Associação do Ensino e da Pesquisa
“Graccho Cardoso”S/C LTDA
FANESE Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL – PDI
FANESE, abril de 2018
FICHA TÉCNICA
Quadro 1 – Identificação da Instituição
Quadro 2 – Ficha catalográfica
Nome
CNPJ
Código
Caracterização
Estado/Município
sede
IGC (2016)
Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe
013032920001/02
1151
Faculdade
Aracaju/Sergipe
Aracaju
4
4
Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe
Plano de Desenvolvimento Institucional: PDI 2016-2019 – Aracaju: FANESE, 2018.
1 v. : il., tabs.
ISBN: XXX-XXXX-XXX-X
1. Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe– Plano de desenvolvimento. 4. FANES: atualização . PDI2016-2019.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 5
2. PERFIL INSTITUCIONAL ............................................................................ 6
2.1. Entidade mantenedora ............................................................................... 6
2.2. Endereço ..................................................................................................... 6
2.3. Breve Histórico ........................................................................................... 6
2.4. Visão ............................................................................................................ 7
2.5. Missão ......................................................................................................... 7
2.6. Valores ......................................................................................................... 8
3. OBJETIVOS E METAS ORGANIZACIONAIS ............................................. 8
3.1. Objetivos ..................................................................................................... 8
3.2. Metas ........................................................................................................... 9
4. CONTEXTO REGIONAL E ATUAÇÃO ACADÊMICA ............................... 11
4.1. O Contexto Regional ................................................................................ 11
4.2. Relevância da Atuação da IES no Contexto em que se Insere ............. 19
5. PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL ............................................ 26
5.1. Fundamentos Epistemológicos............................................................... 28
5.2. Princípios Técnico-metodológicos ......................................................... 29
5.3. Políticas de Ensino ................................................................................... 39
5.3.1. Políticas de ensino e ações acadêmico-administrativas para os cursos de graduação na modalidade EAD .......................................................... 49
5.4. Políticas de Pesquisa ............................................................................... 52
5.4.1. Políticas institucionais e ações de estímulo e difusão para a produção acadêmica docente ................................................................................... 57
5.4.2. Políticas institucionais e ações de estímulo à produção discente e à participação em eventos .......................................................................... 58
5.5. Políticas de Extensão ............................................................................... 59
5.6. Políticas institucionais voltadas ao desenvolvimento econômico e à responsabilidade social ........................................................................... 62
5.7. Políticas institucionais voltadas à valorização da diversidade, do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural, e ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e da igualdade étnico-racial. ................................................... 65
5.8. Política Institucional para o Ensino a Distância .................................... 67
6. DESENVOLVIMENTO DA INSTITUIÇÃO .................................................. 71
6.1. Atuais Cursos de Graduação .................................................................. 71
6.2. Atuais Cursos de Pós-Graduação (Turmas em andamento) ................ 72
6.3. Cursos de Graduação a Serem Implantados ......................................... 73
6.3.1. Cursos de Graduação na Modalidade Presencial .................................. 73
6.3.2. Cursos de Graduação na Modalidade à Distância ................................. 73
6.4 Cursos de Pós-Graduação a Serem Implantados .................................. 74
6.4.1. Cursos de Pós-Graduação ‘’Lato Sensu’’ a Serem Implantados na Modalidade Presencial ............................................................................. 74
6.4.2. Cursos de Pós-Graduação ‘’Lato Sensu’’ a Serem Implantados na Modalidade à Distância ............................................................................ 75
6.5. Aumento e Redução do Número de Vagas ............................................ 75
7. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E GESTÃO DA IES ......................... 77
7.1. Corpo Técnico-Administrativo ................................................................ 77
7.2. Corpo Docente .......................................................................................... 80
7.3. Corpo de Tutores ...................................................................................... 85
7.4. Organização Didático-Pedagógica .......................................................... 87
7.5. Órgãos Colegiados: Competências e Composições ............................. 87
7.5.1. Conselho de Administração Superior - CAS .......................................... 88
7.5.2. Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão - CEPE ............................... 88
7.5.3. Núcleo Docente Estruturante - NDE ........................................................ 89
7.5.4. Colegiados de Curso ................................................................................ 92
7.5.5. Núcleo de Ensino à Distância - NEAD .................................................... 93
7.6. Políticas de Atendimento ao Corpo Discente ........................................ 96
7.7. Políticas de Atendimento aos Egressos ............................................... 101
7.8. Comunicação da FANESE com a Comunidade .................................... 103
7.8.1. Comunicação Externa ............................................................................ 103
7.8.2. Comunicação Interna ............................................................................. 104
8. AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL ...................................................................................... 107
8.1. Procedimentos de Autoavaliação Institucional ................................... 107
9. INFRAESTRUTURA ................................................................................. 114
9.1. Descrição Geral ...................................................................................... 114
9.2. Espaços para Atividades e Atendimento ............................................. 116
9.2.1. Biblioteca ................................................................................................ 116
9.2.2. Laboratórios ............................................................................................ 117
9.3. Infraestrutura para a operacionalização do Ensino a Distância ......... 121
9.3.1. Ambiente Virtual de Aprendizagem ...................................................... 123
10. ACESSIBILIDADE ................................................................................... 124
11. ASPECTOS FINANCEIROS E ORÇAMENTÁRIOS ................................ 127
MENSAGEM INICIAL
A Comissão de Estudos dos Instrumentos de Avaliação do MEC e de
atualização do PDI, instituída por Portaria da Direção Geral no 15, de 11 de abril de
2018, responsável pela sistematização do documento, composta pelo Coordenador
Acadêmico José Albérico Gonçalves Ferreira, pelos Professores Alcides Anastácio
de Araújo Filho, Antonina Gallotti Lima leão, José Paulo de Andrade e Rafael
Vicente Barletta Spacca, apresenta aos Egrégios Conselhos de Administração
Superior/CAS e Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão/CEPE, o Plano de
Desenvolvimento Institucional atualizado para o período de 2016-2019.
A proposta elaborada é o resultado de um processo coletivo, que foi iniciado
com um diagnóstico da FANESE a partir do resultado das avaliações de discentes,
docentes e técnicos-administrativos e com a avaliação do PDI ainda vigente,
sobretudo considerando os novos instrumentos e normativas do MEC publicados ao
final de 2017. Assim, este Plano representa os anseios da comunidade acadêmica
para este quatriênio. O PDI FANESE 2016-2019 tem como eixo central a renovação,
visando ao aperfeiçoamento da gestão da IES; à revisão das práticas acadêmicas e
pedagógicas; à excelência na produção de conhecimento tecnológico, humano e
inovação tanto no ensino presencial como na metodologia a distância. Destaca-se,
por fim, que para atingir o alcance destes objetivos estratégicos, com vistas ao
cumprimento de nossa missão institucional, é imperioso o envolvimento de toda a
comunidade acadêmica.
Equipe revisora do PDI e membros da Comissão de Estudos dos Instrumentos
de Avaliação:
Alcides Anastácio de Araújo Filho
Antonina Gallotti Lima leão
José Alberico Gonçalves Ferreira
José Paulo de Andrade
Rafael Vicente Barletta Spacca
5
1. INTRODUÇÃO
A Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe - FANESE apresenta
seu Plano de Desenvolvimento Institucional para o período compreendido entre os
anos de 2016 e 2019, atualizado em abril de 2018.
O presente documento foi concebido considerando os dados fornecidos por
todos os setores da IES, avaliações dos discentes, docentes e técnicos-
administrativos, bem como avaliações externas do MEC. O processo de
atualização deste PDI iniciou no final do ano de 2017, tendo sido finalizado no
primeiro trimestre de 2018 e, para tanto, foram apreciados outros documentos
institucionais, bem como o plano de ação e o antigo PDI da IES. O documento, que
aqui se apresenta, é fruto de um trabalho coletivo, construído em conjunto com a
comunidade acadêmica, à qual agradecemos, desde já, a participação.
PDI estabelece um horizonte em relação ao qual deve se guiar num
determinado período, refletindo a política da IES e orientando gestores, atuais e
futuros, na construção de um plano de gestão anual, voltado para o alcance de
metas e objetivos estabelecidos. É importante destacar que o conteúdo do referido
PDI está de acordo com as determinações estabelecidas pelo Ministério da
Educação. Tal documento visa, não somente, a informar e a esclarecer a
comunidade acadêmica as políticas institucionais da IES, mas, também,
possibilitar, em processos de avaliação externa, um entendimento de como a
FANESE se organiza.
Este PDI apresenta novos valores institucionais, assim, traduzindo um
processo de evolução e desenvolvimento da IES. A atualização atende aos novos
instrumentos e aos anseios da comunidade acadêmica, que participou da sua
construção, dos referidos valores, alinhados com a missão e visão da FANESE.
Buscou-se, no processo de elaboração, a construção de um documento
claro e objetivo, contendo as informações mais importantes sobre o funcionamento
da faculdade. Cabe esclarecer, portanto, que para que alguns processos sejam
entendidos com maior detalhamento, podem ser necessários documentos
adicionais como: regimento geral, portarias do ano corrente, resoluções do CEPE e
do CAS, plano de ação vigente, projetos de curso, e outros projetos.
6
Não obstante a isso, o PDI foi avaliado como sendo um instrumento que
representa de forma apropriada a FANESE, sendo uma boa fotografia do contexto
atual.
2. PERFIL INSTITUCIONAL
2.1. Entidade mantenedora
• ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA GRACCHO CARDOSO S/S
LTDA
• Representante legal: Ionaldo Vieira Carvalho
2.2. Endereço
• Travessa Sargento Duque, 85. Bairro Industrial, Aracaju-SE,
CEP: 49065-750
2.3. Breve Histórico
A Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe – FANESE é uma
instituição privada de Educação Superior, sua mantenedora é denominada
Associação de Ensino e Pesquisa Graccho Cardoso S/S LTDA – entidade de
direito privado, com fins educacionais e lucrativos, constituída na forma de
sociedade simples LTDA, regendo-se pelo disposto no artigo 997 e seguintes da
Lei n. 10.406/2002, está inscrita no Cartório do 10º Ofício, na cidade de Aracaju,
Estado de Sergipe, sob nº. 14132, em 23 de maio de 1996 com alteração
contratual sob n° 43809, de 03 de outubro de 2008. A FANESE, como faculdade,
foi autorizada a funcionar através da Portaria nº 2.246, de 19/12/97, do Ministério
da Educação e do Desporto.
A ideia de criação da Instituição partiu de dois professores aposentados de
uma Universidade Federal que, conscientes da prática do ensino superior vigente
no País e da revolução silenciosa do mundo atual, procuraram buscar alternativas
de gestão racional de Ensino Superior, compatíveis com as exigências do mercado
de trabalho e do cenário competitivo de uma economia globalizada. Nesse
contexto, a FANESE, inicialmente, ofereceu o Curso de Bacharelado em
7
Administração, posteriormente, os cursos de Engenharia de Produção e de
Ciências Contábeis e, desde então tem ampliado seu alunado, bem como a oferta
de serviços educacionais.
Com o propósito de oferecer serviços de educação no contexto
contemporâneo, o Projeto de Desenvolvimento Institucional da Faculdade foi
elaborado partindo do princípio de que no atual momento em que vive o nosso
país, as empresas privadas e as instituições públicas em geral estão sendo
fortemente solicitadas a amoldar-se às novas demandas da sociedade.
A partir de 2016, face a crise que atingiu especialmente as pequenas
instituições de ensino superior, a FANESE foi forçada a adotar medidas
administrativas de contenção nos programas, priorizando a manutenção de
atividades essenciais ao funcionamento dos cursos e apoio aos estudantes no
cumprimento dos projetos pedagógicos dos cursos. Assim, todas as ações
realizadas pela IES neste período estiveram voltadas para o atendimento dessas
prioridades.
Contudo, várias ações desenvolvidas cotidianamente pelos diferentes
setores da IES contribuem para o desenvolvimento institucional e,
consequentemente, para o alcance das metas estabelecidas no PDI.
Assim, levando em conta as reais necessidades da atual conjuntura,
sempre marcada pela necessidade constante de desenvolvimento das
organizações brasileiras, a atuação da FANESE foi idealizada para atender as
exigências do mercado, tendo como suporte uma linha de conduta centrada em
programas que contribuem para a formação de profissionais com o perfil por ele
demandado.
2.4. Visão
Ser um Centro Educacional de impacto econômico e social.
2.5. Missão
Promover ações efetivas de educação superior de qualidade, com uma
concepção humanística, holística e empreendedora, na formação de profissionais
8
nas diversas áreas do conhecimento, em sintonia com as transformações sociais e
as exigências do mercado.
2.6. Valores
• Oferta de serviços educacionais de qualidade;
• Respeito ao ser humano e às diversidades;
• Ética e Responsabilidade socioambiental;
• Compromisso com as comunidades interna e externa;
• Busca pela atualização, aperfeiçoamento e inovação;
3. OBJETIVOS E METAS ORGANIZACIONAIS
3.1. Objetivos
1. Oferecer ensino de graduação e pós-graduação de qualidade
reconhecida.
2. Criar cursos em diferentes níveis e modalidades de ensino, em
consonância com as demandas socioeconômicas.
3. Aprimorar os recursos tecnológicos disponibilizados aos alunos.
4. Promover a inovação nos cursos de graduação e pós-graduação.
5. Disponibilizar infraestrutura física e tecnológica adequadas ao
funcionamento das atividades acadêmicas.
6. Aprimorar os processos de autoavaliação institucional.
7. Melhorar o atendimento ao estudante e à comunidade em geral.
8. Promover ações que envolvam o acompanhamento dos egressos.
9. Incrementar ações de acolhimento e retenção de calouros.
10. Desenvolver um modelo organizacional com padrões de eficácia e
confiabilidade, sempre priorizando um bom clima organizacional.
9
11. Desenvolver estratégias de inclusão social e responsabilidade
socioambiental.
12. Disseminar valores de respeito à diferença, estimulando a percepção
não preconceituosa do outro, ampliando a condição de acessibilidade da
instituição.
3.2. Metas
1. Cumprir com os compromissos firmados nos atos de autorização,
reconhecimento e renovação de reconhecimento de todos os cursos graduação, e
prezar pela revisão anual dos PPCs de graduação e pós-graduação.
2. Fomentar as ações de iniciação científica e extensão, por meio de
editais anuais publicados pelo NUPEF.
3. Desenvolver anualmente atividades associadas a ações artísticas e
culturais.
4. Fazer avaliação anual das necessidades locais, para reconsiderar o
cronograma de abertura de cursos, considerando a oferta de cursos no estado de
Sergipe bem como a economia local.
5. Incrementar o percentual de orçamento destinado ao desenvolvimento
tecnológico, disponibilizando recursos para a inovação e manutenção da fábrica de
software.
6. Promover, nos encontros pedagógicos semestrais, debates para a
criação de estratégias pedagógicas inovadoras, implantando a cada ano ao menos
uma nova estratégia para aprendizagem significativa.
7. Manter permanentemente atualizados os laboratórios da FANESE
preservando o bom funcionamento dos espaços educacionais.
8. Revisar anualmente os questionários de autoavaliação usados pela
CPA e promover reuniões de tal comissão com a periodicidade mínima de uma
reunião a cada 3 meses.
9. Realizar treinamentos periódicos com a secretaria e a biblioteca.
10
10. Incrementar ações de acompanhamento dos egressos, bem como
ampliar as ações que vinculem os egressos à instituição.
11. Incrementar procedimentos para acolhimento do calouro.
12. Desenvolver ações efetivas na área de recursos humanos, realizando
pesquisa anual de clima organizacional e aplicação de ferramentas da gestão de
pessoas.
13. Expandir as ações de inclusão social.
14. Revisar periodicamente as condições de acessibilidade da IES,
reestabelecendo, sempre, maiores condições de acesso e ampliação da
acessibilidade nas suas mais variadas vertentes.
DEMONSTRATIVO DA QUALIFICAÇÃO DAS METAS
NO PERÍODO DE 2016 A 2019.
Nº METAS 2016 2017 2018 2019
01 Cumprir as diretrizes do MEC x x x x
02 Incentivar as ações de pesquisa e extensão na IES (fomento) x x x x
03 Desenvolver atividades associadas as ações artísticas e culturais x x x
04 Analisar a implantação de novos cursos de graduação e pós-graduação no contexto local e regional
x x x x
05 Disponibilizar recursos para o desenvolvimento tecnológico e inovação x x x
06 Aperfeiçoar os programas de capacitação docente x x x x
07 Manter permanentemente atualizados os laboratórios da IES x x x x
08 Aprimorar a autoavaliação na IES x x x x
09 Aperfeiçoar os programas de capacitação com os técnicos-administrativos
x x x x
10 Aprimorar programa de egressos x x x
11 Aprimorar ações de acolhimento dos discentes x x x x
12 Aprimorar programa de gestão de pessoas x x
13 Fortalecer as ações de responsabilidade e de inclusão social x x x x
14 Revisar periodicamente as condições de acessibilidade da IES x x x x
11
4. CONTEXTO REGIONAL E ATUAÇÃO ACADÊMICA
4.1. O Contexto Regional
Sergipe, o menor estado do Brasil, localiza-se na região Nordeste. Divide-se
em 75 municípios e ocupa uma área de 21.918,443 km², correspondendo a 0,26%
da extensão do território nacional. Sua população, estimada para 2017, totalizou
2.288.116 pessoas, indicando uma densidade demográfica de 104,39hab/km². A
última PNAD disponível (2015) já indicava uma proporção acima de 70% dos
residentes em áreas urbanas, predominância das mulheres (52%), sendo que 73%
delas viviam em áreas urbanas. Além disso, mais de 74% dos sergipanos
reconheciam-se como negros.
Sergipe limita-se com os estados da Bahia e Alagoas e com o oceano
Atlântico. Seu território é drenado por seis bacias hidrográficas, sendo a Bacia do
São Francisco a mais importante. Seu clima é tropical, mais úmido próximo ao
litoral, e semiárido no sertão. Seu relevo, do litoral até a região central, é
predominantemente de terras planas ou ligeiramente onduladas.
Em Aracaju capital do Estado, aonde está instalada a FANESE, cuja
população estimada pelo IBGE totalizou 650.106 habitantes em 2017. Esse número
representa 28,4% da população sergipana e equivale a um total 14% maior que o
medido no Censo de 2010. Dessa forma, a densidade demográfica alcançou
3.574hab./km2.
Nos últimos anos da década de 2000 e início da atual (2010) a economia
sergipana apresentou desempenho significativamente positivo, como consequência
do ambiente econômico favorável aos negócios, induzido especialmente pelos
estímulos das políticas públicas. Neste sentido, os investimentos públicos e
privados tiveram papel fundamental no processo de expansão, somados aos
estímulos ao consumo das famílias (decorrentes do crescimento do emprego, da
renda e do crédito). Tais investimentos vinham provocando uma transformação da
base produtiva do Estado, resultando em maior diversificação e dinamismo.
Porém, conforme demonstrado no gráfico a seguir, o ritmo de expansão da
economia sergipana diminuiu drasticamente, até que entrou em recessão em 2015.
Essa trajetória seguiu no sentido da que se observou no cenário nacional,
caracterizado por grave crise econômica. Além disso, a prolongada seca que
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assolou o território estadual contribuiu para intensificar queda na atividade
econômica.
Gráfico 1 - Taxa de crescimento do volume do PIB de Sergipe – 2011 - 2015
Fonte: elaborado com base nos dados das Contas Regionais 2015.
O PIB em Sergipe está centrado nas atividades do setor de serviços,
que tem apresentado participação cada vez mais expressiva na geração de riqueza
em Sergipe (64,7%, em 2010; 72,2%, em 2015), em detrimento dos setores
industrial (29%, 2010; 22,7%, em 2015) e agropecuário (6,4%, 2010; 5%, em
2015), conforme demonstrado no gráfico a seguir.
Gráfico 2 - Participação das atividades econômicas no valor adicionado bruto (VAB) em Sergipe - 2010-2015
Fonte: Contas Regionais do Brasil, 2015
Dentre as atividades mais representativas da economia sergipana em
2015, se destacam a administração pública, com 27,8% de participação, Comércio
e reparação de veículos, com 11,7%, atividades imobiliárias, com 8,8% e indústria
da construção e transformação, com 7,5% e 7,3%, respectivamente. As atividades
que tiveram maior queda da participação foram as das indústrias extrativas, que
13
alcançaram 6,6% em 2010, e apenas 3,1% em 2015. Esse quadro revela aumento
da participação de atividades no PIB sergipano que geram menor valor agregado
para a economia.
Além disso, o que mais incomoda na análise da conjuntura econômica
sergipana recente é o desempenho do emprego formal. Os dados da Relação
Anual de Informações Sociais (RAIS), relativos ao período de 2010 a 2016, revelam
inversão expressiva da trajetória de crescimento do estoque de postos de trabalho
formais. Conforme o gráfico a seguir, entre 2010 e 2014 a economia sergipana
absorveu 47.444 empregados com carteira assinada (crescimento de 12,8%).
No entanto, como reflexo da intensificação da crise econômica nacional
e da forte seca que impactou a atividade agropecuária e cadeias produtivas
relacionadas, entre 2014 e 2016 o estoque de postos de trabalho formais sofreu
queda de 33.950 empregos. Vale salientar que o estoque de empregos em 2016
(383.073 empregos) alcançou um total bem menor que o existente em 2011
(385.837 empregos).
Gráfico 3 - Estoque de empregos formais em Sergipe – 2010 - 2016
Fonte: MTE/RAIS 2010 - 2016
Outro ponto que merecem atenção é a concentração espacial do
emprego formal gerado em Sergipe. Aproximadamente 57% dos postos formais de
trabalho ocupados no Estado estão localizados em Aracaju, e se considerar os
cinco municípios que mais empregam, o índice passa a ser de mais de 71%,
conforme demonstrado na tabela a seguir:
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Tabela 1 - Empregos formais nos cinco municípios que mais empregam em Sergipe - 2016
Município-Sergipe Empregos formais
Total Partic. (%)
1 Aracaju 218.025 56,9%
2 Nossa Senhora do Socorro 17.863 4,7%
3 Itabaiana 13.400 3,5%
4 São Cristóvão 11.783 3,1%
5 Lagarto 11.750 3,1%
Total 272.821 71,2%
Fonte: MTE/RAIS 2010 - 2016
Essa realidade requer das autoridades responsáveis pelas políticas
regionais de desenvolvimento do estado a promoção da desconcentração do
emprego e, consequentemente, da renda gerada. Neste sentido, percebe-se a
necessidade de se realizar esforços no sentido de providenciar melhoria das
estruturas econômicas locais, incluindo um mercado de trabalho que oferte mão de
obra qualificada para criar condições de atração de investimentos privados.
Quanto a composição setorial, destacam-se na formação do estoque de
empregos formais em Sergipe o setor de serviços, com 62%, seguido do comércio,
17,1%, indústria, 13,5%, construção civil, 4,5% e agropecuária, 2,9% (gráfico a
seguir).
Gráfico 4 - Comportamento do emprego formal em Sergipe, segundo os setores de produção – 2010 - 2016
Fonte: MTE/RAIS 2010 - 2016
Conforme revelado no gráfico acima, o setor mais beneficiado, em termos
relativos, no momento da expansão do mercado de trabalho formal (2010 – 2014),
15
apesar do baixo crescimento econômico, foi proporcionalmente o comércio
(22,1%), a indústria (13,8%) e os serviços (13,2%). A construção civil já vinha
perdendo força na capacidade de absorver mão-de-obra (-3,6%). No entanto, no
período que a força da crise passou a pressionar cada vez mais o mercado de
trabalho, percebemos uma redução drástica no estoque de emprego da construção
civil (-37,6%). A agricultura perdeu muitos postos de trabalho (-20,6%), e a indústria
seguiu no mesmo sentido, apresentando baixa de 12,8% do estoque de empregos
formais.
Por outro lado, segundo a JUCESE, em 2015, houve mais de cinco mil
inscrições de Microempreendedor Individual – MEI, pessoa que trabalha por conta
própria e que se legaliza como pequeno empresário no Portal do Empreendedor da
Receita Federal. Fato que, de certa forma, se constitui em ocupação e geração de
renda. Isso pode ter sido em função do quadro geral do emprego formal no estado,
de modo que houve busca por ocupação e geração de renda por meio do negócio
próprio.
Espera-se que os sinais de recuperação econômica no cenário nacional
sinalizados por diversas fontes de informação (IBRE/FGV, BACEN, por exemplo)
comecem a reverberar positivamente na economia sergipana. Há riquezas naturais
e recursos minerais no território sergipano que favorecem a produção de cimento,
fertilizantes, a agricultura, o turismo etc. Além disso, o Estado localiza-se
estrategicamente no eixo de grandes cidades nordestinas (Salvador, Recife, por
exemplo), o que tende a favorecer certo potencial de crescimento, na perspectiva
de um melhor quadro econômico nacional.
A influência de grandes empresas na economia sergipana como a
Petrobrás, por exemplo, é consideravelmente expressiva, tanto no tocante a
momentos de expansão, quanto de contração econômica. Esse fator, inicialmente,
tem revelado tendências desanimadoras, diante do desempenho atual da economia
nacional e das decisões tomadas pela organização, referentes às suas instalações
em Sergipe, como fechamento de unidades. Porém, entende-se que uma inversão
do quadro de crise econômica no cenário nacional tenda a favorecer a produção de
petróleo no estado, considerando a capacidade de produção e reservas existente
em seu território.
16
Espera-se que a Infraestrutura produtiva e social já desenvolvida e em
construção no território sergipano tenda a contribuir para a recuperação
econômica. Vale observar que há um conjunto de forças no sentido de criar um
ambiente, cada vez mais, propício a estimular iniciativas empreendedoras.
Esforços de diversos atores da sociedade, mesmo que raramente organizados em
conjunto, têm tornado mais fácil empreender em Sergipe. Como exemplo pode-se
destacar: maior facilidade de abertura de empresas; maior diversidade e qualidade
de escolas de capacitação e qualificação profissional, sejam elas de nível técnico
ou de nível superior; maior diversidade de cursos de capacitação e qualificação
profissional com foco nas vocações produtivas do Estado; maior aceitação e
entendimento do empresariado sergipano de que os investimentos em formação,
pesquisa e assessoria técnica empresarial influenciam significativamente o
resultado dos negócios, inclusive a sobrevivência do mesmo; o consumidor
sergipano está mais instruído e mais exigente quanto à qualidade do produto e
atendimento que adquire etc.
Do ponto de vista social, Sergipe apresenta evolução sensível no Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM. As estatísticas mais recentes
demonstraram que o Estado apresentou evolução do status de baixo (de 0 a 0,499)
para médio desenvolvimento (entre 0,500 e 0,799), tendo em vista que passou de
0,518, em 2000, para 0,665, em 2010, considerando-se os critérios de avaliação do
desenvolvimento humano utilizados para classificar os diversos países. Vale
observar que para se determinar o IDHM são considerados indicadores de
educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao
nascer) e renda (PIB per capita).
Todo o crescimento do estado parece materializar-se na capital, tornando-
se facilmente visível em Aracaju, aonde a FANESE está situada. Aracaju, desde
seu surgimento, apresenta destaques. Sua fundação ocorreu inversamente ao
convencional. Ou seja, não surgiu de forma espontânea como a maioria das
cidades, foi planejada especialmente para ser a sede do Governo do Estado.
Por ter o privilégio de estar localizado no litoral e ser banhado pelos rios
Sergipe e Vaza-Barris, o pequeno povoado “Santo Antônio de Aracaju” foi
escolhido pelo presidente da província, Inácio Joaquim Barbosa, para ser a sede
do Governo.
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Inácio Barbosa assumiu o governo em 1853 com o desejo de fazer
prosperar ainda mais a província. Ele sabia que o desenvolvimento do Estado
dependia de um porto para facilitar o escoamento da produção. Apesar de várias
cidades no Estado estarem desenvolvidas econômica e socialmente, faltava essa
facilidade. O presidente contratou o engenheiro Sebastião José Basílio Pirro
(homenageado com nome de rua em Aracaju) para planejar a cidade, que foi
edificada sob um projeto que traçou todas as ruas em linha reta, formando
quarteirões simétricos que lembravam um tabuleiro de xadrez.
Com a pressa exigida pelo Governo, não houve tempo para que fosse feito
um levantamento completo das condições da localidade, criando erros
irremediáveis que causam inundações até hoje. Essa conjuntura obriga a cidade a
se voltar a obras que possam melhorar a infraestrutura para continuar evoluindo e
ainda garantir boa qualidade de vida para os aracajuanos.
O projeto da cidade se resumia em um simples plano de alinhamentos de
ruas dentro de um quadrado com 1.188 metros. A cidade cresceu inflexível dentro
do tabuleiro de xadrez. Aterrou vales e elevou-se nos montes de areia. Foram
feitas desapropriações onerosas e desnecessárias, para que o projeto mantivesse
a reta. A única exceção foi uma alteração imposta pelo próprio presidente,
permitindo que a Rua da Frente ganhasse uma curva, criando a bela avenida que
margeia o rio Sergipe. As terras de Aracaju originaram-se das sesmarias doadas a
Pero Gonçalves, por volta de 1602.
Os fatos mais relevantes da vida política de Aracaju estão registrados a
partir de 1855. Mas somente em 1865 a capital se firmou. Era o término de uma
década de lutas contra uma série de adversidades políticas, sociais e estruturais. A
partir dessa data, ocorre um novo ciclo de desenvolvimento, que durou até os
primeiros e agitados anos após a proclamação da República.
Em 1884, surgiu a primeira fábrica de tecidos, marcando o início do
desenvolvimento industrial. Em junho de 1886, Aracaju tinha uma população de
1.484 habitantes e já havia a imprensa oficial, além de algumas linhas de barco
para o interior.
Aracaju já nasceu na vanguarda, além de ter sido projetada para ser a
capital, mesmo no menor estado do Brasil acompanhava o movimento nacional que
envolvia obras de saneamento das grandes cidades do país que sofriam reformas
18
para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes. Em 1900, em Aracaju iniciou-
se a pavimentação com pedras regulares e foram executadas, ainda, obras de
embelezamento. Em 1908, é inaugurado o serviço de água encanada, um luxo
para a época. Em 1914 é a vez dos esgotos sanitários, sendo que no mesmo ano
chegou a estrada de ferro.
O IBGE afirma que a população estimada para Aracaju em 2015 ara de
632.744 habitantes, aproximadamente 27% do total de Sergipe. Aracaju ocupa uma
área de 181,857 km² do território sergipano, com densidade demográfica de
3.140,65 hab./km² e limita-se com os municípios de São Cristóvão, Nossa Senhora
do Socorro, Barra dos Coqueiros e Itaporanga D’Ajuda. Considerando a região
metropolitana (população de Aracaju somada às populações dos municípios de
São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro e Barra dos Coqueiros) tem-se cerca de
899.239 habitantes.
Aracaju é apontada como a capital com menor desigualdade do Nordeste
Brasileiro, como a cidade com os hábitos de vida mais saudáveis do país, exemplo
nacional na consideração de ciclovias nos projetos de deslocamento urbano e é,
também, considerada a capital do país com menor índice de fumantes, segundo o
Ministério da Saúde.
A FANESE, atualmente, localiza-se na zona norte de Aracaju, entre os
bairros históricos de Santo Antônio e Industrial, principais eixos de preservação
cultural. Trata-se, por conseguinte, de uma importante área da cidade, seu
nascedouro, conforme conta a sua história. Tal região ficou por anos abandonada,
pois o crescimento da cidade correu em outras direções. Embora toda essa área
(aonde a FANESE se estabeleceu) seja fortemente marcada pelo comércio, por
anos houve um favorecimento de outras regiões da cidade, de modo que o
nascedouro da capital do Estado ficou esquecido por muitos.
