Economia Brasileira em
PERSPECTIVA
Ministério daFazenda
14aEdição Especial | Fevereiro | 2012
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
Sumário Executivo
Atividade Econômica
Emprego e Renda
Inflação
Juros e Crédito
Política Fiscal
Setor Externo
Panorama Internacional
Especial – Brasil: Avanços de uma Década
Glossário
Índice
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NOTA
O relatório “Economia Brasileira em Perspectiva”, publicado pelo Ministério da Fazenda, consolida e atualiza as principais variáveis econômicas do Brasil. Nesta edição, os dados estão atualizados até 2 de fevereiro de 2012.O documento é resultado do trabalho conjunto dos seguintes órgãos deste Ministério: Secretaria de Política Econômica (SPE), Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Secretaria de Assuntos Internacionais (SAIN), Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) e Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).
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Edição Especial | Ano 2011
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Sumário Executivo
Do ajuste à aceleração
Em 2011, a economia mundial foi afetada pelo agravamento da crise financeira global iniciada em 2008. Particularmente devido aos problemas de solvência fiscal na Zona do Euro e conflitos políticos nos EUA, os países desenvolvidos tiveram forte desaceleração no nível de atividade econômica. Com o prolongamento da crise, o mundo assiste a uma “guerra cambial”, promovida pelas economias avançadas para tentar restaurar sua competitividade industrial.
A política de afrouxamento monetário promovida pelos Estados Unidos e Europa acabou por pressionar para cima os preços das commodities entre o quarto trimestre de 2010 e o início de 2011. Isso alimentou o processo inflacionário global e levou ao descumprimento das metas de inflação na maioria dos países que as adotam. O Governo brasileiro agiu tempestivamente, combatendo a aceleração dos preços com medidas monetárias convencionais e com importante auxílio de medidas fiscais e macroprudenciais. Digno de destaque foi o programa de consolidação fiscal adotado logo no começo de 2011, que culminou com a obtenção de meta cheia de superávit primário. Esse esforço de contenção fiscal teve decisivo papel no processo de flexibilização da política monetária iniciado em agosto do ano passado para enfrentar os efeitos da crise externa na economia brasileira.
A adoção de medidas de política cambial também foi necessário. As políticas de administração de fluxos de capitais implementadas ao longo de 2011 foram motivos de elogios de organismos e especialistas internacionais e auxiliaram também na política de estabilização de preços, além do importante papel na promoção da estabilidade financeira e corporativa.
O sucesso do modelo de crescimento econômico adotado pelo Governo brasileiro continuou em 2011. Diversas medidas importantes foram tomadas, tais como: novas etapas do “PAC” e do “Minha Casa Minha Vida”; ampliação do Programa de Bolsa Família com o “Brasil sem Miséria”; uma nova política industrial (“Plano Brasil Maior”); ampliação do “Simples Nacional” e do Microempreendedor Individual; o Programa “Pronatec” de qualificação técnico-profissional de trabalhadores; o Programa “Crescer” de microcrédito produtivo orientado. Além disso, houve diversas medidas de simplificação, desburocratização e modernização da Receita Federal do Brasil e do Tesouro Nacional. Os efeitos dessas iniciativas atingem 2012 e se estendem para os anos seguintes. Vale ainda destacar a consolidação da política de
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Sumário Executivo
valorização de longo prazo do salário mínimo, com aumento real de 66% desde 2003, chegando a R$622,00 em janeiro de 2012, que ajudará no processo de retomada da atividade econômica neste início de ano.
Como consequência deste modelo de crescimento, o Brasil se tornou a 6ª maior economia do mundo em 2011. Entramos em 2012 com uma taxa de câmbio mais competitiva, taxas de juros menores, solidez fiscal e das instituições financeiras, baixas taxas de desemprego, inflação sob controle, elevada confiança dos consumidores e empresários, e uma forte carteira de investimentos públicos e privados para os próximos anos em diversos setores de atividade econômica.
Para 2012, o Governo Federal vai trabalhar para sustentar esse exitoso modelo de crescimento, estimulando investimentos públicos e privados em infra-estrutura e na indústria, aumentando a qualificação profissional e reduzindo de modo substancial a população em extrema pobreza e ampliando a classe média e o bem estar da população. A economia brasileira vai crescer mais em 2012 do que no ano passado, destoando de um mundo em desaceleração.
Economia Brasileira em
PERSPECTIVA
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Atividade Econômica
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Atividade Econômica
Edição Especial | Ano 2011
Até o terceiro trimestre de 2011, a economia brasileira esteve em processo de acomodação, fruto das medidas governamentais e da deterioração da crise global. Após isso, as iniciativas que visavam moderar o ritmo da economia começaram a ser gradualmente retiradas. Nos últimos meses do ano, a atividade econômica do País deu início a seu processo de recuperação mesmo diante da piora no cenário internacional. Esta visão é corroborada pela elevação do Indicador de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), pelo comportamento da produção industrial e pelo aumento no consumo de energia elétrica.
Mais importante que a expansão observada no PIB em 2011 é sua qualidade. O investimento vem crescendo mais do que o consumo das famílias e do Governo, o que indica ampliação da capacidade produtiva para além da ampliação da demanda, ao longo dos próximos anos. Nesse sentido, o Governo anunciou um conjunto de medidas em 2011, sintetizadas no Plano Brasil Maior, para fortalecer a indústria nacional. As ações estão direcionadas à desoneração e à simplificação tributária, às medidas de defesa comercial e à qualificação da mão-de-obra. Além disso, o PAC cresceu vigorosamente e apresentou, em 2011, valores empenhados da ordem de R$ 35 bilhões ante R$ 29,7 bilhões em 2010. Adicionalmente, o Programa “Minha Casa, Minha Vida” apresentou desembolsos da ordem de R$ 41,4 bilhões, alta de 11,3% sobre os R$ 37,2 bilhões em 2010.
Crescimento econômico mesmo sob agravamento da crise internacional
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Atividade Econômica
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Crescimento do PIB (% a.a.)
Dados em: % anual* Para 2011: dados do IBGE acumulados nos três primeiros trimestres em relação ao mesmo período em 2010 ** Estimativas do Ministério da Fazenda
Fonte: IBGE e Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
Brasil: crescimento econômico sustentável
O ano de 2011 foi importante para consolidar a trajetória de crescimento de longo prazo em um ambiente internacional de franca desaceleração. Depois da acomodação em 2011, a economia brasileira vai se acelerar. Com investimentos tanto do setor privado, como do setor público, a média de expansão do PIB até 2014 deve ser superior à dos quatro anos anteriores.
5.2
2014**
2013**
2012**
2011*2010
20092008
20072006
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19991998
Média 3,5%
Média 4,6%
Média 4,8%
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CriseInternacional
CriseInternacional
CriseInternacional
CriseInternacional
4,5 5,5 6,0
Média1,7%
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Atividade Econômica
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Índice de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil (número-índice, com ajuste sazonal)
Dados em: número-índice (2002=100)
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Índice aponta crescimento da atividade econômica
Segundo o Indicador do Banco Central do Brasil (IBC-Br), a atividade econômica do País mostrou crescimento dessazonalizado de 1,15% em novembro de 2011, em comparação com o mês anterior. Dessa maneira, o PIB deve ter variação positiva entre o terceiro e o quarto trimestre de 2011.
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Atividade Econômica
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Índice de Produção Industrial (número-índice, com ajuste sazonal)
Dados em: número-índice (média 2002=100)
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
Produção industrial se acomoda
A variação acumulada da produção industrial em 2011 apresentou crescimento de 0,3%, resultado bem abaixo do verificado em 2010 (10,5%). Houve elevação generalizada do nível de produção nos três primeiros meses do ano devido à expansão em 2010. A indústria de bens de capital foi o destaque positivo: alta de 3,3% em 2011, em especial para a categoria de transportes. Ampliar o ritmo da indústria é um desafio importante para o Governo.
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Atividade Econômica
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Volume de Vendas no Comércio Varejista (% acum. 12 meses)
PMC PMC Ampliada * PMC Setorial
Dados em: % acumulado em 12 meses até novembro de 2011* Inclui veículos, motos, partes e peças, e material de construção
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
Vendas no comércio varejista em acomodação
No acumulado em 12 meses até novembro, o comércio varejista registrou crescimento de 7,0% e o comércio varejista ampliado cresceu 7,7%. No ano, o desempenho do setor deverá ser inferior ao ocorrido em 2010, quando, devido à recuperação da crise de 2008, acumulou altas respectivas de 10,9% e de 12,2%. Mesmo assim, os números são expressivos e atestam o dinamismo doméstico do País.
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Mar 2010
Set 2009
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Nov 2008
Combustíveis E Lubrif.
Hipermercados E Supermercados
Hip., Super. Prod. Alim., Bebidas E Fumo
Outros Art.De Uso Pessoal E Doméstico
Tecidos, Vestuário E Calçados
Veículos, Motos, Partes E Peças
Livros, Jornais, Revistas E Papelaria
Material De Construção
Art. Farm., Médicos, Ort., De Perf. E Cosm.
Móveis E Eletrodomésticos
Equip. E Mat. Para Esc., Inf. E Comunic. 18,6
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Atividade Econômica
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Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria - NUCI (%, com ajuste sazonal)
NUCI - CNI* NUCI - FIESP* NUCI - FGV
Dados em: %, com ajuste sazonal
* Abrange apenas a indústria do Estado de São Paulo
Fonte: CNI, Fiesp e FGVElaboração: Ministério da Fazenda
Utilização da Capacidade Instalada recua ao longo de 2011
Em consonância com o arrefecimento da atividade industrial ocorrido ao longo do ano, os indicadores do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) indicaram recuo em 2011. A tendência é que números mais positivos de atividade econômica em 2012 se reflitam também numa maior utilização da capacidade instalada da indústria brasileira.
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Nível Setorial de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria - NUCI Setorial (%, com ajuste sazonal)
Dados em: %, com ajuste sazonal* Período: 2000-2011
Fonte: FGVElaboração: Ministério da Fazenda
Utilização da Capacidade Instalada Setorial
O processo de acomodação da economia impacta na utilização da capacidade instalada que apresentou leve queda. Contudo, os níveis setoriais estão dentro de condições normais da atividade econômica.
Dez 2010 Dez 2011 Média*NUCI por Setor84,9 83,4 82,6Indústria Geral90,3 88,6 84,6Material de Construção91,2 87,1 84,5Minerais não metálicos90,1 86,6 81,5Material de Transporte85,2 86,3 84,7Vestuário e Calçados89,2 85,9 80,8Duráveis de Consumo78,3 85,0 76,7Material Elétrico85,2 84,5 82,0Mecânica88,8 84,4 83,7Produtos de matérias plásticas84,5 83,3 80,4Bens de Capital83,1 83,0 82,1Produtos Alimentares85,0 82,9 80,3Bens de Consumo80,2 81,5 78,2Outros Produtos74,5 69,9 69,5Produtos Farmacêuticos92,1 91,7 92,3Celulose e papel85,0 84,1 84,5Química85,9 83,8 86,2Bens Intermediários89,3 83,6 88,5Metalurgia86,4 83,1 86,5Têxtil82,0 79,8 79,9Não duráveis de consumo75,1 75,8 77,8Mobiliário
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Índices de Confiança: Indústria e Consumidor (pontos, com ajuste sazonal)
Índice de confiança do consumidor Índice de confiança da indústria
Dados em: pontos, com ajuste sazonal
Fonte: FGVElaboração: Ministério da Fazenda
Confiança na economia brasileira
O índice de confiança da indústria estabilizou-se a partir de novembro, fechando 2011 em 101,8 pontos. Houve desempenho ainda melhor em janeiro de 2012 (102,3 pontos). A expectativa é recuperação gradual da indústria para o ano de 2012. Por outro lado, a confiança dos consumidores encerrou o ano em 119,6 pontos e abriu janeiro com 116,0 pontos. Apesar do recuo marginal, o indicador ainda se encontra em patamares bem otimistas.
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Otimista
Pessimista
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Atividade Econômica
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Safra Brasileira de Grãos - Cereais, Leguminosas e Oleaginosas (milhões de toneladas)
Dados em: milhões de toneladas
Fonte: CONAB/MAPAElaboração: Ministério da Fazenda
Novo recorde de safra em 2011
A produção agrícola do Brasil alcançou em 2011 o número recorde de 163 milhões de toneladas de grãos, superando em 9,2% o percentual do ano anterior. O resultado consolida o Brasil como um dos principais celeiros do mundo.
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Atividade Econômica
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Programação do Financiamento Rural (R$ bilhões)
Total Agricultura Familiar Agricultura Empresarial
Dados em: R$ bilhões* Inclui linhas FAT de Giro Rural e Banco do Brasil em “Outros Créditos”
Fonte: CONAB/MAPAElaboração: Ministério da Fazenda
Plano Safra fomenta dinamismo agropecuário
O Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 conta com recursos de R$123,2 bi, um aumento de 6,2% em relação à safra passada. Deste total, R$107,2 bi são da agricultura empresarial e R$16 bi da agricultura familiar. Os recursos serão destinados ao financiamento de operações de custeio, investimento, comercialização, subvenção ao prêmio de seguro rural e apoio à utilização de práticas agronômicas sustentáveis.
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Atividade Econômica
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PIB e Investimento - FBCF (% a.a.)
Investimento PIB
Dados em: % anual* Para 2011: dados do IBGE acumulados nos três primeiros trimestres em relação ao mesmo período em 2010 ** Estimativas do Ministério da Fazenda
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
Investimento apresenta crescimento maior do que o PIB
Desde 2004, as taxas de crescimento do investimento têm sido superiores ao crescimento do PIB, com exceção do ano de 2009. Isso garante que a maior capacidade produtiva do País seja revertida para o atendimento da demanda doméstica crescente. Para os próximos anos, o modelo de crescimento adotado pelo Governo Federal dará ainda maior ênfase ao investimento em todos os setores da economia.
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Atividade Econômica
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Investimento - FBCF (% do PIB)
Dados em: % do PIB* Estimativas do Ministério da Fazenda
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
Participação dos investimentos no PIB em trajetória ascendente
As oportunidades da economia brasileira, em conjunto com as medidas tomadas a fim de encorajar o investimento de longo prazo, aumentarão a contribuição do investimento para o crescimento econômico, devendo alcançar 20,8% do PIB em 2012.
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PAC 2 (R$ bilhões)
Dados em: R$ bilhões
Fonte: MPOGElaboração: Ministério da Fazenda
Programa de Aceleração do Crescimento
A segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) visa dotar o País com infraestrutura em 6 eixos principais, com investimentos próximos de 1 trilhão de reais no período 2011-2014. Aproximadamente 50% deste montante será direcionado a investimentos em Energia e 30% ao Programa Minha Casa, Minha Vida. Após 2014, já há investimentos definidos para os setores de energia e transportes.
PAC 2
Eixos 2011-2014 Pós-2014 Total
PAC Comunidade Cidadã 23,0 23,0
PAC Água e Luz para Todos 30,6 30,6
PAC Cidade Melhor 57,1 57,1
PAC Transportes 104,5 109,0
PAC Minha Casa Minha Vida 278,2
4,5
PAC Energia 461,6 626,9 1.088,5
Total 955,0 631,4 1.586,4
278,2
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PAC: Valores Nominais Empenhados (R$ bilhões)
Dados em: R$ bilhões* LOA 2012
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
Valores empenhados do PAC crescerão 20% em 2012
Os valores empenhados do PAC do Governo Federal apresentaram grande crescimento, alcançando R$35,4 bilhões em 2011. Este valor representa aumento de quase 20% em relação a 2010 e de 121,3% entre 2007 e 2011. Em linha com o modelo de crescimento econômico sustentado no investimento, para 2012, estima-se crescimento de 20,3%, alcançando R$42,6 bilhões.
