SOCIEDADE HOSPITALAR ANGELINA CARON
Ao Fundo para a Infância e Adolescência
Projeto Social
INFÂNCIA BEM CUIDADA
Presidente:
Jorge Itsuo Fukushima
Campina Grande do Sul
2018
ÍNDICE
RESUMO DO PLANO DE TRABALHO 2
1. CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO 4
1.1 Nome do Projeto 4
4
4
4
1.4.1 Recursos e Qualificação Técnica 5
1.5 A Pediatria da Sociedade Hospitalar Angelina Caron 7
2. DESCRIÇÃO DA REALIDADE 10
2.1 ASPECTOS GERAIS DA SAÚDE DA CRIANÇA 10 2.1.1 A HOSPITALIZAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 10 2.1.2 HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR 12 2.1.3 INOVAÇÕES NA AMBIENTAÇÃO HOSPITALAR 13 2.1.4 A PROBLEMÁTICA 15 2.1.5 OPORTUNIDADES 17 2.2 PROJETO “INFÂNCIA BEM CUIDADA” 18
3. PÚBLICO ALVO 18
4. OBJETIVOS 18
18
18
5. METAS 19
6. METODOLOGIA DE EXECUÇAO DAS ATIVIDADES 20
7. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO 21
8. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 22
PLANOS DE APLICAÇÃO 24
2
PROPOSTA Entidade Proponente CNPJ
Sociedade Hospitalar Angelina Caron 07.088.017/0001-91
Endereço CEP
Rodovia do Caqui, 1150 - Araçatuba, Campina Grande do Sul - PR 83.430-000
Telefone Fax E-mail
(41) 3679-8100
Responsável CPF Funcao
Jorge Itsuo Fukushima 004.044.229-26 Presidente
Conta Corrente Banco Agencia
901-7 Caixa Econômica Federal 3511
Nome do Coordenador do Projeto Função Telefone
Stephanie Formoso Caron Gerente de Investimento Social (41) 3513-3949
RG CPF Formação
9077699-01 040.044.559-01 Economista
Celular E-mail Registro Conselho Profissional (se houver)
(41) 99964-1124 [email protected]
Nome do Projeto INFÂNCIA BEM CUIDADA
Abrangência do Projeto Estadual
Valor Total do Projeto R$3.901.557,17
Valor Solicitado ao FIA/Doação R$3.901.557,17
RESUMO DO PLANO DE TRABALHO
Este projeto tem como objetivo humanizar e aprimorar a qualidade do atendimento pediátrico, oferecendo um
ambiente físico personalizado e com condições tecnológicas que permitam a recuperação da saúde da criança de
maneira segura e com a maior eficiência possível.
O projeto prevê a aquisição de equipamentos médicos que permitirão o atendimento seguro de uma parcela
ainda maior da população carente, além de ações de customização dos ambientes e confecção de espaços lúdicos
pediátricos que serão de extrema importância na humanização do atendimento e impactarão positivamente no
crescimento pessoal e na integração social das crianças;
Dispor de equipamentos médico-hospitalares novos e com tecnologia de ponta atrelados a capacitação
técnica dos profissionais, possibilita um tratamento digno à saúde da criança e oferece ao médico condições seguras
de diagnóstico e terapêutica.
Nesse contexto é importante salientar que o investimento requerido para melhorias na ambientação e
aquisição de equipamentos médico-hospitalares é extremamente alto, e que o orçamento da instituição é altamente
comprometido para garantir o funcionamento e honrar com suas responsabilidades financeiras e de atendimento à
população.
Assim, faz-se necessário uma estrutura que possa não apenas otimizar as oportunidades de saúde, mas
também garantir um atendimento integralizado na área da assistência, tanto médica quanto psicossocial.
Em síntese, os esforços permanentes do Hospital Angelina Caron são o de oferecer uma assistência
hospitalar com qualidade e humanização, abrangendo muito mais que metas alcançadas ou números atingidos.
3
Devem representar o comprometimento com os valores e preceitos organizacionais que alicerçam toda e qualquer
ação pessoal ou corporativa.
Dessa maneira, para que o Hospital Angelina Caron possa continuar a desenvolver esse trabalho, faz-se
necessária a busca de alternativas para a realização de investimentos e, com isso, melhorar ainda mais a infraestrutura
e o atendimento para a criança e o adolescente. Para tanto, submetemos essa proposta de projeto para captação do
recurso por meio de doação dirigida (imposto de renda), cujo valor está descrito no Plano de Aplicação e outros
documentos anexos a este projeto.
Campina Grande do Sul, 23 de Agosto de 2018. _______________________________________________ Jorge Itsuo Fukushima / Representante Legal da Entidade CPF: 004.044.229-26 / RG: 61209573 PR
4
1. CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO
1.1 Nome do Projeto
“INFÂNCIA BEM CUIDADA.”
(X) Estadual ( ) Regional ( ) Intermunicipal
Local onde serão executadas as ações do projeto: Campina Grande do Sul, Paraná
Total Projeto: R$3.901.557,17
Total Recurso/FIA: R$3.901.557,17
O Hospital Angelina Caron teve sua inauguração em 1983, com foco no social, no paciente mais carente.
Iniciou com apenas 50 leitos e um grupo reduzido de médicos e colaboradores. Com o passar do tempo a instituição,
ao ser credenciada pelo sistema público de saúde, deixou de ser conhecida apenas pelos atendimentos em pronto-
socorro e passou a incorporar várias outras especialidades da Medicina. Com a soma de experiência, o Hospital
passou a agregar procedimentos de elevada complexidade com o mesmo foco social, do paciente mais carente.
Hoje, a Sociedade Hospitalar Angelina Caron é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos. Atua na
promoção do ensino, da pesquisa e da assistência. Investe no saber e na promoção da saúde, com foco constante na
excelência. Seu foco de atuação é o atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), aos quais presta
atenção integral, em todas as especialidades médicas, na média e na alta complexidade. No ano de 2017,
aproximadamente 140 mil pacientes de todas as partes do país, destes, 93% foram oriundos do sistema público.
No período, foram realizados mais de 426 mil atendimentos, 38 mil internamentos, 23 mil cirurgias e 303 transplantes.
Este cenário posiciona a Sociedade Hospitalar Angelina Caron como uma das principais parceiras do SUS no país e
o maior parceiro do SUS no Paraná, atuando em todas as vertentes da medicina.
A Sociedade Hospitalar Angelina Caron de Campina Grande do Sul - PR atende o Município Sede e todo o
Estado do Paraná, em especial os municípios da 1a e 2ª Regional do Paraná.
Sua missão é atender plenamente a seus diversos públicos, de forma integral e humanizada, fortalecendo os
princípios éticos e o compromisso social para melhor qualidade de vida e saúde dos seus pacientes.
5
1.4.1 Recursos e Qualificação Técnica
Um dos diferenciais da Sociedade Hospitalar Angelina Caron é a sua vasta área física, com mais de 50 mil
metros quadrados de área construída. Todo o complexo é dividido em quatro grandes blocos, por onde circulam
diariamente mais de 4.000 pessoas, entre médicos, funcionários, pacientes e seus acompanhantes.
