Download - HSCG - Epidemiologia da infecção
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CASTRO VERDE - ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASTRO VERDE
CURSO DE TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE
“Higiene, Segurança e Cuidados Gerais”
Agrupamento de Escolas de Castro Verde, 10/11/2016
Prevenção da infeção: Princípios básicos a considerar nos cuidados de saúde
Epidemiologia da infeção - cadeia epidemiológica
• Microrganismos e patogenicidade
• Reservatórios ou fontes dos microrganismos
• Portas de entrada e de saída dos microrganismos
• Vias de transmissão
• Hospedeiro e sua suscetibilidade
• Resistências antimicrobianas
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2 Epidemiologia da infeção >> Microrganismos e patogenicidade
Patogenicidade
Patogenicidade é a capacidade do agente (vírus ou bactérias)
produzir sintomas e sinais de uma doença especifica, assim
que este entra em contacto com o hospedeiro.
Sinais
?
Sintomas
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2 Epidemiologia da infeção >> Microrganismos e patogenicidade
Patogenicidade
Patogenicidade é a capacidade do agente (vírus ou bactérias)
produzir sintomas e sinais de uma doença especifica, assim
que este entra em contacto com o hospedeiro.
Sinais
?
SintomasEx:
- Patogenicidade é alta no vírus do sarampo, onde a maioria dos infetados tem sintomas;
- Patogenicidade reduzida do vírus da Poliomielite porque poucos ficam doentes.
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2 Epidemiologia da infeção >> Microrganismos e patogenicidade
Doença Infeção Doença Infeciosa
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2 Epidemiologia da infeção >> Microrganismos e patogenicidade
Doença Infeção Doença Infeciosa
Doença é o estado afetado de um ser vivo, que altera o seu estado ontológico de saúde.
Este estado pode ser provocado por diversos fatores, podendo ser intrínsecos ou
extrínsecos.
A ontologia trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido
como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a
cada um dos seres.
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2 Epidemiologia da infeção >> Microrganismos e patogenicidade
Doença Infeção Doença Infeciosa
Infeção é o dano provocado da invasão, multiplicação e acção de produtos tóxicos de agentes
infeciosos no hospedeiro, ocorrendo interação imunológica.
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2 Epidemiologia da infeção >> Microrganismos e patogenicidade
Doença Infeção Doença Infeciosa
Sinais de Infeção:
- Dor;
- Rubor;
- Calor;
- Tumor.
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2 Epidemiologia da infeção >> Microrganismos e patogenicidade
Doença Infeção Doença Infeciosa
Doença infeciosa é a doença provocada por uma infeção. O contagio tem como
agente ativo, o vírus ou bactérias.
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2 Epidemiologia da infeção >> Reservatórios ou fontes dos microrganismos
A transmissão da infeção requer três elementos:
- Uma fonte ou reservatório de microrganismos/infeção;
- Um hospedeiro;
- E as vias de transmissão dos microrganismos/infeção.
Para melhor direcionar as medidas de isolamento e outras medidas interventivas, é
necessário que os profissionais de saúde, conheçam a cadeia epidemiológica da infeção
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2 Epidemiologia da infeção >> Reservatórios ou fontes dos microrganismos
Reservatório
É o local onde o microrganismo se mantém, metaboliza e se multiplica. Todos os
microrganismos têm o seu reservatório próprio e as medidas de prevenção devem ser
dirigidos a ele em primeiro lugar.
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2 Epidemiologia da infeção >> Reservatórios ou fontes dos microrganismos
Reservatório
Os vírus têm em geral reservatórios humanos assim como as bactérias gram positivas.
Os gram negativos podem ter reservatórios humanos, animais e ambientais.
- O vírus da poliomielite tem um reservatório muito específico, o ser humano;
- Já a Pseudomonas pode ser encontrada em locais muito diversos.
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2 Epidemiologia da infeção >> Reservatórios ou fontes dos microrganismos
Fonte
os microrganismos que provocam infeção podem ter origem no próprio doente
(endógenas) ou resultarem da transmissão de microrganismos de uma fonte externa ao
doente (exógenas).