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Desembolsos do Programa “Minha Casa Minha Vida” pela Caixa (R$ bilhões)
Dados em: R$ bilhões
* Estimativas da Caixa Econômica Federal
Fonte: Caixa Econômica FederalElaboração: Ministério da Fazenda
Minha Casa, Minha Vida: crescimento com inclusão social
Desde 2009, os desembolsos para o Programa “Minha Casa Minha Vida” apresentaram crescimento de 431%, alcançando R$ 37,2 bilhões em 2011, o equivalente a 480 mil novas moradias só em 2011. No período de 2011-2014, espera-se a construção de 2 milhões de novas moradias em um total de R$ 142,3 bilhões investidos.
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2014*2013*2012*201120102009
7,0 30,4 37,2 31,6 32,241,3
Meta 2011 - 2014 (MCMV 2): 2 milhões de moradias
Realizado 2011: 480 mil moradias
Minha Casa Minha Vida 2
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Investimentos para a Copa do Mundo 2014 (R$ bilhões)
Dados em: R$ bilhões
Fonte: Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
Investimentos: Copa do Mundo de 2014
Nos próximos anos, o País contará com investimentos em diversos setores, incluindo o esportivo. Um total de R$ 33 bilhões será destinado à realização da infraestrutura da Copa do Mundo em 2014. A maior parte será direcionada para projetos de transporte, sendo R$ 11,6 bilhões para mobilidade urbana e R$ 5,5 bilhões para portos e aeroportos.
Total Infra
Hotelaria
Segurança e saúde
Telecom e energia
Total Infra Civil
Portos e Aeroportos
Mobilidade Urbana
Estádios 5,7
11,6
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Nove Maiores Projetos de Portos do Mundo* (US$ bilhões)
Dados em: US$ bilhões* Em fase final de preparação ou em andamento
Fonte: CG-LA, Anuário Exame 2011-2012Elaboração: Ministério da Fazenda
Brasil se destaca em investimentos portuários
Entre os maiores projetos de investimentos em portos do mundo, o Brasil conta com a expansão do Porto de Santos e a construção do Superporto de Açu no Rio de Janeiro, o maior empreendimento portuário da América Latina.
Expansão do porto de SoharOmã
Superporto do Açu (RJ)Brasil
Expansão do porto Ras La�anCatar
Porto London GatewayReino Unido
Expansão do porto de Santos (SP)Brasil
Dragagem do rio YangtzeChina
Expansão do porto de RoterdãHolanda
Expansão do Canal do PanamáPanamá
Porto YangshanChina 8,06,5
4,03,6
2,92,5
2,01,8
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Edição Especial | Ano 2011
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Edição Especial | Ano 2011
Dez Maiores Projetos no Setor de Petróleo e Gás do Mundo* (US$ bilhões)
Dados em: US$ bilhões* Em fase final de preparação ou em andamento
Fonte: CG-LA, Anuário Exame 2011-2012Elaboração: Ministério da Fazenda
Destaque para os investimentos no setor de Petróleo e Gás
Os investimentos da Petrobras na construção de plataformas e navios-plataformas de petróleo também são destaques no Setor de Petróleo e Gás. Juntos eles somam 40 bilhões de dólares.
Campo de gás AbadiIndonésia
Gasoduto NabuccoTurquia
Navios Plataforma da Petrobras (ES-RJ-SP)Brasil
Gasoduto TranssaarianoNigéria
Oleoduto Keystone XLCanadá
Plataformas da Petrobras (RJ-ES-SP)Brasil
Campo de gás IchthysAustrália
Campo de gás WheatstoneAustrália
Campo de gás PilbaraAustrália
Campo de gás GorgonAustrália 44,035,0
30,030,0
25,020,020,0
15,011,3
10,0
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Atividade Econômica
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Dezesseis Maiores Projetos em Transportes do Mundo* (US$ bilhões)
Dados em: US$ bilhões* Em fase final de preparação ou em andamento
Fonte: CG-LA, Anuário Exame 2011-2012Elaboração: Ministério da Fazenda
Brasil dispõe de amplo programa de investimentos em transportes
Entre os 16 maiores projetos de investimentos relacionados a transportes do mundo, o Brasil possui quatro: dois relacionados à ampliação da malha ferroviária, um ao sistema metroviário e outro à construção de rodovias pelo País.
Ferrovia Transnordestina (CE-PE-PI)BrasilRodoanel de Ho Chi Minh CityVietnãTrecho Norte do RodoanelBrasilFerrovia subterrânea do rio HauVietnã
Linha 5 do metrô paulistanoBrasilTrem Xangai-HangzhouChina
Ponte Detroit River InternationalEUAFerrovia Nha TrangVietnã
Ferrovia Norte-Sul (GO-MA-MG-MS-PA-SP-TO)BrasilTransporte Ferroviário (Colorado)EUA
Ferrovia Kuala Lumpur-Vale KlangMalásiaPonte Hong Kong-Zhuhai-MacauChinaFerrovia Harbin-DalianChinaModernização do aeroporto O´HareEUANovo aeroporto KunmingChina 23,1
15,014,0
10,710,3
6,96,7
5,75,3
5,04,3
4,03,83,7
3,4
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Atividade Econômica
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Quinze Maiores Projetos no Setor de Energia Elétrica do Mundo* (US$ bilhões)
Dados em: US$ bilhões* Em fase final de preparação ou em andamento
Fonte: CG-LA, Anuário Exame 2011-2012Elaboração: Ministério da Fazenda
Investimentos expressivos no setor de energia elétrica
O setor energético também é prioridade para o Governo Brasileiro. Entre os quinze maiores projetos do setor no mundo, seis estão localizados no Brasil, com destaque para a construção da Usina de Belo Monte.
Brasil ColômbiaÍndia Brasil ChinaCanadáCanadáChinaBrasilBrasilChinaEUABrasilBrasilChina Campo eólico Jiuquan
Hidrelétrica Teles Pires (MT-PA)Hidrelétrica Pescadero
Termelétrica MundraUsina nuclear Angra 3Hidrelétrica de XiangjiabaHidrelétrica RomaineHidrelétrica de Pace RiverHidrelétrica de XiluoduHidrelétrica de Jirau (RO)Hidrelétrica de Santo Antônio (RO)Usina nuclear de YangjiangTransmissão Green Power ExpressHidrelétrica São Luiz do Tapajós (PA)Hidrelétrica de Belo Monte (PA)
18,216,0
12,612,0
10,210,0
8,26,8
6,66,5
6,36,3
4,23,0
2,5
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Atividade Econômica
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Trem de Alta Velocidade: Investimentos e Composição do Investimento (R$ bilhões e % do total)
Dados em: R$ bilhões e % do total* Valores estimados sujeitos a modificações
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
Investimentos: trem de alta velocidade
Os investimentos para a construção do trem de alta velocidade ligando as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas somarão aproximadamente R$ 35 bilhões. Este modelo de transporte beneficiará a todos.
Total: R$ 34,6 bilhões*
Fase 1
Trem de AltaVelocidade
Fase 2
6,7 bilhões 27,9 bilhões
11,3% Desapropriações9,8% Sistemas e Equipamentos
7,9% Material Rodante71% Obras Civis
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Atividade Econômica
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Concessão de Aeroportos: Investimentos Planejados (R$ bilhões)
Dados em: R$ bilhões
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
Concessões de aeroportos geram maiores investimentos no setor
Os investimentos planejados para o transporte aeroportuário no Brasil aproximam-se de três bilhões de reais, somente com as concessões dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos. Esse sistema de concessões será importante para que a iniciativa privada também invista no crescimento do setor. O leilão bem sucedido mostrou o grande interesse do setor privado e o potencial de lucro aeroportuário.
GuarulhosAmpliação do terminal de passageiros,pátio, sistema viário e embarque.
2012 - 2014
R$ 627 milhões
2012 - 2014
R$ 1,38 bilhão
2012 - 2014
R$ 873 milhões
Construção do terceiro terminal, expansão do embarque e construçãoda pista de táxi.
ViracoposConstrução do terminal(1ª fase) e expansão do embarque.
Brasília
Investimentos Planejados
Economia Brasileira em
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Emprego e Renda
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Emprego e Renda
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A taxa de desemprego atingiu o menor nível registrado pelo IBGE, em dezembro de 2011, alcançando 4,7%. Não menos importante é o crescimento da formalização no mercado de trabalho brasileiro. Desde 2003, o País criou quase 17,3 milhões postos formais de trabalho. Esse desempenho é ainda mais substancial quando contrastado com o cenário adverso do mercado laboral das maiores economias do mundo. Ainda merece destaque a continuação do aumento na renda real dos trabalhadores, fator determinante para uma sensação de maior bem estar e otimismo dos cidadãos brasileiros.
O crescimento econômico com inclusão social e produtiva tem direcionado as políticas governamentais. Com o advento do Busca Ativa, estratégia do Governo Federal para incluir a população extremamente pobre no Plano Brasil Sem Miséria, 325 mil novas famílias passaram a receber os benefícios pagos pelo Bolsa Família em 2011, alcançando 13,35 milhões de beneficiários em 2011.
Inclusão social e geração de empregos são destaques
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Emprego e Renda
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Coeficiente de Gini* (média móvel em 12 meses)
Dados em: média móvel em 12 meses
* Pessoas de 10 anos ou mais de idade com base na renda per capita de todos os trabalhos efetivamente recebida
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
Desigualdade de renda diminui
O Índice de Gini, usado para medir a desigualdade de renda, tem caído continuamente nos últimos anos. A explicação vem da redução da desigualdade na renda do trabalho, da política de valorização do salário mínimo, ao lado dos programas de transferência de renda e da estabilidade macroeconômica.
0,540
0,545
0,550
0,555
0,560
0,565
Nov 2011
Ago 2011
Jun 2011
Abr 2011
Fev 2011
Dez 2010
Out 2010
Ago 2010
Jun 2010
Abr 2010
Fev 2010
Dez 2009
Out 2009
Ago 2009
Jun 2009
0,541
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Emprego e Renda
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Programa de Transferência de Renda: Bolsa Família (% do PIB, R$ bilhões e milhões de famílias)
Bolsa Família (% do PIB) Bolsa Família (R$ bilhões) Nº de famílias (em milhões)
Dados em: % do PIB, R$ bilhões e milhões de famílias
Fonte: MDSElaboração: Ministério da Fazenda
Programa Bolsa Família ajuda a combater a desigualdade
O “Bolsa Família” é reconhecido como um dos programas mais eficientes em reduzir a pobreza focado nas camadas mais pobres da população. O programa tem contribuído significativamente para a redução da desigualdade, abrangendo, com custo relativamente baixo, 13,3 milhões de famílias em dezembro de 2011.
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
2011*2010200920082007200620052004
0,20 0,27 0,32 0,34 0,35 0,38 0,38 0,410
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13,3
17,0
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Emprego e Renda
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Evolução do Salário Mínimo Real (R$, média anual a preços de 2011)
Salário mínimo real cresceu mais de 66% nos últimos 10 anos
A aceleração do crescimento nos últimos anos causou uma expansão significativa da renda per capita. Como resultado da política de valorização implementada pelo Governo, o valor do salário mínimo teve um aumento ainda mais significativo, tendo crescido 66% de 2002 a 2012. Em janeiro de 2012, o sálario mínimo passou de R$ 545 para R$ 622, o que poderá injetar mais de R$ 50 bilhões no nosso mercado interno.
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100
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300
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Jan 2012
Mar 2011
Jan 2011
Jan 2010
Fev 2009
Mar 2008
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Abr 2006
Mai 2005
Mai 2004
Abr 2002
Abr 2003
200 260 300 350 380 415 465 510 540 545 622240
Reajuste Nominal 211% Aumento Real 66%
Dados em: R$, salário nominal
Fonte: DIEESEElaboração: Ministério da Fazenda
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Emprego e Renda
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Taxa de Desemprego (% da população economicamente ativa)
Dados em: % da população economicamente ativa
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
Queda acentuada do desemprego
Mesmo em cenário de menor crescimento da economia, o mercado de trabalho mostrou bom desempenho. Houve declínio da desocupação, que atingiu 4,7% no final do ano. Isto evidencia o dinamismo da economia brasileira em um cenário distinto daquele vivido pelas economias avançadas.
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Dez 2011
Jan 2011
Jan 2010
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Jan 2008
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Jan 2006
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Jan 2003
Dez 2002 4,70
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Emprego e Renda
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Desemprego Regional (% da população economicamente ativa)
Recife Salvador Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Porto Alegre
Dados em: % da população economicamente ativa
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
O desemprego cai de forma disseminada regionalmente
No que concerne à análise regional, é importante destacar as taxas de desemprego atingidas por Porto Alegre (3,1%) e Belo Horizonte (3,8%) em dezembro de 2011. Digno de destaque é a queda de 2,2 p.p da taxa de desemprego de Recife em relação ao ano passado, fruto do novo ciclo de investimentos que vive Pernambuco.
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Dez 20112011
20102009
20082007
20062005
20042003
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7,7
4,74,74,9
3,83,1
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Emprego e Renda
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Taxa de Formalização (%)
População Ocupada com Carteira em relação à População Ocupada Contribuintes para Previdência Social em qualquer trabalho em relação à População Ocupada
Dados em: %
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
Melhora qualitativa do mercado de trabalho
Uma melhora qualitativa do emprego no Brasil pode ser constatada pelo aumento do grau de formalização do mercado de trabalho. Segundo o IBGE, a proporção de pessoas ocupadas com carteira assinada em relação ao contingente de ocupados saltou para 53,6% em 2011 (média anual). No mesmo sentido, a proporção de contribuintes para a previdência social em relação à população ocupada atingiu 71,9% nessa mesma base de comparação, o que revela maior proteção social para mais trabalhadores.
0
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20112010
20092008
20072006
20052004
20032002
63,0
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60,1
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66,4
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69,2
71,9
45,5
43,5
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49,2
49,3
51,6
53,6
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Emprego e Renda
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Geração de Empregos Celetistas* (milhares de postos de trabalho)
Dados em: milhares de postos de trabalho regidos pela CLT
* Não inclui informações declaradas fora do prazo
Fonte: TEMElaboração: Ministério da Fazenda
Emprego formal registra terceiro melhor desempenho da série
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego registraram a geração de 1,5 milhão de postos de trabalho celetistas em 2011. Esse é um dos melhores desempenhos da série histórica. Incluindo-se as vagas geradas no serviço público, desde 2003, já foram gerados cerca de 17,3 milhões de postos de trabalho no Brasil.
0
500
1.000
1.500
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2.500
2011
2010
2009
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2007
2006
2005
2004
2003
645 1.523 1.254 1.229 1.617 1.452 995 2.137 1.566
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Emprego e Renda
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Escolarização da População Ocupada (% do total)
2003 2011
Dados em: % do total
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
Crescimento do nível de escolaridade do trabalhador brasileiro
O aumento da escolaridade da população ocupada fornece uma importante explicação para o incremento da produtividade, o que reduz os custos de produção, aumenta os salários e a lucratividade dos negócios. Em 2003, a população ocupada com 11 anos ou mais de estudo representava 46,7% do total. Este percentual saltou para 60,7% em 2011.
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10
20
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60
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11 anos ou mais
de estudo
8 a 10 anos
de estudo
4 a 7 anos
de estudo
1 a 3 anos
de estudo
Sem instru
ção e com
menos de 1 ano
de estudo
1,6 3,4 17,3 17,0 60,73,0 6,3 24,7 19,1 46,7
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Emprego e Renda
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Composição das Classes Sociais Brasileiras (milhões de pessoas)
Dados em: milhões de pessoas
Fonte: FGVElaboração: Ministério da Fazenda
Um País de classe média
Além de fortalecer o mercado interno e potencializar o crescimento das regiões mais pobres do País, o novo ciclo de desenvolvimento econômico promove a expansão da nova classe média. O crescimento da classe média é resultado da melhoria da renda dos mais pobres desde 2003.
