Avaliação da aprendizagem no curso de pedagogia a distância
Eraldo de Souza Ferraz - [email protected]
Luis Paulo Leopoldo Mercado – [email protected]
Universidade Federal de Alagoas
Resumo
Este estudo investiga a pertinência das atividades de aprendizagem no ambiente Moodle do
Curso de Pedagogia a distância da UAB-UFAL. Descreve as dificuldades enfrentadas pelos
alunos na realização e orientação das atividades avaliativas. Analisa o projeto pedagógico
adotado no Curso de Pedagogia na Modalidade a Distância da UAB/UFAL buscando a
coerência entre os objetivos e as atividades avaliativas das disciplinas do 1º. período do curso
e propõe instrumentos de avaliação pertinentes à educação superior. O estudo partiu do
pressuposto de que inexiste correlação entre as atividades de aprendizagem e os objetivos
previstos nos planos de disciplinas ofertadas no referido Curso da UFAL. A pesquisa utilizada
foi qualitativa com abordagem metodológica de estudo no Moodle utilizado no curso, no qual
foram analisadas as atividades avaliativas disponíveis em quatro disciplinas nesta plataforma,
comparando com os objetivos propostos em cada uma. Os dados foram coletados através do
questionário aplicado a 20 alunos e entrevista semi-estruturada realizada com quatro
professores. Os resultados apontam que existe adequação das atividades aos objetivos
exigidos em cada disciplina porém, foram detectados problemas como: a grande quantidade
de atividades para o tempo de oferta da disciplina em cada módulo e a demora na
publicização das notas obtidas.
Palavras-Chave: Educação online, Avaliação da aprendizagem, Instrumentos de avaliação
Abstract
This study investigates the relevance of learning activities on the environment Moodle Course
Pedagogy of the distance from the poles UAB-UFAL. Describes the difficulties faced by
students in the achievement orientation and evaluative activities. Examines the pedagogical
adopted in the Course of Pedagogy in Distance Modality of UAB/UFAL seeking coherence
between the objectives and evaluation activities of the subjects of 1st time course and
proposed assessment instruments relevant to higher education. The study assumes that the
absent correlation between learning activities and the objectives envisaged in the plans of
disciplines offered in the Pedagogy Course distance of UFAL. The research used a qualitative
methodological approach with a case study in the Moodle platform used in the course. We
analyzed the evaluative activities available in four disciplines in the Moodle compared with
the proposed objectives in each. Data were collected through the questionnaire administered
to 20 students and a semi-structured interview with four teachers. The results indicate that
there is adequacy to the objectives of the activities required in each discipline but, problems
like: a lot of activities for the time of offering the course in each module and the delay in
publicizing their scores
Keywords: Online education, Evaluation of learning, Assessment tools
Introdução
O desenvolvimento das TIC vem propiciando novas alternativas de educação a
distancia (EAD), que crescem nas universidades brasileiras tanto públicas quanto privadas a
exemplo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) que acreditou nessa possibilidade de
democratização da formação do professor principalmente naquelas regiões em que não existe
instituição de ensino superior.
Realizamos um estudo crítico-reflexivo da pertinência das atividades de aprendizagem
preparadas pelos professores-autores para os alunos, que teve como objetivo a avaliação do
rendimento escolar na modalidade online, especificamente nas ferramentas que são
disponibilizadas no Moodle utilizado no Curso de Pedagogia da Universidade Aberta do
Brasil (UAB), na UFAL.
Investigamos a pertinência das atividades de aprendizagem no Moodle do Curso de
Pedagogia a distância da UFAL com os objetivos de analisar as atividades de aprendizagem
do Curso de Pedagogia da UAB; avaliar a pertinência das atividades; identificar as
dificuldades enfrentadas pelos alunos na realização e orientação das atividades avaliativas;
analisar o projeto pedagógico adotado no curso, buscando a coerência entre os objetivos e as
atividades avaliativas das disciplinas do 1º. período do curso.
A pesquisa qualitativa utilizada enfocou o Curso de Pedagogia a distância da
UAB/UFAL iniciado em 2007. A abordagem escolhida foi o estudo de caso no Moodle
utilizada no curso. O estudo de caso envolveu entrevista semi-estruturada individual com
professores das disciplinas ofertadas no primeiro período do curso que apresentaram
elementos para as análises dos escritos no projeto pedagógico e a realidade do cotidiano do
curso.