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2 Epidemiologia da infeção >> Reservatórios ou fontes dos microrganismos
Fonte
Fontes endógenas podem ser ainda consideradas secundárias (autógena) para as
situações em que os microrganismos externos que colonizam o doente e posteriormente
provocam infeção.
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2 Epidemiologia da infeção >> Reservatórios ou fontes dos microrganismos
Os diversos reservatórios possíveis são:
De natureza inanimada (raros)
ex.: o solo, animais e plantas mortas podem ser
fontes de tétano, gangrena gasosa, botulismo. A água
pode ser reservatório de Pseudomonas, entre outros
microrganismos.
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2 Epidemiologia da infeção >> Reservatórios ou fontes dos microrganismos
Os diversos reservatórios possíveis são:
De origem animal - Todo o ser vivo pode ser hospedeiro de microrganismos (uns
comensais, outros patogénicos):
Intestino dos animais domésticos - Toxoplasma
Gado e porcos - Pseudomonas e Proteus (infeções de feridas), tétano
Aves de capoeira - Salmonelas, Campylobacter
Ovos – Salmonelas, Campylobacter
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2 Epidemiologia da infeção >> Reservatórios ou fontes dos microrganismos
Os diversos reservatórios possíveis são:
De origem no Homem
- Doentes agudos (através do muco nasal, expectoração, pus e fezes);
- Doentes crónicos – ex: Tuberculose.
Convalescentes e portadores crónicos - Ex: Febre tifóide.
Portadores transitórios - por contacto (profissionais, familiares)
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2 Epidemiologia da infeção >> Reservatórios ou fontes dos microrganismos
Os diversos reservatórios possíveis são:
De origem no Ambiente
A temperatura e a humidade têm um papel na manutenção/eliminação dos reservatórios
e também nas vias de transmissão (aérea) assim como as correntes do ar ou redução na
sua circulação e renovação. O próprio hospedeiro pode ser afetado pelo ambiente.
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2 Epidemiologia da infeção >> Portas de entrada e de saída dos microrganismos
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2 Epidemiologia da infeção >> Portas de entrada e de saída dos microrganismos
Portas de Saída Portas de Entrada
Secreções e excreções
Podem ser únicas ou múltiplas: as principais portas de saída no
ser humano são as vias gastrintestinal e respiratória mas as
feridas e a pele também podem sê-lo.
Pele, membranas, mucosas e via parenteral
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2 Epidemiologia da infeção >> Vias de Transmissão
A transmissão a partir da fonte até ao hospedeiro pode ser através do contacto direto
ou indireto, veículo comum, por via aérea ou através de vetores.
Contacto
direto
De pessoa a pessoa (mãos) durante a prestação de cuidados
diretos ao doente p.ex. lavagem inapropriada das mãos
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2 Epidemiologia da infeção >> Vias de Transmissão
A transmissão a partir da fonte até ao hospedeiro pode ser através do contacto direto
ou indireto, veículo comum, por via aérea ou através de vetores.
Contacto
Indireto
Através de equipamento contaminado como o estetoscópio, batas!
Ex. Descontaminação deficiente de materiais ou equipamentos;
manuseamento inapropriada de medicamentos;
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2 Epidemiologia da infeção >> Vias de Transmissão
A transmissão a partir da fonte até ao hospedeiro pode ser através do contacto direto
ou indireto, veículo comum, por via aérea ou através de vetores.
Contacto
Indireto
Gotículas: os microrganismos têm uma passagem breve pelo ar
quando a fonte e o hospedeiro se encontram muito próximos
(p.ex. a falar, espirrar)
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2 Epidemiologia da infeção >> Vias de Transmissão
A transmissão a partir da fonte até ao hospedeiro pode ser através do contacto direto
ou indireto, veículo comum, por via aérea ou através de vetores.
Via aérea
As bactérias no ar não se apresentam como partículas livres mas
estão contidas nas escamas de pele ou em gotículas libertadas
durante a fala, espirro ou tosse.
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2 Epidemiologia da infeção >> Vias de Transmissão
A transmissão a partir da fonte até ao hospedeiro pode ser através do contacto direto
ou indireto, veículo comum, por via aérea ou através de vetores.
