![Page 1: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/1.jpg)
Capacidade Calorífica Específica e
Transferência de calor
A quantidade de calor transferida a ou a partir
de um objeto quando sua temperatura varia,
depende de três fatores:
• Quantidade de material
• Magnitude da variação de temperatura
• Identidade do material que ganha ou perde
calor
![Page 2: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/2.jpg)
Capacidade Calorífica (C)
Chamada de calor específico, é a quantidade de
calor necessária para aumentar em um Kelvin a
temperatura de 1 grama de uma substância.
Ela tem unidades de joules por grama por
Kelvin (J/g.K)
![Page 3: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/3.jpg)
CALOR
A quantidade de calor ganha ou perdida quando
determinada massa de uma substância é aquecida ou
resfriada é calculada usando a equação:
q = C.m.∆T
q: calor transferido (J)
m: massa da substância (g)
∆T: variação da Temperatura (K)
C: capacidade calorífica (J/g.K)
![Page 4: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/4.jpg)
CALOR
q = C.m. ∆T
q é a quantidade de calor transferida a ou a partir de uma
determinada massa (m) da substância
C é a capacidade calorífica específica
∆T é a variação de temperatura
A letra grega delta maiúsculo (∆) significa “variação de”A variação de temperatura, ∆T, é calculada como a temperatura
final menos a temperatura inicial.
∆T = Tfinal – T inicial
![Page 5: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/5.jpg)
∆T do sistema Sinal de ∆T Sinal de q Direção da transferência
de calor
Aumento + + Calor transferido da vizinhança
para o sistema Endotérmico
Diminuição - - Calor transferido do sistema para
a vizinhança Exotérmico
O sinal sinaliza a direção da transferência de calorO calor não pode ser negativo, mas o conteúdo de calor de um objeto pode aumentar ou diminuir dependendo do sentido da transferência de calor.
![Page 6: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/6.jpg)
Exercício:
Sabendo-se que a capacidade calorífica do cobre é 0,385 J/g.
K, calcule o calor ganho por uma amostra de 10,0 g de cobre
se sua temperatura for aumentada de 298 K para 598K
(325°C).
![Page 7: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/7.jpg)
Resolução:
q = C.m. ∆T
q = (0,385 J/g.K) (10,0 g) (598 K – 298 K)
q = + 1,160 J
Observe que a resposta tem um sinal positivo. Isso indica que o conteúdo de calor da amostra aumentou em 1,160 J porque o calor foi transferido ao cobre (o sistema) pela vizinhança.
![Page 8: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/8.jpg)
As capacidades caloríficas de alguns metais, substâncias e
compostos são mostrados abaixo.Substânci
aNome Capacidade
Calorífica (J/g.K)
Al alumínio 0,897
C Grafite 0,685
Fe Ferro 0,449
Cu Cobre 0,385
Au Ouro 0,129
NH3 Amônia 4,70
H2O (l) Água líquida 4,184
C2H5OH(l) Etanol 2,44
H2O (s) Água sólida (gelo) 2,06
Madeira 1,8
Vidro 0,8
Granito 0,8
Cimento 0,9
![Page 9: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/9.jpg)
Observações:
• Água tem um dos valores mais altos (4,184 J/g. K);
• As capacidade calorífica específica dos metais corresponde a um quinto
deste valor ou menos;
Exemplo:
Como a capacidade calorífica do ferro é de 0,45 J/g. K, para elevar a
temperatura de um grama de água em 1K necessita-se de
aproximadamente nove vezes mais calor do que é necessário para causar
uma variação de 1K na temperatura de um grama de ferro.
![Page 10: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/10.jpg)
Quanto maior o calor específico e a massa, maior é a
quantidade de energia térmica que uma substância
pode armazenar.
Exemplo:
Ao cobrir o pão com papel alumínio para aquecê-lo em um forno,
conseguimos remover o papel alumínio com os dedos mesmo que o
pão esteja muito quente.