Na EAD, a preparação do conteúdo no Moodle constitui um desafio para o professor,
pois cada conteúdo deve ser criado em formato específico, compatível com o suporte
tecnológico e armazenado como arquivo, para ser acessado através da aula. Não basta ao
professor, apenas dominar o conteúdo de sua disciplina, mas trabalhar artisticamente o
material didático desenvolvido através de HTML, JAVA, PowerPoint, dentre outros, para
torná-lo atraente, interativo e eficaz de dominar a webconferência.
O ato de avaliar pressupõe a definição de critérios de julgamento, em função dos quais
serão atribuídos valores ou menções. Esta prática reflete não só uma concepção de processo
ensino-aprendizagem como também toda a concepção do sistema escolar e do seu papel na
formação do aluno. Não basta, apenas, avaliar o desempenho do aluno mas também a atuação
dos professores e tutores, a adequação da metodologia em EAD, da infra-estrutura
institucional e, principalmente, dos instrumentos utilizados.
Castillo Arredondo e Diago (2009) destacam as funções e modalidades de avaliação
tanto presencial quanto a distância, tais como: diagnóstica, formativa e somativa. Na
avaliação diagnóstica o professor tem o objetivo de analisar as particularidades e necessidades
sócio-culturais do grupo a ser atendido, bem como, a possível compatibilização do potencial
de cada meio de comunicação e informação. Na avaliação formativa ela ocorre
processualmente tornando possível observar e compreender mais metodicamente o
desempenho de cada aluno, de modo a ocorrer um ajuste, de maneira sistemática e
individualizada, das intervenções pedagógicas e das situações didáticas; com isso, ampliando
as oportunidades de aprendizagem dos alunos. E por último, na avaliação somativa o
professor estabelece os valores atribuídos às múltiplas atividades, mas não como um fim em
si mesmo, mas também, dos múltiplos olhares inerentes ao processo ensino-aprendizagem.
Avaliação da Aprendizagem na EAD
Na EAD, se faz necessário que o processo educativo seja criteriosamente planejado,
uma vez que a mediação pedagógica entre aluno e os conteúdos de aprendizagem acontece
não mais mediante a presença do professor, mas por intermédio de diferentes meios e
materiais didáticos, além do acompanhamento do sistema de tutoria. Isto requer que o aluno
desenvolva as habilidades de auto-aprendizagem, auto-disciplina e auto-avaliação, assumindo
a função de gestor de seu processo de aprendizagem e co-responsável pelo processo de
avaliação, tornando-se sujeito dos processos.
O sistema de avaliação da aprendizagem adotado no ensino superior não difere do
adotado na educação básica, bem como, do adotado na EAD no que se refere à definição de
instrumentos. O que diferencia é o nível de exigência de conteúdo e de procedimentos em
relação ao nível de maturidade dos alunos.Em cada prática está subjacente uma concepção do
processo de ensino-aprendizagem.
Haydt (1991, p.21-30) considera que é a partir da elaboração do plano de ensino, com
definição dos objetivos que norteiam o processo de ensino-aprendizagem, é que se estabelece
o que e como julgar os resultados da aprendizagem dos alunos.
Na EAD, a separação tempo-espaço da avaliação da aprendizagem é considerada
como um processo natural porque já define as condições possíveis que possibilitam obter
resultados pertinentes a cada plano de ensino. Dessa forma, a própria avaliação passa a
exercer diferentes funções e desempenha diferentes papéis. Neste último, a auto-avaliação é
de grande relevância, pois possibilita ao aluno comprovar de imediato se a sua aprendizagem
está sendo consistente.
