Download - Iniciando minha Jornada
EEMM BBUUSSCCAA DDAA MMIINNHHAA EESSSSÊÊNNCCIIAA
Autor: Pe. Pedro de Almeida Cunha
Baseado no Livro “Escritos de um Andarilho” Pe. Pedro de Almeida Cunha
1999. Edição Própria DIREITOS RESERVADOS
Olá querido(a)
And
arilho(a),
Ao iniciar a sua jornada, quero compartilhar
com você a jornada de um outro andarilho que já
passou por este lugar, onde você agora se
encontra.
ele me enviou. Este foi o escrito que
Leia‐o com atenção!
Hoje é segunda feira e faz muito frio; de repente
caiu sobre o vilarejo por onde estou passando uma
intensa neblina. Fiquei impressionado com a
rapidez com que a neblina caiu sobre este lugar.
Instantes atrás eu estava olhando a lua que daqui
parece mais bela e, como sem que eu percebesse, a
neblina veio descendo e agora já encobriu minha lua
e este lugarejo; todos se recolheram para suas casas,
estou só e agora tenho medo de que ninguém
consiga me enxergar nesta neblina.
Foi por isso que resolvi lhe escrever, para ver se
não sinto a noite passar demorada, para ver se
passa logo esta cerração que é para mim um misto
de beleza, de solidão e de frio, que parece de algum
modo esfriar minha alma e amedronta‐me quando
cai sobre mim e me afaga. Tudo isto me faz pensar
nas noites de minha vida, nos luares cheios de
beleza e encanto e nas repentinas quedas de neblina
e cerração sobre os meus luares. Sabe, a neblina
desta noite me faz pensar nas inúmeras vezes em
que eu vivi exatamente este fenômeno da natureza,
as vezes em que estava bem, feliz, encantado com a
vida, quando sem perceber, uma neblina caía sobre
mim e cada vez mais intensamente minha vida
nublava, sempre notei que nestas horas, todas as
pessoas que estavam por perto desapareciam,
algumas encobertas pela neblina da noite de minha
vida, outras por medo, (quem sabe) outras pareciam
não conseguir me enxergar por entre a minha
cerração. Em muitos dias isto me aconteceu e em
alguns dias, muitas vezes.
Comecei a ficar preocupado, pois comecei a sentir
por dentro, um intenso frio e uma profunda solidão,
um vazio a partir de minha necessidade de amar e
de ser amado, que passava a me consumir a cada
instante, como algo vital que faltava em mim. Esta
noite, este lugarejo, as pessoas que estão trancadas em
suas casas, este frio, esta cerração me fazem lembrar
exatamente das noites de minha vida, noites dolorosas,
noites difíceis de viver e de encarar a vida.
Cheguei a tal ponto que pensei mesmo estar
muito doente, pois comecei a sentir sempre mais
intensamente estas noites dolorosas, intermináveis.
Foi então que decidi procurar um médico para
perguntar o que estava acontecendo comigo.
Ele me examinou muitas vezes, mas não soube
explicar o que estava acontecendo, disse‐me que
não conhecia nenhum remédio que pudesse me
curar, pois possivelmente minha doença era
originada na alma.
Estranhei que um médico me dissesse algo assim,
mas, depois que ele me falou comecei a observar que
de fato algo de muito sério estava me acontecendo pois
minhas noites não tinham mais nenhum amanhecer,
nenhum raiar de sol, eu estava permanentemente em
uma noite de frio, neblina e solidão e mesmo que se
algum dia o sol teimasse em despontar em minha vida,
ainda assim não havia luz e calor suficiente para
dissipar a densa neblina que já havia tomado o meu
lugarejo. Foi então que resolvi procurar alguém que
entendesse da Alma, pois seria bem possível que o tal
médico estivesse com a razão, e afinal, diante da minha
situação, não me sobravam muitas alternativas, resolvi
finalmente procurar.
Nem imaginava por onde começar, onde encontrar
alguém que soubesse de um remédio para a alma.
Como por pura sorte ou acaso, acabava de chegar de
uma de suas andanças um antigo eremita, pensei
comigo: “Ele pode saber do remédio, pois entende das
coisas da alma e parece ser um homem muito sábio”.
Fui procurá‐lo...
Numa breve conversa, pois o silêncio e o olhar pareciam ser a língua que o tal eremita mais sabia falar, expus a minha situação, ele logo decifrou o que sinto, mas infelizmente não sabia o remédio. Acabou por me indicar quem podia me fornecer o precioso remédio para minha cura.
Disse‐me o eremita:
- Procure o lugarejo onde moram, juntas, três pessoas.
Perguntei‐lhe:
‐ Quem são estas pessoas?
Ele respondeu‐me:
- É fácil: uma delas é o autor da mais bela obra de arte que a terra já conheceu, a outra é a expressão do mais radical e puro amor e a terceira é a pessoa mais rica que há em todo o universo, mas que aind , r ra assim procura um luga para mo ar.
Pensei comigo mesmo naquele instante: é
impossível que hajam três pessoas assim morando
junta
s, num mesmo lugar... Foi então que lhe disse:
‐ O Sr. me perdoe a sinceridade, mas o Sr. acha
que eu estou maluco em acreditar nesta história? O
Sr. acha mesmo que eu vou sair por aí a procura de
uma s coisa dessa ?
Mas você precisava ver, Ele me olhou tão
profundo em minha alma que cheguei a sentir “um
arrepio” por dentro e me respondeu:
- Não, eu não acho que você esteja maluco e também não acho que vá acreditar nesta história; você não me parece muito diferente de todos os outros, e sua doença pode já tê-lo atingido em tal profundidade que não seja possível encontrar o remédio apropriado.
procurando, pois eu não consigo mais ficar assim.
Enfim, preciso continuar meu caminho, tão logo
encontre o lugar, as pessoas, o remédio, eu volto a
lhe escrever e assim que eu estiver curado,
certamente lhe farei uma visita e como nos velhos
tempos voltaremos a sorrir, a brincar a nada fazer,
apenas estar, aí! Até breve, espero !!!
Mas, se algum dia resolver acreditar, tenha fé ao partir; este lugar com certeza você vai encontrar, pois afinal não é tão distante assim, é mais perto do que você possa imaginar.
E concluiu dizendo‐me:
- Quando achar este lugar, encontrar as três pessoas, elas saberão qual o remédio que poderá lhe curar, não custará nada, é gratuito, só é necessário humlo.
ildade, pobreza e disponibilidade para tomá-
Foi assim que vim parar aqui neste lugarejo, na
esperança de poder encontrar as tais pessoas; e não
sei porque esta noite me refletiu exatamente o que
estou passando, o que me anima é de algum modo
sinto uma força que me encoraja a continuar
Pois é,... Esta foi a experiência do seu colega andarilho, uitos anos atrás, mas hoje, você está iniciando este m
mesmo caminho. Por isso eu lhe pergunto: que, da experiência deste andarilho, você viveu ou O
vive? este lugarejo de sua vida o que você está xperimentando após esta leitura? Ne
Vá até a área virtual de nosso curso, lá existe um spaço onde você pode compartilhar comigo esta sua eexperiência. Este é o seu próximo passo. Para retornar ao ambiente do curso aperte a tecla ESC em seu teclado e em seguida feche esta janela, clicando no X no alto da tela a direita do seu vídeo.