Uma pequena quantidade de papel alumínio possui uma baixa
capacidade calorífica específica e pequena massa (g) de modo que
ao tocar o papel quente, apenas uma pequena quantidade de calor é
transferida para os dedos (que têm massa e capacidade calorífica
específica maiores).
![Page 11: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/11.jpg)
Exercício:
Determine a quantidade de calor que deve ser adicionada para
elevar a temperatura de um copo de café (250 ml) de 293,7 K a
368,8 K. Suponha que a água e o café tenham a mesma densidade
(1,00 g/mL) e a mesma capacidade calorífica específica.
Dado: Capacidade calorífica específica da água: 4,184 J/g. K
Exercício:
Em uma experiência, determinou-se que foram necessários 59,8 J
para mudar a temperatura de 25,0 g de etilenoglicol (usado como
anticongelante em motores de automóvel) em 1,00K. Calcule a
capacidade calorífica específica do etilenoglicol a partir desses
dados.
![Page 12: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/12.jpg)
Resolução: q = C.m.∆T
Massa de café ?
d = m/v
m = d.v
m = (1,00 g/mL) (250 mL)
m = 250 g
∆T = T final – T inicial
∆T = 368,8 K – 293,7 k
∆T = 75,1 K
q = (4,184 J/g. K) (250 g) (75,1 K)
q = 79.000 J OU 79KJ Número positivo (+)Calor foi transferido para o caféA quantidade de calor do café aumentou
![Page 13: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/13.jpg)
MEDIDA DO CALOR DE REAÇÃO
• O calor liberado ou absorvido por um sistema que sofre
uma reação química é determinado em aparelhos
chamados calorímetros.
• Estes variam em detalhes e são adaptados para cada tipo
de reação que se quer medir o calor.
• No entanto, um calorímetro é constituído de um
recipiente com paredes adiabáticas, contendo uma massa
conhecida de parede água, onde se introduz um sistema
em reação. O recipiente é provido de um agitador e de um
termômetro que mede a variação de temperatura ocorrida
durante a reação.
![Page 14: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/14.jpg)
CALORIMETRO
![Page 15: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/15.jpg)
O calor de reação pode ser medido:
• À volume constante, num calorímetro hermeticamente
fechado
• À pressão constante, num calorímetro aberto.
• Experimentalmente, verifica-se que existe uma pequena
diferença entre esses dois tipos de medidas calorimétricas.
Essa diferença ocorre porque, quando uma reação ocorre à
pressão constante, pode haver variação de volume e,
portanto, envolvimento de energia na expansão ou
contração do sistema.
• A variação de energia determinada a volume constante é
chamada de variação de energia interna, representada
por ∆E, e a variação de energia determinada à pressão
constante é chamada de variação de entalpia,
representada por ∆H.
![Page 16: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/16.jpg)
ENTALPIA E VARIAÇÃO DE ENTALPIA
Lei da Conservação da Energia,
“Energia não pode ser criada e nem destruída, pode apenas ser
transformada de uma forma para outra”.
Em vista disso, somos levados a concluir que a energia:
• liberada por uma reação química não foi criada, ela já existia antes,
armazenada nos reagentes, sob uma outra forma;
• absorvida por uma reação química não se perdeu, ela permanece no
sistema, armazenada nos produtos, sob uma outra forma.
![Page 17: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/17.jpg)
• Cada substância, portanto, armazena um certo conteúdo de calor,
que será alterado quando a substância sofrer uma transformação.
•A liberação de calor pela reação exotérmica significa que o conteúdo
total de calor dos produtos é menor que o dos reagentes.
• A absorção de calor por uma reação endotérmica significa que o
conteúdo total de calor armazenado nos produtos é maior que o dos
reagentes.
![Page 18: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/18.jpg)
ENTALPIA
Entalpia é a quantidade de energia contida em uma
determinada substância que sofre reação;
• ela calcula o calor de um sistema, é a forma mais usada de
expressar o conteúdo calorífico de um componente em uma
reação química.