Castillo Arredondo e Diago (2009), Primo (2009) e Garcia Aretio (1994) explicitam
que a avaliação assume três modalidades: diagnóstica, formativa e somativa.
a) A avaliação diagnóstica visa verificar o perfil de entrada do aluno no curso. O que
ele sabe a partir de conhecimentos anteriores ou experiências;
b) A avaliação formativa é realizada durante o processo ensino-aprendizagem
aplicando estratégias que busquem a “correção” (grifo nosso), recuperação dos alunos nas
atividades que apresentaram dificuldades.
b) A avaliação somativa, pode ser facilmente utilizada como um instrumento de
certificação social, na medida em que permite seriar os alunos de acordo com o seu mérito
social, constituindo a função social da avaliação. Embora esta sirva de classificação, poderá e
deverá assumir expressão qualitativa e quantitativa, na atribuição de notas ou conceitos.
Segundo Oliveira et al (2007) a avaliação formativa não é alternativa à avaliação
somativa, mas complementar, pois permite uma visão de síntese e acrescenta-lhe dados
significativos, pois a segunda é mais global e está mais distante do momento em que as
aprendizagens aconteceram.
É importante que haja uma integração harmoniosa entre essas três modalidades
avaliativas, permitindo a utilização de práticas mais aprimoradas de avaliação. Isto porque são
fundamentais para os alunos e para os professores no que diz respeito às facilidades das
aprendizagens significativas e a conseqüente incremento da motivação de todos os atores
institucionais do processo.
Na EAD, a ênfase é dada à avaliação formativa e à somativa. Mas, na formativa há um
problema na EAD já que na modalidade de ofertas em semanas ou em períodos de um a dois
meses, o aluno precisa cumprir um cronograma com prazos para a postagem das atividades no
AVA levando a um acúmulo de conteúdos tanto para os alunos quanto para os tutores. Neste
caso, professor/tutor não consideram o ritmo e os tempos individuais de aprendizagem dos
alunos.
Nesse sentido, para a avaliação formativa funcionar a contento, é importante que os
professores estabeleçam os critérios a serem estabelecidos para a qualificação de desempenho
dos alunos nos instrumentos de coleta que serão utilizados para verificação da aprendizagem.
É importante a construção de um plano de tutoria pelo professor-autor para que o tutor possa
avaliar as atividades à luz dos critérios mínimos estabelecidos.
Técnicas, instrumentos e critérios na avaliação em EAD
A avaliação da aprendizagem é o acompanhamento do processo de desenvolvimento e
transformação dos alunos, inserido no próprio processo de transformação social. Como fazer
o registro desse acompanhamento? De que forma os professores-autores responsáveis pelas
disciplinas dos cursos da EAD, devem agir na sala de aula para fazer o levantamento do
conhecimento adquirido pelo aluno?
Uma boa parte dos professores critica as provas, alegando que elas não medem
aprendizagem alguma. Os instrumentos de verificação da aprendizagem são construídos com
falhas pelo fato dos professores, em sua maioria, apresentarem dificuldades nas técnicas de
construção de questões, agravando mais ainda o processo de avaliação da aprendizagem.
A avaliação da aprendizagem deve ser construtiva e requer do professor uma prática
avaliativa mais constante no dia-a-dia de sala de aula, utilizando os instrumentos mais
adequados aos objetivos definidos no plano de ensino. Para isso, é preciso que utilize as
técnicas e os instrumentos adequadas e necessárias ao próprio processo avaliativo.
O conhecimento das técnicas e instrumentos voltados para EAD, permitirá ao
professor desenvolver um processo avaliativo mais criativo, mais consistente permitindo ao
mesmo uma análise mais fidedigna do seu trabalho e da aprendizagem do aluno. Professores
das diversas áreas do conhecimento criticam as provas devido as possibilidades de erro que
sempre existem na sua construção.
Com o crescimento das discussões das correntes progressistas, na década de 80, que
para Libâneo (2004) significa a pedagogia que designa as tendências que, partindo de uma
análise critica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticos
da educação, levaram muitos professores ao relaxamento na elaboração dos instrumentos de
avaliação.
Técnicas de avaliação são métodos de se obter informações desejadas; o instrumento
de avaliação é o recurso usado para esse fim. Vários autores apresentam as técnicas e
instrumentos de avaliação dentre eles Mediano (1985), Depresbiteris (2007), Hoffmann
(2001) e Castillo Arredondo (2009) e que, cada um difere nas indicações das técnicas e
instrumentos.
