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BOLETIMTÉCNICO
O SOLO-CIMENTO E SUAS APLICAÇÕES RURAIS
BT-117
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Associação Brasileira de Cimento Portla
O SOLO-CIMENTO ESUAS APLICAÇÕES RURAIS
por
Fernando José Teixeira Filho
Engenheiro Civil
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1a edição - 19892a edição - 1996 (mudanças no aspecto gráfico)
F691.91 Teixeira Filho, Fernando JoséT266so O solo-cimento e suas aplicações rurai
2.ed. São Paulo, ABCP, 1996.28p. ilus. 21cm. (BT-117)
Solo-cimentoConstruções ruraisSolo-cimento ensacado
Paredes de solo-cimentoTijolos de solo-cimentoSérie
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LISTA DAS FIGURAS
no Título
1 Solos adequados para a produção de solo-cimento
2 Relação entre as quantidades usuais de solo e cime
3 Corte esquemático de uma jazida de solo
4 Peneiramento do solo
5 Mistura do solo com cimento
6 Avaliação da umidade da mistura pelo teste da mão
7 Avaliação da umidade da mistura pelo teste do esfar
do bolo
8 Compactação da camada de solo-cimento
9a Posicionamento das guias
9b Execução do painel monolítico através do lançamen
compactação do solo-cimento em camadas
9c Execução do painel monolítico através do lançamen
compactação do solo-cimento em camadas
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LISTA DAS FOTOS
no Título
1 Vidro de boca larga
2 Mistura do solo com a água
3 Determinação das espessuras das camadas
4 Ensaio da caixa após 7 dias
5a Vista da prensa manual para tijolos
5b Colocação da mistura solo-cimento no molde
5c Compactação através de alavanca manual
5d Extração dos tijolos do molde
6 Vista geral de uma prensa hidráulica
7 Revestimento de canal com solo-cimento ensacado
8 Pequena ponte com cabeceira de solo-cimento ensa
9 Saída de galeria com dissipador de energia em solo
ensacado
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SUMÁRIO
LISTA DAS FIGURAS
LISTA DAS FOTOS
1 INTRODUÇÃO
2 SOLO-CIMENTO - MATERIAIS CONSTITUINTE
2.1 Solo
2.2 Cimento
2.3 Água
3 PROPORCIONAMENTO DOS MATERIAIS CON
4 PREPARO DA MISTURA
5 APLICAÇÕES DO SOLO-CIMENTO
5.1 Pisos
5 2 Paredes Monolíticas
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1 INTRODUÇÃO
O solo-cimento é um material obtido através da missolo, cimento portland e água, em proporções adequadapactação e cura úmida, resulta num produto com caracteríse resistências mecânicas definidas.
As primeiras aplicações do solo-cimento no Brasil redécada de 40, em pavimentações, a exemplo da experiêépoca.
Em 1948 a Associação Brasileira de Cimento PortlaBoletim Técnico no 54 Casas de Paredes de Solo-Cimentopainéis monolíticos na construção de moradias térreas.
Mais de meio século de experiência brasileira com acimento, permite-nos estender as suas aplicações a diversasrural, entre as quais:
a) construção de edificações na forma de painéi
maciços e blocos, para uso em alvenarias demento;
b) construção de pisos internos e externos, sujeicitações como terreiros de café, áreas de circumédios e grandes animais, pátios de estaciona
e implementos agrícolas etc.;
c) no revestimento de silos-trincheira, canais,rios;
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cimento solo
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2 SOLO-CIMENTO - MATERIAIS CONSTITUINTES
2.1 SoloOs solos adequados são os chamados solos arenos
que apresentam uma quantidade de areia na faixa de 50total da amostra considerada (Figura 1).
FIGURA 1 - Solos adequados para a produção de s
Nas misturas usuais, as quantidades variam na faixacimento para 100 partes de solo seco, em massa, o que corrà proporção cimento:solo mostrada na Figura 2. Desta mnotada a importância que a escolha de um solo adequad
produção de um solo-cimento com qualidade.
