jordão Ramos - Rio de Janeiro, 1967.
Tema 11: Princípios de Ética Desportiva - Mário Gonçalves Viana - Rio de Janeiro, 1967.
Tema 12: A Moderna Ginástica Sueca - Jayr Jordão Ramos - Rio de Janeiro, 1967.
Tema 13: Contração Isométrica (ensaio) - Jayr Jordão Ramos - Rio de Janeiro, 1967.
Tema 14: Interval-Training, segundo Gerschller e Reindel - Jayr Jordão Ramos - Rio de Janeiro, 1967.
Tema 15: Técnicas Audiovisuais nas Escolas de Educação Física - Aloyr Queiroz de Araújo - Rio de Janeiro, 1968.
Tema 16: Alguns aspectos dos Exercícios Físicos na História e na Arte - Jayr Jordão Ramos - Rio de Janeiro, 1969.
Tema 17: Os Jogos Gregos e as Olimpíadas Contemporâneas - Jayr Jordão Ramos - Rio de Janeiro, 1970.
Tema 18: Pontos de História dos Exercícios Físicos - Jayr Jordão Ramos - Rio de Janeiro, 1971.
Tema 19: Panorama Mundial de Educação Física e Outros Assuntos - Jayr Jordão Ramos - Rio de Janeiro, 1971.
Documentário
A segunda linha dos opúsculos, tratava de documentários, totalizando cinco obras, apresentadas pelo número de edição do Museu de Educação Física:
Doc. 1: Congresso Luso Brasileiro de Educação Física - Jayr Jordão Ramos -Rio de Janeiro, 1964.
Doc. 2: Simpósio Internacional de Medicina Desportiva - Waldemar Areno - Rio de Janeiro, outubro, 1965.
Doc. 3: História da Educação Física - Jayr Jordão Ramos - Rio de Janeiro, 1967.
Doc. 4: Esgrima de Florete - tradução e adaptação de Jayr Jordão Ramos e Horácio dos Santos - Rio de Janeiro, 1967.
Doc. 5: Ginástica Escolar Austríaca - Jayr Jordão Ramos - Rio de Janeiro, 1970.
Jayr Jordão Ramos, vivia tanto o seu sonho que além das publicações, manteve correspondência com Museus Estrangeiros (Anexo 6), e confeccionou cartões timbrados do seu Museu.
Cartão original do Museu de Educação Física
A Carta DEF-MEC, (Anexo 7), comprova a vivência do sonho do General.
(... Embora náo legalmente existente, o Museu idealizado pelo General Jayr Jordão Ramos, possui concepção estrutural já conhecida em muitos países, não só pela divulgação em publicações, como o Bulletin de La Féderacion International D'Education Physique - FIEP, nºs 3-4, 1969, pág. 33-56, e outras, como ainda pela correspondência que mantém com órgãos congéneres...)
Administrativamente, o General Jayr Jordão, também se preocupou, e confeccionou:
a) Ensaio Organizado do Museu de Educação Física
b) Anteprojeto de Estatutos c) Um Regimento Interno - Anteprojeto.
Organização de um Museu de Educação Física
Todos os feitos de Jayr Jordão Ramos, relatados anteriormente, demonstram a intensidade de seu sonho. Demonstram que ele sabia claramente o que queria, fazendo projetos dignos de serem admirados e estudados.
A partir de agora, fica desvelada a visão do Museu de Educação Física Brasileiro, na concepção do homem que o imaginou, na década de 60. Aqui esclarecido no Ensaio de Organização, Anteprojeto de Estatutos (Anexos 8 e 9) e Regimento Interno - Anteprojeto (Anexo 10).
Museu de Educação Física - Ensaio de Organização
1. Integrar os problemas da Educação Física na Cultura Geral da nossa época.
2. Dar uma visão de conjunto e ideias precisas sobre as atividades físicas no tempo e no espaço.
3. Contribuir para dar o sentimento do Belo e do Bom-Gosto, apresentando a Educação Física nas suas relações com todas as formas da Arte.
4. Reunir as peças de valor histórico e cultural no campo da Educação Física, principalmente os troféus desportivos ganhos pelo Brasil nos grandes cortejos internacionais, a fim de evitar a sua dispersão com o tempo.
5. Ensinar às gerações provindouras o nome e os feitos dos construtores da Educação Física Nacional, especificamente as suas ações dentro do quadro educacional ou desportivo.
6. Homenagear os grandes benfeitores do Desporto e apontar ao povo, com justiça e sem partidarismo, o nome dos grandes atletas de todos os tempos.
7. Desenvolver a imaginação e a sensibilidade do povo, aproveitando a Educação Física para mostrar-lhe o valor da ciência moderna, o património cultural de outros povos e as tradições do nosso país.
8. Incentivar o interesse pela Educação Física e pelo Desporto, em particular, a fim de cooperar no aumento do potencial de vigor e sáude das populações brasileiras.
9. Fazer o povo compreender o valor e a ação da Educação Física como oportunidade da Educação e coadjuvante da Medicina.
10. Cooperar na formação e aperfeiçoamento dos dirigentes e profissionais da Educação Física, colocando à disposição dos mesmos uma apreciável fonte de material científico, iconográfico, estatístico e bibliográfico.
11. Divulgar pelos diferentes e modernos processos científicos de difusão, os fatos palpitantes da atividade física mundial, dando particular relevo aos de caráter gímnico-desportivo, recreativo e educacional.
12. Colaborar com os estabelecimentos de ensino de grau médio, principalmente com os professores de História da Civilização, por meio de peças históricas e artísticas inerentes ao passado da Humanuidade.
13. Estudar e pesquisar as questões atinentes à Educação Física e, em particular, elucidar o sentido e o valor das peças existentes no acervo do Museu.
14. Colocar à disposição dos interessados, para consulta ou apreciação, as obras, filmes, discos, etc. referentes à Educação Física, de valor firmado pelo seu conteúdo cultural ou recreativo.
15. Elaborar livros, monografias, gráficos, f i lmes, "Slides", discos e demais elementos úteis à aprendizagem ou divulgação da Educação Física ou assuntos correlatos.
16. Incentivar a utilização de técnicas audio-vi-suais para promover a teoria e a prática das atividades físicas.
17. Estimular e servir de modelo a organizações congéneres a serem criadas em todo o País.
18. Promover o desenvolvimento da cultura artístico-desportivo nacional, inclusive estimular realizações de caráter popular.
19. Dentro do campo cultural das atividades físicas, manter intercâmbio com organizações congéneres do País e do estrangeiro.
20. Estabelecer o maior contato possível entre os estudiosos e pesquisadores nacionais e estrangeiros e coordenar pesquisas e experiências.
21. Constituir centro de atrações turística nacional e estrangeira.
Repercusoes do Museu de Educação Física
O Prof. Mário Gonçalves Viana, museolo-gista, português e figura de projeção internacional na Educação Física, após examinar o trabalho do General Jayr Jordão Ramos, assim se expressou:
"Li o ensaio sobre o Museu de Educação Física e Desportos. Está bem sistematizado e bem apresentado. Cordiais felicitações, pela forma superior como põe o problema.
Oxalá seja compreendido e possa levar a efeito esse magnífico empreendimento, ao nível em que ele deve ser realizado. Seria o primeiro museu ao género, verdadeiramente museu, porque a maior parte dos existentes não passa de Armazéns de Velharias. Será um Museu verdadeiramente funcional" (65) (Pág. 330)
Ainda sob o mesmo assunto, Bolletin de La FIEP (66) também expressou uma apreciação:
"Sob a iniciativa do General Jayr Jordão Ramos, personalidade marcante na Educação Física Brasileira, está sendo organizado no Rio de Janeiro um Museu de Educação Fisica".
Entretanto, ao apreciar a carta do Sr. Dire-tor do DEF-MEC, Arthur Orlando da Costa Ferreira, datada de agosto de 1970 (anexo 7), po-de-se concluir que àquela época, houve cogitações sobre a criação de um Museu, independente da ideia do General Jayr Jordão Ramos, partindo de algum membro do Governo.
A carta trata da natureza de uma ideia - a criação de um museu. Entretanto levanta dúvidas quanto à originalidade dessa ideia. Parece estar evidenciado aí uma usurpação da paternidade de um projeto. O mesmo documento refe-re-se ainda à disponibilidade do General em contribuir para equacionar adequadamente a ideia, dando-lhe estrutura de modo a concretizá-la.
Fica evidenciado assim o caráter de pureza e honestidade profissional de um homem que com raça e perseverança tão bem soube enaltecer a Educação Física brasileira. Um homem que nasceu, viveu e sonhou...
CONCLUSÃO OU
UM HOMEM NÃO MORRE...
A morte para a maioria das pessoas é o fim de tudo. A ideia de término, de fim, não vem da sabedoria divina. É criação do homem, cuja visão limitada, e de alcance restrito lhe impede de ter consciência do todo. Sua percepção se limita às partes, por isso, desenvolveu em si, a ideia que a morte é o culminar da vida. Nada neste perfeito universo é limitado, nem mesmo o sonho de um homem. Tudo pode evoluir de uma forma infinita; para isso basta que não se faça dos olhos o limite do espírito. Não é porque um homem deixa de existir materialmente, que se deve acreditar que ele morreu.
Evitou-se fazer referências à data em que Jayr Jordão Ramos deixou o nosso convívio por se acreditar que um homem permanece vivo enquanto perdurarem suas obras.
Jayr Jordão Ramos não morreu, pois ele está presente em cada um daqueles que acredita que a verdadeira educação humana se processa de uma forma infinitamente grande. Sua imaginação, a qual foi referenciada como sonho, não se prendeu apenas a uma concretização material. Esta imaginação é muito maior, muito mais bonita, porque em sua passagem por este planeta de aprendizado universal, ele mostrou a todos que o amor é a maior força de um ser. E é através desse amor que se processam inúmeras obras, inúmeros feitos e inúmeras realizações.
Pode-se dizer que o verdadeiro valor de um homem é identificado quando outros homens falam deste e de suas realizações. Como reconhecimento por sua brilhante ação na Educação Física, o General recebeu inúmeras condecorações (anexo 11) e teve a honra de presenciar seu nome intitulando a biblioteca da Escola de Educação Física do Exército.
A biblioteca Jayr Jordão Ramos abriga em seu interior um grande acervo específico de Educação Física. Nada mais justo, portanto, do que prestar esta homenagem ao homem que, orgulhosamente, foi chamado de "o computador da EsEFEx" (67).
Os amigos do General, especialistas da área da Educação Física, assim se expressaram sobre sua pessoa, seu sonho e realizações:
"Quando escrevo um depoimento sobre Jayr Jordão Ramos, evoco uma recordação admirável de Cícero que diz que nenhum dever é mais importante do que a gratidão. ... didata minucioso e profundo, austero e cordial, era um idealista que vivia para a Educação Física com toda plenitude e entusiasmo esfusiante. O Museu de Educação Física era um empreendimento que deve merecer apoio e incentivo de quantos vivem de nossa especialização. A vida dos homens é efémera mas sua obra é imortal. Foi um exemplo que merece nosso respeito.
(Areno) (68).
"Aquela ingenuidade de homem bom e tolerante (assim o conheci) misturava-se com uma vastidão de conhecimento sobre a Educação Física e sua história, que me levava sempre a tornar imprevisível o tempo de duração de um encontro com ele. Hoje, quando dou uma panorâmica pela estante e me deparo com seus livros, me vem aquela sensação mista de alegria e tristeza. Alegria por ter convivido com o maior nome que a Educação Física brasileira já produziu, internacionalmente considerado e respeitado. Tristeza, por saber que ele se foi sem conseguir realizar o seu mais singelo
sonho: a criação de um Museu de Educação Física".
(Capinussu) (69)
"Sua presença diuturna era um ponto catalizador de cultura, entusiasmo e sobretudo um exemplo dignificante de amor ao nosso estabelecimento de ensino. Certos estamos de que sua presença será uma constante entre nós, pois figuras humanas de sua estirpe são imortais e, onde quer que esteja, há de lançar sempre um raio de luz para iluminar a cintilante trajetó-ria de nossa Escola".
(Gonçalves) (67)
"Sua vida foi um exemplo de abnegação, tenacidade, entusiasmo, dedicação e idealismo, que, indiscutivelmente, é motivo de inspiração para as gerações mais jovens".
(Silveira) (70)
... "Essa emoção se justifica plenamente quando sabemos que o General Jayr foi o maior vulto da História da Educação Física Brasileira! Nós que o tivemos como bandeira de idealismo, nos sentimos diminutos diante de tanta grandeza humana e histórica. Ainda emocionados, por falar de alguém que através de uma humildade permanente conseguiu envolver-nos num ideário ex
traordinário em que a Educação Física assume o papel principal..."
(Tubino & Capinussu) (71)
Esses depoimentos parecem traduzir a obrigação que a Educação Física nacional deve assumir para resgatar a dívida de honra para com o General.
Resgate da Dívida: Esperança de uma Obra
O mundo é cheio de acontecimentos. Na unidade do tempo eles se processam com muita rapidez e se não lhes forem atribuídos seus verdadeiros valores estes se esvaem com o tempo, e não mais são rememorados. Vivemos um momento histórico de civilização, momento este marcado pela mentalidade da notícia.
A Educação Física brasileira, se desejar marcar seus momentos históricos, tem o dever de registrar a notícia e valorizar a essência do pensamento do General Jayr Jordão Ramos - O MUSEU DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Da preservação dessa essência trata-se a própria preservação da Educação Física, sob pena de perder-se para sempre.
... Urge resgatar o seu sonho! Esta é uma tarefa de interesse nacional e também uma forma de gratidão a um homem que tudo deu de si mesmo para engrandecer o nome dessa Educação Física que ajudou a construir.
BIBLIOGRAFIA
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2) RAMOS, J.J. Corrida de Archotes - Ollimpia - Berlim. Tradução do Espanhol. Revista de Educação Física, nº 21, 1935.
3) RAMOS, J.J. Combate a baioneta e Luta Corporal - da Escola de Joinville - Le -Pont. Tradução do Francês. Revista de Educação Física, nº 31, 1936.
4) RAMOS, J.J. Treinamento especial do Combatente - Lançamento de Granadas. Revista de Educação Física, nº 33, 1936.
5) RAMOS, J.J. Lição de Educação Física Infantil - 2Ç Grau do ciclo elementar. Revista de Educação Física nº 34, 1936.
6) RAMOS, J.J. Impressões sobre o Ensino da Escola de Joinville - Le - Pont. Revista de Educação Física, nº 34, 1937.
7) RAMOS, J.J. Lição de Educação Física Feminina • 1º Grau do Ciclo secundário. Revista de Educação Física, nº 36, 1937.
8) RAMOS, J.J. Lição de Aplicações Militares -Turma de Combatentes a pé. Revista de Educação Física, nº 37, 1937.
9) RAMOS, J.J. Organização de um Campo de Jogos • Coordenação. Revista de Educação Física, nº 37, 1937.
10) RAMOS, J.J. Fichário dos Instrutores de Educação Física. Rio de Janeiro. Papelaria Velho, 1937 e 1939.
11) RAMOS, J.J. Sugestões sobre a reorganização do Ensino da Escola de Educação Física do Exército. Opúsculo com 8 páginas. 1938.
12) RAMOS, J.J. Unidade de Doutrina. Revista de Educação Física: 40, 41, 42, 43, 1937. 45,47, 1939.
13) RAMOS, J.J. Educação Física de Conservação. Tradução e adaptação da Publicação Francesa "Education Physique
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14) RAMOS, J.J. Exemplos de Sessões de Estudo de Elementos, Lições de Educação Física e Sessões de Jogos. Opúsculo com 12 páginas, 1939.
15) RAMOS, J.J. Organização de Competições por Equipes. Reprodução do trabalho publicado na Revista de Educação Física, nº 45, 1939. Opúsculo com 10 páginas, atualizado e publicado na mesma revista nº 73, 1953. Revista Brasileira de Educação Física nº 54, 1948.
16) RAMOS, J.J., AREIAS, A.L., ROCHA, S. Método Alemão. Tradução de um artigo de ERNEST LOISEL. Reprodução do trabalho, Revista de Educação Física nº 46, 47, 1939. nº 48, 1941. Opúsculo com 12 páginas, 1942.
17) RAMOS, J.J. Alguns Aspectos da Educação Física. Trabalho mimiografado. Rio de Janeiro, 1939.
18) RAMOS, J.J. A Flexibilidade e a Impulsão na moderna Ginástica Alemã. Revista de Educação Física nº 48, 1941.
19) RAMOS, J.J. A Escola de Educação Física do Exército - Uma realização da inteligência e da tenacidade brasileira: Revista de Educação Física nº 49, 1941. Traduzido para o Francês. Revista Brasileira de Educação Física, 1949.
20) RAMOS, J.J. Campos e Colónias de Férias - Crítica amigável e alguns conselhos práticos. Revista de Educação Física nº 50, 1941. Revista Brasileira de Educação Física, nº 57, 1948.
21) RAMOS, J.J. a Mulher e o Esporte. Revista de Educação Física nº 52, 1942.
22) RAMOS, J.J. Dêem Estádios ao Exército. Editora e Obras Gráficas - A Noite, 110 páginas e 6 mapas. Rio de Janeiro, 1945.
23) RAMOS, J.J. Organização de um Departamento de Educação Física. Revista Brasileira de Educação Física, 1948. Revista
do Clube Militar, RJ, 1948. Defesa Nacional, nº 70, 1952. Revista de Educação Física, nº72, RJ, 1952.
24) RAMOS, J.J. Momentos de Treinamento Fí-sico-Militar do Exército Francês. Revista do Clube Militar nº 98, 1949.
25) RAMOS. J.J. Algumas Ideias sobre Ginásios e recintos cobertos. Revista Brasileira de Educação Física, nº 63 e 64, 1949.
26) RAMOS, J.J. Lingíada de 1949 - Um acontecimento de Projeção Internacional. Revista de Educação Física nº 64, RJ, 1950.
27) RAMOS, J.J. Suécia - Terra da Beleza e Progresso. Revista de Educação Física, nº 67, 68, 1951. Revista da Polícia Militar do Ceará, 1955. Revista "Educação Física em Revista" nº 1, 1960.
28) RAMOS, J.J. Escola Central de Educação Física. Revista de Educação Física nº 69, 1952. Revista de Educação Física do Exército do Peru, (assinado por um Prof. plagiário), 1954.
29) RAMOS. J.J. A Moderna Ginástica Sueca. Revista de Educação Física. RJ. nº 69, 70, 1951. nº 71, 1953.
30) RAMOS, J.J. Roteiro do Treinamento Físico Militar. Revista Brasileira de Educação Física, 1948. Defesa Nacional, 1952. Revista de Educação Física nº 70. RJ, 1952.
31) RAMOS, J.J. Escola de Educação Física do Exército - Resumo Histórico e Organização Geral; Revista de Educação Física nº 71. RJ, 1952.
32) RAMOS, J.J. Departamento Técnico da EsEFEx. Revista de Educação Física nº 71. RJ, 1952.
33) BRASIL, Ministério do Exército. Manual de Biometria - T. 21 - 224. Rio de Janeiro, 1952.
34) BRASIL, Ministério do Exército. Manual de Jogos Militares T. 21 - 221. Rio de Janeiro, 1952.
35) RAMOS, J.J. Grupamento Homogéneo em Natação nos Corpos de Tropa. Revista Brasileira de Educação Física, nº 73, 1953.
36) RAMOS, J.J. Treinamento Físico no Exército - Crítica construtiva e necessidade de novos rumos. Revista de Educação Física, RJ, nº 74, 1953. Defesa Nacional nº 471. 1953.
37) RAMOS, J.J. Necessidade de Assistência Física e Psíquica ao Convalescente. Revista de Educação Física nº 76, 1954.
38) RAMOS, J.J. O Preparo Físico da Mulher no
Exército. Revista de Educação Física nº 78, 1954.
39) RAMOS, J.J., SANTOS, H. Manual do Sabre Moderno - Tradução do Manual Francês. Publicação impessoal, 35 páginas. 1954.
40) RAMOS, J.J., SANTOS, H. Manual de Esgrima - Espada - Tradução de Manual Francês. Publicação Impessoal, 21 páginas.
41) BRASIL, Ministério do Exército. Instrução Individual para as Operações Aquáticas. C-21-22. Tradução e adaptação do Manual Francês. RJ, 1954.
42) RAMOS, J.J. O Treinamento Moderno no Atletismo - Tradução do Trabalho de Louis Fauconnier, publicado na Revista Belga "Sport". Trabalho mimiografado com 17 páginas, RJ, 1955.
43) RAMOS, J.J. Publicações Especializadas em Educação Física. Revista de Educação Física nºs 79, 80 de 1955. nº 82, 1956. Boletim da Divisão de Educação Física nº 16, 1958. distribuído mimiografado nos Estágios Internacionais de Educação Física (Belo Horizonte, 1959; Niterói, 1959; Rio de Janeiro, 1960.
44) RAMOS, J.J. Escola de Educação Física do Centro de Esporte da Marinha. Revista de Educação Física nº 80, 1955.
45) RAMOS, J.J., SANTOS, H. Manual de Esgrima - Generalidades Florete. Tradução do Manual Francês. Publicação Impessoal. 46 páginas, RJ, 1955.
46) RAMOS, J.J. Atividade de Recondiciona-mento Físico para cegos, subsídio para Organização do T. 8-294. Revista de Educação Física nº 83, 1956.
47) RAMOS, J.J. Instalações e Material. Atuali-zação da obra "Dêem Estádios ao Exército". 120 páginas e 10 mapas. RJ, 1956.
