Download - CÓLERA, CAXUMBA, HEPATITE B E HEPATITE C
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AUTARQUIA EDUCACIONAL DE BELO JARDIM FACULDADE DE ENFERMAGEM DE BELO JARDIM CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEMDISCIPLINA: MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIADOCENTE: MARIA GORETTI SOARESDISCENTES:
CINTIA RAQUEL BATISTAFERNANDA MARINHOFERNANDO MILTON MARNO MIZAEL GALVOSIMONY MAGDA DA SILVAAUTARQUIA EDUCACIONAL DE BELO JARDIM FACULDADE DE ENFERMAGEM DE BELO JARDIM CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEMDISCIPLINA: MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIADOCENTE: MARIA GORETTI SOARESCLERA, CAXUMBA, HEPATITE B E HEPATITE CCLERA
CLERAInfeco intestinal aguda, causada pela enterotoxina do bacilo da Clera Vibrio cholerae;
Assintomtica ou oligossintomtica, com diarreia leve;
Pode se apresentar de forma grave, com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vmitos, dor abdominal e cimbras;
Esse quadro, quando no tratado prontamente, pode evoluir para desidratao, acidose, colapso circulatrio, com choque hipovolmico e insuficincia renal infeco.
CLERAComplicaes:
Depleo hidro-salina imposta pela diarreia e pelos vmitos;
A desidratao no corrigida levar a uma deteriorao progressiva da circulao, da funo renal e do balano hidroeletroltico;
Choque hipovolmico, necrose tubular renal, leo paraltico, hipocalemia, hipoglicemia;
O aborto comum no 3 trimestre de gestao, em casos de choque hipovolmico;
As complicaes podem ser evitadas com adequada hidratao precoce.
CLERAAgente etiolgico - Vibrio cholerae O1, biotipo clssico ou El Tor (sorotipos Inaba, Ogawa ou Hikogima), toxignico, e, tambm, o O139.
CLERAModo de transmisso
Ingesto de gua ou alimentos contaminados por fezes ou vmitos de doente ou portador;
A contaminao pessoa a pessoa menos importante na cadeia epidemiolgica;
A variedade El Tor persiste na gua por muito tempo, o que aumenta a probabilidade de manter sua transmisso e circulao.
CLERADiagnsticoLaboratorial - O V. cholerae pode ser isolado a partir da cultura de amostras de fezes de doentes ou portadores assintomticos. A coleta do material pode ser feita por swab retal ou fecal, fezes in natura ou em papel de filtro.
Clnico-epidemiolgico - Casos de diarreia nos quais so relacionadas variveis com manifestaes clnicas e epidemiolgicas capazes de definir o diagnstico, sem investigao laboratorial.
CLERATratamento
Formas leves e moderadas, com soro de reidratao oral (SRO);
Formas graves, com hidratao venosa e antibitico:
Para menores de 8 anos, recomenda-se Sulfametoxazol (50mg/kg/dia) + Trimetoprim (10mg/kg/dia), via oral, de 12/12 horas, por 3 dias;
Para maiores de 8 anos, Tetraciclina, 500mg, via oral, de 6/6 horas, por 3 dias; para gestantes e nutrizes, Ampicilina, 500mg, VO, de 6/6 horas, por 3 dias.
CLERACaractersticas epidemiolgicas
Padro endmico;
Fatores que favorecem a ocorrncia da doena:
A deficincia do abastecimento de gua tratada;Destino inadequado dos dejetos;Ata densidade populacional;Carncias de habitao;Higiene inadequada;Alimentao precria;Educao insuficiente
CLERAreas epidmicas - maiores de 15 anos;reas endmicas - a faixa mais jovem;Predominante no sexo masculino;
CLERA2000 a 2008reduo significativa no nmero de casos e bitos766 casos e 20 bitos, todos na regio Nordeste.