Ao chegar à região, a FANESE reafirmou seu compromisso com a
sociedade aracajuana de promover o desenvolvimento por meio da educação. Sua
chegada ao centro histórico da cidade trouxe inúmeras mudanças positivas,
atraindo novos investimentos nos bairros Santo Antônio e Industrial, valorizando os
mesmos e melhorando a qualidade vida de inúmeras pessoas que vivem nas
proximidades. O comércio no bairro Santo Antônio e no bairro Industrial
(especialmente nas áreas ao redor da faculdade) foi reavivado, bem como surgiram
19
novos pequenos empreendedores. Do mesmo modo, grandes empresários se
voltaram às mudanças decorrentes da instalação da FANESE nesta área e, por
isso, surgiram na região novos empreendimentos imobiliários e está sendo
construído um shopping center.
4.2. Relevância da Atuação da IES no Contexto em que se Insere
Em verdade, a conjuntura socioeconômica vivenciada no Estado de
Sergipe não se distancia da conjuntura que tem se estabelecido no Nordeste e no
Brasil como um todo.
Há anos, a política do governo do país tem investido em garantir que o
desenvolvimento da nação se solidifique, dando ao Brasil maior visibilidade no
exterior. Avalia-se, atualmente, que o Brasil é um país em desenvolvimento
crescente e isso, fatalmente, expressa demandas diretas na esfera da educação,
visto que para crescer em diversos setores o país necessita de profissionais
qualificados que irão dispor da sua força de trabalho de modo diferenciado e com
eficiência.
Esta conjuntura acima expressa traz à tona necessidades peculiares nas
áreas de tecnologia, para fazer com que os negócios na nova era em que vive o
país possam frutificar adequadamente, no intento de garantir o viés adotado pelo
Governo e desejado por todos os integrantes da nação.
Por conseguinte, a FANESE reafirma sua proposta de ofertar ensino de
qualidade e, assim sendo, comunga com os ideais que almejam o desenvolvimento
do Brasil.
A FANESE, inicialmente, teve seu foco, exclusivo, na área de negócios e
implantou o curso de Administração como seu primeiro curso. Mas, sendo
necessário acompanhar a tendência a qual tem seguido Sergipe e o país como um
todo, a IES busca ofertar à sociedade cursos de educação superior que possam
suprir as demandas oriundas do crescente desenvolvimento.
Foi nesse sentido que a IES buscou oferecer os cursos de graduação
tecnológica, compreendendo a demanda de uma vasta gama de pessoas que já
estão no mercado e almejam crescimento profissional o qual pode, em muitos
casos estar atrelado à necessidade de uma formação de nível superior. Do mesmo
modo, os cursos de graduação tecnológica foram de fundamental importância para
20
possibilitar que pessoas pudessem se qualificar para rapidamente serem
absorvidas pelo mercado de trabalho. Os cursos de Sistemas para Internet e
Gestão da Tecnologia da Informação vieram suprir, no Estado, uma grande
demanda existente na área de tecnologia, demanda tão crescente, a qual levou a
FANESE a incorporar em seus cursos a Graduação Tecnológica em Redes de
Computadores, reforçando seu compromisso de fornecer, ao mercado,
profissionais da área de tecnologia com a qualificação necessária para enfrentar os
novos desafios agora impostos.
Conforme já exposto, o seguimento empresarial existente em Sergipe
demanda apoio logístico. A posição geográfica a qual ocupa nosso Estado
evidencia que a logística nas organizações empresariais sergipanas deve ser bem
gerida. Ao mesmo tempo, os investimentos no Estado promovidos pelos diversos
níveis de governo têm chamado a atenção à logística, dando a este ramo de
conhecimento grande importância e visibilidade no movimento pelo qual Sergipe
tem passado.
Por esse motivo a FANESE mantém em seu quadro o curso de Graduação
Tecnológica em Logística. Esta graduação tecnológica se instaura na atualidade
como de suma importância. Se outrora a logística era somente um pequeno ramo
da Administração, hoje ocupa cada vez mais espaço e não mais se restringe à
logística de transporte ou ao armazenamento, mas envolve desde o controle dos
materiais e compras, passando, inclusive, a ser parte preponderante do
planejamento de toda organização empresarial que deseja alcançar seus objetivos
com o mínimo de tempo e custos e máxima eficiência e eficácia.
A partir do momento em que o mercado se torna cada vez mais competitivo
o marketing vai ganhando novas dimensões na escala de necessidade das
empresas. A competitividade que se instaura no universo contemporâneo, deu aos
profissionais da área de marketing nova visibilidade, de modo que se torna
essencial para a sobrevivência de uma empresa a maneira como a mesma pensa o
seu marketing interno e externo.
Já não se fala mais de produtos, hoje são vendidos valores e a maneira
pela qual são articulados os valores aos produtos ou serviços oferecidos por uma
empresa pode ser fator determinante para sua permanência no mercado.
21
Considerando isto, a FANESE oferece à sociedade aracajuana o curso de
Marketing. E, do mesmo modo, oferece o curso de Graduação Tecnológica em
Processos Gerenciais, o qual almeja formar gestores capazes de gerenciar os
processos de negócios com destreza e foco na solidificação da organização. Tal
curso pode atender as demandas do mercado diversificado existente em Aracaju e
sua região metropolitana, auxiliando o sujeito que necessita de rápida formação
para ser alinhada a um espírito empreendedor já latente.
O curso de Processos Gerenciais tem significativa importância em Sergipe
dada necessidade no Estado de incentivo às pequenas empresas. Tal curso pode,
por exemplo, instrumentalizar tecnicamente o pequeno e médio empreendedor
para favorecer sua continuação no mercado e quiçá crescimento. Do mesmo modo,
o curso que tem foco na formação empreendedora, se apresenta como uma
formação essencial para os sujeitos que querem adquirir capacitação técnica para
empreender e alcançar a independência financeira.
O curso de Graduação Tecnológica em Gestão de Recursos Humanos está
cada vez mais pertinente quando se considera a necessidade local. Como Sergipe
tem sido fonte de investimento de diversos setores, cada vez mais se busca
promover uma gestão de pessoas coerente com as tendências do mercado
moderno.
As melhores e mais bem avaliadas empresas da atualidade são destaque
na área de gestão de pessoas. Portanto, o modo como as pessoas são geridas
numa organização têm sido espelho do seu sucesso ou fracasso empresarial.
Assim sendo, o curso de Graduação Tecnológica em Recursos Humanos
é, indubitavelmente, necessário ao contexto sergipano o qual, segundo as
pesquisas, tem aumento significativo seu número de empregos formais.
O curso de Administração oferecido pela FANESE não somente coroa com
excelência os demais cursos na área de gestão como, inclusive, busca promover
uma formação coerente com as demandas colocadas pela localidade onde a IES
se insere.
O Curso de Ciências Contábeis tem fundamental importância no contexto
mercadológico da atualidade. A ciência contábil é fundamental para que as
organizações empresariais se mantenham no mercado de forma ativa e
economicamente saudável.
22
Não existem empresas de quaisquer tamanhos sem que haja um
espaço/tempo no qual a contabilidade é pensada, estudada e, inclusive,
programada. Dessa maneira, o curso de Ciência Contábeis da FANESE não
somente se destaca como um curso de fundamental importância por garantir a
formação de contabilistas qualificados e comprometidos com o desempenho
profissional, mas destaca-se, sobretudo, dada a necessidade evidente de que o
crescimento do estado demanda profissionais da área, para serem absorvidos
pelas empresas que crescem e pelas novas empresas se inserem neste contexto
evolutivo.
O curso de Direito, nesse contexto, torna-se essencialmente importante.
Em primeiro lugar, o fenômeno da vida jurídica não se desconecta da esfera dos
negócios. Mas, há que se colocar que, como Aracaju tem sido vista como cidade
da qualidade de vida, cada vez mais deverá buscar qualidade nas mais diversas
áreas da existência humana, entre as quais a área jurídica merece destaque ao
colocar as modernas discussões sobre direitos humanos e criminalidade urbana.
A crescente evolução dos serviços, que merece destaque no Estado de
Sergipe, chama atenção para o Direito do Consumidor que passa a ser uma
demanda proeminente. Do mesmo modo, o Direito Civil, como um todo, ganha
maior magnitude no processo de evolução dos centros urbanos que começam a ter
um novo contorno e, consequentemente novas escalas.
O Direito Empresarial e toda a esfera pertinente ao Direito do Trabalho
ganham evidência no contexto assumido pela efervescência econômica, que
acarreta no surgimento de novas empresas e crescimento das já existentes.
Do mesmo modo, como a esfera pública tem sido fator preponderante para
o crescimento do Estado, o Direito Público toma proporções de grande importância
no aporte necessário para suprir as carências oriundas da conjuntura que se
perfaz.
Nesse sentido, com o intuito de garantir a existência de profissionais
qualificados e aptos para fomentar a vocação crescente do Estado, a FANESE
oferece o curso de Direito assumindo, inclusive, o compromisso de contribuir com
um crescimento que respeita os princípios éticos e morais cabíveis à Justiça.
A FANESE ofertou o primeiro curso de Engenharia de Produção do Estado.
Os egressos de tal curso podem suprir a carência de muitas organizações, uma
23
vez que estão preparados para projetar e implementar linhas de produção
industriais, planejando processos de fabricação de produtos a fim de maximizar a
eficiência e minimizar os custos. Ou seja, os profissionais de Engenharia de
Produção são essenciais num contexto onde a indústria tem se desenvolvido.
Dados os incentivos existentes em Sergipe, muitas indústrias se
estabeleceram aqui e muitas já anunciam sua chegada, dando aos engenheiros de
produção novas possibilidades de emprego, bem como a chance de favorecer o
crescimento da região.
A FANESE entende que a Engenharia, de forma geral, tem expressiva
carência no mercado brasileiro. Isso pode ser percebido pelo movimento que passa
o país. É perceptível que o Governo tem criado estímulos para desenvolver tal área
por meio de bolsas para incentivo a práticas investigativas, ou mesmo por meio de
programas como o Ciência sem Fronteiras, no qual pode se perceber o grande
apoio às áreas que envolvem a Engenharia, desenvolvimento em infraestrutura e
desenvolvimento tecnológico.
Decerto, a conjuntura específica do contexto local carece da Engenharia
para continuar evoluindo. Sabe-se, por exemplo, que a extração de petróleo é
bastante representativa para o Estado, que está entre os cinco principais
produtores do Brasil. Segundo série histórica do Produto Interno Bruto estadual, de
2001 a 2006, a indústria de extração mineral representou 20% do PIB sergipano.
Até 2015, a produção de petróleo em Sergipe apresenta forte crescimento.
O aumento de produção é devido aos novos poços encontrados e, sobretudo, às
técnicas para melhorar a extração em poços maduros. Não obstante a isso,
segundo análises da FIES (2007), somente 50% dos fornecedores de bens e
serviços ligados ao setor petrolífero estão no estado; 35% destes estão em outros
estados e, 15%, em outros países. O que fez com que a FANESE, naquele
momento, considerasse como sendo imprescindível a solicitação da autorização do
curso de Engenharia de Petróleo, protocolada no sistema e-MEC em fevereiro de
2013, tendo sido publicada a portaria de autorização em junho de 2015.
A conjuntura político-econômica, em especial as repetidas reportagens da
mídia em torno dos escândalos associados à Petrobrás e a outras empresas que
lidam diretamente com o mercado do petróleo, afetaram significativamente a
24
percepção que a população tem acerca dos cursos de Engenharia de Petróleo.
Isso prejudicou gravemente o processo de captação de alunos.
Além da Engenharia de Produção, a FANESE, oferece o curso de
Engenharia Civil e o Curso de Arquitetura e Urbanismo uma vez que a própria
história de Aracaju nos levou a um tipo de estrutura que solicita profissionais da
área de infraestrutura. O fato de o planejamento da cidade não ter sido concluído
adequadamente, aliado a seu recrudescimento econômico e social, gerou
problemas de infraestrutura que precisam ser resolvidos para que a cidade se
mantenha referência em qualidade de vida. Assim, obras de mobilidade urbana,
saneamento básico e afins, se tornam indispensáveis em Aracaju.
Vale destacar, também, que o mercado imobiliário em Sergipe cresce
assustadoramente, a Colliers Internacional Brasil – líder global em serviços
imobiliários para indústria, escritórios, terrenos, shoppings centers, hospitais,
instituições de ensino, entre outros – desenvolveu recentemente uma pesquisa em
Aracaju.
Tal estudo trouxe resultados que afirmam que há na localidade uma
escassa oferta e grande demanda de escritórios comerciais, apontando um grande
potencial de crescimento na região.
Além disso, as construtoras estão sempre lançando novos
empreendimentos e recentemente o presidente de Associação dos Dirigentes de
Empresas da Indústria Imobiliária de Sergipe – Ademi/SE afirmou que o referido
mercado continua em efusão, sendo que os novos empreendimentos estão cada
vez mais atentos às necessidades dos clientes.
Embora o momento atual seja sentido como um momento de crise, os
especialistas apontam para o fato de que, em Aracaju, o mercado imobiliário ainda
se mantém como um sólido investimento, com grandes perspectivas de
crescimento dado o crescente número de pessoas que se mudam para a capital de
Sergipe, em busca de melhor qualidade de vida.
Tais fatos corroboram para que Sergipe esteja entre os maiores produtores
de cimento do país, assumindo a liderança no Nordeste. Além de ter alta produção,
Sergipe tem, ainda, elevado consumo de cimento.
25
Gráfico 5 - Consumo de cimento Portland – 2000 a 2010
Fonte: SUDENE e Sindicato Nacional da Indústria de Cimento - SNIC
Para atuar na conjuntura acima expressa, também serão solicitados:
Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica e o Bacharelado em Sistemas para
Internet. Cursos que de modo geral tanto se inserem como necessários no contexto
já expresso, como, certamente, irão promover transformações em segmentos
específicos, como será esclarecido nos PPCs dos referidos cursos.
É importante destacar que, como a FANESE vem oferecendo educação de
qualidade, tais cursos terão um diferencial: serão cursos associados à área de
infraestrutura, desenvolvimento e tecnologia, mas serão cursos orientados a
favorecer ao egresso a capacitação para atuar na sua área com as habilidades
compatíveis com funções de gestão. Nesse sentido, tais cursos irão usufruir do
know-how que a FANESE acumulou ao longo dos anos na área de negócios. Além
disso, como a IES busca sempre promover uma articulação entre seus cursos,
certamente os cursos vindouros serão beneficiados pelas atividades realizadas
pelos cursos da área de gestão (já existentes), fomentando a formação de
profissionais com formação holística e com espírito empreendedor. Isso se articula
intimamente com a missão da IES e seu compromisso com as demandas do
contexto no qual a mesma se insere.
A IES foi recentemente credenciada, provisoriamente, em abril de 2018
para a oferta de cursos na modalidade EaD, após um período de maturidade,
planejamento e expertise adquirida com a oferta de disciplinas on-line no
percentual de até 20% permitido por lei, entendendo que esta modalidade de
educação é, atualmente, demandada pelo mercado. Além de buscar atender à
população de Aracaju e de municípios circunvizinhos, ofertando cursos superiores
na modalidade EaD a FANESE visa capacitar também sergipanos residentes de
26
municípios do interior do estado, que por motivos profissionais, financeiros, ou
ainda de mobilidade, por exemplo, têm dificuldade de participar de um curso
presencial qualificado, que exige frequência diária na instituição como um dos
requisitos para obtenção da qualificação desejada. Sendo que na modalidade EaD,
essa dificuldade será resolvida, a FANESE objetiva credenciar-se na referida
modalidade, oportunizando capacitação qualificada para milhares de sergipanos.
Incialmente recebeu a autorização para a oferta dos cursos: Bacharelado
em Administração, Graduação Tecnológica em Marketing e Processos Gerenciais.
Adiante, tem o objetivo de ampliar essa oferta para outros cursos nas áreas de
administração, engenharia e educação, além de cursos de pós-graduação.
Vale observar que apesar da condição de elevado esforço, muitas pessoas
residentes em locais distantes de Aracaju, já concluíram seu curso, ou estão
cursando a graduação na FANESE. Muitos estudantes escolhem a FANESE por
entenderem que esta é uma instituição de referência, ou seja, mesmo havendo
outras instituições mais próximas das suas residências, tais estudantes escolhem a
FANESE para fazer sua graduação. Isto, de certa forma, indica o desejo
manifestado por residentes do interior do estado de estudar na instituição. Tal fato
dignifica o trabalho realizado pela instituição, de modo que se constitui em grande
honra para a FANESE atender a demanda daqueles que moram longe da sua
sede.
5. PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL
A educação é fator decisivo como agente de mudança numa sociedade.
Conforme Mandela: “é a arma mais poderosa para mudar o mundo”. Cabe a ela
liderar um novo processo social transformacional, capaz de oferecer respostas
mais eficientes e eficazes para as novas exigências em um mundo cada vez mais
conectado. O egresso de uma instituição de Ensino Superior precisa ser capaz de
posicionar-se frente aos desafios impostos nesse século, cabendo a IES a
percepção e consciência do seu importante papel em relação à formação deste
aluno como sujeito crítico e convicto de suas responsabilidades no contexto em
que se insere.
Por tais razões a educação precisa ser um processo bem planejado e
continuamente gerenciado, avaliado e repensado. Como Instituição de Ensino
27
Superior e ciente de sua responsabilidade regional, a FANESE tem assumido seu
grandioso papel na formação de profissionais nas diferentes áreas do
conhecimento aptos a ingressar no mercado de trabalho e a contribuir com o
desenvolvimento de Sergipe. Nestes 20 anos de experiência e expertise tem
demonstrado sua vocação para o ensino, entendendo que as demais atividades
devam ser desenvolvidas na medida em que reforcem esta condição.
Partindo do pressuposto do planejamento, temos que os projetos
institucionais são formulados de modo a garantir ao aluno o conhecimento
necessário que o prepare em suas dimensões cognitiva, emocional e profissional,
vez que este precisa ser capaz de posicionar-se frente aos desafios impostos na
vida contemporânea, cabendo a IES a percepção em relação à formação deste
aluno como sujeito crítico e consciente de suas responsabilidades no contexto em
que se insere.
Neste cenário de constante atenção aos processos de mudanças que vem
ocorrendo nas sociedades contemporâneas, urge a necessidade de renovação, de
repensar o papel fundamental do ensino superior no Brasil visto que necessita de
uma urgente redefinição.
Destaca-se que as Políticas Educacionais apresentadas pela FANESE tem
como marco fundamental o PPI (Projeto Pedagógico Institucional) articulado com o
PDI e com os PPCs (Projetos Pedagógicos dos Curso) e entende que o seu PPI, o
seu PDI e os PPCs são muito mais que documentos técnico-burocráticos,
constituem os instrumentos de ação político-pedagógica que garantam a formação
holística e crítica dos alunos envolvidos, como forma de capacitá-los para o
exercício da cidadania, a formação profissional e o pleno desenvolvimento pessoal.
Seus documentos são elaborados, analisados e avaliados respeitando-se
as características e especificidades da organização acadêmica. A FANESE
entende que não existe distinção hierárquica entre o PDI/PPI/PPCs, devendo
constituir um processo dinâmico, legítimo, e transparente, em constante
interconexão com o seu contexto enquanto faculdade. E assim, a missão, os
objetivos, as metas e os valores da instituição estão expressos nestes documentos,
comunicando-se com as políticas de ensino, de extensão e de pesquisa (esta
última de forma eventual, não sistemática, nem dotada de obrigatoriedade,
considerando tratar-se de faculdade), e possibilitam ações institucionais internas,
28
transversais a todos os cursos, e externas, por meio de projetos, a exemplo de
responsabilidade social. A operacionalização dar-se-á mediante a elaboração e
execução do plano de ação com as metas e detalhamento das ações
departamentais.
5.1. Fundamentos Epistemológicos
A edificação do conhecimento proposta pela FANESE mantém-se centrada
na interdisciplinaridade e, consequentemente, na integração dos conteúdos e
cursos ofertados, fazendo com que o processo de construção e captação do
conhecimento seja capaz de motivar o desenvolvimento e gerar a satisfação das
necessidades sociais.
O caminho, para tanto, está concentrado no constante exercício do
analisar, do questionar e do sugerir novos rumos a serem seguidos. Durante esse
processo, a relação dos cursos com a sociedade, na qual tais cursos estão
inseridos, é elemento fundamental, visto que os temas estudados e desenvolvidos
também deverão estar voltados para essa mesma realidade. Ou seja, a proposta
pedagógica da IES é manter uma constante vinculação com a realidade, na
perspectiva de favorecer saberes que auxiliem tanto o desenvolvimento local como
o engrandecimento dos alunos. Tal fato requer um conjunto de novas experiências
e experimentos a serem vivenciados pela comunidade acadêmica em questão, as
quais manterão o foco em elementos voltados para a integração dos
conhecimentos, ao mesmo tempo em que se respeita a especificidade de cada
área.
Cabe destacar que a visão de Homem adotada pela IES considera que os
indivíduos são produtos e produtores de cultura, sendo, ao mesmo tempo, sujeitos
em formação e agentes de transformação. Tal perspectiva reforça o ideal
permanente na FANESE de que a educação deve ter um viés formador e
transformador, de modo que o intento da formação é sempre favorecer o
empoderamento dos sujeitos e a transformação da região na qual a IES está
inserida, auxiliando o engrandecimento do Estado.
Essa realidade epistemológica configura-se, então, como sendo uma visão
do conhecimento como algo em permanente mudança e, essencialmente,
dinâmico. Fala-se, por conseguinte, de um paradigma que, em última instância,
29
está voltado para a construção de uma sociedade mais solidária, fundamentada em
novas práticas de direito, de poder e na construção de novas possibilidades de
atuação na realidade social.
5.2. Princípios Técnico-metodológicos
A proposta pedagógica da FANESE, mantém a sua filosofia educacional
em harmonia com a sua visão e missão. Os princípios e valores teóricos e práticos
fomentados caracterizam o perfil desta IES e estão sustentados na percepção e
compreensão de que esta é uma instituição de gestão participativa, defensora da
liberdade acadêmica, dos valores éticos, do rigor científico e intelectual, com o
compromisso relacionado ao desenvolvimento regional e do país.
Nesse sentido, são buscadas práticas pedagógicas inovadoras sem que
sejam descartados modos tradicionais de explanação do conhecimento (como as
aulas expositivas) ou de avaliação (como as provas tradicionais).
É importante esclarecer que as práticas pedagógicas na faculdade
respeitam a legislação vigente e, mesmo mantendo o rigor das normas, incentivam
a liberdade de ensino dentro das unidades curriculares, ao tempo em que
fomentam o empreendedorismo, a multireferencialidade e a eficácia dos processos
em cada curso. O docente é motivado pela direção e pela coordenação acadêmica
a utilizar distintos recursos disponíveis na IES (laboratórios, computadores, data
show, televisores, acesso à internet etc.), na intenção de que o processo de
ensino-aprendizagem ocorra da forma mais dinâmica possível.
Vale destacar que todos os cursos se materializam tendo práticas que
sugerem a formação de habilidades e competências esperadas no profissional da
atualidade: trabalho em equipe, aprendizado continuado e conhecimento
interdisciplinar. Com isso, em todas as grades dos cursos de Graduação
Tecnológica, bem como os cursos de Bacharelado, são colocadas atividades
complementares (previstas na matriz de atividades curriculares), a serem
desenvolvidas a critério do aluno – que pode contar com orientação de professores
especialistas, coordenador acadêmico ou de curso, além de outros membros da
comunidade acadêmica, para cumprir tal tarefa ao longo da sua formação. Tais
atividades, que contam créditos para a integralização do curso favorecem a
flexibilidade curricular e permitem a integração de conhecimentos.
30
Diferentes estratégias são utilizadas para que a FANESE alcance seus
objetivos. No dia a dia da IES, para chegar ao conhecimento, os alunos podem
contar com:
• Aulas expositivas nas quais a teoria é articulada à prática, sendo que
a pesquisa bibliográfica é usada como estratégia de interpretação da realidade,
servido de fundamentação para atividades complementares e práticas formativas.
As disciplinas têm aulas expositivas, buscando-se sempre uma ênfase na
abordagem interdisciplinar e na visão crítico-reflexiva. Embora, no modelo
tradicional de aulas expositivas o professor se coloque como peça chave, na
FANESE busca-se dar às aulas expositivas um caráter participativo, superando-se
a visão de professor como senhor do conhecimento. O acesso ao conhecimento,
com a revolução tecnológica, foi radicalmente ampliado, de forma que o professor
da IES deve servir como um orientador dos conteúdos estudados, amparando o
aluno na busca de leituras, na contextualização e reflexão sobre si mesmo (como
futuro profissional que tem uma prática questionadora);
• Leitura orientada, de modo que os conteúdos transmitidos em sala de
aula devem ser acomodados pelos alunos com auxílio de leituras orientadas pelo
professor da disciplina. Com isso, pretende-se fortalecer, no aluno, sua capacidade
de construir o próprio conhecimento;
• Estreitamento da relação entre teoria e prática por meio da
implementação de práticas didáticas e pedagógicas para a análise da realidade por
meio de estudos de caso, simulações, projetos, visitas técnicas etc. Além da
resolução orientada de problemas reais, estreitando a vida acadêmica à atuação no
mercado de trabalho, mostrando para o aluno que o conhecimento adquirido na
academia promove ampliação dos horizontes a fim de favorecer a solução dos
problemas que surgem na vivência profissional;
• Aulas práticas, seminários, estudo de casos, resolução de problemas,
entre outras estratégias sempre articuladas às disciplinas, à maturidade acadêmica
dos alunos e ao contexto sociocultural. Tais práticas são de fundamental
importância pois se referem ao estudo direto do contexto natural e social no qual o
estudante se insere, focando uma determinada problemática para compreendê-la e
analisá-la de forma interdisciplinar. Tal funcionamento cria condições para o
31
contato com a realidade e propicia a aquisição de conhecimentos de forma direta,
por meio da experiência vivida;
• Incentivo às atividades complementares como: workshops, palestras,
seminários, cursos etc., além do fomento às visitas técnicas, nas quais o aluno
poderá contextualizar os conhecimentos adquiridos no transcorrer do curso, sendo
possível que o mesmo compartilhe sua experiência por meio de relatórios ou outros
meios de apresentação de resultados;
• Discussão e debates em grupos, favorecendo a eloquência na
exposição das ideias, articulação de conteúdos e capacidade argumentativa dos
alunos;
• Progressiva autonomia do aluno por meio da adoção de práticas
didáticas e pedagógicas que auxiliam o aluno a se perceber como protagonista no
processo de aquisição do conhecimento. A autonomia crescente do aluno no
transcorrer de sua formação, pode ser alcançada por meio do emprego da sala de
aula invertida (flipped classroom). Por exemplo, os alunos podem se dedicar a
estudos dirigidos e atividades individuais/grupo a serem realizadas extraclasse (tais
atividades podem acontecer com auxílio de recursos tecnológicos como games e
vídeos), para que posteriormente o professor aprofunde o conhecimento na sala de
aula;
• Práticas ativas na aprendizagem, sendo que serão desenvolvidas
atividades nas quais os alunos deverão participar ativamente por meio de
desenvolvimento e ou construção de projetos, definição de estratégias de
intervenções, execução de tarefas supervisionadas, avaliação de procedimentos e
resultados e análises de contextos, se aplicado as metodologias ativas disponíveis,
tais como: Papercraft, TBL 3.0 - Team Based Learning, Peer Instruction 3.0, Host
(Anfitrião), Gamification 3.0 e Estudo de caso.
Vale ressaltar que as atividades acima descritas serão desenvolvidas, na
FANESE, nas modalidades presenciais e à distância. A aplicação das referidas
estratégias (em grande parte dos casos) ocorrerá, no ensino à distância, por meio
das inúmeras possibilidades dadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA
utilizado pela IES. Há de se esclarecer que o uso das citadas estratégias na
modalidade EaD pressupõem, além da figura de docentes (como ocorre na
32
modalidade presencial), a existência dos professores conteudistas e dos tutores, os
quais trabalharão em conjunto.
Em se tratando de disciplinas presenciais, os encontros para cada
disciplina são sempre distribuídos entre 100 dias letivos, sendo que no turno
noturno as aulas têm início às 18h e término às 22h e, no turno matutino o início
das aulas se dá às 07h e 30min e o término às 12h. Vale frisar que a hora aula tem
60 min. e, no curso em questão, existem disciplinas de 7, 5 ou 3 créditos.
As disciplinas de 7 créditos têm carga horária de 105h, distribuídas em 3
encontros de 1h 30min em 60 encontros semestrais. As disciplinas de 5 créditos
têm carga horária de 75h, distribuídas em 2 encontros de 1h 30min em 40
encontros semestrais, e as disciplinas de 3 créditos têm carga horária de 45h,
distribuídas em 1 encontro de 1h 30min em 20 encontros semestrais. Esses
encontros ocorrerão em sala de aula, atividades práticas ou vivência em
laboratório. Além das 60 horas já descritas, ocorrem 10 horas de prática formativa
e 5 horas de atividades transversais para cada disciplina. Estas 15 horas referem-
se a aspectos integrantes das práticas pedagógicas da IES que favorecem um
aprendizado para além da sala de aula, sob olhar interdisciplinar e multifacetado,
no qual o aluno pode ter uma visão diferenciada da temática estudada; nessas 15
horas, o aluno pode, ainda, ser atualizado em temas transversais como educação
ambiental e direitos humanos, por exemplo, tomados como imprescindíveis para
uma formação ampliada, ética, humanística e cidadã. Sobre as práticas formativas
e as horas destinadas a temas transversais, são descritas maiores explicações nos
PPCs, quando o texto tratar das atividades práticas transversais e outras práticas
pedagógicas da IES.
Todo docente é incentivado a estabelecer articulações entre a disciplina
que ministra e as demais disciplinas do curso. Para tanto, nas reuniões de
colegiado os professores fazem um intercâmbio de ideias e constroem
metodologias de trabalho que permitam uma conexão entre os saberes.
Então, porventura existem trabalhos ou atividades que extrapolam o limite
de uma disciplina e se colocam como atividades transversais, integrando as
unidades curriculares do curso. Isso pode se materializar, por exemplo, por meio
de:
33
• Visitas técnicas conjuntas – professores de distintas disciplinas
visitando uma mesma instituição, para que os alunos tenham uma visão da vida
prática, segundo o olhar de diferentes conteúdos;
• Avaliações feitas em conjunto – projetos de avaliação de duas ou
mais disciplinas de um mesmo período que envolvem o apoio e a supervisão de
professores de matérias diferentes, demonstrando na prática como os saberem se
complementam;
• Atividades de articulação entre a teoria e a prática orientadas por dois
ou mais docentes;
• Exibição de filmes seguidos de debate orientado por mais de um
docente – objetivam favorecer o aprendizado articulado a temas do cotidiano
tratados pelos meios de comunicação de massa, pertinentes à nossa cultura que
podem e devem ser associados aos conteúdos técnicos transmitidos na Academia.
Tais atividades obedecerão a programações desenvolvidas pela respectiva
coordenação de curso, juntamente com os docentes das disciplinas.
Como parte integrante da programação dos semestres letivos –
demarcando as ações que promovem os conteúdos transversais à formação do
estudante – já foram incorporados ao calendário acadêmico da FANESE: a
Semana Nacional da Ciência e da Tecnologia, Semana da Responsabilidade Social
no Ensino Superior Particular, Semana do Meio Ambiente, Seminários de Temas
Transversais, dentre outros.
Em todo período há sempre uma organização entre coordenações
acadêmica e de cursos, NDE, professores e técnico-administrativos, os quais criam
eventos como ciclos de palestras, feiras, ou outras atividades sobre temas
transversais, que perpassam a formação profissional e cidadã de cada egresso.
Dessa maneira, o aluno, ao final do semestre, terá vivenciado os conhecimentos
referentes à sua área de estudo de forma prática e transversal, o que catalisa a
acomodação dos conteúdos vistos em sala de aula e tende a motivar o sujeito em
busca de novos conhecimentos, além de fomentar uma vinculação com a futura
prática profissional.
