Download - Lição 01 - No Mundo Tereis Aflição
Lição 1I o de Julho de 2012
No M u n d o T ereis A fliçõ es
% \ v V / ____________________________________________
TEX TO ÁUREOTenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições,
mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. (Jo 16.33).
VERDADE PRATICAMesmo sofrendo as consequências da queda, sabemos que Deus está no controle de todas as coisas.
HINOS SUGERIDOS 203, 228, 302
LEITURA D IÁR IA
Segunda - Jo 16.33 No mundo teremos aflições
Terça - Rm 8.22O sofrimento da criação
Quarta - Mt 9.32 Sofrimentos de ordem espiritual
Quinta - Gn 3.16-19; Rm 5.12 Sofrimentos de ordem pecaminosa
Sexta - Gn 6.1-12 A corrupção do gênero humano
Sábado - 1 Co 1 535-58 Esperamos a plena glorificação
L iç õ e s B íb l ic a s 3
LEITU RA BÍBLICAEM CLASSEJoão 16.20,21,25-33
20 - Na verdade, na verdade vos digo que vós chorastes e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa tristeza se converterá em alegria.21 -A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já se não lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo.
:i; 2 5 - Disse-vos isso por parábolas; chega, porém, a hora em que vos não falarei mais por parábolas, mas abertamente vos falarei acerca do Pai.26 - Naquele dia, pedireis em meu nome, e não vos digo que eu rogarei por vós ao Pai,
I 27 - pois o mesmo Pai vos ama,
I visto como vós me amastes e crestes que saí de Deus.
28 — Saí do Pai e vim ao mundo; outra vez, deixo o mundo e vou para o Pai.29 - Disseram-lhe os seus discípulos: Eis que, agora, falas abertamente e não dizes parábola alguma;
I 30 - Agora, conhecemos que sabes tudo e não precisas de que alguém te interrogue. Por isso, cremos que saíste de Deus.
I 31 - Respondeu-lhes Jesus: Credes, agora?
32 - Eis que chega a hora, e já se aproxima, em que vós sereis dis
persos, cada um para sua casa, e me deixareis só, mas não estou só, porque o Pai está comigo.33 - Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no
mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
INTERAÇÃO
Prezado professor, pela graça de Deus iniciaremos mais um trimestre. Estudaremos o tema “Vencendo as aflições da vida". Não são poucas âs afirmações equivocadas de que "o ciente não sofre nes{e mundo". No entarfto, veremos, na presente Hção, exatamente o contrário do que se é postulado em alguns arraiais evangélicos. O comentarista desse trimestre é o pastor Eliezer de Lira e Silva, conferencista em Escolas Bíblicas e diretorodo projeto missionário "Ide Ensinai", em Moçambique, África. Aproveite a oportunidade para enfatizar que a vontade de Deus para nossas vidas é boa, perfeita e agradável.
O BJETIV O S
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
D e scre ver as aflições do tempo presente.
Responder “por que o crente sofre?”.
Conscientizar-se de que podemos crescer e desfrutar da paz do Senhor no sofrimento.
O RIEN TAÇÃO PEDAGÓGICANo primeiro tópico da lição, o comen
tarista descreve alguns acontecimentos de ordem natural, econômica e física no
mundo que habitamos. Nele relatam-se as crises afirmando que essas abatem-se sobre os ímpios, mas também se sobrepõem aos crentes fiéis a Jesus. Com o auxílio da estrutura da página seguinte (reproduza de acordo com as suas condições) peça
para a turma preencher as respectivas colunas com reportagens de revistas, jornais e internet destacando as crises e tragédias de ordens expostas no diagrama sugerido. Conclua o tópico dizendo que esses acontecimentos se dão e/ou se deram tanto a
ímpios quanto a cristãos.
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INTRODUÇÃO0 crente em Jesus pode vir a
sofrer? Se a resposta for não, então por que o sofrimento assalta- lhe a vida? Neste trimestre, estudaremos as “aflições do tempo presente”. Veremos que elas, conforme ensinou Jesus (Jo 16.33), são uma realidade inevitável até mesmo na vida do crente mais fiel. Mas da mesma forma como Ele padeceu, porém triunfou, nós também poderemos vencer todas as batalhas. E, assim, cresceremos integralmente na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
I. AS A FLIÇÕ ES DO TEM PO PRESENTE
1. De ordem natural. Presenciamos uma desordem nunca antes vista na natureza. Apesar dos falsos alarmes, não podemos ignorar a devastação provocada pela ação irresponsável do homem. A Bíblia diz que a criação geme e está com “dores de parto”
PALAVRAS-CHAVE
Mundo[gr. kosmos, ordem.
beleza; do lat. mundus, puro] É a terra e o conjunto de todas as coisas criadas por Deus.
pelo que o ser humano tem-lhe feito (Rm 8.22). Quantas calamidades nos abatem por causa da degradação ambiental. São tragédias assombrosas que ceifam milhares de vidas. As poluições nos lagos, rios e mares, e as ocupações em áreas de riscos contribuem para a ocorrêr\cia de tragédias. Tais
aflições também afetam os crentes fiéis.