• A variação da Entalpia está na diferença entre a entalpia dos
produtos e a dos reagentes, sendo assim, o calor de uma reação
corresponde ao calor liberado ou absorvido em uma reação, e é
simbolizado por ∆H.
• Numa reação, a diferença entre as entalpias dos produtos e dos
reagentes corresponde à variação de entalpia.
![Page 19: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/19.jpg)
VARIAÇÃO DE ENTALPIA ∆H
∆H = Hp - Hr
onde:
Hp = entalpia dos produtos;
Hr = entalpia dos reagentes.
Reação exotérmica Hp < Hr e, portanto, ∆H < O (negativo).
Reação endotérmica temos que Hp > Hr e, portanto, ∆H > O
(positivo).
![Page 20: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/20.jpg)
EQUAÇÕES TERMOQUÍMICAS E GRÁFICOS DE ENTALPIA
As reações, como sabemos, são representadas através de equações
químicas. No caso da representação de uma reação que ocorre com
variação de calor, é importante representar:
• quantidade de calor envolvida,
• as condições experimentais em que a determinação dessa
quantidade de calor foi efetuada.
Isso porque o valor do calor de reação é afetado por fatores como:
• a temperatura e a pressão em que se processa a reação,
• o estado físico
• variedades alotrópicas das substâncias participantes dessa reação.
A equação que traz todas essas informações chama-se equação
termoquímica.
![Page 21: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/21.jpg)
Exemplos de equações termoquímicas:
H2(g) + Cl2(g) => 2 HCl(g) + 184,9 kJ (25ºC, 1 atm)
Segundo a equação, 1 mol de hidrogênio gasoso reage com 1 mol
de cloro gasoso formando 2 mols de cloreto de hidrogênio gasoso,
liberando 184,9 kJ de calor. Tal reação foi realizada à temperatura
de 25ºC e à pressão de 1 atm.
Podemos também escrever essa equação termoquímica utilizando
a notação ∆H. Neste caso temos:
H2(g) + Cl2(g) => 2 HCl(g), ∆H = -184,9 kJ (25ºC, 1 atm)
O valor numérico de ∆H é precedido do sinal negativo pois a
reação é exotérmica.
![Page 22: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/22.jpg)
Graficamente, a variação de entalpia que acompanha a reação é representada por:
H2(g) + Cl2(g) => 2 HCl(g), ∆H = -184,9 kJ (25ºC, 1 atm)
![Page 23: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/23.jpg)
H2(g) + I2(g) + 51,8 kJ => 2 HI (g) (25ºC, 1 atm)
Segundo a equação, quando, a 25ºC e 1 atm, 1 mol de hidrogênio
gasoso reage com 1 mol de iodo gasoso, formando 2 mols de iodeto
de hidrogênio gasoso, são absorvidos 51,8 kJ de calor.
A equação também pode ser escrita utilizando a notação ∆H:
H2(g) + I2(g) => 2 HI (g) ∆H = + 51,8 kJ (25ºC, 1 atm)
O valor numérico de AH é positivo, pois a reação é endotérmica.
![Page 24: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/24.jpg)
H2(g) + I2(g) => 2 HI (g) ∆H = + 51,8 kJ (25ºC, 1 atm)
Graficamente a variação de entalpia dessa reação pode ser representada
por:
![Page 25: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/25.jpg)
DETERMINAÇAO INDIRETA DO CALOR DE REAÇAO
Vimos anteriormente que a variação de entalpia de uma reação á
determinada experimentalmente no calorímetro.
Existem, no entanto, maneiras indiretas de determinação da variação
de entalpia de uma reação.
Determinação através da definição de ∆H
Já vimos que a variação de entalpia ∆H de uma reação á a diferença
entre as entalpias dos produtos e reagentes de uma reação.
∆H = Hp - Hr
![Page 26: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/26.jpg)
∆H = Hp - Hr
Se conhecêssemos as entalpias absolutas das substâncias,
poderíamos calcular, facilmente, a variação de entalpia associada
a qualquer reação.