Classe A
Classe B
Classe C
Classe D
Classe E
2002 2009
9,6
10,4
95,0
44,5
28,9
7,2
7,3
67,5
46,1
46,6
Total: 175 milhões Total: 188 milhões
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Emprego e Renda
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Taxa de Crescimento Médio da Renda Domiciliar per Capita - 2001 a 2009 (%)
Dados em: taxa de crescimento médio da renda domiciliar per capita por décimos da distribuição nos últimos 8 anos (2001 a 2009)
* Estimativas produzidas com base na PNAD de 2001 a 2009
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
Crescimento econômico com distribuição de renda
O crescimento econômico registrado nos últimos anos permitiu que todos os extratos da renda familiar per capita registrassem crescimento substancial. Destaque para a taxa de crescimento da renda domiciliar per capita de 7,2% dos 10% mais pobres.
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5
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7
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Décimo
Nono
Oitavo
Sétimo
Sexto
Quinto
Quarto
Terceiro
Segundo
Primeiro
7,2 6,3 5,9 5,4 4,9 4,6 4,0 3,3 2,5 1,4
10% mais pobres
10% mais ricos
Média Nacional
Economia Brasileira em
PERSPECTIVA
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Inflação
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Inflação
Por sete anos consecutivos, a inflação brasileira, medida pelo IPCA, encerrou o ano dentro das metas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional. As pressões inflacionárias em 2011 tiveram causas predominantemente externas, sobretudo em decorrência de choques de preços de commodities, no fim de 2010 e o início de 2011. Com isso, diversos países que adotam o sistema de metas de inflação registraram variações de preços acima dos limites estabelecidos.
Ciente da pressão de alta de preços, o Governo Federal agiu tempestivamente por meio de alta na taxa de juros, medidas macroprudenciais de contenção do crédito e um decisivo programa de consolidação fiscal. Como consequência, diversos indicadores mostram que os preços estão bem mais comportados desde meados de 2011. A expectativa é que a inflação brasileira ao consumidor prossiga em trajetória de declínio, caminhando em direção ao centro da meta para 2012.
Meta de inflação é cumprida novamente em 2011
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Inflação
Inflação: IPCA (% a.a.)
Inflação IPCA Meta de inflação Limites superior e inferior
Dados em: % anual* Relatório de Inflação do Banco Central do Brasil (dezembro de 2011)
Fonte: IBGE e Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Inflação dentro do intervalo das metas
Depois de um período de alta, as pressões de preços observadas no primeiro semestre de 2011 começaram a se dissipar, com recuo da taxa acumulada em 12 meses a partir de outubro. De acordo com Estimativas do Banco Central do Brasil*, a variação do IPCA deverá ficar em torno de 4,7% em 2012, indicando a convergência para o centro da meta (4,5%).
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2012*
2011*2010
20092008
20072006
20052004
20032002
20012000
1999
8,9 6,0 7,7 12,5 9,3 7,6 5,7 3,1 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 4,7
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Inflação
Inflação IPCA: Índice Cheio, Preços Livres e Preços Monitorados (% a.a., acum. 12 m.)
Monitorados Livres IPCA: Índice Cheio
Dados em: % anual, acumulado em 12 meses
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Preços livres e monitorados desaceleram
A variação dos preços livres (6,63%) começou a cair a partir de agosto, contribuindo para a queda do índice geral (6,50%). A tendência de queda dos preços monitorados observada levemente a partir de outubro deve prosseguir em 2012. Isso porque a concentração de reajustes de tarifas de ônibus urbano no início de 2011 não deve se repetir neste ano.
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Dez 2011
Jul 2
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Mar 2011
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Mar 2009
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Mar 2008
Nov 2007
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6,506,20
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Inflação
Inflação: IPCA (% a.m.)
2011 2010 2009
Dados em: % mensal
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
IPCA mensal menor desde outubro
A inflação medida pelo IPCA apresentou desaceleração significativa a partir de maio de 2011 em relação aos resultados verificados no início do ano. A elevação do índice mensal no segundo semestre não alcançou os patamares elevados de 2010.
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DezNovOutSetAgoJulJunMaiAbrMarFevJan
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201120102009
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Inflação
Inflação: IPCA (% a.m.)
IPCA Média do período
Dados em: % mensal
Fonte: FGVElaboração: Ministério da Fazenda
Patamar inflacionário do IPCA em declínio
O início de 2011 registrou elevado patamar inflacionário, impulsionado pela alta de commodities. Esta pressão esvaziou-se durante o ano, com o segundo semestre registrando patamar significativamente mais baixo nos resultados do IPCA.
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Dez 2011
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Out 2011
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011
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Mai 2011
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Mar 2011
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Nov 2010
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0,750,83
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Média mensal: 0,77%
Média mensal: 0,39%
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Inflação
Inflação IPCA: Maiores Contribuições em 2011 (p.p.)
Dados em: pontos percentuais
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
Principais fatores de pressão na inflação IPCA em 2011
O grupo “Alimentação e Bebidas” foi a principal fonte de pressão sobre o IPCA em 2011, sobretudo em função de “Alimentação Fora do Domícílio”. Em seguida, o item “Transportes” surgem em função do aumento de “Transporte Público” (especialmente “Ônibus Urbano” e “Passagem Aérea”), além de “Combustíveis”. Destacam-se ainda “Despesas Pessoais”, devido a aumentos em “Empregado Doméstico” e “Recreação”, e “Habitação”, pressionada por “Aluguel e Taxas” (em razão de “Aluguel Residencial” e “Água e Esgoto”). Os dez itens de maior contribuição somam 4,28 p.p. dos 6,5% registrados em 2011.
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Artigos de residência
Comunicação
Vestuário
Educação
Saúde e cuidados pessoais
Habitação
Despesas pessoais
Transportes
Alimentação e bebidas 1,68
1,14
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0,58
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Inflação
Inflação IPCA: Preços de Alimentos (% a.m.)
2009 2010 2011
Dados em: % mensal
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
Inflação de alimentos
A inflação do grupo “Alimentação e Bebidas” fechou 2011 em 7,19%. O último trimestre do ano registrou pressões tanto do componente de “Alimentação Fora do Domícilio” quanto do item “Carnes”. Mesmo assim, as variações mensais nos últimos meses do ano ficaram bem abaixo das verificadas em 2010, o que contribuiu de forma decisiva para a convergência do IPCA para a banda estabelecida pelo CMN.
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0,5
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DezNovOutSetAgoJulJunMaiAbrMarFevJan
1,32
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1,23
2011
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Inflação
Inflação: IGP-DI e Componentes (% a.a., acum. 12 m.)
IGP-DI IPA-DI INCC-DI IPC-Br
Dados em: % anual, acumulado em 12 meses* Posição em dezembro de 2011
Fonte: FGVElaboração: Ministério da Fazenda
IGP-DI desacelera
O IGP-DI assumiu trajetória de queda ao longo de 2011 e encerrou o ano com inflação de 5,00%. Essa dinâmica deve-se principalmente ao comportamento dos preços ao produtor (IPA), que acumulou variação de 4,12%, e explica-se pelo comportamento do câmbio e dos preços de commodities no ano. Por outro lado, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) refletiu o dinamismo do setor e subiu 7,49% no ano, com reflexos principalmente sobre o custo da mão-de-obra. O IGP mais comportado traz boa perspectiva para a inflação do consumidor.
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009
7,496,365,004,12
54
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
Inflação
Inflação IPCA: Expectativas de Mercado (% acum. 12 m.)
Dados em: % anual, acumulado em 12 meses* Dados realizados até dezembro de 2011. A partir de então, expectativas para as variações mensais do IPCA coletadas pela Pesquisa Focus do Banco Central do Brasil em 20/1/2012.
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Expectativa de queda da inflação ao consumidor nos próximos meses
Seguindo a tendência de declínio iniciada em outubro de 2011, as expectativas de mercado para a inflação, de acordo com os dados levantados pela Pesquisa Focus do Banco Central do Brasil, apontam para uma queda significativa na variação acumulada em 12 meses do IPCA durante a primeira metade de 2012.
4,0
4,5
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5,5
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Mai 2012
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Dez 2008
5,34
55
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
Inflação
Inflação IPCA: Estrutura de Ponderação e Classificações (p.p.)
Anterior Atual
Dados em: pontos percentuais
Fonte: IBGE e Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Serviços ganham peso na nova estrutura de ponderação do IPCA
A partir da nova estrutura do IPCA, os subitens de “Serviços” ganharam peso. A principal razão foi a reclassificação promovida pelo Banco Central do Brasil, seguindo critérios internacionais recomendados pela ONU. Destaca-se a reclassificação de “Alimentação Fora do Domicílio” (antes classificado como “Bens Não-duráveis”, com 7,97 p.p. na ponderação atual) na rubrica “Serviços”, assim como de “Telefone Celular” e “Passagem Aérea” (antes classificados como “Monitorados”, com pesos atuais de 1,52p.p. e 0,57p.p., respectivamente).
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Não-DuráveisSemi-DuráveisDuráveisServiçosMonitorados
24,5 33,7 10,5 8,7 22,628,9 24,8 7,9 9,2 29,2
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
Inflação
Inflação IPCA: Resultados Oficiais e Reponderados (% a.a.)
Resultados oficiais Resultados reponderados
Dados em: % anual
* Reponderação considera pesos com base na POF 2008-2009, base de dezembro de 2011. Cálculo em nível de subitem atribui variação zero aos subitens não considerados na ponderação original.
Fonte: IBGE e Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
Nova ponderação do IPCA traria resultados mais baixos no passado
Simulações considerando a nova estrutura de ponderação do IPCA (POF 2008/09) aplicada às variações de preços coletadas de 2006 a 2011 indicam resultados mais baixos que os oficiais (POF 2002/03) para todos os anos.
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201120102009200820072006
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Economia Brasileira em
PERSPECTIVA
Ministério daFazenda
Juros e Crédito
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
A expansão recente das operações de crédito, reflexo da estabilidade econômica, da evolução positiva do mercado de trabalho e da maior bancarização da população brasileira, tem contribuído de forma significativa para impulsionar a atividade econômica doméstica. Nesse contexto, novas pessoas foram inseridas no mercado de consumo sem que se comprometesse a solvência das instituições financeiras brasileiras. Em dezembro de 2011, o crédito como proporção do PIB atingiu 49,1%, um aumento de 3,9 p.p. em relação a dezembro de 2010.
O saldo do crédito em proporção do PIB em 2011 é condizente com um ambiente de expansão da atividade econômica. O segmento de pessoas jurídicas apresentou crescimento de 17,4% em relação a 2010. Já o segmento de pessoas físicas apresentou uma elevação de 20,8% em relação a 2010. Importante salientar que o ciclo de flexibilização monetária e as medidas creditícias, assim como a redução da exigência de capital para operações de crédito com até 60 meses, adotadas no 2º semestre de 2011, devem impulsionar o crescimento das operações de crédito ao longo de 2012.
Expansão do crédito em linha com o grau de desenvolvimento do País
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Juros e Crédito
Taxa Selic-Meta e Taxa Real de Juros ex-ante* (% a.a.)
Taxa SELIC Taxa real ex-ante de juros
Dados em: % anual* Taxa real deflacionada pela mediana das expectativas de inflação acumuladas para os próximos 12 meses
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Juros reais e nominais no Brasil
Após um ciclo de alta, o Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 2,0 p.p., para 10,50% a.a., com três reduções de 0,5 p.p. em 2011 e uma redução adicional de 0,5 p.p. em janeiro de 2012. Essa decisão levou em consideração as condições macroeconômicas vigentes e a deterioração do cenário internacional. A taxa de juros real ex-ante chegou a 4,35% em janeiro de 2012. Em sua última ata, o Banco Central indicou que a Selic pode cair abaixo de 10%.
0
5
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Jan 2012
4,35
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Nov 2011
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Juros e Crédito
Contratos DI de 1 dia (% a.a.)
Jan 2013 Jan 2014 Jan 2016
Dados em: % anual* DI - Depósito Interfinanceiro de 1 dia - Futuro
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Comportamento recente das curvas de juros
No segundo semestre de 2011 houve uma queda generalizada das taxas dos contratos DI, após a decisão do Banco Central do Brasil de iniciar o ciclo de redução da taxa básica de juros.
9,5
10,3
11,1
11,9
12,7
Jan 2012
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10,810,4
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Juros e Crédito
Empréstimos do BNDES no Sistema Financeiro Nacional (% do total)
Dados em: % do total
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Participação do BNDES no crédito total
No ano de 2011 a participação do BNDES no crédito total atingiu 20,8%, patamar semelhante ao do ano de 2010 (21,0%). Os desembolsos encontram-se em linha com a média histórica (período de 2000 a 2011) de 20,6% do estoque de crédito do País.
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20112010
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20012000
18,9 21,0 24,3 24,0 22,1 20,4 19,0 17,1 17,1 20,0 21,0 21,0
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Edição Especial | Ano 2011
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Juros e Crédito
Evolução do Saldo de Crédito à Pessoa Jurídica (% acum. no período)
2008 2009 2010 2011 Média 2008 a 2011 Saldo acumulado no período
Dados em: % acumulado no período
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Evolução do saldo das operações de crédito à Pessoa Jurídica
O crédito destinado às pessoas jurídicas também cresceu em ritmo mais moderado, com elevação de 17,4% em 2011 (ante 19,2% em 2010). Essa desaceleração é condizente com a redução na taxa de crescimento da atividade econômica ocorrida nos últimos 12 meses. Operações como o hot money e o desconto de duplicatas chegaram a apresentar queda. Por outro lado, o financiamento associado à aquisição de bens apresentou elevação de 42,5% no ano.
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7,16 6,40
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20112010
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Média 21,2
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Taxa de crescimento do saldo (% a.a.) Evolução do saldo ao longo do ano (% do total)
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Edição Especial | Ano 2011
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Juros e Crédito
Evolução do Saldo de Crédito à Pessoa Física (% acum. no período)
2008 2009 2010 2011 Média 2008 a 2011
Saldo acumulado no período
Dados em: % acumulado no período
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Evolução do saldo das operações de crédito à Pessoa Física
O saldo das operações de crédito às pessoas físicas aumentou 20,8% no ano de 2011, contra 22,4% em 2010. Este aumento em 2011 é condizente com um ambiente de expansão moderada da atividade econômica. Destaque para as operações de financiamento imobiliário, que apresentaram crescimento expressivo, da ordem de 44,5% no ano.
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6
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DezNov
OutSet
AgoJul
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8,33
6,195,37
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20112010
20092008
25,1
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22,4
20,8
Taxa de crescimento do saldo (% a.a.) Evolução do saldo ao longo do ano (% do total)
Média 21,9
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Juros e Crédito
Média Diária de Concessões de Crédito à Pessoa Jurídica* (R$ bilhões, a preços de dezembro de 2011)
2009 2010 2011
Dados em: R$ bilhões, a preços de dezembro de 2011 (IPCA)
* Refere-se a créditos regulamentados pela Circular do Banco Central do Brasil nº 3.445, de 2009
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Média diária de concessões de crédito à Pessoa Jurídica
As médias diárias de concessões de crédito às pessoas jurídicas, a preços constantes, registradas no ano de 2011 (R$ 5,76 bilhões) foram similares às concessões do ano de 2010 (R$ 5,44 bilhões). A pequena elevação é um reflexo da moderação na atividade econômica nos últimos 12 meses.
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
DezNovOutSetAgoJulJunMaiAbrMarFevJan
5,765,445,41
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Juros e Crédito
Média diária de concessões de crédito à Pessoa Física* (R$ bilhões, a preços de dezembro de 2011)
2009 2010 2011
Dados em: R$ bilhões, a preços de dezembro de 2011 (IPCA)
* Refere-se a créditos regulamentados pela Circular do Banco Central do Brasil nº 3.445, de 2009
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Média diária de concessões de crédito à Pessoa Física
Em 2011, a trajetória da média diária das concessões de crédito às pessoas físicas mostrou relativa estabilidade. A flexibilização monetária e as medidas creditícias adotadas no segundo semestre de 2011 devem exercer um impacto maior no volume das operações de crédito ao longo de 2012.