Estas atividades materializam a integração dos saberes, instigando, no
aluno, a articulação dos conhecimentos. As palestras transversais favorecem as
34
conexões entre as disciplinas vistas pelos estudantes, auxiliando professores e
alunos a tomar o conhecimento de uma área como um todo. Tais atividades
também facilitam a perspectiva do trabalho interdisciplinar, cada vez mais
importante no contexto mercadológico da contemporaneidade.
O projeto de manutenção da transversalidade nos currículos é visto pela
IES como algo essencial e imprescindível, de modo que todas as disciplinas têm 5
horas dedicadas aos temas transversais. Assim, parte destas horas são
direcionadas às palestras/atividades aqui comentadas que buscam sempre trazer
ao ambiente acadêmico uma conexão com a realidade social, evidenciando, por
exemplo: as dificuldades encontradas no mercado e suas possíveis soluções;
casos de sucesso na região sergipana; possibilidades de atuação profissional;
perspectivas de futuro na área de negócios; ações empreendedoras em destaque
etc.
Podem ocorrer, ainda, cursos ou workshops. Do mesmo modo, podem ser
trazidos ao ambiente da IES temas fundamentais à formação cidadã, incentivando
entre os discentes uma formação ética, em sintonia com a transformação social e o
desenvolvimento do contexto onde se insere o egresso, considerando ações que
minimizem as disparidades sociais que assolam nosso país.
Ainda como parte das 5 horas de atividades transversais de cada
disciplina, a FANESE conta com o projeto dos Seminários de Temas Transversais.
Os Seminários de Temas Transversais ocorrem semestralmente e surgiram
da necessidade de proporcionar ao aluno um caminho diferenciado no processo de
aquisição de conhecimento e um contato com práticas e ideias fundamentais a uma
formação holística. Tais seminários têm por objetivo primeiro inserir no percurso
curricular a Educação Ambiental e a Educação em Direitos Humanos. Nesse
sentido, os Seminários de Temas Transversais servirão para fomentar na IES
discussões relativas à Educação Ambiental, aos Direitos Humanos e às
possibilidades de atuações profissionais que envolvam essas duas temáticas.
Desta forma, as atividades do referido seminário visam proporcionar a formação de
uma consciência cidadã e promover a sensibilização do alunado para a importância
de práticas sustentáveis (no mais amplo sentido).
Nos dias de hoje, é imprescindível à formação profissional do sujeito o
respeito à diferença, a capacidade crítica, o cuidado e a preservação do meio
35
ambiente e uma visão sustentável. Essas novas demandas fizeram, inclusive, com
que os órgãos de regulação e supervisão do Ensino Superior se voltassem à
temática, buscando formas de garantir, no Brasil, uma formação que objetiva a
construção de posturas profissionais responsáveis.
Destaca-se que os Seminários de Temas Transversais tomam a questão
ambiental de forma ampla, seguindo os pressupostos adotados pelo Governo
Federal. Assim, a temática é transmitida para os alunos como algo que transpõe a
preservação da natureza. Na FANESE a Educação Ambiental toma o meio
ambiente como um todo, discutindo e refletindo sobre a vida moderna em sua
complexidade, por meio de temas como: sustentabilidade, cidadania, solidariedade,
fortalecimento das relações entre os povos, entre outros. Tal perspectiva comunga
perfeitamente com outros objetivos da IES na busca de um ensino de qualidade e
se alinha às tendências defendidas pelas Diretrizes Nacionais para Educação em
Direitos Humanos.
Considerando o exposto, são objetivos dos Seminários de Temas
Transversais:
• Proporcionar o fortalecimento de práticas individuais e ou sociais que
geram forças na direção da promoção ou da proteção dos direitos humanos, bem
como da reparação das diferentes formas de violação de direitos;
• Desenvolver na comunidade acadêmica da FANESE uma
compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas
relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais,
econômicos, científicos culturais e éticos;
• Articular teoria e prática ao mostrar exemplos reais de práticas
ecológicas e responsáveis nas empresas de Sergipe;
• Fomentar entre os participantes o desenvolvimento de uma
consciência crítica sobre a problemática ambiental e social;
• Criar espaços de debate para incentivar reflexões afeitas às
possibilidades de atuação profissional com vistas a mudança do status quo;
• Incentivar a participação individual e coletiva, permanente e
responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a
36
defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da
cidadania;
• Fortalecer a cidadania e a solidariedade, mostrando que tais valores
não são somente possíveis nos ambientes das organizações públicas ou privadas,
mas são, sobretudo, estratégias essenciais ao desenvolvimento e manutenção dos
negócios na atualidade;
• Promover o intercâmbio entre a comunidade acadêmica e a
sociedade por meio do debate das práticas de responsabilidade social que
atualmente ocorrem nas organizações sergipanas;
• Favorecer a criação de novas ideias e práticas sustentáveis, a serem
adotadas nas empresas do Estado.
Os Seminários de Temas Transversais ocorrem semestralmente e são
constituídos por aulas interdisciplinares e ciclos de palestras com enfoque na
Educação Ambiental, nos Direitos Humanos e nas possíveis articulações entre
teoria e prática que são transversais à formação de todo egresso. Os temas
discutidos nos Seminários são, obviamente, abordados de forma transversal,
buscando a promoção do conhecimento e do pensamento crítico para que o aluno
consiga se situar com propriedade em diversas questões impostas pelo contexto
social. A atividade ocorre em duas etapas, por meio diferentes ações promovidas
por diversos atores da IES e convidados.
A primeira etapa dos Seminários de Temas Transversais ocorre antes do
semestre começar. Ela se inicia quando os colegiados dos cursos se reúnem e são
feitas discussões a respeito de quais disciplinas irão inserir, no seu plano de curso
e plano de aula, temas de educação ambiental e cidadania. Então, as matérias
escolhidas no colegiado do curso deverão reservar duas das suas aulas para fazer
uma explanação sobre temáticas concernentes ao exercício da cidadania, Direitos
Humanos e Educação Ambiental, sendo que tal abordagem será executada
considerando os acontecimentos no mundo e ou a matéria estudada na disciplina.
Isso deverá ocorrer em variados conteúdos curriculares ao longo de todos os
cursos.
A segunda etapa dos Seminários de Temas Transversais não ocorre em
um único momento. Ela envolve ações programadas pelos diferentes cursos da IES
e refere-se à oferta de atividades sobre as temáticas afins à sustentabilidade e a
37
transformação social. Equipes de trabalho que envolvem as coordenações, a
coordenação acadêmica e a assessoria de comunicação elegem datas nas quais
convidados serão trazidos até a IES, para que sejam realizadas exposições (como
palestra, curso ou outra modalidade de apresentação que convém) para os alunos
de um ou mais cursos.
É fundamental dizer que nesta etapa haverá interação dos alunos de
diferentes períodos e articulação de distintas disciplinas e saberes. Para que isso
se dê de fato, os professores devem participar das atividades e, posteriormente,
estabelecer conexões entre o que foi apresentado pelos convidados e o que é visto
nas disciplinas ministradas por eles.
Por conseguinte, afirma-se que os Seminários de Temas Transversais
criam momento especiais, nos quais a faculdade recebe convidados de diversas
áreas com o objetivo de promover a integração entre os estudantes e as
problemáticas do mundo contemporâneo. Dessa maneira, os Seminários são,
sobretudo, uma tentativa de fazer com que os alunos discutam questões essenciais
da vida cotidiana, promovendo a difusão de conhecimentos, tecnologias e
informações sobre a questão ambiental e sobre práticas cidadãs, de modo que seja
vislumbrada a integração entre a teoria e a prática. Os temas devem ser tratados
de forma transversal superando a falsa impressão de que os saberes são
estanques e absolutos. Trata-se, portanto, de uma tentativa de superar dicotomias
circunstancialmente colocadas no processo de produção e transmissão do
conhecimento por meio da hegemonia da perspectiva positivista.
Os Seminários de Temas Transversais foram institucionalizados seguindo
o disposto na Portaria no 26, de 19 de novembro de 2015, a qual regula as ações
de educação ambiental na FANESE.
Na FANESE, a avaliação é considerada como sendo uma etapa do
processo de ensino aprendizagem. Por meio das avaliações, objetiva-se aferir o
desenvolvimento do discente, considerando que as avaliações podem elucidar os
pontos fortes e as fragilidades no processo de formação do profissional.
Diz-se que a avaliação é concebida na IES como uma atividade que deve
ser vivenciada como um processo que tem fundamentos filosóficos, psicológicos e
pedagógicos, apoiados no dinamismo, continuidade, integração, progressividade,
38
abrangência, cooperação e versatilidade, procurando, sempre, desenvolver as
funções diagnósticas e de capacidade formativa.
Nesse ínterim, as avaliações devem ser fundamentadas em princípios que
superam o simples repasse de conhecimento ou mesmo as possibilidades de
respostas decoradas e acríticas.
Dito isto, destaca-se que em todos os cursos da FANESE, a avaliação é
considerada como sendo uma etapa do processo de ensino aprendizagem. Busca-
se aferir o desenvolvimento do discente, considerando que isso é uma forma de
fazer com que o aluno identifique as áreas que precisa desenvolver com mais
afinco.
Por conseguinte, as provas intentam favorecer no alunado a articulação de
ideias e a capacidade crítico-reflexiva, mantendo sempre uma ligação entre a teoria
e a prática. Nessa perspectiva, a avaliação alicerça sempre o seu alvo na formação
de um profissional eficiente, consciente e responsável, capaz de associar, sobrepor
e cruzar distintos conteúdos com a finalidade de escolher os melhores argumentos
técnicos para a solução de problemas existentes no contexto da realidade.
Dessa maneira, fica patente que o principal propósito da avaliação é
acompanhar a experiência do acadêmico, no processo de construção do
conhecimento com indicação contínua da efetividade do programa educacional. A
verificação da aprendizagem do acadêmico abrangerá, em cada disciplina, a
assimilação progressiva e cumulativa de conhecimentos, a capacidade de
aplicação dos mesmos em trabalhos individuais e o domínio do conteúdo. Enfim, a
avaliação é compreendida como um recurso de ensino entre outros recursos, pois
visa a repensar constantemente, junto com o acadêmico, a efetividade do
processo.
Então, pode-se afirmar que a avaliação também é uma maneira de
identificar se um curso atingiu ou não seus objetivos, considerando o perfil do
egresso – já que as avaliações dos alunos deverão basear-se nas competências,
habilidades e conteúdos curriculares desenvolvidos. Avalia-se, portanto, para se
constatar os conhecimentos dos acadêmicos, para sanar deficiências, corrigindo-
as, e não, simplesmente, registrar desempenho insatisfatório ao final do processo.
Avaliar está relacionado com a busca de uma aprendizagem significativa para
39
quem aprende e para atender as necessidades do contexto atual, no qual os
sujeitos se inserem.
Considerando isto, o Exame Nacional de Desempenho do Estudante
(ENADE), por ser avaliado pela IES como um tipo de avaliação que contempla
inúmeros aspectos relevantes para a nossa proposta educacional, é considerado
como modelo inspirador das avaliações elaboradas pelos docentes da IES. Além
disso, nos encontros pedagógicos institucionais, a temática da avaliação é
permanentemente discutida, para que sejam sempre consideradas novas
possibilidades de aferir o conhecimento adquirido pelos estudantes, bem como
possibilidades de avaliação que incitem o gosto pelo estudo e a busca por
produção de conhecimento.
Neste sentido, propõe-se desenvolver a avaliação numa perspectiva
processual e contínua, buscando a construção e reconstrução do conhecimento e o
desenvolvimento de hábitos e atitudes coerentes com a formação integral do
profissional-cidadão, através de um processo interativo, considerando o acadêmico
como ser criativo, autônomo e participativo.
Nessa perspectiva é importante destacar que as políticas de ensino,
extensão e fomento à pesquisa (iniciação científica), são pensadas, articuladas e
previstas no plano de ação da IES em consonância com este documento norteador,
com base nos objetivos e metas organizacionais, que viabilizam a transversalidade
a todos os cursos, bem como a comunidade externa através das ações de
responsabilidade social.
5.3. Políticas de Ensino
A FANESE busca alinhar o seu PDI com a política de ensino, considerando
os métodos e as técnicas didático-pedagógicas adotadas, bem como o uso de
metodologias que favoreçam o atendimento educacional especializado e as
atividades de avaliação práticas de ensino, tanto em se tratando de graduação
como de pós-graduação, com incorporação de avanços tecnológicos e com
metodologia que incentive a interdisciplinaridade, e a promoção de ações
inovadoras.
Na intenção de cumprir sua missão e funções institucionais, a FANESE
promove políticas educacionais considerando a formação de um egresso adequado
40
às necessidades do mercado e ciente do seu papel como cidadão. Nesse sentido,
as políticas de ensino consideram a busca de professores capacitados para o
exercício da docência, bem como currículos que considerem a flexibilidade, a
interdisciplinaridade e o contexto social no qual o aluno está inserido.
Evidentemente, a estrutura didática pensada para todas as práticas
institucionais da IES foi construída considerando-se a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação. Além disso, os cursos de graduação da FANESE são pautados nas
Diretrizes Curriculares Nacionais ou no que é definido pelo Catálogo Nacional de
Cursos. Assim, os cursos da IES são organizados de modo a viabilizar a aquisição
de competências cognitivas, habilidades e atitudes, assim como são arquitetados
com o fim de promover o desenvolvimento do aluno como pessoa, o exercício da
cidadania e a qualificação para o trabalho.
Vale destacar que os cursos da FANESE são construídos seguindo as
determinações expressas nos pareceres e resoluções do Conselho Nacional de
Educação (sempre que estas se voltam, direta ou indiretamente às graduações
oferecidas pela IES). Além disso, para que os cursos sejam sempre atualizados
(considerando o que é institucionalizado pelos órgãos reguladores da Educação no
Brasil), sempre que são publicadas as diretrizes norteadoras para as provas do
ENADE, os Projetos Pedagógicos dos cursos são avaliados para que sejam feitas
as modificações (se assim necessário for), visto que a intenção da IES é que os
cursos sejam adequados ao que os especialistas configuram como sendo de
fundamental importância no processo de formação do aluno. Tal prática, que há
pouco passou a ser adotada pela IES, o que tem resultado em bons escores nas
provas do ENADE.
É importante ressaltar que, mesmo entendendo os rigores estabelecidos
pela regulação da educação superior, a FANESE compreende que para uma
educação de qualidade é necessário algo além do cumprimento das formalidades e
de um currículo bem estabelecido. Nesse sentido, salienta-se que a política de
ensino da FANESE não se resume às estratégias de repasse de conteúdo que
existem nas aulas expositivas, na oportunidade de atividades extras ou no
cumprimento rigoroso do que dita o currículo pleno de cada curso. Busca-se na IES
uma política de ensino na qual, por todo o percurso da sua vida acadêmica, o aluno
tem a oportunidade de construir-se sujeito cônscio de seu papel social e político.
41
Para tanto, a instituição investe no bom relacionamento com os alunos, entendendo
que a aprendizagem é, também, um processo afetivo.
Nesse contexto, os professores são acessíveis aos alunos, assim como as
coordenações de curso e a coordenação acadêmica também o são. Desta maneira,
os alunos têm espaço na IES para tirar suas dúvidas (tanto sobre os conteúdos
curriculares, quanto sobre o próprio mercado de trabalho, ou ainda sobre os
possíveis direcionamentos da sua vida acadêmica). Posto isso, diz-se que faz parte
da política de ensino da FANESE acolher o aluno para que o mesmo se sinta à
vontade para questionar a maneira como evolui no seu processo de aquisição de
conhecimento, sendo construtor do seu caminho, mas sempre com o apoio
necessário para uma reflexão compartilhada. Enfim, o exercício da cidadania é
parte da política de ensino da IES, que não se resume ao aprendizado da sala de
aula, mas germina nos corredores da instituição, fazendo brotar no alunado
competências essenciais à vida em sociedade, as quais não poderiam ser
tecnicamente ensinadas, mas podem ser transmitidas por meio de vivências
enriquecedoras.
Construídos de forma coerente com o viés epistemológico adotado pela
IES – que assume que o Homem é produto e produtor de cultura e que a educação
é um processo contínuo, paulatino e infindável – os percursos curriculares são
arquitetados considerando o dinamismo da realidade, a necessidade de educação
continuada, a integração entre a teoria e a prática e o diálogo entre os diferentes
conhecimentos. Assim, os currículos são pensados considerando: flexibilidade
curricular, interdisciplinaridade, conexão com a realidade e uma busca gradativa
pela ruptura com práticas pedagógicas repetitivas e acríticas, enfatizando as
metodologias ativas de aprendizagem.
A busca por novas metodologias de ensino tem sido intensificada com
vistas a ampliar a motivação dos alunos em relação às aulas. A falta de criatividade
e encorajamento dos discentes diante do sistema “bancário” tradicional de ensino
constitui um dos grandes problemas enfrentados e até mesmo um desafio no
ensino de modo geral e mais especificamente no superior, e tem suscitado uma
preocupação constante em relação às diretrizes escolhidas pela IES em relação a
seu projeto pedagógico.
42
É que as complexas transformações socioeconômicas, tecnológicas e
políticas, além da vivência pessoal e, em alguns casos, profissional, são
características inerentes ao mundo real dos alunos, os quais comparecem cada
vez mais cheios de expectativas na faculdade. Nesse cenário, a FANESE, ciente
da relevância das inovações pedagógicas no contexto educacional, vem
desenvolvendo gradativamente o uso de metodologias ativas no processo de
ensino-aprendizagem, buscando favorecer a motivação autônoma e despertar a
criatividade e a curiosidade do discente, além de estimular o pensamento crítico e
reflexivo sobre os problemas e desafios de nossa realidade.
Portanto, a IES tem despertado para a necessidade de adoção e
incremento do uso integrado dessas formas de metodologia de ensino para um
aprendizado eficiente, optando, neste momento, por manter o modelo curricular
predominantemente disciplinar, porém priorizando o envolvimento maior do aluno,
com uso de algumas metodologias ativas e abordagem de forma mais
interdisciplinar, como forma de ensino híbrido, a exemplo da sala de aula invertida
já adotada em disciplinas presenciais.
Para atingir tal intento, vem inserindo diversas práticas ativas na
aprendizagem, permitindo a interação com o assunto de diversas formas, seja
questionando, discutindo, propondo, fazendo ou mesmo ensinando, sendo
estimulado a construir o conhecimento como sujeito partícipe, ao invés de recebê-
lo de forma passiva do professor.
O método ativo tem em vista é inverter um pouco os papéis, recomendando
que o docente gaste mais tempo com a elaboração de atividades e exercícios de
qualidade e, na aula, coloque o aluno para trabalhar, enquanto ele próprio usa o
tempo para tirar dúvidas, conhecer melhor o aluno, elencar as principais
dificuldades enfrentadas pelos alunos e corrigir eventuais falhas na maneira de
conduzir as atividades em sala de aula. Nesses momentos o professor atua como
orientador, mediador do processo de aprendizagem, e não apenas como fonte
única de repasse do saber.
Cabe, aqui, citar algumas práticas utilizadas na IES:
O Papercraft, utilizada para construir modelos em três dimensões a partir
de papel, posteriormente cortados, dobrados, colados, pintados. Referida técnica
43
promove ao estudante o estímulo à inteligência espacial, vez que possibilita a
construção de protótipos em 3D.
Gameficacão (Gamefication), técnica que relaciona as disciplinas
tradicionais a princípios do design de jogos.
Utiliza-se também o Estudo de Caso. Trata-se de método que promove a
aprendizagem em um contexto real, amplo e complexo. O caso apresentado tem
como objetivo facilitar a aprendizagem de tópicos específicos ou conjunto de ideias
consistentemente relacionadas entre si. Nele, o estudante analisa e aplica
conhecimentos.
Há ainda a Ludificação, aprendizado baseado em jogos lúdicos, onde o
aluno desenvolve e aplica os conhecimentos necessários para a disciplina.
O Júri Simulado é o desenvolvimento de apresentações baseadas em
defesas de diferentes pontos de vistas para problemas complexos.
O Just in Time Teaching utiliza metodologias online para planejamento de
aula, onde o professor, antes da aula, pode ter informações necessárias para focar
a aula nas deficiências dos alunos.
E assim, o docente é estimulado a utilizar em suas disciplinas uma ou
várias das metodologias ativas citadas, a depender do perfil do curso e da
disciplina.
Para além do PPI, do PDI, dos PPCs, e da própria matriz curricular, o corpo
docente tem sido orientado a entender que só a exposição, a cobrança e a
recompensa são processos ultrapassados e desassociados da realidade. Logo, a
sala de aula deve tornar-se laboratório de ideias, espaço democrático onde o
debate e a negociação devem ser uma constante representação da vida além dos
muros da FANESE.
Os momentos em sala, presenciais ou virtuais, devem ser entendidos como
um ambiente de conhecimento compartilhado, na qual os professores, tutores e os
alunos sejam vistos como indivíduos capazes de construir, modificar e agregar
ideias, permitindo a interação, o pensar e a reflexão a respeito de objetivos a serem
alcançados, habilidades, procedimentos, instrumentos de aprendizagem e
avaliação dos casos ou situações-problema a serem solucionados.
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É incontestável a importância da intervenção e mediação do professor no
conjunto dos papéis relativos ao ensino-aprendizagem, agregando um processo de
avaliação que possibilite os alunos realizar e resolver problemas, criando condições
para desenvolverem competências e conhecimentos.
Diante do exporto, observa-se que as metodologias ativas são meios para
evoluirmos para um currículo mais flexível, com foco no aluno, que priorize suas
necessidades pedagógicas e expectativas. Por essa razão, cada vez mais se torna
patente a importância da flexibilidade curricular, ao passo que o mercado tem
exigido profissionais com a capacidade crítica, espírito empreendedor e capacidade
de inovação – competências que só podem ser desenvolvidas em por meio de
grades curriculares flexíveis. As Diretrizes Curriculares Nacionais já sinalizam a
importância desta flexibilização e nesse sentido a FANESE tem buscado descobrir
formas para garantir uma flexibilização que proporcione uma formação ampla e
variada.
Vale lembrar que a flexibilidade curricular possibilita a aquisição de
conhecimento por meio de distintos formatos, auxiliando na acomodação de
conteúdos e na capacidade de ver o conhecimento de forma crítica e articulada. Ao
visar à flexibilidade curricular, almeja-se superar os rígidos currículos, auxiliando o
aluno a ter um percurso acadêmico que permite a inovação e a construção
cotidiana da sua identidade profissional.
Diante disto, considerando a flexibilidade curricular como algo de suma
importância, a política de ensino da FANESE propõe a existência de Atividades
Complementares Extraclasse em todos as grades de seus cursos. Ou seja, os
percursos curriculares propostos admitem que parte da carga horária a ser
cumprida pelo aluno possa ser adquirida por meio de diferentes atividades. As
Atividades Complementares serão obrigatórias e o aluno deverá apresentá-las e
comprová-las para que se dê a integralização do curso. Elas objetivam oportunizar
a participação em atividades de formação geral e ou relacionadas à área de
conhecimento do curso, favorecendo um modo flexível de aquisição de
conhecimento.
As Atividades Complementares já citadas, também existem para valorizar
atividades teórico-práticas como: Estágios extracurriculares; monitorias; trabalhos
científicos; atividades de extensão; cursos presenciais ou on-line; participação em
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eventos científicos; experiência profissional etc. Elas concedem flexibilidade
curricular aos cursos na medida em que se constituem como componente curricular
e proporcionam a aquisição de conteúdos variáveis, contemporâneos aos avanços
e às mudanças da sociedade, da ciência, da tecnologia e do mundo do trabalho.
As horas de atividades a serem transformadas em créditos serão
contabilizadas após apresentado documento comprobatório, avaliação da
pertinência e contagem de horas, segundo o estabelecido em documento da IES
(Resolução Nº 01/CEPE de 21/05/15).
Outra estratégia que também garante a flexibilidade curricular refere-se ao
Aproveitamento do Conhecimento.
Conforme consta nas Diretrizes Curriculares, será possível o
“Aproveitamento do Conhecimento" quando obedecidos critérios relevantes. Assim
podem ser adquiridos créditos para integralização do curso através dos seguintes
meios:
a) Requerimento de equivalência de disciplina, sendo que o aluno:
− Tenha cursado em outra instituição de ensino, legalmente
reconhecida e licenciada para atuar no ensino de nível superior, disciplina de igual
conteúdo programático daquela que requer aproveitamento;
− Tenha sido aprovado com menção igual ou superior a menção mínima
exigida para aprovação para este curso. Tenha frequentado, no mínimo, 75%
(setenta e cinco por cento) das aulas da disciplina;
− Comprove mediante apresentação de Histórico Escolar original
emitido pela instituição de ensino de origem, as exigências apontadas acima;
− A critério da Comissão de Avaliação, seja submetido à entrevista
técnica, na qual será arguido sobre suas ementas dentro dos assuntos relativos à
unidade curricular a que se refere seu pleito;
b) Requerimento de Avaliação de Proficiência Acadêmica, sendo que o
aluno:
− Comprove competência técnica e científica dentro da área do
conhecimento da unidade curricular a que requer aproveitamento. Neste caso, a
Comissão adotará critérios de avaliação, podendo utilizar-se de: entrevista técnica,
46
prova prática e teórica de conhecimentos, análise curricular e demais mecanismos
que lhe convir.
Vale lembrar que para que seja aceito o processo de aproveitamento, o
aluno deverá atender aos requisitos da portaria FANESE Nº 35 de 06 de outubro
de 2010.
A Interdisciplinaridade tem sido cada vez mais exigida entre os
profissionais qualificados. Em verdade, num mundo cada vez mais cheio de
especialistas, a interdisciplinaridade é inexoravelmente necessária para garantir
que os fenômenos da vida não sejam dicotomizados e departamentalizados,
suprimindo a complexidade que é inerente a existência humana. Ela se refere a
práticas intercambiáveis nas quais diferentes saberes se articulam. É por meio da
interdisciplinaridade que as práticas profissionais se complementam e pode-se ter
uma atuação holística, voltada para a necessidade de cada fenômeno.
Ao incentivar a interdisciplinaridade a FANESE almeja superar uma
organização curricular tradicional. Dessa maneira, a política de ensino da IES não
toma seus conteúdos curriculares como realidades estanques, fragmentadas,
isoladas, imóveis e desarticuladas de outros saberes. Ao contrário disso, admite-se
que os saberes se sobrepõem e se articulam, mesmo quando estão em áreas
diferentes, ou mesmo quando seguem distintas vertentes teóricas. Compreende-se
que a visão interdisciplinar é uma difícil construção, mas ela se torna fundamental
para transpor os limites que foram impostos à produção e repasse do
conhecimento por meio da hegemonia da perspectiva positivista. Assim, as práticas
pedagógicas incentivadas na IES objetivam favorecer uma visão contextualizada e
uma percepção sistêmica da realidade, permitindo uma compreensão mais
abrangente do saber, visto que propendem o exercício contínuo da
interdisciplinaridade.
A política de ensino da FANESE considera, ainda, a necessidade de
contextualização e, portanto, busca-se adequar as atividades pedagógicas ao
alunado, ao contexto regional e às necessidades do mercado.
Assim sendo, a IES fomenta uma política de ensino que respeita os
conhecimentos prévios dos alunos (advindos de suas experiências de vida, bem
como as experiências profissionais que os estudantes já têm), articulando-os aos
novos conhecimentos construídos no processo de formação.
47
Vale destacar que grande parte dos alunos da FANESE (como costuma
acontecer em inúmeras outras instituições de ensino superior particular) refere-se a
profissionais/trabalhadores que buscam a faculdade como forma de se preparar
melhor para a atuação em uma função que já desempenha, ou mesmo para galgar
novos rumos em um contexto laboral no qual já está inserido.
Nessa conjuntura educacional, a contextualização torna-se imprescindível.
Pois, no processo de construção do conhecimento científico, a contextualização e a
articulação da teoria com o universo prático vivido pelo sujeito, facilitam a
acomodação dos conteúdos. Assim, o aprendizado pode ocorrer com maior
facilidade quando existe a tentativa de associar os conteúdos vistos nos livros com
a realidade de trabalho, já conhecida por muitos alunos. Enfim, adota-se uma
política de ensino coerente e pertinente com o público interno da IES, no intento de
oferecer um bom ensino sem ignorar as expectativas e peculiaridades do alunado.
Essa política de ensino, que considera o contexto no qual o aluno se insere
é levada às últimas consequências pela instituição que aceita certo tempo de
prática profissional como Atividade Complementar (desde que obedecidos todos os
requisitos previstos na legislação específica da IES) e, ainda, possibilita que o
aluno, caso queira, faça o estágio curricular (quando for o caso) na instituição na
qual trabalha, o que favorece um novo olhar ao “velho” ambiente, incitando a
criação de uma identidade profissional prenhe das teorias plantadas ao longo da
formação, favorecendo a quebra de formas atuação já cristalizadas, dando
passagem a novas maneiras de lidar com as problemáticas advindas do cotidiano
do trabalho.
Em virtude disto, a contextualização – conexão entre o que é ensinado e o
contexto vivenciado no mercado de trabalho – que aqui se estabelece como política
de ensino, somente reforça o necessário estreitamento entre a teoria e a prática e
coroa os outros aspectos acima citados como a interdisciplinaridade, a flexibilidade
curricular e a superação de um conservadorismo pedagógico que não estimula o
aluno a aprender a aprender. Nesse sentido, as políticas de ensino adotadas pela
IES não somente realçam a vocação social da FANESE com o desenvolvimento do
Estado (por meio do aperfeiçoamento da força laboral que impulsiona o
crescimento de Sergipe), como também enfatizam o princípio por ela adotado de
que o Homem está sempre em construção e, como produto e produtor de cultura,
tem condição de se modificar e modificar o status quo.
48
É nesse sentido que, ao mapear os Projetos Pedagógicos dos Cursos,
busca-se tanto obedecer às diretrizes apontadas pelos órgãos legisladores, como
atender às necessidades do contexto sergipano.
Enfim, a contextualização da realidade vivida pelos alunos, possibilita a
construção de currículos que nunca estão de todo acabados. Sendo que os
percursos curriculares estão sempre tecendo rede de significações, ao passo que
articulam conhecimentos e não se resumem a estratégias de
transmissão/importação de conteúdo, mas oportunidades de construção e ou
reconstrução de realidades sociais.
A contextualização envolve o estabelecimento de uma relação de
reciprocidade entre o aluno e o objeto de conhecimento, por conseguinte
proporciona uma aprendizagem significativa, perpassada pela dimensão afetiva
que, conforme dito outrora, trata-se de uma dimensão considerada pela IES, uma
vez que esta pretende ver o sujeito em toda a sua complexidade e tomar a
educação de forma ampla e com visão holística. Dessa maneira, as ações
educacionais da FANESE buscam entender que o processo de ensino e
aprendizagem está atrelado aos aspectos cognitivos dos alunos, mas também se
articula às dimensões da vida pessoal (psicológica, emocional e afetiva), social e
cultural dos sujeitos que ali estudam.
Pensando tanto nas necessidades dos alunos (que frequentemente
almejam títulos que os impulsionem a novas oportunidades no mercado), quanto
nos dados dispostos nas legislações concernentes ao Ensino Superior, os Cursos
Superiores de Tecnologia oferecem certificação intermediária a cada semestre,
além da diplomação em tecnologia. Assim sendo, a FANESE funciona com vistas a
atender o Parecer CNE/CP nº. 29/2002, o qual preconiza “... uma educação
profissional integrada às deferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à
tecnologia (art. 39 da LDB) objetivando o permanente desenvolvimento de aptidões
para a vida produtiva e a capacidade de adaptar-se, com flexibilidade, ativamente,
as novas condições de ocupação e aperfeiçoamentos posteriores” (art. 35 da LDB).
