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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
MOZAR MARTINS DE SOUZA
IMPLANTES DENTÁRIOS
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IMPLANTES DENTÁRIOS
INTRODUÇÃO:
A implantologia se refere à transferência de um tecido não-vivo ou
material para um sistema biológico; a transplantação envolve a transferência
de tecidos vivos.
Implantologia dentária é o termo usado atualmente para descrever a
ancoragem de materiais aloplásticos no interior dos maxilares para
proporcionar suporte e retenção para próteses que irão repor dentes que
tenham sido perdidos, Os procedimentos para implantes osseo-integrados
são técnicas que levam à ancoragem de implantes no interior dos ossos
maxilares; portanto, via de regra, o implante penetra a porção cortical.
Alguns implantes nos maxilares são implantes fechados – por exemplo,
placas metálicas, parafusos e fios usados para fixação de fraturas. Estes
nunca estão em contato com a cavidade bucal, ou seja, não penetram a
mucosa bucal. Por outro lado, virtualmente, todos os implantes dentários são
implantes abertos, que por definição estão em contato direto com a cavidade
bucal pelo componente que penetra a mucosa para suportar e reter os
dentes protéticos, portanto, rotineiramente sujeitos a agressões de
temperatura, micróbios, forças físicas e enzimas bucais.
Implantes: Contra-indicações intrabucais:
Relações intermaxilares desfavoráveis;
Relações oclusais e funcionais problemáticas;
Condições patológicas no osso alveolar;
Radioterapia na região dos maxilares;
Alterações patológicas da mucosa bucal;
Xerostomia;
Macroglossia;
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Dentes não restaurados – higiene bucal precária.
Relações intermaxilares desfavoráveis:
Se a inspeção, a palpatação digital e a avaliação da radiografia
panorâmica revelarem quantidade óssea insuficiente e uma relação
intermaxilar problemática, não se deve considerar o tratamento com
implantes, especialmente por clínicos com pouca experiência.
Relações oclusais e funcionais problemáticas:
Na presença de alterações oclusais e articulares, a terapia com
implantes é indicada em casos excepcionais. Os distúrbios funcionais óbvios
que persistirem por longos períodos de tempo, normalmente excluem por
completo à terapia com implantes.
Condições patológicas no osso alveolar:
Fragmentos radiculares, cistos, corpos estranhos, granulomas,
manifestações inflamatórias, etc., no segmento maxilar destinado para
implantes representam ao menos uma contra-indicação temporária. Esses
pacientes necessitam de uma reavaliação após um tratamento adequado.
Radioterapia na região dos maxilares:
O provável dano às células e aos elementos vasculares nos maxilares
irradiados é uma boa razão para se hesitar em relação a colocar implantes.
Nessas áreas, os processos regenerativos são extremamente frágeis. Existe
o risco de osteorradionecrose com ulcerações crônicas do osso.
Alterações patológicas da mucosa dental:
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A leucoplasia ou lequem (pápulas, erosões) contra-indica
completamente a terapia com implantes. A estomatite é freqüentemente um
sintoma de várias doenças sistêmicas.
Xerostomia:
A saliva exerce um efeito limpante e reduz o número de bactérias.
Dessa forma, um fluxo salivar reduzido é uma contra-indicação relativa para
implantologia. As possíveis causas da xerostomia incluem: redução de fluxo
salivar relacionado à idade (menopausa), desordens auto-imunes, terapia
prolongada com drogas, etc.
Magroglossia:
Os pacientes em condições de edentulismo total ou parcial de longa
data podem desenvolver um aumento da língua. A macroglossia também
pode ocorrer com o mixedeman, acromegalia e outros distúrbios.
Dentes não restaurados - Higiene bucal precária:
No momento da colocação do implante, o paciente deve apresentar
uma higiene bucal adequada; a dentição remanescente deve estar bem
restaurada. É difícil avaliar a higiene bucal em pacientes edêntulos
completos.
Contra-indicações limitantes – Temporárias:
Doenças inflamatórias e infecciosas agudas. Gravidez.
Consumo temporário de determinados medicamentos.
Situações de estresse físico e psíquico.
Contra-indicações psicológicas:
Falta de cooperação do paciente.
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Abuso de álcool ou drogas.
Neurose ou psicose.
Pacientes problemáticos.
CONTRA-INDICAÇÕES MÉDICAS
Condições gerais e nutricionais – idade:
Medicamentos em uso.
Distúrbios hemafológicos.
Doenças cardíacas e circulatórias.
Distúrbios metabólicos ósseos.
Distúrbios do colágeno.
O implante dentário com um foco potencial de bactérias.
Materiais para implantes:
Os materiais para implantes são corpos estranhos colocados em
contato com um sistema biológico. Na língua inglesa o termo biomateriais é
usado em vez de materiais para implantes. Em 1986, a Sociedade Européia
de Biomateriais definiu este termo da seguinte forma:
“Os biomateriais são matérias sem vida, usados para aplicações
médicas (por exemplo, implantes dentários) com o objetivo de obter uma
reação (interação) com o sistema biológico.“
Requisitos gerais dos materiais para implante:
O requisito mais básico para todos os biomateriais é que não causem
nenhum dano local ou sistêmico, isto é, não devem ser tóxicos,
carcinogênicos, alergênicos ou radioativos. Com relação à sua aceitabilidade
como materiais para implantes, a critérios diversos a serem seguidos:
Compatibilidade biológica.
Compatibilidade mecânica.
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Funcionalidade.
Praticidade.
Classificação imunológica para implantes e transplantes.
Do ponto de vista imunológico, os biomateriais disponíveis podem ser
classificados em quatro grupos: autólogos, homólogos, heterólogos e
aloplásticos.
Os materiais autólogos são indicados para transplantes, enquanto os
demais representam implantes.
Classificação dos materiais:
Material autólogo (autogêno):
Autoplástico (do mesmo organismo).
Transplantes de dentes impactados, reimplante de dentes ou
transplantes ósseos.
Materiais homólogos (alogênico):
Homoplásticos (de indivíduos de outras espécies).
Bancos de osso (hofilização).
Materiais heterólogos (xenogênicos):
Heteroplástciso (de indivíduo de outras espécies).
Osso desvitalizado e desproteinado, colágeno e gelatina.
Materiais aloplásticos:
Aloplásticos (substâncias estranhas).
Metais, cerâmicas e plásticas.
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Na implantologia dentária são usados exclusivamente os materiais
aloplásticos. Os tipos básicos são os metais, materiais de origem mineral
(cerâmicas em geral, no sentido mais amplo da palavra) e compostos
plásticos.
A vantagem desses materiais é a de serem encontrados em
disponibilidades praticamente ilimitadas e ter características de manipulação
favoráveis (facilidade de extração e de estocagem), bem como a
possibilidade de desenvolvimento físico e químico adicional. Além disso, sua
padronização lhe garante uma alta qualidade.
Cerâmicas:
O termo cerâmicas refere-se a material sólido produzido de materiais
brutos inorgânicos não-metálicos por meio de tratamento térmico, isto é,
sinterização a temperaturas acima de 800o graus.
As cerâmicas de alumínio e fosfato de cálcio são importantes na
implantologia endóstea. Com as cerâmicas bio-inertes, pode-se geralmente
esperar o crescimento de um bom osso de suporte, com orientação lamelar
junto à superfície do implante (osteogênese de contato). As cerâmicas de
fosfato de cálcio e as cerâmicas vítreas são bio-ativas; elas liberam íons,
cálcio e fosfato no ambiente decidual e a adesão físico-química é formada à
medida que os ions livres são incorporados no metabolismo ósseo.
Metais:
Do ponto de vista cientifico, assim como em relação à prática clínica,
os metais ocupam claramente o primeiro plano na implantologia
osseointegrada. A principal razão é sua resistência, porque os implantes têm
de ser delgados para se adaptarem ao osso disponível na crista alveolar. Os
materiais aloplásticos devem resistir às altas cargas mecânicas dos
implantes intrabucais (resistência à pressão, à flexão e à tensão).
Atualmente em praticamente todos os implantes são usados titânio puro ou
ligas de titânio, estando em fase de experimentações o uso de nióbio, mas,
praticamente não se usa mais as ligas de Cr-Co-Mo e o tântalo.
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Tipos de implantes:
Com relação à forma, é possível se fazer a distinção entre os implantes
em forma de parafuso, os implantes cilíndricos (exibindo simetria de rotação)
e os implantes laminados (implantes de extensão).
Os implantes em forma de parafuso e cilíndricos são normalmente
denominados de implantes em forma de raiz.
Os implantes em forma de parafuso são colocados no osso usando
instrumentos especiais e padronizados. O osso que cresce nas roscas
proporciona fixação mecânica.
A estabilidade primária dos implantes cilíndricos (planejado para
adaptar por pressão) está em função da diferença dimensional entre o leito
do implante e o diâmetro do implante inserido, bem como da rugosidade
superficial do implante.
Princípios similares se aplicam aos implantes laminados: após o
preparo cirúrgico do leito ósseo do implante, a estabilidade é obtida por meio
da chamada adaptação por pressão.
Implantes em forma de parafuso.
Implantes cilíndricos.
Implantes laminados.
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MANDÍBULA EDÊNTULA
Meios necessários para o diagnóstico e a cirurgia:
Para realizar adequadamente a colocação de implantes são
necessários os seguintes itens:
Guia cirúrgico e Radiografias panorâmicas.
No caso de pacientes edêntulos, os guias cirúrgicos devem ser feitos
antes da cirurgia. O guia pode ser tanto um enceramento de diagnóstico,
como uma duplicação da prótese do paciente.
Se o paciente não tiver uma prótese total adequada para ser duplicada,
deve-se confeccionar uma para diagnóstico, de acordo com os princípios
protéticos.
Depois da prova clínica da prótese encerada, ela é duplicada em resina
in incolor, como mostra a mandíbula na figura abaixo.
A prótese total inferior de resina transparente é aliviada no seu aspecto
lingual até uma área posterior aos pré-molares. É importante deixar contato
tecidual suficiente nos segmentos posteriores para garantir o assentamento
adequado do guia durante os procedimentos cirúrgicos e também deixar as
superfícies oclusais dos molares para avaliar a relação cêntrica durante a
cirurgia.
Tratamento protético:
Resumidamente, os passos do tratamento incluem:
1 – Moldagem inicial;
2 – Moldagem final;
3 – Determinação das relações intermaxilares;
4 – Prova do enceramento provisório;
5 – Prova da estrutura definitiva;
6 – Prova do enceramento definitivo;
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7 – Assentamento da prótese;
8 – Remontagem do caso;
9 – Inserção definitiva da prótese.
Sistema de Attachment de esferas retentivas:
Existem duas Existem duas opções de retenção intrabucal para uma
prótese total inferior usando-se o sistema de implante Bonefit: o mecanismo
de retenção barra-clip ou o Attachment esfera-cavidade. No caso aqui
apresentado, a última será ilustrada.
Do ponto de vista protético, esse tipo de tratamento é descomplicado e
tampouco apresenta dificuldades para o técnico laboratorial. Em muitos
casos, é possível adaptar a prótese total do paciente aos novos implantes,
se esta estiver aceitável em termos de estética, oclusão e relação
intermaxilar. A pequena adaptação consiste da instalação dos componentes
fêmeas com resina acrílica auto-polimerizável. os componentes esféricos
são parafusados manualmente no implante Bonefit. A experiência clínica tem
demonstrado que é vantajoso combinar uma moldagem final com o
reembasamento de toda a base da prótese.
Moldagem funcional da base da prótese:
Mesmo depois que os componentes fêmeos são polimerizados na
prótese, eles podem ser facilmente ativados. Se necessário, eles podem ser
removidos e substituídos por novos componentes. A prótese também pode
ser reforçada incorporando um fio metálico na parte lingual.
Biomecânica dos implantes:
Maxilar parcialmente edêntulo:
Na dentição parcialmente edêntula, há um problema do ponto de vista
biomecânico quando um dente e um implante são usados juntos para
suportar uma prótese fixa. Os dois suportes são ancorados de maneira
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diferente no osso e conectados rigidamente pela prótese; assim, existe a
possibilidade de influências recíprocas negativas.
Também há controvérsias sobre se e a que extensão, é necessária nas
dentições parcialmente edêntulas, tentar adaptar a mobilidade do implante à
mobilidade do dente natural.
Por isso do ponto de vista biomecânico, os dentes e os implantes
podem ser considerados similares com relação à resposta à aplicação de
forças.
Além disso, as deformações elásticas da prótese, do implante e do
osso, assim como da dentição oponente, é tão grande que é improvável
ocorrer uma distribuição excessiva de carga no osso perimplantar mesmo
com um trabalho de prótese fixa, se esta estiver tecnicamente perfeita.
Prótese fixa suportada por implante e dente.
A idéia de que a intrusão do dente leva a uma carga angular no
implante é correta na teoria. Entretanto, as medidas in vivo revelaram que a
ancoragem dos dentes e dos implantes é virtualmente idêntica às cargas
fisiológicas.
Um transmissor de força deve ser utilizado no lugar do elemento
intramóvel (EIM) e transmucoso para permitir mensurações intrabucais das
forças durante a mastigação, com implantes IMZ. A estrutura experimental
não altera a dimensão vertical da prótese.
Devemos idealmente criar superfícies oclusais relativamente estreitas.
Com desenhos de cúspides rasas para próteses fixas sobre implantes, pois
a superfície óssea que suporta os implantes é pequena em comparação ao
dente natural. Reduzem-se assim, os momentos de flexão na direção
vestíbulo-lingual.
