Download - Especial Embarcadores com Guilherme Alvisi
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Em resposta aos custos elevados, eficiência operacional deficiente, impactos ambien tais e sociais exacerbados – como trânsito e acidentes –, Guilherme Alvisi, gerente geral de Negócios para Carga Geral da MRS Logística, aponta a ferrovia como uma alternativa “eficiente para a logística nacional”.
Na análise do transporte de cargas no Brasil, mesmo lembrando que, há algumas décadas, o Brasil fez uma escolha primordialmente rodoviária para sua matriz de transportes, o executivo não deixa de res
saltar a contribuição do modal para o país, mesmo que “só recentemente a ferrovia tenha voltado a ocupar papel central na pauta nacional”.
Alvisi avalia que ainda que, diante do momento histórico vivenciado pelo País, a ferrovias vem como um impulso para eco nomia, puxada pelos atributos e vantagens que ofe rece, e também “por uma agenda regula tória do governo federal que pretende fazer o setor se expandir e aumentar capacidade”. E ressalta: “Nós enxergamos muitas possibilidades e entendemos que a MRS terá uma grande responsabilidade no desenvolvimento do setor, pensando nos pró ximos anos”.
Destacando a operação com os portos co mo “fluída e direta”, Alvisi aponta como importante destaque o fator de previsibilidade. “Para os serviços de containers, em 2015, reformulamos completamente nos sa forma de operação, e hoje ofertamos grades fixas de partidas e chegadas. Dias e horá rios préde finidos, em diversas ro tas estratégicas”.
Em um momento de redescoberta dos trens pelo país, o executivo destaca o uso das ferrovias como uma alternativa mais barata, eficiente e segura para o setor produtivo nacional, “especialmente para os segmentos que atuam com importação e exportação, se pensarmos na imensa sinergia das ferrovias com os portos”, afirmando
“Ferrovia é a resposta eficiente para a logística nacional”, aponta executivo da MRS
Segundo especialistas, investimentos em infraestrutura precisam ocorrer ainda neste ano para garantir desempenho Kamila Donato
Foto: Divulgação
ainda que “os containers, que são a língua comum entre a indústria, os modais e os portos, permitem isso”.
Porém lembra que, ao longo de várias décadas, a ferrovia sumiu dos planos dos embarcadores. “Muitas vezes, pelo simples desconhecimento de que os trens podem transportar cargas de qualquer tipo, não só commodities, como também itens de maior valor agregado, mais frágeis ou em escala mais reduzida”, apontou.
O executivo destacou que a logística ferroviária se tornou transparente e confiável para os clientes e que a entrega, no prazo, sem acidentes ou surpresas, é garantida.
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“Para os serviços de containers, em 2015, reformulamos completamente nossa forma de operação,
e hoje ofertamos grades fixas de partidas e chegadas. Dias e horários pré-definidos, em diversas rotas estratégicas.”
Guilherme Alvisi – gerente geral de Negócios para Carga Geral da MRS Logística
Foto: Divulgação
“O ponto agora é ampliar esse modelo por meio de mais terminais e com mais setores experimentando a ferrovia, reforçou.
E não é só isso: Alvisi destaca ainda que o momento é de apresentar novamente as vantagens competitivas do modal, de modelar serviços mais flexíveis e seguros para os seus clientes, além de fidelizálos no serviço. “Isso vai acontecer naturalmente. Quem experimenta a ferrovia fica conos co”, afirma, lembrando que os caminhos para esse desenvolvimento são claros: “Precisamos, de um lado, continuar investindo em inovação, tecnologia, preparação dos ferroviários e em melhorias e manutenção da nossa malha, que tem hoje, quase 20 anos após a privatização, padrão de qualidade e produtividade comparável àqueles das melhores ferrovias de carga do mundo. Por outro, é necessário pensar o sistema de transporte por cargas como um todo, em que a ferrovia se insere, emprestando valor. A chave para o futuro é o conceito de integração entre modais, a multimodalidade”.
Transporte mais eficiente, seguro, limpo e com menor impacto sobre as cidades, o transporte ferroviário, embora com apenas 1.600 km dos cerca de 22 mil km de ferrovias no Brasil, tem papel fundamental e atua com diferencial, como explica. “Nós transportamos um terço do total das cargas por trens e administramos os acessos a cinco portos estratégicos da Região Sudeste, entre eles o de Santos, o maior da América Latina”.
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o modal rodoviário, que potencializa todo o seu valor de capilaridade e atendimento local nos fluxos de distribuição”, destaca.
Sem esquecer do momento crítico vivido pelo País, o executivo é enfático: “Sem dúvida, esperamos um ano difícil”, mas lembra que, “do ponto de vista da ferrovia, será também um ano de oportunidades”, refe rindose justamente à pressão que o macro ambiente está exercendo sobre o setor produtivo. E completa: “quando cada centavo passa a ter importância, novos segmentos experimentam a alternativa ferroviária, e ficam conosco”.
No segmento de containers, o executivo ressalta ainda que há avanço em um ritmo de 30% de crescimento ao ano, sem esquecer que essa alta acontece numa economia que encolhe entre 3% e 4%. “Em 2016, te mos tudo para quebrar todas as marcas ante riores de volume, eficiência e pro dutividade. O primeiro trimestre do ano foi encerrado com produção 60% superior ao mesmo período de 2015, em containers”, diz. E finaliza, afirmando estar preparado para dar essa contribuição: “a ferrovia é resposta pa ra a crise. Diversos segmentos já estão entendendo isso”.
17Maio 2016 –
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Integração multimodal
Ponto chave para resolução dessa “logística de distribuição deficitária”, o executivo aponta a integração multimodal como solução. Para ele, quanto mais e melhores terminais houver, maior será a participação da ferrovia nas soluções e, por extensão, mais valor terão essas soluções, para os clientes. “Na MRS, optamos por uma estratégia de firmar alianças comerciais com operadores multimodais de peso no mercado, o que vem acontecendo nos últimos anos, com resultados excelentes”. E destaca: “2016 será um ano de expansão dessa rede”.
Já envolvidos em projetos desta natureza em Belo Horizonte, na região metropolitana do Rio, no Vale do Paraíba, na região de Campinas e, claro, na Baixada Santista, o gerente geral de Negócios para Carga Geral da MRS Logística, acredita que com a multimodalidade, ganham todos. “Até mesmo
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“É necessário pensar o sistema de transporte por cargas como um todo, em que a ferrovia se insere, emprestando valor. A chave para o futuro é o conceito
de integração entre modais, a multimodalidade.”Guilherme Alvisi – gerente geral de Negócios para Carga Geral da MRS Logística
“A integração multimodal é a soluçãopara a ‘logística de distribuição deficitária’”.
“A integração multimodal é a soluçãopara a ‘logística de distribuição deficitária’”.