A tabela a seguir mostra, detalhadamente, números relevantes referentes à estrutura do hospital:
Tabela 1 – Recursos Físicos e Técnicos
Descrição Total
Funcionários 1.733 Corpo Clínico 288 profissionais Leitos 377 Leitos em UTI 93 Salas Cirúrgicas 16 Ambulatórios 66 consultórios
Médicos Residentes 90
Além dos colaboradores diretos, incluindo médicos, residentes médicos, especializandos em medicina e
multiprofissionais, o Hospital Caron, em paralelo, possui um Programa de Voluntários, com cerca de 100 integrantes,
sendo que estes atuam em diversos projetos que potencializam o tratamento clínico.
O cuidado de forma humanizada existente com os pacientes, acompanhantes, funcionários e outras pessoas
que necessitam do hospital, é algo essencial para uma melhor experiência na instituição e o aprimoramento do
processo hospitalar. Por conta disso, os projetos que são realizados, se orientam pelo grupo de Humanização e
baseiam-se na Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde.
Alguns dos programas executados pela Humanização são:
• Cuidando da Maternidade
Desenvolve ações educativas na fase gestacional, possibilitando que as futuras mamães ampliem o conhecimento,
potencializando a busca de autonomia, a partir da pedagogia dialógica.
• Voluntários da Amizade
Promove a qualidade no ambiente com grupos específicos, os quais estão divididos pelos diferentes tipos de
participação:
o “Amigas do Bem”: Grupo de senhoras que se reúnem nas instalações do hospital realizando oficinas de
trabalhos artesanais e costura.
o “Leigos Hospitaleiros”: Realizam visitas diárias aos pacientes, acolhendo e cuidando no leito hospitalar.
o “Voluntariado Musical”: Realizam visitas musicais descontraindo e alegrando o ambiente.
o “Visitadores Espirituais”: Oferecem conforto espiritual, através de palavras encorajadoras que reforçam
crença e fé.
o “Doutores do Sorriso”: Palhaços que visitam os pacientes com “receitas de alegria que contagia”.
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o “Contadores de Histórias”: Através de visitas semanais contam histórias e utilizam diferentes técnicas
para atrair a atenção do público descontraindo o ambiente.
• Programa Música no Hospital
Semanalmente, as músicas populares brasileiras ecoam nos corredores e visitam os pacientes internados, trazendo
para o ambiente uma sensação de bem-estar e descontração.
• Saúde da Criança
Funciona como defensor do direito da cidadania à criança, tendo como princípio programas sociais que ajudam na
produção de saúde de forma preventiva e educativa.
• Somos Diva
Atende a saúde da mulher de forma integral, visando o bem-estar nas diferentes etapas da existência humana. E
também aproveita o espaço para realizar ações voltadas à saúde do homem, no que se refere ao cuidado e prevenção.
• PAI (Programa de Acolhimento ao Idoso)
São realizadas palestras educativas aos acompanhantes de idosos internados e encontros anuais com a comunidade
onde são oferecidos trabalhos recreativos, oficinas e temáticas educativas.
• PAPS (Programa de Atendimento ao Paciente Sequelado):
Proporciona condições favoráveis, garantindo o direito a integralidade durante o tratamento e na alta hospitalar.
• Cuidado e Equilíbrio Emocional na Saúde Mental:
O programa realiza várias atividades de cunho preventivo e curativo, com a finalidade de propiciar equilíbrio emocional,
contando com a rede de proteção através de trabalhos oferecidos ao CAPS e APAE do município.
• Posso Ajudar?
Acolhe o usuário e seus familiares, buscando o direito a integralidade no atendimento tornando o ambiente justo e
humano. Colaboradores distribuídos em áreas estratégicas do hospital auxiliam usuários em suas diferentes
necessidades.
• Cuidando de Quem Cuida:
Proporciona aos colaboradores um ambiente de trabalho que propicia ações integrativas, entretenimento, temáticas
educativas, oficinas e estímulo ao cuidado e saúde preventiva.
• Capelania Hospitalar:
Fornece apoio espiritual ao usuário, acolhendo no enfrentamento diante o sofrimento. Realiza ações voltadas ao luto
humanizado, visita aos pacientes, acolhimento de familiares das UTIs, bem como auxílio a trabalhadores que
necessitam de apoio emocional.
Não obstante, o Hospital ainda possui uma série de parcerias certificações que embasam e ratificam a
qualidade na prestação do serviço médico-assistencial a seus pacientes. São elas:
• Ministério da Educação (MEC) e Ministério da Saúde (MS) - Atualmente, o Hospital Caron conta com 17
Programas de Residencia Médica com 90 médicos residentes inseridos e 18 especializandos em 4
Programas. Dentre os Programas de Residencia estao: Anestesiologia, Cancerologia/Cirúrgica, Cardiologia,
Cirurgia Geral, Cirurgia Vascular, Clínica Médica, Endoscopia, Nefrologia, Neurologia, Neurocirurgia,
Pediatria, Obstetrícia e Ginecologia, Ortopedia e Traumatologia, Radioterapia e Cancerologia Clínica e UTI
pediátrica.
• Classificação A - Sistema Estadual de Transplantes do Paraná – O Hospital Angelina Caron possui o
Selo de Qualidade concedido pela Central de Transplantes do Paraná com classificação A de órgãos sólidos,
com base em segurança, cuidados com o paciente e resultados clínicos.
7
• Centro de Alta Complexidade em Oncologia - Credenciado pelo SUS como CACON (Centro de Alta
Complexidade em Oncologia), em 2017 fez 16.865 atendimentos de casos de neoplasias nas áreas:
Cirúrgica, Clínica, Hematologia Oncológica, Pediatria Oncológica, Medicina Nuclear e Radioterapia. Possui
ainda, 30 leitos de serviço de transplante de medula óssea representando cerca de 20% da capacidade
nacional, realizando 16 transplantes de medula no ano de 2017.
• Rede Cegonha - Referência em Gestantes de Alto Risco e atendimento de UTI Neonatal;
• Alta complexidade em Cirurgia Cardíaca e de Hemodinâmica;
• Alta complexidade em Cirurgia Vascular e Endovascular;
• Alta complexidade em Neurologia Clínica e Cirúrgica;
• Alta complexidade em Oftalmologia;
• Referência em atendimento à Obesidade e Cirurgias do Aparelho Digestivo.
1.5 A Pediatria da Sociedade Hospitalar Angelina Caron
No ano de 2017, realizou mais de 67 mil atendimentos pediátricos, acolhendo pacientes de toda parte do
Brasil, destes 95% oriundos do sistema público de saúde - é a maior média do Paraná. Contribuímos ativamente
para o atendimento integral à saúde da criança e do adolescente por intermédio do SUS, garantindo o acesso universal
e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde conforme o Estatuto da Criança
Art. 11°.
O Serviço de Pediatria da Sociedade Hospitalar Angelina Caron conta com um ambulatório de atendimento
para consultas de rotina e prevenção de doenças próprias da infância, atuando nas áreas de atenção primária, como
puericultura, e também nas áreas secundárias e terciárias de atendimento. Proporciona tratamento da criança na
clínica geral e especialidades como Cardiopediatria, Nefropediatria, Gastropediatria, Pneumopediatria,
Hematopediatria e Cirurgia Pediátrica, assim como atendimento diário em Fisioterapia e Fonoaudiologia.