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Comparação da superfície oclusal com a superfície de ancoragem.
A largura da superfície mastigatória funcionalmente submetida à carga
de uma restauração implanto-suportada (centro) em comparação aos dentes
naturais (esquerda e direita) deve ser estreita, pois a superfície de contato
com o osso de suporte é pequena devido ao diâmetro do implante.
A morfologia do leito ósseo influência diretamente a capacidade de
suportar cargas do implante. Com a aplicação de forças horizontais, a maior
carga se dá na margem da crista óssea; é biomecânicamente favorável,
portanto, ter o máximo de substância óssea possível na área da crista
alveolar após a colocação do implante.
Quanto à dimensão vertical, a relação entre o comprimento do implante
e o comprimento da coroa clínica deve ser considerada. Para evitar
sobrecargas por momentos de flexão transversais, a altura da coroa não
deve ser maior que o comprimento do implante. Uma leve supra-erupção do
antagonista maxilar, pode, portanto, ser favorável quando os implantes são
usados na região molar da mandíbula, mas com os pré-requisitos da guia
lateral ser estritamente dirigida aos caninos ou aos dentes anteriores.
Leito ósseo perimplantar.
Esquerda: Se a dimensão vestíbulo-lingual
do rebordo edêntulo for extensa e
arredondada, estarão presentes lamelas
ósseas amplas em ambos os aspectos do
implante, após sua colocação.
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Direita: Implantes colocados em segmentos
extremamente estreitos de mandíbula, possuem
ancoragem óssea biomecânicamente
desfavorável.
Relacionamento da altura da coroa com o comprimento do implante.
As características de uma coroa curta (esquerda) são mais favoráveis
comparadas com coroas clínicas mais longas.
Existem limites de idade:
As questões que dizem às limitações relacionadas a implantes
dentários para pacientes idosos são relativamente fáceis de responder. O
importante é a idade biológica e não a cronológica. Uma boa regra,
entretanto, é que um paciente deve ter uma expectativa de vida de pelo
menos cinco anos a partir do momento da colocação do implante.
Mais difícil é a questão relativa a quão cedo na vida os implantes
devem ser colocados. Vários autores afirmam que os implantes não devem
ser colocados antes dos 15 anos de vida. Isto baseado na afirmação de que
tanto em meninos, quanto em meninas o crescimento mandibular está
completo por volta destas idades. Entretanto, os estudos clínicos têm
mostrado uma continuação do crescimento facial no fim da puberdade para
as mulheres e por volta dos 20 anos para os homens.
A idade esqueletal é geralmente determinada por meio de uma
radiografia da mão, que tem sido chamada de “Relógio Biológico”. Do ponto
de vista ortodôntico, o crescimento mandibular é considerado concluído,
uma vez que a calcificação da epífise e da diálise do rádio tenha ocorrido.
Quando este estágio é alcançado a ossificação de todos os ossos da
mão está completa e o crescimento esqueletal está terminado.
Já ficou demonstrado que à distância entre os implantes colocados em
um leito ósseo ainda em crescimento permanece a mesma apesar do osso
aumentar em tamanho. Essa observação pode ser explicada quando se
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observa que o osso neoformado na área perimplantar serve como isolante
tecidual a despeito da estrutura histologicamente similar frente ao
crescimento funcional do próprio osso mandibular.
A incumbência primária do osso perimplantar é estabilizar e
circunscrever o implante. Um processo similar no tecido conjuntivo é a
formação da cicatriz, que não faz parte do crescimento funcional.
A maxila é composta de vários componentes ósseos, sendo, portanto
descrita como um complexo. A direção primária de crescimento do complexo
maxilar é orientada no sentido póstero-superior. O resultado é que todo o
complexo ósseo cresce distanciando-se da base do crânio ântero-
inferiormente. O mesmo princípio se mantém verdadeiro para a mandíbula.
Por estas razões, uma época razoável para começar os procedimentos
ortodônticos (por exemplo, correção de prognatismo) é quando o
crescimento mandibular se completa, em um período estimado de por volta
dos 20 anos de vida no homem.
Disponibilidade óssea quantitativa:
Durante todos os estágios de atrofia do rebordo alveolar, formas
características resultam do processo de reabsorção influenciado pelas
alterações anatômicas no osso alveolar. Uma classificação da reabsorção
alveolar tem se mostrado útil durante o planejamento e a discussão dos
casos.
Cada classe diferente requer medidas especiais de implantes. Isso é
particularmente importante quando a qualidade do osso for considerada
junto com a severidade da reabsorção.
Atwood propôs uma classificação da mandíbula edêntula em seis
categorias. Cawood e Howel, também descreveram uma classificação com
seis níveis. O sistema Cawood e Howel diferencia as formas e os contornos
dos segmentos anteriores e posteriores tanta da mandíbula quanto da
maxila.
Uma classificação mais extensa foi apresentada por Lekholm e Zarb
que descrevem os vários graus de atrofia da mandíbula e da maxila. Esses
autores citaram numerosas variações derivadas das combinações dos
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estágios de reabsorção e das quatro qualidades ósseas. Eles
recomendaram então vários conceitos de tratamento de prótese sobre
implantes para variadas situações.
Classificação do grau de reabsorção dos maxilares edêntulos de
acordo com Lekholm e Zarb.
A – Rebordo alveolar virtualmente intacto;
B – Pequena reabsorção do rebordo alveolar;
C – Reabsorção avançada do rebordo alveolar para a base do arco
dentário;
D – Reabsorção inicial da base do arco dentário;
E – Reabsorção extrema da base do arco dentário.
A linha mediana representa o limite entre o rebordo alveolar e a base
do arco dentário.
Misch e Judy apresentaram uma classificação para maxilares
parcialmente edêntulos (Classe I-IV), bem como para aqueles totalmente
edêntulos (Classe V). A base para tais classificações é a qualidade de osso
disponível para a colocação de implantes com relação à altura, à largura e
ao comprimento do osso do rebordo alveolar. O sistema é aplicável para
implantes cilíndricos, tipo parafuso e em forma de lâmina. Entretanto, como
os implantes tipo parafuso e cilíndricos são os mais usados mundialmente
hoje em dia, parece razoável modificar o sistema de classificação para
adaptá-lo à realidade atual.
A classificação de Kennedy para desdentados parciais serviu como
base para a classificação de Misch e Judy. O sistema de Kennedy foi
ampliado para incluir a condição óssea do segmento edêntulo destinado a
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receber um implante. As quatro classes de Kennedy foram divididas em mais
quatro grupos (A-D).
Tal classificação foi minimamente modificada, para se adaptar às
exigências dos implantes tipo cilíndrico e parafuso.
Mandíbulas edêntulas – classificação:
Grupo A:
Quantidade suficiente de osso
disponível para ancorar todos os tipos
de implantes na maxila e na mandíbula.
Na mandíbula, os implantes dentários
em geral são colocados somente na
região interforaminal, mesmo com tais
situações iniciais favoráveis. São
indicadas sobredentaduras e próteses com Cantilevers distais.
Grupo B:
A disponibilidade óssea é menos extensa
nesse grupo. Implantes tipo cilindro e tipo
parafuso em formas menores podem ser
colocados tanto na maxila como na
mandíbula. O prognóstico, entretanto, pode
ser menos favorável, dependendo da
qualidade óssea. O número de implantes
deve ser aumentado para proporcionar uma área de contato osso-implante
mais extensa, o que irá promover uma melhor distribuição da carga.
Grupo C:
A disponibilidade óssea permite a
colocação de implantes curtos do tipo cilindro
ou de parafuso na região interforaminal da
mandíbula edêntula. Em casos excepcionais,
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pode ser necessário reposicionar o nervo alveolar inferior. Se um paciente
se apresenta com essa situação inicial, a colocação dos implantes é
raramente possível. Em casos excepcionais, pode-se tentar os
procedimentos de aumento de rebordo ou o levantamento do seio maxilar.
Grupo D:
Nesses casos, tanto os processos
alveolares como as porções da estrutura óssea
basal estão reabsorvidas.
A colocação de implantes não é possível
em tais casos. O tratamento protético envolvendo
prótese implanto-suportadas somente pode ser realizado após cirurgias pré-
protéticas para o aumento do rebordo.
Classificação dos maxilares parcialmente edêntulos:
Grupo A:
Pacientes em Classe I e II apresentam-se com dentes naturais nos
segmentos anteriores e situações de extremo livre unilateral ou
bilateralmente. A quantidade de osso disponível é suficiente para permitir
prótese implanto-suportadas ou apoiadas sobre dentes naturais e implantes.
O número de implantes colocados dependerá do número de dentes perdidos
e da dentição antagonista.
Grupo B:
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Os pacientes nesse grupo exibem uma certa redução da quantidade
óssea que é, entretanto ainda suficiente para a colocação de implantes
menores do tipo cilíndrico e do tipo parafuso. Em alguns casos, indica-se o
uso de mais de um implante para distribuir a carga. Os implantes laminados
podem ser usados com vantagens nesse tipo de relação óssea.
Grupo C:
Pacientes nessa categoria não tem osso adequado para a colocação
de implantes cilíndricos ou tipo parafuso.
Nos últimos anos, os casos excepcionais desse tipo foram tratados
com implantes após a elevação do seio maxilar ou reposicionamento do
nervo alveolar inferior na mandíbula. Esses dois procedimentos estão sob
avaliação cientifica atualmente.
Grupo D:
A atrofia extremamente avançada do osso é evidente. Indica-se o uso
de próteses removíveis convencionais, mas algumas vezes, apresenta
diversos problemas devido à alta localização do canal mandibular. Se houver
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risco de fratura mandibular, pode-se usar o osso autólogo para aumento do
rebordo alveolar em casos especiais.
Grupo A:
Classe III Classe IV
O paciente desse grupo tem dentes ou grupos de dentes perdidos e
osso suficiente para implantes tipo parafuso ou cilíndricos. O número de
implantes a ser colocado dependerá do comprimento dos espaços
desdentados e do tipo de superestrutura protética planejada. A reposição
dos dentes pode ser por prótese completamente implanto-suportada por
dentes naturais ou implantes.
Grupo B:
Classe III Classe IV
Espaços edêntulos muito longos podem ser restaurados usando-se
próteses fixas sobre implantes, pois a disponibilidade óssea é ainda
adequada. Alguns clínicos recomendam o uso de implantes laminados em
tais circunstâncias.
Grupo C:
Classe III Classe IV
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Espaços edêntulos longos Classe III com quantidade óssea
inadequada para a colocação de implantes. Em alguns casos, pode-se
empregar os procedimentos de elevação do seio maxilar ou o
reposicionamento do nervo mandibular. Em situações de Classe IV, é
recomendável apenas usar implantes curtos do tipo parafuso e cilíndrico;
recomenda-se cautela devido às limitações estéticas e funcionais.
Grupo D:
Classe III Classe IV
Reabsorção óssea extremamente avançada exclui a possibilidade de
colocar implantes. Indica-se tratamento com próteses parciais
convencionais. Em casos especiais, isto é, naqueles com risco de fratura
mandibular, a estabilização óssea pode ser tentada por meio de aumento do
rebordo com osso autólogo.
Análise dos modelos de estudo
Pacientes edêntulos:
Em pacientes com indicações para implantes que são edêntulos em
um ou em ambos os arcos, os modelos de estudo montados m articulador
ajustável usando registros de mordida são um pré-requisito para o
diagnóstico. Quando se planejam implantes, é impossível avaliar
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adequadamente um arco edêntulo sem uma visão concomitante da relação
espacial da mandíbula com a maxila (relação intermaxilar).
Com a atrofia progressiva do processo alveolar uma maior
divergência entre os arcos dentários, maxilar e mandibular ocorre na
dimensão vestíbulo-lingual ou palatina. Isso pode se manifestar nos
segmentos posteriores, como uma mordida cruzada ou anteriormente como
um prognatismo.
Além disso, devido à perda de dimensão vertical e um aumento
desfavorável da distância interalveolar vertical, ocorre uma rotação da
mandíbula ao redor do eixo condilar, resultando em um deslocamento
combinado para cima e, para frente do plano oclusal.
Com a ajuda de modelos de estudo montados, o cirurgião-dentista
será capaz de avaliar as relações verticais como também as relações
sagitais da mandíbula com a maxila.
Em decorrência dos vários graus de reabsorção alveolar na maxila e
na mandíbula, pode existir uma situação inicial desfavorável para o
tratamento protético sobre implantes. Por exemplo, um arco pode exibir a
forma de “U”, enquanto o oponente mostra a forma de “V“. A colocação e o
eixo de orientação dos implantes em tais casos devem ser planejados
precisamente para compensar tais peculiaridades anatômicas.
Além dos possíveis problemas estéticos, higiênicos e oclusais, pode
acontecer de um ou mais implantes colocados serem considerados inúteis
proteticamente e ficarem na condição de implantes adormecidos sob a
mucosa.
Esses casos não apenas são profissionalmente insatisfatórios; eles
podem levar a outros problemas, tais como a formação de fistulas.
Em arcos dentários maciços, à distância intermaxilar pode não ser
adequada para a restauração implante-prótese. Muitas vezes, em tais casos,
os processos alveolares são estreitos e pontiagudos e, portanto,
desfavoráveis para a colocação dos implantes. Então, é necessário elucidar
se uma alveolotomia poderia melhorar a situação, antes ou durante a
cirurgia de colocação de implantes.
