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Diagnóstico Social de Monção
Outubro de 2012
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Trabalho realizado por:
Núcleo Executivo da Rede Social de Monção
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
I - Índice
II – Introdução…………………………………………………………………………………………………………..……………………………………………. 5
III – Sumário Executivo…………………………………………………………………………………………………………………………………………... 5
IV – Metodologia……………………………………………………………………………………………………………………………………………………. 6
V – Capítulos por problemáticas…………………………………………………………………………………………………………………………….. 7
Capítulo 1 | Demografia/População………………………………………………………………………………………………………………………. 8
Evolução da população residente …………………………………………………………………………………………………………………..………. 9
Estrutura etária da população…………………………………………………………………………………………………………….…………………. 11
Evolução da população residente nas freguesias e estrutura etária………………………………………………………………………. 14
As migrações e a população estrangeira……………………………………………………….……………………………………………….……… 17
Capítulo 2 | Habitação…………………………………………………………………………………………………………………………………………. 20
Habitação social ………………………………………………………………………………………………………………………………………….……….. 21
Capítulo 3 | Educação…………………………………………………………………………………………………………………………………………… 22
Situação atual……………………………………………………………………………………………..………………………………………..………………. 23
Perspetiva global da rede escolar no concelho……………………………………………………………………………………………………… 24
Ensino pré-escolar…………………………………………………………………………………………………………………………………………………. 25
Ensino básico…………………………………………………………………………………..……………………………………………………………...……. 26
Ensino secundário e profissional de jovens……………………………………………………………………………………………………….…… 27
Educação e formação de adultos……………………………………………………………………………………………………..……………………. 28
Qualificação profissional……………………………………………………………………………………………………………………………….………. 31
Capítulo 4 | Cultura | Associativismo | Equipamentos Desportivos e Recreativos……………………………………………… 32
Despesas Correntes ………………………………………………………………………………………………………………………..……………………. 33
Espaços culturais………………………………………………………………………………………………………………………………..…………………. 34
Associativismo………………………………………………………………………………………………………………………………………………………. 36
Espaços de desporto e lazer……………………………………………………………………………………………………………………………….…. 37
Capítulo 5 | Saúde………………………………………………………………………………………………………………………………….……………. 39
Organização do Serviço Nacional de Saúde no Distrito ……………………………………………………………………….………………… 40
Organização do Serviço Nacional de Saúde no Concelho ……………………………………………………………………………………… 41
População inscrita no Centro de Saúde de Monção………………………………………………………………………………….…………… 41
Recursos de saúde………………………………………………………………………………………………………………………………………………… 43
Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados ……………………………………………………………………………………………. 44
População com deficiência……………………………………………………………………………………………………………………………………. 45
Capítulo 6 | Ação Social……………………………………………………………………………………………………………………………………..… 47
Estruturas privadas e instituições particulares de solidariedade social………………………………………………………………..… 48
Respostas sociais para a 1.ª infância……………………………………………………………………………………………………………………… 49
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Respostas sociais para a população idosa……………………………………………………………………………………………………………… 50
Sistema Telealarme ……………………………………………………………………………………………………………………………………………… 51
Prestações sociais…………………………………………………………………………………………………………………………………………………. 52
Rendimento social de inserção………………………………………………………………………………………………………………… 52
Complemento solidário de idosos…………………………………………………………………………………….……………………… 53
Prestações familiares …………………………………………………………………………………………………………………………..…. 54
Pensões……………………………………………………………………………………………………………………………..……………………. 55
Comissão de proteção de crianças e jovens…………………………………………………………………………………………………………… 57
Banco local de voluntariado …………………………………………………………………………….…………………………………………………… 59
Universidade sénior………………………………………………………………………………………………………………………………………………. 61
Capítulo 7 | Segurança……………………………………………………………………………………………………………………………………….... 63
Segurança………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..……. 64
Capítulo 8 | Atividade Económica e Emprego………………………………………………………………………………………………………. 65
Emprego…………………………………………………………………………………………………………………………………………….…………………. 66
Desemprego…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………. 68
Tecido empresarial………………………………………………………………………………………………………………………………………….……. 71
Zonas empresariais…………………………………………………………………………………………………………………………………………….…. 72
Capítulo 9 | Ambiente…………………………………………………………………………………………………………………………………….……. 74
Água………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..……………. 75
Saneamento básico…………………………………………………………………………………………………………………………………….…………. 75
Resíduos ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………. 76
Acessibilidades ……………………………………………………………………………………………………………………………………………..……… 77
V2 – Apresentação e interpretação da informação recolhida…………………………………………………………………………..…. 79
VI – Conclusões e Prioridades………………………………………………………………………………………………………………………………. 82
VII - Anexos
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
II | Introdução
O Conselho Local de Ação Social de Monção tem desenvolvido, desde 2004, um esforço para a implementação de
estratégias de planeamento que espelhem uma reflexão partilhada dos problemas pelos diferentes parceiros
sociais, numa ótica que permita uma conceção de intervenções continuadas e sustentadas no combate à pobreza e
exclusão social. Ao longo dos anos, tem-se procurado desenvolver uma parceria efetiva e dinâmica que articulasse
a intervenção social dos diferentes agentes locais, promovesse um planeamento integrado e sistemático,
potenciasse competências e recursos locais e incentivasse a responsabilização.
O Diagnóstico Social de 2012 assume-se, assim, como um instrumento desta metodologia de planeamento
estratégico, que procura proporcionar reflexões/interpretações das causas das principais problemáticas que
assolam o concelho, bem como ter em consideração a sua evolução passada e perspetivas de desenvolvimento.
Consubstancia um conjunto de problemas estruturais com base numa visão interpretativa da situação social
monçanense, definindo prioridades de intervenção, tendo em linha de conta uma análise cuidada dos recursos,
oportunidades e ameaças concelhias.
III | Sumário Executivo
O presente documento foi realizado pelo Conselho Local de Ação Social de Monção com a colaboração dos seus
diferentes parceiros sociais e procura assumir-se como um guião orientador para a elaboração do Plano de
Desenvolvimento Social do concelho de Monção.
A organização e execução do documento foram levadas a cabo pelo Núcleo Executivo da Rede Social, constituído
pelos seguintes elementos: Município de Monção, Centro de Saúde de Monção, Segurança Social, representante
das instituições particulares de solidariedade social e representante das juntas de freguesia.
Este documento está organizado em nove capítulos:
O capítulo 1 apresenta uma série de estatísticas demográficas sobre o concelho de Monção, abordando a evolução
da população residente a nível concelhio e freguesia, a sua estrutura etária, caracterizando igualmente a população
estrangeira residente no concelho. Cada um destes pontos é objeto de uma análise à luz dos resultados provisórios
dos Censos 2011, estatísticas territoriais, indicadores demográficos e recenseamento da população do Instituto
Nacional de Estatística e da base de dados disponibilizada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
No capítulo 2 procura descrever a situação da habitação social a nível concelhio e as principais intervenções nesta
área, permitindo uma reflexão que poderá orientar futuras propostas de intervenção.
O capítulo 3 caracteriza a população residente no que concerne à escolaridade e analisa a situação atual ao nível da
educação, permitindo uma visão global da rede escolar concelhia e uma apreciação acerca da cobertura dos
estabelecimentos de ensino. Os dados utilizados para esta análise foram recolhidos junto do Gabinete de
Estatística e Planeamento da Educação do Ministério da Educação, da Divisão da Educação e das Atividades Sociais
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
e Desportivas do Município de Monção, do Anuário de Estatísticas Regionais, das Instituições Particulares de
Solidariedade Social e estabelecimentos de ensino, bem como do Instituto Nacional de Estatística.
O Capítulo 4 apresenta alguns dos espaços culturais do nosso concelho, descrevendo as suas valências e as
atividades que aí têm lugar. Mostra, igualmente a dinâmica do tecido associativo monçanense e faz menção aos
espaços de desporto e lazer existentes no concelho.
No capítulo 5 procede-se à caracterização do sistema nacional de saúde no distrito e no nosso concelho,
enfatizando alguns dos programas e projetos implementados nesta área. Este capítulo apresenta igualmente uma
caracterização da população com deficiência e as respostas existentes. Os dados utilizados para esta análise foram
recolhidos junto da Rede Social de Monção, das Instituições Particulares de Solidariedade Social, do Centro de
Saúde de Monção – ULSAM e do Instituto Nacional de Estatística.
O Capítulo 6 caracteriza as diferentes respostas sociais existentes no concelho para a infância e para a população
idosa e respetiva taxa de cobertura. Dão-se a conhecer, simultaneamente, as diferentes prestações sociais e
caracterizam-se os respetivos beneficiários. Para a elaboração deste capítulo foi consultada a Carta Social,
auscultada a Segurança Social e foram recolhidas informações junto das Instituições Particulares de Solidariedade
Social, da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e da Divisão da Educação e das Atividades Sociais e
Desportivas do Município de Monção.
No Capítulo 7 faz-se referência ao corpo da força de segurança local, Guarda Nacional Republicana, e uma análise
às questões da criminalidade no concelho, tendo por base os dados disponibilizados pela GNR e pelo Instituto
Nacional e Estatística.
O Capítulo 8 analisa a população de Monção face à sua situação perante o emprego, caracteriza o tecido
empresarial de Monção e as suas zonas industriais, à luz da informação disponibilizada pelo Município de Monção,
Instituto de Emprego e Formação Profissional e pelo Instituto Nacional de Estatística.
O Capítulo 9 deste diagnóstico aborda a qualidade ambiental do concelho, tendo em consideração indicadores
como: a água, o saneamento básico, os resíduos. Os dados utilizados para esta análise foram recolhidos junto da
Divisão de Serviços Urbanos do Município. Neste capítulo é igualmente efetuada uma referência às acessibilidades,
através da informação disponibilizada pelo Município de Monção.
IV | Metodologia
As etapas metodológicas utilizadas na elaboração do Diagnóstico Social do concelho foram selecionadas tendo em
vista o alcance de um diagnóstico social local participado, baseando-se para isso em contributos bastantes
diversificados no que diz respeito aos procedimentos de recolha empírica e estratégias participativas selecionadas.
Com o objetivo de reunir um retrato da situação social atual do concelho de Monção, optou-se por realizar uma
recolha de alguma informação estatística publicada que pudesse sustentar qualquer análise dos temas
selecionados, acarretando um contributo quantitativo de análise. Procedeu-se, assim a uma recolha de indicadores
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
vários de natureza quantitativa e qualitativa que descrevessem as áreas temáticas em análise e permitissem o seu
tratamento e interpretação. Foi utilizado um conjunto vasto de fontes, destacando-se o Instituto Nacional de
Estatística, os diferentes Ministérios, o Instituto de Emprego de Formação Profissional, bem como outros trabalhos
realizados por entidades locais ou regionais.
Complementarmente procurou-se recolher junto dos nossos parceiros sociais, informação referente aos seus
principais problemas identificados no território de forma a induzir um diagnóstico participado e promover o
envolvimento de todos os agentes implicados. Para atingir esse objetivo efetuou-se uma sessão de trabalho
participado, cujo objetivo era identificar os principais problemas do concelho e agrupá-los em grandes temáticas.
Para isso utilizou-se uma técnica de visualização denominada ‘Nuvem de Problemas’.
Num segundo momento, foi aplicada uma técnica de hierarquização da priorização da intervenção. Esta técnica
revelou-se simples e útil em termos de visualização, realçando os problemas que, no entendimento dos parceiros,
seriam de urgente resolução
Na terceira etapa deste processo, constituíram-se grupos de trabalho para proceder à análise dos problemas
identificados através da análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Oportunities and Treats), que em português se
traduz por FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças). Esta técnica de análise, muito utilizada em
planeamento para o conhecimento da realidade social, permitiu organizar o diagnóstico salientando quais os
pontos positivos e que devem ser ressaltados; quais os itens entendidos como pontos negativos, sobre os quais se
deve agir para controlar e minimizar o seu efeito e quais as ameaças e oportunidades externas referentes à
realidade do concelho.
Desta forma, durante todo o processo de execução, procurou-se impulsionar uma metodologia participativa e
planeada, onde os interventores locais tiveram voz ativa na análise estrutural e causal dos fenómenos sociais sobre
os quais se deseja intervir.
V | Capítulos temáticos | Problemáticas sectoriais
Para a caracterização da situação atual do concelho, recorreu-se à identificação de nove domínios temáticos que
configuram a dinâmica do desenvolvimento e coesão social, considerados pelo Núcleo Executivo como
abrangentes da realidade local: Demografia/população, Habitação, Educação e formação, Cultura, Saúde, Ação
Social, Segurança, Atividade Económica e Emprego e Ambiente. Para cada um destes domínios foi efetuado um
levantamento da informação estatística disponível nas fontes supracitadas e escrutinado o levantamento dos
problemas identificados pelos vários atores sociais.
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1 |Demografia/População
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1 | Demografia / População
A situação demográfica que se apresenta vem dar continuidade aos dados apresentados no Diagnóstico Social do
programa da Rede Social de 2004, atualizando essa informação e espelhando as mudanças ocorridas. Para
proceder a este escrutínio foram tidas em conta as estatísticas demográficas do Instituto Nacional de Estatística, as
projeções do Departamento de Estatísticas Demográficas e Sociais do INE e a informação da base de dados do
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Evolução da população residente
O concelho de Monção evidencia desde 1991, uma perda progressiva da sua população residente1. A população
residente no concelho em 2011 era de 19230 indivíduos, apresentando uma densidade populacional2 de 91
habitantes por km/2, sendo que 54,25% são do sexo feminino e 45,35% do sexo masculino, o que representa um
decréscimo de 2,43% em relação ao valor apurado através dos censos de 2001 (19708 indivíduos) e de 12,3% em
relação à população residente em 1991 (21932 indivíduos).
Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Estatísticas territoriais
No espaço de uma década, o concelho perdeu mais de 400 habitantes. Em 2010, em resultado de uma taxa de
crescimento migratório3 de 0,13% e de uma taxa de crescimento natural
4 de valor negativo de 0,91%, a taxa de
1 População residente: Conjunto de pessoas que, independentemente de estarem presentes ou ausentes num determinado
alojamento no momento de observação, viveram no seu local de residência habitual por um período contínuo de, pelo menos, 12 meses anteriores ao momento de observação, ou que chegaram ao seu local de residência habitual durante o período correspondente aos 12 meses anteriores ao momento de observação, com a intenção de aí permanecer por um período mínimo de um ano. 2 Densidade Populacional: Intensidade do povoamento expressa pela relação entre o número de habitantes de uma área
territorial determinada e a superfície desse território (habitualmente expressa em número de habitantes por quilómetro quadrado). 3 Taxa de crescimento migratório: Saldo migratório observado durante um determinado período de tempo, normalmente um
ano civil, referido à população média desse período (habitualmente expressa por 100 (10^2) ou 1000 (10^3) habitantes).
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
crescimento efetivo5 foi de valor negativo 0,78%. A taxa de crescimento natural do concelho, nos últimos 10 anos,
assumiu sempre valores negativos. Verificou-se uma redução do número de nascimentos, muito mais acentuada do
que ao nível dos óbitos.
Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Indicadores demográficos
A taxa bruta de natalidade6 decaiu de 7,2%, em 2007, para 6,1%, em 2010, variando a taxa bruta de mortalidade
7
entre 15,2% e 16,3%, para o mesmo período de referência.
Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Estatísticas demográficas
4 Taxa de crescimento natural: Saldo natural observado durante um determinado período de tempo, normalmente um ano civil,
referido à população média desse período (habitualmente expressa por 100 (10^2) ou 1000 (10^3) habitantes). 5 Taxa de crescimento efetivo: Variação populacional observada durante um determinado período de tempo, normalmente um
ano civil, referido à população média desse período 6 Taxa bruta de natalidade: Número de nados vivos ocorrido durante um determinado período de tempo, normalmente um ano
civil, referido à população média desse período 7 Taxa bruta de mortalidade: Número de óbitos observado durante um determinado período de tempo, normalmente um ano
civil, referido à população média desse período
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
O índice sintético de fecundidade (ISF)8 que, em 2010, a nível nacional, se situou em 1,4 crianças por mulher,
registou uma tendência inferior na sub-região Minho-Lima, atingindo o valor de 1 criança por mulher na mesma
referência temporal, o valor mais baixo observado na zona Norte, com a exceção de Trás-os-Montes. A idade
média da mulher ao nascimento do primeiro filho no Minho-Lima foi, em 2010, de 29 anos (28,9 média nacional) e
a idade média da mulher ao primeiro casamento foi de 28,8 anos (29,2 média nacional).
Comparativamente com a evolução demográfica da sub-região Minho Lima, o concelho de Monção assume a
tendência da sub-região no que diz respeito à perda de população, mas de uma forma mais acentuada com uma
variação negativa de 12,3%.
Quadro 1 – Evolução da população residente na sub-região Minho-Lima
1991 2001 2011 Variação nos últimos 20 anos
Minho-Lima 252189 248392 244836 -2,9
Arcos de Valdevez 27079 24474 22847 -15,6
Caminha 16322 16934 16684 2,2
Melgaço 11025 9862 9213 -16,4
Monção 21932 19708 19230 -12,3
Paredes de Coura 10462 9468 9198 -12,1
Ponte da Barca 13227 12810 12061 -8,8
Ponte de Lima 43916 43993 43498 -1
Valença 14894 14058 14127 -5,1
Viana do Castelo 84032 88307 88725 5,6
Vila Nova de Cerveira 9183 8778 9253 0,8
Fonte: INE – Resultados provisórios dos Censos de 2011 e estatísticas territoriais
Nos últimos vinte anos esta sub-região perdeu cerca de 3% da sua população (7353 indivíduos) à semelhança de
todos os outros concelhos, com a exceção dos concelhos de Caminha, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira,
onde se observou uma variação positiva.
Estrutura etária da população
A evolução da população residente tem vindo a denotar um continuado envelhecimento demográfico, como
resultado das tendências de aumento da longevidade e de declínio da fecundidade.
Refira-se que no concelho de Monção, nos últimos três anos, a taxa de fecundidade9 decaiu de 31,4% para 26,8%.
