Estudo 13
“Paz da parte de Deus”
Relacionamentos no padrão de Cristo
Texto bíblico: Filemom 1.1-25
Texto áureo – Filemom 1.3
“Graças a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai, e do
Senhor Jesus Cristo.”
4T14 As Cartas
Apostólicas
Estamos chegando ao final do trimestre, com um dos últimos escritos de Paulo.
A Carta a Filemom foi mui provavelmente escrita no
primeiro aprisionamento de Paulo em Roma por ordem
de César, pelos anos 60 a 62 d.C.
É a única carta pessoal do apóstolo embora seja vista por muitos como pastoral
também.
Introdução I
Foi escrita pela coincidência divina de
ter Paulo se defrontado na prisão em Roma com um escravo fugitivo da cidade de Colossos, e
que salvo pela pregação do apóstolo na prisão
(At 28.30,31), veio a identificar-se como foragido da casa de
Filemom, um amigo de Paulo, precursor do
Evangelho em Colossos e Laodicéia, juntamente
com Epafras.
Introdução II
Introdução IIIFilemom seria um nobre com posses na cidade de Colossos. Convertido ao
Evangelho vai tornar-se um baluarte na causa da pregação de Cristo,
fazendo de sua casa “uma igreja”, e de sua esposa e filho, auxiliares especiais
no ministério. Arquipo, seu filho, seria para alguns
comentaristas o pastor da igreja. O fato de ter
escravos, demonstra que era homem de recursos na
época.
É a única carta em que Paulo aborda um assunto pessoal
ou particular.A importância de Onésimo
surge exatamente por isto. Por que um simples escravo, e pior de tudo, fugitivo, vai se tornar razão de ser para um dos escritos do escritor mor do Evangelho no Novo
Testamento?Observem que o apóstolo chega mesmo a abordar a
sua idade e doença, talvez, intitulando-se ao amigo como Paulo “o velho”.
Introdução IV
A carta se torna importante para os
comentaristas bíblicos por ser a única vez nos
escritos neotestamentários em que
um problema de ordem social marcantemente presente na vida em sociedade da época é
abordado sob o prisma evangélico e cristão.
A transformação de um “servo” em “irmão” é algo
revolucionário para os tempos do século I da Era
Cristã.
Introdução V
1 Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom,
nosso companheiro de trabalho,
2 e à nossa irmã Áfia, e a Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja
que está em tua casa:
3 Graças a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus
Cristo.
1. Uma saudação afetuosa que expressa o reconhecimento do apóstolo ao trabalho feito por
Filemom, o destinatário da carta (Fl 1.1-3):
O apóstolo Paulo escreveu 13 cartas, formando a espinha
dorsal do cristianismo nascente.
4 Sempre dou graças ao meu Deus,
lembrando-me de ti nas minhasorações,
5 ao ouvir falar do amor e da fé que
tens para com o Senhor Jesus e para
com todos os santos;6 para que a comunicação da tua
fése torne eficaz (as obras), no
plenoconhecimento de todo o bem que
emnós há para com Cristo.
2. Paulo destaca em Filemom os três argumentos básicos
para a confirmação da verdadeira vida cristã: Amor,
Fé e Obras (Fl 1.4-6)
Paulo na
prisão...
... ou na casa de
seus amigos...
... demonstrava com sua vida a presença desses três
atributos do cristão.
3. Filemom exercia com a sua vida uma das
maiores atribuições dadas ao crente, pela instrumentalidade do
Santo Espírito de Deus:- o revigorar dos espíritos
daqueles que estão cansados e oprimidos (Fl
1.7):
7 Pois tive grande gozo e consolação no teu amor, porque por ti, irmão, os
corações dos santos têm sido reanimados.
Filemom com sua atitude e palavra
levantava o ânimo do
que estava abatido e
fraco.
Filemom sabia como tratar com as pessoas de forma a revigorá-las e animá-las.
4. Filemom vai tratar de um assunto delicadíssimo na época: a escravidão era um sistema que conferia
ao Império muitas vantagens:
O cidadão que quisesse libertar o seu escravo teria
que arcar com injunções da “lex romana” para
alforriá-lo devidamente.
8 Pelo que, embora tenha em Cristo plena liberdade para te mandar o que
convém,
9 todavia prefiro rogar-te por esse teu amor, sendo eu como sou, Paulo o
velho, e agora até prisioneiro de Cristo Jesus,
10 sim, rogo-te por meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões;
11 o qual outrora te foi inútil, mas agora a ti e a mim é muito útil;
12 eu to torno a enviar, a ele que é o meu próprio coração.
5. O senso ético do apóstolo enviando o escravo fugitivo de
volta para o seu “dono e senhor” (Fl 1.13-16):
13 Eu bem quisera retê-lo comigo, para que em teu lugar me servisse nas
prisões do evangelho;14 mas sem o teu consentimento nada quis fazer, para que o teu benefício não
fosse como por força, mas, sim, espontâneo.
15 Porque bem pode ser que ele se tenha separado de ti por algum tempo, para que o recobrasses para sempre,
16 não já como escravo, antes mais do que escravo, como irmão amado,
particularmente de mim, e quanto mais de ti, tanto na carne como também no
Senhor.
Alguns escravos
com inteligência e trabalho
conseguiam a alforria.
Já o escravo fugitivo dificilmente a conseguiria. Com a fuga ele se tornava passível da condenação à morte segundo a Lei, pois o seu senhor era dono de
sua vida.
6. Por causa disto o apóstolo vai ser muito objetivo em seu apelo a Filemom (Fl
1.17-21):
17 Assim pois, se me tens por companheiro, recebe-o como a mim
mesmo.
18 E, se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, lança-o minha conta.
19 Eu, Paulo, de meu próprio punho o escrevo, eu o pagarei, para não te
dizer que ainda a ti mesmo a mim te deves.
20 Sim, irmão, eu quisera regozijar-me de ti no Senhor; reanima o meu
coração em Cristo.
21 Escrevo-te confiado na tua obediência, sabendo que farás ainda
mais do que peço.
Como ele está quebrando as regras sociais de uma época
ele o faz com um apelo pessoal e emocional muito
forte
7. A recomendação apostólica ao final é como sempre uma
expressão de um relacionamento positivo e
eficaz (Fl 1.22-25): 22 E ao mesmo tempo, prepara-me
também pousada, pois espero que pelas vossas orações hei de ser
concedido.
23 Saúda-te Epafras, meu companheiro de prisão em Cristo
Jesus,
24 assim como Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores.
25 A graça do Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito
O Evangelho trouxe para
o ser humano a libertação
social emoral, mas...
principalmente a
liberdade espiritual, livrando-o
da escravidão do pecado
Conclusões
1.Que lições você tirou para a sua vida da leitura e
meditação nessas seis últimas cartas do apóstolo
Paulo?2.Por que todo esse trabalho
que tivemos só terá sido proveitoso se realmente
conseguimos crescer espiritualmente.
3. Você adotará para o seu viver algum novo tipo de procedimento em função
do que estudou aqui?4. Que o Senhor nos abençoe
e prepare para as novas jornadas.