O atendimento emergencial é prestado 24 horas por dia no Pronto Socorro do hospital, em unidade de alta
complexidade e estrutura física para casos de urgência e emergência que realiza mais de 36 mil atendimentos por
ano em mais de 20 mil crianças, oriundas do Estado do Paraná, e até do País.
A enfermaria está preparada para receber crianças e adolescentes, podendo o pai, a mãe ou um responsável,
permanecer em sua companhia - conforme Art. 12° do Estatuto da Criança - os estabelecimentos de atendimento a
saúde deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos
casos de internação de criança ou adolescente.
A estrutura do serviço conta com 19 leitos dedicados à pediatria e 19 leitos com isolamento na Unidade de
Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal, internando, em média, mais de 4 mil pequenos pacientes no ano de 2017,
sendo quase 100% deles originários do SUS.
Por ser conhecido como um hospital de “portas abertas”, acabamos nos deparando com uma demanda
excedente para atender a vasta gama de procedimentos cadastrados e por cumprir a Lei da “Vaga Zero”, da Portaria
2048, em UTI’s.
8
O HAC também faz parte da Rede de Atendimento Materno-Infantil - Mãe Paranaense - que garante
atendimento às gestantes de alto risco, mesmo que de municípios de outras regiões e em trabalho de parto, realizando
acompanhamento de atenção obstétrica e dos recém-natos, consequentemente. Este programa faz parte do contrato
do Plano Operativo Assistencial (POA) entre o hospital e o governo estadual, que estimou em seu programa para linha
de cuidado, um fluxo de 200 gestantes de alto risco/mês. Este programa também está alinhado ao Estatuto da Criança
Art. 8o - é assegurado a gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal.
§ 1o. a gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento, segundo critérios médicos específicos,
obedecendo-se aos princípios de regionalização e hierarquização do Sistema.
Atualmente dispomos de 11 leitos de alojamento conjunto para atendimento da gestante, puérpera, recém-
nascido e acompanhante, perfazendo um total de 4.397 internamentos e ῀1666 procedimentos obstétricos no ano
de 2017.
Seguindo o mesmo contrato citado anteriormente, foram pactuadas 200 cirurgias pediátricas/ano, sendo 70%
para consultas iniciais e 30% para retornos ou restritas. O Plano Operativo Assistencial trabalha com metas
quantitativas e qualitativas que avaliam ferrenhamente o desempenho do hospital em diferentes vertentes, com o
seguinte princípio: oferecer atendimento pleno, integral e humanizado aos diversos públicos, fortalecendo os princípios
éticos e de compromisso social da instituição.
O serviço de pediatria da Sociedade Hospitalar Angelina corresponde a 16% do total de atendimentos, sendo
muito significativo no atendimento de pronto socorro às crianças do Estado do Paraná com mais de 40 mil
atendimentos ao ano.
Tabela 2 – Distribuição dos Atendimentos Pediátricos
Tipo Atendimento - Descrição Período Entrada - Ano
2015 2016 2017
Atendimento Ambulatorial 21.697 21.861 23.238
Externo 4.695 4.707 4.436
Internado 3.524 3.641 4.119
Pronto Socorro 33.594 36.749 36.111
Total Geral 63.510 66.958 67.904
Fonte: BI
Tabela 3 – Procedimentos por Especialidades
Especialidade Procedimentos Clinica Médica 68.945
Cirurgia Geral 4.666
Cardiologia 465
Otorrinolaringologia 208
Cirurgia do Aparelho Digestivo, Órgãos Anexos e Parede Abdominal 40
Urologia 33
Cirurgia Plástica 11
Oftalmologia 11
Ginecologia e Obstetrícia 5
Ortopedia e Traumatologia 5
9
Cirurgia de Cabeça e Pescoço 4
Dermatologia Clinico - Cirúrgica 4
Neurocirurgia 4
Hemodinâmica 3
Fonte: BI
As tabelas a seguir mostram as taxas de ocupação dos leitos das UTIs pediátricas, leitos da Enfermaria
Pediátrica e do Alojamento Conjunto.
Tabela 4 – Classificação Etária dos Atendimentos Pediátricos (%)
Taxa de Ocupação Hospitalar Pediatria 2017
Qntde Leitos
Capacidade Mensal
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média Mensal Total Anual
UTI Neonatal
9 270 222 238 274 270 260 246 281 244 235 265 272 265 256 3072
82% 88% 101% 100% 96% 91% 104% 90% 87% 98% 101% 98% 95%
UTI Pediátrica
10 300 175 173 210 188 234 188 208 167 144 168 190 185 186 2230
58% 58% 70% 63% 78% 63% 69% 56% 48% 56% 63% 62% 62%
Pediatria
19 570 290 256 367 377 389 395 412 357 346 386 401 298 356 4274
51% 45% 64% 66% 68% 69% 72% 63% 61% 68% 70% 52% 63%
Alojamento Conjunto
13 390 365 348 404 319 404 357 314 418 362 365 373 368 366 4397
94% 89% 104% 82% 104% 92% 81% 107% 93% 94% 96% 94% 94%
Fonte: BI
Gráfico 1 – Quantidade de Cirurgias Cardíacas Pediátricas - 2017
Fonte: BI
9
4
13
12
11
9
11
6 6 6
5
0
2
4
6
8
10
12
14
fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17
Cirurgias Cardíacas Pediátricas - 2017
10
2. DESCRIÇÃO DA REALIDADE
2.1 Aspectos Gerais da Saúde da Criança
O perfil de morbimortalidade na infância e na adolescência vem passando por um profundo processo de
transição. No Brasil, assim como em outros países em desenvolvimento, a assistência hospitalar pediátrica, até bem
poucos anos atrás, era voltada para o tratamento de doenças agudas como diarreia, verminoses, doenças
respiratórias, e outras doenças infecciosas em geral associadas a níveis variados de desnutrição (ROCHA et al.,
1998).
Vários fatores foram responsáveis pela mudança nesse quadro, que foi acompanhado também pela redução
das taxas de mortalidade infantil no país. A disponibilidade de programas de saúde que ampliaram o acesso e o
conhecimento acerca da imunização, aleitamento materno e a reidratação oral, associados às mudanças na dinâmica
social, contribuíram para a redução observada na mortalidade de crianças no primeiro ano de vida.
As mudanças no perfil das internações pediátricas também decorrem dos processos de incorporação de
tecnologias que propiciam uma sobrevida maior às crianças que antes estavam destinadas a morrer precocemente
(VARGAS et al., 1994, LEJARRAGA, 2006).
Contudo, mesmo com os avanços alcançados, os indicadores de saúde demonstram que ainda falta um longo
caminho a percorrer para garantir às crianças brasileiras o direito integral à saúde, como assumido em nossas leis.