2. De ordem econôm ica. Outra aflição que se abate sobre o mundo é a de ordem financeira. A crise econômica internacional empobrece países, nações e famílias. Quantos não deram cabo da
própria vida porque, da noite para o dia, descobriram que perderam todos os bens? Em nosso país, milhões de pessoas sobrevivem com menos de um salário mínimo. A pobreza, a fome e a miséria continuam a flagelar vidas ao redor do mundo, inclusive as dos servos de Deus (Me 12.41-44).
3. De ordem física. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, doenças como câncer, hepatite, hipertensão arterial, depressão e obesidade são consideradas as
CRISES DO PRESENTE SECULO
Tragédias Naturais Crise Econômica Aumento de Doenças
l. 1. 1.2. 2. 2.
3. 3. 3.
4. 4. 4.
5. 5. 5.
OBS: Sugerimos que a consulta seja feita em jornais, revistas especializadas e sites.
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pragas do século XXI. Essa informação traz-nos algumas indagações: Será que o crente fiel não é vítima de câncer? Ou não desenvolve a depressão e não sofre de hipertensão arteriai? Não precisamos de muito esforço para reconhecer que as enfermidades também atingem os salvos e são consequência da queda (Rm 6.23). Mesmo cientes de que as doenças acometem igualmente o servo de Deus é impossível ignorar que há enfermidades de natureza espiritual e oriundas de práticas pecaminosas (Mt 9.32,33; Jo 5.14,1 5).
SINOPSE DO TÓ PICO (1)As aflições do tempo presen
te são representadas pelas crises de ordem natural, econômica e física. Malefícios que acometem igualmente o servo de Deus.
RESPONDA7. O que não podemos ignorar em relação à desordem da natureza?2. As enfermidades como câncer, hipertensão arterial, dentre outras, podem atingir o crente? Por quê?
II. POR QUE O CREN TE SOFRE
1. A queda. O sofrimento é algo comum a todos os homens, sejam ímpios sejam justos. Uma razão para a existência do mal é a queda humana. Deus fez um mundo perfeito (Gn 1.31), mas a transgressão de Adão trouxe a tristeza, a dor e a morte (Gn 3.16-19; Rm 5.12). Por isso, todos estão igualmente sujeitos ao sofrimento (Rm 2.12; 8.22).
2. A degeneração humana. Com a queda no Éden, o homem sofreu um processo de degeneração moral, social e espiritual. Tal degradação, observada na vida de Caim (Gn 4.8-16), Lameque (Gn 4.23,24) e de toda aquela geração, levou Deus a destruir o mundo pelo dilúvio (Gn 6.1— 7.24). O relato bíblico mostra claramente a corrupção humana e o aparecimento do ódio, da violência, das guerras e de todos os atos que contrariam a vontade divina. Não é exatamente essa a situação da sociedade atual? A humanidade acha-se em franca rebelião contra Deus (Rm 3.23).
REFLEXÃO
“O relato bíblico mostra claramente a corrupção humana e o aparecimento do ódio, da violência, das guerras e de todos os atos que contrariam a
vontade divina. Não é exatamente essa a situação da sociedade atual?”
Eliezer de Lira e Silva
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3. O novo nascim ento e o sofrimento. A experiência pessoal e genuína do novo nascimento gera no crente uma natureza oposta a da queda (1 Jo 5.1,19). Entretanto, apesar de ter nascido de novo, o crente em Jesus não deixa de experimentar o sofrimento, pois, como disse Agostinho de Hipona: “A permanência da concupiscência em nós é uma maneira de provarmos a Deus o nosso amor a Ele, lutando contra o pecado por amor ao Senhor; é, sobretudo, no rompimento radical com o pecado que damos a Deus a prova real do nosso amor”. Assim, experimentamos o sofrimento porque habitamos um corpo que ainda não foi transformado, mas que espera a sua plena glorificação (1 Co 1 5.35-58).
SINOPSE DO TÓ PICO (2)A Queda e a degeneração
humana são as chaves para se compreender a realidade do sofrimento.
RESPONDA3. Que tipo de processo o homem sofreu no Éden?4. Apesar de nascido de novo, o crente deixa de experimentar o sofrimento?
III. O CRESCIM ENTO E A PAZ NAS AFLIÇÕ ES
1. A soberania d ivina na v id a do crente. A soberania divina na existência do crente garante-lhe que os olhos de Deus sondem-lhe a vida por inteiro.
Somos em suas mãos o que o vaso é nas mãos do oleiro (Jr 18.4). Por isso, você pode falar como o salmista: “Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois consideraste a minha aflição; conheceste a minha alma nas angústias” (SI 31.7). Querido irmão, querida irmã, não se desespere!O Senhor, Criador dos céus e da terra, cuida inteiramente de você e dos seus, porque “a terra é do Senhor e toda a sua plenitude” (1 Co 10.26).