Dessa forma, a cada semestre, o aluno da graduação tecnológica pode
adquirir um novo título, que lhe confere maior grau de qualificação. Com tal título o
aluno poderá buscar, no seu trabalho, possibilidades de reconhecimento e
49
crescimento profissionais e pessoais. Tal política de ensino considera as demandas
do mundo do trabalho e reforça o aluno a desenvolver-se cada vez mais.
Para pôr em prática sua política educacional a FANESE conta com o
fundamental apoio dos coordenadores, dos docentes e do auxílio do seu corpo
técnico-administrativo, de maneira que todos os agentes organizacionais estão
diretos ou indiretamente envolvidos na política acima expressa.
Todavia, mesmo que a IES admita que o professor não é o único ícone da
sua política de ensino, não pode negar que o mesmo se faz protagonista em muitos
espaços e dimensões organizacionais dada a especificidade de uma instituição de
educação. Assim sendo, é mister sinalizar que a busca de professores e tutores
com a qualificação adequada e o perfil condizente com as metas organizacionais é
parte fundamental da política de ensino da FANESE.
Vale destacar, por fim, que, em termos de políticas de ensino, na IES nada
é colocado como uma verdade inquestionável e imutável ou absoluta, sendo
sempre observadas as oportunidades de crescimento e mudança, de modo que
serão sempre feitas alterações necessárias, quando houver alguma sinalização
expressa pelos alunos, pelos docentes ou coordenadores, pelo corpo técnico-
administrativo e ou pelos órgãos reguladores da educação no Brasil.
5.3.1. Políticas de ensino e ações acadêmico-administrativas para os cursos de graduação na modalidade EAD
Na Política Institucional para EAD a gestão executiva para a sua
implementação ocorre no âmbito das respectivas Coordenações de Cursos EAD,
na Coordenação Geral do NEAD e Coordenação Acadêmica. Há previsão de
outros membros responsáveis pela execução das ações acadêmico-administrativas
com vistas a viabilizar as políticas de ensino. Nesse sentido, o Regimento geral da
IES prevê toda a estrutura organizacional responsável pelo gerenciamento do
NEAD, bem como as atribuições/competências de cada um dos membros.
O Núcleo de Educação a Distância (NEAD) é uma unidade de ensino,
vinculada diretamente à Coordenação Acadêmica, sendo competente para
implementar políticas e diretrizes de ensino, extensão e ações de fomento à
iniciação científica no âmbito da FANESE, obedecendo as diretrizes estabelecidas
pela Direção Geral.
50
O PPI, alinhado ao PDI, são os documentos definidores e articuladores do
eixo conceitual e metodológico que atribui identidade às atividades de ensino, de
iniciação científica e de extensão para todos os cursos da FANESE.
Os Projetos Pedagógicos de Curso EAD – PPCs – interpretam os eixos
norteadores, adequando-se ao cumprimento das DCNs, Catálogo de Curso, da
LDB, diretrizes do ENADE e demais orientações específicas para cada área de
ensino, voltadas às ações estabelecidas na política institucional de ensino.
A política de ensino está pautada na busca por excelência e constante
melhoria dos processos de ensino-aprendizagem, que vão além do ambiente virtual
de aprendizagem (AVA), servindo de base e estímulo à curiosidade científica,
cultural, além das inovações tecnológicas, com vistas a uma ação transformadora
da realidade, através de práticas exitosas.
Além dos pilares que envolvem todos os cursos da FANESE são parte da
política do ensino na modalidade a distância pretendido pela IES:
1. Promover o desenvolvimento da cultura de Educação a Distância na
IES;
2. Articular as diferentes dimensões de ensino para a promoção de
cursos a distância;
3. Fomentar o desenvolvimento de propostas inovadoras e sustentáveis
para a EaD;
4. Implementar e acompanhar práticas avaliativas integradas ao
processo de avaliação institucional de modo a assegurar a qualidade da EaD
FANESE;
5. Fomentar a formação pedagógica e tecnológica para qualificar o
processo de ensino e de aprendizagem;
6. Promover o uso e o desenvolvimento de tecnologias avançadas para
o processo de ensino-aprendizagem.
No que tange à atualização curricular sistemática, é imperioso destacar que
a matriz curricular dos cursos EAD/FANESE foi concebida e será periodicamente
analisada com vistas a manter-se atualizada levando-se em consideração quatro
elementos essenciais, a saber: o contexto/ambiente a ser trabalhado, o conteúdo
51
programático de cada disciplina, as tendências do mercado de trabalho, o
local/forma onde será desenvolvida a sua prática formativa e a transversalidade.
Neste sentido, busca-se a contínua atualização, visando a acompanhar a
evolução da sociedade, as transformações do mundo, da ciência e da tecnologia,
as inovações, além de considerar o contexto político-econômico e social, vez que,
tais elementos implicam direta e indiretamente no perfil profissional do egresso e
sua inserção no mercado do trabalho, objetivando desenvolver suas habilidades
técnicas e profissionais, bem como identidade na área onde pretende atuar.
E assim, a atualização curricular pode ser proposta por diferentes atores da
comunidade acadêmica. Ocorre basicamente através da interação entre o
coordenador de curso, o NDE e seu Colegiado. Neste processo de atualização,
serão utilizados os relatórios da CPA, da ouvidoria, conselhos dos alunos, como
também os questionamentos dos fóruns e as diversas interações entre tutores,
alunos e coordenadores de curso.
A partir da experiência nas disciplinas on-line, a oferta de componentes
curriculares na modalidade EAD será aprimorada pelos docentes e
operacionalizado em parceria com a TECNED / WEB AULA e a PEARSON.
Na IES, já existem Cursos de Nivelamento, os quais tem por objetivo
facilitar o entendimento desses alunos, já que os mesmos trazem várias
dificuldades do ensino médio. São ofertados o nivelamento voltado para a
Produção e Interpretação de Texto, Matemática Básica e ainda o de Pré-Cálculo.
Para a modalidade EAD serão também ofertados nivelamentos no AVA de
forma transversal para todos os cursos, conforme as necessidades detectadas e
especificidades inerentes.
Está prevista a criação de programas de mobilidade acadêmicas com
instituições a partir de 2020, a exemplo do PMAFAN (Programas de Mobilidade
Acadêmica da FANESE), que será viabilizado através de convênios, que
possibilitem aos alunos devolver atividades acadêmicas em outras IES.
Por fim, cabe destacar que estão sendo testadas em algumas disciplinas
on-line, a ferramenta denominada tutor virtual, a qual é operacionalizada através de
inteligência artificial, que em tempo real, responde os questionamentos dos alunos,
com base no material disponibilizado pelos tutores, principalmente os conteúdos da
52
apostila da disciplina. Trata-se de ação inovadora que integra as políticas de
ensino, e que se destaca como mobilizadora no processo de ensino aprendizagem,
uma vez que estimula a integração, acessibilidade tecnológica e comunicacional.
5.4. Políticas de Pesquisa
De acordo com o a normatização federal as instituições de educação
superior, conforme sua organização e respectivas prerrogativas acadêmicas, são
credenciadas como: universidades, centros universitários ou faculdades.
Segundo o Ministério da Educação, as universidades se caracterizam pela
indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão. São instituições
pluridisciplinares de formação dos quadros profissionais de nível superior, de
pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano. Os centros
universitários, por sua vez, referem-se a instituições de ensino superior
pluricurriculares, abrangendo uma ou mais áreas do conhecimento, que se
caracterizam pela excelência do ensino oferecido, comprovada pela qualificação do
seu corpo docente e pelas condições de trabalho acadêmico oferecidas à
comunidade escolar.
Por meio do Parecer CES/CNE nº 1.366/2001, infere-se que as faculdades
são instituições basicamente orientadas para o ensino e para a formação de
profissionais a serem inseridos no mercado de trabalho, o que sugere que a
obrigatoriedade da pesquisa não tem, nas faculdades, o mesmo peso que ocupa
nas universidades e nos centros universitários.
Na FANESE não há previsão sistemática de alinhamento entre o PDI e
política de pesquisa ou iniciação científica, de inovação tecnológica e de
desenvolvimento artístico e cultural, que possibilite práticas acadêmicas voltadas à
produção e à interpretação do conhecimento.
Por se tratar de uma faculdade, não há obrigatoriedade de política
estabelecida voltada a pesquisa e/ou iniciação científica; por outro lado, a FANESE
entende que o incentivo à práticas investigativas, seja nos cursos na modalidade
presenciais ou na modalidade EAD, podem promover grandes resultados entre os
estudantes com aguçada curiosidade científica, assim tem buscado meios de como
favorecer, entre os professores, o estímulo à atualização constante e a permanente
busca por produção de conhecimento.
53
Por tais razões, a IES fomenta, de forma eventual, algumas ações relativas
as práticas investigativas e iniciação científica, pois entende tais aspectos como
recursos importantes e complementares no processo de formação do egresso e no
percurso de aperfeiçoamento do corpo docente.
Não obstante a isso, é preciso considerar que as instituições de ensino
superior são lugares onde o conhecimento não é somente transmitido, mas
também criado. Por isso, na vigência deste PDI a FANESE pretende fomentar a
curiosidade científica entre os membros da comunidade acadêmica.
Sabe-se que o incentivo à iniciação científica pode promover grande
resultado entre os estudantes mais promissores e com aguçada curiosidade, assim
como pode favorecer, entre os professores, o estímulo à atualização constante e a
permanente busca por produção de conhecimento. Por tais motivos, a IES fomenta
a prática investigativa/iniciação científica como recurso considerável no processo
de formação do egresso e no percurso de aperfeiçoamento do corpo docente.
Em verdade, é preciso dizer que há uma particularidade na FANESE,
percebida tanto pelo o corpo docente quanto pelo corpo técnico-administrativo: o
alunado da IES é, em sua maioria, formado por alunos/trabalhadores. Ou seja,
grande parte dos alunos da IES são pessoas inseridas no mercado de trabalho que
buscam aperfeiçoamento para transpor sua condição econômica e alcançar novos
horizontes, ou, de forma semelhante, os alunos referem-se a pessoas que por
questões pessoais e circunstâncias das suas vidas, necessitam, urgentemente, se
inserir no mercado.
Tal conjuntura não é exclusiva da FANESE, como se sabe, essa
circunstância é muito comum em inúmeras faculdades, marcando grande parte da
Educação Superior no nosso país o que, inclusive, influenciou na demarcação das
diferenças entre as instituições de Ensino Superior (universidade, centro
universitário e faculdade), institucionalizadas por meio dos documentos oficiais
oriundos do MEC.
Fato é que dada às características do alunado da FANESE, por anos foi
dificultada a construção, institucionalização e operacionalização de uma política de
pesquisa mais contundente na IES.
Todavia, a inserção do curso de Direito deu à IES uma conformidade
diferenciada, dada a existência de um novo alunado com características mais
54
afeitas ao perfil de estudante com tempo e disponibilidade para participar de
projetos de investigação científica.
Tal conjuntura fomentou a criação do NUPEF – Núcleo de Pesquisa e
Extensão. O NUPEF foi criado através de documento da IES (Portaria nº 24, de 5
de agosto de 2010), tendo como finalidade promover o fomento às práticas
investigativas, além de ter como objetivos específicos: despertar nos estudantes e
professores da FANESE o interesse pela pesquisa científica e fomentar a produção
acadêmica de professores e alunos.
Dadas às circunstâncias anteriormente anunciadas, o NUPEF atuou,
inicialmente, no fomento de tais práticas com temáticas ligadas ao Direito e aos
fenômenos jurídicos, em suas mais diversas manifestações. Para consolidar a as
primeiras pesquisas atreladas à iniciação científica, o Curso de Direito optou pelas
seguintes áreas de concentração: Direito, Democracia e Multiculturalismo; e como
linhas de pesquisa a IES teve “Constitucionalismo Contemporâneo”; “Ética, Novos
Direitos e Diálogo Intercultural”; “Direito Empresarial e Globalização” e
“Responsabilidade Civil Constitucional”.
A operacionalização das práticas investigativas ainda que de forma
eventual ocorre por meio de editais que firmaram a criação do programa de
iniciação científica da FANESE, consolidando uma política antes inédita na IES.
A existência do NUPEF proporcionou algumas mudanças na FANESE, de
modo que surgiram projetos de iniciação científica pertencentes a outros cursos.
Na atualidade, embora o curso de Direito tenha mais estudantes que se adequam
(por questões econômicas e culturais) ao perfil do aluno pesquisador, professores e
alunos de outros cursos da IES já estão inseridos no programa de iniciação
científica.
A realidade acima expressa auxiliou a FANESE a projetar novos
horizontes. Assim, pode-se dizer que a busca por novos cursos de graduação em
áreas específicas como a Engenharia, por exemplo, visa, entre outras razões,
trazer à IES um corpo de aluno e professores que, uma vez culturalmente mais
associados à construção de conhecimento, possam fomentar o número
pesquisadores na IES e, mais uma vez, servir de estímulo às práticas
investigativas, fortalecendo ainda mais o incentivo à produção de novos saberes.
São atividades básicas do NUPEF:
55
• A orientação para os alunos e professores que desejam iniciar
atividades de pesquisa;
• O cadastramento dos projetos de pesquisa/iniciação científica dos
professores;
• O encaminhamento dos pedidos de bolsa de iniciação científica;
• O fomento ao desenvolvimento de pesquisa;
• A assessoria para os professores que desejam publicar seus artigos
ou relatórios de pesquisa em periódicos acadêmicos;
• A orientação para professores.
A política e prática de estímulo às atividades de pesquisa e de iniciação
científica consistem:
• No desenvolvimento da prática científica por parte do corpo docente e
discente da Faculdade de Negócios de Sergipe – FANESE;
• No desenvolvimento científico e tecnológico das práticas de ensino;
• No auxílio da promoção de atividades de Iniciação Científica;
• Na concessão de auxílios aos projetos de pesquisa;
• No programa de qualificação permanente dos docentes, para a
produção científica;
• Na divulgação dos resultados das atividades de pesquisa realizadas
pela Faculdade;
• Na captação de recursos junto a agências financiadoras que
viabilizem as atividades de pesquisa;
• Na interação com o setor produtivo;
• Na realização de seminários, congressos e simpósios científicos,
tecnológicos e institucionais.
Assim, a iniciação científica da FANESE envolve ainda a promoção de
atividades de investigação em todos nos cursos de bacharelado por meio dos
trabalhos obrigatórios oriundos dos estágios supervisionados. Nestes trabalhos
56
obrigatórios, os alunos são preparados para conhecer a fundo um tema da sua
área de conhecimento e, a partir daí, refletir sobre a realidade.
Merecem destaque os processos de investigação científica já consolidados
nos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Engenharia da Produção. Nos
trabalhos de estágio supervisionado e ou trabalho de conclusão de curso dessas
graduações, dá-se uma discussão da realidade a partir do referencial teórico
científico adotado, fazendo com que o aluno, antes de completar a sua graduação,
exercite a investigação científica e faça, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre a
maneira pela qual o as práticas profissionais se estabelecem. Concomitante a isso,
os professores orientadores passam a conhecer mais a fundo algumas
organizações do nosso Estado, podendo produzir conhecimento sobre tal contexto.
Esse conhecimento fica registrado na IES por meio dos trabalhos produzidos, os
quais são guardados na IES e servem de referência para outras produções
acadêmicas.
A IES, como forma fomento às práticas investigativas, incentiva que a
produção dos seus alunos seja publicada na revista da FANESE. A existência da
revista da FANESE tem por finalidade primeira absorver e divulgar as pesquisas,
produções acadêmicas e demais trabalhos afins dos professores e alunos da
referida instituição.
O NUPEF se articula a todas as coordenações com a finalidade de, na
medida do possível, facilitar, incentivar e orientar as pesquisas desenvolvidas em
cada curso, independentemente dos editais de iniciação científica.
Percebe-se que as práticas de iniciação científica existentes na FANESE –
idealizadas por uma política de fomento à pesquisa ainda é incipiente no que tange
às práticas investigativas e à construção de grupos de pesquisa (imensamente
distante da realidade vista em universidades, por exemplo) – são apropriadas para,
no longo prazo, gerar valores capazes de promover uma cultura acadêmica do
aprendizado e da produção. A qual, por sua vez, haverá de combinar os
ensinamentos adquiridos em sala de aula, com a perspectiva de exercício e
aplicação desses saberes, em prol da construção e reconstrução do conhecimento
e das ações de reflexão sobre o uso prático do mesmo.
57
5.4.1. Políticas institucionais e ações de estímulo e difusão para a produção acadêmica docente
A FANESE tem empreendido ações de estímulo às produções acadêmicas
e sua difusão, previstas no PDI e Regimento Geral, e colocadas a disposição da
comunidade acadêmica, a exemplo da REVISTA ELETRÔNICA DA FANESE -
ISSN 2317-3769 e da REVISTA DO CURSO DE DIREITO – ISSN 2236-3173.
Estes instrumentos de formato eletrônico visam contribuir para a formação e
divulgação científica dos acadêmicos dos Cursos de Bacharelado e Tecnológicos
da FANESE e de outras instituições de ensino superior, como também favorecem a
integração com os novos cursos pleiteados na modalidade de EAD.
Com periodicidade anual, as revistas eletrônicas da FANESE abrem
espaço para todo tipo de produção acadêmica docente, envolvendo as múltiplas
áreas do conhecimento e de pesquisas interdisciplinares, com vistas a atender a
crescente preocupação da IES em fomentar ações de investigação científica e o
debate acadêmico.
Estes espaços disponibilizam a publicação de práticas científicas de alunos
e professores por intermédio de resumos, resumos expandidos, artigos resultantes
de Trabalhos de Conclusão de Cursos e de monografias de Pós-Graduação,
viabilizando publicações científicas, didático-pedagógicas, tecnológicas, artísticas e
culturais, a exemplo do salão de iniciação científica.
Para os novos cursos na modalidade EAD estarão sendo incrementadas
atividades de incentivo à produção artística e cultural, de forma integrada às
atividades acadêmicas dos diversos cursos, além de estender a aplicação da
portaria que prevê estímulo a produção acadêmica e concede subsídios/incentivos
aos alunos e professores que tenham trabalhos submetidos e aprovados em
eventos científicos, conforme cronograma e disponibilidade financeira da IES.
Por fim, cabe destacar ainda incentivos aos professores e alunos mediante
a disponibilização de espaços para a realização de atividades culturais, a exemplo
de eventos como saraus, varais fotográficos e concursos de produção literária e
artística. E assim, temos que as ações previstas de estímulo e difusão para a
produção acadêmica viabilizam publicações científicas, didático-pedagógicas,
tecnológicas, artísticas e culturais, incentivam a participação dos docentes em
eventos e preveem a organização e publicação de revista acadêmico-científica.
58
5.4.2. Políticas institucionais e ações de estímulo à produção discente e à participação em eventos
A FANESE tem incentivado periodicamente a realização de eventos
internos e externos, a exemplo de congressos, seminários, palestras, debates,
simpósios, visitas técnicas e viagens de estudo. Já faz parte do planejamento
acadêmico da IES, eventos nos cursos presenciais, a exemplo da Semana de
Responsabilidade Social, Semana do Meio Ambiente, Semana do
Empreendedorismo, Dia do Administrador, Dia do Contabilista/Contador, Encontro
de Engenharia, Juris Simulados, dentre outros eventos. Merece destaque ainda o
estímulo a eventos que abrangem o público externo, como a Caminhada RH, o
Congresso de Direito, Projetos de Capacitação e o Imposto de Renda Solidário.
É importante destacar que a IES já estimula a participação do seu corpo
discente em eventos de cunho cientifico, divulgando em meios de comunicação
(AVA, site, controle acadêmico, redes sociais, panfletos físicos distribuídos, bem
como nos murais da IES) toda a programação que atende aos critérios de
qualidade e com respaldo acadêmico e, nesse contexto, intenciona-se para os
alunos do ensino a distância que tais políticas institucionais e ações de estímulo
sejam estendidas, inclusive mediante o apoio financeiro e/ou logístico para a
organização e participação em eventos científicos que atendam as especificidades
da metodologia e estejam alinhados com os projetos pedagógicos dos cursos
pleiteados .
Nesse cenário, a FANESE entende que a formação do discente,
independente da modalidade, deve considerar um processo de construção do
conhecimento que ultrapasse a acumulação do saber e trabalhe para o
desenvolvimento de um profissional que esteja em contato com a realidade de sua
futura profissão, de modo a poder associar a teoria e a prática, e assim, faz parte
das políticas acadêmicas, previstas nos planos de curso das disciplinas, as
atividades de PRÁTICAS FORMATIVAS, dentre elas podemos destacar as visitas
técnicas, momentos extremamente importantes para a formação discente, pois
permite vincular seus conhecimentos práticos ao contexto estudado, viabilizando o
encontro do acadêmico com o universo prático profissional e proporcionando aos
participantes uma formação mais ampla. A realização destas é estimulada pela
FANESE e considerada de extrema relevância para os alunos da graduação.
59
A IES também já institucionalizou, através de portaria, o estímulo a
produção acadêmica, que dá subsídios/incentivos aos alunos que tenham trabalhos
submetidos e aprovados em eventos científicos. Referidas políticas institucionais e
ações de estímulo, as quais possibilitam apoio financeiro ou logístico para a
organização e participação em eventos na IES serão estendidas aos discentes dos
cursos na modalidade a distância.
Tem empreendido ações de estímulo às produções acadêmicas e sua
difusão, previstas neste documento e Regimento Geral, e colocadas a disposição
da comunidade acadêmica, a exemplo da REVISTA ELETRÔNICA DA FANESE -
ISSN 2317-3769 e da REVISTA DO CURSO DE DIREITO – ISSN 2236-3173.
Estes instrumentos de formato eletrônico visam contribuir para a formação e
divulgação científica dos acadêmicos dos Cursos de Bacharelado e Tecnológicos
da FANESE e de outras instituições de ensino superior, como também favorecem a
integração com os novos cursos pleiteados na modalidade de EAD.
Com periodicidade anual, as revistas eletrônicas da FANESE abrem
espaço para todo tipo de produção acadêmica discente e docente, envolvendo as
múltiplas áreas do conhecimento e de pesquisas interdisciplinares, com vistas a
atender a crescente preocupação da IES em fomentar ações de iniciação científica
e o debate acadêmico.
Estes espaços disponibilizam a publicação de práticas científicas de alunos
e professores por intermédio de resumos, resumos expandidos, artigos resultantes
de Trabalhos de Conclusão de Cursos e de monografias de Pós-Graduação,
viabilizando publicações científicas, didático-pedagógicas, tecnológicas, artísticas e
culturais, a exemplo do salão de iniciação científica.
5.5. Políticas de Extensão
As atividades de extensão da FANESE têm a intenção de permitir uma
interação transformadora entre a instituição e a sociedade, integrando os saberes.
As atividades de extensão visam desenvolvimento social, possibilitando tanto o
desenvolvimento pessoal quanto o profissional dos agentes envolvidos. Assim, a
extensão permite uma ampliação de oportunidades, estimulando o prosseguimento
dos estudos e o repasse do conhecimento, dando subsídios técnico-práticos para
que os conhecimentos sejam aprimorados dentro ou fora da IES.
60
As atividades de extensão são constituídas por todo e qualquer evento
extracurricular desenvolvido numa instituição de ensino superior e dirigida à
comunidade interna e externa, sendo que fazem parte de tais atividades eventos
culturais, técnicos ou acadêmicos.
Nesse sentido a extensão da FANESE fomenta a aquisição de
conhecimentos, habilidades e atitudes, através de ações desenvolvidas pelos seus
estudantes e professores.
Na FANESE, a extensão pode materializa-se por meio de:
• Publicações que objetivam tornar o conhecimento acessível à
população, a cientistas, a profissionais;
• Promoção e ou patrocínio de eventos culturais, científicos ou de
outros tipos que tenham como finalidade a criação de condições para que a
sociedade tenha possibilidade de conhecer os bens científicos, técnicos ou
culturais disponíveis ou de usufruir deles. Aqui se inserem, especialmente,
Workshops, congressos, palestras e eventos do gênero;
• Criação e organização de eventos em parceria com outras entidades
com a finalidade de promover temas como empreendedorismo, exercício da
cidadania e qualidade de vida;
• Serviços desenvolvidos por atendimentos diretos à população, como é
o caso do apoio à comunidade para confecção da declaração de imposto de renda;
• Manutenção de vínculo com empresas, possibilitando que as mesmas
tenham acesso ao banco de currículos criado pela IES;
• Cursos de atualização científica, de aperfeiçoamento profissional, de
ampliação cultural, de especialização técnica e outros que possam constituir
instrumentos para maior acesso ao conhecimento existente;
• Estudos ou pesquisas para aumentar a informação sobre os
processos de utilização do conhecimento, ou de acesso a ele, por parte da
população em geral;
• Apoio jurídico por meio do Núcleo de Práticas Jurídicas que
gratuitamente atende a comunidade.
61
O contato com a comunidade será, então, o espaço para a socialização do
conhecimento repassado e produzido na IES. Esse contato pode, inclusive, servir
de estímulo para a criação de novos conhecimentos que possam contribuir para o
desenvolvimento social, para a construção da cidadania profissional do estudante,
por meio do saber e da interação com situações desafiadoras da realidade social.
Além disso, a extensão acarreta sempre uma aproximação entre os currículos de
formação profissional e a realidade social.
Para os cursos na modalidade EAD vinculados ao credenciamento da IES
há previsão de ações de extensão conforme as políticas já praticadas nos cursos
presenciais, com ênfase àquelas que promovam a melhoria das condições sociais
da comunidade externa. Referida extensão será amplamente divulgada no meio
acadêmico e contará com os mesmos estímulos acima descritos.
O contato com a comunidade será, então, o espaço para a socialização do
conhecimento repassado e produzido na IES. Esse contato pode, inclusive, servir
de estímulo para a criação de novos conhecimentos que possam contribuir para o
desenvolvimento social, para a construção da cidadania profissional do estudante,
por meio do saber e da interação com situações desafiadoras da realidade social.
Além disso, a extensão acarreta sempre uma aproximação entre os currículos de
formação profissional e a realidade social.
Nessa medida, a FANESE entende que sua política de extensão, somada a
sua política de investigação científica, favorece a formação esperada do egresso,
posto que são, sobretudo, estratégias de aperfeiçoamento técnico e intelectual dos
professores e dos alunos e de integração entre a IES, a comunidade acadêmica, o
mercado e a comunidade como um todo.
Como se tratam de cursos a distância, será criado um fórum específico
para extensão, local onde serão divulgados os editais pelo NUPEF e debatidas as
diretrizes dos projetos sob a intermediação do docente orientador. O planejamento
pedagógico repousa na intenção de atender as demandas locais onde os alunos
estão inseridos, visando a melhoria das condições sociais da comunidade externa.
E assim, as ações acadêmico-administrativas previstas para a extensão
estão em conformidade com as políticas estabelecidas, considerando práticas
efetivas para a melhoria das condições sociais da comunidade externa, com
previsão de divulgação no meio acadêmico e de estímulo com programas de
62
bolsas mantidos com recursos próprios ou de agências de fomento, e possibilitam
práticas inovadoras.
5.6. Políticas institucionais voltadas ao desenvolvimento econômico e à responsabilidade social
Considerando que cada vez mais as desigualdades sociais assombram a
vida moderna, a FANESE entende que assumir compromissos de responsabilidade
social é de fundamental importância para uma instituição que de Educação
Superior que visa contribuir com uma formação cidadã, focada na transformação
social. E assim, busca o alinhamento entre este documento e as políticas
institucionais para o desenvolvimento econômico e social, considerando a melhoria
das condições de vida da população e as ações de inclusão e empreendedorismo,
articulando os objetivos e valores da IES, e a promoção de ações inovadoras.
Em verdade, tratar das questões sociais, de um modo geral, faz parte de
todo processo de Educação e, por isso, a IES desenvolve diversas atividades
considerando que uma formação humanística é imprescindível considerando o
perfil do seu egresso.
Em primeiro lugar, a própria localização da FANESE a remete a IES para
voltar seus olhos à comunidade. Nesse sentido, que a IES buscou a realização de
ações que possam favorecer o seu entorno. Deste modo, ações de assistência
social são frequentemente realizadas para escolas, asilos e abrigos da região. Tais
ações envolvem: doação de material de informática (especialmente computadores),
de leite, de fraldas, de brinquedos, entre outros.
Quanto à doação de brinquedos, a faculdade já tem feito campanhas para
doações de brinquedos no Dia das Criança e no Natal.
Do mesmo modo, já há muito tempo, todos os anos, a FANESE oferece
auxílio à comunidade para elaboração da declaração de imposto de renda. Esta
ação tem sido encabeçada pelo curso de Ciências Contábeis e envolve professores
e alunos do curso.
Outros cursos da IES também têm o intento de promover a transformação
social por meio de pesquisas e ou atividades de extensão que acontecem
envolvendo o entorno da faculdade. Já foram realizados, por exemplo, projetos
63
sobre a violência doméstica no bairro em que a IES se situa, bem como projetos de
mapeamento das necessidades empresais da região circunvizinha.
Em verdade, a IES participa de várias entidades garantindo a certeza de
que não ficará alheia às demandas sociais. Nesse sentido, se destacam o
envolvimento da IES no combate a Violência contra a Mulher e o auxílio a grupos
como as catadoras de mangaba do estado que têm o apoio da FANESE para a
divulgação dos seus produtos.
As referidas catadoras de mangaba coordenam um projeto “Gerando renda
e tecendo vidas em Sergipe”. Tal projeto atua onde ocorre a cata da mangaba. O
projeto só envolve mulheres que se definem como “mulheres, extrativistas,
lutadoras e defensoras da cultura da mangaba”. As referidas mulheres têm
passagem livre na IES para divulgar seus trabalhos e contam esporadicamente
com o espaço da FANESE como ponto de venda dos seus produtos. É certo
encontra-las na IES na Semana da Responsabilidade Social no Ensino Superior
Particular, evento (promovido pela ABMES) do qual a FANESE participa todos os
anos, recebendo sempre o selo de instituição socialmente responsável.
Outro projeto que a FANESE mantém há anos é o projeto “Santo da Casa
Faz Milagre”. Tal projeto iniciou, em parceria com o um Hemocentro de Aracaju,
para promover a coleta de sangue dentro da IES. Atualmente o projeto existe,
embora algumas questões de logística do hemocentro não permitam que a doação
de sangue ocorra nos mesmos moldes. Nos últimos anos, a IES desenvolveu ainda
mais o projeto, expandindo as relações com o hemocentro para que este esteja na
faculdade para coletar sangue para inserção de seus alunos e funcionários no
Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOMA). Tal ação é
fundamental e, em só um dia na IES o hemocentro alcança facilmente as suas
metas.
Outra ação de responsabilidade socioambiental já estabelecida na
FANESE é a distribuição de mudas. As mudas são sempre distribuídas no mês de
setembro, próximo ao dia da árvore. Quaisquer alunos ou funcionários podem
pegar as mudas, assim, ocorre a distribuição até que as mudas acabem. Tal ação
sempre acontece com em parceria com empresas ou organizações estatais que, ou
vendem as mudas para IES a um preço justo, ou doam para que a IES se torne o
ponto de partida para a renovação do meio ambiente.
64
A FANESE, além disso, mantém uma praça pública no bairro Atalaia. Esta
praça há anos é mantida pela faculdade, auxilia no embelezamento da área e ainda
se constitui como espaço de lazer para a comunidade.
É conduzido pelo Departamento de Tecnologia da FANESE um projeto de
Gestão dos Resíduos Sólidos. Este projeto objetiva, basicamente, socializar o
acesso à informação através de interação; sensibilizar a comunidade sobre a
questão dos resíduos eletroeletrônicos; orientar como promover o uso racional
da tecnologia; atualizar os colaboradores e alunos da IES dos interesses estatais
e nacionais acerca do tema; incentivar e realizar o descarte de materiais
eletroeletrônicos de forma consciente.