8 Índice Sintético de Fecundidade (ISF): Número médio de crianças vivas nascidas por mulher em idade fértil (dos 15 aos 49 anos
de idade), admitindo que as mulheres estariam submetidas às taxas de fecundidade observadas no momento. Valor resultante
da soma das taxas de fecundidade por idades, ano a ano ou grupos quinquenais, entre os 15 e os 49 anos, observadas num
determinado período (habitualmente um ano civil). 9 Taxa de fecundidade: Número de nados vivos observado durante um determinado período de tempo, normalmente um ano
civil, referido ao efetivo médio de mulheres em idade fértil (entre os 15 e os 49 anos) desse período (habitualmente expressa
em número de nados vivos por 1000 (10^3) mulheres em idade fértil).
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
11,3%13,7%
50,3%
24,8%
10,8% 9,2%
51,8%
28,2%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 e mais anos
Gráfico 4 - Estrutura etária da população em 2001 e 2011
2001
2011
Fonte: INE – População Residente, recenseamento da população e habitação
Analisando a estrutura etária da população residente, verifica-se que em 2011 era composta por 10,8% de
crianças/jovens com menos de 15 anos de idade (2081 indivíduos), 28,24% de idosos (5431 indivíduos com 65 ou
mais anos) e 61% de população em idade ativa, com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos (11718
indivíduos). Estes registos refletem diretamente o processo de envelhecimento progressivo da população residente
que atinge, quer a base, com uma perda na ordem dos 4,98%, quer o topo da pirâmide etária, com um acréscimo
de 3,49%, desde os Censos de 2001. Em 2001, a população com menos de 15 anos representava cerca de 11,3% da
população residente, ao passo que 2011 atingia os 10,8%. A população idosa passou, entre 2001 e 2011, de 24,8%
para 28,2% do total de residentes. A diminuição das camadas mais jovens e o aumento dos mais idosos é um traço
característico desta evolução demográfica.
Numa análise da sub-região Minho-Lima, constata-se que o concelho de Monção apresenta uma proporção de
pessoas com mais de 65 anos (28,2%) superior à sub-região Minho-Lima (23,2%), Norte de Portugal (17,2%) e
média nacional (19,1%). Esta situação é agravada pelo facto de a estrutura etária mais baixa (0-14 anos), ser
inferior à média nacional em 4,1 pontos percentuais.
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Resultados provisórios dos Censos de 2011
O processo do envelhecimento é assim cada vez mais uma questão determinante na configuração do concelho. A
relação entre o número de idosos e de jovens tem vindo a traduzir-se, progressivamente, num aumento do índice
de envelhecimento10
desde 1991. Se no concelho de Monção em 1991 tínhamos 114 idosos por cada 100 jovens,
atualmente esse valor teve um crescimento substancial, na ordem dos 229%, verificando-se uma proporção de 261
idosos por cada 100 jovens.
Fonte: INE – Estimativas Anuais de População Residente e Resultados provisórios dos Censos de 2011
Segundo as estimativas anuais do Instituo Nacional de Estatística e comparativamente com a sub-região Minho-
Lima, cuja proporção média se situava, no ano de 2011, de 175 idosos para 100 jovens, Monção apresenta o 3.º
maior índice de envelhecimento, logo a seguir ao concelho de Arcos de Valdevez e Melgaço. A análise do indicador
índice de dependência total permite uma melhor perceção sobre o esforço que a sociedade monçanense exerce
10
Índice de Envelhecimento: Relação existente entre o número de idosos (população com 65 ou mais anos) e o número de
jovens (população com 0-14 anos). Exprime-se habitualmente pelo número de idosos por cada 100 pessoas com 0-14 anos.
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
sobre a população ativa. Na última década, verificou-se que o índice de dependência total11
rondou os 53, o que
significa que, por cada 100 pessoas em idade ativa, existem, 53 dependentes. A menos que se verifique uma
inversão da diminuição da natalidade, este indicador tenderá a agravar-se. O agravamento do índice de
dependência total desde 1991 está diretamente relacionado com o aumento do índice de dependência de idosos12
que subiu de 38,7 em 2001 para 46 em 2011, agravando-se cerca de 19%. O índice de dependência de jovens13
teve, no mesmo período, um comportamento contrário, assinalando uma diminuição de 17,6 para 15,6.
Neste sentido, e atendendo às alterações demográficas acima espelhadas é necessário definir um plano de
intervenção para a área do envelhecimento, o que pressupõe reconsiderar as políticas de atuação atuais e pensar
preventivamente.
Evolução da população residente nas freguesias e estrutura etária
Analisando a evolução da população residente à escala das freguesias no período de 2001-2011, constata-se que a
diminuição foi particularmente marcante nas freguesias do Vale do Mouro e do Vale do Gadanha, em benefício do
Vale do Minho, único a apresentar uma variação positiva para a mesma referência temporal, tal como se pode
constatar no Mapa 1 apresentado abaixo.
Mapa 1 – Variação da população nas freguesias entre 2001 e 2011 (%)
Fonte: INE –Censos
11
Índice de dependência total: Relação entre a população jovem e idosa e a população em idade ativa. Definido habitualmente
como a relação entre a população com 0-14 anos conjuntamente com a população com 65 ou mais anos e a população com 15-
64 anos. 12
Índice de Dependência de Idosos: Relação entre o número de idosos e a população em idade ativa. Definido habitualmente
como a relação entre a população com 65 ou mais anos e a população com 15 – 64 anos. 13
Índice de dependência de jovens: Relação entre a população jovem e a população em idade ativa, definida habitualmente
como o quociente entre o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos e o número de pessoas com
idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos (expressa habitualmente por 100 (10^2 ) pessoas com 15-64 anos).
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Em relação ao peso de cada um dos vales para o total da população do concelho, entre 2001 e 2011, o Vale do
Mouro passou de 27,93% para 25%, o Vale do Gadanha de 24,24% para 22,50% e o Vale do Minho cresceu de
47,84% para 52,58%.
Quadro 2 – População residente por freguesia em 2001 e 2011 e variação
Freguesias Total HM Variação
(%)
0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 e mais anos
2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011
Vale do Minho 9546 10112 3,9 1259 1240 1382 1012 4833 5437 2072 2423 Barbeita 1057 1016 -3,9 113 89 163 98 520 534 261 295 Bela 685 698 1,9 98 81 79 65 331 340 177 212 Cortes 1080 1518 40,6 162 231 141 150 566 876 211 261 Lapela 248 223 -10,1 20 13 41 16 123 115 64 79 Longos
Vales 1101 989 -10,2 133 93 160 107 533 496 275 293
Mazedo 1428 1859 30,2 231 278 200 206 774 1054 223 321 Monção 2561 2469 -3,6 320 300 378 229 1278 1304 585 636 Troporiz 297 274 -7,7 34 35 42 27 144 141 77 71 Troviscoso 1089 1066 -2,1 148 120 178 114 564 577 199 255
Vale do Gadanha 4837 4327 -11,3 552 449 605 385 2337 2170 1343 1323 Abedim 260 205 -21,2 19 17 36 11 125 106 80 71 Anhões 196 140 -28,6 16 8 11 7 95 52 74 73 Barroças e
Taias 356 319 -10,4 53 44 43 34 177 153 83 88
Cambeses 484 496 2,5 57 62 69 53 227 271 131 110 Lara 355 266 -25,1 44 26 53 27 149 129 109 84 Lordelo 141 116 -17,7 7 8 23 6 69 64 42 38 Luzio 151 120 -20,5 9 1 12 10 65 47 65 62 Moreira 709 615 -13,3 79 59 100 52 353 324 177 180 Parada 112 107 -4,5 15 8 20 17 49 57 28 25 Pias 944 854 -9,5 114 100 108 74 469 430 253 250 Pinheiros 372 345 -7,3 44 44 50 26 183 179 95 96 Portela 213 242 13,6 17 20 26 19 104 118 66 85 Sago 266 225 -15,4 34 22 25 18 137 103 70 82 Trute 278 277 -0,4 44 30 29 31 135 137 70 79
Vale do Mouro 5573 4791 -14,3 564 392 683 363 2734 2351 1592 1685 Badim 225 178 -20,9 28 15 24 19 109 65 64 79 Ceivães 574 492 -14,3 49 35 74 42 279 243 172 172 Merufe 1237 1097 -11,3 109 96 161 71 604 555 363 375 Messegães 329 253 -23,1 36 18 38 18 171 126 84 91 Podame 321 278 -13,4 30 24 37 25 162 138 92 91 Riba de
Mouro 1111 964 -13,2 131 81 130 82 548 470 302 331
Sá 233 200 -14,2 31 17 30 19 103 102 69 62 Segude 389 356 -8,5 42 35 66 24 192 197 89 100 Tangil 936 768 -17,9 82 61 101 46 455 346 298 315 Valadares 218 205 -6,0 26 10 22 17 111 109 59 69
Fonte: INE – Recenseamento da População e Habitação, 2011
Como se pode observar no Quadro 2, as freguesias do Vale do Minho tiveram um ganho de população na ordem do
3,9% (acréscimo de 566 habitantes). Porém, a variação assumiu contornos bastante distintos entre as freguesias
que compõem este vale. As freguesias de Cortes (40,6%), Mazedo (30,2%) e Bela (1,9%) são as únicas a apresentar
uma variação positiva, em oposição às freguesias de Longos Vales (-10,2%), Lapela (-10,1%), Troporiz (-7,7%),
Barbeita (-3,9%), Monção (-3,6) e Troviscoso (-2,1%). Tem-se assistido assim, ao longo dos anos, a um
16
Diagnóstico Social | Monção | 2012
despovoamento das freguesias mais periféricas, enquanto o crescimento se vai manifestando nas áreas mais
centrais e limítrofes à sede do concelho.
O grupo de freguesias do Vale do Mouro assistiu a uma variação da sua população na ordem dos -14,4%,
correspondendo a uma perda populacional de 566 habitantes. Com uma perda muito acentuada apresentam-se as
freguesias de Messegães (-23,1%), Tangil (-17,9%), Ceivães (-14,3%), Sá (-14,2%), Podame (-13,4%), Riba de Mouro
(-13,2%), Merufe (-11,3%), Segude (-8,5%) e Valadares (-6%).
O grupo de freguesias correspondente ao Vale do Gadanha teve, por sua vez, uma perda populacional de -11,3%,
correspondendo a um decréscimo de 510 habitantes. Todas as suas freguesias apresentaram uma variação
negativa, à exceção de Cambeses e Portela, com ganhos na ordem dos 2,5% e 13,6%, respetivamente. Em termos
gerais as variações populacionais situaram-se nos seguintes valores: Anhões (-28,6), Lara (-25,1), Abedim (-21,2),
Luzio (-20,5%), Lordelo (-17,7%), Sago (-15,4%), Moreira (-13,3%), Barroças e Taias (-10,4%), Pias (-9,5%), Pinheiros
(-7,3%), Parada (-4,5%) e Trute (-0,4%).
A desertificação alastra-se a uma parte significativa do concelho, contrastando com o aumento da densidade
populacional verificado em algumas freguesias. A distância em relação à sede do concelho, o acesso à rede viária
principal e a oferta de habitação e serviços, são as principais razões que norteiam a movimentação da população
das freguesias. Agravou-se, assim, o desequilíbrio na distribuição da população. As freguesias centrais e limítrofes à
sede do concelho registaram indicadores de densidade populacional mais elevados que as das freguesias mais
periféricas. Este padrão tem vindo a reforçar-se na última década.
Analisando a estrutura etária das freguesias, na última década, repara-se no fenómeno do duplo envelhecimento
da população das freguesias, caracterizado pelo aumento da população idosa e pela redução da população jovem,
nas freguesias de Badim, Barbeita, Barroças e Taias, Lapela, Longos Vales, Merufe, Messegães, Monção, Moreira,
Riba de Mouro, Sago, Segude, Tangil, Troviscoso, Trute e Valadares. Contudo, há freguesias que assistem à
diminuição da sua população em todos os escalões etários como são os casos das freguesias de Abedim, Anhões,
Lara, Luzio, Pias, Podame e Sá. As duas únicas exceções de ganho populacional em todos os escalões etários, já
mencionadas anteriormente, são as freguesias de Cortes e Mazedo, apresentando por isso os dois índices de
envelhecimento mais baixos do concelho, abaixo da média concelhia (com 261 idosos por cada 100 jovens) e do
valor médio da sub-região Minho Lima (com 175 idosos por cada 100 jovens).
O Mapa 2, elaborado a partir dos censos de 2011, sobre o índice de envelhecimento da totalidade das freguesias, é
suficientemente elucidativo deste fenómeno de envelhecimento populacional.
17
Diagnóstico Social | Monção | 2012
Mapa 2 – Índice de Envelhecimento nas freguesias, 2011
Fonte: INE – Recenseamento da População e Habitação, 2011
A análise ao nível das freguesias permite constatar que mais de 75% das freguesias apresentam índices de
envelhecimento acima da média concelhia, destacando-se negativamente as freguesias de Anhões (913), Valadares
(690), Luzio (620) e Lapela (608), com os 4 índices mais elevados.
As migrações e a população estrangeira
Fazendo uma breve análise do movimento migratório, pode considerar-se que até finais da década de 60 Portugal
caracterizou-se por ser um país de índole predominantemente emigratória. Só no início da década de 80 é que se
verificou um forte aumento do número de estrangeiros residentes em Portugal. Observou-se a entrada e
permanência de um considerável número de emigrantes oriundos principalmente de Espanha, Inglaterra e Brasil.
Contudo, é na década de 90 que, com a chegada de estrangeiros oriundos principalmente de países de Leste
Europeu (Ucrânia, Moldávia, Roménia e Rússia) e da América Latina (Brasil), se constata um aumento exponencial
da população estrangeira residente. Destaque especial para o caso da Ucrânia, no início do século XXI, que se
tornou numa das comunidades estrangeiras mais representativas. Em síntese, no final de 2010, a população
estrangeira residente em Portugal totalizava 445.262 cidadãos. Deste universo populacional, cerca de metade é
oriundo de países de língua portuguesa (49,51%), destacando-se o Brasil (26,81%), Cabo Verde (9,88%), Angola
(5,28%) e Guiné-Bissau (4,45%). As demais nacionalidades relevantes são a Ucrânia (11,12%) e a Roménia (8,27%).
O distrito de Viana do Castelo expressa igualmente a tendência de crescimento da população estrangeira residente
no nosso país, acolhendo, no ano de 2010, 3418 indivíduos dos 445262 estrangeiros contabilizados a nível nacional
pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
18
Diagnóstico Social | Monção | 2012
Fonte: SEFSTAT – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras – 2010
De acordo com o Gráfico 7 acima representado, o concelho de Monção é o terceiro concelho, depois de Viana do
Castelo (32%) e do concelho de Valença (17%), que mais população estrangeira acolhe a nível distrital (14%), com
cerca de 468 indivíduos, dos quais 246 são do sexo masculino e 222 do sexo feminino.
300
340
380
420
460
500
2008 2009 2010
Gráfico 8 - Evolução da População estrangeira residente no concelho
N.º de população estrangeira
Fonte: SEFSTAT – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras - 2010
A população estrangeira representa assim 2,43% da população residente. Comparativamente com o ano de 2009, o
concelho assistiu a um acréscimo de 23,8% de população estrangeira (em 2009 o Serviço de estrangeiros e
fronteiras contabilizava 378 estrangeiros, no concelho de Monção).
As nacionalidades de estrangeiros mais representativos em Monção são o Brasil (43%), a Espanha (27%) e a Ucrânia
(9%). A China (3%), a Moldávia (3%), o Reino Unido (3%) e Cabo Verde (2%) constituem igualmente comunidades
de dimensão assinalável a residir em território concelhio. Em 2010 não se verificam alterações nas três principais
19
Diagnóstico Social | Monção | 2012
nacionalidades (Brasil, Espanha e Ucrânia), face aos dois anos precedentes. O Brasil mantém-se como a
comunidade estrangeira mais representativa, com um total de 200 residentes (2010), mantendo a tendência de
crescimento sustentado. No entanto, em termos de posições relativas, a Moldávia que se situava em 4.º lugar em
2009) foi ultrapassada pela China, no ano de 2010.
43%
27%
4%
3%
3%
9%
2%
9%
Gráfico 9 - População estrangeira residente por país de origem
Brasil
Espanha
China
Moldávia
Reino Unido
Ucrânia
Cabo Verde
Outros
Fonte: SEF – Portal de estatística – 2010
20
Diagnóstico Social | Monção | 2012
2 |Habitação
21
Diagnóstico Social | Monção | 2012
2 | Habitação
Habitação Social
O direito à habitação é extremamente importante na medida em que a falta de habitação pode ser considerada
fator de exclusão social e pobreza, uma vez que nem todos os indivíduos têm capacidade para ter uma habitação
digna, com as mínimas condições de habitabilidade.
No concelho de Monção existem quatro bairros sociais que foram construídos com a finalidade de solucionar o
problema de habitação das classes sociais mais desfavorecidas do concelho. Dois destes bairros pertencem ao
Município de Monção e dois ao Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, adiante designado por IHRU.
Os dois Bairros pertencentes ao IHRU são, o denominado Bairro das Escolas Primárias, constituído por doze blocos
de habitação coletiva e o denominado “Bairro do Estandarte”, constituído por 30 habitações. As habitações
referentes ao segundo bairro são moradias geminadas constituídas por dois pisos, sendo mais de 50 % destas
habitações adquiridas pelos moradores através de renda resolúvel.
Os Bairros pertencentes ao Municipio localizam-se nas proximidades do Centro Histórico e tem ambos bons
acessos. Um deles, denominado Bairro das Forças Armadas, na freguesia de Monção, é constituído por 24
habitações. São construções geminadas e constituídas somente por um piso, sendo que a maioria dos residentes
paga uma renda simbólica (1 euro). O outro Bairro localiza-se na freguesia de Troviscoso, sensivelmente a dois
quilómetros do centro da vila. É constituído por 72 fogos de um piso. A maioria dos residentes deste bairro
permanecem lá há mais de 20 anos tendo feito obras de reconstrução e melhoria das habitações, no sentido de
evitar a sua degradação, facto este que contribui para o não pagamento de rendas. Contudo, isto também teve o
lado negativo, de total anarquia e ocupação ilegal das habitações, trespasses e/ou abandono, estimando-se que
mais de 10% destas habitações estarão ocupadas ilegalmente e/ou desabitadas a maior parte do ano.
