UNIVERSIDADE DE SA O PAULO/Nsr/ru ro DE c EoctÉrucms
GEOQUíTUIGA, GEOLOGIA ISOTÓP¡CA EASPECTOS PETROLÖGICOS DOS DIQUES
rr¡ÁrIcos PRÉ-CAMBRIANOS DA REG¡ÃO DELAVRAS (MG),ppRçno suL Do cnÁroN Do
SAO FRANCISCO
.losÉ PAtJLo PECCTNíNI PINESE
Orientador: Prof. Dr. Wilson Teixeira
TESE Db- DO.;TORAM*-,r.ït)
¿ctMlssÃo ., r r i-rìADo rl,,\
Presidente: Prof. Dr.
Examinadores: Prof. Dr.
Protq DÉ
Plof. Dr.
Prof. Dr.
l.lome
Wilson Teixeira
Asit Choudhuri
Marly Babinski
Maurício Antônio Carrreiro
Vicente Antonio V. Giradi
, ,.Assinaturab(,*oþf Cl-*,'iL----:
SÃO ¡ ¡rULr)'i997
/ L,"^
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOINSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
GEOQUíUICA, GEOLOGIA ¡SOTÓPICA E ASPECTOSpETRolóctcos Dos Dteu ES rvlÁFtcosPNÉ.CAMBRIANOS DA REG¡NO DE LAVRAS (MG),ponçÃo suL Do cnÁroru Do sÃo FRANCTSCO
José Paulo Peccinini Pinese
Orientador: Prof. Dr. Wilson Teixeira
TESE DE DOUTORAMENTO
Programa de Pós-Graduação em Geoquímica e Geotectônica
DEDALUS-Acervo-tGC
1Itililililililtililililililtililtililtililtililililtilililil
SÃO PAULO1997
30900005402
¡\ nrinha filha Bcatriz.
pelo amor incondicronal.
À minha esposa Iì.osely,
pelo calinho. coÍnpreensão e ¡raciêr.rcia.
À minha mãe Sylvi.r e rì nremória clo mou ¡rai Agenor'.
pelo dor.n da vlda e os ensinamcntos sobre ela
I
AGRADIICIMENTOS
Em primeiro lugar a Deus, criador do Cráton do Sâo Francisco e seus
inúmeros enigmas. Quem sabe um dia ele nos contará sua verdaderra história evolutiva.
Agradeço ao Proi Dr. Wilson 'I'eixeira pela orientação, apoio, paciência e os
constantes ensinamentos prestacios na reahzação deste trabalho. Sobretudo, pelo rnccntivo
diário na busca das melhores soluções para o aprimoramento constante da pesquisa. Minha
eterna gratidão.
Com a mesma gratidão, dir'¡o meus agradeeirnentos ao Frol D¡. Iinzo
Michele Pìccirillo pelas inúmeras discussões críticas e valiosas sugestões que, sem dúvida. em
muito contribuíram na elaboração deste trabalho. Pela oportunidade concedida para o rlosso
tteinamento, pela olientação e apoio na realização das análises c1uímicas et¡ rocha total e de
pafte das análises isotópicas. realizadas nos laboratórios do Depañamento de Ciêncras da
'ïerra da Universidade de 'frieste, ltália.
A Prola. Dla. Leila Marques do lnstituto Astronômico e Geofisico (USP)
pclas drscussões e conselhos sernpre altamente pedinentes e importautes uo desenvolvimento
desta tese.
Aos Profs. Drs. Joel J. G. Quéniéneur (UFMG), Mauríoio Carneiro (UFOP)
e lssar¡u Endo (UFOP) pelo con'rpanhelrismo e as diversas discussões geológicas urultas
vezes 'in loco". lìm particular-. ao Prof. Quér.néneur pela ccssão de algutnas amostras dos
diques da região de Bo¡n Sucesso (MG) e empLéstimo da imagem de satélite.
r\o grupo de paieomagnetismo do lnstltuto Astronômico e Geofisrco (USP)
nas pessoas da Proß. Dra. l\4aLcia Rrnesto, Prol. Dr'. Igol L G Pacca. I)r. Manoel D'Aglella
Filho e o Msc. Cosme Ferreira, llor incenl.ivarem a rnleglação dos trabalhos
geoquímrcos/paleomagnéticos e que na fasc inicial do pro.jeto plopicizu'am apoio logístico
para dìversas etapas de oarnpo
Ao Prol. Dr. Ciiuliano ìlellleni clo Departamento cle Minelalogia e Petrologra
da tJnivelsidade de Phdua 1ltália). por polrnilil a utilização da microssonda eletrônica daquclc
depaltamento, bem como auxiliar na oonf'ecçâo clas análises quimicirs das fases minerais.
'\o Pl'ol Dl Iìiccal'do Petrrrri ¡rclos cnsinamcntos c acontpaniraurento
metodoló.r¡icü das análises isotópioas Sm-rl-d. quando do lrosso cstágro Iro L,aboratci¡io cle
Geoqurmica ìsotóprca da Universidade de 'Iì ieste. ltálra.
Ao Prol Dr. Francesco Princivalie, Dr. Angeio De Min, Dr. Paolo Antonint.
e ao pessoal técnico-admìnistrativo (Romano, Silvana e Lorenzo) do conjunto de laboratórios
da lJniversrdade de Trieste, pelo rncondicional suporte técnico e logístico durante minha
estadia na ltália. Particularmente, ao colega e amigo Dr. Angelo De Min pelos ensinamentos
quanto ao procedimento e realização em fluorescência de raios-X das análises químrcas em
rocha total.
Aos Profs. Drs. Gilberto Lage c iJélcio Andrade da Escola Sr-rperior de
Agricultura de l-avras (ESAL,-MEC), pelo auxilio na obtenção da infraestrutura para os
trabalhos de campo como veículo e alojamento.
Ao Dr. Paul Renne do "lìerkeley (ìeochronology Center" (EUA) pela
cooperação ¡rrestacia por meio das anállses ooAr-tu,\r.
Aos amigos e colegas do Instituto de Geociências da USP. em especial Plof
Dr. Gergely Szabó, Dra. Silvia VieiLa, Prol Dr'. Marcos Egydio Silva, Vera l-ucia Pereila,
Ossama Arala, Diana Ragatky, Miguel Tuprnarnl¡á e Roseli lmbernor.l, entre tantos outros.
pela amizade, incentivo e oompreensão no deourso das diversas etapas deste trabalho
Parlicularmente, ao grande colega e arnigo Prof. Dr. Joel Sígolo (Dr. JB) um agradecimento
adicronal pelo convívio, amizade e apoio logístico na cidade de São Paulo.
Ao corpo tócnico do Centlo de Pesquisas Geocronológicas (CPGeo-USl,).
I-ilrane Petronilho, Marqanda N4artir.rs. Ivor.re Sonoki, I-lelen Sonokl. Valéria C¡lstina lìeis
Santos, Solarrge Souza. Décio Rosas, João Antunes, José Gouveia (In memorian), Artur'
'fakashi, Walter- Spr:oesser. Claudio Comerlatti e o incansável l{ev Sato, pelo apoio
laboratorial na execuçào das análises isotópicas.
,¡\o lnstrtuto de Geociências da USP, ao corllo cfoceule uele lotado e ao
¡ressoal técn ico-admiuistrativo que lorneoeLam sern restrições tocla a infi aestlutr"rla disponivel
pala o born desenvoivimento deste trabalho.
.Ao Depaúarnento de Cieociências da Univer sidade llstadual de l-,ondr-ina e
aos colegas deste de¡rartamento. rnuitissimo clbrigado pelo per'íodo de licença concedida e
a¡roio ilrestnto no desenvolvimento deste t¡abalho.
lì'inalmente. treradeço as instrtuições c¡ue l'inancìaram esla lcse- ¡ sa[rcr:
Ir,4.Pl.jSp (Pioc 92i0-s9l-0). C,r-Pq (Proc. 201.3iJ5/94-5. bolsa no cxtcljo¡). C,\PIS-PICD c
CNIì (ltáha)
Ill
RESUMO
Na região de Lav¡as - IJom Sucesso (Minas Gerars), Iocaliz.ada na porçâo
extremo sul do Cráton do São Francisco, alojam-se corpos de diques máficos pré-cambrianos
diagnósticos da existôncia de no minimo dois enx¿rmes. Tais diques, são intr.usivos
principalmente em crosta arqueana (27 90 - 2660 Ma) que foi parcialmente retrabalhada no
Paleoproterozóico (2140 - 1980 Ma) sendo que parte deles secciona as supracrustais do
Supergrupo Minas na Serla de Bom Sucesso. Orientam-se pleferencialmente a N400-600W,
N2O0-4008, N-S e suborclinad¿ìmente a N 100-300W, N500-70\l e E-W. Em geral, os ditlues
com direções N4O0-600W são os mais espessos (até 10Om) e os mais longos (até 30Km).
Estudos petrográficos e dados de campo permitem subdividir os diques
máficos nos seguintes grupos. 1) diques básicos noríticos (DBN); 2) diques básrcos - I (DB¡);
3) clrques básicos - 2 (DBz);4) diques metabásicos (DMB); 5) drques anfibolíticos (DA)
Similaridades mineralógicas (e.g, presença de biotita como acessörio e
bronzita) são assinaladas entre os DBr e DBN Dados geoquímicos revelam que os DBt se
constituem no prosseguimento evolutivo dos DBN, sendo o conjunto denominado de suíte
básico norítica. Por outro lado, os tipos não metamórficos DB2 se constituem em um grupo
composicionalmente diferente denominado de suíte básica. Os diques desta suíte são
predominantemente basaltos toleíticos, enquanto aqueles da suíte básrco ¡.lol'ítica såo
representados ¡ror- Lrasaltos e andesi-basaltos toleíticos. Quìmicamente, zi evolução clos
piroxônios teafirma a afinidade toleítica destas suites. As similaridades químicas e os dados
Rb-Sl sugerem que os diques metamórficos (DMB e DA) este.jam relacionados à evolução da
suíte bÍisica.
Ilclncr)los r))al()rcs c lraços uss lalarn clrlcrcrrças ù()rrposrcioniìis
signrficativas entre os drques má1ìcos da suíte básica e aqueles da suite báslco noritica. Para o
mesmo índìce evolutn'o f mg(0,1 5)# 0.501 os diques cìa suíte básico noritica zrpresentam
tur¿riores concentrações cm SiOz (55 vs 5l%); KzO (1.2 vs 0,5%); lìb (40 vs I0 ppm); Sr (225
vs 140 ppni); lla (300 vs 90 pprr) e lrìenores concentrações cm: IreOt ( l0 vs l3%); CaO (9 vs
10o/o) eY (23 vs 35 ppm). quando comparados aos drques da suite básica. As variaçòes nos
valores das razóes Zrllla (0,23 a 0,73 vs 0.ói a 3.10),'ZrlC.a (2.8 a 4..0 vs 3.7 a 5,9) e Zrllttr
(1.9 a 5,7 vs 4.0 ¿r 24.(r). s¿ìo scr'ì1pr e n.ìeûorcs para os exernplares básico noliticos. r'atrrìcanclo
as cliferenças cluimicas cr.rtl'e as suites. ¡\dicionalmente. os padrões dos eler¡entos terras r¿ìras
(ETR) também sâo srgnif icativamcnle dilirentcs. Ern geral, os diques dá suite básico noritroa
IV
apresentam valores mais elevados nas razões LaN/YbN (6.1 a 5,8 vs 2,0 a 1,6), La¡/Sm¡ (3,5 a
3,0 vs 1,6 a 1,4) e SmN/YbN (2,0 ai,9 vs 1,3 a l,l) do que os diques da suíte básica. Estes
dados sugerem a presença de duas suítes geoquímicas distintas, clue possivelmente sofreram
processos de enriquecimento em ETR leves comparativamente aos basaltos da cadeia meso-
oceânica ("MORB").
Análises Rb-Sr, Srn-Nd, K-Ar e'OAr-t'Ar indicam a ocorrência cle duas
gerações pré-cambrianas de magmatismo fìssural na legião. A geração mais antiga é
representada pelos diques tla suíte básico norítioa, cujos dados Sm-Nd e¡n concentradc¡s
minerais e rocha total proporcionaram uma isóclona de 2.658 l- 44 Ma (to), razão inicial
'o3Nd/'*oNd (l\ltlI) de 0,50916 t 0,00005 (12 pontos e MSWD = 3). Esra iclade é interpretada
como a idade de intrusão. Dados Rb-Sr produziram uma elrócrona oom idade aparente de
2.788 1:79 (1o), r'azão *tsr/tt'Sr iniciai (Sr¡) de 0,70110 :l 0.00048 (MSWD = 31) O alto
MSWD pode estar relacionado a distúrbios isotópicos ou a características originais da fonte
ou ambos. A segunda geração de diques é representada pela suíte básica, cu.¡a idade de
intrusâo é infe¡ida com base em uma elrócrona Rb-Sr !.875 r' 101 Ma (lo), Sr¡ igual a
0,70255 t 0.00028 e MSWD = 241 e reJações de contemporaneid ade oom o Granito Tabuões,
este ante¡iormente datado pelo rnétodo Rb-Sr em | .932 t 21 Ma.
A evolução isotópica do Sr e Nd rr.rdica que os diques da suite básico noritica
[¿(Nd) =. -2.5 a.]-6, e(Sr) - -18 a t-371 e os diques da suí1e básioa fc(Nd) ..'-5,3 a -0,6; e(Sr) =.
-7 a +40.] predominantemente derivaram de uma fonte enriqueoida comparalivamente a "Terra
Global" C-ontudo, duas amostras da suí1e básrco norítica plotam no quadrante e(Nd) vs e(Sr)
empobrecido, indrcando heterogeneidade que é tiprca de fonte litoslclica. O conjunto de
dados geoquir.r'ricos (e g SiOz, KzO. Ba) aliados aos clados rsotópicos cÌe Sr e Nd. não
demonstram evidências de contaminação crustal durante o ploccss() intrusivo
As suitos básico norítica (2.65 Ga) e l¡ásrca ( 1,9 Ga), evoluiram a partir de
r1ìagr.rlas cluantitativamente comparivers corÌ proccssos de cristalização 1'racionada e
caracterizados pela heterogeneidade em l)equena escala. Tais nìaglras se oliginararn, n<r
ent¿ìr]fo. a partil'de dr¡as lbntes geocluirr icarrente dlstlntâs. LIma ¡Icr¡riciou a suíte básico
noritica e é caracter-izad¿¡ por anomalias ¡regativas de :,\b, P. Srn e'l-i. A outla pr-opiciou iì sultc
I¡ásrca c é cal'acterrzad¿r pclas anornalras negativas de ìla. l(- Sr e l:u c pela anomalia l)osrlrva
de-l"h Ëstes dados, demonstl'am u n'ì colllpor-tamcrìto dil'erenciado entre o lrìanto litosférico do
Neoarqueano e aquele do Paleoproterozóico. Adicionalmente, a anomalia negatíva de Nb da
suíte básico norítica (2,65 Ga), sugere que o manto litosférico no Neoarqueano possa ter sido
fertilizado através de um prÕcesso de subducção envolvendo crosta oceânica e/ou sedimentos
terrigenos continentais.
Cornparações isotópicas e geoquímìcas dos diques de Lavras com outros
enxanìes de diques no âmbito do C¡áton do São Francisco revelam que a suite básica (l,9 Ga)
apresenta similaridades composicionais com o enxame de Uauá (Bahia), entre outros.
sugerindo um possível manto subcontinental geoquimrcamente similar em diferentes porçòes
do segmento cratônico.
Tectonicamente, os diques da suíte básico norítica (2 658 Ma) intrudiram a
crosta continental sob r-egime extensional apcis o l.ivento Rio das velhas (2.780-2 700 Ma).
ilustrando os processos finais de estabilização do Complexo Campo llelo. Os diques cla s'rite
básica (1.875 Ma), teriam se colocado durante a tectônica extensional associada aos estágios
finais cla orogenia transamazônica, responsável pelo desenvolvimenlo do Arco Magrnático
Mineiro.
VI
ABSTRACT
At least t\¡ro ltrecatnbrian mafic dyke swarms are located in Lavras - llom
Sucesso region in the southern part of São Francisco Craton (Minas Gerais State, Brazil).
Such dykes are intrusive into Archean rocks of the Campo Belo Complex (27 90 - 2660 Ma)
that \ /ere reworked in the Paleoprot erozoic (2140 - 1980 Ma) and some of them intruded the
supraorustals of the Minas Supergroup. T'he clykes trend preferably N400-600W, N200-4008,
N-S and subordinantly N100-300W, N500-7008, B-W orientations, and those oriented N4O0-
600W are the tickest (untit 100 m) and the longest dykes (untrl 30 Km).
Petrographic studies and field data suppofi the subdivision of the dykes in
the followrng groups: l)basic-noritic dykes (BND); 2) basic dykos I (BD¡); 3) basic dykes 2
(BDr); a) metabasic dykes (Mì3D); 5) amphrbolitíc dykes (AD). The IlDr has similar
mineralogical composition (e.g. biotite accessory and bronzite) when compared to the ÈiND.
Geochemical data show that the BD r and BND belong to a same group
named basic-noritic suite. the former being the more evolved member in the suite. On the
other irand, llD2 is compositionally different f¡om this suite and rs named basic suite. The
basic suite dykes are predominantly tholeiitic basalts while the basic-noritic suite oomprises
tholeirtic basalts and {holeiitic andesi-basalts. The cliemical similarities and Rb-Sr isotope
data suggest that the rr.retamor¡rhic dykes (MBD and AD) ale related to the basic suite
evolutior.l.
Major and lrace elements tevcal significant compositional varialtons
between thesc two dvke suites The basic-noritic suite displays higher corrtents of SiOz (55 vs
5l%), KrO (1 2 vs 0 59'6), Rb (40 vs l0 ppm), Sr (225 vs I40 ppm). Ba (300 vs 90 ppm) tl.ran
those from tlie l¡asjc surte. Lrased on sir-nilar mg/l values [(Mg''?/Mg '?r-¡e':) to [re2O1/feg "'
O.l5l. Basic-noritic and basic suites are distinct in telms of ZrlBa, Zr/Ce and Zrll{b ratios.
'l-he basic-nofltio suite has ZrlBa (0.23 to 0.73). ZrlCe (2.8 to 4.0) and ZrlRt¿ (1.9 to 5.7)
ratios usually lower than those of the basic suile (higher than 0.(rl, 3.7 and 4.0, respectively).
'l-he IìEE patterns aiso indicate significant dlfferencesr basic-noritic suite locks irave higher'
normalized l-aN/Ybr (6.I to 5.8). La¡/Sm^* (3.5 to 3.0) and Srns/Ybr (2.0 to 1.9) values
compat ed to those ol' thc basic suite ¡ocks (2.0 to l .ó. 1.6 to 1 .4: i 3 to 1 1, r:espectivelv)
'I'hesc data indicate that lhe L-a., ras d¡,kes delivecl fi-onr tr.r,o clifl'erent geocherrioal suitcs l¡otl.r
enriched in LREE when compared Lo MORB.
v1l
Rb-Sr, Sm-Nd, K-Ar ancl unA.-"A. dates. reveal the existence of two
generations of tl-re Precarnbrian maftc dykes in the study area. The oldest generation. the
basic-noritic suite, presents a Sm-Nd mineral ¿urd whole rock isochron that yielded a
'utNd/'ttNd initial ratio of the 0.50916 t 0.00005 (12 points; MSWD = 3) and age oli 2,658 I
44 Ma (1o.), interpreted as the intrusion age. The Rb-Sr whole rock systematics of the basic-
noritic suife was probably either disturbed by Paleopr oterozoic events that overprinted the
country rooks or they reflect the nature of the source or both. A nine points errorchron yields
an apparent age of 2,788 :l- 79 Ma (1o) and ttsr/"'S, initial (Sr¡) of O 70l l0 r 0 00048
(MSWD = 3 1). Tlie second generation of dykes comprises a basic suite and has a Rb-Sr
errorchron age of 1,875 'r- 101 Ma (to), Sr1 of 0.70255 t 0 00028 and MSWD ol 24 (7
points). ln additron, according to field relations these dykes are oorttemporàneous to the
Tabuões granite (Rb-Sr age oî 1 ,932 t 2l Ma)
'fhe variation rn the e(Nd) and e(SL) values on the basic-noritic [e(Nd) : -2 5
to +6; e(Sf : -18 to +37, for'Io = 2.65 Gal and basic suites le(Nd) - -5.3 to -0.6; e(Sr) : -7 to
+40, lòr To - 1.9 Ga] indicales that these suites are derived predominantly from an euriched
source comparing tÒ the Bulk Ear1h. I'Iowever two samples of the basic-noritic suite plot on
the depleted quadrant of the e(Nd) vs e(Sr) diagram and thrs indrcates a heterogeneity of the
lithospherio nrantle source. Ììurthermore, the plot all ol'these data in an e(Nd) vs e(S0
cìiagram might suggest a radìogenic Sr and Nd contamination of tl.re Lrasic-noritic suiie fron'l
the Archean crusl dul'ing the intrusion. Nevertheless, this assessmenl is not supporled neither
by the negative correlation between SiO:^ lizO. l{b. S[ and 8 /5r/rì65r initial ratios nor the
positive corlelation wlth the'u'N,l/'tuNd initial ratlos.
'lhe basic-noritic and basic suites are consistcnl with magmas whtch evolved
liom fractional crystallization processes, derived f'rom two differenl sources. One o1'them
provided a basic-noritic suite and i1 rs characterized by negative anomalies of Ntr, P, Srl and
'I-i The othel' one pr-ovided the basic suite and it is oharactenzcd b¡' negative ano¡.nalies of Ba'
I(. Sr, llu and positive anornaly of Th. lhese data suggcst a litliospheric rrantle wrtll
composttronal differences from the Neoarchean to Paleoprotct'ozo tc tintes. ln addition. the Nb
negativc anorraly inclicatcs a lrthospheric rr¿rntle in thc.\rche¿¡n. probably r.netassomatized. b¡,
crusral corl¡ronents rclatecl to iìehvdratioll iti a subductiirg slzLb proccsscs.
viii
Isotope and geochemrcal data reveal that the basic suite dykes of Lavras are
similar to the Paleoproterozoic dyke swarm of Uauá (Bahia). in the São Francrsco Craton.
Tectonioally, the basic-noritic suite (2,658 Ma) probably originated during
extensional conditrons in the continental crust after Rio das Velhas event (2,780-2,700 Ma),
and it represents the cratonization stage of the Campo Belo Cornplex evolution. l-he basic
suile (1,875 Ma) formed witliin the margin of this Archean continent during the late-stage
extensional phase of the 'fransamazonian orogeny that fbrmed the Mineiro l3elt rnagmatic arc.
INDICI!
r - TNTRoDUÇÀo
I. I - Genera1idades....................
LZ - Localização e acesso à área investrgada........,. .. .,., ...
L3 - Principais características dos enxames de diques n'ráficos..............
f r ù,{f Trìrìrìr rìf'r ,1
ll. I - Trabalhos fotointerpretativos......................
I l.2 - l'rabalhos de canrpo..........
ll.3 - Tlabalhos laboraloriais...
III - O SBGMENTO SUL DO CRÁTON DO SÃO FRANCISCO ..,,
Iì.I.ì - Introduçào.. .. . .
IIl.2 - Quadro Gcológrco-Geocronológrco lìegronal..
IV, CONTEX'TO GEOLÓGICO LOCAL
IV. I - Unidades arqueanas da lnfraestrutura.......... ........
lV.2 - Unìdades paleoproterozórcas clo Cintul'ão Mineiro e rnars joverrs
lV.3 - O Rnxame de Diques Málicos de Lavras.
V. I'E]'IìOGIIAITIA B QTJÍMICA MINIIIIAI,.
V I - l)crrogra lì a
V i I - Diqucsbásicosnoritlcos.
Vìl-l)iquesbasicosl
V I J - Diqucsl'ás¡cos 1...
\¡. 1.4 - Diques metabásicos.
V. 1 5 - l)rques anfiboliticos....
VJ-QuinlcaMinclol..
\'l I - I'irr,xil,ius .......
\'.1. J - licldsparos....... ......
.001
.001
002
002
007
007
008
009
.0t5
015
015
023
.023
030
033
.03 9
039
040
044
.447
050
0,s 3
.05(.¡
057
0(¡2
V.2.3 - Minerais opacos
V.2.4 - Olivina
V 2.5 - Anfibólios ... .. ... .....
vr- r.rroGEoQUÍMrcA
VI. 1 - Mot¡ilidade de elementos em processos metamórfioos, hidrofermal
intempérico.
VL2 - Classificação Geoquírnica
VL2.1 - CIassificação com base no conteúdo em silloa e álcalis.... .... ..
VI.2.2 - Classificaçào com base no diagrama Rr x R:...........
VL3 - Caractenzação Geoquímica....................
VL3.I - Elementos maiores e traços.,.......
YI.3.2 - Blementos terras raras........
VTT - GIIOCITÛ¡ìOLOGIÂ Tì GEÜQUiMICA ISÛTÓPICA
VIl.l - Geocronologia. .
VII I 1 - Sistemas K-Ar e ot'Ar-3eAr..
.. ..........
Vìll:-Sistcmalìb-Sr
Vll. L3 - Sisten.ra Sn-Nd..
Vli.2 - Geoquímica lsotóprca.....
VIII - ASPI!( I OS PI.- IIìOGENIi I'ICOS
Vlll.I - Crrstahzaçào Fraoionad à...........
Vlll.2 - lnfèrôncias sobre a natureza da l'onte...
IX - COMP,A.Tì/\ÇAO COM OIJT'ROS ENX,AMBS DIl DIQIjES MAFICOS
x - C'ONCLUSOtiS
vI ItItìt ìlll:l)ÀI.-l !
065
065
065
06'7
0ó7
017_
013
.073
01'1
.o17
089
098
098
099
.Ì0t
t06
I I0
tt1
111
128
138
ì.+l
Apêndice l: Análises químicas em rocha total (elementos rnarol'es e traços)
Apêndice 2: Análises químicas das principais fases minerais...
Apôndice 3: Desorrçôes petrográficas simplificadas das amostras estudadas
XI
155
170
116
r - TNTRODUÇ.A.O
I.l - Generalidadcs
Na última década o estudo do magtnatisnro básico sob forma de cnxame de
diques, tem assumido papel r-elevante na elucrdação dos prooessos mantélicos e tectônicos
envolvidos (e.g. ìJ.a.lls, 1987; Condie et al, 1987. Oliveira et al, 1990; Choudhuri et al, 1990;
Teixeira, 1990; l'Iall & IIughes, 1990: Prccirillo et al, ì990; Bellienr et al, 1991; Summers et
al, 1995; Vuollo et al, 1995; Heimann et al, 1995; Wifth & Vervoort, 1995). Com relação a
este tema, a geocronologra associada a geoquímica isofópica, l¡em como as investigações
geoquímrcas são ferramentas imprescindiveis na complementação cle estudos de evolr"rção de
segmentos crustais de diferentes idades
No lcste brasileiro, o C¡áton do São Francisco representa um segmento
crustal de evolução ¡rohcíclica teotonicamente estável relatrvarneute ao desenvolvimento dos
ointurões móveis do Ciolo llrasiliancl que o oircundam. Os evetitos distensivos que ooor reram
no Cìráton, no pré-Cambriano. propiciaram a intrusäo de vários enxames de diques máficos,
parte dos quais já loram objeto de estudos diversos (e.g, Parenti Couto et al. 1983. Sial et al,
1987; Ieixeita et al. 1988. D'Aglella Fìlho et al. I 990; Bellienr et al, I 991 ; Quémeneur.
199l. Correa Gomes ct al, 1991. D'Aglella Filho, 1992, Menezes, 1992. Moracs Brito. 1992;
Bastos l-eal. 1992; Oliveira. 1993;lìastos Leal et al, )994; Oliveira & Ta¡ney, 1995; Menezes
Leal ot al. 1995, Chaves, 1996; Prrrese et al. 1995).
O lato de existir uma densidade elevada de clrques urá1ìcos pré-oambrranos
na porção extren'ìo sul do C¡áton do São irrancisco e ¿i inexistôncia. ató o momento. de
estudos sistelnáticos sobre os mesmos. justificaram o interesso peio clesenvolvrmento do
presente trabalho. sem contudo tcr a prctensão dc esgotal unl assunto tão arnplo.
A presellte pesquisa ten'ì oomo ob.jetivos oo¡rtribuir no melhor entendinento
do rnagmatisn.ro básico pré-cambriano fissural cla porção r.neridional do Cráton do São
Francisoo. por meio de invcstigações rsotóprcas e geoquimicas l'undamenladas em estudos
l)clr()sräfieos c ,.ìc i¡urrnrca nrrncrll. l,ilLt lìns Jc iDvtslrr:uI ,rs Illoccssos nlAulralrcos L
1ec1ônicos crrvolvrdos na suir colocaçiìo.
I.2 - t,ocalização e Acesso à Área Investigada
A área investigada neste t¡abalho localiza-se a sudoeste da cidade de Belo
l{orizonte e é parte integrante da região sudeste do Estado de Minas Gerais (Fig. I.1 e I 2) É
bahzada pelos meridianos 44u00' e 45"30' cle longitude oeste de Greenwich e os paralelos
20o 45' e 21"20' de latitude sul. A extensão territorial é da order¡ de 9 000 Km2 e está
compreendida pelas seguintes folhas topográficas (lBGË) na escala l:50.000 : Santana do
Jacar'é, Nepomuceno, Santo Antônio do Amparo. Lavras, São'Iiago, Nazareno, Jacarandira e
São João Del Rei.
O acesso à ár'ea investigada é facilitado pelas Rodovias Fedelais "Fernão
Dias" (Blì-381) e "I-avras-llarbacena" (BR-265) Para viagens cor¡ saídas da cidade de São
Paulo, o percurso é um pouco mais longo (cerca de 350 Km de Lavras) do que aquele com
origem ern Belo Horizonte (cerca de 200 Km de Lavras). As principais drenagens que cortam
a regiâo são [epresenladas pelos lros Grande e das Mofles
1.3 - Principais caractcrísticas dos cnxames de diques máficos
Diques de composição básica se dìstribuem por todos os continentes do
Globo Terrestre na forma de enxamcs (IIalls, 1982 e 1987). RecellteÍnente, estas feições
também tem sido assinaladas e interpretadas (Elnst et al. 1995) na superlìcie do planeta
Vônus. Lm getal, os enxan'ìes de diques máficos apresentarn ampla distLibuição geográfica.
prelelenciahnente são quârtzo-to leitos ricos em i'e¡ro, ooorrem rndtvidualìzados na fbrma dc
cor¡ros tabulares, bl-climenslonais, favorecendo rnodelagens geológicas, geoquimrcas c
geofisicas Por esta Iazão. são importantíssimos na eluoidação evoluliva cle blocos
continentais ¡rré-cambrianos. nas análises clc deformaçâo crustal e na compreensão c1e
proccssus rnanl ólicos .: tcetolncos.
ìlnxames de diques máficos encontram-se ¿rssociados a um numcr<l
divel'sjfìcado de arnbientes lectônicos tais colno n'ìarf¡ens de placas tiivelr¿entes
(l,eCheminant & TJeaman. lÇ89), ecìilìcios vulcân jcos en] zonas de subducçào (Walker.
ì!ì87). arrbìentc dc i-etro-arco 1l-looper', 1988). zonas dc colrsão continental (Fór'aud cL al.
I 987), entre outlos.
75" 65"
FIGURA l. I : Localização geográfìca
FIGURA I 2 l-ocaßzação da iirca tnvestigadtr na legião sudeste de Minas Gc¡ais
4
Tais intrusões apresentam registros desde os ¡rrrmórdios de uma litosfera
rigida (3,0 Ga). No entanto, segundo I{alls (1987) alguns periodos no tempo se destac¿u¡
como de maior ocorrência dessa atrvidade magmática intrusiva (-2,9 Ga; -2-5 Ga;2,2 - 1,9
Ga; 1,3 - 1,1 Ga; 0,9 - 0,6 Ga e 0,2 ,0,i Ga).
Em geral, enxames de diques de idade pré-cambriana são mais significativos
do que aqueles do lìanerozólco. indicando condições especiais de tensão crustal propiciadas
por gradientes geotermais elevados, rápida convecção, ou por uma lilosfera delgada.
As dimensões de um eirxâine de diques chega a alcançar mllhões cle
quilôrnetros quadrados. como é o caso do enxame de Mackenzie no Canadá que recotrre uma
ârea de 2,7 milhöes cle km2 (Fahrig, 1987), pocJendo rnclurr em seu clomínio centenas ou
milhares de cliques Em geral, ¿rs dimensões podem auxiliar na elucidação da profundidade e
tamanho da fonte magmática. Individual¡nente os diques podem atingir 700 km cle
comprimento como o grande dique Abitibi (Ernst et al, 1995). I)estaca-se tambérn, o dique
básico do centro oeste da Groenlândia (400 1<m) descrrto por l(alsbeek & '1-aylor (1986).
ltm reiação a espessuras, o Granclc Dique do Zlmbabwe apresenta cerca de
I I km e se destaca daqueles trdos oomo muito espessos, como o dique Jimberlana rla
Austrália (-2,5 Km) e o dique de Muskox (- 500 metros).
Enxames de diques máficos com idades neoalqueanas e da transtção
Arquear.ro/Protelozórco. tcm sido relat¿rdos na: llsocioia [-2.a2 Ga] (llcaman & Tarne¡r, 198!)),
Antártica 1i,2,42 Gal (Sheraton et al, 1987. Kuehner. 1989), Zimbabwc f2,5 Gal (Wilson et al,
I987)t CanadlMatachewan 1i,2,45 Ga) (lleaman. 1995): Canadá/Mrnto Block 12.12 Gal
(Stern et al. 1!)94) e Finlândia f2.45 Gal (Vuollo ct al. 1995). entre outras regiões. Vale
ressaltar, que estes en\âmes são predonr inantellìente cal acterizados por uma composrção
enrrquecida em rnagnésio (MgO), SiO, e l'orte afinrdade noritioa e/ou boninitrca.
De outl'a parte enxan'ìes do Paleopr-otelozóico posicionados entre 1.9 - 2,2
Ga são assrnalados. na Groenlândia [-2.1 3 Ga] (llalsbeek et al, I 978; Kalsbeek & I'aylor'.
1985, llall & Ilughes. 1987). no Uluguai fl.9-ì.7 Gal (llossi et al, 1993. Mazzuochelli er al.
1995), Antártioa f - 1.8 Gal (Collelson & Sheraton. l(,13b. [-rnyon el al. 1993).
Clanadá/Províncra Supclor' l-2,07 Gal (Wiñh & Ve¡voort. I 995). Irinlândia | 2, I - I .9 Cal
(Vuollo et al. 1 995). c ert) outros esot¡dos 1tré-cam ir r r iulos. \i ia de resr¿ì. 1râtar'ì1-se de 'i-r¡leiicls
5
ricos em ferro, embora aqueles da Groenlândia também apresentem cotlposição similar aos
pertencentes ao grupo da h'ansiçãcl Arqueano/Proterozórco.
De maneira gerai, acredita-se que a intrusão de diques é restrita a fraturas
pré-existentes nos diferentes níveis orustais. Entretanto, Bmerman & Marret (1990) sustentam
que a pressão exercida pelo magma por si só é ca¡raz cle gerar fraturamentos, os quais são
posteriormente preenclirdas pelo fluxo magmático.
Este fluxo se propâga tanto na vefiical comô na horizontal e tem sido nrotivo
de amplas discussões sobre sua irradiação a partir dc um centro (loco). Ern pafticular, quanto
a sua capacidade de percorrer grandes distâncias, como observado pafa o enxame Mackenzie
no Canadá (LeChcminant & iJearnan, 1989). Tócnícas como anisotlo¡.la de susceptib ilidade
rnagnética (AMS) tem complementado as ir,vestigações aoerca cla orientação do fluxo
magmático, auxiliando também na definição das fontes magmáticas, conforme relatado por
lìaposo & Erneslo (1995).
IJm geral, a ooorrência de um cnxame está r.elacionada a esforços de tração
conro fruto cle amplos sistemas tectônicos extensionais desenvolvrdos na litosfera. Por- outro
lado, um ou outro enxame tom sido relacionado a zonas de cisaihamento transcorrente (e.g.
Tarney & Weaver, 1987; Cadman et al, 1990; Tarney, 1992).
I)estacal¡-se cntlc os extensronais aqueles associados a rifteamento, como
Proposto por Fahrig (1987). cujo desenvolvimento ocorre em 3 etapas, a saber: r'ifteamenlo
corn intrusão de diques e vulcanismo, inicio da formação do oceano corrì um glupo de cliques
paralelo e outto perpendicular ¿rs margens continentais, lècharnent<l do oceano anferiol'me¡te
aberto, pr-ovocando a deforrnaçâo ou destruição dos cliques paralclos à costa, no decor.r.er da
colisão cor.rtinente-continente.
Divelsos autol es (e.g. 'l-arney & Wcaver. 1987. Cadman et al. I 990¡ Cìor-rea
Gomes et al. I 991 . l-arney, I 992 c Chaves. I 996) tem ¡elacionado enxames de cliques máficos
col-rì zonas de clsalharnento transoon'entes. as quais indicam teren, perlticipaclo da origern clos
diques atlavés de rnatcas de cisalhamentos assinaladas nas borci¿rs da intl'usâo e na eucaixante
adlacente. Enxames de diques situados a noroeste da Escócia. no ocste cia Gloenlândia e no
sudeste cio clhton do Sâo Francisco. coloc¿¡r¿¡m-se sob a influôncia cle zonas de
cisaf h¿rrler¡tos- as quais loranr alivas cJulanle c <lepois do ¡reliodo intrusivo (e.g rarney ct
\Veaver. 1987 e C--haves. 199(¡)
6
Segundo Cadman et al (1990), a colocação de diferentes enxaûìes no
Proterozóico, devc ter ocorrido sob a irrfluência direta de regrmes de cisalhamentos
transtensivos e transpressivos concomitantes e seqùênciais. Desse modo, baseado no fato de
que as zonas de crsalhamento transcorrentes não são homogêneas em termos de condições de
esforços, os segmentos transtensionais destas zonas facilitariam a intrusão magmática em um
primeiro momento, para postenormente tornarem-se segmentos transpressionais ocasionando
o cisalhamento do material intrudrdo.
Urn ponto interessante no desenvolvimento dâs zonas de cisalhamento, c sua
forte associação com o ingresso e migração de fluídos antes durante e após a intrusão. Estes
fluídos são lcsponsáveìs pelo extensivo metamorfsmo registrado nos diques e encarxantes
das proxirnidades, conforme relatado ¡ror' Iarnev & Weaver' ( 1 9 8 7) e 'faLney ( 1 992).
As principais características petrológicas e oomposicionais dos enxames de
diques máficos são extremarnente diversificadas. Iìntretanto, Tarney (1992), Tarney &
Weaver (1987) e C,'ondie et al (1987), r:ntre outros. sintetizatam 4 tipos volumetricame¡te
rnars imporlantcs: a) noritos; oonstituídos pol ortopiroxênios, ciinopiroxônios, biotttas, opacos
e olivinas; b) bronzita-picritos ncos em olivina (20-40%); com orto e clinopiroxênio mais
plagioclásio, flogopita e cl'omita c) quartzo toleítos ricos cm ferro; conslttuidos por
plagioclásio, clìnopiroxênio e t itan onìagnctita como ntinerais hrndamentais, e quartzo,
hornblenda e biotita como urinerais acessór'ros. d) olivina-gabros; com cetca de l5o/o de
olivina. rnrrs plagroclásio c clrnoprroxèni() co¡no prrncipars- c como minerais acessorios
oltoprroxônio. b iotila e opacos
Os tipos t.rol'iticos e picriticos representam um irnportante ti¡to de magma da
transição N eoarqueano/Paleo pr-oterozóioo e. sequndo divclsos ¡tesc¡uisadores (e.g. l{all &Ilughes. 1987; Kuehner'. 1989. \¡uollo et al, 1995), eies aplesentam lbrtes alìnrclades co¡r.ì os
boninilos atuais de al'co de ilha. Designados tamtrém como basaltos enriquecidos em silicio e
magnésio- são composiciouallrenle caractcl'izados por altas concenlrações err: SiO2, MgO,
Cr e Ni e ¡ror baixas concentraçòes ell elementos de alta densidade de carga l(e.g. l ì, Nb. ì-a)
"l-lFSE"l. ¡\d icionahnente. mostrenl-sc tlpic:Ìn.rcntc enrrcluecidos cm elementos terras raras
leves (lìTl{L) e elr;mentos cr¡m ions de grande lamanho [1eg. Ilb. I]a. h) "I-ll,E"l
lìm geral. os diques qu artzo-loleiticos e cje olir.'jna-gabro sÀo caractel'ìzacìos
pcio lbrte enriqueciotento er.n Jèno, aìias conceniraçòes enl "l,ll,li". "lÌFSË" c ITItL.
7
O comportamento dos elementos traços. normalizados ao manto primrtrvo.
comprova as fortes semelhanças asstualadas elltre os drqr,res de olivina-gabro e os quartzo-
toleíticos. No tocante aos nor¡tos e prcrltos assinalam-se t¿rmbém semelhanças
composicionais, em particular se destacam as fortes anomalias negativas de Nb, P e l"i
(Tarney & Weaver, 1987).
Entretalìtô, o comportamento dos elementos traços mostra que os diques
noríticos e picrí1icos são relativamente mais enriquecidos em "LII-E" e ETRI- do que os
diques quartzo-toleíticos c de olivina-gabro
As semelhanças e as discrepâncias entre estes tipos, conduziram "larney &
Weavor (1987) e Tarne¡r (1992) a sugerir duas fontes nrantélicâs para a geraçâo dos 4 trpos.
Uma rica em ferro para o conjunto do diques quarlzololeítìcos c de ohvina-gabro e outra, r'ica
em magnésio para o conjunto dos noritos e picritos.
Il - Metodologia
Com a finalidade de alcançar os objetivos propostos lbram leahzadas as
seguintes etapas de trabalho.
Il.1 - 'Ir¡balhos Fotointerp retativos
Concomitante a l evisão porrnenorizada da bibliografia existente l ealizararn-
se os cstudos lbto interpretativos da regiâo investigada. Nesta etapa. 1'oram analisadas cerca de
109 fotos ¿rér'eas do vôcr da PROSPEC dc 1985, pertencentes a CIEMIG e ern escala
aproximada de I r30 000.
lnioialmente as lotoglal'ias lbram preparadas para estereoscopia c
delirritação da ár'ea. ¡rala loto após, prooeder-se a aphcaçào cle téonicas de lìtoleitura. Neste
sentido, o plin.reiro passo lil o reconhecimento das drenagens e dos prrncipais lineamentos
i'o¡necidos tanto peio leìevo quanto ¡rela drenagern. llstes lineamcntos lbram u r.n dos
principais critérios utilizados com vistas iì ìdentilìcaç:âo prelir.ninar de cìrqucs. os quais fbrarn
confiruraclos ou nào enl lraball.ros cle caurpo l-odavia- outros clitót.ios como padrào dc
clrenagetrr, densrdade de drcnagem. texlur¿ì, estrutura, fo¡mas de relevo e decljvidade tamLleur
foram utilìzaclos conì a linalldade de situar as clifelentes litolor¡ias envolvidas no cor'rlexto
8
geológico local. A vegetação e o tipo de erosão não foram levados ern consideração, haja
visto-a grande intervenção humana na região.
Na confecção do esboço geológico local, a fotointerpretação contribuiu
principalnente na delirnitação das unidades geológicas e somente em alguns casos os
resultados não foram satisfatórros, isfo provavelmente em função da similandade petrográfica
e naturidade geomorfológica das unidades. um típico exemplo rra região, é cl aclo pela
similaridade entle gnaisses graníticos migmatizados e granilos tipo Born Sucesso (Fig lv I )
Os dados da f'otointerpretação permitiram tambér¡ a construção de uq ma¡ra
de diques (F'ig lv 2), os quais estiveram sempre monitorados pelos cÌados de campo.
ìlntretanto, alguns diques não foram identificados nos estudos fotogeológioos por
apresentarem comprimeutos e espessulas nâo compatíveis com a escala disponivel, ou 11ìestro
estarem recobertos por reativações maisjovens como escorregâmento de solo. Estes diques
forarn inselidos no nlapa conl base exclusivamente l.ìas obselações de campo
Adicionah¡ente foi utilizada nas rnterpretações uma imagem do satélite
Francôs sPor na escala l :250.000 (gentilmente cedida p.: Io prol'. Dr. J.euéméneur da
UFMG) da qual se extrairam os grandes lineamentos NW (noroeste) que cortam a região e.
que na verdade, correspondem a diques de extensão quilométrica clo tipo DB1 (veja
petrografia). Este tipo de locha, embora de fácrl visualização em irnagem de satélite.
raramente possilrilrta seu monitoramento em fotos aéreas no exemplo estudado.
II.2 - 'Iraballlos de Campo
Após a confecção de um mapa aerofotogeo lógico pr-elimrnar. aprimoratlo ¡odecorrer das atividades de czrmpo. proourou-sc coletar um número oada vez cl'escente cle
inl'ornrações sob¡'e os diques máfìcos e suas encaixanles. (ìurnpr-e ressaltar, clue <l esboço
geológroo confèccionado nesta tese (veja cap. lV), apoiou-se j:undamentalmente na
carlografìa geológica pl oposta por Quérnéneur ( I 99(¡), e que o mesmo não l-eflete um
¡rapeamento sistemático da região. mas sim urna investigaçào acel'ca dos diques máficos
locais
A.s bases gcológicas tìti1ìzadas no inicio cios trabalhos 1òr'am. Clarta
ceológica do lJrasrl ao \4ilionésjmo. l:ìolha llio de J aneiro/V itóriaz'lguape. (DNpM, I97g).
car-ta Geolrigrca do Proleto Sapucai. na escala I :250 000 (c,-avalcanle et aì, 1979) c nrapa
9
geológico da região de Bom Sucesso - São João Del Iìei (MG), que enfaiza a geologia da
porção leste da Serra de Bom Sucesso, conforme Quéméneur(1991).
Desse modo, um total de 8 campanhas de campo foram realizadas,
totalizando 73 dias de atividades. as quais permilrram a âmostlagenl sistemática de
aproximadamente 110 diques máficos (121 arnostras) bem como, estudos de detalhe de
alguns corpos específicos, caracterização da forma, dimensões, contatos, espessuras, estrutura
e geometria.
Com a finalidade de controlar e checar as rochas encaixantes destes corpos
intrusrvos, foram coletadas 62 amostras do embasamento cristalino que, adicionadas as
descrições dos afloramentos no campo permrtiram a elaboraçâo do esboço geológico da
região (Fig. lV.l) Para tanto, foranr utilizadas oomo base cartográfioa as folhas Vargrnha.
Barbacena, Iìurnas e Divurópolis, na escala 1:250.000 e editadas pelo IBGE (i979).
II.3 - 'l'rabalhos Lnbornforiais
Todas as amosuas coletadas foranr analisadas pelrogtaficanrente através do
mìcroscópio de luz polarizada. As seções delgadas permitiram a caracterização mineralógica,
granulométrica e textulal das lochas investigadas Adicronalmente, foram avaliados os
percentuais em volume das principais fases mìnerais.
Do conjunto de diques máficos, l2\ amostras foram analisadas
cluimioamente nos labol'atór.ios do Departamer.ito de Ciôncias da 'l'el ra da Universidade de
Triesre, Itália, sendo que l5 enlre estas foram cedidas pelo Proi Jocl Quéméneur. Análises
quirnicas também Jbram elètuadas cm 45 arnostras de roclras do elnbasamento metamórfrco.
No caso das iutrusivas urá1'ro¿rs, obleto uraror deste trabalho. as
interpletações geoquimicas foram l'avorecidas peia observação em 90 cxemplares
viftualmente isentos de saussulilização e epidotização
As determir.rações quirnicas de olto olernentos maic¡res (SiOr, TiO2, Alror,
Iìe7Or, MgO, C'aO, NarO e I(:O) dois elernentos menores ( MnO e P7O.) e onze eletneutos
traços (Nd. Nb. Cr. Ni. Ila. I{b. Sr, L-a, Ce. 1.r e Y), 1'oram obtidas pela técnic¿¡ da
fluolesoência cle r¿lios-X (FRX). através cle um apalclho PIJILIPS PW 1404. Os elenrentos
ruraiores e os traços lìb. SL. Z¡, Y,:.\b. Cl c Nì Jìr'ar.n ¿rnalisados com tul¡o dc llh (lìóclio)
enquanto que os elernentos Ba, La, Ce e Nd f'oraur analisados com tubo de W (fungstônio).
10
Utilizaram-se curyas de calibração de 40 padrões geológicos rnternacionais (Bellieni et al,
1983). O Fe'2 foi deterniinaclo através de titulação volumétrica, enquanto que a perda ao fogo
(LOI) por aquecimento à 1.000"C por 12 horas e corrígída para oxidação do ferro. O euo
estimado para elementos marores e menores não ultrapassa 570 enquanto que para os traços é
inferliol a I 0o%.
As mic¡'oanálises químicas das principais fases minerais dos diques máfrcos
(piroxênios, plagioclásios, minerais opacos e anfibólios) foram realizadas pelo autor no
Departamento de Mineralogia e Petrologia da Universidade de Pádua, Itália. Para tal utllizou-
se uma mrcrÕssonda eletrônica da marca ETEC AUTOSCAN, nas condições de potência de
aceleração igual a 15 Kv, com corrente de 5 ¡rA e com espectrômetro de raros - X EDS
ORTF,C Para a análise dos elementos empregaram-sc: os seguintes padrões : quartzo pâra o
Si; augita natural de Kahauni (Nova Zelândia) para o Na; wollastonita para o Ca, diopsidio
para o Mg; coríndon pzra o Al e, os elementos puros para o Cr, Ti, Mn e Fe. O erro estimado
está em torno <le 2 a 6 7o para os elementos maiores e não ultrapassa 9 o/o para os elementos
menores.
Os elementos terras raras (ETR) foram detelminados pela rnetodologia da
ativação neutrônrca (INAA), cujos detalhes técnicos podem ser observados em Marques
(1988) r\s amostras selecionadas para cstas análises foram pulverizadas pelo autor em
moinho de bolas de ágata do I)epaltamento de Mrneralogia e Petrologra (lGc-tJSP), na
tentativa de evita¡ qualquer possibilidade de contaminação de elementos como o'fa. Os nove
ËTlì a saber: l-a, Ce. Nd. Sur. Eu, 1'b, Yb e Lu. urais os elementos 1ìl'l'h, l'a e U foram
processados pelo Activation l.,abs. em Ontario, Canadá. De um conjunto de 29 amostras de
diques máficos analisados para os ETR e outros elementos traços incompativeis. celca de
90%o apresentaram conceutlações abaixo do limite cie deteoção para os elernentos Ta (0,5
ppm) e l-r (0.2 ppm), inviabilizando qualcluer tipo de ìnterpretação para tais eiemer'ìtos.
I)estaca-se ainda, o caso de ull grupo de diques que apresentarân1 o mesmo problerna em
lelação ao'lb (conccntrações abalxo de 0,5 ppm).
Anles de iniclar os esludos isotóproos (Rb-S¡. Srn-Ncl e Ii-Ar). os
exenrplares selecionados para análises em loch¿l lotal fbr¿rm britados (bntador cle mandibulas),
quarlcados e logo após pulrerizados pelo autor em uroinho dc bolas (calbeto de tungstônio)
marca ñlixer/N4ili 8000, no CentrÕ de ì)esquisas Geoclonológicas (CPGeo) da Universidade
l1
de São Paulo. O material pulverizado de cada amostra foi testado com HCI ¡rara verifìcar a
existência ou não de carbonatos. Os concentrados rninerais forar.n obtidos após britagem e
quarteação seguidas por peneiramento com vistas a separação mineral nas frações g0-l0o e
1 00- 1 50 mesh. o primeiro concentrado mineral foi obtido através do imã de mão e é
composto por minerais magnéticos (magnetitas e titano-magnetitas). Para obter outros
conceutrados minerats dc interesse (biotita, anfibólio, plagioclásio e apafita) utilizou-se o
separador magnétioo Frantz. Adicionalmente, para obtel apatita, empregou-se o bromofórmio
e posterior separação manual em lupa binocular (catação)" corn a Jinalidade de evrtar
possíveis agregados. os plagioclásios também foram separados manualmente em lupa
binocular, após terem passado no separador magnético.
Metodolo¡¡ia K-Ar
As análises pelo mé1odo potássio-argônio foram efetuadas de acordo com as
técnicas descritas por Arnaral et al (1966). Algunras pequenas modificações foram
introduzidas no CPGeo-[JSP desde então, denlre as c¡:ais, se destaca o aprimoramento clo
sistema de tntroduçâo do 38Ar (spike) na amostra. As àmostras selecionadas l-epresentam ulìl
dique anfibolítico (veja Petrografia) e um dique da suíte básica (veja Litogeoquímica). Este
último fbi analisado em rocha total, enquanto que no dique anfibolítico as análises foram
lealizadas nos concentrados minerais (biotita. plagioclásio c anfibólio).
As dosagens dos teotes de potássio, foram realizadas através de ataque
químico em duplrcata e leitura por fotometria de chama. em aparelho Micronal B-262 conpadrão rntcrno cle litio
As extrações de ar-gônio lilam plocessadas em unidade de ultra-vácuo. com
pressões getalmettte inferiores a 6 x I0'8 urnrl:lg. r\os gases liberados na fusão é intlo¡luzido
uma aliquota Ilonsurável do tlaçaclor t^Ar " "- seguida a amostra é purificada em lor¡os cle
Cu-CuO e titânio As anállses de argôr.rro lblam obtidas em espectrômetro de massa cle lònte
gasosa Ntlclide tipo Reynolds MS-l A leitura dos e sì)ectl'ograrnas é executada de ¡¡odo
digital ein rniclo-computador "on-l ine"
As constantes utrlizadas nos cálculos das idades. sào aquelas propostâs por
Stei¡¡er & Jäger (Ì977). a saber. À'r')¡¡¡ ,,- 4.9(>2 x lO-r0 anos'r. l"rx,n,"l :0.581 x l0-r{)¿¡nos'r..n0. ,tt,I
^r/ 1r),,r -r)< { c K rnll670o l.',.,¡,,,.
Ur.na amostra dos drques r¡etal¡ásicos (llMIl. veja Petrografia). lòi auairsada
pelo sistema'").,\r--t',{,'(anfibólio) no "Berkeley Ceochronology C'enter" (EUA) pelo Dr. paul
t2
Renne. A metodologia utìllzada é por laser em fusão sec¡ùencial conforme desc¡t6 em Renne
et al ( I 996)
Metodologia Rb-Sr
Para as anáhses lìb-sr em rocha totar, reartzadas pero autor no centro de
Pesquisas Geocronológicas (cPGeo - t.JSp), foram serecionadas 22 amostras de diques
máficos, sendo que deste conjunto 9 perlencem ao grupo rle drques da suíte básica (veja
Litogeoquimica), 9 pertencem âo grupo de diques da suíte básico 'oritrca (ve¡a
Litogeoquímica) e 4 aos diques rretabásicos (veja petrografia).
As razões ttsr/*os. e os varores de Rb e sr foram obtidos pera técnica de
drluição isotópica. Este processo consrste na mistura cfa amostra com traçadores (..sprkes")
dos elelnentc¡s que se deseja dosar. propiciando dacfos mais precisos Adicionalmente, foram
selecionadas 5 amostras do embasamento metamórfìco e 2 dos diqr"res máficos para efetuar
apenas análises em suas razões 87sr/86sr pelo rnétodo "natural" ( sr natural ), cujos teores de
Rb e Sr são pteviamettte determinados por análises quantrtativas através cla fluorescência de
¡aios-X.
o prooedimento quimico para o sistema Rb-Sr. inicia-se com a abeüura cra
amostra atacada pela açào do ácido nítnco (IINor) e ácido fluoridrico (HF) na proporção Ì:2.
Após o ataque, a amosrra é dissolvrda ern llcl 2,62 N e delas são extraídas 3 alíquotas, tr
saber: estrôncio natural. estrôncio mais "spike" e r.ubíclro mais..sprke',. No caso <:la técnrca
denominada "na1ural". apenas a aliquota de estrôncio natural é analisada
espectt'ometricamente. Por outro Iado, na técnica de cliluição isotópica toclas as trôs alíquotas
são analisadas no especfrômetro Nas alíquotas pertinentes são adicionadas quanticlades pré
calculadas de "spike". em getal. utiüzando-se valores.já obtidos pela fluorescôncia de ¡aios-X.
No prosscgulmento as anlostras são depositaclas em colunas tle troca iônica (resina catlônica
AG-50wx8, 200-400 nresh) seguida pela coleta clo Rb ou S'arravés cle IJCI 2,62 N omaterial coletado. i4rcis secaget.tt. tem sou lesíduo resultante analisado por espectr.o¡retr-ia cle
l'ì'ì a ssâ
As medrdas das razòcs isotóprcas de Sr- (estrôncio) lolam executaclas cn1
espectrônlett o de lnassa \iG-354 MICIìOMASS do CPGeo. ¡rrin ci¡ralmente no mo¡6colet6r e
su borrlln adamente no coletor nrúìtiplo opcional con.r iulplìlìcaclor Daly c sistema ¿¡utomatrc..
O el ro destas medidas e de 2 o
l3
A 'eprodutibìlidade
analitica para o rnritodo geocronológico rìb-Sr no
CPGeo é controlada pela repetição de análises do pa<Irão iirtelnacional NBS-987 (carbonato
de Estrôncio), cujo valor médio foi de o,]1028 t 0,00003 (lo) no periodo da realização das
análises, O valor médio se relère a méclias distintas de vários grupos em dlferentes dias, senclo
que cada gmpo teve no mínimo l0o valores de razões isotópicas. o valor do ,.branco,, de sr
do laboratório de química do cPGeo, na época da execução das aná ses, é cla ordem de 6,4
ng/g (nanograma./glama). No Laboratório de Geoquímica Isotóprca cle Tr-ieste o valor é da
orclem de 5,3 ng/g.
Os valores de 87sr/t6sr foram 'ormalizados
<ie acordo com a razão tns,./rrs.
: 0,1 194, senclo utilizadas nos cálculos âs constantes propostas por steiger.& Jäger (1971), a
saber. Àru == 1,42 x l0 -rr anos '' , ttsr/'osr' .= 0,056584 e *tRb/*tl{b ." 2,sg265. As demais
razões utilizadas são: lttSr-/86Sr) r,nrr,ror¡>r,u. ¡n,ru1 : O,69g9g; 1s7Rb/tnS r.¡¡;¡1 ,,,,,,,¡ - 0,0494,
187Rb/86Sr')un ^,u^¡
- 0,081 6; 1875r/8('Sr.¡¡¡y,,,,,o t -- 0,:oz3, (stsr /865r.)r m ",,,,'r
:0,704s. para se obter.
a razão 8tlìb/86sr utilizot¡-se a seguinle equação; ttRb/tns. :2,gg34 x f Rb(ppm)/Sr(ppm)l.
i)iagramas e cálculos isocrônicos loraur obtidos conlbrme Williamson
(1968), utihzando-se o programalsoJoB cie VIach (1990). o erro f'or'ecido é de roMetulohgia Sm-Nd
As análìses Sm-Nd lbram realizadas pelo autor. no CpGeo (USp) e no
I-aboralório de Geoquimìca Isolcipica da [..1n iversidacle dc lrieste. Itália. Ambos empreg¿ìrn a
lécnica de drluição isotópica, seguindo o mesmo prooedimcnto de separação cjos elementos
que se realiza em duas etapas. Antes porém, a amoslra sofì-e um ataque quimico inicial oorn
os ácidos nitrico e l'luoridrico na proporção I 2 Äpós a evaporação da solução o materral é re-
dissolvido er¡ ÌlCl 2,5 r,\.