48) BRASIL, Ministério do Exército. Manual de Treinamento Físico Militar - C. 21-20. Em colaboração: Revista de Educação Física nºs 75, Ginástica Básica. nº 75, Ginástica com arma. nº 75, Curso de Força. nº 76, Ginástica Básica. nº 76, Ginástica com arma. nº 77, Qualidades e ação de um instrutor. nº 78, Ginástica com arma. nº 79, Corrida Rústica. nº 79, Normas de Organização de Trabalho. nº 80, Verificação do Treinamento. nº 81, Exercícios de Vivacidade. nº 82, Pista de Obstáculos. Rio de Janeiro, 1957.
49) RAMOS, J.J. O espírito das Formas de Trabalho. Tradução do trabalho do Prof. Augusto Listello - França. Boletim de Edu-
cação Física nº 16, 1958. 50) RAMOS, J.J. Descortinando o "Inteval Trai-
ning". Correio da Manhã, 7 números aos domingos. 1959.
51) RAMOS, J.J. Os Cânones atuais de Treinamento Desportivo. Revista de Educação Física Nº 94. Rio de Janeiro, 1964.
5 2) RAMOS, J.J. Reportagem sobre o 3º Congresso Luso-Brasileiro de Educação Física. Revista de Educação Física nº 95, Rio de Janeiro, 1967.
53) RAMOS, J.J. Homenagem ao Professor Mário Gonçalves Viana durante o Congresso de Luanda. Revista de Educação Física nº 95. Rio de Janeiro, 1967.
54) RAMOS, J.J. O Treinamento na Antiguidade Grega e nos Tempos Modernos. Tradução. Revista de Educação Física, nº 95, Rio de Janeiro, 1967.
55) RAMOS, J.J. Contração Isométrica. Tradução. Revista de Educação Física nº 95, Rio de Janeiro, 1967.
56) RAMOS, J.J. O Interval Training segundo Gerschler e Reindell. Arquivos da Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro. nº 19, Rio de Janeiro, 1967. Revista de Educação Física nº 96, Rio de Janeiro, 1967.
57) RAMOS, J.J. Biblioteca Especializada em Educação Física. (Ensaio de Organização). Revista Brasileira de Educação Física nº 12, 1972.
58) BOLETIM DA FIEP. Volume 44, nº 3. Ma
drid, 1974. 59) RAMOS, J.J. Os Etruscos. Boletim da FIEP,
volume 49 nº 4 - Belo Horizonte, 1979. 60) BRUNO, F.G. Le Musée d'Hygiène de Cleve
land. Paris, 1948. 61) ELEANOR, M.M. Le Musée Centre d'entente
International - In Museum. Paris, 1948. 62) RIVET, P. Organisation d'un Musée d'Ethno-
logie, in Museum Paris, 1948. 63) VIANA, M.G. Boletim Informativo de Edu
cação Física - Portugal. Cruz Quebrada, 1953.
64) RAMOS, J.J. Museu de Educação Física (Ensaio e organização). Rio de Janeiro, 1966.
65) RAMOS, J.J.; 1907-1980. Os Exercícios Físicos Na História e na Arte. Edição orientada pelos Professores Manoel José Gomes Tubino e Cláudio de Macedo Reis. São Paulo, Ibrasa, 1982.
66) BOLETIM DA FIEP nº 3 - France, 1965. 67) GONÇALVES, A.A.B. General Jayr Jordão
Ramos - Uma Saudade. Revista de Educação Física nº 108, Rio de Janeiro, 1980.
68) ARENO, W. Comunicação Pessoal. Rio de Janeiro, 1983.
69) CAPINUSSU, J.M. Comunicação Pessoal. Rio de Janeiro, 1983.
70) SILVEIRA, O.A. In Memoriam. Boletim da FIEP, volume 50, nº 1, Brasília, 1980.
71) TUBINO, M.J.; CAPINUSSU, J.M. Prefácio do Livro Os Exercícios Físicos na História e na Arte. São Paulo, Ibrasa, 1982.
TRADUÇÃO DO DIPLOMA
DEDICAÇÃO A JAYR JORDÃO RAMOS O COMITÉ DE ORGANIZAÇÃO DAS LINGÍADAS DE 1949 TRANSMITE POR ESTE MEIO O SEU AGRADECIMENTO CORDIAL POR SUA CONTRIBUIÇÃO INTERESSADA E PROVEITOSA PARA A FESTA MUNDIAL DE GINÁSTICA EM ESTOCOLMO.
Estocolmo Agosto de 1949
Assinatura
Carl Albert Andersson Presidente do Comitê de Organização
Assinatura
Olof Ahlmark Secr. Geral
Assinatura
C. Liljegran Vice-presidente
NOTA
A Medalha de Lingíada, foi constituída pelo Rei Gustavo Quinto da Suécia e entregue ao agraciado pelo Sr. K.R. Thyberg, Ministro da Suécia acreditado junto ao Governo Brasileiro, em 6 de Agosto de 1954.
Proc. nº 229.606/70
Senhor Consultor Jurídico:
A sugestão de V.Sa. para a criação do MUSEU DO ESPORTE pode ser qualificada de excelente e oportuna iniciativa.
O assunto, entretanto, requer algumas ponderações, as quais, atendendo à solicitação de V.Sa., faço a seguir com o propósito de contribuir para equacioná-lo adequadamente e dar-lhe estrutura que venha transformar a ideia em realidade.
Essa ideia, entre nós, da instituição de um museu dessa natureza não é nova. Ela só é quanto à origem - partiu, agora, de um membro do Governo, o que lhe pode dar alento de bom êxito.
Colecionar objetos, símbolos e representações dos valores de nossa cultura, em todos os campos de atividade, e perpetuá-los para a posteridade eleva-se a dever cívico, constitui sólida base para a formação das nossas futuras gerações, além de eficiente meio de comunicação com os outros povos.
Por essa ideia de há muito vem batalhando, incansavelmente, o Gen. Jayr Jordão Ramos, obstinado lutador no campo da educação física e dos esportes.
2. Mesmo sem meios e condições adequados e suficientes, fundou o MUSEU DE EDUCAÇÃO FÍSICA, em cujo acervo figuram alguns opúsculos, que nos podem oferecer valiosos subsídios. Dentre eles, de modo particular, o de número 1, que é um ensaio sobre sua organização e de que se anexa um exemplar ao presente processo.
Embora não legalmente existente, o MUSEU idealizado pelo General Jayr Jordão Ramos possui concepção estrutural já conhecida em muitos países, não só pela divulgação em publicações como o BULLETIN DE LA FÉDÉRACION INTERNATIONAL D'EDUCATION PHÍSIQUE -FIEF, nºs 3-4-1969, pág. 38-56, e outras, como ainda pela correspondência que mantém com órgãos congéneres.
2.1 Gentilmente, como contribuição aos estudos da proposta de V.Sa., cedeu a esta Divisão os seguintes documentos, que vão apensos a este processo:
a) TEMAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA - 1. Museu de Educação Física (Ensaio de Organização). 1966.
b) MUSEU DE EDUCAÇÃO FÍSICA - Ante-projeto de Estatutos.
c) MUSEU DE EDUCAÇÃO FÍSICA - Regimento Interno (Anteprojeto).
d) BULLETIN DE LA FÉDÉRACION INTERNATIONALE D'EDUCATION PHY-SIQUE - FIEP, nºs 3 - 4, 1969.
e) Ofício nº 880, de 27 de agosto de 1968, do Diretor do Museu Histórico Nacional (Xerox), oferecendo-lhe ajuda.
2.2 Sobre a iniciativa do Gen. Jayr Jordão Ramos já há algumas manifestações, das quais transcrevo, a seguir, algumas.
Do Prof. Mário Gonçalves Viana, de Portugal, intelectual de projeção internacional e autor de inúmeros trabalhos, inclusive sobre museus:
"Li o seu ensaio sobre o "Museu de Desportos". Cordiais felicitações, pela forma superior como põe o problema. Oxalá seja compreendido e possa levar a efeito este magnífico empreendimento, ao nível em que ele deve ser realizado. Seria o primeiro museu do género, verdadeiramente museu, porque o que existe não passa de
"armazéns de velharias". Já que eu não fui escutado e compreendido em Portugal, ao menos que fosse o Brasil a iniciar um Museu verdadeiramente funcional."
DO BULLETIN DE LA FIEP, nº 3, 1965:
"Sob a iniciativa do Gen. Jayr Jordão Ramos personalidade marcante na educação física brasileira, está sendo organizado no Rio de Janeiro um Museu de Educação Física."
Feito ligeiro histórico do que já há, no Brasil, em torno do assunto, passo à apreciação do projeto.
3. Inicialmente, sou da opinião que o nome da instituição não deve restringir-se a "esportes", desligado do que é mais importante - a EDUCAÇÃO.
3.1 O indivíduo, por melhores que sejam 3uas qualidades e habilidades para os esportes, nada fará sem o indispensável preparo e aperfeiçoamento que lhe proporciona a educação. Edson Arantes do Nascimento não seria o Rei Pelé, se não fosse a educação que lhe dotou das condições, do aprimoramento, que o entronizaram na sua atividade.
3.2 Os esportes, ou desportos, como muitos preferem, constituem um meio em educação física - que é o fim. Esse meio, em várias modalidades, popularizou-se e foi elevado à categoria de espetáculo, ao sensacionalismo, pelas disputas entre indivíduos ou grupos e pelo empenho em alcançar marcas em determinado tempo e espaço, com a utilização de recursos adequados, sobrepondo-se ao próprio fim para que é empregado - a EDUCAÇÃO.
3.3 Creio que não se deve dar ênfase exclusivamente ao aspecto teatral dos esportes, alguns já profissionalizados, que servem apenas da recreação passiva a multidões, enquanto minoria insignificante se exercita com objetivo comercial, empanando, de modo total, o seu cará-ter primordial, que é o educativo.
Por isso, acho não se justificar a exclusão de "educação física" do nome do órgão a criar.
O museu deve abranger todos os setores da educação física, desportos e recreação.
4. Parece-me que o museu não deve funcionar subordinado à Divisão de Educação Física. Diferir sua hierarquia administrativa da dos demais museus, não acredito que traga nenhuma vantagem. A Divisão poderá, como está disposto no artigo 2º para o Conselho Nacional de Desportos, prestar colaboração.
5. Se se trata de museu nacional, creio que sua sede ficaria mais bem localizada na Capital Federal - Brasília, recolhendo troféus em geral, materiais (miniaturas ou exemplares), instalações (maquetes), quadros murais, medalhas, insígnias, publicações, filmes, discos, manuscritos, flâmulas, bandeiras, fotografias, enfim tudo que tenha relação com a educação física, os desportos e a recreação (como fator educativo), no nosso País e no estrangeiro.
Assim organizado e com direção capaz, o museu atingiria suas finalidades, além de poder transformar-se em centro de atração turística intensa, de procedência interna e externa.
6. O idealizador do MUSEU DE EDUCAÇÃO FÍSICA sente-se impossibilitado de dar prosseguimento à sua iniciativa, não só por falta de meios, como ainda por motivo de saúde, mas está pronto a cooperar com as autoridades na medida do que estiver ao seu alcance.
Eis aqui, Senhor Consultor Jurídico, a colaboração desta Divisão para a feitura do decreto de criação do museu que V.Sa. achou por bem propor ao Exmº Sr. Ministro, ficando esta Direto-ria à disposição dessa Consultoria para outros esclarecimentos.
Em de agosto de 1970
Arthur Orlando da Costa Ferreira Diretorda DEF
MUSEU DE EDUCAÇÃO FÍSICA (Ensaio de Organização)
Peças de Exposição e Consulta - Exemplificação
1. Materiais e instalações: objetos reais, reproduções, reconstituições, miniaturas, maque-tes, etc.
2. Quadros murais: descrições sintéticas, gráficos, esquemas, estatísticas, estampas, tabelas, desenhos em geral, diagramas, organogramas, pinturas, esboços, cartazes, fotografias, fotocópias, caricaturas, mapas, etc.
3. Objetos e obras de arte: troféus em geral, pinturas, esculturas, iluminuras, baixos-relevos, cristais, cerâmicas, azulejos, tapeçarias, leques, jóias, gravuras, músicas, poesias, etc.
4. Medalhas e insígnias: medalhas pessoais e comemorativas, emblemas, distintivos, colares, plaquetas, etc.
5. Publicações: livros, folhetos, revistas, álbuns, almanaques, boletins, regulamentos desportivos, catálogos e impressos em geral
6. Meios áudio-visuais: filmes, "slides", discos, etc.
7. Diversos manuscritos, documentos antigos, filatelia, diplomas, vestimentas, flâmulas, bandeiras, autógrafos, elmos, armaduras, armas de esgrima, escudo, etc.
Apresentação das Peças - Como Lembrança
1. O museu será estruturado dentro de cânones modernos, por conseguinte, com arte e de maneira racional e científica. Tudo nele deve ter valor educativo.
2. Todos os visitantes, independente da idade e do grau de cultura, devem aproveitar os benefícios do museu. Assim, a exposição do material será feita em função de "três grupos de inteligência": crianças, adolescentes ou adultos comuns, e especialistas. Diz Mário Gonçalves Viana que os museus devem obje-
tivar: a distração instrutiva, o prazer espiritual, a compreensão do mundo através da cronologia, a formação humanística do público, a formação científica e a formação técnica dos diversos profissionais.
3. A arrumação das peças obedecerá a uma seriação lógica, indo sempre do conhecido para o desconhecido. Em princípio, no âmbito de cada assunto, um ou mais quadros, com descrições sintéticas darão uma ideia geral do conteúdo.
4. As etiquetas das peças devem ser bem redigidas, legíveis, de formato e impressão tipográficas uniformes e expressar de maneira sintética o fato ou objeto exposto.
5. Para tornar o mostruário atraente e despertar a atenção dos visitantes, é preciso dar a cada peça uma disposição hábil, utilizando iluminação e fundos adequados. Ademais, as salas de exposição devem apresentar um aspecto agradável em cores que se harmonizem com arte, instalações e móveis bem concebidos.
6. As peças fundamentais devem ficar isoladas e não aglomeradas para que sejam melhor apreciadas.
(A obra "L´Organisation des Musées - Con-seils Pratiques" e outras publicações da UNESCO, existentes na Biblioteca do MEC, poderão ser de grande utilidade nos trabalhos de montagem da organização. Os trabalhos do Prof. Mário Gonçalves Viana - Elementos de Museologia e Um Museu do CTT - também muito poderão ajudar).
Exposição Permanente (*) - Sugestões
1. Visão do Conjunto dos Objetivos, Qualidades
(") Acompanha cada assunto um exemplo de peça a ele inerente. Os quadros-murais com fotografias ampliadas, especialmente indicadas sob o ponto de vista económico para começo da organização, constituirão o material mais comum.
Desenvolvidas e Meios de Ação da Educação Física: a) Quais os objetivos a atingir com a prática
da Educação Física? b) Quais as qualidades desenvolvidas pela
Educação Física? c) Quais os meios de ação que a Educação
Física utiliza para atingir os seus objetivos?
d) Quais as atividades físicas mais praticadas em todo o mundo?
- Peça
Quadro mural (0,80 x 0,50m): Basquetebol: É um desporto de equipe excelente e de larga difusão mundial. Desenvolve grande número de qualidades físicas e morais do praticante. Na presente fotografia, vé-se o esforço dos jogadores, disputando a bola debaixo da cesta, em magníficas e belas atitudes.
2. A Educação Física na História e na Arte: a) Antiguidade oriental e clássica. b) Idade Média. c) Renascimento. d) Origem e evolução das atividades físicas. e) História da Educação Física no Brasil
- Peça
Quadro-mural (0,40m x 0,30): O Dorífero de Policleto. O artista busca a beleza do tipo de físico ideal, demonstrando o atleta equilíbrio, virilidade e força. Obra-prima do V Século A.C. A estátua da fotografia é um mármore de rara beleza do Museu de Nápoles.
3. A Escola Sueca: a) Ling e os fundamentos históricos do sis
tema. b) O Instituto de Estocolmo. c) Os Inovadores. d) A ginástica sueca como sistema racional
pedagógico. e) As diferentes modalidades da ginástica f) A ginástica médica g) As Lingíadas. h) As salas de ginásticas e o material sueco.
- Peça
Material de ginástica: caixão (plinto) - Aparelho bastante útil, prestando-se à realizações de uma gama enorme de exercícios. Comporta geralmente 6 ou 7 seções, com 1,10m a 1,30m
de comprimento e provido de um pedal que acio-nando pequenas rodas facilita o seu deslocamento. A sua altura varia de 0,90m a 1,20m.
4. A Escola Francesa: a) Amoros e a ginástica amorosiana b) Os continuadores de Amoros e a Escola de
Joinville. c) Marey e Demeny d) Hebert e o Método Natural. e) Educação Física Desportiva e o Instituto
Nacional de Desportos.
- Peça
Quadro-mural (0,40m x 0,30m): Georges Demeny. Colaborador de Marey e continuador de seus trabalhos. Consagrou toda a sua vida e empregou todo o seu saber à causa da Educação Física; por isso mesmo, merece ser considerado o chefe da Escola Francesa de Educação Física.
5. Escola Alemã: a) Basedow e Guths Muths. b) John e o seu movimento nacionalista.
c) Contribuição pedagógica de Spiess à Educação Física.
d) Os Inovadores e a integração do ritmo e da expressão na ginástica.
e) A ginástica natural austríaca. f) Cari Diem, símbolo da Educação Física alemã
dos nossos dias.
- Peça
Quadro-mural (0,40m x 0,30m): John (1778-1852). Após a derrocada alemã em lena pelas tropas de Napoleão, John organizou um movimento patriótico para o desenvolvimento da energia física e moral do seu povo. Em torno da fotografia do grande ginasta alemão, vê-se alguns flagrantes de exercícios, do sistema por ele criado.
6. O movimento Desportivo Inglês: a) Thomas Arnold e o "cristianismo
muscular". b) Atividades desportivas na Inglaterra
nos séculos XVIII e XIX. c) Difusão mundial dos desportos.
- Peça
Quadro-mural (0,40m x 0,30m): Algumas atividades desportivas na Inglaterra nos séculos XVIII e XIX.
7. As Olimpíadas da Era Moderna: a) Pierre de Coubertin e sua obra. b) A "Carta" dos Jogos, atos e símbolos
olímpicos. c) Sucessão dos Jogos e seus principais
acontecimentos. d) Manifestações do olimpismo mundial liga
dos ao Brasil: Jogos Pan-Americanos, Campeonatos Sul-Americanos, Jogos Lu-sos-Brasileiros, Corrida de São Silvestre, Jogos da Primavera, etc.
e) Os Atletas Olímpicos brasileiros. f) Atividades do Comité Olímpico Internacio
nal (COI): presidente, animadores, reuniões, recompensas, etc.
g) Culto do passado e atualidades olímpicas: O museu de Mon Repôs, a Academia Olímpica Internacional e aspectos atuais de Olímpia.
- Peça
Fotografias de Guilherme Paraense - o l 9
brasileiro vencedor nas Olimpíadas. Medalha de Oun- nos Jogos de Antuérpia (1920): tiro de revólver. Além da medalha, vêem-se o diploma olímpico, o revólver usado na prova e várias medalhas ganhas por este extraordinário atirador em outros certames internacionais.
8. Os Grandes Títulos do Desporto Brasileiro e os Respectivos Troféus (mínimo Campeonato Sul-Americano): a. Futebol b. Basquetebol c. Atletismo d. Etc.
(As Confederações Desportivas Brasileiras doarão ou deixarão em custódia no Museu os troféus de projeção internacional conquistados pelo Brasil. Tais peças, no caso de doação, constituirão património nacional).
- Peça
Troféu ganho pelo Brasil como vencedor do Campeonato de Basquetebol Masculino (1962 -Rio de Janeiro); conquistando o título de Bicampeão Mundial.
9. Mérito Desportivo: a) Galeria de atletas brasileiros de projeção
internacional e alguns símbolos de suas vitórias.
b. Galeria de personalidades brasileiras merecedoras de gratidão pelos seus serviços em prol da Educação Física nacional.
c. Quadros de honra ou placas de desportistas brasileiros consagrados por instituições estrangeiras.
d. Quadros de honra ou fotografias de personalidades ou desportistas estrangeiros ligados à Educação Física.
e. Quadros de estrangeiros de elevado espírito desportivo e galeria dos premiados com o Troféu do "Fair-Play" Pierre de Coubertin.
- Peça (Fotografia)
Dr. Áureo de Morais (1905-1949)
Médico do Exército. Especializado em Educação Física. Foi instrutor da Escola de Educação Física do Exército e professor da Escola Nacional de Educação Física e Desportos na Universidade do Brasil. Destacou-se no ensino da Cinesiologia e na criação de alguns aparelhos úteis e práticos de medicina-desportiva: mesa de Viola modificada e respectivo cursor, artério-ten-siômetro coletivo e cronometro esfigmométrico para o controle do treinamento.
10. Fraternidade Desportiva (objetos de arte ou diplomas desvinculados dos diferentes assuntos do Museu): a) Fraternidade internacional: homenagem
dos países amigos, entidades desportivas e personalidades estrangeiras.
b. Fraternidade nacional: homenagem dos Estados e Territórios, entidades desportivas e personalidades brasileiras.
- Peça
"La Carreta", bronze de rara beleza e símbolo da Colonização do Uruguai. Miniatura de uma das mais belas obras de arte da cidade de Montividéu. oferta dos desportistas uruguaios à CBD e por esta doada ao Museu.
