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CIRCUITOMATOGROSSO

CUIABÁ, 14 A 20 DE JUNHO DE 2012CULTURA EM CIRCUITO PG 5www.circuitomt.com.br

CONTOS ÁRABES PARA JOVENS DE TODAS AS IDADES

Rosemar Coenga é

doutor em Teoria Literária e

apaixonado pela literatura de

Monteiro Lobato

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COMUNIDADE BRASILEIRA LGBT GANHA FORÇAS NO MUNDO

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geminiano, produtor

cultural e militante incansável da

comunidade LGBTT

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Carlinhos é jornalista

e colunista social

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BARALHO NA MESANos lembrados dos bairros da

capital sempre havia uma olhadeira desorte, não é que é verdade, D.Simplicidina, com seus longos anosvividos domina um baralho comoninguém. Descendente de escravo,cuiabana criada no lendário bairro doBaú, em “pleno dos namorados”,algumas moças armazenadas foramolhar o seu destino; com aquela vozsilenciosa ela falava o presente, ofuturo e o passado. D. Simplicidina éclarividência, vê algo sobrenatural,inclusive a sua residência é semprevisitada por políticos. Segundo ela, aconceituada vidente viu desatinos nospolíticos que estarão participando dasucessão municipal. Haverá muitodescontentamento de “caciques” porcausa de promessas de alguns políticosde não patrocinarem estas eleições. Emsegredo, revelou-me quem serão osfuturos prefeitos de Cuiabá e VárzeaGrande. Revelou-me que ambos sãofilhos da terra.

TEMPOS DE GLÓRIANas décadas de 60, 70 e 80 o

Jardim Alencastro era uma verdadeirapassarela de gente bonita, sobre abrisa da Fonte Luminosa, obra doentão prefeito Vicente Vuolo. Em frenteao Bar Pinheiro, sob a batuta de Sr.João e D. Ana Pinheiro, e ao Bar doBugre, ambos eram uma verdadeiralocomotiva de políticos, poetas e gente

da alta plumagem da sociedadecuiabana. Dos lembrados clubes:Feminino e D. Bosco, pilotado porJacildo e Seus Rapazes, da voz de ourode Juarez Silva e da luz iluminada domestre China no seu sax, ali reinavama elegância e o glamour. Dos bailesdas mocinhas que se apresentavampara a sociedade. Como eram bonitasas debutantes! Na época havia muitasbiscatinhas no Cine-Teatro Cuiabá àsterças-feiras para a tradicional sessãodas moças. O esfrega-esfrega noescurinho fazia parte da agendacultural. Os rapazes da alta sociedadecuiabana dançavam com as meninasda sociedade nos clubes, altasmadrugadas iam boferar no BarColorido, abraçando e dançando comas mulheres de vida fácil até oamanhecer. As opções eram tantas deLurdina, a Jevenilha, de Leonarda eCarminha, e assim vivemos os temposde glória de Cuiabá.

AGULHA DE OUROJá diziam as famosas costureiras

cuiabanas: “Esse mundo é um luxo”. Astendências usadas pelas divas docinema nacional e internacional seriama inspiração para elas criarem os seusmodelitos. As famosas mestras da alta-costura: Sezita Campos Riché, MariaVieira Aguiar, Oscarlina Ramos, SoniaGama Laurindo, Maci Santos, ElzaDutra, Lucy Spinelli e Mariazinhafaziam das confecções os modelitos

mais criativos para brilhar nos grandesacontecimentos sociais vividos emCuiabá. As máquinas sempre em altarotatividade da alta costura para oseventos: casamentos, bodas, passes,festas realizadas no 6º andar doPalácio Alencastro, onde o bom gostofalava mais alto. Dos badaladoscasamentos vividos na capital amaioria era feita pelas mestras da alta-costura cuiabana. Elas tambémrevolucionaram nos concursos dasmisses, não perdendo o bom gostopara os papas da alta costurabrasileira Clodovil e Dener. Cuiabácontinua sendo fonte de pesquisas, dascuriosidades urbanas e das históriasvividas.

LOUVAR SÃO BENEDITOA presença das insígnias nos lares

cuiabanos exala o cheiro de cravo erosa, quando a bandinha anuncia apresença da esmola de São Benedito.Uma multidão de gente humildeacompanhando esse ritual de fé dequase 300 anos, São Beneditocontinua operando milagres nas vidas,em outros planos espirituais o númerodos eleitos ainda falta muito.Considerando com o santo festeiro da“Cidade Verde”, já o saudoso D.Aquino Corrêa e vários outros poetascuiabanos que sempre visarão estetitulo de São Benedito. Em meuimaginário sinto a participação dospolíticos bem distante, dos ex-festeiros,

da sociedade em geral, dosempresários em ver manter esta fé, atradição de um povo que desde odescobrimento de Cuiabá nas lavrasdo Rosário. Segundo alguns intelectuaisda época, D. Pedro escreveu uma cartaautorizando a festa de São Benedito.Neste local enriqueceu a Corte Realcom muito ouro. Louvar a São Beneditoé participar de suas tradições, ter umcoração e uma alma humilde, nãoprocurar Benedito nas horas de dor edesespero. Participem os cuiabanos denascimento e de coração. Informações:Comissão de Festa (65) 3624-1405.Paróquia (65)3322-5473 e-mail:paró[email protected]

No mapa-múndi dos direitos delésbicas, gays, bissexuais, travestis,transexuais e transgêneros (LGBT), o Brasilocupa posição de destaque em relação àrealidade vivida por homossexuais em boaparte do globo.