A ¡rrimei'a etapa reariza-se em coru'a de troca iônica (r-esi.a
AG50wx8/200-400 nresh) ou coluna prirnária, com o objctivo cle coletar o conjunto clas
terras raras utìllzaltdo-se IlCl 6,2 N. As terras raras coletadas são dissolviclas eln l.ÌCl 0,2(> N
após o processo de sccagem. r\ segu'da ctapa. realiza-se enr coluna preenchida com pó de
telìon ou coluna secundária (200 mesh) tratada corr I-TDEI-IP (ricido cli-2 etilexil fbsfór-ico),
corn o otrletivo cJe scparar o samário e o ueoclimio do conjunto clas lerras I'aras. Nesta última
etapa, Lrtilrza-se l-ìcl 0,16 N para a coleta do r-.d c I lCl 0.55 i..,- para a colera de Sr¡. o resicìuo
seoo é encalninhado para a espectromelrja de massa. No l-aboratório cìe Ceoquirnica lsotópioa
t4
da universldade de Trreste. o valor do "[¡ranco" de Nd para o período de análises é de 0,025
nanogran'ras. No CPGeo-USP o "branco" de Nd é da ordem de O,O3l nanogramas.
As leituras espectrométricas foram efetuadas em espectrômetro de massa
multicoletor tipo vG-354 do cPGeo. os valores 'otNd/'ooNd foram normalizados pela razão
'ooNd/'ooNd = 0,72'19 (Hawkesworth & Van Calsteren, l9g4; Ben Othman et al, l9g4 e
Michard et al, 1985). Para obtcr a razào 'ltsm/'aaNtl utilizou-se a equaçâo 'otsm/,,tNd :0,60847 x [Sm(ppm)/Nd(ppm)]. As constantes adicronalmente utrlizadas foram: À x¡ : 6,54 x
l0-r2 anos'r; ('otsm/ia\t1)¡¡¡ri* arrr¡r - 0,1967; (ra7Sm/ìooNd),rv ,.,r,,,,1 - 0,222; ('otNd/'ooNcl)crnr.
"t,,"r = 0.512638
" ltotNd/'ooNd¡,ru^r"^r :0,5131l4
A média cle 4 análises do padrão La Jolla no CpGeo é de 0,51 lg57 I0,000023 (1o) e para o padrão ìlcR-l é de 0"512662 + 0,000027 (lo). Detalhes aclicronais
dos clemais procedimentos analiticos adotados encontram-se descrrtos em sato et al (1995).
Os cálculos das rdades modelo [TDM] e os cálculos clos ¿ de Sr e Nd,
utihzaram-se das constantes e parâmetros de Ben othman et al (1984) e Michar<J et al (19g5).
e lolam efetuados por programas especificos do cPGeo (usP). As constantes utilizadas para
o tempo atual são aquelas auteriormenle mencionadas Os cliagramas e cálculos lsocrônicos
para o sistema sm-Nd (cl willianison, 1968) bem como os resultados concernentes aos
rìesrros (MSwD, idade, clesvio padr'ão e razões rniciais), l'oram obtidos através do rresmo
programa utilizado para o Rb-Sr.
l)as Ì9 amostlas selecionadas para o sistema Sm-Nd, 15 pertenccm aos
diques nráfìcos e 4 petteucem ao embasamento uretamórfico. Denlre as l5 amostr-as clos
diqucs- 8 são da suile básico norítrca (veja l-itogeocluirnioa) e 7 sâo da suíte básica (vcja
[-r toge o q u im iczr).
No ¡trìrneiro con1unto. l'oram ol¡ttdas ll análises err r-ocha total e 3 em
concentrados mrnerais, sendo un-r concentrado rJe plagioclásio e dois de apatita. No segundo
conjunlo e nas rochas do elnbasarnento. loram l'ealiz¿rdas análìses Sm-Nd em rocha total- er¡
númel.o de 7 e 4 lespectivarnente.
I5
III . O SEGMENTO SUL DO CRÁTON DO SAO FRANCISCO
III.l - Introdução
A evolução tectônioa da plataforma sur-Amerícana é, entre outros aspectos,
marcada por extensas regiões tectonicanrente estabilizadas ao término <Jo Paleoproterozóico,
A etapa linal do Paleoprotero zoìco é caracterizada pelo ciclo Transamazônico (2,2-1,g Ga).
que foi um dos principais periodos de crescimento continental (e,g. cordani et al, lggg). ;\presença desses cinturões vestigiais bordejando núcleos cratônicos arqueanos é tipica <Jesse
período da história geológica (Brito Neves, I 990; Brito Neves & cordani, l99l ). o cráton clo
são lìrancisco constitui-se numa dessas regiões (Almeìd a, 197 j , Almeida et al. 1977 e
Almeida et al, I 981), que atuou como antepaís das faixas móveis do Ciclo Brasiliano (Alkmin
et al, 1993; Brto Neves & Alkn'', 1993) a saber: Riacho do po'tal, a norte; sergrpa.a, a
nordeste, Araçuai, a leste. Alto lìio Grande^ a sul; Ilrasília, a oesl.e e R.io prêto. a noroeste
(Fig III 1)
A evoluçâo tectônica do Cráton do São Francisoo es1á intimamente ligada à
do congo, r.ru Áfricu, do qual é sua extensão (l"rompette, 1994) As sirnilaridades entre as
feições encontradas nos dois segrnentos cratônicos são bastante evldentes. Ambos exibem
embasamenlo cnstalino de rdade arqueana e paleoproterozóica, bacias e ulìs iloMesoproterozóico, com supracrustais associadas e vulcanisrno subor.dinado. além de
extensivas cobeftutas sedlmentares peftencer'ìtes ao Neoploterozóico ("['eixeìra & Iìigueireclo.
I 991 ; Trompette. 1 994).
lll.2 - Quadro Geológico-Geocronokigico lìegional
Na região merrdio'ar do cráton do São rrrancisclo. o cmbasameuto
polimetarnórfico de idade arqueana e paleoprotelozó ica se expõc cle lfelo I.Iorizo¡te para
sudoeste. no Bstado de \,linas Gerais. sendo recobcllo cm cliscoldância er-osrva pelos
sedjmenlos do llambui llm .'r¡eral. três tipos de terrenos ¡roclcm ser rncliviciualiza¿os l)lerrcllos uran i1o-qrcen slon e ar-ilueanos e granitóidcs intrusivos- a excmplo dos Courplcxos
ll o r.rl'r n.i. Ilelo I ìorizor.rte e Campo llelo (Fig. lil.2); 2) ointurires suprâcrustars do
Paleoproterozóico. que rnclue:11 os replesentantes do Super.grupo Mi'as e 3) terrenos de
16
448+
tð*s
42+
48 +- +,^ I + +I )."r +r {
-i
.+
'++t-
Î---i.l'otm
*t' ,,,[ut lra) o
Ulü¡ yEI:' @ 8
+zo ffiz ôu 142 ffit{offi fìinturão l\lineiro
+2048
FIGURA lIt.l: O Cráton do São Francisco, suas laixas narginais e as grandes unidadesgeolôgicas (rnodificado de Alkmim et al, I993). l) Iìmbasamcnto do crá1on (Arqucano). incluincìo
suplitcrxstais mais vcihas quc l.tì Ga c rochas igncas. 2) Iìrnbasan.ronto cnvolvtdo nos ¡rrocossos dc
dcformação c rnctamorfsnìo do Er.'cnto IJrasiliano. 3) tJnidadcs mcsoprotcrozóicas. .1) Unidadcs
reoplotcrozóicas. 5) Cobcrturas lancrozóìcas. 6) linlitcs do cráton. 7) Cirladcs. S. Salvadol. Illì. Blasilia:IIL[, Bc]o Ilorizortc. 1ì) Provincias 1ìsiográlìcrs c gcológ,icas: CD. Cltapada Diarnantina: lìT. Ilsprnhaçosctcmrional: llP. llacla do Rjo Pardo: liM. lls¡:inhaço mcridional: QF. QLradr-ilátcro lìcrrí1ìro. 9) Faixas dc
dobíiulìrrltos rnargilars brasilianas. Ji.,\. Iraixa Âraçuaí: FRG. |aixa r\lto Iì.io Granclc: [;B: I]ajxa Brasiiia.lìR.P: Iìaixa Rio Pr'ôto: FRP-l: Iraira Iìjacho do Ponlai. l:S: Irrira Scrgipana. Cìltturão Mirtcjlo:dcscnvolvimcnto da orogenia transanazôr)ica (2.25-1.85 G¿r). nr = ¡rorção melidioual do cláton. SF=Cr¿iton do S¿io Fl aucisco: \VC-- Cr¡iron do Congo-Ocste.
17
médio e alto gr:au metamór1'rco, granitizados intensamente no Ciclo Transatnazônico com
preservação de fragmentos r.r.rais antigos (e g. Cordani & Jlrito Neves, 1982; Teixeira &
Irigueiredo, 1991;Schorscher', 1992; Noce, 1995; Carneiro et al, 1995; lleixerra et al, 1996 a e
b)
Arquetno
Os terrenos arqueanos, no setor meridional do Cráton, constituem unr núoleo
com cerca cle l0 000 1im2. exposto ao sul da cobedura Bambui, circundado pol uma
província geocronológioa deforrnada no Paleoproterozóico, a qual foi denolninada de
Cinturão Mineiro (Teixeila, 1985) [Fig. iIL l ], e intrudido por plutonismo de natureza
granítica e básica de diferentes idades. A região mais estudada é o Quadrilátero lìerrifero,
ondc devido aos euonres depósitos minel'ais. tem-se um alto grau de conhecimcuto
geológico. Nessa regrão. o embasamento gnáissico-migmatíttco arqueano encontra-se exposto
em domos como os complexos de Bação e Caeté (SchorscheL, 1992). Além destes, assinalaur-
se inúrneros outl'os com clenominações locais. l,avras (Cavalcante ct al, 1979). llatbacena
(Machado Iriliro et al, 1983); ììonfim (Carneiro, 1992; Clarneiro ot al, 1995); Belo Horizonle
(Noce, 1995); C-ampo 13elo (1'eixeira et al, 1996a e b) e Passa'lempo (Fiumari et al, 1985)
De um modo geral, o embasamento arqueano na região pode ser dividido em
domínios, os cluais lcccber¡ as seguinl.es denomtnações (Fig.lll 2) Complexo Belo l-lorizonte
(porção nor-te). Cor.nplexo llonfim (porção central) e Complexo C-ampo Belo (por'ção centro-
oeste). O erlbasamento é oom¡rosto predominantemente por rochas que apresenlam idades
entle 2,60 a 3,20 Ca. obtrdas pelos métodos Rb-Sr, Pb-Pb. lJ-Pb e Sm-Nd. Ilstes dados
geoclonológioos destacam o Neoarqueano oou.ro plincr¡ral I'ase de lòr'rnação cle ol osta
continenlal (Teixeira & Figueiredo. 1991. Clarnerlo "1
¿1, ]995;'l-eixeir-a et al. 1996 a c b;
Noce & l-erxeira. 1996).
O Courplexo Campo 13elo. é o que pleserva idades ladior.nétricas das rnais
antigas do setor cratônico. este dornínio cucontra-se adjacente ilo enx¿ìlrle de diques
investrgados (t'fig.lll.2). Os urigmatitos deste com¡rlexr) apreseut¿ìn'ì zircões clue fornecem
idade l.J-Pb (Sl lRlMP) de .1204 l: l2 Ma ( I'e ixerra cl al, 1996 b) Assinalam-se também
idades PLr-Pb de 30'76 I 82/- 170 Ma e [.Ì-Pb cJe 3068 -r ]9 \4a obtidas cnr ot-tognaisscs
rcgìonais ('l'cixeira ct al. ll)96 b). lJ¡na ìcladc U-Pb (SIIRIì\'IP) de 183!l ::': l7 \1a. obtida cnr
zircões ltrrsmátrcos, é rnterprctada colÌo r el'crente a época cle cristaliz-açào do ilatel'ial
l8
Bclo I Iorizonte
Com¡rlexoCampo ßelo
,ili* -
^-n',u"';",
u."-
,'_,- ,\.-.Þ3!.al,.rsz
a\ul'/.r¿Ø";;7'uy'-"
,/ ,.. O 20 60 Kûly'./ dr#
I'IGURA Ill.2: Esboço geológico do segmento meridional do cráton do São lìrancisco,mostrando a localização dos 3 oomplexos metamórficos arqueanos (campo Belo, Belo Horizontec BoDfirn), seqùôncias supracrustais e o Cinlu¡áo Mineiro de ìdadc paleoproterozóica (modificadode Teixeira et al, 1996b). I : Terrerros de alto a médio grau (Arqueano); 2 = "Greenstone behs"arqueanos; 3: Supergrupo Minas (Paleoproterozóico), 4 : Grupo Bambui (Neoproterozóico); 5= cinturões móveis neoprotelozóicos, 6 = limites do Cráton do São Francisco.
leucossomático do migmatito ('reixeira et al, 1996 b). Ilá que se destacar, no entanto.
evldências de crosta continental ainda mais primitiva. que ocorre na r-egião clo Quadriláter.o
Felrifero. onde se verifica idades da ordem de 3539 r-34 Ma obfida ¿¡tr-avés da datação <Jc
zircòe s detrítrcos das seqüências do Super-grupo l(io das Velhas (Machado et al. 1996)
Adioionalmente.'l-eixerra et al (1996 b) obtiverarn em gr-ani1óides rosados da
regiào de campo l3elo uma isócrona Pb-Pb cor¡ idade dc 2650.1,54 Ma. at'ibuída a
distúrbios rsotcipicos uo sìstema Pb-Pb. Iìesultados semelhanles loram obtidos em isóo¡onas
Rb-Sl em granitóides a leste do complexo campo Ilelo. suger'ìndo que este processo c1e re-
)rotnogei n ização isotóprca sela tle escala regional. Ëm geral. as rochas do Neoarclueano
possueul b¿lixas razões *ts¡/t"Sl. (0 700 I)c \al()r'cs tlc ¡r, ¡238L1/20'1rb) pr-oxirnos cìe 8.I g. o que
eviclencia urr cl'escil¡enl.o cruslai ¡ror- cìrl'elenciação manléljca nessa óltoca ('ì erxetra et al.
1 996a )
19
Os complexos Belo l-lorizonte (Noce, 1995) e Ilonfim (Carneiro, I 992)
mostram indícios da exis1.ência de uma crosta mesoarqueana (>3,0 Ga), onde os registros (u-Pb, Pb-Pb) mais antigos, obtidos nos núcleos de zircões, pertencentes aos gnaisses dos
refbridos complexos, fornecem idades 207 pb/206pb de ZgZo Ma (Carneiro et al, 1995)
No Neoarqueano, assinalam-se nestes complexos duas fases cle eventos
tectono-magmáticos, desenvolvidos no inter-valo de 2,8 a 2,6 Ga. ììste conjunto de eventos é
denominado como Evento Rio das velhas por clarneiro (1992). A Þrrmeira_fuqg clo evento
(2718 '2773 Ma), caracterizada no Complexo Bonfim, env<ilver¡ retratralhamento crustal e
magmatismo em margem continental ativa com fechamento oceânico seguido por colisão
continental (carnerro et al, 1995 e Noce, 1995). Nesse amb¡ente teriam sido gerados os
Tonalrtos Samambaia corn iclades tl-Pb de 2778.t 3l-z Ma (carneiro, 1992), o Gr-anito caeté
de rdade u-Pb de 2716 + 1/-6 Ma (Machado et aI, l99z) e os Anfibolitos ì)araopeba com
idade rnodelo Sm-Nd (Tj)M) de 2,80 Ga. Este último corresponde a diques boudinados
segundo Ca¡neiro et al, (1995) A sequnda fase (2112 - 2703 ly'la) encerra o processo
oolislonai e inicia uma granitogônesc pós-tectônica representada pelas intrusões dos granitos
Santa Luzia com idade tJ-Pb de 27 \2 'r 5l-4 Ma (Nocc. I 995), e llrumadinho com rclade [J-
Pb de 2703 t 24/-20 Ma (Machado & Carneiro, I 992)
O Bvento lìio das Velhas corresponde a aglutinação e cratonização dos
vários complexos metamci¡ficos (e g. campo Belo. ßonfim e llelo I-lorizonte) c1o segmenro
meridional do cráton do São Francisco (carneiro et al. 1995). os estágios lìnais cla
cratouização encolllram-se representado pelo Granito Salto do Paraopeba oor¡ lclade U-Pb cle
2612 ! 5 Ma (Noce. t995)
No ciolninio do Complexo llelo I Ior-izonte (Nocc, 1995). rntrusrvas
granodrolitrcas e tonaliticas cstão presentes. por \;ezes circundadas por supracl-ustars, a
exenrplo dos domos de Iìação e Caeté.
As dimensões desse continente al'queano são i¡lcer1as. devido a cobertul'a
Ilar¡bui e por collta das superimposigões metamcirficas envolvendo retrabalha¡renros.
decorlentes da evoluçâo do Cinrur¿io Minejro (Teixeira. 1985)
¡\ssociadas a csses complexos. cncontralr,se as rochas supracluslais do
Super-grtrpo lìio Das \.¡elhas. ur¡ "greenstonc bell" 'Lrpr,-o. (luu !urrsrli.r.rr c.ric¡sa fìrixa
metavulcano-sedìmenta¡ na reqlâo do Quadrilátero Ferríl'cro (Dorr, l96g; lnda et al. l9g4;
2,0
Schorscher, I988 e 1992), porém com seus restos ainda preservados mais a oeste e sul, a
exenrplo do observado em Lavlas e Conselhelro Lafaiete.
Admlte-se para este Supergrupo uma clivisão em três unidades
litoestrahgralicas Grupo Quebra-Osso (basal), de caráter ultrabásico (Schorscher, 1978);
Grupo Nova Lima (intermediário), de caráter vulcano-clástico (Noce et al, 1992); e Grupo
Maquinó (topo), de natureza epiclástica. As supracrustais do Supergrupo Rio das Velhas
também se formaram no Neoarqueano, a julgat pela idade U-Pb de 2716 I 6 Ma (Machado et
al, 1992) obtida em metafelsitos posicionados imediat¿imente arim¿r dâ seqüência toleítica-
komatiítica de base.
I'uleoproteroT,riico
O Paleoproterozóico encontra-se lepresentado essencialmente pot
seqúências metavu lcano-sed imentares do Supergrupo Mlnas, aléln de terrenos gnáissicos-
migmatíticos e granitórdes intrusivos. Em gelal, esta seqùôncia apresenta metamorfìsmo
ltredominantemente na i'ácies xisto-verde e contatos tectônicos com o embasamento arqueano
e Supelgr:upo l(io das Velhas (Pedrosa Soales et aI, )c)94, Noce, 1995). A estratigrafìa do
Supergrupo Mlnas, atualmente em uso, fbi elabor"ada por Dorr ( 1969), e tem as seguintes
unidades: Glupo Cataça (unidade basal) epiolástico; Grupo Itabira (unidade intermediária)
qr:ínT ico e Grupo Piracicaba (unidade do topo) epiclástico Mars r ecentemente, Nocc ( 1995)
considc¡'ou a Formaçào Sabar:á (unidade suporiol do Grupo Piracrcaba; Don'" I969) como um
conjunto litológico distinto clas demais formações do Grupo Piracicaba, elevando-a à
categoria de Glupo Sabar'á.
O C iclo 'l"ransamazônico coincicie com a def'ormação principa) do
Strpclgrupo Minas (Cordani et al. 1980t 'ìle ixcira. 1985) c está caracterizado por uln coll.lu¡to
de ¡rrocessos sedir¡en1ales. tectônicos e rnagmáticos que ocorrel'aüì uo âmbito do Cr'áton do
São lrrancisco A scdimentaçào do Supcrgru¡.ro Mìnas ir.riclou-se por volta de 257 5 _!: I 5 Ma.
segundo l{engcr ct al (1994) e Noce (1995), ern bacias lbrmadas sob regimes exiensionais
(rrftes) a ¡rartir de blocos cr.r-¡stals estabilizados no Arrlueano. Neste periodo. cle¡rositant,se rts
sedinrentos da Folmaçào lr,loecla. Na seqùência, rnioia-se ur.n longo per-íodo de estabilidade
fcctônica com a deposrçào em aurbiente platalbrmal das l'rormaçòcs llatatal. C¿ruê e
Catidarcla. lìochas calbonáìrcas da lìoruração Oa¡clarcla l'ori-rcocraln idade Pb-Pb ilc 2.120 :,
l9 Ma (llabinski et al. ì995)
21
Uma nova etapa de instabilidade tectônica retorna à bacia Minas ao redor de
24OO Ma e tnicia-se a sedimenlação do Grupo Piracicaba em possível ambiente de abertura
oceânica (Noce, 1995) Ao se encerrar a deposição do Grupo Piracicaba o ambiente torna-se
compressivo e lnicia-se a subducção de crosta oceânica, cujo reflexo, segundo Noce (1995), é
a intrusão de diversos corpos granítioos. O Glu¡;o Sabará também é atribuido a este período, a
julgar pela idade tJ-Pb de 2125 I 4 Ma (Machado et al, 1992) obtida em metagrauvaca cÒm
contribuição vulcânica.
Os corpos graniticos encontran'ì-se intimamente assoclados à evolução do
Supergrupo Minas c do Cinturão Mineiro (e.g. Quéméneur et al, 1994), como o Batólito Alto
Maranhão corn idade de 2124 1- 2 Ma, os cotpos de llitápolis e l-abuões de idade Rb-Sr ìgual
a 1932:l 2l Ma (Quéméneur & Vidal, I989), além do Macrço de Porto Mendes com idadc
Pb-Pb de l82l 1'179/-204 e Ér = 8,24 (Teixeira et al, 1987). este situado no sudoeste da área
investigacla, onde também ocorrem seqùências correlatas ao Supergrupo Minas (Quéméneur
et al- 1994; Noce. 1995. Teixeira & Figueiledo. l99l )
No âmbito do Cìnturâo 'fr-ansamazônico, os princìpais eventos de
deformação e rnctamorfismo de natu¡eza oohsional (Noce, 1995; Carneiro et al, 1995)
ocorreram entre 2,1 a 2.0 Ga. O pico dos eventos apresenta idade U-Pb de 2041 + 5 Ma em
titanita do Con-rplexo llação e idade Pb-l,b de 2050 ,L 230 Ma (Noce, 1995) .lá as atividades
plutônicas nrais tardias do C'inturâo Mineiro ocor(em rrais a sudoeste, r-epresentada pelo
Maciço Porto Mendes.
Mes^oproteroz,tiico
O \4 esoploterozóico encontra-se na ¡torçâo r.ncrrclic¡n¿¡l do Cráton
lepresentado ¡rela exiremidade sul das seqüênoras lnetasscd imentares do Supergrupo
Ilspinhaço, cuja sedimentação e granitogênese de ¡ratureza alcalina assocrada, dcsenvolveu-se
na abedut'a de um rifte intracontinental. O Supergrupo Iìs¡rinhaço é constiluido pelos Grupos
Diamantrna (base) e Clonselheiro Mata (1opo) fDussin, 19941. ;\ seqùência de base é
represeutada pol quar-tzitos e rnetaconglomerados com ìr.rtercalaçòes metavulcânicas. as qLrzris
se desenvoìveram em um contexto de rifte. Os sedir.nentos coirtrnc:rt¿ris do (ìr-ulto l)iamantlna
passanl pâra Llura seqÙôncia dc lopo am¡rlan'ìcntc rîonótonâ c constrtr)id¿ì l)or qr¡altzltos (j
n.rica-xistos rìltclÒalados lìsta seqtiêr'rcrä replescnìa os depósrtos nraLr¡lhos li¿ìr.rsqrcsstv()s (Jo
Glupo Clorrselhciro l\4ata. os cluais se desenvolveranr no ¡reriodo pós-rifle.
22
ldades Pb-Pb de vulcânrcas ácidas da base do Supergrupo ììspinhaço
indicanr urna deposrção ao redol' de 1 ,71 Ga, contemporânea a intlusão do Granito
Borrachudos de idade Pb-Pb igual a 1729 + 12 Ma (Dussin, 1994). Estas rdades são
semelhantes a outras mencionadas para a Cordrlheira do Esprnhaço (1,79 a 1,75 Ga) obtidas
por llrito Neves et al (ì979) e Machado et al (1989), respeclivamente.
Ne¡¡proterozóico
O Neoproterozóico é representado pnncrpalmente pelo Grupo Bambui
(Supergrupo São Francisoo), que se clislribui segundo um grande arco dcsde a região irorte até
a oeste, exitrindo contatos erosivos com as rochas do emtras¿unento (e.g. Machado Filho et al,
1983) O Grupo lìambuí é cÕnstituíclo da base para o lopo por cinco folmações (Dardenne,
1978; Pedrosa Soares ct al. 1994; Trompette, 'I994): Setc l-agoas, Serla de Santa I.Ielena,
Lagoa do Jacaré. Serra da Saudade e Tr'ês Malias. A exceção da Formação Três Marias, lodas
as demars são agrupadas no Subgrupo ì)araopeba, o qual lepresenta urna seqüência pelito-
carbonatada depositada ern plataforma ìsolada A Folmação 'Irôs Marias, compost¿t
principah'nente por ar-cósios, alenìtos. srltitos e oonglomerados, representaria um amblentc
mannho plataformal com tempestades.
Dados isotópicos Rb-Sr indicam que o evento llambuí ocolreu cntre 570 -
640 Ma enquanto que uma isócrona Pb-Pb (690 1 70 Ma) sugere que o seu início deve te¡
sido t¡m pouco anterior (l(awashita. 199(r) Adrcionahnente. a quimio-estr:atigrafia com lr¿lse
em razões isotópicas de ttsr'/*nsr
de seqüêncras calcárias apresenta um valo¡ da ordem de 595
r- 5 Ma (Kawashita, 1996) Contudo. Babinski (1993) sugere idades rlais antigas que 690 Ma
para o ìnicro da deposição do llarnbui (cerca de 900 l\4a). corr base na evoluçâo isotópìca clc
Pb e dados Pb-Pb
Bm sintese" dados geológicos e geocronológtcos disponíveis sì.lgerem que ¿ì
região mcridional do Cráton clo São Francisco l'oi al'etada por uma cvolução policiolica
durante o Arqucano e Paleop rotelozóico Essa evolução é baseacla em intelpletação integrzrda
de dados geocronológicos U-Pb, Iìb-Sr. Pb-Pb, I(-Ar. "'-,\r-r'¡\r c Sm-Nd. ¡\ maìolia desses
dados radrornétlrcos é sr-rportado ¡tor isócronas Iì.b-Sr c Pb-Pb cm rclcha total e.
su bord inad¿¡mcnte ¡ror- iclades moclclo Sm-Ncl, l(-Ar c '"r\r-''4L- cm minerars c l-i-l)ll
prtncipalrreute err zrccics e ritanltas (lvlacirado er al. l9(-r2. Clarueiro- 1992. Noce. 1995.
'I-eixeila, 1982, 1985. 1992. -l-eixeira & I'igueir-edo. 199I . I'eixeira et al, 1990 e 199(r a e b).
?-3
IV - CONTEXTO GI.]OLÓGICO LOCAL
Na região investigad4 foí possível reconhecer l2 unidades litÕlógicas do
embasamento metamór{ìco, definidas a partir de dados de campo e petrográficos. Todavia
oabe destaca¡, que as rochas metamórficas encaixantes do enxame de diques foram
investigadas neste trabalho, pol constituirem tema complementar aÕ mesmo. Desse modo, as
informações aqui apresentadas são referentes a perfis de reconhecimento das unidades
geológicas regionais, oompilação da literatura (e.g. Quérnóneur, l99l) e traball-ro em
preparação de Quén'réneur (1996), pesquisador que tem-se dedicado nos últimos anos à
carlografia geológioa da região de l-avl'as - lJom Sucesso.
Por outro lado, a opção por um¿t desciição em tetmos de uniciades
Iitológicas, se deve a dificuldade em estabelecer uma estratigrafia precisa. tanto no Arqueano
como no Proterozórco, eln funçâo da complexidade geológica c escassa disponibilidade de
daclos geocronológioos. Estes fatos por si só, justificanr fi.¡turos tral¡alhrts de detalhamento dr.r
embasamento local.
Com o intuíto de facilital a visuahzação dos drques máficos, optou-se pela
sua carlogralìa isoladamente oonforme a figura IV.2, oride também aparecem os principais
lineamentos legionais. Em linção da cartografia reahzada a área é maior que o esboço
geológrco da figura I\¡.L Os núlneros de cada ponto amostrado se refere ao uúl¡eto d¿r
amostra coletada.
As unidades litolirgicas descntas a seguir encoutrar-n-se nas 1ìgur-as lV.I e
tv2
IV.1 - tJnidadcs arqueâniìs da in lì'aesln¡ trr ra
A semelhança cor.n as r¡nidadcs gcológicas das áreas adjaoentes.já estudadas
e os dados .geocronológicos disponiveis (1-eixcrra, 1985; 'feixeila & Frgueiredo. 1991.
I'cixerra ct al. 1996 a e b. QuéméneuL, 1996), confil'rn¿¡r¡ urna gelação predominantemente
arquear.la pala a maiolia das uuLdades geoìrigicas aqui descntas.
Grunulifos
'l"rata-se da unidade litoiógica mais extensa da regrào. por estender-se além
dos perlìs de caminhamento executados nos setoles noñe e oeste da á¡ea.
FIGIIRA fV.1: Esboço geológico do embas¿rmento metamórfico e pontos amostrados para geoquímica e isótopos de Sr e Nd daregião de Lavras (MG), porção extremo sul do Cráton do São Francisco. Base geológicaadaptadae morlificada de Quéméneur (1996).
25
Constituída predorninantemente por granuJrtos de filiação ácida, intercalados
cor¡ enderbitos e gnaisses bandados, apresenta via de regra, foliação com direção preferencral
N60"W e E-W.
As descrições destes granulitos são escassas e testringem-se a dados do
Pro;eto Sapucaí (Cavalcante et al, 1979) e trabalho em preparação de Quéméneur (1996).
Alguns corpos granulitrcos, com läcies granitóide, parecem estar delir¡itados por zonas cle
falhas Para leste a unidade encontta-se em contato com o granito arqueano de lJom Sucesso e
para sul está em contato co¡î ortognaisses, l.ravendo ainda a ocorrência de anfibolitos e rochas
ultrarnáficas.
Os granulitos podem ser dividrdos em 3 grupos com base na petrografia e
geoquímica: granulilos trondhj emitico-tonalítr cos, granulitos cálcio-alcalinos potássrcos c
granulitos máfico-ultramáficos (Quéméneur. 1996). Na paÉe nofte da unidade granulítica
predominam as suites trondhj emítrca-tonalítica e cálcro-alcalina potássica com cha¡nockitos e
endertrilos Na ¡ralte sul predominam niveis máfioos e ultramáficos oom piroxônio-anfibolitos.
A suite granulitica cálcio-aloalina potássica ó assim intcrptetada por
Quéméneur (199(r) ern lunção das semelhanças quimicas com o granlto arqueano de llom
Sucesso. Ern geral. a suite pode ser defìnida por charnockitos e gnaisses chatnockíticos. Os
charnockrtos são r-ochas de cor cinza clara esverdeada com grantrlação rnédia a grossa, e a
nrineralogia fundar.nental é lornecrda por ortoolásro, ohgoclásio e quartzo. Os rninclars
acessórios são biotita e piroxênios. O pouco piroxênio encontra-se parcialmente alterado para
anfibó o fibroso e sericita. Os gnaisses oha¡nocl<itlcos são lortemente orientados e
caracterizam-se pela cor cinza clara moderadamente a lortemente esverdeadas. Sua
mrneralogia fundamental é dada por: lìldspato potássioo na fol'ma sigmoidal pledominando
sobre plagioclásro. quaì1zo na lorma de lenles leol istalizadas e lrorrrblendas com rcstos de
piroxênios rro núcleo.
Na suite trond hj emitica-torralítica. destacam-se glanulitos forteurente
bandados corn col cntza clara quando predomina plagioclásros, cor cinza esverdeado claro as
vezes auìarronzada propiciada pol lr.ruita biotita c cor cinza esvel'deada cscuro quancJo
anfibóiios e ¡rrr-oxènios clol¡lnam. Os grar.nrlitos de composiçào trond h.jern itica-tonalitica sào
donomin¿rdos rJc eircicrl¡i1os. cm lunção das classificaçòcs cxisientes ltão conten-i¡r larcrïì cstc
lrpo de locha (Quémer.reur'. 1996). l ais endel'bitos. se caractenzam mtneraìogtcarnente por'
volumes abundantes de plagiociásios poligonrzados (ate 10o/o). modelados volumes de
26
quartzo e feldspatos de potássio e barxa quantidade dc l¡iotita, orlo e clinop iroxênios. Os
termos mais básicos mostram maiores volumes de clinopiroxônios
A suíte máfica-ultramáfica apresenta metabasaltos (Quéméneur, 1996), cula
rnineralogia é predominantemente constituída por plagioclásios cálcicos e associações de
orto-clinopiroxênios com anfibólios O representante das faixas ultramáficas, em geral, é o
piroxenito constituido por or1o e olinopiroxênios, por'ções de tremolita c serpentina.
Os gnaisses bandados, de ocorrência abundante na ponte do Funil (t l0 Krr
âo noÉe da crdade de Lavras), se caracterizam pelas bandas centimótricas quarlzo-feldspátrcas
intercaladas a bandas biotita./anfi bólio e pela estrutura "flaser" nos mlnerais de quartzo.
Iìecentes investrgaçôes geocronológicas llo dor-nínio granulitico
(Quéméneur. I996) indicam icfades arqueanas para este clomínio Iisócrona Rb-Sl com valor
de 2661 1:36 Ma. razão inicral Itsr/tosr de 0.70148 e MSWD = l.l4l. T'odavra, dados Sm-Nd
e lìb-Sr obtidos nesta tese referentes a 4 amostras da área granulitica (Tabelas lV.I e IV.2),
apresental'am diaglarnas rsoor'ônicos com arranjos linearcs ,luc ntìo ¡r¡5s¡ç¡¡ srgnificado
geológrco. Ilste fäto possivelmente esteja relacionado à distúrblos isotópicos em ambos os
sistemas. Por outro lado, as idacles modelo Sm'Nd ('l'r)Àr), indicam a existência de crosta
arqueana para este domrnro. a julgar pelos valores situados entlc 2.92 e 3.46 Ga, com médìa
de 3, 1 4 -r 0,28 Ga (n..3 )
,{mos lr¡r Itb (.) Sr ",Rlr/..,Sr IÌ rro "'Sr/""Sr Erro (2oì
150 rÌraurìlito r6.5 67) 0 07 t6 0 0020 0.7052_5 5 0 000(
I l2 or toB¡iLisse 134.5 131 2.tì354 0.011ó0 rl.lìli7qo 0 000( 0() râ11ulito t79.,5 l3(¡ 3 tì219 0ltó0 0.?90rì5 7 0.000(
9l râDulilo t8.5 ¡56 0.| 82 0 00/10 010i06? 0 000f
t0 261 0 0¿2't 0 0001 0?0?It1 0 000008
Tabela IV.l: Dados analiticos Rb-Sl' do embasâmcnto rnetarnórfìco da região de l-avras. Iìb e Srobtidos pol lluorescôncia dc raios-X (lìRX). (") = Os valor-es dc I{b lòrarn caloulaclos peloconfronto entre Ilb(DI) i s Rb(FRX), com desvio rnáximo cf e 2,5 ppm.
Gnaisses'l-'l'(ì
A unìclade pre d orninantemente se distribui a leste cla Serra cle Ilom Sucesso
(Quérnéneur. 1996) S u bord inadal¡en1e. sua prescnça é assinalada na área granulitica a oeste
da Scrra cle llom Sucesso. O corpo à lcste da serra sc eolrstrtur clrl Lur'ìa cxtensa laix¿r
oricntada I:-W. 'l'ais cnaisses. clenominados por Quérréneur ( I 99(r) de gnaisses "Pau da
Bandelra", aprcsentan.ì granulaçzìo média e são constituídos cssenciahlente ¡ror: oligoclásio.
27
quartzo, feldspato potássico e biotita. Os mrnerais acessórios mais comuns são: tit¿rnrta,
apatita e opacos.
Segundo Quéméneur (1996), os dados geoquímicos evidenciam uma grande
variedade composicional para os Bnalsses clue varian de tronclhjernito a tonalito e
granodiorito (TTG)
Sm Nd raTsm/l¡¡Nrl Erro tttNd/"tNrl Erro (2o) 'l'DNr (Nd)[câJ
150 r 4,9ófì 28,12't r).1052 ).000 1,5 01ì02 0.0000:ì6 3.04
142 ortognaissc 9,826 55,657 0,1074 ) 00{ ),5 0R70 0,000037 3.00
l9 s¡amtlito 8^073 50.503 0,09'73 ).000 724 0,000045 ) o)
9l g¡anuÌito 6.4\6 29 -4or) 0.13ll(r 0.00( 0. r95 0,000026 146
1074 arìlibolitor 1,06 10,r3 0 11ì25 0,000 o,51245'Ì ),0000t0 2.63
1080 anñbolib' 9,3 fì )5,14 0,1587 0,000 0,511953 ) {l{x)fll I 2,81
l0lì2 arúìbolilo* 4.8'7 15,82 0.1tì60 0,000 0,512541 ).000030 2,53
ll47 anfibolito* 5,41 t8.41 0_t'7'17 0.000 0.5122'71 ).000014 3.14
Tabela IV.2: Daclos analitícos Sm-Nd do embasamento metamórfico da região de Lavras, obtidospeia técnica de diluição isotópica (Dt). 'ß = amostras de anfibolitos cujos dados Sm-Ntl forarnextraídos de Quérneneur ('1996).
A n /i b o I i to,' e metu h ts u I t o¡^
Com maior explessão na porção leste do mapa, a unidadc é r'epresentada por
anfibolitos c metabasaltos pertenoentes ao "Gl'eenstone llelt" Iìio das Mortes (Quéméneur &
Garcia, 1993). Na porção oeste cla Serra de Bom Sucesso também se assinalam alguns corpos
associados com ultramáficas, cujo con1unto é denominado por Quéméneur' (1996) de
"Greenstone Belt" l-avl'as. Iìm gerai. os anfibolrtos intercalam-se com rochas ultramáficas e
cor.tr grande expressão no donrinio dos gnaisses do trpo |TC.
No caso do "Gl'eenstotre" Rio das Mol'tes verifica-se duas f'aixas de
anfibolitos. sepaladas por gnaisses e Granitos ttpo 13om Sucesso, r¡ma á noflc c outra à sul A
1'aixa uorte é constltuída pol melabasaltos toleíticos e r ochas ultrarnáficas de composição
liomatií1ìca, enquanto à sui se constitue em uretabasaltos toleiticos, lcornatilticos e colpos
ultlamáficos hornatiiticos. Alguns ¡rontos mais ¡rróximos do Maciço lì ansarnazônicc>
'l'abuõcs" rroslram nivcis dc injeções q ualtzo-l-e1d spática intloduzindo-se rlos an1Ìbolilos.
JLrl()nsllirll.lo () scu cirratef ltlr¡st\u.
,,\ colnposrçâo do "Cìreenstone" i-avlas apresenta ibrtes ser.nelhanças conl
aqueia do "Greenstone" I{io das N4ortes (Quéméneur, 1996). Ambas seqüências apresentam
intercaÌações sedimentares inter derrame no empacotamento basáltico. 'Irata-se de formações
ferríferas bandadas, quartzitos ricos em grafita e gonditos.
Dados recentes obtidos por Quéméneur (1996), demonstram que os
metabasaltos toleíticos sâo do tipo "MORII" e apresentam idades TDr{ Sm-Nd entre 2,53 e
3,14 Ga (Tabela IV.2), com rnédia de 2,18 x 0,21 Ga (n-4).
Dioritos
Situada a sul do Granìto I'ransamazònrco 'l'abuões, esta unidade é
representada pol rochas dloríticas. Os dioritos apresentam coloração cinza-escura e
granulação média. A mineralogia é dominada por plagioclásros epiclotrzados, hornblenda e
quartzo enì cristais intergranu lares. Segundo Quéméneur (1996) o diorito dev<; cstar associado
a evolução do "Greenstone" Rio clas Moúes.
Rochas ulnamá,fictts
A unidade é constlluída por rochas ultramáficas distribuídas erR 2 corpos de
lormato diferentes. O plimerro localizado a nol'oeste de Lavras se apresenta como uma faixa
NW intercalada na unidadc clos ortognaìsses, dispondo-se segundo a orientàção ¡rref'erencial
na região. O segundo situa-se no sopé sudoeste da Serra de Boln Sucesso com formato
ovalado. Aml¡os estão r-epresentados por rochas de granulação lìna e mineralogia
essencialmente coÍnposta por talco e serpentina.
Algur.rs corpos ultramáficos adicionars foram observados, porérn ainda
carecem de melhor de[mitação. sendo constiluídos por piroxenitos. Estes se apresentam em
loohas de gr anulação fina a média coulpostos ¡ror bronzita, pargasita. clorita, talco, serpcntlna
e opaoos.
G n t i ss^ e g r u n í tico nt ig m utiza d o
l-ocaliza-se nas irnediações da crdade de Ilom Sucesso e está replesentada
¡ror gnaisses glaniticos migmatizados de coloração cinza-olal'a, granulação fina a média e
isenta de porlìroblastos A rninelalogia essencial do paleossoma é fornecida por qualtzo,
biotita, anfibólio e lèJdspato. llm escala mìcr oscóprca. verilìca-se que os l'eldspatos siìo ¿r
miol oclina e o plagioclzisio. enquanto o anfìbólio é ¿r hor-nblenda. .¿\ssìnalam-se aind¿r:
tltanìtas. apatita, zircão e opacos.
Intercss¿ìnte nôtâr. que está unidade pratlcalrenle circund¿r o (ì¡anlto llol¡
Sucesso. clen.ionstrando estar associado ao n-ìesmó
?-9
uma isócrona Rb-sr estabelecida para migmatitos (4 pontos do paleossoma)
situados a nordesle do município de Bom sucesso (iGA/cpGeo, inéclito), forneceu um vaÌor
de 2690 + 56 Ma com razào ttsr/tos. inicial de 0,7001 e MSWD : 4,g. Resultados
semelhantes também são obtidos de migmatitos (paleossoma) e gnaisses graníticos de alto
grau, posioionados mais à noroeste de Bom sucesso (IGA,lcpGeo, inódito) e com rdade
isocrô'ica da ordem de 2.68g + 50 Ma, razâo 87sr/86sr inicial de 0,70213 e MSWD : r,6 (J2
pontos).
Grønitos tipo llom ,>'uce"-so
Diversos corpos intrusivos de granitos com coloração cinza-escura as vezcs
azulada, granulação média a grossa e mineralogia lundamental clacJa por: quartzo. biotita e
f'eldspatos. Uma das lnaiores ìntrusões e a melhor estudada é aquela situada a norte cla oidacle
de Bom Sucesso. os demais corpos ocorreln tanto a oeste quanto a lesle cla serra de Bom
Sucesso.
Em particular. o corpo cle maior dlmensão ocorre Ìla parle central da regiâo
investrgada Em gerai, sua granuiaçâo é unr pouco mais fìna e a coloração é mais clara cio que
o Glanito Bom Sucesso, posicionado à norte, Ern alguns locais o bandamento é incipiente
mas, em outros o corpo mostra-se orientado predonr rnanterncllte D-W, tectô¡ica está
¡rossivelmente representativa da Faixa Alto Rro Grande. rnarginal ao cráton do São
Francisco. Árcas restr;tas cìeste corpo apreserìtallì oonccntrações anômalas cle titanita.
o Maciço de Ilom sucesso se apresenta envolvido por gnaisses g'anitrcos
mig..ratizados e conr formato quase ovalado. segundo euéméneur ( 1996) é constituido por
duas lácies distintas. A prirneira corresponciente ao núcleo do maciço. é composta ¡ror u'rgranito cirrza azuiado cuja mineralogia principal ó folnecrda ¡ror. lildspato potássico.
oliuoclilsio- quartzo c biotlta r.'rde. cn(luanlo r)s accssonos princrpars sào ¿p¿T11¡. rlmcnnt c
zircào A segunda restringc-se a porç:ìo nordeste clo r.naciço e é constituida por um gra¡ito de
cor bege colr textura polliritica onde os lenocristais são cle r.ncsopertita c oligoclásio.
Destacanl-se ainda: quarlzo. biotita vercle e rni¡lelais acessór'ios corro epídoto. apatrta.
ilmenrta e zircâo
,\dicionaìtr-lenre. os lãcies ¿ìprescntam diferenças composrcionais. as (Ìuals
conduzir¡¡r¡r Quémeneul il99ó) a propor uiì1¿t ori.qcm a partrr da l.rristura cle ll.ìagmâs conj
lìrsào pzu cral na irase da crosta segulda por dilerencraçào.
30
cumpre ressaltar, que a composição cálcio-arcallna potássica de algumas
faixas da área gran,litica, em muito se assemelham a obtida para o Maciço Bom Sucesso.
sugerindo uma possivel continuidade deste tipo de intrusão mais para à oeste do refèrido
maciço.
Quéméneur- & Vidal (1989) e euéméneur (1996), definiram uma idade
arqueana para estas rntrusões <;om base em ulra isócrona Rb-Sr de z.lg7 x ì 43 Ma. razão
inicial 87sr/86Sr de 0,70806 t 0,0059 e MSWD de 0,j2. As rochas utilizaclas para a obtenção
desta isócrona se referem a parte central do rnaciço.
IV.2 - Unidades paleoproterozóic¿rs do Cinturão Mineiro e mais jovens
(l naisn'es monl,oníticos p orþnbltisti.cos migmntix,ados
Localtzad'a a sudeste da cidade de Lavras é constituida essencialmenle por
gnaisses tnonzoniticos porfiroblásticos de coloração cìnza-clara e granulação média a grossa.
A mineraiogia prir.rcrpal é lbr'eoida por: plagioclásios (-50%), quartzo (-18%), fel<lspato de
potássio (-10%), biotitas (-5%) e opacos. Assrnalam-se porfiroblastos de felcJspatos.
Freqü enten.ìente. a unidade é recortada por ìn1eções quarlzo-feldspáticas com
espessuras variando de 20 a 50 celltimetros, e seu limite a sul cleve se estender a1é os
quartzitos da sen-a da IJocaina (ltumirim-MG). A leste os inigmatrlos estão em contato (por
falhamento) com os gnaisses tipo TTG dos quais ¿ìpresentam algumas semelhanças
mineralógicas e petrosráficas, albra a lòr1e migmatizaçào rlos ¡rrirneir.os.
IJma isóclona Iìb-Sr obtida por 'feixeira ( 1985) para este dor.ninro 1ìrr¡eceu
idadc de 2.r3J .t:: r23 \ra corn razão Itsr/tnsr inicial de 0.702(10 :r 0,oo2o e MSWD ,= 3.g.
llste valor atesta cÌue uma parcela do elnbasamento arqueano looal sofreu letrabajhamcnto
significatrvo no Paleoproterozóico por conta cla evolução clo crnturão Minei.o.
Ortogna.is"^es
Sitt¡ada a sudoeste da cidade de i,avras e da r-egrâo investigada (Fig. lV. l). aur.ridade é constrtuida cxolusivamente por orlognaisses cle composição granoclio¡itìca
levelnenle su¡ret itnpostos l)or t¡ma delbrnração tectônic¿r cisalhanlc. possive[.¡ente ]iqada a
I'raixa .'\lto Rlo Granr.ie . \âo ralo os clivelsos al'loraurelltos descntos nesta uniclacie ¿ìpresentar.ì.ì
encÌaves de rochas melanoct'áticas e r.nesoorátroas e a lìlliaçâo mccllda invanavelmente sltua,
3l
se entrr: N70"W a E-W, muito semelhante a unidade dos granulitos. Assinalam-se tambér¡
corpos máficos e ultramárfrcos no rnterior desta unidade, conforme já car acterizado.
Em geral, as rochas apresentam cor cinza-cla¡a as vezes esverdeadas, com
granulação vanando de médra a grossa. A mineralogia fundamental é dada por: biotita,
quartzo e porfrroblastos milirnétricos de feldspatos geralmente na forma sigmorcJal. Os
feldspatos encontram-se represcntados por plagioclásios sau ssuritizaclos e microcli¡as.
Assinala-se ainda: muscovita, epidoto-zoisita, titanita e zircão.
os limites sul e oeste desta unidade não foram alcançados pelos per.fìs
executados nas etapas de campo, e a nofte os ortognarsses parecem gradar para granulitos.
[Jma isócrona Rb-Sr obtrda a parlil deslcs orlognaisscs por lìcilbron et al
(1989), produziu idade de l9g2r 134 Ma com razão 87sr/86Sr inioial de 0,704r0 r,0,0017 e
MSWD igual a 4. Este resultado, demonstra que os oftognaisses associam-se com a evolução
do Cinturão Mineiro. A amostrâ 142 representativa dos ortognaisses forneceu uma rclade
modelo Sm-Ncl lTr)N{; da ordem de 3.0 Ga.
Granitos
É constituida predominantemente por dois maciços intrusivos de granitos, a
saber: ]labuões e Perdões.
O primeìro situado a nordeste da Serra de Bom Sucesso apresenta
composição trond hj eniítica, form¿r ovalada c: exceto sua porção noúe as clerrais mostram-se
fortemente intemperizadas. Em geral, o Maciço Tabuões apresenta coloração cinza clara,
granulação média e textura microporfi rítica. A mineralogia essencial é clada por oligoclásio,
quartzo, microclina e biotita verde. A mineralogia acessória é fo¡necida por apatita, trtanita c
zrrcão.
A intrusão do T'abuões desenvolveu uma lmpoltante aur.eóla cle
metamorfismo (Quéméneur. 1996), a qual encontra-se amplamente registrada em diversas
formações metassed imentares da Serra de Bom sucesso (Supergrupo Minas), ¡ror exemplo,
nos qu artzo-biotita-xistos o metamorfismo propiciou o desenvolvimento de granadas e
sillimanitas. Dados geocronológicos do Granito Tabuões (euéméneur & vìdal, 1989)
irrdrcarn que tal corlro foi gelaclo no ciclo ì'ransarnazôn ico (isócrona Rb-Sr dc 1932 1 2l Ma_
e razâo inìcial nts,./tosr - 0.7025l).
32
O segundo corpo, posicionado a noroeste da cidacle cle perdões, também temforma ovalada. Via de regra apresenta granulação fina, cor cinza crara e a mineralogiafundamental é constihrida por feldspatos potássicos, plagioclásios parciarmentesau ssuritizados. quartzo e blotita.
Os Maciços I'abuões e Perdões se ¡nserem nas duas suítes (trond6j emitica,tonalitica e granítica) que constituem o arco magmátrco transamazônico do sul cla ¿lrea
cratônica, proposto por euémér.reur et al (1994).
cumpre ressarfar, que urna das fanilias de drques márìcos (suíte básica, vejaLitogeoquimica) apresentam no campo relações de concomitância com o Granito Tabuões.S u.prucrustuis tl o Supergrup o M i nus
Metasscdimentos do Supcrgrupo Minas são os responsáveis pela feiçãogeomorfológica conhecicfa como serra cle Bom suoesso. Esta correlação entre estesmetassedrmentos é anliga e de arnpla aceitação no âmt¡ito oratônico.
segundo euén.ré'eur (19s7), a seqûôncia da serra de Bom sucesso scconstrtui ern: a) xistos inferiores, calacterizados por quaÍzo-muscovita-biotita xistosmiloníticos com espessuras variáveis entre 5o a l0o metros; b) quar.tzitos prinoipars,caracterizados por quartzitos brancos com muscovita e espessura entre 5 a 250 metros; c)xistos rntermediários, caraoterizacros por xistos f'erruginosos com cspessura cntre 5 e 20metros; d) ltabiritos, caracterizados por formações ferrifcras bandadas corn espessura cie ì a250 metros; e) xistos superiores, caracterizaclos por cluartzo-brotita-muscovita xlstosi.tercalados de quartzitos mlcáceos e ferríferos com espessura de cerca cre l0o metros.
Recentemente euéméneur (1996), correraciona as unidades dos quartzrtosprincipais, xlstos intermecirários e itat¡i|itos, com as Forrnaçõcs Moecla, lJatatal e Clauê do
Quadrilátero Ferrífe¡o e, os xistos superiores a Formaçâo ceroadinho. Ao equipará-ras, e combase no acervo geocronorógico existc-nrc para os nletassed imentos cìo supergrr_rpo Minas (e.g.
Noce, 1995; llabinskl et ar, l 995), o refendo autor sugere uma ida<je entre 2500 a 2(.¡o0 Mapara o início da sedimentação cla selra cje Ilonr sucesso, nìesmo con.r a ausôncia dosmelassedime'tos equivarer.rles a l¡ormação Gandarela. os diqucs máficos clos tipos D[t2 (suíte
básica), DMB e DA (ve.ja petrografia) segmentanl estas r¡nrdacles.
S uprntrusttti:,^ do,luper¡1rupo Sti¡¡,loão Ðet Ileil)istribui-se a nordeste da ciciade de Lavras sendo constrtuída por
metacalcários e xistos quartzosos.
33
Os metacalcários peftencem a Formação llarroso e mantém os estratos
remanescentes da fase sedimentar que se orientam sub a hotizontalmente. No pacote supe¡or
encontram-se os xistos quartzosos pedencentes a Formação Macaia (Ebert, 1984) ou
Formação Carandai (Machado Filho et al, 1983). O pacote superior acompanha a
estratificação do metacalcário e juntos repousam em discordância angular sobre rochas jo
embasamcnto, propiciando a feição geomorfológica conhecida como Serra de Ijaci. Machaclo
Filho et al (1983) e DNPM (1978) r'elacionam o pacote às supracrustais do Supergrupo São
João Del Rei
Vale ressaltar, c¡ue não foram assinalados diques máficos segmentando os
pacotes sedimentares desta unidade.
IV.3 - O lìnxame de Diqucs Máficos de Lavras
A rcgião investigada tem sido relatlvamente pouco estudada, ern parlicular'
os diques máficos, cu1as primeiras descrições incluindo mineralogia e petrograña foram
realizadas apenas a paftir dos estudos desenvolvidos pelo Projeto Sapucaí (Cavalcante et al,
1979). Posteriormente, se destacam os primeiros dados geocronológicos (K-Ar) obtidos por
'l'eixeira (1985) e os trabalhos de mapeamento geológico do embasamento metamórfico e
enxame de diques desenvolvidos por Quéméneur (1989 e 1991) Reccntemente, estudos
acerca da evolução paleomagnética dos diques tem sldo elaborados na regrão por Porrte Neto
(1ee6)
Os diclues lnáficos distribuern-se por toda região investigada (Fig.lV 2) e
apresentam maior densidade de intr-usão entre as crdades de Lavl'as e Bom Sucesso,
seccionando ind istintaniente as diferentes unidades litológicas descritas (I.'ig.IV. l) a exceçào
dos n.retaoalcários e xrstos quartzosos do Supergrupo São João Del l{ei.
De maneira geral, as rochas dos diques apresentam ooloração preta, estrutura
maciça e são fanerítioas, holoclistahnas com a granulação variando de fina a módia. Rochas
com textura porhrítica e granulaçâo média-grossa são assinaladas mas, restritas aos pontos 22,
24. 52, 62 e ó3 (Fig. lV 2). Aquelas dos ¡ronlos 62 c 63 nordeste e norte de llom Sucesso
respectivamente, se destacarn das denrals por apresentarern rnegafènocristar s de plagioclásios
que atingem 8 crn de comprimento, conferindo-lhes um aspecto de "cumulatus" (Quéméneur.
r9Be)
0 5 l0KrnE:--------..{
ÐSCAT,,4
ntanado. /cÀ(e ,/---
t-
$
./-\./7
\,;,1
FIGLEA IV.2: Mapa dos diques máficos da região de Lavras (MG) que inclue a rosácea de direções preferenciais bem como osponlos amostrados Os números dos pontos se referem ao número de campc das amostras coletadas.
,l t Lineamenlos estruf urais
I 6t Ponto amostra{.lo
tt- Estr¿¡las
1Ç cidadcs
,,/ Ðiques
wI<ñ$ï;'¡ù
$lrll;,, \/¡r {
ii\so,f s".".,)
Lavras
as Mortes
::,,,,' E
35
Os diques apresentam-se discordantes da direção geral da foliação e/ou
bandamento metamórfioo das roohas cio eml¡asamento (N7O0W a E-W). O conjunto dos
diques máficos demonstra 6 direções preferenciars de colocação, a saber: N200-4008; N50o-
7O0E; N400-600w; NlO0-300w; N-S e E-W (cfl rosäcea na Fig lV.2). As direções N400-
600w, N-S e N200-400E são as preclominantes.
Os diques são subverticais e apresenlam espessuras que variam de poucos
ceÍìtímelros até 100 metros. A soma das estimativas cle espe ssuras do conjunto dos diques
r¡ál'icos pala a legião, indica urna expansão crustal minima de aproximadamente I Km
Em geral, os diques da suíte básica (veja Litogeoquimica) e aqueles
metamór1ìcos (DMB e DA, veja petrografia), apresentatn espessul as entre I a 50 metros,
senclo que as mais 1ì'eqúentes estão no intervalo de I a l0 rnetros (F-oto lV. l ). Por outro lado,
assinala-se um outro grupo de drques que representam uma suite básico nor'ítica (veja
Litogeoquímica). Suas espessulas vatiam de 10 a 100 metros, sendo clue as mais freqüentes se
1:osicronam ent¡e l0 a 20 metros (F'oto IV.2).
O grLrpo de diques mals espesso, também se caracteliza conlo o de maior
extensão (até 30 km de comprimento) e um exemplo é representado pelas amostras 59,70 e
1223 (Fig IV.2). Interessante notar, que estes diques de maior extensão e espessura orientam-
se predominantemente no quadrante NW, preferencialmente N400-600W. Embora este grupo
se.la de läcil observação em imagens de satélites, raramente possibrlita sua obserwaçào no
campo e em fotos aéreas. por conta dos processos intempéricos.
Por outro lado, alguns diques de menor extensão (suite básíca) não
apresentam correlação algurna entle composição e atitude. Urn exemplo deste lato pode ser
visualizado na fìgura IV.2, onde os diques 19 (NE), 26 (NW) e 60 (N-S), peftencontes a
mesma suíte (suíte básioa), onentan-ì-se em diferentes quadrantes. Isto sugere um
preenchimento ao longo de fraturas pré-exlstentes. Entl'etânto, outros diclues do glupo oom
menor extensão (e.g. DMB e DA) indicam uma predominância de orientações NE, seguidas
pelas N-S, com raríssilnas orientações NW e E-W. O "trend" NE na região é aquele
relacionado a evolução da Serra de Bom St¡cesso.
Via de rcgra, os contatos cor¡ as cnc¿lixantes, quando visíveis, são nítldos e
dtscordantes e, cm geral, os alloramentos se apresentam lì-escos, de tal modo que amostras de
boa qualidade pudcram sel obtidas para os experìrnentos do trabalho.
36
FOTO IV.l : Dique não metamórfico da suíte básica conl espessura entre 3 a 4 metros, típicadeste grupo (DB- 100).