Os índices de mortalidade infantil – embora bastante reduzidos na última década – ainda são altos, principalmente,
relacionados às complicações perinatais e à prematuridade. Assim como, a manutenção da morbidade relacionada à
baixa resolutividade de acometimentos à saúde infantil considerado evitável, também se mantém elevada. Na maioria
dos casos, os óbitos poderiam ser evitados se as crianças fossem encaminhadas para um serviço de saúde
qualificado, com uma equipe profissional preparada para atender com eficiência e agilidade.
2.1.1 A Hospitalização da Criança e do Adolescente
A hospitalização é uma situação crítica e delicada na vida de qualquer ser humano, e tem contornos especiais
quando se trata de um acontecimento na vida de uma criança, pois implica na mudança de rotina de toda a família.
Trata-se de uma experiência bastante difícil para o pequeno paciente, gerando ansiedade pela exposição da
criança a um ambiente estressante, e onde o apoio para o enfrentamento destes sentimentos é bastante restrito, de
tal forma que, uma das únicas fontes de segurança é representada pela presença dos pais. Geralmente, a rotina
hospitalar é adequada às necessidades do serviço e não da criança.
A hospitalização representa uma situação diferenciada das rotinas diárias do paciente, por encontrar-se em
um ambiente diferente do seu contexto diário, a experiência da hospitalização pode deixar o paciente ansioso, inseguro
e com medo, por estar cercado de pessoas estranhas que a todo o momento realizam procedimentos que causam
algum tipo de desconforto (JANSEN; SANTOS; FAVERO, 2010).
No sentido de mudar este panorama, muitas iniciativas vêm sendo implementadas, contudo, estas são
bastante recentes. O Brasil somente obteve avanço em relação à humanização da assistência à criança, após a
publicação da Lei N° 8.069, em 1990, regulamentando o Estatuto da Criança e do Adolescente, que em seu Artigo 12
preconiza que os estabelecimentos de saúde deverão proporcionar condições para a permanência de um dos pais ou
responsável, em tempo integral, nos casos de internação de criança ou adolescente.
11
De acordo com Machado e Martins (2002), a internação conjunta da criança e do familiar responsável traz
benefícios para ambos, pois a primeira tem a sua sensação de abandono reduzida e com isso se recupera melhor e
mais prontamente, podendo assim receber alta mais rapidamente e para o segundo porque tem a possibilidade de
permanecer junto ao paciente infantil, acompanhar de perto as ocorrências e colaborar no tratamento.
Desde entao, desenvolver um “cuidar-assistir” em pediatria significa envolver não só a criança nesse cuidado,
mas abarcar também neste processo o seu universo relacional e social, de tal modo a considerar criança e família
como um só cliente. O Ministério da Saúde (MS) define acompanhante como uma pessoa significativa para a criança,
sendo um representante de sua rede social que vai acompanhá-lo durante a permanência no ambiente hospitalar.
Os pais de crianças hospitalizadas, ao agirem como seus representantes legais, podem oferecer importante
contribuição na identificação de falhas cometidas pelo sistema hospitalar, e que, invariavelmente, acabam por
ocasionar um atendimento menos eficaz e errôneo.
Além desta importância, no contexto da avaliação da atenção hospitalar, os pais exercem papel fundamental
no contexto da hospitalização infantil, na medida em que representam a referência fundamental da criança, enquanto
mediadores da relação terapêutica, fonte principal de segurança e de carinho, além de apoio imprescindível ao
enfrentamento desta situação desafiadora que é a doença e o internamento.
Assim, nos defrontamos hoje com uma disparidade de conceitos e abordagens acerca do que vem a ser o
hospital e a experiência da hospitalização: vista por alguns como um sistema que desconsidera a condição humana
do paciente e onde o mesmo é comparado a uma máquina avariada, devendo, portanto, receber passivamente tudo
o que lhe é imposto.
Assim, há urgência em encontrar estratégias de humanização que vão além de acompanhamento dos pais,
mas que propiciem também soluções para uma melhora no atendimento a criança.
A criança, por se encontrar em situação peculiar de desenvolvimento, reage muitas vezes de maneira
negativa frente à necessidade de internação, que já se mostra traumática por envolver doença, dor, exames,
medicações entre outros estressores. Portanto, para minimizar ou evitar os traumas da hospitalização, o ambiente
hospitalar para as crianças não pode se limitar ao leito, devendo a unidade pediátrica fornecer condições que atendam
às necessidades físicas, emocionais, culturais, sociais, educacionais e de desenvolvimento da criança (LIMA; JORGE;
MOREIRA, 2006).
Para desencadear um processo de humanização no ambiente hospitalar, não são necessários apenas
investimentos ou adaptações no ambiente físico, é primordial que haja sensibilização com relação a problematização
da realidade concreta, a partir da equipe multidisciplinar. O cuidar humanizado implica, por parte do cuidador, a
compreensão e a valorização da pessoa humana enquanto sujeito histórico e social.
A evolução da ciência e o desenvolvimento de tecnologias mais avançadas no campo do suporte à vida,
acaba prejudicando por vezes, que o cuidado é, acima de tudo, realizado em e para seres humanos.
Sob esse aspecto, a família ou cuidador, também enfrenta dificuldades que passam pelo afastamento de
casa (onde muitas vezes existem outras crianças necessitando de cuidados), afastamento do trabalho, angústia pelo
adoecimento do filho, permanência em um ambiente estranho, com normas e protocolos que devem ser rigorosamente
seguidos.
Além dessas dificuldades, as crianças, por residirem muitas vezes em cidades e até estados distantes, não
recebem visitas, o que para o cuidador significa impossibilidade de revezar o acompanhamento à criança. Todas essas
mudanças contribuem para um nível de estresse muito grande nas famílias, que se visualiza no contato diário com a
equipe multiprofissional (GUARESCHI; MARTINS, 1997).
12
Nesse sentido, vale ressaltar que o Hospital Angelina Caron recebe ῀2.500 crianças oriundas do Estado do
Paraná e do país todo através do contrato com o Programa do Ministério da Saúde CNRAC (Central Nacional de
Regulação de Alta Complexidade).
De acordo com Rushforth (1999), a hospitalização pode conceber uma oportunidade para que a criança
conheça mais sobre a doença e o funcionamento de seu corpo, descubra sobre as profissões da área da saúde;
adquira habilidades de enfrentamento, comprove aptidão para tomar decisões em relação aos cuidados a ela
prestados, adquira independência a partir do conhecimento adquirido a respeito da doença, autocontrole e
autoconfiança, podendo assim, participar mais ativamente em decisões envolvendo a sua própria saúde. Gabarra
(2005) acredita que quando o profissional de saúde interage com a criança em seu período de hospitalização e
esclarece a respeito de sua doença, a criança além de compreender mais sobre sua enfermidade, proporciona uma
maior adesão ao tratamento, aumentando também sua colaboração e diminuindo a sua passividade.