2. Tudo coopera para o bem. A vontade de Deus para as nossas vidas é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). O escritor aos Hebreus reconhece que o Senhor, muitas vezes, usa a provação para corrigir-nos e fazer brotar em nossa vida o “fruto pacífico de justiça" (Hb 12.3-11). No exercício desse processo, crescemos como pessoas e servos de Deus, aprendendo na faculdade das aflições da vida. Assim, podemos dizer inequivocamente que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles
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REFLEXÃO
"A experiência pessoal e genuína do novo nascimento gera no crente uma natureza
oposta a da queda.” Eliezer de Lira e Silva
que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto" (Rm 8.28).
3. Desfrutando a paz do Senhor. Olhar para o sofrimento e a aflição humana e, paradoxalmente, desfrutar da paz de Cristo, parece- nos loucura! Mas não o é quando entendemos que Deus age segundo o conselho da sua vontade, visando sempre o bem e o crescimento dos seus filhos. O deserto da vida não é percorrido sob a ilusão mágica da “sombra e água fresca”, mas com os pés firmes na realidade desértica do sol escaldante (Rm 5.1-5; Fp 4.7). Nesse interregno, porém, desfrutamos a bondade, a miseri-
/ córdia e a proteção do Criador dosI céus e da terra. Mesmo vivendo em
um mundo de aflições, podemos experimentar a paz que excede todo o entendimento e cantar em alto e bom som o coro do hino 178 da Harpa Cristã: “Paz, paz/ gloriosa paz/ Paz, paz/ perfeita paz/ desde que Cristo minh’alma salvou/tenho doce pazl”.
SINOPSE DO TÓ PICO (3)O crente em Jesus pode cres
cer na graça e desfrutar a paz de Deus em meio ao sofrimento. O Senhor é soberano e tudo coopera para o bem daqueles que O amam.
RESPONDA5. Você pode, mesmo no sofrimento, desfrutar da paz do Senhor?
CONCLUSÃONeste mundo, estamos sujei
tos às aflições e sofrimentos de qualquer espécie. A vida cristã envolve períodos difíceis e trabalhosos. No entanto, se a nossa expectativa estiver na soberania de Deus e no seu bem, desfrutaremos, mesmo que andemos em aflição, da mais perfeita e sublime paz de Cristo. Que ao longo desse trimestre, o Todo-Poderoso ilumine-lhe a mente e o coração para deleitar-se em sua eterna e maravilhosa graça. Amém!
REFLEXÃO
“Deus usa os ‘espinhos e cardos’ que infestaram a Criação desde a Queda para nos ensinar, castigar,
santificar, e transformar, preparando-nos para aquele novo céu e nova terra. Isso é algo que eu bem entendo: as maiores bênçãos de minha vida emergiram do sofrimento, e tenho visto o mesmo
processo repetido em incontáveis vidas."Charles Colson e Nancy Pearcey
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VOCABULÁRIOInterregno: Intervalo, interrupção momentânea; interlúdio. Paradoxalmente: Pensamento, proposição ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano. Cataclísm ica: Catastrófica, trágica, convulsão, revolução.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. E A go ra Com o V iverem o s?2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000. RHODES, Ron. Por que co isa s ru in s acontecem se D eus é bom? l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
k.
SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n° 51, p.36.
AUXILIO BIBLIOGRÁFICO
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. A devastação provocada pela ação irresponsável do homem.
2. Sim. As enfermidades também atingem os salvos e são consequên
cia da queda.3. Um processo de degeneração
moral, social e espiritual.4 . Não. Apesar de ter nascido de
novo, o crente em Jesus não deixade experimentar o sofrimento.
5. Mesmo, vivendo em um mundo de aflições, podemos experi
mentar a paz que excede todo o entendimento.
S u b s íd io a p o lo g é t ic o
“Sofrer fa z algum sentido?‘Um Deus que não aboliu o so
frimento - pior ainda, um Deus que aboliu o pecado precisamente pelo sofrimento - é um escândalo para a mente moderna.’ (Peter Kreeft)
[...] É vital reconhecermos a historicidade da Queda. Se a Queda é meramente um símbolo, enquanto na realidade o pecado é intrínseco à natureza humana, então voltamos ao dilema de Einstein: que Deus criou o mal e está implicado em nossos erros. As Escrituras dão uma resposta genuína para o problema do mal somente porque insiste que Deus criou o mundo originalmente bom - e que o mal entrou num certo ponto da história. E quando isso aconteceu, causou uma mudança cataclísmica, distorcendo e desfigurando a Criação, resultando em morte e destruição. É por esse motivo que o mal é tão odioso, tão repulsivo, tão trágico. Nossa resposta é inteiramente apropriada, e a única razão por que Deus pode realmente nos confortar é que Ele está do nosso lado. Ele não criou o mal, e também, detesta a maneira com que isso desfigurou o trabalho de suas mãos” (COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. E A gora Como Viverem os? 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.258).
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