FOTO IV.2: Dique não metamórfìco cla suíte básico norítica com espessura entre l5 a 20 rnetros.típica deste conjunto (DBN-72).
31
Cor.rforme anteriormente antecipado, urn dique do grupo dos menos extensos
e espessos da suite básica (vela Litogeoquimica), segmenta o Granito Tabuões e é coftado por
veios aplíticos e pegmatíticos associados as fases finais da crrstalização deste granito, Outro
di<¡ue posicronado mais a noroeste também rnostra-se codado por vênulas graníticas. Tais
feições de campo, já haviam sido menoionadas por Quérnéneur (1991) e são assinaladas er¡
outros locais além daqueles descritos acima.
Isto permite antecipar que a intrusão clo diquc ocorreu na última fase de
crrstalização do Glanito I'abuões, or¡a idade é de 1932 r- 2l Ma, sugerindo uma fase i¡trusrva
de diques rnáficos no Tralrsamazônico e por conseqùôncia uma associação lectônica oom o
Cinturão Mineiro. Aspectos cronológicos e químicos dos diferentes grupos cle cliclues na
região, serâo detalhados nos capítu los posteriores.
Adicronalmente cabe destacar, que um evento de cisalharnento atingru
alguns diques investigados (diques anfibolíticos, veja petrografia), os quais desenvolverarr
urna foliação paralela (N-s â N I o,E e N2o0-400l'l) a clireção do próprio corpo. 'l'al
deformação, sugere que estes diques tiveram orrgem a parlir de corpos ígneos que foram
submetrdos a processos de crsalhamentos desenvolvidos longitudinalmentc aos oorpos
tabulares durante ou após sua colocação (Foto IV 3) Este fato é apoiado pela fohação restr.ita
às bordas dos diques e nos contatos das rochas encaixantes. Como as zonas de cisalhamento
mostrarn-se fortemente associadas oom er migração de fluídos, é de se supor que a geraçâo dos
diques classrficados corno metabásicos (DMB, veja Petroglafia) tambérn se relacione a este
evento
O evento cisalhante descrito. pode ser simrlar ao encontrado elr outras zouas
de oisalhamer.rto transcorrente, onde a intrusão de drc¡ues é controlacla por regimes de
cisalharnentos transtensivos e transpressivos concomitantes (e.g. cadman et al, 1990, chaves,
1996). outra possibilidade, r'esicle na atr-ração cle rcgimes transcorrentes após o periodo
intrusìvo, aprovertando-se das zonas de fraqueza originais (e.g. Tarney & weaver, l9g7;
Tar ney, I992).
Em síntese, é de se esperar o scguinte quadro evolutrvo, com base nos dados
disponíveis da tal¡ela IV 3 e ao se correlacionar a regrão com complexos adjacentes (e.g.
Co'rpÌexo Campo Belo): a) geração 'o Mesoarqueano (>3,0 Ga) dos gnaisses 1'TG e
anfibolrtos/ultrabásicas associadas' b) intrusão dos Granitos trpo Born sucesso no
3t3
Neoarqueano, entre 2,'/8 - 2,77 Ga, os quais poclem ser os corresporrdcntes cl¿t primcira fìrse
clo l'lvento Rio das Velhas (Carneiro et al, 1995); c) granulitização l"arnbónr no Nco¿u'cìucan()
cle parte das unidades litológicas à oeste da Serra do Bom Sucesso entrc 2.70 - 2,(t6 Ga; cl)
início da sedimentação dos metassedimentos da Serra cle [Jon.l Sr-rccsso 11¿ì intcrf¿rcc
Arqueano/Proterozóico (- 2,5 Ga); e) glanitização e migmatização ao reclor de 2140 Ma; f)
intrusão dos granitos do tipo Tabuões e fase final da evolução do CintLlrão Mirreiro ao se
encerrar o Paleoproterozóico. O retèrido cinturão af-etou as unic1aclcs clos ortoenaisscs c ckrs
gnaisses monzoníticos porfrroblásticos entre2,l a 1,9 Ga.
FOTO IV.3: Dique metamórhcol,avras. O contato se destaca pelaestirado.
anfibolítico (DA)loliação restrita à
em contato tectônicoborda do dique e pela
com o ortognaissepresença de quartzo
I.Jnidades Litológicas Idade Método Referências
Granulitos 2661 ! 36 Ma **
12,92-3,46Ga1 3, I 4ca (rì=3)
Rb-Sr (o'Sr/oosDi:0,70 I .5
Sm-Nd (TDM) MédiaQuéméneur ( I 996)Presente trabalho
Gnaisses graníticosrnigmatizados *
2688 t 50 Ma2690 t 56 Ma **
Rb-Sr ("'Sr/""SrRb-Sr (87Sr/86Sr
=0,7021=0,7000
IGA/CPGeoIGA/CPCeo
Granitos Born Sucesso 2781 t 143 Ma Rtr-Sr (o'Sr'/obSr)i=0,708 I Quéméneur ( 1996)
Anfibolitos e
rnetabasaltos12,53-3,14 Gal 2,18 t0,2J Ma (n:4) *r'
Sm-Nd (TDM) Média Quéméneur ( 1996)
Ortognaisses 1982 t 134 Ma3,0 Ga
Rb-sr' ("Sr/'uSr)i=0,704 I
Sm-Nd ('fDvr)
Heilbron et al ( 1989)
Presente trabalhoGnaisses monzoníticosporf. ruig¡natizados
213'l ! 123 Ma Rb-Sr (n'Sr/ouSr)i:0,7026 Teixeira ( 1985)
Granito Tabuões 1932 ! 2l Ma Rb-Sr' (n'Sr/noSDi=0,7025 Quérnéneur & Vidal (l 989)
Tabela IV.3: Idades Rb-Sr e Srn-Nd no âr-nbito da região investigada e áreas adjacentes. (*):Amostras com posição foradaregião em apreço. (**): Dados inéditos. Porf.:porfìroblásticos,
39
V - PE'I'RÛGITAIIIA E Q[JiMICA MTN[]II,AI-
V.l - Petrografia
Os dados pctrográficos obtidos de 121 lâr¡inas delgadas permiten subdividrr
os diclues r.náficos da região ìnvestigada em 5 grupos dislinlos, os quais de maneira geral
ser-ão descritos a seguir' (desctições simplificadas de oada amost[a estudada encontram-se
resumidamente no apêndice 3). Curnpre lessaltar', que cerca cle 30 exemplares deste conjunto
mostram-se fortemente epiclotizados e/ou saussulitizados e por csla razão foram excluídos dos
estudos plevistos.
Na análise petl'ográfrca forarn adotados os seguintes crìtérios: l) Quanto a
granulação (mm): a) rnuito firìa (Ø < 0,1); b) fina (0,1 .., Ø s l,0), c) rledia (1,0 < Ø < 5,0);
d) grossa (5.0 < Ø s 20,0), e) muito grossâ (Ø > 20.0). 2) Quanto ao tamanho dos cristais
(mm): a) natnz (Ø -<
0,1); b) mrcroferìocristais (0,1 < Ø < 0,5); c) fenocristais (0,5 .- Ø <
2,0); d) macrofenocristais (2,0 < Ø < 10,0); c:) megafenoclistais (Ø > 10,0).
As rochas analisadas são holoclistalinas, mas alguns casos de rochas
hrpocristalinas foram assinalados) como por exemplo a amostra DBr- I 5. Amostras com
granulação média e lina predominam sobre as de granulação muito fina e, via de regra, as
médias-finas repl'esentam as pattes mais centrais dos diques enquanto as muito l'inas
representaln as marger.ìs. Na realldade as amostras de granulação muito fina mostram-se
intensamente intemperizadas. Por outro lado, todo o con1unto de diques máficos âpresenta
amostras com hgeiro predomínro de granulação fina.
As textul'as mais comuns obsewadas r.ìas alnostlas estudadas são:
A - Subofitica as ripas de plagioclásios encontraln-se parcialmente
englobadas pol clrstais oticallìel.ìte contínuos de piroxênios, cujo tanrarrho médlo é inferior ao
dos plagioclásios.
Iì - Inter:granulal: os rnterstíclos dos plagioclásios são ocupados por cristais
de piroxênios.
C - Porfirítica: calacterizada por apresentar megafenocristais,
r.nacrofen ocristais, fenocristais e raramente mrcrofenocrr stais de plagroclásios e/ou piroxônios
imersos em matriz de granulação fina, muito fina a vitrea.
40
D - Granoblástica. catacterizada por apresentar plagioclásios e anfibólios
preferenciahnente subpoligonizados com contatos Justapostos em tipica trama grâo mais
crescimento. Em diques com indicação de estágios deformativos (cisalhamento), como deve
ter ocorrido nos dlques anfrboliticos, alérn deste tipo de textura são observaclos também a
textura gl anonematoblástica com foúe orientação dos grãos mlncrats.
I)estaca-se, que om ulì1 dos grupos atingidos pelo metarnorfisrno (DMB), as
lerções ígneas originais não foram oblite¡adas e adotou-se o termo ìrlasto para designação
textural (e.g. blasto-subo1ìtica).
V.1.1 - Diqrres Básicos Noríticos
Este grupo encontt.a-se posicronado gcograficamente entre as crdades cle
Lavras e Bom Sucesso, mas mostra tendêncra em se distribuir para noroeste a partir da porçãg
central do enxame. Conforme relatado no item geologia eles se orientam preferenciâlmenle no
quadrante NW.
Os diques básicos noríticos (DBN) rcpresentam oerca de l3oZ das rochas
investigadas e a granulação de suas rochas va'a de fina ftmédio : o,B mm) a média (tméctio =
2,0 mm) com ligeìro predominio daquelas com granulação média. os contatos entre os
cristais são cm g|ande maioria do tipo leto seguiclos por escassos contatos reentralltes ou
irregulares.
As texturas inrciam-se pelas cumuláticas (amostras 1212 e 72) que passam
gradativamente a intergranulares e subofiticas (amostras 64 e 54). o tipo de textura
cumulática rdentìficada é a heteradcum ulática (wager & Blown, 1968), ondo o plagioclásio
ocolre coÌno fase "intercumulus", enquanto olivlna, odo e clinopiroxênios ooorrem como fase
"cumulus" (Folomicrografia V. l).
Os minerais fundamentais dos DIIN são: plagioclásro (precoce An: j4-
59%o; tardto A't '= 7l-520/o). augita (precoce W(\ ,,,,. 39-2jyo; tardia Wo : 36-27%);
ortopiroxônio (precoce Wo : 4,3-\,ZYo, tardro Wo = 4,9-3,2%); minerais opacos e pouca
biotita A olivina é escassâ e ocorre preclominantemente em rochas corr textura cumulática e
su bor<iinadamente em rochas com textura rrrtergranular ou subofitica. lnter crescrmentos
rriclopegmatíticos mais a pigeonita (tardia wo : l5%) são raros ou totalmente ausentes.
4t
Com representação volurnétrrca variando de cerca de 3O a 40Vo, os
plaqioclásios ocorrem na forma de rrpas euédricas a subédncas e prismas alongados. euandoem tochas de textura heteradcurnulátìca encontram-se em rnacrofenocristais (tmédio : 5,0
mm) incluindo os demaìs minerais e quando ern rochas de textura intergranular mostram-se
em feno (tmédio - 1,8 mm) e microfenocrrstais (lamanho medio =, 0,4 mm), cujos i¡terstícios
são preenchidos por outros minetais. Nas rochas com textura cumulática, os plagioclásios
apresentam volumes sem¡rre inferiores (-30%) quando relacronados à aqueles com texturas
intetgranular e subofitioa (-40%) Geralmente, os ¡rlagioclásios encontram-se ¡raclados
polissinteticamente segundo a lei da albita. albita-carlsbad-periclina e a aplicação clo métoclo
Michel-Levy nos geminados, proporcionaram conteúdos da molécula de anortita
correspondentes pred om inantemenle aos termos da Iabradorita. Em algumas amostras pode se
obseruar oristais de plagroclásios ¡'ecobertos por u¡na fina nuvem acastanhacla e de aspecto
difuso. Zhang & IIalls (1995) atribuem as nuvens a oxsolução de impulezas (Iìe por exemplo)
no decorrer da cristalização dos plagioclásios. Manchas de saussuntização e epi<iotização
também são assinaladas nos núcleos de alguns poucos oristars. Nestas manchas de aspeclo
difuso pode se verificar sericita, calcita e epidoto.
Os piroxênios ocupam 35 a 450/o do volume total da rocha. São
representados predorninantemente por augítas e subordinadamente por ortopiroxênios e rara
pigeonita. Ëm geral, encontram-se em prismas isolados, as vezes gerninados ou de rnanei¡.a
composla (Fotomiclografia V 2). Os piroxônios compostos apresentarn-se de {uas fo¡mas:
uma predominanten'ìente com oúopit'oxênio no núcleo e clinopiloxênio na borda e outra mais
escassa com pigeonita no núcleo e clino¡rrroxênio na borda. liste tipo complexo cle piroxônio
é semeihante à aqueles de rochas lunares e dos diques da região st¡doeste da Groe¡lântlla,
relatados por l{all et al (1985) e Hall & I{ughes (1987). Os cristais compostos cle piroxênios
soÍnente não sâo observad<ls nas lochas com textul.a cumulática.
A ar"rgita representa volumetrrcamente valores entre 20 a 3OoZ, e ocorre
lreqüentemente como fenocristais (tmédio.. 1,5 mrn), microlenooristais (tmédio = 0,3 rnm) e
niatriz (tn'rédio .= 0,08 mm), tanto para rochas com textula cumulática como para
interglanular-. Apt'esenta-se incolol a vorde-claro, exclt¡sivamente em prismas eued¡ars nas
rochas de textura cumulática e em grãos euedrais, subedrals a anecJrais nas delnais texturas.
42
FOTOMICROGRAFIA V.l: Amostra DBN-1212 - Aspecto geral da textura curnulática(heteradcumulática) assinalada nos diques básicos noríticos, com plagioclásios "intercumulus" eorto e clinopiroxênios "cumulus". Nicóis cruzados (objetiva 2,5x),lado maior da foto = 5,0 mm.
FOTOMICROGRAFI A Y .2: Amostra DBN-28 - Detalhe de um cristal composto de piroxênios,onde ortopiroxênio (bronzita) ocorre no núcleo e clinopiroxênio (augita) ocorre na borda,diagnosticado nos diques básicos noríticos. Nicóis cruzados (objetiva 5,0x), lado rnaior da foto =2,3 mm.
43
Quando não inclusa poiquiliticarnente encontra-se preenchendo interstíciosentre plagioclásios ou englobando<rs parcialmente. Distnbui-se em cristais isolados e quandoem cnstais conjugados ocupa sempre suas bordas laterais.
os ortopiroxênros (bronzita) ocupam volumes na rocha que variam de lo a180%' sendo que os exemplares de textur¿r cumulática aprcsentam os maiores volumes,enquanto as demais texluras ôs nrenores volumes. caracterizam-se pelas cores rosadas a ver<jepálida e extir.rção reta. (ieralmente, apresentam-se em fe'ocristais (tmédio - 1,5 mm) e
mrcrolènocristais (tmédio '' 0,3 rnn,) euedrais a subedrais. Ocorrern isoladarnentepreenchendo intersticios dos plagioolásios mas se clestacam por constituirem os núcleos dospiroxênios cotnpostos Em geral, a pro¡rorção eln fenocrìstais dos ortopiroxênios é semelhantea ¡:roporção dos fenocrìstais de plagioclásio.
A pigeonita não r.rltlapassa os 30% em volume cla rooha e quando em cristaisisolados se apresentam em prismas subedrais à anedrais. Nos tipos conjugados, ocoüe sempreno
'úclco e'r p'ismas euedrais a subedrais sendo borcreja<la pera augita. Em geral scconstituem em 1ìnocristais (tmédi6 = 1,0 mm) e m icrofenocrstais (tmédio = 0,2 mm) osfenocrìstais predominam nos tipos conjugados c os microfenocristais no tipo isolado.Exemplares com textura cumulática são vorumetricamente ricos em piroxênios, contudo, aspigeonitas são rcstritas a poucas amostras com textul'a intergrânular ou subofitica.
Exclusividade dos DBN, a orivina (r1o .- 76-7g%).Éio ultrapassa 50% dovolume da rocha e ocorre freqüentemente em rnicr-ofenool.istais (tmédio:0,2 mm) e comomatriz (tmódio
= 0,08 mm). Aplesentarn-se anedrais oonì contornos arredondados, bordeladospor miuerais opacos e tnclusas nos cristais de piroxônios Iìrn geral, encontram-se em crrstaisnão alterados
os mineraìs opacos estão represerìtacros ¡ror magnetitas e ilmenitas, as quals
'o conjunto chegaram a comprometer até 5% cro vorume de rocha totar. rim gerar, as
magnetitas ocorrcm er¡ microfenocristais (tmédio = 0,2 rnm) subé¿ricos nas fon¡as cúbicas
ou octaédricas. ellquanto as ilmenitas ocorrem cornun'ìonte em nrcrolènocristars (tmédlo = 0,2mm) na forma aciculal..
Quancio presente, o intercrescimento micropeqmatitico apresenta volurnetrão superiol a 5o/o e é caracterizado pot' interclescimentos micrográficos ou granofir-icos cle
composição qualtzo-K feldspática. Ilstes intclcrescimentos têm siclo cncontrados em
44
drferentes tipos de "'diques nolitioos" na Groenlâ¡rcìia (ljall & Llughes, 1987), mas ocorre
também em outros tipos de diques toleiticos, como por exemplo nos diques do Uruguai.
Neste grupo, a biotita pode alcançar 3%o do volume da rocha e ocorre em
microfenocristais (tmédio = 0,2 mm) e como matriz na forma de palhetas anédricas tle
coloração marrom avermelhada.
A apatlta, raraûlente ultr apassa l0% em volurne na rocha, mostra-se acioular.
ou em cristais hexagonais.
Assinalarn-se arnda: clorita, sericrta, calcita, epídoto e raro ar.rlibólio. Os
quatro prirneiros são fruto da desestabilização dos plagioclásios e piroxênros.
V.1.2 - Diques lìásicos - I
O conlunto tambén'r encoutra-sg posicionado geograficamente entre as
cidades de Lavras e Bom sucesso. I'odavia. estão sempre localizados na pafte cenl.ral clo
ellxame. Ol ientam-se preferenciaÌmerìte no quadrante NW seguindo a tendência já assinalada
para os DBN.
Os diques básicos I (DB¡) r'epresentam cerca de l lo/o das rochas
investigadas e a granulação predomir.rante é a do tipo fina (tmédio :0,8 rnm). Em geral, os
contatos entre os crisfais são retos, as vezes rcentrantes ou irregulares. São caracterizados ¡rela
textura intergranr-rlar e pela textura subofitica (Fotomicrograha V.3).
Os minerais essenciais dos DBr são: plagioclásio (precoce ñt:67-550/o,
tardio An -- 54-42%); augita (preooce Wo .= 3 4-32o/o; rardia Wo = 33-Zl%); prgeÒnrra
(precoce Wo : l0-13%; tardia Wo - I 1-15%). ortopiroxênio, mi'e¡ais opacos e escassa
biotita
Os nlaeiocláslos replesentam celca de 40-45% do volume da rocha e
ocorrem na forma de ripas euédricas a subédricas e plismas alongados. Mostram-se em feno
(tmédìo - 0,8 Inm) e m icrofenocristar s ( trnédio - 0,2 mm), cujos interstícios são preenchrdos
por outros minerais. Em geral, eÍìcontram-se ger-ninados segundo a lei da albrta, albita-
carlsbad-periclina e a aplioação do rnétodo Michel-Lcvy ploporcionalam conteúdos cla
molécula de anorlita correspondentes predominantemenle aos termos da labradorita. Alguns
cristais de plagioclásios apresentam-se recobeÍos por ì.¡ma nuvem acastaÌthada clara,
45
semelhante a aquclas Òbservadas nos plagioclásios do grupo anterior. saussuntização e
epidotização são fenômenos assinalados nos núcleos de alguns poucos cristais, via de regra
posicionados nas microfaturas destes cristais.
Os piroxênios ocupam 35 a 45%o do volume total da rocha. São
represeutados predominantemente por augitas e subord inadamente ¡ror prgeonitas e escasso
ortopiroxênio. Geralmcnte, cncontlam-sc ent prisrnas indlvidualizados, as vezes geminados.
cristais compostos são raros, restritcls a alguns exemplares e se apresentam cia rResma
maneira que aqueles identrficados nos DBN
A augita representa volumes da orden.r de 25 a 30o/o da rocha, e <¡con,e
flequentemente como fenocristais (tmédio = 0,8 mm), microfenocnstais (médro = 0,2 mm) e
matriz (tmédio ; 0,0tì rnm). Apresenta-se incolor a verde-clara em prismas subedrais a
anedrais Via de regla, encontra-sc preenchendo intersticios entre plagioclásios o¡
englobando-os parcialmente. Distribur-se eln cristais individualizados e quando em raros
cristais composlos ocupa sempre suas bordas laterajs
Com representação volurnétrica entre 8 a 10Yo do volume da rocha, a
pigeonita se apresenta em prismas subedrais a anedrais. Em geral, constitueln fenoc¡istais
(tmédio = 0,6 mm) e microfenocristais (tmédio = 0,2 rnm), os quais se distribuem
preenchendo intersticios entrc os plagioclásios.
A bronzita representa os ortopiroxênros, os quats se distr.ibuem ocupando
volumes na rocha que variam de 5 a 8%. Caracterizam-se pelas cores rosadas a verde pálida e
extinção reta. Frequentemente, apresentaln-se em fenocristals (tmédio ,= 0,7 mrn) e
microfenocristais (tmédio - 0,2 mm) sul¡edrais a anedrais, que ocorrem individualizaclos
preenchendo lntersticios dos plagioolásios. Nos raros olistais conjugados cie piroxênios, tânto
a bronzita como a pigeonita restl lngem-se ao núcleo
'l'ambém n<:ste grupo, assinala-se o micropegmatito. cujos volurnes variam
entre 5 a l0o/o da rocha total e são caracterizados ¡ror intercrescimentos micrográficos ou
grarrolìricos de composição quaftzo,K feldspátrca (Fotomrcrogr.afi a V.4).
A biotita não ultrapassa 570 do volume da rocha e ooorre como
I.u icto lenoorislais (tmédlo ; 0,1 rnrn) e oomo matliz na fonna de palhetas anédricas de
coloração man om avermelhada.
46
FOTOMICROGRAFIA V.3: Arnostra DBr-l l2 - Aspecto geral cla textura subofítica, localmenteitrtergranular, típica nos diques básicos 1, onde se observa fundarnentalmente plagioclásiosripiformes, interct'escirnentos rnicropegmatíticos e cristais subedrais de augita. Nicóis cruzados(objetiva 2,5x),lado maior da foto = 5,0 mrn.
FOTOMICROGRAITIA V.4: Amostra DBr-70 - Detalhe do intercrescimento quartzo-lèlclspático(micropegmatito) e da textura subofítica, de ocorrêrrcia cornum nos diques básicos L oncle sedestacam ripas de plagioclásios e cristais snbeclrais de augita. Nicóis cruzados (objetiva 5,0x),lado maior da foto = 2,5 rnm.
47
Os minerais opacos estão representados por magnetitas e ilmenitas, as quais
não ultrapassam 504 do volume de rocha total. Em geral, as magnetitas ocorrem em
microfenocristais (tmédio = 0,1 mm) subédricos nas formas cúbicas ou octaédricas, enquanto
as ilmenitas 1ìeqüentemente ocorrem em microfenocristais aciculares (tmédio - O,l mm).
A apatrta sc distribui por ate lo/o do volume da rocha e mostra-se com
hábitos aciculares ou em orrstais hexagonais.
Assinalanr-se ainda: clorila, sericita, calcita, epídoto e raro anfibólio.
Cabe notar, as simila¡rdades assinaladas erìtre os DBN e os DR¡, tais corno.
presença de micropegmatito, pequena distribuição de [riot¡ta primária e ocorrência de
ortoprloxênios magnosianos, as vezes. na forma de cristais oonjugados.
V.1.3 - Diques Eásicos - 2
Os diques básrcos 2 (DBr) são os de maior llrequência na regiãcr
representando cerca de 420/o das amostras desclitas, Predominam aquelas de granulação
média (tmédio dos grãos = 1,0 mm). o grupo se distlibui por toda a região investigada e seu
posicionamento direcional é aleatório.
Geralmente os exemplares apresentam textura subofitica a intergranular
(lrotomicrografia V.5 e V.6), as vezes porfirílica como nas amostras 15,74, 24 e 37. Na
textura subofitica os mlnerais comumentc ocolrem corno fenocristais (tmédio : l,l mm),
microfenocristais (médio .- 0,4 mm) e rararÌ'ìente como matriz. Nâ textura intergranular
predominam l¡inel'ais como miclofenocristais (rnédio : 0,4 rnrn) e matriz. As rochas com
textura porfirítica mostram fenocrislais de plagroclásios e prroxênios (tmáx: 2,6 mm c tmur -1.2 mm) dispersos em matriz vítrea ou constrtuída por mrcrofenocristais (tmédio:0,2 rnm),
também de plagioclásios e piroxênios. Na grandc maioria das amostras os contatos entre os
grãos é reto mas, contatos reentrantes e/ou irregulares tambóm são assinalados.
Os constítuintes mrnclalógicos fundamentais são. plagioclásios (plccoce,4¡
"' 72-50o/o; tardio An - 39-62%); augitas (plecoce Wo - 35-47o/o, tardio Wo - 23-49%);
esoassa pigeonita (Wo - 9%) e hipelstênio (Wo = l%).
epídoto e sericita
Su bordin adarnente asstnalam-se anfibólios, minerais opacos, apatita, clorita,
48
FOTOMICROGRAFIA V.5: Amostra DB2-60 - Aspecto geralbásicos 2, mostrando a disposição das ripas de plagioclásioscruzados (objetiva 2,5x),lado maior da foto = 5,0 mm.
da textura subofítica dos diquese dos cristais de augita. Nicóis
FOTOMICROGRAFIA V.6: Amostra DB2-602,5x),lado maior da foto = 5,0 mm.
idem anterior, com nicóis paralelos (objetiva
49
Com representação volumétrioa oscilando entre 40 e 45o/o da rocha, os
plaeloclásros predominantemente ocorreln eln lenocristars (tmiclio ,= 1,2 mm) e
subordinadamente em microfenoclistais (tnédio : 0.5 mm) De maneira geral, apresentam-se
ripifolmcs, euedrais a subedrals e estão geminados segundo a lei da albita or-r albita Carlsbad.
Utihzando-se o método de Michel-l-evy obtiveram-se termos composicionais no intervalo
andesina-labladorita. Manchas de saussr.rritização ou e¡ridotização, quando obsen adas, sã6 cle
baixa fi'eqüência e restrila a microfraturas nos cristais. Algumas amostras exibem c¡istais je
plagioclásios recobel'tos pol uma fina nuvem de coloração acastanhada e dc aspecto drfuso.
Os þiroxênios ocupam cel.ca cle 25-30% do volume da r.ocha, podendo
chegar a 4O%o se a ânìostra não apresentar anfibólios São replesentados predominantemente
por fenocristais, microfenocristais e matriz de augita, sendo pequena a quanticlade assinalada
de pigeonita e hiperstênio.
A augita apresenta-se incolor cm oristais anedrais a subedrais oom
dimensões c¡ue variam de 0,01 a 2.0 mn.r, lì'eqùentemente com dimensõcs méclias ao redor dc
1,2 r.nm. os cristais rnostrar¡ lbrmas granulares à prismáticas, às vezes geminadas, e
invanavehnente englobarn parcialmente os plagiooiásios ou preenchem seus rnterstícios
Individualmente, hipelstênio e pigeonita raramente ultrapassam 5o/o em
volume cla rocha. Via de regra, ellcontlam-se corno matriz <lu mrorofenocristais (tnrédio : 0,2
mm), e estão na forma de agregados policlistalinos ou associados a augita. As pigeonitas
encontram-se clominantemente em clistais anedrais e talnbém são incolores como augita. O
hrperstênio é de coloraçâo rósea e ocorre em cristais subedrais a anedrais. Em geral. tocios os
tipos cle piroxênios encontram-se mais ou menos altel'ados, em suas bordas e h'aturas, para
anfibólios e cloritas.
Os mrnerais opacos (tmédio - 0.5 mm) oclrpam 5 a IOo/o do volume da r.ocha
e são representados por magnetitas e ilmenitas. Preferencialmenle distribuem,se como
rnicrofenocristais e matl ì2. Rm gelal, as ilmenitas sâo aorculales enquânto as magnetitas
podcm ser cúbicas e octaédricas. São escassas as magnetitas esqueletais, as cluais envolvem
¡riroxônios e plagioolásios.
Os anlibólios, cluanclo ¡lresentes, chegam a atingir ate l5o/o (comumenle
entl'e 5 a l0%) do volunre da rocJra. e podem ser- vrsualizacJos nas bordas dos piroxênios ou
lnals ral'an'ìellte em clistais rsolados. Quando isolados apresentaln-sc preferencialmentc enr
50
cl'istais anédricos e su boldinadamerlte subédricos. São 1ìortemente pleocróicos (verde claro [Z]
a acastanhado [X]) e exibem as vezes planos de clivagem. Dados óticos adicionais sugerem
que esses minerais sejam do grupo das hornblendas.
A arratita é rara (< l0lo em volume) e encontra-se em cristais acict¡lares e
hexagonais. Tambérn rala, a brotita encontta-se semple interdigrtada em cristais de anfibólio a
paltir do quâl parece ter se originado
Clolita, epídoto, oalcita e sericita constiluem um grupo que está sempre
relacionado a instabilidade deutérica de plagioolásios e piroxônios.
Vale ¡essaltar, as dìferenças observadas entre os DI]¡ e DB2 comct a moda e
a composição dos ortopiroxênios cnvolvidos, a ausência nos DIlz do rnicropegmat ito, a
presença dos cristais cornpostos de piroxônios e da biotita nos DB1, e a plesença de anfibólio
nos DBz.
V.1.4 - l)ir¡ues M etabásicos
Geograficamentc rnostrar)r-se posiuiolìados entre Ijaci e Bom Suoesso, ¡ra
pafte mais central do enxame, e otientam-se pl eferencialmeute a NE e N-S.
Os diques metabásicos (DMB) representam 100/o das arnostras e studadas.
Estes diques assemelharn-se aos DlJz e são caraoterizados por uma textura variável do tipo
blasto-su bofitica a blasto-rnlergranu lar (Fotomicroglafias V.7 e V.8). Geralmente na lâmina
se reconhece a estrLìtlÌra magmátioa orìginal, por este molivo será adotada a mesma
nomenclatura. Adicìona-se, que encontram-se presentes 1elícluias dos minerais magmáticos
originais (e.g. plagioclásro, piroxênio).
O grupo é petrograficamente semelhante àquele descrito em Uauá,llahra.
nofte do Cráton do São Franoisco (Menezes Leal ct al, 1995), onde os dtques estão associados
a zonas de cisall.ramentos. Suas l-oohas apresel.ìlam glal.ìulação fina (trnédio - 0,7 mni) a
granulação média (trnédro - 1,2 mm). ì3m geral, os minerais distribuem-se em fenocristals
(tmédro = 1 ,0 mm) r¡icl ofenoclistais (tmédio : 0,3 mm) e mais raramente colno matriz. Os
contatos elìtre os olislais são retos, irrcgulares ou coul airarênci¿ì ile conoídos pelos clrstais
adj aoentes.
51
FO'I-OMICROGRAFI A Y.7: Amostra DMB-97 - Aspecto geral cla textura blasto-subofítica dos
diques metabásicos, mostrando ripas de plagioclásios com bordas reentrantes e cristais de
hornblenda com inclusões gotiformes de quartzo. Nicóis paralelos (objetiva 5,0x), lado maior da
foto = 2,5 mm.
FOTOMICROGRAFIA V,8: Aniostra DMB-97 - idem anterior, com rticóis cruzados (objetiva
5,0x), lado maior da foto = 2,5rntu.
52
Por outro lado, as amostras 62 e 63 apresentalr textura ìi lasto-porfirítrca com
macrofenocristais (tmédro = 8 mm) e megafenocristars (tmédio = 23 mm) de plagioclásios
dispersos em rRatriz dominada por anfibólios e plagioclástos
A mineralogia essencial ó representada por anfibólios e plagroclásios
(reliquia An = 72%o, rnatriz An 39%), os quais alcançam oerca de 80Yo a 900/o do volume da
tocha. Subordinadamente assinalam-se minelais opacos, epídoto" clinopiroxênios (relíquia
Wo ,= 3 I %), cìuârtzo, titanrta, calclta e l¡iotita.
Os anfibólios (tmáxirno -- ì,5 mrn; tminimo = 0,05 rnrn) predominanr
ocupatido cerca de 50% do volume da rocha e apresentafiì características óticas das
holnblendas. Ocorrem com nlaior freqüôncia col.ì-ro lllicro (tmédio : 0,3 mm) e fenoclistais
(tmódio : 0,8 mrn) isolados ou agregados, exibindo formas subédricas a anéd¡icas. São de
coloração verde, fortemente pleocróicos [variam de verde clalo (Z) a acastanhado (X)], e às
vezcs encontran'ì-se subpoligolizados.
São ¿lssi¡ralados casos onde se observanl relíquias de piroxênros auqiticos
nos núcleos dos anfibólios sugerindo uma origem para os anfibólios a partil de
transforrnações em piroxênios. Tais piroxênios restringem-se ao núcleo e apesar de suas
dimensões, podem ser discernidos pelas oores de rnterferôncia e lelevo mais elevado que o
anfibólio. Além dos piroxônios, os anfibólios inoluem qualtzo, plagioclásio, apatita e biotita.
Os plagioclásios ocupam celca de 30 a 40 0/o do volume da rocha e
invariavelmente ocorrern em l'ipas subédricas com t¡oldas corroidas e reentrantes que sugereûr
pequeno consumo cle plagroclásios para a produção de anfibólios. Comumente distrrbuem-se
como 1èno e microfenocristars corr tamanhos médios de 0,8 mrn e 0,3 mrn respectivamente.
A.s ri¡ras que encontram-se geminadas segundo a lei da all¡lta o alt¡ita-callsbad possibilitaram,
através do rnétodo Michel-l..,evy, obter composições nos tennos da andcsina e
su bor-dinadamente labradorita. Os macrofenocristais das alnostras 62 e 63 apresentaram
composições clo intervalo da bitonita (An > 7 0%) Algumas amostl'as apresentaÌn ripas cìe
piagioclásro parcialmente saussurilizadas e as vezes epidotizadas, enquanto (lue os
megafenocrt stais das amostras blasto-porfi rítrcas encontram-se lotalmente epidolizados. Os
plagioclásios pal cialnellte saussurifizados, via de regra, nlostram manchas de aspecto difuso.
onde <i possível distinguir essen cialn'ìente oalcitas e sericll.as
53
Maqnetitas represent¿Ìm 1'undamentaln'ren1e o conjunto dos minerais opacos e
distfibuem-se entre 5 a 10% do volume da rocha. Em geral, apresentam-se em cristars
subédricos a anédlicos na forma cúbrca ou octaédnca e não raro na feição esqueletal. osmicrofenocristais (tmédio -- 0,3 rnm) predominam sobre os fenocristais (tmédio = 0,g mm) eambos comumente encontlam-se inclusos nas hornblcndas. As ilmenitas são raras.
Na forma de ¡requenos cristais anédricos inclusos na homblenda, o qlqrtzo
ocupa até 502 do volume da rocha e tambérn ocorre lÌos interstícios entre plagioclásio ehornblenda O quartzo posicionado na hornblenda pode indical excesso de sílica que não foiincorporado ao anfi bólio.
A _blpltê e a titanita são r-ar.as no conjunto (- l % do volume) e ocorrem
como matriz e rnicrofenocristais (hnédio = 0,1 mm). A primeira distrrbui-se em lamelas
sempre interdigita na hotnblenda, enquanto a tltanita apresenta-se microgranular.
Epídoto. calcita e scricita rcplcscntam rnillcrars cuja origcm sc rclaciona a
allcraçàr.r das lascs rnrncrais plrncipais.
Interessante assinalar a presença de diminutos cristais possivelme¡te de
escapolita em umâ das lâminas pertencentes a estc grupo.
As feições reliquiares de minerais, a assoctação mineralógica e texturas
observadas sugerem a atuação de uma fácres do tipo epidoto-anfibolito.
V.1.5 - Diqrrcs Anfibolíticos
'I'ambém conro os DMB, este grupo se orienla preferencialmente no
quadrante NII e a N-S. contudo sua distriburção geogr'áfioa é mais abrangenle que os DMB e
podem ser encontrados desde Lavras até a região nofte de Bom Sucesso.
Os cliques anfibolíticos (DA) representan Z4o/o das anìostras estudadas e, de
maneira geral, deslacam-se prefcrencialmente pela texlura granonematoblástica a
granoblástica (lìotomicrografias v.9 e v 10). Entretanto, ulra amostrâ que representa a borda
de ut.n dicluc, ouja foliação no campo já havia sido destacada, apl'esenta textura ner¡atoblástica
plopiciada pela fbrte orìentação planar dos minerais.
54
FOTOMICROGRAFIA V.9: Atnostra DA-48 - Aspecto geral da textura granoblástica dos diquesanfibolíticos, mostrando anfibólios e plagioclásios subpoligonizados e raras lelíqr,rias cle
plagioclásios ripiforrnes ígneos. Nicóis cruzados (objetiva 5,0x), lado maior da fbto = 2,5 mrn.
FOTOMICROGRAFIA V.10: Arnostra DA-48 - idern anterior, corn nicóis paralelos (objetiva5,0x), lado lnaior cla fòto = 2,5 rnm.
55
Em geral, as rochas deste grr.rpo possucm gi.anulaçào fura (tmédio dos grâos
:0,3 mm) e os oontatos entle os cristais são ¡rredominantemente retos, as vezes lobulados e
curvos.
Os constituintes mineralógicos de maior destaque são: anfibólios e
plagioclásios que somados ocupam até 9oo/o do volume da rocha. subordinadamente
enconlram-se quallzo, miuerars opacos, trtanita, epídoto, apalita e sericita.
Os anfibólios ocorrenl em cristais subédricos sr"rbpoligonizaclos a
poligorrizados, clivagern proeminente e atingem atr- 600/o do volume total cla l-ocha com
freqriência maior entte 45-500/0. São caracterizados pela oor verde com forte pleocroismo que
gerahnente varia do castanho-claro a verde escuro. Outras caractel'ísticas óticas ir-rdica¡r que
estes anfibólios pertencem ao grupo das hornblendas Ern geral, encontram-se em cristais cujo
tamanho médio varia entle 0,3 mrn a 0,I mÍì'r, os quars ocorrcm isolaclamente ou em
agregados crjstallnos semelhantes a um mosaico (concentrações granoblásticas). Algurnas
inclusões de cluartzo são observadas nas irornblenclas, bem como cnstais de plagioclásio,
titanita e epidoto. lndicativos de uma origem tardia a partir cle piroxênios são as vezes
assinaladas em algumas amostras. Contudo, não se observa como nos metabásicos cristais de
clinoprroxênios nos núcleos de anfibólios.
De maneira geral, os plaeioclásj_os representam 400/o do volume total da
rocha e cncontr¿ì.rn-se cm cristais subpo ligonizados isentos clc: geminação. Estes sâo
predomrnantemente anédricos e com tamanho médio de 0,3 rnm. por outro lado, alguns
poucos espécimes euedrars maclados po lissinteticamente segundo a lei da albita, permitiram a
obtenção de composições clue correspondenr a andesina. O grupo de plagioclásios isentos de
geminação. na realidade chegaur a mostrar algumas lamelas interrornpidas paroial ou
totalmente. Geralmente lleste grupo a extinção é ondulante e não se verificam cristais
zonados. É verrficatla uma eprdotização e saussuritização incrpiente cle amostra para amostra.
Entretanlo, uma ou outra ripa pode åpresentar em seu interior, lnanchas de saussuritização
constrtuida ¡rol minerais secundários.
Com representação entre 5 a 100/o do volume da r-ocha as magnctitas
represelltam os opacos. 'l'ambém ¡louca ilmer.rita é assinalada. Encontr'¿un-se em c¡rstais
anédricos as subédricos e sua dimensão média é dc O I mrn
56
O <lt¡ar1zo dislribur-se em cristais anédncos e nunca ultrapassa 5o% em
volume da rocha. caracterrzam-se pela extinção ondulante e pol dimensões médias de o.lmm.
A titanita ocorre em cristais subedrais (tmédio : O,0g mm) freqüentemente
em concentlaçôes granoblásticas inclusas em hornblcndas e plagioclásios.
As aÞatitas são raras (' l% do volume da rocha) e assinalam-se eln c¡stais
(tmédro:0,02 nrm) aciculares e hexagonais.
Epídoto, sericita e caloita são os minerais secundár.ios sempre oriundos ¿a
alteração dc plagioclásios.
Em sín1ese, além dos diques metabásicos e anfibolíticos, 3 grupos nâo
metamórficos de diques básicos predomlnam na região (Dlìy, DBz e DBN). Os DB¡
apresentam algumas difercnças em relação aos DBz (e g. presença de biotlta ¡rrimária nos
DB¡) e algumas similaridades em lelação aos DBN (e.g. presença de piroxênios compostos e
micropegmatito). Ì1stas simila¡idadcs o cliferenças sào taml¡ém assinaladas na geoquímica
(veja cap. Litogeoquímica).
Ad icionalnrente, a análise petrográfica sugere que a seqùência de
cristalização dos DBN deve ter sido, olivina - bronzrta - augita - plagioclásio - opacos,
enquanto a seqùênoia dos DBz deve ter sido, plagioclásio - augila - hiperstônio - pigeonita -
opacos. os DB1 parecem indica| uma scclüôncra similar ao dos DllN, com a pigeonrta se
posicionando um pouco aÍìtes ou ìrm pouco depois dos plagioclásios.
V.2 - Química nrincr¿l
Para avalial' e reafirnrar as principaìs fases minerais envolvidas, bem como
determinar suas principars variações químicas, foram realizadas microanálises quírnrcas ern
um conjunto de amostras representâtivas dos grupos petrográficos assinalados (DBN, Dtsl,
DBz, DMB e DA). 'Iodavia, em função das p'ioridades do trabalho e clas condições
lretamórficas de alguns glupos petrográficos, procurou-se rnvestigar um maior número de
exempJares ígneos (DllN, DB¡ e DIl2) em delrimcnto daqueles metamórflcos (DMB e DA)
5-/
Desse urodo, foram efetivamente analisadas nove aìt'ìostras dos DBz, seis dos
DllN, três dos DBr e apenas uma dos DMB. os dados encontram-se nas tabelas V I a V 5 do
apêndice 2.
Conforme já evidencrado no item anteriol., as principais fases minerais
independentemenfe dos lipos de cliclucs são: piroxê'ios, feldspatos, minerais opacos,
anfìbólios e olivrna
V.2.1 - Iliroxênios
Para a classilicação dos piroxênios, adota-se na presente pesquisa a
nomenclatura segundo Poldervaart & I-less (I951). No quadrilátero dos piroxênios (Figura
V 1) pode-se observar que a maioria dos piroxônios anaüsados tratam*se de augitas, seguiclas
por ortopiroxênios e pigeonitas. As salitas só ocorrem nos exemplares estudados <ios cìiques
básicos 2 (DB2) enquanto os olloptroxônios magnesianos ocorrem apenas uos diques básicos
noríticos (DBN) e nos DÉì r .
Alguns piroxônios. que na análise petrogr'áfica demonstraram-se oticamente
homogêneos e com caracteristicas óticas intermecliárias entre aquelas da augita e da prgeonita,
posicionam-se nos carllpos da augita e ferroaugita subcálcicas (Figura V.I ). 'Iais cristais, são
cat'acterizados em escala submicroscó¡rica pelo l'enômeno de exsolução augita/pigeo¡ita do
tipo lamelar e esprnoidal, a semelhança dos estudados por Mellini et al (l9gg) e Secco et al
(1e88)
Os dados qr"rímicos dos piroxônios ricos (augita, salita) e pobres
(ortopiroxênio, pigeonita) em cálcro ¡rara os estágios dc cristrrlização precoce (P) e tarclia (T)
encontram'se na tabela V. I do apêndice 2. os cstágios de cristalização precoce (p)
correspondem aos núcleos de macro, feno e/ou microfenocristais, enquanto os cstágios tardios
(T) re1èrem-se as bordas de feno e/ou r¡rcrofenocrrstais e cristars isolados como matriz.
A coexistônoia de ¡riroxônios ricos e ¡tobres eln cálcio e a evolução do
estágio de cristallzação precoce para o tardro, semple acompanhada de um enriqueoinrcnto
regular em ferro e decrésouno em ca, é tipica cla evolução dc suites toleiticas (wager &llrown, Ì96iì). Este padrào é assrnalado para todos os tipos de piroxônros dos diques básicos
I e 2 (Dl3¡ e DB2) e diclues básicos noríticos (Dl3N) como pode se observar nas figuras v.2 ae1r
58
u,.4.,DBN 'OllBr ,z
Dl3r - nDt\,lfr'l 0
iaLlta_-_.
^.à 44_f:ERROAUGIMAUGITA
r¡tLA¡oA¡A Al
ll''r A -t4ta
40., ra-, &-.-50 60 70 BOMç
ôal"" f-^ x
TCFIGUIìA v. I : variações nas composições em termos de ca-Mg-Fe+ (% atômica) no diagramados piroxênios (cf Poldervaart & Iless, 195r) dos diques miificos da região de Lavras (MG).DBN : diques básicos noríticosi DBr : diques básicos l; DB2 = diques básicos 2; DMB - diquesmetabásicos. Fe* : Fe'2 lFe'3.1-Mn.
Adicionalmente, nos diagranras convencionais Ca _ Mg _ ps+ (pe* : Fe,2 +Lte'3 I ¡4¡¡ verifica-se clue o cìestaoado enriquecirnento em Fe* se desenvolve paralelamente a
um regular empobrecimento enr ca'os piroxê'ìos cro tipo cálorco. (Figura v.2 a e b). Nos
tipos pigeoníticos, verifica-se ur¡ dél¡il incremento de ca'o âr-'l¡ito do gr.upo dos DB, (FigY.2 a) e um fraco empobrecimento em Ca naqueles pertencentes aos f)Br (Fig. V.2 b)
Nos DR2 (lìig. V 2 a) os clinopir.oxônios (augita e salita) se posicionarn
normahnente no "trend" evolutivo cfos piroxênios da intrusão de skaergaard (Iìrown, 1957;
Brown & Vincent, 1963) com exceção de c¡uatro análises das amostras 22,27,34 e ro0. Ilmgeral' os l'eno e m icl'ofenocr¡ stais de augita mostram anfibólios nas bordas, como 1á
antectpado no ltem ante¡iol-. Entretanto, alguns cristais isentos clesta feição perrnitiram
verificar uma fraca zonação onde os núcleos são constituídos de augita e as borclas de fer.ro-
augrta Esta última, ocorre preltrencialmente conto tnarriz, e mais r-ararnente corRo
microf'enocristais (Fig, V.2 a).
59
Co
30
Co
DB"
^ -f,frECocF
l^lQloDMB
s - Ìt\RDlo
MgLìI I
Fe*
FICURA V.2 a: Variações nas composições e'r termos de Ca-Mg_Fe,r (% atômioa) dospiroxênios de cristalização pr:,.o"".* rardia perrencentes aos diques bãsicos à (DB) e diquesinctabásicos (DMB). FL-* ¡;e 7.Fe '- Mn.
Cc
i'"){ìMg
.-.,.11___. _v_ ._.. v___''- v__...40 50 60 70 oÕ"" Fe.
FJGURA V 2 b. variações nas composições em termos <ìe ca-Mg-r.e+ (% atômica) crospiroxênios de cristalização PreJo,gc e larclia pertenceutes aos diques bá*sicos ¡roríticos (DBN) edìques básicos I (DB¡.). l;c* , Fe I'Fc r rMn.
BO
60
A pigeonrta do tipo interrnedrária e o ortopiroxônio do tipo ferro-h iperstê¡io
drst|ibuem-se predominantemente oomo r¡atriz e subord inadamente como microfenocristals
individualizados no âmbito dos DB2 (Fig. V 2 a).
Por outro lado, os clinopiroxênios dos DBN c DB¡ (Fig. V.2 b) situam_se
pouco abaixo da lrnha evolutiva de skae'gaard (llrown, 1957). Nestes grupos as relações
ent'e os prroxênios são um pouc. rnars oomplexas do que as do grupo anterior. Iìm geral, os
ptroxênios ocorrem em cristais ind ivrduallzados, contuclo, cristaís conjugados chegam a ser
fiequentes oomo aqueles observados nos DBN oom textuÌa inter.granular.a subofitica.
Os maoro, feno e mals raramente rnicrofenocristars individuais de augita, as
vezes apresentam-se ligeilamente zonados quimicarnente com fcrro-augita nas bordas. as
quais por sua vez sâo predomtnantes oomo matriz. Também alguns ortopiloxênios que são do
tipo bronzita mostram-se levemente zonados com hiperstônio na borda. A pigeonrta
preferencialmente do tipo magnesiana. quando rsolada, restringe-se a matriz e não mostra
evidências de zoneame¡rto quín.rico Aquela do tipo intermecJiár.ra é restrita aos DBr.
Nos cristais compostos, o núcleo é constituído predomínantemente por
bronzttas e subot'dinadamente por pigeonitas. As bordas laterais são de augrtas c as vezes
assinalam-se bordas de lerro-augita.
Piroxônios compostos simrrares e até com maior complexidade do que os
assinalados rlos DIIN e Dlì ¡, são relatados em cliferentes cnxames de cornposição norítioa,
l¡oninítica e básica. Entre eles se destacam aqueles do oeste da Gloenlânclia (I{all et al, l9g5;I-lall & lìughes, I 987), noroeste da Escócra (Tarney & weaver, 1987) e na Antártrca
(Kuehner, I9tì9). Segundo lJall & l.lughes (I990) tais tipos cie piroxênios devem estar
intimamente assoctados a processos tle cristalização que oùorrem concomitantes a j.blles
regimes de tulbulência. Tais regimes, seriam controlados por. enérgicas perturbações de
ocorrência seqüencial, lntercaladas por perío<Jos de tranquilidade de tal forma a permitir a
cristalização de frações do líqurdo magrnático.
Diversos autores, eÌltre eles Ilellieni et al (1988), tôm dernonstrado t¡¡ra
cort'elação positiva entre ¿ìs concentragões de Tio2 dos piroxônios ricos em cálcio (augita)
precÒoei]]ente cristalizados e ¿ìs conceDtraçiles de I-i()2 cle suas respectivas rochas
hospederras. Esta correlação é liaca para augitas dos DBr, DBz e DBN com suas respectivas
lochas hospedeiras e a amostra DB2-19 se drstancia das clemais (Fig V.3)
6l
UJ(Jo(-)l¡JÉ r', z
;f.-6,5
(_)I
6J o.3()
Ë o,,
ïOz2
ROCH.¡q TOTAL
ÌìIGUIIA V 3 : Correlaçlio entre as concentrações de TiO2 das l ochas totais e os piroxênios ricosem oáloio (cpx) de cristalização precoce nela contidos, para os diques máficos da região cleLavras (MG). DBN : diques básioos noríticos; DIì¡ : diques básjcos I e DBz: cliques básicos 2.
Os piroxônios dos DBN apresentam-se enriqueordos em Cr2Or relativamente
à aqueles pel'tenoentes aos I)Bz e DII¡. lìm geral, as concentrações de Cr ¡os ortopiroxênios
dos DBN varia entre 0,5 a 0,8% com um máximo de ),oo/o, enquanto os clinopiroxônros
chegam a atingi 1,2%o. Ressalta-se que os clinopiroxônios dos DB2 apresentâm 0,290/o de
conoentração máxima em crzor e dos DB¡ 0,23o/o. A alta concentração em cromo dos DBN ésemelhante a obtida em ptroxênios dos diclues norítrcos da Antártica, onde ortopiroxô¡ios e
pigeonitas apreseÌ'ìtam cerca de 0,5%o d,e cr,o.ì, cnquanto os c nopiroxênios cálcicos
alcançam concentrações da or.dem de l% (Kuehner, l9g9)
Na determrnação das temperaluras de cristalização dos piroxênios,
utilizalam-se as equações dos geotermômetros de l(retz (19g2) para o pal augita coexistente
com pigeonila e/ou bronzrta e o de Ishii (1975) aplicaclo exclusivame'te ern pigeonitas.
Apesar da oerta complexidade de cristalização dos piroxênros peltencentes
aos Dlll'ì e l)Ei¡ l'oram efetuados os cálculos de temperaturas através dos geotermômetros
mencionados. ìirn gelal, os resultados são consistenles com as observações petrográficas.
N
I
L]
-ø.A
A
o- .l oo
D
62
os 'ralores médios de temperaturas obtidos pero geotermômetro de Kretz(1982) para os DBN são (em "c) 1250 t 4g (n = 2) para estágios de crrstalização precooe eI l8'l ì 42 (n = 3) para estágios tardios. euando se avalia o conjunto dos DB¡, obtém-se os
seguintes valores em "c. 1224 J:3r (n:2) e lno t lg (n = z) para os estágros decrista zação precoce e tardio rospectivamente. como era de se esperar os valores precoces
são sempre mais elevados que os tar.dios.
ììnr gcrar- as pigcorritas apl'cscrìtam valorcs de tcrnperatura scmpre,rarsbaixos (cerca de 50 a 80"c) do c¡ue aqueres da augita. Nos DB¡, o valor médio para o estágio
de cristalização precoce e de 1086 146"c (n = 3) e para o estágio tar.dio é de l064:r: 52,,c (n:2). Nos DBN o valor de l123"c (',= r) representa o estágio de cristalização tardia daprgeonita.
Nos cliques básicos 2 (DBr) o número reduzido de anárises não permitirarndefinir as temperaturas do estágio de cristarização precoce <ios prroxênios envorvidos.
lintretâlrtÕ, para o estágio tatdlo obtivcram*se para as algilas valores médios de llTl l. 20,,1_-
(n - 2) e para as prgeonitas valores de 1063 t 42,,.
V,2.2 - Felds¡ratos
os feldspatos são representados por pragioclásios Ievemente zonados e porfbldspatos alcalinos. Os plagioclásios ocorrern corno feno, lnrcrofe nocl-istais e mais raramente
como matriz, enquanto que o feldspato alcalino é restrito a matriz.
As microanálises quirnrcas destes fercrspatos tanto para estágios de
cristalização precoce ('úcleos de leno e microfcnocristars) como para estágios tlecristalização tardia (bordas de feno, lnicrofenocristais e onstais na matr.iz) encontram-se
t"eportadas na tabela V.2 do apêndrce 2.
Nos diag'amas albita-arorlita-ortocrásio (% em peso) da figura v.4, verifica-se uma variagão cornposioional dos plagioclásios que se inicra eln AnTa lbitonita.¡ c jìnaliza
em An27 (oligoclásio) Entretanto. os ternlos predon.rinantes referem-se ao intervalo dalabradorita seguiclo pelo da andesrna (F'ig. v a.). rir.n geral, os plagioclásios o¡istarizam-se
precocemellte como latrradoritas e tardiamente como andesinas. 'l'oclar¡ia, esta lèiçâo é maispro'unciada'os plagioclásios pertencentes aos cûc1ues básicos 2 (DBr) e metabásicos (DMll)
D
a
øÉAA0ô
lpRrcocE
lrono'o
lnnecocrlrnnnrolpnrcocr\ranorofnnrcocr\rnnoro
Or80 90
FIGURA v.4: Variações das cornposições ern termos cle At¡-An-or (% em peso) dos feldspatosde cristalização precoce e tardia, pertencentes aos dic¡ues rnáfìcos cie r-avros 1il.lci osñ = diquesbásicos noritioos, DBl = diques básìcos r; DB2 - diques básicos 2 e DMB = àiquás metabasicos.
64
Vale ressaltar, os extremos fornecidos pela amostr.a DB: - l5 (oligoclásio) e
pela amostra DBN - I 21 2 (bitonita) Irsta última, que representa os DIIN com textura
heteradculnulática, demonstra que as variações composrcronais entre o núcleo (An: 73,5%) e
a borda (An : 71 ,2%) dos cristais são insignificantes. Outra amostra com textura intergranular
peÉencente ao grupo dos DIIN (DìlN - 54), também demonstra uma variação insignificante
(Fig. V.4 e tabela V.2 fapôndrce 2]), quando se corfronta os valores precoce (An:70,5%)com o tardio (An: 69,2Yo).
Conl'orme antecipado r.ra ltetrografia, os grupos dos DIIN e clos DB ¡
assinalam, entre outras caracterís1icas, â presença de r ntcrcrescimenf o quar-tzo-feldspático
(rnicr:opegr-natito). No entanto, os DB l apresentam maior freqr.iêncra destes em relaçào aos
DllN. uma análise do feldspato alcahno do rnicropegmatito da amostra DBN-54 (tabela v.2do apôndice 2) folneceu um valol perce'tual cla molécula clo ortoclásio igual a 9l (Fig. v.+)
Para obter as temperàturas de crrstalização dos plagioclásios foram utilizaclos
os geotermôntet¡os de I(udo & Weill (1970) e Mathez (1973), assumindo condições anidras
para ambos.
Desse modo, os valores médlos obtidos para os plagioclásios dos DBN são
(em "c). (a) Por Kudo & weill: 1 153 t 35 (n = 6) para o estágro de cristalização precoce e
1l18153 (n - (r) para o estágio de cristalização tardio; (b) por Mathez: 1125 r :o 1¡1 =61para o estágio pÌeooco e 1096 .r-46 (n :6) para o estágio tardio
Para os DB¡ os valoles por Kudo & Weill são I 166 t 40 "C (n - 3) em
estágios de cristalização precooe e 1097 + 24 "c (n: 3) em estágios cle cnstalizaçâo tardia
Por Mathez, os estágios precoces apresentam valor de ll38 l- 34 (n : 3) e nos tardios é de
1078 I 20 "C (n .,., 3).
Os plagroclásios pertencentes ao grupo dos DBt apresentam
sistematicamente valores médros mais elevados do clue aqueles pellencentes ao grupo dos
DBN e DB¡. Estes valorcs são: (a) Por Kudo & Weill: l2l l :t- 35 (n --. 7) para o estágio
precoce e 1127 I 71 (n = 9) para o estágro tardiot (b) Por Mathez. llTj t 36 (n = 7) para o
estágro ¡rrecoce e 1 103 .r- 60 (n - 9) par.a o estágio tar.dio.
As tem¡teraturas obtìdas para os pla¡rioclásios são coerenles oom as
seqüôncias de cristalização assinaladas na análise petrográlica.
65
V.2.3 - Minerais ()pacos
Os rninerais opacos são assinalados ern todos os grupos petrográficos de
diques e encontram-se representados por magnetitas e ilmenitas. contudo, as análises
quínricas desta fase restringem-se a anìÕstr¿ìs dos grupos não metamór.frcos.
Os dados quírnrcos I'eferentes a magnetitas e ilmenitas encontram-so na
tabela V.3 do apêndice 2.
Ern geral, as uraguetitas e ilmenitas ocon'enl ern miclofènocristais e col¡o
matriz, não se evidenctando vartações químicas signilicativas entre estes minelaís distribuídos
tanto nos Dllr e DBr como nos DBN (tabela V.3 [apêndice 2])
V.2.4 - Olivinn
As olivinas, confonne indicação de dados petrográficos, ocorrem oÒmo
mtcrofenocristais e matriz e é uma fase mineral exclusiva dos DllN (textura cumulática).