Leifer (1996) declara que as crianças não estão preparadas para enfrentar o processo de hospitalização e,
muito menos, os procedimentos realizados, pois é gerado um medo, uma apreensão do desconhecido, e a criança
passa a imaginar diferentes situações que podem acontecer durante esse período, e na maioria das vezes, fantasiam
circunstâncias ruins, portanto, é importante que a equipe de saúde esteja disposta a atender as necessidades dos
pacientes, diminuindo os elementos desconhecidos para a criança, abrandando o medo, e assim, as mesmas podem
concentrar suas energias para enfrentar os estresses inevitáveis durante seu período de internação.
2.1.2 Humanização da Assistência Hospitalar
A humanização da assistência hospitalar é um termo abrangente utilizado para definir um movimento em
busca da valorização da pessoa que faz uso dos serviços de saúde, considerando o paciente e o profissional como
parte essencial do processo, sendo o primeiro, o principal foco de atenção (MEDEIROS, 2004, p. 28).
Entende-se por humanização um conjunto de ações integradas que visam mudar substancialmente o padrão
de assistência ao usuário nos hospitais públicos do Brasil, melhorando a qualidade e a eficácia dos serviços hoje
prestados por estas instituições.
O desfecho do processo saúde e doença, assim como o bem-estar global, das crianças está intimamente
relacionado aos elementos do ambiente de pediatria. Pesquisadores apontam como elementos estimuladores do
ambiente: a possibilidade de a criança ter um acompanhante; o encorajamento dos pais para assumirem um papel
ativo no cuidado da criança; o receber visitas; a dinamização de espaços lúdicos (por exemplo,
ludotecas/brinquedotecas); a instalação de redes informáticas; ou a adequação da decoração ao público pediátrico,
além é claro de conforto básico para o doente e acompanhante, com camas seguras e colchões confortáveis.
No entanto, a humanização hospitalar não envolve somente as questões relacionadas à assistência por parte
dos profissionais, engloba também os aspectos que dizem respeito à estrutura física do edifício, gerada a partir de
projetos de arquitetura. (MEDEIROS, 2004).
Os estabelecimentos assistenciais de saúde, cada vez mais, se preocupam em adequar seus espaços para
atender às necessidades de seus pacientes, considerando, por exemplo, as diferenças de faixa etária para o qual
prestam assistência.
O Estatuto da Criança e do Adolescente e do Estatuto do Idoso são bons exemplos de instrumentos que
defendem os direitos dos grupos etários em receberem atenção especial nas diversas atividades de convívio em
sociedade.
13
A RDC 50, norma que dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e
avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, já preconiza, em algumas de suas unidades
funcionais, a diferenciação do espaço do adulto do espaço da criança, como por exemplo, na unidade de quimioterapia,
na unidade de internação de tratamento intensivo de queimados, na UTI de recém-nascidos (neonatologia) e na
unidade de internação geral de longa duração e na sala de observação da unidade de urgência e emergência.
(BRASIL, 2002b)
No entanto, as exigências quanto às características do espaço físico ainda são escassas, especialmente
quanto aos detalhes arquitetônicos que se fazem necessários para atender às especificidades das crianças.
Com a finalidade de amenizar todos os incômodos que a hospitalização acarreta, alguns métodos podem ser
utilizados, como por exemplo, as atividades lúdicas que auxiliam no sentimento de enfrentamento às adversidades,
quando a criança percebe que há um espaço e um tempo reservado para sua diversão, ela compreende que naquele
lugar existe uma preocupação com o seu bem-estar.
As atividades garantem diversão, ajudam a criança a sentir-se mais protegida em um ambiente diferente para
ela, auxilia na diminuição do estresse da separação e os sentimentos de estar distante de casa, proporcionam um
meio para suavizar a tensão e expressar sentimentos, encoraja a influência mútua e o desenvolvimento de atitudes
positivas em relação a outras pessoas; proporciona um meio para a expressão de ideias e interesses criativos; e
funciona como uma forma de atingir os objetivos terapêuticos.
A mesma possibilita que por meio de atividades a criança se expresse, e demonstre qual a sua visão da
hospitalização e o que está sentindo.
Sob esse aspecto o Hospital Angelina Caron busca incessantemente a promoção da saúde, através do
atendimento qualificado, visando ao bem-estar da população, colocando-se a “serviço da vida”. Tem como visao
tornar-se modelo em atendimento da saúde especializada para a população tanto em disponibilização de tecnologia
e serviço especializado quanto em oferecer melhores condições ao público que necessita de cuidados hospitalares.
2.1.3 Inovações na Ambientação Hospitalar
A projeção de espaços considerando aspectos de conforto, funcionalidade e estética adequados ao público
que irá frequentar esse local, suprindo suas necessidades e desejos tanto em termos funcionais (físicos/cognitivos)
quanto formais (psicológicos), certamente terá um impacto positivo na realização das atividades.
Desse modo, a ambientação do espaço das alas pediátricas deve ser pensada para assegurar condições
favoráveis para o trabalho de médicos e enfermeiras, e experiências positivas para acompanhantes e, principalmente,
para os pacientes.
A hospitalização na infância, como citado anteriormente, configura-se uma experiência potencialmente
traumática. Isso ressalta a preocupação com aspectos da interação da criança com o espaço – este deve dar suportes
físicos e visuais para que a criança se sinta acolhida, interaja e não gere estresse causado pela circunstância da
hospitalização.
14
Figura 1. Foto Montagem – Referências Visuais
Fonte: Dos Autores
O Hospital Angelina Caron dispõe de uma estrutura com 16 leitos dedicados à pediatria e 19 leitos com
isolamento na Unidade de Terapia Intensiva pediátrica e neonatal, conta ainda com 11 leitos de alojamento conjunto
para atendimento da gestante, puérpera, recém-nascido e acompanhante, perfazendo um total de ῀1000m² de área
física.
O ambiente visual é neutro e sério, possuindo as mesmas características institucionais do restante do
hospital, não condizendo com o perfil das crianças. Exceto na Enfermaria Pediátrica, onde um grupo de voluntários
realizaram uma pintura das paredes com o intuito de humanizar o espaço, porém atualmente essa área apresenta-se
com algumas avarias físicas, necessitando de reformas e uma nova customização lúdica.
No geral, os espaços apresentam poucos estímulos visuais que façam a criança entreter-se e distrair-se, não
gerando um ambiente calmo e aconchegante. Para os acompanhantes, também não existe uma área de conforto para
ficarem na internação da criança. Os móveis estão dispostos de maneira desorganizada, impossibilitando, muitas
vezes, a circulação dos médicos e enfermeiros. Além disso, é possível visualizar infiltrações nas paredes e mobiliário
antigo e com avarias.
15
Figura 2. Estrutura Física das Áreas Pediátricas e Alojamento Conjunto
Fonte: Imagens Internas HAC
2.1.4 A Problemática
Um estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM) com base em dados do Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde, mostra que 34,2 mil leitos do SUS foram desativados
em 22 estados brasileiros nos últimos oito anos. No período analisado, a cada dia cerca de 12 leitos de internação
deixaram de atender pacientes pelo sistema em todo o Brasil. Esses leitos de internação são destinados a quem
precisa permanecer num hospital por mais de 24 horas.