A taxa de letalidade - pode atingir 50%,
1991 a 2004, a letalidade oscilou em torno de 1,3%, apresentando desde ento percentuais mais elevados. Esse aumento, no entanto, no parece estar ligado a uma deteriorao do atendimento ao paciente, mas possivelmente a uma sub-notificao importante de casos.
CLERAMEDIDAS DE CONTROLEProver as populaes sob risco, de adequada infraestrutura de saneamento:gua, esgotamento sanitrio e coleta e disposio de lixo. investimentos sociais do poder pblico.
A rede assistencial deve estar estruturada e capacitada para a deteco precoce e o manejo adequado dos casos;
Cuidados com os vmitos e as fezes dos pacientes no domiclio;
CLERALavagem rigorosa das mos e procedimentos bsicos de higiene;
Isolamento entrico nos casos hospitalizados, com desinfeco concorrente de fezes, vmitos, vesturio e roupa de cama dos pacientes;
CLERAA quimioprofilaxia de contatos no indicada por no ser eficaz para conter a propagao dos casos;
Uso de antibitico altera a flora intestinal, modificando a suscetibilidade infeco, podendo provocar o aparecimento de cepas resistentes;
A vacinao apresenta baixa eficcia (50%), curta durao de imunidade (3 a 6 meses) e no evita a infeco assintomtica.CLERAPara vigiar e detectar precocemente a circulao do agente preconiza-se:
Fortalecimento da monitorizao das doenas diarricas agudas (MDDA), nos municpios do pas;
Monitorizao ambiental para pesquisa de V. cholerae, no ambiente;
No caso do V. cholerae El Tor, a relao entre doentes e assintomticos muito alta, podendo haver de 30 a 100 assintomtico para cada indivduo doente; assim, as medidas de preveno e controle devem ser direcionadas a toda a comunidade, para garantir o impacto desejado.
CLERAAs pessoas da ndia sempre conviveram com os perigos da clera, mas somente aps o sculo 19 o resto do mundo conheceu essa doena. Durante esse perodo, os navios mercantes exportavam acidentalmente a bactria mortal para cidades da China, do Japo, da frica do Norte, do Oriente Mdio e da Europa. Seguiram-se seis pandemias de clera que mataram milhes de pessoas.
(http://saude.hsw.uol.com.br/dez-piores-epidemias6.htm)
CAXUMBA
CAXUMBADoena viral aguda, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glndulas salivares, geralmente a partida e, s vezes, glndulas sublinguais ou submandibulares;
CAXUMBAEm homens adultos, ocorre orquiepididimite em aproximadamente 20 a 30% dos casos;
Em mulheres, pode ocorrer ooforite com menor frequncia, acometendo cerca de 5% dos casos;
CAXUMBAAproximadamente, 1/3 das infeces pode no apresentar aumento, clinicamente aparente, dessas glndulas;
O sistema nervoso central, com frequncia, pode estar acometido sob a forma de meningite assptica, quase sempre sem sequelas. Mais raramente, pode ocorrer encefalite.
CAXUMBAComplicaes:
Meningite assptica, pancreatite, tiroidite, neurites, orquiepididimite, ooforite, miocardite e nefrite;
Uma complicao rara o desenvolvimento de encefalite, podendo levar a edema cerebral, manifestaes neurolgicas graves e bito;
Como sequelas, podem ocorrer surdez unilateral (secundria neurite do oitavo par craniano) e atrofia testicular, sendo de ocorrncia rara a esterilidade.
CAXUMBASinonmia - Papeira, caxumba.
Agente etiolgico - Vrus da famlia Paramyxoviridae, gnero Paramyxovirus.
CAXUMBAModo de transmisso - Via area, atravs disseminao de gotculas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas.
CAXUMBADiagnstico
Clnico-epidemiolgico:
As provas sorolgicas (neutralizao, inibio da hemaglutinao ou Elisa) no so utilizadas na rotina. A fixao do complemento positiva sugere infeco recente.CAXUMBATratamento
Tratamento de suporte - Repouso e analgesia.
Meningite assptica - tratamento sintomtico.