As com¡rosrções quimicas de dois crrstais cle oiivina obtidos na a.lnostra
DBN-1212 encontram-se na tabela V.4 (apêndice 2), onde se verifica que a variação no
conteúdo enr fot sterita situa-se entre 76,1 e7l ,9o/0.
A olrvina analisada provavelmente se cristalizot¡ de um líqurdo, cujos valores
de mg /l (0,1 5) estariam entre 0,489 e 0,51 5 (Roeder & lìmslie, 1970).
V.2.5 - Anfibólios
O anfibólio analisado se refere exclusivamente a alnostl.as dos DB2 e são,
conio já assinalado. onginárros da transformação tar.dia de piroxênios.
Os dados químicos encontram-se na tabela V.5 (apêndice 2), onde se verifica
que se tratam. segundo a classificação de Leake ( I 978), de lòrro-pargasita hornblenda e ferro-
eder.rrta, posicionadas nas bordas dos cnstais de piroxênios, enquanfo as magnesio
hornblendas e ferro-edenita hornblendas ocorrem em clistais ind ividualizados.
Bm suma. os daclos da quimica mlncral tamtrém revelam algumas diferenças
entre os minerais dos DBN e dos DB ¡ e DB2. As diferenças oomposicionais resideur
6ó
preferencialmente ncl âmbito dos pi'oxê'ios- que em geral, são um pouoo mars rnagnesianos e
meuos cálcicos nos DBN Sul¡ordinadamente no âmbito dos plagioclásios, verifica-se que
aqueles dos DB2 são um pouco mais sódicos. Algumas diferenças de temperaturas são
assinaladas, destacando-se a dos plagioclásios dos DB2 que são ligeiramente mais elevadas doque ac¡uelas dos DBN e DBr. Adicionalmente, as temperaturas de cristalização reafi¡nan as
seqiiências de cristalização sugeridas pcla análise petrográfica.
A química mine.al revela qr.re os piroxô'ios invostrgados sofrem um
empobrccimento em cálcio c rragnisio e urn cnriquecir¡ento em 1.erro, enquanto os
plagroclásios sofrem t¡m enriquecimento em sódio. Nos piroxô'ios a feição descrita é
cornpatível com uma suíte foleítica.
6l
VI - r,rTûcE()QUiMrcA
Neste item, discutem-se em linhas gerais, aspectos relativos ao
comportamento geoquímico dos grupos de drques máficos assinalados na região investigada.
Para tal, utilizam-se dados constantes no apêndioe 1, referentes a elementos maiores, menores
e traços que inclucrn terras raras. I)esse modo, os conjunlos de diques são classificados
quimicamente e suas principais caracteristicas geoquímicas delineadas, com vistas a unta
avaliação individual de cada grupo.
Vl.1 - Mobilidade de elementos em processos metarnírrfìcos, hidrotermal ou intempérico
Com base nas observações petrográficas clos 5 grupos investigados na área
assinalam-se dois grupos cle diques máficos os quals, lnostram-se afetados em menor ou
maior grau pelo metamorfismo. No prìmeiro grupo dos diclues metamórfioos veril-tcam-se a
textura ígnea preservada e raros cristais de augrta no núclco dos anfìbóhos (DMB), enquanto
que no segundo obserua-se a completa recristalização da rocha (DA).
Embora seja desnecessária r:ma investigação nas rochas estudadas no que se
refere a natùreza do protólito (onoderivadas), pelo simples fato de leplesentarem corpos
tabulares bi-climensionais, na fcrrma de diques clalarnente posrcionados e que não apresentan'r
evidências de defor-mações plásticas, deve ser considerada contudo, a possibilidade de
mobilização de ceftos elementos químicos como lruto da atuação de processos pós-
magmáticos. 'Iais plocessos, denominados também de secundários, são de natureza
metamórfica, [ridrolermal ou intempérica.
O compoÉamento dos elementos químicos enì processos que incluem uma
fase fluída, depende das suas proprredades quimicas, em particular, dos potenciais iônicos dos
elementos (potencial iônico : carga/rarc') <¡ue culminam por controlar suas mobilidades em
fluídos. Quanto ao potencial iônico os elemeutos podem ser diviciidos em. a) eletnentos de
baixo polencial (< 3); b) ele¡nentos de potencial rntcrmediário (3-10) e c) elemeutos de alto
¡rotencial (> I 0).
Em geral, nos processos intempéricos os elementos de potenciais
intermediários [e.g. Al, Sc, Ir, V, Cr, Co, Ga, Y, ZL, Nb, terras raras (exoeto La), lIl Ta e fh]
68
se compoúam oolno imóveis, enquar'ìto aqueles de ¡rltos (e.g. B, C, N, Si e S) e baixos (e.g.
Na, Mg, K, Ca, Ni, Cu, Zn, Rb, Sr. Cs. Ba e La) potenciais podem ser facilmente mobilizados
por rneio de soluções aquecidas.
Nos processos metamórficos a mobilidade tende a ser mais intensa em
função da atuação de temperaturas sempre mals elevadas. A rápida e vigorosa formação c
solubilização de íons pode alingir condições críticas de mobihzação, como ocorre na fácies de
alta tempelatura (e.g. granulitica).
Contudo, sob coridições metamól'fìcas pe(enccntes as fäcies anfibolito a
xisto verde os elementos de baixo e de alto potencial são sistematicarnente l¡obilizados, em
particular nas zonas de cisalhamentos (winchesl.er, 1984; Gelinas et al, 1982, wi¡chester &Max, 1984; Brewer & Atkin, 1989).
Para os elementos de potencial iônico interrnediário sob condições
tnetamórfrcas relativamente brandas, alguns deles (e g. zr" Nb, Ti) são considerados corïro
relativamente imóveis (e.g, Cann, I 970; Field & lllliot, 1974, Winchester & Floyd, 1976;
1977). 'l'odavia, algumas posições ambíguas tem sido assinalad¿¡s para elementos como Al, Ti,
cr, Zr e Y, a exemplo clo ocorrido com basaltos em zonas de cisalhar¡entos (winchester &Max, 1984), que apresentam mobilização de elementos consagradamente considerados
imóveis (e.g. Ti, Zr, Nb, Y).
l)iante do cxposto, torna-sc intelessante sc avaliar a possibilidade de
rnobilização de elementos químicos nos diques afetados pelo metamorfismo (e.g. DMB e
DA)
Para investigar a rnobilldade de elementos quimìcos, uma série de lnétodos e
testes tem sido ¡tropostos (e.g. Pearce. 1968; 1970. Pealce & Cann, 1973; Winchester &Floyd, 1976, Beswick & Soucie, 1978; Beswick, 1982; Rollinson & Roberts, 1986, llussel &Nichols, 1988). o método mais difundido (Pearce, 1968) consiste em verificar se urn
determrnado elemento segue os "trends" de processos magmaticos, em caso positivo é dito
"imóvel", caso contrário lrata-se dc: um mobilizado. Or¡tra alternativa é eleger rochas e/ou
litotìpos corn mineralogia e texturas ¡r'cservadas de tal lorura a utilizá-las pala comparaçòcs
com as rochas menos ¡lreservadas.
No caso de se investtgar elementos maiores um método que pode fol'necer
resultados satisfatórios é aquele que se utiliza das razões de ploporções rnoleculares ou MPR
(Molecular Proportion lìatios). Originalmente desenvolvido por Pearce (1968) para interpretar
69
tendônoias de f¡aoionamento ern suítes igneas inalteradas, foi posteriormente adaptado
(Beswick & Soucie, 1978 e Beswrck, 1982) para avahar os efeitos de alteração ou
metamol'fismo em amostras de komatiitos e basaltos.
O mótodo propõe a avaliação de elementos maiores predominantemente,
através da correlação entre suas r¿Ìzõcs dos scus óxrdos do ti¡to AIZ (x) e BIZ (y), onde as
ploporções rnoleculares dos elementos A e B (norrnalizados) participam das fases
fracionadas. enquanto o elemento Z (nornralizador) serra constante do decurso do
fracionamento comportando-se como incompativel. Se não ooolrel tendência de correlação
linear, mas sim um espalhamento clos pontos segundo um arranjo em leque a partir da origem
dos eixos x e y, pocle-se considerar a mobilidade do óxido utilizado na normalização,
pressupondo'se sempre como relativamente irnóveis os dois <ixidos normalizados. I obvro
que o prirneiro problema é o de identificar os óxrdos que não participaram do fraciotramenlo e
que não tenham sido mobilizados em litotipos que foram submctidos a processos secundários.
Cumpre ressaltar, que alguirs autores (e.g. Rollinson & Roberls, t 986;
Rollinson, 1993) discordam do MPR enquanto método de lnvestigação nos processos de
mobilização de elementos. Contudo, nos diques máficos de [Jauá (e.g. Menezes l-eal et al,
1995; Menezes, 1992) bons resultados têm sido obtidos na avaliação de elementos
mobilizados nos tipos metabásicos e anfibolíticos.
Na tentativa de investigar até que pouto os DMB e DA tiverar.n suas
composições obliteradas, construíram-se os diagramas MPR da figura VI. ), utilizando-se
SrOz. TiO:, AIz0:r, CaO, NazO, KzO e lìM (FeO-r- MgO).
Em geral, observa-se que SiOz, IiO?, CaO e FM não foranr
significativamente mobilìzados, apesar do CaO no diagrama SiOlCaO vs IrM/CaO apresentar
um alinhamento um tanto lncofilun]. Observa-se tambern, que os dois óxidos
volu lnetricamente mais ìmportantes envolvidos uo prooesso de fracionamento da suíte são
SiO2 e FM. O diagrama SiO2/I'iO, vs FMÆiOz sugere uma inlìexão na tendência de
fracionamento, devido a modil'rcações na constrtuição das fases fracionadas (possivelmente
olivina e/ou prroxônios). Por outro lado, o NazO, l(zO e Al:O¡ devem ter sido mobilizados no
metamorñsmo, a lulgar pelo típico arranjo em leclue obser"vado principalmentc para Na2O e
KuO. No AirOr o arranjo mostra-se disperso e nào chega a definir uma distribuição em leque,
mas pode se diagnosticar um padrão hetelogêneo de rnodificações químicas (Figura Vì. 1).
SiO2/TiO2
Oê
DMB_êDA -O
SiOz/CcO
^¡r O
" ô'mSW'ä o
v?\!/eo
FIGURA VI.l. Diagramas de razões de proporções moleculares (MPR) entre SiOr/TiO, vs FN4/TiO2; FÀ4/TiOz vs CaOlTiOz;
SiO:lCaO vs FN4/CaO; SiO:/Al:O: vs FN4/AI:O¡, para os diques metamórficos da região de Lavras. DMB=diques metabásicos,
DA:diques anfiboliticos FM:MgO+FeOt.
2^:,
Si0z/Alz0s
FM/Co0
Câ
Ë'W .
FM/Ai203
Si0z/NozO
ZC
oE
. ooo a
o @ o'
^t^8^t8 d
o""ö!J0
Sr0z/KzO
FM/NozO
FIG|RA Vl.1 (continuação): Diagramas MPR (% molecular) entre SiOu,î'ia:O vs FMt{a:O; FN4/TirO vs CaO,4i2O; SiOz,4(zO vs
FM,4(:O : FMAia:O vs CaO,¡i\ÌazO. FM-MgO+FeOt.
êQD
u d8'w
t t& ê
o 9oe eo
FM/Kz0
FM/NozO
too I
IC
oooo
o 0^ QGÊ' .öoc oâ10 ô
AaDis!a *
drfþ "
24 6BlO
CoO/NozO
72
No tocante a elementos traços. ulihzou-se o critérro en'rpírico na avalíação
dos possiveis elementos niobilizados. Para tantô, as amostras dos DMB e DA foram
cornparadas, através de diaglarnas de variação, com a evolução das amostras do grupo DB2
que são isentas de processos metamórficos.
Nesta com¡raração verificou-se que zr maioria clos elementos traços dos DMB
e DA mostra tendências compativeis com os processos magrnáticos, sugerindo que não foram
signilìcatrvamente afetados pelo rnetamor'fismÕ. Entretanto, alguns elemenlos representados
pledominantenrente por Iìb, Sr e Ëìa (mais rarâmente La) mostram-se dispersos da tendência
geral indicando que o seu comportamento original for obliterado e devem ter sofndo
rernobilizações.
Ilm suma, os diques metabásicos (DMII) e anhbolítrcos (DA) apresentam
claras evidênoias de metamorfismo, distorcendo consequentemente o comportamento de
alguns de seus constiluintes quinricos, a saber: Na2O, K2O, Al2Or (Fig. VL I ), Rb, Sr, Ba e
raro La, não demonstrados na lìguìa Vl.l. Desse rnodo, qualquer consideração geoquímica
e/ou isotópica que envolva tais grupos, deverá levar enl conta esta situação. Isto favoreceu a
realização de uma seleção de amostras como base de controle geoquímico e geocronológico.
VL2 - Classificação Geoqrrímica
Embora a análise petrográfica tenha alcançado bons resultados na separaçào
dos grupos de diques r¡áfioos investigados. utilizar-se-à também na ptesente pesquisa,
algumas classificações geoquirnioas oom vistas à caractet'ização quirnica dos gru¡ros
envolvidos, bem como para fornecer subsídios a infcrôncias evolutivas posteriormente.
Bntre as propostas para olassificação geoquimica das rochas ígneas se
destacam aquelas que lovam em consrderação elementos maioÌes como Si, Na. K e Mg.
Todavia, aquela que considel'a maior número de elementos na discrtminação dos tipos é a
proposta por De La Roche et al (1980), modificada para o campo dos basaltos por Bellienì et
al (lesl).
Vtr.2.1 - Classificação co¡n Base no Conteúdo em silica c Álcalis
A classificação silica versus álcalis mais recente e sugerida pela subcomissão
de Sistemátlca das Rochas igneas da IUGS, é aquela proposta por Le Bas et al (1986).
Denominacla Silica-Áloalis-Total (TAS) ela não possui caráter genét:co.
Na figura Vl.2 observa-se o diaglama TAS onde se verifrca que os diques
básicos noríticos (DBN) e os DBr plotarn-se predominantemente llos campos do andcslto-
[rasalto e andesito. Por outro lado, os diques básicos 2 0)l]r) encontram-se agrupados no
campo dos basaltos e posicionados abaixo da linha de Zanettin (1984), sendo assim
classrficados como basaltos subalcalir-ros. Os drques metabásicos (DMB) e anfibolíticos (DA)
também se posicionam no carnpo clos basaltos subaloalinos, resguardando-se as ressalvas
mencionadas no item anterior (cf. detalhe da figura VL2).
No diagrama AFM (Figura VL3) observa-se que o conjunto dos diques
básicos norít.icos, básicos I e básicos 2. se posicíonam no campo toleítrco (cfl Lvine &
Baragar', l97l), e que algumas amostras dos DBr situam-se na linha que divide os campos
toleítico e cálcio-alcalino, Em geral, os DB: demonstram unr cnriquccimcnto em F
relativamente a M tipico de suítes evoluídas a baixa fugaoidade de oxigênio (e.g. tampão
NNO-QFM) [Fig. VL3]. Os diques básicos noriticos (DIIN) e os DIlr apresentam um
moderado enriquecimento em Iì, menos ¿¡centuado do que os DIlz. Este enriquecin-rento, pode
ser atribuído ao fi'acionamento de olivinas, piroxênios, e t magnetitas (cfl petrogtafia),
indicando urra fugacidade de oxigênio um pouco mais elevada (e.g. tampão NNO-QFM) em
relação ac¡uela dos drques DBz. No detalhe da figura V1.3, se observa que os DMII e DA
posiocionam-se no campo toleítico
Pode-se visualizar arnda nos diagramas'IAS (detalhe da figula VL2) e AFM
(detalhe da ligura Vl.3), que uÍrl grupo de amostras dos DBz (e.g. 15, 61 , 13, 74, 79, 80 e
451) encontra-se fol a dos "trends" assinalados.
YÍ.2.2 - Classificação corn llase no l)iagramn l{r X Iì,
Corno anteriormente mencionado, esta classificação é a que considera rnaior
número de elementos químicos na. diserìminaç:ão clos tipos envolvidos.
74
oCU
:<+oNoz.
. I ,,&*l"rf., -D F Iz lANDESlro I RNoEstto
I TBASALTO TBASALTTCO I
45 49 53 57
FIGURA VI.2: Diagrama sílica-álcalis-total (TAS) segundo Le Bas et al (1986) dos diquesmáficos da região de Lavras (MG) Linha tracejacla divictc o c¿rmpo dos basaltos conformc Zancttin (1984). Nodetalhc da figura, o círoulo corn linha co¡rtínua agrupa a¡nostras inlcridas oomo Mesoz.óicas e as demais pcrtcnccm a diques dogrupo Inetamórhco. DBN=diqucs básicos noriticos: DBr c DBr=¿¡ques biisicos I c 2; DMB=diques metabásicos; DA=diquesanhbolÍticos.
FIGURA VI.3. Diagrama A (NazO+KrO), F (FeOt), M (MgO) dos diques máfìcos da região deLavras (MG) Suítes toleítica e cálcio-alcalina conforme Irvine &. Baragar (1971) No dcralhc <ta
hgura, o círct¡lo oo¡n linha contínua agrupa amostras inleridas como Mesozôicas c as dcmais pcrtenccm a cliqucs clo grupometamórlico. Simbolos e legenda co¡no na figura VI.2.
t^IU
70 gqb 70
tottn'ry*E'*
50 -,. UALLIO \ ñ..' Al C^l lNlfì \ u 'i)CALCIO
ALCALINO
l5
Ela se utjhza dos valores cie Iìr: [4Si-l1Q\ar-K)-2(Fe'' 1-Fe'3 +]'i)l e R2:
(6Ca+2Mg+Al), obtidos através das proporções milicatrônicas dos elementos maiores de cada
amostl'a analisada.
No diaglama da figura Vl.4a verifica-se que os diques básicos noriticos
(DBN) plolanl-se predominantemente nÒ campo dos basaltos toleiticos e subordinadamente
no campo dos andcsi-basaltos toleitioos. Os l)Br plotam-se exclusivamente no campo dos
andesi-basaltos toleiticos.
Os diques l¡ásicos 2 (DB2) posicionam-se preferencialmente no campo dos
basaltos toleíticos e, subordinadamente são observados nos campos dos basaltos transicionais
e andesi-basahos toleíticos (Fig.VI.4a). Intelessante notar, que este conJunto mostra urna
tendêucia em se deslocar ao campo hansicional.
Destacam-se ainda, os altos valores de lll dos diques básicos noríticos
(DBN) e DB¡ quando confrontados aos valores de Rr dos DB: (Fig. VL4a)
Os diques metabásicos (DMII) e anfibolítioos (DA), se ¡:osicionarn de
maneila similar aos Dtl2, preferencialmente no campo dos basaltos toleítieos (Fig VI.ab).
Em todos os esquemas classificató¡ios utilizados até ô momento, observa-se
a existência de urn pequeno grupo de amostras representativas dos DBz (marcadas com
circulo de linha continua nos detalhes das figuras VI.2, VL3 e frgura VI.4b), as quais
ellcontram-se sempre deslocadas da tendôncia gelal do conjunto. Tais amostras apreselÌtam
concentrações de 'IiOz, em geral, maiores que 2,5%o e se assemelham quimicamente a diques
mesozóicos reptesentativos do magmatismo básico que afetou a porção norte da Bacia do
Paraná (Piccirillo et al, 1988; Pinese, 1989, Piccirillo et al, 1990).
Também em todas zrs cìassifioações, verifltca-se que os grupos metamórficos
(DMB e I)A) possuem posicionamento semelhanle aos DBz. Já os DBN e DBr rìostram
significativas diferenças em relação aos DB2.
Cabe notar, que os DB¡ se constrtuem no prosseguimento evolutivo dos
diques básicos noríticos no campo dos andesi-basaltos (Figr.rra \¡1.4a). Tal prosseguimer,to é
observado larnbérn nos diagramas TAS (Fig. Vl.2) e AFM (Fig. Vl.3), indicando para ambos
uma írnica seqùência evolutiva.
76
FIGIJRA VL4: Diagrama Rr vs Rz (De La Roche et al, 1980; Bellieni et al, 198 I ) corn asamostras dos diques máfioos cla região dc l..avras (NlG) (4 a) conl cliques não metamórficos clostipos DBN, DB1 e Dìì2. (4 b) com dìques metamórficos dos tipos DA á Uf¿B, b"n., como aquelesnão metamórfìcos do tipo DB2 inferidos como Mesozóicos e que se encontram agrupados porcirculo de linha contínua. Simbolos e legenda como na figura VL2.
71
VI.3 - Caracterização Geoquimica
O estudo geoquímico de diferentes suí1es igneas, através dos elementos
maiores, traços e terras raras, em muilo tem contlibuído na elucidação da natureza dos
processos petrogenéticos, c1a composição magmática e processos tectônicos envolvidos. O
fornecimento deste trpo de infonnação é obtido via cour¡raraçâo entre diversos elernentos
dispostos em iliagramas de variação, como os lJarker e assemelhados.
Desse modo, discute-se neste item as principais feições geoquirnicas
apresentadas pelos diferentes grupos de diques máficos investigados com base em suas
análises c¡uírnicas (Apêndice l).
Não foram consideradas as amostras com significativos graus de
epidotização e/ou saussuntização e cuja perda ao fogo ultrapasse 2,5o/o. As rochas dos DBN
com textula curnulática, qu¿¡ndo assinaladas nos dragramas encontram-se com simbologia
específica.
É importante salientar, que os drques não exibem bandamento e/ou
acamamento e, que dentro de cada grupo específico os exemplares de indice evolutivo
semelhantes, não apresentam variação química significativa entrc tcrmos com granulação
nrédia e fina. As amostras de granulação t.uuito fina ("chillcd rlargin") encontram-se
totalmente alteradas, conforme anteriormente comcntado.
VL3.1 - lllementos Maioles e'Iraços
A exemplo do observado na classificação geoquímica, os DBr se constituet¡,
tanto para elementos maiores oomo para os traços, no prosseguimento da seqüôncia evolutiva
dos DBN Conseqüentemente, trata-se dos termos mais evoluídos de uma suíte aqui
denominada de básico norítica. Os DBz não apresentam características de continuidade em
lelação aos anteriores (DBl e DBN) e constituem portarìto, outro conjunto aqui denon-rinado
de suite báslca.
Os drques máficos da área em cstudo, c¿ìractcrizam-sc ¡tor ocuparem um
interr¡aio em mg/l vaiores [Mg'?/Mg 2l-Fe'? (Iìe20ì/iìe0 - O,]5)] entre 0,325 e 0,125.
Todavia, os diques da suíte básioo norítica ocupam predominantemente o intervalo entre 0,47
a 0,73, enquanto os diques da suíte básica e aqueles rnetamólflcos encontram-se no intervalo
78
entre 0,33 a 0,61 (Fìg Vl.5). Os plimeiros são relativamente menos evoluídos que os demais
grupos.
l)e manerra geral. to<fos os grupos de diques mostram variações
composicionats com a drminuição dos valores de mg#, os quals são utilizados como índice de
evolução na construção dos diagramas de varraçâo. (Figuras VL5).
S uíte h rí,^ i c o n or ític u
Na suíte básico norítica, a medida que o mg# dimrnui verifica-se uma
ciiminuição em Cr, Ni, e um leve decréscimo em [ieO1, acornpanhado de um aumento ern
SiO2, TrO2, AlzO¡, CaO, Na2O, K2O, PzOs, Nd, lla, Rb, Sr, La, Ce e Zr' (F'igula VL5).
I)estacarn-se o môdesto incremento das concentrações de Y e os valores mais ou menos
constantes de Nl¡ no decorrer do processo evolutivo (Figura Vl.5). O aumento clas
concentrações de Al:O.¡ (-10 a l7%) e CaO (-7 a -10%) nos diques da suíte básico norítica,
pode ser explicado pelo flacionamento de orto¡:iroxênios e olivina. A elevação dos conteúdos
de Si0z (-51 a-57%), KrO (-0,5 a-1"75%) e Ba (80 a 300 ppm)" é coerente com a presença
signifi cativa cle intercrescimento quartzo feldspático.
Outros aspectos distintivos dos diques da suíte básico norítica, são o amplo
intervalo das concentrações em MgO @,a a 17,5%), as altas concentrações em Cr (-2520 a
160 ppm), Ni (-550 a 100 ppm) e em ¡:rarticular', dos elementos litófilos com íon de grande
tamanho (e.g. K, Ba, Rb e Sr).
Os diques da suíte básico noritica são caraoterizados tarnbém, ¡:elas baixas
concentrações em elementos de alta densidade de carga (e.g. Ti, ZL, Nb, P). O TiO2 encontra-
se sisteÍnaticamente no intervalo de 0,5 a 1,00% encluanto que o Nb parece se restringil entre 5
a l0 pprn. O Z,r varia de 50 a 150 ppni e o PzOs não ultrapassa 0,Ì5% (preferencialrlente
entre 0,05 a 0.15%).
Uma investigação mars detalhada ao longo da extensão de um dique da suítc
básico norítica, constituído pelas amostras, 59, 70 e 1223, demonstra que as composrções
químicas praticamente não se modifical'alr em u1n percul'so de aproximadamente IO Km.
Assim, ao se confrontat tais alnostras (apêndice I) verilìoa-se a identidade composrcional
entre clas. por exernplo. S jOz: (55,03 -.+ 55,20 + 55,29%),'TiOr. (0,82,+ 0,82 + 0,57%),
MgO (4,44 + 4.83 -> 4.87%). KzO: (1,22 -, ),20-) 1,280/o);Ba: (281 ,+297 _+ 305ppm),
SUlTE
ROCHASSUITESUITE
BASTCO NOR|TICA _=-'.--.CUMULÁTICAS
BÁStcA
-=.--aBlis lcA INFERIDA MEsozcilca.-
d*t.
mg# mg#
CoO ,,
o,7 0,6 o,5 o,4 C,3
IìIGIJRA VL5: Diagramas de variação rngil valores lMg 2/Mg 2+p"'t (F"rO./þ-"O-0, l5 )l versus
elementos marores (9/o em ¡reso), r.ìierìores (% ern peso) c traços (pprn) clos diques máficos daregião de l-avras (MG). (ü) - suíre básioo norírica (DBN lDBr) (Á) -. suíte básica (DBr) t,ìnhatracejada forma o campo das alnostrâs dos diques metamórficos (DMBr DA), enquanto que alinha contínua forma o campo das amostras dos díques inferidos co¡no Mesozóicos.
A\à--"sr¿#ùX
-r zraffi6". -'--.^ffFt.'._ ta¡ll' /---/Ë i \/' \
,,À'\ \i
Al2O3
¡.ln_ .H^( \ r:Zç^^
-'J, .-.--â^;Q"^(\* r *,'a¿X-'å¿\ )
- \ ,\^. \-/f -r¡ r '-4r \\
\\+\\ a,_-.,'
--l */A_¿l ^¿i ^/êA/ 4Ðôd\ ..-- U), -'( --'5r¡!
¡ÈrÄÞr-r- - r
c,7 c,6 c,5 o,4 q3
o,
o,
o
o
o,l
7 0,6 0,5 0,4
mg# mg#FIGURA Vl. 5 : oontinuação
2
E.)
7
ì
Bü
ti'+ Ni
f¡"-------^^-^-*---\
'-l#ffi^-)
.,/t? I r/_l \
I
"f foî ð @"--
ce i--x
c
o,7 q6 c,5 o,4 o,3mg#
l.'IGUIìA VI. 5 : continuação.
c,7 q5 Õ4 ô3',,"'J
mg#q6
Rb: (38 -+ 43 - + 42ppm) e Y: (21 --+ 21 --+ 23ppm). Ilsta identrdade também é verificada tl<:
ponto de vista isotópico (veja Geoc¡uímrca Isotóprca).
Suíte hó'^ica
C)s diques da suíte básica evoluem diminuindo suas concentrações em AlzO¡,
CaO, Cr e Ni, e aumentando suas conceutrações em SiC)2, 'lliOz, FeOr, Na2O, K2O, P2Os, Nd,
Nb, I-a, Ce,'Zr e Y O modesto aumento clas concentrações de KzO não se apresenta em
outros elementos lltófilos como Rb e Ba, que, vla de regra, mostram-se rnais ou menos
constantes (iìigura Vl.5). 'l'ais diques, mostram um decréscimo dos conteÍ¡dos em CaO (-Ì2 a
9%) e AlzO¡ (-17 a l3%), refletindo a importância do plagioclásio e clinopiroxênio no
processo evolut¡vo, indicando desse modo um fì'acionamento do tipo gabro para o conjunto.
O FeOl nestes tipos aumenta consideravelmente (-12 a lTYo), sugerindo também um forte
controle do fracionamento dos minerais antenormcnte mencionados e baixa fugacidade de
oxigênio
Apesar da escassa disponibilidade de bons afloramcntos totalmente
preseruados, foi possível coletar para urn dique da suite básic;a, duas alnostras representativas
do centro e das proximidades da borda de um corpo com I O metros de espessura. Trata-se dos
exemplares 32 e 34 (suite básica - DB2), respectrvamente a 80 cm e a 5 metros da margem.
Como pode-se observar na figura VI.6, a variação composicional entre borda e o centl'o não é
expressiva e indioa, como era de se esperar. uma pequena difcrenciação conì utn suave
aumento em TiOz e em elementos incompatíveis.
Em geral, lnerecem destaque algumas diferenças llo comportamellto
geoquímico das concenlrações de Alz Or, CaO e FeOt, que são assinaladas entre os diques da
suíte básico nol'ítica e ac¡ueles da suíte básica. Os primeiros evoluen'l aumentando suas
concentrações em AlzO¡ e CaO, e diminuindo suas concentrações em FeOt, enquanto aqueles
da suite básica, evoluern dirnrnuindo suas concentrações ern AIzO¡ e CaO, e aumentando suas
concentrações em lìeOt (Fig VL5)
Adicionalmente, os diagramas dc varração (Figura VL5), revelam diferenças
composicionais srgnrficatrvas quando se confronta os drques da suíte norítica com os diques
da suíte básica. Desse modo, para um n.ìesmo vâlor de mg /l (e.g. 0,5), os diques da suíte
básico noritica quando comparados aos da suite básica^ invariavelmente apresentanì-se
enricluecidos em. SiO: (-55 vs -51%). KrO (-1.2 vs -0,5%), Sr (-225 vs -140 ppm).
o"4
t4
l3
4
2
I
I
Kzo._A
--t'a'
CoO
o-------ì)
^
FeOl .o^At''
lr
^ Al2O3
\^
_ Ti02
o7^
lr
mg# o.4 o,s mg# q4
a-DB2-32(BORDA)
34CENTRO)
mg#
FIGIJRA Vl.6: Diagramas de variação mg# valores [Mg ']/Mg 2 rFe'2 (Fe2O3/FeO=0, I 5) ] versus
elementos maiores (0/o em peso) e traços (ppm) das amostras 32 e 34 representativas da migraçàoborda/centro de um dique da stríte básrca clo enxame cle Lavras. (,*,) - oentro clo dique e (Â) ,.,
l¡orda cfo relÈrido dique.
Y tt"z^
\^Ce .v
^"'Cr
\^_A
A.-
,tz LA"'-'
sra
^anNd -¿.a'
,:r. a6-"/
"o:.-"
84
Iìb (-40 vs -10 ppm), Ba (-3OO vs 90 ppm) e. empobrecidos cm: FeOt (-lO vs -t3%); CaO
(-9 vs -10%) eY (-23 vs -3Sppm).
Os diagramas Zr versus outros elemerrtos traços (e.g. Ba, Rb, La, Ce e y)também mostram expressivas diferenças composicionais entre os diques da suíte básico
noritica e os pertencentes a suíte básioa (Fìgura vl 7) Em gcral, se observa uma correlação
positiva enrre, zr e os elementos Ba, Rb, La, ce e Y, contudo nos diques da suíte básica a
con'elação é menos acentuada para os elementos Ba e Rb. Nos exemplares básicos noríticos
as razöes Zrllla (0,23 a 0,73), ZrltÌ.b (t,9 a 5,7), Zr/La (5,3 a 8,9) e Zr/Ce (2,8 a 4,0) são
sempre menores que aquelas dos exemplares básicos, a saber: Zr/Ba (0,61 a 3,1), Zrll\b (4,0 a
24,6), Zr/La (8,8 a 17,7) eZrlCe (3,7 a 5,9) Por outro lado, as raz"ões Zrly clos diques da
suíte noritica (3,3 a 7,3) apresentam-se mais elevadas do que aquelas dos diques básicos (2,5
a 3.7).
Bntretanto, as diferenças composicionais são menores e pouco significa¡tes
quando se confrontam os diques r.'etabásicos (DMB) com os anfibolíticos (DÂ), para o
mesmo intervalo de mg# (Figura vl 5), murto embora se reconheça que as interpretações
geoquímicas sej am limitadas, por conta dos processos de mobilidade química anteriormente
antecipados.
Em geral, tais oonjuntos metamórficos apresentam-se em intervalos de
concentração semelhantes, a saber (Fig. Vl.5): SiO: (48 a 52%), TiO, (t a 3vo), AIzOt (13 a
l5%), KrO (o,2s al,1%),Ba(30 a 1O0O ppm), Rb (5 a 80 ppm), Sr(l0O a350 ppm), La(5 a
70 ppm), Ce (15 a 70 pprn), e Y (30 a 90 ppm). Embora, suas amostras se encontrem
posicionadas predominantemente nos infelvalos dos diques da suíte básica, pafte do conjunto
apresenta pequenas diferenças composicronais nas concentrações de Al2Or, Nâ2O, K2O, Sr,
l{b e Ba, fornecidas predorninantemente pelos diques anfibolíticos (cf item sobre
rnobilidade). Adicionalrnente, o campo das amostras dos diques anfiboliticos e metabásicos
(Fig VI 5) mostra um deslocamento no âmbito dos elementos Nd, Nb, La, Ce e Zr.
possivelmente como reflexo da mobilidade química em processos metamórficos.
O mesmo tipo de feição é observada nos diagramas Zr vs traços com o grupo
dos DMB e DA se distribuindo rnuito além do campo de amoslras da suíte básica (Fig. vl 7)
tr
-Nb ,/r/ ,4 t"',^ ,/ ,/ ,$;,/
"'7ß ^"tVY-'/2ño .^, A"-<þ1\' n- ,/ ,/..-\\J- '
" A\-¡5 ..'4\l\-4\ ll,,*,-'
^4^.tJ,W.,.'
(\l' ,.- t\),.' - 4\|"' -v/'
3 .' A,'o a ,/
,í¿..r' a a iroo
roo 2oo 3oo 7rFIGURA v1.7. Diagr-anias Zr (rpm) versus Nb, l{b, Ba, La, ce, zr e y (pprn), clos diques cìassuítes básico norítica (x) e básica (Â) cla região cle Lar¡ras (MG) l,inha. rracejada for-ma o carnpodas amostras representativas dos diques lnetamórficos (DMR e DA). Sinibolos e legenda como nalÌgura VL 5
86
FIGURA VÌ.7. coutinuação.
87
De qualcluer forma, o comportamento geoquimico dos DMII e DA não são
divcrgentes, indicando que ambos os grupos rnetamórfioos são composicionalmente
semelhantes entre si. Pode se considerar tambér¡ que eles apresentam ce¡1a simila¡dadequimica corn os diques da suítc básica.
Finalmentc, alguns exemplales tlos diqr.res da suite básrca com TiO2 eleva<1o
(-2-5 a 4%) e mg/Í valores entre 0,45 a 0,30, mostrarn um enriquecimento anormal em Kzo,PzOs, Nd. :1, Nb, Sr, Rb, ßa. l,a e Ce (Fig. Vl 5). Corno ante'ormente antecipado, eles
tndtcatn caracteristicas quimicas similares aos dos diques mesozóicos do Arco de po.ta
Grossa (Pinese, I 989; Piccirillo et al, I 990). Por. exemplo: liO, (ApG) -- 3,31o/o ver.sus (DB _
74) " 3,05Yo; MgO. (APG) - 4,23% versr-rs (DB - 74) = 4,34; KrO (Apc) - t,44oZ versus
(DB -74) .- 1,78%o; Ba: (APC) = 684 ppnr versus (DIì - 74) = j\j, La (ApG) : 4t versus (DB-74):37 e ce (APG) : 87 versrs (DB - 74) -- 79 pprn. Também no euadr-ilátero Ferrífero e
Espinhaço Meridional sâo encontrados diques semelha'tes a estes (e g. silva et al, 1996;
Dussin. I 994). A comparação de ur.'a arnostra da região clo euatlrilátero (lBI 0l ) com a Ðrì2-
74 fornece os seguintes resultados. 7'iO2. 3,44 vs 3,0520, MgO: 4,13 vs 4,34o/o; Zr. 270 vs
341; Ba: 796 vs707 ppm. Sr: 250 vs274 ppm; y. 50 vs 53 ppm e La: 36 vs 37 ppm.
Por outro lado, vale ressaitar, que a suite básico noritica apresenla
compo(amento geoquír.nico setnelhante ao de outros enxarnes de diques enriqueci¿os em
Mgo, os quars se dislr'ibuem por diferentes escuclos pré-cambr.ianos, como aqueles cla
Groenlândra, Antár'tica, Escócia, Zimbabwe, Finlândia e Austrália. Diversos autores entre os
quais, lìall & lÌughes (1987 e 1990), Vuollo et al (1995), relaoionam esres cliques com
bonlnitos moc{errtos. enquanto outros (e.g. C¿rwthol'n & Davies, J982) o fazern com suites do
trpo kornatiítioas.
No diagrarna CaO-AI2Or-MgO (Viljoen et al, 1982) e no diagrama de
porcentagens catiônicas (Al, Mg e lrerr'ri) de Jensen (llollr'son. 1993) <las figur.as Vl.ga e fìb
respectivamente, se obselva clue a rnaior parle clas atnostras estudadas da suite básico norítica
encontra-se no campo toleítico. llm que pese o fato, de que 3 amostl-as poderiam tamtrém
represel.ìlar os termos mais evoh¡ídos de urna suite l<omatií1ica (basaltos komatriticos), tal
ilìtel'pretação é descaíada, pelo srmples motivo clestes cliques não apresel.ìtarem caracterrsticas
tcxtulâis típioas de kontatiitos, ben oomo nào se enoontrarem associados a rochas destc tlpo
na regiâo
KOI\1A-|1lT0
BASALTCKOMATIITiCO
"íx'f^uioN *
.- -9jiqgLn'- -.rË"\lr.
-- Jlt
'oaI]ASAI TOS ITTOLEiTICOS
FIGURA Vl.8 a: I)iagrama CaO-AlzO¡-MgO (cf. Viljoen et
básico noritica de Lavras (I). Linha tracejacla separa
komatiíticos e basaltos toleíticos.
al, 1982) para os diques da suítecampos dos komatiitos, basaltos
MqAI
FIGURA Vl.B b: Diagr:arna Al-Mg-lìct+'l'i de porcentagens catiônicas (diagrarna de Jensen),
conf'onne Rollinson (1993), dos diques da suite básìoo norítica de Lavras (tr). Linha contínua
separa os oarnpos dos komatiitos, basaltos komatiitioos e toleitos alto en Fe e alto ern Mg
Fet*Ti
TOLEITOSALTO l-'e
89
Nos diagramas de variação da figuia VI.9 encontram-se reportadas as
composições representativas dos diferentes tipos de boninitos (cf. Crawford et al, 1989).
Verifica-se que os diques da suíte básloo noritica, apresentam alguma semelhança com os
boninitos no que diz respeito a álcalis, Alzo¡ e razão CaolAI2o,. f)rferenças importantes, no
entanto, são assinaladas para SiO2, TiOr, FeOt e l_ CaO, as quais não apoiam o
enquadranrento dos diques estudados no conjunto dos lroninitos clásslcos. Tal fato, também
pode ser verificado no diagrama Ba versus K/Ba (E.P. oliveira, 1996, comunicação escrita)
que contém dados rnundiais de noritos proterozóicos (Hall & ìlughes, 1990) e bonu.rrtos
ntodernos (crawford, 1989), bern como inclue dados inéditos dos noritos de []auá, llahia
(Fig. VI l0). Adicionahnente, r.ra classrficação 'fAS (in: L,e Maitre. 1989) os l¡oni¡iros devem
apresentar concentrações em TiOz sempre nlenores que 0,5%0, contrastando com acluelas
obtidas para a suíte básico noritica que são predominantemente maiores que 0,5%.
Em sintese. os estudos empreendidos nos diques da região de Lavras
indicarn fortes diferenças composicionais entle a suíte básico no¡ítica e a básica, o que ¡rode
sugerit a existência de duas distintas familias geoquímicas de diques, as quais devern ter
seguido diferentes processos petrogenéticos. A suíte básico norítica também pode ser
considerada como composicionalmente diferente de ouiras rochas com altas concentrações
em MgO, haja visto os seus conteúdos elevados em SiOz, KzO, Ba, Rb, Sr e os baixos
conteúdos em elementos tfe alta densidade de carga (e g. Ti, Nb, Zr) Este quimismo, aliado a
difetentes razões Zr/Rt:, ZrlLa. Zr/Ba, Zr/Y e Zr/Ce, dificulta uma explicação que contemple
uma ol igem para a suíte básica (baixíssimos contcúdos em elementos litófilos com íon de
grande tamanho) a parlir da suítc básrco norítlca.
VI.3.2 - Elementos Terras Raras
De um conjunto de 29 amostras de diques máficos analisados para os
e lementos 'l-erras Raras (ETR) mais Hf e Th, 1l pertencern a suíte básico noritica, l3 a suite
básica e 5 representam os dtques metabásrcos. Os valores ref'erentes a estas a¡álises
enoontram-se na tabela Vl I e permrtilam a construção cle padrões de abundância observados
iras fìguras Vl.I I e Vl.12.
4
4
o
0
0
o4
2
3 r¡¡JI
62
6C
58
5b
54
52
SUITE BASICO NCRITICA
BONINITO BAIXO CÁLCIO
SCNINITO BAIXO CÁLCIO
BONIN|TO BA1XO CÁLCOBONINITO ALTO CÁI CIO
6
T8rËn
. tt Lt
o,6o,4
a,2
FIGLTRA VI 9 Diagramas de variação MSO (% em peso) versus SiO2, TiO2, AI2O;, CaO, FeOt, álcalis e razão CaO/Al:O¡, dos
diques da suite básico norítica de Lavras (l) e dos diferentes tipos de boninitos Fonle de dados prcsente traballìo e Cra\r.ford er al (1989).
l7 15 t3 lt 9 7 5
Mso
TIPO I
-TIPO 2
-TiPO 3
-
6
5
4
3
2
No2o*623 --u
.+--/_ .- i¿: r
--"+ ¡Jt ^Q/Z-t-"-a-A'
a+o0A
t
r ¡r!¡r
is " n"r..ìr'^ i
CcO/AlzO¡
12Fe01
¡t-,^ï¡Ã¡<------ ------ l t--------- a\---d:-
---: _-r==_ + f, --,-_-==-=_-\*8I6
4
t7 15 13 lt 9 7 5
Mso
8El¡ eta
\cO
K/BoFIGUR¡. VL l0: Diagrama Ila vs K/Ba dos diques da suíte básico norítica de l.avras (I), noritosproterozóicos, boninitos modernos e noritos de Uauá, Ilahia. Fonte de dados: preselìte trabalho,Hall & l{ughes (1990); Crawford (1989) e E.P. Oliveira (comunìcação escrita), respectivamente
Tabela VL I : Elernentos terras raras (ppm) mais llf (ppm), Th (ppm), MgO (% em peso) e mg#(0,15) valores, representativos dos diques máficos da região de l,avras (MG). I)13 1,2 = diqucs brisicos I
c 2, DMl3 = du¡ucs irictabásicos c DIIIN - diqucs básicos noriti0os. Suílc b¿isica = Dl]r; Suíte básico norÍticî = DllN l-l)llr. (*)= rochâs coù lcxfura curnulática: (*t) = aûÌost¡a$ dâ sùitc básica dc idade inlc¡ida rnesozóica c auscntcs das figuras dcstc itcur.
91
BONIN1TOS ÍVODERNOSNoRlros PRo-tERozótcosNoRrros-uauÁ-BAsutre aÁsrco iloRílca
DUN - r2l2 rDBN - 121 l
'92
Os padrões de abundância dos elernentos terras raras (ETR) foram obtidos
utilizaudo-se valores de Boynton (1984) para a norrnalização em relação aos conclritos. As
razões normalizadas I-a,/Yl¡, LalSm, Sm/Yb e Eu/Eu* para cada amostra analisada, foram
obtidas utilizando procedimento e margens de erros conforme Marques (l9gg).
De maneira geral, os padrôes de ETR normalizados para condrilos dos
diques das suítes básica e básico norítica, mostram um enriquecimento a medicla clue se
tornam mais evoluídos (Figuras VL I I e VI. 12). Verifica-sc também um enriquecimento dos
elementos terrâs råras k:ves (ETIìL) em lelaçâo aos elementos terras raras pesa<las (Bl-Rp).
Todavia, o enric¡uecimento é mais expressivo entre os diques da suíte básico norítica (Figuras
vl 1l, vI.12). Desde que disponível e para melhor visualização, as rochas foram agrupadas
em função dos seus mg/l valores.
S uíte I] á "^i
c o N 0r íticu
os padrões dos diques da suítc básico 'orítica
(Figura vr. l r ) mostram-se
foflemente fra.clonados em ET'R. os tcrmos me'os cvoluíclos clesta suíte (rn¡¡# 0,73 - 0,70)
apresentam razões LaN/YbN entre 5,1 e 3,6, La¡/Srn¡ entre 3,4 e 2,9 e SmN/ybN entre 1,5 e
l,2 As razões Eu/Eu* não foram calculadas pela falta do elemento Tb, que conforme
antecipado apresenta valores abaixo do limite de detecção (0,5 ppm). Nos termos mais
evoluídos (rng# 0,51-0,50) as razões LaN/ybN (6,1 a 5,8) e SmN/ybru e,0 a 1,9), são mais
elevadas do que aquelas pertencentes as amostras menos evoluídas. Por outro laclo" as r¿¡zôes
LaN/SmN são similares (3,4 - 2,9 vs 3,5 - 3,0).
os termos evoluídos (mg# 0.5 r -0,50) cla suite básico norítica apresenta¡.r
anomalias de Eu, as quais se caraoterizam por serenl fracar¡cnte negativas com razòcs Eu/Bu*
entre 0,93 e 0,8 1 (Fig Vl I l )Em comparação com os basaltos da cadeia meso-oceânica (..MORB"'), se
obserya que os dic¡ues da suíte básico norítica devem 1er sido origrnados de uma fonte
manfólica empobrecida, a qual sofreu sucessivos processos de enriquecimento pafticularrnentc
em ETRL (Fig. Vl 13)
Suíte Búr^ica
os diques da suíte básioa sâo caracterizados pol apresentarem r-rm padrão
nlenos fracionado relativamente a suíte anterior e pelas anomalias uegativas de Eu (lìig.
Vl.12) Tais anomalias jndrcam c¡ue o plagioclásio deve ter siclo uma fase importante ¡a
mq (o,15)=c,73 - o,7oSUITE BASìCO
NORíTICA
ms{o,15)= 0,5o - o,5 i
oFCTô7_oO
û:Fao
SUITE BASICO
NORiìCA
SUITE BÁSICO
NORrÎrCA
lOOi:-
t50!g
l-Fl
l
l-
itoÌ-
f_
L
5l--LL-r
Lo
S {ETras (M
[, 9u , \d , s,*,9d ,DIPr Pm Eu Tb l-ìo
R.) normalizados por condrìtos (B
ot--trIJZoc)4CIl'-C)o4
Nd Srir Gd Dy1...*-L__l l,--1-_ L -LPm Eu Tb
\\l\,olIL
5Fì^I r-r.-t..Lo Pr
oaaôzaC)
alf-a()
Lc Pr Pm Eu Tb Ho Tm Lu
FIGL,RA VI I I : Padrões de abundância dos elementos terras raras
representativos dos diques da suíte básico norítìca (l) da região de Lavr {G)
SUITE BASICO
NORÍTICA
oFg:(jzoIJ<lTY
(ta)
4
I
L
l
I
iloiL!
oIG:ôzoO
tao
ms(o,15)=o,40 o,54
oFtaOZaO
J'FI
SUìTE BASICA
Pm Eu Tb Ho Tm Lu
ot---ù:ôZoO
CIt--.()o
SUITE BASICA
mg(O,15) =0,46 - O,4O
FiGtR.A VLl2. Padrões de abundância dos elementos tenas raras (tsTR)
representativos dos dìques da suíte básica (Á) da região de Lavras (MG).
nq(O,15)=O,54 - O,47
Lo Pr Pm Eu Tb Ho Tm Lu
PÌ:ôzoL)
Ít-U)o
rnq(o,15)-o50 -o,40 I
normalizados por condritos (Boynton, 1984)
Ho rn
95
I
SUITE BASICO NORITICA
#o
Lo Ce Nd (Pm) Sm Eu Gd Tb Dv Ho)(Er)(Tm)Yb Lu
FIGURA Vl.l3. Padrões de al¡undância dos elementos terras raras (liTR), noruializados porcondritos (lìoynton. 1984), representalivos dos diqr.res das suítes básico norítica (X) e básica (Á)da rcgião de l-avlas (MG), bern corno dos llasaltos da Cadeia Meso Oceânica ("MOIìB") dosti¡ros nonnal ('N-MORB") e enriquecido C'ìI-MORB") l-inha tlacejada representa a evoluçãcr
dos "N" e "È-MORll". Fonte de dados: prcscnte trabalho e Sun & McDonough (1989).
9ó
diferenciação. os tcr-mos menos evoluírlos (mgtÍ 0,54-0,47) apresentar-n r¿øões Lax/ybN entre
2,0 e 1,6, l,aN/Srn¡ entre 1,6 e 1,4 e Smx/YbN entre i,3 e l,l. Todas estas razões, exceto
SnrN/YbN, aumentam nos termos mais evoluídos (mg# 0.46-0,40), a saber: I,aN/ybN (2,3-2,1)
e La¡/Sm¡ (1,8-.l,6). As razões SmN/YbN praticamente não aplesentam variações entre os
termos mais e tnenos evoluídos (valotes entre I ,3 e I,I ). Uma importante calacteristica cla
suíte básica, são as anomalias de Eu, as tluais também apresentam cena vânabiltdade entre
amostras com graus de evoh.rçâo diferentes. Os tipos mais evoluídos mostram anomalias
negativas de ìlu mais ¡rronunciadas do c¡ue aquelas dos tipos rnenos evoluidos (Fig vl l2)os irltimos apreser.ìtam razões Eu/Eu+ no intervalo de 0,87 a 0.80 e os prinreiros entre 0,g2-
0,70
Como ante'o'mente evidelìciado na figura Vl.13, os diques da suite básroa
devem tct se or"rgrnado de uma fonte rnanté ca "ernpobleoida", semelhante a dos basaltos cla
cadeia meso-oceânica ("MORB"), afetada por eventos de enrrquecimento em ETRL.
Diante do exposto, verilica-se também que no ârnbito do compodamento dos
Ij-l'R, as dilèrenças composicionais entre as suites báslca e básico norítica são significativas,
ao se utilizal amostras com grau evolutivo similar (rrg/l ^, 0,5) observa-se que os diques da
suíte básrco norítrca apresentam valores nas razões LaN/ybN (6,1-5,g versus 2,0-1,6),
LaN/SmN (3,5-3.0 versus 1,6-1.4) e Smx/Yb^- (2,0-1,9 versus 1,3-l,l) sempre mais elevados
<1o que aqueles da sr¡íte básica.
Comportamento com padrões idônticos :ros diques da suíte básica são
apresentados pelos diques metabásicos (DMB), os quais poden.r ser melhor visualiza{os ¡afigula vl.12. Tais diques. apresentam razões La¡¡/Ybp, Las/smr e sm¡/yb¡ nos intervalos <fe
2,3 a 1,1, 1,7 a 1.3 e 1,3 a 1,2, r-espectivamente. A amostrâ com valor La¡.: de
aproximadamente 20 se encatxa perfeitalnente na seqüência evolutiva dos diques me¡os
evoluidos da suíte básica (mg/l 0.54-0,47), enquanto as demais amostras com I-a¡ acima de
30 são enquadradas na seqüência dos mais evoluídos (mg# 0,46-0,40). cabe ainda notar', que
as anomalias negativas <Je Eu dos DMì3 seguem o padrão anteriormente descrito, ou scja, a
¿ìn'ìostra menos evoluída apreserlta razão lju/Eu* (0,91ì) maior do que aquelas das amostras
urais evoluídas (0,82-0,75). Bsta identrdade. indica que apesar do metamorfismo que deve ter
atir-rgido os DMB. os ETR não devern ler sofrido ur¡ importante iì-acionalnento.
g1
Em sintese. os padrões dos ETI{ reafirmam a presellça de duas suites
geoquímicas distintas de diques pré-cambrianos. Em adição, o comportamento e a abundância
relativa dos ETR sugerern que estas suítes evoluiram de maneira diferente.
As amostras 451,79 e 6l pertencentes aos diques da suíte básica, reafirmam
suas difèrenças composicionats dcntro do grupo e, mais utna vez. demonstram que sào ttm
conjunfo a parte. Como anteliormenle rclatado, trala-se de amostras composicionahnente
semelhantcs aos diques rnesozóicos. Este conjunto apresenta ¡radrões altamente fracionados,
com razões LaN/YbN (9, 1 a 5,8) e SmN/Ybn (3,6 a 2, 1 ) muito maiores do quc aquelas
verificadas para os diques da suíte básica e básico norítica. Contudo, as razões L,aN/SmN (2,9 a
1,9) rnostram-se inferiores àquelas da suíte norítica e superiotes a cla suíte básica. As
anomalias de Eu, nesse grupo anôrnalo ao conjunto, são levemente negativas cour lazòcs
Eu/Eu* entre 0.94 e 0,83 firas, ur-rìa das amostras apresonta anomalia positiva com razão
L,u/Eu+ rgual a 1.,56.
98
VII - GEOCIIOI\Ot,OGIA I' GIìOQT]iMICA ISOTÓPICA
VII.I - Geocronologia
O acervo geocror,okigrco dos diferentes enxames de diques máficos pre-
cambrianos da porção sul clo C-'ráton do São I'ranoisco (Pará de Minas, Quadrilátelo Ferrífero,
Espinhaço Meridional, Bonfim) é constituído essencialmente por dados K-AL (e.g. Teixcira et
al, 1988; Carneiro. I992t'ì'eixeita et al, I996o) e mais rar-amente por dados Rb-Sr e Sm-Nd.
além de datações LI-Pb (e.g. Abreu, l99l;Silvaet al, 1996).
De rnaneira geral. tôm sido identilìcados pelo menos 3 conj untos
radiomótricos repl'esentativos clos enxames de diques na por'ção sul do cráton clo São
Francisco. O primeiro e nTais antigo (2"1 - 1,9 Ga), foi determinado por rdades K-Ar em
anfibóhos ('Ieixerra et al, I 988, Carneiro, 1992). Estudos recentes (Chaves, I 996) em um dos
ramos deste conjunto (região de Rìbeirão das Neves - Pará de Minas), ìnclicarn que os diques
estãÕ geneticamente associados à evolução das zonas de cisalhamento regionais do Ciclo
Transamazônico. Representantes deste conjunto apareoem no Quaclrilátero Ferrifero e no
Complexo Bonfim. O segundo conjunto, posicionado tentativamente entre 1,7 e 1,5 Ga, acha-
se sinalizado através de análises K-Ar et.u anfibólios pertencentes aos erìxames de Pará cle
Minas e lìonfim (Terxeira et al, 1988; Carneiro, I 992). Listas rdades passaram a ter maror
signrficado geológico. em função da rccente idade LJ-Pb de 1'714 + 5 Ma obtida em badeleila
e zircão do gabro de Ibirrté, localizado a sul de Belo llorizonte (Silva et al, 199(r) O terceiro
conjunto de dados (1,0 - 0,5 Ga), identificado por rdadcs aparentes K-Ar em anfibóhos,
plagioclásios e locha total em enxalnes como Pará de Minas e Bonfim (e.g. carneiro, 1992),
pode ter unr representante na região sul do Espinhaço, onde um dique apresenta idade U-pb
de 906+2 Ma obtida através de zircões (Abreu, 1991). I'or outro lado. as rdades K-Ar entre
0,7 e 0,5 Ga (Teixeira et al, 1988) ¡rarecem. juntamenle conì iclades IJ-Pb da ordem de 6ltì .t-
3 Ma (Silva et al, 1996) e Pb-Pb dc 655 Ma (Silva, 1992), aponrar para a presença de
episódros teolono-termais superimpostos nos dtqr-res.
Na I'abela Vlì.1, pode-se obsewar o t¡uadro atual drl conhecilnento
geocronológico. eln que são destacados os intervalos de idades assinalados para os princrpars
enx¿ìnìes de diques máficos
Francisco.
99
pré-cambriznos. da ¡rorção merìdional do Cráton do São
Mótodo M¿ìtcrrâl ldadc n" dc dados Rcfc¡ônciaK-Ar plagioclhsio I.5-l.tl Cl 'l"cixcira cr at ( 1988)
e Cârnciro (t992)lì.5-0.7 Giì t2
a¡1¡bólio 9-2.1 Ga
I 5-l fì G¡0-5-0.7 Ga
roch¿ totãl 0.5-0.7 GaU-Pt) zircâolbadclcit¡ 17l4t5 Ma c 611ì13
MâSilvr ct itl ( 1996 )
U-Pt) zircão,/badcloitå 906t2 Ma Abrcu ( l99l)Tabela VlL l: Sumário geocronológico cÒm os intervalos de itlades ern diqr"res rnáfioos pri-cambrianos (Pará de Minas, ìlonfim, Quadrilátero Iicrrilero e E.spinhaço mericlional) da porção suldo Ctáton do São Franoisco.
Adicionalmente, a ocotrôÍìcia de diques mesozóicos na área meridional do
Supergrupo Iìspinhaço encontra-se rclàtada em Dussin (1994) e Silva et al (1996).
Apesar dos avanços obtidos, os dados geocronológicos disponíveis são ainda
tnsuficientes para embasarem uma comparação cronológrca entre os enxames de drques
máficos da porção sul do cráton do São Francisco. Desse modo, os resultados obtidos para o
presente trabalho e apresentados a seguir, constituem uma contribuição para o melhor
entendimento da época dos processos de fraturamento continontal que atuaranì no segllleuto
merldional do Cráton do São Francisco, tendo em vista a multiplrcrdacle de metodologias
emplegadas e sua tnterpretação rntegrada com daclos geoquímrcos.