Enfatizaremos o modelo apresentado por Castillo Arredondo (2009, p. 264) que ao
tratar das técnicas e instrumentos de avaliação, conceitua técnica como o “método operativo
de caráter geral que põe em jogo diversos procedimentos para obter a informação necessária
sobre aprendizagem dos alunos” e instrumento como “ferramenta especifica, um recurso
especifico, ou um material estruturado que se aplica executoriamente para recolher os dados
de forma sistematizada e objetiva acerca de algum aspecto claramente delimitado”.
O modelo proposto pelo autor apresenta cinco técnicas: observação sistemática;
trabalhos de classe; exames escritos; provas objetivas e exames orais. Os instrumentos são
variados para cada uma das técnicas mas destacamos os das provas objetivas que se
assemelha com o da técnica da testagem discutida por Mediano (1985) no que se refere às
provas escritas.
Baseados nos estudos de Mediano (1985) e de Hoffmann (2001) apresentamos três
técnicas e instrumentos de avaliação que, de forma geral, estão sendo vivenciadas no
cotidiano universitário. São elas:
Técnica da observação: destinada ao registro da aprendizagem dos alunos através do “olhar”.
Acompanhar simplesmente o desenvolvimento do aluno sem documentar, não garante, de
fato, o conhecimento dos avanços e/ou dificuldades. O relatório de avaliação é o instrumento
indicado dessa técnica pois nele deve ficar registrado: avanços do aluno; dificuldades
encontradas; propostas de novas estratégias do professor para superação das dificuldades dos
alunos. Na EAD, o tutor pode preparar esse instrumento para o acompanhamento das
atividades que estão sendo realizadas pelos alunos no AVA, inclusive, fornecendo o feedback
da situação de aprendizagem. A escala de observação também é outro instrumento utilizado
pelos professores.
Técnica da inquirição: leva ao ato de inquirir, interrogar, perguntar. É mais utilizada para
desenvolver trabalhos de pesquisa de campo, nos quais os dados quantitativos serão
necessários para a apresentação e interpretação a partir de tabelas e gráficos. O instrumento
dessa técnica é o questionário utilizado bastante na pesquisa de campo.
Técnica da testagem: típica dos objetivos da área cognitiva. É a mais utilizada na sala de aula
tendo como instrumentos os testes, provas e exercícios escolares tendo como finalidade a
verificação da aprendizagem. Na EAD essa técnica está presente até pela própria
obrigatoriedade da avaliação presencial, conforme determina o Decreto no. 5.622/05 no seu 1º.
parágrafo Item I obrigatoriedade de momentos presenciais para “avaliações de estudantes”.
Na prática educativa é importante que as técnicas e os instrumentos garantam a
qualidade de informações que possam reunir o maior número de dados coletados para que o
professor possa ter elementos para descrever um diagnóstico do processo de aprendizagem de
seus alunos.
Uma boa parte dos instrumentos avaliativos sugeridos na literatura apresenta uma
concepção tradicional de educação. Por isso, há grande dificuldade nos professores na escolha
desses instrumentos. O importante é que a seleção seja feita de acordo com as especificidades
de cada turma a ser avaliada considerando, também, o planejamento de ensino. Também, a
avaliação não pode reduzir-se apenas à constatação dos resultados mas proporcionar
informações suficientes sobre o aluno para que o professor possa ter elementos de análise de
sua prática docente.
Os professores devem ficar atentos e serem cautelosos na escolha da técnica e
instrumentos porque “testes e tarefas são instrumentos de avaliação, planejados e elaborados
pelos professores para poderem acompanhar a expressão dos sentidos construídos pelos
alunos. Como tais, precisam ser coerentes às concepções defendidas, no sentido de
favorecerem uma análise qualitativa”. (HOFFMANN, 2001, p.190)
Diferentes técnicas avaliativas podem ser aplicadas desde que haja a devida adequação
dos instrumentos às concepções metodológicas bem como aos objetivos de ensino pretendidos
em cada módulo disposto no AVA.