Nos últimos anos e com o objetivo de resolver problemas de realojamento para famílias que residiam em
habitações abarracadas e/ou sobre ocupadas, o Município, através de um acordo de colaboração com o IHRU,
adquiriu e/ou construiu 11 novos fogos, realojando famílias mais vulneráveis. Estas habitações estão dispersas por
várias freguesias do concelho nomeadamente: Parada, Messegães, Ceivães, Cortes e Bela. A insalubridade das
condições de habitabilidade destas 11 famílias, foram os motivos pelos quais foram realojadas, encontrando-se
ligadas a fatores como o fraco nível de instrução, o desempenho de trabalhos de baixa qualificação profissional, os
parcos recursos económicos, estando particularmente vulneráveis a fenómenos de exclusão social que requerem,
por isso, uma atuação global e integrada no sentido de efetivar uma integração social positiva e evitar a guetização
e degradação destes conjuntos habitacionais.
Em 2009 a construção de uma nova urbanização a custos controlados, permitiu também o realojamento de 56
famílias, na sua maioria jovens casais.
22
Diagnóstico Social | Monção | 2012
3 |Educação e Formação
23
Diagnóstico Social | Monção | 2012
3 | Educação e formação
A educação assume nos dias de hoje um papel fundamental na garantia de mais e melhores oportunidades de
integração no mercado de trabalho, no acesso a um emprego protegido e qualificante, constituindo igualmente um
fator essencial para o desenvolvimento integral do próprio indivíduo e consequentemente da sociedade em que
está inserido.
Situação Atual
Analisando a situação atual do concelho, verifica-se que Monção apresenta uma estrutura claramente mais
desfavorável do que a existente ao nível do Continente, da Região Norte e da Sub-Região Minho Lima, com um
peso menor do segmento de população com habilitações literárias superiores e com uma proporção mais elevada
de indivíduos sem qualquer qualificação académica. Porém, o nível de instrução atingido pela população em
Monção tem vindo a progredir de forma muito expressiva na última década. No relatório preliminar dos Censos de
2011, o Instituo Nacional de Estatística adianta que a população que hoje possui o ensino superior completo
duplicou face a 2001, passando de 685 indivíduos com curso superior para 1441, ou seja, cerca de 7,5% da
população.
6993
5814
2871
20591464
70685
4607
5872
2518 2342 2237
213
1441
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
Gráfico 10 - População residente por nível de escolaridade mais elevado completo, 2001-2011
2001
2011
Fonte: INE – Recenseamento da População e Habitação
No que concerne aos restantes níveis de ensino, os Censos 2011 indicam que 12% da população possui o ensino
secundário completo (2237 indivíduos), representando um acréscimo de 8% referente ao ano de 2001 (2059
indivíduos); 12% o 3º ciclo (2342 indivíduos) e 15% o 2º ciclo (2518 indivíduos). O 1º ciclo do ensino básico
corresponde ao nível mais elevado concluído por 30,5% da população. A população sem qualquer nível de ensino
representa ainda 24% da população em 2011, apesar de ter atingido valores que rondam os 35%, no ano de 2001.
24
Diagnóstico Social | Monção | 2012
Fonte: INE – Recenseamento da População e Habitação
Em termos de escolarização por sexo verifica-se que do total da população que possui o ensino superior completo,
cerca de 66% são mulheres (951 mulheres), enquanto que na população masculina este indicador é de cerca de
34% (490 homens). Esta situação repete-se também para o ensino secundário, com predomínio das mulheres (54%
- 1214 mulheres) em detrimento dos homens (46% - 1023 homens). No caso do 2º ciclo e 3º ciclo, a percentagem
de homens é superior à das mulheres. A percentagem da população masculina que possui o 1º ciclo do ensino
básico é equivalente à população feminina.
Também se assinala que há cerca de 64% de mulheres (2958 mulheres) que não possuem qualquer nível de ensino,
em oposição aos 36% de homens (1649 homens) que se encontram nesta situação.
Perspetiva global da rede escolar no concelho
A rede escolar no concelho tem vindo a sofrer uma restruturação profunda desde 1998/1999 sustentada na baixa
taxa de natalidade, na crescente despovoação das freguesias mais afastadas e consequente movimentação para as
freguesias contiguas à sede do concelho. Esta transformação do parque escolar conduziu, até à atualidade, ao
encerramento de mais de 30 escolas do 1.º ciclo do ensino básico e 11 jardins de infância, por se constatar uma
progressiva perda da população escolar do 1.º ciclo nesta referência temporal. Escapa a esta tendência geral, a
educação pré-escolar que apresenta uma subida, ao longo dos anos, de mais de 15% como resultado do aumento
da oferta e das taxas de escolarização.
No ano letivo de 2012/13, o sistema educativo do concelho de Monção assiste a mais uma agregação de escolas.
Os dois agrupamentos de escolas existentes, Agrupamento de Escolas Deu-la-Deu Martins e o Agrupamento de
Escolas do Vale do Mouro, e a Escola Secundária de Monção, fundiram-se num único agrupamento denominado
Agrupamento de Escolas de Monção, albergando oito estabelecimentos de ensino, nomeadamente: três escolas
básicas com jardim de infância, uma escola básica do 2.º e 3.º ciclo, uma escola básica integrada, uma escola
25
Diagnóstico Social | Monção | 2012
secundária e dois jardins de infância. Esta nova organização do agrupamento de escolas acolhe cerca de 1965
alunos desde o Pré-Escolar até ao Secundário. Na 1.ª infância existe igualmente a Instituição Particular de
Solidariedade Social, Santa Casa da Misericórdia de Monção, com valência de jardim de infância.
Para responder igualmente às necessidades educativas e formativas de nível profissional, a ADEMINHO –
Associação para o Desenvolvimento do Ensino Profissional do Alto Minho Interior criou em 1993 uma escola
profissional, com pólo em Monção a partir de 1999.
Mapa 3 – Localização dos estabelecimentos de ensino no concelho
Fonte: DEASD, 2012
Ensino Pré-Escolar
Quadro 3 – Alunos matriculados no ensino pré-escolar, no ano letivo 2012/2013
Fonte: Divisão da Educação e das Atividades Sociais e Desportivas do Município e Santa Casa da Misericórdia de Monção
No Ensino Pré-Escolar, o concelho compreende 6 jardins de infância públicos e 1 privado, para crianças com mais
de três anos, contando com um total de 419 crianças matriculadas neste ano letivo, 356 no Agrupamento de
Escolas de Monção e 63 no jardim de infância da Santa Casa da Misericórdia.
Público Privados
Agrupamento de Escolas de Monção Santa Casa da Misericórdia
Total
Jardim de infância 356 63 419
26
Diagnóstico Social | Monção | 2012
No Quadro 4 são apresentadas as taxas brutas de escolarização14
estimadas para os diferentes ciclos, mas para
uma melhor compreensão dos dados expostos, interessa recordar que os valores das taxas são indicativos e terão
de ter leituras cuidadas, porque entram em consideração com projeções de números de residentes em idade
normal de frequência desse ciclo de estudo (pré-escolar 3 a 5 anos, 1.º ciclo 6 a 9 anos, 2.º ciclo 10 a 11 anos, 3.º
ciclo 12 a 14 anos, secundário 15 a 17 anos). É importante salientar que a facilidade de mobilidade, entre
freguesias e concelhos, implica que, muitas vezes, a localização da escola frequentada e a residência não
coincidam. Este facto também contribui para explicar a existência de taxas superiores a 100 %, situação que pode
ocorrer quando algumas das crianças que frequentam uma escola, residem em local distinto ou têm idades que
não coincidem com as idades ideais de frequência dos anos de escolaridade em análise.
Quadro 4 – Indicadores de educação, ano letivo 2009/2010
Fonte: Ministério da Educação e Ciência - Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação, 2009/2010
Se analisarmos a taxa bruta de pré-escolarização referente ao ano de 2009/2010, que mede a proporção da
população residente que está a frequentar o grau de ensino pré-escolar, relativamente ao total da população
residente deste grupo etário correspondente às idades de 3, 4 e 5 anos, idade normal de frequência desse grau de
ensino, repara-se que está acima dos 100%, nomeadamente 109,1 %. Este valor constitui-se como um indicador
seguro de que os estabelecimentos de ensino pré-escolar acolhem um número significativo de crianças residentes
noutros concelhos. Esse valor encontra-se acima dos registados para a zona Norte e Sub-região Minho-Lima, 87,3%
e 95,5% respetivamente e reflete um crescimento de 33 pontos percentuais face ao ano de 2001.
Ensino Básico
O ensino básico é frequentado por 1181 alunos, possui seis estabelecimentos de ensino dispersos pelo concelho.
14 Taxa bruta de escolarização: Proporção da população residente que está a frequentar um grau de ensino, relativamente ao
total da população residente do grupo etário correspondente às idades normais de frequência desse grau de ensino.
Taxa bruta de
pré-
escolarização
Taxa bruta de
escolarização
Taxa de retenção e desistência no
ensino básico
Taxa de transição/conclusão no ensino
secundário
Ensino básico
Ensino secundário
Total 1º Ciclo
2º Ciclo
3º Ciclo
Total Cursos gerais/ científico-humanísticos
Cursos vocacionais
Portugal 85,0 127,1 146,2 7,9 3,7 7,7 13,8 80,7 78,9 83,7
Norte 87,3 128,1 141,6 6,2 2,7 5,3 11,5 83,0 81,0 86,0
Minho-Lima 95,5 134,7 162,6 4,6 2,2 4,0 8,2 85,9 82,9 89,4
Monção 109,1 165,2 188,4 3,6 2,9 1,8 5,5 87,7 80,0 95,8
27
Diagnóstico Social | Monção | 2012
Quadro 5 – Alunos matriculados no ensino básico no ano letivo 2012/2013
Público
Agrupamento de Escolas de Monção
1.º Ciclo 463
2.º Ciclo 295
3.º Ciclo 423
Total 1181
Fonte: Serviço Educativo do Município de Monção
A taxa bruta de escolarização referente ao ano de 2009/2010 (ver Quadro 4) é de 165,2%, encontrando-se
consideravelmente acima da dos valores registados pela zona Norte e pela Sub-Região Minho-Lima,
nomeadamente 128,1% e 134,7%.
A taxa de retenção e desistência no ensino básico (ver Quadro 4) situou-se em 3,6 % no ano letivo de 2009/2010,
2,3 pontos percentuais mais baixa que a verificada na zona Norte e 1 ponto percentual que na Sub-Região Minho-
Lima . Na análise deste indicador para cada ciclo do ensino básico verifica-se que os valores para o terceiro ciclo do
ensino básico continuam a ser os mais elevados.
Ensino secundário e profissional de Jovens
O ensino secundário e profissional no concelho, da responsabilidade da Escola Secundária de Monção e da Escola
Profissional do Alto Minho Interior, procuram proporcionar aos 747 alunos a aquisição de conhecimentos e
competências, bem como o desenvolvimento de capacidades e atitudes fundamentais, que ajudarão os estudantes
na prossecução dos seus percursos profissionais, académicos e pessoais. A frequentar os Cursos científico-
humanísticos, no 10.º, 11.º e 12.º ano, na Escola Secundária encontram-se 428 estudantes.
Ao nível do ensino profissional na EPRAMI, a formação de técnicos intermédios abrange as seguintes áreas:
termalismo, restauração, manutenção industrial/mecatrónica automóvel, informática e energias
renováveis/sistemas solares. Considerando a população em análise (224 alunos no total), ao nível da sua
distribuição segundo os diferentes níveis, verifica-se que 15 alunos frequentam cursos de educação formação (CEF)
de nível II, com equivalência escolar e profissional de 9.º ano. Estes cursos (CEF) constituem uma oferta integrada
de educação e formação destinada preferencialmente a jovens com idades iguais ou superiores a 15 anos, em risco
de abandono escolar ou que já abandonaram o sistema educativo antes da conclusão da escolaridade de 12 anos,
bem como àqueles que, após a conclusão de 12 anos de escolaridade, não possuindo uma qualificação profissional,
pretendam adquiri-la para ingresso no mercado de trabalho. Estes cursos conferem qualificação de nível 1, 2 ou 3 e
certificação de conclusão do 6.º, 9.º ou 12.º ano de escolaridade, respetivamente. Paralelamente, dos 224 alunos,
209 frequentam cursos profissionais de nível IV, ou seja, com certificação escolar e profissional equivalente ao 12.º
ano. Os cursos profissionais são cursos de ensino secundário com um referencial temporal de três anos letivos,
vocacionados para a qualificação inicial dos jovens, privilegiando a sua inserção no mundo do trabalho e
28
Diagnóstico Social | Monção | 2012
permitindo o prosseguimento de estudos. Estes cursos conferem diploma de conclusão do ensino secundário e
certificado de qualificação profissional de nível IV. Ao nível do ensino profissional na Escola Secundária, a formação
de técnicos intermédios abrange as seguintes áreas: turismo, gestão, gestão informática e eletrónica. A frequentar
os cursos profissionais destas áreas encontram-se 95 alunos.
Quadro 6 – Alunos matriculados no ensino secundário no ano letivo 2012/2013
Estabelecimento de Ensino
Níveis de Ensino
Total 10.º Ano 11.º Ano 12.º Ano
Escola Secundária de Monção 145 140 143 428
Quadro 7 – Alunos matriculados no ensino profissional no ano letivo 2012/2013
Estabelecimento de ensino Cursos Educação Formação (CEF) Cursos Profissionais Total
Nível II Nível IV
EPRAMI 15 209 224
Secundária - 95 95
Total 15 304 319
Fonte: Escola Secundária de Monção e EPRAMI
A taxa bruta de escolarização no secundário, à semelhança dos outros ciclos, no ano letivo de 2009/2010,
apresentava valores superiores a 100, nomeadamente 141,6%. A taxa de transição/conclusão do ensino secundário
era de 80% nos cursos científico-humanísticos e 95,8% nos cursos vocacionais, significando que do universo dos
alunos matriculados no secundário, 80% dos alunos dos cursos gerais e 95,8% dos cursos vocacionais obtiveram
aproveitamento, podendo transitar para o ano de escolaridade seguinte. A designação “taxa de conclusão” é
somente utilizada quando nos referimos ao aproveitamento no fim do nível de ensino, ou seja no 12º ano.
Educação e Formação de Adultos
Os Cursos de Educação e Formação para Adultos assumem-se como uma resposta que visa elevar os níveis de
habilitação escolar e profissional da população portuguesa adulta, através de uma oferta integrada de educação e
formação que potencie as suas condições de empregabilidade e certifique as competências adquiridas ao longo da
vida. Estes cursos, com dupla certificação escolar e profissional, são destinados a adultos, maiores de 18 anos, que
não possuam a escolaridade de 9 ou 12 anos, sem qualificação profissional, empregados ou desempregados,
inscritos nos Centros de Emprego do IEFP, ou indicados por outras entidades, como empresas, ministérios,
sindicatos e outros. Estes cursos conferem certificação escolar equivalente ao 1.º, 2.º ou 3.º ciclos do ensino básico
e secundário e certificação profissional de nível 1, 2, 3 ou 4. Atualmente, a Escola Secundária tem a funcionar um
curso de “Português para todos”, destinado a 54 estrangeiros que residem em Portugal.
No seu processo de certificação profissional ou escolar, os indivíduos com idade superior a 18 anos podem
frequentar formação modular de curta duração, com a possibilidade de completar o 12.º ano através da frequência
29
Diagnóstico Social | Monção | 2012
de um número correspondente de unidades de formação de curta duração. Esta formação modular certificada está
a ser frequentada por 18 adultos na EPRAMI.
A iniciativa Novas Oportunidades surge “num esforço de adaptação às mudanças, para ir ao encontro das
necessidades dos cidadãos, diversificando a oferta formativa, promovendo novos processos de aprendizagem e
valorizando experiências adquiridas ao longo da vida” (Plano estratégico de Intervenção, ADEMINHO, EPRAMI,
2012). Criado pelo Despacho n.º 20 846/2006 de 5 de setembro, surge o Centro de Novas Oportunidades de
Monção (CNO), no sentido de promover o encaminhamento de adultos para percursos de qualificação e de
implementar processos de reconhecimento, validação e certificação de competências. Atualmente, o Governo está
a proceder ao redimensionamento da rede de Centros de Novas Oportunidades, sendo esperadas novas alterações
até dezembro de 2012.
Abaixo apresenta-se um resumo das etapas de intervenção do CNO.
Fluxograma das etapas de intervenção do CNO
Fonte: Centro de Novas Oportunidades - EPRAMI
Analisando as metas contratualizadas e os resultados alcançados no ano de 2011, constatam-se taxas médias de
execução na ordem dos 60%. Ao nível do ensino básico foram efetuados 182 encaminhamentos, 161novas
entradas em processos de reconhecimento, validação e certificação de competências e 125 certificações de
adultos. Ao nível do secundário, no ano de 2011, efetuaram-se 220 encaminhamentos, 147 novas entradas em
processos de reconhecimento, validação e certificação de competências e 58 certificações.
Acolhimento
Diagnóstico/Triagem
Encaminhamento
Outras ofertas educativas e formativas (externas ao CNO) Cursos EFA, CET, CEF, Ensino
Recorrente, Cursos profissionais, Vias alternativas
de conclusão do secundário
Certificação parcial
Processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Escolares e/ou profissionais Cursos EFA, CET, CEF, Ensino
Recorrente, Cursos profissionais, Vias alternativas
Certificação total Plano de desenvolvimento pessoal
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Quadro 8 – Metas contratualizadas e resultados alcançados em 2011 pelo CNO, por nível de qualificação
Nível de qualificação Indicadores de atividade Metas Resultados Metas/Resultados Resultados
alcançados N.º N.º N.º %
N.º de inscrições 320 228 -92 -29% 71%
NÍVEL BÁSICO N.º de encaminhamentos 288 182 -106 -37% 63%
N.º de processos de RVC 202 161 -41 -20% 80%
N.º de certificações 192 125 -67 -35% 65%
N.º de inscrições 481 217 -264 -55% 45%
N.º de encaminhamentos 433 220 -213 -49% 51%
NÍVEL SECUNDÁRIO N.º de processos de RVC 195 147 -48 -25% 75%
N.º de certificações 175 58 -117 -67% 33%
Fonte: Dados fornecidos pelo Centro de Novas Oportunidade de Monção – EPRAMI
As metas contratualizadas até 31 de agosto de 2012 estão plasmadas nos quadros abaixo, segundo os dados
fornecidos pelo Centro de Novas Oportunidades de Monção.