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
DezNovOutSetAgoJulJunMaiAbrMarFevJan
3,6
3,3 3,1
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Juros e Crédito
Operações de Crédito com Recursos Livres e Direcionados (R$ bilhões e % do PIB)
Total (% do PIB) Direcionado (R$ bilhões) Livre (R$ bilhões)
Dados em: R$ bilhões e % do PIB
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Crédito livre cresceu, mas direcionado liderou avanço
O crédito no segmento livre alcançou R$ 1,3 trilhão em dezembro, com crescimento de 16,7% em 2011. A modalidade de crédito direcionado, por sua vez, apresentou crescimento ainda mais robusto, atingindo um total de R$ 727 bilhões, elevação de 23,2% em relação ao ano anterior. Os bancos públicos no último trimestre do ano deram apoio maior para a retomada da atividade econômica.
0
500
1000
1500
2000
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Dez 2011
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49,1%
45,2%
43,7%
40,5%
35,2%30,9%
28,3%25,7%24,6%26,0%
144,2 162,6 180,8203,3
234,3275,2
356,1459,8
589,8
726,6
240,2 255,6 317,9 403,7 498,3 660,8 871,2 954,5 1.116,1 1.303,1
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Edição Especial | Ano 2011
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Juros e Crédito
Spread Bancário Pessoa Física (% a.a.)
Taxa de Operação Ativa Taxa de Operação Passiva
Dados em: % anual
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Spread para Pessoa Física
O spread bancário para pessoas físicas, apesar de ainda elevado na comparação com outras economias, permanece em nível historicamente baixo. Nos últimos 6 anos, o spread recuou 9 p.p. e atingiu, em dezembro de 2011, o nível de 34 p.p.. A expectativa para 2012 é de continuidade de redução do spread para pessoas físicas devido ao ciclo de queda dos juros e flexibilização parcial das medidas macroprudencias anunciadas em novembro de 2011.
0
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Mar 2001
Jun 2000
43,75
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SpreadSpread34 p.p
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Edição Especial | Ano 2011
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Juros e Crédito
Spread Bancário Pessoa Jurídica (% a.a.)
Taxa de Operação Ativa Taxa de Operação Passiva
Dados em: % anual
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Spread para Pessoa Jurídica ainda é muito alto
O spread bancário para o segmento corporativo ainda se encontra em patamar historicamente elevado. Nos últimos 2 anos o spread bancário para Pessoa Jurídica apresentou leve recuo. Houve em 2010 uma redução de 0,2 p.p. e em 2011 uma redução de 0,4 p.p.. O spread incentiva a realização de captações externas por empresas brasileiras que possuem acesso ao mercado internacional.
5
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28,23
10,28
Spread18 p.p
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Edição Especial | Ano 2011
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Juros e Crédito
Prazo Médio das Operações de Crédito (número de dias)
Pessoa Física Pessoa Jurídica
Dados em: número de dias
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Prazo médio de crédito para Pessoa Física avança
Em 2011, confirmou-se a tendência de crescimento do prazo médio das operações de crédito para pessoa física que aumentou de 559 para 600 dias (+ 41 dias). Nos últimos 6 anos, o prazo médio para pessoa física cresceu 311 dias, reflexo de uma evolução favorável do mercado de trabalho. No entanto, o prazo médio no segmento de pessoa jurídica em 2011 se manteve relativamente estável.
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Taxas de Inadimplência (% do total)
Pessoa Jurídica Pessoa Física
Dados em: % do total
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Taxas de inadimplência dentro dos patamares históricos
A taxa de inadimplência do segmento Pessoa Física encontra-se dentro de sua média histórica, apesar do recente movimento de alta. Já a inadimplência do segmento Pessoa Jurídica encontra-se estacionada próxima a 4% desde meados de 2009.
0
2
4
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8
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7,26
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Juros e Crédito
Crédito ao Setor Privado em 2010* (% do PIB)Dados em: % do PIB* Recursos financeiros fornecidos ao setor privado, tais como empréstimos, compras de títulos (exceto ações), créditos comerciais e outros recebíveis ** Os dados divulgados pelo Banco Mundial contemplam categorias de ativos do setor financeiro que não são considerados como crédito ao setor privado pelo Banco Central do Brasil em sua Nota de Imprensa “Política Monetária e Operações de Crédito”
Fonte: Banco Mundial e Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Espaço para o crescimento prudente do crédito
A participação do Sistema Financeiro Nacional no financiamento do setor privado brasileiro tem crescido nos últimos anos, embora continue baixa, quando comparada a outros países. Na China e na África do Sul, essa participação encontra-se acima de 120%. Isso sugere que há espaço para a expansão do saldo de crédito ao setor privado ao longo dos próximos anos, que acontecerá de forma prudente e sem aumento de riscos.
2,09 5,88 1,54 48,46 105,743 7,76
0
50
100
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200
250
Brasil *
*
Argentin
a
México
Turquia
América Latin
a
e Caribe
RússiaÍndia
Alemanha
China
Zona do Euro
Leste Asiátic
o
África do Sul
OCDEJa
pão
Estados
Unidos
202 169 162 145 136 134 130 108 49 45 44 44 25 15
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Operações de Crédito para Pessoa Física (R$ bilhões)
Automotivo Habitacional Consignado
Dados em: R$ bilhões
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Crédito habitacional se destaca
O crédito habitacional tem apresentado excelente desempenho nos últimos anos, fomentando os investimentos, a expansão e o emprego no setor da construção civil e em outros segmentos da economia. Somente em 2011, o montante alocado para financiamenteo habitacional cresceu R$ 58 bilhões, bem superior às demais modalidades.
0
25
50
75
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125
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175
200
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200,5200,6
158,6
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Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Crédito Habitacional: Fonte Principal de Recursos (R$ bilhões)
Desembolsos 2010 Desembolsos 2011
Dados em: R$ bilhões
* SBPE: Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo; FAR: Fundo de Arrendamento Residencial; OGU: Orçamento Geral da União
Fonte: Caixa Econômica FederalElaboração: Ministério da Fazenda
Fundo de Garantia e da Poupança alcançam o crédito habitacional
A ampliação da oferta de novas moradias tem beneficiado milhões de brasileiros ao longo dos últimos anos. As principais fontes de crédito têm sido os recursos do Fundo de Garantia (cujos desembolsos passaram de R$ 24,4 bi em 2010 para R$ 33,4 bi) e os recursos da caderneta de poupança, com elevação de desembolso próximo de R$ 5 bi entre 2010 e 2011.
0
10
20
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50
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Total geralSBPEFGTS **FAR0
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60
70
80
Total geralSBPEFGTS **FAR
6,00
24,4
0
25,5
0
55,8
0
6,60
33,4
0
30,3
0
70,2
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Edição Especial | Ano 2011
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Juros e Crédito
Programa Crescer: Números Gerais e Regiões Beneficiadas (R$ milhões)
Dados em: R$ milhões
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
Programa de microcrédito beneficia 600 mil brasileiros
O Programa Crescer de microcrédito produtivo orientado foi lançado no fim de agosto de 2011, com intuito de estimular a criação de trabalho e renda entre os microempreendedores. Em apenas 4 meses, foram contratadas mais de 600 mil operações, com valor médio de R$ 1,2 mil, gerando desembolso total de R$ 745 milhões.
Realizado em 2011
Quantidade de Operações Valor Contratado Valor Médio Contratado
606.638 R$ 745,5 milhões R$ 1.229
Percentutal do Valor Contratado por Região
Nordeste79%
Sudeste12%
Sul6%
Centro-oeste2%
Norte1%
Economia Brasileira em
PERSPECTIVA
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Política Fiscal
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Edição Especial | Ano 2011
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Política Fiscal
Em 2011 a condução da política fiscal no Brasil foi repleta de sucessos. Já no início do ano havia a necessidade de se retirar os estímulos dados durante a crise financeira para moderar o ritmo da economia. A estratégia de incrementar o resultado primário diminuiu a carga sobre a política monetária no combate à inflação e diferenciou o Brasil no cenário internacional. Tudo isso sem compromenter as conquistas sociais obtidas nos últimos anos.
Ao longo de 2011, com o bom desempenho da receita, a redução do déficit da Previdência e a contenção do gasto com pessoal, foi possível acomodar algumas despesas fortemente contigenciadas no início do ano e, principalmente, ampliar a meta de superávit primário para o Governo central, em R$ 10 bilhões, numa clara demonstração de comprometimento com a solidez fiscal.
Os resultados fiscais se refletiram não só na melhoria da sustentabilidade das contas públicas, mas também no reconhecimento da política econômica pelo mercado, expresso nas taxas mínimas históricas pagas nas emissões externas dos títulos soberanos e no fato de o País ter recebido upgrade de todas as principais agências de classificação de risco, quando países avançados estavam sendo rebaixados.
Solidez da política fiscal brasileira é destaque no ambiente internacional
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Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Cumprimento da Meta de Resultado Primário do Governo Central (R$ bilhões e % da meta no ano)
Superávit primário realizado no ano (R$ bilhões)
Superávit primário realizado no ano (% da meta no ano)
Dados em: R$ bilhões e % da meta no anoNão inclui as empresas estatais federais, nem as deduções do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) autorizados na LDO
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
Resultado primário robusto
O cenário para 2011 apresentava vários desafios para a política fiscal e o principal deles era dar robustez ao resultado primário, contribuindo para suavizar o crescimento econômico e reduzir as pressões inflacionárias. Este objetivo foi plenamente alcançado, pois o Governo Central foi capaz de superar a meta de superávit primário (que havia sido ampliada em R$ 10 bilhões em agosto) em R$ 1,27 bilhões. Para 2012, o Governo trabalha para cumprir novamente a meta cheia de superávit de R$ 139,7 bilhões.
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Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Resultado fiscal do Setor Público (% do PIB)
Primário Total Primário Governo Central Primário Governos Regionais Primário Estatais Nominal Total
Dados em: % do PIB
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Déficit nominal estável em 2011
O reforço do superávit primário viabilizou a relativa estabilidade do déficit nominal em 2011. Para 2012, esperamos substancial queda no déficit nominal em relação ao PIB.
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Contração Fiscal de 2011: Componentes dos Gastos (R$ milhões, a preços constantes)
Dados em: R$ milhões a preços constantes (IPCA)
* Não inclui despesas com sentenças judiciais, depósitos judiciais, indenizações, restituições e outros encargos
** Transferências para Estados, Municípios e instituições privadas
Fonte: SIAFIElaboração: Ministério da Fazenda
Consolidação fiscal
Após o anúncio da consolidação fiscal em fevereiro, o Governo reduziu significativamente algumas despesas de custeio, com destaque para as despesas com diárias, passagens e locomoção. Houve decréscimo real de 2% no conjunto do custeio direto e indireto.
R$ Milhões - Preços Constantes (IPCA) 2010 2011 Var. %
Custeio direto* 47.104 46.293 -1,70%
Material de consumo 11.369 11.338 -0,30%
Material de distribuição gratuita 1.478 1.934 30,90%
Premiações cult., art., cient., desp. e outr. 124 79 -36,40%
Passagens e despesas com locomoção 1.062 653 -38,50%
Diárias pessoal 1.377 836 -39,30%
Contratação por tempo determinado 1.216 515 -57,60%
Locação de mão-de-obra e contratos terceiriz. 4.163 4.750 14,10%
Serviços de terceiros - pessoa física 1.827 1.649 -9,70%
Serviços de terceiros – Pessoa Jurídica (inclui SUP´s) 24.259 24.273 0,10%
Serviços de consultoria 228 265 16,30%
Custeio indireto** 58.488 57.144 -2,30%
Contribuições 55.530 53.459 -3,70%
Despesas de exercícios anteriores 2.957 3.685 24,60%
Total 105.591 103.437 -2,00%
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Edição Especial | Ano 2011
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Política Fiscal
Resultado do Governo Central: Acima da Linha (% do PIB)
Dados em: % do PIB* Compreende benefícios previdenciários, abono, seguro desemprego, benefícios assistenciais (LOAS e RMV) e Bolsa Família ** Compreende a constituição do FSB (2008) e a operação de capitalização da Petrobras (2010)
Fonte: STN/Ministério da Fazenda; Siga-Brasil/Senado FederalElaboração: Ministério da Fazenda
Melhoria do perfil dos gastos públicos
O resultado do Governo Central passa por mudanças consideráveis desde 2002, graças à formalização da economia e ao foco na redução da desigualdades. Como ocorreu até 2011, em 2012 o incremento da receita líquida deverá ser alocado para transferências de renda às famílias e para investimento público.
Em % PIB 2002
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2005
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Receita Bruta 21,7 21,0 21,6 22,7 22,9 23,3 23,6 22,8 22,4 24,0Transferências para Estados e Municípios 3,8 3,5 3,5 3,9 3,9 4,0 4,4 3,9 3,7 4,2Receita Líquida Total 17,9 17,4 18,1 18,8 19,0 19,3 19,2 18,9 18,7 19,8
DESPESAS PRIMÁRIAS 15,7 15,1 15,6 16,4 17,0 17,1 16,4 17,7 17,4 17,5 - Pessoal e encargos 4,8 4,5 4,3 4,3 4,5 4,4 4,3 4,7 4,4 4,3 - Transferência de Renda às Famílias* 6,8 7,2 7,6 8,1 8,4 8,5 8,1 8,7 8,5 8,6 - Investimentos 0,8 0,3 0,5 0,5 0,6 0,7 0,9 1,0 1,2 1,0 - Custeio com saúde e educação 1,7 1,6 1,7 1,8 1,7 1,8 1,7 1,9 2,0 2,0 - Demais despesas de custeio 1,6 1,6 1,5 1,8 1,8 1,8 1,4 1,4 1,4 1,5
RESULTADO PRIMÁRIO sem FSB e Cessão Onerosa 2,1 2,3 2,5 2,5 2,1 2,2 2,8 1,2 1,2 2,3
Impacto do FSB e da Cessão Onerosa** 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,5 0,0 0,8 0,0RESULTADO PRIMÁRIO (acima da linha) 2,1 2,3 2,5 2,5 2,1 2,2 2,4 1,2 2,1 2,3
Receita Líquida menos Transferências de Renda às Famílias 11,1 10,3 10,5 10,8 10,6 10,8 11,1 10,2 10,2 11,1
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Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Despesas Públicas Selecionadas (% do PIB, acum. 12 m.)
Investimentos Transferências de renda à família Pessoal e Encargos Sociais
Dados em: % do PIB, acumulado em 12 meses
Fonte: STN/Ministério da Fazenda; Siga-Brasil/Senado FederalElaboração: Ministério da Fazenda
Programa de consolidação fiscal
A política de valorização do funcionário público não impediu que as despesas de pessoal fechassem 2011 abaixo da média dos últimos 10 anos, em 4,3% do PIB. Essa contenção foi importante para a consolidação fiscal no ano passado.
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Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Previdência Social por Contribuintes da Previdência Social (% do PIB e % da população ocupada)
Receitas da Previdência Social Benefícios Pevidenciários Déficit Contribuintes por População Ocupada
Dados em: % do PIB
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
Criação de emprego melhora contas da previdência social
O déficit decrescente da previdência social foi fundamental para a boa performance fiscal em 2011. O saldo negativo desse grupo atingiu o menor nível dos últimos 10 anos, 0,86% do PIB. Em parte, esse desempenho ocorre devido à concessão mais criteriosa de aposentadorias e de auxílio-doença, mas o aumento da arrecadação e a formalização do mercado de trabalho também foram determinantes. A quantidade de contribuintes da Previdência Social registrou percentual recorde de 71% da população ocupada ao final de 2011.