Dentre vários modelos de instrumentos destacados, enfatizamos as mais usuais na
EAD segundo Castillo Arredondo (2009, p.420): exercícios de auto-avaliação - atividades
em que os alunos buscam responder questões do conteúdo estudado e eles mesmos fazem a
correção. Na EAD, as atividades do próprio fórum pode ser uma das atividades de auto-
avaliação; provas - identificam as dificuldades e propoem novas estratégias para superação
das mesmas. Na EAD elas se constituem de questões teóricas, comentários de textos,
resolução de problemas práticos, aplicação de princípios gerais, etc., nos quais o aluno elabora
suas próprias respostas; projetos ou trabalhos de investigação - envolvem conteúdos de
diversas disciplinas trabalhadas no curso e tem um período maior para serem executadas.
Através dessa prática intencional, “o homem busca a solução de problemas e desenvolve um
processo de construção de conhecimento”.
A manifestação desses instrumentos na EAD pode ser vista no Moodle utilizado pelo
curso de Pedagogia da UFAL, que tem em suas ferramentas o fórum e o chat, que permitem a
auto-avaliação. Já as provas estão presentes nos momentos presenciais para atendimento do
aspecto legal bem como as atividades de seminários e pesquisas em que os alunos
desenvolvem projetos de investigação nas diversas disciplinas.
Os pesquisadores que defendem a EAD apostam no uso sistemático da auto-avaliação
porque fomenta a autonomia, a formação e a capacidade crítica do aluno, permitindo um
autocontrole da aprendizagem na medida em que lhe permite acompanhar o desenvolvimento
da sua aprendizagem, comparando o seu estágio atual de reconstrução do conhecimento com
o seu estágio anterior. (CASTILLO ARREDONDO, 2009).
A escolha dos instrumentos de avaliação da aprendizagem em EAD feita pelo
professor, resulta sempre de suas concepções de educação e de aprendizagem, bem como de
suas crenças, ideologia, imaginário e representações sociais.
Em geral, os professores conseguem acompanhar o trabalho dos seus alunos, têm uma
idéia de como eles aprendem e chama essa visão genérica de avaliação contínua. Mas essa
avaliação deixa a desejar se queremos fazer dela um ponto de partida para novos planos de
trabalho. Muitas vezes, alunos que aparecem menos esquecidos, perdem detalhes; a nitidez
das observações, muita coisa a memória não retém. Os momentos planejados, especialmente
para as pequenas avaliações, garantem mais informações, mais segurança para as observações
do professor e maior rendimento dos alunos. Uma avaliação semanal de cada aluno,
envolvendo as atividades significativas desenvolvidas em sala de aula, permite um
diagnóstico mais preciso da aprendizagem de todos e da própria prática do professor; garante
uma atenção mais permanente do professor em relação a cada aluno; ajuda-o a dar seu curso
com mais segurança e de forma mais adequada; e leva os seus alunos a participarem e
aprenderem muito mais.
Essas recomendações servem muito bem para a modalidade presencial porque é uma
excelente forma de ensinar, exercitar e ajudar os alunos a reterem sua aprendizagem. Um
sistema de avaliação aplicado em EAD deve ser planejado e organizado de forma que possa
desenvolver diversas modalidades de avaliação para serem realizadas em diferentes
momentos, utilizando diversas técnicas e instrumentos sempre adequados aos objetivos e aos
conteúdos de ensino e aprendizagem. Deve, também, ser contínuo porque é necessário ter
várias amostras do seu comportamento durante o curso, para se dar os comentários
apropriados de forma que possam ajudá-lo. Mesmo sabendo que o ambiente informacional
baseado na apresentação para recepção prevalece nas salas de aula. (SILVA, 2006).
Na EAD, o professor deve entender que precisamos assumir uma postura diferenciada
no que diz respeito à avaliação da aprendizagem. Uma das preocupações é com a objetividade
e clareza dos critérios e à adequação dos instrumentos porque os professores trazem consigo a
prática vivenciada no modelo presencial de educação. É importante a obtenção de
informações válidas, objetivas e confiáveis. Isto é possível quando o professor passa a ter um
novo olhar da avaliação primando pela qualidade mas provavelmente outros fatores de ordem
emocional, por conta da intersubjetividade irá impedi-lo no diálogo permanente com o aluno.
O diálogo num AVA pode possibilitar a “criação de um vínculo relacional que incentiva a
partiipação dos implicados e a presença de uma avaliação participativa. Quando o grupo está
em sintonia colaborativa e se permite o diálogo, se retroalimenta”. (opcit, p.58).