Ainda associada à área de tecnologia, vale dizer que o Departamento de
Tecnologia, em parceria com os cursos da área de informática promovem cursos
com o objetivo de desenvolver a inclusão digital. Tais cursos são gratuitos e podem
ser, a depender do projeto (pois a cada ano pode ser esboçado um novo curso),
direcionados para distintos públicos. Já foram realizados, inclusive, cursos
profissionalizantes os quais foram oferecidos para adolescentes do bairro,
indicados pela Associação de Moradores, a qual têm sempre na FANESE um apoio
nas suas ações sociais.
O curso de Direito é um forte aliado no que concerne às ações de
responsabilidade social. Por meio do atendimento no Núcleo de Práticas Jurídicas
(NPJ), a FANESE auxilia a comunidade carente garantindo assistência jurídica.
Além disso, o curso, por meio de um projeto de extensão, realizou treinamento para
os conselheiros tutelares da Grande Aracaju.
Vale dizer que a FANESE faz a coleta seletiva de lixo e têm um convênio
com a Cooperativa dos Agentes Autônomos de Aracaju (CARE), a qual fica com o
lixo reciclável da IES. No que se refere à coleta seletiva, especialmente de papel –
já que o descarte de papel ocorre em grande em grande volume na faculdade –
todos os atores da FANESE (alunos, professores e corpo técnico-administrativo) se
envolvem intensamente.
Em verdade, a preocupação com o meio ambiente e com os direitos
humanos como um todo é uma tônica da FANESE, concepção que é
particularmente demonstrada por meio do Projeto do Seminário de Temas
Transversais, já citados aqui neste PDI.
65
5.7. Políticas institucionais voltadas à valorização da diversidade, do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural, e ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e da igualdade étnico-racial.
A FANESE possui estímulo a políticas institucionais que contemplam ações
voltadas à valorização da diversidade, do meio ambiente, da memória cultural, da
produção artística e do patrimônio cultural, e ações afirmativas de defesa e
promoção dos direitos humanos e da igualdade étnico-racial, de modo transversal
aos cursos ofertados, ampliando as competências dos egressos e ofertando
mecanismos de transmissão dos resultados para a comunidade.
Considerando que a diversidade, o meio ambiente, a memória cultural, a
produção artística e o patrimônio cultural são elementos transversais que devem
permear as ações institucionais, a FANESE tem desenvolvido práticas dentro da
temática visando contribuir para a promoção de responsabilidade social e inserção
social da IES.
Referidas práticas são executadas em consonância com este documento,
conforme o cronograma de execução e previsão financeira, além da previsão em
outros documentos institucionais, a exemplo do plano de ação, que estimulam tais
ações de forma integrada e global e permeiam as atividades de ensino,
investigação científica e extensão da IES.
É importante destacar que os temas relativos às questões ambientais se
encontram institucionalizados mediante portaria da IES e são trabalhados de forma
interdisciplinar (seminários, palestras, projetos de reciclagem), como também em
disciplinas específicas e obrigatórias a todos os cursos.
No tocante às ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos
humanos e da igualdade étnico-racial, temos que a promulgação da Lei
10.639/2003 que estabeleceu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-
brasileiras e africanas teve condições de estabelecer pelo mundo da educação a
reflexão e o debate sobre a intolerância, o preconceito e o racismo embutido
historicamente na sociedade brasileira. Assim, o combate ao preconceito passou a
considerar o racismo como um discurso e uma estratégia de poder e dominação e
não mais algo natural ou cultural como diversas teorias preconizaram ao longo da
história do Brasil.
66
Em decorrência do cenário delineado acima, a FANESE, instituiu através
de deliberação do CEPE, a atualização da matriz curricular dos cursos da IES,
tornando obrigatórias as disciplinas DIREITOS HUMANOS e
SUSTENTABILIDADE, como também RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS e CULTURA
AFRO-BRASILEIRA-INDÍGENA. Nessa perspectiva e, em decorrência de tais fatos,
surgiram ações nos dois âmbitos, sendo trabalhadas mediante projetos
relacionados às temáticas.
Voltado a questão da sustentabilidade pode-se destacar o projeto de
Resíduos Sólidos e na disciplina RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS e CULTURA
AFRO-BRASILEIRA-INDÍGENA, o projeto Formação Cidadã.
Buscar procedimentos e estratégias a favor da diversidade e o combate a
desigualdade tem caracterizado as ações e discussões em torno das Relações
Étnico Raciais em diversos níveis de ensino e assim, a FANESE, desenvolve nas
disciplinas de Relações Étnico-Raciais e Cultura Afro-brasileira-Indígena, tanto no
formato presencial como online, o Projeto FORMAÇÃO CIDADÃ. Trata-se de uma
disciplina comum a todos os cursos de Graduação e Tecnológicos da FANESE, a
qual vem sendo disponibilizada tanto de forma presencial como online, tornando-se
o cenário ideal para o desenvolvimento de projetos que busquem atingir dimensões
transversais que quebrem as barreiras e muros disciplinares do saber.
Esse projeto de dimensão transversal a todos os cursos de Graduação e
Tecnológicos da FANESE, também será extensivo aos cursos EAD e objetiva
incentivar a reflexão, o debate e a pesquisa relacionados a diversidade étnica
brasileira na busca de agregar a formação acadêmica e a atuação profissional
noções de cidadania, socialização e de incentivo as práticas afirmativas.
Através de práticas investigativas e debates, o Projeto FORMAÇÃO
CIDADÃ tem como produto a realização, por parte dos alunos, de uma Exposição
Anual de Pôsteres, momento em são expostos os trabalhos que atestam o
resultado das pesquisas e debates desenvolvidos ao longo da disciplina e da
prática de investigação científica, reafirmando, em sua rotina acadêmica, ações
afirmativas de defesa e de promoção dos direitos humanos e igualdade étnico-
racial, em consonância entre o descrito no PDI.
Conforme previsto no Plano de Ação da FANESE, a IES buscará
desenvolver com mais ênfase ações associadas às questões artísticas e culturais,
67
que contemplem, preferencialmente, os aspectos sociais locais onde a IES está
inserida e ainda a divulgação dos resultados de tais ações para a comunidade
interna e externa, através dos canais disponíveis (site, AVA, mural do sistema
acadêmico, murais convencionais, redes sociais, dentre outros).
E assim, temos que para os cursos na modalidade de EAD intenciona-se
estender tais ações voltadas à valorização da diversidade, do meio ambiente, da
memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural, bem como
fortalecer as ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e da
igualdade étnico-racial, de modo transversal aos cursos pleiteados, conforme os
projetos pedagógicos de cada curso, buscando a ampliação das competências dos
egressos.
5.8. Política Institucional para o Ensino a Distância
A FANESE foi contemplada pelo MEC com o credenciamento em caráter
provisório para oferta de cursos superiores na modalidade a distância, através da
Portaria Nº 370, de 20 de abril de 2018, publicada no DOU em 23/04/2018 (Edição:
77 | Seção: 1 | Página: 22). Estes serão desenvolvidos e gerenciados através do
Núcleo de Educação à Distância/NEAD, implantado na própria sede da IES.
A política institucional para a modalidade a distância prevê o alinhamento
da base tecnológica institucional com o projeto pedagógico quanto a sua utilização,
observando a formação pretendida para os discentes e considerando as condições
reais da localidade de oferta.
O inquestionável desenvolvimento tecnológico vivenciado nos últimos anos,
especificamente nas áreas que englobam as Tecnologias de Informação e
Comunicação, vem promovendo um repensar contínuo do ensino em duas
direções, sendo a primeira mais voltada a propiciar uma formação alinhada as
necessidades da sociedade contemporânea, de modo a contribuir para o exercício
pleno da cidadania, e a segunda destinada à exploração das possibilidades
pedagógicas geradas pelo adequado uso dessas tecnologias na educação.
Assim, quando bem explorados, os recursos tecnológicos promovem uma
gama de possibilidades e de usos pedagógicos, que contribuem para tornar o
conteúdo mais acessível e aprazível aos discentes. Nesse contexto, observa-se
ainda que favorecem o engajamento dos agentes envolvidos no processo, bem
68
como, a construção de autonomia significando que, quando bem desenvolvida,
implementada e gerenciada, a modalidade favorece a realização de uma educação
de qualidade. Ademais, oferece potencial para ampliar o acesso à educação, uma
vez que contribui para preencher lacunas de oferta de educação de qualidade,
inclusive em regiões do país ainda carentes nesse quesito, a exemplo do nosso
Estado.
Como parte integrante da política educacional da FANESE prevista neste
PDI, vislumbra-se, na Educação à Distância, uma grande possibilidade de aliar o
compromisso político e ético à excelência pedagógica já consagrada nos índices de
qualidade. E assim, a política institucional pensada e já planejada para esta
modalidade de ensino apresenta-se articulada, e prevê o alinhamento da base
tecnológica institucional com os projetos pedagógicos da sua utilização,
observando a formação esperada para os discentes/egressos.
Como pode-se depreender, os cursos à distância, longe de serem
concebidos pela mera transposição da modalidade presencial, primam pela
potencialização dos recursos tecnológicos disponíveis em suas convergências
possíveis. Do ponto de vista pedagógico, a FANESE valoriza o equilíbrio das
equipes pedagógicas com docentes/professores conteudistas e tutores, além de
equipes de apoio técnico, compostas por profissionais responsáveis pela produção
e disponibilização de materiais no ambiente virtual de aprendizagem.
De forma comprometida com sua missão institucional, normatizações e
regulações internas e externas, por meio da Educação à Distância, a FANESE
objetiva: fomentar o desenvolvimento de iniciação científica relacionada ao EAD e
ao uso de recursos tecnológicos na educação; ampliar o uso de tecnologias
digitais de informação e comunicação nos processos de ensino e aprendizagem;
estimular a criação e implementação de metodologias adequadas ao EaD, tendo
por objetivo a construção significativa de conhecimentos; ultrapassar os limites
geográficos e temporais e levar educação superior de qualidade para uma parcela
da sociedade carente de qualificação profissional.
Considerando que os cursos na modalidade EaD recentemente autorizados
serão desenvolvidos na própria sede, a FANESE propõe-se ao cumprimento das
metas a seguir: desenvolvimento de programas de capacitação permanente e
continuada para docentes, tutores, equipe técnica e suporte administrativo; criação
69
de equipes multidisciplinares responsáveis pela proposição de cursos e atividades
nas modalidades a distância, com uso de recursos tecnológicos digitais; produção
de material instrucional específico para as modalidades; garantia de infraestrutura
de apoio necessária ao desenvolvimento dos cursos e atividades; adequação do
modelo de gestão acadêmico-administrativa à modalidade; avaliação periódica dos
cursos e atividades, com vistas ao seu constante aprimoramento. Dessa forma, a
FANESE compromete-se com a observância das exigências de qualidade, tanto
nos procedimentos acadêmicos e administrativos, quanto nos critérios de avaliação
dos conhecimentos produzidos, em todas as suas formas de apresentação, sem
deixar de explorar potencialidades características das diversas modalidades.
A FANESE possui um Coordenador de Educação à Distância, responsável
pela gestão de projetos e de atividades acadêmicas. A administração e
implementação da educação à distância na IES constituem-se em uma das
principais atribuições. Mantém interface com a Coordenação Acadêmica, e está
vinculado à Direção Geral.
As políticas da EaD, aprovadas pelos colegiados superiores, fundamentam-
se nos princípios filosóficos e teórico-metodológicos previstos na Política
Institucional para a EaD, alinhada com o PDI/PPI, em consonância com as
especificidades dessa modalidade de ensino, a seguir apresentados:
1. atendimento às demandas de formação continuada à comunidade,
segundo os mesmos princípios que norteiam as demais atividades acadêmicas;
2. valorização das atividades de EaD e das disciplinas on-line nos
cursos presenciais;
3. articulação e integração da Coordenação Geral do NEAD com as
unidades acadêmicas de Graduação e Pós-Graduação da FANESE, visando à
assessoria para proposição, acompanhamento e avaliação dos cursos;
4. formação continuada de recursos humanos da FANESE (docentes,
gestores, tutores, funcionários, comunidade);
5. valorização e expansão de cursos na modalidade a distância.
Incentivo ao uso de disciplinas on-line nos cursos de Graduação;
70
6. organização de sistemas acadêmico em consonância com a proposta
acadêmica desta modalidade, do planejamento estratégico e do orçamento a ser
delimitado, buscando articulação e integração com o núcleo gestor da FANESE;
7. captação de projetos na área, visando a contribuir com o aumento da
receita da Faculdade, como outras fontes de captação de renda;
8. fomento às atividades de pesquisa/iniciação científica na área de EaD
e uso de tecnologias integradas às atividades da docência;
9. monitoramento contínuo das ações empreendidas e compartilhamento
dos dados com a comunidade interna e externa.
O ambiente virtual de aprendizagem usado pela FANESE é a plataforma
Web-aula em parceria/convênio com a TECNED, está configurado para garantir a
oferta da educação a distância. Nesse ambiente, o estudante tem acesso a todas
as ferramentas necessárias para estudar, interagir com os colegas, professores on-
line e fazer as atividades indicadas, tirar as dúvidas, etc. Conforme previsto, o
ambiente virtual de aprendizagem da FANESE já se encontra integrado com o
sistema acadêmico, com vistas a viabilizar os processos de ensino-aprendizagem,
possibilitando o intercâmbio de ideias e conhecimentos entre docentes, discentes e
tutores.
Nos cursos à distância, em razão de suas características, é fundamental a
presença de uma equipe multidisciplinar responsável por gerenciar a elaboração
dos projetos, a concepção de materiais didáticos, a implementação dos cursos e
seu acompanhamento.
Por fim, cabe relembrar que a experiência institucional na modalidade a
distância já vem sendo construída há certo tempo, através da oferta de disciplinas
on-line nos cursos presenciais nos limites permitidos de 20% e em cursos de
extensão, assim, a FANESE vem consolidando sua atuação aguardando o seu
credenciamento para essa modalidade.
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6. DESENVOLVIMENTO DA INSTITUIÇÃO
6.1. Atuais Cursos de Graduação
NOME DO CURSO GRAU VAGAS INICIO VALOR CC ANO CC CPC ANO CPC ENADE ANO ENADE
ADMINISTRAÇÃO Bacharelado 150 20/07/98 4 2015 4 2012 3 2012
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Bacharelado 100 15/02/00 4 2004 3 2014 2 2014
CIÊNCIAS CONTÁBEIS Bacharelado 100 03/08/00 4 2015 4 2012 3 2012
MARKETING Tecnológico 100 06/06/05 4 2013 3 2012 2 2012
PROCESSOS GERENCIAIS Tecnológico 100 06/06/05 3 2013 4 2012 3 2012
DIREITO Bacharelado 200 01/08/07 4 2014 4 2012 3 2012
LOGÍSTICA Tecnológico 100 02/08/08 3 2015 4 2012 4 2012
GESTÃO DE RECURSOS
HUMANOS Tecnológico 100 02/02/08 4 2015 5 2012 5 2012
SISTEMAS PARA INTERNET Tecnológico 100 02/02/06 4 2017
GESTÃO DA TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO Tecnológico 100 02/02/06 4 2017
REDES DE COMPUTADORES Tecnológico 100 04/08/14 4 2017
ENGENHARIA DE PETRÓLEO Bacharelado 150 3 2014
ARQUITETURA E URBANISMO Bacharelado 150 03/08/16
ENGENHARIA CIVIL Bacharelado 150 01/02/17
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6.2. Atuais Cursos de Pós-Graduação (Turmas em andamento)
NOME DA ESPECIALIZAÇÃO
CARGA
HORÁRIA
DURAÇÃO
(MESES) VAGAS
MBA em Mídias Digitais 400 20 40
MBA em Marketing, Comunicação Integrada e Assessoria 430 20 40
Esp. Em Neuropsicopedagogia Institucional 440 22 40
Esp. Em Ensino de Língua Portuguesa e Diversidade Linguística 420 20 40
Esp. Em LIBRAS: tradução, interpretação e ensino 500 24 40
Esp. Em Estudos da Tradução, Interpretação e Ensino de Língua Estrangeira 420 18 40
Esp. Em Auditoria e Controladoria 445 20 40
Esp. Em Auditoria Governamental e Contabilidade Pública 430 20 40
Esp. Em Gestão Fiscal e Planejamento Tributário 430 20 40
MBA em Engenharia Logística, Supply Chain Management e Otimização em Sistemas de Transportes 490 24 40
Esp. Em Gestão Estratégica de Pessoas e Psicologia Organizacional 440 22 40
MBA em Gestão Empresarial e Inteligência Organizacional 410 20 40
MBA em Executive Project Management 3.0 410 20 40
Esp. Em Auditoria, Pericia Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 460 22 40
Esp. Em Engenharia de Segurança do Trabalho 665 25 40
Esp. Em Ergonomia do Trabalho – Qualidade de Vida e Competência Cognitiva 545 20 40
Esp. Em Gestão em Saúde Coletiva com ênfase em Saúde da Família 430 20 40
Esp. Em Gestão Nutricional e Alimentar: nutrição clínica e esportiva 410 20 40
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6.3. Cursos de Graduação a Serem Implantados
6.3.1. Cursos de Graduação na Modalidade Presencial
Nome do curso Grau Ano de solicitação Vagas
Engenharia Elétrica Bacharelado 2019 150
Engenharia Mecânica Bacharelado 2019 150
Psicologia Bacharelado 2019 150
Ciência da Computação Bacharelado 2019 150
6.3.2. Cursos de Graduação na Modalidade à Distância
Nome do curso Grau Ano de solicitação Vagas
Administração Bacharelado 2016 500
Marketing Tecnológico 2016 500
Processos Gerenciais Tecnológico 2016 500
Ciências Contábeis Bacharelado 2019 300
Sistemas para Internet Tecnológico 2019 300
Pedagogia Licenciatura 2019 300
Gestão de Recursos Humanos Tecnológico 2019 300
Logística Tecnológico 2019 300
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6.4 Cursos de Pós-Graduação a Serem Implantados
6.4.1. Cursos de Pós-Graduação ‘’Lato Sensu’’ a Serem Implantados na Modalidade Presencial
Novos Cursos de Pós-Graduação
NOME DA ESPECIALIZAÇÃO
CARGA
HORÁRIA
ANO DE
ABERTURA
MBA em Gestão Hospitalar e Serviços de Saúde 400h 40
Esp. Em Linguística para Alfabetização com ênfase na Neurociência 380h 40
Esp. Em Atendimento Educacional Especializado 380h 40
Esp. Em Direito Civil e Processo Civil 450h 40
Esp. Em Direito Tributário e Processo Tributário 390h 40
Esp. Em Direito Constitucional e Direito Constitucional 390h 40
Esp. Em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho 390h 40
MBA Em Gestão Comercial e de Vendas 400h 40
MBA em Licitações e Contratos Públicos 400h 40
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6.4.2. Cursos de Pós-Graduação ‘’Lato Sensu’’ a Serem Implantados na Modalidade à Distância
Curso a ser implantado Ano de solicitação
Especialização em Gestão de Negócios e Projetos 2019
Especialização em Negócios Imobiliários 2019
Especialização em Empreendedorismo e Desenvolvimento de Novos Negócios 2019
Especialização em Gestão Estratégica e Econômica de Recursos Humanos 2019
Especialização em Engenharia e Segurança do Trabalho 2019
Especialização em Consultoria Empresarial 2019
Especialização em Gestão estratégica de Micro e Pequenas Empresas 2019
Especialização em Marketing e Publicidade 2019
Especialização de Professor/Tutor para o Ensino Superior EAD 2019
Especialização em Direito Civil e Processo Civil 2019
Especialização em Direito Penal e Processo Penal 2019
Especialização em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho 2019
6.5. Aumento e Redução do Número de Vagas
O aumento ou a redução das vagas dos cursos de graduação de uma IES
privada devem, necessariamente, obedecer às conjunturas do contexto na qual tal
IES se insere, sempre considerando, tanto as necessidades demandadas pela
região, como, também, a sustentabilidade financeira da instituição.
Dessa forma, a FANESE pretende manter sua intenção de auxiliar o
desenvolvimento regional e oferecer cursos de graduação que possa favorecer tal
intento. Não obstante, é sabido que o contexto no qual se insere a educação em
todo o país é dinâmico, sendo que de tempos em tempos ocorrem mudanças que
podem ocasionar novos percursos a serem trilhados pelas IES, especialmente as
privadas.
Assim sendo, a partir do plano de ação vigente na IES, está sendo feito um
planejamento anual por cada coordenação de curso, considerando o número de
ingressantes de cada curso e o percentual de evasão do mesmo. A ideia é que tais
76
dados sejam comparados com os dados de anos anteriores e que o planejamento
repouse sobre a discussão e posterior decisão da necessidade de solicitar ao MEC
o aumento ou decidir pela redução de vagas dos cursos existentes na IES.
Com base nos estudos realizados, para o ano de 2016 observou-se que
seriam necessárias reduções das vagas em alguns dos cursos e em seguida foram
protocolados ofícios ao MEC/SERES solicitando a referida redução. No entanto,
somente a partir de abril de 2018 foi disponibilizado no próprio Sistema e-MEC,
fluxo eletrônico para que as Instituições informassem, diretamente no sistema, a
redução de vagas de seus cursos, vez que agora independe de ato prévio do MEC
e passou a ser informada à SERES.
Tabela 2 – Quadro de Redução de vagas da IES – solicitações programadas desde o ano de 2016/2017
Curso Vagas anuais
autorizadas
Vagas anuais pretendidas
(real necessidade)
Redução de:
1 GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 200 100 100 vagas
2 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 200 100 100 vagas
3 LOGÍSTICA 200 100 100 vagas
4 SISTEMAS PARA INTERNET 200 100 100 vagas
6 MARKETING 200 100 100 vagas
7 REDES DE COMPUTADORES 120 100 20 vagas
8 ENGENHARIA DE PETRÓLEO 150
150
(pedido de extinção voluntária do curso)
Vale esclarecer que a FANESE não considera que a redução de vagas
seja, necessariamente, algo negativo, ou mesmo um retrocesso para a IES. O ideal
da faculdade não é ter o número máximo de alunos, mas, ao contrário disso,
oferecer educação de máxima qualidade. Sabe-se que o número de vagas que
uma IES se propõe a ofertar tem impacto direto em todo o investimento feito no
curso, desde a quantidade de salas destinadas ao mesmo, como o número de
docentes contratados e recursos disponibilizados aos alunos.
Além do mais, a IES também se preocupa com a maneira pela qual se
relaciona com o mercado e com as categorias profissionais, de forma que, não é
intenção da FANESE saturar o mercado de profissionais, a ponto de gerar uma
desvalorização do mesmo.
77
A experiência tem demonstrado que os cursos de graduação tecnológica,
no seu início, têm uma procura muito grande, sendo necessário oferecer à
sociedade um número maior de vagas a fim de suprir as demandas sociais.
Entretanto, também é sabido que, com o passar dos anos, a busca por estes
cursos tende a cair. E, diante de tal fato – o qual é constatado nas pesquisas
anuais –, a FANESE entende que certas reduções são procedimentos racionais e
bem pensados, parte integrante do projeto institucional em direção da qualidade e
excelência no serviço prestado.
Quanto ao aumento de vagas, a IES pretende aumentar suas vagas no
curso de Direito, devido a grande procura para tal curso. Atualmente a referida
graduação tem 200 vagas anuais autorizadas. Há tempos, têm sido dificultados,
para todas as instituições do país, o aumento do número de vagas ofertadas pelos
cursos de Direito. A FANESE almeja ofertar 300 vagas anuais para o referido curso
e, pretende solicitar tal alteração assim que as instâncias do MEC publicarem
documento que regulamente a possibilidade de aumento de vagas para este curso.
7. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E GESTÃO DA IES
7.1. Corpo Técnico-Administrativo
O com base no Regimento Interno da FANESE, no Art. 63 diz que o corpo
técnico-administrativo é constituído por todos os colaboradores não docentes, além
dos técnicos de laboratórios, sendo que tais funcionários têm sob sua
responsabilidade os serviços necessários ao bom funcionamento dos diversos
setores da faculdade.
O corpo técnico-administrativo da FANESE tem em sua composição
básica:
• A Diretoria – órgão executivo que superintende, coordena e fiscaliza
todas as atividades da FANESE, objetivando funcionamento de acordo com a
missão e a visão propostas pela IES. O Diretor é designado pelo Presidente da
Entidade Mantenedora.
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• Coordenação Acadêmica – órgão da administração básica que tem
como competência a supervisão das atividades dos programas de graduação, pós-
graduação, extensão e outros.
• Coordenações de Cursos – órgãos da administração básica os quais
se responsabilizam por coordenar os trabalhos dos membros docentes que
desenvolvem aulas e atividades de ensino, iniciação científica ou extensão
relacionadas com o respectivo curso. Todos os cursos têm coordenadores. Estes
são sempre profissionais que tem os adjetivos necessários para assumir a função
de gestão, bem como são sujeitos avaliados como conhecedores da área de
conhecimento que se insere o curso coordenado.
Mesmo não pertencendo à Administração Básica, a Secretaria Geral é
parte essencial do corpo técnico administrativo. Cabe à Secretaria a função de
organizar e executar os serviços administrativos articulados ao movimento escolar,
congregando e unificando as anotações de controle dos atos e fatos acadêmicos
do corpo docente e discente. Para proceder-se ao controle da vida acadêmica do
aluno ao longo de sua permanência na IES, será feito uso de sistema
informatizado, além do arquivo físico documental que dará suporte legal aos
apontamentos registrados. O Secretário Geral da FANESE será designado pelo
Diretor Geral, nos termos do Regimento Geral.
A faculdade conta com uma biblioteca coordenada e gerenciada por
profissional da área de biblioteconomia, devidamente registrado no conselho
competente. Este órgão atua como elo permanente entre o conhecimento e os
objetivos institucionais, fazendo as vezes de centro de informações capaz de dar
suporte bibliográfico e multimeio ao processo de ensino-aprendizagem e à
investigação científica. A Portaria nº23/CAS de 18 de julho de 2008 regulamente o
funcionamento da biblioteca.
Os serviços de Tesouraria e Contabilidade serão chefiados por funcionários
habilitados, contratados pela Entidade Mantenedora, e são encarregados das
questões financeira da Instituição. Além disso, há espaço institucional adequado
para que os alunos façam o pagamento das taxas/mensalidades existentes na IES.
Neste espaço os alunos são atendidos por profissionais capazes fornecer os
esclarecimentos necessários e existe um número suficiente de profissionais para
79
que o setor não fique sobrecarregado acarretando na demora do atendimento ao
estudante que necessita fazer pagamentos.
A Assessoria de Comunicação é também importante setor da IES que
conta com equipe responsável pela comunicação com a comunidade interna e
externa. Neste setor, ou de modo atrelado a este setor, são desenvolvidas as
campanhas de sensibilização dos alunos (quando necessário), a propaganda dos
eventos favorecidos pela IES, bem como as campanhas indicativas de processo
seletivo da graduação, além da oferta de cursos de pós-graduação.
Os profissionais que trabalham na Assessoria de Comunicação são
profissionais da área e tem modo de trabalho sempre articulado aos interesses da
gestão da IES. Assim sendo, o trabalho deste setor é sempre feito em parceria com
as outras esferas administrativas da faculdade.
O Setor de Recursos Humanos tem o objetivo de repassar aos
colaboradores da IES os valores organizacionais da mesma, fomentando nos
colaboradores comportamentos e atitudes compatíveis com a missão institucional.
Cabe também a este setor, o auxílio em programas desenvolvimento dos demais
setores da FANESE, favorecendo engrandecimento profissional e pessoal do corpo
técnico-administrativo. Por fim, cabe ao Setor de Recursos Humanos fazer
materializar-se na IES o plano de cargos e salário do corpo técnico-administrativo,
bem como do corpo docente.
A política de formação do corpo técnico-administrativo da FANESE
consiste em promover ações de capacitação e atualização profissional, vinculadas
ao planejamento institucional, potencializando o desenvolvimento das
competências, individuais e coletivas, bem como do desenvolvimento integral e
valorização da qualidade de vida dos colaboradores, buscando a excelência na
qualidade dos serviços prestados e o alcance das metas institucionais.
Semestralmente o corpo técnico administrativo tem encontros setoriais, por
temática, envolvendo as diretrizes institucionais, com a Direção Geral. Referidos
encontros são baseados nas necessidades apresentadas por diversos setores,
como a CPA, NAP, Ouvidoria, Direção, Coordenação, como também pela pesquisa
de clima organizacional. Isso se faz necessário para que todos sejam inseridos
nessa nova realidade, proporcionado uma melhoria no serviço prestado.
80
Ademais, a IES incentiva, mediante portaria, a participação em cursos,
congressos, palestras que promovam a formação continuada e/ou capacitação de
seus colaboradores técnicos, conforme planejamento financeiro.
Estimula ainda a formação e capacitação mediante a participação em
módulos da pós-graduação gratuitos ofertados, relacionados preferencialmente a
área de atuação, com previsão em portaria da Direção.
Nesta perspectiva, a FANESE persegue a coerência com as políticas de
pessoal, de carreiras do corpo técnico-administrativo, seu aperfeiçoamento, seu
desenvolvimento profissional e suas condições de trabalho com as políticas
firmadas em documentos oficiais ao tempo que incentiva a qualificação profissional
oferecendo capacitação a referida categoria. A divulgação das referidas ações é
realizada pela Direção, coordenação acadêmica, gestor de cada setor, através de
e-mails, ofícios, mensagens diversas, incluindo grupos de redes sociais.
7.2. Corpo Docente
De acordo com o Regimento Geral da FANESE, no Art. 56, a admissão de
professores deve ser feita considerando-se, além dos títulos acadêmicos e
científicos, experiências didáticas e profissionais, relacionadas com matéria ou
disciplina a ser lecionada pelo candidato.
A Resolução nº 01/CAS de 5 de dezembro de 2005 prevê que a admissão
de docente ocorrerá mediante contratação feita pela Mantenedora, em obediência
a critérios e normas do Plano de Carreira e do Regimento Interno da Instituição.
Essa mesma Resolução, no Art. 11, estabelece que o recrutamento de docente
para a carreira do magistério superior se fará através de processo seletivo, em
consonância com os requisitos exigidos pela IES, no descrito no seu regimento e
no seu plano de carreira docente.
Assim sendo, o processo seletivo de docentes consiste em análise do
currículo, entrevista e avaliação de uma aula, ministrada pelo candidato, realizada
por uma banca composta por 3 professores.
No processo seletivo dos professores, toma-se a titulação como um critério
válido, mesmo sendo patente a escassez de alguns profissionais com mestrado e
doutorado no Estado. Em verdade, Sergipe é um estado pequeno, sendo que em
81
algumas áreas (nas quais a FANESE atua), o número de doutores é praticamente
inexpressivo. Todavia, a busca por profissionais qualificados é parte essencial da
política de ensino da IES. Por conseguinte, a faculdade está sempre incentivando
seus professores a desenvolver atividades que sinalizem a evolução da prática
docente.
Quanto ao regime de trabalho, os professores da FANESE podem ser:
professores horistas, professores parciais ou professores integrais.
Os professores horistas, tem sua remuneração a partir da quantidade de
horas aulas pelas quais foi contratado.
O professor em regime de trabalho parcial é todo aquele docente que, além
da sua carga horária em sala de aula, dedica horas de trabalho em favor da
melhora do seu curso. Tais horas podem ser dedicadas à pesquisa, à extensão, ao
atendimento dos alunos, à orientação de trabalhos acadêmicos, à participação no
Núcleo Docente Estruturante – NDE, ou em outras atividades quaisquer que
favoreçam a qualidade de um curso ou a formação do egresso da FANESE.
O regime integral, por sua vez, refere-se a uma contratação que envolve 36
ou 40 horas semanais de trabalho.