Se os modelos de estudo montados em articulador exibirem uma
relação de Classe I de Angle com dimensão vertical normal entre a
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mandíbula e a maxila, tanto uma prótese fixa implanto-suportada como uma
removível sobre implantes pode ser selecionada. Os determinantes
decisivos em tais casos incluem primariamente a disponibilidade óssea, bem
como as demandas funcionais e estéticas.
Análise dos modelos de estudo
Pacientes parcialmente edêntulos:
A dentição natural distribui idealmente as forças mastigatórias no
interior do osso alveolar. A forma e a estrutura do processo alveolar, bem
como a estrutura dos dentes e a disposição das raízes dentárias são bem
adaptadas para suportar as cargas funcionais impostas pelo sistema
mastigatório.
Após a perda dentária, estas relações positivas não existem para os
implantes ósseo-integrados. Portanto, o objetivo da fase de planejamento é
recriar o equilíbrio entre a aplicação de força e a capacidade da prótese
implanto-suportada de receber e distribuir essas forças.
Os requisitos básicos para se atingir esse objetivo incluem:
1 – Assegurar a distribuição mais favorável das forças no osso, da
carga axial recebida pelos implantes. Visto de uma dimensão transversal, os
eixos dos implantes devem ser orientados em direção às cúspides dos
dentes naturais no arco oponente ou em direção ao centro da crista
alveolar...
(linha interalveolar), se o arco oponente for edêntulo. No plano sagital,
o eixo do implante deve ser paralelo ao eixo dos dentes naturais adjacentes
se esse ocluir normalmente.
2 – Deduzir o número necessário de implantes a partir de uma
comparação da área superficial dos implantes ósseo-integrados. Além disso,
a natureza da dentição oponente influenciará a extensão distal da prótese e,
portanto, também o número necessário de implantes. A análise dos modelos
de estudo também mostrará o comprimento clínico da coroa protética que
IMPLANTES DENTÁRIOS
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25
está suportada pelo implante (proporção coroa-implante).
Eixo de orientação.
Em contraste com a situação com
dentes naturais (esquerda), após a extração
dentária há uma perda de altura do
processo alveolar (centro). Esse tipo de
redução, na quantidade de osso vertical
disponível pode chegar a ser extrema
(direita).
Os implantes devem ser alinhados ao longo da linha inter-alveolar Na
área dos pré-molares esse linha é essencialmente perpendicular (0 a 10o de
deflexão da superfície oclusal) com uma deflexão crescente na região de
molares (10 a 25o).
Se a altura das coroas e das próteses fixas implanto-suportadas for
grande, todo esforço deve ser feito para se aumentar a área de contato
implanto-osso, tanto pelo aumento do número como do comprimento dos
implantes. Dependendo da dentição oponente, as próteses assentadas
sobre os dentes naturais e implantes devem exibir uma dimensão sagital
mais curta para reduzir o efeito de alavanca.
Uma distância intermaxilar extremamente pequena necessitará de
coroas de implantes excessivamente curtas, que oferecem condições
desfavoráveis para o técnico dentário e para a subseqüente higiene dos
implantes em torno das coroas e das próteses.
Em alguns casos, pode ser possível ajustar os dentes no arco
dentário oponente para aumentar a distância inter-oclusal. Isso pode ser
evidenciado durante a fase de planejamento por meio do enceramento.
O planejamento e os resultados da análise individual dos modelos de
estudo montados são transferidos à situação clínica por meio de guias
cirúrgicos, etc.
IMPLANTES DENTÁRIOS
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26
Distância intermaxilar grande.
A carga excessiva pode levar à perda prematura do implante quando
a proporção coroa implante é desfavorável. Deve-se obter a melhor
distribuição possível das forças, por exemplo, pelo uso de implantes
adicionais ou encurtamento do comprimento sagital da prótese suportada
por implantes e dentes naturais.
Esquerda: Note o uso de dois implantes (IMZ) para melhorar a
distribuição de forças sob uma prótese de cinco elementos suportada por
implantes e dentes naturais.
Guia Cirúrgico: Pacientes parcialmente edêntulos.
O uso de guias durante o procedimento cirúrgico ajuda o cirurgião-
dentista a posicionar os implantes adequadamente do ponto de vista
protético. Em pacientes com alguns dentes remanescentes, esses guias
podem ser fabricados na forma de próteses parciais retidas por grampos ou
próteses modificadas. Em situação de extremo livre distal, orifícios em
localizações apropriadas e com eixo de orientação adequado, são
perfurados no acrílico, podendo também, serem usados tubos metálicos.
Os guias cirúrgicos que cobrem a superfície oclusal/incisal dos dentes
remanescentes, tem a vantagem de permanecerem estáveis enquanto a
broca-piloto é usada durante a cirurgia. Em casos de parcialmente
edêntulos, a posição e a orientação axial ideal do implante são determinadas
durante a análise dos modelos de estudo e o enceramento do caso.
Idealmente, as perfurações nos guias, para acomodar e dirigir as
brocas-piloto estarão localizadas no centro da superfície oclusal dos dentes
artificiais de acrílico.
Os modelos de estudo devem ser montados em um articulador semi-
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27
ajustável. A posição ideal e o eixo de orientação dos implantes podem ser
determinados por meio dos modelos de estudo em conjunto com a avaliação
clínica e os achados radiográficos.
Também é possível escavar os dentes de acrílico tanto por vestibular
como por lingual, criando uma concha relativamente fina. Esse método tem a
desvantagem em termos de estabilidade da guia, mas também possui
vantagens muito práticas. Se o guia for aliviado no aspecto vestibular e a
incisão cirúrgica também for vestibular, garante-se uma boa visão do campo
cirúrgico; similarmente ocorre se o guia for aliviado no aspecto lingual. Na
maioria dos casos, o guia será utilizado inicialmente como guia radiográfico
com esferas metálicas. Depois das modificações apropriadas, ele pode
servir como guia cirúrgico, que deve preencher três requisitos:
1 – Proporcionar estabilidade suficiente e ter retenções nos dentes
remanescentes.
2 – Proporcionar uma visibilidade adequada do campo cirúrgico.
3 – Proporcionar espaço suficiente para o retalho muco-periostal
refletido.
Guia Cirúrgico
Pacientes edêntulos:
O uso de um guia cirúrgico é útil, mas geralmente não é necessário
se o plano de tratamento envolver uma prótese total retida por dois a quatro
implantes no segmento edêntulo anterior da maxila ou da mandíbula.
Se a terapia envolver uma prótese rigidamente fixada com parafuso, o
uso do guia cirúrgico é necessário para se obter o melhor resultado possível
do tratamento.
O guia é fabricado de resina acrílica incolor a partir tanta da
reprodução da prótese total do paciente ou por um enceramento
correspondente (após a prova em cera, determinação da relação
intermaxilar, etc.). Nesses segmentos maxilares onde os implantes serão
colocados, o guia deves estar completamente aliviado ou ter perfurações
IMPLANTES DENTÁRIOS
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nos locais adequados.
Na mandíbula ou na maxila, os guias podem ser aliviados tanto do
aspecto vestibular como do lingual ou palatina, respectivamente.O guia
proporciona orientação para a colocação dos implantes na posição
adequada e com a orientação axial, mais favorável. O guia para a maxila
aliviado no aspecto palatino e os guias mandibulares aliviados no aspecto
lingual, nos oferece vantagens práticas com as incisões correspondentes. O
cirurgião poderá visualizar melhor o curso do arco dentário e também
apreciar a inclinação do eixo do implante, que deve ser o mais paralelo
possível às superfícies vestibulares dos dentes anteriores e posteriores.
O guia deve, entretanto oferecer ao cirurgião certa liberdade porque a
posição planejada do implante e do eixo de orientação determinado durante
o planejamento pré-protético não podem ser sempre exatamente duplicados
na boca.
O guia deve possuir uma estabilidade inerente a despeito dos
segmentos aliviados. Pode ser necessário incorporar grampos retentivos ao
acrílico. Em situações de extremo livre, as selas distais devem ser amplas o
suficiente para assegurar a estabilidade do guia durante os procedimentos
cirúrgicos. As superfícies oclusais dos molares devem ser mantidas para
permitir avaliações transoperatórias da posição do guia em oclusão cêntrica.
Moldagem e Determinação das Relações Intermaxilares
Existem várias maneiras de fabricar uma prótese quando se está
tratando mandíbulas edêntulas com implantes. A escolha do método
dependerá do sistema de implante usado e das técnicas preferidas pelo
cirurgião-dentista.
A seguir apresentaremos uma demonstração o mais detalhada possível
dos procedimentos clínicos e laboratoriais para a reabilitação de um paciente
totalmente edêntulo usando o sistema IMZ.
Passados três a quatro meses, período em que ocorre a osseo-
integração, os implantes foram reabertos e os tecidos moles suturados em
posição, após a inserção do componente transmucoso. Uma moldagem
IMPLANTES DENTÁRIOS
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29
inicial foi feita nesse momento para a fabricação da moldeira individual com
planos de cera para mordida.
As suturas foram removidas cerca de 10 dias mais tarde, na segunda
consulta com o cirurgião-dentista. As relações intermaxilares são
determinadas tanto no plano sagital, quanto no vertical usando os planos de
cera preparados no primeiro modelo de estudo.
Então a moldagem final é tomada, incorporando os implantes e os
maxilares completamente edêntulos. Finalmente os planos de cera são
unidos na boca.
Usando-se os modelos de gesso provenientes da moldagem inicial,
moldeiras individuais são fabricadas em acrílico. Os planos de cera rosa são
unidos as moldeiras.
A relação da posição da maxila em relação à mandíbula é determinada
usando os planos de cera. É importante que os pilares de impressão não
contactem a moldeira de acrílico.
Na maxila, uma moldagem funcional é tomada do rebordo edêntulo
utilizando-se a técnica de moldagem dos bordos. Por outro lado, a
moldagem da mandíbula que inclui os implantes não é intencionalmente
estendida sobre a mucosa alveolar. O objetivo é evitar qualquer força de
inclinação proveniente dos tecidos moles sobre os implantes.
O modelo de gesso da maxila edêntula que foi obtido da moldagem
funcional é montado primeiro no articulador por meio do arco facial e ajustes
apropriados da ATM. O modelo da mandíbula é montado depois que os
planos de cera são unidos em relação cêntrica.
Remontagem Primária
Um dos problemas mais freqüentemente detectados nas consultas de
retorno em pacientes que usam sobredentaduras implanto-retidas é a
desarmonia oclusal. Isto quase sempre causa deslizamento da prótese e
problemas de inclinação que não estão apenas associados com a adaptação
precária da prótese, mas podem eventualmente levar a uma carga excessiva
nos implantes. Tal assentamento instável da prótese pode causar
insegurança no paciente, feridas devido à pressão e, pode afetar
IMPLANTES DENTÁRIOS
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negativamente a mastigação e a fala. Também podem surgir zonas de
tecidos flácidos no rebordo.
Os erros associados com a oclusão e com a articulação podem ser de
origem clínica ou devido ao material. Alguns dos erros clínicos associados
com a confecção de próteses totais convencionais também podem ocorrer
com sobredentaduras retidas por implantes, como por exemplo
deslocamento do plano de cera durante a determinação da relação
intermaxilar ou durante a prova em cera.
Características intrínsecas dos materiais, entretanto, também podem
influenciar de modo importante. O processamento da prótese a partir do
estágio do enceramento até a forma final de resina acrílica pode estar
associado com alterações na forma da base da prótese, dependendo da
técnica particular do laboratório e do método de processamento empregado.
Os dentes podem mudar ligeiramente de posição; há uma contração do
acrílico durante a polimerização e também quando a resina termo-
polimerizável esfria.
Os possíveis erros que podem ocorrer devido a problemas clínicos ou
dos materiais exigem que a oclusão e a intercuspidação da sobredentadura
sejam reavaliadas sem falhas após a acrilização.
Dois métodos de ajuste oclusal basicamente diferentes podem ser
usados para esse propósito:
Desgaste direto da prótese na boca do paciente;
Desgaste da prótese montada em articulador (remontagem primária e
secundária).
O ajuste oclusal na boca é difícil e incerto, de modo que o método
preferido envolve o desgaste no articulador.
A remontagem primária somente pode ser feita se as próteses forem
ajustadas no articulador sem serem removidas do modelo-mestre.
Duas Técnicas são utilizadas:
IMPLANTES DENTÁRIOS
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1 – Remontagem primária, na qual a prótese recém-construída é
ajustada por desgaste e posicionada no articulador antes de ser colocada na
boca do paciente;
2 – Remontagem secundária, na qual a prótese que já foi entregue ao
paciente é remontada no articulador após novo registro clínico da relação
intermaxilar e então desgastada no articulador.
Para garantir que o modelo-mestre possa ser precisamente
reposicionado no articulador para a remontagem primária, o modelo deve ser
provido de referências antes da fixação no muflo.
O muflo é completamente aquecido para permitir a remoção da placa-
base de acrílico e de toda a cera. Se durante a fervura algum dente se
deslocar, este deve ser precisamente reposicionado antes de se introduzir a
resina acrílica.
Freqüentemente a primeira avaliação utilizando um papel de
articulação fino revela que a intercuspidação da prótese polimerizada não é
idêntica à situação da montagem em cera. Em quase todos os casos, uma
pequena elevação da mordida é notada e isso pode estar associado com
uma mudança na relação cúspide-fossa.