Como isto é impossível, pois apenas a diferença das entalpias dos
produtos e reagentes pode ser medida, os químicos resolveram
atribuir, arbitrariamente, a um grupo de substâncias um
determinado valor de entalpia e, a partir disso, construir uma
escala relativa de entalpias das demais substâncias.
![Page 27: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/27.jpg)
ENTALPIA PADRÃO
A variação da entalpia pode ser conhecida dependendo da
temperatura, pressão, estado físico, número de mol e da variedade
alotrópica das substâncias.
Foi criada uma forma padrão de realizar tais comparações, chamada
entalpia-padrão, para que as entalpias sejam comparadas de acordo
com uma da mesma condição, o que leva o nome de estado-padrão.
Essas condições experimentais são chamadas de condições padrão
ou estado padrão, e a entalpia, determinada nessas condições, é a
entalpia padrão. A entalpia padrão á representada por H0.
![Page 28: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/28.jpg)
ESTADO PADRÃO DE ENTALPIA
Estado padrão
• Temperatura: 25 0C
• Pressão : 1 atm.
Na forma cristalina e estado físico mais estável e comum do
composto ou elemento.
No estado padrão o elemento químico tem entalpia igual a
zero. Exemplo:
Têm entalpias padrão zero as substâncias:
02 gasoso, H2 gasoso, I2 sólido, C grafite, S8 rômbico etc.,
Têm entalpias padrão diferentes de zero as substâncias:
02 liquido, 03 gasoso, H2 liquido, I2 gasoso, C diamante, S8
monoclínico etc.
![Page 29: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/29.jpg)
A entalpia padrão de uma substância qualquer pode ser calculada
tomando-se como referência a variação de entalpia da reação de
formação, também chamada de entalpia de formação, dessa
substância a partir de seus elementos, no estado padrão.
Calor de formação ou entalpia de formação é o nome dado à
variação de entalpia associada à formação de um mol de uma
substância a partir de seus elementos constituintes, na forma de
substâncias simples mais estável e no estado padrão.
A entalpia de formação é representada por ∆H 0
f.
![Page 30: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/30.jpg)
Acompanhe a seguir a determinação da entalpia padrão
do dióxido de carbono gasoso:
Reação de formação do C02(g):
EXEMPLOS
![Page 31: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/31.jpg)
A tabela a seguir traz as entalpias padrão de algumas substâncias.
Entalpia padrão (∆H 0f) em
kcal/mol
H20 (l)
HCl (g)
HBr (g)
Hl (g)
CO (g)
CO2 (g)
NH3 (g)
SO2 (g)
CH4 (g)
C2H4 (g)
C2H6 (g)
C2H2 (g)
C6H6 (l)
- 68,3
- 22,0
- 8,6
+ 6,2
- 26,4
- 94,1
- 11,0
- 70,9
- 17,9
+ 11,0
- 20,5
+ 53,5
+ 12,3
![Page 32: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/32.jpg)
LEI DE HESS
Em 1849, o químico Germain Henri Hess, efetuando inúmeras
medidas dos calores de reação, verificou que:
“A variação de entalpia de uma reação química depende
apenas dos estados inicial e final, não importando o caminho da
reação”. Assim, somando-se várias equações, soma-se também
os respectivos ∆H; invertendo-se a equação, inverte-se também
o sinal do ∆H; multiplicando-se uma equação por um número
diferente de zero, multiplica-se também o ∆H por esse número.
Esta é a lei da atividade dos calores de reação ou lei de Hess.
![Page 33: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/33.jpg)
De acordo com essa lei é possível calcular a variação de
entalpia de uma reação através da soma algébrica de
equações químicas que possuam ∆H conhecidos. Por exemplo,
a partir das equações:
é possível determinar a variação de entalpia da reação de
formação do metano, CH4, reação essa que não permite
medidas calorimétricas precisas de seu calor de reação por ser
lenta e apresentar reações secundárias
![Page 34: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/34.jpg)
A soma algébrica das reações dadas deve, portanto, resultar
na reação de formação do metano, cujo queremos
determinar:
No entanto, para obtermos essa equação devemos
efetuar as seguintes operações:
- multiplicar a reação II por 2, para que o número de mols de
H2(g) seja igual a 2, consequentemente o ∆H também será
multiplicado por 2;
Temos:
![Page 35: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/35.jpg)
- inverter a reação III, para que CH4(g) passe para o segundo
membro da equação. Em vista disso, o ∆H também terá seu
sinal invertido, isto é, se a reação é exotérmica, invertendo-se o
seu sentido, passará a ser endotérmica e vice-versa;
somar algebricamente as equações e os ∆H.