Vetores
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2 Epidemiologia da infeção >> Hospedeiro e sua suscetibilidade
Após a entrada dos microrganismos no corpo humano, três situações podem ocorrer:
• Não encontram um ambiente favorável e morrem rapidamente;
• Encontram um ambiente favorável numa área favorável da pele ou mucosas e mantêm-
se aí criando uma relação inofensiva ou benéfica: colonização;
• Invadem os tecidos diretamente ou através das "toxinas" que produzem e causam
efeitos clínicos adversos: infeção.
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2 Epidemiologia da infeção >> Hospedeiro e sua suscetibilidade
Para surgir uma infeção são necessárias algumas condições:
- É necessário que os microrganismos tenham acesso a uma porta de entrada que lhes
seja favorável
- É necessário que o número de microrganismos seja significativo em função da sua
virulência;
- É necessário que o microrganismo tenha afinidade para o tecido em causa;
- É necessário que o hospedeiro seja suscetível.
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2 Epidemiologia da infeção >> Hospedeiro e sua suscetibilidade
A resistência individual à infeção é muito variável. Algumas pessoas podem ser imunes à
infeção e resistentes à colonização por microrganismos infeciosos. Outros tornam-se
portadores assintomáticos e outros ainda desenvolvem uma infeção clínica.
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2 Epidemiologia da infeção >> Hospedeiro e sua suscetibilidade
As características do hospedeiro que vão afetar a sua suscetibilidade à infeção são:
- A idade;
- Estado da imunidade, as doenças subjacentes (diabetes, obesidade, neoplasias);
- Intervenções médicas (terapêuticas com antibióticos, citostáticos, corticóides);
- Cirúrgicas e outros procedimentos invasivos.
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2 Epidemiologia da infeção >> Resistências antimicrobianas
A descoberta dos antibióticos e a sua utilização em terapia anti-infecciosa constituiu um
progresso inquestionável da medicina do século XX. No entanto, a eficácia dos agentes
antibacterianos foi rapidamente superada pela capacidade que as bactérias têm de
se oporem à sua Acão.
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2 Epidemiologia da infeção >> Resistências antimicrobianas
Estas podem adquirir resistência aos antibióticos, quer modificando o seu genoma por
mutação, quer incorporando genes provenientes de outros microrganismos por diferentes
sistemas de transferência genética.
É frequente encontrarem-se estirpes resistentes a várias classes de antibacterianos.
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2 Epidemiologia da infeção >> Resistências antimicrobianas
As bactérias resistentes, muitas vezes, existem na natureza antes da utilização de
antibióticos pelo homem. O emprego destas substâncias, sobretudo intensivamente,
favorece a seleção de estirpes resistentes e é a causa da transformação de
populações bacterianas sensíveis em populações resistentes.
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2 Epidemiologia da infeção >> Resistências antimicrobianas
Alguns exemplos:
-Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) ou apresentando
susceptibilidade diminuída à vancomicina (VISA);
- Enterococos resistentes à vancomicina (VRE),
- Estirpes multirresistentes de pneumococos, bactérias de Gram negativo produtoras de
beta-lactamase de espectro alargado,.
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2 Epidemiologia da infeção >> Resistências antimicrobianas
Os reservatórios de genes de resistência são as populações bacterianas submetidas à
pressão de seleção exercida pelos antibióticos. Estão, portanto, presentes onde
existem estes agentes antimicrobianos, quer de forma natural (pelos microrganismos
produtores de antibióticos), quer devido à sua utilização pelo homem.
Podem encontrar-se três compartimentos:
Meio ambiente No Homem Nos Animais
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Que compreende o solo e as águas, influenciado ou não pela presença do homem e dos
animais.
Meio ambiente No Homem Nos Animais
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2 Epidemiologia da infeção >> Resistências antimicrobianas
Particularmente em meio hospitalar.
Um reservatório potencialmente importante, constituído por bactérias comensais do
homem (pele, tubo digestivo).
Meio ambiente No Homem Nos Animais
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2 Epidemiologia da infeção >> Resistências antimicrobianas
Nos quais os antibióticos são utilizados não só para fins terapêuticos, mas também para
fins profiláticos.
Meio ambiente No Homem Nos Animais
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! TRABALHO DE GRUPO