Encefalite - tratamento do edema cerebral, manuteno das funes vitais.
Tratamento de apoio para a orquite - suspenso da bolsa escrotal atravs de suspensrio; aplicao de bolsas de gelo; analgesia, quando necessrio.
Para reduo da resposta inflamatria, pode ser utilizado Prednisona, 1ml/kg/dia, via oral, com reduo gradual (semanal). Outros anti-inflamatrios no hormonais tambm podem ser indicados.
CAXUMBACaractersticas epidemiolgicas
Ausncia de imunizao:85% dos adultos tm Parotidite Infecciosa1/3 dos infectados no apresentam sintomas
A doena mais severa em adultos;
As estaes com maior ocorrncia de casos so o inverno e a primavera;
Costuma apresentar-se sob a forma de surtos, que acometem mais as crianas.
CAXUMBAMEDIDAS DE CONTROLEVacinao - Indicada antes da exposio.
Esquema vacinal bsicoVacina trplice viral (Sarampo, caxumba e Rubola) aos 12 meses de idade, com uma dose adicional entre 4 e 6 anos;
CAXUMBAAs contra-indicaes ao uso dessa vacina so:
antecedente de reao anafiltica sistmica aps ingesto de ovo de galinha;
gravidez e administrao de imunoglobulina normal, sangue total ou plasma nos trs meses anteriores.
Recomenda-se s mulheres vacinadas evitar a gravidez por 30 dias aps a aplicao. No entanto, se alguma grvida for inadvertidamente vacinada, no h indicao de interrupo da gravidez.
CAXUMBAAes de educao em sade
Informar populao quanto s caractersticas da Parotidite Infecciosa e a possibilidade de complicaes;
Orientar quanto busca de assistncia mdica adequada, quando necessria (orquites, mastites, meningite, encefalite);
Educar sobre a importncia de vacinar as crianas.
HEPATITE B
HEPATITE BDoena viral que cursa de forma assintomtica ou sintomtica (at formas fulminantes);
As formas sintomticas so caracterizadas por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia, nuseas, vmitos, desconforto no hipocndrio direito e averso a alguns alimentos e ao cigarro;
HEPATITE BA ictercia, geralmente, inicia-se quando a febre desaparece, podendo ser precedida por colria e hipocolia fecal;
Hepatomegalia ou hepatoesplenomegalia tambm podem estar presentes;
Na forma aguda, os sintomas vo desaparecendo paulatinamente;
HEPATITE BAlgumas pessoas desenvolvem a forma crnica mantendo um processo inflamatrio heptico por mais de 6 meses;
O risco de cronificao pelo vrus B depende da idade na qual ocorre a infeco.
Menores de um ano: 90%;Entre 1 e 5 anos: entre 20 e 50%Adultos: entre 5 e 10%.
Portadores de imunodeficincia congnita ou adquirida evoluem para a cronicidade com maior frequncia.HEPATITE BComplicaes
Cronificao da infeco, cirrose heptica e suas complicaes (ascite, hemorragias digestivas, peritonite bacteriana espontnea, encefalopatia heptica) e carcinoma hepatocelular.
HEPATITE BAgente etiolgico - Vrus da Hepatite B (HBV). Um vrus DNA, da famlia Hepadnaviridae.
HEPATITE BModo de transmisso
O HBV altamente infectivo e facilmente transmitido:
Via sexual;
HEPATITE BTransfuses de sangue;
HEPATITE BProcedimentos mdicos e odontolgicos;
HEPATITE BHemodilises sem as adequadas normas de biossegurana;
HEPATITE BTransmisso vertical (me-filho);
HEPATITE BContatos ntimos domiciliares (compartilhamento de escova dental e lminas de barbear);
HEPATITE BAcidentes perfurocortantes;
HEPATITE BCompartilhamento de seringas e de material para a realizao de tatuagens e piercings.