Quadro 9 – Metas contratualizadas para 2012 pelo CNO, por nível de qualificação
Nível de resultados Inscritos Com diagnóstico e
encaminhamento
Processo de
RVCC
Certificados RVCC
(totais e parciais)
Básico 234 222 160 155
Secundário 234 222 133 125
Total 468 444 293 285
Fonte: Dados fornecidos pelo Centro de Novas Oportunidade de Monção – EPRAMI
Quadro 10 – Metas contratualizadas e resultados alcançados até 31 de agosto de 2012, por nível de qualificação
Indicadores de Atividade Metas Resultados Metas Resultados Resultados
alcançados NÍVEL BÀSICO N.º % N.º %
N.º de inscrições 280 76 -204 -73 27%
N.º de encaminhamentos 266 83INS -183 -69 31%
N.º de processos de RVC 191 119ENC -72 -38 62%
N.º de certificações 185 183PROC -2 -1 99%
NÍVEL SECUNDÁRIO
N.º de inscrições 186 90 -96 -52 48%
N.º de encaminhamentos 176 42INS -134 -76 24%
N.º de processos de RVC 105 44ENC -61 -58 42%
N.º de certificações 98 132PROC 34 35 135%
-38% 62%
Taxa de Execução 2012 – 59%
Fonte: Dados fornecidos pelo Centro de Novas Oportunidade de Monção - EPRAMI
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Qualificação Profissional
Cada vez mais o mercado de trabalho é mais exigente e a colocação do indivíduo ou a manutenção de um posto de
trabalho não depende só da sua formação base, mas do investimento que o próprio faz na sua formação
profissional, para aprimorar os seus conhecimentos teóricos, práticos, e incrementar as oportunidades de
crescimento e renovação profissional.
No âmbito da qualificação profissional, o concelho dispõe de um conjunto vasto de entidades formadoras que
promovem periodicamente ações nas mais diversas áreas com vista a contribuir para a obtenção de emprego,
geração de oportunidades de crescimento pessoal e profissional, incremento da economia, inclusão social e, em
última instância, diminuição das vulnerabilidades das populações.
32
Diagnóstico Social | Monção | 2012
4 |Cultura | Associativismo |Equipamentos desportivos e recreativos
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
4 | Cultura | Associativismo | Equipamentos Desportivos e Recreativos
O Concelho de Monção, através do seu património natural, etnográfico, histórico, paisagístico, assim como das
inúmeras iniciativas culturais e serviços, tem-se revelado um espaço cada vez mais atrativo para quem nele reside
ou visita.
A dinâmica criada em volta dos espaços culturais mais emblemáticos do concelho, quer geridos pela autarquia quer
por iniciativa privada tem dado a conhecer estes espaços bem como sensibilizando e criando públicos que
usufruem dos bens culturais em e de Monção.
Despesas correntes
No ano de 2010, o Município de Monção investiu aproximadamente mil quinhentos e vinte milhares de euros na
promoção de atividades de índole cultural e desportiva. Das despesas correntes apresentadas pelo município,
cerca de 23% destinaram-se à implementação de atividades sociais e culturais, 21% destinaram-se às ações
relacionadas com a música, 16% foram aplicadas em publicações e literatura; 10% no desporto; 8% no património e
2% nas artes cénicas.
Fonte: Anuários Estatísticos – INE - 2010
No ano de 2010, o Município apresentou uma despesa por habitante, em atividades culturais e de desporto, de
aproximadamente 78,6€.
A grande maioria das atividades culturais desenvolve-se substancialmente nesses espaços que adiante se passa a
identificar, descrevendo-se as suas valências e balanço de atividades que aí se realizam.
34
Diagnóstico Social | Monção | 2012
Espaços Culturais
Biblioteca Municipal de Monção
A Biblioteca Municipal de Monção, inaugurada em março de 2003, está dividida em várias áreas, desde sala de
leitura, sala áudio e sala infantil, contando ainda com um auditório onde decorrem frequentemente sessões
relacionadas com o livro e a leitura mas também muitas das atividades dos serviços educativos da Câmara
Municipal.
0
5000
10000
15000
20000
25000
sala de adultos sala multimédia sala infantojuvenil total
Gráfico 13- Utilizadores da Biblioteca Municipal, 2010 e 2011
2010 2011
Fonte: Relatório de Avaliação da Divisão de Cultura e Turismo do Município de Monção, 2011
A Biblioteca Municipal de Monção recebeu 21.643 utilizadores em 2011 constituindo um aumento de 14,2% em
relação ao ano de 2010. Sem surpresa, o maior número deslocou-se à sala multimédia (8.160), seguindo-se a sala
infantojuvenil (6.866) e a sala de adultos (6.617). Observou-se igualmente um aumento no número de utilizadores
inscritos na ordem dos 5% (2.799 inscritos em 2010 e 2.949 em 2011).
Casa do Curro
A Casa do Curro situa-se na Praça Deu-la-Deu, um dos pontos centrais da vila de Monção. Trata-se de uma casa
senhorial do século XVII, onde hoje em dia funcionam os serviços da Cultura do Município de Monção. Este espaço
é composto por dois pisos: no piso inferior além da receção e de um pequeno auditório para cerca de 70 pessoas,
onde se realizam variados atos solenes e palestras, funciona, igualmente, o Posto de Turismo da Entidade de
Turismo da Região do Porto e Norte; no piso superior funciona uma Sala de Exposições, com exposições mensais de
artistas portugueses e espanhóis e o Paço do Alvarinho, espaço dedicado à promoção e divulgação onde se pode
fazer degustação das várias marcas e produtos de Monção.
35
Diagnóstico Social | Monção | 2012
A Casa do Curro, espaço cultural por excelência do concelho de Monção recebeu, no ano de 2011, 14.595
visitantes, sendo 9.475 nacionais e 5.120 estrangeiros. Neste caso, o aumento em relação a 2010 superou um
milhar de pessoas.
Em relação ao Paço do Alvarinho, espaço de promoção daquele produto vínico dos concelhos de Monção e
Melgaço, o relatório de avaliação da Divisão da Cultura e Turismo do Município de Monção contabilizou 15.268
visitantes, distribuindo-se por visitantes portugueses (10.063) e estrangeiros (5.205) Em relação a 2010, assistiu-se
a um aumento aproximado de 200 pessoas.
Arquivo Municipal de Monção
O Arquivo Municipal de Monção está instalado no edifício do antigo Grémio Agrícola, recuperado e reabilitado para
as suas novas funções. Estando inserido em pleno Centro Histórico de Monção, foi alvo de intervenções
arqueológicas que revelaram a existência de um poço da época medieval. Este elemento ficou visitável, assim
como alguns dos nichos existentes nas paredes, onde hoje está exposto algum do espólio exumado durante as
escavações arqueológicas. O edifício está então dividido em várias áreas, entre elas a sala de leitura e várias salas
de trabalho, muitas vezes abertas ao público escolar que visita este espaço, onde se realizam atividades lúdico-
pedagógicas ao longo do ano.
O Arquivo Municipal de Monção, aberto ao público em 2007 depois de obras de requalificação e adaptação do
antigo edifício do grémio da lavoura, tem assistido ao um aumento gradual do número de visitantes, passando de
739 em 2010 para 831 utilizadores em 2011.
Centro Interpretativo do Castro de São Caetano
O Centro Interpretativo do Castro de São Caetano, situado na freguesia de Longos Vales, foi inaugurado em maio
de 2009, tendo como missão a divulgação da presença castreja no concelho de Monção, mais concretamente do
Castro de São Caetano e também servir de apoio ao visitante, onde pode receber informações concretas sobre a
Cultura Castreja presente em Monção, através dos painéis interpretativos, assim como visitar a sala de reservas
onde estão depositados os vestígios recolhidos nas campanhas arqueológicas realizadas ao longo dos tempos nos
castros existentes neste concelho. Ao longo do ano são realizadas atividades lúdico-pedagógicas e visitas guiadas a
grupos com o objetivo de divulgar a Arqueologia do Concelho mas também de sensibilizar o público para as
questões de preservação dos espaços arqueológicos.
O Centro Interpretativo do Castro de S. Caetano foi visitado, no ano de 2011, por 802 visitantes, mais 166 que no
ano anterior.
Centro Cultural João Verde
O Centro Cultural João Verde, antigo cineteatro encontra-se em remodelação reabrindo em breve ao público, com
uma planificação cultural adequada ao espaço.
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Casa Museu de Monção
A Casa Museu de Monção é uma Unidade Cultural da Universidade do Minho criada em conformidade com os
objetivos e as condições do Legado instituído pela Senhora Dona Maria Teresa Cardeal Andrade Martins Salgueiro,
falecida em 29 de outubro de 2001. É uma unidade aberta à comunidade, palco de exposições e palestras, criada
de modo a valorizar e divulgar, sob o ponto de vista museológico, etnográfico e sociológico, o imóvel em si e o seu
recheio, como expressão e testemunho do modo de viver de uma família da alta burguesia, na primeira metade do
século XX, no Alto Minho .
Palácio da Brejoeira
Edifício emblemático desta região abriu recentemente as portas ao público estando a desenvolver várias ações de
índole cultural, desde atividades pedagógicas até exposições de artes plásticas.
O palácio da Brejoeira tem como um dos seus objetivos a realização de eventos, dos quais congressos, exposições,
espetáculos, entre outros.
Plano de comunicação e divulgação das atividades culturais
O Plano de comunicação e divulgação do Município de Monção passa essencialmente pela criação gráfica de telas
de exterior, colocadas em diversos espaços quer do concelho quer da região de forma a divulgar os principais
eventos promovidos e produzidos pela Câmara Municipal.
Bimensalmente é editada uma agenda cultural onde são apresentadas todas as ações culturais do concelho, assim
como se promovem as mais diversas ações através da criação de folhetos ou publicação em periódicos e revistas da
especialidade.
Este plano é elaborado aquando da definição da agenda cultural do Município no início do ano.
Associativismo
O associativismo no concelho de Monção assume um papel preponderante no impulsionamento das atividades
desportivas, culturais, recreativas e de índole social. Cada vez mais é frequente a parceria entre as associações
existentes no concelho e a câmara municipal de forma a desenvolver atividades enriquecedoras.
No concelho de Monção existem 33 associações registadas, algumas com um dinamismo de maior relevância.
Porém, todas elas possibilitam aos cidadãos uma forma de acesso às atividades nas suas múltiplas expressões.
37
Diagnóstico Social | Monção | 2012
Quadro 10 – Associações existentes no concelho
Instituições
A.C.D.R.M.- Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Monção
AADTCPMSV - Associação dos Amigos para o Desenvolvimento Turístico e Cultural do Parque de
Merendas Senhora da Vista
AJAC- Associação Juvenil Amigos de Cortes
AJT - Associação Social e Juvenil de Trute
ARDINA- Associação Cultural dos Jovens de Cambeses
Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB 1 e Jardim de Infância de Barreiro - Pias
Associação Filarmónica Milagrense
Associação Humanitária Bombeiros Voluntários de Monção
Associação Lá-Mi-Ré
Associação Social e Cultural "Sr. do Rio"
Associação Social e Cultural São Cosme e Damião de Podame
Associação Sócio/Cultural e Recreativa de Pinheiros
Associação Sociocultural do Vale da Anta
Banda de Música de Tangil
Banda Musical de Monção
CENSO- Centro Social, Cultural e Recreativo de Messegães, Valadares e Sá
Centro Social de Riba de Mouro – Ri Social
Cine Clube de Monção
Clube Desportivo Mouriminho
Clube Marinheiro Minhoto
Desportivo de Monção
Grupo de Combatentes do Ultramar do Concelho de Monção
Grupo Desportivo Deu-la-Deu Monção
Grupo Folclórico Amigos de Longos Vales
Grupo Folclórico de Pinheiros
Grupo Folclórico Estrelas dos Vales
Liga de Combatentes -Núcleo de Monção
Monção Basket Clube
Portela Activa- Associação Social, Cultural, Recreativa e Desportiva da Portela
Rancho Folclórico da Casa do Povo de Barbeita
Rancho Folclórico Moleirinhos do Gadanha
Rancho Folclórico Santa Maria de Moreira
União Desportiva "Os Raianos"
Espaços de Desporto e Lazer
Monção é um concelho do Verde Minho e tal como o nome indica, o verde abraça os seus residentes e visitantes.
Valorizando a natureza, e promovendo o contacto dos cidadãos com esta, o concelho dispõe de um conjunto de
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
espaços verdes adaptados à prática de atividade ao ar livre nomeadamente a Ecopista do Rio Minho, o Parque das
Caldas e os Trilhos Pedestres.
A ecopista do rio Minho inaugurada em 2004, é um percurso de cerca de 20Km que liga Monção a Valença sempre
pelas margens do Rio Minho.
O Parque das Caldas, que compreende uma área de xx, dispõe de diversas infraestruturas como: parque infantil,
parque geriátrico, parque de merendas e jardim histórico.
Quadro 11 – Espaços desportivos / Áreas de Lazer
Espaços desportivos / Áreas de Lazer
Piscina Municipal
Polidesportivos
Pavilhão Gimnodesportivo
Parque Desportivo de Moreira
Ecopista do Rio Minho
Parque das Caldas
Trilhos Pedestres
O incentivo ao desporto tem sido marcado pela construção de diferentes equipamentos. A par da piscina
municipal, do pavilhão gimnodesportivo e parque desportivo de Moreira e Raianos equipamentos coletivos que
juntam a componente competitiva à aprendizagem, o concelho dispõem de 12 polidesportivos descobertos
construídos nas freguesias de Badim, Barbeita, Bela, Lapela, Lara, Longos Vales, Messegães, Monção, Moreira, Pias,
Riba de Mouro, Troporiz e Ceivães e encontra-se em fase de execução no Parque das Caldas a construção de um
campo de futebol sintético e de dois cortes de ténis.
Com um concelho dotado de uma envolvente natural magnifica e de equipamentos desportivos aos monçanenses
só lhes compete valoriza-los e dar-lhes uso.
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
5 |Saúde
40
Diagnóstico Social | Monção | 2012
5 | Saúde
Os serviços de saúde, a nível nacional, estão marcados por uma desigualdade territorial no acesso aos mesmos por
parte da população, ao se verificar uma concentração destes serviços nos grandes centros urbanos. Também a
nível distrital essa concentração se verifica levando a que os acessos aos diferentes serviços de saúde estatais
estejam dependentes das condições socioeconómicas das populações e de uma rede de transporte que, sendo no
distrito de Viana do Castelo deficitária, só vem penalizar as populações residentes em zonas mais isoladas
geográfica e socialmente.
Organização do Serviço Nacional de Saúde no distrito
Os centros de saúde constam como primeiro acesso dos cidadãos à prestação de cuidados de saúde, assumindo
diversas e importantes funções que vão desde a promoção da saúde, a prevenção da doença, a prestação de
cuidados, à coordenação com os outros serviços e instituições para a continuidade dos cuidados. A reconfiguração
dos Centros de Saúde, presente no Decreto-Lei n.º 28/2008 de 22 de fevereiro apresenta-se como a configuração
encontrada como capaz de incrementar a equidade de acesso dos cidadãos à prestação de cuidados de saúde,
assim como a forma mais adequada e eficaz de os gerir tendo por base os ganhos em saúde para os indivíduos e
comunidades.
Assim sendo, a intervenção legislativa apresentou uma reconfiguração que se baseia na criação dos 74
Agrupamentos de Centros de Saúde do Serviço Nacional de Saúde, serviços públicos de saúde com autonomia,
constituídos por várias unidades funcionais, que agrupam um ou mais centros de saúde e que têm por missão
garantir a prestação de cuidados de saúde primários à população de determinada área geográfica.
Ao nível do distrito o Decreto-Lei nº 28/2008, de 22 de fevereiro agrupou os centros de saúde num Agrupamento
de Centros de Saúde que integra a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM, EPE), abrangendo a totalidade
dos concelhos do distrito: Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca,
Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira, com uma área territorial de 2.213 Km2. A
ULSAM, EPE agrega duas unidades hospitalares, Hospital de Santa Luzia em Viana do Castelo e Hospital Conde de
Bertiandos, em Ponte de Lima, os treze Centros de Saúde e as duas Unidades de Convalescença, situadas nos
concelhos de Valença e Arcos de Valdevez. De referir que a ULSAM, EPE é constituído por várias unidades
funcionais de prestação de cuidados de saúde: Unidades de Saúde Familiar (USF); Unidades de Cuidados de Saúde
Personalizados (UCSP); Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC); Unidade de Saúde Pública (USP); Unidade de
Recursos Assistenciais Partilhados (URAP).
Esta reestruturação vem por em causa a horizontalidade do sistema de saúde para dar oportunidade à prestação
de cuidados executada de forma vertical entre as instituições, promovendo autonomia das unidades e procurando
41
Diagnóstico Social | Monção | 2012
aproximar os cuidados dos utentes nos mais diversos circuitos inerentes a determinada necessidade, através duma
articulação coesa entre as mesmas (Sakellerides, 2009).
O Agrupamento dos Centros de Saúde do Alto Minho, que propõe garantir um atendimento de qualidade aos
utentes do distrito de Viana do Castelo, integra: cinco Unidades de Cuidados à Comunidade (Melgaço, Monção,
Caminha, Ponte de Lima e Ponte da Barca), dez Unidades de Saúde Familiar (duas nos Arcos de Valdevez, quatro
em Ponte de Lima, uma em Caminha, duas em Viana do Castelo e uma em Darque), quinze Unidades de Cuidados
de Saúde Personalizados (uma em Melgaço, duas em Monção, uma em Valença, uma em Vila Nova de Cerveira,
uma em Caminha, uma em Darque, duas em Viana do Castelo, uma em Barroselas, uma em Arcos de Valdevez,
uma em Refoios/Freixo, uma em Paredes de Coura, uma em Ponte da Barca e uma em Ponte de Lima). A Unidade
de Saúde Pública e a Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados abarcam todo o distrito.
