Download - ENFERMAGEM CIRÚRGICA (1)
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SUMRIO
1. Enfermagem Cirrgica 03
2. Equipe Cirrgica 03
3. Estrutura, Organizao e Normas do Centro Cirrgico (CC) 05
4. Posicionamento Cirrgico 13
5. Risco Cirrgico 16
6. Clnica Cirrgica 17
7. Centro de Material e Esterilizao CME 22
8. Instrumental Cirrgico 29
9. Terminologia Cirrgica 32
10. Humanizao dos Servios de Enfermagem - Centro Cirrgico 36
11. Enfermagem Perioperatria e atribuies do Tcnico de Enfermagem 36
12. Assistncia de Enfermagem em Neurocirurgias 43
13. Assistncia de Enfermagem em Cirurgias do Aparelho Respiratrio 44
14. Assistncia de Enfermagem em Cirurgias Cardiovasculares 50
15. Assistncia de Enfermagem em Cirurgias do Aparelho Digestrio 53
16. Assistncia de Enfermagem em Cirurgias do Aparelho Geniturinrio 59
17. Cuidados de enfermagem nas Cirurgias Oculares 63
18. Assistncia de Enfermagem em Cirurgias Traumatolgicas 65
19. Cuidados de enfermagem com Curativos 69
20. Cuidados de Enfermagem com Cateteres, Drenos e Curativos 73
21. Referncias 76
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1. ENFERMAGEM CIRRGICA
A assistncia de enfermagem ao paciente cirrgico, em uma unidade de internao inicia-se no momento da sua admisso. A partir desse momento, o ambiente hospitalar, por suas caractersticas impe ao mesmo uma srie de adaptaes, tais como:
Mudanas de hbitos dirios (alimentao, higiene, necessidades fisiolgicas, etc.); Restrio da liberdade (ambiente restrito, horrios preestabelecidos, visitas controladas); Exposio a agentes infecciosos; Ansiedade frente ao tratamento cirrgico a que ir ser submetido; Medo da morte ou de incapacidade fsica.
A clnica cirrgica a modalidade onde uma equipe especializada exerce seu papel diante dos pacientes submetidos aos procedimentos cirrgicos, sejam eles eletivos ou de emergncia. No passado o paciente agendado para uma cirurgia eletiva seria internado no hospital pelo menos 1 dia antes da cirurgia para avaliao e preparao. Hoje em dia, muitos pacientes chegam ao hospital na manh da cirurgia e vo para casa depois de passar pela unidade recuperao ps-anestsica (URPA).
Com frequncia, os pacientes cirrgicos que exigem internao hospitalar so os pacientes de trauma, os agudamente doentes, os que se submetem a cirurgia importante, os que exigem cirurgia de emergncia e aqueles com um distrbio clnico concomitante. 2. EQUIPE CIRRGICA
A equipe cirrgica constituda pelo paciente, anestesiologista ou anestesista, cirurgio, enfermeiros intraoperatrios e tcnicos de cirurgia.
1. O anestesista administra o anestsico e monitora o estado fsico do paciente durante toda a cirurgia.
2. O cirurgio e os assistentes fazem a prpria assepsia e a do paciente e realizam a cirurgia. 3. O tcnico de enfermagem no papel de instrumentador fornece os instrumentos e
suprimentos estreis para o cirurgio durante o procedimento. 4. A enfermagem circulante coordena os cuidados dos pacientes na sala de cirurgia. Os
cuidados fornecidos por este profissional incluem: posicionamento correto do paciente para o procedimento, preparo da pele para a cirurgia, gerenciar as amostras cirrgicas e documentar os eventos intraoperatrios.
O cirurgio
O cirurgio um profissional que realiza o procedimento cirrgico e lidera a equipe O anestesista
A equipe de anestesia formada por mdicos anestesiologistas, responsveis por todo ato anestsico, com as atribuies iniciais de fazer a avaliao pr-anestsica do paciente ainda em sua unidade de internao e de fazer a prescrio da medicao pr-anestsica. tambm da responsabilidade dessa equipe, planejar e executar a anestesia, prevendo com antecedncia todos os materiais, equipamentos e medicamentos necessrios, bem como preparar e administrar drogas e controlar as condies clnicas e anestsicas do paciente durante a cirurgia.
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Ao trmino da cirurgia da responsabilidade dessa equipe o envio do paciente Unidade de Recuperao Ps-Anestsica e seu controle at o restabelecimento das condies do paciente, para que este possa retornar unidade de origem em segurana.
O circulante de sala operatria (SO)
O circulante um profissional de enfermagem que gerencia a sala de cirurgia e protege a segurana e sade do paciente ao monitorar as atividades da equipe cirrgica, verificar as condies da sala de cirurgia, e avaliar continuamente o paciente para os sinais de leso, implementando as prescries apropriadas. As principais responsabilidades incluem: a verificao do consentimento informado, a coordenao da equipe e a garantia da limpeza, temperatura, umidade e iluminao
adequadas, o funcionamento seguro dos equipamentos e a disponibilidade de equipamentos e materiais, monitora as prticas asspticas, enquanto movimenta o pessoal tcnico necessrio (mdico,
radiologista e laboratrio), bem como a implementao das precaues contra incndio.
Durante o procedimento, este profissional registra as atividades realizadas durante
toda a operao disponibiliza e contabiliza todo o material utilizado na cirurgia assim como devolve o que no foi utilizado.
O Instrumentador Cirrgico
As atividades deste profissional incluem a separao
dos instrumentais cirrgicos, preparao das mesas estreis, suturas, laqueaduras e instrumentos especiais e o auxlio do cirurgio e seus assistentes durante o procedimento auxiliando nos materiais como: compressas, drenos, luvas, agulhas, etc.
Um pouco antes de a inciso cirrgica ser fechada, o instrumentador e o circulante contam todas as agulhas, compressas e instrumentos para se certificarem de que eles esto presentes e no permaneceram retidos como um corpo estranho no paciente. As amostras de tecido obtidas devem ser rotuladas pelo instrumentador e enviadas ao laboratrio pelo circulante.
A Equipe de Enfermagem
A equipe de enfermagem que atua no Centro Cirrgico composta por pessoas de vrios nveis, com responsabilidades diferentes. A quantidade desse pessoal varia conforme a complexidade e o volume de trabalho existente na Unidade, mas em geral a equipe composta de:
Enfermeiro
Responsvel pelo planejamento das aes de enfermagem que sero desenvolvidas no decorrer do ato cirrgico, bem como pelo gerenciamento relativo aos materiais e equipamentos necessrios.
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Tcnicos e auxiliares de enfermagem
Auxiliar direto do enfermeiro que lhes so delegadas tambm tarefas especiais, como: verificar o funcionamento, a conservao e a manuteno dos equipamentos necessrios ao funcionamento do Centro Cirrgico; responsabilizar-se pelo encaminhamento das peas cirrgicas aos laboratrios especializados e controlar o material esterilizado, verificando seus prazos de validade. Pode tambm exercer as atividades de instrumentador cirrgico ou de circulante de sala. O paciente
Quando o paciente entra na sala de cirurgia, ele pode sentir-se relaxado e preparado ou temeroso e altamente estressado. Esses sentimentos dependem, em grande parte, da quantidade e da regulao temporal da sedao pr-operatria e do nvel de medo e ansiedade do paciente. Os temores a respeito da perda de controle, do desconhecido, dor morte, alteraes na funo ou estrutura corporal e a ruptura do estilo de vida podem, sem exceo contribuir para uma ansiedade generalizada. Esses temores podem aumentar a quantidade de anestsico necessrio, o nvel de dor ps-operatria e o tempo total de recuperao.
O paciente est sujeito a diversos riscos: Infeco, falha da cirurgia, complicaes
temporrias ou permanentes, relacionadas com o procedimento ou anestsico e morte, so resultados incomuns, porm potenciais, da experincia da cirurgia.
Alm dos temores e riscos, o paciente que se submete sedao e anestesia perde
temporariamente a funo cognitiva e os mecanismos biolgicos de autoproteo. A perda da sensao dolorosa, dos reflexos e da capacidade de comunicao sujeita ao paciente intraoperatrio a possvel leso.
3. ESTRUTURA, ORGANIZAO E NORMAS DO CENTRO CIRRGICO (CC) Objetivo do centro cirrgico
O principal objetivo da Unidade de Centro Cirrgico o de atender, da melhor maneira
possvel, o paciente que ser submetido a um procedimento cirrgico, seja ele eletivo, de urgncia
ou emergencial, propiciando equipe cirrgica todas as condies de atendimento e ao paciente
a certeza de um atendimento seguro.
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Finalidade do centro cirrgico
As principais finalidades do Centro Cirrgico so: Realizar intervenes cirrgicas e devolver o paciente sua unidade de origem na
melhor condio possvel de integridade;
Servir de campo de estgio para o aperfeioamento de recursos humanos;
Servir de local de pesquisa e aprimoramento de novas tcnicas cirrgicas e asspticas.
Planejamento do Centro Cirrgico Deve ser planejada em equipe: Arquitetos, Engenheiros, Administradores,
Enfermeiros e Mdicos.
Localizao
Deve ocupar rea independente da circulao geral, ficando, assim, livre do trnsito de pessoas e materiais estranhos ao servio, possibilitar o aceso livre e fcil de pacientes provenientes das unidades de internao cirrgicas, pronto-socorro e terapia intensiva, bem como o encaminhamento dos mesmos s Unidades de origem.
O dimensionamento da rea deve ser de acordo com a demanda pretendida ou
estipulada. A rea fsica tem que proporcionar barreiras que minimizem a entrada de
microorganismos. O Centro Cirrgico composto por reas ou compartimentos independentes e
indispensveis, para seu funcionamento. dividido em:
rea no restrita: permite livre circulao. Fazem parte dessa rea os vestirios, corredor
de entrada de pacientes, sala de conforto e descanso, sala de espera dos acompanhantes.
rea semi-restrita: permite a circulao de pessoas e equipamentos desde que no
interfira no processo assptico. Est includa a sala de guarda de materiais de limpeza e
equipamentos, corredores do bloco operatrio, sala de enfermagem.
rea restrita: rea em que h um limite para circulao de pessoal e equipamentos, com
um grande controle de transito e assepsia. Nesta rea s poder circular pessoal vestido
adequadamente com uniforme privativo, gorro ou touca, protetores de calados. Ex: sala de
operao, lavabo e corredor.
Classificao
No Crticas: so todas as reas no ocupadas por pacientes ou as quais estes no tem acesso (escritrios, depsitos, banheiros);
Semi-crticas: ocupadas por pacientes portadores de doenas no infecciosas ou de baixa transmissibilidade;
Crticas: abrigam pacientes com baixa resistncia imunolgica ou que realizam procedimentos cirrgicos, partos, etc, nas quais so maiores as chances de contato com microorganismos.