HEPATITE BDiagnstico:
Clnico-laboratorial e laboratorial:
Apenas com os aspectos clnicos no possvel identificar o agente etiolgico, sendo necessria a realizao de exames sorolgicos;
Os exames laboratoriais inespecficos incluem as dosagens de aminotransferases ALT/TGP e AST/TGO que denunciam leso do parnquima heptico;
O nvel pode estar at 25 a 100 vezes acima do normal;
As bilirrubinas so elevadas e o tempo de protrombina pode estar aumentada (TP>17s ou INR>1,5), indicando gravidade;
Os exames especficos so feitos por meio de mtodos sorolgicos e de biologia molecular.
HEPATITE BTratamento
No existe tratamento especfico para a forma aguda.
Se necessrio, apenas sintomtico para nuseas, vmitos e prurido.
Como norma geral, recomenda-se repouso relativo at a normalizao das aminotransferases.
Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos de uso popular.
De forma prtica, deve se recomendar que o prprio paciente defina sua dieta, de acordo com seu apetite e aceitao alimentar.
A nica restrio relaciona-se ingesto de lcool, que deve ser suspensa por 6 meses, no mnimo, sendo preferencialmente por 1 ano.HEPATITE BMedicamentos no devem ser administrados sem recomendao mdica, para no agravar o dano heptico.
As drogas consideradas hepatoprotetoras, associadas ou no a complexos vitamnicos, no tm nenhum valor teraputico.
A forma crnica da Hepatite B tem diretrizes clnico-teraputicas definidas por meio de portarias do Ministrio da Sade.
Devido alta complexidade do tratamento, acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, ele deve ser realizado em servios especializados (mdia ou alta complexidade do SUS. O mesmo ocorrendo com as formas fulminantes.HEPATITE BCaractersticas epidemiolgicas
Estima-se que o HBV seja responsvel por 1 milho de mortes ao ano e existam 350 milhes de portadores crnicos no mundo.
A estabilidade do vrus, variedades nas formas de transmisso e a existncia de portadores crnicos permitem a sobrevida e persistncia do HBV na populao.
As infeces materno-infantil (vertical) e a horizontal, nos primeiros anos de vida, ocorrem em regies de alta endemicidade como frica, China e sudeste asitico.
J em regies de baixa endemicidade, como Europa, EUA e Austrlia, a contaminao ocorre na vida adulta, principalmente em grupos de risco acrescido.
HEPATITE BNo Brasil: tendncia crescente do HBV em direo regio Sul/Norte, descrevendo trs padres de distribuio da Hepatite B:
Alta endemicidade, presente na regio Amaznica, alguns locais do Esprito Santo e oeste de Santa Catarina;
Endemicidade intermediria, nas regies Nordeste, Centro-oeste e Sudeste;
Baixa endemicidade, na regio Sul do pas.
HEPATITE BNo entanto, esse padro vem se modificando com a poltica de vacinao contra o HBV, iniciada sob a forma de campanha em 1989.
O Nordeste como um todo, est em situao de baixa endemicidade.
HEPATITE BGrupos populacionais com comportamentos sexuais de risco acrescido, como profissionais do sexo e homens que fazem sexo com homens, alm de usurios de drogas injetveis que compartilham seringas, profissionais de sade e pessoas submetidas hemodilise apresentam prevalncias maiores que a populao em geral.
HEPATITE BMEDIDAS DE CONTROLE
Profilaxia pr-exposio, ps-exposio;
No-compartilhamento ou reutilizao de seringas e agulhas;
Triagem obrigatria dos doadores de sangue;
Inativao viral de hemoderivados;
Medidas adequadas de biossegurana nos estabelecimentos de sade.HEPATITE BA vacinao a medida mais segura para a preveno da Hepatite B.
No Brasil, a vacina contra Hepatite B est disponvel nas salas de vacinao do SUS para faixas etrias especficas e para situaes de maior vulnerabilidade, conforme descrito a seguir.
HEPATITE BFaixas etrias especficas
Menores de 1 ano de idade, a partir do nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas aps o parto.
Crianas e adolescentes entre 1 e 19 anos de idade.