Estas diferentes unidades são constituídas por equipas pluridisciplinares com intervenção multissetorial com
autonomia organizativa e técnica, em articulação interna com as restantes unidades funcionais do Centro de Saúde
e do Agrupamento dos Centros de Saúde, que asseguram, em função das necessidades em saúde da população e
características geo-demografica da área abrangida pela sua intervenção e da disponibilidade de recursos, a
prestação de cuidados entre as 8 e as 20 horas nos dias úteis. A intervenção dos centros de saúde foca-se no
âmbito comunitário e de base populacional e no exercício de funções de autoridade de saúde.
À Unidade de Cuidados à Comunidade compete-lhe prestar cuidados de saúde e apoio psicológico e social de
âmbito domiciliário e comunitário, especialmente às pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis, em situação de
maior risco ou dependência física e funcional ou doença que requeira acompanhamento próximo. Atua ainda na
educação para a saúde, na integração em redes de apoio à família e na implementação de unidades móveis de
intervenção, garantindo a continuidade e qualidade dos cuidados prestados. Integra vários profissionais de
diferentes áreas.
A Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, vocacionada para a Saúde Familiar, tem por missão a prestação
de cuidados de saúde de forma personalizada, garantindo a acessibilidade, a continuidade e a globalidade e é
composta por médicos de família e enfermeiros de referência.
A Unidade de Saúde Pública integra os vários médicos de saúde pública, enfermeiros, técnicos de saúde ambiental,
assistentes técnicos e psicólogos.
Por sua vez a Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados é constituída por técnicos superiores das áreas: serviço
social, nutrição, fisioterapia, psicologia, higiene oral e terapia da fala.
Por último a Unidade de Serviços de Apoio à Gestão (USAG), integra um assistente técnico.
Organização do Serviço Nacional de Saúde no concelho
O concelho de Monção está servido por um Centro de Saúde, com uma extensão de saúde, situada na freguesia de
Tangil e um Serviço de Urgência Básica.
42
Diagnóstico Social | Monção | 2012
O Centro de Saúde de Monção compreende as seguintes unidades funcionais: duas Unidade de Cuidados de Saúde
Personalizados (UCSP) e uma Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC).
A Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, vocacionada para a saúde familiar, em 2012, é constituída por
uma equipa de 14 médicos e 13 enfermeiros, distribuídos por área geográfica. Por esta equipa de especialistas e
segundo resultados do inquérito aos Centros de Saúde realizado em 2009, pelo Instituto Nacional de Estatística, o
número de consultas médicas, no referido ano correspondeu a um total de 53061 consultas, sendo o Centro de
Saúde de Monção o quarto do distrito com maior número de consultas. Em termos de distribuição deste número
por especialidade as consultas na especialidade de medicina geral e familiar foram as que registaram um maior
número, 45947, seguida das consultas de saúde ao recém-nascido, criança e adolescente, 4145, da consulta de
planeamento familiar, 1561, e da consulta de saúde materna, 1376.
Relativamente à Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC), que se encontra em processo de estruturação,
desenvolvendo no entretanto as atividades inerentes à mesma, esta é composta por uma equipa de 5 enfermeiras,
integrando especialidades de saúde infantil, saúde comunitária, reabilitação, saúde materna e obstétrica e gestão
de unidades de saúde, um assistente social, um médico e uma nutricionista.
A intervenção da Unidade de Cuidados à Comunidade abrange as diferentes faixas etárias da população através de
vários programas/projetos, como expressa o quadro abaixo.
Quadro 12 – Programas/Projetos da UCC Monção
Projeto/Programas/Atividades Público-alvo
Preparação parental para a maternidade e paternidade Futuros pais
Projeto de saúde escolar (individual e coletiva) Crianças/Jovens
Programa Escolas Livre de Tabaco (PELT) Jovens
Programa de alimentação saudável (PASSE) Crianças e jovens
Programa de Educação Sexual (PES) Jovens
Programa Nacional de Saúde Oral Crianças/Jovens
Equipa de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) População Adulta
Núcleo de Apoio às Crianças e Jovens em Risco (NACJR) Crianças/Jovens
Projeto de ventiloterapia não evasiva por pressão positiva no domicílio Comunidade
Programa Nacional de Prevenção e Controle de Doença Oncológica Comunidade
Fonte: Centro de Saúde Monção - Unidade Local de Saúde do Alto Minho
População Inscrita no Centro de Saúde de Monção
Ao nível da população inscrita no Centro de Saúde e de acordo com os dados fornecidos pelo mesmo, em
dezembro de 2011, encontravam-se aí inscritos 20726 utentes, representando um número superior ao verificado
nos Censos de 2011 (19230) para a população do concelho, facto que se deve ao número de inscritos esporádicos.
Pela análise do gráfico 14 pode comprovar-se um envelhecimento acentuado que se reflete no número de
população inscrita com mais de 65 anos, representando 27% do total da população inscrita. Caracterizando os
43
Diagnóstico Social | Monção | 2012
utentes inscritos segundo o género assinala-se a predominância do sexo feminino, representando 54.6% contra
45.4% do sexo masculino, sendo, no grupo etário dos 75 e mais anos essa diferença mais acentuada.
Fonte: Centro de Saúde Monção - Unidade Local de Saúde do Alto Minho
Recursos de Saúde
De acordo com as Estatísticas do Pessoal de Saúde do Instituto Nacional de Estatística, o concelho ao nível do corpo
médico e de enfermagem registou um aumento nos últimos cinco anos.
No que diz respeito ao número de médicos por local de residência, este registou, em 2011, um aumento de 17,4%
comparativamente a 2007, consagrando-se, em 2011, num rácio de 2,8 médicos por cada 1000 habitantes.
Ao nível da enfermagem, para o ano de 2011, o concelho dispunha de 3,9 enfermeiros para cada 1000 habitantes
traduzindo-se num acréscimo de 1,5 enfermeiros relativamente ao ano de 2007.
O concelho dispõe ainda de outros recursos de saúde constituindo uma mais-valia para a população. Ao nível de
farmácias (seis) o concelho apresenta uma relação de 3205 habitantes por farmácia onde se encontram a trabalhar
vários profissionais dos quais 13 são farmacêuticos. Com a publicação do Decreto-Lei n.º 134/2005 de 16 de
agosto, que possibilitou a criação de locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica, assistiu-se à
instalação de três espaços desta natureza no concelho.
Ao nível de especialidades médicas o concelho tem registado nos últimos anos uma oferta privada diversificada,
em que com uma periodicidade variável (diária, semanal ou quinzenal) especialistas se deslocam ao concelho
evitando deste modo, aos doentes grandes deslocações
Com sede em Viana do Castelo, o Centro de Respostas Integradas – CRI, desenvolve ações ao nível da prevenção e
formação a nível distrital. Recebem doentes da área da Toxicodependência para tratamento, tendo estes que ser
encaminhados e deslocar-se a Viana do Castelo.
Quadro 13 – Recursos de Saúde e especialidades médicas
Recursos de Saúde / Especialidades Médicas
Farmácias Laboratórios de Analises Clínicas
Para-farmácias Fisioterapia
Oftalmologia Cardiopneumologia
Otorrinolaringologia Dermatologia
Cardiologia Medicina Geral e Familiar
Pediatria Cirurgia Vascular
Podologia Terapia da fala
Osteopatia Medicina dentária
Nutrição Cirurgia geral
Ginecologia/Obstetrícia Audiologia
Urologia Ortopedia
Fonte: Divisão da Educação e das Atividades Sociais e Desportivas do Município
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI)
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) criada pelo Decreto-Lei 101/2006, de 6 de junho,
numa parceria entre o Ministério da Saúde e o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, visa uma atuação
centrada em cuidados integrados de reabilitação global, acompanhamento e manutenção, para pessoas com perda
de funcionalidade ou em situação de risco de a perder, combinando simultaneamente, cuidados de saúde e de
apoio psicossocial, cuidados esses que podem prolongar-se por um período para além do necessário, para
tratamento na fase aguda de doença ou de intervenção preventiva.
Monção é um dos concelhos, no distrito, que dispõe de uma unidade de cuidados continuados integrados fruto de
uma parceria estabelecida entre o Serviço Nacional de Saúde e a Santa Casa da Misericórdia de Monção. Esta
resposta tem como objetivo a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a
pessoas que, independentemente da idade, se encontrem numa situação de dependência.
A Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Monção contempla uma unidade
de média duração e reabilitação e uma unidade de longa duração e manutenção, com uma capacidade para 17
utentes cada.
Quadro 14 – Utentes na Unidade de Cuidados Continuados, 2012
Homens Mulheres Total
UMDR 10 7 17
ULDR 5 12 17
Fonte: Santa Casa da Misericórdia de Monção
Estas unidades vieram contribuir para a melhoria do serviço de saúde ao responder a necessidades transitórias de
saúde evitando permanências desnecessárias em hospitais e promovendo a reabilitação e independência dos
utentes.
Cada unidade de cuidados continuados integrados dispõe de uma equipa técnica multidisciplinar das áreas da
saúde e da ação social, integrando as unidades da Santa Casa da Misericórdia na Unidade de Média Duração 31
profissionais e na Unidade de Longa Duração 27 profissionais.
Paralelamente e neste âmbito o concelho dispõe também de uma Equipa de Cuidados Continuados Integrados
(ECCI), com o objetivo de prestar cuidados continuados integrados a pessoas em situação de dependência no seu
domicílio, de uma forma qualificada e humanizada, diariamente das 8 às 20 horas e aos fins de semana e feriados
com oferta assistencial das 9 às 17 horas. Estão afetas a esta equipa 3 enfermeiras, com intersubstituição das
enfermeiras da UCC, com horas afetas a unidade, tem também uma Assistente Social, uma médica, uma
fisioterapeuta e uma Nutricionista.
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
População com Deficiência
Desconhecendo a realidade do concelho nesta área foi efetuado, em 2011, um levantamento da população com
deficiência contando com a colaboração dos presidentes de junta de freguesia, tendo sido recolhida informação
junto das juntas de freguesia, das escolas do concelho e da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão
com Deficiência Mental de Monção, permitindo identificar 231 pessoas com deficiência. De referir que ao nível das
freguesias apenas se obteve informação de 23 das 33 freguesias que compõem o concelho.
O primeiro indicador deste levantamento é o peso percentual expressivo do sexo masculino, cerca de 60% contra
41,1% do sexo feminino.
Fonte: Rede Social de Monção
Considerando a população em análise, ao nível da sua distribuição segundo os diferentes tipos de deficiência, é
possível verificar uma maior incidência da população com deficiência mental, representando mais de 50%, seguida
da deficiência física/motora enquanto que, a deficiência visual e deficiência de voz/fala é a menos representativa
da população.
Fonte: Rede Social de Monção
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Ao nivel da distribuição por freguesia, Troviscoso, Pias, Monção e Anhões são as quatro freguesias com maior
número de pessoas com deficiência.
Analisando no grafico abaixo a população com deficência mental, no conjunto da população com deficência,
destacam-se as freguesias de Pias, Troviscoso, Monção e Bela como as que registam um maior número de pessoas
com este tipo de deficiência.
Fonte: Rede Social de Monção
Dando continuidade ao trabalho já desenvolvido, será de todo conveniente, numa segunda fase do levantamento
caracterizar a população identificada quanto à idade, escolarização e percurso de vida.
Relativamente às instituições com respostas sociais direcionadas para a população com deficiência, o concelho
conta, desde 1983, com a Associação Portuguesa de Pais e Amigos com Deficiência Mental (APPACDM), que criou
uma estrutura de apoio e educação para a pessoa com deficiência prestando neste momento, através das valências
de lar de apoio, lar residencial e CAO, apoio a 30 utentes.
Quadro 15 – Respostas Sociais para Pessoas com Deficiência, 2012
Fonte: APPACDM – Delegação de Monção, 2012
Instituições Valências Capacidade Nº
Utentes
Acordos com
Segurança
Social
Vagas Lista de
Espera
APPACDM Lar de Apoio 8 5 8 3 0 Lar Residencial 6 6 6 0 1 Centro de Atividades Ocupacionais 16 16 16 0 1
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
6 |Ação Social
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
6 | Ação Social
Estruturas Privadas e Instituições Particulares de Solidariedade Social
Desde 1983 que o concelho de Monção conta com o contributo de Instituições Particulares de Solidariedade Social
que, em cooperação com o Estado, prestam apoio social às diferentes faixas etárias da população nomeadamente
à terceira idade, pessoas com deficiência e primeira infância.
A primeira a ser instalada em Monção foi a delegação da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com
Deficiência Mental – APPACDM, seguida da Santa Casa da Misericórdia de Monção, em 1984. Posteriormente foi
constituído o Centro Paroquial e Social de Pias, 1992, tendo apenas iniciado atividade em 2006. Em 2008 esta IPSS
passou a designar-se de Centro Paroquial e Social Padre Agostinho Caldas Afonso. O Centro Paroquial e Social de
Barbeita e o Centro Paroquial e Social da Bela, surgiram como IPSS em 1995, sendo que a ultima não se encontra
em atividade. Em 1999, foi constituído como IPSS o Censo - Centro Social, Cultural e Recreativo de Messegães,
Valadares e Sá e entre 2000 e 2010 a Associação Social e Cultural São Cosme e Damião de Podame (2000) o Centro
Paroquial Social de S. Pedro de Merufe (2003), o Grémio Social de Mazedo (2005) e a Associação Sócio-Cultural do
Vale da Anta (2008). Das últimas instituições apenas a Associação Sócio-Cultural do Vale da Anta não dispõe de
respostas sociais. Em 2009, foi também criada em Monção uma Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa, sediada
em Ceivães.
Entre 2000 e 2010 surgiram também no concelho duas entidades privadas, com respostas sociais destinadas à
população idosa, designadamente com a valência de lar, Éden – Casa de Repouso e Residência Geriátrica São
Francisco de Assis.
Mapa 4 – Localização das instituições no concelho, 2012
Fonte: Divisão da Educação e das Atividades Sociais e Desportivas do Município
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Atendendo à localização geográfica das IPSS, conforme comprova o mapa acima, verifica-se uma concentração das
mesmas na zona denominada Vale do Mouro, com respostas direcionadas maioritariamente para a população
idosa. A zona do Vale do Gadanha, sendo já uma área diagnosticada com falta de infraestruturas constitui uma
área cuja cobertura ainda não está assegurada.
Respostas Sociais para a 1ª infância
Ao nível das respostas sociais para a primeira infância, que visam a promoção do desenvolvimento infantil e
contribuem para a melhoria das condições de conciliação da vida familiar com a atividade profissional, o concelho
de Monção no que diz respeito à valência de creche dispõem de uma capacidade para 108 utentes com acordos
com a Segurança Social, distribuídas por três IPSS nomeadamente, Santa Casa da Misericórdia de Monção, Centro
Paroquial e Social de Barbeita e Grémio Social de Mazedo. Em janeiro 2012, encontravam-se a frequentar esta
valência 107 (dados da carta social) crianças e existia uma lista de espera de 43 crianças.
Analisando o número de utentes em lista de espera verifica-se que o número de acordos protocolados entre as
IPSS e a Segurança Social não é suficiente. Todavia, com a nova legislação as IPSS podem ver a sua capacidade
aumentada.
Quadro 16 – Instituições com valência de creche, 2012
Instituições Capacidade Nº
Utentes
Acordos com
Segurança
Social
Vagas Lista de
Espera
Santa Casa da Misericórdia de Monção 45 45 45 0 21 Grémio Social de Mazedo 30 34 30 0 22 Centro Paroquial e Social de Barbeita 33 32 33 1 0
Fonte: Carta Social e IPSS
De acordo com os dados dos censos 2011 e para o escalão etário dos zero aos quatro anos de idade, uma vez que
não é possível a obtenção de dados dos zero aos 3 anos, o concelho regista uma taxa de cobertura em creche de
17.7%.
Ao nível de equipamentos de atividades de tempos livres, a taxa de cobertura está longe de dar resposta efetiva
aos tempos livres das crianças. Os dois equipamentos existentes no concelho pertencem a duas IPSS, uma na Santa
Casa da Misericórdia e outra no Censo dando resposta a 50 e 25 crianças respetivamente. De referir que no
período letivo a implementação do prolongamento de horário e das atividades extra curriculares veio responder às
necessidades dos pais possibilitando a conciliação da vida profissional e familiar. Contudo, a grande dificuldade
destes é sentida no período de férias letivas uma vez que no concelho as respostas existentes não são suficientes.
Nos últimos anos foram também surgindo algumas respostas privadas que vão de encontro às necessidades dos
pais. Todavia, e dado serem respostas sem protocolos de cooperação com o Estado os preços praticados tendem a
ser mais elevados não sendo tão acessível para a maioria dos pais.
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Respostas sociais para a população idosa
As respostas sociais existentes e destinadas à população idosa vêm de encontro ao cenário demográfico do
concelho de Monção, caracterizado pelo decréscimo da população jovem e pelo aumento significativo da
população idosa, consubstanciando-se no elevado índice de envelhecimento.
Estas respostas sociais têm como objetivos a promoção da autonomia, a integração social e a saúde do idoso. Em
função das suas necessidades e do grau de autonomia do idoso o concelho dispõe de cinco tipos de respostas: Lar,
Centro de Dia, Centro de Convívio, Serviço de Apoio Domiciliário e Serviço de Apoio Domiciliário Integrado, que se
dividem em dois grandes grupos por um lado, respostas sociais que pretendem evitar ou adiar a institucionalização
nomeadamente, Centro de Dia, Centro de Convívio, Serviço de Apoio Domiciliário e Serviço de Apoio Domiciliário
Integrado e respostas destinadas a pessoas que se encontram numa situação de risco de perda da sua
independência e autonomia nomeadamente, Lar.