FIGURA 2 - Relação entre as quantidades usuais de
Silte 10%
Areia50% a 90%
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FOTO 1 - Vidro de boca larg
2) coloca-se 1 kg do solo já peneirado numde 5 mm, e adiciona-se água em quanticobrir todo o material;
3) deve-se desagregar todos os torrões
sentes, usando as mãos se necessário
4) após posicionar a garrafa sobre uma meum bastão agitar o material até se obtetodo o solo (Foto 2);
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5) deixar o material em repouso por 30 minsua completa sedimentação. A areia, p
grãos maiores e mais pesados, rapidamfundo, seguindo-se o silte e a argila, res
6) não deverão aparecer torrões de argilCaso isto ocorra, a operação deverá sealínea 3);
7) finalmente, devem ser feitas leituras milda camada de areia (L1) e da camada to(Foto 3).
FOTO 3 - Determinação das espessu
A relação entre L1 e L2 nos indica a quda areia na amostra total. Esta relaçãointervalo: 0,50 < L1 /L2 < 0,90
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O conjunto é então colocado na sombra, ao abrsete dias. Ao final a amostra não deverá apfissuras, embora seja admitida uma retração node até 2,0 cm (Foto 4).
FOTO 4 - Ensaio da caixa após 7 d
Este teste permite uma ótima avaliação da aduso nas misturas solo-cimento, sendo especquando pretendemos construir painéis monolí
Os testes expeditos são apenas referências para um
de um solo. Quando se deseja efetuar um estudo complencaminhamento de amostras a um laboratório capacirecomendável em obras de maior responsabilidade.
É possível se adicionar areia a um solo que não ap
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final. Tais solos, normalmente encontrados nas camadas sser descartados. Uma das principais características qupresença de contaminação por matéria orgânica, é a colconferida ao solo, embora algumas vezes isto não ocorra (
FIGURA 3 - Corte esquemático de uma jazida
2.2 Cimento
Não existem restrições ao uso de qualquer tipo d
normalizado pela Associação Brasileira de Normas Técnic
Recomenda-se o uso de cimentos novos e que não ahidratação, como empedramento.
2.3 Água
A água deverá ser isenta de impurezas nocivas à hidtais como matéria orgânica etc. De forma geral são cadequadas as águas potáveis
Camada superficialSolo com matéria orgânica
Solo sem contaminação
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finais são obtidos através de ensaios de resistência à compdurabilidade por molhagem e secagem.
O resultado final do estudo de dosagem é apresentade cimento (relação entre a quantidade de cimento e a de soEste teor, muitas vezes de pouca utilidade para fins transformado em traço volumétrico (por exemplo, 1 parte d18 partes de solo, em volume).
4 PREPARO DA MISTURA
Deverá ser feito o peneiramento do solo numa mal5 mm, aproximadamente. Esta operação tem por função promdo material, sendo o resíduo destorroado e, então, repen
descartados apenas aqueles pedregulhos maiores que a abertu
O peneiramento é feito com auxílio de peneiras tipo é lançado com pás (Figura 4).
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Nas misturas mecanizadas são utilizados misturadmalmente com eixo vertical ou horizontal.
Para pequenas quantidades é usual efetuarmos a m(Figura 5). Neste processo utilizam-se pás e enxadas. As quapara meio saco de cimento, permitindo uma mistura rápida
FIGURA 5 - Mistura do solo com ciment
A homogeneidade da mistura é verificada pela coloEsta deverá ser uniforme ao longo de toda a massa.
A água deve ser adicionada em pequenas quantidacom o uso de bicos espargidores ou regadores com padaptados, evitando a sua concentração em determinados
Na prática a umidade da mistura é verificada atravé
Superfície lisa e impermeável
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FIGURA 6 - Avaliação da umidade da mistura pelo
FIGURA 7 - Avaliação da umidade da mistura pelo testdo bolo
O solo-cimento quando compactado com umidades ac
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máximo, uma hora após a adição do cimento. A umidade inser mantida até a sua utilização.
5 APLICAÇÕES DO SOLO-CIMENTO
5.1 Pisos
A utilização do solo-cimento na construção de pisextensão da tradicional aplicação na pavimentação rodoviá
As espessuras finais variam na faixa de 8 cm a 15 cexecutada com o auxílio de fôrmas laterais (Figura 8). A cser feita com soquetes manuais ou compactadores mecâni
não.
Soquete lisoSoquete de pontas
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A execução de paredes monolíticas é uma evoldenominada taipa de pilão.
O sistema é constituído por um par de guias, normou concreto, e de duas fôrmas feitas de madeira compens
As chapas de compensado recebem um costelammadeira ou perfis metálicos, que procura garantir a rigidez nempenamentos e deformações.