11. A Educação Física no Mundo: a. Síntese histórica e situação atual do país
(organização escolar, fatos e imformações gerais e doutrinárias, escolas de formação do pessoal especializado, centros de investigação, professores e treinadores de projeção internacional, clubes e associações desportivas de relevo etc.)
b. Principais organizações internacionais de direção e fomento da Educação Física e Medicina Desportiva: FIEPS, CIEPS, ICHPER, FIMS, etc.
c. Principais organizações internacioais da direção e fomento dos Desportos: FIFA, FIBA, IZZF, FIG.CISM, etc.
d. As confederações e federações desportivas brasileiras: CBD, CBB, CBV, ETC.
e. Principais jornais e publicações periódicas das atividades físicas em todo o mundo.
f. Atualidade ginástico-desportiva mundial, inclusive brasileira. (Principal fonte de consulta: "L'Education Physique Dans le Monde" de Pierre Seu-rin).
- Peça
Quadro-mural (3,00m x 4,00m): Recordes olímpicos, mundiais, pan-americanos, sul-ameri-Lanos e brasileiros de atletismo.
12. Educação Física da Mulher: a. Ginástica Feminina Moderna: Medau
Frõeclich, Maja Carlquist, Peuker, Idla, Sauer, etc.
b. Atividades Desportiva Feminina
- Peça
Quadro (0,80m x 1,00m): Flagrante do Grupo Idla em suas demonstrações cheias de graça e beleza.
13. Educação Física e Recreação no Trabalho: a. Influência da Educação Física na fadiga
profissional. b. Papel da Educação Física na prevenção
de acidentes. c. A Educação Física na aprendizagem de
ofícios. d. A Ginástica de Pausa. e. Os lazeres do trabalhador. f. Educação Física Profissional.
- Peça
Quadro-mural (0,50m x 0,40m): Ginástica de Pausa. Grupo de operários realizando durante um intervalo no trabalho. Esta ginástica genera-liza-se, cada vez mais, nos países nórdicos.
14. Treinamento Físico Militar:
a) No Brasil b) No estrangeiro c) Papel e atuação do CISM.
- Peça
Fotografia do Major Raoul Mollet, secretário permanente e grande animador do CISM. Figura de projeçáo internacional no campo do treinamento desportivo. Dele são os sistemas de preparação do atleta "Cross-Promenadè" e "Po-wer-Training".
15. Educação Integral, Folclore e Vida ao Ar Livre: a) Escotismo b) Campismo c) Excursionismo. d) Danças Folclóricas. e) Folguedos Infantis f) Jogos Populares
- Peça
Lord Baden Powell, que viveu em 1857-1941, foi o criador e grande animador do escotismo mundial, verdadeira escola de educação integral.
16. Ciência da Educação Física: a) Ciências Biológicas. b) Ciências Pedagógicas. c) Ciências sociais d) Etc.
- peça
Quadro-mural (0,40m x 0,30m): Máscaras típicas do esforço atlético violento, modelados pelo Dr. Mc Kenzie. A primeira é uma expressão de dor violenta: a segunda, de cansaço e de sofrimento; a terceira e a quarta, de esgotamento e de luta contra o colapso iminente.
17. Higiene e Educação Física: a) Educação Sanitária b) Alimentação c) Saúde Mental d) Etc.
- Peça
Quadro-mural (0,40m x 0,30m): O atleta necessita de uma alimentação completa. Uma ali-
mentação é completa quando apresenta um justo total calórico, adequada harmonia de substâncias nutritivas, apreciada e equilibrada quantidade de vitaminas e presença de água e sais minerais.
18. Medicina Desportiva: a) Origem e evolução da Medicina Despor
tiva. b) A Medicina Desportiva no Brasil. c) Atualidades da Medicina Desportiva
mundial. d) Galeria dos grandes médicos desportivos
de todo o mundo.
- Peça
O Artério-Tensiômetro Coletivo do Dr. Áureo de Morais: aparelho bastante útil no controle do treinamento, consta de uma mesa em semi-circunferência, com um reservatório de ar comprimido de 50 litros, uma bomba compressora de pedal, um único monômetro (de mercúrio), quatro manguitos simples de borracha, um estetoscópio biauricular e um distribuidor. A medida das pressões de 4 indivíduos ligados ou aparelho pode-se fazer, sem grande prática, em um minuto e 15 segundos. Um médico, afeito a seu funcionamento, faz o trabalho em um minuto apenas.
19. Cinesioterapia e Assuntos Correlatos: a) Origem e evolução da Cinesioterapia. b) A cinesioterapia no Brasil. c) Exercícios corretivos, terapêuticos e de
reabilitação.
- Peça
Fotografia da sala de ginástica médica e de massagem do Instituto de Estocolmo (os pacientes têm, na sua maioria, mais de 60 anos).
20. Atualidades das Artes na Educação Física: a) Arquitetura b) Escultura c) Pintura d) Arte Decorativa e) Tapeçaria f) Música 9) Etc.
- Peça
Bela fotografia do Centro Desportivo do "Foro Itálico" em Roma: A direita: O Estádio de
Mármore do Arquiteto Enrico dei Debbio. A Esquerda: O monumental Estádio Olímpico do arquiteto Aníbal Vitellozzi.
21. Metalística e Emblemática: a) Medalhas desportivas, nacionais e es
trangeiras, doadas ao Museu e oriundas de grandes desportivas.
b) Medalhas e medalhões comemorativos de certames desportivos de vulto.
c) Medalhas, medalhões, moedas e colares inspirados em motivos desportivos de qualquer natureza.
d) Medalhas nacionais e estrangeiras de Mérito Desportivo.
e) Emblemática em geral. f) Fotografias, desenhos, maquetes etc. do
material acima discriminado.
- Peça
Medalhas mandada cunhar pelo Departamento de Desportos do Exército para comemorar o certame citado. Anverso: Um índio com um joelho em terra, distendendo um arco para lançar uma flecha. Reverso: Na parte superior, uma perspectiva da Av. Presidente Vargas, vendo-se os primeiros arranha-céus construídos e, no fundo, a Serra da Tijuca; no centro, a inscrição: 1ª Olimpíada do Exército - Brasil - 1949; na parte inferior, os cinco elos simbólicos das Olimpíadas.
Gravada na Casa da Moeda. Foi outorgada ao General Jayr Jordão Ramos e por ele oferecida ao Museu.
22. Filatelia: a) Selos olímpicos em geral. b) Selos desportivos nacionais e estrangei
ros. c) Bilhetes postais desportivos. d) Carimbos especiais relativos a certames
desportivos.
- Peça
1ª Olimpíada Moderna - Atenas - 1896. Esta série, hoje muito rara, marca a data de aparecimento do selo desportivo na filatelia.
23. Flâmulas e Bandeiras.
- Peça
Flâmula da Escola Nacional de Educação Física e Desportos da Universidade do Brasil (ENEFD) - forja de educadores e de ideias desportivas.
(Serão selecionadas as instituições e associações desportivas cujas flâmulas devem figurar no Museu)
Centro de Documentação e Informação
1. Biblioteca Especializada: a) Obras raras e comuns. b) Publicações periódicas (há mais de 150
boas revistas pertencentes a 25 países diferentes)
c) Arquivo de recortes impressos e trabalhos datilografados históricos, científicos, artísticos, bibliográficos, técnicos, informativos em geral, quadros de recordes, etc.
d) Classificação bibliográfica: livros, revitas, jornais etc.
e) Coleções: fotografias de atletas, técnicos, obras de arte, instalações desportivas, etc; projetos de estádios, ginásios, material de Educação Física, e tc , regulamentos desportivos nacionais e internacionais em vigor; catálogos comerciais sobre artigos desportivos, etc.
2. Filmoteca Especializada; a) Filmes, "slides" etc. informativos, científi
cos e técnicos de interesse da Educação Física em geral.
b) Aparelhos cinematográficos e filmes à disposição dos interessados para serviço externo.
c) Organização de filmes, "slides", etc. d) Salão de cinema.
3. Fototeca: a) Coleção de fotografias e negativos de in
teresse da Educação Física (confeccionados pelo Museu).
b) Serviço Fotográfico. c) Salão de Exposição.
4. Fonoteca a) Coleção de discos e fitas magnéticas de
interesse da Educação Física. b) Coleção de músicas e hinos desportivos e
cantos folclóricos para piano e bandas. c) Serviços de Gravação.
5. Equipamentos e Aparelhagens; a) Ginástica b) Jogos c) Desportos. d) Danças e) Etc.
6. Seção de Vendas: Cartões Postais, fotografias, reprodução de objetos expostos, medalhas, flâmulas, livros, monografias, catálogos, guias ilustrados, revistas de educação física, regulamentos desportivos, vinhetos, selos desportivos, "slides", filmes, discos sonoros, etc.
Outras Iniciativas - Como Lembrança
1. Cursos, grupos de estudo, conferências e debates. 2. Estudos, inquéritos e pesquisas. 3. Elaboração e publicação de obras e obras
e boletins informativos. 4. Exposições temporárias, cíclicas ou circu
lantes. 5. Sessões de rádio e televisão. 6. Demonstrações de Educação Física em
geral, inclusive trabalhos científicos, pedagógicos, folclóricos e históricos.
Ideias e Informações
1. Não há muitos museus de Educação Física ou Desportos no mundo Los Angeles, (fundação Hellms), Chicago, New York (Museu Nacional de Arte Desportiva), Olímpia, Roma, Estocolmo, Basileia, Praga, Varsóvia, Brasov (Roménia), Lausanne (Museu do COI) e algumas outras cidades europeias e norte-ame-ricanas já possuem o seu. embora, na sua maioria, restritos nas suas exposições e impregnados de sentimentalismos. No momento, a França, no grande estádio em construção em Paris, está cogitando de organizar um grandioso Museu de Desportos.
2. Impõe-se a necessidade da criação de museus especializados em Educação Física ou Desportos nas principais cidades brasileiras. O Rio de Janeiro, capital cultural e desportiva do país, poderá montar o primeiro, cujos trabalhos poderão ser feitos em duas etapas:
1º- Realização, dentro de alguns meses, de uma "Exposição Internacional de Educação Física".
- Montagem progressiva do Museu, de preferência, no Parque do Flamengo ou, no caso de impossibilidade, no Estádio do Maracanã, aumentando assim a sua importância como centro de atração turística.
3. È óbvio que a organização proposta acarretará muitas despesas, mas é certo que rendas apreciáveis, provenientes da cobrança, de en
tradas e venda de objetos e publicações, muito poderão ajudar a sua manutenção, em virtude do interesse popular existente sobre as coisas inerentes às atividades físicas.
4. Para terminar, cumpre ressaltar que o Museu proposto será um tanto diferente dos demais pela sua amplitude e organização científica. Terá uma organização moderna e funcional.
ANTEPROJETO DE ESTATUTOS Do Museu e seus Objetivos
Art. 1º - O Museu de Educação Física, sociedade civil sem fins lucrativos, com sede e foro na Cidade do Rio de Janeiro, rege-se pelas leis vigentes e pelos presentes estatutos.
Art. 2º - O Museu tem os seguintes objetivos:
- Citados no Ensaio da organização.
Art. 3º - O Museu durará por tempo indeterminado, como sociedade civil porém, todos os esforços deverão ser feitos para transformá-lo, no mais curto prazo, em uma instituição oficial.
Dos Sócios
Art. 4º - O Museu terá as seguintes categorias de sócios: beneméritos, remidos, efetivos, contribuintes e correspondentes.
§ 1º - Será sócio benemérito, por declaração do Conselho Deliberativo, aquele que fizer doação de valor excepcional ou prestar concurso relevantes às atividades do Museu.
§ 2º - Será sócio efetivo o que, além da anuidade, contribuir com jóia fixada pelo Conselho Deliberativo ou fizer doação de obra-de-arte, ou material, aceito pela Comissão Executiva.
§ 3º - Será sócio contribuinte o que pagar a anuidade estipulada pelo Conselho Deliberativo.
§ 4º - Será sócio correspondente o que, residindo fora da sede do Museu, auxiliá-lo pagando anuidade ou prestando serviços relevantes a critério da Comissão Executiva.
Art. 5º - Os Sócios não respondem financeiramente pelos compromissos do Museu.
Art. 6º - Serão considerados sócios fundadores os assinantes do requerimento solicitando a aprovação destes Estatutos.
Art. 7º - A admissão dos sócios será feita mediante proposta de qualquer sócio, aprovada pela Comissão Executiva.
Da Direção
Art. 8º - São órgãos da direção do Museu:
a) A Assembleia Geral b) O Conselho Deliberativo c) A Comissão Executiva d) A Comissão de Contas
Parágrafo Único: O exercício de qualquei cargo nos órgãos diretores do Museu não dará direito a remuneração ou vantagem alguma.
Art. 9º - A Assembleia Geral, composta de sócios de todas as categorias, é o órgão superior da direção do Museu, competindo-lhe:
a) Referendar a reforma dos Estatutos. b) Aprovar a encampação do Museu pelos
Governos Federal ou do Estado da Guanabara.
c) Decidir sobre a dissolução do Museu. d) Eleger os membros do Conselho Delibe
rativo e da Comissão Executiva.
Parágrafo Único: A Assembleia Geral delibera por maioria de votos, cabendo um voto a cada sócio presente, sendo lícito ao sócio votar mediante carta assinada e entregue ao Diretor-Secretário, até 5 dias, antes da data da reunião da Assembleia Geral.
Art. 10 - O Conselho Deliberativo, composto por quinze membros, com mandato de três anos, e podendo ser reeleito, é o órgão que re-
presenta a Assembleia Geral, no recesso de suas sessões, competindo-lhe:
a) Fixar as normas gerais de direção do Museu.
b) eleger os membros da Comissão Executiva
c) Tomar as contas da Comissão Executiva.
d) Autorizar a Comissão Executiva a praticar atos que excedem os seus poderes específicos.
e) deliberar sobre a reforma dos Estatutos. a encampação oficial e sobre a dissolução da sociedade.
f) Decidir sobre todas as matérias de interesse do Museu, que não pertençam privativamente a outro órgão social.
g) Eleger os membros da Comissão de Contas.
Art. 11 - Na eleição para o Conselho Deliberativo, em caso de empate, será considerado eleito o conselheiro mais antigo do Conselho, e, em igualdade de condições o mais moço.
Art. 1 2 - 0 Conselho Deliberativo será convocado, por edital ou circular, pela Comissão Executiva, sempre que houver de pronunciar-se sobre matérias de sua competência e se reunirá, ordinariamente, no primeiro trimestre de cada ano, em dia, hora e local designados pelo Presidente, funcionando em qualquer caso, em primeira convocação, quando presentes a maioria dos membros e, em segunda convocação, com qualquer número.
Parágrafo Único: O Conselho Deliberativo decide por maioria de votos, cabendo em voto a cada membro pessoalmente presente.
Art. 13 - A Comissão Executiva será formada de sete diretores eleitos pelo Conselho Deliberativo pelo prazo de dois anos, as quais exercerão o mandato sem qualquer remuneração, podendo ser reeleitos.
§ 1º - Compete à Comissão Executiva a administração do Museu e a convocação dos órgãos referidos nas alíneas "a" e "b " do artigo 85.
§ 2º - A Comissão Executiva prestará contas dos seus atos ao Conselho Deliberativo, no primeiro trimestre do ano seguinte ao exercício encerrado.
Art. 14 - A Comissão Executiva compõe-se do presidente, vice-presidente, diretor-execu-tivo, diretor-executivo-adjunto, diretor-secretário ed iretor-tesoureiro.
§ 1º - Compete ao presidente presidir as reuniões da Comissão Executiva e do Conselho Deliberativo, convocar este para as reuniões ordinárias e representar a sociedade, ativa e passivamente, em Juízo ou fora dele.
§ 2º - Compete ao vice-presidente substituir o presidente em seus impedimentos e com ele colaborar, no desempenho de suas funções.
§ 3º - Compete ao diretor-executivo a administração geral do Museu.
§ 4º - Compete ao diretor-executivo-adjunto colaborar com o diretor-executivo no desempenho de suas funções e substituir o diretor-executivo, o diretor-secretário ou o diretor-te-soureiro, em seus impedimentos.
§ 5º - Compete ao d'retor-secretário atender à elaboração de atas, à correspondência e à publicidade do Museu, e cooperar com o vice-presidente substituindo-o em seus impedimentos.
§ 6º - Compete ao diretor-tesoureiro a guarda dos bens e valores do Museu e a manutenção, em boa ordem da escrituração social.
Art. 15 - Os órgãos referidos nas alíneas "a" e "b" do art. 89 poderão ser convocados mediante solicitação de seus próprios membros, desde que assinada a convocação por um terço dos membros que os componham.
Do Património
Art. 16 - A receita do Museu será constituída pelas jóias e contribuições dos sócios, pelos donativos e subvenções que lhe sejam concedidos pelos sócios ou por terceiros, pela venda de objetos e publicações e por quaisquer outras rendas eventuais autorizadas pelo Conselho Deliberativo.
^ Parágrafo Único - Toda a receita do Museu será aplicada para realização dos seus objetivos, vedada a distribuição de lucros ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob qualquer pretexto.
Art. 17 - A alienação dos bens que integram o património material do Museu, depende da autorização prévia do Conselho Deliberativo.
Art. 18 - Os atos que criem obrigações para o Museu, ou que exonerem terceiros, sem pagamento de responsabilidade para com ele, só valerão quando assinadas por dois diretores, um dos quais, deverá ser o diretor ou o diretor tesoureiro.
Art. 1 9 - 0 Conselho Deliberativo elegerá anualmente três dos seus membros como efetivos, e três como suplentes, para constituí
rem a Comissão de Contas, que emite parecer sobre as contas da Comissão Executiva e sobre os atos que lhe forem submetidos pelo Conselho.
Da Dissolução
Art. 20 - A sociedade se dissolverá por transformação em instituição oficial, por impossibilidade absoluta de realizar os seus objetivos,
ou por deliberação do Conselho Deliberativo ratificada pela Assembleia Geral.
§ Iº - No caso de dissolução passará o seu património, ao Serviço do Património Histórico e Artístico Nacional, respeitados os dispositivos legais ou contratuais aplicáveis ao caso.
§ 2º - Nenhum ato pode ser praticado pelo Museu para assegurar a terceiros, no caso de sua dissolução, a posse ou propriedade de bens salvo quanto aos bens que lhe tenham sido doados sob condição de devolução à instituição ou pessoa designada pelo doador. ©
Dos Estatutos e do Regimento
Art. 21 - Os presentes estatutos só poderão ser reformados por iniciativa do Conselho Deliberativo, ouvida a Comissão Executiva, ad-referendum da Assembleia Geral.
Art. 22 - A Comissão Executiva elaborará o Regimento Interno do Museu, que será aprovado pelo Conselho Deliberativo.
MUSEU DE EDUCAÇÃO FÍSICA Regimento Interno
(Anteprojeto)
I
Finalidades do Regimento
Art. 1º - As atividades do Museu de Educação Física, na forma de seus Estatutos, são exercidas pelos órgãos culturais e administrativos previstos neste Regimento e de acordo com as atribuições e normas nele estipuladas.
II
Estrutura dos Órgãos Culturais e Administrativos
Art. 2º - São órgãos do Museu:
a) Culturais:
1 - Divisão de Exposição 2 - Divisão de Estudos e Pesquisas 3 - Divisão de Informação e Cooperação
b) Administrativos: 1 - Divisão de Serviços Gerais 2 - Divisão de Finanças 3 - Divisão de Sócios 4 - Divisão de Obras e Conservação
Art. 3º - As Divisões serão dirigidas pelos chefes designados, em comissão, para o exercício dessas funções.
Art. 4º - Por necessidade ou conveniência de serviço qualquer Chefe de Divisão pode ser designado para responder pela chefia de outra.
Art. 5º - As atividades a cargos dos órgãos a que se refere o art. 29, sob a gestão imediata dos respectivos chefes e a direção su
perior da Comissão Executiva e dos Diretores que a integram, são exercidas debaixo da supervisão e da coordenação administrativa do Superintendente.
Art. 6º - A Divisão de Exposição compete:
a) Programar e exercer as atividades do Museu no âmbito de seu Acervo artístico e cultural, procedendo a montagem da exposição na sede do Museu e fora dele.
b) Receber, classificar e controlar as peças de exposição do património do Museu ou sob a guarda deste.
c) Guardar e expor as peças de exposição do Museu, de acordo com as melhores normas técnicas.
d) Zelar pelo bom estado das peças do património do Museu e confiadas à sua guarda, procedendo de acordo com a Comissão Executiva, aos trabalhos de conservação e restauração que se fizerem necessárias.
e) Organizar palesiras artísticas e culturais e visitas inerentes aos objetos expostos pelo Museu.
f) Manter em ordem e em dia a documentação referente às peças de Exposição do Museu ou a ele confiadas.
g) Proceder aos despachos, embalagem, desembalagem e movimentação das peças de exposição do acervo do Museu ou a ele confiadas.
h) Adotar as providências administrativas necessárias para o bom desempenho das atribuições da Divisão.
Art. 79 - A Divisão de Estudos e Pesquisas compete:
a) Programar e exercer as atividades do Museu relacionadas com os estudos e pesquisas no campo da Educação Física.
b) Organizar Cursos, grupos de Estudo, palestras, debates e espetáculos de interesse e estímulo da Educação Física.
c) Orientar os interessados em assuntos de Educação Física, prestando informações sobre as oportunidades para tal existentes no Museu e fora dele.
d) Promover as atividades do Museu nos campos artístico e cultural, mantendo em funcionamento e conservando em boa ordem a biblioteca, a filmoteca, a discoteca e a fototeca especializadas em Educação Física.
e) Organizar Festivais de Educação Física com finalidades artísticas e culturais.
f) Promover demonstrações sobre as atividades físicas, inclusive relacionar a trabalhos científicos, pedagógicos, folclóricos e históricos.
h) Confeccionar filmes, "Slides", discos e fotografias sobre Educação Física e Assuntos correlatos.