Após o ajuste da oclusão, os contatos oclusais devem ser distribuídos
uniformemente nas cúspides dos dentes posteriores.
O objetivo da remontagem primária é estabelecer a intercuspidação
com o máximo de contatos multipontos e uma nítida relação cúspide-fossa
antes de remover as próteses polimerizadas dos modelos mestres. Deve-se
conseguir também uma articulação bilateral balanceada.
Esquemas de Oclusão:
De acordo com Taylor, qualquer conceito gnatológico pode ser aplicado
sobre implante se este incluir uma oclusão cêntrica reproduzível e permitir
uma performance livre de interferências dos movimentos mandibulares.
Conforme os princípios elucidados por Bayron, os seguintes requisitos
básicos são aceitos atualmente para o esquema oclusal de superestrutura
de próteses sobre implantes:
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1 – Estabelecimento de relações estáveis entre a maxila e a mandíbula com
o máximo de contatos intercuspidicos que sejam bilateralmente idênticos;
2 – Estabelecimento de liberdade em cêntrica dentro do esquema oclusal;
3 – Eliminação de qualquer interferência entre a máxima intercuspidação e a
posição de contato retruído.
4 – Proporcionar movimentos mandibulares livres e harmônicos com leves
contatos dentários durante os movimentos laterais e protrusivos.
O cirurgião-dentista pode escolher entre guia canina ou incisiva um ou
bilateral, função em grupo ou oclusão balanceada. A escolha dependerá da
situação intrabucal individual e do tipo de superestrutura a ser utilizada.
Guia Canina:
Com guia canina pura, os dentes caninos são os únicos responsáveis
pelos movimentos mandibulares. O contato entre os caninos desoclui todos
os outros dentes anteriores e posteriores, incluindo os caninos contra-
laterais. Isso impede contatos de trabalho e de balanceamento.
Função em Grupo:
Em um esquema oclusal com função em grupo pura, os caninos no
lado de trabalho bem como as cúspides vestibulares dos pré-molares e as
cúspides mesio-vestibulares dos primeiros molares proporcionam a guia.
Nessa situação, também todos os dentes no lado contra-lateral desocluem.
Oclusão Balanceada:
Em uma oclusão completamente balanceada, durante o movimento
mandibular lateral, todos os dentes do lado de trabalho atuam com uma
função de guia que diminui em intensidade de anterior para posterior,
enquanto no lado contra-lateral os contatos de balanceio ocorrem com
diminuição de intensidade de posterior para anterior.
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33
Sempre que uma prótese fixa for assentada sobre implantes dentários,
geralmente é possível conseguir relações oclusais livres de interferência
tanto com guia canina ou com função em grupo. Tem sido demonstrado que
a atividade muscular é reduzida com a guia canina. Além disso, como os
caninos são normalmente mais fortes do que os outros dentes, tornou-se
costumeiro falar de “oclusão protegida pelo canino”. Na realidade,
entretanto, essa situação não é normalmente observada, exceto em
pacientes jovens.
A função em grupo é mais freqüentemente encontrada em pacientes
idosos. Com esse tipo de oclusão é possível obter um equilíbrio harmonioso
de todas as estruturas envolvidas, incluindo a muscular, as ATMs, os dentes
e suas anatomias oclusais.
Se o paciente usa uma sobredentadura implanto-retida e muco-
suportada na maxila e/ou na mandíbula, a estabilização da prótese durante a
função neutra nos segmentos posteriores exige um esquema oclusal
totalmente equilibrado.
Superfícies Oclusais de Porcelana:
Muitos usuários de sistema Branemark são favoráveis a superfícies
oclusais feitas de resina acrílica, especialmente para as próteses do tipo fixa
de extensão implanto-suportadas. O principal suporte empírico para essa
idéia era que as superfícies oclusais de acrílico amorteceriam as forças de
mastigação, o que levaria a uma carga relativamente fisiológica na interface
osso-implante. O uso de porcelanas nas superfícies oclusais das próteses
fixas sobre implantes foi criticado por Henry (1992) com a justificativa de que
a ancoragem essencialmente anquilótica dos implantes dentários levaria a
uma carga extrema, bem como a uma subseqüente atrição na arcada
antagonista. Recentemente a porcelana tem sido usada não somente na
região anterior, mas também nas superfícies oclusais dos dentes implanto-
suportados posteriores. Os estudos não revelam nenhuma diferença em
termos de reações ósseas perimplantares com superfícies oclusais de
porcelana ou de resina acrílica.
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Estruturas Metalo-Cerâmicas:
Durante a confecção de próteses do tipo fixa metalo-cerâmica
extensas, os processos repetidos de queimas normalmente provocam
estresses, resultando em uma imprecisão de adaptação da estrutura
metálica. Tal fato é particularmente significativo para próteses fixas sobre
implantes porque a adaptação precisa e livre de tensão da superestrutura
sobre os implantes osseointegrados, é uma preocupação primária.
Uma vez que a superestrutura é definitivamente assentada, tanto por
parafusos quanto por cimentação, a imprecisão da adaptação pode levar a
uma sobrecarga totalmente concentrada na prótese, e, portanto, a uma
sobrecarga nos implantes e no osso perimplantar. Na implantologia dentária,
as forças desse tipo são tão negativas quanto as relações oclusais instáveis
ou os contatos oclusais prematuros, razão pela qual a adaptação precisa e
passiva da superestrutura deve ser cuidadosa e rotineiramente avaliada a
cada consulta de manutenção.
Sobredentaduras Retidas por Implantes:
Balanceio Bilateral
Nas próteses totais é desfavorável uma oclusão balanceada bilateral
para uma estabilização da prótese, para uma adaptação segura da área
chapeavel à mucosa e para a prevenção de inclinação. Especialmente em
pacientes com reabsorção mais pronunciada do processo alveolar, a oclusão
harmoniosa no lado de trabalho e uma função neutra no lado de balanceio
apresentam vantagens. A guia canina é incorporada em próteses totais
somente em casos excepcionais.
As normas básicas que se aplicam à morfologia oclusal em prótese
total são válidas também para sobredentaduras implanto-retidas. Um
exemplo é o paciente que usa uma prótese total convencional na maxila e
uma sobredentadura implanto-retida na mandíbula.
Se sobredentadura implanto-retida muco-suportadas são usadas em
ambos os arcos, o cirurgião-dentista pode escolher a oclusão balanceada
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
35
bilateralmente, se a reabsorção do processo alveolar for pronunciado, ou
guia canina se o rebordo alveolar exibir pouca ou nenhuma reabsorção.
Um esquema de oclusão balanceada é preferível na maioria
esmagadora dos pacientes com sobredentadura implanto-retidas. Os dentes
da prótese com morfologia oclusal relativamente plana (superfícies
cuspideas levemente inclinadas) devem ser sempre usados nos segmentos
posteriores. Os dentes com esse perfil oclusal proporcionam uma
intercuspidação habitual estável sem um travamento cúspide-fossa
excessivo.
Matrizes pré-fabricadas comercialmente disponíveis com curvas de
compensação predeterminadas, não podem garantir uma oclusão
bilateralmente balanceada. A fotografia mostra a curva oclusal transversa de
Wilson. Uma regra geral é aplicável: um rebordo alveolar severamente
atrofiado e um trajeto condilar plano demandam o uso de dentes posteriores
com cúspides planas e minimamente inclinadas.
Sobredentaduras Retidas por Implantes:
Montagem de Dentes
As seguintes normas adaptadas de Geering e Cols são válidas para a
montagem dos dentes em sobredentaduras implanto-retidas:
1 – os dentes devem ser montados em equilíbrio em relação à musculatura
da língua, lábios e bochechas.
2 – O plano oclusal deve estar localizado no nível da linha média da língua.
3 – Três pares de dentes em contato de cada lado são necessários e
adequados para um esquema oclusal seguro e uma mastigação eficiente.
4 – As relações cúspide-fossa devem ser precisas.
5 – Os dentes devem ser montados ao longo do rebordo alveolar para
prevenir o deslizamento da prótese na mucosa. O ponto mais profundo da
curva de Spee deve ficar na zona de estabilidade mastigatória, que é
normalmente encontrada na região do segundo pré-molar e primeiro molar.
IMPLANTES DENTÁRIOS
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36
6 – Durante a função neutra, a oclusão balanceada bilateralmente deve ser
criada nos segmentos posteriores.
7 – Os dentes anteriores devem permitir livre movimentação da mandíbula
anteriormente. Uma overjet e um overbite de um mm são geralmente
suficientes.
Prótese do Tipo Fixa Implanto-Suportada:
Guia Canina e Função em Grupo
O esquema oclusal para próteses do tipo fixa totalmente implanto-
suportadas normalmente corresponde àquele das próteses fixas
convencionais suportadas por dentes. Uma relação posterior cúspide-fossa é
a preferida.
A questão primária é se deve ser incorporada uma guia canina ou uma
função em grupo, isso tem que ser determinado antes que as próteses
sejam processadas e com relação ao plano de reabilitação, geralmente
incluindo modelos de estudos montados.
O objetivo da guia canina é evitar carga nos pré-molares e molares
durante os movimentos excursivos da mandíbula. Os dentes posteriores são
desengrenados pelos caninos e pelos dentes posteriores durante esses
movimentos mandibulares. A carga sobre os dentes posteriores ocorre
apenas durante a intercuspidação habitual, durante a qual os dentes
anteriores e os caninos são desengrenados. Na dentição natural, tal
esquema é conhecido por “oclusão mutuamente protegida”.
Em casos de prótese do tipo fixa ou sobredentadura implanto-
suportada com extensão distal, é imperativo que os incisivos e os caninos
sejam montados de tal forma que os dentes posteriores desocluam
imediatamente durante os movimentos mandibulares excursivos. Quando as
próteses estão em máxima intercuspidação, as cúspides de suporte dos
dentes posteriores interligam-se na fossa central de seus antagonistas. Isso
assegura uma aplicação de força axial nos implantes para o tratamento
completo deste paciente.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
37
Com relação ao esquema de guias de oclusão nas próteses implanto-
suportadas, são possíveis várias formas híbridas, tais como guias caninas e
incisivas ou função em grupo. Além disso, o padrão articular pode ser
alterado com o tempo à medida que ocorre atrição oclusal. ë criticamente
importante evitar qualquer interferência durante as excursões mandibulares
retrusivas ou protrusivas.
Prótese do Tipo Fixa de Extensão Distal:
Avaliação da Oclusão
Com próteses do tipo fixa de extensão distal totalmente implanto-
suportadas, requer-se o desengrenamento imediato dos segmentos das
extensões posteriores tanto no lado de trabalho como no de balanceio
sempre que ocorrem as excursões laterais da mandíbula.
Isso pode ser proporcionado pela guia incisiva e canina ou pela função
em grupo. Os contatos no lado de trabalho devem ser o mais anterior
possível nas porções da prótese que são suportadas pelos implantes. O
padrão oclusal deve ter cúspides relativamente planas, isto é, a inclinação
dos planos cuspideos deve ser menor que a inclinação do trajeto condilar
(inclinação da guia condilar sagital).
Nos retornos é importante avaliar os contornos oclusais nos segmentos
de extensão distal. Já que os dentes no cantilever distal não recebem uma
carga tão pesada nas superfícies guias dos incisivos e dos caninos podem
sofrer maior atrição com o tempo. Portanto, é importante eliminar os
contatos prematuros ou os contatos no lado de balanceio no cantilever distal.
Aumentando o Número de Pilares da Prótese do Tipo Fixa:
Se forem usados implantes dentários para aumentar o número de
pilares para uma prótese do tipo fixa, a função de guia deve ser suportada
por dentes natural tanto quanto possível. As forças oclusais devem ser
distribuídas o mais favoravelmente possível sobre os implantes e os dentes
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
38
naturais remanescentes para prevenir sobrecarga dos elementos mais
frágeis.
Se for possível colocar de forma estratégica vários implantes em um
arco parcialmente edêntulo, a carga oclusal pode ser recebida
primariamente pelos segmentos implanto-suportados da prótese fixa. Isso
pode estabilizar a mordida e também proteger os dentes naturais
remanescentes com envolvimento periodontal. É importante nesses casos,
entretanto, se incorporar guia canina e incisiva. Se a disponibilidade óssea
não for favorável (por exemplo, rebordo estreito) ou se apenas implantes
curtos puderem ser usados, é necessário que as forças oclusais sejam
dirigidas principalmente sobre os dentes naturais. Em muitos casos pode ser
necessário ferulizar os dentes naturais adjacentes.
O ajuste fino da oclusão deve ser realizado com uma folha de papel
alumínio oclusal de cerca de 1o um. Deve ser possível remover a folha
quando os dentes estão sob leve carga na posição de máxima
intercuspidação devido a uma ligeira infra-oclusão. Realizar esse grau de
ajuste fino da oclusão em geral é muito difícil, especialmente nos segmentos
posteriores. A folha deve ser utilizada para ajustar a oclusão uniformemente
em oclusão cêntrica.
Ajuste Oclusal:
As sugestões apresentadas até o presente momento para o ajuste
oclusal da prótese fixa implanto-suportada tem se baseado nos mecanismo
diferentes pelos quais os dentes e os implantes são retidos no osso.