No relatório da AssociaçãoInternacional de Lésbicas e Gays (Ilga -International Lesbian and Gay Association)o território nacional aparece com asmesmas cores daqueles países que maisrespeitam os gays. A mesma pesquisa,porém, mostra que 78 países proíbemrelação homossexual.

A decisão do Supremo TribunalFederal (STF) de reconhecer a uniãohomoafetiva como entidade familiar, emmaio de 2011, reposicionou o Brasil nomapa publicado pela Ilga em maio desteano. Com base na Constituição Federalde 1988 e numa decisão unânime, osministros estenderam aos homossexuais osmesmos direitos garantidos aos casaisheterossexuais.

A Parada de São Paulo (16ª Paradado Orgulho Gay) é considerada o maiorevento do gênero no mundo e, neste ano,teve como tema a criminalização da

homofobia. Apesar dos avanços obtidosno Judiciário, a comunidade homossexualtem pressionado o Legislativo a editar leisque protejam os direitos LGBTs ecombatam os crimes de intolerância.

Beto de Jesus, que foi secretário daIlga para a América Latina e o Caribe poroito anos, diz que a comunidade LGBTenfrenta agora o desafio de superar aviolência. “As pessoas olham de fora edizem que está tudo bem, mas não dápara dizer isso dentro de um contexto noqual a cada 36 horas um homossexual

morre por crime de ódio”, afirma.“O Brasil sentou em cima da

lei que criminaliza a homofobia.Ninguém tem coragem de fazeressa reflexão”, diz Toni Reis,presidente da Associação Brasileirade Lésbicas, Gays, Bissexuais,Travestis e Transexuais (ABGLT).

O projeto que criminaliza opreconceito contra homossexuaisfoi apresentado à Câmara em2006, entrou e saiu das gavetas doSenado e segue parado naComissão de Direitos Humanos daCasa. “De que adianta a gente

poder casar e não poder andar de mãosdadas?”, questiona Reis.

Atualmente, a população homossexualtem, além do reconhecimento da uniãoestável, o direito de solicitar a conversãoem casamento. Decisões na Justiça já têmelevado uniões ao status de casamentocivil. Travestis e transexuais podem usar onome social correspondente a suaidentidade de gênero – feminina oumasculina –, independentemente do seusexo biológico.

A luta da comunidade homossexual é

incessante e aos poucos os passos, queeram tímidos, vão ganhando cada vezmais amplitude.

Cuiabá, com suas ações, tambémcontribui para esse ganho!

Fonte: UOL

As lendas árabes jamais perderam seuencanto e até hoje fascinam, por suacriatividade e imaginação, leitores de todasas idades e partes do mundo. A escritoraMaria Luísa Soriano Martine reconta várioscontos da coletânea popular de origemárabe.

Nessa primeirapostagem, dá um friozinhona barriga, a gente fica sóna expectativa. Bem, esselivro traz contos pequenos esimples, mas, como são deuma cultura diferente,acrescentam muita coisa.

O primeiro conto, “UmaHistória de Tapetes”, contasobre Hasan, um homem queenriqueceu fabricandotapetes e que tinha um

grande talento para tecê-los. Casou-se comHafsa e tiveram um filho, Kamal. Todosviviam felizes até que um dia Hasanrecebeu uma grande encomenda, e teriaque entregá-la na capital. A viagem eralonga e, durante uma noite, houve uma

invasão de bárbaros,que destruíam ematavam tudo o queviam pela frente.Hasan foi encontradoferido, e levado paracasa de Abdal-Hakim,onde cuidou de Hasan.Quando Hasanacordou, não selembrava de nada. Elepassou a viver ali e atrabalhar comotapeceiro, pois

demostrava grande agilidade e criatividadeem tecer. O tempo passava, mas averdadeira família de Hasan nunca perderaa esperança de que um dia ele voltaria.Kamal, o filho de Hasan, agora já umhomem, que cuidava dos negócios do pai,recebeu um dia a visita de um clientedizendo que ele já havia visto o tapete queestava exposto na parede, um tapetemaravilhoso, feito por seu pai. Hasanachou estranho e, através das indicaçõesdo homem, ele encontrou o mesmo tapete,era idêntico. Logo, encontrou seu pai, queo reconheceu rapidamente. Hasan foilevado para casa para junto de suaesposa. Esses e outros contos, a rigor,agradam a leitores de todas as idades, poissão uma mistura muito bem calibrada dosencantos dos contos originais com um textomoderno, saboroso e fluido.

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