Download - Livro José Carlos de Oliveira
E d i ç ã o 1 - a n o 2 0 1 0
P r o j E t o G r á f i c o : W i l s o n f E r r E i r a
t r a t a m E n t o d E i m a G E n s : m a r i o P i r E s E j é s s i c a m a t i E l o
a r t E f i n a l : G u i l h E r m E f r E i t a s
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t i r a G E m : 1 . 0 0 0 E x E m P l a r E s
o s d i r E i t o s d E s s a E d i ç ã o P E r t E n c E m à
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alegria e emoção: assim posso definir como me senti
ao receber o convite para escrever o
Prefácio da obra deste fascinante artista e
fotógrafo josé carlos de oliveira, que nos brinda com um trabalho
belíssimo, de grande valor cultural, sobre a cidade de cachoeiro de itapemirim – Es.
Ver as imagens através do olhar apaixonante do
josé carlos, nos envolve de uma forma indescritível.
os retratos dispostos de forma sofisticada e moderna nos levam a perceber
além de sua grande genialidade, seu amor e obsessão
por superar seus próprios limites.
através de suas lentes nos ensina que
existe um jeito especial para apreciarmos a beleza da natureza:
enxergar com os olhos da alma. através desse olhar, com todos os nossos
sentidos, poderemos ver poesia em quase tudo ao nosso redor.
as fotos enfocam também, o lado humano e político deste profissional,
que nos remete a reflexão sobre a fragilidade e possibilidades
do ser humano dentro de um contexto social.
josé carlos, meus parabéns e muito obrigada pelo privilégio
de participar desta sua iniciativa.
abraços fraternais,
Guta herkenhoff
Primeiramente agradeço a quem ao longo de minha vida tem dado
condições para realizar meus sonhos: dEus.
dedico este livro à minha mãe maria de lourdes, ao meu pai jorcy,
que me presenteou, aos quatorze anos, com uma câmera fotográfica.
ao meu grande amigo Paulo Guenim simão, com quem aprendi muito
do que hoje sei, não só de fotografia, mas também de generosidade.
a outro amigo, com quem não tive aulas, mas sempre me inspirei
em sua sensibilidade e técnica, Enock faria de albuquerque.
E, por fim, a todas as pessoas que amo, em especial aos meus filhos:
caroline, daniel e ricardo.
o que me motivou a fazer este livro foi a possibilidade de, com
estas fotografias, contar um pouco da minha história como profissional
pertencente à última geração dos fotógrafos alquimistas. os que faziam de
tudo um pouco, desde fotografar sendo obrigados a desenvolver acessórios
para seus limitados equipamentos até formular seus próprios químicos de
forma a dar uma identidade própria ao seu trabalho. com isso, creio que
minha geração ganhou muito, pois tínhamos que ser de tudo um pouco,
como um clínico geral da fotografia.
tive o prazer de presenciar várias transformações na fotografia:
primeiro aquelas dos que não mais utilizavam laboratórios próprios, se valendo
dos laboratórios de empresas que atendiam, não mais somente aos amadores,
mas principalmente aos profissionais (aqueles que vivem da fotografia). depois,
a mais importante transformação, “a fotografia digital”, da qual me orgulho de
ter sido um dos primeiros profissionais da minha geração aqui no Es a aderir,
mesmo que com um pouco de receio.
hoje, a fotografia digital, mais do que consolidada, revoluciona
cada vez mais as possibilidades de criação, tornando realidade as coisas
antes possíveis apenas em nossas ideias. a tecnologia, graças a deus, ainda
não substitui o talento. Portanto, apesar do grande número de adeptos e
das câmeras “pensantes” e, às vezes até mesmo inteligentes que hoje são
produzidas, o grande diferencial ainda é, e sempre será, o olhar do fotógrafo,
aliado a uma boa dose de domínio técnico.
já me destaquei fazendo todo tipo de serviço, desde
fotojornalismo, fotografia aérea, corporativa (em especial para o setor
de rochas ornamentais), publicitária e social, mas confesso que a minha
grande paixão é a fotografia de natureza, com destaque para grandes
desafios, como parar a asa de um colibri e fotografar raios, o que talvez
se explique pela minha natureza hiperativa.
a escolha do tema cachoeiro foi perfeita. há quatorze anos transferi
meu estúdio de alegre para cachoeiro, agora sou metade alegrense e metade
cachoeirense. às vezes ouço: “como cachoeiro é feia!”. não acho! Ela é
uma cidade brasileira e assim como tal, realmente carece de planejamento
e cuidados, mas penso que falta poesia na forma de enxergá-la. afinal, está
localizada numa região privilegiada, entre o mar e a montanha, e muitas de
suas belezas só podem ser vistas com os olhos da alma. através deste livro
convido você ao exercício de vê-la dessa forma.
neste livro quero mostrar um pouco dos vários tipos de fotografia que
venho produzindo ao longo destes trinta anos de amor pelo meu trabalho. não
sou meramente um fotógrafo social, gostaria também que conhecessem um
pouco mais do meu lado humano e com uma visão política sempre aguçada.
daí escolhi também para fazer parte deste livro algumas fotos do meu acervo
pessoal, que representam esse meu lado de cidadão idealista.
selecionar as fotos para ilustrar este livro foi, com certeza, o maior
desafio, muito maior que produzir as fotos. não o fiz sozinho, recorri aos
amigos. saliento que a grande maioria destas fotos foram produzidas durante
o tempo que estava prestando algum serviço, pois sou do tipo que paro o
carro em qualquer lugar para captar um boa imagem ou até mesmo desvio a
câmera de uma noiva para flagrar uma cena inusitada.
defendo a ideia de que, ao final de tudo que fazemos, temos duas
perguntas a responder: Poderia ficar melhor? cumpriu sua finalidade? a
primeira pergunta sempre terá a mesma resposta: poderia. Quanto à segunda,
espero obter uma resposta positiva de você.
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