Em recm-nascidos, a primeira dose da vacina deve ser aplicada logo aps o nascimento, nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transmisso vertical.
A vacina contra Hepatite B pode ser administrada em qualquer idade e simultaneamente com outras vacinas do calendrio bsico.
HEPATITE BPara todas as faixas etrias
A vacina contra a Hepatite B est disponvel nos Centros de Referncia para Imunobiolgicos Especiais (CRIE), conforme Manual do CRIE, 3 edio, do Ministrio as Sade, 2006, para os seguintes casos:
vtimas de abuso sexual;
vtimas de acidentes com material biolgico positivo ou fortemente suspeito de infeco por VHB;
HEPATITE Bprofissionais de sade;
hepatopatias crnicas e portadores de Hepatite C;
doadores de sangue;
transplantados de rgos slidos ou de medula ssea;
doadores de rgos slidos ou de medula ssea;
potenciais receptores de mltiplas transfuses de sangue ou politransfundidos;
HEPATITE Bnefropatias crnicas/dialisados/sndrome nefrtica;
convvio domiciliar contnuo com pessoas portadoras de HBV;
fibrose cstica;
doena de depsito;
imunodeprimidos;
populaes indgenas;
HEPATITE Busurios de drogas injetveis e inalveis;
pessoas reclusas (em presdios, hospitais psiquitricos, instituies de menores, foras armadas, etc);
carcereiros de delegacias e penitencirias;
homens que fazem sexo com homens;
HEPATITE Bprofissionais do sexo;
profissionais de sade;
coletadores de lixo hospitalar e domiciliar;
bombeiros, policiais militares, policiais civis e policiais rodovirios;
profissionais envolvidos em atividade de resgate.
HEPATITE BOs portadores e doentes devem ser orientados a evitar a disseminao do vrus adotando medidas simples, tais como usar preservativos nas relaes sexuais, no doar sangue, evitar o compartilhamento de seringas e agulhas descartveis.
HEPATITE CHEPATITE CDoena viral que cursa de forma assintomtica ou sintomtica (at formas fulminantes);
As formas sintomticas so caracterizadas por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia, nuseas, vmitos, desconforto no hipocndrio direito e averso a alguns alimentos e ao cigarro;
HEPATITE CA ictercia, geralmente, inicia-se quando a febre desaparece, podendo ser precedida por colria e hipocolia fecal;
Hepatomegalia ou hepatoesplenomegalia tambm podem estar presentes;
Na forma aguda, os sintomas vo desaparecendo paulatinamente;
HEPATITE CAgente etiolgico - Vrus da Hepatite C (HCV). um vrus RNA, famlia Flaviviridae.
HEPATITE CModo de transmisso
A transmisso ocorre, principalmente, por via parenteral.
So consideradas populaes de risco acrescido por via parenteral:
indivduos que receberam transfuso de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993;
pessoas que compartilham material para uso de drogas injetveis (cocana, anabolizantes e complexos vitamnicos), inalveis (cocana) e pipadas (crack);
pessoas com tatuagem, piercings ou que apresentem outras formas de exposio percutnea.HEPATITE CA transmisso sexual pode ocorrer, principalmente, em pessoas com mltiplos parceiros e com prtica sexual de risco acrescido (sem uso de preservativo);
A coexistncia de alguma DST inclusive o HIV constitui um importante facilitador dessa transmisso;
A transmisso perinatal possvel e ocorre, quase sempre, no momento do parto ou logo aps.
A transmisso intra-uterina incomumHEPATITE CApesar da possibilidade da transmisso pelo aleitamento materno (partculas virais foram demonstradas no colostro e leite materno), no h evidncias conclusivas de aumento do risco transmisso, exceto na ocorrncia de fissuras ou sangramento nos mamilos.HEPATITE CComplicaes
Cronificao da infeco, cirrose heptica e suas complicaes (ascite, hemorragias digestivas, peritonite bacteriana espontnea, encefalopatia heptica) e carcinoma hepatocelular.
