História em Quadrinhos
ConsultorasPatrícia Corsino e Hélen A. Queiroz
Episódio 7:O Creme Lambuzante
Episódio:O Creme Lambuzante
SINOPSE geral da série
Na segunda temporada de Chico na Ilha dos Jurubebas, nosso herói está com 8 anos e já sabe ler e escrever. Ele tem um novo amigo na escola, Reco, um game maníaco recém-chegado de Recife e que agora também passa as tardes com Chico e Ocride na estamparia do Vô Manu.
Já o velho marinheiro Manu tem novidades. Além de ampliar seus negócios, está se esforçando para perder alguns quilos e se livrar da compulsão por pão com linguiça... apesar das inevitáveis recaídas.
Na Ilha dos Jurubebas, para a infelicidade e o desespero de todos, Ozo se autoproclamou “Chefe Mala III”. Chico, Ocride e Anabela contarão com Reco para lutar contra as ordens e as leis malucas que o tirano Ozo impõe aos Jurubebas.
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Nossa proposta é ampliar o universo cultural das crianças com
práticas lúdicas de leitura e escrita em gêneros discursivos variados. As
aventuras de Chico são compostas por episódios para televisão, página na
internet, jogos de computador e dicas pedagógicas que trazem gêneros
contextualizados em diversas situações. A série se propõe a ser um
recurso a mais para ampliar e/ou desencadear situações de ensino e de
aprendizagem relacionadas ao processo de alfabetização/letramento.
Apresentação
Agora, cabe a você, professor(a), alterar e adaptar nossas dicas a sua
realidade. Crie a partir delas situações para as crianças pensarem a língua
escrita tanto no mundo real quanto no mundo imaginado.
Boa aula! ☺
Palavras-Chave
História em Quadrinhos – Mangá - Cartunistas
Vô Manu está organizando a sua biblioteca por livros, catálogos, revistas
e etc. Na ilha, Ozo lança uma HQ para fazer propaganda do “Creme Lambuzante
Ozonir” que faz os seus pelos ficarem mais brilhantes. Alertados pelos bips do
relógio de Chico, os amigos que estavam se aventurando pela ilha são avisados
que Vô Manu está aprontando uma das suas. Quando voltam à estamparia, Vô Manu
preparava a encomenda do Reco encadernando os mangás, mas todos estavam
invertidos, algo que precisa ser evitado. Novamente na ilha, Chico e Reco têm a ideia
de fazer uma HQ, desmascarando o monstro e seus falsos produtos. Na estamparia,
os garotos leem para Vô Manu a HQ que escreveram e acrescentam-na à coleção.
Neste episódio, as crianças, além de estarem em contato com as Histórias
em Quadrinhos, também produzirão, juntas, novas histórias, explorando a estrutura
desse gênero tão caro ao público infantil. Nesse processo de interação, terão de
elaborar diálogos, escolher os balões apropriados para cada cena, além de criar
desenhos que ajudem a contar a história.
Sinopse do episódio3
PrincipaisConceitos a serem trabalhados
A HQ é um gênero discursivo que entrelaça escrita, desenhos, símbolos e possibilita uma discussão sobre a relação entre texto e imagem. Você, professor(a) pode abordar a linguagem dos HQ explorando suas carac-terísticas tais como: os tipos de balão e seus significados, as onomatopéias, as expressões dos personagens, a organização do texto nas páginas dos quadrinhos, a diferença de posição da narração e da voz do personagem, a direção da leitura, entre outros. As HQ transitam em muitos universos, além do infantil, e ocupam espaço especialmente no humor e na ficção, mas tam-bém na discussão política, na crítica social, na difusão de informações.
Muitos personagens das HQ ganharam a tela e se transformaram em protagonistas de filmes e de desenhos animados: Super Homem, Homem Aranha, Capitão América, Mafalda, Tim Tim, Asterix, Mônica e Cebolinha, Bolinha e Luluzinha, entre muitos outros. São chamados de quadrinistas os desenhistas de quadrinhos. Eles têm seu estilo marcado pelos traços dos desenhos que fazem e dos personagens que criam. A observação dos traços dos desenhos também é um ponto relevante do trabalho com esse gênero e, conhecer algumas HQ, seus heróis e autores/desenhistas, pode ser uma atividade de leitura que amplie o universo de referências das crianças e/ou que provoque um outro olhar para o que conhecem.
Há variações no que genericamente chamamos de histórias em quadrinhos. As tiras são sequências de poucos quadros. Os cartuns são tiras cômicas, histórias em quadrinhos de humor, e quem faz estes desenhos ou ilustrações humorísticas são chamados cartunistas. Também no campo do humor, há a charge, geralmente um quadro apenas, que alia o humor à crítica
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política e social. Todo jornal de grande circulação tem um espaço para uma charge e isso também pode ser explorado junto às crianças.
