O que é cultura?
Latim: cultivar;
Literatura: produção e perpetuação das artes, do saber, do folclore,
de mitos e dos costumes pelas gerações;
Sociologia: tudo que é aprendido e compartilhado pelos indivíduos
de um grupo social e que os identifica;
Filosofia: aquisição de conhecimentos e práticas de vida
reconhecidas como melhores ou superiores, uma cultura ideal;
Antropologia: padrões aprendidos e desenvolvidos pelo ser
humano pra sua organização em grupo, valendo-se dos costumes e
tradições passados de geração para geração.
Relativismo Cultural
• Não existe culturas superiores e inferiores,
nem quem não tenha cultura; as culturas
são todas apenas diferentes.
Voltaire.
Conceito moderno de Cultura.
• São práticas e ações sociais num espaço que agregam
crenças, comportamentos, valores, instituições, regras
morais que permeiam e identificam uma sociedade.
• A cultura é adaptativa e acumulativa. Existe uma
evolução cultural de acordo com as necessidades e
formação de cada geração cultural. (Darwinismo
Cultural)
Edward Burnett Tylor
Culturas: Erudita, de Massa e Popular.
• Erudita: produzida e imposta por uma elite
econômica e política;
• Massa: criada para a maioria das pessoas, para
população em geral, com intuito de
entretenimento e manipulação;
• Popular: produzida fora dos contextos
institucionais e mercantis, nas periferias.
Periferias.• Geralmente falamos em periferias para nos referirmos
às zonas sociais que se localizam às margens docentros urbanos (favelas, vilas, guetos);
• Todavia, já podemos tratar como zonas periféricastambém as zonas rurais das grandes metrópoles, ou atémesmo os lugares distantes delas.
• Periferia é todo lugar distante dos centros urbanos quesofre com problemas na educação básica, saneamento,saúde, com a violência, com tráfico de drogas,prostituição, trabalho infantil, desemprego; enfim, que éatingido duramente pelo descaso social e político.
Hip-hop• Movimento cultural surgido no final da
déc. 60 nos EUA, no bairro violento do
Bronx, em Nova Iorque.
• Surgiu como reação aos conflitos sociais e
à violência sofridas pelas classes baixas
urbanas; é uma cultura basicamente de rua
que reivindica espaço e voz às periferias.
• É composto de quatro elementos:
História do Hip-Hop
• O movimento teve sua base surgida no final do anos 60 na Jamaica, em kingston,
como forma de crítica e denúncia à violência e ao governo. Eram festas
realizadas nas ruas com canções fraseadas e rimadas, onde haviam disputas de
rimas entre as pessoas ao som instrumental do reggae;
• Na déc. 70, nos subúrbios negros e latinos de Nova Iorque, trazido pelo
jamaicano Kool Herc, surgiu como forma de identificação das classes oprimidas,
como porta-voz de denúncia dos problemas sociais que sofriam: tráfico, violência,
racismo, pobreza;
• Além de Kool, outro grande nome que inspira até hoje o cenário hip-hop de todo mundo é o do também jamaicano Afrika Bambaataa;ele transformou o movimento na época na cara que tem atalmente;
• Mas também serviu como afirmação de gangs que lutavam peladominação das áreas de tráfico e prostituição; uma outra forma deopressão dentro das próprias periferias.
Hip-Hop no Brasil.• No Brasil o movimento chegou nos anos 80, em São Paulo/SP.
Nomes como Styllo Selvagem, Thaíde, Dj Hum, iniciaram o cenáriohip-hop no país;
• A ordem do movimento é o protesto contra o preconceito racial, amiséria e a exclusão;
• Serve como gesto de integração social e de re-socialização.
• Em nosso país, o movimento teve um
caráter mais fantástico e interessante: ele
é agregador de culturas, principalmente,
das africanas;
• Tem em sua formação desde a capoeira
até mesmo os ritos religiosos africanos,
aproveitando-se de todos seus elementos
para desenvolver e aperfeiçoar a dança, a
música e seus grafites;
• Possui um apelo moralista muito grande
entre os jovens das comunidades, favelas,
vilas dos grandes centro urbanos, tentando
propor um futuro diferente ao do tráfico às
crianças e adolescentes destes lugares.
A função social.
• Denúncia do descaso social;
• Luta contra os preconceitos,
principalmente, racial;
• Porta-voz de uma sociedade
que tem muitos dos seus
direitos de cidadãos negados;
• Identidade cultural afirmativa
desta sociedade;
• Inserção e re-inserção social;
• Educação e profissionalização.
Literatura de Cordel.• A literatura de cordel é um tipo de poesia popular, originalmente oral, e
depois impressa em folhetos rústicos pendurados por barbantes, cordéis,como era feito em Portugal;
• São ilustrados por xilogravuras;
• Os cordelistas recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada,acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamaçõesmuito empolgadas e animadas;
• Na tradição oral de hoje, soma-se a atuação dos repentistas, que fazemdisputas de versos continuados um pelo outro.
Agrega artes e culturas.
• Assim como hip-hop, só que bemmais antigo e arcaico, o cordel é ummanifestação popular e de periferiaque agrega outras artes, comodança, poesia, o desenho e aoralidade;
• Suas temáticas são do dia-a-dia,desejam representar a realidadehostil do clima do sertão, da difícilsobrevivência por causa da fome, damiséria e da sede;
• Desde os anos 80 o cordel tomououtras proporções. Radicou-se noscentro urbanos como forma deprotesto também, de retrato edenúncia dos problemas sociais.
Identidade.
• O cordel marca a identidade de um povo, sua história e seus
costumes;
• Grupos como Nação Zumbi, Cordel do Fogo encantado, Macaxeira
Azul, trabalham com ONGs preocupadas com a educação como forma
de combater o trabalho infantil e a prostituição juvenil.
Representação popular.
• Como toda forma de cultura, o cordel tem uma representação muito
própria do prosaico, sabendo lidar com a linguagem regional e refletir, às
vezes, em tom cômico seus temas;
• essa veia regional e cômica possibilita fazer fortes críticas à vida dura do
sertão, retratar as cenas cotidianas e penetrar até mesmo nos grandes
centros urbanos do nordeste, onde já se faz literatura de cordel, mas
com intuito comercial.