Vale destacar que os professores em regimes de trabalho, integral ou
parcial, em atividades acadêmicas, ficam condicionados a dedicarem 20% do seu
tempo de trabalho às atividades de ensino, ficando as horas restantes dedicadas a
outras atividades acadêmicas já citadas anteriormente. Salienta-se que o regime
parcial ou integral pode ser indicativo, por exemplo, de atividade como a
coordenação de um curso.
No caso de o regime de trabalho parcial ou integral ocorrer em atividades
administrativas não acadêmicas, adicionalmente, o docente poderá, paralelamente,
desenvolver a atividade de magistério na instituição mediante novo contrato de
trabalho para este fim.
O regime de trabalho de cada docente é definido pela coordenação
acadêmica, em consonância com a coordenação do curso em que o docente irá
atuar, obedecendo, naturalmente, as necessidades do curso e da instituição com a
homologação da diretoria geral da instituição. Considera-se que dadas as
necessidades de cada curso ou da IES como um todo, o regime de trabalho dos
82
docentes pode ser modificado; essa modificação, inclusive, é observada no Plano
de Carreira Docente.
O Plano de Carreira Docente da FANESE foi institucionalizado em
dezembro de 2008, entrando em vigor a partir de 1 de janeiro de 2009, através da
Resolução nº 03/CAS de 5 de dezembro de 2008 e Homologado pelo Ministério do
Trabalho no dia 23 de fevereiro de 2011, através do Processo n.
46221.00170/2011-42, no Diário Oficial n. 41, no dia 28 de fevereiro de 2011, com
a pretensão de consubstanciar a política de pessoal docente da FANESE, tendo
em mira a busca incessante da excelência nas funções de ensino, pesquisa,
extensão e prestação de serviços, pela constituição de quadro de pessoal
comprometido com o crescimento individual e com os objetivos institucionais.
Os desafios e as perspectivas sobre a capacitação e formação continuada
de professores da FANESE repousam na busca da superação da prática
pedagógica conservadora, passiva e fragmentadora dos conhecimentos. Tais
questionamentos impulsionam a IES a promover contínuas reflexões no intuito de
repensar as metodologias adotadas em sala de aula.
A Política de formação docente aplicada na IES consiste em promover
ações de capacitação e atualização profissional, vinculadas ao planejamento
institucional, potencializando o desenvolvimento das competências, individuais e
coletivas, bem como do desenvolvimento integral e valorização da qualidade de
vida dos colaboradores, buscando a excelência na qualidade dos serviços
prestados e o alcance das metas institucionais.
E assim, busca estimular os professores a fim de que reflitam criticamente
sobre o seu pensar e o seu fazer docente, superando a postura de mero
transmissor, tornando-os facilitadores, produtores/mediadores de conhecimentos
que conduzam a mudanças significativas na sua atividade profissional, indo além
de propostas centradas na racionalidade técnica instrumental, mas uma formação
que permita o professor se desenvolver integralmente, como pessoa e profissional
da educação para ter possibilidades de analisar e intervir sabiamente na sala de
aula.
Para atingir tais finalidades a FANESE realiza capacitação periódica de seu
corpo docente com vistas a promover a formação continuada nos períodos de
83
recesso, encontros pedagógicos, inclusive com encontros com a Direção Geral
visando a orientações e procedimentos, diretrizes gerais, devolutivas da CPA em
relação às práticas pedagógicas, postura profissional, uso do sistema acadêmico,
novas tecnologias, bem como inovações da IES.
Atualmente, é viabilizada por meio de cursos, palestras, workshops,
seminários e, é, indubitavelmente, uma política indispensável para os educadores.
Os professores têm a seu dispor programas de formação continuada que incluem
jornadas de reciclagem, cursos de especialização e oficinas de formação em
diversas áreas voltadas à qualificação profissional, habilidade interpessoal e ao
desenvolvimento cognitivo.
Nesse sentido, a reflexão crítica sobre as práticas pedagógicas e a
permanente construção da identidade docente são aspectos fundamentais da
proposta de formação continuada aplicada na IES, exercida em duas ações.
• Política de Valorização e Profissionalização dos Docentes
• Jornadas de Reciclagem
A Política de Valorização e Profissionalização dos Docentes parte da
premissa que o desempenho dos alunos remete diretamente a formação do
professor e às condições materiais e culturais que dispõem os profissionais de
educação no que se refere a recursos permanentes, materiais de consumo e,
especialmente, bibliotecas, laboratórios, salas de estudos, jornais, revistas, filmes,
computadores para consulta (Internet) e aprimoramento de sua prática educativa.
A IES entende que, além de uma formação inicial consistente, é preciso
considerar um investimento educativo contínuo e sistemático para que o professor
se desenvolva enquanto profissional da Educação, independentemente da sua
modalidade. O conteúdo desta formação precisa ser revisto permanentemente para
que haja possibilidade de melhoria do ensino.
Inúmeras são as ações empreendidas nesta IES no sentido de Reciclagem
Permanente dos seus docentes. Ao iniciar cada semestre letivo, acontece uma
Reciclagem Intensiva, onde se reflete criticamente a prática educativa, fortalecem-
se as metas a serem coletivamente alcançadas por toda a equipe durante o
semestre.
84
No decurso do semestre, ocorre o processo de aprimoramento contínuo de
professores através das atividades Individuais, realizadas junto à Coordenação de
Cursos/Coordenação Pedagógica, além de Horas-Atividades Grupais Mensais,
onde os professores, divididos por áreas e segmentos, encontram-se, sob a
coordenação dos profissionais de Apoio Técnico Pedagógico, a fim de garantir a
articulação das áreas, o compartilhamento de saberes e a construção coletiva entre
os profissionais docentes e a formação de grupos de estudos.
Na área de reciclagem profissional e de conhecimentos, a IES possui uma
política que alia qualificação e inovação. Conhecer novas abordagens
educacionais, criar novas estratégias e inteirar-se dos novos estudos e paradigmas
educacionais fazem parte da estratégia da FANESE de valorizar seus profissionais
através do conhecimento das inovações, da reciclagem de conhecimentos e da
troca de experiências com outros profissionais, dentre outros.
É importante destacar que esta prática é utilizada para os professores da
modalidade presencial e que o mesmo procedimento será adotado para os
professores dos cursos a distância, que ora estão sendo pleiteados.
De forma complementar a IES incentiva, mediante portaria, a participação
em eventos científicos e culturais, a produção acadêmica, inclusive com estímulos
a docentes que desenvolvem iniciação científica com publicação, e estimula ainda
a realização de cursos que considera importante ao seu corpo docente, conforme
planejamento financeiro.
A FANESE estimula ainda a formação continuada mediante previsão
institucionalizada por portaria para que o Docente tenha o direito a participação
gratuita em módulos da pós-graduação ofertados, exemplo de didática do ensino
superior ou mesmo módulos direcionados a área de formação (saber) de seus
docentes. Fornece, ademais, ajuda de custo para os docentes interessados em
realizar cursos de mestrado e doutorado.
Nesta perspectiva, persegue a coerência com as políticas de pessoal, de
carreiras do corpo docente, seu aperfeiçoamento, seu desenvolvimento profissional
e suas condições de trabalho com as políticas firmadas em documentos oficiais ao
tempo que incentiva a qualificação profissional oferecendo capacitação a referida
categoria.
85
Por fim, cabe destacar que a divulgação de tais ações referentes à política
de capacitação é feita pelos coordenadores de curso, coordenação acadêmica,
coordenador da pós-graduação, direção (através de ofícios), e-mails, mensagens
diversas, incluindo grupos de redes sociais.
7.3. Corpo de Tutores
A partir da experiência que a FANESE vem amealhando ao longo do tempo
com as disciplinas EAD, formou-se a plena convicção de que a Educação a
Distância de qualidade depende, essencialmente, de diferentes e inovadoras
ferramentas de ensino. No contexto atual, tais ferramentas não apenas permitem a
transmissão de informações, mas também a possibilidade de interações entre os
professores, tutores e alunos. Assim, uma das condições de atratividade dos
cursos EAD é o uso adequado das ferramentas de transmissão e interação.
Para atingir tal finalidade é fundamental que o tutor seja permanentemente
capacitado a usar e explorar bem as ferramentas EAD, a fim de que possa oferecer
um suporte seguro ao aluno, bem como detectar dificuldades do uso dos alunos no
que tange a essas ferramentas e contribuir para que o professor e a equipe do
NEAD, incluindo a empresa TECNED, possam fazer os ajustes necessários e
contínuos ao bom andamento do processo de ensino-aprendizagem.
Dessa forma, a FANESE, através do seu Núcleo de Ensino a Distância,
oferece a cada semestre um curso de formação e atualização de tutores, com o
objetivo de formar profissionais dotados de visão crítica e objetiva das práticas no
EAD/FANESE e demonstrar a essência e a importância da educação a distância
para o desenvolvimento da sociedade.
Cabe destacar que é de responsabilidade do coordenador do
NEAD/FANESE conduzir as etapas de recrutamento e seleção de tutores
presenciais, através de análise do currículo e entrevistas com os candidatos, em
conformidade com as orientações estabelecidas pela IES.
Após a entrada do profissional na IES, o coordenador Geral deve prover as
orientações e os materiais necessários para o treinamento do tutor presencial.
Cabe ao supervisor de tutoria planejar e conduzir curso de formação de tutores.
86
A partir daí, periodicamente são oferecidas capacitações aos
colaboradores, incluindo tutores e funcionários do corpo técnico-administrativo, a
respeito de assuntos relacionados à prática e vivência pedagógico-administrativas.
E assim, os professores/tutores são sistemáticos, qualitativa e
quantitativamente acompanhados e orientados, participando de reuniões e de
capacitações com a Equipe EAD FANESE e com a TECNED, empresa contratada,
conforme já detalhado.
Seguem alguns dos Cursos de Formação e capacitação oferecidos
semestralmente:
Capacitação Básica em EAD – tem como finalidade apresentar aos tutores
a estrutura do design institucional; orientar a respeito das especificidades da
condução do curso; estimular a uma interação positiva com os materiais já
desenvolvidos para permitir que ele possa fazer a intermediação de forma efetiva.
• Atualização em Ferramentas EAD – intenciona promover a
atualização dos tutores em relação às ferramentas de ensino disponíveis para
transmissão de informações e de comunicação; permitir a vivência nas ferramentas
para uma interação e assessoria segura junto aos alunos.
• Comunidade de Aprendizagem Virtual – visa oportunizar uma
constante troca de experiências entre os professores e tutores; oportunizar troca de
informações de conteúdos para aumentar o nível da qualidade do processo ensino-
aprendizagem; estimular a experiência de uma Comunidade Virtual de
Aprendizagem.
• Desenvolvimento Pedagógico – objetiva suscitar uma reflexão
permanente das dificuldades e boas práticas de aprendizagem detectadas pelos
professores, tutores e estudantes; desenvolver uma abordagem crítica a respeito
das dificuldades e experiências positivas detectadas; estimular novas estratégias
de ensino, produção de material didático e aperfeiçoamento das estratégias de
ensino utilizadas.
87
7.4. Organização Didático-Pedagógica
A organização didático-pedagógica da FANESE repousa sobre a
administração acadêmica da IES. Dessa forma, é constituída pelas Coordenações
dos Cursos, pela Coordenação Acadêmica e pelas instâncias de atendimento aos
discentes.
Inserem-se neste contexto os Projetos Pedagógicos dos Cursos – PPCs,
bem como a materialização dos mesmos, considerando suas especificidades,
regulamentos, normas e legislações em vigor.
Os percursos curriculares existentes nos PPCs refletem o posicionamento
da IES diante da realidade e do desenvolvimento das áreas de conhecimento de
cada curso.
Os conteúdos das ementas existentes nas matrizes curriculares – que
compõem o perfil de uma formação acadêmica – são forjados como fonte de
orientação, tentando garantir uma formação plural, dinâmica e multicultural,
embasada em referenciais sócio antropológicos, epistemológicos e pedagógicos,
sempre em consonância com o perfil do egresso.
Assim, os currículos são conjuntos de elementos que integram os
processos de ensinar e de aprender num determinado tempo e contexto,
garantindo a identidade do curso e o respeito às características da realidade local e
da conjuntura mercadológica.
Nos PPCs devem constar: perfil do egresso; matriz curricular; atividades do
curso; composição do colegiado; ementário e bibliografias básicos.
A organização didático-pedagógica é constantemente pensada pelos
órgãos colegiados que a ela se articulam e compõem distintas dimensões da
gestão acadêmica.
7.5. Órgãos Colegiados: Competências e Composições
Os processos de gestão institucional previstos na FANESE em seus
principais documentos, a exemplo deste PDI e do Regimento Geral consideram a
autonomia e a representatividade dos órgãos gestores e colegiados e a
participação de docentes, técnicos, discentes e da sociedade civil organizada e dos
88
tutores (previsto para o funcionamento do EAD), regulamentam o mandato dos
membros que compõem os órgãos colegiados e preveem a sistematização e
divulgação das decisões colegiadas, assim como a apropriação pela comunidade
interna. A seguir estão descritos os principais colegiados e suas composições e
atribuições:
7.5.1. Conselho de Administração Superior - CAS
O CAS é o órgão máximo de natureza deliberativa, normativa, consultiva e
de recursos, com atribuição de zelar pelos objetivos institucionais da FANESE. É
constituído pelo Diretor Geral (presidente), pelo Coordenador Administrativo (vice-
presidente), por cinco representantes dos docentes (eleitos pelos seus pares), por
um representante discente (indicado na forma da legislação em vigor) e por um
representante da entidade mantenedora.
A existência do CAS, bem como a maneira pela qual o mesmo está
formado garante que importantes decisões da faculdade sejam tomadas de modo a
envolver não somente diferentes esferas da administração da IES, mas envolver
também o corpo docente. Isso demarca a importância que a atividade docente tem
na IES, salientando que a atividade de Ensino é a marca maior desta instituição.
Dessa maneira, garante-se que, mesmo na dimensão administrativa, as
atividades de ensino sejam consideradas as mais importantes e o fim último da
FANESE.
No CAS, as decisões são tomadas a partir de votação, de modo que cada
integrante do conselho tem a liberdade para expor sua opinião e seus argumentos
quanto a questão discutida. Sendo assim, pode-se dizer que as grandes decisões
da IES são tomadas em regime de responsabilização compartilhada entre variados
atores organizacionais.
Para mais informações, cabe a consulta do Regimento Geral da FANESE.
7.5.2. Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão - CEPE
O CEPE é um órgão colegiado acadêmico da natureza deliberativa,
normativa, consultiva e de recursos, cuja atribuição é zelar pelos objetivos
acadêmicos da Faculdade. É composto pelo Diretor Geral, pelo Coordenador
89
Acadêmico, por um Coordenador de Curso, por cinco representantes dos docentes
e por um representante discente.
Assim como o CAS, o CEPE é um instrumento que visa garantir uma
gestão compartilhada entre distintos protagonistas da IES. Ao CEPE cabe, por
exemplo, discutir e deliberar sobre as possíveis mudanças nas matrizes
curriculares dos cursos, bem como nas mudanças que regulamentam os estágios
supervisionados.
Qualquer agente institucional pode enviar propostas de mudança para o
CEPE, tais propostas são enviadas à Direção Geral que convida um membro do
CEPE para avaliar a questão e redigir um parecer. Posteriormente, tal parecer é
repassado para os demais membros do CEPE, junto a uma convocação para a
reunião do referido conselho.
Nas reuniões o conselheiro que escreveu o parecer faz a leitura do
documento redigido e, a partir de então todos os conselheiros se posicionam
quanto à temática discutida.
As decisões do CEPE se dão por meio de votação, de modo que para
garantir a autonomia da FANESE, a Direção somente tem voto de desempate.
Normalmente chegam ao CEPE propostas confeccionadas pelos Núcleos
Docentes Estruturantes e Colegiados de Cursos. Vale destacar a participação de
um discente neste conselho (assim como no CAS), garantindo que exista
representatividade do alunado nas instâncias decisivas da IES, permitindo que o
estudante interfira diretamente na constituição do perfil do egresso da FANESE,
por exemplo.
Para mais informações, cabe a consulta do Regimento Geral da FANESE.
7.5.3. Núcleo Docente Estruturante - NDE
O Núcleo Docente Estruturante se refere a uma estratégia defendida pelo
MEC para auxiliar os cursos de graduação a manter-se em conformidade com os
ideais de atualização contínua e busca permanente por revitalização do curso.
De acordo com o Parecer CONAES Nº4 de 17 de junho de 2010, a ideia do
NDE advém da concepção de que um bom curso de graduação é sempre
90
constituído de alguns membros do corpo docente que auxiliam na construção da
identidade do curso. Segundo o Conselho Nacional de Educação, a perspectiva do
NDE não objetiva personificar um curso, mas pretende, por outro lado “reconhecer
que educação se faz com pessoas e que há, em todo grupo social, um processo de
liderança que está além dos cargos instituídos. Se a identidade de um curso
depende dessas pessoas que são referências, tanto para os alunos como para a
comunidade acadêmica em geral, é justo que se entenda e se incentive o
reconhecimento delas, institucionalmente, para qualificar a concepção, a
consolidação e, inclusive, a constante atualização de um projeto pedagógico de
curso. Com isso se pode evitar que os ds sejam uma peça meramente
documental”.
O pensamento do Parecer acima expresso deu origem à Resolução do
CONAES Nº 1 de 17 de junho de 2010, a qual definiu oficialmente o NDE como
sendo importante para todos os cursos de graduação do país.
Em verdade, em documentos anteriores – como Portaria nº 147, de 2 de
fevereiro de 2007, a qual trata de instruções complementares para pedidos de
autorização dos cursos de Medicina e Direito – o Núcleo Docente Estruturante já
era citado como fundamental.
Na FANESE, a criação do primeiro NDE se deu no curso de Administração
e se constituiu de forma espontânea e inicialmente informal. Esse primeiro NDE
surgiu a partir de um grupo de professores do colegiado que se diferenciou; tais
professores acreditavam que uma vez formado um grupo menor, com pessoas
mais empenhadas pelo curso e de referência no mesmo, seria mais provável
desenvolver trabalhos em prol das mudanças necessárias para melhorar a
qualidade da graduação.
Então, sendo NDE a nomenclatura utilizada na Portaria nº 147, de 2 de
fevereiro de 2007, foi publicada na FANESE a Portaria nº 44, de 18 de dezembro
de 2009, a qual regulamentou, pela primeira vez, procedimentos operacionais
relativos à funcionalidade dos Núcleos Docentes Estruturantes dos cursos de
graduação da IES. Assim, destaca-se que na FANESE, os NDEs foram formados
antes mesmo da Resolução do CONAES publicada em 2010, a qual demonstrou a
importância deste núcleo para todas as graduações do país.
91
Desde então, a Portaria nº 44 de 2009 da FANESE é atualizada sempre
que uma alteração é feita no NDE de algum curso.
Na FANESE, cada curso conta com um NDE próprio, que auxilia o
coordenador de curso na gestão de tal graduação. Segundo as normas da IES, o
NDE se constitui como sendo um órgão consultivo responsável pela concepção do
Projeto Pedagógico do curso e tem por finalidade a implantação do mesmo.
A existência do NDE tem, na FANESE (como revela a história na IES), não
somente o intuito de seguir as orientações do MEC, mas, prioritariamente, garantir
a permanência de um grupo de professores sempre empenhados na melhora do
curso.
As atribuições do NDE são:
• Avaliar o Projeto Pedagógico do Curso definindo sua concepção e
fundamentos;
• Estabelecer o perfil profissional do egresso do curso; atualizar
periodicamente o projeto pedagógico do curso;
• Sempre que necessário, conduzir os trabalhos de reestruturação
curricular para aprovação no Colegiado de Curso e no Conselho de Pesquisa e
Extensão;
• Supervisionar as formas de avaliação e acompanhamento do curso
definidas pelo Colegiado;
• Analisar e avaliar os Planos de Ensino dos componentes curriculares;
promover a integração horizontal e vertical do curso, respeitando os eixos
estabelecidos pelo projeto pedagógico;
• Acompanhar as atividades do corpo docente, recomendando ao
Colegiado de Curso a indicação ou substituição de docentes, quando necessário.
A partir dos novos instrumentos publicados pelo MEC/INEP em 2017 o
Núcleo Docente Estruturante passou a exercer um protagonismo ainda maior. O
novo papel atribuído ao NDE é estratégico porque cumpre com os objetivos do
novo instrumento, o que contribui para o desenvolvimento da aprendizagem, a
redução da evasão e maior coerência do curso. Cabe ao NDE não só acompanhar
os métodos de avaliação e execução do processo de ensino aprendizagem, mas
92
também estruturar os planos de ensino aprendizagem, de modo que essa instância
consultiva e assessora do curso contribua à formação do perfil profissional do
egresso, ao cumprimento das DCNs e às demandas do mercado de trabalho.
Nesse sentido, a escolha dos integrantes do NDE perpassa pela titulação, regime
de trabalho e capacidade de contribuir ao planejamento do curso e da avaliação de
aprendizagem.
Por fim, cumpre destacar que há mais uma tarefa reservada ao referido
Núcleo relacionada ao acervo bibliográfico dos cursos (básico e complementar).
Este acervo deve ser referendado por relatório de adequação, assinado pelo NDE.
Para atingir tal intento deve o NDE participar intensamente na elaboração dos
planos de ensino aprendizagem, na intermediação da comunicação entre professor
e estudante e na viabilização de recursos necessários para a promoção da
autonomia discente efetiva.
7.5.4. Colegiados de Curso
O Colegiado de Curso é órgão deliberativo e consultivo responsável pela
fixação das diretrizes didático-pedagógicas do respectivo curso, respeitadas as
normas superiores, bem como pela definição do perfil profissional de seu formando.
Integram o Colegiado de Curso: o coordenador do curso e os docentes que
ministram aulas no curso.
Além disso, o colegiado é concebido como espaço destinado à
coordenação pedagógica, envolvendo estudos, planejamento, socialização das
experiências metodológicas; elaboração e organização de projetos, de eventos,
seminários e outras iniciativas demandadas no cotidiano do curso.
Cabe ao colegiado do curso:
• Elaborar, pelos seus docentes, os planos de ensino, programas,
bibliografia e ementas de cada disciplina, conforme as exigências do projeto
pedagógico do curso, antes do inicio do período letivo, com a devida atualização;
• Sugerir medidas para aperfeiçoar o perfil profissional de cada curso,
em função de suas características profissionais e sociais;
93
• Planejar a distribuição equitativa, ao longo do período letivo, dos
trabalhos escolares a serem exigidos dos alunos, nas várias disciplinas do curso,
de acordo com o Calendário da IES;
• Sugerir e propor para o Coordenador do Curso, curso extraordinário,
seminários ou conferências julgadas necessárias ou úteis à formação profissional
do aluno;
• Indicar ao Coordenador, bibliografia específica necessária aos planos
de ensino, em tempo hábil para constar no plano orçamentário;
• Promover o entrosamento das matérias e/ou disciplinas de sua área
com as demais, proporcionando o bom andamento dos conteúdos programáticos;
• Zelar pela execução das atividades e dos planos de ensino das
disciplinas que o integram;
• Propor medidas para o aperfeiçoamento do ensino, dos trabalhos de
incentivo a iniciação científica e da extensão;
• Exercer as funções previstas para este órgão e delegadas ao mesmo,
constantes no Regimento Geral da Faculdade.
• Os colegiados de curso costumam se reunir pelo menos duas vezes
por semestre. Todavia, caso seja necessário, os coordenadores de curso podem
convocar outras reuniões.
7.5.5. Núcleo de Ensino à Distância - NEAD
Conforme previsto neste documento e de forma mais detalhada no
Regimento Geral da FANESE, o Núcleo de Educação a Distância – NEAD
compreende uma unidade de ensino vinculada diretamente à Coordenação
Acadêmica, competente para implementar políticas e diretrizes à Educação a
Distância (EAD) no âmbito da Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe,
obedecendo as diretrizes estabelecidas pela Direção Geral.
Referido Núcleo foi concebido para funcionar num modelo de estrutura
organizacional moderna, que permita que os processos de gestão sejam
autônomos, porém compartilhados, democráticos e com representatividade de todo
o segmento acadêmico inerente a esta modalidade de ensino.
94
Nessa perspectiva, o NEAD é composto pela Coordenação Acadêmica;
Coordenação Geral EAD; Coordenação Adjunta; Coordenação Pedagógica;
Coordenações de Curso; Supervisão de Produção de Materiais e Midiáticos;
Supervisão de Projetos e Documentações; Supervisão Administrativa-financeira;
Supervisão de Tutoria; Coordenador de Tecnologia da Informação e de
Comunicação; Secretaria de Apoio Administrativo.
No entanto prevê o Regimento que a quantidade de coordenações de
curso e de tutoria dependerá do número de cursos de graduação em educação a
distância.
Tais funções serão exercidas por docentes com regime de trabalho integral
ou parcial, os quais serão nomeados pela Direção Geral e seus mandatos
regulados nos documentos institucionais.
Para o pleno funcionamento do Núcleo, pressupõe-se a existência de um
conselho, uma vez que os processos de gestão da Educação à Distância da
FANESE levam em consideração a autonomia e a representatividade dos órgãos
gestores e colegiados e a participação de docentes, técnicos, discentes e da
sociedade civil organizada e dos tutores.
Convencionou-se chamar o Conselho do NEAD de CONEAD. Referido
Conselho, previsto neste e no Regimento Geral da FANESE, tem poder
deliberativo, normativo e consultivo em matéria administrativa e didático-científica,
aprovadas pelo CEPE e tem as seguintes competências:
• supervisionar a política educacional, no âmbito da unidade EAD;
• aprovar Plano de Ação das atividades acadêmicas, científicas e
culturais, a partir da política acadêmica da instituição;
• exercer o controle disciplinar, julgando processos que foram
constituídos por ato da Direção Geral da FANESE;
• propor a realização, na Faculdade, de Cursos de Graduação, Pós-
graduação Lato Sensu, aperfeiçoamento, extensão e outros, bem como projetos de
pesquisa, em conformidade com os projetos aprovados;
• deliberar, em grau de recurso, sobre as penalidades disciplinares
aplicadas aos discentes e docentes pelos Colegiados de Curso;
95
• avaliar a perspectiva de integração e articulação de processos de
ensino a distância, com as Instituições de Ensino Superior – IES nos âmbitos
estadual, nacional e internacional, bem como com a Educação Básica nos sistemas
de educação estadual e municipal públicos;
• estabelecer diretrizes de atuação às Coordenações ligadas à
Coordenação Geral do NEAD;
• aprovar semestralmente, ou quando forem solicitados, relatórios
financeiros e acadêmicos das atividades da Coordenação Geral;
• propor a adequação de novas tecnologias, recursos didáticos e
pedagógicos que possam ser utilizados em EAD;
• aprovar os editais de seleções públicas para tutor presencial e a
distância, para o ingresso nos cursos de graduação, pós-graduação e de extensão,
bem como para o provimento de funções na área de apoio administrativo;
• apreciar proposições de contratos e convênios concernentes às
atividades a serem executadas pelo NEAD com outras instituições;
• elaborar e modificar o Regimento Interno do NEAD, exigindo-se, para
tal, a presença de, no mínimo, dois terços de seus membros, submetendo-o à
aprovação final do CEPE;
• apreciar e homologar deliberações dos colegiados de curso quanto à
indicação de docentes para a função de professor conteudista, bem como dos
Projetos Políticos Pedagógicos dos Cursos;
• deliberar sobre quaisquer questões que digam respeito à vida
acadêmica, às gestões administrativa e financeira, funcionando o CONEAD como
instância, para recursos e homologações de suas decisões.
Vale lembrar que o CONEAD será sempre composto pelo Diretor Geral,
como presidente; Coordenação Acadêmica, como vice-presidente; Coordenador
Geral EAD; Coordenador Pedagógico; Supervisor de Produção de Materiais
Midiáticos; Supervisor de Projetos e Documentações; Supervisor Administrativo-
Financeira; Coordenador de Tecnologia da Informação e de Comunicação; um
representante dos Coordenadores de Curso; um representante do Corpo Docente;
um representante do Corpo Discente, um representante Tutores, um representante
96
técnicos-administrativos, um membro da sociedade civil, contemplando os
segmentos da comunidade acadêmica que fazem parte do EAD/FANESE.
As votações do Conselho far-se-ão por maioria simples, observado o
quórum de maioria absoluta e, em caso de empate, caberá o voto de qualidade ao
Presidente do Conselho.
A decisões/deliberações dos órgãos gestores e colegiados serão
divulgadas em diversos canais, como a intranet e no controle acadêmico (de forma
sistemática e periódica), com o intuito de dar ciência acerca das ações e
transparência da IES, permitindo a apropriação das informações pelos
interessados.
E assim, os processos de gestão institucional previstos consideram a
autonomia e a representatividade dos órgãos gestores e colegiados e a
participação de docentes, técnicos, discentes e da sociedade civil organizada e dos
tutores, regulamentam o mandato dos membros que compõem os órgãos
colegiados e preveem a sistematização e divulgação das decisões colegiadas,
assim como a apropriação pela comunidade interna.
Para mais informações, cabe a consulta do Regimento Geral da FANESE.
7.6. Políticas de Atendimento ao Corpo Discente
Na FANESE os alunos são, em várias instâncias, considerados como uma
grande prioridade da IES, uma vez que a faculdade intenta proporcionar aos
mesmos uma formação de qualidade.
Todo o corpo docente da IES é instruído a dar ao aluno o melhor
atendimento em sala de aula. Os professores nas reuniões de colegiado de curso,
bem como nos semestrais encontros pedagógicos são orientados a estimular os
estudantes, encorajando-os a um percurso acadêmico no qual há espaço aberto
para o diálogo.
É de fundamental importância frisar que, se necessário, os docentes
atendem individualmente aos acadêmicos em horários previamente agendados,
que não coincidam com as aulas ou atividades práticas previstas no calendário
acadêmico. Para o atendimento individual o docente utiliza sua própria sala ou as
97
salas de estudo na biblioteca, salas de aula, sala dos professores, ou outras
instalações.
Assim como a IES estimula que os professores estejam disponíveis aos
alunos, na FANESE os coordenadores devem servir ao estudante como um
constante ponto de apoio. No entendimento da FANESE, o coordenador se coloca
sempre como um orientador, disponível ao aluno para tirar dúvidas sobre sua vida
educacional, instruindo o aluno na direção do melhor aproveitamento da vida
acadêmica.
Uma das partes mais importantes da política de atendimento ao discente
da IES refere-se ao Núcleo de Apoio Psicopedagógico NAP.
A criação do NAP foi institucionalizada por meio Portaria nº 40, de 29 de
dezembro de 2008, a qual no Art. 2 descreve as atribuições do NAP a serem
exercidas por profissional qualificado. Segundo tal documento cabe ao NAP:
• Facilitar o processo de adaptação do estudante em termos de
integração emocional e pedagógica;
• Buscar a integração do aluno dentro do contexto universitário da
instituição;
• Identificar problemas com membros da comunidade acadêmica e
buscar meios para a sua superação;
• Realizar atendimento emergencial aos membros da comunidade
acadêmica principalmente no que diz respeito à caracterização de dificuldades:
profissional, pedagógica, interpessoal;
• Formar banco de informações relativo a problemas verificados na
comunidade acadêmica, caracterizando suas maiores dificuldades.
Dessa maneira, o NAP funciona com o intuito de fornecer apoio aos
estudantes, por meio do desenvolvimento de programas e projetos de assistência
estudantil. Acompanha, orienta e facilita o acesso às informações dos estudantes,
sendo este, um órgão pelo qual os acadêmicos recebem as informações
institucionais.
Um dos principais objetivos do NAP é a ampliação e aperfeiçoamento dos
instrumentos de auxilio ao estudante, isto é, o NAP almeja favorecer e ampliar
98
possibilidades de vivência acadêmica produtiva. Não obstante ao fato de que o
atendimento ao discente é uma das funções prioritárias do NAP, vale ressaltar que
este setor da faculdade se propõe a uma prática que integra vários aspectos
relacionais, educacionais e organizacionais. Portanto, mantendo uma tônica que é
de orientação pedagógica e psicossocial, o NAP atende discentes, docentes, bem
como o corpo administrativo da IES.