![Page 36: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/36.jpg)
Assim temos:
![Page 37: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/37.jpg)
Exemplo: Calcule o ∆H da reação:
C3H8 (g) + 5 O2 (g) --> 3 CO2 (g) + 4 H2O (l) ,
dadas as equações abaixo:
C (s) + O2 (g) --> CO2 (g) ∆H = – 94 kcal
H2 (g) + 1/2 O2 (g) --> H2O (l) ∆H = – 68 kcal
3 C (s) + 4 H2 (g) --> C3H8 (g) ∆H = – 33,8 kcal
RESOLUÇÃO
![Page 38: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/38.jpg)
Energia de ligação
É a energia fornecida para romper 1 mol de ligações entre dois
átomos e um sistema gasoso, a 25ºC e 1 atm.
Na tabela abaixo estão relacionadas as energias de algumas ligações
Ligaçã
o
Energia de
ligação kcal/mol
de ligações
H - H 104,2
Cl - Cl 57,8
H - Cl 103,0
O = O 118,3
Br - Br 46,1
H - Br 87,5
C - C 83,1
C - H 99,5
C - Cl 78,5
são todos positivos, isto porque o
rompimento de ligações é um processo que
consome energia, ou seja, é um processo
endodérmico.
![Page 39: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/39.jpg)
PARA SE DETERMINAR O ∆H DE UMA REAÇÃO A PARTIR
DOS VALORES DEVEMOS CONSIDERAR:
• que todas as ligações dos reagentes são rompidas e
determinar a quantidade de energia consumida nesse
processo;
• que as ligações existentes nos produtos foram todas formadas
a partir de átomos isolados e determinar a quantidade de
energia liberada nesse processo.
• O ∆H será correspondente à soma algébrica das
energias envolvidas nos dois processos, o de ruptura e o de
formação de ligações. É importante salientar que este
método fornece valores aproximados de ∆H.
![Page 40: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/40.jpg)
TIPOS DE CALORES E ESPONTANEIDADE DAS REAÇÕES
A variação da entalpia recebe uma denominação particular da
natureza da reação:
Calor de combustão ou entalpia de combustão:
∆H associado à reação de combustão, no estado padrão, de um
mol de uma substância.
Calor de dissolução ou entalpia de dissolução:
∆H associado a um mol de uma substância em água suficiente
para preparar um solução diluída.
![Page 41: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/41.jpg)
Calor de neutralização ou entalpia de neutralização:
É o ∆H da reação de neutralização de 1 equivalente-grama de um ácido
por 1 equivalente de uma base, ambos na forma de soluções aquosas
diluídas.
EXERCÍCIOS
1)Calcule o ∆H da reação abaixo em Kcal
S (rômbico) → S (monoclínico)
Sabendo que:
S (rômbico) + O2 (g) → SO2(g) ∆H= - 296 kJ
S (monoclínico) + O2 (g) → SO2(g) ∆H = -297,2 KJ
![Page 42: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/42.jpg)
A soma da primeira reação com o inverso da segunda ,
da origem a reação pedida.
S (rômbico) + O2 (g) → SO2(g) ∆H = - 296,0 kJ
SO2(g) → S (monoclínico) + O2(g) ∆H = + 297,2 kJ
Somando-se as duas equações:
S ( rômbico) → S (monoclínico)
∆H = - 296,0 + 297,2
∆H = + 1,2 kJ
![Page 43: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/43.jpg)
Qual a entalpia da reação da formação de hematita?