Quadro 17 – Instituições com valência para população idosa, 2012
Valências Instituições
Lar Idosos Santa Casa da Misericórdia de Monção
Centro Paroquial e Social de Barbeita
Éden – Casa de Repouso
Residência Geriátrica São Francisco de Assis
Serviço de Apoio Domiciliário Santa Casa da Misericórdia de Monção
Centro Paroquial e Social de Barbeita
Censo
Associação Social e Cultural São Cosme e São Damião de Podame
Centro Paroquial e Social Pe Agostinho Caldas Afonso
Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Monção
Centro Paroquial e Social São Pedro de Merufe
Serviço de Apoio Domiciliário Integrado Santa Casa da Misericórdia de Monção
Centro de Dia Centro Paroquial e Social de Barbeita
Censo
Associação Social e Cultural São Cosme e São Damião de Podame
Centro Paroquial e Social Pe Agostinho Caldas Afonso
Centro de Convívio Censo
Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Monção
Fonte: Instituições Particulares de Solidariedade Social, Instituições Privadas
O concelho apresenta 18 respostas sociais para a população com mais de 65 anos das quais, 4 lares, 7 serviços de
apoio domiciliário, 1 serviço de apoio domiciliário integrado, 4 centro de dia e 2 centros de convívio. Da totalidade
de respostas apenas duas pertencem ao setor privado, as restantes são abrangidas pelas diferentes IPSS.
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Quadro 18 – Capacidade de Resposta por valência, 2012
Valências Número Capacidade
Total
Nº
Utentes
Acordos
com a
Segurança
Social
Vagas Lista
de
Espera
Taxa de
Cobertura
Lar de Idosos 4 178 178 128 0 83 2,7% Serviço de Apoio Domiciliário 7 160 182 160 0 4 2,9% Serviço de Apoio Domiciliário Integrado
1 10 8 10 2 0
Centro de Dia 4 87 33 62 35 0 1,1% Centro de Convívio 2 15 25 15 0 0 0,3%
Fonte: Carta Social, Instituições Particulares de Solidariedade Social, Instituições Privadas
Analisando o Quadro 19, a valência de lar é aquela que apresenta mais fragilidades devido à lista de espera de
pessoas para admissão nesta valência, 83 pessoas inscritas, havendo a necessidade de ampliação desta resposta no
concelho. Tendo em conta esta realidade, estão previstas a criação de novas vagas pelo Centro Paroquial Social de
São Pedro de Merufe, pelo Censo e pela Associação Socio Cultural Vale da Anta com o objetivo de aumentar a
capacidade de resposta das IPSS´s para as solicitações de integração em Lar de Idosos.
Por outro lado, nas respostas sociais Serviço de Apoio Domiciliário, Centro de Convívio e Centro de Dia não existe,
neste momento, lista de espera o que indicia que existe, neste momento, uma boa taxa de cobertura destas
respostas sociais e que será reforçada aquando da entrada em funcionamento da Associação Sócio-Cultural do Vale
da Anta.
Sistema Telealarme
Em 2010, um protocolo entre o Centro Paroquial e Social Pe. Agostinho Caldas Afonso, o Censo, o Centro Paroquial
Social de Barbeita, a Santa Casa da Misericórdia de Monção e os Bombeiros Voluntários de Monção deu origem a
criação do serviço de Telealarme.
Como resultado da parceria estabelecida entre as referidas instituições, tornou-se possível disponibilizar este
serviço à população residente em todas as freguesias do Concelho de Monção. O serviço consiste num sistema
tecnológico, constituído por um dispositivo de alerta e um amplificador de voz ligado ao telefone, que por sua vez
está ligado a uma central nos Bombeiros Voluntários de Monção. Em caso de emergência (queda, doença súbita),
premindo apenas um botão o telefone fará automaticamente uma chamada para os Bombeiros Voluntários de
Monção.
Este serviço funciona 24 horas por dia através de uma central instalada nos Bombeiros Voluntários de Monção, que
desencadeia de imediato os meios de auxílio adequados à situação, realizando a triagem das chamadas e
encaminhando mediante os protocolos estabelecidos com os diferentes parceiros.
Fruto do caráter inovador do projeto, a sua implementação encontrou muitas resistências da parte dos idosos, que
olhavam com desconfiança para a introdução das novas tecnologias no seu quotidiano.
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Assim, após 2 anos de implementação do projeto, o serviço de telealarme possui atualmente 28 utilizadores,
distribuídos por quinze freguesias do concelho, conforme Gráfico X. O projeto tem uma capacidade de resposta
para 45 utentes.
Fonte: Centro Paroquial e Social Pe. Agostinho Caldas Afonso
Prestações Sociais
Rendimento Social de Inserção
A Lei 13/2003 de 21 de maio, veio revogar o Rendimento Mínimo Garantido e criar o Rendimento Social de
Inserção (RSI) destinado a indivíduos e famílias com dificuldades económicas. Este mecanismo de combate à
pobreza è constituído por uma prestação em dinheiro para satisfação das necessidades básicas e de um programa
de inserção para ajudar na integração social e profissional.
Quadro 19 – Rendimento Social de Inserção 2010-2011
2010 2011
Nº agregados acompanhados 135 112
Nº agregados cessados 71 43
Nº beneficiários acompanhados 306 244
Nº agregados isolados 60 58
Nº agregados com menores a cargo 50 37
Nº de agregados que se autonomizaram 36 28
Fonte: Núcleo Local de Inserção de Monção
Analisando os dados referentes a 2010 e 2011, verifica-se que ao longo dos mesmos houve um decréscimo do
número de agregados familiares enquadrados na medida de RSI.
Este decréscimo de 23 agregados e de 62 indivíduos beneficiários da prestação será justificado pelas novas regras
estabelecidas com a entrada em vigor do decreto-lei nº 70/2010, de 16 de junho. Com o referido decreto-lei as três
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
principais alterações centraram-se no conceito de agregado familiar; nos rendimentos a considerar,
nomeadamente os apoios ao nível da habitação social e os rendimentos capitais e prediais; e o estabelecimento de
uma nova escala de equivalências de RSI. Com o novo decreto-lei foi ainda agravada a penalização das falsas
declarações de que resultem quaisquer prestações indevidas.
Por outro lado, considerando os dados referentes ao número de agregados que viram a prestação cessada, em
2011, o número foi inferior, podendo depreender-se que a situação se manteve por mais tempo. Esta situação é
também comprovada, pelo número inferior de agregados que se autonomizaram, comparativamente a 2010.
Quadro 20 – Motivos das Cessações de RSI 2010-2011
2010 2011
Pensão de Velhice ou Invalidez 9 6
Emigração 2 3
Alteração de Residência 4 3
Reestruturação do agregado familiar 2 6
Integração no Mercado de Trabalho 20 11
Integração em Formação Profissional 3 0
Condição da Prova de Recurso 0 6
Recalculo da Prestação após nova lei 7 0
Falsas Declarações 5 2
Falecimento 1 0
Recusa do Acordo de Inserção 2 3
Incumprimento 16 3
Fonte: Núcleo Local de Inserção de Monção
A redução de beneficiários é um fenómeno multifatorial apesar de nem todos os fatores exercerem o mesmo peso.
Assim e de acordo com o quadro X será de referir que os motivos que mais contribuíram para uma redução
quantitativa de beneficiários no ano de 2010 foram a Integração no Mercado de Trabalho (20 agregados), o
Incumprimento dos Acordos de Inserção (16 agregados), a Atribuição de Pensões de Velhice ou Invalidez (9
agregados) e o Recalculo da Prestação após a alteração da lei (7 agregados). No que respeita ao ano de 2011 os
principais fatores que levaram à cessação de processos de RSI foram a Integração no Mercado de Trabalho (11
agregados), a Reestruturação Familiar (6 agregados), a Atribuição de Pensões de Velhice ou Invalidez (6 agregados)
e a Apresentação da Condição de Recursos (6 agregados).
Complemento Solidário para Idosos
A 26 de fevereiro de 2005, através do Decreto-lei nº 232/2005, foi criado o Complemento Solidário para Idosos
(CSI).
O Complemento Solidário para Idosos constitui uma prestação extraordinária de combate à pobreza nos idosos,
sendo um complemento à pensão que o idoso já recebe.
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
No concelho de Monção, no ano de 2001 encontravam-se a beneficiar desta prestação social extraordinária 787
idosos, sendo a maioria do sexo feminino, 77.4% e 22.6% do sexo masculino.
Fonte: Instituto da Segurança Social, IP – Centro Distrital de Viana do Castelo
Ao nível da distribuição dos beneficiários do CSI por freguesia, Merufe, Riba de Mouro, Tangil, Monção e Pias são as
freguesias em que se regista um maior número de população idosa a receber esta prestação extraordinária
refletindo, no universo do número de beneficiários do concelho, 39% dos pensionistas.
Fonte: Instituto da Segurança Social, IP – Centro Distrital de Viana do Castelo
Ao nível dos valores dos montantes das prestações, segundo os dados do Instituto da Segurança Social, nesta
prestação foram gastos, em 2011, 75.769€ mensais correspondendo a uma média de 96€ mensais por beneficiário.
Prestações Familiares
A importância e a necessidade de criar medidas que contribuam para a criação de condições favoráveis ao
aumento da natalidade, por um lado, mas também à melhoria da conciliação da vida familiar e profissional e aos
cuidados da primeira infância levou o governo a desenvolver um conjunto de medidas nomeadamente o abono
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
pré-natal, em 2007, e o subsidio parental inicial, criado em 2009. No concelho beneficiaram, em 2011, 86 pessoas
de abono de família pré-natal e 164 de subsídio parental inicial.
Quadro 21 - Prestações familiares, 2011
Prestações Familiares Nº de beneficiários
Abono de Família para crianças e Jovens 1992
Abono de Família Pré-Natal 86
Subsídio por Adoção 3
Subsidio por Interrupção da Gravidez 4
Subsidio Parental Alargado 31
Subsidio Parental Inicial 164
Subsídio por risco clínico durante a gravidez 32
Subsidio Social Parental Inicial 29
Fonte: Instituto da Segurança Social, IP – Centro Distrital de Viana do Castelo
Contudo, e apesar das medidas de incentivo à natalidade a entrada em vigor, em novembro de 2010, das novas
regras de atribuição da prestação de abono de família, que prevê a cessação desta prestação familiar a famílias
com escalões mais elevados de rendimentos, veio diminuir o número de beneficiários de abono de família.
Fonte: Instituto da Segurança Social, IP – Centro Distrital de Viana do Castelo
No concelho beneficiaram desta prestação, no ano de 2011, 1992 beneficiários, registando a freguesia de Monção
e as limítrofes o maior número de beneficiários, correspondendo também às freguesias com maior número
população na faixa etária dos 0 aos 14 anos.
Pensões
O sistema de segurança social enfrenta hoje os desafios colocados pelo envelhecimento demográfico e pela
evolução das taxas de atividade da população, que instituem um peso orçamental elevado na garantia da proteção
social.
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Analisando a situação do concelho no que diz respeito a este indicador verifica-se que 32,4% da população do
concelho é pensionista do sistema de segurança social. Observando esta faixa da população por sexo, é evidente a
superioridade de pensionistas do sexo feminino, 4117, contra 2115 do sexo masculino.
Fonte: Instituto da Segurança Social, IP – Centro Distrital de Viana do Castelo
No que diz respeito à estrutura da população relativamente ao regime de pensões 6036 são beneficiários do
regime geral contributivo, que engloba o regime geral, o regime rural regulamentar e o regime rural transitório, e
196 beneficiários do regime não contributivo, ou seja, regime de pensão social.
Fonte: Instituto da Segurança Social, IP – Centro Distrital de Viana do Castelo
Ao referir que 32,4% da população do concelho é pensionista, estamos a falar num número bastante significativo
da população cujas fontes de rendimento/recursos económicos está associado ao baixo valor das suas reformas e
pensões designadamente pensões de velhice, invalidez ou sobrevivência.
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Fonte: Instituto da Segurança Social, IP – Centro Distrital de Viana do Castelo
Comissão de Proteção de Crianças e Jovens
No campo da proteção da criança e dos jovens o concelho de Monção conta, desde 1995, com a Comissão de
Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), que permite, pelo trabalho desenvolvido conhecer a gravidade dos
problemas sociais e dos contextos familiares em que estas crianças e jovens estão inseridos.
O trabalho da promoção dos direitos e a proteção das crianças e jovens incumbe num primeiro momento às
entidades com competência em matéria de infância e juventude, ou seja, escolas, saúde, segurança social,
autarquias, encontrando-se a intervenção da comissão de proteção de crianças e jovens numa segunda linha de
atuação, que sucede da impossibilidade de as entidades atrás referidas atuarem de forma adequada e suficiente no
sentido de remover o perigo em que as crianças e jovens se encontram.
No âmbito do trabalho da CPCJ de Monção, ao longo dos últimos cinco anos regista-se um aumento significativo no
ano de 2009 em relação ao ano anterior (2008) contudo, nos últimos 3 anos o volume processual é semelhante
registando-se em 2011 um volume processual de 98 processos (quadro x).
Fonte: Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Monção, relatorio de atividades 2011
A instauração ou reabertura de um processo de promoção e proteção implica a receção, pela CPCJ, de uma
sinalização evidenciando uma situação de perigo para a criança ou jovem. No ano de 2011, como se verifica no
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
gráfico seguinte, as principais entidades sinalizadoras foram, por ordem decrescente, os estabelecimentos de
ensino, sinalizando cerca de 25% das situações, as autoridades policiais (16,1%) e a Segurança Social através do
serviço de atendimento local. De salientar o quarto lugar que é ocupado pelas sinalizações de cidadãos que não
revelam a sua identidade quando efetuam a sinalização à CPCJ (10,7%).
Fonte: Comissão de Proteção de Crinaças e Jovens de Monção, relatorio de atividades 2011
Ao analisar a diversidade de entidades sinalizadoras (11 entidades) esta situação pode representar uma maior
atenção da comunidade face à situação das crianças e jovens em perigo.
Caracterizando as crianças e jovens acompanhados pela CPCJ de Monção, no ano de 2011, relativamente ao sexo,
verifica-se que 53% dos processos correspondem a crianças do sexo feminino e 47% do sexo masculino, sendo no
escalão etário dos 0 aos 5 anos, que a diferença de valores registados entre os sexos atinge o seu valor máximo,
com 70% de crianças do sexo feminino e 30% do sexo masculino.
Fonte: Comissão de Proteção de Crinaças e Jovens de Monção, relatorio de atividades 2011
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Na análise por escalão etário, o escalão dos 6-8 foi o que registou um maior número de crianças acompanhadas (32
processos), representando 32.6% do total.
Analisando-se, agora, as principiais situações de perigo detetadas nas crianças e jovens com processo de promoção
e proteção, na CPCJ de Monção, no ano de 2011, as mesmas incidem maioritariamente em três problemáticas:
exposição da criança ou jovem a comportamentos que possam comprometer o seu bem-estar e desenvolvimento
(ECPCBEDC) 26% (25), negligência 23,2% (13) e criança ou jovem assume comportamentos que afetam o seu bem-
estar e desenvolvimento (CJACABED) 17,9% (10).
Fonte: Comissão de Proteção de Crinaças e Jovens de Monção, relatorio de atividades 2011
Registando valores percentuais menos representativos, no total das situaçõs de perigo, encontram-se o abandono
escolar e o abuso sexual, representando 3,6% das situações.
É de salientar que integrada na problemática em que a criança ou jovem estão expostos a comportamentos que
podem comprometer o seu bem estar e desenvolvimento , encontram-se as situações de violência doméstica e a
problematica do alcoolismo, fazendo com que esta problematica apresente um valor tão expressivo.
No que concerne às medidads de promoção e proteção aplicadas pela CPCJ, a maioria corresponde a medidas que
mantêm a criança ou jovem em meio natural de viada sendo a medida mais aplicada o Apoio Junto dos Pais.
Banco Local de Voluntariado
O Banco Local de Voluntariado de Monção é uma estrutura local de organização do voluntariado, dinamizado,
desde 2010, pela Divisão da Educação Atividades Sociais e Desportivas da Câmara Municipal de Monção. Tem por
missão promover e divulgar o voluntariado no concelho facilitando o encontro entre a oferta e a procura de
voluntários e instituições organizadoras de voluntariado.
Entre os principais objetivos do Banco, destacam-se: sensibilizar os cidadãos para o voluntariado e contribuir para a
consciência coletiva dos problemas e para o compromisso na respetiva prevenção e solução com recurso ao
voluntariado; acolher as candidaturas quer de pessoas interessadas na atividade voluntária, quer de entidades
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
promotoras de voluntariado; proceder à aferição do perfil do candidato a voluntário, mediante a realização de
entrevista; encaminhar os voluntários de acordo com as características da atividade a desenvolver, bem como
aferir, regularmente, com as entidades promotoras, o grau de satisfação das partes no desenvolvimento da
atividade.
Em termos de funcionamento, o Banco Local de Voluntariado de Monção funciona com base na inscrição de
pessoas que manifestam o desejo de exercer o seu direito ao voluntariado e, inscrições de instituições que
pretendam ou já são promotoras de voluntariado.
Atualmente o BLV de Monção conta com a participação de 50 voluntários, dos quais 20% são do sexo masculino e
80% do sexo feminino. Analisando a estrutura etária da bolsa de voluntários, constata-se que os grupos etários
com maior representação são aqueles que apresentam idades compreendidas entre os 45 e os 64 anos e os 25 e 44
anos de idade.
0
5
10
15
20
25
18-24 25-44 45-64 65 ou mais
Gráfico 29 - N.º de voluntários inscritos por escalão etário
Fonte: Banco Local de Voluntariado de Monção, 2012
Ao nível das habilitações literárias dos voluntários inscritos, cerca de 32% apresentam licenciatura nas mais
diversas áreas, 30% possuem o ensino secundário, 14% o 2.º ou 3.º ciclo, 6% o 1.º ciclo e 16% não se encontra
discriminado.
Das 16 entidades promotoras de voluntariado, 10 são instituições particulares de solidariedade social, 3 são
estabelecimentos de ensino, 1 entidade de administração pública, 1 privado e 1 entidade oficial não judiciária.