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Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Composição da Despesa Primária do Governo Central (% do PIB)
Dados em: % do PIB* LOAS - Lei Orgânica da Assistência Social, RMV - Renda Mensal Vitalícia
Fonte: STN/Ministério da Fazenda; Siga-Brasil/Senado FederalElaboração: Ministério da Fazenda
Consolidação fiscal com transferências de renda
De 2002 a 2011, o gasto primário elevou-se de 15,7% do PIB para 17,5% do PIB. Esse aumento pode ser explicado principalmente pelo comportamento das transferências de renda que se elevaram 1,8 p.p. no período, e deverão se elevar mais em 2012 com o aumento do salário mínimo. O investimento e o custeio em educação também cresceram respectivamente em 0,2p.p. e 0,3p.p. do PIB desde 2002. Já as despesas com pessoal e outras despesas de custeio foram reduzidas em % do PIB.
Em % do PIB 2002 (% do IPB)
2011 (% do PIB)
Variação 2011 -2002 (p.p. do PIB)
Contribuição para o crescimento (% do Total)
Despesas Primárias 15,7 17,5 1,8 -
Pessoal e Encargos Sociais 4,8 4,3 -0,5 -26,4
Transferências de Renda 6,8 8,6 1,8 102,0
Benefícios Previdenciários 6,0 6,8 0,9 47,3
Abono e Seguro Desemprego 0,5 0,8 0,3 18,9
Benefícios Assistenciais (LOAS e RMV)* 0,2 0,6 0,4 20,6
Bolsa Família 0,1 0,4 0,3 15,2
Investimentos 0,8 1,0 0,2 10,2
Custeio 3,3 3,5 0,3 14,2
Saúde 1,4 1,4 0,0 0,9
Educação 0,3 0,6 0,3 16,0
Outros 1,6 1,5 0,1 -2,7
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Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Dívida Bruta do Governo Geral e Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB)
Dívida Bruta do Governo Geral* Dívida Líquida do Setor Público**
Dados em: % do PIB* Metodologia utilizada a partir de outubro de 2008** Exclui os ativos e passivos da Petrobras e Eletrobras
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Dívida Pública cai para os menores patamares da série histórica
Em 2011, a política fiscal no Brasil manteve o endividamento público fortemente declinante como proporção do PIB, com destaque para o período pós-crise. Por exemplo, a Dívida Bruta do Governo Geral caiu de 63,1% do PIB, em outubro de 2009, para 54,3%, em dezembro de 2011. Já a Dívida Líquida do Setor Público reduziu de 42,9% do PIB para 36,5% no mesmo período, o menor valor da série histórica iniciada em 2001.
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Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Perfil da Dívida Pública Federal (% do total da dívida)
Prefixado Índice de Preços Taxa Flutuante* Câmbio
Dados em: % do total da dívida
* Inclui SELIC, TR e outras** Inclui dívidas interna e externa administradas pela Secretaria do Tesouro Nacional
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
Melhoria do perfil da Dívida Pública Federal
A Dívida Pública Federal registrou aumento da participação dos títulos prefixados (de 33,1%, em janeiro de 2011, para 37,2%, em dezembro de 2011) e declínio dos títulos indexados à taxa de juros (de 33,5% para 30,1% no mesmo período). Os riscos de refinanciamento e de mercado também estão sendo diminuídos pelo alongamento da maturidade média da dívida e pela redução do percentual vincendo em 12 meses.
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Indicadores 2004 2006 2009 2010 2011Estoque da DPF** em Mercado (R$ bilhões)
1.013,9 1.237,0 1.497,4 1.694,0 1.866,4
DPF: Prazo Médio (anos) 2,9 3,0 3,5 3,5 3,6DPF: Vincendo em 12 meses 39,3% 32,4% 23,6% 23,9% 21,9%
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Política Fiscal
Detentores da Dívida Pública Federal* (% do total, por título)
Prefixados Taxa Flutuante Indice de Preços Outros
Dados em: % do total
* Posição de dezembro de 2011** Inclui fundos e recursos administrados pela União tais como FAT, FGTS, fundos extramercado, Fundo Soberano do Brasil, fundos garantidores
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
Base de investidores diversificada ajuda a reduzir riscos
Uma base de investidores diversificada em relação ao horizonte de investimentos, preferência por risco e motivação para comercializar os ativos, é vital para estimular transações, aumentar a liquidez dos títulos públicos e obter financiamentos em vários cenários econômicos. Os dados mostram que os investidores não-residentes demandam muito mais títulos prefixados, ao passo que os fundos de pensão, por exemplo, preferem papéis indexados a índices de preços.
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Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Participação de Não-Residentes na Dívida Pública Federal (% do total da DPMFi*)
Dados em: % do total da DPMFi** Dívida Pública Mobiliária Federal Interna
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
Investidores não-residentes na dívida pública brasileira
Em 2011, os títulos públicos da dívida doméstica brasileira continuaram atrativos para os investidores estrangeiros, mesmo com o aumento da aversão ao risco causado pelo agravamento da crise financeira internacional. O típico investidor não-residente demanda mais títulos prefixados e com maior maturação, o que contribui para a melhora do perfil da Dívida Pública. A introdução do IOF de 6% sobre o capital externo reforçou o perfil de mais longo prazo dos investidores estrangeiros.
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IOF: 1,5% imposto sobre entrada de Investimento Estrangeiro
IOF : 2,0% imposto sobre entrada de Investimento Estrangeiro
IOF: 6,0% imposto sobre entrada de Investimento Estrangeiro
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Política Fiscal
Taxa de Emissão dos Títulos Brasileiros com Prazo de 10 anos (% a.a.)
Data da Emissão ou Reabertura
Dados em: % anual
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
Sucesso na emissão dos títulos brasileiros com prazo de 10 anos
O Tesouro Nacional reemitiu, em 3 de janeiro de 2011, seu título de referência de 10 anos: o bônus Global 2021, no valor de US$ 825 milhões. O bônus foi vendido ao preço de 110,997% do seu valor de face, resultando em taxa de retorno para o investidor de 3,449% a.a., a menor taxa dentre as emissões de bônus da dívida externa já realizadas pelo País.
03 Jan 2012
07 Jul 2
011
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15 Abr 2010
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07 Nov 2006
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21 Jun 2005
28 Fev 2005
08 Dez 2004
14 Jul 2
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11 Jan 2002
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Global2009
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Global2013
Global2014
Global2014 Global
2015Global2015 Global
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2017 Global2017
Global2019N
Global2019N
Global2019N
Global2021 Global
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5,314,6 12,6 10,6 10,8 8,2 7,9 7,7 7,8 6,2 5,9 6,1 5,8 4,8 5,0 4,6 4,2 3,5
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Edição Especial | Ano 2011
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Política Fiscal
Classificação de Risco Soberano Brasileiro (rating)
Dados em: classificação de risco
Fonte: Agência de classificação de riscoElaboração: Ministério da Fazenda
Agências classificadoras melhoram avaliação de risco do País
O grau de investimento brasileiro é o resultado de fundamentos macroeconômicos sólidos, que incluem melhorias no perfil da dívida pública federal, manutenção de uma política fiscal responsável e credibilidade da política monetária crível. Essa política, mantida em contexto de alta volatidade, garantiu upgrades por todas as principais agências de classificação de risco.
20112011
DCCCCCC
B-BB+BB-BBBB+BBB-BBBBBB+
A-AA+AA-AAAA+AAA
DCCCCCC
B-BB+BB-BBBB+BBB-BBBBBB+
A-AA+AA-AAAA+AAA
CCaCaa3Caa2Caa1
B3B2B1Ba3Ba2Ba1
Baa3Baa2Baa1
A3A2A1Aa3Aa2Aa1Aaa
Fitch Ratings Standard & Poor’s Moody’s Signicado na escala
Grau de investimentocom qualidadealta e baixo risco
Grau de investimento comqualidade média
Categoria deespeculação e baixaclassicação
Risco alto deinadimplência e baixo interesse
2011
Economia Brasileira em
PERSPECTIVA
Ministério daFazenda
Setor Externo
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
92
Setor Externo
Os resultados do setor externo brasileiro em 2011 evidenciaram bom direcionamento das medidas de política cambial e também a boa percepção dos investidores estrangeiros quanto à solidez macroeconômica do País e à capacidade de gerenciar e absorver choques externos.
O saldo comercial fechou o ano em US$ 29,8 bilhões, praticamente US$ 10 bilhões a mais que o saldo de 2010. Esse resultado robusto compensou o aumento das despesas líquidas com serviços e remessas de lucros, gerando uma queda do déficit em transações correntes em 2011, 2,12% do PIB, ante 2,21% do PIB em 2010.
Apostando em um mercado doméstico dinâmico e sustentável, os investidores aportaram recorde de investimentos no País em 2011. O Investimento Estrangeiro Direto atingiu US$ 66,7 bilhões, mais que suficiente para financiar o déficit em conta corrente (US$ 52,6 bilhões).
Balança comercial e investimento estrangeiro com resultados ainda melhores
93
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
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Setor Externo
Balança Comercial (US$ bilhões, acum. ano)
Exportação Importação Saldo Comercial
Dados em: US$ bilhões, acumulado no ano
Fonte: MDICElaboração: Ministério da Fazenda
Recorde de exportações
A balança comercial brasileira em 2011 registrou o maior valor já exportado pelo Brasil: US$ 256 bilhões, aumento de 26,8% em relação a 2010. As importações somaram US$ 226 bilhões e a corrente de comércio ficou em US$ 482 bilhões. Em relação ao saldo comercial, o País obteve superávit de US$ 29,8 bilhões, aumento de 46,9% em relação ao ano anterior. O incremento das exportações está relacionado à contínua diversificação de mercados compradores e à elevação dos preços das commodities.
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Importações
29,8
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58 49 56 56 47 48 63 74 91 121
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51 48 55 58 60 73 97 118
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
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Setor Externo
Participação Percentual dos Maiores Parceiros Comerciais (% do total exportado)
1990 1998 2004 2011
Dados em: % do total exportado
Fonte: MDICElaboração: Ministério da Fazenda
Maior diversificação das exportações
A diversificação de mercados compradores tem sido crucial para o aumento das exportações do Brasil. A participação percentual das exportações feitas para a China e para o Mercosul têm crescido em importância nos últimos anos. Nos últimos vinte anos, a participação chinesa passou de 1,22% do total para 17,31%, ao passo que parceiros do Mercosul passaram de 4,20% para 10,88%.
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MercosulUnião EuropeiaEstados UnidosChina
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20,6
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33,7
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4,20
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
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Setor Externo
Balança Comercial de Serviços (US$ bilhões, acum. 12 m.)
Serviços Aluguel de equipamentos Viagens internacionais
Dados em: US$ bilhões, acumulado em 12 meses
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Serviços pressionaram o déficit em transações correntes
As importações líquidas de serviços chegaram a US$38 bilhões em 2011, o maior resultado da série. Esse fenômeno é compatível com a rota de crescimento trilhada pelo País nos últimos anos. Aluguel de equipamentos e viagens internacionais pressionaram as despesas líquidas devido ao aumento dos investimentos e da renda do País.
-14,5-16,7
-40
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20112010
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-37,9
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
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Setor Externo
Composição do Investimento Estrangeiro Direto (US$ bilhões)
Investimento estrangeiro direto participação no capital empréstimo intercompanhia
Dados em: US$ bilhões
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Fluxos recordes de Investimento Direto Estrangeiro
O aumento no investimento estrangeiro direto em 2011 decorreu, principalmente, do grande aumento nas operações de participação no capital. Isso mostra que as medidas do Governo foram eficazes em melhorar o perfil do capital estrangeiro no País, ao ampliar o IED e também alongar o prazo das captações de empréstimos e títulos no mercado externo.
0
10
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3,58,5
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15,4 26,1 30,1 19,9 40,1 54,8
-0,4
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
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Setor Externo
Balança Comercial de Manufaturados (US$ bilhões)
Exportação manufaturados Importação manufaturados Saldo Comercial manufaturados
Dados em: US$ bilhões
Fonte: FuncexElaboração: Ministério da Fazenda
Crise externa e guerra cambial prejudicam os manufaturados
Condutas anticompetitivas e políticas monetárias que subvalorizaram moedas para aumentar os ganhos com as exportações influenciaram a deterioração da balança comercial de produtos manufaturados . De 2005 a 2011, o Brasil passou de um saldo no setor manufatureiro de US$ 8,5 bilhões para um déficit de US$ 92 bilhões. Com o intuito de reverter esse cenário, o Governo brasileiro busca adotar medidas, a exemplo do Plano Brasil Maior, que visem abrandar esses efeitos e promover o emprego, a produção e a inovação tecnológica local.
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91,8
-183,9
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
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Setor Externo
Saldo em Conta Corrente (US$ bilhões e % do PIB)
Saldo na conta de transações correntes Transações correntes/PIB em 12 meses (%)
Dados em: US$ bilhões e % do PIB
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Déficit em Transações Correntes estável como proporção do PIB
O déficit em transações correntes como % do PIB de 2011 manteve o mesmo patamar de 2010. O desempenho do comércio de bens compensou parcialmente os déficits das contas serviços e rendas. Destaque para a ampliação das transferências de renda, especialmente para as remessas de lucros e dividendos, reflexo da participação crescente e preponderante do investimento direto (IED) entre as opções de investimentos estrangeiros.
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4,21,6
-23,5 -30,5 -33,4 -25,3 -24,2 -23,2 -7,611,7 14,0 13,6
-28,2 -24,3 -47,3 -52,6
-2,8
-3,5-4,0
-4,3-3,8
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0,8
1,8 1,61,3
0,1
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-2,2 -2,1
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
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Setor Externo
Investimento Estrangeiro Direto em 2011: Países Selecionados (US$ bilhões)
Dados em: US$ bilhões* Global Investments Trend Monitor, Janeiro de 2012 ** Inclui Hong Kong
Fonte: UnctadElaboração: Ministério da Fazenda
Brasil atrai muito IED
Dados consolidados pela Unctad* mostram que o Brasil figura entre as economias que mais receberam investimentos diretos em 2011. O Brasil ocupa o 4º lugar, atrás apenas de EUA, China e Reino Unido.
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100
150
200
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Suécia
Espanha
Luxemburgo
AlemanhaItá
liaÍndia
França
Cingapura
Bélgica
Rússia
Irlanda
Brasil
Reino
UnidoChina**
Estados
Unidos
210,
7
202,
4
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53,0
50,8
41,1
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34,0
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27,2
25,0
22,0
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
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Setor Externo
Principais Destinos de IED: 2010 a 2012 (número de citações)
Dados em: número de citações* World Investment Prospects Survey, 2010-2012
Fonte: UnctadElaboração: Ministério da Fazenda
E deve continuar atraindo fluxos elevados de IED
Pesquisa da Unctad* mostra que, pela primeira vez, as quatro principais economias emergentes estão entre as cinco mais citadas como destinos atrativos de Investimento Estrangeiro Direto (IED) pelas principais empresas transnacionais, no período de 2010 a 2012. O Brasil ocupa atualmente o terceiro lugar no ranking, atrás apenas de China e Índia.
0
20
40
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80
100
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Peru
Espanha
África do Sul
Chile
CanadáJa
pão
Malásia
França
Austrália
Polônia
Tailândia
Alemanha
Indonésia
Vietnã
Reino Unido
México
RússiaEUA
Brasil
ÍndiaChina
24,0
23,0
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18,0
17,0
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0
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26,0
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
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Setor Externo
Investimento Estrangeiro Direto e em Carteira e Transações Correntes (% do PIB)
Investimento Estrangeiro Direto Investimento em Carteira Transações Correntes
Dados em: % do PIB* Posição em dezembro de 2011
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Investimento direto e em carteira com dinâmicas diferentes
Em 2011, o perfil dos investimentos estrangeiros no Brasil sofreu alteração: os investimentos em carteira diminuíram substantivamente, atingindo 0,7% do PIB no final de 2011, e os investimentos estrangeiros diretos cresceram, chegando a 3,2% do PIB em outubro, encerrando o ano em 2,7%. Esse montante serve como contrapartida ao déficit de 2,1% do PIB em transações correntes.
