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Disciplina – Teoria Sociológica II para CSO– UFSC 2011/2
Prof. Juliana Grigoli
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TIPOS DE DOMINAÇÃO:
Na Atividade Política: Se define pelo fato de se desenrolar no interior de
um determinado território. Não é necessário que as fronteiras sejam fixas de
forma rigorosa. Podem ser variáveis. Entretanto, “sem a existência de um território que
particularize o agrupamento, não se pode falar de política.” (FREUND, 2010,p.160)
Disso decorre a separação entre interior e exterior. Essa separação é inerente ao conceito de território.
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Define também: Os que habitam no interior das fronteiras do
agrupamento adota um comportamento que se orienta segundo esse território e a comunidade correspondente.
Nesse sentido, sua atividade se acha condicionada pela autoridade encarregada da ordem, pelo uso do constrangimento.
É importante frisar que o meio da política é a força e eventualmente a violência.
A força é o seu meio específico.
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O domínio está no âmago do político e o agrupamento político é um agrupamento de domínio.
Segundo Freund, “pode-se definir a política como uma
atividade que reivindica para a autoridade instalada em um território o direito de domínio.” (FREUND, 2010, p.161)
O uso da força é legítima quando: É necessário manter a ordem interna; Defender a comunidade/sociedade de ameaças
externas.
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Assim, podemos deduzir que: “o domínio é a manifestação concreta e
empírica do poderio – Match”. (FREUND, 2010, p.161)
Weber define o poderio como a oportunidade de um indivíduo de fazer triunfar sua vontade contra as resistências.
Domínio se dá com o estabelecimento de relações sociais junto à pessoas dispostas a obedecer à ordem que lhes é dada.
Nem o poderio nem a dominação são peculiares apenas ao político, pois existem outras circunstâncias e peculiaridades – economia e pedagogia - em que o homem é levado a fazer triunfar sua vontade
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“Na base de todo domínio político existe a relação fundamental do mando e da obediência”. (FREUND, 2010, p.162)
Desde que a ordem é executada, a pessoa que domina possui a autoridade sejam quais forem as razões que levam os indivíduos a se submeterem a um determinado grupo ou ao Estado.
A obediência significa que os membros de uma sociedade agem de acordo com a ordem. Definindo assim seus comportamentos sociais.
O mando é fator de organização do agrupamento, fortemente estruturada , administrada e regulada por leis, normas e regras.
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A relação entre mando e a obediência faz com que o domínio todo domínio seja exercido por um pequeno grupo que se impõe à maioria.
A natureza e o número de atos que os governos dissimulam podem variar de um regime para outro.
Mas, não existe domínio que não mantenha segredo em torno de alguns pontos essenciais.
O poderio que um grupo exerce se faz acompanhar – orgulho e soberba - que pode assumir caráter conquistador.
Podemos a partir dessas contribuições de Weber podemos analisar:
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Como certo número de estruturas políticas estabelecem relações com outros grupos ou sociedades a partir das concepções de:
“grande potência”, nação ou de imperialismo.
Assim, podemos deduzir que: “todo poderio político é um pretendente
potencial ao prestígio”. (FREUND, 2010, p.163) Papel histórico que se define:
Nação de glórias!!!!!! Uma Nação que encontra soluções para seus problemas e necessidades e se impõe em relação aos outros Estados-Nação.
E dessa forma exercem influências sobre as relações internacionais.
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Para Weber, o imperialismo significa uma necessidade de prestígio.
A Nação é antes de mais nada a expressão de uma potência que tem por base o prestígio.
Assim, o prestígio de um poderio e o da cultura caminham juntos.
O programa humanitário e igualitário de certos partidos são organizações de poderio.
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Weber define programas humanitários como:
socializações que tem por base um recrutamento livre de indivíduos.
Objetivo principal é o de proporcionar aos dirigentes o poderio junto a um agrupamento político.
E dos militantes - de mobilizar vantagens associadas aos seus objetivos ou à vantagens pessoais.
