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Drª Regina PariziGEAP - Fundação de Seguridade Social
Agosto – 2008
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Situação de perfeito bem-estar físico, mental e social
Definição polêmica visa uma perfeição inatingível;
A perfeição seria possível no processo de envelhecimento?
A saúde não é mais medida pela presença ou não de doenças, e sim pelo grau de preservação da capacidade funcional.
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Envelhecimento: ◦ compreende os processos de transformação do
organismo que ocorrem após a maturação sexual e que implicam a diminuição gradual da probabilidade de sobrevivência.
Longevidade:◦ número de anos vividos por um indivíduo, ou;
◦ número de anos que, em média, as pessoas de uma mesma geração ou coorte viverão; geração ou coorte é o conjunto de recém-nascidos em
um mesmo momento ou mesmo intervalo de tempo.
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Processo de envelhecimento populacional:◦ resultado do declínio da fecundidade e não da
mortalidade;
O envelhecimento populacional: ◦ inicio no final do século XIX em alguns países da
Europa Ocidental;◦ espalhou-se pelo resto do Primeiro Mundo no
século XX;◦ se estendeu, nas últimas décadas, por vários
países do Terceiro Mundo, inclusive o Brasil.
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Fecundidade no mundo:
◦ Na última metade do século XX: taxa de fecundidade total caiu para quase metade:
de 5.0 para 2.7 filhos por mulher;
◦ Na primeira metade do século XXI estima-se: queda para 2.1 filhos por mulher.
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Mortalidade no mundo:
◦ A mortalidade no mundo tem declinado, especialmente nos grupos etários avançados;
◦ Países desenvolvidos: Baixa fertilidade prevalece por significativo período
de tempo; Aumentos relativos na população idosa são
determinados por melhoria nas condições de vida desta população.
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Brasil: final dos anos 60 rapidíssima e generalizada queda da fecundidade célere processo de envelhecimento da população;
Este processo será mais rápido e com mudanças estruturais, demograficamente falando, mais profundas do que nos países do Primeiro Mundo pela seguinte razão:
◦ o declínio da fecundidade no Brasil: ritmo maior e origina-se de uma população mais jovem do que aquela dos países desenvolvidos.
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População Brasileira é de aproximadamente 180 milhões de habitante:◦ 15,2 milhões têm 60 anos ou mais;◦ 1,9 milhão tem 80 anos ou mais;
Em 2025, espera-se que a população idosa no Brasil alcance 32 milhões;
Expectativa de vida ao nascimento:◦ 69,4 anos para os homens;◦ 73,32 anos para as mulheres;
Brasileiros que têm hoje 60 anos podem esperar viver mais 18 anos.
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Fonte: IBGE (1960, 1970, 1980, 1991)
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Fonte: IBGE (2000)
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Contribuição potencial de intervenções para redução da mortalidade nos Estados Unidos (Estilo de vida,
biologia e genética, meio ambiente, sistema de saúde).
Fonte: Adaptado de Devers (1976): An Epidemiological Model for Health Policy Analysis, Soc Ind Res, 1976; Vol 2, p 465.
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A humanidade está envelhecendo com longevidade e, por conseguinte, novas tecnologias estão sendo desenvolvidas para garantir o gozo à vida por mais tempo;
Envelhecimento populacional aumento da prevalência de doenças crônicas e incapacitantes:
mudança de paradigmas no setor saúde;
Doenças do idoso: crônico-degenerativas se não forem devidamente tratadas ao longo do tempo:
◦ complicações e seqüelas que comprometem a independência e a autonomia do paciente por mais tempo.
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A saúde não é mais medida pela presença ou não de doenças, e sim pelo grau de preservação da capacidade funcional:
Quais os fatores que aumentam o risco de morte e incapacidade ?
Quais os fatores que determinam um envelhecimento saudável, com boa capacidade funcional?
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A velhice é um período da vida com uma alta prevalência de DCNT:◦ limitações físicas;◦ perdas cognitivas;◦ sintomas depressivos;◦ declínio sensorial, acidentes e isolamento social;
O principal fator de risco para mortalidade continua sendo a própria idade;
Quanto mais se vive maior é a chance de morrer.
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Doença de Alzheimer e outras demências;
Úlceras de decúbito; Hiperplasia benigna da
próstata; Catarata; Leucemia linfocítica
crônica; Diabetes tipo 2;
Gamopatias monoclonais; Osteoartrite; Osteoporose; Doença de Parkinson; Câncer de próstata; Herpes-zoster; Acidente vascular
encefálico; Incontinência urinária; Glaucoma.
Distúrbios que afetam principalmente as pessoas idosas:
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Tecnologias em saúde voltadas para o tratamento das DCNT:
◦ Quimioterapia;◦ Radioterapia;◦ Órteses e Próteses;◦ Drogas anti-hipertensivas e hipoglicemiantes;◦ Terapias hormonais;◦ Técnicas cirúrgicas cada vez mais avançadas.
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A produtividade e a prosperidade econômicas dependem de uma população saudável;
Na verdade, a esperança de vida com saúde, ou seja, o número de anos durante os quais a população vive com saúde constitui um fator de crescimento econômico importante;
Em contrapartida, os custos associados aos problemas de saúde representam um encargo real para a sociedade.
A Saúde é a maior riqueza
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As despesas de saúde deveriam, assim, começar por investimentos na promoção e prevenção, a fim de proteger a saúde geral da população;
O impacto econômico de uma melhoria da saúde, assim como os fatores econômicos ligados à saúde e à doença nem sempre são determináveis;
A Saúde é a maior riqueza
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O futuro da saúde está intimamente ligado ao conhecimento dos riscos:
◦ Regulação;◦ Monitoramento;◦ Promoção;◦ Prevenção;
A fim de proporcionar:
◦ Melhor qualidade de vida ao usuário;◦ Sobrevivência às instituições, aos planos e aos
profissionais da saúde.