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Set 2011
Dez 2010
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
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Setor Externo
Fluxos de Capitais Privados para Países Emergentes (US$ bilhões)
Ásia Emergente Europa Emergente Brasil América Latina África / Oriente Médio
Dados em: US$ bilhões* IIF Research Note, de 24 de janeiro de 2012
Fonte: IIFElaboração: Ministério da Fazenda
Brasil recebe mais capital, enquanto demais emergentes perdem
Segundo Estimativas do Instituto de Finanças Internacionais (IIF)*, o fluxo de capitais privados para os emergentes deverá cair, de US$910 bilhões, em 2011, para US$ 746 bilhões, em 2012. No entanto, para o Brasil, o volume de capitais privados deve passar de US$ 137 bilhões, em 2011, para US$ 142 bilhões em 2012, mantendo a tendência de alta desde 2009.
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2013*
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Setor Externo
Reservas Internacionais (US$ bilhões)
Dados em: US$ bilhões, conceito liquidez anual* Posição de dezembro de 2011
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Alta das reservas internacionais
A acumulação de reservas internacionais tem sido um dos pilares da política econômica brasileira para reduzir a vulnerabilidade externa. Em dezembro de 2011, as reservas somaram US$ 352 bilhões (cerca de 14,2% do PIB). O saldo das reservas continuou a superar o total da dívida externa, mantendo o País como credor externo líquido.
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3
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Setor Externo
Dívida Externa e Reservas Internacionais (US$ bilhões)
Dados em: US$ bilhões* Posição estimada para dezembro de 2011
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
O perfil da dívida externa
A relação dívida externa total sobre reservas caiu, de 89%, em 2010, para 84,5%, em 2011, e a razão dívida líquida/PIB, de -2,4% para -3,2%. Acompanhando a queda, houve aumento da participação da dívida de longo prazo em relação à dívida total, de 77,7% para 86,9%, respectivamente. Observa-se, ainda, o crescimento das reservas, preservando as condições de solvência do País. Além disso, a dívida externa é predominantemente privada, cerca de 2/3 do total. O perfil torna o País muito menos vulnerável a crises externas, ainda que não seja imune.
Dívida Externa e Reservas Internacionais
US$ bilhões2010 2011
Reservas 288,6 352,0Dívida total 256,8 297,3Dívida de longo prazo 77,7% 86,9%Dívida de curto prazo 22,3% 13,1%Dívida pública 36,9% 34,5%Dívida privada 63,1% 65,5%
Indicadores de endividamento (%)Dívida total/reservas 89,0% 84,5%Dívida de longo prazo/reservas 69,1% 73,4%
Dívida de curto prazo/reservas 19,9% 11,1%
Dívida externa líquida/PIB -2,4% -3,2%
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Setor Externo
Composição do Passivo Externo (%)
Outros Passivos Renda Fixa Ações Investimento Direto
Dados em: %
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Passivo externo concentra-se em Investimento Estrangeiro Direto
Entre as modalidades de investimentos estrangeiros, as participações (IED e ações) predominam no passivo externo, superando a parcela referente à dívida. Esse perfil do passivo confere mais flexibilidade às transferências de renda para o exterior e reforça o caráter pró-cíclico da conta de transações correntes.
0
20
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80
100
26.4 26.4 30.6 26.5 22.4 14.2 13.4 11.0 16.8 10.9 11.0 13.9
30.4 30.9 32.1 27.8 24.121.5 18.0 15.8
19.917.2 15.0 16.1
11.6 9.97.9
13.117.3
25.1 30.739.6
21.634.9 29.1 23.9
36.1 39.2 37.9 41.637.1
44.9 46.0
201120102009200820072006200520042003200220012000
31,6 32,8 29,4 32,7 36,1 39,2 37,9 33,6 41,6 37,1 44,9 46,0
11,6 9,97,9 13,1
17,325,1
30,739,6
21,634,9 29,1
23,930,4 30,9
32,127,8
24,121,5 18,0 15,8
19,917,2 15,0 16,1
26,4 26,4 30,6 26,5 22,4 14,2 13,4 11,0 16,8 10,9 11,0 13,9
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Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
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Setor Externo
Indicadores de Vulnerabilidade Externa (% do PIB)
Dívida externa total Reservas internacionais Transações Correntes
Dados em: % do PIB
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Indicadores apontam baixa vulnerabilidade externa
O Brasil manteve em 2011 as condições de baixa vulnerabilidade externa. O volume de reservas internacionais supera consideravelmente a dívida externa. E, ainda, o déficit em transações correntes permanece estável em patamar que pode ser financiado com segurança, ou seja, com investimentos de longa maturação. Este cenário é bem diferente do observado em momentos anteriores, quando a fragilidade externa imperava na economia brasileira.
Crise da dívida
externa
Moratória da dívida
externa
Antes do regimede câmbio utuante
Crise �nanceira mundial
(subprime)
Situação atual
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201120081998198719821974
18,1 31,5 42,9 26,5 12,0 12,04,8 1,5 2,6 5,3 11,7 14,2
-6,8 -6,0 -0,5 -4,0 -1,7 -2,1
Impacto do 1˚ choque do
petróleo
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
107
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107
Setor Externo
Investimento Estrangeiro Direto por País* (% do total)
Dados em: % do total* Censo de Capitais Estrangeiros no País 2011, ano base 2010
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Estados Unidos e Espanha lideram investimentos diretos no Brasil
O censo de capitais estrangeiros no País mostra que, no critério investidor final, os Estados Unidos e Espanha são os principais investidores no Brasil, com estoques de US$ 104,7 bilhões (18% do total) e US$ 85,3 bilhões (15% do total), respectivamente. Por setor de atividade, constata-se relativa diversificação, com destaque para investimentos em serviços financeiros, bebidas, extração de petróleo e gás natural e telecomunicações.
28%18%
15%
9%
7%5%
5%5%
3%3%
2%Holanda
México
ItáliaJapão
Alemanha FrançaReino Unido
Bélgica
Espanha
Estados Unidos
Demais
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Edição Especial | Ano 2011
108
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108
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Taxa de Câmbio Nominal (R$/US$)
Dados em: R$/US$
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
O comportamento da taxa de câmbio em 2011
Em 2011, após um período de apreciação do Real, o dólar voltou ao patamar de R$/US$ 1,8, encerrando o ano em R$/US$1,87. As medidas macroprudenciais e a política de acumulação de reservas internacionais contribuíram para a redução da volatilidade da taxa de câmbio, a despeito da crise de expectativas provocada pelas incertezas financeiras na Europa. Sem abandonar o regime flutuante, o Governo tem atuado para garantir uma taxa de câmbio competitiva para o País.
1,40
1,63
1,86
2,09
2,32
2,55
1,76
2,50
Compulsório sobre câmbio
IOF sobreempréstimosno exterior
Reduçãoda taxaSelic
Aumento do IOF
Aumento do IOF
Aumento do IOF
Anúnciomedidas derivativos
1,70
24 Jan 2012
Dez 2011
Out 2011
31 Ago 2011
26 Jul 2
011
29 Mar 2
011
Mar 2011
7 Jan 2011
Nov 2010
19 Out 2
010
5 Out 2
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19 Out 2
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Jan 2011
1,53
Economia Brasileira em
PERSPECTIVA
Ministério daFazenda
Panorama Internacional
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Edição Especial | Ano 2011
110
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
O fato econômico que marcou o cenário global em 2011 foi o novo enfraquecimento das economias avançadas e a constatação de que a recuperação permanecerá lenta por mais alguns anos, dada a complexidade dos desequilíbrios financeiro e fiscal europeus. Como consequência, o FMI reduziu a projeção de crescimento econômico mundial para 3,3%, em 2012, contra projeção anterior de 4%. Com expectativa de contração do PIB da Zona do Euro (-0,5% em 2012) e crescimento baixo nos EUA (1,8%), estima-se um avanço de somente 1,2% nos países avançados, contra 5,4% nas economias emergentes.
No curto prazo, ainda que exista a alta concentração de vencimento da dívida em importantes economias europeias no primeiro semestre de 2012, a situação vai se acomodando. No médio prazo, o cenário é de crescimento econômico mundial guiado pelo dinamismo de alguns mercados emergentes, entre eles o Brasil.
Mundo à espera de solução para a crise nos países avançados
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Edição Especial | Ano 2011
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Panorama Internacional
Perspectiva de crescimento dos países do G20
2011
2012
PIB % a.a.
Arábia Saudita
Brasil**
Rússia
Argentina*
Índia
China
Indonésia*
Coreiado Sul
Itália
França
Alemanha
Austrália*
Japão Estados Unidos
África do Sul
Turquia
México
CanadáReinoUnido
0,6
4,5
4,6
3,5
2,5
3,67,0
2,2-2,2
0,2 3,3
4,4
6,3
8,2
3,3
1,71,8
1,7 0,30,9
3,2
3,1
6,60,4
1,6
6,57,4
4,1
-0,9
3,9
9,2
6,4
1,88,0
4,1
1,8
2,33,0
Dados em: %* WEO/FMI, setembro de 2011** Para 2011, dados do IBGE acumulados nos três primeiros trimestres em relação ao mesmo período em 2010 e, para 2012, estimativas do Ministério da Fazenda
Fonte: FMI, IBGE e Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
112
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
112
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Dados em: % do PIB
Fonte: FMIElaboração: Ministério da Fazenda
Perspectivas de resultado fiscal para os países do G20
20112012
Resultado Fiscal(% do PIB)
Arábia Saudita
Brasil*
Rússia
Argentina
Índia
China
Indonésia
Coreiado Sul
Itália
França
Alemanha
Austrália
Japão Estados Unidos
África do Sul
Turquia
México
CanadáReinoUnido
-4,7
-2,7
-2,5
3,6
-3,4
3,6-8,0
-1,5-1,1
-2,8 -1,8
2,4
-1,3
-0,9
-1,8
-7,6-5,0
-1,9 -0,9
-2,9
-3,7
-2,1-2,6
-3,8
6,5-8,3
-0,3
-8,1
2,1
-1,8
-1,7
-3,7-2,9
3,8
-6,4
-3,0-1,4
-6,3
113
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
113
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Dados em: % do PIB
Fonte: FMIElaboração: Ministério da Fazenda
Perspectiva para o saldo em conta corrente dos países do G20
2011
2012
Conta corrente (percentual do PIB)
Arábia Saudita
Brasil*
Rússia
Argentina
Índia
China
Indonésia
Coreiado Sul
Itália
França
Alemanha
Austrália
Japão Estados Unidos
África do Sul
Turquia
México
CanadáReinoUnido
-2,3
-2,5
-0,9
-0,9
-3,7
14,2-2,2
-7,4-3,0
-2,5 3,5
1,4
-0,4
5,6
-4,7
2,8-2,1
-3,8 4,9
-2,1
-2,8
-10,3-3,5
-2,7
20,6-2,2
5,5
2,5
1,5
5,2
0,2
-2,2-0,3
-1,0
-3,1
-3,35,0
-2,7
114
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
114
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Perspectiva de inflação dos países do G20
20112012
Inflação(% a.a.)
Arábia Saudita
Brasil
Rússia
Argentina
Índia
China
Indonésia
Coreiado Sul
Itália
França
Alemanha
Austrália
Japão Estados Unidos
África do Sul
Turquia
México
CanadáReinoUnido
4,7
11,8
3,1
5,0
5,38,6
6,91,6
1,4 7,3
3,5
6,5
3,3
3,3
-0,51,2
2,1 1,32,4
6,5
6,1
10,53,3-2,5
5,39,1**
6,1
-0,5**
4,2
4,1
3,8
3,5*9,5
3,8
3,0
2,32,1
4,2
Dados em: %* Posição em setembro de 2011 ** Posição de novembro de 2011
Fonte: FMI e Bancos CentraisElaboração: Ministério da Fazenda
115
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
115
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Diferença entre o Centro da Meta de Inflação e a Inflação Observada em 2011 (p.p.)
Dados em: pontos percentuais
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
Elevação inflacionária em 2011 foi um fenômeno global
Em 2011, o contágio da inflação mundial dos preços das commodities contribuiu para o descumprimento das metas de inflação por parte da maioria dos países que as adotam. Destaques para os casos de Turquia e Peru. No Brasil, o Governo agiu tempestivamente, reprimindo a aceleração de preços e sua difusão, e mantendo o IPCA dentro dos intervalos da meta.
TurquiaIslândia
PeruReino Unido
PolôniaBrasil
África Do SulChile
Coréia Do SulHungria
TailândiaMéxico
ColômbiaÁustralia 0,6
0,70,80,91,11,21,41,62,02,12,22,22,85,0
Centro
Meta
2,53,03,01,83,03,03,04,54,52,52,02,02,55,5
Pontos percentuais acima do centro da meta da in�ação
116
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
116
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
PIB 2011* e 2012** (US$ trilhões e % a.a.)
Dados em: 2011: US$ trilhões, 2012: % a.a.* PIB de 2011: FMI ** Crescimento do PIB em 2012: WEO/FMI atualizado em janeiro de 2012. Para o Brasil, estimativas do Ministério da Fazenda
Fonte: FMI e The EconomistElaboração: Ministério da Fazenda
Brasil entre as maiores economias do planeta
As economias emergentes de destaque (Brasil, China, Índia, Rússia) estão entre os países mais dinâmicos do mundo. Recentemente, o Brasil ultrapassou o Reino Unido e agora ocupa o 6º lugar entre as maiores economias do globo.
Índia
Rússia
Itália
Reino Unido
Brasil
França
Alemanha
Japão
China
Estados Unidos
PIB de 2011*, em US$ trilhões Crescimento do PIB em 2012**, em % a.a.
15,1
7,0
5,9
3,6
2,8
2,6
2,5
2,2
1,9
1,8
1,8
8,2
1,7
0,3
0,2
4,5
0,6
-2,2
3,3
7,0
117
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
117
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Taxa de Desemprego: Países Selecionados: Dezembro de 2011 (% da PEA)
Dados em: % da PEA
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
Taxa de desemprego brasileira entre as menores do mundo
A taxa de desemprego de 4,7%, registrada em dezembro de 2011, figura entre as menores do mundo. Países avançados como França, EUA, Reino Unido e Canadá, estão com taxas de desemprego superiores à brasileira.
0
5
10
15
20
25
Coreia
SuiçaChina
Japão
Brasil
Holanda
México
Austrália
Alemanha
Rússia
Canadá
Reino Unido*
EUAItá
lia
Turquia
Índia
França
Espanha
22,9
9,9
9,4
9,3
8,9
8,5
8,4
7,5
6,1
5,5
5,2
5,0
4,9
4,7
4,6
4,1
3,3
3,1
118
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
118
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Indicadores PMI e ISM (pontos)
PMI China PMI Global Índice ISM
Dados em: pontos* Valores acima de 50 indicam crescimento
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
Atividade global se estabiliza
Os indicadores PMI (Purchasing Managers Index) e ISM (Institute of Supply Management) são importantes para a mensuração das condições econômicas de países e regiões. Nos primeiros meses de 2011, os índices apresentaram declínio nos EUA e na China, além do índice global. Recentemente, parece ocorrer algum movimento de estabilização da atividade global.