Neste universo circulam também os Mangás, que aparecem no episódio como as histórias preferidas do Reco. Os Mangás são HQ japonesa que cujas raízes remontam ao século VII, com o aparecimento dos primeiros rolos de pinturas japonesas que associavam pinturas e textos, para juntos, contarem uma história à medida que eram desenrolados. No séc. XX sofreu influência das HQ americanas e européias e passou a ter uma enorme circulação. Os Mangás têm uma característica muito própria que é a ordem de leitura inversa do ocidental, ou seja, inicia-se da capa do livro com a brochura à sua direita (correspondendo a contracapa ocidental), sendo a leitura das páginas feita da direita para a esquerda. Além disso, o conteúdo é impresso em preto e branco, contendo esporadicamente algumas páginas coloridas, geralmente no início dos capítulos, e em papel reciclado tornando-o barato e acessível a qualquer pessoa.
Você pode observar, com estas ligeiras informações, que há muito o que explorar neste universo de HQ. Um projeto de leitura de HQ pode começar solicitando às crianças que levem algumas revistinhas para a escola. A partir do que leem você pode iniciar um projeto.
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As histórias em quadrinhos (HQs) são
uma narrativa visual, que misturam
texto e desenho de maneira única.
Sugestão deAtividades
Como as histórias em quadrinhos transitam no universo infantil com facilidade, pois não são tão caras como os livros e são vendidas em bancas de jornal, muitas crianças são leitoras des-se gênero, mesmo antes de lerem com autonomia. O fato de serem histórias também contadas atra-vés de imagens possibilita uma leitura quadro a quadro, a partir dos desenhos e expressões dos personagens, gerando interpre-tações. Dessa forma, o trabalho pedagógico pode ser impulsio-nado com a proposta de se mon-tar uma gibiteca com e da turma. Após a organização do acervo, a leitura de gibis pode fazer parte da rotina diária das crianças, al-ternando momentos de leitura livre e leitura compartilhada em
duplas, trios, grupos. Dessa forma, as crianças conhecerão muitas his-tórias em poucas semanas, exerci-tando a leitura silenciosa e em voz alta. O troca-troca de gibis também pode ser estimulado na turma o que, certamente, aumentará o inte-resse do grupo pela leitura de gibis.
Para uma ampliação cultural a partir do trabalho com HQ, você pode propor uma pesquisa sobre a biografia e personagens Maurício de Souza, criador de uma das turmas mais famosas dos quadrinhos brasi-leiros, a Turma da Mônica.
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Quadrinhos da Turma da Mônica de Maurício de Souza
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Ao longo das atividades de leitura, os professores podem ex-plorar as características físicas e de personalidade dos personagens, os diferentes tipos de balões e recur-sos gráficos usados, assim como o texto curto, estruturado basica-mente em diálogos, com pequenas linhas narrativas acima dos balões. Tudo isso ajudará na compreensão das histórias e na criação autoral das crianças, quando propostas pelos professores.
Algo que pode ser bem di-vertido para se fazer em duplas ou grupos é escrever uma nova histó-ria dentro dos quadrinhos apenas com as imagens e os balões em branco (isso pode ser feito através da fotocópia de histórias ainda des-conhecidas, porém sem o texto). Uma atividade como essa, possivel-mente, poderá gerar uma discussão
sobre os aspectos formais da HQ e uma troca de saberes e ideias entre as crianças. Após os grupos termi-narem suas histórias, as diferentes versões poderão ser compartilha-das com toda a turma e, por fim, os professores podem apresentar a versão original do cartunista, discu-tindo semelhanças e diferenças en-tre as histórias criadas pela turma. Apreciar e enaltecer as produções infantis, são maneiras de estimular na turma o desejo de criar e escre-ver sempre mais. Dessa forma, a gi-biteca da turma poderá ser sempre alimentada por novas produções.
Aproveitar o projeto para esti-mular no grupo o desenvolvimento das artes gráficas é também uma grande oportunidade de talentos serem revelados, ao mesmo tem-po que aqueles com o desenho um pouco menos estruturado poderão
Exemplos de Onomatopeia
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Exemplos de Onomatopeia
A leitura de gibis, como de outros gêneros discursivos, deve fazer parte da rotina de leitura das crianças, ao longo de todo o ano letivo, mas o projeto com a produção de novas histórias em quadrinhos pode durar cerca de 4 semanas.
Duração das atividadesSugeridas
desenvolver seus traços, pensando na escolha de cores e recursos para aju-dar a contar a história com seus dese-nhos. O espaço para todos os “estilos” deve estar aberto e os trabalhos artísti-cos poderão fazer parte de uma mos-tra cultural na escola.
Gibiteca
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Avaliação Um trabalho pedagógico com histórias em quadrinhos pode ser avaliado a partir da diversidade das produções infantis, considerando as características específicas do gênero, que inclui o diálogo entre palavra e imagem. Observar se as crianças se apropriaram da linguagem que pode fazer rir e divertir o leitor pode ser o foco da avaliação, assim como a desenvoltura na leitura em voz alta e os recursos gráficos usados nos desenhos produzidos nas produções autorais da turma.