Schulte (1983) tem até recomendado que as coroas implanto-
suportadas em pacientes parcialmente edêntulos devem ser ajustadas em
aproximadamente 0,1 mm fora de oclusão para evitar sobrecargas durante o
contato em máxima intercuspidação. A supra-erupção do antagonista no
arco oponente não deve ser temida porque o contato oclusal será feito
durante a deglutição, à medida que os dentes alcancem a máxima
intercuspidação. Ludgren e outros (1993) recomendam um procedimento
similar.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
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Por outro lado, Richter (1992) demonstrou que reduzir a oclusão da
prótese do tipo fixa implanto-suportada parece não ser necessária porque as
reações à aplicação de uma carga funcional nos implantes e nos dentes
(aplicação de força tipo impulso) é similar. Em resumo, a folha fina de papel
alumínio oclusal deve ser usada para criar uma oclusão de contatos
múltiplos e harmônicos.
Prótese Sobre Implante com Sistema MK1
As maiorias dos pacientes desdentados sonham com a restauração de
sua dentição totalmente fixa. Mas nem sempre é possível, mesmo quando o
paciente tem o número de implantes suficiente para tal, porque quase
sempre é necessário recompor proteticamente estruturas, gengivas, e nem
sempre a gengiva móvel é bem aceita. Neste capítulo, apresentamos as
fases laboratoriais na confecção de uma prótese sobre implantes Frialit2,
com travamento pelo sistema MK1 e o recobrimento estético com o
cerômetro Targis.
As vantagens laboratoriais proporcionadas por um implante de sistema
rotacional como o Frialit2, torna mais fácil para o técnico a confecção de
uma estrutura metálica mais delicada, já que o abutment deste modelo de
implante, além de mais estabilidade, oferece mais espaço externamente por
conta do seu menor volume, e consequentemente maior espessura do
material de revestimento estético Targis.
Devido ao condicionamento da superfície do metal com Targis Link,
este material dispensa as retenções por meio de micro esferas, ampliando
ainda mais estas vantagens. Somando-se ao cima mencionado, o sistema
de travamento feito com o sistema MK1, além da facilidade no
destravamento, tem a impossibilidade de destravar por si só.
Confecção da infra-estrutura:
Após a seleção dos abutments, colocamos os copings plásticos nos
mesmos, e fixamos nos respectivos análogos do modelo de trabalho. Em
seguida recobrimos as superfícies do modelo onde vamos construir a
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
40
estrutura com lâmina de cera 7, e posicionamos o attachment MK1 na
posição desejada, o mais horizontal possível, e de maneira que o lado da
sobra do pino de travamento fique voltada para a face lingual.
Após a fixação do MK1 com cera, iniciamos a construção das
estruturas com Patterb Resin da GC, cortamos os copings plásticos na altura
desejada, concluímos o modelo da estrutura com cera, e procedemos a
inclusão para posterior fundição.
Uma vez as peças fundidas, conferimos a adaptação nos abutments,
attachments e no modelo, estando tudo correto, procedemos o acabamento
e polimento.
É importante que estas estruturas apresentem uma convergência entre
4 e 6o para oclusal, Para isto, antes do polimento é necessário que as
paredes axiais sejam frezadas até que eliminem as retenções que por
ventura existam, e consigamos a expulsividade desejada.
Com as estruturas presas ao modelo, os pinos do sistema de
travamento em posição, e o selamento dos limites entre as peças e o
modelo com cera, iniciamos a construção do modelo da supraestrutura com
Pattern Resin.
Aplicamos uma camada fina de resina recobrindo toda estrutura, tendo
o cuidado para esta não penetrar nos Attchments e ligamos as duas com
uma barra, que servirão de sustentação para os pônticos. Então procedemos
a inclusão e fundição.
Restauração Estético-Funcional:
Com a supra-estrutura fundida nas mãos, procedemos o acabamento
corrigindo algum excesso que se apresente na mesma. Uma vez, acabada,
jateamos com óxido de alumínio 60m, e em seguida lavamos com jato de
vapor. Quando a peça estiver bem seca, aplicamos Targis Link, esperamos
60 segundos, secamos a superfície com jato de ar isento de óleo, aplicamos
o Targis Opaque na cor escolhida e colocamos no Targis Power, programa
2. Observem a ausência de retenções mecânicas adicionais . Isto não
funciona com ligas que tenham mais de 80% de ouro em sua composição.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
41
A aplicação do cerômetro fica a critério de cada um no que diz respeito
à técnica. O importante é que sigamos corretamente as instruções de seus
fabricantes, relacionadas com as etapas e os tempos de exposição em seus
respectivos aparelhos. A não observância destas, pode levar a resultados
inesperados.
Esta fase é sem sombra de dúvida junto com o planejamento, a mais
importante de todas as etapas de laboratório e de todo o tratamento. É como
se esse fosse o último pênalti da série, e que todos os anteriores foram
convertidos em gol, de nada adiantaria os passos anteriores.
É importante que nessa etapa se observe bem as relações oclusais;
cêntrica, lateralidade e protrusiva, evitando sempre que possível resultantes
perpendiculares ao longo eixo dos implantes ou dos dentes. E como não
poderia deixar de ser, a construção de dentes mais próximos da beleza dos
naturais em questão, daria o arremate que todos; pacientes, dentistas e
protéticos desejamos.
Neste caso, por tratar-se de um trabalho com a finalidade apenas de
construir uma mesa clínica, mostrando o sistema de attachment MK1, o
implante Friali2 e o Cerômetro Targis, sem a preocupação com a oclusão e
limites vestibular e lingual da prótese em questão, dispensamos o
enceramento diagnóstico e uma muralha de silicone para orientação.
Na região onde se encontram os attachments, na face vestibular temos
um pequeno orifício por onde introduzimos a chave que acompanha o
sistema para destravarmos o MK1, e na lingual o pino fica nivelado com a
superfície da prótese. Após o destravamento dos attachments, a peça é
removida com facilidade.
Conclusão:
Além da impossibilidade de ser deslocada sem a intervenção do
paciente, e poder ser removida facilmente por este para limpeza, este
modelo de prótese apresenta as mesmas vantagens da prótese fixa, e nos
dá a opção de colocarmos ou não a gengiva, sem o inconveniente da
gengiva móvel, e seu sistema de travamento não apresenta reentrâncias ou
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
42
volumes adicionais nas faces vestibular e lingual, que possam causar
desconforto ao contato da língua e bochechas.
SISTEMA DE IMPLANTES ANKYLOS
IMPLANTES BIOFUNCIONAIS
Supraestruturas sobre Implantes Ankylos:
É necessária uma boa comunicação entre o dentista e o técnico de
prótese para uma boa confecção de supraestruturas sobre implantes. É
essencial um planejamento pré-cirúrgico para garantir o sucesso estético e
funcional de um tratamento implantológico.
O objetivo é o de colocar o implante na posição mais aproximada do
dente natural. Em casos em que tenha sido diagnosticado uma deficiência
óssea, o planejamento pré-cirúrgico tem de levar em conta o pré-requisito
protético e as possibilidades cirúrgicas e oferecer soluções através de
medidas cirúrgicas ou considerações protéticas.
A confecção de supraestruturas sobre implantes requer um alto nível
de precisão devido à mobilidade extremamente reduzida do implante osteo-
integrado quando comparado com um dente natural. Um sistema de
transferência que forneça um encaixe de precisão e peças laboratoriais pré-
fabricadas é um dos pré-requisitos.
A posição da junção do implante pré-fabricado em relação aos
elementos da supraestrutura individualmente confeccionados é uma
característica especial do implante ANKYLOS. A junção que é difícil de
controlar não está localizada na zona da cabeça, mas próxima da margem
gengival, tal e qual qualquer prótese convencional, por isso a precisão da
prótese implanto-suportada é nitidamente mais fácil de controlar.
As instruções que se seguem, mostram a confecção do planejamento
do procedimento pré-cirúrgico, à confecção passo a passo do modelo, sendo
estes os passos mais importantes de elaboração para a confecção de
coroas e pontes implanto-suportadas.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
43
Procedimento de Planejamento Pré-cirúrgico:
O planejamento pré-cirúrgico é o pré-requisito para o sucesso estético
e funcional da implantação. O objetivo é o de colocar o implante na posição
mais aproximada da do dente natural.
Modelo de Estudo:
Primeiro preparar os modelos de estudo
e montar num articulador de forma a
determinar a relação inter-maxilar, número de
dentes remanescentes e o estado do rebordo.
Enceramento:
Fazer um enceramento diagnóstico que vai corresponder à prótese
planejada,
Matriz de Silicone:
A matriz de silicone do enceramento define
a secção transversal da futura
supraestrutura.
Marcação da Posição do Implante:
Determinar e marcar o número, assim como a posição dos implantes
que são necessários do ponto de vista protético (na direção axial e central)
de acordo com o enceramento.
A imagem das esferas de medição no raio-x permite ao cirurgião
reconhecer as distorções da técnica do raio-x e calcular a quantidade real de
osso.
Escala = O de esferas de raio-x
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
44
5
Altura real de osso = Altura de osso em raio-x
Escala.
Determinação da Quantidade de Osso:
Uma técnica cirúrgica segura as
esferas de medição para o raio-x. O
dispositivo tem de dispor de um bom apoio
e deve poder ser reposicionado com
precisão. As esferas tem um diâmetro de 5
mm.
Férula Cirúrgica:
Perfurar a férula cirúrgica acima das
posições e colocação dos implantes e fixar
as esferas de raio-x. As esferas de raio-x
devem ficar posicionadas sobre o rebordo
gengival para possibilitar uma avaliação
da espessura da mucosa.
Férula de Raio-x:
O comprimento do implante é
selecionado, fazendo a sobreposição da
férula de medição sobre o raio-x OPG.
Seleção do Comprimento:
O perfil do rebordo alveolar pode ser determinado, medindo a
espessura da mucosa. Para este fim, troqueliza-se um modelo. Os troquéis
das zonas da implantação planejada podem então ser removidos.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
45
Medição da Espessura da Mucosa:
A espessura da mucosa é determinada por
punção ou com fórceps de medição (código do
produto 3108 8350 ou 3108 8360). O
deslocamento do anel de borracha dá a indicação
da profundidade de penetração que é transferida
para o modelo troquelizado. A ligação de vários pontos de medição produz a
imagem do perfil do osso.
Seleção do Diâmetro do Implante:
O diâmetro do implante é selecionado,
colocando a férula de medição numa escala de 1:1
contra o perfil do osso que foi desenhado.
Verificação do Enceramento:
Baseado nos dados adquiridos, o
enceramento deve ser verificado com
referência à carga axial dos implantes. O eixo
deve ser alinhado com as protuberâncias de
apoio da arcada oponente.
Férula Cirúrgica:
Preparar outra férula no modelo
duplicado. O espaço vazio que é criado por
baixo da zona de enceramento tem que ser
preenchido com resina transparente no modelo
original. Preparar os canais de perfuração na
direção planejada da implantação em conjunto com o dentista. Deve-se
assegurar de que há espaço suficiente para o muco-perióstio.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
46
Duplicar o modelo com o enceramento final.
Apoio Visual:
Em situações anatomicamente difíceis,
pode ser utilizada uma férula diagnostica
diferente com marcações de comprimento
como apoio visual para indicar a direção
axial.
O tamanho do pilar é determinado através
de provas durante a inserção (3a consulta). Se for preferida uma
determinação do tamanho do pilar, pode ser tirada uma impressão com o
formador de sulco (2a consulta) e preparado um modelo.
Modelo Com Formador de Sulco:
Colocar os modelos no articulador e
ao determinar o
espaço disponível desde a gengiva até a
arcada oponente, selecionar a altura e
ângulo do sulco do pilar necessários. O
diâmetro e a altura do sulco do pilar normalmente correspondem ao do
formador de sulco que já foi inserido.
Seleção dos Pilares:
Aliviar o modelo acima do formador de sulco para a tampa de
transferência e fazer uma moldeira individual de resina foto-polimerizável.
Moldeira Individual:
Análogo de Pilares para Pilares Retos e Pré-angulados:
Análogo do pilar com bainha:
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
47
O Análogo de implantes do sistema
ANKYLOS é constituído por pilares
análogos com uma geometria diferente e
uma bainha que é adequada para todos os
tipos de pilares. Um entalhe assegura uma
boa definição e uma ligação de anti-torsão para ambas as partes. Se for
utilizado um sistema com uma placa base de plástico, pode encurtar a
bainha laboratorial até ao entalhe.
Ao tirar a impressão do pilar, só é relevante a geometria da
supraestrutura. As tampas de transferência e os pilares análogos – com o
mesmo diâmetro do pilar e a mesma altura de supraestrutura – serão
utilizados para ambas as alturas de sulcos. Portanto, ambos os
componentes tem um propósito duplo. A diferença de altura do sulco é
compensada no modelo de acordo com a posição da bainha laboratorial.
Tampas de Transferência:
A impressão do pilar do implante é
tirada com a ajuda de uma tampa de
transferência.
As tampas de transferência podem ser
utilizadas para pilares retos ou pré-
angulados. O mecanismo de suporte integrado o mesmo posicionamento
das tampas dos pilares e nos análogos dos pilares durante o processo de
transferência.
Pilares Retos:
O pilar análogo reto só tem quatro
estrias tal como o pilar original para uma
estabilidade anti-rotacional da coroa tal
como um orifício rosqueado M 1.6 para
fixação oclusal.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
48
Pilares Para Soldar ou Frezar:
Também estão disponíveis pilares
análogos de uma só peça para soldar ou
frezar. Estes pilares análogos também
podem ser utilizados como análogos
curtos, fixos, mas não para pré-
angulados.