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reas:
Vestirios
Esses locais devem ser exclusivos e funcionar como barreiras fsicas de acesso e ser
localizado na entrada do Centro cirrgico. Devem possuir sanitrios, chuveiro e armrios e estar
disposio doa funcionrios as roupas prprias utilizadas no Centro Cirrgico em diversos
tamanhos e de cores diferentes das utilizadas nas outras reas do hospital.
rea de recepo do paciente
Essa rea um local destinado a receber os pacientes no Centro Cirrgico e deve ser um
ambiente tranqilo para diminuir estresse do perodo pr-operatrio. Neste local poder ser
realizada uma reavaliao clinica antes da cirurgia ou administrao de pr-anestsico caso ainda
no tenha sido administrado.
Posto de Enfermagem
uma rea destinada ao controle administrativo do Centro Cirrgico. Deve estar em local
de fcil acesso e que permita uma ampla viso do Centro Cirrgico. no posto de enfermagem
que se encontram todos os formulrios necessrios ao funcionamento das atividades de
enfermagem. O Enfermeiro deve ter uma viso ampla da maior parte do CC.
Sala de conforto
rea destinada ao conforto dos profissionais que trabalham neste setor.
Dever dispor de mesas e cadeiras.
Administrao
Chefia do Centro Cirrgico;
Superviso de Enfermagem;
Servio de Anestesia;
Secretaria;
Farmcia satlite: O objetivo maior das farmcias satlites descentralizar os servios
prestados, dando mais rapidez ao sistema de distribuio de medicamentos e permitindo uma
interao maior entre as farmcias, os diversos setores e o corpo clnico do hospital. Antes do
funcionamento das farmcias satlites, o servio era prestado de forma centralizada e os
medicamentos ficavam sob responsabilidade do setor de Enfermagem, que no tem funo
especfica relacionada dispensao farmacutica.
Sala de material e limpeza
Local reservado para armazenar os materiais e utenslios utilizados na limpeza do Centro
Cirrgico.
Sala para guarda dos equipamentos
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um local reservado para receber os equipamentos que estiverem em condies para
utilizao imediata. Os equipamentos que podem ser guardados neste local podem ser: monitores
cardacos, bisturis, microscpios, entre outros.
Sala de armazenamento de material esterilizado
Local destinado ao armazenamento dos artigos estreis para uso na sala de operao.
Lavabos ou rea de escovao, secagem das mos e paramentao
Local onde se realiza a escovao/degermao das mos e antebraos da equipe
cirrgica e anestsica; Recomenda-se, para at 2 salas, duas torneiras para cada uma; para mais
de duas salas, devem ser projetadas duas torneiras para cada novo par de salas.
O local de escovao deve ser prximo s salas de cirurgias, a fim de reduzir o tempo
de exposio da rea escovada ao meio ambiente.
As torneiras devem ser acionadas por pedal ou com o cotovelo, como tambm os
recipientes para antisspticos. Os tanques devem ser instalados numa altura de mais ou menos
90 cm, para favorecer a mecnica corporal no ato da escovao. Neste local devem ser colocados
os recipientes para escova e soluo antissptica.
Lavabos ou rea de escovao
Secagem das mos com compressas estreis
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Vestindo o avental estril
Sala de operao (SO)
Local reservado para realizao do procedimento cirrgico. O profissional deve entrar
nesta rea j paramentado. Neste local o paciente permanece a maior parte do tempo.
Dimensionamento das salas de cirurgia:
Cirurgia Geral: Mnimo de 25m2;
Cirurgia especializada (neuro, ortopodia, cardiovascular): Mnimo de 36m2;
Cirurgia de pequeno porte (Ocular, endoscopia): Mnimo de 20m2;
Nmero de Salas (SO)
01 sala para cada 50 leitos gerais;
01 sala para cada 25 leitos de clnica cirrgica;
01 sala para cada 15 leitos de clnica cirrgica Portaria 1884/94.
Alguns Componentes das Salas (SO)
Mesa cirrgica com comando de posies;
Mesas de Instrumentais;
Mesas auxiliares;
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Focos de luz;
Aparelho de anestesia;
Monitor cardaco;
Bisturi eltrico;
Rede de oxignio, ar comprimido, xido nitroso.
SRPA, RPA ou URPA - Sala de Recuperao Ps-anestsica
A Sala de Recuperao Ps-Anestsica (SRPA) a rea que se destina a permanncia do paciente logo aps o trmino do ato anestsico-cirrgico. Neste local, o paciente fica sob os cuidados das equipes de enfermagem e mdica, especialmente, o anestesista.
A Sala de Recuperao Ps-Anestsica (SRPA) deve estar instalada dentro da
Unidade de Centro Cirrgico ou nas suas proximidades, de modo a favorecer o transporte fcil do paciente anestesiado para este local.
Sala de Recuperao Ps Anestsica
Sala para depsito de gazes medicinais
um local reservado para armazenamento de torpedos de oxignio, ar comprimido,
oxido nitroso e o nitrognio.
Sala de expurgo
Local destinado para desprezar as secrees vindas da sala de operao. Nela deve
conter vaso sanitrio com descarga e uma pia para lavar artigos utilizados nos procedimentos
cirrgicos.
Iluminao - Artificial; - Sem reflexos ou sombras;
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- Eliminao de excesso de calor (filtro de vidro); - Deve ser mvel (braos articulados); - Focos auxiliares.
Ventilao - Entrada e sada de ar; - Ventilao com exaustor para permitir sada dos gases anestsicos, odores; - Filtragem retira e impede entrada de partculas contaminantes. Temperatura e umidade - Temperatura: 19 a 24 C; - Umidade: De 45 a 60%. Comunicao - Telefones e interfones; - Campainhas; - Monitoramento central computadorizado. Eletricidade - Aterramento; - Gerador Central. Pisos - Resistente; - No poroso; - Fcil visualizao de sujeira; - Sem frestas; - Pouco sonoros; - Sem relevo.
Paredes - Cantos arredondados; - Lisas. - Verde ou Azul (para combater a fadiga visual). Janelas - Vidros duplos com persianas no meio. Portas - Sem dobradias; - Com visor de vidro;
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MTODO DE LIMPEZA E DE DESINFECO
Limpeza
a operao realizada para a remoo fsica de sujidades, com a finalidade de manter o asseio e a higiene do ambiente, sendo o ncleo de todas as aes para os cuidados de higiene.
Desinfeco
o processo pelo qual so destrudos os microrganismos em sua forma vegetativa crticas e/ou contaminadas. Nesse processo so utilizados produtos qumicos. Produtos qumicos para desinfeco de reas e superfcies
Os desinfetantes hospitalares para superfcies fixas so os produtos para uso especfico em hospitais e estabelecimentos relacionados com o atendimento a sade, em pisos, paredes e mobilirio, e que atendam as determinaes da Portaria n. 15/88 - MS, entre as quais podem ser citadas: Princpios ativos permitidos fenlicos;
quaternrios de amnio;
compostos orgnicos e inorgnicos liberadores de cloro ativo;
iodo e derivados;
lcoois e glicis;
biguanidas;
outros princpios ativos, desde que atendam a legislao especfica. Tempo de contato 10 minutos. Mtodos de desinfeco:
Quando usado agente qumico que contenha detergente:
- limpar a superfcie com o produto qumico para a retirada da sujidade, utilizando inclusive a ao mecnica; - passar novamente o produto, deixando-o em contato com a superfcie por dez minutos.
Quando usado agente qumico que no contenha detergente:
- limpar a superfcie com gua e sabo ou detergente para a retirada da sujidade, utilizando
inclusive a ao mecnica;
- enxaguar abundantemente;
- passar o produto qumico, deixando-o em contato com a superfcie por dez minutos.
Quando da desinfeco de reas contaminadas:
- colocar o produto qumico sobre a matria orgnica;
- retirar a matria orgnica envolvida no produto qumico e desprezar;
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- limpar o local novamente com o produto qumico e deix-lo em contato com a superfcie por dez
minutos.
Cuidados a serem observados durante o processo:
- verificar incompatibilidade entre o sabo e o produto qumico;
- verificar o tempo de contato do produto com a superfcie que esta sendo limpa - 10 minutos; - verificar a correta diluio do produto seguindo as orientaes contidas no rtulo do produto; - usar obrigatoriamente os equipamentos de proteo individual - EPI, seguindo as orientaes contidas no rtulo do produto. - passar novamente o produto, deixando-o em contato com a superfcie por dez minutos.
Quando usado agente qumico que no contenha detergente:
- limpar a superfcie com gua e sabo ou detergente para a retirada da sujidade, utilizando inclusive a ao mecnica;
- enxaguar abundantemente;
- passar o produto qumico, deixando-o em contato com a superfcie por dez minutos.
Quando da desinfeco de reas contaminadas:
- colocar o produto qumico sobre a matria orgnica;
- retirar a matria orgnica envolvida no produto qumico e desprezar;
- limpar o local novamente com o produto qumico e deix-lo em contato com a superfcie por dez minutos.
Cuidados a serem observados durante o processo:
- verificar incompatibilidade entre o sabo e o produto qumico;
- verificar o tempo de contato do produto com a superfcie que esta sendo limpa - 10 minutos;
- verificar a correta diluio do produto seguindo as orientaes contidas no rtulo do produto;
- usar obrigatoriamente os equipamentos de proteo individual - EPI, seguindo as orientaes contidas no rtulo do produto.
4. POSICIONAMENTO CIRRGICO
O posicionamento adequado do paciente essencial para os procedimentos cirrgicos
seguros e bem-sucedidos. A equipe cirrgica desempenha um papel significativo ao garantir o posicionamento do paciente, fisiologicamente, com segurana e sem comprometimento os sistemas afetados pelo posicionamento e seus riscos associados. Como as cirurgias podem ser realizadas em todas regies anatmicas, o corpo pode ser posicionado em mltiplas configuraes e, por vezes, no-naturais para exposio do stio cirrgico. O posicionamento, combinado anestesia e a seus efeitos fisiolgicos, pode gerar alteraes indesejveis quando no se consideram os fatores de segurana.
As metas do posicionamento cirrgico incluem proporcionar a exposio e os acessos timos ao sitio, manter o alinhamento corporal, manter as funes circulatria e respiratria, proteger a integridade neuromuscular e cutnea, e possibilitar o acesso puno venosa e aparelhos de suporte de anestesia. A satisfao destas metas enquanto mantm o conforto e a segurana do paciente responsabilidade de todos os membros da equipe cirrgica.