Ao longo dos dois anos de atividade do BLV de Monção foram desenvolvidos 55 programas de voluntariado, que
envolveram voluntários e entidades promotoras. As principais áreas de intervenção abrangidas pelos programas
foram a educação, a cultura, a ação social, a saúde e a justiça.
61
Diagnóstico Social | Monção | 2012
354
13
2 1
Gráfico 30 - Áreas de intervenção do voluntariado
Acção social
Cultura
Educação
Saúde
Justiça
Fonte: Banco Local de Voluntariado de Monção, 2012
Na área da ação social têm-se efetuado essencialmente programas dirigidos à população idosa institucionalizada; à
1.ª infância, no apoio às creches; às famílias e/ou idosos em contexto domiciliários e à população com deficiência.
Os voluntários têm participado ativamente em campanhas de recolha de material escolar para os mais carenciados,
em ações de distribuição de alimentos e na dinamização do Banco Municipal de Livros Escolares. No domínio da
educação, a população-alvo abrangida é, por um lado, a camada mais jovem, traduzida em projetos educativos
junto das escolas e, por outro lado, na educação/formação de adultos. Na área cultural, os jovens voluntários têm
apoiado os eventos dinamizados no concelho, através do programa “Cultura +”.
Paralelamente, e numa abordagem mais transversal, têm-se desenvolvido ações de formação em voluntariado e
ações de sensibilização sobre a temática para a população escolar.
O BLV de Monção surge assim como uma porta de entrada para todos aqueles que pretendem expressar a sua
cidadania ativa, exercer o seu dever de cidadão e ir de encontro às necessidades dos mais desfavorecidos,
apoiando indivíduos, famílias e entidades norteados pelo princípio de responsabilidade cívica.
Universidade Sénior de Monção
Proporcionar à população do concelho com mais de 50 anos um espaço organizado onde, enquanto alunos, podem
frequentar disciplinas e ai terem a possibilidade de verem os seus conhecimentos divulgados, valorizados e
ampliados bem como, participar em atividades de caráter cultural são os objetivos que levaram a Câmara
Municipal de Monção e o Censo a criar a Universidade Sénior de Monção, no ano de 2008.
62
Diagnóstico Social | Monção | 2012
Fonte: Universidade Sénior de Monção
Observando o gráfico pode verificar-se que a média de alunos ronda os 50 por ano e o número de disciplinas as
onze.
No que diz respeito à distribuição de alunos por sexo estes são maioritariamente do sexo feminino.
63
Diagnóstico Social | Monção | 2012
7 |Segurança
64
Diagnóstico Social | Monção | 2012
7 | Segurança
Para a garantia das condições de segurança, da ordem pública e proteção das pessoas e bens o concelho de
Monção dispõe de dois postos da Guarda Nacional Republicana, o posto territorial de Monção, com 23 militares e o
posto territorial de Tangil com um corpo de 10 militares.
As áreas geográficas abrangidas pelo posto territorial de Tangil são as freguesias situadas na zona do Vale do
Mouro nomeadamente: Ceivães, Messegães, Sá, Valadares, Badim, Segude, Podame, Tangil, Riba de Mouro e
Merufe. Quanto ao posto territorial de Monção este abrange as restantes freguesias do concelho.
De acordo com os dados do INE, o concelho de Monção, nos últimos cinco anos tem vindo a registar um aumento
da taxa de criminalidade. No ano de 2011 a taxa de criminalidade registou um aumento na ordem dos 14,8 ‰
relativamente ao ano de 2007, ano em que a taxa de criminalidade15
foi de 14,3‰.
Fonte: Guarda Nacional Republicana – Posto Territorial de Monção e Tangil
No ano de 2011, os dois postos da GNR de Monção e Tangil registaram 519 crimes, mais sete do que em 2010
(512), destacando-se os crimes contra o património, 51%, onde se enquadram os furtos (217 crimes) e danos (38
crimes), seguidos dos crimes contra pessoas (28%) dos quais 43 crimes foram de ofensa à integridade física
voluntária simples e 30 crimes de violência doméstica.
Do registo da GNR são também de assinalar os números de crimes contra a vida em sociedade destacando-se o
crime de incêndio/fogo posto em floresta, tendo-se registado 52, em 2011, dos quais 16 foram registados pelo
posto territorial de Tangil e a condução de veículos com taxa de álcool igual/superior a 1,2g/l, 29 crimes.
15
Taxa de criminalidade: Número de crimes, ou seja, factos descritos e declarados passível de pena criminal por lei anterior ao momento da sua prática, por 1000 habitantes.
65
Diagnóstico Social | Monção | 2012
8 |Atividade Económica e Emprego
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
8 | Atividade Económica e Emprego
Emprego
Existem um conjunto de razões que nos levam a considerar que o homem se define enquanto ser humano e ser
social através do trabalho. Seguindo a ordem lógica das necessidades básicas de Maslow, a primeira razão que leva
o homem na procura de um trabalho é a necessidade fisiológica de garantir a sua sobrevivência e a dos seus
familiares. Pois, é do trabalho que o homem se alimenta, se veste, tem uma casa, tem educação e saúde.
Num segundo patamar pode encontrar-se a necessidade de segurança, de estabilidade profissional e num terceiro
patamar a razão social, a necessidade de integração social, da pertença a um grupo, da valorização pessoal,
autoestima e autorrealização.
Todavia, nem todos chegam ao topo da pirâmide ficando-se muitas das vezes apenas pela garantia da sua
sobrevivência, ou por opção, ou porque a sociedade não lhe permite continuar a escalada na satisfação das
necessidades.
Assim, analisando a população de Monção face à sua situação perante o trabalho pretende-se, num primeiro
momento caracterizar a população ativa16
do concelho.
Na análise da distribuição da população ativa por sexo, como apresenta o gráfico abaixo, a população do sexo
masculino representa quase 58% da população ativa contra 42% de ativos do sexo feminino.
Fonte: INE, Censos 2001
De acordo com os dados do recenseamento geral da população de 2001, a taxa de atividade17
é de 37.1%,
ocupando o oitavo lugar no conjunto dos dez concelhos da sub-região Minho-lima e representando um valor
bastante abaixo do valor observado para o continente.
16
População Ativa: conjunto de indivíduos com idade mínima de 15 anos que, no período de referência, constituíam a mão de obra disponível para a produção de bens e serviços que entram no circuito económico (empregados e desempregados).
67
Diagnóstico Social | Monção | 2012
Fonte: INE, Censos 2001
Por freguesia, a taxa de atividade apresentava valores superiores à registada no concelho, nas freguesias de
Lordelo, Trute, Barroças e Taias, Monção, Mazedo, Moreira, Cortes, Anhões, Sago, Tangil, Troporiz, Troviscoso,
Podame e Segude. As freguesias de Luzio, Valadares, Badim e Lara são as que apresentam valores inferiores a 30%.
Fonte: INE, Censos 2001
Dos 7418 indivíduos ativos, em 2001, 93,9% encontravam-se empregados18
. Ao nível da distribuição da população
empregada por profissões19
, para o mesmo período, sobressai a percentagem de população empregada nas
17 Taxa de Atividade: taxa que permite definir o peso da população ativa sobre o total da população.
18 Empregado: Indivíduo com idade mínima de 15 anos que, no período de referência, se encontrava numa das seguintes
situações: a) tinha efetuado trabalho de pelo menos uma hora, mediante pagamento de uma remuneração ou com vista a um benefício ou ganho familiar em dinheiro ou em géneros; b) tinha um emprego, não estava ao serviço, mas tinha uma ligação formal com o seu emprego; c) tinha uma empresa, mas não estava temporariamente ao trabalho por uma razão específica; d) estava em situação de pré-reforma, mas encontrava-se a trabalhar no período de referência.
68
Diagnóstico Social | Monção | 2012
profissões ligadas à indústria, agricultura e comércio (CNP7 CNP6 e CNP5) e um valor muito significativo de
trabalhadores não qualificados, representando 10% da população empregada do concelho.
Nota-se ainda um peso pouco expressivo da população empregada nas profissões mais qualificadas, CNP1 e CNP2,
representam apenas 12% da população empregada.
Fonte: INE, Censos 2001
Desemprego
Caracterizando a população que se encontra em idade ativa mas, numa situação de desemprego, os dados
fornecidos pelo IEFP, de dezembro de 2010/2011, apontam para um decréscimo de 3.8% da população
desempregada.
No mesmo período, na análise dos dados por género, verifica-se um aumento significativo de desemprego
masculino (49.8% para 53.7%) justificado pelo impacto da crise económica que afetou empresas cuja mão de obra
é maioritariamente masculina, como seja o caso das empresas ligadas ao setor da construção civil, e uma
diminuição do desemprego feminino (50.2% para 46.3%).
19
Classificação Nacional de Profissões: CNP1- Quadros superiores da administração pública, dirigentes e quadros superiores de empresas; CNP2 - Especialistas das profissões intelectuais e científicas; CNP3 - Técnicos e profissionais de nível intermédio; CNP4 - Pessoal administrativo e similares; CNP5 - Pessoal dos serviços e vendedores; CNP6 - Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas; CNP7 - Operários, artífices e trabalhadores similares; CNP8 - Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem; CNP9 - Trabalhadores não qualificados
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional, 2011
Na caracterização da população desempregada segundo o escalão etário, conforme comprova o gráfico abaixo,
registou-se uma diminuição da população desempregada com menos de 25 anos (17.1% para 14.4%) e com idades
entre os 35 e 54 anos (42.6% para 39.3%) e um aumento de 4% do número de desempregados com mais de 55
anos.
Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional
Ao nivel da escolaridade da população desempregada, verifica-se um aumento da população desempregada com
nivel de escolariadade mais elevado, verificando-se em 2011 que o número de desempregados com ensino
superior, no concelho, era de 13.6%. Nota-se ainda um ligeiro decréscimo da população desempregada com
escolaridade abaixo do 1º ciclo do ensino básico, representando 5%.
70
Diagnóstico Social | Monção | 2012
Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional
Analisando a situação da população desempregada face à procura de emprego, a situação que caracteriza a maior
parte dos desempregados inscritos é a de se encontrarem à procura de novo emprego, 86.9%, consequência da
diminuição de postos de trabalho. Contudo, esta situação registou um ligeiro descréscimo em relação a 2010
(88.9%).
Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional
Para a mesma referencia temporal assiste-se a um aumento, de dois pontos percentuais, no número de população
à procura do primeiro emprego, refletindo as saidas de estudantes que completaram o ensino superior e procuram
a integração no mercado de trabalho.
Relativamente ao tempo de permanencia dos desempregados inscritos no centro de emprego, a situação de
desemprego com duração inferior a um ano é a mais verificada em 2011 (355) quanto ao desemprego de longa
duração (inscritos há um ano ou mais) o valor no ano em referência registou um decrescimo de 35% para 31%.
71
Diagnóstico Social | Monção | 2012
Procedendo a uma análise da taxa de desemprego20
na sub-região Minho-Lima, no ano de 2011, verifica-se que a
taxa de desemprego no concelho de Monção é a segunda mais baixa (3%).
Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional – estatisticas mensais
Tecido Empresarial
O tecido empresarial de Monção, caracterizado com base nos dados do INE, Empresas por Município segundo o
CAE, é composto por 1768 empresas, dados referentes a 2009, com maior incidência no setor secundário e
terciário.
Quanto à dimensão das empresas, no concelho predominam as empresas de pequena dimensão, com menos de 10
colaboradores, representando 96% do tecido empresarial.
Quadro 22 - Número de empresas, segundo o escalão de pessoal ao serviço, 2009
Total Empresas Menos de 10 10-49 50-249 250 ou mais
1768 1698 68 2 0
Fonte: INE, Anuários Estatísticos Regionais, 2010
No que concerne ao número de trabalhadores por conta de outrem21
(2310 em 2009) verifica-se que estes estão
inseridos na sua maioria em empresas do setor terciário, representando 56% do total de trabalhadores por conta
de outrem, seguido do setor secundário (42.4%).
20
Taxa de Desemprego: taxa que permite definir o peso da população desempregada sobre o total da população ativa 21
Trabalhadores por Conta de Outrem: Indivíduo que exerce uma atividade sob a autoridade e direção de outrem, nos termos de um contrato de trabalho, sujeito ou não a forma escrita, e que lhe confere o direito a uma remuneração, a qual não depende dos resultados da unidade económica para a qual trabalha.
72
Diagnóstico Social | Monção | 2012
Quadro 23 – Trabalhadores por conta de outrem, segundo o setor de atividade, sexo, e ganho médio mensal,
2009
Total Homens Mulheres Ganho Médio
Mensal
Homens Mulheres
Setor Primário 38 27 11 647.2€ 708.0€ 498.2€
Setor Secundário 979 670 309 689.0€ 739.1€ 580.6€
Setor Terciário 1293 533 760 743.2€ 815.7€ 692.3€
Fonte: INE, Anuários Estatísticos Regionais, 2010
Quanto ao género destaca-se no setor secundário um número bastante mais elevado de trabalhadores do sexo
masculino enquanto que, no setor terciário se regista o inverso, mais trabalhadores do sexo feminino mas, numa
diferença não tão substancial.
Quando analisamos o ganho22
mensal dos trabalhadores por conta de outrem, o valor médio mensal para o
concelho de Monção é de 718.7€ sendo de salientar que as mulheres auferem valores mensais substancialmente
mais baixos que os trabalhadores do sexo masculino, registando-se esta diferença salarial em todos os setores de
atividade.
Observando este indicador económico ao nível da sub-região Minho-Lima, o concelho de Monção apresenta o
segundo valor mais baixo, do ganho médio mensal.
Ao nível do poder de compra per capita, o concelho e Monção, regista um valor de 62.87%, muito abaixo do
registado na região norte (87.64%) e na sub-região Minho-Lima (73.59%).
Zonas empresariais
O concelho de Monção tem apostado na criação de zonas empresariais tornando-se um concelho atrativo do ponto
de vista empresarial. Constituindo a implementação de empresas um dos motores da economia, Monção tem
procurado, assim, potenciar a criação de emprego necessário ao desenvolvimento da economia local.
Pólo Industrial da Lagoa
O Pólo Industrial da Lagoa, loteamento industrial promovido pelo Município, localiza-se na freguesia de Cortes e
está principalmente vocacionado para acolher pequenas e médias unidades industriais e de armazenagem.
A implementação deste projeto teve como principais objetivos por uma lado, promover um melhor ordenamento
territorial do concelho, e por outro, promover a criação de novos postos de trabalho, de forma a criar condições
para a fixação da população no concelho.
22
Ganho: Montante ilíquido em dinheiro e/ou géneros, pago ao trabalhador, com caráter regular em relação ao período de referência, por tempo trabalhado ou trabalho fornecido no período normal e extraordinário. Inclui, ainda, o pagamento de horas remuneradas mas não efetuadas (férias, feriados e outras ausências pagas).
73
Diagnóstico Social | Monção | 2012
Ocupando, uma área total de cerca de 99.000 m2, o loteamento é atualmente composto por 31 lotes e duas “zonas
verdes”, construídas com a finalidade de minorar o impacte visual da edificação. Equipado com as devidas
infraestruturas, arruamentos, rede de abastecimento de água, rede elétrica de baixa tensão, rede de
telecomunicações, rede de saneamento básico e rede de drenagem de águas pluviais, o pólo usufrui ainda de boas
acessibilidades e de ligação às principais redes viárias que ligam Monção ao distrito e à Galiza.
Presentemente o Pólo Industrial da Lagoa tem 21 lotes vendidos. Desses, 10 estão ocupados por empresas ligadas
à indústria, 8 destinados a armazenamento, 2 oficinas/serviços e 1 comércio. Em termos de empregabilidade, no
universo das empresas instaladas no Pólo Industrial da Lagoa, encontram-se a trabalhar 229 trabalhadores.
Pólo Industrial do Vale do Mouro
Prosseguindo os mesmos objetivos, o Município tem em fase de projeto a criação do Pólo Industrial do Vale do
Mouro a situar na freguesia de Messegães. Com uma área total de 53.220m2 e 33 lotes, esta área industrial será
direcionada para a instalação de micro e pequenas empresas nos diferentes setores de atividade.
Minhopark - Monção
Fruto da parceria entre o Município de Monção e a Associação Industrial do Minho, foi constituída a sociedade
“MinhoPark – Monção – Parque Empresarial do Noroeste Peninsular, SA” com o objetivo de receber empresas
inovadoras e/ou de base tecnológica, servindo como estrutura de acolhimento empresarial capaz de promover o
desenvolvimento local e regional através da captação de empresas e recursos humanos para a região.
Abrangendo terrenos das freguesias de Pinheiros, Troporiz, Mazedo e Lara, com infraestruturação de "ponta" e um
modelo de negócio "flexível“, a MinhoPark prevê a criação de 1250 postos de trabalho, num investimento global de
20 milhões de euros para receber dentro de dois anos uma centena de empresas. Para o final do primeiro trimestre
de 2012, está previsto o lançamento do concurso público internacional para a infraestruturação de terrenos, em
fase final de aquisição pela sociedade gestora do parque industrial.
Relativamente ao tipo de empresas a serem integradas no Minhopark a sociedade prevê que estas sejam empresas
de elevado índice de inovação, de tecnologia avançada, de operadores de transporte e outro tipo de empresas que
aí se pretendam instalar.
74
Diagnóstico Social | Monção | 2012
9 |Ambiente
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Diagnóstico Social | Monção | 2012
9 | Ambiente
Para a análise da qualidade ambiental do concelho de Monção foram tidos em consideração os seguintes
indicadores: água, saneamento básico, resíduos, espaços verdes e espaços desportivos.
Água
A gestão do sistema de abastecimento de água no concelho é feita pelo Município de Monção, gerindo 9 sistemas
e nas freguesias de Anhões, Barroças e Taias, Cambeses, Ceivães, Moreira, Lara, Lapela, Luzio, Merufe, Messegães,
Pias, Pinheiros, Tangil, Troporiz e Trute pelas respetivas juntas de freguesia, por delegação da autarquia.
Os sistemas de abastecimento de água incluem a captação, tratamento e distribuição domiciliária. Os Sistemas de
Abastecimento da responsabilidade da Câmara Municipal, tem atualmente 7.136 consumidores.