VII. 1.1 - Sistemas K-Ar e {OAr-3eAr
Embor-a para os diques básioos pré-cambrianos da porção sul do Cráton clo
São Francisco, a determinação da idade de intrusão pelo mótodo l(,Ar possa ser problernática,
priucipalmente pela difusão e/ou excesso de argônio regìstrado seja nos minerais, seja na
rocha total, inúmeras datações por este r¡étoclo são lepol tadas na literatura envolvenclo a área
de tral¡alho (e.g. Parenti couto et al. i983. Teixeira, 1985 e 1989; -leixeira et al, l9ug,
Carneìro, 1992)
it\,'
il
100
segu'do Ì'eixeira (r992) os estudos K-¡\r ros drques pré-cambrianos
podem, apesar das lirnitações intelpretativas. auxilrar no entendimento da evolução tectônic4
com base na definição da maior freqüência das idades aparentes obtidas para um enxame
especíhco.
os daclos I(-Ar dispo.iveis na literatt¡ra dos diques pré-cambrianos
adjaoentes ou cia região investigada (e.g. Teixeira, I985), conesponciem em gra'<Je pafe adiques que sofreram a atuação cle processos metamór'ficos (cf ¡retrografia revisada pelo
presente autor r.ìas âmostras cedidas por w. reixeira). Trata-se, segundo a classificação do
presente t.abalho de tipos metabásicos (DMB) e anfibolíticos (DA) Amostras
petrograficamente selecionadas (isentas de alteração deutérica) dos l)A apresenta6 idades I(-A¡ em r-ocha total de 1900 "{- 57 Ma e em a¡fibólio de 2049.r 6l Ma (amostras srG-MS 213
e 252 respectivamente; Teixerra, I985). uma amosfra dos DMB apr.esclrta idade I(-Ar em
plagioclásio de 2290 + 65 Ma (amostra src-240). Idade em plagioclásio semelhante a
anterior' (2299 t 67 Ma) é assinalada em uma amostra representativa de um dique nào
metarnórfìco da suíte básico norítica (amostra srG-MS-247.2). Tais rdades em plagioclásios.
devem ser consideradas com I eservas cm vista da possibihdadc cla existôncia c.le incorporação
de a.gônio em excesso nesse mineral, problema este comun em diques pré-cambrianos.
Na Tabela VIl.2 encontran-se as idacles K-Ar, proccssadas no CpGeo em
plagiocliisio, anfibcilio e biotita dc um dos diques anfibolíticos estudados (DA) <Jo e¡rxanìe,
representado pela amostra wll-3.1 (veja I'igura lv 2), coletada nas imecliações da cidade de
Lavras (MG). [Jma possível irìterpretação para estes resultados, é a da existência de urn
evento tectono-metamórfico ooorrido hâ 1,2 Ga, rlust.ado pela rdade aparente da biotita
colefadâ na borda ctsalhada do dique. Tal hipótese é corroborada por registros K-Ar slmrlares
em granitóides na região de Boa Espelançâ, pouco à oeste cla área investigada (Teixeira &canztan, 1994). Este episó<lio te¡ia afetado os plagioclásios dos diques p.oporciona'clo
valores de rdades mais.iovens (908 Ma), revelando a complexrclade do plagioclásio en'ì termos
de retentividade de a'gônio em drques pré,cambria'os" conforme já anr.ecipado. contudo. o
anfibólio da amostra WII-3 l. devido a st¡a aha retentividade de At não sofreu significativo
distúrbio pelo episódio, e 'eprcse'taria.
corno tal, ulna idade estimacia da paragênese
anfìboìítica, sendo comparável com valores publicados ;urterronnente pol Terxcira (I985)
para os DA, bem como para os diques anfibolíticos de par'á cle Minas (Teixeira et al, l ggg).
rêiçItii.Jl| i.iiì iitrutåi..ii.ii,iil .. itiiF
r0l
Amostr¡-/N' C'PGco Matcrial ,%K Ar"'r:rrl ,Ar âtnr Idârlo f MâìwB-3.l / s803 Placioclasio 1.5768 72.15 9.0(t 90fl + t4wB-3.1 / s804 Anhbólio 0. s943 96.46 1.42 216'\ + 4wB-3.1 / 6819 Biotrta 7.33'11 .t8"1.5l t.46 I198 1-rqTabela VII 2: Dados analiticos K-Ar do dique anfibolítico WB-3. I da região de Lavras
Esta interpretação acerca das idades K-Ar dos diqucs metamórficos entre 1,9
- 2,O Ga é reforçada pelo valor obtido em análises onAr-tnA. em anfibólios concentrados por
catação de uma anostra dos DMll (DMll-63 ), reoentemente processada no "Llerkeley
Geochronology Center" (EUA) [Paul Renne, comunicação escrrtal. No diagrama da Figur:a
Vll.l, observa-se um espectro com definição de um "plateau" para sOVo do gás hberado, com
idade de 1975 j'7 Ma. A idade integrada de 1910 + 7 Ma aproxima-se das idades aparentes
K-Ar convencionais reportadas por 'feixeira (1985) Observa-sc tambóm que a razão Ctr./K,
acompanha o comportamento do espectro de argônio liberado o c¡ue leforça a qualidade
interpretativa da idade obtída.
Cabe acrescenfar finalmente, que uma minona do conjunto ígneo dos diques
rnvestigados seja possivelmente de idade mesozóica, com base em uma idade aparente K-Ar
inédita da amostra DBz-61 (127 t 3 Ma). Esta inferência decorre tambóm da composição
química (veja geoquímica), de alguns diques da suíte básica a qual é semelhante a diques do
Quadrilátero Ferrífero (Silva et al, 1996) e do Espinhaço Mendional (Dussin, 1994), para os
quais idades K-Ar em rooha total forneceram valores de 120 Ma e de 170 a 220 Ma,
respectivamente
\4I.1.2 - Sistema Rb - Sr
Para o sistema Rb-Sr a disponitrilidade de dados é menor c¡uando comparado
ao sistema K-Ar. No segmento meridional do Cráton do São Iìrancisco verifica-se apenas uma
erróct'ona de 1030 .L 25(t Ma obtida para os diques de Pará de Minas (Teixeira et al, 1996c e
W. 'Ieixeira comunicação verbal, I 997). Contudo, a elevada ,urào *ts./tns, inicial dc 0,71 55 t
e a distribuição dos pontos no cliagrarna sugere um fofe distúrbio no sistema lìb-Sr,
conduzindo os leleridos autores a considerar esta idade como de pouco significado geológico.
IDADE INTEGRADA = I9IOI7
t02
oz[lt--zt!É<fo:
t!l1l
ô
o,l o,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 t.o
FRAçÁo DE ttAr LIBERADo
FIGIJRA VlL l : Diagrama de idade 'nAr-tuÂr ¿lparente vcrsus fração cle reAr liberado para a
âmostra 63 clos diqr"res rnetabásicos (DMB).
Com base em dados petrográficos, geoquimicos e de campo, fbram
selecionadas 22 amostras de diques máficos e 5 do embasamento n'ìetamórfrco para a
execução das análises do sistema isotópico Rb-Sr, conforrne procedimento descrito no item
rnetodologia Os resultados encontram-se reportados na 'I'abela Vll.3, que rnclue dados
obtidos pela tócnica de diluição isotópica e por fluorescêncra de laios-X.
A seleção das amostras teve por basc as caracteristicas petrogr'áficas
anteriornìente obserwadas, tais como. grupos corn a ffrgsrra cornposição rnrneralógica e
textural e, ausência na amostra de indícios srgnificativos da atuação de fenôrnenos
metamórficos, intempéricos e deutéricos, conforme estudos petrográficos. Em seguida. as
amostras foranr agrupadas de acordo oonr suas características geoquimicas, Ievando-se erR
conta suas concentrações em elementos maiores, lrenores e traços, sempre se evitando
aquelas c¡ue sugelissem a possibilrdade de contan-rinação crustal. Foram excluídas todas as
amostras, cu-jo cornpoltanlentô em elementos como llb, Sr, Ba, SiOz, K2O, por exemplo.
demons1rou significativas dìferenças enr relação ao padrão geral clo grullo clì.¡e ¡rer'1enciam.
Desse modo. os conjuntos de amostlas como os diques de idade mesozólca não foram
selecionados para o processo analítico.
103
.Amo!rtrî/Núnroro do CPGeô54 / 12450
o_1r4190
45 / 1263),
14 / t2631
97 / 12456s6 I 12453
42 / 1263',7
47 / 12638
0.713140
Tabela VII.3. Dados analíticos Rb-Sr dos diques da suíte básico norítica, suíte básica e diquesmetabásicos da região <le Lavras. Daclos obtidos por diluição isotópica (DI) e por fluorescência deraios-X (FI{X). (*)=amostras obtidas por FRX; (**) Os valores de Rb foram calculados peloconftonto entre Rb (ÐI) vs Rb (FRX) corn desvio máximo de 2,5 ppm.
As amostras escolhidas para a datação representam as suítes básica e básico
norítica, oonforme anteriormente definidas.
,\ uíte h ú,^i co norític a
A suíte báslco noritica representa a geração de diques mais antiga assinalada
na t'ogião. O conlunto de 9 diques selecionados desta suíte produziu no diagrama isocrônico
em rocha total (erróclona calculada conforme Williamson, 1968) da Figura VII.2 uma idade
de 2788 l, 79 Ma (lo'), com razão ttsr/tnsr inicial de 0,7011O t 0,00048 e MSWD igual a
3l,5. O alto MSWD ("mean square of weightcd devrates") se deve a grande dispersão dos
pontos em relação a reta, sugerindo urn l'orte distúrbio isotópico de RI¡ e/ou Sr e re-equilíbrro
parcial do sistcma, ou ainda uma heterogeneidade da fonte, conforme verificada nos estudos
¡retrogenétrcos (cap. VIII). Os diques clesta suíte não foram otrservados seccronando os
rnetassedrmentos do Supergrupo Minas (localrnente deslgnados como Ser'¡a cle Boln Sucesso),
t04
e poftanto, são anteriores a 2,5 Ga limite máximo oonsiderado para o inícro da deposrção
destes sedimentos (cf. Noce, 1995 e Babínski et ai, 1995)
Suíte húsica
A suite básica representa uma geração de diques mais nova, culo diagrama
Rb-Sr em rooha total (Figura VIL3) apresenta uma idade (elrócrona de 7 pontos, conforme
Williarnson, 1968) de 1875:r 101 Ma (lo), com razão ttsr/tns. inicial igual a 0,70255.r-
0,00028 e MSWD de 23,5.l-ambém aqui o espalhamento dos pontos sugere um distúrbio de
Rb c/ou Sr no sistema. Ii possivel que estes distúrbios estelarn associa<ios a episódios tectono-
termais que ocorreralr no Proterozóico, como aqueles identificados pelos dados K-Ar, por
exemplo. Outra possibilidade, pode estar relacionada a.já mencionada pequena
heterogetreidade da fonte (cfl cap.VIII), urrra vez que os processos de interação crustal durante
a intrusão (cf. geoquímica isotópica) podem set conside¡ados insigrrificantes a ponto de afetar
o sistema. Apesar do alto valor do MSWD, é sempre bom lembrar que esta idade de
colocação peLra a suíte básica é oorroborada pelas relações de oontemporaneidade destes
corpos rro câmpo com os granitos transamazônicos datados em 1,932 .l:21 Ma (Quéméneur &Vidal, 1989)
Em adição, quatro amostras selecionadas dos diques metabásioos (DMII),
foram analisadas e os dados encontram-se na Tabela Vll.3. O conlunto apresenta uma
errócrona (modelo Willramson, 1968) oorn rdade de lB87 I 57 Ma (lo), com razão ttsr/*os,
inicial de O,7O205 r' 0,00021 e MSWD de 80 (Figura VIL4). Este valor, semelhante ao da
suíte báslca, deve ser lomado com cautela em função da rnobilidade do Rb em processos
melamórficos, conforme anleriormente evrdenciado. De qualquer modo, estes dados vem
sugerir que este grupo ¡rossur idade semelhante aos diclues da suíte básrca, o que aliás é
reforçado pelas datações K-Ar e Ar-Ar predom inantemente no inlervalo 1 ,9 - 2,0 Ga (ver item
ar,terior').
As similalidades quítnicas e cronológicas entle diques metabásrcos e aqueles
da suí1e básrca permiterì'ì supor que os prinreiros, na realidade são diques que se colocaram
em rcgime transtensivos. os quais pouco teììpo após foram submetidos a evet'ìtos tectônicos
associados a regimes térr¡icos dc baixo a nTédio grau quc irnprimrram as leições
metaltrórficas obser-vadas, dulante a evoluçâo do Cinturão Minerro Os diques anfiboliticos
(DA) podem representar uma fase intn¡siva precooe qr¡e antecedeu os DMR, oonforme sugere
o,
SUITE BASICO NORITICA
87^ , A6^>r/ 5rlT= 2788+ 79Mo
Itrri) = o.to"o=o.ooo4eI
IMSWp = 3r.s
--,.-a'-''
"tRb/tusr
o,730
o.2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
FIGURA VIL2. Diagrama isocrônico l{b-Sr representativo dos diques da suíte básico norítica (ñ)de Lavlas (MG).
o,7 t2
o.7 r
o,7075
o.7050
o,l
FIGIJRA VIL3: Diagrarna isocrônico Rb-Sl representativo dos diques da suíte básica (,4) cleLavras (MG).
4,72
o.7 I
SUITE BASICA
=1875tìOl Ma
i)= 0,70255to,ooo2BwD= 23.5
106
as idades K-Ar em anfibólio. Alternativamente" tanto os DMB como os DA podem
representar uma geração anterior aos diques das suítes básica e básioo noritica. Neste caso, as
feições metamór'ficas leriam sido rmpressas durante as fases finais da evolução do Cinlurão
Mineiro, como atestam os dados K-Ar e Ar-Ar em anfibólios.
Contudo, cumpre lessaltar, que as idades K-Ar,'oAr-toA, e Rb-Sr dos DMB
e DA, independentemente das limitações de cada método, são coerentes com a idade Rb-Sr da
suíte básica, sr:gerrndo a possibilidade de contemporaneidade entre eles Ressalta-se também,
que o conjunto de diques da suíte l¡ásica está intimamente associado à evolução
transarnazônica da porção sul do Cráton do São Flancisco.
VII.1.3 - Sistema Sm-Ntl
No âmbrto do Cráton do São lrlancrsco, nenhurna isócrona pelo sistema Sm-
Nd é asslnalada ¡ra literatura córìcernente a ditlues máficos.
Nos diques investigados, foram lealizadas l9 análises em rocha total e 3 em
concentrados minerais (Tabela VII.4), sendo um concentrado cle plagioclásios e dois de
apatitas, para fins de permitir a obtenção de razões isotópicas suficientemente distintas na
confecção do gráfico isocrônico Conforme anteriormente lelatado (Tabela IV.2, cap. IV),
foram efetuadas quatro análises em rochas do embasamento met¿rmórfico, sendo 3 ern
granulrtos (amostras 39, 9l e 150), e I em orlognaisse (142).
Suíte hú,'ico noríticu
Do conlunto de arnostlas seleoionadas da suíte básico norítica para o sistema
Sm-Nd (Tabela Vll.4), três representam rochas totais clue folam analisadas em duplicata (54-
2; 55-2 e 64-2). Una das amostras do dique 54 (54b) representa um pontô cuja distância ó
cerca de 400 mettos do local da plimeira coleta. As amostras 70 e \12 não foram utílizadas na
confecção do diagrama, por rcprcscntarcm um conjunto isotóprco diferente da maiolia das
amostras estudadas (cf. geoquirnica rsotópica, veja a seguir).
Para os diques da suite básico nor'ítica, os l2 daclos Sm-Nd proporcional'anr
uma isóorona interna com idade de 2658 f 4.4 Ma (lo), .arão 'otNd/'ooNcl inicial rgual a
0,5091 6 r 0,00005 e MSWD de aproxirnadamente 3 (Frg. VlL5). Destaca-se no diagrama
isoc¡ónico. os altos valorcs llas razòcs '"Sm¡"tNd dos 2 concenlrados dc apalira. os quais crn
DIQUES METABÁSICOS
T= 1887 t 57 Mo
)=0.7020510002r
o,t o,2 o.3 q4 o.5
FIGURA VlI.4: Diagrama isocrônico Rb-Sr representativo dospeftenoeutes ao conjunto metamórfico da região de I-avlas (MG).
o,6
diques rnetabásicos (DMB)
o.5 ì
o,5 r20
o.5tIo
o,5ì
o,
FIGURA VIl.5: Diagrama ìsocrônico Sm-Nd representativo dos diques da suíte básico norítica([) cle l,avras (MG). Pl=plagioclásio; ap=apatita e RT=rocha total.
SUITE BASICO NORITICA
r43 Nd/r44Nd op
T=2658+44 Mc
Ndi)= o,50916 +o,oooo5
o.o5 0.lo o,r5 0,20 0¿5
108
con1unto corn o l]aixo valor nesta razão apresentado pelo o<¡ncentrado de plagioclásio.
permiliram a boa colinearidade dos pontos e favorecelam a definição da isócrona. A isócrona
Sm-Nd obtida reafirma as inferências dos dados Rb-Sr, acerca da existência de um grupo de
diques arqueanos na região, conforme inicialmente antecipado por Pinese et al (1995), com
base em dados preliminares
Tabela VIL4: Dados analítìoos Sm-Nd obtidos por diluição isotópica, para o conjunto de diquesdas suítes básico norítica e básica da região de Lavras. Plag.: plagioclásio. A tabela inclue icladesmodelo TDM (Nd) das ¿ìmostras analisaclas em rocha total.
f)esse modo, as rochas representativas da suíte básic;o noritica são um dos
primeiros tegistros de diques arqueanos, os quais em conjunto com o sill do "greenstone" de
Piumhi (Machado & Schrank, 1989) e Anfibolitos l,alaopeba do Complexo Bonfrm (Teixeira
et al. 199óa), confirmam. por extrapolação, a antìguidade da closta contlnental da porção sul
do Cráton dc¡ São Francisco. Iìm regiões como Groenlândia (!ÌaJl & Ilughes, 1990), Antárrioa
(Sheraton et al, 1987), Zimbabwe (Wrlson et al, 1987) e Finlândia (Vuoilo et al, 1995) suites
SUÍTE BÁsICo NoRiTIcÀ
^nlo!it¡â/NÍrmc¡o do CPGc¡r Sm Nd l{?sm/l{¡Ntl Brro r¡rNd/r¡1Nd flrro (2o) Tonr (Nd)lcâl54 / t'18 2,080 {J,570 0,t419 0.0001 0 '731 0.000023 2,8t
54 -2 / 2.021 tì,075 0, t523 0,0001 0 8ll 0,000015 2,82
54b/428 1 .991 lÌ,170 0,1483 0,0001 0. '792 0,00002 r 7 '1)
55 /119 9r0 '7,64t) 0.1539 0.000 r 0. 789 0,000042 3,00
55 -2 / 1,990 7.iÍ38 0,15tì5 0.0001 0 tÌ02 0.000038 3,31
64 / ttìo 2,040 0,1349 0,000 t 0 s2'7 0.000021 2;76
¡4-2/ 2.0tt0 u,939 0,l4 t 6 0,000 t 0, t621 0,000036 2.80
2.rì03 t2^102 0, t0 0,00? l 0, 5 tÌ6 0,000044 2,86
28 / 2.92, 1,1(18 1.696 0. 501 0.0001 0, '7'/8 0,000025 2,80'/0 3,815 r7.450 0 30 0.0{J0l 0 842 0.000034
3.8611 1'1.'/51 0, 1),( 0,000l 0 't93 0,000033
54 ôt)atita / 21ì4 t,453 0,2lfl8 0,0006 fl, 308 t 0,00002{r
64 nlrc / 4)'7 10.473 62.710 0.10 t 6 0.000t 0, 1052 0,000035
64 aDatita / 49R ) 562 t,628 0,2 I00 0.0002 0 812 0.000029
SUiTE BÁsICÂt9/ 456 r 8,lis l 0,t761 0,000 t 0, 231I 0,00002ft ).652'7 / 6.84l 23.194 0,1749 0,0002 0, 109 0,000159 1,61
60 / ---- 1,45? 11.364 0.1 {r 5l 0.000t 0, 2444 0,000053 ) 1\
45/ 2,906 9,ß41 0,lRt:r 0.0001 0-5 t2523 0.000033
5.761 r9,509 0,1'79'1 0,0002 0 2:15 0.0000r9 3.56
).) / 5.140 18,239 0,r?15 0,000I 0, 191ì 0,00002tì
I00 / -----, 5,866 20.t2R 0.I 756 0.0001 J. 281 0.000036 z,'70
109
norílicas se posicionam preferencialmente entre 2,1 a 2,5 Ga, em geral representando um
fenômeno de cratonização.
Suíte húsica
Os diques da suíte básica, não produziram uma variação suficiente nas
14't ^ ,t44, , ,.lazões (e.g. 't'Sm/'"Nd) para fìns de se obter um diagrama rsocrônico. Contudo, as idades
nrodelo 'fr)rr(Nd) calculadas para a suite básica vanam entre 2,32 e 3,67 Ga (média de 2,91 t0,50 Ga) [Tabela VII.4], sugerindo a nature,za muito antiga do protólito.
Ë.m geral, cstas idades mocielo 'I')ri(Nd) fTabela Vll.4] são corno as da suíte
básico noritica que se situa entre 2,17 e 3,31 Ga (média de 2,15 X 0,32 Ga). As idades modelo
'fì'*'1Nd¡ do embasamento metamórfico local são um pouco mais elevaclas do que aquelas dos
diques, distribuindo-se no interwalo de 2,92 a 3,46 Ga (média de '3 ,l I t 0,24 (ìa) e coerentes
com o contexto de uma delivação rnantélica mais antiga. Uma possível interpretação para este
fato, é a de que o material mantélico se estabilizou na litosfcra continental entre 200 a 400 Ma
depois da formação de grande pafte da crosta
Em síntese, os dados K-Ar', Rb-Sr e Sm-Nd disponíveis até o momento,
mostram que o embasamento nretamólfico arqueano da porção extremo sul do Cráton do São
Francisco, é seccionado por duas gerações de diques máficos pré-cambrianos, afora os drques
metabásrcos e anl'rbolíticos. A geração arqueana (2.658 Ma) encontra-se representada pelos
diques da suíte básioo norítica, os quais podcm estar associados as fases frnais do Evento Rio
das Velhas (Carneiro et al, 1995 e Carneiro, 1992) e devem ter se colocado depois de
encerrado o processo colisional. A geração paleoproterozóica (1.875 Ma), oonstituída por
diclues da suíte básica (dados Rb-Sr) e possivelmente pelos DMB, haja visto os dados I{-Ar e
ot'Ar-toA, clisponíveis ¡:ala os últimos, relaciona-se ao <iesenvolvimento do Arco Magmático
Mineiro (Teixeira, 1985 e 'Ieixeira et al, 1996a) e seu processo intrusivo pelo menos para
aqueles diques da suíte básica deve ter sido concomitante e pouco tempo após aos estágios
frnais da orogenia transamazônica, responsável pela evolução do referido arco magmático. É
possível especular-se que os DA se.jam um pouco anteriores aos DMB e aqueles da suite
básica, face aos dados radiométricos e urrìâ vez que os primeiros podem ter se colocado na
crosta em condições ainda comprcssivas ao passo quc os últimos poclem se relacronar a
sistemas tracionais tipicos de final de orogenia.
110
VII"2 - Gcoqrrímica Isotópica
Com os valores de idades obtidos no item anterior, foram calculadas as
razões inrciais de *ts./tns. (Sri) e r43Nd/i4\a 0.¡¿'), e valores de e(Sr) e e(Nd) de cada
amostra estudada. Bstes valores encontram-se na Tabela Vll.5 e representam as suítes básico
norítica e básica, bem como rochas do embasamento metamórfico.
Suíte Ilásico NoríticL
No diaglarna que representa a evolução do Sr de acordo com o modelo do
Reservatório Uniforrne (UR) ou "Tera Global" (Fig.VII.6), se obsela que os diques da suíte
básico norítica apresentam um amplo intervalo de Sri (0,70009 - 0,70398 para t¡:2,65 Ga).
Em geral, a maiona das amostras se ¡rosiciona acima da linha evolutiva da "Terra Global",
com os valoles de e(Sr) entre l-2,0 e -l 37.4 (Sr¡ entre 0,70150 e 0,70398, para t1¡:2,65 Ga)
fTabela VII 5], o que sugere uma fonte cnriquecrda nas razões lìb/Sr. Nesse inteF/alo,
encontram-se os tipos menos evoluidos da suite, bem como a rocha oom textura cumulálica
(amostra 72). Contudo, três amostras dos termos mais evoluídos da suíte (59, 70 e I 12)
indicam uma fonte ernpobrecida (Rb/Sr) em relação à "Terra Global" [e(Sr) entre -15 e -18,
Tabela VIl.5]. No detalhe da Figura VlL6, observa-se que estas amostras apresentam razões
Rb/Sr maioles (0, t 6) do que a "Terra Global", oom valores opostos â àqueles esperaclos.
No âmbito dos rsótopos de Nd (Fig. VIl.7), verifica-se quc: os diques da suitc
básico norítica apresentam urn inten¡alo nas razões Nd; predominantemerìte entre 0,50903 e
0,50920 (para t¡-2,65 Ga), oulos valores de e(Nd) encontrarÌr-se entre -0,6 a -3,9 (Tabela
VII.5). Verifica-se também, c¡ue a maioria das amostras estudadas posiciona-se um pouco
abaixo ou na linha evolutiva da "Terra Global" (CFIUR), sugerindo uma fonte empobrecida
nas razões Sm/Nd Duas amostras 170 e 112: e(Nd) = 1'5,6 e l'4,8 respectivamente, Tabela
Vll.5l, representativas dos termos mais evoluídos da suítc, sugerem uma fonte enriquecida
nas razões Sm/Nd em relação ri "Terra Global". Tais amostras, contrzuiando o esperado,
apresentam razões Sm/Nd (0,22) menores do que a "Terra Global" (detalhe da Figura VII.6).
Os valores dos e(Nd) vs €(Sù [Fig.Vll.8], indican'r que os diques da suí1e
básico norítica predorninanternente derivaram cle uma fonte enriquecida em comparaçào à
"'I'erra Global". I)uas amostras plotam-se no quadrante empobrecido. Adicionalmente, o
diagrama sugerc a possibilidade de interação dos magmas por parte de crosta siálica arqueana
r SUITE BASCO NCRITICA
A SUITE BÁSICA
(B7gr7e03r1'
¡
FIGURA VIL6: Diagrama da evolução isotópica do Sr lstsr'/86sr inioial) no tempo geológico para
os diques das suítes básico norítica (I) e básica (Á) da região de I-avras. Ìlazão Srn/Nd = 0,308;ttsr/o6sr prirnordial :0,69898; nts./tos. atual = 0,7045 (Þ-aure, 1986).
¡
IaÅ/.
FIGUIIA VìL7. Diagrama da evolução isotópica do Nci 1r'l3Nd/rd4Nd inicial) ûo tempo geológico,para os diques das suítes básico norítica e básica da região de Lavras. "tNd/'ouNd prirnordial =
0,50677: 'otNd/'ooNd atual :0,512638 (Faure, 1986). Simbolos e legenda como na frgura VlI.(r.
l4{s /144 \\ Nd/ Ndii
RA GLOBAL
FIGURA VII.3: Diagrama e(Nd) vs e(Sr) com valores recalculados para idade de 2,65 Ga representativos dos diques da suíte
básico noritica de Lavras (f), rochas encaixantes do embasamento metamórfico local e gnaisses adjacentes do Compiexo Campo
Belo. Os valores atuais da..Terra Global": ttsr/tuSr :0,7045 e t*tNd/to*Nd:0,512638 (Faure, 1986). Fonte de dados: presente
trabalho e Teixeira et al (1996 a e b).
-40
plexo Compo Belonoisses)
-20
tognoisse e gronulitos
uite bcísico noríttco
o 20 40
Complexo Compo
60 roo 120 t4c
N)
C/t GaAmostra Rb/Sr Sm/Nd "Sr/"Sr)i (tt'Nd/r{{Nd)i c(Sr) c(Nd) T"'(Nd) lcal54 0. l6 0.24 0-70331 0.50915 28.0 -l.6 2,8154 -2 0,25 0.5091 5 1.5 2.8254b 0.24 0.50920 -0.6 )1)55 0.1 I 0,25 0.7024'7 0.509 I 0 I (r.0 -2.5 3.0055 -2 0,26 0.50903 -3.9 3.3 r
64 0. t4 0,22 0.7039tì 0.5091 7 37.4 l.l 2.7664-2 0,23 0.50915 '1.(r 2.ttO72 0.16 0.701 84 '7.0
25 0.23 0,23 0.70174 0.50912 6,1 -2.1 2.8628 0.tI 0,25 0.70150 0.50915 2,0 1.5 2.8059 0.l6 0,70030 -15,0n2 0,Ifi 0,22 0,7(x) l7 0,50941ì -l (r.tì 4,8 ))¿70 0,1(r o)) 0,70009 0,50952 -18,0 5,6 2.1754 aoatita 0.36 0.50926 0,764nlasioclásio
0,l7 0,50928 0.9
64 anatita 0.34 0.509 t4 1,6
I l3
durante o processo intrusrvo. Esta rnteração, podena estar relacionada com os materiais de
composição isotóprca semelhantes ao ortognaisse e granulitos encaixantes e/ou em parte do
gnaisse do Complexo Campo Belo (Teixeira et al. 1996 a e b) adjacente a àrea investigada
[e(Nd) : -7,3 a -3,4, e(Sr) : -11,9 a +91,21. Entretanto, esta interação no sentido de
assimilação crustal tipo AFC (DePaolo, l98l), não é respaldada pelas correlações entre as
razões de Sr¡ e Ndi vs SiOz, K2O, Ba, Rb e Sr (Figura VII.9)
SUÍTE BÁslco NoRi
SUITE BASIC
EMBASAMENTO METAMÓRTICO
Tabela VII.5: Razões iniciais ttsr/toSr er*3Nd/tt4Nd, e cldSr) e (Ncl), .uroãi Rb/Sr e Sm,/Nd eidades modelo T"Nr 1Nd¡ dos diques nláficos das suites básico norítica e básica da região deLavras, bem como das rochas do embasamcnto nlctamórfico local e adjacente. (*) : Amosras cJoComplexo Campo Belo adjacente, com valores extraíclos de Teixeira eral (1996a e b)
A (l.Y Gat9 0.06 ().29 0,70253 0.510il 3.7 1.7 2.65z7 0.l0 0.29 0.70255 0.50992 4.0 -5 l 3.6760 0,06 0 1r) 0.70-l ltÌ 0.5t0t3 13.0 1.3 11<l8 0.07 0.701 8 I -6445 0,0ó 0.30 0.70245 0.5 1023 )'l -0.6 2,3234 0.07 0,30 0.701 tì(r 0.50999 -5.9 4.0 3.5630 0.06 0.70299 10.4l(x) 0.08 0.29 0.70179 0.51(x)9 -6,9 -? t) 2.7022 0.10 0.21Ì 0.705 r I 0.5 I (X)5 40.4 11 )1\
A Gat50 0.03 0.1 7 0.70251 0,50tì9(r 16.3 -5.3 1.04142 0.98 0,l8 0.70720 0.50fÌ99 fì3. r 4.7 3.0039 1.32 0,16 0.64442 0.50902 -81 2 rl 0 ? ())
9t 0.04 0.22 0,70054 0.5088(r I 1.9 3.46133 0,02 0.70049 -t2.2u,t 12 lb (* 0..3 I 0. l6 0.7135:l 0.50907 173.3 -? ? 2.88u44 (r 0.16 0,1 5 0-71092 0.509 l4 t36.2 1.8 2.78w.t 6 a (* 0,24 0.1 8 0.7078 1 0.50906 91.2 -3.4 )a)
SUI'TE BASICO NORITICA . &ËMBASAMENTO METAMORFICO-X
OC
4C
?c
-E_ # rr¡qt*
-_r I -.,-.. .-t_--_ _-. . .t.. -
4 x(456)4+(672)tt-*_ea
- ll a&t
x
__._l
Srx
mg#
- ú, "Ä:'
- x r ö,. ñ[J- r )li r r
6
2
1.
76
t:J
1*t""1.Bc_x_Sñ&- ,iK a ¡ ña
*11
-.__,_l-J
Ul\o((-¡rb
x
)k
l- r¡rFrl
¡
aq
I
600
¿,\
t,(
1
6
52
r[\'-)lix
t
mg#dm¡¡r
#
r*-\ .F* Rbtlttfll
7ñ{ l4z+) )kll95l
l*,*,r,1 ,o,u,
KrOr.F*
Xl-xt_rl- xLÈ
:tt-
*1
SiOz¿
¡Seðn, sF
o,so90 0,5092 0,5094
(ruai) [z5sc.]
0,700 0,702 0,704 0,706 0,708 0,5090 0,5092 0,5094
(srì) P,65cd (ruai) [z5sc.]lilGUlìA Vll.9. lìazões inioiais 87sr/86Sr lsri; c r'ltNcl/'a'rNd (Ndi) ve|sus sior, ì(2o, Ba, Rb, sr e
rng/l dos diques cla suíte básico norítica (R) e clo embasamento metarnórfico encaixante (*) da
legião de Lav¡as. Valores recalculados para t¡=2,(;5Ga.
Em suma, os dados isotópicos e geoquímicos sugelem para a suite básico
noritica, a existêncra de dois grupos distintos de magmas, que não foram afetados de maneira
significativa por processos de interação orustal siálica durantc o l)rocesso intrusivo
Vale ressaltar neste contexto, a possibilidade da atuação de "proccssos
metassomáticos" subcontemporaneamente âo processo de 1isão da suíte básico irorilica. os
quais lertarì'r provocado um enriquecimento de I{[r em relação ao Sr e de Nd em relação ao Snr
nas amostras clue do ponto de vista isotópico plotarn-se no quadrante empobrecido (cf. 'fabela
Vll.5). Casos que envolvam "¡lrocessos metassomáticos" subconternp<)raneamente ao
processo de fusão, também tem srdo relatados para enxames de cliques como aqueles do
Uruguai (Bossi et al, 1993, l\4azzucchelli et al, 1995) e da região Ilhéus-Olivença na Bahra,
este último, situado na porção setenlrional do Cráton do São Francisco (Beliieni et al, l99l ).
Suíte |lá,-icß
Os diques da suíte básica apresent¿un intervalo de varração nas razões Sr;
entre 0,70181 e 0"703 18, com valores de c(Sr) entre -(r,4 ¿ 1-13 (para 6-1,9 Ga) fTabela
VII 5f Além disso, há uma amostra (22) cujo Sri é de 0,70511 e e(Si) igual a 40. No
diagrama de evolução do Sr com o tempo (Fig.Vll.6), verifica-se que a maioria das amostras
plota-se acima da linha evolutiva da "Terra Global", indicatrvo de uma fonte enriquecida nas
razões Rb/Sr. Trôs amostras ( I 8, 34 e I 00) se posicronam um pouco abaixo da referida linha,
com valores de c(Sr) negativos (-6,4; -5,9 e -6,9) ['Iabela VIL5]
No cliagrarna de evolução clo Nd com o tempo (Fig. Vll 7), observa-se que
os diques da suite básrca posioronam-se abaixo do padrão evolutivo da "'Ierra Global", no
interwalo de razões Ndi erìtre 0,50992 e 0,51013 [e(Nd) : -5,3 a -1,3, pala t¡:1,9 Ga]. Apenas
a amostra 45 encontra-se posicionada um pouco acima do referido padrão evolutivo [Nd¡ ,,,.
0,51023; e(N<t) : 0,6]. Em geral, as características isotópicas indicam pala a suíte básrca uma
fonte com valores relativamente balxos nas razões Sm/Nd
A evoluçâo conjunta Nd vs Sr' (Fig VII l0), indica que os diques da suíte
básica devem ter se origrnado de uma fonte enriquecida comparativamente à "'ferra Global".
Algumas amostras (e.g. 27 e 22) mostram tendôncia em se deslocarem para o conjunto dos
granulitos r; ortognaisses encaixantes fe(Nd) - -5.3 a -7.3), sugerindo uma possível
contaminação crustal.
?,4
o
E rxor
RRAA
¡a
SUITE BASìCA
F{GUR-A Vli. l0: Diagrama e(Nd) vs e(Sr) com valores recalculados para idade de 1,9 Ga representativcs dos diques da suite
básica de Lavras (Â). rochas encaixantes do embasamento metamórf,tco local e gnaisses adjacentes do Co:nplexo Campo Belo.
Valores atuais da "Terra Global". *tSr/tuSr: 0,7045 e 'ttNd/ttoNd: 0,512638 {Faure. 1986). Fonte de dadcs: presenle trabalho e
Teixeira et al ( 1996 a e b).
-20
ñl
'......-."---'.'-'.'.-. \.
oõfipìe------.'-----.'----'--xo Compo Belo
rtoqnoisse e gronulilos
iTe Bcísico
40 80 too 120
tts,.l
160 t80
n7
Todavia, iros diagramas das razões dc Sri e Nd¡ vs SiOz, KzO, lla, RI¡ e Sr
(F'ig. VII 1 1), não se ve¡ificam indícios contundentes da atuação de processos de assimilação
crustal envolvendo diques da suíte básrca. Em geral. estes diagramas (Fig. vILt l), mostram
que a correlação é inexistente no âmbito das razões de Sr;. No caso das razões de Ndi observa-
se uma correlação negativa com lìb e Ba, a qual não se oonfirma para outros elementos (e.g.
SiOz, Sr). Adiciona-se, que os valores de Rb (18 a 144 ppni) eBa(442 a ll37 ppm) das
tochas do embasanrento são muito elevados e extren'ìamente diferentes dos diques. ISnr
sintese, idenlifica-se apenas um conjunto isotópico na suite básica, o qual não deve ter sido
afetado signifioaf ivamente por processos de asstmilação crustal.
Finalizando, como anteriolmente salientado, os valores de e(Nd) e e(Sr)
associados a dados químicos. rndicam que a maioria dos diques das duas suítes investigadas
não foi afetada por processos de assimrlação olustal. Contudc), os valores de e(Sr) maiores ou
iguais a 30 e os valores de e(Nd) l-nenores ou iguais a 4, ¡rodern sugerir processos cle interação
crustal com materiais se¡a enriquecrdo fe(Sr)l como empobrecido le(Sr)l cm relação a "Terra
Glol¡al" (Fig vll. r 2) Diante do exposto, para avaliar as caracter ísticas da fonte magmática
serão consideradas principalmente as amostras que estão contrdas nos campos A e Il da
Figura VII 12.
VIII . ASPECTOS PETROGIIF{ÉTICOS
VIlI.l - Cristnlização Fracionada
Como anteriormente evidenciado pelo comportamento geoquímico tanto
para elementos maiores quanto para os traços, os diques das suites básica e básico norítica,
em geral, são compatíveis qualrtativamente com magmas em cvolução através de um prooesso
de cristalização fracionada a baixa pressão.
Corn o objetivo de avalar quantitativamente este processo de diferenoiação,
foram reallzados oálculos de balanço dc massa para elementos maiores" respeitando-se o grau
de evolução das amostras (cfl Stormer & Nicholls, I978) para definrr os possíveis caminhos
evolutivos cle cada suíte envolvida.
SUITE BASICA
___L*_,,-_-,-i..,--^__.,..t.,_- 1,=_l-a*(456) aX(672)I I Ct-* \)l
0,701 0,702 0,7a3 0,704 0,705
(sri)[rBcl
o
I
?,
1.
7
54
xx
mglÉ^^AA
^Á\ -
4x.1672)
)Llk
Sr/A/\ ¿-i ll¿ \ a
^ iÞKì¡+41Tv&àooi ¿ a Rb
âÁrA
a)êK.(813)T"i*i"rrszr BO
A/\IY-\ AA A
1(6,4rxx(4,e) KrC
&A"
ß
,F4r1-xrI)[
sio" IIàa^. l-aa a
I
o,so95 oþo97 o5o99 q5lor O,slo3
(Ndi)[pcd
IriGUì{A VIl.l i i{azÕes irriciais 87S136Sr iSril e r13Ncl/'¡¿frld (Ndi) versus Sior, K2û, [ta, l{b, Sr
e mg/l dos dìques rla suite básica (,4) e do embasarrento metarnórflrco encaixante (*) da região deLavras. Valores recalculados pâra t¡:1,9 Ga.
6 t'rrol- ,"-'i t-ilA lr r
\__/ i_ 1 i
o
-2 0
-4
TE
-6
-RRA GLOBAL
-B
laa¡
-4O -?O O 20 40 60 8O IOO l2O l4O 160 l8O
FIGURA ViL t2. Diagrama e(Nd) vs e(Sr) representativo dos diques das suítes básrco noritica (E) e básica (Á), e das rochas do
embasamento metamórfico local e adjacente. Os r,alorcs dc e do embasamerlo e da suíle básico noritica foram recaÌculados a 2-65 Gâ. enquanto os
raloresdasuítebásrcaforam¡ecalculadosal.gGa.OquadroAcontémasamost¡as70ell2dasuítebásiconorítica.OquadroBconlémasamostms25-28 e 55 da suíte básico noríricâ e 19. 15. 60 e 100 da suÍte b/rsica.'Terra Global'' arual.ttslus¡ = 0.70-li e r5Nd./rrrNd = 0.512638 (Faure. 1986)
Simboios e legendas como nas hguras V11.8 e ML 10. Fonte de dados: preserte lrabalho e Tei\cira et al (i996 a e b).
€s¿
\'
120
As fases minerais utílizadas são aquelas observadas na petrografìa, c suas
composrções químicas encontlam-se nas tabelas concernentes ao item Química Mineral. A
composição da olivina (liorr) foi obtida da literatura (Deer et al, 1992). Esta composição
(Fo8e), foi calculada levando-so em consideração o índice cvolutivo cla amostla (>4 lngltr
(0,I 5) - 0,7241 e um coefioente de partição de Fe e Mg entre olivina e liquido igual a 0,30
(Roeder & Emslie, I 970)
lìnr geral, o aluste para os elementos maiores llo processo de cristalização
fracionada é considerado bom ou ótimo quando na somatóna do quadrados dos resíduos (It'es'¡ os valores são inferioles a 0,5 e 0,2 respectrvamente. Pata sustentar o mencionado
processo e1'etuou-se os cálculos par:a o aiuste dos elementos traços. Para tal, utilizou-se a
equação prevista pela lei de fracronarnento de Rayleigh e os coefìcentes de partição
sólido/líquido para os diversos elementos, cujos dados eÍìcontram-se na Tabela VIII.l . Estes
dados, se referern a suítes toleítrcas e foram extraídos de Marques (1988) e Antonini (1995).
Geralmente, o ajuste é considerado razoavel, bom e ótimo quando os percentuais dos erros
relativos, que representam os valores das concentrações oalculadas divididas pelas
concentrações obsewadas, não ultrapassem 30%,20o/o e I 0%0, respectrvamente.
Tabela VIIL l. Valores dos coeficentes de panição sólido/líquido para as diferentes fases nrineraisutilizadas nos ajustes dos elen¡entos tlaços nas suítes básica e básioo norítica. Kd = coeficente cle
partição, Ol : olivina, Cpx - clinopiroxênio, Pig = pigconita, Opx : ortopiroxênio, Pl =plagioclásio c Mt = magnetita. Fonte: Marques (1988) e Antonini (1995).
Suíte l ísicr¡ Noríticu
Na suíte l¡ásico norítica c}re é dominada por fase fômica (olivina, pitoxônros
e t magnetitas), os resultados reiativos aos eiementos maioles e traços para os diques com a
Krì lolì K(l l(-'nYì Krl ¿Pirì K'l ll)nrì Kd lPtì K{l lMfìI-,r 0 0l 0U 002 003 0 18 0.
Cc 0 0l )r5 ).03 0 0:l )r4 0.
Nd 0 0l 030 004 0 {):t I t0 0.
Y 0 0l 0.40 ).20 :) 30 002 0.40
Nt) 0.04 007 0.01 0.01 (J.04 0:ì0Zt 0.04 t) 20 0.01ì I0fì 0-0'/ 0.30lìa 0.0l 005 c.0l r.0l 0.40 0.20Rb 0.05 0.02 0.02 0.01 0.r0 0.09Sr 0.0r )"20 0.01 0.02 1.80 0.08Ct 2.40 6.00 11.0 14.9 0.06 69.0
Ni t4.0 5.00 fì.00 9.3 3 0.06 t5.0
t21
mesma assinatura isotópica, indica que a evolução é compatível com um processo de
cristal ização fracionada (cf.'l'abela VIIL 2).
As melhores passagens obtidas para elementos maiores definiram duas
possiveis "tra.¡etórras" evolutivas para a suite básico norítica, a saber ('I'ab. VIII,2): 64 = 4l
> [25 ou 38] e 54 => 4l t [25 ou 38]. Iim geral, o ajuste pode ser classificado como ótimo,
pois a soma dos quadrados dos resíduos não ultrapassa 0,1 5 (vcja l-abela VllI.2)
Tabela VIll 2: Iìesultados obtidos na aplicação do modelo de cristalização fracionada para osdiques das suítes básica e básico noritica. Ol - olivina, Opx: oÉopiroxênio, Cpx:ulinopiroxènio. Pig - pigeonita, Pl: plagioclásio, Mt = magnetita, F: lì"ação líquida residual, (Lles') - somatória dos quadrados dos resíduos relativos a elementos maiores. (60cpx, pig, etc) -fases minerais utilizadas (amostra 60) oujas composições encontram-se no apêndice 2.
Entretanto, a qualidade dos ajustes para os elementos traços não pode ser
considerada como boa. haja visto a significalrva dispersão de valores obtidos entre as
concentrações calculadas soble concentrações observadas (Fig. VIll.1) E,ste fato, é
l'elaotonado a valores bem diferentes das r¿zões entre os elementos traços incompativeis. De
fato, ao se analisar cietalhadamente o comportalnento dos elernentos û'aços nos diaglamas de
variação do Zr ( Fig. VL7), verifica-se uma ampla dispersão das amostras da suite básico
norítica, dado por valoros murto diferentes nas razões destcs elemento s (e.g. Zr/1.,a - 5,3 a
8,9) Desse modo, nas "trajetórias" evolutlvas cujas amostras apresentam a meslna r¿lzão Zr vs
lraços, o ajuste é ótimo e torna-se cada vez pior a medrda que a diferença entre estas rwzões
aumentam. LJm exemplo na suite lrásloo norí1ica. pode ser dado pela "tlajetóna' 41 ) 25
(Fig. Vlll.1), cu.jos valores nas razõcs 'Zr /1'a (5,4 vs 5.4) c Zr/C.e (3,3 vs 3,0) [Fig Vl 7] são
próxtmos e o ajuste lanto l)ara o l-a quanto pala o Ce podem ser considerados citimos. A
Pîtsâûcnr ()t o/,, Onr o/" Cnr o/" Ijit, n/" I't o^ ML O/" li' l)l rcri')I6 (Jir¡o) .ì2 (64otìx) I (64ctrli l5 (64p1) 55nìf \ ),6'.7 0, 4
4l -+ 25 l9 (21ìot)r 24 (2ltcDx) ì¿ rTRrìl 5 5rÌt) r),7,1 0 4
4l + llì 62 l25oux Il25cpx 25 (25r¡1 5 5urt) n75 0.54+4i 3tì I l54or)x) I l54cox 43 f54r)l 5 5mt 0."/2 o,
t22
mesma "trajetória" apresenta razões ZrlY r¡uito diferentes (2,7 vs 4,3) propiciando um ajuste
péssrmo para o elemento Y (conc. calculada./conc. observada: 1,7s)fFig VllL l],
Cabe notar, que as concentrações calculadas para Cr e Ni, invariavelmente
afastam-se dos valores observados (Fig. VIILI). Em geral, este comportamento pode estar
relacionado ao lracionamenlo de sulfetos
Suíte llúsica.
Para os diclues da suíte básica, onde os plagioclásios devem ter sido mais
importantes no processo de cristalizaçäo liacionada, o balanço de massa també¡n indrca uma
evolução compatíve) com a separação dos fenocristais presentes nesta suíte (cl Tabela
vil1.2)
T'rês possíveis "tra-¡etórras" evolutivas foram definidas pelos elementos
maiores: a) 37 ':> 32 :-> 34; tr) 90 - 19 ) 44 e c) 90 = 10O - 27. r\ soma dos quadrados
dos resíduos srtua-se predominantemente entre 0,2 e 0,5 e o ajuste pode ser qualificado como
bom (veja Tabela VIIL2)
Na suite básica, no âmbito dos elementos traços, bons ajustes podem ser
observados nas "trajetórias" 32. ) 34 e 1 00 > 27 (Fig. VIIL l ) Conhrdo, as demais
"trajetórias" mostram-se razoáveis (i e 19 Ð 44) ou péssimas (e.g. 37 = 32). Em geral, um
determinado elemento (e g Nb) não apresenta os mesmos valores de concentrações
calculadas sobre observadas, rìas cliferentes "traletór'ias" evolutivas que possaÍu set
consideradas boas ou razoávers (Fig. VIII.1).
Do mesmo modo que a suíte básico norítica, a análise cletalhada do
comportalnento destes elementos nos diagramas Zr vs tLaços (Fig.Vl.7), revela que eles
apreselltam signrficatrvas diferenças em suas razõcs na passagcm evolutlva de uma arnostl a
para outra Via de regra, tais amostl'as não se alir.rham para formar uÌna reta passando pela
origem. Na "trajetória" da amostra 90 para a amostra 100 (Fig VL7) o alinharnento é perfeito
para o Y (razões ZrlY similares; 3,6 vs 3,6) e conseqùentemente verifica-se um bom ajuste
para este elemento (Frg. VIil.1). Vale salientar que na mesma "trajetória" (90 = 100), nào se
observa o alinhamento das amostras ¡tara o Nb (razões ZrlNb diferentes: I 0,2 vs I 5,1 )
plopiciando um aJuste de péssima qualidade (Fig. Vlll. 1).
(lonlo anteriormente assinalado, Cr e Ni sct-rìllre apresentam aJUstes de
péssirna quahdade podendo estar assoclado ao fracionamenfo de sulfetos.
SUI I L tsASICO I\OR,] ICA 64 -> 4
SUITF BÁSCO NORIIIC,A 54 è 4IT¡ - - -{*
SUITE BASICO NOÌÍTICA 4I >25&
að
SUIÏE BASICO NORiTìCA 4I -> 38l¡tl¡!
a6^^AA,\
SUITE BÁSCA 37 -> 32
I
c
2
I
l?
I
al
Í^l!(nCDo
,3(->
IF=!-l()=OO
<fÕ__))9O
,3(->
Ít--'Z.L!OzOO
&lå6a
ASUITE BÁSCA |oo> 27
Nd Y NbZr Rb Sr Cr Ni
FIGURA VIIL l. llazões elìtte as concentrações de elernentos traços calculadas e observadas naspassagens selecionadas Jrara os diques das suites básico norítica (r) e básica (Á) da região deLavras (MG).
SUITE BASICA 32->34 ^
SUITE BASICA 90+ 19
A/\A
SUITE BASìCA 19 -,.>4.4 A
¿i 1\
SU1TE BASICA 90>IOO
Lo CeNd Y Nb Zr Bc Rb Sr Cr Nr
Em síntese, a evoluçâo das suites básrca e básico norítica estão de acor.do
com um processo de cristalização fracionada (cf elementos marores), a partir de magmas
genltores distintos do ponto de vista oomposicional (i.e. pequena heter ogeneidade), ¡o âmbito
de cada suíte. Isto é suportado pelas variações nos valores das razões Zr vs traços, que
indicam fontes diferenles tanto para a suite básica cotno para a básico nor.ítica (i.e.
heterogeneidade composicional em maior escala). Vale ressaltar, que os cálculos ¡ealizaclos
rTão apoiam a hipótese dc que a evolução da suíte básrca, teria se dado a partir da suíte básico
norítica e vioe-vcrsa.
VIll.2 - Inf'erôncias sobre a natrrreza da fontc
No estudo geoquímico (Cap. VL3) verificou-se que os diques pró_
cambrtanos da região investigada. são representados pelas suítes básica e básico norítica, as
quals apresentaln entre si signrficativas diferenças no c¡uimismo. Em geral. aqueles da suite
básico noritica mostram-se mars enriquecidos, por exemplo, em SrOz, KzO, Rb, Sr e Ba
relativamente aos da suile hásrca.
com o objetivo de obter argumas inlbrmações adicionais acerca do
quimisrno e da natureza das fontes c¡ue originaram os cliques das suites envolvidas, fbram
efetuados os padrões de distribuição cle elementos merlores e traços normalizaclos ao manto
prirnitivo proposto por Sun & McDonough (19g9). para tal, utilizaram-se amosrras
anteriormente caracterizadas como nâo contaminadas na crosta (cap. VIL2), a saber: a) suite
básico norítica. arnostras 25,28 e 55 posicionadas no quadrante fc(Nd) vs e(Sr)l enrìquecrtio
(próximas a "'l'erra Global") e as amostras 7o e llz posicronaclas no quadrante empobrecrclo;
b) suite básica: amostras 19,45,60 e l0o posicionaclas no qua<irante enriquecrdo, próximas a"'I'erra Global" (Fig VIl.l2).
Suite Búsico Noríticu
Em geral. a suíte básico nor'ítica é oaractelizada pelas anomalias negativas de
Nb, P, sm e 'Ì'i (Fig VlÌ1.2). As razões La¡/Nb¡ apresentâm val.res entre l,09 a I,94, corn
rnódia de |,52 ! 0,32.
SUITE BASICO NORITICA
D _AMOSTRAS DOISOTOPICAMEI\TE
E -AMOSTRAS DOISOTOPICAMENTE
K Lo Sr Zr Eu
ns#-o.50-o,5 r
-0,64- U,btr-0.63
70,)Ã
28
QUADRANTEEMPOBRECIDO
OUADRANTEENRIOUECìDO
NdBo Y Lu
otÉ.o-
ot--zzÉ.f-Øo4
ln Nb Ce P Sm
FIGURA VIII.2: Padrões de ¿rl¡unclânoia de elementos mcnores c traços incompatíveis
normalizados em relação ao manto primitivo (Sun & McDonough, 1989) clas amostras
isotopicalnente selecionadas petlencentes aos diques da suíte básico noritica (l J - quadlante
empobrecido e I - quadrante enriquecido) da Iegião de l-avras (MG). Os valores de rng#
[Mg'2/Mg'2 r'Fs'2 (lìe2O../FeO:0, l5 )l paLa cada amostra estão indicados no oanto superior direitoda figura. lla, K, Nb, I', Zr, li e Y obtidos por lluot escência de raios-X (FRX), L,a, Ce, Ilu, Yb,I-u, Th e llf obticlos por ativação neutrônioa (INAA); Rb. Sr, Srn e Nd oblidos por diluição
isotópica (Dl).
YbTiHfRb
126
É importante destaoar', que estas características são obseruadas seja para as
amostras do grupo situadas no quadrante isotopicamente empobrecido (Fig, VIII.2), como
para o grupo das amostras situadas no quadrante isotopicamente enriquecido.
Observa-se que a amostra 25 (grupo enriquecido) está situada bem próxima
das ¿rmostras cio grupo enrpobrecido (70 e ll2), mesmo sendo menos evoluida [mg# : 0,64]
do que aquelas do glupo empobrecido [mg/l ... 0,50 e 0,5 I ] (Fig. VIII 2)
Como anteriormente evldenclado (ve1a ETR.), cstc tipo de diagrama revela
que houve unì procgsso de enriquecirnento em elementos mais incompatíveis, ó qual deve ter
ocorrido subcontemporaneamente ao processo de fusão que gerou os diques do gr-upo
isotopicamente empobrecido, ou de nìaneira precedente como no processo de fusão
responsável pelo grupo isotopicamentc enriquecido.
As anomalias negativas de Nb e os valores rclativamente elevados das razòcs
LaN/NbN, indìcam pala a suite lrásico norítlca uma fonte que em tempos anteriores a fusão
pode ter sof¡ido contaminação por rraterial crustal (e.g. associados a antigos processos de
subducção). Alternativarnente, pode se pensar em uma fonte com minerais do tipo "titanatos"
(e.g. rutilo, ìlmenita, esfeno), os quais reteriam no resíduo após fusão parte substancial das
concentrações de Ta e Nb (e.g. Ilellman & Green, 1979; McCulloch & Gamble, 1991;
Rivalenti et al. 1995).
Suíte I]án^ic{r
Na suite básica verificam-se significativas anomalias negativas de Ba, K, Sr.
Sm e Eu (Fig VIII.3) As razões LaN/NbN variam entre 0,93 a l,O8 e a média obtida é de l,O2
t 0,06. Vale ressaltar, que isotopioamente as amoslras da suíte básioa posicionam-se próxirnas
a "Tcrra Global" e que evolulivamente são muito sinrilares llmgll-." 0,44 a0,4.91.
No âmbito dos elementos mais incompatíveis, observa-se uma anomalia
positiva de Th relativamente ao Ba e I( (Fig. VIIL3). Observa-se tambérn, as anomalias
negativas de Sl e Èu, as quais demonstram a imporlânoia do fracionamento do plagioclásic:
nesta suíte.
Para a suíte básica, a anomalia tend encr aln'rente positrva de Nb e os valores
das razöes I-aN/NbN próximas a 1,0, não favorecem a hipótese de uma fonte que tenha sofiido
significatlva participação de material crustal. Estes dados não fàvoreccm tanibém, a hipótese
de uma fonte culo lesiduo após fusão mostra-se enriquecrdo em minerars do tipo "titanatos".
surrE aÁsrcnmg#
loo-o,4445-C"476C-O,49I q-Õ ¿^\rr ì \J
Bo Lo Sr Nd Zr Eu Y Lu
of-
E.o_
ot*z
É.t--(noz.
YbHfSm
FiGURA Vlll.3: Padrões cie abundância de elementos menÕres e traços incompativeisrormaÌizados ern relação ao manto primitivo (Sun & McDonough, l9g9) das amostrasisotopicamente selecionadas pertelìcentes^ aos clìques da suíte básica (Â) tla r.egião de Lavras(MG) Os valores de mg# [Mg''zlMg"],Fe', (FerO:/FeO:0,15)] para cada
-amostra estão
inclicados ro canto superior- direito da rigura. Ba, K, Nb, p, zr, Ti e i obtidos por fluorescênciade raios-X (FRX); f,a, Ce, Eu, Yb, L,u, Th e l{f obtidos por ativação neutrônica (INAA); Rb, Sr,Sm e Nd obtidos por diluição isotópica (Dl).
128
lmpoltantes diferenças são assinaladas entre as suites básica e básico
norítrca, além da anomalia positiva de'Ih de ocorrôncia restrita na suíte básica (Fig VIIL3).
Conforme anteriormente antecipado, a suíte básrco norítica é caracterizada por anomälias
negatìvas de Nb, P, Sm e Ti, enquanto na suíte básica destacam-se as anomalias negativas de
Ila, K, Sr e Eu (F-igs. VIII 2 c VIII.3)
Em suma, os padrõcs de distribuição dos elementos traços e outros
elementos incompatíveis (e.g. K), sugerem uma oliger.n para as suítes básica e básico norítica
a partir de fontes distintas. As amostras clas duas suítes investigadas que apresentaln
caraeterístioas isotópicas sìmilares (i.e. plotam-se no quadrante enriquecido, próximas a
"Terra Global") são geoquimicamente bem distintas. Por outro lado, a suíte básico norí1ioa
demonstra "trends" geoquímicos internos semelhantes, embora apresente uma diferença
isotópica muito importante em termos de e(Nd) vs e(Sr).
As diferenças geoc¡uímicas e isotópicas relatadas são também conclizentes
com processos rnagmáticos de idades dilèrentes confbrme aqui demonstrado, a saber: suíte
básico norítica situada no Neoarqueano (2,65 Ga) e suite básrca no Paleoprotero zotco (1,9
Ga).