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Posies cirrgicas padro
Decbito Dorsal ou Supina
O decbito dorsal a posio mais comum. O paciente deita com as costas sobre a mesa de cirurgia. Os braos podem ser
posicionados ao lado do corpo ou sobre talas de brao. Esta a posio mais natural do corpo e a posio que, normalmente, o paciente anestesiado.
Esta posio permite os acessos a diversas cavidades corporais, como: peritoneal, torcica, pericrdica. Possibilita tambm o acesso cabea, pescoo e membros. As reas vulnerveis presso na posio de decbito so occipito, escpulas, vrtebras torcicas, sacro, cccix e calcneo. Trendlenburg
uma variao da posio supina em que a parte superior do tronco abaixada e os
ps so elevados. Esta posio facilita a visualizao dos rgos plvicos durante as cirrgicas abertas ou laparoscpicas na parte inferior do abdmen ou pelve.
Esta posio pode ser empregada para melhorar a circulao para o crtex cerebral e gnglios da base quando a presso arterial cai subitamente. Nesta posio os joelhos so frequentemente curvados atravs da flexo da seo das pernas da mesa. O paciente deve estar com os joelhos sobre a quebra na mesa para manter a posio anatmica segura. Trendlenburg Invertido
a posio em decbito dorsal com a cabea elevada e os ps abaixados. frequentemente utilizada para proporcionar acesso cabea e pescoo e para facilitar a trao gravitacional sobre as vsceras para longe do diafragma e no sentido dos ps. Quando os ps da mesa so inclinados no sentido do cho, uma prancha de p acolchoada suporta o peso do corpo do paciente.
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Posio de Litotomia ou Ginecolgica
Esta posio muito utilizada para procedimentos ginecolgicos e urolgicos. Com o
paciente em decbito dorsal as pernas so elevadas e abduzidas para expor a regio perineal. As pernas so colocadas em estribos para manter esta posio. Existem quatro nveis de litotomia: baixa, comum, alta e exagerada.
Litotomia baixa: utilizada para maioria dos procedimentos urolgicos e os que exigem acesso ao perneo e abdmen, simultaneamente.
Litotomia comum: mais utilizada para acesso ao perneo. Litotomia alta: utilizada para melhor visualizao da regio perineal. Litotomia exagerada: utilizada para ampla visualizao do perneo e regio
retropbica. Posio Renal Lateral
Permite a abordagem da rea retoperitoneal do flanco. Enquanto virado da posio decbito dorsal para a posio lateral, o paciente
anestesiado posicionado de modo que a crista ilaca inferior fique exatamente abaixo da quebra lombar, onde se localiza a ponte renal. Para tornar a regio renal prontamente acessvel ponte renal elevada sendo que a mesa flexionada de modo que a rea entre a 12 costela e a crista ilaca fique elevada.
Posio Decbito Ventral
Nesta posio, o paciente deita-se com o abdmen sobre a superfcie do colcho da
mesa de cirurgia. As modificaes da posio permitem as abordagens coluna cervical, costas, rea retal e reas dorsais dos membros. A anestesia induzida com o paciente na posio de decbito dorsal, usualmente na maca. Antes que o paciente seja virado, o anestesista fixa o tubo
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traqueal com o esparadrapo, aplica a pomada oftlmica em cada olho, e mantm as plpebras fechadas com o esparadrapo para evitar as abrases da crnea.
Utilizada para cirurgias de coluna vertebral, neurocirurgias da fossa posterior, vasculares, plsticas. Posio Genupeitoral
A posio genupeitoral, indicada para realizar exames do reto e vagina,
sigmoidoscopia e, ocasionalmente, para os procedimentos de laminectomia lombar. Uma
plataforma de extenso colocada no final da seo dos ps. O paciente posicionado em
decbito ventral, com os quadris na quebra da seo do tronco. A seo das pernas abaixada,
sendo que a plataforma de extenso flexionada em ngulo reto, de forma que o paciente ajoelhe
sobre a plataforma inferior. Toda a mesa inclinada no sentido ceflico para expor a pelve
posterior. A faixa de se colocada ao redor da rea posterior das coxas. Os braos so
colocados sobre talas de braos e flexionados no cotovelo para ficarem adjacentes cabea.
Posio de Sims
O paciente assume posio lateral esquerda. O membro inferior que est sob o corpo deve permanecer esticado e o membro inferior acima deve permanecer flexionado. Essa posio utilizada para enemas, repouso.
5. RISCO CIRRGICO
O propsito da avaliao pr-operatria verificar o estado clnico do paciente,
gerando recomendaes sobre a avaliao, manuseio e risco de problemas em todo o perodo
pr-operatrio e definir o risco cirrgico que o paciente, o anestesista, o assistente e o cirurgio
podem usar para tomar decises que beneficiem o paciente a curto e longo prazo. Deve-se definir
os exames mais apropriados e estratgias de tratamento para otimizar o cuidado do paciente,
evitando-se exames desnecessrios e permitindo o acompanhamento a curto e longo prazo.
fundamental reduzir-se o risco do paciente.
Avaliao Pr Operatria
Durante a consulta devem ser avaliados os fatores intrnsecos do paciente que
aumentam o risco cirrgico e o procedimento a ser realizado.
Em idosos, muito importante conhecer os reais benefcios da indicao cirrgica. O
procedimento deve considerar o pr-, o trans e o ps-operatrio, com nfase no desempenho
funcional do paciente.
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A influncia do procedimento cirrgico na avaliao do risco cirrgico.
De acordo principalmente com o grau de agresso, trauma tecidual e perdas
sanguneas, os procedimentos cirrgicos so distribudos nas seguintes categorias:
Exames Pr-Cirrgicos
1. Hemograma Completo; 2. Coagulograma; 3. Tipagem sangunea; 4. ECG; 5. Raios X de trax; 6. Glicemia; 7. Dosagem srica de sdio, potssio e cloro; 8. Protenas totais e fraes (PTF); 9. Ureia e Creatinina; 10. Urina I; 11. Gasometria; 12. Exame protoparasitolgico de fezes (PPF); 6. CLNICA CIRRGICA
A aplicao do processo de enfermagem para o cuidado com o paciente cirrgico
garantindo uma assistncia integral continuada, participativa e individualizada com o objetivo de
ajudar o paciente e a famlia faz parte da assistncia de enfermagem em clnica cirrgica. A
enfermagem cirrgica aquela que trata dos cuidados gerais de enfermagem prestados ao
paciente no perodo perioperatrio. Estes cuidados visam minimizar os riscos cirrgicos, dar maior
segurana ao paciente e reabilit-lo para se reintegrar famlia e sociedade o mais rpido
possvel.
As cirurgias podem ser classificadas de acordo com:
Classificaes Cirrgicas
A cirurgia pode ser realizada por vrios motivos. Um procedimento cirrgico pode ser:
- Diagnstico: bipsia ou laparotomia exploradora.
- Curativa: exciso de um tumor ou de um apndice inflamado.
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- Reparativa: triplas feridas.
- Reconstrutora ou Cosmtica: Mamoplastia ou um levantamento facial.
- Paliativa: para aliviar a dor ou corrigir um problema (sonda de gastrostomia).
A cirurgia pode ser classificada de acordo com o GRAU DE PRIORIDADE:
Emergencial: realizada imediatamente a admisso do paciente. Ex: sangramento grave,
ferida por arma de fogo.
Urgente: realizada dentro de 12 a 24 horas. Ex: clculos renais
Eletiva: realizada de acordo com uma programao. Pode ser requerida ou opcional. Ex:
Hrnia simples.
Diagnstica: procedimento invasivo.
Opcional: a deciso de realizao do paciente.
Pelo potencial de contaminao:
Limpa
Potencialmente contaminada
Contaminada
Infectada
PREPARAO PARA A CIRURGIA
Consentimento Informado
O consentimento informado voluntariamente e por escrito a partir do paciente
necessrio antes que a cirurgia no emergencial possa ser realizada. Esse consentimento por
escrito protege o paciente no autorizado e protege o cirurgio contra aes de uma operao
no autorizada. No melhor interesse de todas as partes envolvidas. So seguidos os princpios
legais, ticos e mdicos. responsabilidade de o mdico fornecer as informaes apropriadas.
Muitos princpios ticos fazem parte do consentimento informado. Antes que o
paciente assine o formulrio de consentimento, o cirurgio deve fornecer-lhe uma explicao clara
e simples do que a cirurgia ir acarretar alm de informar sobre os benefcios, alternativas,
possveis riscos, complicaes, desfigurao, incapacidades, remoo de partes do corpo bem
como o que esperar nos perodos ps-operatrio inicial e tardio.
Quando o paciente precisa de informaes adicionais para tomar sua deciso, a
enfermagem notifica ao mdico a respeito. Assim como se certifica da assinatura do termo de
consentimento antes da administrao da medicao pr-operatria.
Sedao e Anestesia
A sedao e anestesia apresentam quatro nveis:
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Sedao mnima: estado de sedao onde o paciente pode responder normalmente aos comandos verbais.
Sedao moderada;
Sedao profunda e
Anestesia.
Um procedimento cirrgico pode ser realizado com o emprego de agentes anestsicos
que suspendem as sensaes das regies do corpo (anestesia local, regional, epidural ou
espinal). Para um paciente, a experincia da anestesia consiste em ter uma linha intravenosa
inserida, se ela no foi inserida anteriormente; receber um agente sedante antes da induo com
um agente anestsico; perder a conscincia; ser intubado, quando indicado; e, depois receber
uma combinao de agentes anestsicos. Tipicamente, a experincia tranquila e o paciente no
se lembra dos eventos.
Tipos de Anestesia:
Sem anestesia o mais moderno tratamento cirrgico no seria possvel.
Anestesia geral
Compreende num estado inconsciente reversvel caracterizado por amnsia (sono,
hipnose), analgesia (ausncia de dor) e bloqueio dos reflexos autnomos, obtidos pela inalao,
ou via endovenosa. Os anestsicos lquidos produzem anestesia quando seus vapores so
inalados, juntamente com oxignio e, usualmente, com o xido nitroso. J os anestsicos gasosos
so administrados atravs da inalao e sempre associados ao oxignio.
A anestesia geral pode ser dividida em quatro estgios, o primeiro no incio da
anestesia onde o paciente respira a mistura anestsica no qual pode experimentar sensao,
calor, tontura, formigamento e o cliente consegue movimentar-se. No segundo estgio, so
caracterizados por agitao psicomotora, gritos, falas, risos, ou mesmo choro, o pulso torna-se
rpido e respirao irregular, pode ser freqentemente evitado atravs da administrao suave e
rpida do anestsico. Terceiro estgio anestesia cirrgica, obtida atravs da administrao
contnua de vapor ou gs, onde o cliente encontra-se inconsciente. E o quarto estgio, atingido
quando for administrada uma quantidade excessiva de anestsico.