2 FeO + ½ O2 → Fe2O3(s)
Sendo:
Fe(s) + ½ O2 → FeO (s) ∆H = - 272 KJ
2 Fe (s) + 3/2 O2 (g) → Fe 2O3 (s) ∆H = - 823 KJ
Resolução:
a soma do inverso da primeira reação (multiplicada por 2) com
a segunda reação, gera a reação desejada:
2 FeO (s) → 2 Fe(s) + O2 ∆H = + 544 KJ
2 Fe (s) +3/2 O2 (g) → Fe2O3 ∆H = - 823 KJ
2 FeO (s) + 1/2 O2(g) → Fe2O3 ∆H = + 544 – 823
∆H = - 279 KJ
![Page 44: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/44.jpg)
Exercícios - caderno
![Page 45: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/45.jpg)
ENTROPIA E ENERGIA LIVRE
INTRODUÇÃO
A Primeira Lei da Termodinâmica fala da “Conservação de
Energia” mas não nos indica o sentido em que um processo
ou fenômeno evolui espontaneamente.
Considerando que o Primeiro Princípio não nos indica em que
sentido um processo é espontâneo, concluímos que é
necessário obter outro princípio ou critério de
espontaneidade.
![Page 46: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/46.jpg)
Em 1860, Berthelot propôs a idéia de que um processo é
espontâneo quando libera energia (calor).
De fato, isto é verdade para muitas reações químicas, como por
exemplo a queima do carvão:
C(s) + O2 → CO2 ∆H = - 94,1 Kcal/mol
Reação espontânea e libera calor
![Page 47: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/47.jpg)
No entanto, a evaporação da água é um processo
espontâneo (mesmo em temperatura ambiente) embora
absorva calor.
H20 (l) → H20 (g) ∆H = + 10,4 Kcal/mol
Como explicar a espontaneidade desta reação?
Existe um outro fator além da liberação de energia
(entalpia) que influi na espontaneidade de um processo.
![Page 48: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/48.jpg)
![Page 49: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/49.jpg)
Exemplos:
1)Desordem energética
Ex: Pondo em em contato 2 barras metálicas idênticas e isoladas
do meio ambiente, uma a 400° C e outra a 200 ° C, ao fim de
certo tempo ambas estarão em “equilíbrio térmico” a 300 ° C.
O calor em vez de ficar “parado”, “arrumado” na barra metálica
a 400° C, espontaneamente se “espalha” e se “distribui”
uniformemente pelas duas barras.
![Page 50: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/50.jpg)
2) Desordem material
Quando moléculas se afastam procurando ocupar de maneira
uniforme o maior espaço possível.
a)Mudança de estado
Gelo: moléculas em ordem geométrica
Água: moléculas em desordem
Vapor de água: moléculas em grande desordem
Aumento de desordem Processo
espontâneo
![Page 51: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/51.jpg)
b) Expansão de um gás
Gás: moléculas ocupam o volume do recipiente 1
Abrindo o recipiente 1, o gás irá se espalhar por todo o sistema.
Aumento de desordem (espaço)
Processo Espontâneo
c) Mistura de Gases
Abrindo a torneira
Aumento de desordem
Processo Espontâneo
![Page 52: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/52.jpg)
d) Dissolução de um sólido em um líquido
![Page 53: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/53.jpg)
ENTROPIA
Originalmente, "entropia" (troca interior) surgiu como uma
palavra cunhada do grego de em (en - em, sobre, perto de...)
e sqopg (tropêe - mudança, o voltar-se, alternativa, troca,
evolução...).
O termo foi primeiramente usado em 1850 pelo físico alemão
Rudolf Julius Emmanuel Clausius (1822-1888).
A existência da ordem/desordem está relacionada com uma
característica fundamental da natureza que denominamos
entropia .
![Page 54: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/54.jpg)
Em nosso cotidiano percebemos que é mais fácil deixarmos as
coisas desorganizadas do que em ordem. Quando espalhamos
objetos pela casa, temos muito trabalho para colocarmos as
coisas em ordem.