30
35
40
45
50
55
60
65
Dez 2011
Out 2011
Mai 2011
Dez 2010
Jul 2
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Fev 2010
Set 2009
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Nov 2008
Jun 2008
Jan 2008
50,3050,00
50,80
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
119
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Índices de Confiança: EUA e Zona do Euro (pontos)
Indicador de Confiança do Consumidor nos EUA Indicador de Sentimento Econômico na Zona do Euro
Dados em: pontos
Fonte: Eurostat e Conference BoardElaboração: Ministério da Fazenda
Confiança cai na Europa, mas começa a se recuperar nos EUA
Os indicadores de confiança dos EUA e Europa começam a mostrar sinais distintos. Na Europa, o sentimento do consumidor está em declínio desde o início de 2011. Já nos EUA, a confiança do consumidor norte-americano mostra sinais de recuperação nos dois últimos meses de 2011.
20
40
60
80
100
120
Dez 2011
Jul 2
011
Jan 2011
Jul 2
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Jan 2010
Jul 2
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Jan 2009
Jul 2
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Jan 2008
64,5
93,3
120
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
120
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
EUA: Atividade Econômica (índice)
Fed Chicago Fed Philadelphia Fed Richmond
Dados em: índice
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
Números da atividade econômica nos Estados Unidos
A atividade econômica nos Estados Unidos dá sinais de recuperação. O setor manufatureiro da região da Filadélfia fechou dezembro em 6,8 e marca 7,3 em janeiro de 2012. A região de Richmond fechou janeiro em 12 pontos, uma alta de 9 pontos em relação ao mês anterior. O Índice Nacional de Atividade do FED Chicago registrou 0,17 em dezembro de 2011.
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
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Jan 2012
Dez 2011
Mai 2011
Dez 2010
Jul 2
010
Fev 2010
Set 2009
Abr 2009
Nov 2008
Jun 2008
Jan 2008
7,312
-5
-4
-3
-2
0
10,17
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
121
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
EUA: Taxa de Desemprego (% da PEA)
Dados em: % da PEA
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
EUA: taxa de desemprego em declínio
Houve recuo na taxa de desemprego nos útimos meses. Mas o percentual de desocupação nos EUA continua bem acima do verificado no passado. Estimativas do Federal Reserve apontam que, pelo menos até 2014, a taxa de desemprego ainda ficará acima da tendência de longo prazo.
2
4
6
8
10
Dez 2011
Dez 2010
Ago 2009
Abr 2008
Dez 2006
Ago 2005
Mar 2004
Out 2002
Jun 2001
Jan 2000
8,50
122
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
122
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Taxa de Desemprego: Zona do Euro e Países Selecionados da Região (% da PEA)
Dados em: % da pea* Posição de outubro de 2011
Fonte: EurostatElaboração: Ministério da Fazenda
Desemprego na Zona do Euro
Uma das consequências mais perversas da crise econômica europeia tem sido a constante elevação das taxas de desemprego da região, que alcançam 10,4% na Zona do Euro como um todo. No desagregado, destaque para os números de dezembro da Espanha (22,9%) e da Grécia (19,2%).
10,4
7,0
7,5
8,0
8,5
9,0
9,5
10,0
10,5
Dez 2011
Set 2011
Jan 2011
Jul 2
010
Jan 2010
Jul 2
009
Jan 2009
Jul 2
008
Jan 2008
Jul 2
007
Jan 2007
Jul 2
006
Jan 2006
Jul 2
005
Jan 2005
Espanha
Grécia*
Irlanda
Portugal
Zona do Euro
França
Itália
Finlândia
Bélgica
Alemanha
Luxemburgo
Holanda
Áustria
Desemprego Zona do Euro
4,1
4,9
5,2
5,5
7,2
7,6
8,9
9,9
10,4
13,6
14,5
19,2
22,9
123
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
123
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
China: Taxa de Crescimento do PIB e Taxa de Inflação ao Consumidor (% a.a.)
PIB Crescimento Real Inflação
Dados em: % anual* Estimativas FMI/WEO, janeiro de 2012 ** Estimativas FMI/WEO, setembro de 2011
Fonte: FMIElaboração: Ministério da Fazenda
O papel da China
A China tem importante papel na atividade econômica global. Embora o País tenha crescido acima de 9% em 2011, houve desaceleração em 2012 que deve ser mantida, pois as previsões de fraco crescimento para as economias avançadas afetarão o desempenho das exportações chinesas. A trajetória inflacionária do País também apresenta previsão de arrefecimento, fechando 2011 em 4,1%.
4,1
0
3
6
9
12
15
2012*2011
20102009
20082007
20062005
20042003
20022001
2000-1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
20112010
20092008
20072006
20052004
20032002
20012000
8,4
8,3
9,1
10,0
10,1
11,3
12,7
14,2
9,6
9,2
10,4
9,2
8,5
124
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
124
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Spread de CDS de 5 anos: Países Selecionados do G20 (pontos-base)
Dados em: pontos-base* Posição em 25/10/2011
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
Risco de default dos países do G20
O Credit Default Swap (CDS) constitui-se proteção contra possível moratória por parte de um País e, por isso, indica a percepção dos agentes financeiros em relação ao risco soberano. Comparando-se o risco de calote dos países do G20 entre 2008 e janeiro de 2012, nota-se elevação do risco das nações europeias e retração nos emergente.
CDS 5 anos dia 31/12/2008
AustraliaReino Unido
IndonésiaJapão
África do SulRússia
ItáliaÍndia
CoréiaFrança
MéxicoAlemanha
Estados Unidos*China
TurquiaBrasil
AustraliaReino Unido
IndonésiaJapão
África do SulRússia
ItáliaÍndia***Coréia**
FrançaMéxico
AlemanhaEstados Unidos
China*Turquia
Brasil
CDS 5 anos dia 16/01/2012
300,5
408,7
201,2
46,8
292,6
55,7
333,0
360,6
164,0
741,2
393,6
46,4
691,4
106,0
127,7
20,1
164,3
323,1
146,7
48,9
103,9
155,3
217,8
164,7
283,5
519,6
259,8
210,4
147,9
214,0
93,0
83,0
125
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
125
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Classificação de Risco: Standard and Poor’s (rating)
Dados em: classificação de risco
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
Países avançados sofrem rebaixamento de rating
Uma das consequências da grave crise econômica atual é a maior desconfiança dos agentes econômicos. Isso está refletido nas recentes mudanças de classificação de risco de grande parte dos países da Zona do Euro, além dos EUA. Grécia, Portugal, Irlanda e Espanha sofreram os maiores rebaixamentos, que também atingiu a França. Em direção contrária, o Brasil tem obtido constantes upgrades por parte das agências de classificação de risco.
Jan 2012Ago a Nov 2011
Jul 2011Mar 2011Dez 2010Dez 2009Dez 2004Dez 2003
Alta Qualidadee Baixo Risco
Grau deInvestimento
GrauEspeculativo
Alto Riscode Default
Irlanda
Espanha
Grécia
Portugal
Brasil
FrançaAAAAA+
AAAA-A+
AA-
BBB+BBB
BBB-BB+
BBBB-B+
BB-
CCCCC
CD
Itália
EUA
126
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
126
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Índice do Mercado de commodities - CRB (número-índice, 1951=100)
CRB Spot CRB Alimentos CRB Metais
Dados em: número-índice, base 1951=100
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
Comportamento dos preços das commodities
A evolução dos preços das commodities caracterizou-se pelo descolamento das metálicas desde 2004 até a crise de 2008, quando os metais sofreram forte desvalorização. A recuperação econômica mundial provocou novo descolamento, apesar de acompanhar os preços das demais commodities. Os desdobramentos da recente crise voltam a influenciar os preços das commodities metálicas.
0
200
400
600
800
1000
1200
Jan 2012
Set 2011
Fev 2011
Jul 2
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Dez 2009
Mai 2009
Out 2008
Mar 2008
Ago 2007
Jan 2007
Jun 2006
Nov 2005
Abr 2005
Set 2004
Fev 2004
Jul 2
003
Dez 2002
Mai 2002
Out 2001
Mar 2001
Ago 2000
Jan 2000
908,81
433,20
312,85
127
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
127
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Índice VIX - EUA e Índice ITRAXX (pontos e pontos-base)
ITRAXX VIX
Dados em: pontos e pontos-base
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
Comportamento das bolsas nos EUA e do risco na Europa
O índice VIX mede a expectativa de volatilidade de 30 dias no mercado bursátil, com base na volatilidade dos preços de opções do índice S&P 500. Itraxx é um índice médio de risco cobrindo regiões como Europa, Austrália e Japão. Os patamares mais recentes denotam que houve uma piora na percepção de mercado em meados de 2011 relacionada à questão fiscal nos EUA e à crise na Europa. Mas, desde o fim de 2011, observa-se uma melhora.
0
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40
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Jan 2012
20112010
20092008
2007 50
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250
19,8
151,1
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Preço do Petróleo Tipo Brent (US$/barril)
Preços constantes (US$ de dezembro de 2011) Preços correntes (US$)
Dados em: US$/barril
Fonte: U.S Energy Information Administration e BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
Panorama do preço internacional do petróleo
Os movimentos de preço de petróleo estão quase sempre ligados ao processo de atividade econômica mundial e às tensões políticas existentes nos principais países produtores, localizados no Oriente Médio, além da liquidez internacional. Desde meados de 2011, o preço de petróleo tem se mantido em patamar elevado justificado pela falta de investimentos, por crises no Oriente Médio e pela demanda de alguns países.
102030405060708090
100110120130140150
2011 2010
20092008
20072006
20052004
20032002
20012000
19991998
19971996
1995 1994
19931992
19911990
19891988
19871986
19851984
19831982
19811980
107,8
107,8
Current Prices (US$)
129
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
129
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Países do G20: Variação das Bolsas de Valores em 2011 (%, acum. no período)
Dados em: % acumulada no período
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
Comportamento das bolsas de valores nos países do G20
As bolsas de valores ao redor do mundo também têm sofrido impactos da crise financeira europeia. Nos países do G20, as perdas do início de 2011 ao início de 2012 foram grandes, com destaque para os acontecimentos dos últimos meses do ano passado, onde as perdas estão concentradas. Mas, desde novembro de 2011, verifica-se certa valorização dos índices das bolsas de valores, em especial, na Alemanha, França e Brasil.
Variação de 3/1/2011 a 20/1/2012
ItáliaArgentina
TurquiaÍndia
RússiaFrança
Zona do EuroJapão
China (Hong Kong)Austrália
BrasilAlemanha
CanadáCoréia
A. SauditaMéxico
InglaterraEUA - S&P500EUA - Nasdaq
Á�ca do SulIndonésia
EUA - Dow Jones
AlemanhaFrança
BrasilEuro
IndonésiaEua - Dow Jones
Arábia SauditaÁfrica Do SulEua - S&p500
InglaterraArgentina
CoréiaChina (Hong Kong)
Eua - NasdaqJapão
MéxicoItália
CanadáAustrália
TurquiaÍndia
Rússia
Variação de 08/11/2011 a 20/1/2012
-2,9-3,2-3,4-5,8-7,8-8,4
-10,9-11,2-14,2-14,3-14,5-14,9-15,5-18,6-18,8-21,0-23,5
9,06,94,33,53,4
-5,3-4,7-2,3-1,2
-0,7-0,2
0,11,32,22,22,52,72,93,13,23,84,54,85,45,65,77,4
130
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
130
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Taxa de Câmbio Real Efetiva* (número-índice, 2010=100)
Estados Unidos Zona do Euro China Brasil
Dados em: número-índice, base 2010=100* Deflator: índices de preços ao consumidor dos respectivos países. Variações positivas (negativas) significam depreciação (apreciação)
Fonte: BISElaboração: Ministério da Fazenda
Guerra cambial
A taxa de câmbio real efetiva é relevante na medida em que influencia o nível de investimentos e de comércio entre um país e os parceiros comerciais. O dólar norte-americano apresenta tendência contínua de queda, trazendo sobressaltos à perspectiva econômica internacional, tanto do ponto de vista do comércio, quanto do ponto de vista financeiro.
60
70
80
90
100
110
120
Dez 2011
Jul 2
011
Jan 2011
Jul 2
010
Jan 2010
Jul 2
009
Jan 2009
Jul 2
008
Jan 2008
Jul 2
007
Jan 2007
Jul 2
006
Jan 2006
Jul 2
005
Jan 2005
98,597,5397,56
107,97
131
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
131
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Países do G20: Variação Cambial*(%)
Dados em: %
* Variações positivas (negativas) significam depreciação (apreciação)
Fonte: Thomson ReutersElaboração: Ministério da Fazenda
Reversão recente muda dinâmica cambial
O comportamento da taxa de câmbio em 2011 nos países do G20 mostrou variação acentuada devido ao agravamento da crise financeira da Zona do Euro. Mais recentemente, desde meados de dezembro de 2011 até meados de janeiro de 2012, a dinâmica cambial reverteu. Não só o Brasil, mas vários outros países estão passando por processo de valorização da taxa de câmbio.
ÍndiaAustrália
BrasilÁfrica do Sul
MéxicoCoreia do Sul
CanadáRússia
IndonésiaJapãoChina
Reino UnidoEuro
Argentina
Variação de 15/12/2011 a 20/01/2012
0,89
0,65
-0,40
-0,58
-1,09
-1,57
-1,64
-2,12
-2,47
-5,27
-5,55
-5,64
-5,66
-6,17
Variação de 20/01/2011a 20/01/2012
8,614,022,02-3,79-7,23-1,274,391,591,169,39
12,294,88-6,2110,54
132
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
132
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Estrutura de Vencimento da Dívida: Países Europeus em Crise (€ milhões)
Dados em: € milhões
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
Acordo europeu visa conter desequilíbrios fiscais
Em janeiro de 2012, foi finalizado um novo acordo europeu para conter desequilíbrios fiscais. Isso será alcançado por meio da manutenção de déficit governamental estrutural abaixo de 0,5% do PIB nominal. Se um estado-membro quebrar a regra, um mecanismo automático de correção será acionado. Há também previsão de multa para descumprimento.
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
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Dez 2012
Nov 2012
Out 2012
Set 2012
Ago 2012
Jul 2
012
Jun 2012
Mai 2012
Abr 2012
Mar 2012
Fev 2012
Jan 2012
22.9
69
74.0
99
77.0
31
72.3
38
38.2
61
38.6
13
52.8
26
34.2
90
26.5
80
55.8
08
21.1
10
48.8
74
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Balanço do Banco Central Europeu (€ bilhões)
Dados em: € bilhões
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
Balanço do Banco Central Europeu
O balanço do BCE atingiu um valor recorde no final do ano passado (2,7 trilhões de euros), por conta do incremento de empréstimos para instituições bancárias no continente europeu. Isso mostra atuação de último provedor de recursos de uma região em crise. Essa reação já tinha ocorrido durante a crise de 2008.
500
1.000
1.500
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3.000
Jan 2012
Dez 2011
Jul 2
011
Jan 2011
Jul 2
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Jan 2010
Jul 2
009
Jan 2009
Jul 2
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Jan 2008
Jul 2
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Jan 2007
Jul 2
006
Jan 2006
Jul 2
005
Out 2004
2.706,2
Economia Brasileira em
PERSPECTIVA
Ministério daFazenda
SEÇÃO ESPECIAL
136
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
136
Ministério da Fazenda
Seção Especial
Após histórico de baixo dinamismo econômico, os avanços alcançados pelo Brasil nessa última década são consideráveis. O País entrou numa fase de expansão econômica vigorosa, baseado em um modelo de desenvolvimento com foco no fortalecimento do mercado doméstico, com geração de empregos e distribuição de renda, fomento aos investimentos e ampliação do mercado de crédito, com inflação sob controle, além de destacada solidez fiscal e do sistema financeiro nacional. Assim, o Brasil vem atingindo níveis elevados de crescimento, combinados, de forma inédita, com justiça e desenvolvimento social.