16
O Estado do Paraná foi o sexto mais afetado, com uma perda estimada de 1.621 leitos. A cidade de Curitiba
foi a terceira capital do país que mais perdeu leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) aproximadamente 849 leitos
desativados na capital paranaense do sistema público. A cidade tinha 3.594 em 2010 e chegou em maio de 2018 com
somente 2.745 leitos. Curitiba só perdeu para a cidade do Rio de Janeiro, onde foram desativados 4.095 leitos, e
Fortaleza, que teve queda de 904 leitos.
A população paranaense sofre com uma demanda além da oferta de vagas pediátricas, em principal para
atendimento de cardiopatias congênitas, vagas cirúrgicas, nefrologia e queimados para UTI Pediátrica, além de leitos
de UTI Neonatal para retaguarda das gestantes de alto risco. Os Hospitais sofrem com a falta de vagas e com a
carência de equipamentos para atendimento das necessidades desse público tão peculiar e por conta disso, acaba
recusando os pedidos junto a Central de Leitos e muitas vezes estas crianças vem a óbito nos Postos de Saúde,
Unidades de Pronto Atendimento e Maternidades para gestantes de alto risco antes mesmo de obter a vaga ou a
transferência.
Outro fato preocupante é que cerca de 70 mil crianças e adolescentes de zero a 19 anos estão na fila de
espera por uma cirurgia de amigdalas, adenoide, postectomia, correção de estrabismo e outros procedimentos
conhecidos como eletivos. O número corresponde ao retrato da assistência informado oficialmente pelas secretarias
de saúde de cinco estados e quatro capitais brasileiras e foram analisados pela Sociedade Brasileira de Pediatria
(SBP).
Os dados contabilizam pedidos de cirurgias encaminhados até junho de 2017. Na relação, há solicitações
que desde 2001 aguardam por um desfecho. O número representa pouco menos de 10% do tamanho da fila de
cirurgias eletivas represadas no País. Segundo as informações coletadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM),
há 904 mil casos desse tipo no País, resultado da soma dos números disponibilizados por 16 estados e 10 capitais.
O HAC enfrenta problema similar, uma vez que, possui centro cirúrgico especializado, equipe de cirurgia
cardíaca capacitada e demanda reprimida para realizar um número cirúrgico maior de procedimentos cardíacos
pediátricos, porém devido à falta de hospitais especializados que realizem procedimentos dessa complexidade, muitas
vezes essas crianças vem para o HAC com um quadro clínico extremamente debilitado e de altíssima gravidade,
exigindo preparo técnico de toda equipe de enfermagem e dos intensivistas que atenderão esses pacientes no pós
operatório. Dessa forma, para atender essa demanda do país, o hospital precisa investir constantemente em
capacitação dos profissionais, inovar os recursos tecnológicos e ampliar a logística para oferecer leitos de retaguarda
e uma assistência segura e de qualidade.
A baixa remuneração dos serviços pediátricos é apontada como a principal causa dos problemas na
assistência de saúde pediátrica, sobretudo, o interesse da classe médica pela especialidade está cada vez menor. Os
recém-formados preferem se especializar em outras áreas mais rentáveis e que exigem menos dedicação. Isso porque
a maioria das consultas pediátricas não requer a realização de exames ou outros procedimentos — uma fonte
importante de rendimentos para os médicos.
Na cardiologia ou na oftalmologia, por exemplo, nenhum paciente sai de um consultório particular sem fazer
ao menos três exames. No caso da pediatria, as consultas são mais longas e não necessitam de um grande aparato
tecnológico. Assim, os pediatras se tornaram os profissionais mais desvalorizados da classe. Para os hospitais, manter
o serviço de atendimento infantil de emergência se tornou muito oneroso. No caso das consultas pagas por planos de
saúde, por exemplo, o valor é totalmente repassado aos médicos. Como a maioria das crianças não necessita de
outros procedimentos nem de exames, o hospital mantém a estrutura, mas não é remunerado.
A pediatria da Sociedade Hospitalar Angelina Caron conta com equipe técnica em busca de constante
evolução e aprimoramento, oferece ainda, 5 vagas anuais para o curso de residência médica nas áreas de Pediatria
17
e UTI Pediátrica. Possui estrutura física limitada, contudo atende de maneira integral a criança necessitada, porém
não foge da realidade dos demais hospitais brasileiros, pois apresenta mensalmente dificuldades enormes em se
manter financeiramente, em virtude da baixa remuneração do SUS e do altíssimo custo de profissionais adequados
para os plantões 24/7 das UTIs, do pronto-atendimento e do atendimento ambulatorial.
Não obstante disso, a HAC utiliza recursos provenientes de outras especialidades médicas (transplante,
cardiologia, oncologia, etc.) para suprir o déficit financeiro do setor pediátrico. No atual cenário, a pediatria existe tão
somente porque ela é mantida por outras áreas do hospital. Diante disto, o Hospital perde a oportunidade de investir
em infraestrutura e melhorar o atendimento de uma maneira geral pois está canalizando estes já escassos recursos
no atendimento pediátrico. Continuaremos a atender as crianças do Paraná da melhor maneira possível, mas os
recursos provenientes apenas do serviço não são suficientes.
2.1.5 Oportunidades
A assistência à saúde da criança ainda encontra-se em processo de construção, juntamente com assistência
à saúde em geral, em um movimento de mudança paradigmática do modelo centrado na patologia e na criança, para
um modelo de construção de redes, em prol da inclusão da família e da integralidade do cuidado. Assim, ainda existem
lacunas e limites no cuidado à criança, nas relações organizacionais e administrativas, no fortalecimento das políticas
públicas estaduais e municipais, no modelo de processo de trabalho e no processo continuado de educação em saúde.
Esses fatores descritos condicionam novos desafios para as organizações de saúde, em principal aos
hospitais que devem estar em evolução constante tanto em técnicas terapêuticas atualizadas quanto em aparato
tecnológico de última geração. Este último, contribui de maneira primordial na garantia da segurança assistencial e
muitas vezes como no caso da ecografia pediátrica, que permite ao médico emergencista realizar o exame na beira
do leito do paciente, facilitando o seu diagnóstico e gerando rapidez na resolução do caso. Em muitos casos, a
necessidade de internação para realização de exames complementares, como a ecografia, é descartada. Além disso,
as instituições devem contribuir no fomento à produção de conhecimento no campo de gestão hospitalar para atender
os serviços assistenciais em pediatria.
Sob esse aspecto, a Sociedade Hospitalar Angelina Caron caminha no sentido contrário a essa péssima
perspectiva na saúde, buscando continuamente a melhoria em seus processos internos, ampliando a qualidade de
sua infraestrutura física e tecnológica, além de potencializar o saber dos profissionais de sua equipe multidisciplinar.
Acreditamos que podemos contribuir para a mudança deste cenário no Estado do Paraná, através do Projeto
ao FIA de “Infância Bem Cuidada”. Se viabilizado, este projeto permitirá a melhoria da qualidade do atendimento
pediátrico, oferecendo a criança e familiar o cumprimento dos seus direitos estatutários, oferecendo condições dignas
e humanas de tratamento, ampliando a capacidade técnica para atendimentos de alta complexidade como a cirurgia
cardíaca, a hemodiálise pediátrica, serviço novo na HAC. Isto significa uma mudança na realidade das crianças
necessitadas de cirurgia e/ou substituição renal artificial, muitas vezes é a chance de sobrevivência.