Dito isto, pode-se afirmar que o NAP da FANESE é um Núcleo de Apoio
Psicopedagógico que presta assistência e/ou orientação psicopedagógica aos
discentes, família, corpo docente e colaboradores da referida instituição. Este
Núcleo foi criado para atender, mediar e auxiliar na solução de situações que
possam dificultar o processo de ensino-aprendizagem, através de orientações e
aconselhamentos para assegurar uma adaptação satisfatória dos protagonistas do
processo acima citado.
Tal Núcleo compreende a importância da formação global do
discente/docente – formação psicossocial – para isso, é necessário o
desenvolvimento de relações interpessoais satisfatórias e o bem-estar
psicopedagógico do discente/docente.
Aos discentes pretende-se realizar atendimento emergencial e informativo
de acordo com suas demandas: a escuta da situação-problema; a identificação das
áreas de dificuldade fornecendo informações objetivas que o orientem,
minimizando a ansiedade presente; e, se necessário, fazer encaminhamento para
profissionais e serviços especializados.
Já aos docentes, o NAP intenta oferecer suporte necessário para um
melhor aproveitamento no processo ensino-aprendizagem. Não esquecendo,
ainda, das necessidades dos colaboradores da IES que podem ter espaço no NAP,
onde irão dispor, quando necessário, de escuta especializada.
Além das ações já expressas, o NAP tem iniciado pesquisas sobre evasão
e repetência. Tais pesquisas visam auxiliar com mais propriedade os alunos com
dificuldades de aprendizagem ou dificuldades de êxito no estudo. Referidos
levantamentos podem, ainda, auxiliar a IES na retenção dos alunos, de modo que o
NAP pretende, também, fornecer dados importante para auxiliar a gestão
administrativa e acadêmica da faculdade.
99
Embora os professores sejam estimulados a encaminhar os alunos para o
NAP, relatórios indicam que a maior parte dos alunos que chegam ao serviço,
buscam a ajuda especializada por conta própria. Pode ser percebida pela IES um
aumento nos agendamentos do NAP depois que o mesmo iniciou campanhas
educativas, como por exemplo, uma campanha sobre as dificuldades de
aprendizagem.
Conforme dito anteriormente, a partir da missão da FANESE, os alunos
acabam se estabelecendo como importante foco da IES. Por conseguinte, outros
setores também assumem a responsabilidade de atender bem o alunado, sendo
que se almeja manter a constante busca pela integração da equipe organizacional
com os discentes. Essa perspectiva parte do pressuposto de que a busca pelo
conhecimento é, indubitavelmente, um processo que envolve aspectos cognitivos,
volitivos, afetivos e culturais. Nesse sentido, a vinculação entre membros do corpo
técnico-administrativo e corpo discente é vista como tão importante quanto à
vinculação entre professores e alunos.
Seguindo essa lógica, busca-se manter um funcionamento desde a
recepção, passando pela secretaria e tesouraria, no qual o aluno possa sentir-se
acolhido e, consequentemente, preparado para empenhar-se a introjetar todo o
conhecimento e amadurecimento que a IES se propõe a favorecer.
Mantendo tais pressupostos, a Biblioteca, por sua vez, auxilia e orienta os
acadêmicos disponibilizando normas da ABNT (Associação Brasileira de normas
Técnicas) para elaboração de trabalhos científicos e acadêmicos, assim como
disponibiliza as orientações necessárias para que todo o material bibliográfico da
IES seja plenamente aproveitado pelo aluno.
Além disso, a FANESE parte do pressuposto de que para que haja ensino
superior de qualidade, é imprescindível uma boa base, a qual envolve
conhecimentos da educação fundamental. Dado o fato de que, na atualidade,
inúmeros estudantes de nível superior têm (por distintos motivos) dificuldades
como a expressão escrita ou com o domínio da matemática, a referida instituição
busca formas de capacitar adequadamente os seus alunos para o pleno
aprendizado e domínio dos conteúdos serem adquiridos nos cursos superiores.
100
Considerando isso, após constatar que alguns alunos ingressavam na IES
com dificuldades (oriundas de formação básica e fundamental deficitária ou do
excessivo tempo distante dos estudos) as quais poderiam entravar o processo de
aquisição de novos conhecimentos, a FANESE instituiu os cursos de nivelamento.
Os cursos de nivelamento fazem parte da política de atendimento ao
discente e visam, também, estimular os alunos a permanecerem na IES. Tais
cursos foram instituídos pela Portaria nº 34, de 22 de setembro de 2009. Eles são
opcionais e podem ser oferecidos aos sábados, quando, supostamente, os alunos
têm mais tempo. Todavia, para que todos os alunos tenham toda a oportunidade de
apoio na sua jornada de estudo, os cursos de nivelamento também podem ser
ofertados durante a semana, em turno complementar.
A FANESE costuma ofertar dois cursos de nivelamento: o curso de
Produção e Interpretação e Texto e o curso de Matemática Básica.
Outro importante recurso da IES, integrante da política de atendimento ao
deiscente refere-se à Ouvidoria.
A Ouvidoria da FANESE é um serviço institucionalizado de interação entre
a comunidade acadêmica, discentes, docentes, egressos, colaboradores e
sociedade civil organizada (usuário/cidadão), com instâncias administrativas da
IES, visando a contribuir para o aperfeiçoamento da gestão institucional, no que se
refere ao tratamento das demandas das comunidades interna e externa.
Nesses termos, embora os discentes tenham na ouvidoria a possibilidade
de ter sua demanda escutada e, inclusive, respondida, há que se considerar que
este canal de atendimento não se limita a atender os estudantes, servindo,
inclusive, ao público externo. Apesar disto, é recorrente o fato de os alunos usarem
a ouvidoria como um espaço de escuta, no qual são expostas reclamações sobre o
funcionamento da IES, assim como elogios a respeito da mesma.
A Ouvidoria tem como atribuições: ouvir as reclamações, denúncias,
elogios, solicitações, sugestões ou esclarecer as dúvidas sobre os serviços
prestados; além de receber, analisar e encaminhar as manifestações dos cidadãos
aos setores responsáveis; e por fim, acompanhar as providências adotadas,
cobrando soluções e mantendo o cidadão informado. Vale destacar, ainda, que a
101
ouvidoria se preocupa em responder com clareza as manifestações dos usuários,
no menor prazo possível.
Pensando na democratização do ensino, a IES aderiu ao PROUNI e ao
FIES e instrui os alunos sobre todas as possibilidades de quaisquer modalidades
de auxílio que favoreçam a graduação.
Vale frisar, ainda, que os alunos monitores, assim como os pesquisadores
não voluntários serão beneficiados com desconto no valor da mensalidade, como
forma de apoio e incentivo.
Também com vistas a incentivar a continuidade dos estudos, todos os
egressos da FANESE têm desconto no valor da mensalidade de pós-graduação da
IES, auxiliando na permanente busca por mais conhecimento e no aperfeiçoamento
profissional.
Em respeito à gestão democrática e com o intuito de estimular a ação
política dos alunos, a FANESE incentiva a participação dos estudantes em centros
acadêmicos através de concessão de espaço físico. E, do mesmo modo, auxiliou a
criar o Diretório Central dos Estudantes - DCE.
7.7. Políticas de Atendimento aos Egressos
O acompanhamento de egresso, independente da modalidade de ensino,
constitui estratégia de permanente renovação institucional, pois a partir do contato
com ex-alunos suas realidades pessoais, acadêmicas e profissionais são reveladas
e é possível obter dados significativos do contexto profissional de cada curso, para
a atualização e o enriquecimento do ensino de graduação e pós-graduação.
Os ex-alunos dos cursos já em funcionamento recebem informes para
aperfeiçoamento profissional, através da oferta de cursos de especialização e
eventos oferecidos pela FANESE. Além disso, podem continuar a utilizar a
biblioteca, laboratórios e outros serviços prestados pela Instituição. Também com
vistas a incentivar a continuidade dos estudos, todos os egressos da FANESE têm
desconto no valor da mensalidade de graduação e pós-graduação da IES,
auxiliando na permanente busca por mais conhecimento e no aperfeiçoamento
profissional. Referido incentivo será ampliado aos egressos do EAD.
102
As políticas e as ações de acompanhamento dos egressos da FANESE no
ambiente socioeconômico estão previstas neste documento, em seus objetivos,
como também nas metas, onde destaca a institucionalização de ações por meio de
portaria institucional, bem como prevê a ampliação das ações que vinculem tais
egressos à instituição para o período de vigência do referido documento
institucional. Referidas ações servem tantos aos alunos presenciais como aos
futuros alunos a distância.
E assim, a FANESE institucionalizou ações de acolhimento tanto ao
calouro quanto ao acompanhamento de egressos, visando, tanto promover uma
inclusão de fato, evitando a evasão desses discentes, como objetivando iniciar
esses alunos na vida acadêmica, promovendo uma transição escola-faculdade
através de ações institucionalizadas. Essa ação foi efetivada através da edição e
publicação da Portaria nº 12 de 18 de abril de 2016. Dessa forma, tem buscado
ampliar as ações direcionadas a calouros e egressos.
Através do e-mail acadêmico a IES mantém contato com seus alunos
egressos, enviando-os informações importantes sobre a IES e a vivência
acadêmica (cursos, palestras, oportunidades de aprendizado). Este contato
também pode acontecer através de lista que a coordenação do curso mantém em
atividade para troca de e-mails entre alunos e egressos da IES, além de alunos de
outras instituições, fomentando a troca de informações de natureza acadêmica e
profissional, como: divulgação de vagas de estágio e emprego, resolução de
problemas técnicos de forma colaborativa, divulgação de eventos.
Está sendo criado um hotsite para os egressos onde os alunos do EAD
também serão inseridos. O acompanhamento dos egressos nos cursos EAD
também servirá de parâmetro para traçar o perfil dos ex-alunos da FANESE. Trata-
se, portanto de um processo de organização de informações das condições
acadêmicas e profissionais dos ex-alunos que visa:
• Verificar a inserção dos seus ex-alunos no mercado de trabalho.
• Construir um banco de dados sobre os ex-alunos que possibilite
manter com eles uma comunicação permanente e um estreito vínculo
institucional.
103
• Criar condições para a avaliação de desempenho dos egressos em
seus postos de trabalho;
• Obter informações que orientem a implantação de cursos, matriz
curricular e programas de pós-graduação.
Serão ofertados para o EAD cursos virtuais de capacitação para egressos
que envolvem temas como: elaboração de currículos, perspectivas no atual
mercado de trabalho, marketing social, como se comportar em entrevistas e temas
gerais que envolvem a adaptação dos novos profissionais egressos às
necessidades atuais de mercado, empregabilidade e preparação para o mundo do
trabalho, relação com entidades de classe e empresas.
7.8. Comunicação da FANESE com a Comunidade
7.8.1. Comunicação Externa
A comunicação institucional na FANESE fundamenta-se na capacidade de
estabelecer relacionamentos, produzir conhecimentos e informações significantes,
de forma abrangente e regular, disponibilizando-os externamente, por meio de
tecnologias de informação.
Para tal utiliza-se de instrumentos de comunicação objetivando a maior e
melhor integração com a comunidade externa. A Assessoria de Comunicação
(ASCOM) e o Setor de Marketing são responsáveis pelas ações de comunicação
principalmente externas, respondendo pela agilidade e qualidade nos processos
informacionais e comunicacionais.
A IES dispõe de sistema de informação e comunicação que integra as
áreas (administrativa e acadêmica), facilitando e agilizando a gestão mediante o
uso de tecnologias, a exemplo do site da FANESE, das redes sociais (Facebook e
Instagram), e-mail, telefones da IES e da sua Ouvidoria (atendimento presencial ou
agendamento por e-mail/telefone).
O site institucional, de forma transparente, disponibiliza informações
relativas a avaliação Institucional, conceitos de curso, calendário acadêmico,
oportunidades de estágios, editais, NUPEF (Pesquisa, iniciação científica e
104
Extensão) e Pós-Graduação, eventos importantes e documentos institucionais
relevantes.
Há também o acesso a um hotsite específico da CPA, que disponibiliza
resultados de avaliações com transparência e imparcialidade, avanços
conquistados e esclarece como se dá o processo de avaliação e todo o caminho
percorrido, bem como o trabalho desenvolvido pela Comissão.
A Ouvidoria é um canal de comunicação entre os usuários dos serviços
prestados pela FANESE e os diversos segmentos de gestão administrativa,
acadêmica e financeira da IES. O atendimento pode ser pessoal, por demanda
espontânea ou agendada e através de e-mail. É fonte idônea e imparcial para
receber solicitações, sugestões, reclamações, denúncias, elogios e buscar
soluções para a manutenção do bem-estar e cidadania da comunidade acadêmica
e externa, usuários dos serviços da IES, atuando complementarmente à gestão
acadêmica, como apoio estratégico para o aperfeiçoamento de seus procedimentos
e cumprimento de seu dever de bem servir à sociedade. As contribuições oriundas
da ouvidoria são relevantes para efetivar a participação e o envolvimento do
FANESE com a sociedade em geral.
Outras estratégias de comunicação são utilizadas como a mídia televisiva;
divulgação em outdoors, folders sobre a IES, de modo geral e, mais
especificamente sobre os projetos de extensão, sobre os cursos ofertados na
graduação e na pós-graduação, com informações sobre o perfil do futuro
profissional, o mercado de trabalho e diferenciais do curso.
7.8.2. Comunicação Interna
Nesse contexto, a FANESE disponibiliza amplo e indistinto acesso da
comunidade interna às informações dos resultados das recentes avaliações, da
divulgação dos cursos, da extensão e pesquisa, da existência de mecanismos de
transparência institucional e da ouvidoria, garantida a acessibilidade nas
comunicações, pois considera imprescindível a publicidade de tais elementos em
suas respectivas áreas de abrangência e mantendo a sua constante atualização e
regularidade no site da FANESE, hotsite da CPA, sistema acadêmico e intranet,
105
além da utilização de outras ferramentas de comunicação como E-MAIL, telefone e
nos principais murais.
No ensino a distância da FANESE, o aluno terá a sua disposição o
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), além de outras ferramentas da
informação e da comunicação. O AVA é o espaço para acessar as informações
necessárias para o pleno desenvolvimento e realização das atividades de
aprendizagem (avaliativas e de fixação). Neste Ambiente, todos buscam novos
conhecimentos e podem se comunicar e interagir com colegas e orientadores (o
professor, o tutor e o coordenador), compartilhar informações, trocar ideias,
participar de discussões temáticas em fóruns, desenvolver projetos em grupo,
divulgar produção, pesquisar, tirar dúvidas e ser próprio construtor do seu saber em
colaboração com seus pares.
Ressaltamos que uma das mais importantes, dentre as citadas tecnologias
utilizada pela IES, é o Controle Acadêmico (CA). O CA é um sistema operacional
desenvolvido internamente em nossa fábrica de softwares, que trouxe um
considerável avanço nesse sentido, uma vez que permite aos alunos e professores
o acesso e a integração acadêmica. Por meio deste os alunos visualizam o
conteúdo programático das disciplinas, bem como o plano de aula das mesmas.
Dessa maneira, no início do semestre o aluno já tem conhecimento por meio do CA
dos assuntos que irão estudar, dos livros a serem utilizados, terão conhecimento
da metodologia e estratégias de avaliação a serem utilizadas pelos professores,
das datas das provas e do planejamento de cada dia de aula. Além disso, a cada
aula dada é feito registro no CA, de modo que, mesmo o aluno que se ausenta da
IES por motivos de saúde, por exemplo, pode acompanhar o andamento das
disciplinas da sua casa.
Acessando o CA, o aluno acompanha as suas faltas e notas e pode
acessar arquivos que os professores disponibilizam. Ou seja, há a possibilidade de
o professor inserir no CA arquivos como: listas de exercício, artigos de revistas
eletrônicas, leituras complementares, apresentação usada durante a aula etc.
Esses arquivos, no CA, são organizados por unidade (I, II e III) para que o aluno
consiga organizar seus estudos.
106
E assim, o referido controle acadêmico é importante elo de comunicação
entre professores e alunos. Por meio deste sistema os professores têm acesso aos
e-mails dos alunos matriculados nas suas disciplinas e pode enviar recados para a
turma, indicando leituras ou outras atividades, deixando lembretes, etc. Vale
lembrar que, além disso, os alunos têm, através do CA, acesso às portarias da IES
que lhes dizem respeito.
Cabe destacar que todo aluno da FANESE tem direito a um e-mail
acadêmico que se articula a uma plataforma de serviços educacionais com
benefícios como licença gratuita de software da Microsoft.
Através do e-mail acadêmico a IES mantém contato com os alunos
enviando-os informações importantes sobre a IES e a vivência acadêmica (cursos,
palestras, oportunidades de aprendizado ou estágios etc). Este contato também
pode acontecer através de lista de discussão que a coordenação do curso mantém
em atividade para troca de e-mails entre alunos e egressos da IES, além de alunos
de outras instituições, fomentando a troca de informações de natureza acadêmica e
profissional, como: divulgação de vagas de estágio e emprego, resolução de
problemas técnicos de forma colaborativa, divulgação de eventos etc.
Além do CA, o site da IES, constantemente atualizado, aponta para o
público interno e externo. Através site da IES o aluno pode acessar a Biblioteca
Online e consultar o acervo da biblioteca, além de fazer reserva ou renovação de
livros e acessar os artigos das Revistas Eletrônicas da IES.
Ademais, existem inúmeros murais na IES nos quais são colocados
cartazes com informações de interesse dos alunos, indicando congressos,
palestras e workshops, bem como oportunidades de estágios extracurriculares.
Partindo do princípio que a comunicação é uma vida de mão dupla, a
ouvidoria encontra-se permanentemente em funcionamento e são registradas todas
as ocorrências feitas pela comunidade interna e externa, ou seja, funciona na IES
como um canal de escuta aberto ao público (interno e externo). Assim, os alunos,
por meio da ouvidoria têm suas reclamações, sugestões e elogios levados a sério.
O que chega à ouvidoria se torna dado de relatórios norteadores em tomadas de
decisão. Assim, NAP (que também busca entender a evasão estudantil) e ouvidoria
são, apoio ao aluno e instrumentos de gestão.
107
Através da autoavaliação institucional, a CPA sinaliza a maneira pela qual
os alunos veem as disciplinas, os professores e a instituição como um todo. Sendo
instrumento de avaliação e mudança organizacional e apoio ao alunado.
Dessa forma, toda a comunidade acadêmica tem acesso às principais
informações institucionais, de forma transparente, inclusive aos resultados das
avaliações da CPA e dos conceitos atribuídos pelo MEC, além dos resultados
levantados pela Ouvidoria, uma vez que tais manifestações fornecem insumos para
melhoria contínua da IES.
8. AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
8.1. Procedimentos de Autoavaliação Institucional
A FANESE desenvolve sua Avaliação Interna a partir de um planejamento
elaborado e executado pela Comissão Própria de Avaliação - CPA. Em função do
planejamento das suas ações, a coordenação da CPA estabelece um cronograma
de reuniões, nas quais são discutidas as condições do processo de avaliação
institucional, seus resultados e suas possibilidades de melhora.
A CPA cria e/ou aprimora os instrumentos de avaliação interna, realiza a
coleta sistemática de informações e faz a análise das mesmas. A partir daí realiza
o diagnóstico das fragilidades (desafios) e potencialidades (avanços) da IES;
estabelece as ações corretivas para as anomalias identificadas; discute as
estratégias para a manutenção das potencialidades identificadas ou, se possível,
sua superação; promove a devida divulgação dos resultados, entendendo que tudo
isto ocorre através de um processo cíclico, de constante aprendizado, no qual a
melhoria contínua é o maior objetivo de todos os agentes envolvidos.
Para operacionalizar tais procedimentos, bem como seguir os requisitos
propostos pelo SINAES, a FANESE estruturou a sua CPA de modo a operar com
uma Secretaria Executiva para dar apoio ao desenvolvimento das atividades de
avaliação realizadas pela Comissão. Os componentes da CPA bem como os
integrantes da Secretaria Executiva são designados através de Portarias da IES,
tendo em sua composição representante dos docentes, dos discentes, dos
108
funcionários, dos coordenadores de curso e da sociedade civil, abrangendo o maior
número de representantes da comunidade acadêmica.
O fato de a CPA constituir-se como uma equipe, exige automaticamente,
uma liderança. Então, na intenção de funcionar de forma plena e organizada,
sempre em consonância com os objetivos da IES, há, na CPA, um membro que
assume a função de coordenação. Tal estratégia de funcionamento tende a
intensificar as ações de planejamento e organização das atividades relativas à
autoavaliação.
Procurando manter o interesse de toda a comunidade acadêmica pelo
processo avaliativo, a coordenação da CPA busca compor a Comissão com atores
que desempenham papéis estratégicos na IES e ou funções de liderança formal ou
informal. Desta maneira, a CPA intenta promover a sensibilização da comunidade
acadêmica e assessoramento para os diferentes setores da IES, a fim de fomentar
a reflexão sobre a avaliação institucional e seus resultados.
Tal modo de funcionamento visa uma significativa participação dos
integrantes da faculdade, pois os diversos atores institucionais envolvidos são
protagonistas do processo de avaliação, desde o discente até o dirigente maior da
IES.
Os discentes são incentivados a participar cada vez mais ativamente e de
maneira mais consciente das avaliações existentes na IES, seja através de
reuniões promovidas pela coordenação da CPA ou em outros eventos promovidos
pela Coordenação Acadêmica. Os docentes, por sua vez, são peças fundamentais
na operacionalização de muitas ações da CPA e participam de forma
preponderante na conscientização dos alunos sobre a importância dos processos
de autoavaliação.
Por parte dos membros da CPA e da Secretaria Executiva, há um
compromisso genuíno em propor ações que levem à melhoria do serviço
educacional prestado pela IES. O Coordenador Acadêmico é o elo entre a Direção,
a CPA e demais atores do processo, sempre fornecendo apoio irrestrito. Pode-se
afirmar que há um compromisso por parte da Direção ao fornecer os subsídios
necessários para a condução do processo avaliativo, sem necessariamente haver
interferência direta nas ações da CPA, oferecendo a liberdade necessária para sua
109
atuação. Ao mesmo tempo, percebe-se que os dados apresentados pela CPA são
considerados pela Direção Geral na hora de serem delineadas ações
organizacionais.
Entre os instrumentos de avaliação institucionalizados pelos processos
avaliativos conduzidos pela CPA na IES, merece destaque o processo de
Avaliação dos Docentes e das Disciplinas. Este processo ocorre semestralmente, e
de modo que os alunos têm a possibilidade de avaliar cada uma das disciplinas
que estão cursando no semestre letivo. Isso é feito por meio de um questionário
eletrônico que o aluno acessa no “controle acadêmico” (sistema informatizado no
qual o estudante tem acesso às portarias da IES, aos recados dos professores, às
notas de cada avaliação, ao número de faltas que possui, a arquivos
disponibilizados para o estudo etc.). O referido questionário é disponibilizado,
apresentando ao aluno inúmeras perguntas objetivas que visam captar a
percepção que os alunos têm das matérias, a percepção que os alunos têm dos
professores, bem como a percepção que os alunos têm do empenho deles
mesmos na disciplina; e perguntas subjetivas, a partir das quais são obtidas as
opiniões referentes aos aspectos positivos e os que devem ser melhorados na
disciplina e comportamento e desempenho do professor.
Dessa maneira, as questões da avaliação de disciplinas têm como objetivo
pesquisar aspectos referentes a variáveis como: domínio que o professor tem do
conteúdo; metodologia usada pelo professor; relacionamento entre o docente e a
turma; engajamento dos alunos na disciplina; pertinência dos assuntos estudados
diante das competências a serem desenvolvidas para o êxito profissional; entre
outras.
Vale ressaltar que as respostas são secretas, de modo que não é possível
determinar quem foi o autor de cada uma delas, mecanismo usado para que os
alunos se sintam à vontade para expressar com segurança as suas opiniões.
Ao final desta etapa, os coordenadores de curso terão acesso aos
relatórios das avaliações e deverão reunir-se com os professores,
individualmente, para transmitir os resultados das mesmas e organizar as
mudanças, caso sejam necessárias.
110
Saliente-se que a Avaliação dos Docentes e das Disciplinas não se refere a
uma tarefa realizada somente pela CPA, mas, ao contrário disso, envolve distintas
dimensões institucionais, alcançando, de fato, seus objetivos. Por meio da
Avaliação de Docentes e das Disciplinas pode-se, por exemplo, perceber se os
alunos sentem (ou não) mais necessidade de atividades práticas; se são
necessários ajustes na didática utilizada pelo professor, podendo haver o
encaminhamento de professores para treinamentos específicos; se um conteúdo
programático é percebido como extenso demais ou curto demais. Neste caso, leva-
se ao conhecimento do NDE para que seja repensada a estrutura curricular e/ou as
ementas, entre outras coisas.
Afirma-se, sobretudo, que a avaliação tem uma função diagnóstica;
objetivando determinar se, de acordo com a percepção dos alunos, estão sendo
transmitidos os conhecimentos e habilidades imprescindíveis à formação do
egresso, assim como visa: o mapeamento da forma pela qual o projeto do curso
tem se materializado, dando suporte para a tomada de providências para
delineamento de novos objetivos; retomada de metas não atingidas; elaboração de
novas estratégias de reforço ao aprendizado, vinculação com os alunos (pois a
aprendizagem é também um processo afetivo) e projeção de futuro (para garantir a
excelência dos profissionais que se inserem no mundo do trabalho).
Enfim, a avaliação almeja fornecer elementos que possam aferir o
desenvolvimento do curso e dos alunos, indicando, por conseguinte, a qualidade do
mesmo. Posto isto, afirma-se que o processo de avaliação aqui exposto pode
localizar deficiências na organização do processo de ensino-aprendizagem, dando
a oportunidade de que, nos casos problemáticos, haja reformulações neste mesmo
processo.
Além disso, é mister apontar que, no processo de avaliação, a cada
semestre, os professores da IES (também por meio do sistema virtual por eles
utilizado) fazem a avaliação dos coordenadores dos cursos dos colegiados dos
quais participa. Com isso, todos os agentes diretamente envolvidos nos processos
de ensino e aprendizagem e de estruturação das atividades pedagógicas são
permanentemente avaliados, sob diversos ângulos.
111
Também é imprescindível dizer que, na FANESE, o processo de avaliação
dos docentes, assim como o dos coordenadores, não funciona como um recurso
para ações punitivas. Esclarece-se, por exemplo, que os professores também são
avaliados pela coordenação. Desta forma, a avaliação feita pelos estudantes não
se torna hegemônica ou absoluta. Do mesmo modo, o coordenador, a cada
semestre, discute com a Direção e com a Coordenação acadêmica as práticas
docentes que precisam ser incentivadas e as práticas docentes que precisam ser
corrigidas. Ou seja, as avaliações dos docentes (feitas pelos alunos) não são vistas
pela IES como um argumento decisivo e exclusivo para a manutenção ou demissão
de profissionais.
Vale salientar que uma estratégia adotada pela CPA para diminuir os
desvios possíveis no processo de avaliação é o cuidado com as questões que
compõem os questionários de avaliação. Para tanto, os critérios de avaliação são
permanentemente discutidos e os questionários são periodicamente reavaliados.
Da mesma forma, a CPA faz, semestralmente, campanhas que esclarecem
o sentido da Avaliação dos Docentes e das Disciplinas para professores e alunos,
buscando uma mudança cultural que envolve a construção de novos valores sobre
o tema.
Justamente por buscar a produção de uma nova subjetividade entre os
integrantes da comunidade acadêmica que a CPA mantém a avaliação voluntária,
enquanto o mesmo processo é obrigatório em tantas outras IES. O caráter
voluntário da Avaliação dos Docentes e das Disciplinas faz com que seja investido
tempo nas campanhas de conscientização, buscando evitar inconsistências dos
resultados das pesquisas como consequência de baixa participação dos
estudantes, por exemplo.
Se por um lado na Avaliação dos Docentes e das Disciplinas o instrumento
aplicado deseja avaliar questões como didática, pontualidade, frequência dos
docentes, além do relacionamento deste com a turma; a Avaliação Institucional, por
sua vez, visa permitir que o aluno avalie a instituição como um todo – desde as
instalações físicas, considerando aspectos como a qualidade do estacionamento,
das salas de aula, da biblioteca, até a eficiência e eficácia da Coordenação de
Cursos, Coordenação Acadêmica, Direção Geral e atendimento da Secretaria.
112
Enquanto que a Avaliação dos Docentes e das Disciplinas ocorre todos os
semestres, a Avaliação Institucional ocorre uma vez no ano, sempre no segundo
semestre. Neste processo específico de avaliação – que também ocorre por meio
de questionário disponibilizado no sistema da IES – todos os dados são
devidamente coletados, processados, analisados e interpretados, de maneira que
tais informações sejam consideradas válidas e confiáveis para o processo
avaliativo da IES.
Tais informações geram subsídios para que a IES forme uma fotografia de
sua realidade institucional. Tal fotografia é articulada aos resultados obtidos a partir
do funcionamento de outros setores da IES como o NAP, por exemplo, que tem
buscado fazer um mapeamento dos alunos que abandonaram ou trancaram os
seus cursos, além de um mapeamento do índice de aprovação e reprovação dos
discentes.
Atualmente, todos os setores da IES são incentivados a desenvolverem
mecanismos de avaliação das suas atividades e tanto a CPA, quanto a Direção,
fornecem subsídios para isto. Quando feitas avaliações de setores específicos,
esses mesmos setores repassam os resultados para a CPA, que aglutina as
informações a fim de que todos os dados possam compor o Relatório da
Autoavaliação Institucional.
A Ouvidoria, por exemplo, costuma repassar aos setores da IES relatórios
indicativos das manifestações feitas pelos seus clientes internos e externos, bem
como assume a função de, em casos especiais, buscar contato direto com
espaços/sujeitos focos de reclamação dos alunos. Tais dados, aliados aos
resultados obtidos pela CPA possibilitam, por exemplo, que os coordenadores
tenham uma visão macro de como está o curso, gerando rodas de diálogos entre
os professores na intenção de discutir a evasão ou o descontentamento do
alunado, por exemplo.
Os dados fornecidos pelo NAP, pela CPA e pela Ouvidoria (acrescidos dos
eventuais dados fornecidos pelos demais setores) servem aos Colegiados de
Cursos, às Coordenações e à Direção como subsídios para a tomada de decisão,
em função da melhora contínua, por isso constituem um pleno processo de
autoavaliação que se retroalimenta incessantemente. A partir daí a IES planeja
113
suas ações, a fim de superar as dificuldades apresentadas nos processos
avaliativos e buscar a crescente melhoria de seus resultados.
É imperioso destacar que o processo de autoavaliação permitiu à CPA
diagnosticar fragilidades que conduziram a alterações no próprio procedimento de
avaliação institucional, que desde 2016 passou a ser integrado por avaliações
semestrais, avaliações anuais, além dos relatórios da ouvidoria e do Núcleo de
Apoio Psicopedagógico/NAP.
Vale observar que na expectativa de início das atividades dos cursos de
Administração, Marketing e Processos Gerenciais vinculados ao recente
credenciamento (provisório) na modalidade de Educação a Distância (EAD), o
projeto de autoavaliação institucional prevê também estratégias que tenham como
objetivo viabilizar a inserção e interação da comunidade acadêmica que integra o
conjunto de perfis da EAD da FANESE (alunos, tutores, professores,
coordenadores de curso e acadêmico, demais gestores da EAD FANESE e
colaboradores técnico-administrativos).