Hoffmann (2006, p. 59) propõe a “perspectiva de ação avaliativa como uma das
mediações pela qual se encorajaria a reorganização do saber (...) nos ambientes online, o
processo de mediação é articulado com o processo avaliativo”. Essa articulação dá-se pelas
ferramentas que estão disponibilizadas no AVA adotados nos curso de EAD. O próprio fórum
é uma da ferramenta que propicia o diálogo entre o aluno, o professor-autor e o tutor
interligando o conteúdo de ensino e o comportamento observável das respostas e/ou
encaminhamentos às questões avaliativas propostas.
Nos discursos dos professores envolvidos na EAD percebemos que eles defendem a
construção de várias atividades avaliativas que favoreçam a expressão de ideias e de
diferentes estratégias de solução das atividades pelos alunos porque, para Hoffmann (2001, p.
183) “possibilita ao professor investigar hipóteses construídas por eles até aquele momento,
ou os processos de raciocínio de que se utilizaram”.
O processo de avaliação aplicado no modelo de EAD propicia práticas de avaliação
mediadora defendidas por Hoffmann (opcit) porque as ferramentas disponibilizadas no AVA
provocam diálogos dos participantes, potencializando a aprendizagem.
Cada professor precisa reflitir sobre sua prática avaliativa e esteja sempre se
questionando quanto à melhor estratégia de verificação da aprendizagem no modelo a
distância que permita a definição de instrumentos avaliativos mais apropriados no AVA para
a garantia da qualidade da educação.
O Curso de Pedagogia a distancia da UFAL teve início em 29/09/2007, foi
autorizado/credenciado pela Portaria nº: 2.687/05 – MEC, publicado pelo DOU em
02/08/2005 e retificada em 12/08/2005, para funcionamento no sistema de Regime Seriado
Semestral nos Pólos de EAD nos municípios alagoano de Maceió, Santana do Ipanema, Olho
D´Água das Flores e Maragogi. Depois foi criado o pólo de São José da Laje. Entretanto, o
curso já existia na modalidade semi-presencial, híbrida, desde 1998 e em 2002 foi credenciada
na modalidade a distância. A Licenciatura Plena em Pedagogia da UAB/UFAL habilita os
licenciados para exercerem funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do
Ensino Fundamental, nas disciplinas pedagógicas dos cursos de Ensino Médio, na modalidade
Normal, na Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar, bem como para
exercerem atividades de organização e gestão de sistemas e instituições de ensino, englobando
planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de tarefas próprias do
setor da educação e produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do campo
educacional, em contextos educacionais, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais da
Pedagogia.
O curso está organizado em módulos, na modalidade a distância, com momentos
presenciais no início e término de cada módulo, com avaliação presencial. Cada módulo é
planejado pela equipe docente do curso, articulando o programa de ensino em cada eixo
curricular e entre estes. São eleitos temas integradores e atividades conjuntas (seminários,
visitas, oficinas, trabalhos acadêmicos) com o objetivo de atingir essa articulação com
contextualização mais ampla possível em cada unidade e em cada módulo.
Todos os módulos são preparados e inseridos no Moodle (www.ead.ufal.br) criado
para a organização dos conteúdos de cada disciplina e para o acesso pelos alunos, tutores e
professores bem como para o acompanhamento da Coordenação do Curso. Por meio do
Sistema de Acompanhamento do Moodle, o tutor online acessa a plataforma através de sua
senha e tem a oportunidade de visualizar as atividades enviadas por cada aluno. Faz a leitura
da atividade postada, faz uma análise a partir do plano de tutoria que o professor-autor
disponibilizou para conhecer os critérios de correção em cada atividade e atribuir a devida
nota/conceito. Dependendo do plano de tutoria o aluno recebe o retorno individualizado sobre
o seu desempenho, bem como orientações e trocas de informações complementares relativas a
conteúdos abordados, de exercícios desenvolvidos, e principalmente dos que tenham sido
respondidos de forma incorreta, propiciando-se novas elaborações e encaminhamentos de
reavaliações.