As coroas e pontes parafusadas sobre pilares pré-angulados tem
fixação lateral. O orifício rosqueado M 1 x 0,2 é colocado por palatino. Se o
orifício rosqueado se tornar inacessível em casos anatomicamente difíceis,
tem que ser preparada uma coroa adicional com um orifício rosqueado
individualizado.
Pilares de 15o.
Os pilares pré-angulados de 15o
apresentam entalhes encurtados para uma
transferência direcionada do ângulo de 15o.
Ao inserir o pilar análogo, tem que se
verificar a posição do entalhe na tampa de
transferência.
Entalhe encurtado para pilar de 15o.
Antes da obtenção do modelo, deve ser aliviada a zona de retenção na
zona de colo dos análogos de pilares de 15o com cera de alívio.
Alívio da zona de retenção.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
49
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
50
A seleção das alturas dos mini-pilares
cônicos, depende da estética desejada e do
retalho.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
51
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
52
Mini-pilares cônicos de altura 4 mm instalados
com torque de 2o N.cm e sutura realizada com
fio Mononylon 4.0.
Postes de moldagem para moldeira aberta
(arrasto) instalados e esplintados com acrílico
“GC”, os parafusos longos serão substituídos
por mini-parafusos.
Réplica da dentadura com a área chapeável
anterior
removida, unida com acrílico “GC” à barra
acrílica da figura 3B. Fica assim estabelecido o
registro das relações inter-maxilares.
Após injeção de material de moldagem fluído
com seringa sob a réplica da dentadura (figura
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
53
4a), solta-se os mini-parafusos e obtêm-se o molde (transferência dos postes
de impressão).
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
54
Adapta-se os análogos dos mini-pilares
cônicos e vaza-se o gesso, obtendo-se
assim o modelo de trabalho.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
55
Modelo de trabalho no qual será iniciado o
enceramento da infra-estrutura.
Componentes protéticos para
carga imediata, da esquerda para direita
respectivamente: Cilindro Carga
Imediata Calcinável, Cilindro Carga
Imediata Latão e Cilindro Carga
Imediata Titânio com porosidade para
receber a cimentação da infra-estrutura com o diâmetro um pouco menor
que o diâmetro do cilindro em latão, compensando a contração de fundição.
Cilindro de Carga Imediata Titânio que será
aparafusado nos mini-pilares cônicos na
boca do paciente, a pós a cimentação da
infra-estrutura no modelo de trabalho.
Conjunto réplica em latão e Cilindros
Carga Imediata Calcináveis presos com
parafuso no modelo de trabalho, pronto
para receber o enceramento.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
56
Infra-estrutura encerada – observar os
“sprufs” que coincidem com os dentes e que
serão incluídos em revestimento.
Anel de fundição com a peça encerada.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
57
Infra-estrutura fundida em cromo-cobalto.
Acrilização
sobre a infra-estrutura realizada com os
Cilindros de Titânio, instalados no modelo de
trabalho, prontos para serem cimentados.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
58
Infra-estrutura já cimentada com Panavia,
observar os excessos de material e o
Oxiguard.
Prótese instalada na boca e visão panorâmica final após instalação da prótese.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
59
1 – Situação (Classe II de Kennedy).
2 – Posicionar o elemento primário. Conferir a
posição na crista de rebordo.
3 – O lado do elemento primário posicionar pela
vestibular.
3 – Fresar as coroas com brocas
anguladas em 2o.
4 – Preencher com cera embaixo do elemento
primário
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
60
6 – Acabamento redondo para liberar a papila.
7 - Refresar as coroas com brocas anguladas
em 2o.
8 – Eliminar as retenções ao longo de toda a peça.
9 – Fazer um alívio no elemento primário com
cera.
10 – Preencher a abertura lingual do elemento de
duplicação.
11 – Preencher a abertura vestibular do
elemento de duplicação.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
61
13 – Modelo duplicado. Enceramento pronto
para fundir.
14 – Vista lingual.
15 – Vista vestibular
.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
62
16 – PPR ajustada no modelo.
17 – Criar um nicho no elemento secundário.
18 – Reposicionar o elemento secundário.
19 - Unir com resina foto ou soldar o cilindro do
attachment.
20 – Desaparafusar o eixo do elemento
secundário com auxílio da chave sextavada.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
63
21 – Posicionar o elemento auxiliar de
polimerização.
22 – Vedar a parte interior com cera cervical.
23 – Aplicação do opaco.
24 – Aplicação da resina.
25 – Desaparafusar o elemento de
polimerização somente após o acaba-mento.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
64
26 – Desaparafusar o elemento de polimerização
(vista lingual).
27 – Passar um jato de esfera de vidro na parte
interna.
28 – Posicionar o eixo definitivo do elemento
secundário.
29 – Fixar com resina para evitar rotações.
30 – Seccionar o eixo somente na
posição fechada. Tomando-se o
cuidado de só cortá-lo quando o
chanfro do eixo não estiver mais
visível.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
65
31 – Polimento com alto brilho.
32 – Fazer um pequeno funil para facilitar a
entrada da chave e provocar um disfarce óptico.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
66
1 – Isolar a parte extra-coronária e a cerâmica,
não isolar a fresagem.
2 – Elemento auxiliar de enceramento (sem
retenções).
Cera plástica MK 1 para Técnica Direta.
3 – Posicionar o elemento auxiliar de
enceramento. Isolar e encerar.
4 – Colocar na água fria durante 5 segundos.
Retirar e reposicionar o enceramento.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
67
5 – Fazer um anel de cera para melhorar a
adaptação da fresagem.
6 – Preencher com cera cervical na fresagem
para melhorar a adaptação.
7 – Terminar o enceramento com as
retenções para resina.
8 – Tirar o elemento auxiliar de enceramento antes de
incluir.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
68
1 – Criar uma fenda com o disco.
2 – Desaparafusar o eixo do elemento
secundário.
3 – O eixo já extraído.
4 – Puxar a trava de retenção.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
69
5 – Ativar a nova trava de retenção.
6 – Inserir a trava.
7 – Empurrar a trava com uma pinça.
8 – Puxar a trava.
9 – Puxar até a sua posição final.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
70
10 – Cortar com o disco na diagonal (de forma
que se consiga posicionar novamente o eixo).
11 – Posicionar novamente o eixo.
12 – Fixar com resina para evitar rotações.
PROBLEMAS DE REBORDO (Inclinação excessiva)
1 – Acrescentar cera no elemento primário pa
ra reforça-lo.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
71
2 - Fazer um desgaste equivalente no
elemento secundário.
3 – Posição final do elemento secundário sobre o
elemento primário (reforçado).
REEMBASAMENTO
1 – A parte fêmea fundida será um instrumento de
reembasamento.
2 – Evitando assim a invasão da resina dentro do
mecanismo.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
72
COMPONENTES DO ATTACHMENT MK1
1 – Elemento primário;
2 – Cilindro com rosca interna;
3 – Componente com rosca externa;
4 – Eixo para travamento.
5 – Trava de retenção;
6 – Elemento auxiliar de enceramento;
7 – Peça auxiliar para duplicação;
8 – Chave sextavada.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
73
O USO DA CERÂMICA INJETADA VISION ESTHETIC
SOBRE O COMPONENTE CERA ONE EM IMPLANTES UNITÁRIOS
Introdução:
A Implantodontia ainda é uma ciência relativamente nova e
revolucionária e, como tal, traz consigo muitas exigências, curiosidades e
dúvidas. A grande evolução do Implante em décadas de estudos e
pesquisas não nos faz parar por aí, muito ainda tem que ser evoluído para
proporcionar ao paciente a realização de ter de volta integralmente a estética
e a função igual a de um dente natural.
Várias técnicas têm sido desenvolvidas para a execução de próteses
sobre implantes, utilizando-se de uma gama de materiais que demonstram a
valorização da estética, já que a grande tendência é a de eliminar o metal
dos trabalhos protéticos.
A técnica clássica para a obtenção de coping metálico sobre implante,
além de exigir um tempo de confecção maior, apresenta a desvantagem do
uso do metal, que compromete a estética, devido à oxidação das ligas
metálicas, alterando a cor da gengiva e impedindo a passagem de luz pelas
ameias e, além disto, ainda podem ocorrer problemas alergênicos, causados
pela presença do níquel nas ligas.
Atendendo a uma necessidade cada vez maior das três partes
integradas – paciente, cirurgião-dentista e protético -, foi desenvolvida uma
técnica que agilizou e dinamizou os resultados. A técnica advém da não
utilização de metais sobre o componente Cera One, da Nobel Biocare, para
a confecção de coping em implantes unitários, utilizando, para isto, a
cerâmica injetada Vision Esthetic.
A análise do método descrito a seguir, coincide com os resultados
esperados, equivalendo ao ideal imaginado, com a obtenção deste trabalho,
todas as vezes em que assim se procedeu.
Material e Métodos:
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
74
A cerâmica utilizada no experimento foi a Vision Esthetic (cerâmica
prensada, elaborada para a técnica de estratificação), que permite a
confecção de Inlays, Onlays, Laminados, Coroas unitárias e próteses fixas
de até 3 elementos, porém livre de metal. É uma cerâmica excepcional para
próteses sobre implante, pois possui um revestimento estético mais macio e
menos friável que as cerâmicas convencionais.
Esta cerâmica atinge um excelente potencial estético e devido à
ausência do coping metálico, a sua transmissão de luz aumenta. Dentre
outras vantagens, destaca-se a compatibilidade biológica máxima ao meio
bucal e o cirurgião-dentista poderá fazer a prova da prótese antes da
cimentação, verificando o ajuste oclusal, cor e pontos de contato, que
poderão ser posteriormente corrigidos.
Confecção do coping cerâmico sobre o Cera One e posterior
estratificação (em implante unitário).
Ao receber a moldagem com a réplica do pilar Cera One, vaza-se para
obter o modelo de trabalho, posicionado o coping plástico Cera One para
efetuar o enceramento com cera orgânica própria para a cerâmica injetada.
O fabricante da cerâmica injetada Vision Esthetic recomenda que o coping
nuca deve ter uma espessura inferior a 0,7 mm para injeção, podendo ser
reduzido até 0,5 mm após a injeção.
Coping plástico Cera One. Injeção concluída.
Após o enceramento do coping, posiciona-se os sprues onde houver o
maior volume de cera. É importante que os sprues tenham de 3 a 3,5 mm de
diâmetro por no máximo 7 mm de comprimento, para permitir uma injeção
perfeita. Faz-se a inclusão com revestimento Servo Quick da Servo Dental
Labline, aguarda-se aproximadamente 45 minutos, para que o revestimento
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
75
tome presa (endureça), e leva-se o anel e o êmbolo (de óxido de alumínio
puro) ao forno de anéis, dando início ao pré-aquecimento, alcançando a
temperatura de 350o C em 30 minutos. Enquanto o anel está atingindo a
temperatura final de 850o C, o forno Vario Press 100, da Zubler – Ulm
(próprio para a injeção da Vision Esthetic), já deve estar previamente
aquecido a uma temperatura inicial de 850o C.
Quando o forno de anéis atingir então a temperatura de 850o C,
programa-se o forno Vario Press para a injeção da pastilha cerâmica.
Coloca-se a pastilha fria e o êmbolo no anel e transfere-se o anel + êmbolo
para o forno Vario Press, dando início ao amolecimento da pastilha por 20
minutos sob vácuo e 10 minutos de injeção a 4,5 bar de pressão.
O forno conclui este estágio a uma temperatura final de 970o C, retira-
se então o anel para o resfriamento em temperatura ambiente.
Após o resfriamento, é feito um corte no anel, no comprimento do
êmbolo, para a retirada deste. Jatea-se para a retirada do excesso de
revestimento com micro-esfera de vidro de 50 micras a 4 bar. Finalizando o
procedimento com 2 bar de pressão. Corta-se o sprue com disco
diamantado, dando início a adaptação da peça ao Cera One.
O acabamento deve sempre ser feito com brocas diamantadas em
baixa rotação. Finaliza-se com jato de micro-esfera de vidro a 2 bar, para dar
início à estratificação (aplicação da cerâmica de recobrimento Vision
Esthetic, a uma temperatura inicial de 760o C).
Na primeira estratificação, volume de cer6amica nunca pode
ultrapassar 1 mm de espessura, por se tratar de um casquete de cerâmica
pura.
Entre uma estratificação e outra, deve-se dar o acabamento com
brocas diamantadas e um novo jateamento de micro-esfera de vidro a 2 bar.
Nas segundas ou terceiras estratificações, não importa o volume de
cerâmica. Ao final, é feito o acabamento seguido do glaser.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
76
Vista oclusal do componente Cera One no
dente 14 já parafusado.
Vista oclusal da coroa cerâmica Vision
Esthetic no dente 14 já cimentada.
Vista vestibular da coroa cerâmica no dente 14 (caso já concluído).
Conclusão:
Considerando a técnica descrita – cerâmica injetada sobre o
componente Cera One, visando a confecção de coping cerâmico para
implantes unitários -, podem ser ressaltadas vantagens como:
Resultado estético extraordinário pela ausência do metal na prótese e
pelo uso da cerâmica injetada, que permite uma transmissão de luz perfeita;
Um procedimento mais rápido e simples, o que simplifica o trabalho
laboratorial, pois elimina a fundição de copings metálicos;
Redução dos procedimentos clínicos, pois é feita apenas a prova da
prótese já injetada e estratificada;
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
77
Biocompatibilidade ao meio bucal, onde não teremos problemas
estéticos e alergênicos causados pelas ligas metálicas.