Além de todo este cenário de humanização e ampliação da capacidade técnica, a viabilização deste projeto
via captação de recursos significa que a HAC poderá utilizar os recursos de serviços superavitários - hoje empregados
na pediatria para atender à um quadro extremamente deficitário - para investir, desenvolver, ampliar e melhorar ainda
mais a estrutura que atende com tanta qualidade os pacientes SUS no Paraná.
Somos convictos e esperançosos de que, relatado tal cenário, possamos contar com a sua atenção, com
vistas à aprovação do projeto para captação de recursos para melhor atender nossas crianças, conforme os critérios
que seguem. Acreditamos que podemos ir além adquirindo equipamentos e investindo em profissionais exemplares
18
na área. Porque para nós, do Angelina Caron, cuidar da infância é apostar no futuro. É multiplicar sorrisos. Para
mantermos o nosso compromisso de garantir a vida e o futuro do nosso paciente, com ciência, qualidade e segurança.
2.2 Projeto “INFÂNCIA BEM CUIDADA”
Este projeto tem como objetivo humanizar e aprimorar a qualidade do atendimento pediátrico, oferecendo um
ambiente físico personalizado e com condições tecnológicas que permitam a recuperação da saúde da criança de
maneira segura e com a maior eficiência possível.
O projeto prevê a aquisição de equipamentos médicos que permitirão o atendimento seguro de uma parcela
ainda maior da população carente, além de ações de customização dos ambientes e confecção de espaços lúdicos
pediátricos que serão de extrema importância na humanização do atendimento e impactarão positivamente no
crescimento pessoal e na integração social das crianças;
Dispor de equipamentos médico-hospitalares novos e com tecnologia de ponta atrelados a capacitação
técnica dos profissionais, possibilita um tratamento digno à saúde da criança e oferece ao médico condições seguras
de diagnóstico e terapêutica.
3. PÚBLICO ALVO
O público alvo será composto por um total aproximado de 72 mil atendimentos, entre eles, crianças e
adolescentes (0 a 18 anos), de ambos os sexos, que necessitem de atendimento nos setores de pronto atendimento,
internação, centro cirúrgico, atendimento ambulatorial e terapia intensiva. Este número também contempla
gestantes/puérperas e recém-nascidos internados no alojamento conjunto e Centro Cirúrgico Obstétrico.
O público alvo caracteriza-se da seguinte maneira:
1) A característica do público total a ser atendido será a mesma do público atendido hoje – demonstrado
no item 1.5 e mais especificamente nas Tabelas 2 e 4 e Gráfico 1.
4. OBJETIVOS
Este projeto tem como objetivo humanizar e aprimorar a qualidade do atendimento pediátrico, oferecendo um
ambiente físico personalizado e com condições tecnológicas que permitam a melhoria da qualidade e agilidade dos
serviços de saúde oferecidos à população atendida em Campina Grande do Sul.
• Promover o cuidado humanizado a criança e adolescente;
• Melhorar a ambientação dos espaços de atendimentos a criança e adolescente;
• Oferecer espaços lúdicos para que a criança tenha liberdade de criar, brincar e se expressar;
• Melhorar a assistência cirúrgica cardíaca pediátrica;
• Oferecer serviço de hemodiálise pediátrica.
19
5. METAS
Objetivos Específicos Metas Qualitativas Metas Quantitativas
Promover o cuidado humanizado aos pacientes e acompanhantes
Aquisição de camas e berços pediátricos Registros Fotográficos Relatórios descritivos dos pais e acompanhantes Relatórios com índice de satisfação da equipe clínica
Aquisição de cadeiras/poltronas para acompanhantes
Aquisição de amplificadores de sinal de internet para melhorar a comunicação dos acompanhantes com o meio externo
Aquisição de equipamentos/materiais para incentivo ao parto humanizado
Melhorar o diagnóstico, monitoramento e atendimento clínico
Aquisição de equipamentos de diagnóstico, monitoramento e atendimento clínico
Registros Fotográficos Relatórios com índice de satisfação da equipe clínica
Melhorar a ambientação dos espaços de atendimentos a criança e adolescente e oferecer espaços lúdicos para que os pacientes tenham liberdade de criar, brincar e se expressar
Personalização dos ambientes pediátricos com temas próprios para a idade
Registros Fotográficos Relatórios com índice de satisfação dos setores pediátricos
Confecção de brinquedoteca
Aquisição de computadores e tabletes
Melhorar sinal de internet
Relatório da Gerência de Hardware de TI
Melhorar a assistência cirúrgica cardíaca pediátrica
Aquisição de equipamento diagnóstico e acompanhamento cardíaco Aumentar em 5%* o número de cirurgias
cardíacas pediátricas realizadas na HAC Oferecer capacitação para equipe médica e de enfermagem
Oferecer serviço de hemodiálise pediátrica
Aquisição de equipamento de hemodiálise Iniciar Serviço de Hemodiálise Pediátrica no HAC para atender aos pacientes necessitadas de Terapia Renal Substitutiva de Campina Grande do Sul e de outras cidades do Paraná
Oferecer serviço de hemodiálise para a Central Regional de Saúde do Estado do Paraná
*O cumprimento da meta se dá por três fatores: 1) UTIs equipadas 2) professionais capacitados 3) demanda e necessidade clínica por atendimento. Após a execução do projeto a HAC se vê responsável pelas UTIs e pelos profissionais, no entanto a demanda e necessidade clínica por atendimento são fatores totalmente externos – ou seja, dependemos da necessidade de atendimento das crianças do Paraná.
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6. METODOLOGIA DE EXECUÇAO DAS ATIVIDADES
PROTOCOLO DO PROJETO Execução Pré-Requisitos
Apresentar a proposta ao SEDS Agosto 2018 Entrega do Projeto no CEDCA
Aguardar aprovação do CEDCA Agosto à Outubro 2018 A partir da autorização do CEDCA
Captar os recursos necessários com equipe própria para
execução do projeto via doações especificas/vinculadas de
acordo com Art. 3o da deliberação 50/2017.
Outubro 2018 à
Outubro de 2020
Mediante aprovação do CEDCA
ALOCAÇÃO DOS RECURSOS
Definir prioridades de compra; Março 2019 Captação de recursos
Revisar os orçamentos prévios; Março 2019
Elaborar plano de aplicação de acordo com o valor captado e
as prioridades definidas;
Março 2019
Aprovar plano de aplicação junto aos órgãos competentes; Abril 2019
Abrir novo termo de fomento para recebimento do recurso. Abril 2019 Tramite dentro do CEDCA
EXECUÇÃO
Adquirir os equipamentos e materiais descritos com o melhor
custo benefício a partir de três orçamentos, se possível
Maio’19 a Maio’20 Termo de fomento e recebimento
do recurso
Programar o desembolso dos prestadores de serviço – caso
haja no plano de aplicação aprovado
Maio’19 a Maio’20 Cronograma de desembolso a ser
definido de acordo com termo de
fomento
Programar o desembolso dos profissionais de saúde – caso
haja no plano de aplicação aprovado
Maio’19 a Maio’20 Cronograma de desembolso a ser
definido de acordo com termo de
fomento
Monitorar o recebimento da mercadoria e sua destinação para o
setor
Maio’19 a Maio’20 De acordo com o recebimento
Patrimoniar os bens Maio’19 a Maio’20 De acordo com o recebimento
Realizar a prestação de contas com as empresas doadoras e
órgãos governamentais necessários
Março 2020 em diante De acordo com o termo de fomento
e a execução do projeto
Viabilizar auditorias e acesso à comissão de monitoramento Março 2020 em diante De acordo com o termo de fomento
e a execução do projeto
PÓS EXECUÇÃO
Após a conclusão do projeto o Hospital Angelina Caron tem a intenção de manter o atendimento as crianças e adolescentes
dentro das melhorias de tecnologia e qualidade de atendimento que o projeto proporcionou.