IX - COMPARAÇ,,I,O COM OUTROS ENXAMES DE DTQUES MÁFTCOS
Conforme anteriormente clemonslrado, os dados l(-Ar, Rb-Sr, U-pb e Srn_
Nd, aliados a dados de campo, registram a exisfência de pelo menos 5 grandes eventos cle
tntrusivas básicas na porção meridional do cr'áton do são Francisco. O primeiro (2,65 Ga),
t'epresentado pela suíte básico norítica deve estar relacionado às fases distensivas ljnais da
cratontzação do complexo campo Belo (Teixeira et al, 1996a). o segundo evento (1,9 Ga),
reforçado por dados de campo. ¡:ossivelmente esteja relacionado às fases lìnais do Cinturão
Mineiro ('rerxeira, 1985) e sua colocação ó aproximadamente conoomitante às rntrusões
granitieas transamazônicas distribuídas pela região (e.g. Granito Tabuões). O terceìro evento
(1,5-1 ,7 Ga), tentativan-rente pode estat associado às fases distensivas inicrars que allarecem
nas extremidades rneridior.rais do Sistema Espinhaço. tal qual os eventos ígneos (granrtos e
vuloânicas) descritos pol Silva (1992), Dussin (199a) e Silva ct al (1996). o quarto evento é
representado pelos pulsos pré-cambrianos mais jovens (I,o-o,g Ga) no âmbito cratônioo e
129
devo estar relacionado às fases distensivas finais do Sistema Espinhaço. Interessânte notar
que, tais pulsos foram registrados também através de dados t0Ar/'eAr nos enxames de diques
tnáficos de salvador (Renne et al, 1990). o qurnto e último evento (Mesozóico), parece se
distribuir por todo o segmento rneridional e deve se lelacionar com a fragmentação do
Gondwana e conseqücntemente a evolução do vulcanismo da Bacia do paraná.
A Tabela IX.I resume caracteristicas petrográficas, gequímicas e isotópicas
disponiveis, dos principais enxames situados à norte da região de Lavras (MG) e na porção
meridional do Cráton do São Iìrancisco.
Nela pode-se obserua¡ que os diques do grupo lV descritos por Silva (1992)
e Srlva et al (1996), com distribuição no Quadrilátero Ferríf'ero (eF) e idade K-Ar-de l20 Ma,
a julgar pelos dados petrográfìoos, podem pedencer a mesma família dos diabásios santa
Cruz descritos por Carneiro (1992) no Complexo Bonfim. Ilm Lavlas folarn infericlos alguns
corpos deste grupo, com base nas características geoquímicas e uma <iatação K-Ar de 127 t 3
Ma. conlor'me jà antccipado.
O grupo de diques III (Tabela IX.1) também descritos por Silva (1992) no
QF e E.spinhaço Meridional (EÀ4), apresentam iclade pb-pb igual a 655 Ma e U-pb(zircãolbadelerta - interoepto rnferior) igual a 6l 8 Ma, as quais recentemente são interpretadas
como decorrência de processos metamórfrcos (Silva et al, 1996). "lais processos,
¡rossrvehnente favoreceram a mobilização dos clement<¡s químicos a ponto deste grupo
apresentar uma razão LaN/SmN muito elevada (6,9), a qual não enoontra corresponclentes até o
presente na porção sul do cráton do são Francisco. Adicionah¡ente, silva et al (1996)
sugersm que o grupo de drques III façam parte de um conju.to 'rais antigo que foi
parcialmente afetado por ocasião da evolução do Ciclo Brasìliano.
Os diques não metamórficos ricos em ""l_lLE' (elementos litófilos de íons de
grandes tamanhos) de Iìibeirão das Neves, MG (chaves, 1996), podern estar relacionados
com os diques alto K da região de Pará de Minas ('l'eixeira et al, 1988) corno i¡dicarn suas
rdades Rb-Sl e K-Ar
Petrogmfiâ
ÐIQT'ES DERIBEIRÃÛ ÐAS
NEVES
mlnerars
Textura gra
noblástica a
Saanonem4loblásrica
metamodls-mo
pi.anf-aug-
ii- granada
Textu¡asubofiticaa ofitica
DIQUES DE PARADE MI}iAS
geoqurmlca
fáciesznfiboli1o
pl. aug- il e
ap
teÍufa gra-noblástica â
porfi¡ítica
idade
LalSt¡t
l.l -1.,3
ausente
pl. anf. augEpidotiza-
DIQUES DO QUADRILATERO FERRIFEROE ESPINHAçO MERJÞIONAL
a mesma
K-Ar anf
-2.0 Ga
LaiSnr
ricos emIITF
¡is1osve¡des a
anfibolítico
iabela IX.l: euadro comparativo dos enxames de diques máficos pertencentes a porção meridional do C¡áton do São Francisco e adjacentes ao
enxame de Lavras. Anf - anfibolio. pl : plagioclásio, badel: badeleita, aug : augita. qz: quartzo, op - opacos, biot : biotita, il = ilmenita, cl =
clorita, tre- rremolita. act: actinolita e ap - apatita. La¡Sm= La.r-/Smx; Gr:grupo; APar= anfibolitos Paraopeba, A. Can- anfibolitos Candeias;
Metad : metadiabásio Conceição de ltaguá e Diab = diabásio Santa Cruz. (1) : Chaves, 1996, (2) = Teixeira et ai, 1988 e Teixeira et al, 1996c
(3):Silva et al. 1996 e Silva. 1992; (4): Carneiro, 1992;(5): Abreu, 1991
Te\turâgranoblásti-ca a lepido-
â ûtesmA
K-Ar pl
-0.9 Ga
Rb-Sr1,03 Ga
AltoK I a
i</,
o mesmo
Gr ll
pl. cl. qz eil
Texturablasto sub
oñtica
K-Ar rt e pl0.5-0.7 e
0.9- 1,0 Ga
BaixoK < I '/o
láciesanfibolito
L e2
G¡ lli
pl, anf, aug,
tre acl
Texturablaslointergra-nuiar
[,at'Sn
=368
K-A¡ anfI.7-1.5 e
t.9-2.1Ga
fáciesanfbolito
2
Gr IVTexlum inle¡g¡anu-lar
pl, augil. anl
DIQUES DO COMPLEXO METAMORFICOBGNFIM
U-Pb badel.1.',]1 Ga
LaiSnt1.3-1.8
fáciesanfibolìto
pl. augop
teñtura gra-noblástica a
gmnonemâ-lobláslica
U-Pb bâdel0.90 Ga
LøiS¡n
= (:).9
)
ausenie
p). anf. qz e
op.
A Can
Texturagranemato-blástica
ver figura
Pb-Pbbadel0.65 Ga
U.Pbbadel.0.61 Ca
fáciesanfiboliio
Metad.
pì. anf. qz
eop
Texturablasloin-iergranu-lar
K-Ar 0,12Ga.
ver figura
Di2h
fáciesaÌÍìbolito
Textum irl-tergranular
pl, anibiot.
K-Ar anf 1.9
a 2.1 Ga
ver lrgura
fáciesxistcsve¡des
pl, âug. op,anf
ver figura
K-Ar anf1'7 Ga
ausente
¡
ver hgura
K-A¡ ani1.0 Ga
.+ ,t +
Õ
l3t
O enxame de diques do grupo II (Silva. 1992) das regiões do QF e EM (U-
Pb = 906 + 2 Ma; Abreu, l99l), culos valores nas râzões LaN/SmN são um pouco drstintas
( 1,3-l,8 vs 2,2-2.8) daquelas dos diques não metamórficos de Ribeirão das Neves, também
podem peúencer a esta familia. Alternativamente, o grupo lI pode se relacionar com os di<¡ues
metamórficos de Iìrl¡eirão das Neves, a.julgar pela similalidade no intervalo das r'¿zões
LaN/Sm¡ (l,l-1,8).
A rntrusão dos enxames de diques do grr-rpo I no QIì e liM apresentam idade
U-Pb (badeleita) de l7t4l:5 Ma (Silva ct al, 1996) e não encontrarn similares na porção sul
do cráton, exceto os diques baixo K do enxarne de Pará de Minas quc sugerem através dos
anfibólios idades K-Al no intervalo de 1,7-1,5 Ga.
Os diques anf'rbolíticos Candeias e Paraopeba do Complexo Bonfìm
(Carneiro, 1992) e os diques metamórficos de Ribeirão das Neves (Chaves, 1996), ambos
com idades K-Ar (anfibólios) entre 1,7 a 2,1 Ga, mostram forles semelhanças geoquímicas
(Fig. tX. l) com os dìques da suite básica da regrâo de l-avras. Ëstas semelhanças sugerem
uma única familia cuja idade intrusiva situar-se-ia em 1,9 Ga, como já evidenciado
anteriormente para os diques desta suíte. Todavia, a rdade de intrusão dos diques anfibolíticos
trpo Paraopeba é inferida como arqueana por Carneiro (1992), uma vez que as idades K-Ar
(anfibóhos) de 1,9 a 2,1 Ga ('Iabela lX l) retratam tão somente os sucessivos eventos
metat¡órfioos. Esta inferôncia aparentementc é corroborada por dados Srn-Nd em um desses
exemplares (Teixeira et al 1996a).
Curnpre ressaltar, que do ponto de vista cronológico e geoquírnico nenhum
dos enxames al¡ordados na por'ção sul do cráton mostra oorrelação com os diques da suíte
básico norítica (2,65 Ga) cla região de L,avras ('I'abela IX. I , Ilig. IX. ì ).
No âmbito da porção setentrioual do Cráton do São Francisco, merece
destaque o enxâme de diques toleítioos de Uauá (Bahia) !ìastos l,eal et al, 1994; Menezes
I-eal et al, 1995; Bellieni et al, 19951 que são "contemporâneos" a suíte básica clo enxame de
I-avras (MG). Duas isócronas minerais (Bastos l,eal et al, 1994) identificaraln a exrstôncia de
duas gerações de diques em Uauá (2384 ! I l4 Ma e l9tì3 t 3l Ma). Naquela região, um
outro grupo de diques de composição norítica é assinalado na área (Oliveira, 1993). todavia
os levantamentos geoquímìcos e geocronoiógicos encontlam-se atualmente ern andamento
(Oliveira, I 996, comunrcação velbal).
t3
56
54
52
.ö. #ì,*t;\ -'#
*
TiCz p-_\¡,\)( \. +-t' +J," t*o*' rk
tP'zI x,,-;ú,l/1æ/ )
f'o-Tf-G---'L,---- -
si02
'-'. ti¡¿-'>¡rl -' rM-',t Ò './t' / c. ì
'¡lr"f +0, /\ \/\¿ ¡)l-/r--{ " tf i,|++- -\, _rr
132
a-DlouES ¡¡do uergr¡óRRcos-unuÁ(entl.-oeuEs rrlÃo ver¡çróRRcos RtB. NE.¡ES(MG)
x -DreuES urgtrur¡dnrtcos RlB. NEVES (MG)
ø- DlouES ALTO N4gO-ANTÁRTICA (2.42Go)
o-Dter,lES ruoRílcos-rrrulÃnDrA (z,45co)
o,7 05 4,4 0,3
mg# mg#FIGURA IX. l: Diagranias de variação rng# valores versL¡s elemeutos rnaiores (% ern peso) etraços (ppm) dos campos representativos dos diques clas suítes básioo norítica (oampo corn linhacontínua) e básìca (cam¡ro corn linha tracejada) da região de Lavras, beln couro dos grupos dediqucs replesentativos das seguintes localidades. l) Corìrplcxo Ilonfim: P,-anhl¡olitos Paraopeba:(-'=anfibolilos Candcils: M=rnctadiâb¿isio Corcciç;ìo do Ilagrl¿i: D-diab:isio Santa Cn¡2. posicionados nâ porçâo sìrltlo Cliitol do Sâo Francisco (CSF)ì 2) diqucs dc lìibeiÌ¿io dâs Ncvcs (MG) posicionados à ocste dc llelo Honzonte en¿ì porçâo sul do CSF: 3) diqucs nâo mctâmórficos dc [Jauá, l]ahia. posìcionados na porç¿lo sctentriorìâl do CSF: 4)diqucs dos cscudos da A[tárclica c Finlârdia, Fonte dc dados: prescnlc lrâballìo] Carnerro (1992); Châvcs (1996)iIfellleni ct âl (1995): Sherâton et âl (1987)i Collcrson & Sherâton (1986); Vuollo et al (1995).
o,6 4,7 q6 0,5 4,4 0,3
c,5
'ì¿
J,.
I,t
.5
Nd ,''' *':ìl', t- ,, X/i ó. I. -J- '\ó/
.rt - I *,'/ ,:r ',:. ./ \1 X /' t " .",--" ,," ró|r'" 6S_s-
Prot
+
KzC ' ".,/\
/\-/
^ ) ìM
/'-,,/ø ,"" P r)
/ o ,/ ö*-,./ () ,/ T*Y\,/\)/t\--'-' ,p-* ,f,,.6- à.* |
,rr-{ - -:
o
/ìEo,7 o.4
mg#o,7 0.6 0,5 0,4 0,3
IIGtJRA TX. L continuaçào
mg#
I
7
,1*C-,- r. +Jf+,/)n
A ,4J --/ - zK--./ ø,.,- --:./"
/ - .,/ ,"P*,$:( :r' q6&-ri>'r -
Dþ.r\u _/,-\,/ø\,F-./ \(\ +/ ) ìb-/¡z -'/ '+M/- ,.'
/^/'/
"/ '<
\ '/ ,Á(""---'./:,. .Þ ,)
I
Lo+l!
.,--;- þ -_",-¿,,_i -,¡
/ ,P ¿/ ' \'-ìtq,( o a-,,--,i-P,v¿;KY -/Y -ó-=.ü--"'o,7 " 0,6 0,5 0,4 0.3o.7 Q4
rng# rng#
IìIGURA lX. 1 : contimração
t35
A comparação entre os diques da suíte básrca de Lavras e os diques não
metar¡órficos (não contaminados) de lJauâ (Bellienr et al. 1995), revela que os últimos são
similares aos exemplares menos evoluídos da suíte básica. Er¡ parttcular quando se obserwa o
compoúamento do SiO:, CaO, FeOt, K2O, Ba. Rb, Sr, La, Ce e Zr (Frgura IX.1). Os drques
de Uauá apresentaln assinatul'a isotópica comparável aos exemplares da suíte básica de
Lavras. Apcsar dc se posicionarem predominantemente uo quadrante enriqueoido
relativamente a "Terra Global" (Figura IX.2) enoolìtram-se urn pouco deslocados à esquerda
devido aos valores negativos do e (Sr), mostlando ainda urna maiot'valiação no intervalo do e
(Nd) t-0,8 a -81. Adicionalmente, no diagrama da Figura IX.3, verifica-se que os diques não
contanrinados de Uauá e da suite básica apresentam o mesmo urteryalo de valoles nas lazões
I-alN b e ZrlNb, l'eafirmando as similaridades entl e as fontes rnagmáticas envolvidas e,
sugerindo conseqùentemente um comportamento rnantélico geoquimican, ente similar entre as
legrões de Lavlas e Uauá no Paleoproterozóico.
A comparação ooÍr1 enxafires de diques máficos de outros segmentos
cratônicos, conro na Finlândia (Vuollo et al, 1995) e na Antártica (Collerson & Sheraton,
I 98 6; Sheraton et al, 1 987, l(uehner, I 989) sugere uma evolução similar a da porção extremo
sul do Cráton do São Francisco. Como pode se observar nos diagramas de variação da Figura
IX.1, os diques da suíte básrco norítica (2,(;5 Ga) revelam semelhanças composicionais com
os diques noríticos da Finlândra (2,4.5 Ga) e os diques de alto MgO da Antártica (2,42 Ga).
Também nas razões I-alNb e ZrÂ..Ib eles se assemelham. sendo que os últimos apresentam
valores mais próxirnos da suite básico nor'ítica (Figura iX.3).
Os diques da suíte básica de Lavras (I,9 Ga), exceto para llb e Y (Figula
IX. I ), apresentam nítidas semelhanças oornposicionais com os diques toleíticos ricos em ferro
da Finlândia (1,97 Ga). Estes últimos no diagrama La./N b vs ZrlNb estão posicionados
próximos a suíte básica (Figura lX.3).
Em suma, a exemplo de alguns outros crátons no mundo, a porção extremo
sul do Cráton clo São Francisco é caracterizadâ por importantes feições intrusivas na fonna de
enxames de diques, represcntativas de um magmatrsmo toleitico que se desenvolveu em
grande parte no Paleoprotero zorco (2"3 a 1,9 Ga). No Neoarqueano todavia (2,65 Ga), o
magmatismo intrusivo se inioiou na porção extremo sul do fragmento ar:queano rleridional.
136
Eru¿l6
o?
TERRA GLOBAL
I3 DIQUES
I unuÁeal
surrE eÁsrco rrlonhrcnI-2
-6
-lo
o
f
Ç|\û
çÕ
ffigrl-too -60 -20 20 loo
þ-IGURA lX.2: Diagrama e(Nd) vs e(Sr) com valores recalculados para 1,9 Ga dos diqucs nàometamórficos e não oontarninados de Uauá (Bahia), pertencentes a porção setentrional do Crátonclo São Iìrancisco Suíte básica de l-avras (t¡-1,9 Ga) represcntada pelo campo com linhatracejada. Linhas contínuas formam os oampos das amostras da suite básioo norítica de Lavras(to-2,65 Ga). "Terra Global" atual: "Sr/noS. - 0,7045; r43Nd/r44Nd =. 0,512638 (Faure, 1986)Fonte de dados: presentc traballro; Ilellieni et al (1995).
? 4
FIGUIìA lX 3: Diagrarna ZrlNb versus LalNb das amostras isotopicarnente selecionadas crepresentativas da suíte básico norítica (I) e suítc básica (A) da região de Lavras (MG), emcomparação com aquelas clos rliques cle Uauá (Bahia) e diqucs dos escudos da Antár'ctica cFinlândia. L,inha tracejacla une amostr.ls da suíte básica e linha contínua unc anlostras da suítebásico nor'ítica. Demais simbolos como l.ìa figura lX. L Fonte de dados ¡rresente lrabalho; Bellieniet al (1995), Sheraton et al (1987); Collerson & Sheraton (1986); Vuollo et al (1995).
60
t-tt
Esle magmaiisnìo ievela uma f'onte n-rantélica caracterizada por altas
concentrações em SiOz, MgO, Cr', Ni, KrO, Ba, Rb e Sr, e baixas concentrações em
elementos de alta densidade de carga (e.g. Ti, Nb). Já no Paleoproterozóico, as características
da fonte praticamente inverteram, ou seja, apresenta-se relativamente com baixas
concentrações em elementos litófilos oorn íons de grande târ.nânho ('l,lLE") e altas em
elemenfos de alta densidade de cargâ ('IIFSE")
138
X - CONCLUSOES
Os estudos efetuados neste trabalho permitem sumarizar as segulntes
conclusões e rmplicações de ordem tectônica;
I ) Os diques máfrcos metamórfìcos e não metamórficos investrgados se
distribucm preferencialmente à oeste da Serra de Bom Sucesso. Em geral, orientam-se
predominantemente a N 400-600 W, N2O0-4008, e subold inadamente a N-S, N5O0-7008,
N 100-300W e E-W. Os dic¡ues rnetamór'ficos mostram ligeira predominância de direções NE e
NS, semelhantes a direção da Serra de Bom Sucesso.
2) Petrograficamente os diques podem ser subdividrdos em: a) diques básico
noríticos (DIf N), b) diques básicos 1 e 2 (DB I e DB2), c) diques metabásicos (DMlì) e d)
diques anfibolíticos (DA). Os DA mostram nítrdas feições de transformação mineral" fruto da
atuação dc processos metamórficos no grau anfibolito. Nos DMB as feições indicam atuação
de processos nais brandos do trpo epidoto-anfibolito. Os proccssos melamórficos assinalados
nos DA e DMB devem eslar associados a deformações do trpo cisalhamento longitudinais aos
corpos labulares, ou seja, os esforços se desenvolveram na mesma direção dos diques
afetando-os em seu comprimento, portanto com possibilidades de atuação concomitante de
fluidos quimicamente ativos A seqtiência de cristalização sugerida na petrografia para os
diques da suite básico norítrca (olivrna-bronzita-augita-plagioclásio-opacos) é diferente
daquela para os diques da suíte básica (plagioclásio-augita-hiperstônio-pigeonita-opacos).
3 ) Dados sobre o quimismo das fases minerais, reafirmam, através das
tempelaturas de cristalização, as seqüôncias sugeridas ¡tela petrogral'ra. Revelam
adicionalmente, que a evolução dos piroxênios é típica de suítes toleíticas e que diferenças
composicionais entre os minerais da suíte básico noritica e suíte básica residem
preferencialmente nos prroxênios, que são mais magnesianos e menos cálcicos nos primeiros.
Por outro lado, os plagioclásios da suite básica são um pouco mais sódlcos
4) As classificações geoquímicas utilizadas mostram que os diques máficos
investigados possuem afinidade toleítioa. O fiaco enrrquecimento em FcOt demonslrado pclos
diques da suíte básico norítica deve estar ligado a um liaoionamento de ohvinas e piroxênros
:]j magnetitas.
139
5) Os dados geoquímioos dos elementos maiores e traços revelam que a suíte
básico norítica é conrposicionalnente diferente da suite básica. Quando confrontadas, a suíte
básico noritica é dcstacadamente enriquecida em SiOz, KzO. Rb, Sr e Ba e empobrecicia ern
FeOt, CaO e Y. Também é caracterizada pelas baixas concentrações em "llF-SB,'.
Adicionalmente, as iazões Zrlelenrentos traços incompatíveis acenfuam as diferenças
assinaladas entre as suítes, por exemplo, os \/alotes nas razões Zr/La da suíte llásica (8,8 a
17,7) são sem¡rre maiores do quÒ ac¡uelas da suíte básico norítioa (5,3 a 8,9). ììste
compo¡lamento sugere duas farnilias geoquimicas distlntas relacionadas a magmas genltores
difelenles. Um pequeno grupo de amostras da suíte básica mostra-se diferente do conjunto,
tratando-se possivelmente de diques mesozóicos devido as suas semelhanças corn¡rosicionar s
e uma datação K-Ar sirnilar (127 ! 3 Ma) corn diques dessa idade datados na extremidade sul
do Sistema Espinhaço.
6) Os elementos terras raras (ETRs) reafirmam a existência de 2 famílias
geoquímicas de diques máftcos, uma representadâ pela suíte básloo norítica e outra pela suítc
básica. A suite básico norítica moslra raz ões l-aN/YbN no intervalo de 3,6 a 6, 1 e La¡r/SmN
entre 2,9 e 3,5, enquanto na suíte básica as razões l,a¡/Yb¡ são de 1,6 a. 2,3 e LaN/SmN entre
I,4 e 1,8
7) Os diques metamórficos são composicionalmente semelhantes aos dic¡ues
da suíte básica, contudo. alguns elementos (e.g. K. Rb, Sr) sofreram mobrlização no processo
metamórfico devendo, como tal, mascarar em parte a real evolução destas suítes.
tl) Os <.lados Rb-Sr, Sm-Nd e K-Ar indioam a ocorrêncra de duas gerações
pré-cambrianas de magmatisrno fissural na região. A primeira representada pelos diques da
suíte básico noritica foi datada em 2.658 Ma e a segunda representada pelos dic¡ues da suíte
básica datada em cerca de 1.875 Ma. A Serra de Bom Succsso constituída por rochas do
Super Grupo Minas, cujo metamorfismo se deu entre 2,0 e 2,1 Ga (Noce, 1995; Babinski et
al, 1995), é seccionada pelos dìques da suíte básica e aqueles metamórfrrcos tipo DMB ou DA.
9) Os valores de e(Nd) vs 0(Sr) indioam que os diques da suíte básica e
básico noritica prcdom inantemente denvaram de uma fonte enriquecrda ern r-elação a "Terra
Clobal". Duas amostras da suíte básico noritrca plotam no quadranle empobl.ecido clo
diagrama de correlaçâo, aventando assim a presença de variações intelnas na f'onte isotópioa.
Nenhuma das suites rnostra evidêr.rcias isotópicas e geoquímicas de tel'em sldo afetadas de
140
maneira srgnilÌcativa por processos de rntelação crustai durante a intrusão. Contuclo, a suite
básico norítica pode ter sofrido "processos metassomáticos" su bcontemporaneamente ao
processo de fusão, os quais provocaram e.riquecimento de Rb e Nd em relação a sr e sm.espectivamente, em parte do conjunto da suíte que está no quadrante empobrecido.
l0) A evolução das suites básica e trásico nolitica está q uantitativamente cle
accl'do com ì-rm processo de cr istalização i'ì'acio'ada a par-tir- de nlagmas que apresentam
pequena heterogeneidade química no âmbito de uma mesma suíte. contudo, os magmas <las
duas suítes aplesentarn entre si heterogeneicJad e composicional em grande escala, eln
decolrênoia da clerivação de duas fontes geoquímicas clistrntas. Urna propiciou a geração <1os
diques da suite básico nol'ítica, e é caracLerizada pelo destacado enriquecimento em elementos
mais incompatívers em relaçào ao manto primitivo e por anornalias negativas cie Nb, p, Sr¡ eTi. A outra fonte, proprciou os chques da sríte básica e é caracterizada por um menóI.
enriquecimento dos elementos irTcompatíveis em lelação ao manto primitivo e pelas
anomalias ncgâtlvas de Ba, K, sr e Eu e a'omalia positiva de Th. para as <iuas suítes do f.ipo
toleítico o grau de fusão deve ter sido ao menos da ordem cle I O0l0.
1l) Na suíte básico noritica os dois conjuntos isotóprcos assinalados ir.r¿icarn
uma fonte Iitosferica caracterizada pela heteroge'eidade químrca e isotópica,
conscqüentemente uma fonte onde as correntes convectivas fbram praticamente ausentes por
cerltetìas de milhões de anos O manto Iitosférico no Neoarqueano corrot¡orado pelas ida¿es
modelo TI)M (Nd) clas rochas cla suite básico norítica e com base na existência da anomalia
negativa de Nb, pode ter sido fertllizado (rnetassomatizaclo) atr-avés de urn processo ¿e
sLrbdtrcção cnvolveudo crosta oceânic¿r e/ou sedimentos terrigenos continentais c cl-osta
continental l'eciclada. Os fluídos destes cornponentes crustais e crosta oceånrca subductada,
propiciaran, a formação dc magmas e'riqueciclos em Sro2, I(ro, "LILE" e E'I'RL, por.
exemplo
Evolução semelhante tem sido indicada para cliferentes tipos de bonrnitos(e g crawford et al, 1989), bem como para diques noriticos (e.g. r-Iall & Llugrres. r 99o) osdiques da suite básico noritica possivcllnente se encaixaraln lla crosta contir.rcntal sob regrmes
tectônicos extensiclnars, os quais consentiram a lntrusão após o lìvento Iìro das velh¿rs
ooolridcr há 2780 - 2700 M a.
12) os diques da suite básica também devem ter se arojado na crosta
continental, durante uur 'egime
tectônico extensivo que se <Jese'volveu cle lranelra
t4l
Òoncomilantc e Iogo após a orogenia transamazônica (cinturão Mineiro), a julgai,
respectivarnente pelos diques metamórficos tipo DA e DMB que possivelmente foram
intrudidos em regime tectônico transicional a aquele extensivo que consentiu a colocação dos
diques não metamórficos. As características da fonte litosférica ao final do Paleoproterozóico,
parecelrr ter sido diferentes daquelas do Neoarqueano, a julgar pela geração <le magmas com
concentrações rnais elevadas em "llFSE' e mals baixas em "LILE' como este que propioiou
os diques da suíte básica.
13) lsótopos de Nd e Sr e dados geoquimicos revelam que a suite básrco
norítica é diagnosticada, até o momento, exclusivamente na porção extremô sul {o Cráton ¿o
São Francisco, indlcando para a região de L,avras oomposições distintas do r¡a¡to litosférico
subcontinental em relação as deurais áreas cratônicas. I{ecentes estudos tem destacado a
presença de cotpos norittcos intrusivos na porção setentrional do cráton a oeste do enxame cle
diques de tJauá.
A suíte básica, pol oì-¡1ro lado, corn¡:osicionalmente pode ser considerada
simil¿u' ao enxame do complexo Bonfìrn bem corno aquele posicionado à oeste de Belo
Horizonte (Rib. das Neves), ambos na pade sul eratônica No âmbito do segmento
setentrional do cráton, os cliques paleoproterozóicos de uauá (Bahia) são os que apresentam
semelhanças quíuricas e isotópicas oom os diques da suíte básica cle Lavras. Desse modo, pelo
menos em termos do Paleoproterozó ico (2,3 a 1,9 Ca) é possível aventar a cxistência cle um
rnanto subcontinental, geoquimicamente similar em varias porções do cráton do São
Francisco. 'l'al possibrlidade, é descartada no contexto da platafbrma Sul Americana, a julgar
pelas difelentes caracteristicas quimrcas e isotópicas apresentadas entre os dic¡ues de Uauá e
aqueles do uruguai (1,9 - 1,7 Ga) srtuados no cráton Rio de La plata (Bellie'ì et al, 1995).
Neste caso, a evolução do manto subcontir.rental na Plataforma deve tcr sido cliferenciada,
conto reflexo do desenvolvimento de processos distrntos durante a evolução continental.
l4) Outros escudos pré-cambrianos (e.g. Antár.tica, Finlândia), apresentam
diques com idades e composição semelhantes aos da suíte básica e l¡ásico norítica, sugerindo
que estes tipos de magmatismo fissural uo Neoalqueano e Palco¡:r'oterozóico, tenham tido
expressão global e, llortanto, que as oaracterísticas e a evolução das fontes mantéljcas nestes
períot1os, e¡anr mais oLt rnenos simrlares rìo contexto de algumas áreas cratônlcas clo Planeta.
l5) O posicionamento evolutivo dos dtques rnáficos da região de l,avras,
bem como do embasamento metamórlìco cncaixante, no contexto dos prrnoipais eventos
r42
magmáticos e tectônioos da porçâo sul do Cráton do São Francisco, pode ser sintetizado com
base no acerwo geoclonológico disponivel (e.g. Teixeira et al I 996a; Quéméneur, 1996; Noce,
1995; Babinski et al, 1995) de acordo com o seguinte c¡uadro.
C ¡os ta
Continental
Arqueana do
Complexo
Campo Belo
incluiudo a
região de
Lavras
3380-3000 Ma (tI-Plt)Crosta primrtiva conìposta esscnciâhncntc por gnaisscs l'l'G c grauulitos (3204 - 3068 Mâ),ârfibolitos lrr)M (Nd) 2530-31,10 Mâl c ultrab¿ìsicas.
312(Ì M.r (tJ-Plt)Sill rto "g¡ecnstonc bclt" dc Piutrtltí2920-2911(l Mr (Rb-Sr)Plutonisno ,¿ranítico (2811I Ma)
2t139 MÌ (UJ¡b)MignìalizâÇäo dc orloqnaisscs e grani(os
27t17 Ma (Rb-Sr)Granito BoIn Succsso - [vcnto Rio das Vclltas
27 50-27 (ltl Ma (Rb-Sr)Conrplcxos gnáissicos e granitóidcs - Evcnto Rio d¡s Vclhas. Mignlalizâção clos gttaisscs
granítícos rlc Lavras. I2690 - 26tì{Ì Mâ (Rb-SÐl
261i1 Mn (Rb-Sr)(ì'ârìr'lilo\ dc I :¡vr;rs I l ':ftNrl¡ 2 9--1.5 C
26s{ì Ma (Sm-Nrl)Colocaçäo dos rlioucs rla suítc básico norítica etu regirnc cxtcnsion¿Ìl, indicando csfágio de
cratonizâcão ârdueânâ e corìseotiente estabilizacão do Cornplcxo Cantpo Belo.
2650 M¿r (Rb-Sr c Pb-Pb cm rochr totâl)Distrirbios isotóoicos cm s¡raisses c r:ranitóidcs dâ Dorcão sul do Cr¿iton do São Frâllcisco.
Evolução
Faleoproterozóica
doCinturão
Mineiro
25?s Mâ (U-Pb)Inicio dâ scdimcnlâção do Supcrgnrpo Millas (Gr. Caraça) c dos rìrclâsscdimclllos da Scrra dc
2420 Ma (Plt-Pb)l)cnôsicño dôs crr s d¡ Form¡ciio Gandarcla (Gr. ltabira)2124 Ma (tJ-Pl))Pluto[isno granítico juvcuil (Batólilo Alto MârânlÌâo) c lìligttìatizâção dos gnatsscs
nrorzoníticos de Lavras (Rb-Sr - 2137 Ma). hÌicio dâ dcposiÇâo do Gr. Sabará.
2050 Ma (U-Pb)Mctâmorlistrro do Supcrgmpo Minas (Gr. S¿ìbâríi) c dos lttctasscdimertos da Serra de BolnSucesso
2041-20s0 Ma (I]-Pb)Pico dos cve¡ìlos rncl¿ìmórficos da Orogcnia Ttalsatnazôtica no Ciuturâo Mincilo.Orlognãisses de Lâ\,r'âs com idade Rb-sl igual â 1982 Mâ c protóiito Arqucaro [TDM1N¿¡ =3.0 cal.1932 Ma (Itb-Sr)Mânifcstâçõcs lârdias do plutonisrno grârílico ({ipo l'âbuõcs). coln o,idôncias dc cautpo dc
ílltilna associacâo tcluuoral com os dioucs da suítc básicâ dc Lavras.
I fl75 Ml (Rlt-Sr)ntrusâo dos cn Lcginrc cxlclisiotral. dcsenvolvido nos
143
XI - BIBI-IOGRAFI,{
ABREU. F,R. (1991). Estrrdo das tnittcralizações aurileras filonianas tla rcgião da cidadc cle Diamantina-MG.Canpinas. l03pp. (rìisscrlação de \4csrrado - IG-UNICAMP).
ÂLKMIM. F.F.: BRITO NEVES, ll.B.: cASTRo ALVES. J.A. (1993). Arcabouço Tccrôlico do cráron <tosão Frarcisco - urna Rcvisão. hr: DOMINGUEZ. J.M.L. & Mlsl. A. (cds), o c¡áton clo são Fra¡cisco.Salvadol. SBG-SGM-CNPq. p.45-62.
ALMEIDA, Iì.F.M. clc. (1977). O Crárol do São lìrancisco. lìcv. ifras. cle Gcoc.. 7(4)..349-364.
ALMEIDA, Ir.F.M. dc: IIASUI. Y.: BRfro NIlvES. B.ll.: FUCK, R.A. (1977). províncias csrrïruraisbrasilciras. Vlll Sirup, Gcoi. Nordcstc. Cantpina (ìrandc. PU. Atas....:]63-391.
ALMIÌDA, F.F.M dcr I-lÄSlJI. Y.r BRITO NEVES. B.B.; FUCK. lì.,A. (l9Sl). Brazilian sr¡ucrural proviuces:An inf¡oduction. Eaflh Scicncc Rcv .17:1-29.
AM,ARAL. G.: colìDANI, u.G.. KAVr'ASIIITA. K.: tìÌjyNoLDS. J.t{. (1966). porassium argon clarcs ofbasahic rocks l'¡-om Southern Br.azil. Gcoch. Cos¡n. Acta. 3 I : I I7- 142.
ANTONINI. P. (1995). Significato del maguratisrno Giurassico nel Victorra l,arìd (Antartide): AspctliPetrogencl.ici c Geodi[amici. Tricslc. Itália. 160 pp. (Tcsc tte cloutor'ârucnto - Universidade dc Triestc - Itália).
IIAII)NSKI" M. (ì993). ldadcs isocrônicas PblPb c gcoquínrrca rsotópica cle Pb das lochas cartronáticas dclGr-upo Bambuí. rra porção sul da Ilacia do São Francisco. São Paulo. l33pp. (Tcso cle doutoramenfo - IpEN-USP).
BAtslNSKI, M,: GHEMALE Jr, F.: vAN scHMUS. w R. (1995). rre pbÆb age of rhe Minas s'pergroup,carborrato rocks. Quadrilátcro Fc¡rifcro. Brazil. Prec. Rcscarch- 72.235-245.
IIASTOS LEAL. L.R.. (1992). Gcocrorrologia Rb/Sr c K/.A.r. cvolução isotópica c irnplicaçõcs tcctô¡icas doscuxamcs dc diques máhcos de ljauá c vale do Rio curaçá, Bahia. são paulo- I lgpp. (disscrtação dcmestrado. lG-tJSP).
BASI'Os LEAI-. I-.R.: ]ïlxEIR^. w.: PICCIRILI-O. u.M.: MENEZES I-E^.L. A.B.: GIRARDÌ. V.A.v.(1994) Gcocronologia Rb/Sr c K/Ar do cnxame de diqucs máficos clc Uauá- Bahia (Brasil). Geoc¡i¡r. t3rasil..(8) ()q- I I4
BELLIENI, G; PICCIRTLLO. E.M.. ZANETTIN, B. (1981). Classificatron and nourcnclaturc of basalts IUcSsubcomissol otl thc s),stcmalics o1'lgncous rocks cr¡cular 34. contributio¡r 1ì7: l-19. Cambridge. tJK.
BELLIENI. G.: BROTZU, P.; COMIN-CIìIARAMONTI. p.r ERNESTO. M.r MELFI. A.J.; pACCA, t.G.:PICCIRILLO. E.M.: STOLFA- D. (l9fì3). Pctrologica¡ ald Palcouragnetic data on tlìc platcâu basalts torhyolitc scquenccs ofthc soutlìcrir Paraná basiu (Brazil). A^. Acad. ìlras ciônc.. 55: 355-3g3
BELLIENI, G.. PICCIRILLO, E.M.: COMTN-CHIARAMONTI. p: MELFI. A.J.: DAROIT, p (1988).Mineral Chcuristry ofcontinental stlatoicl volcanics and Rclatcd Intrusivcs fi'om 'l'Ìrc Paraná Ilasir (Brazil). ln:The Mcsozoic Flood Volcanisur of lhc Paraná Basin: Pclrogenetic aud gcophvsical aspccrs- Piccirillo & Mclfi(Eds). IAG-USP. São Paub. p 73-92.
BELLIIINI. C.: PETRINI. R.: PICCltttt-LO. E.M: CAVAZZINI. Cì.r CtVìi'Il'A. I...: CIOMIN_clllAll^MoN1l. P.: MELFI. A.J.: uERToLo. s.. DIt MtN. ,{. (1991). protcrozoic uralìc dyke swanns offhc São lìr'ancisco Ciaton (SE - I]ahia State. Brazil): pctroiogy and S¡,4{d isofopcs. Eur .1. Mìueral.. 3:429-449
144
BELLIENI. G.: PICCII{II-Ì-O- ll.M.: PE1'RINI. R.. Gll{Al{DI. V.A V.; MENEZES I,EAÌ-. Á..8.; TEÌXË]RA.W.r BASTOS LEAL. L.R.: DE MIN. A: COMIN-CI{IÂRAMONTI. P.:'I'ANNER DE OLIVEIRA. M.A.F.(1995). Pchological aud Sr-Nd cvidence bcaring on Eârly Protcrozoic uragmatic ovct'tts of the subco¡tine¡talrrantlc: São L'rancisco Craton (Uauá. NE Brazil). Corrlrib Mncral. Pdrrol.,122.252-2(¡l.
BIìN OTIIMAN. D.; IìOURCADI. S.: ^LLÉCR[.
C.J. (1984). Rccycliug proccss in grauire-granodiorirccotnplex gctresis: Thc QLrerigut câsc studicd b.v Nd-Sr isotopc svstcuratics. Earth Planct. Sci. Lctt.. 69: 290-300
BESWICK. A.lr. & SOUCIE- G. (1978). A corrcolior proccdrìrc for metassomatism ur an Archean Grcc¡slo¡cbclt. Prccambrian l{cs. ó: 235-248.
BIISWICK, ^
Il. (1982). Sourc gcoohcmical aspccts 01'aitcr¿riion and gcnctrc rclations ur Koulatiific suites. 11:Komatiitcs. Ardnt. N.'I- & Ncsbitt. E.G. (cds): London. Ceorgc Allcn and Uuwin: 283-308.
BOSSI. i. CAMP,,\L, N.: CIVEIIA. L.: DEMAIìCI{I. c.r GIRAIìDI. V.A.V.: MAZZTJCCHELÌ.I. M.rNEGRINI, L.: RIVALENTI. G.: ITRAGOSO CES.A.ll. A.R.S.; SINIGOI. S.:'IEIXEIRA. W.. PICCIRIT-I-O.E.M.: MOLESINI. M. (1993). lìarly Prolcrozoic tlykc srvarms fiour rvcstcm Unrgual, geochemistÌ-v. Sr-Ndisotopcs and pctrogerosis. Chcm. Gcol. 106263-?,77.
BOYNTON, V/.V. (1984). Cosntochcmistry of rarc carth clcrncnts: ¡netcorìtc studias. Iu: P.l-Ie¡derso¡ (cd.)Rare Earth clemcnl gcochcmistry. Elscvier Publ. Co.. Amstcrdam. p.(r3-l14.
BRIIWER- l'.S. &,/\'lKlN. ll.P. (l9lì9). Elemeirtal Mobilitics produccd bv low-glade metamorphic cvants. Acasc studv fl.om thc Prolcrozoic supracnrstais ol sol|them Nonval, Prccarnbriau Rcs.. ¿t5: 143- 151ì.
BRITO NEVES. B.B.; KAWASHITA. K.; CORDANI U.G,: DELHAL. J. (1979). A cvolução gcocronotógicada Cordilheira do Espiuhaço: dados rovos e irtegração. Rev. Bras. de Gcoc. (9): 7l -85.
BRITO NEVES- B.B. (1990). Proccssos orogônicos no pró-Cambriauo do Brasil In: Raja Gabaglia. G.P. cMilaui. E.J (cds). Origem c Evolução dc Bacias Scdincntarcs. Pct¡obrás: 99-l14.
BRITO NEVES. B Ì1. & COIì.DANI. U.G. (1991). I'cctonic cvohrtiorl 01' Sor¡tlÌ Arrrcrica cluring LatcProtcrozoic. Prec. Res.. 53 :23-40.
BRITO NEVES. B.B. & ALKMIM. F.l.' (1993). Cráton: ËvoÌução dc uur concciro. In: DOMINGUEZ. J.M.L.& MISI. A. (eds). O Cráton do São Ìrrancisco. Salvador SBG-SGM-CNPq p. l-10.
IIROWN. G.M, (1957). Pyroxcttcs lrour thc carlv and rniddlc stages offractionation oflhc Skac¡gaard intnrsion-East G¡cenlaud. lr4incral. Mag.. 3I: 51 I-543.
BROWN, G.l\4. & VINCENT. E.A. (1963). Pl,roxcucs from tlìc l¿ìtc stâgcs of fractionalion of Skaergaardi¡rt¡usiol. cast Greenland. J.Pet¡oÌ.. 4 I 75- I 97
CADMAN- Â.: 1'ARNEY, J.: PARK. R.G. (1990). httlr¡sion and crystallisatiorì feal.ulcs ir Proterozoic dykcslarlns. ln: Mafic Dykcs and Entplaccntenl Mcchanisms- Parkcr. lìickrvood & Tucker (eds). Balkelna: l3-24.
CANN. J.lì. (I970). Rtr. Sr. Y. Zr and Nb in somc occan floor basaltic rocks. Earlh Plauct. Sci. Lct1, l0: 7-I L
CAIìMICIJ,AEL. l.S.E. (1967). l'hc ilon-Titaniun oxidcs ol sialic volcalic rocks and their associatecllcnomagncsium srlicalcs. Contrib. Mincral. Pclrol.. l4: 36-(r4.
C,ARNEIRO. M.A. (1992). O Contplcxo Mctarnórfico lJouliur Sctcntrio¡ral (Quadrilátcro Fcrrifcro. MinasGerais): Litoesf ratigrafia c Evolução Gcológica dc urn scgrlenlo dc closta cortincnfal do Arqueano Sã<:
I']aulo. 23 3pp.(Tcsc dc doulorarucnto, lG-USP).
145
CARNEII{O. M.A.: NOCE. C.M: TEIXEIRA. W. (1995). EvolLrção Policíclica do Quadrilátelo FcrrifèroUna análisc fundaureutada uo conhcciurclfo atual da Gcocronologia U-Pb c gcoqrrinica Isotópica Sm-Nd.REM: Rcv. Esc. Minas. Ouro Preto, 4fl(4): 2(14-273
CAVALCANTE, J.C.: CUNHA. tl.C.S.: CIJIEREGA'ITI: L.A.: KAEFER- L.Q.r ROCFIA. J.M.: DAITX.E.C.; COUTINHO, M.G.N.: YÂMAMOI'O. K.: DRUMOND. J.B.V. ROSAM. D.B. c RAMALI.IO. R.(1979). Projcto rclalório fi¡ral dc Gcologra - Estados dc S.Paulo c Minas Gcrais. DNPM, Brasilia. séricGcologia uo 4 Scção Gcologia básica n" 2: 299pp.
CAWTHOIìN. Iì.G. & DAVIES. C. (1982). Possiblc l(oniatiitic aflìnit) of lhc Bushcvcki Conrplcx. SolflrAfrica. h: Kouratirtes. Amdt. N.'t. & Nisbctl. E.G (Eds). l,ondol. (icorgc Allcn and Unwin: 9l-9(r.
CII,AVES, ¡".O. (1996). Bnx¡¡nc do Diqucs M:iñcos Protcrozóicos cla porção iirc¡idional do Cr¿ltg¡ do SâoFlaucisco. MG. Brasil. Bclo Horizonte- 9Ipp.(disscrtação rlc nrcstrado -UFMG).
CIIOUDI'IIJRI, A.; SIAL. A N.. OLlVlrlRA. E.P. (1990). Unmctaruorphosed Protcroz.oic thôlciito d),kcs ftonìthc norlhetn Amazolr Cratou. Gr¡iana. thc cvolution ol basaltic magm¿trsln. In: Mafic clykcs and EruplacemcrrtMcchanisurs. Parlicr. Iìickwood &'Iuckcr' (eds) Balkcrna: 275,283
COI-LERSON. K.D. & SIIERATON. J.W. (1986). Agc and Gcocltcuucal cltaracteristics of a Mafic DvkcSrvanrr in thc Archcan Vcsllold Block. ,Alìtarctica: lufcrcnccs about Profcrozorc Dykc Emplaccurcnt i¡Gordwaua. Jor¡rnal ofPctlol. 27(4): 853-886.
CONDIE, I(.C.: BOIIROW. D.J.; CARD. K,D. (l9fì7). Gcochcmistn, of P¡ccambian Mahc Dvkes from thcSouthcnr Superior Provi¡rcc ol thc Canadian Shicld. hi: Malic cìykc Swarms. I{alls & Iralrrig (cds). GcologicalAssociation of Canadá. spccial paper 34: 95 - 108
CORDANI. U.G.; KAWASIIII'A. K: MULLER^ G.; QUADB. tì.; IìEIMER, V.: ROESER. H. (19{10).Intcrprctação tcctôrlica c pctrológrca do curbasamento no bordo sudestc do Quadrilátero Ferrífero. MG. An.Acad. B¡as. Ciênc., 52(4): 785-799.
CORDANI. LJ.G. & BRITO NEVIS. B.B. (191ì2). Thc gcologic cvolúion of South Anerica during the Archca¡aud Early P¡otcrozoic. Rov. Bras. Gcociôno., l2:78-81ì.
CORDANI. tJ.G.r TEIXEIRA. vr'.r TASSINARI. c.c.G.: KAWASIIITA. K.r sATo. K. (l9stt). ]'hc gror.vlh olthc Brazilian shield. Episodcs, I l(3): 163-l(r7.
CORREA GOMËS. L.C.: I.ANNER DE OLIVUIRA, M.A.F.. CONCFTÇÀO. lr.: ¡tntrnU, t\4 u. (1991).'Iectonic stylcs ald cltemistry ofthc mañc dykes irÌ tlÌc c¿rstcrn p¿u1 ol São Francisco C¡alon. Bahia. B¡azil. I¡:INTERN SYMP. MAFIC DYKES. São Paulo. t99l ltxfcndcd Abstracls .. São Paulo. p. 66-70.
CRAWFORD. A.J , FAI,I-OON. 'l'.J.: GREEN. D.l'l. (l9fl9). Classificatiou. pc{rogelesis and tcctonic sotlirÌg ofboninitcs. [n. Boriuitcs and lÌclated Rocks. Crawlord. A.J. (Ed). London- Unq,in l.{vman. l^49.
CIìAWFOIID. A.J. (1989). I3oninitcs ald Rclated lìocks. Loudon. lJnrvin l-lyman. 4(r-5pp.
D'AGRELLA-FILI.{O, M.S i PACCA. LG.: RENNE. P I{.; ONSTOI"T. 1'C.: TEIXÌIIRA, W. (1990).Paleomagnctisru ol'middlc-Prolcrozoic l.0l to L08 Ga urafic dl,kcs in thc São Francisco Craton. Brazil. EarlhPlanct. Sci. Lctl. (l0l) 332-341ì.
D'AGREI,LA-I'-ILIJO. N4.S. (1992). Palcorrragnctisruo dos cnxaurcs dc diqucs uráficos protcrozóicos c rochasdo embasamclto do Craton do Sâo lìrancisco. São Paulo.20l pp. (lcsc dc IJoutorarncnto. IAG-USP).
DARDËNNE. M.A. (1978). Sirtcsc sobre a estratigralìa do Grupo Barnbuí no Blasil Ccntral. In: 30 Congrcss.Bras. Geol. l{ecifc. SBG. auais... rol. 2.597-610.
146
DE LA ROCIJE. H.. Ltl'rËRRlE& P.. GIìANDCLAUDE. P.; \4ÂRCttAL. M. (19s0). A classificario¡ ofvolcattic and plutonic rocks usirrg R¡-R1 diagrarrr and ura.¡or-clcment anall,scs. lts rclationships with cr¡r¡cntnoncnclâturc. Chern.Gcol . 28: lfl3-210.
DEIIR- Vr''A.l HOWIE. R.A.; ZUSSMAN. J. (1992). ,,\n introduclion lo thc rock fornring mincrals. 20. cd.Lorrdon. Lougnrnn. rr95 ¡p.
DOOR- J V.N.. (19(r9). Ph¡'siographic. stratigraphic and structüral clcvclopurcut of Quadrilátcro Ferrifcro-Miuas Ccrais. Brazil. Gcol. Survcy ProfPapcr'- (r4l(4) l-l10.
DNPM (1978). Carta Ccológica do B¡asil ao Milionósio. Folha Rio dc Janciro/Vitó¡ia c lguape Brasí¡a.
DcP,{Ol-O. D..l ( 1 981). 'lracc clcncnt and isolopic clTccts of combinccl rvallrock assimilation and lr¡ctiou¿lcrJ/stâllizâlio¡ì. Eaflh Planct, Sci. Lct1., 53.189-202
DUSSIN. T.M. (1994). Associations Volcano-Plutoniqucs clc L'Espinhaço Mcriclional (SE-Brósil): U¡ cxaurpled'cvolutiou dc la croûtc plotótozoiquc. Orlóans. Flança l77pp ('ì'csc dc douloraurcrrto - Universidadc dcOrlóans- França).
EIIEIì]', I{ (1984) Aspectos priucipais da geologia da rcgião de São João dcl Rci. Esrado de Minas Gerais./ OsParaibidcs cnlrc São João dcl Rci (MG) e ltapira (SP) c a bifurcação enlrc Paraibidcs c Araxaidcs (i¡rnemorian). Publ. n". 12. SBG-Sp. I l4p.
llN4ìlR\4AN. S,H. & MARRIIT'I, ìì. (1990) Whyd¡kcs? Gcology. lB 23t-2.33
I]RNSI'. R.E.; I'IËAD. J.W: PARFITT. E.; GROSFILS. E.: WILSON. L. (t995). Gianr radiaring dyke swarmson Eafh and Venus. Ealh Sci. Rcv., 39:l -5 8
FAIIRIG. W.F. (1987). The 'ì'cctonic sctliug of contiucntal mafic dykc swarms: failcd amr and carly passivernargin. In: Mafic Dykc Swarnrs. I{alls & Fahrig (Eds). Geol. Assoc. Can.. spec. pap, 34: 331-34g.
FAURË. G. (191ì(r). Pnnciplcs of Isotopc Ccology. Nov York. John Wilc¡' & Sons (2a cd.) 589 pp.
FÉRAIJD. G.: GIANNERINI, G.; CAMI']REDON. R (1987). Dvkc swa¡ms as paleostrcss indicators in arcasadjaccnt to colttirtental collision zoncs: Exaurples fron European and nodlìwcst A¡abian Plates. ¡.r: MaficDvkc Srvanns. Ilalls & Falrrig (Eds). Gcol. Assoc. Canada. spccral papcr 34:273-278.
FIELD. D. & ELLIOT. R.B (1974). Thc Chenistn, of gabbro/anrphibolrtc trausitions iu south NorrvavContlib. Mincral. Pctrol.. 47: 63-76.
FIIJMAI{Ì. S.L . PADILIJA. A.V.;ARAUJO. M.C. (1985). Courplcxo GranulÍtico dc Passa leurpo. In: 3 Srmp.Geol. Minas Gerais. Bclo Ilorizoutc. anais... p.(r0-(r7
GËLINAS, L; MELLINGER. M.t IRUDDL. P. (19S2). Archcan mafic urctayolcarìics horn thc lìoyn-Norandadisffict. .Abitibi Grccnstone bclt. Qucbec L Mobrlitv of luajor clcurcnts. Can.J. Earth Sci, 19:2258-2275.
HALL. R P; IIUGIJES^ D.J.. FRIEND. C.R.L. (1985). Gcochcrnical Elolution and Unsual PyroxeucCheurist¡-v of thc MD Tholciitc Dvkc Srvamr from thc Archcal Craton ol Southcm West Grccnland. Journal olPetrology. 26: 253-282.
IJALL. lì P & IIIJGIIES" D..1. (1987). Nolitic dvkcs of southem West Grccnland: carly Protcrozoic boninilicmagmatistr. Cont¡ib. Mìncral. Pctrol.. 97 Ì69-I82.
I]ALL. R P. & HUGI'IES. D.l. (1990). Norilic uragmafism. ln: Earlv Precambrian basic magurafism. I-lall &Hughcs (cds), Illackic p.fl3-t 10.
147
IIAI-LS. ll C (1982). Thc inìportancc and Potcntial ol Mallc Dykc Sq,amrs ru Studics of Gcodyr.rar.¡ric proccss.Gcoscicncc Canadá, 9(3) l4-5- 154.
HALLS, H.C (1987). Dykc srvarnrs and contilìcntal rifting: sorne concluding rcrnarks. In: Mafrc dykc sr.vanns-Halls, H.C. & Falrrig, W.F.(eds). Gcological Association of Canada. spccral prpcr 1'4.. 483-491 .
I{AWKESWORTH, c.J. & vAN CALSTEREN, p.w.c. (1984). Radiogcnic lsoropcs - Somc Geologicarapplications. In: Rare Ea¡th Elcmcnl. Gcochcmisfry. Hcudcrson, P. (Ed). Elscvicr. Amstcrdam: 375-42.1.
I-IEAMAN. L M & TARNEY. .1. (1989). tJ-Pb badclclcyitc agos îÕr thc Scouric d¡,kc Srvarm. Scoflaurl:Ilvidcucc for tr.vo distinct intrusiol cvcrts. NatuÌ-e- 340:705-708
IIEAMAN. L.M. (1995). lJ-Pb darurg of h4afic Rocks: past. presont and fururc. Âbsrlacr. Gcol. Assoc Canadaaud Mincral. Assoc. Canada. Amru. Mcet., 20: ,A.43.
I{EILBRON. M.: LOpES. M.r TEIXEIRA. W.; 'fROUW. R.: pADILLì¡\. .A.v.: KAWASIITTAGcocro'ologia da rcgião cntrc l-avras. São João del Rci. Lina Duarrc c caxarnbr¡. MG. An.Ciônc..6l(2): 177- 199
IIEIMANN. 4.. EYAL. Y.: EY,AL, M.: FOLAND. K.A. (1995). Tlemral evcnts and low temperaturc alrcrarro¡iu llte Precatubrian Schistosc Dykes and thcir lÌost rocks in thc Elat area. suuthcr.n lsrael: toAr/,e¿¡geochronology. I': Physics and chcnistn of Dykes. Baer & ì lcima.u (eds) Balkcura: 2g I -292.
I-IELLMAN. P L & GREEN. l'.11. (1979). 'Ihc rolc ofsphcnc as an âcccssory phasc in the high pressure partialruehìng ol hvdrous rnalìc courpositions. liar.th Planct. Sci. Leti.- 42:l9l -201
IIOOPER, P.R. (1988). Thc Colurul¡ia Rivcr basalt. In: Contiucntal Floocl Basalrs. Macdougall, J.D. (Ed)Klurvcr, Dordrccht: I-33.
IBGE (1979). Cartas lopográlìcas ua cscala l:50.000. Folhas dc Lavras. Santo Antônio do Arnparo. Sa¡ta¡a doJacaró, Ncpomucc'o. São Tiago. Nazarcno. Jaca'andira e São Jõao Dcl Rcr. llrasilia. 1979
IGA/cPGco - Dafaçõcs gcocro'ológicas da bord¿r s.l do crato'rlo são Franoisco uródito
INDA. IJ A.V.: scÌloRSCIJIlR. II D.r DARDßNNE. M.A : scr{oBBENHAUs. c.. HARALYI. N L.E.:BRANCO. P.C A,: IìAMALIIO. lì. (1984). O Crál.on tlo São Francisco e a faixa clc dobramcntos Araçuaí. I¡:Geologia do Ilrasil Schobbe^haus. campos. Derze & Asmus (Ecls). Brasilia MME,DNpM: 193-248.
IIìVINE, 'L.N. & IIARAGAII. W.R.A. (1971). A guide to thc Chc¡nical classìficaliou ol thc comuou volcanicrocks Can. J. Ilarth. Sci.,8:523-548
ISHII. T (1975). 1'he relalions bet'r,vecn tcrnpcraturc and composilion of pigeolitcs in sourc lavas a¡d theirapplicatiou to gcothcnnornotrJ. Mincr. J . 8: 48-57
KALSBEEK. F; IIRIDGWATER, D.: ZECK. ll.P. (197{l). A 1950 1 60 Ma Iìb-Sr rl,ìrolc rock isoclrrou agefioltl trvo Kangâmiut dvkes and thc timing o1'the Nagssugtogiclian (lludsolian) orogeny iu Wesl. G¡ee¡laud.Can. J. Ea¡h Sci.. I 5: ì I 22- I 128.
KALSBEEK. F & TAYLOR. P.N. (19S5). Age and orìgur ol'early Pro{clozoic clolclitc dykes iu Sourh-Vy'csrGreerlaud. Contrib. Mineral Pctrol.. lì9: 307-31 ()
K,r\LSÌllrlll(. F. & T./\YLOR- P.N. (I9iì(r). Chcnticaì ancl isotopic hornogcrcitv of a 400 Km long basic dyke ûrccnlral Wcst Grcenland. Cont¡il¡. Milcral Pcfrol.. 93;439-448
KAWASI{ITA. K. (1996). Carboua{.os ttcoprolerozóicos da,Arnclica do Sul: iclades c ilfcrôncias qui¡ico-csfâtigráficas. São Paulo l26pp. (Tcsc dc Lilrc Docôncia - IG-USP).
K. ( l9{t9).Acad Bras
148
KRETZ. R C (1982). 'fransfcr and cxchangc cquilibria in a ¡:orlion of thc pyroxcnc quadrilateral as dcduccdlronr natural and cxpcriuroutal data. Gcoch. Cosur. Acla. 46: 4ll-421.
KUDO, A.M & WEILL. D.F. (1970). Au igncous plagioclase thcnnomcter. Conl¡ib Mineral. Pcfrol.- 2(r: 52-b5.