Esse tipo de anestesia administrado em cirurgias de grande porte, entre elas:
Gastroplastia, Gastrectomia, enterectomia, abdominoplastia, mamoplastia, entre outras.
Anestesia local
Esta anestesia empregada para procedimentos menores nos quais o local cirrgico infiltrado
com um anestsico local como lidocana ou bupivacana. Este tipo de anestesia no envolve
perda da conscincia e depresso das funes vitais, produzindo perda da sensibilidade
temporria, causada pela inibio da conduo nervosa.
Anestesia Epidural
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O anestsico administrado no espao peridural. Neste caso no h perfurao da duramater e
nem perda liqurica. O bloqueio segmentar produzido nas fibras sensoriais, espinhais e tambm
nas fibras nervosas, podendo ser parcialmente bloqueadas.
Anestesia Raquianestesia
Geralmente administrada ao nvel da coluna lombar, obtida pelo bloqueio dos nervos espinhais do
espao subaracnoide. O anestsico depositado junto ao lquor, ocorrendo perfurao da
duramater.
FATORES DE SADE QUE AFETAM OS PACIENTES NO PERODO PR-OPERATRIO
A meta global no perodo pr-operatrio oferecer ao paciente o maior nmero
possvel de fatores positivos. So feitas todas as tentativas para estabilizar as condies que, de
outra forma, atrapalhariam uma recuperao tranquila. Quando os fatores negativos dominam,
aumentam os riscos da cirurgia e de complicaes ps-operatrias.
Antes de qualquer tratamento cirrgico ser iniciado, obtida uma historia de sade,
realizado um exame fsico, durante o qual so verificados os sinais vitais e estabelecida uma base
de dados para futuras instalaes.
Durante o exame fsico, so considerados muitos fatores que apresentam potencial
para afetar o paciente a ser submetido cirurgia.
Exames de sangue, radiografias, e outros exames diagnsticos so prescritos quando
especificamente indicados pelas informaes obtidas a partir d e uma historia e exame fsico
completo. Estes contatos preliminares com a equipe de sade fornecem ao paciente as
oportunidades para fazer as perguntas e familiarizar-se com aqueles que podem estar fornecendo
os cuidados durante e aps a cirurgia.
Estado Nutricional e Hdrico:
A nutrio tima PE um fator essencial na promoo da cura e resistncia infeco e
a outras complicaes cirrgicas. O exame do estado nutricional de um paciente proporciona
informaes sobre obesidade, subnutrio, perda de peso, desnutrio, deficincias em nutrientes
especficos, anormalidades metablicas, os efeitos dos medicamentos sobre a nutrio e
problemas especiais do paciente hospitalizado.
Qualquer deficincia nutricional, como a desnutrio, deve ser corrigida antes da
cirurgia, de modo que a protena suficiente esteja disponibilizada para reparao tissular.
Uso de drogas ou lcool:
Pessoas que abusam de drogas ou lcool frequentemente negam ou tentam escond-
lo. Nessas situaes a historia de sade do paciente precisa ser questionada com clareza e
pacincia.
Como as pessoas agudamente intoxicadas so susceptveis leso, a cirurgia
adiada nestes pacientes, se possvel. Se houver necessidade da cirurgia de emergncia,
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emprega-se a anestesia local, espinal ou o bloqueio regional para as cirurgias de menor porte. De
outra forma, para evitar o vomito e a aspirao potencial, uma sonda nasogstrica inserida antes
de administrar a anestesia geral.
Estado Respiratrio:
A meta para pacientes cirrgicos potenciais a funo respiratria tima. Os
pacientes recebem o ensino sobre os exerccios respiratrios e sobre o uso do espirmetro de
incentivo, quando indicado. Como a ventilao adequada est potencialmente comprometida
durante todas as fases de tratamento cirrgico, a cirurgia geralmente adiada quando o paciente
apresenta uma infeco respiratria. Os pacientes com doenas respiratrias como asma, DPOC
doena pulmonar obstrutiva crnica, so cuidadosamente avaliados quanto s ameaas atuais
para seu estado pulmonar. Tambm se examina o uso de medicamentos que podem afetar a
recuperao dos pacientes.
Os pacientes que fumam so solicitados a parar de fumar dois meses antes da cirurgia
embora muitos no o faam. Esses pacientes devem ser aconselhados a parar de fumar pelo
menos 24 horas antes da cirurgia.
Estado Cardiovascular:
A meta na preparao de qualquer paciente para cirurgia assegurar um sistema
cardiovascular com bom funcionamento para satisfazer as necessidades de oxigenao, hdricas
e nutricionais do perodo perioperatrio. Se o paciente apresente hipertenso descontrolada, a
cirurgia pode ser adiada ate que a presso arterial esteja sob controle.
Como a doena cardiovascular aumenta o risco de complicaes, os pacientes com
essas condies exigem diligncia maior que a usual durante todas as fases do cuidado e
tratamento de enfermagem.
Funes Heptica e Renal:
A meta pr-cirrgica a funo tima do fgado e do sistema urinrio, de modo que os
medicamentos, agentes anestsicos, resduos corporais e toxinas sejam adequadamente
processados e removidos do organismo.
O fgado importante na biotransformao dos compostos anestsicos. Portanto,
qualquer distrbio do fgado tem um efeito sobre como os agentes anestsicos so
metabolizados. Como a doena heptica aguda est associada alta mortalidade cirrgica, a
melhoria pr-operatria da funo heptica constitui uma meta: feito o exame minucioso com
ajuda de diversas provas de funo heptica.
Como os rins esto envolvidos na excreo de medicamentos anestsicos e seus
metablitos, e como o estado cido-bsico e o metabolismo tambm so importantes
consideraes na administrao da anestesia, a cirurgia est contraindicada quando um paciente
apresenta nefrite aguda, insuficincia renal aguda com oligria ou anria, ou outros problemas
renais agudos. A exceo fica por conta da cirurgia que PE realizada como medida salvadora ou
necessria para salvar a funo urinria, como no caso de uma uropatia obstrutiva.
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Funo Endcrina:
O paciente com diabetes que esta se submetendo a cirurgia encontra-se em risco de
hipoglicemia e hiperglicemia. A hipoglicemia pode desenvolver-se durante a anestesia ou no
perodo ps-operatrio a partir de carboidratos inadequados ou de excessiva insulina. A
hiperglicemia, que pode aumentar o risco de infeco na ferida operatria. Embora o risco
cirrgico no paciente com diabetes controlado no seja maior que no paciente no diabtico, a
meta consiste em manter o nvel da glicemia em 200mg/dl.
Funo Imune:
Uma importante funo do histrico pr-operatrio determinar a existncia de
alergias, incluindo a natureza de relaes alrgicas previas. Ela particularmente importante para
identificar e documentar qualquer sensibilidade a medicamentos e reaes adversas pregressas a
estes agentes. O paciente solicitado a identificar quaisquer substncias que precipitaram
reaes alrgicas previas inclusive medicamentos, transfuses de sangue, agente de contraste,
ltex e produtos alimentares.
7. CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAO CME
O Centro de Material e Esterilizao (CME) pode ser definido como um setor, uma
unidade de apoio tcnico ou um servio destinado limpeza, ao acondicionamento,
esterilizao, guarda e distribuio dos artigos e materiais para todas as unidades
consumidoras. Tem como finalidade fornecer artigos adequadamente processados para
proporcionar condies para assistncia sade dos indivduos e para realizao de
procedimentos mdico cirrgico.
Atividades
- Receber, desinfetar e separar os artigos;
- Lavar os artigos;
- Receber as roupas vindas da lavanderia;
- Preparar os artigos e as roupas;
- Esterilizar os artigos e as roupas por meio de mtodos fsicos e/ou qumicos, proporcionando
condies de aerao dos produtos, conforme necessrio;
- Realizar controle microbiolgico e de validade dos artigos esterilizados;
- Armazenar e distribuir os artigos e as roupas esterilizadas;
- Atividades tcnicas-administrativas como: planejar, organizar, orientar, realizar treinamento
especifica de pessoal para o setor, e educao continuada.
ASPECTOS ORGANIZACIONAIS E ESTRUTURAIS DO CME
De acordo com a resoluo RDC n 307 de 14 de novembro de 2002, o Centro de
Material e Esterilizao deve existir quando houver Centro Cirrgico, Obsttrico e/ou Ambulatorial
e servios de hemodinmica, de emergncia e alta complexidade e urgncia. O setor deve est
localizado prximo s unidades consumidoras, em local que permita a comunicao com outros
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setores para facilitar o atendimento de forma eficaz e precisa. O CME deve estar separado em
rea contaminada e em rea limpa.
- rea Fsica do CME
- rea para recepo, descontaminao e separao de artigos;
- rea para lavagem de artigos;
- rea para recepo de roupas limpas;
- rea para preparo de artigos e roupas limpas;
- rea para esterilizao fsica;
- rea para esterilizao qumica;
- rea para armazenamento e distribuio de artigos esterilizados descartveis;
- Sala de lavagem e descontaminao;
- Sala de esterilizao.
Alm dessas reas a unidade deve dispor de ambiente de apoio como: vestirios,
depsito de material de limpeza, sala administrativa, rea para manuteno dos equipamentos de
esterilizao fsica e um local para lanche e descanso dos funcionrios.
- Caractersticas Fsicas do CME
O piso do CME deve ser de cor clara, bom condutor de eletricidade, de fcil limpeza e
resistente ao calor e umidade. As paredes precisam ser lisas e planas com cantos cncavos ou
abaulados, ser lavvel e de cor clara. As janelas, caso existam, devem ser altas e amplas. A
iluminao deve ser geral e direta nas mesas de preparo dos artigos para facilitar a verificao da
limpeza, integridade e funcionalidade dos instrumentos.
- Fluxo no CME
A rea fsica do CME deve permitir um fluxo contnuo e unidirecional do artigo,
evitando o cruzamento de artigos sujos com limpos e esterilizados. As reas devem ser divididas
em:
- rea suja: considerada uma rea crtica, como expurgo.
- rea limpa: destinada ao preparo de material.
- rea estril: destinada a retirada de material dos equipamentos e guarda de material.
- Classificao dos artigos
Os artigos so classificados segundo os riscos de transmisso de infeco em:
- Artigos crticos: aqueles que entram em contato com pele, mucosas adjacentes, tecidos
subepiteliais e sistema vascular. Ex: instrumental cirrgico.
- Artigos semi-crticos: entram em contato com pele no integra ou mucosas integras. Ex:
Equipamentos respiratrios.
- Artigos no crticos: entram em contato com pele integra.
