Download - Fotografia “Dias Felizes”, de Rosa Nunes
[Patente]
Galeria de exposições augusto Bértholo – alhandraFotografia “Dias Felizes” Rosa nunes03 de novembro a 02 de dezembro de 20124ª feira a domingo das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h30Encerra: 2as, 3as feiras e feriados Largo do Cais, nº3 - 2600-422 AlhandraTelefone: 21 950 36 45GPS: 9º0’25,80”O | 38º 55’30,05 N
Câmara Municipal de Vila Franca de Xira – Divisão de ação CulturaleXeCução GRáFiCa: GiRP|SDPG – impresso na tipografia Municipal 2012
Para receber informação sobre as nossas iniciativas culturais, envie um e-mail para: [email protected] com o assunto “INICIATIVAS”
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CaPa: instalação “Dias Felizes”, fragmentos de fotografia impressa em papel vegetal Canson, colados sobre pranchas de madeira (pinheiro manso dos bosques do tor-rão) de construção naval, cedidas por Jaime Costa do estaleiro naval de Sarilhos Pequenos (Moita). Pormenor.
I N F O R M A Ç Õ E S
Integrada na programação paralela da BF 12 – 12.ª Bienal de Fotogra-fia de Vila Franca de Xira, é com prazer que apresentamos uma expo-sição individual de Rosa Nunes, no espaço da Galeria de Exposições Augusto Bértholo, em Alhandra, a convite da Associação de Artistas Plásticos do Concelho de Vila Franca de Xira, que integra o Comissa-riado da Bienal.
Arqueóloga de formação, área a que tem dedicado a sua vida profissio-nal, Rosa Nunes possui igualmente formação na área da Fotografia, apre-sentando já um interessante e consolidado percurso, conforme atestam as inúmeras exposições individuais e coletivas que, a convite de diferentes entidades um pouco por todo o país, tem vindo a realizar.
Nesta que é a sua primeira exposição individual no nosso Concelho, intitulada “Dias Felizes”, Rosa Nunes apresenta um conjunto de foto-grafias, mas também instalação e vídeo. Uma exposição a não perder.
A Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Maria da Luz Rosinha
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es Nasceu no Torrão, em 1955. Integrou a equipa fundadora do
Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS), em 1974, onde permanece como arqueóloga, dedi-cando-se a estudos sobre a Época Romana. Possui licenciatura em Sociologia e pós-graduação em Museologia.
Fez o curso de “Fotografia Profissional” e o curso de “Projecto Fo-tográfico” na APAF (Associação Portuguesa de Arte Fotográfica) e ainda os cursos de “Práticas Artísticas Videográficas” no AR.CO (Centro de Arte e Comunicação Visual). É sócia da Sociedade Nacional de Belas Artes.
exposições individuais:
2012 a 2007: “Dias Felizes”, MAEDS, Setúbal; “Beyond the Grave”, MAEDS, Setúbal; “Chrysallis”, MAEDS, Setúbal; “Escalas”, MAEDS, Setúbal; “Saudades do mar”, Galeria 3 Reis, Estremoz; “Sombras”, Centro Cultural Emmérico Nunes, Sines, Museu Municipal da Fotografia João Car-pinteiro, Elvas e MAEDS, Setúbal; “Mascarados para festejar”, Biblioteca Municipal de Sesimbra; “Águas de Silêncio”, Pólo de Animação Ambiental, Alcochete, Biblioteca Municipal de Peso da Régua, Conservatório de Vila Real e MAEDS; “Atravessar a diferença”, MAEDS, Setúbal.
exposições colectivas:
2012 a 2006: “Outros olhares sobre o Montijo”, Galeria Municipal do Montijo; “Arquitecturas”, MAEDS e Centro de Artes de Sines; “Do uno ao plural”, Galeria da Biblioteca Municipal Dr. Orlando Ribeiro, Lisboa; 11.ª Bienal de Fotografia em Vila Franca de Xira, Celeiro da Patriarcal; “Imagens que as palavras ditam”, MAEDS, Setúbal; ON EUROPE- Bienal Internacional de Artes Plásticas de Montijo; “Vestígios do sismo de 1755 em Setúbal e Sines”, Centro de Artes de Sines; “O Sismo de 1755 em Setúbal e Santiago do Cacém”, Santiago do Cacém; “Embarcações tradicionais do Sado. Um património com futuro”, AERSET e MAEDS, Setúbal.