Art. 8º - A Divisão de Informações e Cooperação compete:
a) Atender os sócios, convidados e público em geral, dentro e fora do Museu.
b) Encaminhar aos órgãos competentes sugestões e reclamações que lhe forem apresentadas.
c) Promover a divulgação das atividades do Museu.
d) Incrementar o intercâmbio entre o Museu e entidades congéneres.
e) Organizar e manter, sob a sua responsabilidade, uma exposição permanente do material moderno de Educação Física.
f) Organizar e manter, sob a sua responsabilidade, uma seção de vendas de pequenos objetos e obras inerentes à Educação Física.
Art. 9º - A Divisão de Serviços Gerais compete:
a) A administração do pessoal, incluhdo a seleção, admissão, registro, classificação, frequência, pagamento, assistência, direitos e deveres.
b) A administração do material, incluindo a aquisição, registro, distribuição, guarda e conservação, recuperação, padronização, classificação e catalogação.
c) O Controle das comunicações, incluindo
recebimento, registro, distribuição guarda e expedição de documentos.
d) A execução dos serviços auxiliares, incluindo zeladoria, portaria mecanografia e transporte.
Art. 10 - A Divisão de Finanças compete:
a) A movimentação dos fundos, incluindo recebimento, pagamentos, movimentação de contas bancárias e guarda de valores.
b) O Controle contábil, incluindo escrituração contábil, elaboração de balanças demonstrativas e orçamentos, tomada e prestação de contas.
c) A elaboração de estatísticas, avulsas e demais comunicações a serem feitas periodicamente.
d) A efetivação de todos os seguros, ouvidas as divisões competentes no tocante a determinação de seus valores e aos dados técnicos e segurados.
Art. 11 - A Divisão do Sócio compete:
a) Promover a admissão de sócios, controlando sua movimentação e mantendo em ordem os competentes registros.
b) Providenciar a emissão de carteiras sociais e de documentos, comunicações e cartas circulares de interesse do Museu.
c) Elaborar as relações de pagamentos de contribuições.
d) Preparar o expediente necessário à cobrança das contribuições devidas pelos sócios e encaminhá-lo, regularmente para cobrança e demais providências, à Divisão de Finanças.
Art. 12 - À Divisão de Obras e Conservação:
a) Coordenar os trabalhos relacionados com a construção do Ed. do Museu e sua conservação.
b) Controlar o cumprimento das normas relativas às aquisições e despesas de construção.
Ill Atribuições dos Chefes
Art. 13 - São do Superintendente:
a) Promover a supervisão e a coordenação
administrativa de todas as atividades do Museu.
b) Admitir e dispensar funcionários. c) Elogiar e aplicar penas disciplinares aos
funcionários do Museu, com a aprovação do Diretor-Executivo.
d) Autorizar a aquisição do material de consumo.
e) Autorizar as despesas e os pagamentos de rotina dentro dos limites estabelecidos pelo Diretor-Executivo ou pelo Dire-tor-Tesoureiro.
f) Representar o Museu na Justiça do Trabalho e no Ministério do Trabalho.
g) Assinar as Carteiras e os contratos de trabalho de cartão de identidade dos funcionários.
h) Propor a Direção Executiva dos funcionários que devam exercer função de chefia.
i) Decidir sobre férias e escalas de serviços de funcionários.
j) Antecipar ou prorrogar o período normal de trabalho.
I) Promover perante os órgãos competentes da união, dos Estados e Municípios e respectivas Autarquias, o andamento do processo de interesse do Museu.
m) Enviar mensalmente à Direção informações relativas a trabalhos em curso, bem como balancete, demonstrativos e outros documentos previstos nas normas de serviços.
Art 14 - São atribuições do Chefe da Divisão de Exposição:
a) Submeter à aprovação do Diretor-Executivo a programação a prazo longo e anual das atividades da Divisão e proceder à execução dos programas aprovados.
b) Preparar por iniciativa própria ou por solicitação do Diretor-Executivo, programas e atividades especiais não previstas na programação geral da Divisão, pondo em execução as que forem por aqueles aprovadas.
c) Guardar, arrumar e conservar as peças de exposição pertencentes ao Museu ou a ele confiadas adotando as medidas necessárias para sua apropriada exibição, custódia, segurança, movimentação e conservação.
d) Opinar sobre o valor artístico, cultural ou económico das peças a serem adquiri
das ou cedidas, gratuita ou onerosamente, pelo Museu, mantendo atualizado o respectivo cadastro.
e) Proceder à organização e manter atuali-zada e em ordem, os fichários relativos aos objetos de caráter artístico e cultural desportivo existentes no País e não pertencentes ao Museu.
f) Dirigir e supervisionar as atividades de caráter administrativo diretamente relacionadas com as tarefas a cargo de sua Divisão, procedendo, notadamente:
1) Ao atendimento da corespondência da Divisão.
2) As articulações com outros órgãos culturais e administrativos do Museu, para a execução de atos de interesse da Divisão que sejam de competência específica daqueles.
3) A preparação de catálogos e convites para as exposições, palestras e solenidades, solicitando oportunamente aos órgãos competentes do Museu sua confecção, expedição e distribuição.
4) Ao arquivamento, a catalogação e a manutenção atualizada e em boa ordem de toda documentação, inclusive "Slides", reproduções e clichés, relativos aos objetos artísticos e culturais do Museu, ou a ele confiados, bem como a documentação referente "as atividades realizadas pela Divisão.
5) A preparação dos elementos requeridos para o seguro das peças de alto valor do Museu ou a ele confiadas.
6) A supervisão dos serviços de embalagem, recebimento e expedição de peças que devem ingressar no Museu ou dele sair.
7) A emissão de cautelas, recibos e fichas relativas a peças cedidas ou recebidas por empréstimo.
8) A manutenção, atualizada e em boa ordem de fichário contendo o nome, endereço e outras indicações relativas a museus e colecionadores do País e do estrangeiro.
Art. 15 - São atribuições do Chefe da Di-io de Estudos e Pesquisas:
a) Submeter à aprovação do Diretor Executivo a programação anual das atividades da Divisão.
b) Preparar as normas a serem observadas para o funcionamento das atividades da Divisão.
c) Controlar todas as atividades culturais e festivais organizadas pela Divisão.
d) Organizar e manter atualizada e em bom estado de conservação e de funcionamento a biblioteca, a filmoteca, a discoteca e a fototeca especializadas.
e) Fornecer a Divisão de Informações e Cooperação, para difusão gratuita ou venda, os livros, publicações em geral, reproduções, filmes e "Slides" elaborados.
Art. 16 - São atribuições do Chefe da Divisão de Informações e Cooperação:
a) Supervisionar e estabelecer os contatos com sócios, convidados, artistas, visitantes e com o público em geral.
b) Providenciar a recepção aos sócios, convidados e visitantes.
c) Prestar aos interessados todas as informações relativas às atividades do Museu.
d) Encaminhar todas as reclamações feitas em relação aos serviços do Museu.
e) Promover entendimento com entidades privadas, órgãos governamentais, imprensa, rádio e televisão em tudo o que concerne ao interesse do Museu.
f) Providenciar a coleta de dados para a publicação dos boletins, catálogos e publicação de interesse do Museu.
g) Providenciar divulgação pela imprensa, rádio e televisão de todos os acontecimentos de relevo na vida do Museu.
h) Providenciar o fornecimento e troca de dados e informações, inclusive de exposições, com entidades congéneres, nacionais e estrangeiras.
i) Estabelecer o intercâmbio de catálogos e publicações com outros Museus e Bibliotecas.
j) Receber e acompanhar os sócios, visitantes ou convidados do Museu prestando-Ihes todas as informações.
Art. 17 - São atribuições do Chefe da Divisão de Serviços Gerais:
aO Preparar a correspondência de responsabilidade da Divisão.
b) Manter em dia o registro dos funcionários.
c) Controlar a frequência dos funcionários. d) Preparar a escala de férias dos funcioná
rios. e) Propor a aquisição do material necessá
rio ao Museu. f) Providenciar a distribuição do material
aos diversos órgãos observadas as instruções a respeito.
g) Controlar a guarda e a manutenção do material de propriedade do Museu.
h) Providenciar o recebimento e a expedição de toda a correspondência do Museu.
Art. 18 - São atribuições do Chefe da Divisão de Finanças;
a) Preparar a correspondência de responsabilidade da Divisão.
b) Coordenar os trabalhos da Divisão no que se refere à Tesouraria e à Caixa, supervisionando todos os recebimentos e pagamentos.
c) Manter a escrituração contábil em dia. d) Apresentar balanços, balancetes men
sais e relatórios. e) Conferir os lançamentos feitos no livro
Caixa bem como os relatórios apresentados.
f) Manter, sob sua responsabilidade, a guarda dos valores que lhe sejam.
g) Tomar providências relativas a subvenções, importação e isenção de impostos e taxas.
Art. 19 - São atribuições do Chefe da Divisão de Sócios:
a) Preparar a correspondência de responsabilidade da Divisão.
b) Controlar a admissão de Sócios, mantendo fichário atualizado por ordem alfabética e numérica.
c) Providenciar a mudança de nome, endereço ou categoria do sócio.
d) Supervisionar a preparação do expediente de cobrança de contribuições devidas pelos sócios e a omissão dos talões de cinema dos sócios.
e) Apresentar relatórios mensais sobre as atividades da Divisão propondo as medidas que julgar necessárias à melhoria do serviço.
Art. 20 - São atribuições do Chefe da Divisão de Obras e Conservação:
a) Fiscalizar o exato cumprimento das normas referentes às obras do Museu.
b) Visar todas as faturas referentes às aquisições ou despesas da obra.
c) Elaborar relatórios semanais e mensais sobre o andamento das obras, apontando as falhas porventura existentes.
d) Opinar sobre quaisquer modificações propostas ao projeto original das obras.
e) Supervisionar os serviços da firma construtora e seus subempreiteiros, fazendo cumprir as condições estipuladas nos contratos de construção e especificações.
f) Tomar as providências necessárias à conservação em bom estado das obras do Museu.
g) Verificar as folhas de pagamento de pessoal, através do controle diário da máo-de-obrá.
h) Verificar as concorrências para subempreitada e as tomadas de preço para fornecimento de material.
i) Verificar a aplicação do material na obra, através do controle diário das fichas de estoque, folhas de apropriação e inventários elaborados pela Construtora, revisão, aceitação encaminhamento das faturas.
j) Propor as providências, necessárias à conservação e reparação do edifício-se-de, inclusive de suas instalações, realizando as de pequena monta.
I) Resolver os casos omissos que forem de sua alçada.
IV REGIME DO PESSOAL
Art. 21 - Reger-se-áo pela legislação do trabalho, salvo quando não envolvam relação de emprego, caso em que ficarão sujeitos ao regime de Código Civil.
Art. 22 - A admissão de funcionários deverá ser precedida de seleção feita em bases técnicas, com objetivo de assegurar o ingresso de pessoas qualificadas para o emprego.
V
REGIME FINANCEIRO
Art. 23 - A receita do Museu será proveniente das seguintes fontes:
a) Contribuição e jóias dos sócios. b) Vendas de ingressos, publicações e ou
tros artigos. c) Doações, subvenções de pessoas físicas
ou jurídicas, de direito público ou privado.
d) Contribuições e taxas de atividades culturais.
e) Vendas eventuais autorizadas pelo Conselho Deliberativo.
Art. 24 - A realização de qualquer despesa deverá ser precedida de autorização escrita de autoridade competente.
Art. 25 - Os fundos do Museu serão depositados em conta própria em Bancos que a Comissão Executiva indicar.
Art. 2 6 - 0 pagamento de despesas, e de modo geral, a movimentação de fundos do Museu será feita por ordem de transferência ou por cheques nominativos, assinados por dois Direto-res, sendo obrigatoriamente um deles o Dire-tor-Executivo ou Diretor-Tesoureiro.
Art. 27 - A Divisão de Finanças obedecerá a um plano de contas aprovado pela Comissão Executiva.
Art. 28 - A prestação de contas interna do Museu processar-se-á normalmente por meio de balancetes mensais e demonstrações quinzenais de execução orçamentárias.
VI
REGIME DOS SÓCIOS
Art. 29 - Na forma de que estabelece os Estatutos o Museu terá as seguintes categorias de sócios: Fundadores, Beneméritos, Efetivos, Contribuintes e Correspondentes.
1º Os sócios beneméritos ficam isentos de contribuição, sendo a dos demais estabelecida anualmente pela Comissão Executiva.
2º Os membros da Comissão Executiva, quando no exercício da função, ficam isentos do pagamento da contribuição.
3º Os sócios correspondentes estrangeiros, indicados pelo Conselho Deliberativo, nada pagarão.
Art. 30 - Aos sócios do Museu, sem distinção de categoria, cabem os seguintes direitos e deveres fundamentais:
a) Votar e ser votado nas formas dos Estatutos.
b) Ter preferência nos cursos mantidos pelo Museu, pagando uma taxa menos que os não-sócios, quando for o caso.
c) Tomar por empréstimo, de acordo com as instruções competentes, livros, publicações, reproduções, "Slides" e filmes, ou comprá-los com as deduções previstas para os sócios.
d) Outras vantagens estabelecidas anualmente pela Comissão Executiva.
Art. 31 - Qualquer pessoa será consideiada sócia, após a aprovação da Comissão Executiva e pagamento da contribuição. Ser-lhe-áo fornecidos os Estatutos e o cartão de identidade de sócio, cuja apresentação será obrigatória, quando se tornar necessário.
Art. 32 - A Comissão Executiva poderá, a seu critério, desligar do Museu o sócio que:
a) Praticar atos de improbidade ou que importem em dano ou prejuízo ao património do Museu.
b) Deixar de pagar, por prazo superior a doze meses, as contribuições devidas.
c) Atentar contra o bom nome do Museu.
VIII
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 3 3 - 0 Conselho Técnico-Administrati-vo reunir-se-á normalmente duas vezes por mês e extraordinariamente, sempre que for convocado pelo Diretor-Executivo.
Art. 34 - As reuniões do Conselho Técni-co-Administrativo serão presididas pelo Diretor-Executivo e delas serão lavradas atas que devem ser assinadas por todos os membros presentes.
Art. 35 - A Comissão Executiva baixará as instruções necessárias ao bom desempenho das atividades específicas do Museu. Além de pormenores dos trabalhos do pessoal executivo discriminado neste Regimento, devem constar as atribuições dos empregados de menor categoria constantes dos quadros de serviço. Posteriormente essas instruções serão organizadas em uma coletànea denominada Manual de Serviços do Museu.
Art. 36 - É vedado qualquer publicação ou manifestação oficial em nome do Museu, sem a necessária autorização da Comissão Executiva.
Art. 37 - Os casos omissos deste Regimento serão resolvidos pela Comissão Executiva.
ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO EXÉRCITO
GENERAL JAYR JORDÃO RAMOS
CONDECORAÇÕES E
OUTROS GALARDÕES MILITARES
1. Comenda da Ordem do Mérito Militar (Grau de Comendador) - 1973
2. Medalha Militar (ouro)- 1958 3. Medalha Militar (prata)-1948 4. Medalha de Guerra-1949 5. Medalha do Pacificador (bronze) - 1955 6. Medalha de Mérito Cel. Assunção (P.M. do
Estado da Guanabara) - 1971 7. Medalha de Educação Física (F.P. do Estado
de São Paulo) - 1960. 8. Medalha da I Olimpíada do Exército (D.D.E.)
- 1949. 9. Medalha do II Seminário do Exército (D.E.E.)
- 1952. 10. Medalha Marechal Caetano de Faria (Min.
da Justiça e Negócios Interiores) - 1955.
DO ESTRANGEIRO
11. Comenda da Ordem de Vasa (Grau de Comendador) - 1955.
12. Medalha de Ling (ouro) - Suécia - 1949. 13. Medalha de Mérito Desportivo (prata) - Por
tugal - 1963 14. Medalha do Conselho Nacional da Cultura
Física (ouro) - Paraguai - 1946. 15. Medalha de Reconhecimento do Exército
(ouro) - Paraguai - 1946.
16. Distintivo de Instrutor de Educação Física (ouro) - Paraguai - 1954.
17. Cordão da Federação Internacional de Educação Física - 1966.
18. Medalha da Federação Internacional de Educação Física - 1963.
19. Medalha do Sesquicentenário da Escola Militar de West Po in t - 1952.
20. Placa "Servir" do Colégio Mi l i ta r - Portugal - 1966.
RECONHECIMENTO DE SERVIÇOS
27. Prémio "Colibri de Ouro" - Copersúcar e A .C .M. - 1972.
22. Medalha do I Congresso Luso-Brasileiro de E.F. - Por tugal - 1960.
23. Medalha de II Congresso Luso-Brasileiro -B ras i l - 1964.
24. Placa de prata e madeira do Curso de Férias - Santos- 1972.
25. Placa de prata da EsEFE - 1969. 26. Placa de prata da EsEFE-1970. 27. Placa de prata da EsEFE-1971 . 28. Placa de prata da FMB - 1972. 29. Placa especial: maiores de 1973 - F.D.E. -
Santos- 1974. 30. Medalha do Estágio Internacional da E.F. -
D.E.F. - 1958. 31. Medalha do IV Estágio Internacional de E.F.
- D.E.F. - 1960. 32. Placa da II Jornada Internacional de E.F. -
Belo Hor izonte- 1959. 33. Medalha do IV Centenário da Fundação de
Vitória - Câmara Municipal - 1951.
COMEMORATIVAS
34. Medalha Georges Hébert - Cinquentenário do Método Natural - França - 1952.
35. Medalha dos I Jogos Desportivos Panameri-canos - Argentina - 1940.
36. Medalha da Inauguração do Ginásio de Desportos de Brasí l ia- 1973.
37. Medalha do Fesjival Internacional de Ginást i c a - C . N . D . - 1973.
38. Medalha do 30º Aniversário - Confederação Brasileira de Hipismo - 1972.
39. Medalha da Federação Piauiense de Despo r to - 1972.
40. Medalha do Centro de E.F. - Dia do Professor do E.F. - V i tór ia - 1963.
41. Medalha dos V Jogos Luso-Brasileiro - Brasil - 1972.
42. Medalha do Torneio Internacional de Voleibol - 1973.
43. Placa da Semana da Ginástica - INEF -Portugal - 1966.
44. Medalha dos II Jogos Luso-Brasileiro - Brasil - 1963.
45. Insígnia do Campeonato de Pentatlo Militar - B r a s i l - 1953.
46. Medalha do Jubileu da Escola-Nacional de E.F. e Desporto- 1963.
47. Medalha do Torneio Internacional de Voleibol - Centenário de Santos Dumont - 1973.
48. Medalha dos Primeiros - Jogos Desportivos Pan-Americanos - Argentina - 1951.
49. Medalha do Curso de Aperfeiçoamento do D.E.F. do Estado de São Paulo - 1953.
50. Medalha do Jubileu de APEF - Estado da Guanabara - 1971.
PORTARIA Nº 388, DE 20 DE JUNHO DE 1989
Altera a Portaria nº 109 de 23 de março de 1984 e institui o 3º Prémio JAYR JORDÃO RAMOS de Monografias nas áreas de Educação Física, Desportos e Lazer.
O Ministro de Estado da Educação, no uso de suas atribuições, RESOLVE:
Art. 1º - Fica instituído o 3º PRÉMIO JAYR JORDÃO RAMOS DE MONOGRAFIAS NAS ÁREAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA, DESPORTOS E LAZER, que será conferido anualmente, pela Secretaria de Educação Física e Desportos, Conselho Nacional de Desporto e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais aos melhores trabalhos e/ou pesquisas inéditas nas áreas de Educação Física, do Desporto e Lazer, elaborados por estudantes dos cursos de graduação em Educação Física.
Art. 2º - Os trabalhos concorrentes serão analisados e selecionados por uma Comissão Julgadora, integrada por pessoas de reconhecida capacidade e notório saber na área de Educação Física.
Art. 3º - Serão conferidos Diploma e Prémio em dinheiro, aos autores classificados até o terceiro lugar.
§ Iº - Será conferido Diploma ao Docente que orientou o(s) trabalho(s) premiado(s);
§ 2º - Poderão ser conferidos Diploma de "Menção Honrosa" aos autores classificados até a quinta colocação.
Art. 4º - Ao Secretário de Educação Física e Desportos caberá:
I - Escolher e designar os membros da
Comissão Julgadora de que trata o Art. 2º;
II - fixar os valores dos Prémios em dinheiro de que trata o artigo 3º;
III - regulamentar a execução do Prémio; IV - baixar as demais instruções necessá
rias ao cumprimento da presente Portaria.
Art. 5º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
CARLOS SANT'ANNA
PORTARIA Nº 09, DE 27 DE JUNHO DE 1989
Regulamenta o 3º PRÉMIO JAYR JORDÃO RAMOS de Monografias nas áreas de Educação Física, Desportos e Lazer.
0 Secretário de EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições e acordo com o que dispõe o inciso III, do art. 4º, da Portaria Ministerial nº 388, de 20 de junho de 1989, RESOLVE:
1 - DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1º - O 3º Prémio Jayr Jordão Ramos de Monografias nas áreas de Educação Física, Desportos e Lazer, instituído pela Portaria Ministerial nº 388 de 1989, será conferido, no corrente ano, às obras ainda não publicadas, em língua vernácula nos termos deste Regulamento, visando a desenvolver o hábito de escrever, o interesse pela pesquisa e o pensamento reflexivo e criativo.