Saneamento Básico
O sistema de saneamento básico no concelho é composto por redes de drenagem de águas residuais domésticas e
redes de drenagem de águas residuais pluviais, sendo, as primeiras encaminhadas para tratamento em Estações de
Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e as segundas para o Rio Minho.
A gestão e exploração destas redes de drenagem de águas residuais domésticas e pluviais são da responsabilidade
da autarquia. Quanto à gestão e exploração das infraestruturas de tratamento e rejeição das águas residuais estão
concessionadas à empresa Águas do Noroeste, SA.
Atualmente o concelho apenas tem em funcionamento dois sistemas de drenagem de águas residuais domésticas:
o sistema de Monção que serve as populações de Monção, Troviscoso, Bela, Mazedo (zona alta) e Cortes cujas
águas residuais são tratadas na ETAR de Monção e o sistema de Barbeita/ Ceivães que serve essas freguesias e
cujas águas residuais são tratadas na ETAR de Ceivães.
A tabela seguinte mostra a evolução da quantidade de utilizadores que solicitaram ligação à rede de drenagem de
águas residuais nos anos 2010 e 2011.
Quadro 24 - Número de utilizadores com saneamento básico em 2010-2011
Ano N.º de utilizadores
2010 3327
2011 3441
Fonte: Divisão de Serviços Urbanos do Município de Monção
Desta forma, verifica-se que o n.º de utilizadores da rede de drenagem de águas residuais aumentou em 2011. No
entanto, estes valores não correspondem à totalidade da população que tem disponível a rede de drenagem de
águas residuais, prevendo-se por isso, que o número de utilizadores continue a aumentar nos próximos anos.
76
Diagnóstico Social | Monção | 2012
Encontram-se em construção as redes de drenagem da freguesia de Barbeita e os sistemas de drenagem de Pias e
Lapela, incluindo a construção de ETAR compactas para tratamento dessas águas residuais.
Resíduos
No concelho o sistema de gestão dos resíduos indiferenciados inclui a sua recolha dos locais de armazenamento
temporário (contentores) e transporte a destino final, nomeadamente, a deposição em aterro. A recolha é
garantida por contrato de prestação de serviços com uma empresa privada, que é responsável pela recolha e
transporte até às instalações da Valorminho dos resíduos indiferenciados, dos monstros e equipamento elétrico e
eletrónico.
Para a deposição indiferenciada a autarquia coloca ao dispor contentores de superfície e contentores enterrados. A
recolha dos resíduos depositados nestes contentores coletivos, é efetuada diariamente no centro urbano e com
uma periodicidade de duas vezes por semana nas freguesias rurais.
Desde 2008, os habitantes do Concelho de Monção, foram responsáveis pela deposição em aterro de 25.100
toneladas de resíduos, que corresponde a uma média de 17 toneladas/ dia. No quadro seguinte pode verificar-se a
evolução da quantidade de resíduos indiferenciados que foram depositados no aterro da Valorminho desde 2008 e
o respetivo valor da produção média diária de cada monçanense.
Quadro 25 - Quantidade de resíduos indiferenciados com destino final o aterro, entre 2008 e 2011
Ano Quantidade (ton/ ano) Capitação (Kg/ hab. dia)
2008 5.839,56 0.88
2009 6.211,18 0.94
2010 6.323,02 0.96
2011 6.154,73 0.92
Fonte: Divisão de Serviços Urbanos do Município de Monção
Deste modo, podemos verificar um aumento progressivo na quantidade de resíduos enviados para aterro desde
2008 até 2010. No entanto, em 2011 registou-se uma diminuição nessa quantidade de resíduos e,
consequentemente, na produção média diária de cada habitante podendo, esta diminuição estar relacionada com
a diminuição do consumo como consequência da recessão económica que o país atravessa.
Quanto à deposição seletiva de resíduos esta é efetuada pelos munícipes nos denominados ecopontos.
Atualmente existem dispersos pelo concelho cerca de 96 vidrões, 82 papelões e 78 embalões correspondendo a 1
ecoponto para cerca de 300 habitantes. Em todas as freguesias do concelho existe pelo menos um ecoponto,
embora em algumas delas, existam entre 2 a 5 ecopontos, conforme a dimensão da freguesia. Contudo, a realidade
revela que em muitas freguesias mais rurais as pessoas têm que se deslocar a grandes distâncias para depositar os
resíduos recicláveis nos ecopontos.
Em 2011 foi criada pela Valorminho uma rede de recolha de óleos alimentares usados, tendo sido colocados em
todas as freguesias do Concelho, contentores para a sua deposição, os oleões. Os óleos são depositados nos oleões
77
Diagnóstico Social | Monção | 2012
que, posteriormente são recolhidos para serem transformados em biodiesel. Quanto à recolha dos resíduos, a
recolha dos papelões, embalões e vidrões é efetuada quinzenalmente nas freguesias e semanalmente no centro
urbano pela Valorminho. Estes resíduos depois de devidamente separados na estação de triagem da Valorminho
são entregues para valorização a entidades licenciadas para o efeito.
O gráfico seguinte mostra as quantidades de cada tipo de resíduo que foi valorizado desde 2008 até 2011 e
permite-nos observar uma diminuição da quantidade de resíduos que foram recolhidos seletivamente no ano
2011.
Gráfico 42 - Quantidade de resíduos recolhidos seletivamente entre 2008 e 2011
Fonte: Divisão de Serviços Urbanos do Município de Monção
Esta diminuição, também registada na produção de resíduos indiferenciados, poderá também constituir uma
consequência direta da diminuição no consumo, não significando, de algum modo, um retrocesso no
comportamento dos habitantes relativamente à separação e à reciclagem dos resíduos.
Acessibilidades
A promoção da acessibilidade constitui um elemento fundamental na qualidade de vida das pessoas, sendo um
meio imprescindível para o exercício dos direitos por qualquer cidadão.
O meio determina em grande parte o efeito de uma incapacidade sobre o quotidiano de uma pessoa, quando a
este lhe são negadas as oportunidades de que dispõe a comunidade em geral. Deste modo, é necessário eliminar
quer as barreiras físicas, quer as barreiras dos preconceitos e construir uma sociedade integradora que reconheça
que as pessoas com incapacidade podem e devem participar ativamente na vida social e cultural do concelho.
No sentido de tornar o concelho mais inclusivo, a autarquia fruto de uma candidatura ao Programa Operacional
Potencial Humano criou o Plano Municipal de Promoção da Acessibilidade - Projeto Rampa, com início em janeiro
de 2011 e término em dezembro de 2012. Com este projeto, ao se verificar que as barreiras físicas são as que mais
78
Diagnóstico Social | Monção | 2012
diretamente excluem as pessoas com incapacidade da vida em sociedade, prevê inicialmente a realização de um
levantamento e diagnóstico sobre as condições de acessibilidades no concelho e num segundo momento o
desenho de uma proposta para a criação dessas condições de acessibilidade.
A entrada em vigor do Decreto-lei nº 163/06 de 8 de agosto veio estabelecer novos parâmetros na eliminação das
barreiras urbanísticas e arquitetónicas nos espaços públicos e nos espaços privados, assumindo as autarquias um
papel importante ao indeferir pedidos de licenciamento ou autorização de loteamento, urbanização, construção,
reconstrução ou alteração de edificações por não respeitarem as condições de acessibilidades exigíveis, garantindo
assim estruturas mais inclusivas no concelho.
79
Diagnóstico Social | Monção | 2012
V2 – Apresentação e interpretação da informação recolhida
Aquando a elaboração do último Diagnóstico Social, decorria o ano de 2007, os parceiros sociais do CLAS de
Monção definiram três linhas orientadoras do planeamento e da intervenção a nível concelhio, destacando os
setores da família, da infância/juventude e do envelhecimento, como as três vertentes essenciais de ação. A
dimensão de análise revelou-se, contudo, parca atendendo à amplitude do conceito de desenvolvimento local. No
escrutínio dos problemas junto dos parceiros sociais, verificava-se que a incidência recaía na área do apoio social
em detrimento de outras vertentes igualmente preponderantes para o desenvolvimento local. Assim, uma das
maiores preocupações na elaboração do Diagnóstico Social de 2012 foi ampliar as dimensões de análise e veicular
o surgimento de outras até ao momento descuradas. A visão partilhada permitiu o surgimento das seguintes
temáticas: habitação, educação e formação, cultura, saúde, ação social, atividade económica e emprego e
ambiente.
Do trabalho realizado pelos parceiros na identificação dos principais pontos negativos referentes à situação
presente e à realidade interna do concelho, bem como na identificação das ameaças exteriores à realidade
concelhia, verificou-se que alguns dos pontos assinalados ganharam relevância pela sua transversalidade. A atual
conjuntura económica e social do país, percetível pela escassez de financiamento e na limitação orçamental das
autarquias e entidades; o incumprimento da legislação em vigor, bem como o trabalho individualizado das
entidades locais, assumiram destaque nas preocupações dos parceiros sociais ao longo da análise dos diferentes
problemas identificados em cada uma das temáticas apresentadas.
A dimensão da Habitação foi considerada uma área crítica do desenvolvimento social do concelho. Os parceiros
identificaram como problemas: o número reduzido de fogos de habitação social para apoio de famílias/indivíduos
carenciados e os reduzidos apoios à recuperação de habitação de agregados familiares com dificuldades
económicas. Se, por um lado, verificamos que ao longo dos anos tem existido algum investimento dos residentes
na melhoria/recuperação das habitações sociais, contando para isso com alguns apoios externos de programas
como o PROHABITA, SOLARH e PCHI; por outro, o cenário económico e social do país não tem permitido às
famílias, bem como à autarquia, responder de forma efetiva ao problema da habitação, uma vez que não existem
recursos financeiros de apoio que sustentem a intervenção.
As preocupações dos parceiros do CLAS na área da Educação e Formação refletem as mudanças verificadas nessa
área nos últimos anos. Concomitantemente com a reformulação da rede escolar tem-se assistido ao encerramento
de muitas escolas. Como consequências destas mudanças, foram elencadas um conjunto de repercussões
relacionadas com a desertificação das freguesias e a existência de espaços/equipamentos desocupados, ainda em
bom estado. Referida como mais uma debilidade do ensino, a falta de recursos técnicos especializados para o
apoio de crianças com dificuldades de aprendizagem é já uma realidade. O próprio decreto- lei 3/2008, que define
os apoios especializados a prestar na educação, dificultou o acesso e o sucesso educativo de alunos com
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dificuldades de aprendizagem, sem enquadramento na supracitada lei. De igual modo, o número reduzido de
professores com especialização nesta área não permite responder de forma efetiva às necessidades destes alunos.
A perceção do aumento das sinalizações de comportamentos agressivos/intimidatórios por parte das
crianças/jovens - bulliyng, bem como a falta de recursos adequados para lidar com esta problemática, dão maior
expressividade a este fenómeno. Se, por um lado, os parceiros referem a desvalorização do fenómeno por parte da
comunidade escolar, por outro, enfatizam a baixa supervisão parental e a reduzida educação para os afetos como
fatores desencadeadores do comportamento.
No âmbito da Cultura os parceiros consideraram escassas as atividades sociais concelhias destinadas à população
idosa, existindo paralelamente um fraco envolvimento da população jovem nas atividades culturais existentes.
Referem ainda a existência de um excesso de coletividades locais que acabam por gerar alguma concorrência entre
si. Para os parceiros, se esta diversidade de coletividades está muito ligada às tradições culturais e as preservam, o
seu excesso implica uma dotação orçamental elevada para a autarquia e uma sobreposição de atividades dado não
se verificar uma cultura de trabalho em parceria entre as mesmas.
Na área da Saúde, os parceiros sociais atribuíram um papel relevante às questões da equidade social no
desempenho de um quadro de desenvolvimento sustentável, colocando a tónica na resolução dos problemas de
acessibilidade do Município de Monção. A existência de barreiras arquitetónicas no acesso a edifícios públicos e a
insuficiente e inadequada rede de transportes públicos existentes no concelho tornou-se objeto de debate e
análise. Destacou-se a importância de nos encontrarmos na fase de levantamento e diagnóstico para elaboração
do Plano Municipal de Promoção da Acessibilidade do Município, que tem como finalidade identificar e detalhar os
problemas existentes ao nível da acessibilidade, cumprindo o disposto no decreto-lei n.º 163/06 de 8 de agosto.
Na área da educação para a saúde, os parceiros realçaram o aumento do consumo de álcool e de outras drogas,
mais especificamente na camada mais jovem da população e a maior expressão dos comportamentos disfuncionais
relacionados com a prevalência dos distúrbios alimentares, na mesma faixa etária. Elencaram a permissividade e a
baixa supervisão parental, a transgeracionalidade cultural, a facilidade no acesso a fast-food, drogas lícitas e ilícitas,
cultura permissiva em relação ao consumo de álcool, a publicidade, como fatores precipitantes.
Ao nível das competências locais e distritais de intervenção no alcoolismo, apesar de existir uma intervenção
concertada dos técnicos no que se cinge à sinalização e identificação de situações, os recursos no âmbito do
tratamento e posterior reinserção ainda são considerados descentralizados e parcos.
No âmbito da Ação Social a orientação da definição das problemáticas deu-se em três sentidos: definição das
populações vulneráveis, respostas sociais existentes e apoios económicos. Os grupos identificados, centro de
atenção dos parceiros sociais, foram as vítimas de violência doméstica, associado ao aumento do número de
sinalizações e consequente expressão do fenómeno, e a população idosa isolada sem retaguarda familiar e/ou
apoio psicossocial, com baixos recursos económicos. Os parceiros identificaram um conjunto de dispositivos de
proteção social, a fim de assegurar a proteção das pessoas mais vulneráveis, baseados na legislação em vigor, nas
linhas de apoio existentes e nas equipas técnicas locais de deteção e intervenção.
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Ao nível das respostas sociais existentes emergiu como problemática a questão associada à distribuição geográfica
pouco racional das instituições particulares de solidariedade social do concelho. Se, por um lado, é valorizada a
relação interinstitucional ao nível técnico, por outro, são retratadas dinâmicas que condicionam negativamente
essa relação como a sobreposição dos diferentes serviços prestados, a falta de limitação de áreas geográficas de
intervenção para cada instituição por parte da Segurança Social, o trabalho individualizado das instituições e a
concorrência desleal ao nível de comparticipação dos utentes. Adicionalmente, identificou-se outro problema
relevante associado ao número insuficiente de infraestruturas/apoio técnico para as pessoas com deficiência em
virtude da ineficácia das políticas de integração das pessoas portadoras de deficiência. Por último, a leitura da
situação atual foi alargada aos constrangimentos associados à diminuição dos apoios económicos a agregados
familiares com dificuldades económicas.
Na dimensão da Atividade Económica e Emprego, a análise conduziu ao realce da falta de apoios para a
recuperação de casas degradadas no centro histórico. Todavia, o desemprego foi a realidade mais equacionada. A
preocupação com o elevado número de desempregados no concelho, a falta de oportunidades de emprego e o
fraco dinamismo do tecido empresarial foram os problemas destacados nesta temática. Como denominadores
comuns do desemprego foram elencados os fatores económicos relacionados com a crise económica, contração do
mercado de trabalho e consequente escassez generalizada da oferta, a desregulação do mercado laboral, a maior
flexibilização dos despedimentos introduzida, o desfasamento entre as qualificações detidas pela população ativa e
as que o mercado de trabalho necessita, as dificuldades na reinserção de adultos no mercado de trabalho, entre
outros. Em contraponto aos fatores de vulnerabilidade, os parceiros identificaram um conjunto de
oportunidades/recursos capazes de constituir um alicerce à construção de novas perspetivas, dos quais se
destacam: a expansão da zona industrial da Lagoa, a criação da Zona Industrial Minho Parque – Monção, o
desenvolvimento do pólo industrial do Vale do Mouro e Longos Vales – Merufe, a existência do pólo industrial de
Lara, a criação do Porto Seco em Salvaterra, a proximidade ao mercado laboral espanhol, o sistema de incentivos às
empresas – COMPETE – QREN – Programa Operacional Fatores de Competitividade, bem como os diferentes
apoios do Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Relativamente ao Ambiente, área não prioritária no anterior diagnóstico Social, apresenta-se agora como um dos
grandes desafios que se colocam à sociedade moderna, sendo cada vez mais assumido o compromisso de
salvaguarda da equidade entre gerações assente num modelo de desenvolvimento sustentável. A crescente
consciência social desta problemática reflete-se no nosso Município pelas problemáticas identificadas pelos
parceiros como sejam a existência de depósitos ilegais de resíduos sólidos (lixeiras), a deficiente rede de recolha de
lixo e a falta de cobertura de saneamento básico em todas as freguesias.
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VI – Conclusões e Prioridades
A elaboração do Diagnóstico Social de 2012 procura representar um ponto de partida para a implementação de um
processo de planeamento integrado que fundamente, enquadre e oriente o trabalho dos diversos agentes que
atuam no domínio social.
Tendo por base o levantamento estatístico realizado e os problemas identificados pelos parceiros sociais locais,
estão criadas as condições base para, a partir daqui, serem tomadas posições fortes e serem assumidos
compromissos concretos na resolução dos problemas identificados. A priorização dos mesmos, efetuada pelos
parceiros nas sessões de trabalho do CLAS, poderá nortear a intervenção/ação. Apresentam-se, de seguida, os
problemas identificados por ordem decrescente de prioridade: número elevado de desempregados no concelho;
número elevado de idosos sem retaguarda familiar e sem apoio psicossocial (isolamento e solidão); aumento do
consumo de álcool e de outras drogas na camada jovem; número reduzido de fogos de habitação social para apoio
de famílias/indivíduos carenciados e respostas insuficientes para as pessoas com deficiência ao nível de
infraestruturas e apoio técnico.
Cabe agora ao CLAS de Monção, através do recurso aos diversos instrumentos de planeamento, definir uma
estratégia local de desenvolvimento, numa lógica de intervenção local.
Finalmente, o Núcleo Executivo agradece a todos os parceiros, cujo contributo e colaboração foi essencial para a
elaboração deste documento de trabalho. O Diagnóstico Social estará disponível igualmente no site da Câmara
Municipal de Monção www.cm-moncao.pt.
Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.