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- Limpeza dos artigos
a remoo de sujidade visvel e retirada da carga microbiana de um artigo e deve
acontecer antes da desinfeco e esterilizao. Tem como objetivos: reduzir a carga microbiana
dos artigos, extrarem contaminantes orgnicos e inorgnicos e remover a sujidade dos artigos. A
limpeza deve garantir a preservao do material, prevenir a deteriorao dos artigos.
- Tipos de limpeza
a) Manual: um processo realizado manualmente para a remoo da sujidade por meio de
frico com escova e uso de detergentes e gua aplicada sobre a superfcie do material. Os
materiais utilizados nesse procedimento so:equipamentos de proteo individual (EPI): par de
luvas grossas de borracha antiderrapante e de cano longo, culos de proteo, mscara facial,
avental impermevel, gorro, bota de borracha;escova de cerdas macias, no abrasivas;Impresso
prprio para o registro escrito do procedimento realizado contendo: nome do material, nome do
operador, data e turno.
Recomendao:
Lavar em gua corrente para retirar o excesso de sujidade se o material tiver indicao para
este procedimento e para evitar aerossis de microrganismo;
.manter o material na soluo detergente de acordo com as recomendaes do fabricante;
retirar o material da soluo, proceder limpeza manual de acordo com o tipo de material;
Enxaguar as peas com gua de forma abundante at retirara sujidade e o detergente
Secar os materiais e encaminhar para a rea de preparo;
b) Mecnica: um processo utilizado para a remoo de sujidade por meio de equipamentos
como lavadora com ao fsica e qumica. Ex: as lavadoras ultra-snicas, lavadora
termodesinfetadora, lavadoras de descarga lavadoras esterilizadoras. A utilizao dessas
maquinas minimiza o risco de acidentes com material biolgico.
- Equipamentos
Lavadoras ultra-snicas: a aplicao combinada de energia qumica (detergentes), mecnica
(vibrao sonora) e trmica (temperatura de 50 a 55C) promove a remoo da sujidade. Realiza
a descontaminao. um mtodo efetivo de limpeza do instrumental cirrgico.
Lavadoras de descargas: realizam a limpeza por meio de jatos de gua associados ao
detergente, com ao de braos rotativos e bicos direcionados sob presso. Os materiais
utilizados nesse processo so: comadres, papagaios e frascos de vidros de aspirao.
Descontaminao por limpeza mecnica.
Lavadoras termo-desinfectadoras: limpam pela fora de jatos dgua e utiliza gua quente
em uma das etapas associados ao de detergentes para a remoo de sujidades. Limpeza
mecnica que descontamina.
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Lavadora esterilizadora: opera com um ciclo de pr-limpeza, limpeza com detergente,
enxge e esterilizao. Realiza um ciclo completo de lavagem e um ciclo de esterilizao. uma
mquina que faz todos os processos.
O controle do processo de limpeza de artigos realizado por meio do controle
microbiolgico, qumico e visual.
- Desinfeco dos artigos
um procedimento realizado para a eliminao e destruio dos microrganismos com
o objetivo de evitar a propagao dos focos de infeco de um paciente para outro.
- Tipos de desinfeco
- Desinfeco de alto nvel
- Desinfeco de nvel intermedirio
- Desinfeco de baixo nvel
- Mtodos de desinfeco
Dever ser escolhido de acordo com as caractersticas dos artigos.
- Por processo fsico.
- Por processo qumico.
Recomendaes para a desinfeco: importante utilizar o Equipamento de Proteo
Individual, utilizar recipiente de vidro ou plstico rgido com tampa, lavar o artigo e sec-lo antes
de colocar completamente em soluo desinfetante, nos instrumentos com reas ocas preencher
com esses espaos com soluo desinfetante, enxaguar abundantemente com gua estril os
artigos colocados em soluo qumica, secar os artigos rigorosamente antes de guard-los.
- Preparo e empacotamento dos artigos
a fase destinada preparao dos artigos e seu acondicionamento em embalagens
selecionadas para a segurana do processo oferecendo assim ao usurio artigos em boas
condies e proteo adequada. Para realizar este procedimento importante que o profissional
realize a lavagem das mos, inspecione o artigo verificando integridade, limpeza e funcionalidade,
selecionar a embalagem, ajustar adequadamente a embalagem para que no fique com dobras
internas, identificar a embalagem com descrio do contedo, mtodo e data de esterilizao,
controle de lote, data de validade e nome do preparador antes de o artigo ser submetido
esterilizao, observar a integralidade da selagem, remover ar do interior das embalagens. As
informaes no devem ser colocadas diretamente na embalagem devendo ser colocadas em
uma fita ou etiqueta adequada.
- Seleo de embalagens
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As embalagens tm a finalidade de proteger o artigo durante o manuseio e transporte e assegurar a esterilizao at o momento do uso. O sistema de embalagem tem como caractersticas: ser compatvel com o mtodo de esterilizao e resistir s suas condies fsicas, possibilitar a identificao e abertura assptica, permitir a penetrao e remoo do agente esterilizante, proteger o contedo do pacote contra danos fsicos, ser isenta de furos e livre de resduos txicos, ser flexvel e resistente, funcionar como barreira microbiolgica, manter a esterilidade do material at o momento de uso.
- Tipos de embalagens
Tecido de algodo: este tipo deve manter uma barreira de proteo de varias lavagens e
esterilizaes. Deve ser duplos e de algodo puro, segundo as normas orientadoras do Ministrio
da Sade, pr-lavados para testar o encolhimento e no conter resduo de goma, remendos nem
cerzimentos. Estas embalagens devem ser mantidas em temperatura ambiente.
Papel grau cirrgico: este tipo de embalagem permevel ao agente esterilizante e
impermevel aos microrganismos, resistente trao e perfurao. indicado nos processos de
vapor saturado sob presso, xido de etileno. Utiliza-se para embalar materiais cirrgicos de
sntese ou sutura. Validade de 90 dias.
Papel crepado: so embalagens feitas 100% de celulose tratada, funciona como barreira
efetiva contra penetrao de microrganismos, flexvel e fcil de ser moldado, resistente a ruptura
e utilizadas na esterilizao por vapor e xido de etileno.
Filmes transparentes: junto com o papel grau cirrgico apresenta a vantagem de permitir
a visualizao do material e servem para embrulhar artigos destinados esterilizao por vapor.
Tyvek: so embalagens que no contem celulose, suportam altas temperaturas e
apresenta resistncia trao e perfurao e longa durao. compatvel com esterilizao por
vapor saturado sob presso, xido de etileno, plasma de perxido de hidrognio e radiao gama.
No tecido: so embalagens de polipropileno, possuem resistncia e capacidade de
filtrao, barreira microbiana, resistncia, maleabilidade e repelncia aos fluidos. compatvel
com o processo de esterilizao por vapor saturado sob presso xido de etileno, formaldedo e
plasma de perxido de hidrognio.
Contineres rgidos: so embalagens constitudas de caixa metlica termorresistente,
recipientes de alumnio, plstico termorresistente, contendo vlvula, filtro de papel ou tela e que
contm furos na tampa superior que servem para estocar artigos por varias semanas. So
utilizadas para esterilizao pelo vapor saturado sob presso, e autoclaves que contenham uma
tecla bomba de vcuo.
Caixas metlicas e lminas de alumnio: utilizadas no processo de esterilizao por
calor seco em estufas e devero ser totalmente perfuradas e embaladas em embalagem
secundria permevel ao vapor.
Processo de Esterilizao de Artigos
A esterilizao um processo pelo qual ocorre a morte de microrganismos por meio
de processos fsicos, qumicos ou fsico-qumicos. O processo de esterilizao difere da
desinfeco por ser capaz de destruir todas as formas de microorganismos. A funcionabilidade do
sistema de esterilizao deve ser medida pela eficcia e sua habilidade em no prejudicar nem
afetar de forma negativa, as propriedades funcionais dos artigos.
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- Tipos de Esterilizao
Processos Fsicos
Vapor saturado sob presso:
um processo utilizado para esterilizao de artigos termorresistentes atravs de
autoclaves gravitacional e pr vcuo. o mais seguro, econmico e o mais utilizado em hospitais
alm de apresentar facilidade de uso, ausncia de toxidade e rapidez. Baseia-se na
transformao das partculas em vapor sob a mesma temperatura. No serve para esterilizar ps
e lquido. Nas autoclaves so utilizados trs parmetros essenciais: vapor, tempo, temperatura e
presso. O ciclo de esterilizao das autoclaves compreende a drenagem do ar, admisso do
vapor, exposio do material ao agente esterilizante e exausto do vapor com secagem da carga.
As embalagens que podem ser utilizadas nesse processo so: campo de algodo,
papel grau cirrgico, papel crepado, filmes transparentes, contineres, caixas metlicas, e no
tecido. O controle do processo feita por registros dos parmetros (tempo, temperatura e
manovacumetro), teste de Bowie & Dick, indicadores qumicos e biolgicos. Alguns cuidados
devem ser realizados no processo: no apertar muito o pacote para ajudar na entrada do vapor,
colocar os pacotes verticalmente, no colocar os pacotes sobre local frio aps a esterilizao para
evitar condensao.
Esterilizao rpida- ciclo flash:
utilizado para esterilizao de artigo termorresistente atravs do vapor saturado sob
presso sendo recomendado em situaes de urgncia, ou seja, necessidade de uso imediato.
Possui o mesmo mecanismo de ao da autoclave, porm utiliza-se a prpria bandeja como
invlucro.
Esterilizao por calor seco:
um mtodo de esterilizao que utiliza a estufa, que um equipamento eltrico que
dissemina calor seco para esterilizar instrumental cirrgico, ps, leos, artigos em ao inoxidvel.
Sua ao se da atravs da oxidao e dessecao celular e tem como parmetros a temperatura
e o tempo de exposio.
Esterilizao por cobalto 60:
utilizado na rea industrial para esterilizao de artigos de uso nico (descartveis),
sendo que no vivel a aplicao destes mtodos dentro do hospital, por conta do custo e
controle da irradiao.
Processos Qumicos
Esterilizao por glutaraldedo:
a esterilizao realizada pelo glutaraldedo que tem ao bactericida, virucida, fungicida e
esporicida para esterilizao de artigos termossensveis. Estes produtos exigem um tempo de
exposio muito longo, de 8 a 10 horas e devem ser utilizados na impossibilidade de outros
recursos. Os artigos esterilizados por essa soluo devem ser utilizados imediatamente por causa
do risco de recontaminao.