Parágrafo Único - O Prémio de que trata este artigo é uma promoção aberta à participação de aluno dos cursos de Graduação em Educação Física, de todo o Território Nacional,
cujos trabalhos deverão ser orientados obrigatoriamente por um docente.
II - DOS TRABALHOS CONCORRENTES
Art. 2º - Poderão ser utilizados trabalhos de campo, de laboratório e de revisão bibliográfica para as áreas didático-pedagógica, biológica, técnico-desportiva e outras de interesse da Educação Física, Desportos e Lazer.
Art. 3º - Os textos do trabalho original deverão preencher os seguintes requisitos:
a) datilografados em papel tamanho ofício, em apenas uma das faces, em espaço dois, com trinta linhas por página e com todas as páginas numeradas;
b) abordagem inovadora do assunto; c) finalidade educativa, com caráter didáti-
co; e) propriedade das ilustrações (fotografias,
desenhos, gráficos e tabelas), com utilização e inserção adequadas, apresentação e explanação corretas no texto e legenda correspondente, quando for o caso;
f) as citações, transcrições ou referências a outros autores indicarão, obrigatoriamente, em chamadas numeradas o nome do autor citado, o título da obra, a editora, a cidade e o ano da edição, bem como o número de página.
Parágrafo único - Recomenda-se para a re-dação dos trabalhos, seguir as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
I l l - D A S INSCRIÇÕES
Art. 4º - A inscrição dos trabalhos será feita mediante entrega ou remessa por Correio, à Secretaria de Educação Física e Desportos do Ministério da Educação, dos seguintes documentos:
I - solicitação formal de inscrição, assinada pelo(s) autor(es);
II - comprovante de matrícula do(s) autores), no ano de 1989, em curso de graduação em Educação Física;
III - comprovante de vinculação à Instituição do docente que orientou o(s) trabalho(s);
I V - três vias do trabalho original com indicação, em cada capa, do título da obra
e do pseudónimo do(s) autor(es); V - envelope lacrado, contendo a ficha de
identificação do(s) autor(es), com os seguintes dados:
a) título da obra; b) pseudónimo do(s) autor(es); c) nome completo do(s) autor(es); d) endereço completo e telefone do(s) au
tores); e) número, data de emissão e órgão expe
didor da Carteira de Identidade do(s) autores);
f) número do Cartão de Identificação do Contribuinte - CIC, do(s) autor(es);
g) data e assinatura do(s) autor(es).
Parágrafo único - Os documentos relacionados neste artigo serão encaminhados em um envelope cuja capa contenha, além do endereço constante do art. 5º, os seguintes dizeres:
"3º PRÉMIO JAYR JORDÃO RAMOS DE MONOGRAFIAS NAS ÁREAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA, DESPORTOS E LAZER".
"NÃO VIOLAR"
Art. 5º - Os trabalhos concorrentes serão encaminhados pelos respectivos autores, até o dia 19 de outubro de 1989, diretamente à Secretaria de Educação Física e Desportos, Via N-2 anexo I do MEC, 2º andar, Sala 237, CEP: 70.047, Brasília-DF.
Parágrafo único - Para efeito de validade das inscrições, solicitadas pelo correio serão consideradas as datas do registro postal das remessas.
Art. 6º - Não haverá limite quanto ao número de obras com que o(s) mesmo(s) autor(es) po-derá(ão) concorrer.
I V - D O JULGAMENTO
Art. 7º - Os trabahos concorrentes serão analisados e selecionados por uma Comissão Julgadora, integrada por profissionais de reconhecida capacidade e notório saber nas áreas da Educação Física, Desporto e Lazer.
Parágrafo único - As atividades da Comissão Julgadora serão orientadas e coordenadas por um Presidente, que será escolhido pela maioria simples de todos os seus membros.
Art. 8º - A Comissão Julgadora poderá estabelecer critérios e normas e complementares para o julgamento dos trabalhos que lhe forem submetidos, respeitadas as disposições deste regulamento.
Art. 9º - A Comissão Julgadora apontará as 05 (cinco) melhores obras classificando-as conforme as disposições dos arts. 12 e 13, não se admitindo a possibilidade de empate.
Art. 10 - A comissão Julgadora terá prazo até 31 de outubro de 1989 para submeter sua decisão à consideração do Secretário de Educação Física e Desportos do Ministério da Educação.
Art. 1 1 - 0 Secretário de Educação Física e Desportos do Ministério da Educação, após a identificação dos autores das obras classificadas, baixará Portaria homologando, em caráter irrecorrível o resultado final do Prémio.
V - DA CLASSIFICAÇÃO E PRÉMIOS
Art. 12 - Aos autores de trabalhos classificados até o terceiro lugar serão conferidos Diploma e Prémio em dinheiro.
Parágrafo único - Os prémios em dinheiro a que se refere este artigo terão os seguintes valores.
I - 1 º lugar: NCz$ 3.000,00 (três mil cruzados novos);
II - 2º lugar: NCz$ 2.000,00 (dois mil cruzados novos);
I I I - 3 º lugar: NCz$ 1.000,00 (hum mil cruzados novos).
Art. 13 - Aos classificados do quarto ao sexto lugares serão conferidos Diploma de "Menção Honrosa".
VI - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 14 - A Secretaria de Educação Física e Desportos não restituirá qualquer dos trabalhos encaminhados, podendo incorporá-los ao seu acervo ou distribuí-los a quem de direito, após a realização do evento.
Art. 15 - Ao solicitarem a inscrição no Prémio, os autores cedem à Secretaria de Educação Física e Desportos do Ministério da Educação, automaticamente, pelo período de dois anos, os
direitos autorais para publicação dos trabalhos, no todo, em partes, ou em resumo, através do seu programa editorial.
Art. 1 6 - 0 pedido de inscrição significará a aceitação por parte do concorrente, de todas as exigências regulamentares e o não cumprimento de qualquer disposição implicará na sua automática desclassificação.
Art. 17 - Fica o Coordenador de Educação Física no Ensino Superior, da Subsecretaria de Educação Física, incumbido de Coordenar e Supervisionar a realização do certame em todas as suas fases.
Art. 18 - Os casos omissos serão resolvidos pela Secretaria de Educação Física e Desportos do Ministério da Educação.
Art. 19 - Esta Portaria entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
MANOEL JOSÉ GOMES TUBINO Responsável pela SEED
PORTARIA Nº 12, DE 10 DE OUTUBRO DE 1989
O Secretário de Educação Física e Desportos do Ministério da Educação, no uso de suas atribuições e de acordo com o que dispõe o artigo 4º, inciso I, da Portaria Ministerial nº 388, de 20 de junho de 1989, resolve:
Art. 1º - Designar como membros da Comissão Julgadora do 39 Prémio Jayr Jordão Ramos de Monografias nas Áreas de Educação Física, Desportos e Lazer:
I - Professor Luiz Washington Cancella, da Universidade Gama Filho;
II - Professor Mário Ribeiro Cantarino Filho, da Universidade de Brasília;
III - Professora Keila Elizabeth Fontana, da Universidade de Brasília.
Art. 2º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
MANOEL JOSÉ GOMES TUBINO Responsável
PORTARIA Nº 13, DE 07 DE NOVEMBRO DE 1989
Homologa o resultado final do 3º Prémio Jayr Jordão Ramos de Monografias nas áreas de Educação Física, Desportos e Lazer.
O Secretário de Educação Física e Desportos do Ministério da Educação, no uso de suas atribuições, de acordo com o que dispõe o item IV do artigo 4º da Portaria Ministerial nº 388, de 20 de junho de 1989, o artigo 11 da Portaria nº 09 da Secretaria de Educação Física e Desportos, de 27 de junho de 1989, e considerando:
a) que neste ano o 3º Prémio Jayr Jordão Ramos integra os festejos comemorativos do Centenário da Proclamação da República Federativa do Brasil;
b) o resultado final do julgamento do 3º Prémio Jayr Jordão Ramos, constante da ata da reunião da Comissão Julgadora, especificamente realizada para esse fim;
c) a identificação dos autores das obras classificadas, de acordo com o que prescreve o artigo 11, da Portaria nº 09 da Secretaria de Educação Física e Desportos, de 27 de junho de 1989.
Resolve:
Art. 1º - Fica homologada a decisão da Comissão Julgadora do 3º Prémio Jayr Jordão Ramos de Monografias nas áreas de Educação Física, Desportos e Lazer de 1989, cujo resultado final é o seguinte:
1º Lugar: "O Perfil dos Escolares de 07 a 14 anos através de medidas antropométri-cas"
Autor: Paulo Roberto dos Santos Soares et alii, da Universidade Federal de Pelotas
Orientador: Prof. Volmar Geraldo da Silva Nunes
2º Lugar: "Educação Física na 3ª Idade" Autor: Paulo Roberto dos Santos Amorim, da
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Orientador: Prof. Estélio H. M. Dantas
Art. 2º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
MANOEL JOSÉ GOMES TUBINO Responsável pela SEED/MEC
3º PRÉMIO JAYR JORDÃO RAMOS "PERFIL DE ESCOLAS DE 7 A 14 ANOS
ATRAVÉS DE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS" 1o. LUGAR
Autores: Paulo Roberto dos Santos Soares Cláudia Pinho Hartleben Fernando Osório Cláudio Rodrigues Cordeiro Luciana Marasciulo Dias Daniela Liopart Castro João António Siqueira Santos Maria Inocência Souza Rodrigues Sibeli Madruga Fossati Viviane Almeida de F. Santos
Pseudónimo: Kayporas
Orientador: Prof. Volmar Geraldo da Silva Nunes
Instituição: Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas
1989
RESUMO
O estudo teve como objetivo obter valores médios de estatura e peso corporal, de escolares de 7 a 14 anos, de ambos os sexos, dos estabelecimentos de ensino municipal da cidade de Pe-lotas-RS. Foram avaliados 640 escolares, sendo 320 de cada sexo, determinados através de procedimentos aleatórios simples. Os instrumentos
utilizados para medir as variáveis foram: um es-tadiômetro de madeira e uma balança de alavanca com precisão de 100 gramas. Para confecção das curvas de crescimento e desenvolvimento, foram empregados os percentis 10, 25, 50, 75 e 90. Os dados obtidos poderão ser utilizados como padrão referencial para escolares da mesma faixa etária na zona sul do estado do Rio Grande do Sul.
Sumário
1 - Introdução 127
2 - Medidas Antropométricas 129 2.1 - Introdução 129 2.2 - Estatura 129 2.3 - Peso 133 2.4 - Tendência secular em crescimento e maturação 134
3 - Metodologia 135 3.1 - Caracterização da pesquisa 136 3.2 - População e amostra 136
3.2.1 - Descrição da população 136 3.2.2 - Descrição da amostra 136 3.2.3 - Justificativa da amostra 136
3.3 - Instrumentos de medidas 136 3.3.1 - Descrição dos instrumentos 136
3.3.1.1 - Ficha de dados individuais 136 3.3.1.2 - Fita métrica de PVC 137 3.3.1.3 - Balança 137 3.3.1.4 - Estadiômetro 137
3.3.2 - Testagem dos instrumentos 137 3.4 - Plano de coleta de dados 137
3.4.1 - Antes da coleta dos dados 137 3.4.1.1 - Aplicação piloto 137
3.4.2 - Durante a coleta de dados 137 3.4.2.1 - Ficha de dados individuais 137 3.4.2.2 - Determinação do peso 137 3.4.2.3 - Determinação da estatura 138
3.5 - Tratamento estatístico dos dados 138
4 - Resultados e discussão 138
5 - Considerações Finais 142
Referências bibliográficas 143
Anexo I 145
INTRODUÇÃO
Atualmente, a maioria dos professores de Educação Física começam a preocupar-se em como crescem e se desenvolvem seus alunos para poder realizar um trabalho que possa realmente ajudá-los a desenvolverem-se dentro de padrões normais. Para STOUT et alii (s.d., apud JAHNKE, 1981), os dados antropométricos, assim como outros, são valiosos, pois eles:
- refletem as alterações corporais da população de uma determinada região, permitindo comparações intergrupos;
- proporcionam uma estimativa grosseira do estado de saúde de um indivíduo ou de grupos de indivíduos, relativos aos crescimento, desenvolvimento, nutrição, etc; e
- envolvem inúmeros processos fisiológicos, como alterações de peso, estatura, superfície corporal, entre outros.
A interação entre os processos de crescimento e desenvolvimento implica em aspectos de grande relevância, pois do ponto de vista prático, admite-se que uma criança que está crescendo dentro de padrões considerados normais, possivelmente está se desenvolvendo normalmente.
A apreciação do crescimento e desenvolvimento pode ser realizada pela comparação das
medidas obtidas da criança com os índices for-necidos por tabelas e gráficos estabelecidos para os diversos nichos ecológicos, isto é, onde nascem, crescem e se desenvolvem as crianças. Assim, o professor poderia reconhecer as alterações do ritmo de crescimento de seus alunos, as eventuais interrupções e a velocidade do ritmo normal e etc, para melhor adequar o seu trabalho.
Não se deve esquecer que ao trabalhar com seres humanos, nunca se pode precisar com exa-tidão uma resposta constante. Não existe um valor normal, mas uma faixa de valores normais. Empregando-se as técnicas estatísticas obtém-se a normalidade estatística, isto é, o que mais frequente, o habitual.
Desta forma, o problema que estimulou a realização deste estudo é assim configurado:
"Qual é a média de estatura e peso corporal de escolares de ambos os sexos, de 7 a 14 anos, da rede de ensino municipal da cidade de Pelotas-RS?"
O objetivo do estudo foi possibilitar aos professores de Educação Física a obterem uma avaliação real do peso corporal e estatura dos escolares da cidade de Pelotas de 7 a 14 anos, através dos parâmetros a serem criados.
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
INTRODUÇÃO
Neste capítulo serão apresentadas as principais medidas antropométricas, estatura e peso, assim como a sua importância para o crescimento e desenvolvimento da criança, os quais tem sido objeto de várias análises, mas ainda se está longe de possuir os elementos necessários para definir, com razoável segurança, como crescem e se desenvolvem as crianças e adolescentes da região.
O crescimento normal de uma criança é a melhor expressão de sua saúde. Seus desvios podem indicar, ou pelo menos alertar, para existência de possíveis enfermidades. O estudo do crescimento e desenvolvimento da criança deve levar em conta dois fatores fundamentais:
- o aumento do tamanho da criança, medido através do peso estatura; e
- a maturação biológica, medida através de diversos parâmetros de avaliação, como por exemplo, a maturação esquelética que é calculada por meio de radiografias dos centros de ossificação, em confronto com padrões normais.
Além de procurar auxiliar na pesquisa como cresce e se desenvolve os diferentes "homens brasileiros", o profissional de Educação Física deve utilizar os dados obtidos, através da men-suração do peso e estatura, para melhor dosar o seu programa educativo. Para tanto é necessário não só mensurar, mas sim, avaliar os escolares em termos individuais e coletivos.
ESTATURA
Para GOMES DE SÁ (1975, p.111):
"Estatura é definida como a distância em
linha reta entre o vértex e o piso sobre o qual se apoiam os pés, estando o indivíduo em posição ereta".
A estatura no decurso geral da vida, passa por 3 fases de evolução, segundo HEGG & LUONGO(1971, p.25):
"- fase de evolução progressiva, que vai do nascimento até 21 ou 25 anos aproximadamente;
- fase de estabilização, que ocorre durante a vida adulta e que vai até os 50 anos aproximadamente;
- fase de ligeira regressão, com diminuição de cerca de 3%, a partir dos 50 anos, motivada pela involução senil dos discos intervertebrais, com consequente acentuação das curvaturas da coluna vertebral".
TANNER (1980, apud MARCONDES, 1982), afirma que do ponto de vista social a estatura dos indivíduos de uma comunidade é um indicador do estado de saúde de toda a população.
BEE (1977, p.78), salienta que:
"É difícil acreditar que o bebé recém-nasci-do já tem cerca de um terço de sua estatura final e que pelos 2 anos de idade ele tem cerca de metade da estatura que terá quando completar seu crescimento".
De acordo com HEGG & LUONGO (1971), o recém-nascido apresenta em média um comprimento de 50 cm para o menino e 49 cm para a menina. Aos 2 anos, a criança alcança o comprimento de 85 cm, praticamente a metade da estatura que terá na idade adulta.
BAYLEY (s.d., apud PILLA, 1977), diz que se pode determinar a estatura projetada de uma pessoa, verificando a sua estatura aos 2 anos de idade, e empregando a seguinte percentagem numa regra de três:
- Sexo Feminino - para o sexo feminino a estatura aos dois anos de idade é igual a 52% da estatura que a criança teria quando adulta. Ar-ma-se a regra de três da seguinte forma:
1. Supondo que a criança tivesse 81 cm aos dois anos:
2. Cálculo:
onde:
EP = estatura projetada, expressa em cm.
3. Estatura projetada desta criança será igual a 167 cm.
- Sexo Masculino - empregando o mesmo raciocínio, obtém-se a estatura projetada para o sexo masculino, sabendo-se que sua estatura aos dois anos é de 48,5% que terá quando adulto.
Pode-se notar que há um crescimento bastante rápido durante os primeiros dois ou três anos, após o que, há um longo período, mais ou menos dos 3 aos 11 anos, em que o crescimento é estável e regular, seguido pelo assim chamado estirão de crescimento do adolescente, com uma taxa de crescimento de cerca de 8 a 10 centímetros por ano (BEE, 1977).
Na fase do estirão de crescimento, há um acentuado aumento na estatura dos meninos e meninas, o qual acompanha uma série de transformações anátomo-fisiológicas, quer dizer, na forma do corpo (morfologia) e no funcionamento dos órgãos (fisiologia).
Entre as transformações mais perceptíveis, nos meninos, são:
- crescimento dos órgãos sexuais; - alargamento da parte superior do tronco e
dos joelhos; - alongamento dos ossos dos membros,
mãos e pés; - aparecimento de pêlos na região púbica
(em torno dos órgãos sexuais), nas axilas e mais tarde sobre as mãos e dedos. No final da adolescência, aparecem pêlos no peito e rosto;
- mudança no timbre da voz para mais grave;
- aumento da pressão sanguínea, aceleração do pulso e da respiração até atingir a estabilidade normal;
- aumento na secreção das glândulas sudoríparas e sebáceas;
- possível surgimento da acne; e - aumento do apetite e duplicação da força
muscular.
Nas meninas observa-se:
- crescimento das glândulas mamárias (seios);
- surgimento de pêlos nas axilas e em torno dos órgãos sexuais (região púbica);
- alongamento dos ossos dos membros, dos pés e mãos e alargamento dos joelhos;
- aumento de gordura nas nádegas; e - dilatação da bacia, que é a cavidade ós
sea resultante da união dos ossos ilíaco-com o sacro e o cóccix.
Dentro de cada sexo existem também variações no início do surto de crescimento que coincidem com a puberdade, onde acontece transformações (já descritas) do corpo de criança no de um adulto e termina quando estas se completam. O indivíduo é considerado "criança", até que seja sexualmente maduro; daí, é chamado "adolescente". Na figura 1 mostra-se como a puberdade se superpõe tanto à infância quanto à adolescência.
Algumas meninas e rapazes de maturação precoce experienciam um pico de velocidade em seu surto de crescimento muito antes da média de 12-14 anos, e alguns rapazes e meninas amadurecem muito mais tarde. As curvas de crescimento precoce e tardio são apresentadas nas figuras 2 e 3.
As pessoas de amadurecimento precoce tendem a apresentar um surto de crescimento
Figura 1 - A puberdade se superpõe ao final da infância e ao início da adolescência. Fonte: HURLOCK (1979, p. 30)
Figura 2 - Curvas de crescimento de estatura, por idade, para rapazes com taxas médias, aceleradas e retardadas de maturação. Fonte: BAYLEY (1956, apud MCKINNEY et alii, 1983, p. 42)
Figura 3 - Curvas de crescimento de estatura, por idade, para meninas com taxas médias, acé eradas e retardadas de maturação. Fonte: BAYLEY (1956. apud MCKINNEYetalii, 1983, p. 43)
Figura 4 - Incrementos anuais médios de crescimento em estatura de rapazes e meninas de maturação precoce e tardia (as categorias •'precoce" e "tardia" determinadas pela idade de crescimento máximo). Fonte: HORROCKS (1939, apud MCKINNEY, 1983. p. 44)
adolescente mais intenso do que as pessoas de amadurecimento tardio (Figura 4). TANNER (1968, p.94) acrescenta que:
"nos indivíduos de amadurecimento precoce, todo o processo se desenrola mais rapidamente e também de um modo mais intenso, pelo que um resultado total maior é obtido apesar da menor quantidade de tempo requerida pelo processo".
Entretanto, um interessante corolário dessa persistência do crescimento é que, para ambos os sexos, as diferenças entre indivíduos de amadurecimento precoce e de amadurecimento tardio são mais evidentes no peso adulto do que na estatura adulta, de modo que, ao chegarem à idade adulta, os indivíduos de amadurecimento precoce tendem a registrar mais peso para a estatura do que os de amadurecimento tardio.
Para que se possa verificar o crescimento normal de um indivíduo, vários estudos tem sido desenvolvidos para determinar a estatura adulta, isto é, poderia-se prever a estatura final de um indivíduo após o nascimento ou aos 2 anos.