Representada: - Câmara Municipal do Montijo (colecção da Galeria Municipal); - Câmara Municipal de Vila Franca de Xira; - Câmara Municipal de Setúbal (Forum Luisa Todi); - Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal / Assembleia Distrital de Setúbal; - Coleções particulares.
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Série cicatrizes | 50 x 70 cm. Foto digital, impressão C-Print em Lambda colada sobre PVC. Impressão das fotografias: Viragem Lab (António Costa).
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Série cicatrizes | 50 x 70 cm. Foto digital, impressão C-Print em Lambda colada sobre PVC. Impressão das fotografias: Viragem Lab (António Costa).
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Os registos que constituem a presente instalação (fotografias da série cicatrizes e objectos fotográficos) definem uma arquitectura alegórica e dialéctica, atravessada por forte tensão destruidora, despojada de “sentimentalismos”. À sua volta, desenvolve-se pela circularidade interna do projecto, uma envolvente de terra de ninguém, desprovida de “rugosidades”, plana e incolor, inodora, insípida, inútil e vazia, mas obstaculizadora de uma excessiva aproximação. Essa área de protecção obriga a um afastamento do observador, e a uma visão de conjunto, mas não impede que os olhos tropecem na dureza dos fragmentos de arestas vivas em que a árvore da vida foi retalhada, e nesse corpo abatido em morte sacrificial, disperso pelo chão, jaz em si transmutado o corpo feminino na plena juventude, na firmeza perfeita dos seus volumes, na helenística proporção do rosto, da nuca, do tronco, enfim na sensualidade luxuriante dos poros. Imposta a contemplação melancólica, a instalação fotográfica atinge o observador com a compaixão pelo sofrimento do outro e nosso, que são uma e a mesma coisa... E a ideia de futuro inquieta-nos, ao testemunharmos uma morte violenta e inútil, e começa a fazer sentido a impossivelmente romântica Sonata ao Luar de Beethoven, como se alguém chorasse ao carregar o seu próprio féretro, ou assistisse amordaçado ao colapso do seu mundo.Através do vídeo, uma necessariamente diferente abordagem da imagem criativa, a au-tora escolhe uma narrativa visual mais descritiva e pedagógica, apontando claramente para a extrema desigualdade social, ou mesmo para a bipolarização em que a aparente homogeneidade da sociedade global se resolve. E como diria o poeta Nicolás Guillén, entre a anorexia da abundância e a privação da miséria, não deixes que te iludam! Não claudiques, baixando os braços, a luta de classes desenha o caminho da revolução.
No título, pedra de fecho da abóbada do edifício desconstruído por Rosa Nunes, reside o impulso para a acção. A sua profunda ironia constitui uma poderosa arma ao serviço da transformação social. As árvores devem morrer de pé e os seres humanos, no esplendor da sabedoria.
Joaquina Soares Directora do MAEDS e Professora de Arqueologia Pré-histórica
da Universidade Nova de Lisboa • Março de 2012
a pedido da autora, este texto não cumpre as regras do novo acordo ortográfico.
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instalação “Dias Felizes”, Fragmentos de fotografia impressa em papel vegetal Canson, colados sobre pranchas de madeira (pinheiro manso dos bosques do Torrão) de construção naval, cedidas por Jaime Costa do Estaleiro Naval de Sarilhos Pequenos (Moita).
Horário 4ª feira a domingo das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h30Encerra: 2as, 3as feiras e feriados
www.cm-vfxira.pt | [email protected]
Galeria de exposições augusto Bértholo | Largo do Cais, nº3 2600-422 Alhandra | Telefone: 21 950 36 45