As guias são fixadas na fundação, executada tambégarantindo o alinhamento e prumo do painel. A fixação das fôde parafusos ou pinos com travas. O solo-cimento é então lafofas com altura uniforme de 15 cm a 20 cm e compactadnuais. As camadas vão se sucedendo até ser completad
desfôrma feita em seguida. Estas são então fixadas no laacima das camadas executadas, e a operação é repetida attotal do painel.
Nas Figuras 9a, 9b e 9c são apresentadas a colocana fôrma, sendo a compactação feita manualmente.
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FIGURAS 9b e 9c - Execução do painel monolítico atravécompactação do solo-cimento em cam
A presença de interferências, como portas e janelas, éatravés da colocação de requadros no interior das fôrmas,nas Figuras 10a e 10b.
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A utilização de painéis monolíticos impõe um maior cudo projeto, buscando-se uma modulação que venha a otimiz
As espessuras recomendadas são as mesmas utilizaconvencionais, variando entre 10 cm e 15 cm para as altura
A aplicação dos painéis monolíticos é bastante ampna construção de casas, galpões para sericicultura (culturainstalações para aves e suínos, reservatórios enterrados o
armazenamento de resíduos (esterqueiras), para piscicultu
5.3 Blocos eTijolos Maciços
Os tijolos e blocos de solo-cimento são produzidos co
para a compactação da mistura fresca. Estas podem ser de aou hidráulico.
As prensas manuais são muito práticas, podendofacilmente. São capazes de produzir até 1.500 tijolos por dde 3 operários (Fotos 5a, 5b, 5c e 5d). As máquinas hidráu
podem produzir até 10 vezes mais, no mesmo espaço de tde uma equipe com 7 pessoas. Não podem ser movimentadnormalmente instaladas em centrais de produção próximas(Foto 6).
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FOTO 5b - Colocação da mistura solo-cimento
FOTO 5c - Compactação através de alavanca
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FOTO 6 - Vista geral de uma prensa hidráu
As peças produzidas não apresentam maiores difutilização sendo hoje bastante significativo o número
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FOTO 7 - Revestimento de canal com solo-ciment
FOTO 8 - Pequena ponte com cabeceira de solo-cim
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Existem exemplos da utilização dos sacos de solo-cimde pequenas barragens, sendo possível usar um maciço argo conjunto (Foto 10).
FOTO 10 - Pequena barragem utilizando solo-cimen
Para confecção do solo-cimento ensacado, inicialmecimento fresco é colocada em sacarias que, depois de costurdas e compactadas no local. Os sacos podem ser de difere
propileno, aniagem etc.), e sua função é de servir de fôrma pCom o tempo a sacaria se deteriora, expondo o solo-cimen
A disposição dos sacos deve seguir um arranjo que peentre os elementos. Na Figura 11 podemos ver o aspecto frde solo-cimento funcionando como muro de arrimo.
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5.5 Revestimento de Canais e Silos-Trincheira
A aplicação de solo-cimento no revestimento desemelhante à execução de painéis monolíticos. O fundo é eantes ou após as laterais que são construídas utilizando apda fôrma.
Os silos-trincheira são feitos de forma análoga, embsuperiores. Na Figura 12 é mostrada a operação de lançame
na fôrma para execução da lateral.
FIGURA 12 - Lançamento do solo-cimento na fôrma dura
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6 COMENTÁRIOS FINAIS
As possibilidades de aplicação do solo-cimento na áde serem esgotadas.
Por ser um processo de fácil assimilação por qualquesomente materiais locais, não necessitando de energia depara a sua produção, nem mesmo animal, a tecnologcertamente se constitui no material que permitirá uma verda
construções rurais brasileiras, pois associa um baixo cuqualidade.
A ABCP dispõe de publicações específicas sobre as ddo solo-cimento, onde poderão ser conseguidas as infordas técnicas construtivas que foram abordadas ao longo d
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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLConstrução de paredes monolíticas com solo-
pactado; prática recomendada. São Paulo,
2.
________. Fabricação de tijolos e blocos de sutilização de prensas hidráulicas; prática recoPaulo, 1989. (BT-112)
3. ________. Fabricação de tijolos de solo-cimen
de prensas manuais; prática recomendada. (BT 111)
4. ________ . Ruas de solo-cimento; prática de cPaulo, 1984. (BT-86)
5. CENTRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO (Cartilha da construção com solo-cimento. C
6. HALLACK, Abdo, MYRRHA, Marco Aurélio de Lima solo-cimento para secagem de café. São P(BT-116)
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