MARCONDES (1970, p.11 e 12), coloca que:
"As relações entre a estatura de uma criança e a estatura de seus pais estão plenamente estudadas e estatisticamente comprovadas. Pesquisas evidenciam uma relação pouco precisa entre a estatura da criança e a estatura do pai ou da mãe; entretanto, relacionando-se a estatura da criança com a média aritmética das estaturas de pai e mãe, obteve-se correlação de grande significado. Os dados sugerem que a contribuição do pai e da mãe para a estatura do filho é mais ou menos igual".
As relações entre filha e pais são melhores do que as relações entre filho e pais, o que confirma, mais uma vez, que o crescimento de meninas é melhor canalizado, isto é, menos susceptível das influências ambientais do que o crescimento de meninos.
WEECH (1954, apud PILLA, 1967, p.116), usando:
"A correlação entre a estatura dos pais e dos filhos desenvolveu uma fórmula matemática que foi aplicada por HUGHES, em
Michigan, num estudo em 62 crianças acompanhadas até a idade adulta. Os resultados finais variaram apenas em mais ou menos 2,8 cm do previsto".
EA = (0.545 x EC2) + (0,544 x EMP) + 26.628 - Feminino
EA = (0.545 x EC2) + (0.544 x EMP) + 37,694 - Masculino
onde: EA = Estatura adulto, expressa em cm EC2 = Estatura da criança aos 2 anos de idade EMP = Estatura média dos pais
PESO
O peso de um indivíduo é constituído por 3 partes, como descrevem HEGG & LUONGO (1971, p.38), onde:
"- uma parte é relativamente fixa e inevitável, representada pelo esqueleto, vísceras, sistema nervoso e pele, equivalente a 33% do peso;
- uma segunda, necessária e útil, constituída pelos músculos e modificável conforme o estado de saúde, condições de vida e atividades físicas, equivalente a 50% do peso; e
- uma terceira, variável desnecessária ou inútil, representada pelo tecido celular subcutâneo, tecido gorduroso e água, equivalente a 17% do peso".
MATHEWS (1980, p. 261), diz que:
"O peso total do corpo menos o peso de gordura corporal é denominado massa magra. A massa magra é relativamente constante no homem enquanto que a gordura pode apresentar considerável variação".
Considera-se o peso corporal constituído pelas massas magra e gorda, sendo a primeira formada por todos os tecidos e órgãos corporais, com exceção do tecido gorduroso, que forma a massa gorda.
WILMORE & BELINKE (1969, apud MATHEWS, 1980), através das medidas de circunferência abdominal e peso do corpo, chegaram
Segunda PILLA (1967, p.113), na previsão do peso:
Encontram-se dificuldades peio fato do peso ser uma medida intimamente ligada as condições ambientais, muito sensível e de ampla variabilidade Não guarda ligações maiores com a herança, mas sim com a nutrição e os fatores sócio-econõmicos
TENDÊNCIA SECULAR EM CRESCIMENTO E MATURAÇÃO
Para MCKINNEY e colaboradores (1983, p.43 e 44), um aspecto fascinante do surto de crescimento é que:
"com os anos o processo de crescimento total parece estar ocorrendo cada vez mais cedo; ou seja, as crianças tendem hoje a crescer mais rapidamente e a atingir mais cedo a estatura adulta do que crianças que há 100 ou 50 anos atrás".
As pessoas estão crescendo mais depressa, ficam maiores e atingem a estatura adulta mais cedo. Esta tendência em direção a um maior tamanho e a maturação mais cedo é conhecida como tendência secular, já que vem sendo observada de um século para outro.
Nas sociedades tecnologicamente desenvolvidas, ao redor do mundo, a idade média de menarca vem declinando três ou quatro meses por década durante o último século; as meninas da Grã-Bretanha, Estados Unidos, Noruega, Alemanha, Finlândia, Suécia e Dinamarca tem menstruado de 2 e meio a 3 anos e meio mais cedo do que há um século (TANNER, 1968).
Figura 5 - Tendência secular na idade de menarca, 1830-1960.
Fonte: TANNER (1962, apud MCKINNEY et ahi, 1983. p.46)
até uma fórmula onde se pode obter o peso magro de um indivíduo.
Onde: PM = Peso magro, expresso em kg P = Peso do corpo, expresso em kg CA = Circunferência abdominal, expressa
em cm
De posse do valor do peso magro pode-se chegar ao cálculo em percentagem de gordura total que o corpo possui:
BESSE (s.d., apud FISCHER, s.d.) propôs uma fórmula para calcular o peso ideal do corpo feminino através da estatura e perímetro da panturrilha.
onde: E = Estatura Tm = Perímetro da panturrilha
Para crianças de 2 a 12 anos, pode-se utilizar com precisão a fórmula de PERNETTA (s.d., apud PILLA, 1967) para saber o peso ideal.
P = (I X 2) + 9
Onde: P = Peso do corpo I = Idade em anos
Os meninos, igualmente, parecem estar alcançando mais cedo a maturidade sexual. Os registros do século XVIII mantidos por Johann Se-bastian Bach esclarecem que os meninos, em seu coro, em geral podiam cantar como soprano até os 18 anos de idade; em 1959, as vozes dos escolares de Londres estavam mudando aos 13 anos (SULLIVAN, 1971).
A explicação mais óbvia parece ser a influência de um melhor padrão de vida. As crian
ças mais sadias, com melhor nutrição e assistência amadurecem mais cedo e se tornam maiores. Durante as fomes e crises económicas, a tendência secular se inverte (TANNER, 1968). O fato também é explicado como uma função do vigor híbrido, ou o "efeíto-bicicleta": quando os melhores meios de transporte juntaram os homens e mulheres de áreas geográficas diferentes, os genes dominantes, como os da estatura, conseguiram alcançar mais pessoas.
METODOLOGIA
CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
Com o objetivo de descrever dados antro-pométricos (peso corporal e estatura) de escolares de 7 a 14 anos, de ambos os sexos, foi realizada uma pesquisa descritiva.
POPULAÇÃO E AMOSTRA
Descrição da População
Com informações da rede de ensino municipal da cidade de Pelotas (RS), constatou-se que em 1988, nos cento e quarenta e sete estabelecimentos de 1º e 2º graus, estavam matriculados 13175 alunos, na faixa etária de 7 a 14 anos, distribuídos por sexo e idade.
Descrição da Amostra
Levando em conta que apenas os autores realizaram a coleta de dados, decidiu-se trabalhar com 50% dos estabelecimentos de ensino que tinham os dois graus completos (1º e 2º grau).
A etapa seguinte constituiu-se em selecio-nar, dentre os alunos que estivessem matriculados naqueles oito estabelecimentos escolhidos, uma amostra de 640 escolares distribuídos na forma indicada na tabela I.
Solicitou-se para as oito escolas escolhidas, listas contendo a identificação dos alunos, por sexo e idade. À partir destas listas, nas escolas foram sorteados os alunos.
Justificativa da Amostra
A escolha desta amostra deveu-se aos seguintes aspectos:
A. - a utilização de 40 sujeitos em cada faixa etária e sexo prendeu-se ao fato de que para uma amostra ser considerada grande deverá possuir 30 elementos ou mais (CALDEIRA, in MATSUDO, 1982); e
B. - a escolha da faixa etária entre sete e quatorze anos deveu-se ao fato de que o professor de Educação Física ministra aulas em escolas de 1º e 2º graus, à partir da 1ª à 8ª série, o que vem a corresponder a faixa etária escolhida.
Instrumento de medidas
Para a mensuração das variáveis desta pesquisa foi desenvolvido um instrumento, chamado ficha de dados individuais, além de outros dois instrumentos já existentes.
Descrição dos Instrumentos
Ficha de dados individuais - para anotação dos dados utilizou-se uma ficha individual que consistia no seguinte: nome do sujeito, escola, sexo, idade, estatura, peso (anexo I).
TABELA I
Esquema da amostra distribuída por sexo e por idade dos alunos
Sexo Idade
7 8 9
10 11 12 13 14
Masculino
40 40 40 40 40 40 40 40
Feminino
40 40 40 40 40 40 40 40
Fita métrica de PVC - Foi utilizada uma fita métrica de PVC com 150 centímetros
Balança - O instrumental usado para determinação do peso corporal foi uma balança de alavanca, marca FILIZOLA, com precisão de 0,1 kh.
Estadiômetro - Para medir a estatura utili-zou-se um estadiômetro de madeira com altura máxima para medir 200 centímetros.
O estadiômetro é constituído de uma parte fixa a parede, onde desliza um cursor no qual mede-se a estatura do indivíduo na posição de pé. A outra parte é a plataforma do aparelho a qual encontra-se nivelada com o zero da escala.
Testagem dos Instrumentos
A ficha de dados individuais foi testada quando a sua objetividade por três especialistas em Educação Física e, a balança e o estadiômetro foram calibrados a cada 10 sujeitos exata-mente, durante a coleta dos dados.
PLANO DE COLETA DE DADOS
Antes da coleta dos dados
Esta fase do estudo obedeceu as seguintes etapas:
- contatos com a Secretaria Municipal de Educação para solicitar autorização para coletar os dados;
- escolha das escolas que fizeram parte da amostra;
- entendimento com as direções das escolas escolhidas;
- sorteio dos escolares que compuseram a amostra; e
- confecção das fichas de dados individuais.
Aplicação Piloto - Constando do treinamento dos pesquisadores e do desenvolvimento da metodologia, foi planejado e realizado o nome antropométrico em 60 sujeitos, sendo 30 de cada sexo.
Os exames foram desenvolvidos em três escolas, que não foram sorteadas e objetivaram basicamente:
- desenvolvimento da habilidade dos pesquisadores na utilização da metodologia;
- possibilitar o manuseio dos instrumentos de medidas; e
- alertar sobre as peculiaridades da utilização dessa metodologia.
A partir do desenvolvimento dos exames constatou-se que:
- dever-se-ia explicar o objetivo do estudo aos avaliados em conjunto e realizar o exame com apenas um sujeito na sala, pois existe um constrangimento por parte do avaliado em relação aos colegas; e
- para a dinâmica do experimento dever-se-ia adotar o exame em dias de aulas de Educação Física, pois os alunos já estariam uniformizados de acordo com a metodologia aplicada. Um fato importante foi levado em consideração, a realização do exame antes da aula de Educação Física, senão haveria prejuízos à aula.
Durante a coleta dos dados
A coleta de dados constou do seguinte:
Ficha de dados individuais - Preenchimento da ficha de dados individuais, antes da chegada na escola, pelos pesquisadores.
Determinação do peso - A determinação do peso obedeceu aos seguintes itens (MARCONDES et alii, 1982):
- verificou-se, cuidadosamente, a cada pesagem o nivelamento da balança;
- pesou-se o indivíduo com um mínimo de vestimenta, uma peça para o sexo masculino e duas peças para o sexo feminino, não se descontando o peso destas peças;
- anotou-se o peso com a variação mínima de 0,1 kq.
Figura 6. Posição na balança
Determinação da estatura - A determinação da estatura obedeceu aos seguintes itens (MARCONDES et alii, 1982):
- mediu-se o indivíduo com a mesma vestimenta usada por ocasião da pesagem; e
- colocou-se o indivíduo na posição ereta, Com os membros superiores pendentes, ao longo do corpo, os calcanhares, os glúteos, o dorso e a cabeça, encostados no plano vertical da escala.
Figura 7. Posição no estadiômetro.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO DOS DADOS
Os pesquisadores estando interessados em construir curvas de crescimento e desenvolvimento, utilizaram o percentual na construção das mesmas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos junto aos sujeitos que compuseram a amostra foram analisados com referência a média aritmética e o desvio padrão, conforme a tabela II.
Analisando os dados obtidos no presente trabalho, pode-se inferir que:
- na variável peso corporal, para ambos os sexos, existe um aumento progressivo desde os 7 até 14 anos. Quando estabelece uma comparação entre sexos, tem-se que nas faixas etárias de 7, 9, 10, 11 e 12 anos os escolares do sexo feminino são mais pesados do que os do sexo masculino, ocorrendo o inverso nas faixas etárias de 8, 13 e 14 anos;
- na variável estatura, verifica-se também o aumento progressivo, de ambos os sexos, desde os 7 a 14 anos. No confronto das médias entre os sexos, tem-se que nas faixas etárias de 10, 11 e 12 anos os
escolares do sexo feminino são maiores do que os do sexo masculino, ocorrendo o inverso nas faixas etárias de 8, 9, 13 e 14 anos. Na faixa etária de 7 anos, a estatura é a mesma para ambos os sexos.
Os resultados do peso corporal, desta pesquisa, nas idades de 9 e 10 anos concordam com os de MANNING (s.d.), que diz serem as meninas mais pesadas que os meninos; entretanto, não concordam com os de BEE & MITCHEL (1984), salientam que os meninos são mais pesados do que as meninas nas idades de 11 e 12 anos.
Em relação à estatura, na idade de 7 anos, em que os resultados obtidos por ambos os sexos foram semelhantes, o fato é explicado por PAPALIA (1981), segundo o qual as crianças de pouca idade apresentam pouca diferença em peso e estatura. Na idade de 9 anos os meninos são mais altos que as meninas, mas nas idade de 11 e 12 anos perdem em estatura, o que, segundo BEE & MITCHEL (1984) é normal, já que em torno dos 11 anos ocorre nas meninas o "estirão da adolescência", ganhando estatura.
É interessante frisar, diante da discordância entre os autores no que se refere a peso corporal
TABELA II
Médias e desvios padrões das variáveis peso corporal e estatura dos escolares de ambos os sexos, de 7 a 14 anos.
e estatura, que os níveis de hormônios, a raça, a classe socioeconómica e as condições de saúde podem influenciar o ritmo de crescimento e desenvolvimento.
Com base nos resultados encontrados na tabela II, tem-se as curvas de crescimento e desenvolvimento dos escolares de 7 a 14 anos, as quais servem para avaliação dos escolares dos estabelecimentos de ensino do município de Pe-lotas-RS.
Estas curvas são expressas em percentis. Os percentis são, pois, pontos estimativos de uma distribuição de frequência que determinam uma da porcentagem de indivíduos que se localizam abaixo ou acima deles.
Para avaliação da curva de crescimento e desenvolvimento dos escolares Pelotenses, fez-se necessário a criação de normas para a caracterização do crescimento físico e para o diagnóstico e classificação dos distúrbios do crescimento e do estado nutricional. Estas normas são as seguintes:
1. Estatura
Estatura normal = estatura localizada entre os percentis 10 e 90.
Estatura anormal a. Por deficiência (baixa estatura) = estatura
inferior ao percentil 10. b. Por excesso (alta estatura) = estatura su
perior ao percentil 90.
Situações de Vigilância
Para baixa estatura = estatura localizada entre os percentis 10 a 25.
Para alta estatura = estatura localizada entre os percentis 75 a 90.
2. Peso Corporal
= Peso localizado entre os percentis 10 a 90.
Peso anormal
a. Por deficiência (baixo peso) = peso inferior ao percentil 10
b. Por excesso (alto Peso) = peso superior ao percentil 90.
Situação de vigilância
Para baixo peso = peso localizado entre os percentis 10 a 25.
Para alto peso = peso localizado entre os percentis 75 a 90.
É importante, salientar à presença de critérios para reconhecimento de tipos morfológicos, com base na relação entre os percentis da estatura e do peso corporal. Tais relações podem ser harmónicas ou desarmônicas, oferecendo várias alternativas biotipológicas, de importância clínica, e que podem ser erroneamente confudidas com estados carenciais, sobretudo se o percentil do peso é baixo. Normossomia é a situação média, em que peso e estatura condicionam uma compleição considerada harmónica do corpo (percentil do peso e da estatura situados entre os percentis 10 e 90; não ocorrendo uma diferença entre ambos superior a 30 percentis). Na hipossomia, peso e estatura estão abaixo do normal, contudo ainda harmónicos: são crianças normais porém "edições em miniatura" do nor-mossômico (percentil do peso e da estatura inferior ao percentil 10). Hipersomia é a condição na qual há desenvolvimento excessivo de peso e estatura, harmónicos (percentil do peso e estatura superior ao percentil 90). Longilíneo é o tipo constitucional com desarmonia entre peso e estatura: há redução dos diâmetros transversos, estrutura óssea grácil, coração em gota, pulso filiforme, vagotonia, hipotonia muscular e temperamento esquizóide (percentil de peso inferior ao percentil da estatura com diferença até 60 percentis). Inversamente, no tipo brevilíneo, a criança tem estatura média ou inferior e aumento dos diâmetros transversos, apresentando distonias neurovegetativas, com tendências à bradicardia, dermografismo, secreções abundantes e temperamento ciclóide (percentil do peso superior ao percentil da estatura com diferença até 60 percentis).
Nas figuras 8, 9, 10 e 11, tem-se as curvas de crescimento e desenvolvimento dos escolares pertencentes aos estabelecimentos de ensino municipal da cidade de Pelotas-RS.
Figura 8 - Peso corporal de escolares masculinos de 7 a 14 anos, de estabelecimentos de ensino municipal de Pelotas. Percentis 10, 25, 50, 75 e 90.
Figura 9 - Estatura de escolares masculinos de 7 a 14 anos, estabelecimentos de ensino municipal de Pelotas. Percentis 10, 25, 50, 75 e 90.
Figura 10 - Peso corporal de escolares femininos de 7 a 14 anos, estabelecimentos de ensino municipal de Pelotas. Percentis 10, 25, 50, 75 e 90.
Figura 11 - Estatura de escolares femininos de 7 a 14 anos. de estabelecimentos de ensino municipal de Pelotas. Percentis 10, 25, 75 e 90.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apreciando-se o objetivo viabilizado para este estudo, pela análise dos resultados, consi-dera-se:
- que o peso corporal dos escolares femininos nas faixas etárias de 7, 9, 10, 11 e 12 anos são superiores aos dos masculinos: ocorrendo o inverso nas faixas etárias de 8. 13 e 14 anos;
- que a estatura dos escolares femininos de 10. 11 e 12 anos são superiores as dos masculinos, ocorrendo o inverso nas faixas etárias de 8, 9, 13 e 14 anos.
Esses dados estão de acordo com DORIN (1978), PFROMM NETTO (1979), HUKLOCK (1979) e MCKINNEY e colaboradores (1983), que dizem que a puberdade inicia antes nas meninas do que nos meninos, e que na menina a puberdade poderia começar aos 11 anos enquanto que no menino aos 12 ou 13 anos. Com início da puberdade começa a fase do estirão de crescimento onde o indivíduo aumenta de 8 a 10 centímetros por ano. Se a puberdade começa primeiro nos sujeitos do sexo feminino, isso vem comprovar o porquê dos mesmos serem mais altos nas idades de 11 e 12 anos que os do sexo masculino.
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3º PRÉMIO JAYR JORDÃO RAMOS "EDUCAÇÃO FÍSICA NA TERCEIRA IDADE"
2º LUGAR
Autor: Paulo Roberto dos Santos Amorim
Pseudónimo: Betto
Orientador: Prof. Estélio Henrique Martin Dantas
Instituição: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
1989
INTRODUÇÃO
Uma série de fatores sociais, psicológicos e fisiológicos colocam o idoso numa situação onde se torna vítima dos mais diversos tipos de preconceitos e o faz crer que não tem como reagir a tal situação. Como orientar o idoso e a sociedade que; quem está sendo discriminado em pouco tempo constituirá a maior parte da população mundial, segundo estatísticas de diversos países? Como tornar as pessoas cônscias da necessidade de uma atividade física orientada para que o "amanhã" seja mais saudável?
O presente trabalho tem como pretensão lançar uma nova luz sobre o assunto e colaborar com os estudos ainda tão carentes sobre "A EDUCAÇÃO FÍSICA NA TERCEIRA IDADE".
ASPECTOS SÓCIO-PSICOLÓGICOS
Vivemos numa sociedade onde cada vez mais o indivíduo é valorizado pelo que produz e não pelo que é ou representa. A vida atribulada das grandes cidades acaba por nos fazer esquecer quem somos, o que buscamos e nos conduz a um egocentrismo materialista.
Vendo a Educação Física como meio de integração social, procuramos usá-la em toda a sua plenitude para a formação da consciência de uma nova sociedade mais humana que. apesar dos percalços de um crescimento desordenado, ainda valorize o homem enquanto ser social e participativo em sua elaboração independente de cor, credo, raça ou idade. Este último um preconceito, que causa uma distorção na história, pois os valores ancestrais de respeito ao conhecimento dos idosos e aproveitamento de suas experiências para o desenvolvimento da comunidade, garantindo, assim, ao homem num momento em que características fisiológicas diminuem suas funções vitais, um lugar de destaque na sociedade, que enxergava que se do ponto de vista físico sua atividade era diminuída, em contrapartida suas vivências acumuladas eram um grande poço ainda borbulhante de vida pronto a ser explorado, foram esquecidos.
Este preconceito iniciou-se com a industrialização da sociedade, que a tudo torna descartável, e hoje passa pelo preconceito intelectual em virtude do tratamento muitas vezes pejorativo e do segundo plano sempre delegado aos idosos nas diversas manifestações culturais.
Existe, ainda, o preconceito em relação ao mercado de trabalho onde, agravada pela crise, a competição é muito grande e sempre um idoso é preterido em favor de um novo.
Como ponto culminante de todos estes preconceitos, temos o estigma dos aposentados,
considerados em nossa sociedade com alguém que já deu o máximo de si, já foi sugado ao máximo, e como uma velha máquina, deve ser dei xado de lado, de forma a não ocupar o lugar de uma mais nova e produtiva.