KUEI-lNElì, S.M. (191ì9). Peirologl' and gcochcuristn, of carl¡, Protclozoic high-Mg dykes fron t¡c VestfoldHills. Arltarctica. lu: Bouinitcs and Rclatcd Rocks. Cr ar.vl'old. A J (Ed.). Loudon. Unwin Hyma¡: 208-23 L
L,\NYoN, R.; BLACI(, L.P.;sEìTZ. ILM. (199j) u-Pb zircon daring of urafic dykcs aud irs applicatiou to rhcProlcrozorc gcological historr o1'thc Vcslfold l{ills. East Antarctica. Contrib, Mineral. Pctrol. I is:18,t-20:.
LEAKE, B.B. (1978). Nomeucla[ure ofaurphibolcs. Aurcr. Mincr.,63. 1023-1052.
LË BAS, M.J.: LE À4AÌTRE. R.W.; STRECKDISEN, .4.: ZANETTIN. Il. (l9fÌ6). A chcmical classificario¡ ofvolcarric locks based ou total alkali-sílica diagram. .l.Pctrol.- 27.745-750.
LECIIEMINANT. A.N & HEAMAN, L.M. (l9ll9). Mackcrzic igucous cvcnts, Canada: Middlc Protcrozoicholspot magnatisur associatcd with oceau opcning llarlh planct. Sci. Lctt.. 96: 3B-48.
I.D MAITRE. R.W. (19{19). A Classificalion of Igucous Iìocks and glossâry ol tcnìrs: rcconunendations ol ThcIntcmatioual lJnion of Gcological Scrcnccs Subcomurissiou ou'lhe Sl,sfematic of Igncous Rocks. Lc Maitrc.R.W (cd). Oxford, Blackrvell, 193 pp.
MACI{ADO, N.: SCFIRANK, A.; ABREIJ. F.R.: KNAUER. L.G.; ALMEIDA-ABREU, p,A. (1989)Resultados prclirrirlarcs da gcocronologia U-Pb na Scrra clo Espinhaço Mcritlioual. In: V Sirnp. Gcologia clcMiuas Gc¡ais/l sirnp. Gcol. B'asília Bclo lìorrzorte, SBG-MG. Anais ... p. l7l - 174 (Bolctirn l0).
MACIIADO. N & scl'{RANK. A. (l9tì9). Geocrouologia u-pb no Maciço dc piumhi - resulradospreliminares. In: V Simp. Gcol. Minas Gclais. I Sirnp. Gcol. l}asilia. I3elo llorizontc. SBG-MG. A¡ais p 4-5-49.
MACHADO. N.;NocE^ c.M ;LADEIRA, E.A.: BELO DE OLIVEìRA. o.A. (1992). u-pb gcochronotogy ofArcltcan tnagmatisur and Protcrozoic urelamorphisur il thc Quadriiátcro Fcrrifcro. snulheru São FranciscoCraton. Brazil Gcol. Soc.,4m. Bull. 104: l2Tl-1227.
MACI-IADO. N.; & CARNEIIìO. M.A. (1992). U-Pb cvidcncc of latc Archcan tcctorìothcrrrral activirv irr rhcsoüthclr São Frarrcisco shicld. Brazil. Can. Jou¡lal Earth sct .29 . Z34l-234(¡.
MACII¡,DO. N.. SCHIìANK, A.;NOCE. C.M.r GAUTHIËìì. G. (1996). Agcs of dctrital zircon fiom Archcan- Palcoprotorozolc soqucltoos: hnplicatiols for Greenslonc Bclt sctlinr¡ atd cvolution of a Tr¿¡nsanrazonianForeland basiu ir Quadrilátero Fcrrilcro. southcast Brazil. Earth pla'ct. sci. Lctl., l4L 259-276
MACIIADO FILIIO, L., RIBìlllìO. M.W; GONZALEZ. S.t{. r SCIIENINI. C.A.; NETO. ,A.S.; pAI_MEIRA.R.C dc B.; TEIXEIRA. W.; CASTRO. I-l.E.F. (l9fl3). Gcologia. In: Projeto Iìadarn Brasil. folhas Slì 23124Rio dc Janeiro c vrtóriâ. DNPM,^4ME/sG p. 27-304. (lcvantaurcuto de lìecur-sos Naturais. 32)
MARQUES- LS. (1988). Caractcrização gcoquiurica das rochas vr¡lcânicas da l3acia do Paraná: irnplicaçõcspclrogorÌóticas. São Paulo. l75pp. (Icse dc Doutorarnenro. IAG-lJSp).
\4ATIIEZ- I':;.A. (1973) Rcfinaincnt ol Kuclo Wcill plagioclasc ihorüìourctcr altì its applicario¡ ro basalticlocks. Contrib Milclal. Pctrol.. 4).6l-72.
149
MAZZUCCIIELLI. M.; RIVÂLENTI. G.r PICCItttt-t-O. E.M.: GIRATì.DI. V.A.V.r CIVETTA, L: pE.rRtNr.R ( 1995). Pctrologl' of thc Proterozoic mafic dykc srvarms ol Uruguav and constraints on thcir rìrantlc sourcccotrrposition. P¡ccarnbrian Rcs.. 7 4. 17 7 - 19 4.
McCI.JLLOCH. M.T. & GAMBLE. J.A. ( l99l ) Geochcmical aud gcodvnanrical consfraints ou subducuo¡r zoncntagmatisnr. Ea¡th Plancl Sci. Lcu. I02 358-374.
MELLINI. M.: cARBoNtN, s.: DÂL NEGRO. Â.r ptcclRlllo, E.M. (l98s). Tholciiric hypoabyssal clykcs:Horv nranv clinopyroxencs'l Lilhos. 22: 12.7-134.
MENEZnS, A.B. (1992). O cnx¿mc clc diqucs lnáfìcos clc Uauá-ìlahia: Caracterização pctrológica cgcoquímica. São Paulo. l26pp. (disscr1ação dc Mcstrado. hìstituto dc Gcociôlcias - USp)
MENIìZES LEAL. 4.8.1 BELLIUNI. C.: GIRARDI. V.A.V.; BASTOS I_EAL. I_,.1ì; l-EtXEltìA, W.;PICCIRILLO- E.M. (1995). Contribr'rição ao estudo Pctrológico c Gcoquinico dos cnxaurcs dc diques ¡ráficosdc [Jauá. Bahia. Brasil Gcochirl. llrasil.. g(l): 6l-90.
MÌCIl,ARD. A.; GURIìIET. p.r SOUNDANI. M , ALBAREDE. I.- (1985). N<l rsotopcs ur Flench pharcrozorcshalcs: cxtcmal vs lntcr''al aspects ol-crustal cvolutiou Gcochim. Cosruochiru. Acta.49: (¡01-610.
MOIìAES llRlIO. C.. (1992). Caracterização geológica. gcoquirrir:a e pcfrológica dos diques máficosProtcrozóicos da rcgião de Salvador-BA. São Paulo, 96pp. (Disscrtação de Mcstrado. IAG-usp;
^
NOCE. C.M.; PINIIEIRO, S.O.: I-.ADIIIR.^. tl.A.: FRANCA. C.R.; KATTAII. S. (t992). Â scquc'craVulcano-scditnentar do Grupo Nova Ltma ua r"cgião dc Picdadc clo Palaopcba. ocsrc do Qua¿rriátcro l.'cpíl'ero.Mitras Gcrais. Rev, Bras Geociôncias- Z2(Z):175-183.
NOCE. C.M. (1995). Gcocrouologra dos cvcntos rnaglnáticos, scdimcntarcs e uretamó¡ficos ¡a região ¿oQuadrilátero lìcrrílbro. Mi^as Gcrais. Sâo Paulo. r 27 pp. (Tcsc clc Dortoramcnto, IG - usp).
NOCE- C M. & TEIXEIRA. W. ( 1996). Estudos isotópicos cm granitóidcs do Cinturão Mineiro: rnargcurcoulincntal dc idadc lransanazôlica. In: 39 Congrcss. Ilras. dc Gcologia. Salvador. SBG-BA. anais ... vol. 6:. ì3-4 r.t8.
OLIVEIRA^ E.P.l T.ARNEY. J.. JOÀO. X J. (1990) Ccochcnrist¡, of thc Mcsozoic Amapá apd .lari D¡,kcSwa¡rrs. norlllcm Brazil: Pluurc-r'clatccl maguratism during thc opcning olthc ccutral Atlaurrc. Iu: Mallc dvkesand Eurplaccncnt ruccharisurs. Parker- Ricktvood & 'lìrckcr (cds) Il a lkcura: I 73 - I lì3.
OLIVEIRA. E P (1993). Diqucs tolcílicos. noriticos c prroxcníticos no cn\anìo dc Uauá. Bahia: Evidônciasgcoquítntcas dc hetetogencrdadg lìo n'ìauto Protcrozóioo infcrior tlo Crátor do São Franoisco. [¡: 4o. Colgr.Blas. Gcoquiurica, SBGQ - Boletirn dc rcsuuos. p 5-7
OLIVEIRA. BP. & TAIìNEY. J. (1995). Pcfrogonosis of thc Late Plotcrozoic Curaçá nrafìc dykc srvarur-Brazil. asthcnospheric uragrnatism associatcd rvith contincutal collision. Mincral. aud Pctrol.. 53: 2i-4{t.
PAPIKII. J J.: CAMEIION. K.; BALDWIN. K. (1974). Arnphl'þolgs ancl p¡,roxcncs: oharacrcrizatron oU tl.ìcotlìcr thall quadrilalcral corìrpol.lcnts and cslrmatcs of fcrric iro[ from uricrophobc d¿lla. Bull. Geol. Soc. ,A.ln.,ó: 1053 - 1054.
PARENl-l colJTo. J.G : 't'lttXElR,4. w: colì.DANI. u c.. (1983) considcraçõcs sobrc as princ\;ais ópocasdc ltatrtramculo do Crhtor do São f-rancisco. com base cm dataçõcs K.Ar cm rochas básicas. I1: An. clo IISinrp. Gcol. dc Minas Cc¡ais. Bclo Horizonlc. MG. Iloi. ll:lJB-49.
PËARCE. l.ll. (l9fi8). A contril¡ution lo tlìc tlìeolv ofvariation cliaglams. Conlrib. Miucral. Pcfrol.. l9: 142-157 .
150
P¡AllCE- T.H ( I970). Chcnrical variatious in thc Palisadcs Sill. Joumal of Pctl ologl,, I I : I 5-32
PEARCD- J.A. & CANN, J.R. (1973). T'cctonic sctlirg of basic volcanic rooks detennined using trâcc elomenranalyscs. Earth Plauct. Sci. Lctt., l9: 290-300.
PEDIIOSA SOARES, A.C.: DARDENNE. M.A.: tlASUY. I.: CASTRO, F D.C.: CARVALT{O. M.V.A.IREIS. A C (1994). Mapa Gcológico do Estado dc Minas Gcrais. cscala 1.1000.000 (tcxto cxplicativo). BcloIlorizortc. COMIG. 97pp
PICCIRILLO. E.M.: COMIN-CIllAR¡.MONTt. P, MELFI. n J.; STOI,FA. D.: IIELLÌENI, G.; MAReUES.L.S.: GIARIII'l'4. A.r NAI{DY. A.J.: PÌNESE. J.p.p: tìApOSO. M.t.B.; ROISEMBERG. A. (l9tìB).Pcfrochcmistn of oontincntal flood bâsal[-rlì],olito suitcs ând rclatcd infirsivcs h.our fhc pa¡auá basin (llraz-il).ln: 'l'ltc i\4csozoic llood r'ôlc¡nicur of tlio Paraná basin: Pctiogclctio ancì Gcopliysical aspcots, Piccii-rllo. B.M.& Mclfi. A.J. (Eds). São Paulo. IAG-USP: 107-156.
PICCIRILI-O. ll.M.: BEI-LIENI. c, CAVAZZINI. G.: coMIN-ctltARAMoN ì]. p. PETRINI. R.r MELFÌ.A J.: PINESE. J.P.P: Z.ANI'L.DESClll. P : DE MlN. A. (1990). l,olvcl crctaccous Tholcrric Dyke Srvarursfiom Po¡rta Grossa Arch (SE-BRAZIL): pclrology. Sr,4\d isotopes ancl gcnotic rclationships r.vith thc paraual-lood volcanics Chcmical Gcology, 89: l9-48.
PINESE. J.P.P. (1989). Caractcrização Pclrológrca c Gcoquiurca clos diqucs do Alco dc Ponta G¡-ossa. SãoPaulo. l96pp, (dìsscrtação dc Mcstrado -lAG-USp).
PINESE. J.P P.: TEIXEIRA. w.: PICCIRILLO. E.M.r euuMENEUR,J.J.G.: lltr.LLIENI.c. (199s). 't'hcPrccaurbrian l,av¡as ruafic d¡'kcs. soulhern São Iìrancisco Craton. lJrazil: lì.climinary gcochcnrical andgeochronological lcsults. Physics and Chcmistry ofl)ykcs. Bacr'& I-lcima[u (cds), Balkcma: 205-218.
POLDERVAAR|. A. & HESS. H.H. (1951). Pyroxcucs in the cÐ,stallizatiou of basaltic rnagrna. J. Geology.59 472-489-
PONTE NETO. C.F. (1996) Estudo Palcornagnético dc cnxames dc diqucs rnáficos pré-Carubrianos ja regiãodc Lavras- Minas Gclais. São PaL¡lo 98pp. (dissartação dc Mcst¡ado - IAG-USp).
QUÉMÉNEUR. J.J.G. (1987). Esboço cstratigráfico. estl'utural c mctamórfico da Sen.a de Bom sucesso. MG.Iu: 4 Sirnp. Gcol. Minas Gelais. llclo Horizotìtc. Anais SBG. Bolctiur 7 135-l4fl.
QUÉMËNEUR. J.J.G. ( I 9{19). Prorerozoic cìikes of thc BoDr Succsso Rcgion. Miuas Gcrais, Brazil. In:Workshop on Mafic D¡'kes Srvarm of Brazil. l9fì9 llol. IG-USP. Séric Cicntifica. 20:31-32.
QUÉMÉNEUR. J.J.G. & VIDAL. P. (1989). Prirnei|as rlataçõcs radiourétÏicas clos granibs da rcgião dc SãoJõao Del Rcy. In: Siurp. dc Gcol. Miuas Gcrais, 5, Bclo Ilorizontc. I989. Anais. Bclo Ilorizo¡tc, SBG. p.50-54.
QUÉMÉNEUR. J.J.G. (1991). Prolcrozoic clykes of thc Bon Succsso-Lavras Region (Minas Gerais. Brazil).Excursron Guide. llol. IG-[JSP. Publ. Esp., l0:97-103.
QUÉMÉNEUR. J..l.G. & G,A.RCIA, D. (1993). Os nraciços dc'fabuõcs c Ritápols na região clc São Jõao DclRcy, Granitóidcs lrausattrazôuicos coru r associlçào glrnito lroldjhcmito pcgrl,ratito. ln: Simp. dc Gcol. dcMiuas Gcrais. 7. 1993. Anais.. BIJ_ SBG-MG. p.105-107.
QUÉ\4ENEUR. J.J.G.: NOCll. C.M.; GARCIA. D. (1994). Carâcrcrização clas suítes qlanitóiclcs clo Arcouragmátioo lrausarnazôuico na borda mcridioual do Crálon do São l'rancisco, Minas Gcrais. ln: 3{l Colgress.Bras Gcoìogia. Bal. dc Clanborru. SBG-SC. Anais... vol. I:ll7-I19.
t5r
QLJÉMÉNEIJR- J.J.G. (1996) Os rnagmatismos dc idadc Arqucana c Transarnazônica na rcgião de Canpos ¿asVeftcntcs- Mittas Gcrais (sul do Crátoll do São Francisco). com basc em Gcoquinica e Gcocronologia. (Ernprcparação)
IìAPOSO. M I.B. & ERNESI'O. M. (199-5). Anisotropt of maguctic susccpfibility ir thc Po¡fa Grossa dvkcswarur (ì3razil) arrd ils rclationship rvrth uragma florv dircclioll. Phys. Earth Pl¿[c( Int., 87:lll3-196.
RENGEIì. F.E.: NocE. c.M.: RoMANo. A.v/: MACI{ADO. N. (r994) Evorução secrí'rcurar doSupcrgrupo Minas (500 Ma dc rcgislro gcológico). Quadrilátcro Fcrrifcro. Minas Gcrais. Brasrl. Gconornos(7.): t-lL
Rli,fl.T. PR: ONSI'O1"1 'rC. D'AGRELLA-FILHO. M.S.. pACCA. r.G.: TETXEIRA. W. (1990).. Ar/''Ar daling tri l.(l-l I Ca magnclizalious lrorn thc São Francisco and Kaapvaal Criìtons: Tcolonioimplications l'or Pan-Africa[ and Brasiliano Mobilc bclts. Eartlì planct. Sci. l,ctl.. l0l: 349-3(16
I{ENNË, I).Iì.: DECKART. K.: ERNESTO. M,: FÉRAUD. G,: I'ICCIRII.LO, II.M. (I996), AgE Of IhC POII1AGtossa dikc srT'ann (Brazil). and implicatìons fo Paraná ílood volcanism. Ear'tìr Planct. Sci. ictr. t++: 199-2|
IìIVALENTI. G.: MAZZ\IccHELLI, M.: MOLESTNI. M.: pE'IRINI, R.; GIRARDI. vA.v.: BosSI. J.rCAMPAL, N. ( 1995). Pctlology of lafe Protcrozoic nrafic clikcs il thc Nico Pcrcz rcgrou- cc¡tral Uruguav.Mincralo¡ry and Pcfrologl,, 5 5 : 239 -263.
IìOEDER. P.L. & EMSLIE. R.F. (1970). OlivincJiquid cquilibriun. Conhib. Mincral. Pctrol.. 29:275-289.
ROLLINSON. I-l R. & IIOBERTS. C.R. (1986). Iìatio corrclations and nrajor clcment urobility ûr altcrccÌbasalts and Kornatiites. Contrib. Mincral. Petrol..93: 89-97.
ROLLINSON. ll R. (1993). Usiug Gcochcruical Dal.a: Evaluation. Presentatiou. Interpretatiorr. London. U.K..Lougmau Group Ltd. 352pp.
RUSSEL. J.K & NÌCI{OLLS. J. (l9tì8). Analvscs of pctrologic h.vpothcsis rvith Pcalcc clcmcnt ratio. Coutrib.Mincral Pctlol.:99: 25 -35.
SAT0, K r T¡,sslNARI. c.c.G.: KAW,A.SHlrA. K.: pETRONILI{O. L. (1995). o Mórodo ccocrorìoróûicoSm-Nd no IG-USP e sLras aplicações. An. Acad. Bras. Ciôncias. 67(3): 313-33ó.
SCHORSCI{ER. H.D. (1978). Kornatiilos ra cslrutura "Glcenstone bclt" Séric Rro das Velhas, Qua¿rilátcroFe¡¡ífcro- Mittas Gcrais. Ëìrasil. ln: 30 Congrcss. Bras. tlc Gcologia. Rccife: SBG anais ... Bol rcsuuros: 292-293.
SCFIORSCHER. Il.D. (l98ll) NE Quaclrilátcro Iìcrrifcro and Adjacent Arcas. ln: hrlemational Cor{ercncc"Gcochenlical Evolution ofThe Cortrucltal Cnrsl '. poços dc Caldas. Guídcbook 9(rp.
SCI'ÌOIìSCIIER, Il.D. (1992). Arcabouço pctrogriifioo c cvolução cruslal dc tcrrenos pré-carnbrianos douordcslc dc Mittas Gcrars: Quadrilátero Fcnílc¡o- Espinhaço Mcriciional c domíuios granito-g¡áissicosadjaccuf.cs. São Paulo,394 pp. (Tcsc de Liv¡c Docôncra - IG-lJSp).
SECCO. L.; CARIJONIN. S.r DAI- NEGRO. A.: MELLINI, M . pICCIIìILLO. E.M. (ì9tt8). Crvsfat cheuisrrvof pyroxenes lrorn basalts and rhvodacitcs ol' thc Paraná basin (B¡azil). In: The Mcsozoic flood volcanism oflhe Pa¡ará basirt: Pctrogc|ctic alìd Geoplrysical aspccts. Piccirrllo & \4clli (Eds). São Paulo. IAG-USp. p 93-I0(r.
SIAI-. A.N; OLIVEIRA. E.P.: cllouDlluRl, A. (t9{17). Malic d1,kc srvarns of Brazit. hr: Matic dykesrvarms, Ilalls & Falrrig (Eds) Gcological Lssociar.io' of ca'acla. special paper 34:4(r7-4g l .
t52
SFIERATON. J.W.. THOMSON- J.Vr'.t COI.LERSON. l(.D. (t987) Mahc Dykc Srvamrs ol Anrarcrrca. hÌ:Malìc Dvkc Slvanus. Halls & Faluig (Eds) Gcol. Assoc. of Canada. spcc. pap. 34: 4l()-432.
SILVA. AM (1992). Gcologia c pctroquimica dos cnxarncs dc diqucs náficos do Quadrilátero Ferrílc¡o cEspinhaço Mcridional- MG. Brasília, I l8pp. (Disscrração dc Mcstraclo. IG-UnB)
slLVA. A.M.ì CHEMALE JR. F.: KUYUMJIAN^ R.M.: HEAMAN. L. (199ó). Mafic dykc swarms otQuadrilátcro Ferrífcro and Merldional Espurhaço. Minas Gcrais Statc- Brâzil. Jounral of doulh AmcricauEarth Sci. (suburetido).
STEIGER. R.ll & JAGER. E. (1977). Sul¡comission ou Gcochronology: Conycntion on the ¡sc ol'dccaycoustants in gcoclrronology and cosmoclrronology. Earlìr Planct. Sci. Lctt..36: 359-3(r2.
S'IERN, R A.;PERCIVAL. J.A.: MOIìTENSIIN- J.K. (1994). Geochcurical evolutiou of" {.he Mirrto block: a 2,7Ga contilcntal magrnatic alc built ou lhe su¡rcrìor pÍoto-craton. prccarnbri¿ll Res . (r5 : t I 5 - I 53.
S'IORMER Jlì. J.C & NICIIOLLS. J. (197S). XLFIìAC: a prograrìr lor thc ittcractivc tcsti¡g of ¡ragruatrcdiffcI'clLiatiou urodcls. Computcr & Gcoscicncc, 4 : I 4.3 - 1 59.
suMMËRS, M.A.: l{Al,L. R.P.: HUGHES- D.J.; NESBtrr, R.'ù/.; SNyDIjR. c.L. (r995).'ftrc Tony Riclgczotlcd ullrantafic dykcs. h'ouring, USrL: Prelinurary gcochcmical rcsults. hr: Phvsics ald C¡c¡ristry olDykcs, Bacr & I-lcirnann (cds). Balkeura: 193-204.
S[JN. S.-\ & MoDONOLJGLI. W.I. (1989). Chcnical and isotopìc syslcmatics of occanic basalrs: irnplicario¡sfor ruantlo compositìou and proccss. Lr: Magûratism ur thc occan basifls. Saudcrs. A D. & Norry. M.J. (Eds).Blackwcll. Geol. Soc. Spcc. Publ.. 42:313-345.
TARNEY, J & WEAVÌIR, 8.1,. (19s7). Gcochcnistry and Pctrogenesis of Early Protcrozoic Dyke Swamrs. ìu:Mafic D¡,kc Swamrs. Halls & Fahrig (cds). Gcol. Assoc. Can.. special papcr,34: gl-94.
TARNEY, J (1992). Geochcmislry and sigttiñcancc of Mafic Dyke Srvanns in the Proterozoic. hì: prolcrozoicCnrstal Erolulion- Corrdjc. K.C. 1cd.¡- Elscrrcr: l5l-174
TEIXEIRA. W (1982). Gcoclrrottology of tlte southcm part olthe São Fraucisco craton. Rev. Bras. Gcoc.. l2(l -3):)6N-277
I'EIXEIIìA. W (1985) A evolução geotcctôluca da porção Mcriclional do Craton do São liraucisco. com bascerr iutcrprotaçõcs gcocronológicas. São Par¡lo. Brasil, 207 pp. (Tesc de Doutoraurclto).
TEIXEIRA. w.: coRDANt. u G.r I(,AWASI' TA, I(.: T¡\,yLoR. p N vAN scuMlJS tì. (1987). Arctrcauand EarJv Proleroz'otc crustal o,olution ur llìc soufhcm pârt of thc São Fraucisco C¡¿ton. In: hricrnationalSynp on Gra'itcs a'd associatcd mi'eralizations. salvador, Exfendctl Absrracts: 37-40.
't'ElxEIRA. w.; PECCIllo. M.: TAME. N.tì., KAwASlllrA. K. (t9s8). Gcocronologia K/Ar do cnxarne dcdiqucs da pañc Mcridional do Crátou do São Francisco c inplicaçõcs no coutexto gcotcctônico I¡: Congr.Bras. dc Gcologia. 15. Ilelén. Anais. Ilelóur SBG. V.G. 1t.2870-2878.
TEIXEIRA, W. (1989). Mahc dvkes irt the southcnt parl ofthe São Fr¿ncisco Craton: A tectonic rcvicw bascdor K/Ar gcoclrrouolog-v. I3ol. IG-USP. SérÌc Cicnlífica. 20:25,30.
'IËIXEIRA. W (ì990) TItc Proterozoic rnafic dvkc srvanns anri alkaliuc intrusiou in lhc Amazolian Crafou.Suu(ll Âr¡¡cr i.i¡. il¡rLl rl¡(ir luclo¡ri( crolutirr bascrl ,rr lilr-\r ñ-Ar lrnrt ' Ar'-' ,4r' gcochrorr"l;;
-i;r M;;;;
dvkes aud Er'placcment Mcchanisrrs. I)¡rlcr. R ickrvood & lìrckcr'(cds) Balkeura: 21ì5-293
I'EIXEIRA. W; ONSTOTT, T.C.: MACKENYA. M. (1990). Gcoclrronology ancl cmstal cvolution of gra¡rrc-greoDstonc telTancs irl the Soutltcrn São lìrancisco Craton. i3razil. 3rd Intern. Alch. Svmp.. Per.th. I l3-114.
153
'IEIXEIRA. W. & FIGUEIREDO, M C.H. (1991). In: An oullinc of Earh' Protcrozoic cmstal evolution in [hcSão Francisco Cralon. Brazil: A rcvicrv. Prccambrian Iìcscarch. 53: t-22.
TEIXEIRA. W. (1992) Contribuição ao conhccitnento gcocronológico do Cratou do São Francisco. avaliaçãodc dados rsotópicos ct'u rochas ígncas c mctamórficas - iurplicaçõcs ua evolução cn¡stal Pré-Caurbriana. SãoPaulo. 197 pp. (Tcsc dc Livrc Docôncia.. IG-l-lSP).
TEIXEIRA. V'/ & CANZIAN. F.S. (1994). Â. cvolução lcÇlonolanlal Protcrozóica cio Cráton do Sño Fralciscocout basc cn1 il'rtcrprcfaçõcs gcocronológicas I(-Ar cur rochas do scu cmbasanrerlo. Bolctin IG-USP. SóricCicntifica. 25: 6l -fì0.
'IEIXEIRA. W.: CÄlìNIllRO, M Â.: NOC[. C.M . MACI]ADO, N.: SATO. I(.; TÂ,YLOR, P.N. (199(ra). Pb,Sr and Nd isolopc constraints on thc Arclìcan cvohfion of gncissic grarlfoid courplcxes in the southcr¡r SãoFrancisco Craton. Brazil. Prccamb¡iau Rescarch. 78: I5l-164.
TEIXIIIRA. W.; CORDÂ.NI, tJ.G., NUTM.A.N.l..P., SATO, K. (1996b) Polyphasc Archcan cvolution in rhcCatnpo Bclo urctamorpltic cornplcx, sotìtlìcnr São lìrancisco Cratou (lìazil): SHRIMP U-Pb z-ircon evidcncc.Gcology (subrnctido).
TEIXEIRA. Vrr.; GONZALì:S. C.. CIIAVF.S. A.O. (1996c). Caractcrrzação lsotópioa Rb-Sr c K-A¡ do cnxaurcde diqucs dc Pará de Minas. MG. infcrôncias tcctônicas. ln: 39 Cougrcss. Bras. dc Gcologia. Salvado¡. SBG-IlA. anais . . volurnc 6: 614-(r16.
ì'IìOMPÌITTE. lì. (1994). Ccologl, 6f lvctl¿m Gor.rdrvaua (2000-500 Ma) Pan-Afiica Ilasiliano AggrcgaLio¡of Soul.h Arncrica and A.frica. Balkema- 350pp.
VILJOEN, M.J.; VILJOEN. ll.P.; PEAKI'ON. f.N. (1982), 'lhe natr¡rc aud distribution oil Archean Komatiitcvolcanis in South Ahica. In: Konratiitcs. Amdt. N.T. & Nisbctt- E.G. (Eds). London, Gcorgc Allcn andUnwin: 53-79
VLACll. S.R.F. (1990). Isojob - [Jtn programa para mauipulação de dados c cálculos isotópicos Rb/Sr. Sm4\rl.Lu/llf cur microcourpufadorcs. In: CONGRESSO BRAS DE GEOL.. 36. Natal. 1990. Rcsr¡uros .. Natal.SBG p. 74.
VtJOLLO, J.l.: NYKÄNEN. V.M.: L PO. J.p.; p ItAINtsN. 't'.4. (1995). pateoprorerozoic natic dvkcswanns in ll'ìc Eastcnr Feuroscandiau Shield- Finland: Â rcvicu,. hr: Physics and Chcrnislry of Dykes. Bacr &I-leirnann (cds). llalkcura: I 79-192.
ZANETTIN. B. (1984). Proposcd ncrv chcmical classificatiou ofvolcanic locks. Episodes. 7: l9-20.
ZI{ NG. ll. & I{.ALLS, H.C. (1995) Thc origin and age of leldspar clouding in thc Matachcr.van dykc srvarm,Cauada. In: Phr,"ics and Cheurisl4v ol'Dvkcs- Bacr & Hciruamr (cds). Balkcrna: l7l - I 76.
WAGEIì. l-.R. & BROWN. G.M. (1968). l,a.vclcd igucous rocks. [dinburglì ând London. Oliver & Bo-vd.
-588p.
WALKER. G.P.L. (l9lì7). Thc dikc courplex o1'Koolau volcano, Oahu: iuternal structurc ol'a Hawaiian ¡iflz.ortc. I¡ Volcanisur ir llarvaii 2, Dcckcr. Wright & Stauffcr (cds). U.S. Gcol. Surv.- Plol Paper 1350- (41):96 t -993
WILLIAMSON. i Il. (1968) l-casl - squarc litturg o1'a straíglÌt lirc. Canadian Joumal ol Ph,vsics, ¿t6: Ilì45-I fì47
WILSON. J.F.: JONES. D l-.. KRAMIIìS. J.D. (1987). Mahc d¡,kc swarns irì Zirnbabwc. In: Mafic DykeSrva¡rns- Ilalls & l'-ahlig (Eds). Gcol. Assoc ofCanada. spec, pap. 34.433-444.
154
WINCIIESTEIì. J.A. & FLOYD- P.A (1976). Gcochernical nagnra tvpc discrimiuation: applicatiou to alteredarìd tnctâuìorphóscd basic igncous rocks. Earth Planct Sci. Lct1.. 28 459-469.
WINCI{ESTER- J A & FLOYD. P A (1977) Geochc¡ljcal discrimilation of dillcrcut magrna scries aud theirdiffcrcntiation products using irnmobilc elcrnents. Chcur. Gcol.,20: 325-343
WINCIIESTER. J.A. (1984). Thc gcochcmisfn, of Sl¡atltconon aurphibolitcs. Northcm scotla¡d. ScottislrJournal ol Gcology, 20: 37-51.
WINCI{ES'IER. J.A. ¿¿ MAX. M.D. (1984). Gcocìrcuristw alcl or-igils of thc Aruragh division of thePrccanbrian Erlis courplcx- NW Coultv Ma1,o, I¡cland. Prccaulbrian Rcs.- 25: 397-414.
WIRTII. K.R. & VERVOORT. J.D. (1995). Nd isotopic constraurls on urantlc and crustal co¡tributions 10Early Prolcrozoic dvkcs of Thc southern Superror PLovrncc. ln: Phvsics antl Chemistry of Dykcs. Bacr &Ilcinrarrl tcds¡. BalLcnra: 23 7-2.{().
155
Á.Ptì NDICIì 7 -¡lnálises auím ns em. r¡¡r:hn total lel¿mantos muu)re¡- eAlnostrâ I5 t'7 ì1ì t9 2A 21
ìiOz 51,89 48.'1'7 4t) 49.42 48,4tì 49,53 50,ll9
I iOr .r,l 241 16,ì 1,85 ),65 I ,62 1.76
Al?o1 t:ì.92 I3.14 t6.07 t5.45 ì3.45 t4.32 t5.25
li'c2o3 0,8? 0,14 0,03 I, t4 0,9(r {).07
ìe() 12,(, ll¡ l l],79 l3 l-t ì3.8Mrlo 0.24 0.21 0.22 0.25 o^22 0,2
Mgo 3.1ì 5.26 5,'t6 5.75 5.4,5 6,94 4-8?
.laO 6,1ì I,tì7 t0,7 10,2? t0 23 9,6
N¡7r ) 1.03 2.6'7 2.56 2.6'1 2.5',7 2.46 2,82
K:O 1,86 0,41 0,:l l 0,26 t),1 0 4l 0.40
¿()5 n,2, t),25 t).2't o41 t\,22 0.26
P.I:. 2.5 3 t,46 0,94 ).91 t,67 2,0'1 0,9
ì(x) ì0f ) 100 ì00 100 ì00 r00
NOÌ{M^ CIt'W
)7. 3,44 0 0 0 0 0
)1 t0,9, ),4) I.83 1.5 3 4.t3 2.54 2,89
\b 25,63 21,66 22 59 2t ^'t 4 20,8I 2.ì,J{rr
1,88 22,65 I ì,44 2t 09 )6,16 27.5
Vollli 4,'72 10,t9 8,3 5 ti,3 9,2'1 9,41 1,6t)
ìr/Dì l'16 1,57 .ì.LI r,25 1.59 4.21 2.'73ìs/l)i 3.04 6.81ì 5. i 5 t5 5.8 5 i5 5l3iD/I Iv 7,69 5,84 5,49 6 6,45 8,1 8 8.19
s,fty ß,2 8 l1 z5 tÌ.41 10.3 3 10.41 l0 15,3(r
ro/Ol 0 2.5'1 1,86 2,81 3,42 0.tì3
à/()l 0 5,46 6.52 5.5 3 5 4.61 1,73
'A 3.5 t.26 0,2 0,04 I,65 t.39 0,1
5,98 469 l9 :t 5l 5,(lì ì,07
\p 1.3 0.68 0.5 9 0.63 t.n 0.52 0,61
lcOt 14,18 I6,llÍt t.ì,4rr Lì,82 tó,03 ì4,0.ì ì.t.R6
nfr#(1.15) 0.14 2 {).:ì R7 0.464 o ^45',7
0.416 0.500 0.415
ìir-lrMrjNl os uìAÇos
'J¡I dR 25 23 24 l6 tÌ 24
lb 29 l5 lt ll Ifì t), l2lr 52 156 2J1 r89 ì81 226 155
4'7 82 105 I04 r 33 lt2 76
lâ | 296 I O'l 6X 6',7 t55 I07tb 54 l0 ll 1 2l l't t5n' :150 1Ð, |8 lt t33 132 r3l
42 14 l2 l5 2t t4 t3le 1ìl -18 2r) \A 59 29 l2,,r 3t5 tq¿ I(; l t'70 293 l5l t68
Y 63 60 50 52 8ì 4' 4
rcfrogr a,la l)tJ 2 l)lt2 l)ll, ì)8, ì)ll? ì)u) ì)llriultc b.isicc brisica baslca blisicâ b¿isica básica básrc;r
)rrcç:i(, N55uW N4OI] Nt5"W N45T] N25TJ
spcssurâ(¡)t) t)'ìf) t5 I '7 t4
,oùPitÙdê 4 5u02',o5 45002',o5 45\i2 41 4 5u00':ì 9 " 4 5!00'56', 45u01',00" 45'111 5ó
,atitudc 2 r"08'41 2 t'118',4 3 2 t'08'3 5 " 2l'l 3'1 l 21',12',58" 2l'12 54 21't2'35OBS: DllN, DBr, Dllz, DMll e l)Â, colfònùe capítulo da Pct¡ografia. Dlùrùcntos r¡aiorc$ c trrelorcs (yo crìr pcso)lloûnalizados ¿r 1009'0 scÌìr â perdâ âo fogo (P F.). ]ilcmcrìtos traços cur pp¡l]. (bás. norítioû = básica norÍtica).
I )ó
AùÌostra 23 25 z'7 28 30 32 i4
StO¡ 50,3 55,49 ,19.25 52.8rì 4() 59 5f),41 5t,24
fi(), 3.01 t),í'7 2,28 0,6r 2.07 t.6l
^lrOl11.75 ]].2* l4 9l l-5,08 t4 2l t5 l5 13.96
re2o | ,62 0.62 0.21 0.07 0,1ì7 f),u2 0,4
rco t6,ll I3fì 14,46 9.3 3 92 l :ì,2 8 | 4,44
úlo 0.25 r),)6 0,1'7 J,22 i^22 0,24
!4gO 4,54 8,'72 5.36 R,')5 5,R.1 5,1ì5 4,9',7
)âo 8,)ì l 8,2.r 9.84 l0.l? 10.19 t0.1, ,).6
'lazO 2-'74 2.t4 2.t 4 2,51 2.8 1-8'l
lzo 049 t24 0.5 5 0.5 5 0.37 o,21 tì,.ì tì
P2()r 0.52 0,1 0,4 t 0,0It .3 t3 o.26
Plr 1'79 z-2 LlI t.1 I t,43 |,23 t,62
ionlir r00 100 100 r00 100
NOtìM^ CI'W
)2. 4,31ì {) 0,26 0 0 0
2,89 '7.32 ì,25 3,25 2.t tÌ r.59 ) )tltì,t 21.4 tfl. I 2l 23,69 24,28
\11 18.:ì I 2Z,t)(i z'7,'1 29,91 26.41 24.08
[o,4)i e22 7.24 '1.6t) Il.3 5 ).26 9.48 9,26
irVDi ì.0ó 4,02 2.8',7 4.63 l.7 r 7 ',7'7 l,2Jrs,4fi a
^,12.)4 1,t)(, 74 56 5.81 626
jrl,/ily 8,23 17,69 7,5li 17.65 R.8t 6 5l 8.55
rs4r! t'7.29 t2,95 ll,otÌ 12,9'1 10,03 16.5?
o/Ol 0 0 2"01 0 1,.19 ?,.99 o,4
ra/Ol 0 0 t,83 0 2,3 s08 0.87
v{t 2,14 0,89 0.3 0.t t)6 0,02 0,5-/
II 5.71 I ,21 4,33 l.r5 3.r3 2,69 'ì,t)5
\p r 2l 0,23 {J.')7 0,llr o 71 0,3 0,(¡l
FcOt t1,51 994 t4,65 9,19 1.1.7 tìì t.1,8
Íf¡#(0.15) 0,343 0.640 0,425 0.65 8 0,446 0,4'7 I 0,405
rir,riMtjNl()s 1Ì^ÇosNd 1'7 I5 l0 t0 28 14 22
Nll 21 I l6 5 l t3
llr :ì3 540 1',73 766 1',74 ll5 t02
{i 48 r5fì 8tì 2ls 6t 4t
la t2l 25u I0(¡ 0 '72 46 1t)
ìb ll 38 t4 l5 9 7 t0
)r l3t t69 lr6 3l lt6 t09
t9 t¡) 20 15 ,) l6
le 59 34 46 24 l3 22 39
'Lt lt0 t02 236 10 t9s 94 l'76
)4 24 66 2o al) 1',7 60
Pclrol-rrôfi¿r t)^ t)uN )llu I)t,lN l)llz l)u? I)U,
Suítc lÌctâmórlìcâ l)iis. no¡itioír biisico bás. noriticâ brislc¿ brisica básica
Jrreçiic N4OII N45"W ì!25!W N,IO.\V Nt0'1 N30I:l;slìcs:sut Jltìt ) t5 20 t0
orrÊitrl(lc 44"55',3'1" 44'55',5ó ', ,t5"ul 5lJ 45'0( 5l 44',59 49', 44"51ì 42', 44"58',42"
-atitìde 21',o8',o7 2\'0'7 04" 21"08î9', 2t'llll'0t,, )1\)'/ 43 21\'7 \4 ¿)'0'7 14
OtsS: l)llN, l)lir, l)llr, l)Mll e llÂ, ooùlònne capiluio dâ Pctrog¡âlla. llìlclìrclto$ tìâloIcs e lùelìorcs (9/0 c¡lì pcso)
ùonnâlizados a 100%) sclìr a pcrd¿t ao logo (l'.F.). Ilelrentos traços ctr Dp¡l] (b¿is lloriti0a = básita llo tica)
\mostra 35 .t7 l8 l9 4t ,1) 41
iio, 51,62 49,54 54,8 13,'7 4 54.2 4 8.t9 4¡t,82
fiol 1.t5 1.45 0.74 0,ll 0,64 0,8
\lrOj r4.55 l5-89 t 4.46 13.79 | 2,t6 t4,71 1 1.78'ezOr o,9 0,0{l 0.69 0.08 t.02 t.3tì 2,09
Irco I t,26 I ),91 t.54 l,0ti 9,23 10,9(: 578
MÌro 0.ìft 0.2 0.t6 0,01 0,1 ? 0,19 o,26
\4go 5,6'7 6,42 r; 94 0,31 t0.26 \.4(t 6,54'lî() R,()5 r0.58 (),:ì l I {t:ì 155 .34
Na?o 2,56 2.46 2.t5 3.48 ì,78 I,94 r,99
.¡o ¡ lì5 0 3l I t6 (r,36 1.22 o.2'7 0,36
'ros 0,2 t'7 0.t 0,02 0,07 0,08 0,11
li I,95 ,38 1,98 0.54 2.05 1.94 1.88
toltlâ r00 t00 100 t00 r00 r00 t00
NoIìM1 CIPW
)t .ì, I ó 0 4,65 26,i2 2.69 0 o,2l
)¡ 6"2 ]"IJ3 n.R 5 r7.5 fl I,59 2,t 2
\b I ,6(, 20,81 t8,r9 29 -44 I 5.06 I6.4t 16,83
z5 tl 31.4 26.3 8 t,2) 23,17 30,68 22,1Å
Vo,4)i 1,51 rì,34 1ì,03 0.73 7.59 10.45 10,5 3
}VDi 7.26 3.5 5 4,(\7 0,23 45 5.71 4,3
is,4)i .1 1,1 4,8 3.17 0.52 ).1 a 1'1 6,31
,rvr1), t0,r'15 7,08 I t,2 0,5 3 2t ^04 8.?6 II9ltìs/hy t4,t2 I,5'7 12,24 1,22 t2,65 6,'7 I7.58ro/Ol 0 1,'14 0 0 0 6.36 0
'alol 0 5,51ì {) 0 0 5,16 0
!4t 1,3 r),1I 0,t l I 4'1 2 3,03
).1 tì ).'/ 5 I ,.l 0.2 I 2l l.5l 1,4
\P 0,4'7 0,4 a.23 0.04 0,ì6 0,t8 0.7l
IrcOl | ).t)'l t2,9fÌ tf),16 ì t5 10.t5 12.2 11 ,6(¡
nr{#(0. t5) 0.487 0,500 0,580 r),:ì 5 3 0,612 0,611 r).42 fì
tiLl:tMllNl 'nì^Ços
{d 23 l'7 t5 t2 I6 5 2't
!b l0 tì 6 '7 5 l(r
l' 251 254 ) 941{ 393 ?23
116 t(i2 12'7 fì 216 t65 lllIla 114 55 t96 li08 241 12 74
r{b 2'1 36 t93 44 l{l
ir 168 8 I59 l3(: 168 106 t02
I.a ì9 l4 30 t6 I I3
le 29 2.5 50 26 l0 34
Lr r56 lt6 r0l 6'7 f\'7 4!t 203
'ì8 tll z',/ q 32 26 '71
PÈtroaraliâ l)llr ìlllr l)llr gr¿rnlrlrto I)I]N ì)MÌI t)A
Suitc b¿is. rìoríllcâ b¿isica b¡is loritica cltc¿{rxâùtc hiis. uoritica rnetaûìórlicâ tnetamórfica
l)i¡cçiìo N6O'W N-S Nt0"w N.n)'w NsOT N40'lt
Ilspcssura(ni) IO '7 l0Iè 44',51 4t) ' 44"56',12 44"56',(J9', '14'5r ì4 14"52 04 44'52 0t) 44"51 20
[,âtrtùdc 21'0'/',12 2r"01'12 21',0"7'12 21'l0 2rJ 2t"06'26 ', 2l u06'08" 21"05'16
)ítulo da i)ct¡og¡â1ì¿r. liiùrìcDlos llìaiorcs c tùclìor-c¡^ (y0 cllìOBS: l)l)N, ì)):l¡, l)lJr, l)Mi] c l)Â, coltlomre c¿Pítulo da i)ct¡og¡â1ì¿r. liic[rcDlos llraio¡cs c n1clìoIc¡^ (y0 cllì Dcsorìormalizados a 10070 scl¡ì â pcrdir âo logo (P | ). lllclnc¡ìtos t¡aços crn Dpln. (bás. lloriticâ = bllsica lÌorítica).
r58
\rìlost¡a 44 45 46 4'7 4fì 49 50
ìiOr 50,t 50, t.ì 50.13 4 9.91 50.15 50,3 8 49,89
tiol z.t2 t.3t 2-t'7 t -'19 1"5 1,83 1,5 9
\l:O¡ r 3.46 t7 "0'7
I2,38 n,65 14,4(, ìt,2 13.97
euOr 0,t 0,3ó 2.06 0.8 t.t9 2.24 0,51rco t5.33 | 1.'74 15.3 t A,o'/ I4.02 1 3,12 I t,l6v4 C) 0,25 0,2 0,21 ),22 (),22
v4Ao 5,1 ),:ì 5 5,) I í.64 6;7 5 6,95
laO t.69 10.54 9.5 3 10,06 9.r 1ì l0.l9 10,Ál
'lâro 2,61 2'73 ) )ì 2,92 1,'12 2^4
(¡O 0,.ì 5 0,2'l 0.46 0.3 9 0.21ì 0,3 r 0,33
0,21ì 0, t4 0,27 0,2'7 {),25 0,26 t),22),Iì, l6) t\,82 1,8 t.7l t.6 I.7l t,'72
ioltla 100 100 100 100 r00 r00 100
NOItM^ CtPW
)/, 0 0 |.s2 0 1,'/2 0
)r 2,06 ì.59 2 ',71 )7 I ,65 I,tìl l.D5
\b 22,01ì 2:r,l 20,t-r I8.86 24.'7 14.55 20.3
23.9',7 3 3,52 2t '73 26,08 26,31
Vo,Di 1,45 0 0) 9.21 1,6'/ i.t6 t0.36h/ui 1.4 3 3.04 ì,91 3,06 41 4,56,s/lll (r,04 4,45 6,4'l 5,12 4,6q 4,7q 5.7'7
iì,{h 8.64 1.41 9.49 l t,3l 8.5 )2-1 8.62rs/hv t5 l8 r0,94 I6,8 I 5,4 I :ì,02 t4,{Ìl 10,91
o/Ol t,5t t,95 0 0,98 ,2'7 0 2,88ìâlOl 2,t)3 3.14 0 141 3,84 (l 4,(12
",It0,14 0,5 2 2.98 t.t5 '/2 1,24 0,73
4.02 2.48 4.12 tì,3 9 ,84 1,41 3,01
\P 0,66 0,3 3 0,63 (1,61 0,59 0,(rl 0.52lcût I 1.42 12.06 17,15 )4,'79 t5.09 t5 l4 11,82
ns#(0.15) 0.429 (J,4'73 ) I tÌ4 o 4'7',7 (\,444 0,414 r).504
ELDMI]N fOS ', ì^(lOS
'td 24 t2 ),6 23 ì8 24 2l,11) l4 8 l5 t3 l3 t4 ul¡ 209 r0{ì 9fJ t39 ì 228.li 82 '7) 89 8ó 101 95
l¡ )1 5t 80 9t 62 1ì0 88
tìb l) 8 6 lt 5 8
ir t2'7 II9 126 l"t9 146 t2fì
I,A l5 ¡J t5 9 t6 t4
-lc 3 I6 l8 34 \2 3t .10
Zt t 9t 1r7 r94 t85 t'70 | 9?, tfi)64 l4 11 58 56 5tì 5l
Pelrogralia 1)llr llll? I)^ ])MI] I)A t)^ I)MI]Suite b¿ìslca l)¿isrcil rùetalùól licit 1ì1ct¿ùùórüoâ mct¿ìlùórüoa r¡clarDórlicâ rr,Ictâlìórfìcâ
I)ireção N2OT N-S N25"ll N50i: N I0!ti N5out,l
lispcssura(lÌì) u 50
,ongìtndc 44',50',51 ', 44'50 41 44',4 5',5(r '14'46 21 44'46',53 44'48 3'l 44"4IJ 4lJ
L,atitrìdc 21'04 44 2l\14 I I 21Ú02 06 2t"0t'51" 2lït'59" t"03'ì6 ' 21ï3',16OBSI l)lll{, DBÌ, Dllr, DMll c ll^, conlo¡mc círDítulo da Pe(rogr¡fiâ. lilcùìoulos r¡âio¡cs c lncllores (%) ol¡ peso)nonnalizados a 100(% sem a pcrda a<) logo (P.¡.). lìlclllcntos t¡aços cr¡ pÞrù. (bás. norítira = básioa Doritica)
\nÌoslra 5t 52 53 54 55 56 57
ìio? 50.45 4 9.fì5 rr9,8r) 50,9u 52.89 48-42 50,21
iio, 2,01 0,9fì 0,55 t),6'7 o,61 1,'l 2,74
lzO¡ ll,2l 15,58 r 4,4 I 3,14 t 4,11 14,4 t2.59ic7O1 0.62 | ,64 0,21 0,19 0.34 0,34 t,48rcO t4.5 r) 4'7 2,64 ì0,ti4 l0 I I 15,3'7 t4,f4l
úno a,23 0,17 0,03 ). tfì 0,1 I (\,26 0.25
14to 1ì,86 0,17 I 1,0(r 8,86 6,6 5,3
.-'aO 9,61ì 10.-l L94 R,l I 9lì2 I 4'l 9,1 :ì
\â?o 2,4 8 I 9), 3;11 1.89 2.04 2.83 2.56
Kro 0,3 3 0.7lt 5,5 fì 0,66 0.54 0,13 0,65
PzOr 0,29 0,2r t8 lJ.l {),n? 0,21 0.43
P.F I,6'1 2,5 5 0,9 0,99 r.t9 2.13 1.98
Sor¡a 100 t00 r00 t00 I00 t00 100
NOrìM^ Cn)W
)/. 0 0 20,16 0 1,22 0 t,25
Or I,95 4.6 32_97 ì., ì,t 9 1.95 ì.84
20.98 16,24 .l I, t9 t5,99 t'7.26 23.94 21,6(¡
23,96 11.59 6.15 25,42 2 r,I tt 2 5,61 x).94
Vôlì)i 9,25 14 0,95 6.32 '1^46 8.34 8,99
ln/Di J;14 4,81 lr.l5 :ì,7ll 4,02 3 31 4
s/t)i 5,5 tì 3,21 0,ó2')) 'ì,1'l l. t2 5.7
}l,4 Iy r t,39 12.3 5 I,8t 1',7,39 18,04 1.73 9,76
rs,4rv 1'7 8,24 3,1 {ì 10.t5 t4,l I 5,'79 I6.2Iio/Ol 0.29 1.4 3 0 7,94 0 6,5'7 0
ralol 0,48 2.52 0 5.l t 0 lì,22 0
\,{t 0.89 2,l'7 0,3 3 0,2'7 0.49 0,49 2,t4
3,8ì t.116 t.04 t21 1 ,21 ì,4 1 5,2
\p 0,6rt 0 49 0,42 021 0" 16 0.49 1,01
F'cOl 15.06 t0.95 2.fì5 I I,0l 10,42 I5,61ì t4
nfr#(0,15) o,45( 0,621 0,3f12 t.706 {).6l2 0.4 í) 0.399
u-EM]ìN'fOS lnAÇOSNd 26 l3 7fì l0 8 t'7 34
!b l5 '7 2l) 9 lt ¿0
lr 16',1 l6ll l2 r898 rÌ32 l4)- t'1
{i I75 t0 446 164 146 63
lla 92 t5l 1099 143 t2ì It t72
tb t0 25 r69 t9 l4 ll 12
lt0 13',7 r86 t0l I I0 14',7 t25
t3 t) t22 9 '7 9 2l
le 36 ltì 214 2'7 2l 26 57
',r 208 r0t 346 u3-t5 l4t 2'79
65 t0 l, 22 2t 45 82
)ctt1rl:¡ ri]iL I)MB DA gratìto l)BN )ÌlN I)MÌ] t)A
hí1c lìÌcta1ìólllca )tallórlic¡ c uâlxâ Ie b,is rìorílic¡ bás norítior lìctûmórño¿ì lrctaÌÌó¡lica
)ircçâ( N.l0Il Nfì0'w N55'W N600W NSOU\Ã N40tirsÞLrs\rrr rrlm ) .l
ongituLìc A4',49 04 ' 44'45',,]o 44"4 51n', 44"51)',46 ' .14'50 25 44 4t) 4t 44!52',30
,ô1itiûe ?_ I u03',21
2_ r u00'00 21\X.rï0 2 t "01'39" 2 t"01'3fì,, 21"01 t3 2r "04'03 "
OBS: l)lJN, I))lr, l)llz, DMll e Ì)4, con(bnnc capílui<l da Petrografia. )llclllcùtos mtiorcs e lììc¡roÌ.c)^ (oZ cm peso)
nonnalizados a l00yo scm a perda ao 1ògo (P.lì'.). lllernentos traços c]ll ppln (b1ìs. norÍtioî = ì)ásioa norilioa).
I60
ÁrÌrostrâ 58 5q an) 6I 62 63 64
ìio, 54.82 55.2 51.03 5 1.4 5 5 I ,0:ì 1,09
frOz fl, 0,82 t.4 3.64 I .14 t.26 tl 55
^t,ort5,65 r6.66 t{.41 14,-17 ]],5 9 15,6 t2,o.
Fc2o,. 0^03 0,4'7 0.78 2,19 ¿,) 2,4f1 I ,0?
10,07 l.1l )2_'1 r0 t5 It.62 ì0,Í15 a )?