Processos Fsico-Qumicos
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Esterilizao por xido de etileno:
a esterilizao que utiliza o gs xido de etileno e realizado em autoclave. Esse tipo de
processo tem a vantagem de ser facilmente penetrvel, oferecer ao bactericida, virucida,
fungicida e esporicida, utiliza baixa temperatura e baixa presso no danificando os artigos
expostos. Tem como desvantagem o ciclo longo, a toxidade do gs e o processo de aerao alm
do custo elevado dos aparelhos. Os parmetros a serem observados nesse processo
compreendem o tempo, temperatura, umidade relativa e concentrao do gs. Os materiais
indicados para este tipo de esterilizao so os termossensveis, tais como: marca-passos,
prteses, instrumentais de hemodinmica, acessrios de respirador, materiais com fibra tica e
materiais de borracha. Esse processo apresenta seis fases: evacuao da cmara, umidificao e
aquecimento, injeo do gs, exposio ao gs, evacuao e injeo de ar e aerao. Devem ser
utilizados os Equipamentos de proteo Individual (EPIs) para realizar esse tipo de esterilizao.
Esterilizao por perxido de hidrognio:
um processo realizado por autoclave e apresenta como vantagem de serem facilmente
instalados os equipamentos e ter ciclo rpido de esterilizao. Apresenta trs parmetros:
temperatura, presso e concentrao de perxido de hidrognio. preciso utilizar adaptadores
para lumens mais estreitos e longos e as embalagens que podem ser utilizadas nesse processo
tyvek e continer. Este tipo de esterilizao tem cinco fases: vcuo, injeo, plasma, difuso e
ventilao.
OBS: o Sterrad um equipamento novo que utiliza uma concentrao maior de perxido de
hidrognio, possui o ciclo padro e o avanado.
Esterilizao por vapor de baixa temperatura e formaldedos gasoso (VBTF)
um processo que utiliza uma combinao de formaldedo com vapor saturado realizado em
autoclaves. Apresenta seis fases: pr aquecimento, remoo de ar, esterilizao, remoo do gs,
secagem e admisso de ar. Tem como parmetros: tempo, temperatura, umidade, presso,
concentrao e distribuio do formaldedo.
Controles dos Processos de Esterilizao
O controle do processo de esterilizao pode ser feitos por indicadores fsicos e
qumicos.
Controle Qumico: So produtos que monitoram um ou mais parmetros da esterilizao, com
base em uma mudana qumica ou fsica, com a finalidade de controlar a exposio interna e
externa do pacote. So classificados em:
Classe I indicadores de processos: Demonstram se o pacote passou pelo processo de
esterilizao e diferencia o artigo processado do no processado, podendo com isto detectar
determinadas falhas humanas. Deve ser usado em todas as unidades que sero submetidas ao
processo. A fita zebrada ou fita teste um exemplo desse tipo de controle.
Classe II indicadores para uso em testes especficos: so utilizados para testar
equipamentos. O Teste de Bowie- Dick.
Classe III indicadores de parmetro: utilizado para medir os parmetros da
esterilizao.
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Classe IV indicadores e multiparmetros: utilizado para medir dois ou mais de um
parmetro. por meio de uma fita com tinta que muda de cor quando colocadas no processo.
Classe V indicadores integradores: Indicadores que reagem com todos os parmetros
do processo de esterilizao a vapor (tempo, temperatura e qualidade do vapor).
Classe IV indicadores de simulao: reagem a todos os parmetros crticos.
Controle Biolgico: So caracterizados por esporos bacterianos que diferem conforme o
processo de esterilizao. Esse tipo de controle Indica que a esterilizao foi efetiva atravs
da inativao de microorganismos com alta resistncia a um dado agente esterilizante.
Competncias do tcnico ou auxiliar de enfermagem da CME
Participar das passagens de planto.
Executar as etapas de processamento do artigo (recebimento, preparo, esterilizao e distribuio) no Centro de Material e Esterilizao.
Comunicar ao enfermeiro qualquer anormalidade com os artigos e equipamentos.
Participar de reunies no setor conforme a programao.
Auxiliar na elaborao de rotina e novas tcnicas.
Auxiliar no acompanhamento de estgios.
Participar e auxiliar no treinamento de funcionrios novos.
Participar de treinamento e desenvolvimento.
Participar da implantao de novas tcnicas.
Realizar atividades de acordo com as rotinas tcnicas sob a superviso de um enfermeiro. Realizar o preparo do artigo de acordo com a rotina especfica.
Identificar os pacotes conforme padronizado.
8. INSTRUMENTAL CIRRGICO
uma ferramenta ou dispositivo especialmente concebido para a realizao de aes
especficas e de efeitos desejados durante uma cirurgia ou operao, tais como modificar um tecido biolgico, ou para visualiz-lo. Ao longo do tempo vrios tipos diferentes de instrumentos cirrgicos e ferramentas foram desenvolvidos.
Alguns instrumentos cirrgicos so projetados para uso em cirurgia geral, enquanto outros so concebidos para um procedimento especfico. Assim, a nomenclatura dos instrumentos cirrgicos segue determinados padres, tais como a descrio das medidas que realiza ou um composto cientfico relacionado ao tipo de cirurgia. Consideraes gerais - So de ao inoxidvel; - Objetivo: visualizar, manobrar, diagnosticar e manipular; - So classificados de acordo com o tempo operatrio que so utilizados. INSTRUMENTAL DE ANTISSEPSIA/CURATIVO
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Pinas
Instrumental de Direse Cabos de bisturi
Instrumental de Direse Disseco Tesouras curvas
Instrumental de Direse
Fios Tesouras retas
Pinas auxiliares - anatmicas
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Pinas com dente
Pinas Hemostticas
Instrumental de Hemostasia Instrumental de Preenso Pinas Apreenso
Instrumental de Exposio Afastadores auto-estticos
Afastadores dinmicos
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Instrumental de Sntese Porta Agulhas
9. TERMINOLOGIA CIRRGICA Os principais objetivos da terminologia cirrgica so:
Fornecer sob forma verbal ou escrita uma definio do termo cirrgico;
Descrever os tipos de cirurgia;
Preparar os instrumentais e equipamentos cirrgicos apropriados a cada tipo de cirurgia.
Na terminologia cirrgica, os termos so formados por um prefixo, que designa a parte do corpo relacionada com a cirurgia, e por um sufixo, que indica o ato cirrgico realizado.
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10. HUMANIZAO DOS SERVIOS DE ENFERMAGEM - CENTRO CIRURGICO
No processo de cuidar, o ser humano objeto do cuidado. Haja vista que o
profissional de enfermagem aquele que passa a maior parte do tempo com este indivduo, cabe
a ele o cuidado integral e holstico a este paciente.
Nesta viso o cuidado prestado ao paciente tanto no ambiente hospitalar quanto no
ambiente cirrgico deve ser humanizado, principalmente no ambiente cirrgico que um local
onde o paciente que ir sofrer algum tipo de interveno, e onde o medo, a ansiedade ou mesmo
a falta de informaes muito frequente.
Humanizar a ao cuidar do paciente. A humanizao no ambiente hospitalar um
fator primordial para o restabelecimento do estado de sade do paciente.
A presena da enfermagem ao lado do paciente, desenvolvendo uma relao de ajuda
e compartilhando este momento to angustiante, lhe trar conforto e segurana, tornando mais
ameno e menos doloroso este momento. Ao avaliar os cuidados de enfermagem na sala de
recuperao ps-anestsica, obteve-se alto grau de satisfao por parte dos pacientes nos itens:
segurana demonstrada pelo pessoal de enfermagem nos cuidados, acolhimento do paciente e
apoio, desde a chegada at ser encaminhado unidade de internao.
No entanto, as orientaes recebidas pelo paciente na sala de recuperao ps-
anestsica muitas vezes no esto de acordo com o que preconizado pelos referenciais
tericos. Informaes, especficas ao paciente sobre as sensaes esperadas, pode ser til,
contudo, importante antes de fornecer qualquer informao, ouvir o paciente, seus temores e
dvidas..., evitando que o mesmo fique sem saber o porqu dos sintomas que est apresentando
e at quando permanecer neste estado desconfortante.
Aps estas reflexes, pode-se afirmar que desde o momento em que o paciente
admitido para a realizao de procedimento cirrgico at a alta hospitalar, este no mais o nico
responsvel pelo que acontece consigo, mas toda a equipe.
Durante sua permanncia no centro cirrgico, a responsabilidade recai sobre a equipe
cirrgica e mais diretamente na enfermagem passando a responder por tudo o que est ou possa
acontecer com o mesmo.
Os aspectos biopsicossociais devem ser respeitados, tendo em vista que as pessoas
levam consigo toda sua complexidade e caractersticas individuais e sociais ao ambiente cirrgico.
11. ENFERMAGEM PERIOPERATRIA E ATRIBUIES DO TCNICO DE ENFERMAGEM
Define-se perodo perioperatrio como espao de tempo que compreende trs fases:
pr-operatria, intra- operatria e ps- operatria.
Pr-operatrio: perodo de tempo desde que tomada a deciso da cirurgia at o paciente ser
transferido para a sala de cirurgia. dividido em:
Mediato: da primeira consulta at 24 horas antes da cirurgia. Inclui neste perodo
orientaes dadas ao mesmo antes do internamento. Ex.: jejum, banho, preparo da papeleta.
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Imediato: procedimentos realizados 24 horas antes da cirurgia at o
encaminhamento para o Centro Cirrgico. Ex.: tricotomia.
Intraoperatrio: perodo de tempo desde quando o paciente transferido para a mesa da sala de
cirurgia at ser admitido na Sala de recuperao ps- anestsica.
Ps-operatrio: compreende todo perodo que se segue aps a realizao do procedimento
anestsico cirrgico. dividido em:
Mediato: a partir das 24horas aps a cirurgia at a alta hospitalar.
Imediato: aps o termino da cirurgia at as primeiras 24horas aps a cirurgia.
Tardio: da alta hospitalar at a reviso.
ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM NO PR-OPERATRIO
Antes da cirurgia o paciente ou responsvel deve assinar um termo de
responsabilidade, autorizando o hospital a realizar o procedimento cirrgico, que tem por
finalidade proteger o paciente contra uma cirurgia indesejada, proteger o hospital e sua equipe
contra uma ao legal do paciente ou famlia sobre uma cirurgia sem consentimento.
A assistncia no pr-operatrio objetiva um preparo psicossocial e fsico, identificando
assim os fatores fsicos como (tabagismo, hipertenso, desnutrio, obesidade, faixa etria
elevada e outras doenas associadas) como tambm emocionais (ansiedade, expectativa da
cirurgia, etc.) do paciente, pois interferem nas condies para o ato cirrgico, podendo
comprometer o bom xito da cirurgia ou mesmo provocar sua suspenso. dividido em:
Mediato
Realizao de uma anamnese completa atravs de uma entrevista (experincias cirrgicas
anteriores, alergias, doenas associadas, uso de medicamentos, jejum prvio e observaes);
Providenciar coleta de exames de sangue (hemograma completo, coagulograma,
plaquetas, leucograma e classificao sangunea) e preparar os pacientes para outros exames
diagnsticos (USG, tomografia, ressonncia, Raios-X, etc.);
Controle de SSVV;
Observar o equilbrio hidroeletroltico e o estado nutricional;
Orientar sobre os exerccios respiratrios, importncia da tosse e deambulao precoce;
Orientar quanto ao uso de medicaes;
Lavagem intestinal na noite anterior a cirurgia, este procedimento utilizado em algumas
cirurgias, pois diminui o risco de liberao do contedo intestinal durante a cirurgia, provocado
pela medicao relaxante muscular, porm existem controvrsias sobre este procedimento.