21
7. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO
Metas Quantitativas Indicadores Forma de Verificação
Aumentar em 5%* o número de cirurgias cardíacas pediátricas realizadas na HAC
Atendimento a crianças e adolescentes com equipamentos e infraestrutura adquiridos com o projeto
Relatórios de atendimento
Iniciar Serviço de Hemodiálise Pediátrica no HAC para atender aos pacientes necessitadas de Terapia Renal Substitutiva de Campina Grande do Sul e de outras cidades do Paraná
Atendimento a crianças e adolescentes com equipamentos e infraestrutura adquiridos com o projeto
Relatórios de atendimento
Metas Qualitativas Indicadores Forma de Verificação
Aquisição de camas e berços pediátricos Compra e instalação do equipamento
Emissão de Nota Fiscal Patrimonialização & Registro Fotográfico Relatórios descritivos dos pais e acompanhantes Aquisição de cadeiras/poltronas para
acompanhantes
Aquisição de amplificadores de sinal de internet para melhorar a comunicação dos acompanhantes com o meio externo
Compra e instalação do equipamento Emissão de Nota Fiscal Patrimonialização & Registro Fotográfico Relatório descritivo do Gerente de Hardware do HAC
Aquisição de equipamentos/materiais para incentivo ao parto humanizado
Compra e disponibilização dos equipamentos
Emissão de Nota Fiscal Patrimonialização & Registro Fotográfico Relatório dos profissionais da Obstetrícia
Aquisição de equipamentos de diagnóstico, monitoramento e atendimento clínico
Compra e disponibilização dos equipamentos
Emissão de Nota Fiscal Patrimonialização & Registro Fotográfico Relatório dos profissionais da Pediatria
Personalização dos ambientes pediátricos com temas próprios para a idade
Elaboração da Arte Visual
Emissão de Nota Fiscal Registro Fotográfico Relatórios descritivos dos pais e acompanhantes
Impressão da Arte Visual em 3D
Aplicação da Arte Visual nos setores de Alojamento Conjunto, Pediatria, UTI Neo e Pediátrica
Confecção de brinquedoteca
Aquisição de brinquedos Emissão de Nota Fiscal Registro Fotográfico Relatórios descritivos dos pais e acompanhantes Montagem da brinquedoteca
Aquisição de computadores e tabletes Compra e disponibilização do equipamento
Emissão de Nota Fiscal Patrimonialização & Registro Fotográfico
Melhorar sinal de internet Compra e disponibilização do equipamento
Emissão de Nota Fiscal Patrimonialização &Registro Fotográfico Relatório descritivo do Gerente de Hardware do HAC
Aquisição de equipamento de diagnóstico e acompanhamento cardíaco
Compra e disponibilização do equipamento
Emissão de Nota Fiscal Patrimonialização Registro Fotográfico
Oferecer capacitação para equipe médica e de enfermagem
Aquisição do Curso Emissão de Nota Fiscal Registro Fotográfico Lista de Presença dos Participantes
Agendar a data da capacitação
Capacitar as equipes
Aquisição de equipamento de hemodiálise Compra e disponibilização do equipamento
Emissão de Nota Fiscal Patrimonialização & Registro Fotográfico
Oferecer serviço de hemodiálise para a Central Regional de Saúde do Estado do Paraná
Encaminhar ofício para a Central Regional de Saúde do Estado do Paraná
Apresentar cópia do ofício
Nos equipamentos adquiridos factíveis de identificacao deve se notar os dizeres “Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente – CEDCA – adquirido com recursos do FIA/PR”
Adesivo nos equipamentos adquiridos com recursos do CEDCA.
Registro Fotográfico
*O cumprimento da meta se dá por três fatores: 1) Unidades equipadas 2) Profissionais capacitados 3) Demanda e necessidade clínica por atendimento. Após a execução do projeto a HAC se vê responsável pelos serviços e pelos profissionais, no entanto a demanda e necessidade clínica por atendimento são fatores totalmente externos – ou seja, dependemos da necessidade de atendimento das crianças do Paraná.
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8. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
OBJETIVO ESPECÍFICO AÇÃO PERÍODO
Mai’
19
Jun’
19
Jul’1
9
Ago’
19
Set’
19
Out’
19
Nov’
19
Dez’
19
Jan’
20
Feb’
20
Mar’
20
Abr’
20
Mai’
20
Promover o cuidado
humanizado aos pacientes
e acompanhantes
Aquisição de camas e berços pediátricos X X X
Aquisição de cadeiras/poltronas para
acompanhantes
X X X
Aquisição de amplificadores de sinal de internet
para melhorar a comunicação dos acompanhantes
com o meio externo
X X X
Aquisição de equipamentos/materiais para
incentivo ao parto humanizado
X X X
Melhorar o diagnóstico,
monitoramento e
atendimento clínico
Aquisição de equipamentos de diagnóstico,
monitoramento e atendimento clínico
X X X
Melhorar a ambientação
dos espaços de
atendimentos a criança e
adolescente e oferecer
espaços lúdicos para que
os pacientes tenham
liberdade de criar, brincar
e se expressar
Personalização dos ambientes pediátricos com
temas próprios para a idade
X X X X X X
Confecção de brinquedoteca X X
Aquisição de computadores e tabletes X X
Melhorar sinal de internet X X X
Melhorar a assistência
cirúrgica cardíaca
pediátrica
Aquisição de equipamento diagnóstico e
acompanhamento cardíaco
X X X
Oferecer capacitação para equipe médica e de
enfermagem
X X X X X X
Oferecer serviço de
hemodiálise pediátrica
Aquisição de equipamento de hemodiálise X X X
Oferecer serviço de hemodiálise para a Central
Regional de Saúde do Estado do Paraná
X X X
Campina Grande do Sul, 23 de Agosto de 2018. _______________________________________________ Jorge Itsuo Fukushima / Representante Legal da Entidade CPF: 004.044.229-26 / RG: 61209573 PR
23
REFERÊNCIAS
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CFM – Conselho Federal de Medicina. Em cinco anos, Brasil perde 23,6 mil leitos de internação no SUS. Disponível em:http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=26171:2016-05-17-12-26-58&catid=3 Acesso em 26 de Julho de 2018.
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