HEPATITE CDiagnstico - Clnico-laboratorial:
Apenas com os aspectos clnicos no possvel identificar o agente etiolgico, sendo necessria a realizao de exames sorolgicos;
Os exames laboratoriais inespecficos incluem as dosagens de aminotransferases ALT/TGP e AST/TGO que denunciam leso do parnquima heptico;
O nvel de ALT pode estar 3 vezes maior que o normal;
As bilirrubinas so elevadas e o tempo de protrombina pode estar alargado (TP>17s ou INR>1,5), indicando gravidade.HEPATITE CNa infeco crnica, o padro ondulante dos nveis sricos das aminotransferases, especialmente a ALT/TGP, diferentemente da Hepatite B, apresenta-se entre seus valores normais e valores mais altos.
A definio do agente feita pelo marcador sorolgico anti-HCV, o qual indica contato prvio com o agente, entretanto no define se infeco aguda ou pregressa e curada espontaneamente, ou se houve cronificao da doena.
A presena do vrus deve ser confirmada pela pesquisa qualitativa de HCV-RNA.
HEPATITE CTratamento
Repouso relativo at a normalizao das aminotransferases.
Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos de uso popular.
Recomendar que o prprio paciente defina sua dieta, de acordo com seu apetite e aceitao alimentar.
Restrio ingesto de lcool, que deve ser suspensa por 6 meses, no mnimo, sendo preferencialmente por 1 ano.HEPATITE BMedicamentos no devem ser administrados sem recomendao mdica, para no agravar o dano heptico.
As drogas consideradas hepatoprotetoras, associadas ou no a complexos vitamnicos, no tm nenhum valor teraputico.
Na Hepatite Crnica, estima-se que um tero a um quarto dos casos necessitar de tratamento.
Sua indicao baseia-se no grau de acometimento heptico. HEPATITE CPacientes sem manifestaes de hepatopatia e com aminotransferases normais devem ser avaliados clinicamente e repetir os exames a cada 6 meses.
O tratamento para a fase crnica e retratamento tem diretrizes clnico-teraputicas definidas por meio de portarias do Ministrio da Sade.
Devido alta complexidade do tratamento, acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, ele deve ser realizado em servios especializados (mdia ou alta complexidade do SUS).
HEPATITE CCaractersticas epidemiolgicas
O vrus C costuma apresentar uma fase aguda oligo/assintomtica, de modo que ele responde por apenas uma pequena parte das hepatites agudas sintomticas.
Estima-se que existam 170 milhes de pessoas infectadas em todo o mundo.HEPATITE CNo Brasil, com base em doadores de sangue a prevalncia de anti-HCV:
0,62% no Norte;0,55% no Nordeste;0,43% no Sudeste;0,28% no Centro-oeste;0,46% no Sul.(Anvisa, 2002).HEPATITE CAs populaes mais atingidas so:
pacientes que realizam mltiplas transfuses;
Hemoflicos;
Hemodialisados;
usurios de drogas injetveis e inalveis;
assim como portadores de tatuagens e de piercing.HEPATITE CMEDIDAS DE CONTROLE
No h vacina, nem imunoglobulina para a Hepatite C.
Aos portadores crnicos do HCV so recomendadas as vacinas contra Hepatite A e B, se forem suscetveis, evitando o risco dessas infeces.
importante orientar os portadores do HCV para evitar a transmisso do vrusHEPATITE CNo-compartilhamento de seringas;
Uso de preservativo;
Ateno para transmisso vertical (me - filho) e maior cuidado no aleitamento materno;
No deve fazer doao de sangue;
Seguir as normas de biossegurana nos estabelecimentos de sade e em lojas de tatuagens e piercing;REFERNCIASBrasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Departamento de Vigilncia Epidemiolgica. Doenas infecciosas e parasitrias : guia de bolso. 8. ed. rev. Braslia : Ministrio da Sade, 2010.OBRIGADO PELA ATENO!