Como diz VERA VINHÁES, a sociedade através de um processo de aposentadoria reconhece no idoso apenas dois direitos: o de deixar de trabalhar e o de receber uma pensão, nada é pensado sobre seu bem-estar biopsicosocial, já que ele deixou de existir. Deixou de existir se acatar as decisões tomadas por uma sociedade com uma visão unilateral de mundo, mas se o aposentado encarar estes direitos como uni prémio e um estímulo ao início de uma nova fase de vida onde é o momento de canalizar suas energias e exp9riências acumuladas em prol de uma atividade que lhes seja prazeirosa. num segundo piano, necessária como é o caso da grande maioria de nossa classe trabalhadora que se aposenta, ou seja, que traga alguma compensação financeira, pois pela pensão recebida, além dos problemas psicológicos, fisiológicos e sociais, irá também encontrar problemas económicos que só servirão como agravante de todos os outros.
O crescimento da população de idosos é um fenómeno mundial cujo principal fator é a baixa da natalidade. No Brasil, em um período de quatro anos, a fertilidade chegou a cair 19%.(13) Esta baixa natalidade pode chegar a níveis quase críticos, como na Alemanha, onde se prevê, que no ano 201 0, em Munique, 50% da população terá mais de 60 anos de idade. (14)
Associando-se estes dados com o aumento da expectativa de vida em função dos grandes avanços da Medicina e de outras áreas da saúde, temos um problema de graves consequências para os anos vindouros. Pode-se prever uma grande queda de produtividade, visto que a
grande maioria de nossos idosos são inativos segundo dados do IBGE. (1987/88)
Não existe um indicador cronológico exclusivo para determinar a faixa etária a que pertence a classe idosa, até mesmo pelas grandes variações individuais e pelas mudanças ocorridas pelo aumento da perspectiva de vida; o que se faz é dividir em etapas, e, utilizando a etapa considerada pela FUNDAÇÃO DA TERCEIRA IDADE, vamos chamar de na terceira idade as pessoas acima de 55 anos. Nunca esquecendo, portanto, vale ressaltar, que não é apenas a idade cronológica a determinante para se classificar alguém como idoso, vários fatores psicológicos, emocionais, intelectuais, raciais, religiosos e culturais influem nesta classificação.
Todos os dados citados anteriormente servem de diretrizes para avaliarmos a situação do idoso na sociedade e o grau de degeneração que se deixa ficar, entregando-se a uma situação muito cómoda de aceitação; tornando seus corpos, suas consciências e sua saúde seriamente comprometidos por um determinante grave: a inatividade.
Inatividade que leva a perda da autoconfiança e com isso a um grave problema de ajustamento, pois o idoso irá participar de um novo grupo social e a partir dessa relação passa a pensar, sentir e agir dentro dos padrões aprovados por este novo grupo, o qual com a sua chegada tem atitudes positivas e negativas constituindo, então, a antecipação social, (30) que são as expectativas do grupo em relação ao novo membro. Esta antecipação determinará a posição inicial do idoso no grupo, sendo assim favorável ou desfavorável à sua integração.
Com o correr do tempo a posição inicial permanence ou se altera dependendo, de um lado, das reações e das qualidades pessoais do idoso e, de outro, das características do próprio grupo; além da perda de perspectiva do futuro quando esta inatividade física leva-o a viver numa vida passada através de recordações e devaneios, que quando comparativos só trazem cada vez mais um sentimento de impotência e consequente perda de seu propósito de vida. Ele se sente, portanto, supérfluo e inclinando cada vez mais para a introspecção e num momento onde está muito carente de relações sociais, tanto como para sua própria auto-afirmação enquanto cidadão que não tem apenas limitações, mas também potencialidades que podem ser explora
das e que possam vir a suprir outras que se declinaram, tanto como para trocar experiências e continuar no processo de crescimento que caracteriza o ciclo da vida.
Talvez o fator mais importante na autode-preciação, que se observa nos idosos, seja a expressiva queda de seus parâmetros vitais, refle-tindo-se na perda da capacidade física.
A degenerescência física pela idade, se ocorrida dentro de um quadro de normalidade, não incapacita ninguém para uma vida produtiva e de relação, o que ocorre normalmente é o agravamento desta regressão do estado físico pelas doenças hipocinéticas, que podem ser combatidas pela atividade física através do treinamento dos sistemas cárdio-circulatório e respiratório.
A prática constante de atividade física, orientada desde a juventude, é uma garantia para um envelhecimento saudável, permitindo que o declínio das funções orgânicas se dê em decorrência, fundamentalmente, de fatores hereditários, retardando o surgimento de um quadro de senilidade. (SHEPHARD & SIDNEY) (39)
Se na juventude não houve condições para se iniciar esse processo, mais razões ainda se terá para realizar o condicionamento físico com o idoso a fim de minimizar os danos já causados ao organismo.
Por falhas culturais e sociais ao invés de se aproveitar o aumento do tempo de vida, alcançado pelo progresso científico e pelos milhões de dólares gastos nos diversos laboratórios de fisiologia, recorre-se aos hospitais e aos asilos tão onerosos aos cofres do serviço público de nossa sociedade, quando estes recursos poderiam ser aplicados em programas de educação, esporte e lazer para satisfazer as necessidades dos nossos idosos.
O bom condicionamento físico certamente dar-lhes-á um impacto positivo no status de saúde e na perspectiva mental das pessoas para consigo mesmas e para com a vida, proporcio-nando-lhes uma significativa melhoria na qualidade de suas vidas, concomitantemente a elevação do grau de desenvolvimento do país que, segundo VERA VINHÁES, (43) pode ser considerado como indicado o percentual de idosos população.
EFEITOS FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO
GENERALIDADES
A partir dos 30 anos de idade, inicia-se o processo de degenerescência orgânica que irá prolongar-se até a morte.
Embora todas as funções do corpo humano sejam afetadas por este processo de declínio, elas o são em proporções diferentes. A figura 1 apresenta um quadro comparativo destas taxas de declínio.
Destaca-se na Figura 1 o fato de que a velocidade de condução do impulso nervoso é pou
co afetada pela idade (queda de 10 a 15% dos 30 aos 80 anos), apesar do declínio da função nervosa que ocorre devido a outros fatores.
A função nervosa é poderosamente influenciada pela constante e progressiva morte de neurónios que ocorre com a idade (KAY, BEAMI-SH & ROTH 1964). (26) No cérebro do homem adulto normal (NICOL 1967) acusa a existência de 30 bilhões de neurónios (pág. 156) pós-miotá-ticos - que, como se sabe, são aqueles que não possuem a capacidade de se multiplicarem -sendo que, após os 30 anos estes mesmos neurónios, segundo o mesmo autor (pág. 155), necrosam-se a uma razão diária de 100.000 neurónios acarretando uma perda de peso do cérebro (o cérebro de um homem médio de 30 anos
Figura 1: Declínio em várias capacidades funcionais e medidas fisiológicas do homem. Os valores estáo ajustados a partir de um fndice de 100% para a idade de 30 anos (Lowenthal e col. 1979). (28)
pesa 1.400g ao passo que aos 85 anos pesará apenas 1.180g).
Outros fatores importantes na involução da função do sistema nervoso central são a diminuição do fluxo sanguíneo cerebral em 20 a 30% (DAVIES 1972) (9), acarretando, segundo DA-VIES & GRIEW 1965, (10) a diminuição das reservas de 02, da atividade enzimática, da respiração celular, do metabolismo do ATP e aumento da glicólise anaeróbica (caracterizando anorexia).
Um fator não considerado na Figura 1 foi a força muscular. Aceita-se, hoje em dia, que somente após os 40 anos há uma significativa diminuição da força muscular. A partir dessa idade, idosos que se mantiverem exercitados manterão um ritmo de declínio desta qualidade física bastante inferior ao observado no sedentário, pois o fator responsável por este declínio será prioritariamente o devido à redução de velocidade de condução do estímulo do sistema nervoso periférico (GOLDSMITH & HALE, 1971).
Experimentos, apresentados por GOLDSMITH & HALE, 1971, mostram que a perda de força, devido a perda de proteína muscular em decorrência da inatividade, pode ser significativamente reduzida por exercícios realziados habitualmente.
FUNÇÃO CÁRDIO-VASCULAR
A velhice é uma etapa cronológica que se desenvolve de forma muito variável de pessoa a pessoa, mas em que o fator hereditário desempenha papel de grande importância na aceleração ou retardamento no processo de degenerescência biológica (HALL 1973).
Há uma regressão anatómica e funcional de todo o organismo, sendo que a mais notória é a diminuição do rendimento cardiovascular e respiratório. Nessa etapa, a prática dos esportes e dos exercícios terá por objetivo uma manutenção da vitalidade da pessoa, sem intenções de ampliá-la (HANSON, TABAHIN & LEVY 1968). (18)
No trabalho sobre a Mulher e o Idoso, editado pela Sintex (41) em 1980, está relatado que "a função do miocárdio", assim como a irrigação cardíaca e seu funcionamento, ficam acentuadamente diminuídas nos idosos. Em muitos casos, a causa dessa diminuição é muito evidente, pois se desenvolve uma coronariopatia ou uma doença valvular. Tal como uma etenose aórtica
ou, ainda, uma cardiomiopatia. Nesses casos específicos há uma abstenção voluntária compreensível do idoso em relação ao exercício ou ao esporte. Existem, porém, inúmeras pessoas idosas com o aparelho cárdio-vascular em boas condições que, mesmo assim, apresentam uma grande intolerância ao exercício, preferindo a imobilidade.
LOWENTHAL e COL (1979), (28) relatam que:
"Há várias etiologias possíveis para explicar a diminuição da função cardíaca no idoso, mesmo quando não há evidência anatomopatológica de doença cardíaca, e sim uma alteração na função (isso é chamado de presbicardia). Pode ocorrer com os anos uma infiltração adiposa no miocárdio. Tem-se observado a infiltração intracelular de um pigmento marrom (chamado de lipo-fucsina). No entanto, esta infiltração não pode ser observada em todos os corações autopsiados de pessoas desta faixa etária".
Sobre a infiltração da lipofucsina no miocárdio, POMERANCE (37) (1976) relata que:
"Esta substância (lipofucsina) surge como grânulos marron amarelados nos pólos dos núcleos das fibras miocárdicas e é autofluo-rescente sob luz ultra-violeta. Não é encontrada na criança, mas é universalmente observada no miocárdio de idosos (acima de 65 anos), independentemente de sexo, raça ou patologias.
Outros fatores apontados por LOWENTHAL et alii (1979) como co-responsáveis pela redução da capacidade da função cárdio-vascular são: "diminuição das enzimas do miocárdio, alterações na estriutura microscópica das mitocôn-drias da fibra cardíaca e diminuição do potássio intracelular. A própria nutrição do miocárdio é limitada pela diminuição da permeabilidade da membrana basal dos capilares." Prosseguindo, os mesmos autores declaram que a atividade cardíaca alterada, em função da idade afeta a capacidade do idoso de adaptar-se às necessidades do esforço exigido pelo exercício."
GOLDMAN & ROCKSTEIN (15) relatam haverem constatado aumento do tecido plástico intersticial, colágeno e gordura nas aurículas além de um certo grau de atrofia muscular. Citando PAGE (1970), os mesmos autores referem-se a
sedentários da mesma faixa etária. Quando pessoas de meia-idade, que tiveram um passado ativo, seguem um programa regular de exercícios aeróbicos por 10 anos ou mais, o declínio normal de 9 a 15% na capacidade de trabalho e na Potência Aeróbi-ca Máxima é sustado. De fato, numa idade de 55 anos estas pessoas mantêm valores de presão sanguínea, peso corporal de V02max idênticos aos que apresentavam quando tinham 45 anos.
A fim de entender os efeitos do exercício sobre o idoso, é necessário evocar conceito de máximo consumo de oxigénio, definido como a quantidade máxima de oxigénio que o indivíduo pode absorver e que, apesar de vários fatores estarem incluídos, como o débito sistólico máximo, é diretamente proporcional ao máximo número de batidas no pulso por minuto. Chama-se relação VO2/FC (pulso de oxigénio) a cota de oxigénio absorvida em cada sístole. O VO2max e o pulso máximo de oxigénio vão diminuindo a partir dos 40 anos atingindo ao 65 anos, com 30 a 50% dos valores anteriores (HOLLMANN & HETTINGER (20) 1983). Pode-se verificar a diminuição no V02max. apreciando-se a Figura 2.
Outro estudo feito por MOREHOUSE & MILLER (31) (1978) comparou a capacidade aeróbica de homens sedentários entre 50 e 59 anos; alguns dos quais não foram atletas em sua juventude enquanto outros, apesar de terem si-
Figura 2: Consumo máximo de oxigénio entre 10 e 70 anos, 85% dos examinados praticavam algum esporte. Homens em linha contínua e mulheres em linha tracejada (Venrath e Hol-Imann - 1965 - citados por Hollmann e Hettinger (20) - 1983).
(KARVONEN)
(JONES)
uma possível associação do aumento de gordura com as arritmias.
Mesmo em repouso, existem algumas alterações no eletrocardiograma, tais como pequeno do intervalo P-R, da duração de QRS e do intervalo Q-T, além de diminuição da amplitude do QRS e do desvio do eixo para a esquerda. Surge a "insuficiência cardíaca fisiológica da velhice", assim denominada por WETZLER (1958), citado por MELLEROWICZ & MELLER (29) (1979).
Tudo isto irá se refletir no progressivo decréscimo da frequência cardíaca máxima, que pode ser estimada por uma das seguintes fórmulas, citadas por MCARDLE & COL (1979).
Como consequência da queda da F C m a x , o débito cardíaco diminui. Outra contribuição para a diminuição do fluxo sanguíneo é a redução do volume de ejeção ou débito sistólico, provavelmente decorrente de mudanças na contratibili-dade cardíaca, do volume e da reserva intra-cardíaca de sangue - capacidade do ventrículo esquerdo e direito - (ISAACS (23) 1973).
Outra mudança no sistema cárdio-circulató-rio, apontada pelo mesmo autor, que pode ser atribuída à idade, é a redução da ciculação periférica, talvez decorrente da redução da rede capilar periférica e consequentemente da razão existente entre o número destas e das fibras musculares.
Só não foi, ainda, bem determinado o grau de influência que tem sobre estas alterações o processo de envelhecimento em si e a diminuição da atividade física.
No entanto, MCARDLE & COL (1981) relatam que:
"A vida sedentária provocará perdas na capacidade funcional que serão maiores que o efeito do envelhecimento. Resultados de estudos sugerem que exercícios regulares permitem a indivíduos idosos a possuírem capacidade cardiovascular muito superior a
ou
do, abandonaram todas as atividades há mais de 20 anos. Para este grupo observou-se que V 0 2 m a x dos não-atletas foi de 30 ml/min/Kg ao passo que os ex-atletas apresentaram um V 0 2 m a x de 38 ml/min/Kg. Um terceiro grupo, da mesma faixa etária de ex-atletas que haviam continuado suas atividades, teve um V02 m a x de
53 ml/min/Kg. Os mesmos autores prosseguem: "é claro que este não é um dado conclusivo, pois a diferença atual no V O 2 m a x Pode ser fruto de um organismo mais bem constituído de nascença. mas é um indicio de que a atividade física regular é fundamental para o idoso".
FUNÇÃO RESPIRATÓRIA
Com a idade se observa que a mobilidade da caixa toraxica diminui e, também, a elasticidade pulmonar, aumentando a capacidade residual iuncional e propiciando o desenvolvimento do "enfisema da velhice". Os valores mensuráveis da capacidade vital diminuem após os 40 anos. mas o que influi bastante é a "compliance" e o ' closmg volume" (HARRIS & THOMSON (19) 1958).
Alterações mínimas na luz dos brônquios provocam uma acentuada diferença na resistência brônquica à respiração. (HOLLMANN 1966). O volume gasoso intratorácico, que aumenta com a idade, tem uma estreita relação com o aumento da resistência brônquica ao fluxo respiratório. Por essa razão, é que se deve insistir para o idoso parar de fumar (HOLLMANN (21) 1966).
BAILEY, SHEPARD, MIRWALD & MCBRIDE (1974) posicionam-se sobre estes problemas da seguinte forma: "para todos os males do aparelho respiratório acarretados pela idade, apenas uma chance de minimizá-los: o treinamento. O treinamento combate a diminuição da capacidade funcional do aparelho respiratório, provoca o aumento do rendimento da capacidade respiratória, da capacidade viial, do volume-minuto respiratório máximo e do consumo máximo do oxigénio".
Concluindo-se, cita-se ASTRAND & COL (3) (1980):
"O declínio gradual na captação máxima de oxigénio observada após os 20 anos de idade é devido, pelo menos em parte, a uma diminuição na frequência cardíaca máxima. A inatividade constitui um outro fator que
deteriora a amplitude funcional do sistema transportador de oxigénio. Ela reduz o volume de ejeção sistólica e, talvez, a eficácia da regulação durante o exercício."
FUNÇÃO NEURAL
O envelhecimento tem uma ação acumulativa sobre este sistema. Isto pode ser comprovado pelo: declínio de 37% observado no número de axônios dos feixes medulares, decréscimo observado na velocidade de condução nervosa (vide FIGURA 1) e uma significativa perda das propriedades elásticas do tecido conjuntivo. Estas mudanças podem explicar parcialmente o decréscimo do desempenho neuro-muscular ligado à idade (PERONNET 1979).
O tempo de reação pode ser subdividido em tempo da contração muscular e tempo para o processamento do estímulo, sendo este último poderosamente influenciado pela idade (HOLLMANN & HETTINGER 1983).
MCARDLE & COL (1981) relatam que verificações feitas em pessoas idosas mostraram que se a resposta não envolvesse a participação do cérebro, como no caso de reflexos (p. ex. pa-telar), o tempo e intensidade da resposta praticamente não seriam afetados. No entanto, respostas voluntárias como reações e tempos de movimentação sofrem esta influência, quer fossem movimentos simples ou complexos. O autor relata ainda que em todos os experimentos, no entanto, as pessoas fisicamente ativas (sejam elas jovens ou idosas) movem-se significativamente mais rápido que as pessoas menos ativas.
COMPOSIÇÃO CORPORAL
No mundo ocidental, o homem médio de 35 anos pode esperar ganhar de 0,2 a 0,8 Kg por ano até os 50 ou 60 anos (PARIZKOVA (34 1963). A Figura 3 mostra claramente esta tendência através do percentual de gordura em diversas idades.
Após os 60 anos há uma redução do peso total do corpo, apesar do continuado aumento da gordura. Isto pode ser parcialmente explicado pelo fato de, nesta faixa etária, não haver muito sobreviventes do grupo que apresentam um grande excesso de peso, o que irá influir nas estatísticas. Além disso, nota-se uma queda da Lean Body Mass (LBM). A explicação para esta queda é simples. Uma vez que os ossos se des-
Figura 3: Mudanças na composição corporal em função da idade Parizkova (35) 1982).
mineralizam e tornam-se porosos, perdendo peso, a massa muscular que eles podem suportar também é reduzida, desta forma um mecanismo de compensação diminui a massa muscular (PARIZKOVA (35) 1982).
SMITH & REDOAN (42) (1976) testaram a diminuição da desmineralização através de um grupo que recebia uma suplementação de cálcio (p,75 g/dia), outro por meio de exercícios aeróbi-cos, e um terceiro por exercícios e suplementação. Os grupos que se exercitavam apresentaram uma redução da ordem de 2,29%, mesmo o que não recebia aumento da ingestação de cálcio. O grupo que recebeu a suplementação, por outro lado, somente apresentou redução de 1,58%. As pesquisas de SMITH e REDOAN (1976) demonstraram, portanto, que o exercício continuado pode ser uma excelente terapia contra a osteoporose que resultará na perda da matriz óssea, aumento da porosidade do osso e diminuição da espessura do córtex ósseo. Para pessoas sedentárias e com mais de 60 anos, estas alterações podem provocar a perda de 30 a 50% da matriz do osso.
Segundo PARIZKOVA (34) (1963), para o estudo da composição corporal do idoso aparecem dois problemas principais:
- A dificuldade de se fazer um acompanhamento vertical comparando os atuais valores com os obtidos na juventude de um mesmo sujeito.
- A desmineralização óssea que provocará uma alteração na densidade corporal que
pode invalidar as equações baseadas em pesagem hidrostática.
OUTRAS ALTERAÇÕES ORGÂNICAS
Anteriormente foi tratado o problema do aumento de peso do idoso e da conveniência de se combater esta tendência. Uma das mais importantes armas contra este problema é a ativi-dade física associada a uma dieta hipocalórica (GODIN &SHEPARD 1973).
Quando se prescreve atividade física, mais do que o gasto energético, está se visando o efeito sobre as glândulas endócrinas e sistema vegetativo, que são responsáveis pela homeos-tase. Esta afirmação é textualmente corroborada por MELLEROWICZ & MELLER (29) (1979), que escreveram:
"Sob o ponto de vista fisiológico, é muito mais indicado e muito mais eficiente treinar e estimular aiivamente as glândulas endócrinas envelhecidas, principalmente o córtex adrenal e a adenohipófise, através de stress físico, devidamente dosado, do que administrar passivamente esses hormônios. Através do treinamento conservam-se o funcionamento e a capacidade de adaptação desses órgãos, enquanto que, através de doses de hormônios. a inatividade e a atrofia provavelmente ainda são incentivadas (pág. 57)."
Outro efeito benéfico do treinamento físico para o idoso, segundo os mesmos autores, será o treinamento e a incrementação e da força re-gulativa do sistema vegetativo. Associar-se-á a este efeito uma maior parassimpaticotomia do sistema vegetativo, através de um treinamento aeróbico, tornando-se mais económico e combatendo a tendência à vagatonia (inata ou adquirida) em todos os indivíduos idosos. Imediatamente o idoso terá melhoradas suas capacidades de recuperação, sono e digestão.