O personagem Reco se fantasia e
incorpora um dos heróis dos Mangás -
quadrinhos japoneses
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E. M. Barro Branco – Caxias/RJ - Crianças montam a lenda do Saci Pererê no formato de histórias em quadrinhos
Sugestão de Ampliações
Para ampliação cultural das crianças, os professores podem res-gatar a história da Revista Tico-Tico, a primeira e a mais importante revista voltada para o público infanto-juvenil no Brasil que, apesar de ter a produ-ção francesa como referência, revelou alguns cartunistas brasileiros, no início do século XX, em 1905, sendo publica-da até o ano 1977. O site da Biblioteca Nacional disponibiliza a versão digital da revista e várias informações sobre esse clássico (http://hemerotecadigi-tal.bn.br/artigos/o-tico-tico).
Os professores podem tam-bém explorar o mangá, as famo-sas histórias em quadrinhos feitas no estilo japonês. No Japão, o ter-mo designa quaisquer histórias em quadrinhos e sua origem está no Teatro das Sombras, que na épo-ca feudal percorria diversos vilare-jos contando lendas por meio de fantoches. Essas lendas acabaram sendo escritas em rolos de papel e ilustradas, dando origem às histó-rias em sequência e, consequen-temente, originando o mangá. Al-guns mangás publicados fora do Japão possuem a configuração ha-bitual do Ocidente.
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Mangá: Histórias em quadrinhos feitas
no estilo japonês
Sugestões de Leitura
SOUZA, Maurício. Coleção Histórica Turma da Mônica. Editora Panini.
http://www.turmadamonica.uol.com.br/
http://www. hemerotecadigital.bn.br/artigos/o-tico-tico
http://www.centraldemangas.com.br
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1212Ficha técnicaDireção Geral
Bebeto AbrantesProdução ExecutivaJussara Precioso
RoteirosPedro Salomão
Juliana MilheiroConteúdo de Língua Portuguesa –
ConsultorasPatrícia CorsinoHélen Queiroz
Direção de AnimaçãoDiogo Viegas
Produção de AnimaçãoRamon Vasconcellos
Desenho Sonoro & MúsicasPedro Cintra
EdiçãoWellington AnjosDireção Estúdio
Gabriel EdelDireção Documentais
Tatiana OstrowerDireção de Fotografia & Câmera
Marcelo PaternosterDireção de Produção
Cris Amorim
ElencoVÔ MANU
Ademir de SouzaCHICO
Gabriel LimaRECO
Nathan Alves RossetoANABELA
Érica Pires
FinalizaçãoCoordenação e Produção de
FinalizaçãoJussara Precioso
Assistência de EdiçãoNatália Santana
Edição de SomWellington Anjos
VideografismoInova FilmesFábio Araújo
MixagemRodrigo de Castro Lopes
Correção de CorWellington Anjos
Intérprete de LIBRASIsaac Gomes
Design GráficoMariana Vieira
DubladoresAnabela
Maíra GóesLucrão
Ricardo SchnetzerMonstro Ozo
Luiz Carlos PersyOcride
Marcelo GarciaDireção de Dublagens
Paulo VignoloTécnico de Gravação Dublagens
Allan ArnoldEstúdio DublagensEstúdio Gigavoxx
AnimaçãoSupervisão de Storyboard
Diogo ViegasStoryboards
Alessandro MonneratDiogo Viegas
Márcio de CastroRafael SchmidtRaphael Jesus
Direção de Arte e Design de PersonagensDiogo Viegas
LayoutMário ProençaRafael Schmidt
Cenários e Supervisão de CorMário Proença
Assistência de ColorizaçãoDiego Luis
Elementos de CenaJ. Luiz Bellas Jr.
Composição Setup 2D e ediçãoRamon Vasconcellos
RiggingAlessandro Monnerat
AnimadoresFelippe Steffens
Leonardo BentolilaJoão RicardoMaria Amélia
Sussumu TogoApoio Estúdio de Animação
2DLAB
Site & JogosGame Design & Arte
Rodrigo MottaWebdesign
Rodrigo Motta Dayvid MendesAnimação & Arte
José Trigueiro JuniorProgramaçãoAleff GhimelDiego GalizaSound DesignAndré Tolsen
Desenvolvimento Games & SiteKaipora Digital
TV ESCOLA Coordenação de EducaçãoVera Franco de Carvalho
Acompanhamento PedagógicoHenrique Polidoro
Coordenação de ProduçãoDaniela Pontes
Coordenação de MultimídiaRafael Mesquita
Produção Executiva do ProjetoDaniela PontesRafaela Camelo
Supervisão Multimídia do ProjetoDaniela PontesRafaela CameloRafael Mesquita
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PRODUÇÃO REALIZAÇÃO