Geralmente este procedimento realizado de 8 a 12 horas antes da cirurgia atravs da aplicao
de enemas e utilizao de laxativos;
Orientar quanto ao Jejum, de no Maximo 12 horas que antecedem a cirurgia para evitar os
vmitos e prevenir a aspirao de resduos alimentares por ocasio da anestesia;
Verificar se h necessidade de reserva de sangue (geralmente ter de ser providencia no
pr-operatrio mediato, para uma maior segurana);
Realizar tricotomia, se necessrio;
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Remover prteses dentrias;
Orientar quanto ao esvaziamento da bexiga antes da cirurgia;
Orientar quanto s regras do hospital.
Imediato
Checar todos os preparos prescritos na vspera da cirurgia e se foram realizados com
xito e todas as informaes contidas no pronturio;
Realizar exame fsico completo;
Verificar e manter o jejum;
Comunicar qualquer alterao quanto ao estado geral do paciente;
Orient-lo a esvaziar a bexiga antes de ser encaminhado para o bloco cirrgico (se o
paciente estiver deambulando);
Retirar esmalte das unhas, se o paciente estiver usando, para o anestesista controlar
melhor a oxigenao do paciente;
Fazer que o paciente faa um banho de asperso com soluo indicada do hospital;
Realizar, antes do banho, a tricotomia na regio indicada com 30 minutos de antecedncia,
se possvel, ou ento at duas horas antes do procedimento;
Fornecer vesturio adequado (camisola descartvel ou de pano, touca ou gorro e botas
descartveis);
Retirar prteses, lentes de contato, jias, etc.;
Verificar SSVV;
Administrar medicaes pr-anestsicas (MPA) cerca de 45 a 60 minutos antes da cirurgia.
Todos os cuidados pr-operatrios devem ser realizados antes da aplicao deste medicamento,
porque aps a sua administrao o cliente permanecer na cama, devido o estado de sonolncia.
Verificar se h necessidade de reserva de sangue;
Deixar o paciente deitado e com as grades da cama levantadas;
Realizar orientaes segundo a prescrio mdica: puno venosa, instalao de SNG,
antibiticos profilticos;
Colocar o paciente na maca (devidamente forrada), conferindo o pronturio, exames
complementares, levantar as grades da maca e encaminhar o paciente para o centro cirrgico
(CC). Observar o alinhamento correto das partes do corpo durante o transporte do paciente e ter
cuidado com infuses venosas, drenos e sondas.
Orientar o paciente sobre sua permanncia na SRPA ou UTI;
Reforar a importncia dos exerccios respiratrios e deambulao precoce.
ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM NO TRANS-OPERATORIO
Receber o paciente no Centro Cirrgico, verificar prescrio mdica e pronturio, conferir a
presena de exames laboratoriais;
Confirmar sobre o jejum, alergias, doenas anteriores e preparos;
Aferir SSVV e realizar exame fsico simplificado;
Observar nvel de conscincia;
Encaminhar o paciente na maca com as grades levantadas, sala de operao;
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Colocar o paciente na mesa cirrgica de modo confortvel e seguro;
Monitorar o paciente, verificar os parmetros;
Manter o paciente aquecido;
Auxiliar o anestesiologista durante induo anestsica;
Ajudar equipe cirrgica a posicionar o paciente para a cirurgia;
Realizar o cateterismo vesical quando necessrio;
Registrar, na ficha de transoperatrio todos os cuidados prestados ao paciente e sua
evoluo;
Possveis Intercorrncias
Nuseas e vmitos;
Anafilaxia: uma reao alrgica causada em resposta ao uso de medicamentos, ltex ou
outras substncias. Provoca vasodilatao, hipotenso e constrio brnquica.
Hipxia;
Hipotermia;
Hipertermia maligna: um distrbio muscular hereditrio que pode ser induzido por
agentes anestsicos;
Coagulao intravascular disseminada.
Espcimes e Membros Amputados Em toda cirurgia com retirada de uma pea, rgo ou parte de rgo, o espcime deve ser encaminhado a exame anatomopatolgico, por exigncia legal e tambm como comprovao de que foi realmente retirado do paciente. Membros amputados
Em toda cirurgia com retirada de membro ou parte de membro, esta pea deve obrigatoriamente ser encaminhada para incinerao ou enterro, conforme exigncia legal. Normalmente, antes de realizar a amputao de membros, a equipe mdica orienta o paciente e seus familiares, exigindo que assinem uma declarao de que esto cientes do tipo de cirurgia a ser feita. O auxiliar de enfermagem que circula pela sala cirrgica deve estar seguro do que fazer com a pea amputada e deve conhecer as rotinas do hospital.
Entre os procedimentos empregados em vrios hospitais, os mais simples e seguros
so: Providenciar um saco plstico para colocar o membro amputado.
Identificar o invlucro colocando os seguintes itens:
nome completo do paciente e seu nmero de registro hospitalar;
nmero do quarto e leito - categoria do paciente;
tipo de pea cirrgica;
nome do cirurgio;
nome do hospital.
Verificar com a famlia se providenciar ou no o enterro da pea cirrgica. Caso a famlia deseje enterrar o membro amputado, proceder da seguinte forma: solicitar do mdico uma declarao em trs vias, denominada atestado de bito parcial, em que o cirurgio declara o tipo de cirurgia realizada e o motivo que o obrigou a fazer a amputao;
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anotar no pronturio do paciente a pea que foi retirada e o destino que lhe foi dado;
encaminhar a pea e o atestado de bito parcial ao enfermeiro responsvel pelo Centro Cirrgico, que chama a famlia e lhe entrega uma das vias do atestado de bito parcial para que providencie o enterro do membro amputado;
encaminhar a pea ao necrotrio junto com uma das vias do atestado de bito parcial; anexar a ltima via do atestado de bito parcial ao pronturio do paciente, fazendo as anotaes pertinentes;
fazer o registro do envio da pea em livro prprio. Caso a famlia no queira enterrar a pea, preferindo que seja incinerada, os procedimentos so: solicitar ao cirurgio uma autorizao de incinerao em trs vias, informando que tipo de membro foi amputado;
anotar no pronturio do paciente a pea que foi retirada e o destino que lhe foi dado;
encaminhar a pea e a autorizao para incinerao ao enfermeiro responsvel pelo Centro Cirrgico; encaminhar a pea junto com duas vias da autorizao para incinerao ao necrotrio, cujos responsveis, de posse da pea identificada e da autorizao citada, tomaro as devidas providncias;
anexar a ltima via da autorizao para incinerao ao pronturio do paciente, fazendo as anotaes pertinentes;
fazer o registro do envio da pea em livro prprio. O tcnico de enfermagem deve estar consciente da responsabilidade por tais aes,
pois elas envolvem um problema legal importante. Se as normas no forem cumpridas, o hospital ficara sujeito a sanes legais.
ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM NO PS-OPERATRIO
Imediato
Posicionar adequadamente o paciente no leito;
Conectar sondas e drenos;
Manter vias areas permeveis;
Proporcionar alvio da dor de acordo com medicao prescrita;
Verificar SSVV
Observar curativo cirrgico e sangramento;
Mudar decbito;
Mediato
Monitorizar SSVV e drenagens;
Estimular exerccios e respirao profunda;
Controlar eliminaes;
Realizar curativo;
Dar orientaes quanto alta hospitalar.
Admitindo o paciente na SRPA
Transferir o paciente ps-operatrio da sala de cirurgia para SRPA responsabilidade
do anestesista. Durante o transporte da sala de cirurgia para a SRPA, o fornecedor da anestesia
permanece na cabeceira da maca (para manter a via area), e um membro da equipe cirrgica
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permanece na extremidade oposta. Transportar o paciente envolve a considerao especial do
sitio incisional, alteraes vasculares potencias e exposio.
A inciso cirrgica considerada sempre que o paciente ps-operatrio movido;
muitas feridas so fechadas sob tenso considervel, sendo feitos todos os esforos para evitar a
tenso adicional sobre a inciso. O paciente posicionado de modo que no deite sobre drenos
ou tubos de drenagem, nem os obstrua. A hipotenso ortosttica grave pode ocorrer quando se
movido de uma posio para outra. Por exemplo, de uma posio de litotomia para uma posio
horizontal ou decbito lateral para decbito dorsal, de modo que o paciente deve ser movido de
forma lenta e cuidadosa.
Alta do paciente da SRPA
Em geral as seguintes medidas so empregadas para determinar a aptido do
paciente para a alta da SRPA.
- Sinais vitais;
- Orientao para pessoa, local, eventos e tempo;
- Funo pulmonar ntegra;
- Leituras de oximetria de pulso indicando a saturao arterial de oxignio adequada;
- Dbito urinrio de, pelo menos, 30ml/h;
- Nuseas e vmitos ausentes ou sobre controle;
- Dor mnima.
Muitos hospitais utilizam um sistema de pontuao para determinar a condio geral
do paciente e sua aptido para a transferncia da SRPA. Durante todo o perodo de recuperao,
os sinais fsicos do paciente so observados e avaliados por meio de um sistema de pontuao
baseada em um conjunto de critrios objetivos.
Recebendo o paciente na unidade clnica.
O quarto do paciente preparado ao se reunir os equipamentos e os suprimentos
necessrios: suporte intravenoso, cuba rin, compressas, absorventes descartveis, cobertores,
formulrios e documentao ps-operatria. Quando chega a comunicao unidade sobre a
transferncia do paciente da SRPA, comunica-se a necessidade de qualquer artigo adicional que
possa ser necessrio. A enfermeira da SRPA reporta os dados basais sobre a condio do
paciente para a enfermaria receptora.
Durante as primeiras 24 horas depois da cirurgia, o cuidado de enfermagem do
paciente hospitalizado na unidade mdico-cirrgico geral envolve continuar a ajudar o paciente a
se recuperar dos efeitos da anestesia, avaliar com freqncia o estado fisiolgico do paciente,
monitorar as complicaes, controlar a dor e a implementar as medidas destinadas a alcanar as
metas de longo prazo de independncia com o auto-cuidado, controle bem sucedido do regime
teraputico, alta para casa e recuperao plena.