Reinaldo Francisco do Nascimento
Técnico em Prótese Odontológica, Ministrante de Curso de
Aperfeiçoamento em Metalo-Cerâmica, Cerâmica Injetada e Attachment.
Demonstrador – Servo Dental do Brasil.
Curso de Aperfeiçoamento em Metalo-Cerâmica e Attachment Servo
Dental (Hagen – Alemanha/1998).
Ministrante de vários Cursos Nacionais de Metalo-cerâmica e Cerâmica
Injetada.
Oficina & Arte em Prótese Odontológica
Rua Coronel Santiago, 445 – Joinville, SC – CEP: 89203-560.
e-mail: [email protected].
Artigo retirado da revista PCL – Revista Brasileira de Prótese Clínica &
Laboratorial – Ano 3 – no 15 da Editora Maio Ltda – Rua Itupava, 932 –
Curitiba – PR – CEP: 80040.000 – e-mail: [email protected].
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
78
PRINCÍPIOS BIOMECÂNICOS PARA SOBREDENTADURAS RETIDAS
POR IMPLANTES
INTRODUÇÃO:
Para a confecção a confecção de prótese muco-suportada e implanto-
retida, denominada "overdenture" ou sobre-dentaduras é imprescindível que
o clínico e técnico em prótese dental tenham conhecimento e entendimento
biomecânico das barras, componentes e das tensões geradas pelas forças
oclusais.
Na mandíbula a colocação de dois implantes na região de canino, com
distância linear variando de 19 mm a 23 mm é uma condição ideal para o
planejamento da barra (BONACHELA E ROSSETTI, 2002). A distribuição
das tensões sobre os limites que tangenciam os dois lados do rebordo é o
mais indicado.
Do ponto de vista mecânico, a classificação das sobre-dentaduras foi
definido por (VEDOVATO e CHILVARQUER 2001) quanto a função,
limitação e os processos laboratoriais, são elas:
a) - Sistema de prótese resiliente: implanto-retida e mucossuportada.
b) - Sistemas de próteses rígidas (Suportada e retida pelos implantes) .
Segundo (TELLES 2003), (BONACHELA e ROSSETTI 2002) nos
sistemas rígidos os componentes de retenção limitam os movimentos de
translação vertical, rotação frontal e rotação sagital.
Já nos sistemas resilientes, os componentes permitem estes
movimentos, dissipando as tensões para serem absorvidas pelo rebordo
alveolar. Desta forma as tensões não recaem sobre os componentes
implantados.
Este conceito de tratamento é composto por uma barra metálica, que une
aos implantes por meio dos cilindros protéticos, tendo como elemento de
retenção, clipes plásticos ou metálicos.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
79
Existem diferentes sistemas de Barra/Clipe, para serem utilizados
dentro da implantodontia, Havendo diferenças básicas na geometria das
barras.
A forma geométrica das barras determina o grau de movimentação da
prótese, podendo ser classificada como:
a) Esférica - Permite os movimentos rotacionais da prótese.
b) Oval - Permite parcialmente a rotação da prótese.
c) Paredes Paralelas - Limitam os movimentos rotacionais da prótese.
2. POSIÇÃO IDEAL DAS BARRAS - A Biomecânica da prótese total retida
por implantes depende do posicionamento da Barra. Um dos objetivos é
neutralizar as tensões resultantes do sistema mastigatório.
Na utilização do sistema de retenção Barra-clip, em mandíbula com
dois implantes, é importante a colocação da Barra paralela ao eixo
transcondilar no plano frontal e plano transversal1,2,3,4,5
Fig 01 e 02. O posicionamento ideal da Barra, deverá assegurar paralelismo
com o eixo de rotação trans-condilar, no plano frontal e no plano transversal.
Adaptada de SPIEKERMANN (2000) e VANZILLOTA (1999).
3. LOCALIZAÇÃO DO PLANO FRONTAL (OCLUSÃO)
Em reabilitação do tipo "Overdenture", a localização e inserção da
Barra são os fatores determinantes do sucesso de todo o sistema.
O posicionamento ideal da Barra no plano frontal depende,
primeiramente, da montagem e prova dos dentes da prótese total. É
verificado o plano oclusal, já determinado previamente durante a tomada das
relações intermaxilares.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
80
Para determinar o plano frontal, é necessário colocar a prótese total em
cera no delineador (Paralelômetro) para determinar o posicionamento
oclusal, localizando-se três pontos (um anterior e dois posteriores).
Este procedimento técnico tem como objetivo neutralizar as forças de
torção, sobre os sistemas implantados, ´ permitindo-se uma rotação livre em
torno da Barra, mediante as forças oclusais.
Para o posicionamento da Barra no plano frontal é necessário utilizar o
plano oclusal como orientação, que permitirá uma rotação em torno da barra
diante das forças oclusais. Fig. 03
Após definir o plano oclusal, a barra deverá estar paralela ao mesmo,
tendo como objetivo, a diminuição das forças de torção sobre as barras. Fig.
04
Fig 03. Após as provas estéticas e funcionais da montagem dos dentes em
cera, a PT é posicionada no delineador para identificação do plano oclusal.
Fig 04. Com o dispositivo posicionador de
Barra, proporciona-se uma orientação
horizontal da Barra paralela ao plano oclusal.
4. PLANO TRANSVERSAL
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
81
A Barra que une os componentes ao implante, deverá ser posicionada
paralelamente a uma linha imaginária que passa pelos dois côndilos da
mandíbula.
O dispositivo posicionador determina a colocação da Barra
perpendicular à bissetriz do ângulo formado pelos dois segmentos
posteriores do arco mandibular.
Para determinar a bissetriz do ângulo formado pelos dois segmentos
posteriores do arco mandibular, iniciamos a marcação da linha média da
prótese total encerada. Fig. 05
Após determinar a linha mediana (ponto A) utiliza-se um lado do
segmento posterior e marca o ponto B, que é uma medida arbitrária.
Posteriormente com um compasso, mede-se a distância dos pontos (A e B)
e determinaremos o ponto C do lado oposto do segmento posterior. Fig. 06
Com a Marcação do ponto médio e os dois segmentos posteriores,
definimos a metade dos pontos B e C ligados ao ponto A que determinará o
posicionamento ideal da barra. Fig. 07
A barra implantossuportada está corretamente posicionada se for
orientada perpendicularmente a bissetriz do ângulo formado pelos dois
segmentos posteriores do arco, segundo SPIEKERMANN (2000). Fig. 08
Já determinado o plano oclusal e a bissetriz, a barra metálica ou
plástica é colocada no posicionador e será fixado aos cilindros utilizando as
linhas de referência. Fig. 09 e 10.
Fig 05. Demarcar o ponto médio mandibular
com a PT em posição no modelo, que
originará ponto A, e no meio do segmento
posterior mandibular o ponto B.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
82
Fig 06. Com um compasso. medir a distância do
ponto A ao ponto B.
Fig 07. Demarcar no segmento posterior
madibular do lado oposto (ponto C).
Fig 08. Medir a distância do ponto B ao ponto
C e a metade desta distância será ligada ao
ponto A, será a linha de referência do
posicionamento das Barras em 90 graus.
Fig 09 e Fig 10. Com o posicionador a Barra é posicionada mais lingual ou
mais vestibular, dependendo do rebordo e posição dos implantes, sempre
seguindo o dispositivo frontal do posicionador, que colocará a Barra
perpendicularmente aos pontos de referência.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
83
Fig 11. Para melhor ilustração esta figura
mostra o posicionador de barra em detalhes,
o que é importante que a barra metálica ou
plástica estará sempre em 90º com o
elemento de orientação
5. CONCLUSÃO Diante da análise da literatura e experiência dos autores
concluímos que, o conhecimento da Biomecânica e das tensões resultantes
das forças mastigatórias são elementos imprescindíveis para a longevidade
das próteses "Overdentures".
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
84
Dicionário do Implantodontista
A
Abutment - Palavra de origem inglesa que significa, a porção acima do anel
implantar que provê suporte para uma prótese fixa, semi fixa ou removível.
Aids - Síndrome da imunodeficiência adquirida.
Ailing - Termo em inglês encontrado freqüentemente na literatura que
significa um implante "doente".
Alógeno - É um transplante de um indivíduo para outro indivíduo
genéticamente não idêntico mas da mesma espécie.
Aloplástico - É um enxerto de material sintético relativamente inerte.
Geralmente metal, cerâmica, ou um polímero.
Análogo do Implante - Peça semelhante ao implante de uso laboratorial.
Ancoragem Primária - É a estabilização e a fixação do implante no tecido
ósseo no momento da instalação.
Anti-sepsia - São métodos preventivos visando a eliminação de
Microorganismos por aplicação tópica de agentes biocidas ou bioestáticos.
Anti-séptico - Agente químico que impede a proliferação de
microorganismos não necessariamente destruindo-os.
Área Doadora - Relacionada a enxertos. Lugar de onde se retira o enxerto.
Área Receptora - Relacionada a enxertos. Lugar onde o enxerto é colocado.
Assepsia - Prevenção da contaminação microbiana de tecidos vivos
estéreis excluindo, removendo ou matando-se os microorganismos.
Attachment Tipo Bola - Peça mecânica com a finalidade de fixar, reter e
estabilizar uma prótese dental. Também chamado de o-ring que pode ser
adaptado sobre a barra ou sobre o próprio implante.
Autógeno - Relacionado a enxerto. Enxerto removido de uma parte do
corpo do paciente e trasplantado para outra parte do mesmo corpo.
B
Biomateriais - São substâncias bioaceitáveis usadas em enxertos e
implantes.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
85
BMP - Proteína óssea morfogenética. rhBMP é a proteína (Bone
Morphogenetic Protein) morfogenética óssea humana recombinante, isto é,
produzida em laboratório. Material osseoindutor utilizado em regeneração
óssea.
Barra Conectora - É uma barra fixa que une dois ou mais transmucosos .
No caso do implante subperiósteo, ela pode ser uma parte integral da
subestrutura.
Barra Clip - É uma barra fixa que une dois ou mais Transmucosos. É pré
fabricada, unida a prótese por um clip plástico.
Biointegração - Integração bioquímica entre osso vivo organizado e
Implante identificável em microscópio eletrônico.
C
Carbonos - Estruturas vítreas ou pirolíticas grafíticas, de dureza relativa e
de composição estável e inerte. São condutores de energia elétrica e
térmica. Caracterizadas por uma união atômica iônica de Van der Waals.
Primariamente composta por carbono ou carbono/sílica. Usadas
anteriormente em implantes dentários endósseos e como revestimento.
Camada passivadora - Metais e ligas são tornados menos corrosivos
através de um tratamento de suas superfícies o qual produz uma camada
fina, estável e inerte ao longo do corpo metálico externo. Em implantodontia
isto é chamado de condição passiva de corrosão ou implante passivado.
Cerâmicas - São compostos de um metal e oxigênio formados
quimicamente e bioquimicamente de substâncias estáveis, que são fortes,
duras e quebradiças. São inertes e não condutoras de energia elétrica e
térmica. Caracterizada por união iônica.
Cicatrizadores - É um transmucoso fabricado de titânio que tem por função
permitir a cicatrização dos tecidos moles periimplantar.
Cirurgia de Implante - É um ato cirúrgico que tem por finalidade a inserção
de implantes endósseos, subperiósteos
Cirurgia de Elevação do Seio - É um ato cirúrgico que tem por finalidade a
elevação da membrana do seio maxilar e enxerto ósseo ou de biomateriais
com a finalidade de formação óssea para posterior instalação de implantes.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
86
Cirurgia de Primeiro Estágio - Refere-se ao estágio preparatório de
instalação de implantes. No caso dos implantes subperioósteos, se refere ao
ato cirúrgico para tomada de impressões e registros, os quais são feitos com
a finalidade de fabricar o implante. Para o implante endósseo o primeiro
estágio cirúrgico está relacionado a instalação da porção do implante que
fica submersa no tecido ósseo por um período determinado para
cicatrização. Período anterior ao implante ser colocado em função.
Cirurgia de Segundo Estágio - Em relação ao implante subperiósteo isto
se refere a reabertura do campo operatório para a colocação da estrutura do
implante que foi fabricada, após a cirurgia de primeiro estágio. Nos implantes
endosteais, isto se refere a exposição daquela porção do implante onde os
transmucosos vão ser aparafusados.
Conecções - Toda e qualquer estrutura colocada acima do pescoço do
implante com a finalidade de fixar uma prótese.
Contaminação - É a deposição de microorganismos em instrumentos
,artigos materiais ou tecidos estéreis.
Crista Alveolar - É o processo alveolar e o tecido mole que o reveste,
remanescente de uma extração dentária.
Crista Milohioídea - É uma crista oblíqua localizada na porção Lingual da
mandíbula que estende-se do nível das raízes do último molar servindo de
fixação óssea para o músculo milohioídeo, o qual forma o assoalho da boca.
Determina também a linha divisória lingual do subperiósteo mandibular.
Crista Residual - É o remanescente do processo alveolar com o tecido mole
que o recobre após o dente ter sido removido.
Curetagem Óssea - É uma remoção gentil de osso medular, usando
instrumentos manuais,com a intenção de criar uma área receptora de
implantes.
D
Degreaser - Palavra inglesa que significa: O processo químico para remover
contaminantes orgânicos da superfície dos implantes.