Neste sentido, com o recente credenciamento (provisório) da FANESE que
concedeu autorização vinculada para funcionamento dos cursos na modalidade
EAD buscar-se-á a implementação de novas estratégias de sensibilização da
comunidade acadêmica, além das utilizadas atualmente nos 20% das disciplinas
ofertadas a distância nos cursos presenciais. Novas estratégias porque dada a
operacionalização desses cursos, o contato da CPA com os novos alunos e demais
participantes da comunidade acadêmica (tutores, professores, gestores do NEAD)
deverá ocorrer por meio das mesmas mídias e tecnologias que eles terão acesso.
Assim, a CPA também utilizará o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), além
do Controle Acadêmico, hotsite no portal da FANESE, ouvidorias (geral da
FANESE e da EAD) e contato presencial no polo/sede, como meios de acesso à
comunidade acadêmica, além de estratégias especificadas no projeto.
As estratégias previstas contemplam a atualização frequente dos
instrumentos de avaliação, observando os perfis específicos de cada segmento da
comunidade acadêmica; a criação de espaço de comunicação específico para a
CPA no AVA, que permita postagens de mensagens de texto, imagens, vídeos,
artigos; postagem de vídeo institucional do Coordenador da CPA; criação de
114
banners específicos para as ações da CPA e disposição dos mesmos em locais
estratégicos dos espaços virtuais da FANESE (Portal; Controle Acadêmico;
plataforma AVA); criação de link de acesso ao hotsite da CPA na plataforma AVA,
bem como a atualização frequente das mensagens, imagens, vídeos, artigos e
demais materiais postados no hotsite da CPA;
E assim, a experiência na condução dos trabalhos já consagrada nos
cursos presencias, considera o aproveitamento dos resultados das avaliações
externas que ocorrerão voltadas ao EAD, bem como a experiência que será
adquirida nos primeiros semestres de funcionamento dos cursos na modalidade
EAD permitirá aperfeiçoar, cada vez mais, as estratégias de coleta, transformando
os dados obtidos em conhecimentos. Momento em que os pares que representam
cada segmento da comunidade EAD discutirão os resultados e, em seguida, serão
traçadas estratégias com vistas a divulgação e apropriação dos resultados por
cada um dos segmentos, de tal forma que possam ser utilizados como alicerce na
busca da melhoria constante e na evolução institucional no sentido de superar as
fragilidades por ventura existentes e melhorar a qualidade consagrada.
9. INFRAESTRUTURA
9.1. Descrição Geral
A FANESE, atualmente, situa-se na confluência da Avenida João Ribeiro
com a Travessa Sargento Duque, no Bairro Industrial, em Aracaju. Tem todo a sua
estrutura acadêmica lotada em uma área de 14.000 m2, deste espaço há 9.320 m2
onde estão conta com dois prédios (Bloco A e Bloco B) de 5 pavimentos cada um.
A faculdade tem, ainda, um estacionamento com aproximadamente 500 vagas.
Embora aparentemente as instalações da FANESE estejam plenamente
acabadas, é importante dizer que o quinto pavimento do Bloco A, assim como o
terceiro, o quarto e o quinto pavimento do Bloco B ainda não estão em uso. De
fato, a infraestrutura em uso no momento atende perfeitamente as atuais
demandas da IES. Os espaços ainda não utilizados, estão reservados para garantir
que a FANESE possa crescer, sem problemas com a carência de infraestrutura.
No Bloco A, no primeiro pavimento, estão a sala da Coordenação
Acadêmica, a Secretaria da IES, o Arquivo da IES, o NEAD e o Núcleo de Prática
115
Jurídica. Neste mesmo pavimento podem ser encontrados ambientes destinados a
salas de coordenação, salas para professores de regime parcial ou integral,
Procuradoria Institucional, Copiadora e os laboratórios de química, de física, de
geologia, de desenho e de software tecnológicos.
No segundo pavimento do Bloco A, podem ser encontradas salas de aula,
Núcleo de Apoio Psicopedagógico, salas de coordenação, sala da CPA e sala do
Núcleo Docente Estruturante.
No terceiro pavimento do Bloco A se situam: o Departamento de
Tecnologia da IES, o espaço para equipe de Suporte, um auditório com 130
lugares, 9 laboratórios de informática.
No quarto pavimento do Bloco A existem salas de aula e o DCE. O quinto
pavimento do Bloco A, conforme dito anteriormente, não está em uso.
No primeiro pavimento do Bloco B estão: a Pós-graduação, a Tesouraria, o
Setor Financeiro e Contábil, sala de atendimento aos alunos do FIES, sala
administrativa, a Assessoria de Comunicação, a copa, o fraldário, salas de
coordenação, sala de Núcleo Docente Estruturante, espaço do Núcleo de Pesquisa
e Extensão, salas para professores de regime parcial ou integral, além da
Biblioteca.
No segundo pavimento do Bloco B, existem apenas salas de aula. Já no
terceiro pavimento deste bloco, existem salas de aula, uma sala coletiva para
Professores, sala de coordenação e salas para professores de regime parcial ou
integral.
Os demais pavimentos do Bloco B não estão em uso. Foi inaugurado um
novo auditório no Bloco B com capacidade para aproximadamente 350 lugares.
Os Blocos A e B se comunicam no primeiro, no segundo e no terceiro
pavimento. Já os demais pavimentos de ambos os Blocos, funcionam em
separado.
As salas de aulas da FANESE têm, em média, 60 m2. Todas as salas têm
ar condicionado, quadro branco e computador ligado à internet. Neste computador,
os docentes registram a aula e fazem a chamada, por meio do “controle
116
acadêmico” – sistema informatizado de controle utilizado por toda a comunidade
acadêmica.
Algumas salas de aula têm televisores para que os docentes possam
projetar imagens da internet ou apresentações com fins didáticos. Para as salas
sem televisores, a IES disponibiliza Datashow móvel, basta que o professor reserve
o equipamento por meio do próprio “controle acadêmico”.
A FANESE tem, ainda, duas áreas de convivência, uma no térreo, no
espaço que une os dois blocos, e outra que une o terceiro pavimento do Bloco A ao
terceiro pavimento do Bloco B. Em cada uma das áreas de convivência há cantina
com diferentes possibilidades de alimentação para os alunos.
A FANESE possui infraestrutura adequada para atender aos alunos
conforme as suas necessidades, a exemplo do Fraldário, espaço com instalações
próprias para a troca de fraldas. Referido local acolhe filhos das discentes
acompanhados por um responsável, que necessitam fazer a higiene, facilitando o
acesso das alunas nutrizes e retorno às atividades pedagógicas após a licença,
inclusive as que estão em fase de amamentação dos seus bebês ou com filhos
pequenos que necessitam de espaço diferenciado.
Vale lembrar que em todos os pavimentos de todos os blocos existem
banheiros masculinos e femininos.
9.2. Espaços para Atividades e Atendimento
9.2.1. Biblioteca
A Biblioteca da FANESE tem 412 m2 e suas atividades são coordenadas
por uma bibliotecária. No espaço físico da biblioteca encontram-se o acervo de
livros da IES; o acervo de periódicos e o acervo de TCCs.
Vale destacar que os profissionais da Biblioteca são treinados para auxiliar
os alunos a encontrarem o material que desejam pesquisar. Todos os livros são
tombados pelo patrimônio da IES e seus títulos podem ser pesquisados por meio
do sistema informatizado da biblioteca online. Através da Biblioteca Online os
alunos e docentes podem reservar livros, renovar o empréstimo dos livros (até três
117
vezes), consultar títulos e quantidade de exemplares bem como consultar na
íntegra os trabalhos de conclusão de curso.
Considerando a possibilidade de que existam poucos exemplares das
bibliografias complementares, a Biblioteca possibilita que o aluno retire da sua
instalação o livro de consulta por quatro horas. (há um livro de consulta que deve
sempre permanecer na IES).
Além do espaço para o acervo, a biblioteca conta com duas salas de
estudos coletivo, duas salas de estudos em grupo, com três computadores para a
consulta ao acervo, 21 cabines de estudo individuais e laboratório de informática
com 18 computadores. A política de atualização do acervo bibliográfico considera a
possibilidade de compras semestrais, ou seja, todo semestre a biblioteca informa
às coordenações e à direção os livros mais solicitados pelos alunos. Do mesmo
modo, a cada semestre os coordenadores solicitam indicação de livros ao
colegiado. Assim, coordenações e biblioteca enviam à direção seus pedidos de
compra de livros.
Visando a inovação das ferramentas de comunicação, a biblioteca
disponibilizou um Hotsite específico, que contempla ferramentas de acessibilidade
para os usuários com deficiência auditiva e visual, boletim bibliográfico, acesso aos
periódicos digitais, orientação para confecção da ficha catalográfica, regras de
funcionamento e um canal de comunicação com os usuários para sugestão, elogio
ou reclamação.
9.2.2. Laboratórios
Os laboratórios da IES estão localizados no Bloco A e todos tem 56 m2.
No primeiro pavimento do referido bloco, estão os laboratórios de química,
física, plástica e o Laboratório de Softwares A (possui 15 computadores 1 para o
professor e 14 para os alunos), onde são realizadas simulações de experimentos.
Nestes laboratórios de informática os alunos têm acesso aos laboratórios virtuais
da Pearson, com quem a IES mantém convênio. Este mesmo laboratório (o qual é
equipado com softwares diferenciados) também possui impressora 3D.
Para a manutenção adequada dos laboratórios de física, química
e plástica, a FANESE mantém contrato com empresa específica. Tal empresa se
118
ocupa da manutenção do laboratório e fornece insumos para o mesmo, buscando
adequar a infraestrutura da IES, no concerne às necessidades dos docentes que
utilizam os referidos laboratórios.
Quanto aos laboratórios citados, química, física e plástica (ateliê), é
importante destacar a existência de normas de segurança, como por exemplo, a
entrada somente com a presença do professor, uso indispensável de sapatos
fechados, calça comprida. Do mesmo modo, não é permitida a entrada de
discentes com adornos e, em caso de cabelos compridos, é preciso mantê-los
presos durante a estada no laboratório. Por questões de segurança também existe
chuveiro de emergência e lava olhos.
Ficou instituído que nos laboratórios didáticos especializados da FANESE,
durante a realização das aulas práticas, estarão no laboratório, no máximo vinte
estudantes. Caso a número de alunos matriculados exceda esta quantidade, o
experimento será realizado duas vezes, sem prejuízo da carga horária destinada
para as atividades em sala. Ou seja, em um primeiro momento uma parte dos
alunos vivencia o experimento e, e em outro momento, o mesmo experimento será
realizado com o restante da turma.
Os demais laboratórios da IES se localizam no terceiro pavimento do Bloco
A, segundo andar, e se referem aos laboratórios de informática.
Os computadores dos Laboratórios de Informática da FANESE são
predominantemente de arquitetura Dell, apenas o laboratório de estudos é em sua
totalidade máquinas HP.
Tais laboratórios são estruturados e equipados conforme discriminado a
seguir:
• Laboratório A (possui 19 computadores, 1 para o professor e 18 para
os alunos)
• Laboratório B (possui 19 computadores, 1 para o professor e 18 os
alunos)
• Laboratório C (possui 31 computadores, 1 para o professor e 30 os
alunos)
• Laboratório D (possui 25 computadores, 1 para o professor e 24 para
os alunos)
119
• Laboratório E (possui 19 computadores, 1 para o professor e 24 para
os alunos)
• Laboratório F (possui 25 computadores, 1 para o professor e 24 para
os alunos)
• Laboratório G (possui 16 computadores, 1 para professor e 15 para
alunos) -
• Laboratório H (possui 31 computadores, 1 para o professor e 31 para
os alunos)
• Laboratório de I (possui 40 computadores para uso dos alunos) –
laboratório de estudo para os alunos, aberto no horário de funcionamento da IES.
Os computadores dos Laboratórios utilizam, além de sistemas operacionais
livres, sistema operacional proprietário, MS Windows, devidamente licenciado na
modalidade MSDNAA (“Academic Alliance”) junto à Microsoft.
O MSDNAA (“Academic Alliance”), ou Aliança Acadêmica, é um programa
anual para assinantes de departamentos técnicos nas áreas da Ciência da
Computação, Engenharia de Sistemas e Sistemas de Informação. Como
associado, o departamento recebe uma assinatura do MSDNAA que inclui a
plataforma Microsoft, servidores e ferramentas de desenvolvimento. Todo o
conjunto de software pode ser instalado em todas as máquinas dos laboratórios de
computação, sem limite de quantidade, desde que usado exclusivamente para fins
educacionais e de pesquisa. O software não pode ser usado para operar a
infraestrutura dos setores e da instituição de ensino. Adicionalmente, o corpo
docente e os estudantes da área de tecnologia da informação podem através de
mídia ou download, instalar o software em seus computadores pessoais, o que
lhes permite aumentar a possibilidade de estudo das tecnologias.
Dentre os softwares disponíveis na modalidade MSDNAA podemos citar:
Visual Studio, SQL Server, Windows Server, Ms Project, Ms Visio, SharePoint
Server, Hyper-V Server, Azure.
A utilização de softwares e aplicações de softwares de código aberto é
estimulada na Instituição, bem como a utilização de softwares proprietários através
das parcerias educacionais com os órgãos como Microsoft, Autodesk e Fortes.
120
Dentre os softwares disponíveis, softwares livres e versões educacionais,
podemos citar: Virtual Box, Eclipse, JDK, Netbeans, Notepad++ WireShark, Fortes,
Autocad, Inventor, Revit, Git, GitHub, GIMP, LiteManager, Inkskape, 7-Zip, JavaSE,
FireFox e Google Chrome.
A Instituição possui ainda o Office 365 Education, uma compilação de
serviços que permite colaborar e compartilhar trabalhos escolares. Atualmente, ele
é disponibilizado gratuitamente para professores que trabalham em instituições
acadêmicas e para alunos que frequentam essas instituições. O serviço inclui o
Office Online (Word, PowerPoint, Excel e OneNote), armazenamento ilimitado do
OneDrive , o Yammer e sites do SharePoint.
A FANESE dispõe ainda de software de inclusão e acessibilidade e acesso
facilidade e prioritário, nas máquinas dos laboratórios. Dentre os softwares
podemos destacar:
• NVDA — NonVisual Desktop Access ou desktop de acesso não visual
— é um programa de código aberto e gratuito para leitura em voz alta de tela de
forma automática, utilizando por deficientes visuais em sua maioria, tendo sua
tradução em mais de vinte idiomas, incluindo o português. O NDVA lê
automaticamente tudo que o cursor do mouse aponto, incluindo textos, páginas
web, arquivos, dentro outros aplicativos e softwares.
• SIGNWRITING é um programa de código aberto e gratuito para
escrever línguas de sinais, utilizado no Brasil para escrever em LIBRAS,
Linguagem Brasileira de Sinais. SignWriting expressa os movimentos, as formas
das mãos, as marcas não-manuais e os pontos de articulação.
• BRAILLE TRANSLATOR é uma é uma ferramenta online grátis para
traduzir textos em Braille de até mil caracteres. O Braille Translator é bem fácil de
usar. Basta escrever num campo de texto e clicar no botão “TRANSLATE!” que o
programa traduz o conteúdo em uma imagem e em alfabeto Braille. Você pode
salvar a imagem para imprimir em impressoras normais (depois basta furar os
pontos), ou imprimir diretamente em uma impressora especial para Braille
• VLIBRAS é um conjunto de ferramentas computacionais de código
aberto, responsável por traduzir conteúdos digitais (texto, áudio e vídeo) para a
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, tornando computadores, dispositivos móveis
e plataformas Web acessíveis para pessoas surdas.
121
• MACDAISY é uma ferramenta brasileira traz sintetizador de voz
(narração) e instruções de uso em português brasileiro. O software permite
converter qualquer texto em formato Daisy e, após a conversão, é possível
manusear o texto sonoro de maneira semelhante ao texto escrito. O Mecdaisy
permite que o usuário folheie, consulte o índice, pesquise, faça comentários.
Todos os laboratórios de informática têm televisor para que sejam
projetadas as imagens escolhidas pelo docente, a fim de que os alunos
acompanhem a aula mais facilmente. Além disso, todos os laboratórios de
informática são equipados com aparelhos de ar condicionado e têm luminosidade
adequada para as atividades ali desenvolvidas.
Os referidos laboratórios podem ser utilizados em grupos de estudos
abertos à comunidade acadêmica, que visam disseminar e facilitar o acesso ao
conhecimento. Nesse espaço do grupo de estudo, os alunos e os membros da
comunidade podem estreitar as relações entre teoria e prática.
Além disso, nos laboratórios especializados dos cursos também acontecem
cursos de extensão, os quais também são ofertados para a comunidade. Estes
mesmos laboratórios podem ser utilizados pelos alunos em turno distinto ao de
aula, desde que acompanhados por professor e/ou pelo monitor. Os laboratórios
possuem Suporte Técnico especializado local disponível em tempo integral.
9.3. Infraestrutura para a operacionalização do Ensino a Distância
A FANESE ciente de seu desafio tem buscado melhorar continuamente
seus processos e planejamento para a EAD. Neste sentido, foi elaborado um plano
de expansão e atualização dos equipamentos, com metas claras e mensuráveis
por meio de indicadores de desempenho, e com base na sustentabilidade
financeira.
Para garantir a excelência na oferta dos serviços que utilizam mais
diretamente a tecnologia, foram traçadas pelo departamento responsável algumas
metas:
A primeira meta, é a modernização dos Servidores de Banco, Servidores
de Aplicações, Servidores de Firewall, Servidores de Administração de Domínio e
Servidores de Arquivo, visando um melhor atendimento nas demandas de acesso
122
dos alunos, professores e pessoal administrativo. Essas aquisições irão atender
também, a uma demanda de expansão para novos serviços que visam garantir a
continuidade dos negócios da FANESE, a exemplo de serviços de monitoramento,
segurança e redundância dos serviços online, que permitem a continuidade,
disponibilidade e acessibilidade dos sistemas.
A segunda meta é a melhoria dos laboratórios de Informática da Instituição,
levando-se em consideração as necessidades de equipamentos mais modernos, e
softwares atualizados que serão utilizados pelos professores nos seus
planejamentos de curso, com o intuito de atender suas atividades e dos alunos.
Como terceira meta, temos a melhoria e ampliação das redes lógicas e de
cobertura wi-fi, trazendo uma maior velocidade na transmissão de dados, e visando
à utilização ao máximo, das informações que deverão ser enviadas e recebidas,
tanto no ambiente acadêmico, quanto no ambiente administrativo.
A quarta meta é a aquisição de um segundo link de Internet para garantir a
disponibilidade dos Serviços Online hospedados dentro da FANESE. Estes
serviços deverão estar disponíveis para acesso a qualquer momento,
independentemente da hora e do dia da semana. E assim, o segundo link permitirá
uma redundância em caso de queda do link principal.
A quinta meta é a melhoria do serviço de refrigeração das salas de
máquinas onde ficam os servidores da Instituição para um maior controle da
temperatura e umidade, evitando que o maquinário venha a ter problemas de
aquecimento, fazendo com que os serviços disponibilizados fiquem indisponíveis,
gerando transtornos e prejuízos aos alunos, professores e pessoal administrativo.
A sexta meta é a aquisição de Nobreaks com maior capacidade de
fornecimento de energia e redundância para os servidores, como também, a
instalação de um gerador de energia na Instituição com o objetivo de garantir o
contínuo funcionamento dos serviços disponibilizados, caso venha a ocorrer uma
queda de energia na rede elétrica externa.
Citam-se, ainda, ampliação dos convênios com a Pearson (Biblioteca
Virtual e Virtual Labs) e de utilização de impressoras, incluindo sua modernização e
incremento de 20%, em até 2 anos. Prevista, também, contratualmente, impressora
de Braille.
123
Cabe ressaltar que foram contratados três programadores, um técnico para
administração de sistemas e um técnico de suporte.
Por fim, destacamos que houve expansão no sistema de telefonia da IES,
com incremento de canais o que permitirá melhor comunicação com os públicos
externo e interno.
9.3.1. Ambiente Virtual de Aprendizagem
A FANESE dispõe de um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA),
específico para a educação a distância e disciplinas on-line, além de outras
ferramentas da informação e da comunicação. O sistema Webaula, Ambiente
Virtual de Aprendizagem (AVA) utilizado, já está em uso na FANESE nas
disciplinas on-line dos cursos presenciais
O AVA é o espaço para acessar as informações necessárias para o pleno
desenvolvimento e realização das atividades de aprendizagem. Nele, o aluno
encontrará motivação para aprofundar seus estudos e interagir com os colegas de
turma.
Neste Ambiente, todos buscam novos conhecimentos e podem se
comunicar e interagir com colegas e orientadores (o professor, o tutor e o
coordenador), compartilhar informações, trocar ideias, participar de discussões
temáticas em fóruns, desenvolver projetos em grupo, divulgar produção, pesquisar,
tirar dúvidas e ser próprio construtor do seu saber em colaboração com seus pares.
Conforme previsto nas políticas institucionais voltadas para a educação a
distância o ambiente virtual de aprendizagem da FANESE já se encontra integrado
com o sistema acadêmico, com vistas a viabilizar os processos de ensino-
aprendizagem, possibilitando o intercâmbio de ideias e conhecimentos entre
docentes, discentes e tutores.
A FANESE utiliza dois tipos de mídias para oferta dos conteúdos em EAD:
o material impresso, disponibilizado também em formato PDF, e o material Web. O
material impresso, em PDF, é desenvolvido em formato A4, o que facilita a
impressão por parte do aluno. O material Web é desenvolvido utilizando o padrão
internacional SCORM (Sharable Content Object Reference Model), fazendo uso
124
das mais diversas ferramentas existentes, que na FANESE são HTML, Flash e
HTML5.
Esse material tem como vantagens a facilidade de atualização e a
possibilidade de uso de elementos dinâmicos, como animações e vídeos. Consiste
em uma plataforma integrada ao Controle Acadêmico, disponibilizada para os
alunos matriculados em disciplinas que deverão ser cursadas na modalidade à
distância. Essa plataforma possui área de estudos de conteúdo da disciplina,
fóruns que são mecanismos de avaliações de desempenho do aluno na disciplina,
opções de divulgação de trabalhos (Estudo Dirigido) realizados pelos alunos e
relatórios gerenciais para o professor/tutor monitorar o controle de desempenho da
turma no Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA. Além disso, a plataforma
disponibiliza de biblioteca virtual na qual o professor/tutor concede ao aluno
materiais que auxiliarão no seu aprendizado do conteúdo da disciplina.
10. ACESSIBILIDADE
A FANESE tem passado por muitas transformações nos últimos anos e a
recente mudança de endereço acarretou novas demandas institucionais.
Atualmente a IES dispõe de uma Comissão de Acessibilidade. Trata-se de um
órgão colegiado composto por representantes do corpo diretivo, docente, discente,
funcionário técnico-administrativo e do Núcleo de Apoio Psicopedagógico – NAP.
Foi instituída por portaria do Diretor Geral nº 10 de 23 de março de 2017,
considerando a necessidade de atendimento de demandas de acessibilidade,
fomentando o desenvolvimento de práticas que possam melhor acolher as pessoas
com deficiência na FANESE.
Tem papel consultivo e deliberativo nos assuntos que incluem
acessibilidade em todo o campus da FANESE, desde a acessibilidade
arquitetônicas, passando pelas acessibilidades metodológica e pedagógica, até nas
comunicações na IES.
Destaca-se que a partir da construção do Campus José Edgar Mota Freitas
novas questões de infraestrutura ganharam visibilidade do grupo gestor. Do mesmo
modo, novas características no alunado e novas perspectivas de crescimento
fizeram com que a IES se dedicasse mais à temática da Acessibilidade.
125
A FANESE tem entre seus alunos pessoas com deficiência, as quais têm
todo vários os aparatos institucionais ao seu dispor. Existem vagas específicas
para cadeirantes no estacionamento e piso tátil nas áreas comuns.
Além disso, a IES disponibiliza elevador nos dois blocos, para que todas as
pessoas com dificuldades de locomoção possam chegar aos espaços em que
possuem as atividades acadêmicas, culturais ou de extensão. Para facilitar a
locomoção de alunos e da comunidade geral, todos os laboratórios de informática
foram colocados no mesmo andar, ao qual se chega por meio de escadas ou
elevadores. Também como intuito de facilitar a mobilidade, o serviço de reprografia,
secretaria, a sala dos professores, a tesouraria, a biblioteca e as salas de leitura
localizam-se no andar térreo. Todos os andares dispõem de banheiros adaptados
(com barras de apoio nas paredes e pias para o pleno e adequado uso dos
cadeirantes).
Ademais, a FANESE instalou o mapa e a sinalização tátil em todos os
setores e salas de aulas para auxiliar as pessoas com deficiência visual ou baixa
visão sobre o curso de uma rota acessível, facilitando a circulação. A FANESE
também tem contrato com empresa para fornecer impressora em braile, caso exista
necessidade na faculdade.
Em seu edital de Vestibular, a FANESE, no item 1.5 esclarece que, uma
vez que o sujeito entre em contato com a Comissão do Processo Seletivo em prazo
previamente estabelecido, poderão ser disponibilizados todos os recursos
necessários para garantir que a pessoa com deficiência faça a seleção da IES.
Em decorrência disso, por diversas vezes a IES já disponibilizou salas para
candidatos com mobilidade reduzida, já imprimiu provas em tamanho especial para
candidatos com deficiência visual, e já disponibilizou intérpretes de libras para
candidatos com deficiência auditiva ou surdez (durante a prova e a correção da
redação).
Alguns intérpretes de libras já fazem parte do quadro de funcionários da
IES. Eles dão auxílio necessário aos alunos com deficiência auditiva ou surdez, já
matriculados na FANESE. Tais intérpretes acompanham os alunos nas aulas para
que os mesmos tenham o melhor aproveitamento possível. Eles também estão
126
junto ao aluno nos momentos de avaliação, assim como auxiliam os professores na
correção das provas.
Professores e intérpretes mantém sempre um diálogo, de modo que os
professores buscam o exercício de práticas pedagógicas, estratégias
metodológicas ou modos de avaliação que possam favorecer o aprendizado para
todo estudante. Os intérpretes disponibilizam, sempre que necessário, literatura
específica para auxiliar os docentes.
Nas correções das provas escritas, é privilegiado o conteúdo semântico de
modo a considerar que pessoas com deficiência auditiva são alfabetizadas de uma
forma diferente das pessoas que têm audição dentro da norma.
Além disso, todo esse processo é avaliado na intenção de manter uma
melhora crescente nas ações de educação inclusiva. Nesse sentido, os intérpretes
citados mantêm estreito contato com as coordenações de curso, fornecendo
relatório de como o estudante com deficiência tem evoluído no seu aprendizado;
expondo, também, se o mesmo tem apresentando queixas da instituição;
sinalizando como tem sido a interação do estudante com colegas, professores e
corpo técnico-administrativo da IES, entre outras questões que o coordenador e ou
o intérprete acharem pertinente.
Nessa perspectiva, cada vez mais a FANESE entende que educar é uma
tarefa que envolve saberes interdisciplinares, e por isso percebe que precisa
investir no estreitamento de parcerias com a família das pessoas com deficiência,
com profissionais da área de saúde, pedagogos etc.
Ademais, o Núcleo de Apoio Psicopedagógico (NAP) assume papel
preponderante na instituição acompanhando os alunos que tem dificuldades no seu
processo de aprendizagem. Os professores já trabalham de modo a buscar o
entendimento das possíveis deficiências dos alunos e muitos destes já
encaminham seus alunos para o NAP quando percebem que os mesmos não estão
alcançando o sucesso esperado. O NAP, por sua vez, procura os professores e ou
o corpo técnico-administrativo quando percebe que um determinado estudante
precisa de uma atenção diferenciada seja nos aspectos educacionais, quanto
psicológicos ou sociais, sempre mantendo o rigor ético do atendimento
psicopedagógico.
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Não obstante, é fato que na FANESE já existem algumas ações na
intenção de favorecer e manter a Acessibilidade sob a perspectiva da educação
inclusiva.
11. ASPECTOS FINANCEIROS E ORÇAMENTÁRIOS
A sustentabilidade financeira é imprescindível para uma IES, tendo em
vista ser fator primordial para a longevidade de suas atividades. Nesse sentido, as
metas propostas para o período e registradas no PDI da FANESE foram
elaboradas procurando garantir as condições adequadas do seu funcionamento
inclusive com o advento do EAD.
O orçamento da FANESE tem sido uma peça elaborada semestralmente,
objetivando manter o desenvolvimento regular de suas ações previstas no PDI.
Neste sentido, o orçamento contempla a operacionalização das atividades da
Instituição, garantindo, assim, o seu funcionamento regular.
A Associação de Pesquisa e Ensino “Graccho Cardoso” é a pessoa jurídica
mantenedora da FANESE, incumbindo-lhe a missão de garantia do seu bom
funcionamento, respeitados os limites da lei e do seu Regimento Geral. Compete-
lhe promover os meios adequados e a gestão do funcionamento racional de suas
atividades educacionais.
O desempenho econômico e financeiro da instituição é respaldado através
da evolução de suas receitas e despesas anuais monitorada pela mantenedora, em
parceria com a mantida, promovendo, sempre que for necessário, os ajustes na
receita, nas despesas e nos seus investimentos.
As metas propostas no PDI procuram consolidar um conjunto de ações, já
existentes que, ao longo dos últimos anos, tem enfrentado e ainda enfrenta o
desafio do equilíbrio econômico e financeiro decorrente, principalmente, do atual
momento de crise econômica que se vivencia no País. Não obstante este contexto,
a IES tem buscado honrar o proposto no PDI, relativamente aos aspectos
supramencionados.
A busca constante da sustentabilidade econômica e financeira tem sido
premissa importante da mantenedora e mantida, por se tratar de fator relevante
para o alcance dos seus objetivos institucionais e de sua missão. Assim, o conceito
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de sustentabilidade alinha-se ao planejamento de procedimentos operacionais que
conduzam a Instituição ao desenvolvimento de ações focadas na sua missão
institucional.
A exemplo das demais IES, desde 2015, a FANESE tem vivenciado um
cenário político-institucional instável e, por consequência, uma crise econômica
nunca vista antes no País. Este quadro provocou uma queda de 38% no
quantitativo de alunos matriculados e um aumento do nível de inadimplência do
patamar de 10 para, aproximadamente, 36%, dificultando, assim, o cumprimento
efetivo de metas do PDI projetado para até o final de 2018.
As dificuldades do cumprimento efetivo do PDI decorrem da redução da
receita da instituição com impacto negativo na manutenção de suas condições
infraestruturais e de investimento, explicitando-se na execução de inúmeras ações
previstas no Plano. Não obstante o quadro de dificuldades econômicas vivenciado,
o uso da racionalidade gerencial tem feito com que seus gestores tenham mantido
o nível de qualidade da Instituição, conforme tem sido atestado por visitas de
Comissões do MEC.
A receita anual da mantida normalmente origina-se das seguintes fontes:
mensalidades dos cursos de graduação; mensalidades dos cursos de Pós-
Graduação e outras receitas procedentes de cursos de extensão, aluguéis de
laboratórios e salas de aula. A principal fonte de receita vem das mensalidades dos
cursos de graduação que tem tido uma participação aproximada de 91% do total da
receita, seguida pela Pós-Graduação com 7,8% e outras receitas com 1,3%.
Os gastos anuais da receita têm sido distribuídos de forma aproximada em:
52% com pessoal e encargos sociais; 39% com pagamento de serviços de
terceiros a pessoa jurídica; 3,3% com investimento; 1,4% com pagamentos de
serviços de terceiros a pessoa física; 1,5% com material de consumo, e o restante
com outros gastos, incluindo-se dividendos dos sócios.
Desta forma, a estrutura de gastos acima descrita objetiva a funcionalidade
quanto ao desenvolvimento regular de suas ações enquanto Instituição de Ensino
Superior programadas no seu PDI. Assim, fica demonstrado que a IES tem
potencial de desenvolvimento, e sustentabilidade financeira para gerir as ações
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futuras deste PDI, permanecendo assim, como Instituição educacional de
qualidade no mercado sergipano.