Muito diferente das crises financeiras e cambiais do passado, o País vem enfrentando com muita robustez uma das mais graves e profundas crises mundiais. No passado, crises dessa dimensão eram sentidas com desequilíbrios no balanço de pagamentos, na dívida pública e no risco-país, inibindo novos investimentos e problematizando o crescimento econômico. Agora, os resultados macroeconômicos aqui reportados são dignos de registro. De 2002 para 2012, a inflação média caiu de 15% para menos de 5% a.a., a dívida pública em razão do PIB foi reduzida quase pela metade, as exportações subiram mais de cinco vezes, a pobreza encolheu em mais de 50% e o País cresce o dobro do que experimentava nas décadas anteriores.
Para o período 2011 a 2014, o Governo Federal está determinado a estimular a economia rumo a um crescimento médio de 4,8% a.a., com taxa de investimento alcançando 24% do PIB, em ambiente de inflação sob controle e risco de insolvência desprezível. Organismos internacionais já antecipam que o País poderá ser a 5ª maior potência mundial em 2016. Até lá, mais de 8 milhões de trabalhadores passarão por treinamento profissional e outros 16 milhões de brasileiros terão saído da pobreza extrema.
Brasil: avanços de uma década
137
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
137
Ministério da Fazenda
137
Especial
* Estimativas FMI
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
Economia brasileira se destaca no cenário internacional
2002
2012*
US$ 500 bilhões
US$ 2,6 trilhões
6ª maioreconomia
do mundo
2002
2012*
US$ 2,8 mil
US$ 13,3 mil
Produto Interno Bruto (PIB)
PIB per Capita
138
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
138
Ministério da Fazenda
138
Especial
Elaboração: Ministério da Fazenda
Produção de automóveis e produção agrícola são destaques
Fonte: MDA
Produção de Automóveis ANFAVEA Plano Safra: Programação do nanciamento rural, em R$ bilhões
2011/20122002/2003
R$ 123,2 bilhões
R$ 24,7 bilhões
Fonte: MDA, FAO, 2009
163,0 milhões de toneladas
1o
Campeão mundial na produção de cana. Vice-campeão na produção de soja.
20112002
96,8 milhões de toneladas
Fonte: ANFAVEA: Anuário da Indústria Automobilística Brasileira, 2011
20112002
3,4 milhões de unidades
6ªMaiorprodutor de automóveis do mundo em 2011
1,8 milhão de unidades
Safra brasileira em milhões de toneladas de grãos (cereais, leguminosas e oleaginosas)
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
139
Ministério da Fazenda
139
Especial
Evolução do investimento é crucial para o crescimento do País
2002
2012*
16,4% do PIB
20,8% do PIB
Fonte: IBGE
2011 US$ 66,6 bilhões
2002 US$ 16,5 bilhõesLugar em ingressosde Investimento Estrangeiro Direto Fonte: UNCTADFonte: Banco Central do Brasil
4º
Taxa de investimento (% do PIB)
Investimento Estrangeiro Direto (em US$ bilhões)
* Estimativas do Ministério da Fazenda** Relatório Focus do Banco Central do Brasil de 27/01/2012
Elaboração: Ministério da Fazenda
140
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
140
Ministério da Fazenda
140
Especial
Em uma década, a queda da inflação é verificada em todos os índices considerados
Fonte: IBGE Fonte: IBGE
12,5%
4,7%
2002
2012*
Fonte: FGV
25,3%
5,0%
2002
2012**
Administrados
15,32%
4,0%
2002
2012**
* Relatório de Inflação do Banco Central do Brasil de dezembro de 2011** Relatório Focus do Banco Central do Brasil de 27/01/2012
Elaboração: Ministério da Fazenda
141
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
141
Ministério da Fazenda
141
Especial
Elaboração: Ministério da Fazenda
Milhões de brasileiros ingressaram no mercado de trabalho formal
Taxa de desemprego(% da PEA)
Taxa de desemprego veri�cada em dezembro de 2011 é a menor da história
Fonte: IBGE/PME
Março 2002Dez 2011
12,9%
4,7%
Taxa de Formalização (% empregados com carteira de trabalho
sobre total de ocupados)
Fonte: IBGE/PME
20022011
45,5%
53,2%
Mais de 18 milhões de postos de trabalho criados entre 2002 e 2011
Fonte: CAGED/MTE
20022011
1,49 milhão de postos de trabalho
1,94 milhão de postos de trabalho
Variação de novos postos a cada ano(milhares de postos de trabalho)
142
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Edição Especial | Ano 2011
142
Ministério da Fazenda
142
Especial
Maior renda do brasileiro diminuiu incidência de pobreza
Salário Mínimo Nominal
2002
2012
R$ 200
R$ 622Fonte: MTE Ganho real 66%
Taxa de pobreza*
2002
2012
26,7%
12,8%Fonte: FGV
2002
2011
0,589
0,541Fonte: IPEA Queda de 8,9%
Queda de 52%
* Proporção de indivíduos pertencentes à classe E no total da população
Elaboração: Ministério da Fazenda
143
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
143
Ministério da Fazenda
143
Especial
Elaboração: Ministério da Fazenda
Na última década, o percentual de brasileiros pertencentes à classe média saltou de 37% para 50% da população total
2002
2009
Classe C37% da população total
Classe C50% da população total
144
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
144
Ministério da Fazenda
144
Especial
Elaboração: Ministério da Fazenda
A forte ênfase na ampliação do acesso ao ensino técnico e ao ensino superior tem sido prioridade no Governo, sem que a educação básica seja esquecida
20122002Fonte: MEC
Número de matrículas
565 mil
924 mil
20122002Fonte: MEC
Número de vagas oferecidas em IES Federais
124 mil
248 mil
20122002Fonte: IBGE
Percentual da força de trabalho com 11 ou mais anos de estudo
44,7 %
60,5 %
CapacitaçãoCapacitação
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Edição Especial | Ano 2011
145
Ministério da Fazenda
145
Especial
* Estimativas PNPG 2011-2020 CAPES (dados anuais)
Elaboração: Ministério da Fazenda
Concessão de bolsas de estudos para pós-graduação triplica, propiciando o aumento de mestres e doutores no País
Capacitação
2012* 41.396
2002 23.445
Fonte: PNPG 2011-2020 CAPES
Titulados em mestrado acadêmico
Número de bolsas de Mestrado e Doutorado concedidas pela Capes e CNPq
2010
2013*
74 mil bolsas
2002 35 mil bolsas
105 mil bolsas Fonte: CNPQ, CAPES PNPG 2011-2020
2012* 13.304
2002 6.894
Fonte: PNPG 2011-2020 CAPES
Titulados em doutorado
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Edição Especial | Ano 2011
146
Ministério da Fazenda
146
Especial
Brasil se consolida como local seguro e promissor para investimentos
Nov 2011 BBB (Grau de Investimento)
Julho 2002 B+ (Grau Especulativo)
Agência S&P
2011 R$ 1.605 bilhões
2002 R$ 136 bilhões
Fonte: BM&F Bovespa
BM&F Bovespa
Fonte: S&P
Média 2012* 220 pontos
Média 2002 1.372 pontos
Risco País (EMBI+)
Fonte: JP Morgan
Média 2012* 157 pontos
Média 2002 1.910 pontos
Risco País (Credit Default Swap – CDS)
Fonte: Bloomberg
* Média de Janeiro de 2012
Elaboração: Ministério da Fazenda
147
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
147
Ministério da Fazenda
147
Especial
Elaboração: Ministério da Fazenda
Na última década, o Brasil passou a credor internacional
Dívida Externa Total Líquida
Reservas internacionais
Fonte: BC
Fonte: Banco Central do Brasil
Dívida total líquida= Dívida de curto prazo + Dívida de longo prazo - Reservas internacionais - Créditos brasileiros no exterior - Haveres de bancos comerciais
2002 US$ 165 bilhõesDez 2011 US$ -79,1 bilhões
Jan 2002 US$ 36 bi
Jan 2012 US$ 353 bilhões
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Edição Especial | Ano 2011
148
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Especial
Mesmo com guerra cambial recente, exportações brasileiras quadruplicaram em uma década
2011
US$ 60 bilhões
2002
US$ 256 bilhões
Fonte: Banco Central do Brasil
Exportações
US$ 29,8 bilhões
2011
US$ 13,1 bilhões
2002
Fonte: Banco Central do Brasil
2011
US$ 108 bilhões
2002
US$ 482 bilhões
Fonte: MDIC
Corrente de comércio*Saldo da balança comercial
* Exportações + Importações
Elaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
149
Ministério da Fazenda
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Especial
Juros reais domésticos e juros pagos no exterior atingem mínimos históricos
Fonte: Banco Central do Brasil
Jan 2002 10,99% a.a.
Dez 2011 4,14% a.a.
Taxa Selic real ex-post
31 Dez 2002 25% a.a.
31 Jan 2012 10,50% a.a.Fonte: Banco Central do Brasil
Taxa Selic Nominal
Jan 2002 12,6% a.a.
Jan 2012 3,5% a.a.Fonte: STN/MF
Taxa de emissão externa de títulos soberanos com prazo de 10 anos
* A taxa de juros real ex-post é dada pela razão entre a taxa Selic e o IPCA, ambos anualizados
Elaboração: Ministério da Fazenda
150
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
150
Ministério da Fazenda
150
Especial
Em uma década, crédito duplica em relação ao PIB. Já o crédito habitacional atinge valores recordes a cada ano
Operações de crédito do Sistema Financeiro
Desembolsos em créditos habitacionais da CAIXA
R$ 4,4 bi
R$ 84,3 bilhões
Fonte: Caixa Econômica Federal
2012*2002
26,0% PIB
49,1% PIB20112002
Desembolsos do BNDES
R$ 37,4 bi
R$ 103,4 bilhões 20112002
Fonte: Banco Central do Brasil
Fonte: Banco Central do Brasil
* Estimativas CAIXA
Elaboração: Ministério da Fazenda
151
Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
151
Ministério da Fazenda
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Especial
Solvência fiscal é garantida pela queda contínua do endividamento público e pela melhoria no perfil da dívida pública federal
Percentual da dívida indexada à taxa de juros Selic, TR e outras
Dez 2002Dez 2011
Fonte: STN/MF
43,89%
30,14%
20022012
Fonte: Banco Central do Brasil
Percentual da DPF vincendo em 12 meses
Percentual da dívida indexada à taxa de câmbio
Dívida líquida do setor público, em % do PIB
Dez 2002Dez 2011
Fonte: STN/MF
Fonte: STN/MF
Percentual da dívida pre�xada + índices de preços
60,4%
45,83%Dez 2002Dez 2011 65,50%
Fonte: STN/MF
10,28%
Dez 2006*Dez 2011
32,42%
4,37%
21,89% 36,9%
* Metodologia atual não retroage para anos anteriores a 2006
Elaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
152
Ministério da Fazenda
152
Especial
Aumento maior das despesas, em relação às receitas, se justifica pelos gastos com transferências de renda, saúde e educação
Receita Líquida Total (% PIB) Despesas Primárias (% PIB)
Fonte: STN/Ministério da Fazenda e Siga-Brasil/Senado Federal
15,7% do PIB
17,5% do PIB
Fonte: STN/Ministério da Fazenda e Siga-Brasil/Senado Federal
20122002
Transferências de renda às famílias
6,8% do PIB
8,6% do PIB
Fonte: STN/Ministério da Fazenda e Siga-Brasil/Senado Federal
20112002
17,9% do PIB
19,8% do PIB 20112002
Despesas executadas do Governo Federal na função orçamentária educação, em
R$ bilhões,a preços de janeiro 2012
Despesas executadas do Governo Federal na função orçamentária saúde, emR$ bilhões, a preço de janeiro 2012
222% em termos reais
Fonte: STN e Lei nº 12.595 de 19/01/2012
R$ 36,0 bilhões
R$ 85,4 bilhões
107% em termos reaisFonte: STN e Lei nº 12.595 de 19/01/2012
2012*2002
R$ 18,7 bilhões
R$ 68,6 bilhões 2012*
2002
* LOA 2012
Elaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Edição Especial | Ano 2011
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Ministério da Fazenda
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Especial
Por outro lado, diminuem os gastos com pessoal e encargos
Despesas com pessoal e encargos
2012*2002
4,8% PIB
4,4% PIB
Fonte: STN/Ministério da Fazenda e Siga-Brasil/Senado Federal
* LOA 2012
Elaboração: Ministério da Fazenda
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Glossário - Instituições
ANFAVEA Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
BC Banco Cental do Brasil
BIS Banco de Compensações Internacionais
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CNI Confederação Nacional da Indústria
CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
FAO Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
FED Banco Central dos EUA
FGV Fundação Getúlio Vargas
FIESP Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
FMI Fundo Monetário Internacional
IBGE Instituto Brasileiro de Georgrafia e Estatística
MDA Ministério do Desenvolvimento Agrário
MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
MDS Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
MEC Ministério da Educação
MPOG Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
NASDAQ National Association of Security Dealers Automated Quotation
RFB Receita Federal do Brasil
SAE/PR Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República
SAIN Secretaria de Assuntos Internacionais
SEAE Secretaria de Acompanhamento Econômico
SPE Secretaria de Política Econômica
STN Secretaria do Tesouro Nacional
S&P Standard & Poor's
UNCTAD Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento
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Edição Especial | Ano 2011
Glossário - Termos
CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CDS Credit Default Swap
CLT Consolidação das Leis do Trabalho
CRB Commodity Research Bureau
DI Depósito Interbancário
DPMFi Dívida Pública Mobiliária Federal Interna
EMBI+ Emerging Markets Bond Index Plus
FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador
FBCF Formação Bruta de Capital Fixo
FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
FSB Fundo Soberano do Brasil
IBC-Br Índice de Atividade Econômica do Banco Central
IED Investimento Estrangeiro Direto
IGP-DI Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna
IGP-M Índice geral de preços do Mercado
INCC-DI Índice Nacional de Custo da Construção Civil - Disponibilidade Interna
IOF Imposto Sobre Operações Financeiras
IPA-DI Índice de Preços ao Produtor - Disponibilidade Interna
IPC Índice de Preços ao Consumidor
IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo
ISM Institute of Supply Management
LDO Lei de diretrizes orçamentárias
LOAS Lei Orgânica de Assistência Social
NUCI Nível de Utilização da Capacidade Instalada
PAC Programa de Aceleração do Crescimento
PIB Produto Interno Bruto
PMC Pesquisa Mensal do Comércio
PME Pesquisa Mensal de Emprego
PMI Purchasing Managers Index
PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilios
PNPG Plano Nacional de Pós-Graduação
PRONATEC Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
RMV Renda Mensal Vitalícia
Selic Sistema Especial de Liquidação e Custódia
SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
TR Taxa de Referência
WEO World Economic Outlook/FMI
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Edição Especial | Ano 2011
Presidente da República: Dilma Vana RousseffMinistro da Fazenda: Guido MantegaSecretário Executivo: Nelson BarbosaSecretário de Política Econômica: Márcio Holland Chefe de Gabinete: Marcelo Fiche
Produção e ExecuçãoSecretaria de Política Econômica
Conselho EditorialAdriano SeabraCleomar GomesFabio GranerJosé Gilberto Scandiucci FilhoLígia Ourives
Suporte TécnicoAssessoria de Assuntos Econômicos do Gabinete do MinistroAssessoria de Comunicação Social do Gabinete do Ministro - ACSSecretaria de Assuntos Internacionais - SAIN Secretaria de Acompanhamento Econômico - SEAESecretaria do Tesouro Nacional - STNServiço Federal de Processamento de Dados - SERPRO
www.fazenda.gov.brFinalizado em 8 de Fevereiro de 2012
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ArteProjeto Gráfico: Viviane BarrosArte da capa e entre capítulos: André NóbregaDiagramação: Alline Luz e Viviane BarrosEstagiários de Design: Letícia Lopes e Weslei LopesEstagiária de Economia: Andrea Motta