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Os sistemas de cuidados de saúde enfrentam três grandes desafios comuns:
◦ envelhecimento da população;
◦ cuidados de saúde cada vez mais eficientes mas igualmente mais dispendiosos;
◦ maior nível de exigência por parte dos pacientes, que se tornaram verdadeiros consumidores de cuidados de saúde.
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O desenvolvimento das expectativas dos pacientes
Nos últimos cinqüenta anos, a procura de cuidados de saúde tem revelado uma tendência para crescer mais do que proporcionalmente ao rendimento per capita;
O nível de vida e o nível de educação têm estruturado essa procura;
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O desenvolvimento das expectativas dos pacientes
Este fenômeno tem três conseqüências:
◦ 1º- Os pacientes, com nível de educação mais elevado, podem adotar modos de vida mais saudáveis e medidas de prevenção, permitindo, a prazo, evitar o recurso a cuidados de saúde dispendiosos: aumentar as ações de prevenção e de educação;
◦ 2º- Os pacientes esperam benefícios dos sistemas de cuidados de saúde com qualidade e eficácia cada vez maiores: desenvolvimento das tecnologias de informação permite-
lhes estar melhor informados sobre a oferta de serviços de saúde e efetuar uma escolha cada vez mais consciente;
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O desenvolvimento das expectativas dos pacientes
Este fenômeno tem três conseqüências:
◦ 3º- Os pacientes desejam ser considerados parceiros e intervenientes dos sistemas de cuidados de saúde tanto pelos profissionais de saúde como pelo poder público: esperam uma maior transparência em matéria
de desempenho e de qualidade dos serviços de cuidados de saúde.
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Tripé dos cuidados de saúde e dos cuidados para as pessoas idosas e ao usuário:
◦ garantir a acessibilidade;
◦ a qualidade, e;
◦ a viabilidade financeira.
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Acessibilidade:
◦ O desenvolvimento da prevenção e da educação no domínio da saúde (proteção materna e infantil, medicina escolar e medicina do trabalho);
◦ Serviços com possibilidade de benefícios para pessoas com baixos rendimentos (planos acessíveis);
◦ A aplicação de medidas (Programas) destinadas a grupos desfavorecidos: pessoas que sofrem de perturbações mentais, idosos, alcoólicos ou toxicodependentes, etc.
Objetivos a longo prazo, o tripé do futuro da Saúde
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Qualidade:
◦ A abordagem da qualidade torna-se complexa por duas razões principais:
A diversidade das estruturas e dos níveis de oferta dos cuidados de saúde, que influenciam a procura de cuidados de saúde e, por conseguinte, o nível das despesas;
A heterogeneidade das práticas terapêuticas.
◦ É necessário observar:
Melhor relação possível entre os benefícios para a saúde e os custos gerados pelos produtos ou pelos tratamentos;
Serviços estruturados para atendimento às diferentes faixas etárias, sobretudo idosos.
Objetivos a longo prazo, o tripé do futuro da Saúde
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Viabilidade financeira:
◦ A disponibilidade de cuidados de saúde de qualidade à população exige um certo nível de financiamento;
◦ O agravamento dos custos dos cuidados de saúde faz-se sentir, independentemente do modo de organização dos sistemas de cuidados de saúde das operadoras de plano de Saúde:
Cabe a cada um propor estratégias para minimizar esses custos sempre avaliando o tripé.
Objetivos a longo prazo, o tripé do futuro da Saúde
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Viabilidade financeira:
◦ São necessárias reformas, utilizando dois tipos principais de alavanca:
A regulação da demanda: aumento das contribuições ou um aumento crescente dos custos pelo consumidor final;
A regulação da oferta: fixação de orçamentos ou dotações destinadas aos prestadores de cuidados de saúde, «contratualização» das relações entre compradores e fornecedores de cuidados de saúde.
Objetivos a longo prazo, o tripé do futuro da Saúde
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Viabilidade financeira:
◦ Todavia, torna-se muitas vezes difícil distinguir o efeito conjuntural do efeito mais estrutural deste tipo de reformas, ou seja, a capacidade de garantir um ritmo sustentável de evolução das despesas;
◦ Recomenda-se uma intensificação do intercâmbio de experiências, uma prática que permitiria realizar um balanço das políticas empreendidas e constituiria um instrumento útil de comparação e de progresso;
◦ Para alcançar estes objetivos, é necessário que todos
os intervenientes (poder público, profissionais de saúde, organismos de proteção social, organismos de seguro complementar) consigam promover parcerias sólidas.
Objetivos a longo prazo, o tripé do futuro da Saúde
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Obrigada!
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SEGRE, Marco and FERRAZ, Flávio Carvalho. O conceito de saúde. Rev. Saúde Pública, Oct. 1997, vol.31, no.5, p.538-542. ISSN 0034-8910.
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http://www.sbgg.org.br/profissional/artigos/pdf/geriatrics.pdf Geriatrics in Brazil: A Big Country with Big Opportunities Luiz E. Garcez-Leme, MD, PhD, AGSF, Mariana Deckers Leme, MD,w and David V. Espino, MD, AGSFz
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Doenças crônicas não-transmissíveis no Brasil: repercussões do modelo de atenção à saúde sobre a seguridade social Ciênc. saúde coletiva v.9 n.4 Rio de Janeiro out./dez. 2004 Aloyzio AchuttiI; Maria Inês Reinert AzambujaII
BibliografiaBibliografia