MDo 0,ì5 014 0,23 4,2 0.23 0,21 t) IB
Mgo 5.6rì 1,83 6,-ìl ì,t)2 I ,O4 5,6 I.ì,28
lao L(¡1 lì,86 t0.41 t3 II.O3 a,8J 8.33
Na?o 2,62 2,31 ,2'7 2.51 r,87
Kuo r.35 t-2 0.2'7 '/1 0.Ìl 0,6l 0.61
ìOs ),t6 0,14 0,13 ,0'7 0.ll 0.t3 0,01r
,,Il 1.73 0.9fÌ I ,l4 ,.ì l t9 2,26 0,8l100 100 i00 t00 r00 r00 100
NORMA Clt)W
)/- 3,68 5.41 0.3 7.r{R 2,14 l ,lr, 0
)r' l,t)1 7,U) 1,59 t0-22 l.fì 3 3;72 3.6
\b 2r.32 )2.16 20,05 2'7,6'7 624 2t,'74 I5.'12
21,4 10,15 2'7 -93 \9 -42 2'7.54 2t.t7 24.24
N o/1)t 6.08 5,1tì r),54 1,14 11,04 7,82 6,91
lM)i z.'72 2.3(¡ 4.1 l 1.51 5.15 r,59 4-4
rs/Di 1.32 4f 2,25 s.51 4.t6 2.0'7
inll h, 11,41 9.66 I r.64 6 l2.l I 10,15 )4.r) I's/hY I3,9:ì 12,24 I5,36 rì,93 12-55 r2.01 ,3
ro/Ol 0 0 0 0 0 ì,2(ìnlOl 0 0 0 0 0 0 .69
\4t r),04 0,68 t,tl l,l 7 I l8 3,5 9 ,5
II 1-1 1,55 2,65 6.91 2,t( i4
\p 0,.ì 0 '13 0,3 2,53 0,26 0.3 0,ltì
FcOÉ l0.l 9,5 3 ]].4 t2.12 ì-Ì,/) I ì,011 10,21
nd(0.15) 05 0,506 0 489 0,33 5 0,5tI 0,464 o,'724
Iìt.iiMljNros llì^ÇosNd J9 23 1'1 5l t4 t5 t2
Nb R Il 10 J2 t 12
lr 224 207 189 9 158 r20 lu24
Ni lì6 t22 1t 2). r02 60 428
la 3t6 29'.7 60 53',7 l8 93 152
(b 44 4 40 '7 3l l6
258 2t'l 0 551 102 146 104
t7 17 IO 42 1l L3 t2
)e ¿10 42 )3 105 )) ),7 I
125 9 105 274 l0t I ì¿ 8'.7
26 21 34 4R l(i 3'/ l6)ctloglâ11¿r l)ll r t)ll, I)llz t)Ih DMI] t)Mll l)l,lN
ìuitc i)ás. norítica l)lisìcâ û1ctallrórfica ÌrÌct¿unórlìcÍl biis. no[itioâ
)irccâo N45"W N40',W N.S N-S N50"W'sprs\ur Jfnl) -10 l5
oltgitudc 44'52',56', 4A',53',22" 44',51',22 44"40',t1 44rA3 5(\" 44046 19 44"5ì 21ì
.âtltìdû 2l u04'm" 21u03'34 2I '01'34 2l't)0 .l l 21\1 28 20'5'7',56" 2 t'01 't tì
OBSr l)lJN" l)lll, Dlll, ì)Mll c l)Â, conl'o¡ìrìc cûpitr¡io da Pdrograli¿. Jllcùc¡ltos rnarcrcs c r cnorcs (%r cuì peso)
normÂliz¿rdos ¿r l00ya sem a pcrda ao logo (P.f.). lllcmcn{os lraços oDr pDrì. (bhs. uo tica = lr1ìsica norítica).
r61
\Ìroslt¿l 6'7 (,8 70 '72 73
ìiOr 50.74 50,22 58.61 55,2'7 5_s,29 52-02 52,5tì
fiOr 2.1 2.26 0.58 r',,ì5 0,87 (J,46 2,16
\b( ß,117 t4,06 l6,l 16.4 16.4 t0.44 14.88
rerOl ),3'7 0,5 9 0,06 0,62 t -'l 2,28
Fco t1,01ì r2.09 6.54 t,44 ,,01 ItI I t,69
Mno o,2I 0,22 0.r I 0.14 0.14 0.t9 0.19
Mp.o 6.ll 5,16 49 5,05 4,tì? t't,49 l,6llaO 9 -65 9,6 tì. l7 r{.1ìs lr,fì2 rr,98 '7,28
,Jaìo 2-15 2,'l ) 2 ^5'1 2.59 | .44 3,29
K¿O 0.54 ll.51 l.5rr t) l,2tì 049
Ììo-, 0,26 0,26 0,09 0.15 0.t 5 {).06 r).41
Plì 2.t 5 ), r ll ll l.05 t-12 1,68
Sorna IO(J 100 ì00 100 100 100 100
NOIìMA ()PW
QZ 1.(r9 0.22 9,'/4 5,1 l 5,1 0
Or ì t¡) l,4ll 0 ìa '1.09 '7.56 2,tt9 9.69
\l) 23.26 2l,14 l,9l 12,18 2'7.83
21,9 24 26.7 5 ¿9.6'7 29,14 10,5 7 20.t9
Vo/l)i 9,2 9 9,t5 5,59 5,6 5;t 5.14
ln,4)i 4 6l 4.t6 )-,84 2.44 ),5 I r't¡t
's/ì)r .1,41 ¡,9J 2 5t 1. t4 3.07 | .31 1.36
l llv 10.59 t0,17 ,.15 t0,t2 9 "62
12,28 71
s/lìv 10,3 12 8,25 t3 .8t t0,77 t2.6'7
¡o/Ol 0 0 0 0 0 5,14 0
toì 0 0 0 0 0 I.R9 0
\4t 4.:Ì l r,43 0,tì 5 0,08 0,8t 2-46 3.3
3.9f1 4,29 l.l l.6l | .65 0,87 441
\p 0,6 t 0,61 t),2 0,:15 0.35 0.14 l.0lFcOt t3.71 t4-22 '/.0"/ ,).49 t,5 9 t{),4.ì 13,'74
ns#().15) o,4't l 0,450 0,584 0,518 0,507 0,'772 0.34'7
rit,ltMIrtNr{)s llìAÇosNd 2 22 t6 20 z0 t0 4l
Nl) 18 l9 l t0 6 t-1
lr llft 102 t97 211 20'7 25t9 60
Ni 69 61 t0t l I l4 s28 50
Ila ì39 136 4 t'7 295 105 95 404
ìb 2l )2 43 39 42 l5 5'7
249 2'71 261 219 )t'7 A) 161
l4 l4 l5 t'7 I8 9 l4
le 33 35 ZIJ 40 ìtì l5 l3
l'12 182 93 \21 t26 55 26)
40 JI t3 )3 23 l3 55
)ctrografiíì ì)^ l)4. l)u, l)81 l)llr t)llN t)81
tLutc Drctârrû1icir rDctâÌ¡ó¡lio¿ b¡is Doritlc¡ blis. lroritica b¡is. noritÌco bltsica
Jueriu lt-w N40',W N60"W N400W N300W
lspcssùrâ(m) t0 l0 100 20 t0
oùgit!ìde 44',28 42 44'?.8 25 45"12',11 45'12',31 4 4 058',otì " 44t 56'.32 44'52 l0
rlrldc ),o"55 49' 20056 21 2t 51 44 20'5t 44 2 t'm'16 20"5rì 39" 20"55',4 r
OBS: Dl)N. Dlì¡, Dllz. DMll e DA, ooltfòDrìc crpitì.¡lo da Ì)etrogrâùû. Itlclllentos maiorcs c rlcnoLcs (70 clll peso)
¡ìomlaÌizados a l00Yo som a pcrda ao logo (P-lì.). ìllelneiltos t¡aços erÌì pprìr. (bás- lloriticft = b¿lsicâ noritita)
t62
\rnostrâ '74 '75 16 1'/ '79 80 8l
iio, 50,4 49.83 49.42 ia't6 48,96 51.83 50,0 t
LiOr I,n5 l .15 | .52 5 ),89
\hor t4.34 t3.61 Il,rì4 14Al t 4,65 13.45
lì'e2O3 2,66 2,12 t).'14 ì,711 2,6, 2,56 3,82
I"co 12,'16 12, I 13,25 It.6n t2,06 11,66 ) 0,9
MnO 0.21 0.2 o,2 0,22 0.21 0,t9 r),21
Mso 4.34 '7.49 7.6'7 1,14 s,56 4.1 l 7-t 3
lâ() 1,61 ) 'ta I 1,41 lr ).43 8,86 '75 9,41
'tr¡lro )57 2"t2 2,t I 2,08 2.61 ì,1 7 2.6fl
¿o I,7B ),98 0.t5 n,7l 087 .58 0.6l
tl)r 0.45 ().2 0,08 0.t2 o,75 41 0,2l
lì 2.28 2.48 0,7 2,2 2.13 .88 2.96
t0{) t00 r00 100 t00 00 100
NOtìM^ CIPW
)t 2 t8 0 0 0 1.2 t,75 0,28
)¡ I 0,51 5,19 0,88 4.31 5,l4 (],1 t,6
\b 2t-'14 17.93 l7,fÌ5 l'7,( 22.59 26.82. 22.61
\lt 22,33 ,/ T) 2'7,85 )/ l )4,'lt| 21,{ì7 2),86
.Vo/Di 5.21 9.38 I l,7ti II 12 5,96 6.13 9,3 5
ì¡/l)i 2,06 4,67 5,3 9 5 6.1 2,82 244 503's/l)i 1.2 452 ó,29 52) 306 1,'t6 4.01
|nll Iy 8,74 1.1 8.1s l.ì,5 I l,0l 7'7.) t2,"ì2
rs/hy I:ì.56 14 9,51 t2,52 .9l t2 t0,15
Iro/Ol t) .57 r.89 {),09 0 0 0
ra/Ol 0 ,6 5 0.09 0 0 0
MI 1.85 t6 I ,()'7 2,5 tì 3,9 3;71 5.5 3
I] 5'79 ,03 2.t lì 2.f{8 6 4,46 1,58
^pr .06 t).41 0,1 0,211 1;7'7 r).ì7 0.54
FcOt 15,25 14.1 9 13.92 tl 2lì I4,4tì 13,9(r l4 f4
rng#(0.15) r) -ì65 0 5lt ),52'7 0,54 | r).41? 0,l7l 0.501
H-tÌMilN'los llì^Ços\ri IR 20 rl l5 1'1 l9 22
Nb :10 12 (, 9 2l t-7 t{t
) 47 234 259 z9'7 90 90 t08
{i 56 102 100 96 '71 80 '7-7
l¿ì 70'/ lll 32 201 431 i1'1 159
ìb r06 12 l8 43 6'7 z9
274 204 fl9 169 582 t78 34r
,a \'7 t6 1 ll 2l ì1 t6
lc '79 34 1R )6 52 69 38
Lr i4ì t5l 90 188 ?.4'7 1O,
Y 53 44 26 1'7 \'7 55 39
Petrog¡¡¡iia l)llz I)MÌ] l)8, I).4, )llr I)I]Z t)Â
ìuÍte l:iisica lnetfìll1ór l0a básica Ìlclâmórlica b¿isicâ b1ìsloa rnetamó¡lica
Djrcção N4OI N.,S N-S N6(ft,l N,10'W
Ìlspessurâ(irl) 0.3 5 20 l0 ') {) ?0
I-ongitudc 44'52',30 44',52 13 44',51 ',l ¡ì', d 4'50'3 ft .14"45 26 44.41 ',s8 ', 44',2'7 50
,atitudc 20"5 4l '00' 20'54 2lt 20'52 18" 20"4 51)0 ', 20"45 t6,, 20"56',37,,
OBSI l)llN, l)llr, Dll7, DMll c l)^, coulornlc oapitùlo dâ Pctrog¡âña. lllloDrcntos ùraio¡es c merlores (yû cnì Peso)
nonnalizâdos a 1009/0 sctìt a pcrda ao fogo (1,.1.) l.llcmentos 1raços cnr ppDì (l)ás. noritioa = l)ásica noritica)
'l
¡f
tâ 83 84 85 R6 a'7 8fì -
89
ìiol 49-8 49,87 .r 9.91 5t;7 50,07 50.19 49.9
tio, 1.93 1.62 2.3 1.53 1 ,42 |,6',7
ho l4 2 13,5-ç t3,96 l7 )4 15,8 4,85 t6,58re2Ol r.66 2,1 r ),9) 1 ,3'7 I,t'/ 1,54 1,68ico l0 t2.24 13.28 13,211 11.91 12.91 to,'74
v4D( o "2t0,22 0,2l 0,21 o,2 0,2
'4Ê(1.26 (,,R2 5 r;,01 5'7 5,3? 6.4(,
)a( 9.84 t0.33 8.9u 9.44 t0.{19 10,29 10,62
'lôro)t1 2,68 2,5t 2,54 2.1B
ço 0.81 ll.5 7 ().7 0"57 n )) 0.32 0,2'l
)()5 0,t 9 0,21 0,r8 016 0,ll 0,18 0,1
2.68 1.1'l 2.06 1.99 0,91ì t.09 t.1
iont¿l r00 100 r00 I00 100 ì00 100
NOIìMA CII)W
)z 0.36 0 '11 I,01 0 0.12 0
)r 4,78 t36 413 I3fi t,3 I,Iì9 t.59
\b 20.1 )2,6'7 21.52 21.9r 2l )l 2t.49 20.13)51'7 23,26 23,54 22,8 t .t0,1ì(, 28,1'/ 3f 16
o/Dì I ll R,2'l 0 50 9 3l 9,06
ìr./Di 5.15 5.25 l,:15 4 3,99 3,64 3,68
s/l)i i51 4 ()9 5lì:ì 5,.ì l 5,5 l.8liìíly t2.92 7.58 9.09 I t.0ì 8.35 9.73 I 1,04
s,4ry 8,97 ,23 t 3,53 r 5,51 ll1 t4 n ,44ro/Ol 0 2.t 0 0 r.29 0 0,94ra/Ol 0 ,4'l {J i,9 0 1 ,O7
ør 5,1 ,05 4.:ì l r.98 t.69 ).23 2.43
3,66 ,0? 4,36 2.9 2-69 j,l'7
\p t),45 4t) o,42 0,l7 0,:ì {),42 0,23
lcOl t3.29 t4. i4 t5 _97 14.5t 12,96 14,36 12,25
ns#(0.15) o,525 o 494 {1,.ì88 (i,451 o 411 0,41I r).5l6
]jt,uMItNl'OS TIì^ÇOS,td 24 )) t9 23 t9 2) t1
'lìl ll] tl l3 ll 9 t0 l0t85 2t8 69 9l lt4 l3l 206
95 ll4 55 '7o 65 96
l¿r 112 85 t'76 r t6 54 64 lÌ0
{b 5:l 2) 25 24 t4 I)l' 226 t25 t6'7 134 124 it3 1r9
,a t6 l(¡ t5 t0 l2 1
le ll .t6 3u 34 2l 33 .ì0
"tl't 6 165 t40 t4l 90 l3t t)'/
dtì 42 49 )9 42 30)ctrograliir l)A I)^ I)^ DA l)ll, i)u, DI}ììri le rlar¡ól1ica ì11e1ârìrî lirâ lìclâ! illo¡ !nctâ¡nórñcir l)íi$ioa básic¿ brisic¡
)ir tç ¡,-r Nô0'11 lr,w lt-w N45"W N.S
rsl)cs\ur¡i(nr) ) 2,t) 40
o¡'tilr¡(jc 44'36 29 44"53 3l 44" 52 26 44'52 26 14',51 4't 44"5 Ì 4"/ 44"50',5 5
.atrtìidc 20"58',t 20"51 26 20"58',06" 20"51ì 06" 20"59'28" 20"59',28 20"59',2f|"
OBS: DBN, ì)ll ,l)lll, l)MÌl e D^. confon¡c {jâpitulo da Pct¡otraña. lllcr¡cntos nìaiolcs e menorcs ((% cnì pcso)onnâlizados a 1000% scrn a pcrda ao loBo (P.lì.). lt:lcmentos hâços elÌr pptr- (l)¿is. no tica = b¿lsica ùoritica)
164
90 9l 92 95 9(
ìio? 4Iì.?3 '72,58 49,2l 70,:ì I 69 54 49 t9 5(),97
tio, 1.2'Ì 0,21ì 2.u9 0.ó6 r).R2 2;7t t,5t\hor l6,"7í t4,u( I r)2 t4 l5 13.7 1t.93 t2,4
e?(l 0.{16 0.71 1,54 0ì7 1,23 3,2 R 2,8 r
rco 11,86 r,0l 14;73 2.99 t4.85 t'/\4ìro o,2 0,02 0,23 0.04 0,05 0-21 0,25
vho 6.25 l.()v .1,,ì) o,'7 6 t) 'Ì1 5,02 6,(\lâo lt 41 2,1',l 9,43 r.fì3 2.29 9.53 t0.99
{aro 2,34 5,42 2,61 7,2) 3,1(¡ 2,34 ),45
lr() 0.28 1.18 0.57 5.{ tì 4 9',7 0.16 0.3 t
'zor o,l 0,13 0,4 0,23 0,3 3 0.43 0,2
0,97 0.63 t,5 t 0 6,ì o,7t) 1 ,'Ì 1,54
iona 100 100 100 100 100 100 100
NOtìM^ CIPW
)z 0 29 l.9tt 24.3 )4.14 2,04 |.97
)l l,fì5 6,91 tì6 32 31ì 29 -3"t 4,49 1,1ì3
/1.b I9.8 4 5.1ì6 22,08 )1 )11 26,1 l9,rJ 2D,13
Arì 34,4 12 l3 t9,12 1.5'l 1Ì.52 r 9.8 21,95
N<lDt 1ì,9l 0,06 10,45 0 0,28 t0,29 tr,r)5
Iln/Di 3,96 0.04 4,01 0 0,0'7 3,97 s.83
Irs/l)i 4 t)) 0,01 6,6 0 {),21 6,4"7 '7 l6
!n/t:lv 5.5 2.66 '/,99 1.89 t.14 8.52 9.lllìs/hy 6,tÌ4 0,8 t 1 3,17 4,t6 5,95 13,87 r t,2
Iro/Ol 1.2'7 0 0 0 0 0 ()
I¡¡/Ol 5,85 0 0 0 0 0 0
ut 1.24 t.05 5,t.l 0,5 -ì 0,l:ì 4,'t5 4,07
Iì 2.41 0,53 5,48 t.25 I^55 s.29 2,86
\p 0.-ì 0,1 0,94 0,54 0,78 r,01 0,4'7
FcOt )2.63 1,67 t].92 3,32 .l. ì7 t?,R 14.9
ùs#({1.15) 0,500 0,5rì9 0,352 0,316 0.263 0,363 0.449
rì-ùMliN tos 'Jlì^(ros
Nd t6 l5 29 ú9 56 2ll 20
Jh l0 () 2{) )6 26 z0 l3
l¡ 201 4 14 5 tì9 t62,IJ 6 59 ìI 9 50 50
Ila 5',l 412 114 t219 1246 r00 '79
tìb t0 2\) 8 95 l'1 9
ìr l2'7 456 130 I52 150 |2 it3Lt' ìì 30 l9 95 6-l l6 t4
le z'7 50 45 tSfl 136 46 29
Z,r t02 148 2'14 560 620 248 t53
Y 28 2 82 42 11 4t)
I)ctrogr aña JllJ¡ g¡allulrto l)^ griìnùlilo ßr¿urr¡lito DA DMBììri1{: ìrásica cncAlxântc mclâ¡ìórlicå cllcâlxarlLc cDcâix¿uì{c ll1ctarDa)!licâ nrcfâmóllio¿
Dircçâo N-S N50',u N30'tt
Iispcssurâtr1) 20 t{)
l-ongitùdc 44',50 55 ,14',50',5 5 44'49 A4 ', 44'.5I ',28 44"51',57 ', 44'4tì-03 44"51 I 3
I-atitùdc 20u59',2ß " )-oþ59 ),A 2I u00'49 2-ì001'18 2l\)l l8 2t'01',3',7 21',ot'3?
OIìS: DllN, D)]r, l)llr, l)Mll c l)^,00Ììlonnc capitulo da l)etrogrâlìâ. lllcrncnlos nr¡rores e rnerìores ((/o cln peso)
[onnaÌizaclos a i0070 scm a pcrda ao logo (P.]ì.). Illcmcntos trâçorj cDr ppln. (b¡is. noritica = básica uoritica).
I l¡5
\mo$tra 9'l 98 ì00 t0 105 106
iio, 51,15 51.7 .89 19.2 54.6'7 50.3 I 50 l8tiol 1.84 |,82 3 2.05 1,0lt I ,64 0.rxl?o t2,58 t2,83 0l t 2,41) 13.54
'c2o r,09 ì,9t 2 0,76 8,7t 2.62 2,41)
i:o t3.3 2.03 ì 3.46 5.66 11.82 10,82
v4no 0,21 a,22 t),2 r)ì214g() 5,4 5,09 5,4 fì 8,5 5 '/.02 8,52
)¡( ) .),52 9.61 l0 r6 t0.4fì ll2 t0.48 t0,29
'la?O 2,43 2,49 2,22 ),,55 l,lt( ),t'7 rq')ro 0,5:ì {),47 0.5 8 \\,2'7 .26 0.26 092
ì(lr 0.22 0,21 0,18 0,3 t 2 0,2 0.1
' l;. t,83 I,911 t,9 ),tÌ2 1,82 2,64ì(nnâ t00 100 100 I00 00 100 100
NORM^ c )W
)/ l s,56 1.5 5 0 lt.l t.73 0
)l' l.l 3 2;7"t 3.42 l 5ù 1,53 t53 5.41
\b 20,56 21,06 t8.7fl 2l,51 15,7',ì tft.16 16,83
21.85 22-44 23 -81 29,5 24,96 26,38 2 5,) r)
VolDi q99,5 tì rì,54 l2,44 t0.t4 10.4tì
ìu,4)i 4,12 4.3 5 19 1.3 9 t0,13 5,01 5,6'7IVI]i 5.92 559 l9 5 ),4 {),,ìl dq4 4.44ìn/ì ly 9,:ì l ,ì,t2 .33 "J -7'7
I I,15 12-4'/ l¿,16Irs/hy l3,37 10,68 ,32 12"03 0,9 t2,3 9.tßFo/Ol 0 0 0 l,7l 0 0 1,94râlOl 0 0 0 2.95 0 0 I ,6'7
MI 4,411 5,66 1,65 lt t 2,'/4 3,'79 3,(r lI] r,4 9 I.45 2.9 1.89 ) n5 3.1 1 1,86
AP 0 -52 0,49 0,42 o '73 0,28 (),4't 0.23
FcOt t¿,,08 ì5.55 13.55 14,) 4 13.57 l4 l8 I 1,06
ng#(r.1s) 0,404 0,398 0,498 o,431) f ),56() {),50f1 0.569
rìl,t:iMriNl os't'tì^Ços{d ¿3 7o t8 z4 l5 25 22
\¡b 14 I t2 t3 '7 I4 t{
:r q0 98 99 22t) 125 226 282!l 56 46 6'/ 95 ll t4 l2ll¡r tt2 t22l t03 79 42 59 I00
{b 20 25 l() ìl ft 5'7
;r I 16 ll8 t 3¡ì I 1{) t62 I09 lt7t'7 70 t3 t5 12 l'/ t5
lc l-ç 3ó -18 14 t,{ ì1 zlt'11 t69 r48 r96 93 t'71 tì0
Y 56 59 a). 54 3l 50 29
'ctrogmlia l)Mu t)Mt] I)ll¿ DII¿ t),{ DA Ì)Aìùite r¡c1arDû1ìc¡l rìÌetarì1órlioa b¿islcâ ìr1{rlâÌìûJicâ lÌÌe1anlór1ì(
)ireçiio N3OT' N.l0'w N-S ìi-w N-S N20uti
isl)cs\ul.r(rD) 30 30 30 )5
-onßltùdc 44"5 t ',t l 44'5I ',ll 44"AR'A'1'' 45\2 )1 ' 44"42 35" 44"44',45 44'45 l),atitude 21',ot'37 z1'0t'3'7 2rb],r3 2t" t2'2A 2l'05 1(r 21"02',02" 2lþo3 A't'
oùùe )ihìlo Pctroprañiì. lìlcmclìtos Ììaiorcs e l¡clorcs l70 cll\rlt¡t: lrlJl\, l r/iìj lJlJ2, lrl\4lJ e I-r,/\. oonlOlllle cal)ltlìlo (lâ l'ClrOgIAltiì, lrCl¡ClìtOS ÌìAlOrCS e I¡CIÌOICS (7'o Cm I)CSO)nonnalizados ¿r )000/0 scm a pcrda ao ibgo (l'.F.). lllcr¡eDtos 1râços em pprn. (l)rls. rìorilioâ = l)ási00 rìo¡iticâ)
166
lit 107 I ì0 llt l12 lt3 128 r3tì()? 49.83 49,66 50.18 55,01 55 ì 50,4 ì 50.4't
lO2 1,8 2,2 I5f¡ 0.89 0,8 t.02 1.8{ì
\l¡O¡ I3,6'ì I2,RI 12.7'7 t6.l l t 4,5'l t2,64 t2,t8,-e2l) 2_21 1;7 3.1 0,?9 2,51 ì7R I,l'ìbo 41 1,54 I ),56 tt,l() 1,n4 10.31 14,84
\4n( ) ll.l , 0,2 t 0,14 0.15 a_22 0,25
'4go9.06 6.5 9 1-I'/ 4,89 6,28 87! 5,4 5
lao 12 62 fì 02 95 9.0:ì ,ì8 t0.71 966.la2( ) t,1'/ 1.9 2.4 2,56 2-l4 t,'72(zO 0.5'7 t .29 0.56 I l2 I '1), 0,(2 0.34
'zOr 0,07 0,t7 0,24 0,t(r 0.t4 0.09 0,t9li 1,8? 2,3 3 104 2,33 2,56 t.79
;ornâ 100 t00 100 100 100 100 t00
NOÌ{M^ C[)W
)2. 0 2,49 0,3 5,36 6,'15 1,5
)r ì,-t6 't,6) 3.3 7.8 10.Ìó 1,66 2
A.b I4,9't 16.07 20,3 2t,66 14,5 5 )2.84¡ 27,'1 D,6) 22,4 t 21,5(r )5.0'/ 24.93 22 29
ño/i)i 14.3 8 6,16 9 _'76 6,34 '7 -3'7 1t,63 t0,t8ErìiDi 8,3 5 ?, a'7 4'71 2,81 4,O'7 6.6',7 :ì.8
Irs/l)i 3.22 4.86 3.47 3.03 4.44 6,57
ì'l¡/l Iy 9,3 8 I3,53 I3 I I ,,14 ,56 t5.2 t 9.41
Is/hy 6,0l t5.) t3.46 1r.4'7 ft.6l 10.t2 16,28
Iìo/Ol ì.-j7 0 0 t) 0 0.24
F¿ìlOl 2,.ì rì 0 0 0 0 0 0,41
Mt 3,2 4,49 r ,l4 3,63 5,4f1 2
Ll I,5 3 4,3l 2,96 t,69 t,5t 1.93 3.5?
\p 0.16 0.87 0.56 0.37 0.3 3 0,21 4
FcO{ l l,4 t6,87 l5 :15 t,tì 7 lll.3 É,71 t6,08
nfi#().15) 0.616 n,441 {).4 tì6 0.500 0,552 0,s64 0.407
lìl-rjMrjNl'os llr^(ros'ld t) l4 20 23 23 ll t5.tb (r ltì l4 ti I l5l¡' 8'74 I78 203 200 In3 273 r30{i t26 '76 95 ì 1..1 105 l5l '72
la 6l 126 30'l 302 35 7l{tr 22 50 20 46 65 29 l0ir 141 158 t83 234 2'7'7 t56 r08
-a 34 t7 22 21 6 l322 80 34 43 43 ),'7 36
Lr 59 132 lTll 135 142 '7'\ 155
23 54 53 24 ?,(¡ 26 49
'ctro !Ì¡J 1til DA r)^ t)^ t)ul l)ul DA DU?
llifc lnetaìllórñc¿ nÌc1¿ìlnóriic¿r rûela¡n(iÌlìc¿Ì b¡1s. nol itica biis. rloritica metalùól fìoa
)ircçrìo N7(] lÌ N-S N4(f t.: N)_00w N15,ljDll l0 25 r5 50 4
,oDgiludc ¿11',4 5 2 8 44'41',20 44' 4't )l) 44t4'1',20 4404',120', 44"A)',1]r 45'03 53
-atitùdc 21"(l'Ì'l 2r"09')-8 2t'09 52" 2I"0fÌ 55 2l'08'31 20'59',44 2 t',l0'43OBS: DllN, DBr. Dll2, l)Mll e l)A., corlontre oÍìpitr¡lo dâ Pclr'ografiâ. ]llcnÌellos u1âiores c tìtclìorcs ((% clt pcso)nonltâlizâdos a 10070 sem a perda ao logo (P.l..) lllenìcnlos t¡aços ellì Dpnì. (b¿is. lorítior = básica norítica).
167
NOIìMA CIPW
LLIlMtiNtos t'R^Ços
(r) = ^rnoslms
c*lidâs pclo i)rof Quérréncr.rr. OBS: DllN, DIlr, DIlz, DMII e DÂ" co¡rftnrne câpitulo da Pctrogralia.Itlclìlcnlos Dìaiores c mcùorcs (9/o cr1 pc$o) lomralizados a I 0070 selrr a ¡rclcla ao 1b8o ()r. ¡. ). I]lelnenlos h aços clÌr lpn (l)ás
lìoritica = básica norilicÍì).
t 68
Arnostra t09l * 1206* ftõÂ- r2 i t212 I 2l5f t21'7'1
irO, 51.05 4 tì,71 .J8,4 50.95 51.35 5r,68 50,14fio? 1.31 1,87 r.88 0,54 0,l6 I,35\lrO,1 Il36 l4,6'7 t3,99 l2,rì') t0,53 12.08 t 5,t'ezOr 4,16 ),0'7 2,16 t.08 3.48 0,72 0.79rco 10.2 t3.65 I3.93 9.8 3 1-93 ,i,ll9 t2.26!4no 0,21 0,24 o.2'7 0,1tì 0,1 1 0,t7 0,22
14go l¡ 94 r,,21 (,47 t:t.5R I6.91 t6,4 6,.ì 5
lâ() 10.49 9.59 9.92 tì.5It 7,14 7,81 10.9.la2O 216 2,7 I,rJ I I A'7 t.5 9 2,3 tì
20 r),4 {).29 l).1 0.54 0.5 r 0,1 ).24
'r(), 0,12 0,t9 0,2 0,01ì tì,f)lt 0,rì5 0.t3,.r. l,9l I ,61 0.7t {).fì l 0,'1'7 0,89
t00 100 t00 100 r00 100 100
NORMA CII'W
QZ ì.84 0 0 0 0 0 {J
Or 2-36 I-'/l t,17 l l9 ì,0l t.89 r,4 ÌAh 18,21 22,flí 22,84 t5.ll 12.43 13,45 20,t1
2't _05 25 l6 25,45 z0,62 24,81ì 29,86
Wo/Di I0,? tì,05 (),49 6,9) 6.3-l 5,65
l.ìn/l)ì 5,8 j.44 4.1 4,16 4,5 tì 1,'ltrs/Di 4.5 -s 4.6t 5,3 9 2,1 :t t.2l 1.43 5,41
IlnÂlv | .41 7.6'7 6,1 I 19 -74 32,93 26,8 9.8fì
lìs/hy 9 t0 ^27 f3,04 9,64 tì,7 t0 t4 12,53
lìo/Ol 0 ì,n4 4,1 l 6.8 \ -25 7 -t'7 l,ì4'aloÌ 0 4,49 s0q -1,ó6 094 2,98 I .59
Mt ó,03 l,l .ì t.56 5.04 1,04 I ,14I] 3.5 5 3.5'7 tl2 1,02 0,6tì 2.56Ap 0,28 0 45 0,47 0 r1ì 0 IIJ 0,r l 0,3
FcOl 13.94 15,51 t5.87 10" tì I 1,0(; ,,5.1 t2.9'7
Ùr#(1.15) 0,s02 o,44't ),452 {),?t8 {),756 o;77',1 { ),4 9l{
LI MllN'fos 1lì^cos.ld l5 )o 9 ìt rì t4nb t2 ì0 8 6 ()
lr 1'79 144 t70 | 9'74 2590 2381 t92.li '75 t20 92 4 5.1 54'7 519 80
Jâ 6'7 85 94 115 l1 ¿7ìb t2 12 II t'l l0 ¡t
ir l]¿ t56 t49 96 78 90 107
,.à t2 I ì0 lt 1
lc 33 25 2'/ l9 12 t4 l9,f l 130 r30 7l 44 91ì
36 ]R 36 t1ì t'7 IO.10
'etrogralla l)^ l)lt, I)ll, ì)IIN DIIN DI]N DRu
iuilc mclamórli{vr biisicâ bíi$ noriticâ b¿is. ûoritic¿Ì bris ¡roritìca básica
)llùçiÌr)
ISPCSSlìra(tì)
(") = ^¡nostrâs
ccdi(las pclo Prolì Qué¡né¡lcur. OIIS: J)lJN- DlJl, ì)ìJz, l)MJl c ì)Â, conl-ollìc capitulo (la Pc(rogriìl-rr.
luo¡ilioâ = básica tìorítica).
r69
Altìo$t¡a t220* t223* ì 230* t23ÌjiO¿ 55.03 s0,73 s0,55
fio, 1.93 0,82 l,n8 I,-ì I
AI?O3 I 4,'l l) t'1.16 15.56 1 5.01-u:()'
1.56 0lt{ I ,31 0,92'co 12,4'7 8,tì8 l0 52 I 2,19
\¡¡o t),2) 0.14 0,21 0.22
!4È( I 5.-72 +.44 6,'t6 655laO I0,61,Iâ'o 2,5 5 2.5 5 2.3 5 ¿.3 3
(uO 0.25 | )-2 0.25 0,2tì
'?Or 0,21ì 0,t5 O,Iì 0 t2).|. 0,1{9 0.88 0.89 t,0lto¡¡1¡ 100 t00
NoìM^ dP\Ã
100 100
lz 0 5,54 0 0
)r | ,4'/ 'Ì,2 1.47 t.65
21.51 19,88 19,'7I
I 't1 3t t7 2t.61
Wo4)i t0,t4 5.52 9,9lt 9 -26
ÌìD/Di 4.3? 2,35 4,9 4,Ills/Ì)i 5 ',7'7 111 4g 5.06
inll ly 't ^91 8,69 l] 4t n,3
Fsnrv 10,54 I I ,'72 I t.4l t 3.76
lo/OI 32 0 0,36 0,6
Fa/Ol 93 0 0.4 0.8
M1 ,26 0,55 1,89 1,33
II ,ó6 1,55 2,05 2.48
Ap ,66 0.15 0i,6 0.28
Irc()t 1.1,87 11,02
ns#(0.15) 0 455 0,4 9.ì 0.5 39 0.504
Lll-llMBN'l.oS'llìAÇOS
'ld 20 24 t3 I3{b I3 {t It l0l¡ ?00 248
'li 18 lt5 ll8 8lla 5fì 281 5t 60
lb 38 llil lt3 22t) tl ì09
,¡7 )) '7 ,át]' 43 20 )),
at t70 t2D 9Iì
49 2t 30 liralìa l)ll¿ t)lll l)Ìlr I)llr
1c biisica bás. noritica hrisicâ l)iislcír
)ireçao
ù\(*)=
^lnos(¡as ccddas pclo Proi'. QuórûóllcrÌ¡.. OBS: Ì)]lN
lllemenlos uraio¡cs c ntenorcs ((% c¡n pcso) normalizaclos anoritic¿r = hiisicâ noriljcil)
llÌlr,llllz, ì)Mll c l),4. oorlònnc caPifulo dâ Pctrogrâlia.100%o scm a 1rcrda ao lirgo (P.lr.). lllenÌcnlos t¡aços eln ppr¡ (bás
'uhl t- ¡..â¡l I z â:I : xojl þL6l 'lÈ 1e e¡rdu¿ opun8as opelnclBc
*ijozãC orugxolrdolro = xdo 'elruoo8ld : 8rd ierp:e1 ogóezr1e¡sr-lo op otSglse - .¡ iococe.rdopóezl¡u1sr-rc ep orSgtsa =.1 (NflA) soorlJ.rÕrr socrsgq â (gI Ct) solsequlout 'Z â 1 (gq) socrseqscnbtp sou solucsorcl orclec nro salqod a socr-r sorugxo:rd sop secrurnb ses¡i¿u¿oJJrr\ - t
^ uloq?,L
l¡0 0
ta
0l-flrnflj
l0 0
ît
I t!
çç6 I
irf\
0rx)¿
00
?l7
f:¡f 0
It
¿00 0
ó66
800
¡',\
Lt.al8 0l
ttt
tf 0
li
rs
i¡a
9ü'
;i:0 i)
it irt,
st 9t
t¿tt
t00 i
L
l'l H I
slo.raznw sasnJ-snp "'nttutnlt r^afl¡tuv - Z .Jl¡ON¡I¿V
I
ll I
ì
ç
l,L 1
þ66-f
0f Þ
îLîl
zt tz
Ë00-l)
I00 ¿
¿00 0
[00 0
tç qf
000 2
9Z ç¡
900 0
6 fol)
1çil)
tz 8t
ç8ç t
ç tç1)
ç¿0 0
6ft 9z
200
ZIO 'ì
000 ¿
ú¿ ¡tç
i f){) {t
zz0 0
LçL'O
z8 vl
816l)
þ96 1
8l¿1)
zzo'0
çt0 0
ç t01)
000'z
ft xt
60t 0
L'AL
1,00 0
t¿l
l6¿ 0
000 0
00'00 t
zo0 lj
ì'szrì
t0a1)
û00 2
0
LS \)
LL'ÍI
0çr'0
ç0[ 0
r0 0
¿t i:
ugf) 0
000 2
Þ00 0
îr'r
LZ0
LO
900 0
ç901)
t00
¿0s 0
ç t. 7.7.
ll çl
çt6 r
990 tì
zaL
00.()0r
I 7.O î
0
Þþl
I¿il0
z6 tt
z00 l
ooo'7.
066 I
o7
oto
i00 0
þ00 0
çzo l)
97. O
ttt 0
zÞ'6
sL6l
zþ'tt
t)þo
001m1
XCIQI
zlz
ç00 0
60'Lf
6(,6 1
1l0 L
09ó€nurluoJ - t ^
sloq?.L
lt 0
t r 0ll
¡JO fJ
ot I
0t0 0
6çZ l)
96L O
Ëþ(, 1
9t0 0
xc¡ocl
00 001
zþf
0t ¡t
zÞ sI
666 1
ÞÞ \)
9913þ
¿00 0
91 0
xt{)
tr00
,9-t
900
T L'61,
I¿q O
060 1
¿ç6'
çs0'0
00 001
600 0
zt'zz
66 02
Ii(l
000 2
þL0
ZL t,L
9ZO
¿00 0
ç€0
zt0 0
tt zs
û06 0
Lþ'I
6tL 0
tl
LþO'O
00 01ì I
200 o
07. I
tç
d
000 2
ç¿0
L66 l
l¿ 1.)
lf)t) {t
z0l
I00l)
09 t:ç{)
ç9 1I
tþ6 a
LL
zlÌ0 0
çzo 0
600 0
ú¡r-1.
too o
0o0 z
666'
0ft0 0
vtl
/.(x) 0
89t)1)
¿t0
¿00 0
l0
f)
çuó
89'01
ûr0'0
çtl
çL0 (.
\do.l
t0n
9çl
LDU'I)
000'z
600
rçt
9L0 0
t( u
O
J
zo lz
v ¡tos
f 9 ÉI
xdo.l
,rl
S6'I
Þt0 0
lt
llçú I
çç-NÍr(f
oCtl Z
Lt1)
60 1
tz' t)
0z i)
Ll[0
þ86
6r, Ll
00 00
8Zr
¡l
9rtt
000 2
8t1)
0¡f
0Þoll
¡l{
t(J
\R lf:
zt íl
096 t
00'001
:ç
þt z
¡
EZ'LI
zz0t-l ¿ç
l{t {t
zl'z
00 00r
f])6
6t) z
.t,
tf Lz
0s0
Lto
trz O
1]þ Lç
ff)lt
rs
+'O"¡l
L0 0
d
IL 6(,
,0 I
Þ00
911)
00 çl
çZ-NFICI
6S 0t
t()¿ra)
xqo-[
7
Þl
:)'ÌN
ILI
çt 0
ì
oD3
Ët'sç
lrc8 I
(ood
I
'()ârl'o,l\
6(0 \)
zo L)
'0t.t,
v)I I SO!1t\e
9lo o
!.1
6X Lç
8t 0
IIZ OL
ul I
AIll OS t'tì,4 ì)u,-701' l'
sio. 52 9'1 49 93 54. \2.94 52.05 51.9'l 50 0:ì
'fi(t 0.fÌ4 0.tú t,2t 0 ot2 029 t.74 o.2'7 o647l t1 -l
:15 I i./5 1.1ì' t.06 I _34
t6 i1. rfÌ 50 761 8.50 tì.00 t2.01À4no 0)6 0.43 0.45 0.4t 0.1, 0 15 0lo (J
MÂ() t4 2U 09 t6.69 10.60 llÌ.80 10.96
x5 t\ 7 5fì 17.52 1.45 2.29 11.48
N¡.o 0 r5 0 17 0.0'7 0.06 r).18 ¡).24 0.07 o 13 (, l0Cr,(), 0.21) 0.0 r 0.1I 0.13 0,:ì6 o)1
ìo0 00 100 00 ì001)0 100.00 t00.00 100.00
Iìc.(1.' t.26
Si 941 r_945 r.rl9 t.r52 t.t71 1.95 t
ì f,t 00 0 095 0.053 0.055 0.061 0.049
sonf^ 2 000 2 00n 2 000 2 000 2.000 2.000 2_000 2,000
Al" 0.044 0.025 0.01 0.029 0.05ì o 0)2 o o).4 0(ììt0.1:1(J 0,7I {ì 0.50( 0 0:ì5fì 0.319 4.174 0.61rì 0.92.)
0 0: l(l¡ 0 006 o 001 0 004 00t0 0.0011 0.021ì r).006
Mp 0.970 ù.5r1 ì.215 1.064 0990 0,962 o 616 I Ost
Mn 0.00{Ì 0.014 0.0t4 o,0tl 0 006 0 007 0.0 t2 0.009 0 0140 002 0.003 0.008 0.022 0.019
0 196 0 0 6fÌ R 0.688 0 054 0.0{17 0,ó64 o,:ì 5 8
Na t)0t 0,0l:ì 0 005 0 004 00t3 d.017 ().004 ooì7soÀ,1^ 1.196 |.997 1.r90 r.r90 2.000 2.002 1.9)1 | 996 1991
7't9 4_4I 14.t4 27.81il 64 50 l3 u4 8'l 16.16
1't 52 1',7 44 26.41 30 32 t1.4'.7 14.02 12.15 t8.l
t7z
Tabela V. I - Continuação
AMOS'I]ìA ì)B¡-19 ì)Il,-:t4 I)U.-60 I)Il,-100I I t' I
0.t 5fl I7 52 6l 55 85 4 tì.52 t6f io. 004 003 0.ù5 0.09 0.02 0.01
Al,o, 10.40 )1.1-l 2{ì.04 25.90 29 00 ut38 29 9t)
o.l7 0,2 3 o,2 tt 0.511 0.21 0.09I {ì I l).59 i92 t3.94 ll.l4 t2.39
4 t3 5r0 7 0t\ 4.3 ft 'ì.01 a4
K.o ot9 t) 09 0.0'7 012 0.06 ú.15 0.ìt o (Jx
sol\.1^ 100.00 100.00 t00.00 100.00 100.00 l00,oi) 0ll 00 100 00 100 0n
t_89 0.47 0.10 0.¿2
ll 5l 0 \ì o14 0 8'7 1.86 0.46 0,41
35 03 54_t 4 .t9-Ifl 60_28 37-09 '19-10 26.J 1 { lo16.31ì 55.60 50.(,6 61.68 l8-49 44 3',7 11 07
6.t.¡5 45.3.t 50.12 39.04 1t 1¿ s6-62 69-fl9 6t -4<)
'70 6l 55. tfr 68.64 (,0.09
Tabela V.2 - Microanálise químioa dos l'eldspatos presentes nos diques l¡ásioos I e 2 (DB¡ e DIì7),metâbásioos (DMII) e noríticos (DBN) pertencentes ¿ì rcgião de l-avras (MG) P: ostágio dc
orìstalização precocei T: estágio de cristalização tardia.
,AMOS', ¡^ I)8,-37 t)ll.- t)B,-27 DMll-50P 1' P
'Ì' 'f I
\9 2',7 5l J5 50 2r 54.'72
tl(). 006 o.t6 004 003 0.04 0.01
Al,o\ 30.30 2 7.85 l0 ?1 i0.02o o5 t44 0.30 0,10 oì (ì I ('
tf 5.42 t4.48 1.18
Na,O 4 0l 5.99 I 4.51 6.1tì t.l0Kt) 0.t2 (J 0 t3 |.t)2 0.011
ì0lt{ì r00 00 100.00 t){ì {t(ì 100 00 100 00
t¡.11 0.23 0.11 0.46r).7 2 0.'74
6fr.96 32.',71 '¡t I 5t :t:t z'7 -9¿I 60.93
35 5R 52 19 '7l).22 :19 59 il.tìl 62,32
65.03 .r9.06 67-11 4',t.zl
63.70 47.59 1614 65.21 60.30
t)tJ,.l5 ì)tìN-5.{
P t' 't'
sìo, 4'.IÌ9 5 t.t 54 65 ,0.42 '1t
I'i(), 0.01 o7 005 4.07 0.03
ìt07 2rì.75 Il.t I8.43
021 0.41 056 0.4't 0.0{t
(l¡() r3 99 13.70 ìo 9l 14.12 l:1.{t9
Nå,() t.J 7 t,ó2 \ r.2 \.').9 l.4lK,O 0.09 0 ì:ì 0.r4 5 \'1
ltìll {t{ì ì001ì0 luu.00 t00,00 ì fì0 {lt t00.t)0 Iù0.00
o-54 l-t6 0.75 o.ß2 0-40 0.40
0.54 080 0.1,28.95 ¡.t.9r) 29.14 a-94
98 4 s.lì0 46.3'l 31 64 ).4170 5t 6ß.15 5{.92 1[.46 69-21 0.15
69 )'il [6.81) fì-ì 69.23
DlìN-6¡ l)tl,-70 l)BN-t212 r)BN-25
P 1' P l l, I Ì t'5',137 5414 50.61 54.4{r s2 32 57 55 4t.5 t 50.39
't ìo. 002 0.0{r 0 001 0.4t (J.05 0.01 {ì
,\1"o, 29.56 28_61 t{J't4 27 27 2r.81 26,64 lì ?8 35
l¡eO 0,1 0.89 o12 0.50 0.51 0.51 0 19 269 0.55
CnO 425 ll05 I 1.3 {r fì 54 '| 4 (\t) 14.34 t7.44 IO.J8
5?O 3 3tì 5.2ti 1.71 6'.l1 1.06 l.1tK.Õ 005 0lt 0.t I {ì.( 05r 036 0.07 n.08 {ìl
SOMA 100.00 100.00 00 00 t00.00 100.00 t0 ( ) r00 ll0
0 6.t 0.,r2 1.5{l o.¿o 0.¿6 0.90 0.60 0.f13
a?t 064 0.63 0.41 I 2 0f{ 0.39 0.45 o
,f0.35 ¡,t.44 2lt.63 1 50-2¡ 35.89 57.0{
41.78 45.90 13.02 5 t.12 11.21 71 72 29 05 'ì7 33 47 81
5¡_9tt t:6-61) .t(,.11 1:t 49 ?1.25 63-45 52.Ít2
69 52. 5:t 52 65.42 4t l:l '7234 70.06 6).09 51.16
Tabela V.2 - Continuação
'(¿961) laeqonu-te3 opun8es sop¿lnoleo
oÌ¿loJ rozãJ â oâi (Ðt{) ser^?'I e p o9r30r ?p ðu¡¿xrro op (¡rlgq) socrl¡.rou sorrsgq â (.Étc o 'gc)Z e I soorsgq senbrp sou so.lucsercl s?ltuãurll c setllou8uu¡ sup sectru¡nb sasrlgu¿orolt\ - t
^ uJâqeJ
80 6ó
68 86
¿00IOO
u0 66
ÞÞz
þ9 t)
tL9v
þlì rì6
17 la
LL'O
0
98116
ì{ì f)
69r
7þ
sz 9þ
8t'66
(:r'a6
I6 0ç
z0 í)
80 9ì
tt f)
90urlS t
<62þ
0Þ çÞ
zz 66
200
ç9 8ó
It
6LOZî. tl'
ç1:-'[Ifl
l) I t)
þ r'0
sl6(
67. f
s¿l
ç0 tþ
¿00
<)s 9t
z -'flc
t¡ o
xo0
t9 66
s¿ 86
r:t l
6t 0
18 çt
f;1 çþ
II¿.NÉI(I
¿00rt 0
90 1
l09t ç'
¿f.ì ç9
çç-NfKI{)
{)
6þ Ot
tr)
uì9
t90
6L'Lþ
10 0
LZ-gQ
AZ'LÞ
U
oz t)
to0
I0 6ó
€00
Il
7.O O
001=fl0
çO.Ió
rOâ:l
s¿ tt
80'0
98 li
¿00
Þr,0
L60
10 0
09 s,
za-a(
I S l-a)
¿IZI-NfI(I
*Þ
to {ì
()r?a)
9t 0
Þ t.2t,
o¡t^t
9l'0
190
09-flcl
or¡n
r00
{ç 00
100
t0 8v
Þ61)
tþ
tl, l
SL 9l'
VìI.I,SOhIV
()r.t
16 t)
¿o!s
zc z9
çç-Nft(l
0t0
IO U
v0 t)
tt-fl(
lt 0
8u u
tr1)
20 001
900
6t L9
9LZ(,f l0
zoî
*Oã¡l
þC) Zç
zft lt6
t00
r0 0
001-fl(
zl0201)
()?J
loo
0t 001
odl i
t0lì
t0 ¿9
SZ'L6
09 !t6
¿o!-I_
0
.OIS
l0'0ç9 06
Vt,¡Où^
ltl
þLO
vt\os
'OãrÌ
¿()¡.1
)t I stlúlt vo!s
175
ÁMOS] Iì^ DRN-I2] 2
t'siol
{)
ìrcO, )ù.2IMrìO 0ì
40 4lt(l^(lSoM,A r00.00
0 999 1.004
0.001
SON,IAll 436
)05 l).0ùlMo 519
Ca n,004rll9
t, '76.t2
! 21.(,:ì
Tabcla V.4 - Microanálise química da olivina da amosfra DBN-1212; dique básico norítico do
enxame da região de Lavras (MG).
AMOS'I'R Ä DIl,-22 ì)ß.-2? t)Il,-3?'l' ì, 1', 't',
sio, 'I0..t5 ì r,¡ dil l,ì 41 90'T¡O) lt xì r05 l.l5
I0 9lì 7.63 9.'1
2t.69 19.72 L2 2C
Mno 0.ì9 0. t9 0.21
Mpo 6.t t to ì5 fÌ. fl I 8.12
CâO 1t.92 I l.r2r sl l. t5 t4
ì 6l 1.2ì 11.12 0.41
soM^ 97.03 08.04 9',1 46 91.42
Ie,O1+ 1.88 r65 0.7r t\ 41
64 t ú.fì84 5 6 65t1
^l'r.5 tì1ì9 ll55 Ll4¡ì9
soM^ 8.0000 fÌ,0000 ß 0000 8.0000
A.l '' 4.4t3'7 {J o.42347 44\7 2 2't14 2.408)
o 22|5 0.3293 0.18 5l (l1ì ? 0 05 51
MrÌ t53fì2 t.7474 1.8640
N4n 0.0251 i I't1711 0 0193 t).t\214
fi 009ìl o l1't'l 0.1I l45 0280 5.0f14I 5,0591 5 2.19).
t9943 1.9',721 l.r l 5.ì ì 94t0 1.7808
N¡ 0 4723 0.4476 0.519?
K 0.3201 0.0825
SOMA 2.71113 ?'ìfì46 2.501{ll\ 42 050 0.45
Tabela V.5 - Microanálise química dos anfrbólios presentes nos cliques básicos 2 do enxane de
Lavras (MG). Fórmula estrutural calcr¡lada com base em 23 átomos de oxigênio. Iìe2O.*
caloulado segundo Papike et al (1914).l'-'cstágio de cristalização tardio.Tr e Tr : bordas rle piloxônios com Ferro - Par',r¡asita hornblencla, T¡ " oristal isolado de magnésio
hornblenda, T.r e T¡: borda e c¡istal isolaclo rcspectivamenle de l:ierro edenita hornblenda. (corrbase em Leake, 1978).
DIOUES BÁSICOS NOR ücos (DBN)¿urìostra Pralìulâcâo tcxtu¡a macrofeno fcno rnicrofcno rnâtriz25 ìnédia subolitica pl, aug pl. aug,
bronz.pl. flug.bronz. ort
pl. aug, op,micraìn
pig, âp, ânf,cl- biot. cD
rnédia subofitica aug, bronz pl. âug,bronz
pl, âug,bronz.
pl, âug. op rnrcrop, ¿tp,
ânf. cl- biot.,{l fina llttergrârìu-
larpl. âug,bronz.
pl, âug,brortz-.
pl, aug, op rnrcrop, ¿tp,
anf. biot.54 ¡nédia suboliticâ pl, âug,
btonz.pl. âug,
b¡onz.pl, aug,bronz. ol.
oÌ. op. rnlcfop, âp,biot. cl.
fin¿t intcrgramr-lar
pi, aug,
b¡onu-.
pl, aug,bronz.
pl, ¿ìug, op,biol
prg, nuctop,aD. scr.
64 ñna intcrgrâml-lar
pl pl, aug,
bronz.pl, âug,bronz. oo. ol
pl, âug, op ol (alteradâ),biot. âD.
72 rnódia pl ¡ug. bronz. aug. bronz âùu- ot) ol, ânf. biott44 hna intcr¡lrânu- pl, iìug.
bronz.pl, âug,bronz. oD.
pl, aug, op microp, anf,biot. ap. cal.
621 hna intcrgrânu- pl, âug,bronz.
pl, âug,bronz.
pl, aug, op microp, anf.biot. âÞ.
l2l I ntidia subofificâ pl, âng,bronz.
pl, âug,bronz.
pl, aug,bronz- oo- ol
ol. op. mlcrop. apbiot.
t). lnédia c¡¡¡¡¡¡rl/rlica nl ar¡Ê- bro¡1, aua. bronz ol on hioll).15 lnediâ culnulática pl aug, bronz âü9, b¡oíZ,
ol.ol op, biot. ânf
OBS: pl - plagioclisio: aug = augita: blouz = bronzital op = op¿tcos: uricrop - uricro¡:cgmalito; pig = pigconiti: .rp= apatitâ: anf - anhbólio. cl = clolit¿: biot = biotita: ol -- olivina: cp = cpídoto. hipcr = hiperstônio: sc¡ = scricita:câl '' calcitâl qz = quaflzo: csc .- cscâpoli(a: ti -- titanitâ. Macrofeno ,= macroÍcnocrisl¿ìll fcno = fcnÒcristâlmicrofcno = microfcnocristal. f'cxlùrâ cumulática = lìclcradcÌll'nu láticá
DIQUES BASICOS T (DB,)ân1osIra gramrlacâo te\lù!â mac¡ofcno fcno nricrolcro m3tflz lìccssorlr35 médiâ subofitica pt, aug,
bronz.pl, aug, prg,
[lonz. oD
pl. microp op. microp.biot. ârr. cD.
3fì hna subolilicâ pl, aug, pig pl, aug, pig,bronz.
pl, pig, op microp, biot,aÞ. cl. câl.
58 rnidia rntcrgranrì- pl pl, âug,
brouz.pl, pig, aug,bronz-. oD.
pl, p1g, nìlcrop. âp,biot. cl. scr.
59 ii rìâ intcrgranu-lar
pl, aug pl, âug, pig, pl. bronz. nìlcrop. iìp,hiot
6'/ finâ intcrgl"mr-lâr
pl. âug,bronz.
pl. aug, pi¡9. pl. uricrop, nìlcrop, âp,ânf. biot. oD.
(r8 hna iûtergranu-l^r
pl, aug. prg pl, aug, pig,bronz. on
pl. âug, pí9,bronz. o¡'l
lnlcrop, ap.biol. cl.
7o lìna subofÍlica pl, aug pl, aug, pig pl,pig,bronz, a¡r, biot. anf.cl.
|2 fina subolltic¡ pl. aug pl äug, pig, pl, âug, pig.bronz on
mlcrop, âp,biot. cl.
I t3 média illtcrgraüu-lar
pl pl. aug pl, aug. pig. pl, aug,h¡onz
rnrcrop, ap.cl. biot.
t223 lnódia inlcrgranu-lar
pl pl, âug,bronz
pl, aug. pig,hrônz
p1, âug, lìlrcrop. âp.biot. cl.
177
DIOIIF,S R srcos 2 lDR"ìamostfa sramrlâcão lcxlrrrâ nìacrolcno feno microfeno ûral nz ACCSSOI¡OS
l5 muito fina Dorfirilicil Þ1. iìuA ^t vitreâ7 sr¡hoñlic¡ nl auo ol- aur¡. oo ol- aus. nie cl. alìf
l8 média sùbofi{ica pl, aug Þ1. aug, op pl, aug, änf. op, cl, brot.hiper.
l9 médiiì suboillrcâ Dl. xut{. nl. rìug. nl on uo cl- âp. âul
20 hna rntcrgranu-lar
pl, âug. pl. aug, op op, anî. cl, ap, biotlriner
srbofitica nl ¡rrø nl Dl. 2t¡g- oD ¡nf. cl.
22 médiâ subofitica pl, aug. pl,âuB pl. aù9, pigop.
cl. biot, ânf,hiner
24 hna porl-lrítica pl. pl, aug pl, âug, a nf, cp, cl, ânf,ser- câl
26 lnódia subofiticÍì pl pl, aug pl, aug pl. op. arìf. ep, cl, ânf,ser- câl
2'/ fina suboñlica pl. aug pl, aug, pig pl, aug, pig ânf, cl. âp,
l0 hna intelgranu-lar
pl pl, âug. pl, âug, op ânÎ, cl. ap
3l hna subofitic¿ pl, âug pl, aug. anf, op ep, cl, sercal ¡t
3 lnédiâ nl ¡rrp Dl âua nl. aus. oo. anf- cl. hinerì3 fina intergra u-
larpl, aug. pl, aug. ar{ op ep. cl, ser,
cal.
\4 ¡l nl arrg nì. âus. oD DI. ¿us. Dis anf- âD
17 média norfìritica nl ol- ar¡s Dl- aus anf. oþ aD. cl. ser.
44 rnédia subofìlica Dl. aur¡. ol. ¿ug. on Dl. âug, oD ânf. cl. âD
45 lnédia subofitic¿ì pl, aug, pl, aug. pl, âug, pig, âuf. biot,hiper.
60 lnédiâ subofitica pl. auq. Dl. âUC. OD nl ¡¡rs anf. biol. aD
6t fina inler{¡rânu-lâr
pl. arrg. pl, aug pl, aug, o¡r, ânf. cl. âp.
'73 média subofitica Dl. âuq Dl. âuq nl arrr¡ o¡ anf. cl. scr
74 finâ Þorfirilica nl ¡l aut oig r ilrc;r76 média srrbofilic¡ nl. arrg. nl. aus ol. aur¡. o¡ cl. auf79 hna porfiríticâ pl. pl, âug. pl, aug, pig, anf. cl.
fì0 rùédiâ sr¡bofílica ol. ¿lur¡ ol- âus. oD ol. aug. on anf. cl.
ft7 rÌìédiâ subofilica Dl. auI Þ1. ¿{.r,t. pl. aug. op. pip,. ânf. cl{r8 fina lntetgranu-
lârpl pl, âug pl, aug, op anf, cl, biot.
hipc¡.ft9 midra subofitlcâ Dl. âuq nl, aug. on nl aro nio anf cl
90 fina subolilica nl ¡l auu ol- aug- oo anl cl se¡
99 módia s¡rhofilica nl âuf¡ nl- arro. on. DI- AUS- OD hiDer- ânl cl100 fina illtergra r-
larpl, aug pl, aug, op ânf. cl. âp
r0t hna sr¡hoñt ic¡ ol. auu Dl- aus- oD. eo- scr cal.clr04 rnédia srrbofilic¡ nl. aus Dl- auû. a nf. op ep. scr. ciìll3l rurórlia subofifica Dl- âus ol. aùf:. anf, oÞ ep. scr. câl
151 rnédia subolìticâ Dl. âuÊ Dl. aug nl ¿tuø ot'l ¡nf cl
120(:, Ìrédrâ subofificâ pl. aua nì ¡r rr¡ Dl- aug. Dlû oo. anfì cl
I20B médi¿t srÌbolilicâ ol ar¡o ol. alrg- oD Dl- arì Ê- oD. anf- cl. rìD.
l),10 rnédi¡ sûbolilic¡ ol. arra. Dl. aus. ol. aug.oo ânf. aD
tz31 rnédia srrbofilica Dl. atrs Dl. âus pl. aug. on cl, anf. sc¡
srcos tDMlì)leno icrofeno Írâtnz accssonos
ârnostra texlurablastosubofi'I ìcâ
pl. ârlf. op pl. anf. pl, âug. op, qz, ap,cl42 fina
47 fina blastosuboñ- pl, anf pl. anf. aug pl. anf. op. ap, cl, qz.
50 fina blâslosubo[i-lica
pl pl. ¿nl op, pl. anf, op cl, ap, qz",
esc_
5I fira blastosubofi-tica
pl pl, anf, op. pl, ¿nl op, cl, ap, qz
56 lnédlâ blastosubofi-ticâ
pl, anf pl, anf. aug. pl, anf, op, ap, biol, q7-.
62 rnédia blastoporhrítica
pl. pl, anf pl, aul pl, anf, qz, ti, cl, ep.
63 médrâ blastoporhritica.
pl pt. anl pl, iìnf. op. pl. anf, op, ti. cl, cp
'75 lina blastosubofi'licâ.
pl, anl pl, ânf, op. qz, cp, scr,
cal. cl.
96 lina blâstosubofì-licâ
pl, anf, op. pl, anf, âug, pl, anf, op, qz, cl
9'.l finâ blastosubofi' pl pl, anf, aug. pl, anî, op, âp, cl, biot
98 nna b[âstointcr- pl. pl, anf pl, anf, aug,cz. ou
cl, ap
659 fina blastointer-qr¡nulaÌ
PI, OP pt, anf pl, anf, oP, cl, ap.
srânulâção lcxlIìfâ rr¡incrais cssenciais rninerais acessóriosâtì10strâ
21 hnâ o'o'rnncmvrtoblástica rl ânf- oD. 07. ll
sranoblástica
rirânorìenlatoblásf icâ
nl ânf- oD a/,.143 fina
Dl. ânf. oÞ 0).. ll, cÞ.46
Dl- anf. oÞ, o748 finrì qranoblástlcit
DI. ¿ìnf. oP. tI9 ñna
cÞ. 1
52 hnasranoblástica nl anf. oD tr. âp. qz.
5'7 _ 65. 66 ulâDl- anf. oÞ li cD.
rnédia sr¡noblásticaol. anf. op.
R'ì 1ì4 tì5. 86. fina
92, 95, I03, 105,
106, l0?, 110. I11,128. 1091.
flna grânoblástrcâ pl, anf. oP. ÉP,q
oBS: pl = plagioclásio; aug = augita; bronz = bronzitai op: opacosl microp = nricropegnìâtitol pig = Pigeonital ap
= âpatitâ: anf= anhbólio,.r = "roritâ;
rrioi = rriotita; ol:olivirlat cp= cpidolo; hipcr= lripcrstôIio: scr = scricita:
cat = catcila: qz = quarrzo: "r"
l"iriri"tt","iì": ìiil; vo"roøná = nracrofc'ocristal: fcno = fcnocristal:
tiicrolèno'- miLrofcnocristal Tcxlura cutlulática - hetcr¿ìdcuÙìulática