Deiscência - 1- Deiscência no implante: é uma fenda aberta, deixando
exposta uma área isolada do corpo do implante ao meio bucal. 2- Deiscência
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
87
mandibular, é a exposição do nervo alveolar inferior causada por uma
reabsorção extrema da mandíbula ao ponto do canal mandibular estar
descoberto deixando apenas tecido mole separando o conteúdo do canal da
cavidade oral.
Desinfecção - Processo normalmente químico ou físico executados com a
intenção de matar ou remover os microorganismos patogênicos. A
desinfecção não é capaz de matar microorganismos na forma esporulada.
E
Enxerto - É uma porção de tecido usado para corrigir um defeito no corpo. É
algum tecido que é inserido em outro tecido para se tornar parte integral do
último. Em caso de osso, seja artificial ou sintético, é inserido, sobre, dentro
ou entre osso vivo, normalmente com o propósito de aumentar sua
resistência e/ou dimensão.
Epitélio Juncional - É a continuação do epitélio sulcular que está aderida a
estrutura dentária através de hemidesmosomas.
ERA (Attachments) - Em inglês significa: Extracoronal Resilient Attachment
Espinha Nasal - É um processo ósseo fino, formado na região anterior pelo
prolongamento do osso maxilar e, na sua margem inferior, pela abertura
anterior do nariz.. Utilizado para suportar implante subperiósteo.
Estabilidade Primária - É a quantidade de fixação conseguida do implante
no osso ao fim da cirurgia de primeiro estagio.
Esterilização - Processos físico ou químicos que pretende matar
microorganismos de todos os tipos e formas existentes em instrumentos e
em outras superfícies.
Explantação - Remoção cirúrgica de um implante.
F
Failing - Termo em inglês muito encontrado na literatura que significa
implante "fracassado".
Fibrointegração - É a interposição de tecido colágeno saudável e denso
entre a superfície do implante e o osso.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
88
Forâme Mentoniano - É uma abertura na superfície lateral da mandíbula
que permite a saída da terceira divisão do nervo trigêmeo e vasos.
Forâme Palatino - É uma abertura na região palatina anterior do osso
maxilar que permite a saída do nervo e vasos para enervação e suprimento
sangüíneo da região anterior do palato.
G
Galvanismo - É a diferença de eletropotência que pode acontecer entre
diferentes metais. Pode afetar a metalurgia dos implantes.
Gengiva Inserida - É a porção da gengiva que estende-se da gengiva
marginal até a mucosa alveolar.
Gengiva Qureratinizada - É a porção de gengiva que é coberta pelo epitélio
queratinizado.
H
Healing Abutment - Termo em inglês que designa parafusos Cicatrizadores.
Healing Cap - Termo em inglês que designa o parafuso de cobertura do
implante para cicatrização de cirurgia de primeiro estágio.
Hepatite - Inflamação no fígado. Vários tipos: A,B,C,D,E e G.
Hidroxiapatita - É uma cerâmica que pode ser microporosa, macroporosa
ou densa. Reabsorvível ou não. Quando implantada no osso mostra um alto
perfil genérico de atração.
Hiperplasia - É um aumento ou multiplicação anormal do número de células
de um tecido organizado normal.
Hipertrofia - É um aumento do volume do tecido, sem haver aumento do
número dos elementos teciduais.
Hipoplasia - Desenvolvimento defeituoso ou incompleto de um tecido.
I
Infraestrutura - A porção do implante que encontra-se abaixo do tecido
mole.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
89
Inválido Oral - Denominação dada por Bränemark aos pacientes
desdentados totais.
Implante Agulheado - São estruturas em forma de agulhas fabricadas de
materiais biocompatíveis. São fixadas nas corticais ósseas da cavidade oral
para prover suporte a uma prótese fixa.
Implante Dental - É um dispositivo transmucoso, o qual é Biocompatível e
biofuncional. É instalado no osso ou dentro do osso associado com a
cavidade oral, com a intenção de prover suporte para uma prótese fixa ou
removível.
Implante Carregado - Refere-se ao implante submetido a função (carga
mastigatória).
Implante comprometido - É um implante com suporte ósseo reduzido e
sem perda óssea progressiva.
Implante Endodôntico endósseo - É um pino liso ou rosqueado que é
fixado através da raiz do canal de um dente para dentro do osso periapical
com a intenção de estabilizar um dente com mobilidade.
Implante Endósseo - É um dispositivo instalado no osso alveolar ou no
osso basal.
Implante Endósseo Horizontal - É um implante de forma achatada ou
laminada de espessura variada cujo suporte se dá no comprimento
horizontal do osso. Eles podem ser perfurados, lisos, texturizados ,
revestidos,etc. de forma a ser submersos ou nâo-submersos. Fabricados de
uma variedade de materiais biocompatíveis.
Implante Endósseo Vertical - É um implante de forma radicular cujo
suporte ósseo se dá no comprimento vertical do osso. Pode ser de forma em
espiral, cônica, rombóide e cilíndrica. Pode ser liso, rosqueado, perfurado,
sólido e com concavidades. Pode ser também revestido ou texturizado .
Disponível em formas submersa e não-submersa. É fabricado numa
variedade de materiais biocompatíveis.
Implante espiral - Ver implante vertical.
Implante Interdental - É o implante instalado entre dentes naturais.
Implante Oral - É uma estrutura feita de substância inerte, biológica ou
alogênica, que é instalada cirúrgicamente nos tecidos duros ou moles da
boca para ser usada com propósitos estéticos e funcionais.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
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Implantodontia - É o estudo da arte e da ciência relacionadas com a
inserção de materiais e dispositivos com a finalidade de restaurar
protéticamente a função e a estética do paciente desdentado total e parcial.
Implantodontista - Aquele que pratica a arte e a ciência da implantodontia.
Implante Rosqueável - Ver implante vertical.
Implante Submerso - É um implante endósseo com uma cabeça removível
e um pescoço para permitir a cicatrização e a maturação do osso
osteotomizado.
Implante Subperiósteo - É uma estrutura especificamente fabricada para
adaptar nas áreas de suporte ósseo da mandíbula e da maxila com extensão
transmucosa com finalidade de reter uma prótese. A estrutura consiste de
extensão transmucosa com ou sem barra conectora e escoras . As escoras
são classificadas em periféricas, primárias e secundárias. O implante
subperiósteo pode ser de arco total, unilateral ou universal.
Implante Subperiósteo Unilateral - É um implante subperiósteo parcial
normalmente colocado na região posterior da mandíbula ou da maxila.
Implante Subperiósteo Universal - É um implante de arco total o qual
circunda dentes remanescentes.
Implante Tridimensional - É um implante endósseo o qual é instalado do
aspecto lateral do processo alveolar e provê suporte para as dimensões
vertical e horizontal.
Interface Periimplantar - É o tecido que está em contato com o implante.
Veja: fibrointegração, biointegração e osseointegração.
J
Junção Mucogengival - É a área linear que denota a aproximação e a
separação da gengiva da mucosa alveolar.
L
Ligas - São substâncias fortes relativamente flexíveis que provê íons eletro
positivos para um meio ambiente. Podem ser polidos. Caracterizadas por
união atômica metálica. Frequentemente utilizadas em implantes cirúrgicos
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
91
por causa da combinação de propriedades favoráveis e a longa experiência
na construção de implantes cirúrgicos. Primariamente titânio, cobalto e aço.
Linha Oblíqua Externa - É uma crista suave localizada na superfície lingual
do corpo da mandíbula que se estende da borda anterior do ramo com
diminuição em proeminência, para baixo e para frente em direção a região
do forame mentoniano. Esta crista sofre poucas mudanças através da vida e
é uma importante marca na construção do implante subperiósteo.
M
Membrana Óssea - Barreira biológica de osso liofilizado utilizada em
regeneração tecidual ou óssea guiada.
Membrana de Teflon - Barreira biológica de não reabsorvível utilizada em
regeneração tecidual ou óssea guiada.
Metais - São substâncias fortes relativamente flexíveis que provê íons elétro
positivos para o meio ambiente e podem ser polidos. Caracterizadas por
união atômica metálica. Frequentemente utilizados em implantes cirúrgicos.
Mucoperiósteo - É uma camada, ou um tecido conjuntivo que recobre o
osso. O periósteo na cavidade oral é extremamente importante por seu
potencial formador de osso. Ele é recoberto com mucosa (alveolar ou
gengiva) e ao mesmo tempo promove inserção muscular.
Mucosite Hiperplástica - É um termo coletivo que define as hiperplasias da
mucosa oral mais comumumente vistas sob próteses totais e overdentures.
Mucosite Peri-implantar - É um termo coletivo que define as reações
inflamatórias reversíveis nos tecidos moles ao redor dos implantes
carregados ou não. (V.S.P)
N
Não Reabsorvível - São substâncias que apresentam degradação
relativamente limitada in vivo. As membranas não reabsorvíveis utilizadas
em regeneração óssea guiada devem ser removidas.
O
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
92
O-Rings Attachments - É uma peça mecânica ,em forma de um "O" que
tem por finalidade a fixação, retenção e a estabilização de uma prótese
dental.
Osseointegração - Conecção estrutural e funcional existente entre osso
vivo organizado e a superfície de um implante carregado.
Osso Cortical - É uma camada periférica de tecido ósseo compacto. A
média de espessura do osso cortical é de dois milímetros.
Osso Esponjoso - É um tecido ósseo esponjoso localizado na medula do
osso, diferente do córtex que é compacto. Este osso é composto de uma
rede de trabéculas contendo tecido intersticial o qual pode ser
hematopoiético.
Osso Liofilizado - Osso alógeno congelado, ressecado, desmineralizado ou
não, utilizado para enxertos.
Osteocondução - É a formação de osso através de células e substâncias
osteocompetentes ao longo da estrutura de uma material biológico.
Osteogênese - É a formação de osso novo através de células
osteocompetentes.
P
Passiva - Ver camada passivadora.
Passivação - Metais e ligas se tornam menos corrosivos através do
tratamento de suas superfícies que produz uma fina camada de óxido ao
longo de todo seu corpo externo. Isto é chamado de condição passiva de
corrosão ou implante passivado.
Peri-Implantite - É um termo que define um processo infeccioso em volta
do/ou envolvendo o implante. Pode ser de origem traumática, ulcerativa,
exfoliativa ou causada por reabsorção óssea. Uma outra definição seria : Um
termo coletivo que define reações inflamatórias em torno dos implantes
carregados ou não, com perda de tecido ósseo.
Polímero - É uma substância que pode ser sintética ou Natural. Consiste de
moléculas gigantes formadas de pequenas moléculas da mesma substância.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
93
Poste de Cimentação - É aquele abutment que é instalado sobre o corpo do
implante com a finalidade de fixar uma prótese cimentada.
Procedimento Crítico - É todo e qualquer procedimento em que há
presença de sangue, pus ou possibilidade de contaminação por feridas ou
ferimentos cirúrgicos.
Procedimento Não-Crítico - É todo procedimento onde não há a presença
de exudatos, secreções orgânicas ou saliva.
Procedimento Semi-Crítico - É o procedimento em que há presença de
líquidos orgânicos sem feridas.
R
Reabsorção Óssea - É a perda de substância óssea por um processo
patológico ou fisiológico que pode estar associada ao envelhecimento, a
distúrbios metabólicos ou trauma.
Reabsorção Pericervical - É a reabsorção óssea circular que ocorre em
torno do pescoço do implante imediatamente após a sua instalação e que
continua lentamente durante o tempo da presença biológica do implante.
Reimplantação - É o ato de inserir um dente no alvéolo do qual ele foi
avulsionado.
S
Seio Maxilar - É uma cavidade no osso maxilar, recoberta por uma mucosa,
onde pode ser feito enxerto ósseo com a finalidade de colocação de
implantes.
Sinus Lift - Termo em inglês que significa elevação do seio maxilar com a
finalidade de fazer enxerto.
Sínfise - É a articulação densa e imóvel na linha média da metade direita e
esquerda de uma mandíbula de adulto.
Stress - É uma palavra inglesa que é normalmente utilizada em termos de
tensão mecânica. Stress é igual a força dividida pela área onde esta força é
aplicada. Stress é a maneira pela qual uma força é distribuída sobre uma
superfície.
IMPLANTES DENTÁRIOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
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Superestrutura - É a prótese que está suportada pela subestrutura com ou
sem a intervenção da mesoestrutura.
T
Técnica de Esterilização -
Torque - Quantidade de força aplicada
Torquímetro - Dispositivo capaz de aplicar e medir o torque.
Toxicidade - São reações adversas dos tecidos a algumas substâncias
estranhas ao mesmo, resultando em interações inaceitáveis in-vivo. A
toxicidade pode ser de nível sistêmico ou local dependendo da quantidade,
velocidade da liberação e do tipo específico da substância disponível no
tecido.
Transmucoso - É um dispositivo que liga o implante ao meio oral.
Tansósseo - Termo que identifica a penetração na cortical interna e externa
de um implante dental. Pode ser também atribuído a defeito ósseo que
transpassa a cortical vestibular e lingual.
Tricalcio Fosfato - É uma cerâmica inorgânica relativamente biodegradável
de forma particulada ou sólida que é usada como arcabouço para
regeneração óssea.
Tuberosidade maxilar - É a área mais distal do rebordo alveolar maxilar
que é disponível para colocação de implante. É reconhecida como uma das
áreas doadoras de enxerto dentro da cavidade oral.