Como os partidos políticos estabelecem o poder?
E por quê?
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Os partidos são socializações – constituem relações sociais.
Possuem um objetivo preciso, com a realização de um programa e de negociações – com outros partidos, grupos empresariais, grupos sociais, o Estado e suas instituições.
Constituem uma espécie de empresa destinado a exercer poder e a instituir o domínio.
Como manifestam seu poder? Racional-legal, tradicional ou carismáticos. Os partidos são organizações de lutas e
negociações e sua eficácia no campo político depende do prestígio do chefe que o dirige.
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Em geral essas organizações são de puro patronato em benefício de interesses materiais.
Os três tipos de legitimidade: Para Weber há três tipos de domínio legítimo: Domínio legal – é de caráter racional – crença na
validade dos regulamentos estabelecidos racionalmente e na legitimidade dos chefes designados nos termos da lei. É impessoal.
Reconhece-se o domínio legal pelas seguintes características:
Direito e a justiça. Regulam as relações dos chefes, dos grupos e dos indivíduos.
Burocracia
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Domínio tradicional
Tem por base a crença nas tradições em vigor e na legitimidade dos que são chamados ao poder em virtude de costume.
Domínio carismático
Repousa no abandono dos membros ao valor pessoal de um indivíduo que se distingue por suas características – santidade, heroísmo, honestidade, confiabilidade.
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Todo domínio carismático implica na entrega dos indivíduos à pessoa do chefe, que se acredita predestinado a uma missão.
Seu fundamento é emocional e não racional. O carisma é a ruptura da continuidade – legal ou
tradicional. Quebra as instituições, põe em dúvida a ordem
estabelecida Institui uma nova forma de relações sociais e de
relações de poder.
Um domínio carismático dificulta o exercício do domínio racional-legal. Burla-se leis e instituições, altera-se as regras burocráticas.
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A Burocracia É o tipo mais característico de domínio legal. Tem como princípios a correspondência as
estruturas próprias da modernidade. Anteriormente – Egito, Roma, China tinha-se a
presença da burocracia, mas a forma eram diferentes da atual.
As burocracias antigas tinham um caráter essencialmente patrimonial – os funcionários não tinham garantia de estabilidade, tampouco de um salário/remuneração pelos serviços prestados.
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Portanto o debate de Weber está centrado na burocracia moderna, que desenvolveu-se com a economia financeira moderna.
A democracia moderna é mais complexa porque...
Tem a presença do direito. A importância do fenômeno de massa As facilidades de comunicações e centralizações
das empresas. A extensão da intervenção estatal aos domínios
mais diversos. Desenvolvimento da racionalização técnica.
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O que interessa a sociologia?
As transformações impulsionadas pela burocracia nas sociedades modernas.
Em que medida a burocracia contribuiu para a formação e consolidação de uma cultura moderna?
Nivelamento Plutocratização. Impessoalidade. Espírito formalista, pautado em processos. Instituição de noras, regras e estatutos.
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Numa concepção de dominação tradicional a burocracia assume a forma patrimonialista.
Não é código constitucional que determina as regras burocráticas, mas
A pessoa do soberano que perpetua o “eterno ontem”.
A disciplina se dá por sujeição e obediência. A autoridade é fundamentalmente pessoal e
não racional. Não há uma separação clara entre a esfera
privada e a esfera oficial.
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Em síntese:
A característica fundamental do domínio patrimonial consiste em:
Um sistema cujas oportunidades residam em geral de alto a baixo na escala na apropriação privada na maioria das funções.” (FREUND, 2010,p.175)
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E por fim: O domínio carismático é sobretudo o meio mais
freqüente de subverter ou abolir o regime tradicional ou racional.
Está ligado as revoluções, a importância de um líder ou um chefe para orientar o processo de transformação de um sociedade.
No entanto é frágil, porque está centrado numa pessoa.
A conseqüência dessa prática é fundar uma tradição.
Ou fundar um regime racional.