Nas primeiras horas depois da admisso na unidade clinica, a ventilao adequada,
estabilidade hemodinmica, dor incisional, integridade do sitio cirrgico, nuseas e vmitos,
estado neurolgico e mico espontnea so as principais preocupaes. A frequncia de pulso,
a presso arterial e a frequncia respiratria so registradas pelo menos a cada 15 minutos
durante a primeira hora e a cada 30 minutos nas duas horas seguintes. Depois disso, elas so
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medidas com menor freqncia, caso permaneam estveis. A temperatura monitorada a cada
4 horas durante as primeiras 24 horas.
Em geral, os pacientes comeam a se sentir melhor vrias horas depois da cirurgia ou
depois de acordar na manh seguinte. Embora a dor ainda possa ser intensa, muitos pacientes
sentem-se mais alertas, menos nauseados e menos ansiosos.
Complicaes Gerais no Ps-Operatrio
Dor: pode estar relacionada com traumatismo, infeco ou inflamao. um dos primeiros
sintomas do ps-operatrio. Gera ansiedade e tenso. A deambulao e a ventilao pulmonar
podem ficar limitadas favorecendo a ocorrncia de tromboembolismo e conseqncias
cardiovasculares. A capacidade de suportar a dor varia para cada paciente e depende de: do
estado emocional, tipo de anestesia, imobilidade e natureza cirrgica.
Cuidados: avaliar constantemente o paciente, identificar o local e o tipo de dor,
posicionar corretamente o paciente no leito, administrar analgsico prescrito, registrar no
pronturio as queixas e horrios das medicaes.
Nuseas e vmitos: pode estar relacionados ao direta dos anestsicos no centro do vomito,
tipo de anestesia, distenso gstrica, ansiedade, dor intensa, distenso abdominal, efeito colateral
dos narcticos, entre outros.
Cuidados: manter paciente em decbito lateral ou lateralizar a cabea, administrar
medicao antiemtica conforme prescrio mdica, manter higiene oral, evitar mudanas
bruscas de decbitos, observar se h distenso abdominal.
Distenso abdominal: o aumento do abdome pelo acmulo de ar aspirado e de gases no trato
intestinal ps-cirurgia abdominal. Pode provocar dor e desconforto respiratrio.
Cuidados: manter decbito elevado, observar a distenso abdominal, proporcionar
conforto ao paciente, administrar medicao prescrita.
Reteno Urinria: a incapacidade de urinar, apesar da vontade. Ocorre geralmente em
cirurgias abdominais e vias baixas. causada por espasmos do esfncter da bexiga causado por
compresso da bexiga nas cirurgias abdominais, alm de estresse ou vergonha do paciente na
utilizao de aparadeiras ou papagaios.
Outras causas:
Espasmo do esfncter externo por medo ou vergonha
Anestesia de longa durao
Cistite por uso de sondas vesicais
Hipertrofia da prstata
Estenose uretral
Perfurao da uretra por clculos
Clculos
Paralisia da bexiga por leso na medula ou compresso devido a tumores ou fraturas
medicamentos (morfina).
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Cuidados: promover massagem abdominal, deambulao precoce, observar eliminaes e
anotar no pronturio, criar ambiente favorvel para estimular o paciente a urinar, realizar
cateterismo de alivio de acordo com prescrio mdica.
Incontinncia urinria: causada pela perda do tnus do esfncter da bexiga por traumatismo
durante a cirurgia ou na retirada da sonda.
Cuidados: ter cuidado com a higiene do paciente com sonda, providenciar fraldas ou
absorventes, deambulao, realizar exerccios com a sonda vesical.
Insnia: pode estar relacionada pela dor, cefaleia, sede, curativo compressivo, barulho,
ansiedade, distenso abdominal, posio inadequado no leito.
Cuidados: proporcionar ambiente confortvel e mudana de decbito se no houver contra
indicao.
Soluo: espasmos intermitentes do diafragma provocando curto rudo causado pela irritao do
nevo frnico distenso do estomago e abdominal, peritonite toxemia e uremia, exposio ao frio,
beber lquidos muito quentes ou muito frios e obstruo intestinal.
Cuidados: manter paciente bem aquecido, controlar SSVV, ensinar o paciente a fazer
respirao profunda e pausada.
12. ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM EM NEUROCIRURGIAS Craniotomia
A craniotomia a abertura cirrgica do crnio para ter acesso s estruturas
intracranianas para remoo de tumor, aliviar a Presso Intracraniana (PIC) elevada, controlar
hemorragia e retirar cogulo sanguinolento.
So tipos de craniotomia:
Craniectomia: a exciso da poro do crnio.
Cranioplastia: a reparao de defeito no crnio atravs de placas plsticas ou metlicas.
Cirurgia transfenoidal: mtodo cirrgico que consegue alcanar a hipfise, atravs da cavidade
nasal e do seio esfenoidal.
Cuidados pr-operatrios:
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- Cuidados gerais do pr-operatrio; - Fornecer informaes sobre a cirurgia;
- Realizar exame fsico dando nfase ao nvel de conscincia funo motora e sensitiva;
- Orientar jejum de no mnimo 8 horas;
- Orientar o paciente a no lavar a cabea no dia da cirurgia;
- Medicamentos para evitar o edema podem ser administrados nesta fase.
Cuidados ps-operatrios: - Manter o decbito do paciente em Fowler;
- Verificar SSVV rigorosamente;
- A PIC controlada por cateter Swan-ganz;
- Mudana de decbito;
- Realizar controle hidroeletroltico;
- Observar o curativo cirrgico quanto a sangramento;
- Realizar compressa de gelo no edema periorbital;
- Observar nvel de conscincia: resposta a estmulos verbais, capacidade motora, resposta a
estmulos dolorosos;
- Observar presena de crises convulsivas e prestar assistncia devida;
- Manter grades da cama levantadas;
- Manter paciente aquecido;
- Controlar infuses venosas, medicamentos prescritos e realizar balano hdrico;
- Realizar cuidado com sondas;
- Auxiliar na deambulao;
- Auxiliar na dieta (s deve ser oferecida quando retornarem os reflexos normais do paciente);
- Observar a presena de edema, hiperemia, dor e calor.
Complicaes:
Hipertenso intracraniana;
Desequilbrios hidroeletroltico;
Hemorragia;
Convulso;
Trombose venosa profunda;
13. ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM EM CIRURGIAS DO APARELHO RESPIRATRIO Laringectomia
a retirada total ou parcial da laringe e estruturas circunvizinhas. Pode ser total ou
parcial.
Causas: Tumores ou cnceres nas cordas vocais.
Cuidados pr-operatrio:
- Esclarecer as dvidas do paciente e da famlia;
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- Esclarecer sobre o procedimento cirrgico e seu efeito sobre a fala;
- Esclarecer sobre programa de reabilitao;
- Oferecer apoio psicolgico;
- Orientar sobre os exerccios de tosse e de respirao profunda;
- Orientar o paciente para no tentar falar no ps-operatrio imediato;
- Orientar o paciente quanto diminuio do paladar e do olfato depois da cirurgia;
Cuidados ps-operatrio:
- Manter vias areas permeveis;
- Manter paciente em posio de semi-Fowler ou de Fowler;
- Identificar problemas respiratrios e circulatrios observando sinais de agitao, respirao
laboriosa e aumento da freqncia de pulso;
- Orientar o paciente quanto ao aumento de secreo e frequncia da tosse informando que com o
tempo o problema diminuir;
- Orientar paciente quanto ao repouso da voz;
- Solicitar a presena de um fonoaudilogo;
- Cuidados com a traqueostomia;
- Realizar curativo;
- Administra medicao prescrita;
- Realizar aspirao sempre que necessrio;
- Observar SNG;
- Promover higiene oral;
- Promover meios alternativos de comunicao para o paciente;
- Estimular e ensinar o autocuidado ao paciente.
Traqueostomia
a abertura feita na traqueia (indicada por problemas respiratrios) com a finalidade de obter uma via area permevel ou substituir o tubo endotraqueal.
Os distrbios do pncreas podem ser: inflamatrios, neoplsicos, traumticos, genticos. Podem ocorrer de forma aguda ou crnica.
Traqueostomia Provisria a abertura feita na traquia atravs do traquestomo de silicone utilizado nas
cirurgias de urgncia.
Traqueostomia Definitiva de metal e com uma endocnula.
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Indicaes: - Obstruo da laringe por aspirao de um corpo estranho; - Difteria; - Edema de glote (processo alrgico); - Tumores de laringe; - Remoo de secrees traqueobrnquicas; - Coma ou situaes em que o paciente no respire de maneira adequada; - Paralisia dos msculos respiratrios.
Cuidados pr-operatrios: - Cuidados pr-operatrios; - Esclarecer as dvidas que ainda existam; - Informar sobre o impedimento da emisso do som da fala para comunicao oral. Deve-se este fato, a colocao da cnula abaixo das cordas vocais. - A tricotomia na regio do pescoo dos pacientes masculinos necessria na maioria das vezes; - Preparo psicolgico do paciente e dos familiares, caso seja um procedimento planejado, esclarecendo os detalhes da cirurgia e da sua necessidade, bem como suas Implicaes.
Cuidados ps-operatrios: - Observar edema e sangramento ao redor do local do estoma; - Limpar assepticamente o local e manipular o mnimo possvel nas primeiras 24 horas, pois o deslocamento da cnula acidental pode sobrevir e a reinsero pode ser difcil ou ate impossvel devido ao edema; - Quando verificar os SSVV, atentar para os movimentos respiratrios e sua intensidade; - Sempre que houver rudos hidroareos o paciente deve ser aspirado; - A cabeceira do leito do paciente deve estar montada com:
Oxignio umidificado; Aspirador; Cateter de aspirao Soro fisiolgico; Gazes esterilizadas; Luvas.
CIRURGIA TORCICA
As cirurgias torcicas so consideradas de grande porte, produz estresse significativo
no sistema cardiorrespiratrio.
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Lobectomia
uma cirurgia para retirada de um lobo pulmonar e realizada quando a patologia limita-se a uma rea do pulmo. Este tipo de procedimento mais comum do que a retirada de um pulmo inteiro. Alm da Lobectomia tem ainda a Segmentectomia que retirada de um segmento do pulmo e a Pneumectomia que a retirada total de um dos pulmes.
Indicaes: - Cncer de pulmo; - Tuberculose unilateral extensa; - Abscesso pulmonar mltiplo; - Bronquiolite; - Enfisema.
Cuidados pr-operatrios: - Cuidados pr-operatrios adequados; - Estimular o paciente fumante a parar de fumar; - Incentivar o exerccio de tosse.
Cuidados ps-operatrios: - Monitorar rigorosamente o nvel de conscincia; - Monitorar padro respiratrio; - Aspirar secrees; - Elevar a cabeceir