A atividade física, finalmente, tenderá a corrigir ou minorar as degenerescências provocadas pêlo modo de vida sedentário e agravadas pelo envelhecimento, tais como as hipocinesias já citadas anteriormente e principalmente "algumas doenças geriátricas caracterizadas por enfraquecimento funcional precoce" (MELLEROWICZ & MELLER, (29) 1979).
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA MAIORES DE 55 ANOS
Precauções e Contra-Indicações
DAVID GERHOH, citado pelo Dr. KNGPLI-CH (41) (1980)em seu trabalho para a Sintex, relata que, em pesquisa realizada no Instituto de Tecnologia de Israel, verificou que ratos idosos, com passado sedentário, submetidos a um programa de exercícios intensos apresentavam uma atrofia da musculatura da ordem 25%. Caso o programa de exercícios seja iniciado na juventude e se prolongue até a terceira idade, tal problema não se faz sentir.
Por outro lado, o Dr. HOLLOSZT (22) (1983), do Departamento de Medicina Preventiva da Washington University relata que:
"Há diversas evidências de que uma quantidade moderada de exercícios é necessária para a manutenção da integridade funcional do sistema cardiovascular, músculos, ossos e ligamentos. Há algumas evidências fragmentárias que sugerem a execução de exercícios numa forma regular para obter efeitos benéficos sobre as hipocinesias. No entanto, as evidências científicas de que exercícios extenuantes possam ser benéficos à saúde são pouco consistentes e sem credibilidade."
Se a estas duas informa Se a estas duas informações acima for
acrescido o conhecimento de que na velhice o homem apresenta um progressivo enfraquecimento de seus ossos pela osteoporose, verifi-ca-se que a prescrição de exercícios intensos para pessoas de terceira idade, não adaptadas, merece ser pesada cuidadosamente (EXTON-SMITH, MILLARD, DAYBE & WHEELLER (12) -1969).
A solicitação normal da corrida ou se salti-tos sobre os ossos dos membros inferiores, em especial os ossos do pé, já provocam no sedentário de meia-idade o risco de fratura de "s-tress" (as chamadas fraturas da marcha). Este problema agrava-se sobremodo na terceira idade, ainda devido à osteoporose, vindo a se somar ao risco de fratura do colo do fémur, tornando estes tipos de exercícios em verdadeiros atentados para o indivíduo de terceira idade que não possua um passado de prática regular de exercícios (GRAHAME (16) - 1973).
Especial atenção deve ser prestada, também, ao fato de não se incluir, no trabalho físico do idoso, exercícios que provoquem o surgimento de tensões transversais sobre seus ossos (HALL (17) - 1973).
Talvez a maior agressão que os exercícios de alta intensidade façam ao organismo do idoso seja a desidratação e o desequilíbrio hidro-ele-trolítico, provocando uma sobrecarga ao sistema circulatório que, somada à maior solicitação para fazer frente ao esforço executado, pode vir a ter consequências funestas (BAILEY & COL - 1974).
Em vista das alterações morfo-fisiológicas provocadas pelo envelhecimento pode-se, sem medo de errar, contra-indicar ao sedentário de terceira-idade. sem antecedentes de treinamento no passado, a prática de exercícios extenuantes, tais como os realizados na turmas normais de ginásticas aeróbica, estética ou musculação das academias, as corridas e os desportos de alta intensidade, mesmo com um perfeito acompanhamento médico-desportivo (DANTAS (7) - 1983).
Observando-se estas contra-indicações. pode-se começar a pensar na prescrição de exercícios para o maior de 55 anos. sencío imprescindível, no entanto, cerei-lo das precauções capazes de minimizar ao máximo o risco inerente à í.tividade física.
Segundo o AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE (1980). as precauções referidas no parágrafo anterior, seriam:
1) Minucioso exame médico (deve-se atentar, primordialmente, para exame cardíaco e ortopédico).
2) Correta periodização do treinamento, prevendo-se uma prolongada fase de adaptação, durante a qual o idoso estará proibido de executar exercícios intensos.
3) Suplmentação da ingestão de cálcio. 4) Autocontrole constante da pulsação.
controle semanal por parte do educador físico e trimestral pelo médico.
5) Aplicação parcimoniosa e acurada do princípio da sobrecarga, dando sempre preferência ao volume sobre a intensidade.
6) Aquecimento cuidadoso e prolongado (para evitar as rupturas e distensões).
7) Manter-se convenientemente aquecido durante o aquecimento e após o exercício (uso de abrigo).
8) Reposição hidro-eletrolítica adequada antes e após o exercício.
9) Controle dos hábitos alimentares, in-gesta calórica e sono.
10) Evitar interrupções no treinamento, caso ela ocorra por um período de quatro semanas ou mais, reiniciar da estaca "zero".
Determinação do Tipo de Atividade
Como foi visto ao longo do presente estudo, ao se prescrever a atividade física para o idoso ter-se-á dois objetivos: um principal que é o treinamento dos sistemas cárdio-circulatório e respiratório; outro secundário que consiste no trabalho tonificador sobre músculos e ossos.
O tipo de atividade que melhor atende a esses objetivos é a de caráter aeróbico.
São aeróbicos quaisquer atividades que utilizem o grandes grupos musculares do corpo humano de forma cíclica e continuada. Pode-se exemplicar com a caminhada, a natação, o ciclismo, a corrida etc.
A utilização de pequenos grupos musculares (como o bíceps braquial) para a realização de trabalho aeróbico não é adequado, devido a seu baixo percentual relativo de participação na massa corporal total.
Os pequenos grupos musculares necessitariam trabalhar durante um período de tempo superior à sua capacidade, para serem aptos a provocar um estímulo sobre o sistema cárdio-circulatório capaz de causar adaptações desejáveis nos mesmos.
Pelo seu caráter motivador, pode-se considerar a utilização de desportos, tais como ténis, o vólei, o futebol, a peteca, o frescobol, etc.
Esses desportos, se forem praticados com o vigor suficiente para elevar a frequência cardíaca a um nível compatível com as exigências fisiológicas do treinamento e tiverem a duração mínima necessária para que as adaptações orgânicas possam se processar, são passíveis de utilização como paite do treinamento.
No entanto, a dificuldade prática da mensu-ração do efeito da atividade sobre o organismo e a impossibilidade de respeitar os princípios da individualidade biológica e da sobrecarga neste
tipo de atividade irão fazer com que só sejam utilizadas de forma complementar.
Na escolha do tipo de atividade deve-se levar em conta, também, a disponibilidade de instalações (local para corrida, piscina, academias de ginástica, etc.) e equipamentos (bicicletas er-gométricas etc). Finalmente, deve-se considerar cuidadosamente a fragilidade óssea do idoso, devido à osteoporose, ao se prescrever atividdes com alta margem de risco como os desportos de confronto (judo, basquete, futebol, e tc) , os com possibilidade de queda (ski, equitação, etc.) e mesmo para aqueles que não possuem um passado atlético - a corrida.
A nível individual, o exame médico prévio poderá apontar limitações cardiovasculares ou ortopédicas que contra-indiquem para aquela pessoa algum tipo de atividade.
Atendendo a todas essas considerações, chega-se a conclusão de que os tipos de atividade mais adequados para serem utilizados no Condicionamento Físico dos maiores de 55 anos serão: a marcha, o ciclismo, pedalar na bicicleta ergométrica e a natação.
Segundo SHEPARD (38) (1978), uma sessão de condicionamento físico de gerontes deve consistir em:
- Aquecimento: explorando os excercícios de alongamento.
- Trabalho cardio-pulmonar: realizado em bicicleta ergométrica.
- Trabalho neuro-muscular: uti izando-se de exercícios que visem a resistência muscular localizada, principalmente em membros inferiores e musculaturas dor-so-lombar.
- Volta à calma: estimulando a descon-tração total.
O trabalho cárdio-pulmonar pode ser realizado com qualquer um dos tipos de atividade julgados adequados.
Determinação da Intensidade da Atividade
O Princípio da Adaptação mostra que as atividades físicas, para possuírem valor de treinamento, provocando alterações benéficas no organismo, devem ser de determinada intensidade. Atividades menos intensa provocariam tão-somente uma reação de alarme ou exci-
tacão, ao passo que atividades excessivamente intensas provocariam prejuízos ao organismo.
Diversas fisiologistas do exercício concordam que as alterações fisiológicas e bioquímicas associadas ao treinamento ocorrem por volta dos 70% da capacidade aeróbica máxima (V02max) da pessoa. A partir deste dado, estabeleceu-se uma zona entre 60 a 80% do V 0 2 m a x como faixa ideal de trabalho e contra-indica-se fortemente os trabalhos acima de 90% do V 0 2 m a x No entanto, uma correta avaliação do V 0 2 m a x só é possível em, laboratório, e o controle fisiológico por este parâmetro no cotidiano é simplesmente impossível. Para contornar estes problemas pro-curou-se associar este parâmetro a um outro in
dicativo: a frequência cardíaca (FC).
O nível de 60% do V02 m a x é observado quando se observa uma FC igual a 72% da FC max, ao passo que 80% do V 0 2 m a x equivalente a 87% da FC max. Na Figura 4 tem-se a relação entre consumo de oxigénio e frequência cardíaca para um homem de 65 anos que realiza exercício numa bicicleta ergométrica.
Para se determinar a faixa de trabalho ideal, pode-se utilizar dois métodos: um gráfico e outro analítico. O método gráfico resume-se em procurar na figura 5 a faixa correspondente à idade do paciente.
Figura 4: Relação entre consumo de oxigénio e frequência cardíaca num homem de 65 anos. A zona acinzentada representa a Zona Alvo para se obter efeitos de treinamento aeróbico. A linha preta representa a correlação entre FC e V02 para o protocolo do teste utilizado (MCARDLE et alii -1981).
Figura 5: Determinação da faixa ideal de treinamento peio processo gráfico.
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O processo analítico, embora seja um pouco mais trabalhoso, permite resultados mais coerentes com o Princípio da Individualidade Biológica. Consta de quatro passos.
Passo nº 1 - Determinação da Frequência Cardíaca Basal.
Por três dias consecutivos verifica-se a frequência cardíaca do paciente assim que este acorda, antes mesmo que se levante ou faça qualquer movimento.
Ache a média.
Passo nº 2 - Determinação da FC Máxima
Para este passo utiliza-se a fórmula desenvolvida por JONES et alii.
Fcmáx = 210 (0,65 x idade)
Passo nº 3 - Determinação do limite inferior.
Linf = FCbasal + 0,6 (FCmáx - FCbasal)
Passo nº 4 - Determinação do Limite superior
Lsup = Linf + 0,675 (FCmáx - Linf)
O controle do treinamento deve ser feito pela sistemática monitorização da frequência cardíaca por meio de um medidor ou tomando-se o pulso por 15 segundos. A intensidade do exercício será estabelecida, então, pelo método do ensaio e erro. Se um paciente ao se exercitar repara que sua FC está aquém do limite inferior da Zona do Alvo, deve aumentar a intensidade do exercíc'0, se passar do limite superior deve moderar sua atividade.
Determinação da Duração da Atividade (Volume)
A duração é inversamente proporcional à intensidade. Assim, quanto mais intensa for uma atividade, tão mais curta ela deverá ser.
Para que um trabalho produza efeitos de treinamento sobre o organismo ele deve possuir uma duração de no mínimo 5 minutos e neste caso deverá ser extremamente intenso. Normalmente se prescreve um mínimo de 15 a 25 minutos diariamente para um trabalho dentro da "Zo
na Alvo". No caso específico do idoso, devido à necessidade de se moderar a intensidade, de-ve-se prolongar a duração para 20 a 40 minutos diários, sem esquecer de permanecer todo este tempo na "Zona Alvo". É imprescindível preceder o exercício de um período de aquecimento de 5 a 10 minutos, visando a elevação vagarosa da FC, bem como o preparo do organismo para o esforço. Após o término do treinamento haverá durante 5 ou 10 minutos uma "volta à calma", visando "desaquecer" o organismo até a FC retorne a níveis de 60% da FCmáx.
Este esquema de treinamento pode ser perfeitamente visualizado na figura 6.
Figura 6: Modelo de esquema de treinamento para um homem de 55 anos.
É importantíssimo lembrar que o trabalho deve ser executado na Zona Alvo pois, somente nesta faixa, uma atividade sustentada por 15 a 20 minutos, no mínimo, provocará uma melhoria da resistência aeróbica.
Determinação da Frequência da Atividade
Tão importante quanto se realizar um exercício com volume e intensidade compatíveis é a manutenção de uma frequência semanal adequada.
Os estudos na área mostram uma correlação entre treinabilidade, risco de lesão e
frequência semanal, conforme apresentado na figura 7.
Figura 7: Influência da frequência semanal de treinamento na treinabilidade e no risco de lesões (DANTAS - 1985).
Pode-se observar que, com menos de três dias de treinamento semanal, embora o risco de lesões seja muito pequeno, o ganho obtido na forma física é desprezível. De três a cinco dias há uma faixa de suficiente treinabilidade das qualidades físicas consideradas ao mesmo tempo que o risco de lesões se mantém numa faixa aceitável. A frequência semanal de três a cinco vezes por semana é, portanto, a mais recomendável para programas de treinamento de ge-rontes e de manutenção das condições de saúde.
A partir de cinco dias de treino por semana, o risco de lesões sofre um brusco aumento, ao passo que o ganho do treinamento cresce muito pouco. Apenas para atletas do desporto de alto rendimento compensa o risco de lesão num regime de seis dias de treino por semana para obter o discreto ganho observado na forma física.
Outro caso em que se recomenda uma frequência de seis ou mesmo sete dias de treino por semana é quando se procura obter uma perda de peso. Neste caso, deve-se atentar para o volume e a intensidade do trabalho realizado, visando prevenir o surgimento de um estado de sobretreinamento ou o aumento do risco de lesões músculo-articulares.
É importante que se transforme a atividade física num hábito de vida, que a pessoa tenha prazer em praticar cotidianamente. Para se alcançar esse objetivo, é importante que o paciente persista no trabalho durante a fase inicial do treinamento. Sua motivação para realizar atividade física crescerá muito após os primeiros dois ou três meses, quando começarem a se evidenciar os primeiros efeitos do treinamento.
EFEITOS DO TREINAMENTO
Efeitos do Treinamento sobre o Sistema Cárdio-Circulatório
O treinamento da resistência aeróbica provoca diversas adaptações no sistema cárdio-cir-culatório como coloca KARVONEN (25) (1979).
'O exercício físico é capaz de provocar tanto um aumento das cavidades cardíacas quanto uma hipertrofia do miocárdio, sendo, no entanto, os exercícios aeróbicos mais adequados a provocar a primeira alteração, ao passo que os anaeróbicos seriam os mais convenientes para provocar a segunda. Com o aumento das cavidades e espessamento da parede muscular, o coração fica sendo capaz de bombear mais sangue a cada diástrole, causando, consequentemente, um aumento do volume sistólico."
O aumento do volume de ejeção sistólica permite a diminuição da frequência cardíaca, provocando o surgimento da bradicardia em repouso.
Fruto do treinamento, normaliza-se a pressão arterial e ocorre uma diminuição da tensão sistólica (pressão máxima), conforme citado por ANDERSON & COWAN (2) (1972).
À diminuição da carga de trabalho cardíaco, segunao o mesmo autor, soma-se uma melhoria da circulação coronariana e uma diminuição do metabolismo do miocárdio, conferindo a este órgão uma maior margem de segurança funcional.
ERICSSON (11) (1970) mostrou que o sangue também é modificado, graças a uma "normalização de seu perfil lipídico, com diminuição dos níveis de triglicérides e colesterol anormais; melhoria da capacidade de tamponamento; aumento do número total de eritrícitos, da quantidade de hemoglobina e do próprio volume total do sangue".
Efeitos do Treinamento Sobre o Sistema Respiratório
Em adultos, fruto de um treinamento de base aeróbica, pode-se constatar:
- Hipertrofia da musculatura respiratória; - Aumento da capacidade vital e - Aumento da capacidade respiratória má
xima ou capacidade pulmonar total.
Estas alterações possibilitam que os pulmões lidem com menos esforço, com maiores volumes de ar, fato que irá facilitar o aumento do v 0 2max-
Efeitos do Treinamento Sobre Outros Sistemas e Órgãos
O treinamento cárdio-pulmonar recebe este nome por ser sobre os sistemas cárdio-circulató-rio e respiratório que ocorrem as principais alterações sistémicas deles decorrentes; no entanto, diversas outras estruturas sofrem modificações também.
O Sistema Neurovegetativo, fruto do trabalho aeróbico continuado, apresenta um quadro de parassirnpaticotonia, podendo-se observar bradicardia em repouso, linfocitose relativa e eosinofilia moderada (KARVONEN, 1979).
Resultante do grande volume de treinamento aplicado no trabalho aeróbico, observa-se uma hipertrofia do córtex adrenal com o consequente aumento da produção e do armazenamento de corticóides (SIDNEY & SHEPARD -1977).
MELLEROWICZ e COL (28) (1979) relata, ainda, a ocorrência de prováveis adaptações na hipófise, tireóide, baço e fígado (aumento de peso, volume e reservas de glicogênio).
O percentual de gordura e o peso total são reduzidos por programa de exercícios aeróbicos acompanhados de controle alimentar. Ao mesmo tempo observa-se um aumento da massa corporal magra (PARIZKOVA (34) - 1963).
O treinamento, principalmente o aeróbico, provoca um aumento da atividade enzimática óssea e hipertrofia óssea; aumento da força de ruptura de ligamento e tendões; e aumento da espessura de articulações e cartilagens (MCAR-D L E & C O L - 1981).
Programas de treinamento provocam uma maior adaptação do organismo a temperaturas elevadas, bem como uma capacidade de dissipação do calor mais rápida e fácil (MCARDLE & COL- 1981).
CONCLUSÃO
O resultado da aplicação científica de um programa de condicionamento físico é uma população de idosos mais precavida contra os declínios fisiológicos que a idade traz, retardan-do-os e tornando esta população mais saudável, ampliando o período de vida, que em nossa sociedade é considerado produtivo e uma melhoria na qualidade dos serviços prestados, pois justamente no momento em que o indivíduo já tem a experiência e a segurança de quem já sabe fazer é posto de lado pela aposentadoria, além da diminuição dos gastos pessoais e institucionais com serviços médicos.
Isso se for feita uma análise prática do ponto de vista produtivo, pois se olharmos agora a questão no âmbito psicológico e social ela crescerá e nos levará a algumas indagações.
Afinal, de quem é a culpa pela atual situação dos idosos?
A resposta, que nos leva em direção a eles mesmos, nos serve de reflexão. Eles pagam hoje o preço por não terem lutado em sua juventude por uma mudança que lhes favorecesse no futuro. E nós? O que podemos fazer?
Podemos nos engajar numa mobilização já iniciada em vários países e até mesmo no Brasil pela "LEGIÃO BRASILEIRA DE INATIVOS". com o intuito de mudar a imagem tão desgatada e discriminada do idoso em busca de uma reorientação da sociedade no sentido de novamente trazê-lo a seu papel histórico de membro ho-norável da família em detrimento da imagem de "fardo" imposta hoje em dia. Para isso, podemos até utilizar a onda nostálgica que está assolando o mundo, que vai desde a volta da moda de vestuário de décadas atra? até o relançamento de filmes que foram sucesso no jas."ís»*">.
O ideal seria que a atividade física fosse inerente, incorporada aos hábitos do dia-a-dia de nossa sociedade. Enquanto não alcançamos este nível, devemos partir para uma maciça campanha com propagandas, debates, cursos, palestras, partindo desde o nível de bairro até o âmbito nacional, utilizando para isso os próprios idosos que tenham passado por um programa de condicionamento físico e tenham sentido os efeitos positivos do mesmo, que, além da saúde física, passa também pela autoconsciência de que o declínio de sua capacidade física pode ser vencido pelo treinamento, lançando dessa forma, uma nova luz sobre a vida e a redescoberta dos próprios potenciais adormecidos que a autoconfiança readquirida irá despertar. Este é um fator preponderante para que planejemos e iniciemos novas buscas nesta nova fase da vida, onde a quantificação é sobrepujada pela qualificação.
O homem é um ser no qual suas esferas físicas, intelectuais e psíquicas devem estar em harmonia para que ele desfrute de uma boa qualidade de vida.
O envelhecimento perturba esse equilíbrio pelo comprometimento físico que acarreta principalmente em função das doenças hipocinéticas associadas ao processo.
Educadores que somos devemos utilizar de toda a nossa sensibilidade para que não se cause um confronto entre o modo de vida do idoso, sua cultura e os conhecimentos científicos do professor que podem parecer estanques. Estes conhecimentos não podem ser desvinculados de um cunho crítico pedagógico e devem levar os indivíduos da terceira idade a fazerem uma reflexão sobre a sua situação; não de forma alienada, mas inserindo-se no todo social mantenedor do sistema ideológico burguês vigente. Só assim, restabelecendo o equilíbrio do homem e tomando-o cônscio da problemática social que envolve sua situação, estar-se-á realmente dan-
do-lhe condições de ser novamente participativo em seu ambiente, além de se provar que a educação não se encerra nas escolas, mas só se completa quando o adulto aprende a viver cons
cientemente o curso de sua própria vida de acordo com as leis da natureza, (40) tornando assim o mundo não mais um mundo velho, porém um mundo mais sábio.
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