Organizar é sempre mais difícil que bagunçar.
A tendência do aumento da entropia está relacionada com uma
das mais importantes leis da física: A segunda lei da
termodinâmica. Essa lei mostra que, toda vez que realizamos
algum trabalho, parte da energia empregada é perdida para o
ambiente, ou seja, não se transforma em trabalho útil.
![Page 55: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/55.jpg)
O físico austríaco Ludwig Boltzmann (1844-1906)
foi um dos cientistas que ajudaram a definir o
conceito de entropia tal como é conhecido hoje.
![Page 56: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/56.jpg)
ENTROPIA
Para medir o grau de desordem de um sistema, foi definida a
grandeza termodinâmica entropia, representada pela letra S.
- Quanto maior a desordem de um sistema, maior a sua entropia
- O mínimo de entropia possível corresponde à situação em que
átomos de uma substância estariam perfeitamente ordenados em
uma estrutura cristalina perfeita. Essa situação deve ocorrer,
teoricamente, a 0 K (zero absoluto).
- Em outras temperaturas, a entropia de uma substância deve ser
diferente de zero. Quanto maior a temperatura de uma substância,
maior o movimento das suas partículas, mais desorganizada ela está
e, portanto, maior a sua entropia.
![Page 57: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/57.jpg)
ENTROPIA
A entropia (cal/K.mol) a 25 °C para uma mesma substância, a entropia
no estado gasoso é maior que aquela no estado líquido, que, por sua
vez, é maior que a do estado sólido.
A variação de entropia em uma transformação depende apenas dos
estados inicial e final do sistema, independentemente de como os
reagentes se transformam nos produtos, isto é, do mecanismo da
reação.
Por definição, a variação da entropia de uma transformação é igual à
diferença entre a entropia dos produtos e dos reagentes:
∆S = Sprodutos - Sreagentes
![Page 58: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/58.jpg)
ENTROPIAAssim, se:
∆S > 0
Sprodutos > Sreagentes : a transformação ocorre com aumento da
desordem do sistema e tende a ser espontânea;
∆S < 0
Sprodutos < Sreagentes : a transformação ocorre com diminuição
da desordem do sistema e tende a ser não-espontânea;
∆S = 0
o sistema está em equilíbrio
Qualquer evento acompanhado por aumento na entropia do sistema tende acontecer de forma
espontânea.
Qualquer evento acompanhado por aumento na entropia do sistema tende acontecer de forma
espontânea.
![Page 59: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/59.jpg)
Uma forma de prever se uma reação ocorrerá com
aumento ou diminuição de entropia é analisando o
estado físico dos reagentes e dos produtos.
Como descrito anteriormente, os gases têm mais
entropia que os líquidos e estes que os sólidos.
![Page 60: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/60.jpg)
Durante as reações químicas, a liberdade de movimento dos
átomos freqüentemente sofre mudanças por causa das alterações
na complexidade das moléculas. Vamos considerar a reação
representada a seguir:
2NO2(g) → N2O4(g)
Reagentes: há seis átomos formando duas moléculas de NO2(g)
Produtos: esses mesmos seis átomos estão combinados
formando uma molécula de N2O4(g) .
Os seis átomos divididos entre duas moléculas permitem grau
maior de liberdade de movimento que os seis átomos
formando uma molécula. Então, podemos concluir que essa
reação, caso aconteça, ocorrerá com diminuição de entropia.
![Page 61: Capacidade Calorífica Específica e Transferência de calor](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022062722/568139a0550346895da13c8f/html5/thumbnails/61.jpg)
Duas regras gerais podem ajudar a prever se a entropia nas
transformações aumenta ou diminui:
- examinar os estados físicos dos produtos e dos
reagentes;
- verificar, quando os estados físicos dos reagentes e
produtos forem iguais, o aumento ou a diminuição do
número de moléculas após a transformação, o que
pode ser feito comparando a quantidade de matéria
em mols dos reagentes e dos produtos da reação.