Através da tutoria é possível garantir o processo de interlocução necessário a
qualquer projeto educativo. O aluno é acompanhado no Moodle pelo tutor online. Realiza a
mediação do processo de ensino-aprendizagem entre aluno, professor e coordenação. O
professor-autor é que ministra as aulas e prepara o instrumento de avaliação da aprendizagem
para ser aplicado no momento presencial pelos tutores presenciais. O tutor presencial de cada
pólo acompanha o desenvolvimento das aulas-atividades, encaminhando as dúvidas dos
alunos aos professores e tutores online. Os alunos recebem informações sobre quem é seu
tutor online e seu e-mail no inicio do curso para acontecer a devida interação.
No Moodle são inseridos os conteúdos das diversas disciplinas da matriz curricular, à
medida em que são ofertadas em cada semestre, possibilitando a interação entre os alunos,
tutor, professor, membros da equipe pedagógica e a e instituição, através da Internet. Para
acesso a este recurso, o aluno tem à disposição nos pólos, computadores conectados à Internet
para o uso do AVA. O professor-autor prepara o material didático que possibilite a um maior
número de ferramentas dispostos no Moodle, dentre elas: fóruns, chats, ou em atividades
extra-curriculares. No AVA, o professor disponibiliza propostas de atividades para discussão
entre os alunos, com a presença ou não do professor-autor ou dos tutores. Na página virtual do
curso, o professor de cada módulo também disponibiliza materiais complementares para
acesso aos alunos, tais como links para acesso à página na internet ou outros materiais.
A partir da análise das disciplinas que compõem o primeiro semestre do curso em
estudo no Moodle utilizado pela UFAL, com acesso autorizado pela coordenação do curso em
estudo, constatamos a ausência dos planos de ensino no ambiente. Por sua vez, conseguimos
visualizar os objetivos descritos na introdução de cada módulo, seguidos de textos e das
atividades avaliativas.
Os fóruns de discussão do Moodle são organizados e mediados pelos professores-
autores e tutores tendo em vista a troca de ideias e o aprofundamento de conteúdos que estão
sendo estudados pelos alunos ou das atividades que estão sendo por eles desenvolvidas.
O aluno tem um acompanhamento sistemático e contínuo em seu processo de estudo e
em suas atividades escolares, feito pelo tutor presencial e online, que anota suas observações
em fichas próprias de registro, e pelo coordenador, através das ferramentas de avaliação
oferecidas no Moodle. São observados e analisados, entre outros: os métodos de estudo do
aluno; o empenho na realização das atividades propostas; o interesse e a iniciativa para a
leitura, estudo e a pesquisa; a participação nas atividades presenciais; a participação nos
fóruns; a capacidade de questionar, refletir e criticar os conteúdos e abordagens propostas na
disciplina; a interlocução com os tutores e colegas de curso; o acompanhamento das
discussões e abordagens propostas no material didático. Se necessário, o aluno é aconselhado
a reavaliar seu método de estudo. Neste caso, os tutores providenciam aconselhamento e/ou
providenciam intervenções para ajudá-lo a superar as dificuldades de aprendizagem
identificadas.
Avaliação da Aprendizagem no Curso de Pedagogia a Distância da UAB/UFAL
Inicialmente, foi feita uma análise documental do projeto político-pedagógico,
aprovado em 2006, para conhecimento dos pressupostos teóricos-metodológicos estabelecidos
para a oferta do curso no que diz respeito à estruturação dos núcleos, eixos e módulos dos
componentes curriculares, metodologia de EAD aplicada, os sistemas de tutoria, de
coordenação de pólos, de orientação acadêmico, de freqüência e encontros presenciais, bem
como do material didático utilizado através do AVA Moodle. Uma atenção especial foi dada à
avaliação da aprendizagem adotada no projeto político-pedagógico para ser comparado entre
o idealizado e o que foi posto em prática no cotidiano da realização do curso.
Foi realizada uma pesquisa de campo objetivando analisar as intenções subjacentes
nos planos das disciplinas alvo da pesquisa e confrontá-las com os dados coletados na
pesquisa de campo. Como técnica de coleta de dados, utilizamos entrevistas abertas com os
professores conteudistas Elaboramos um questionário contendo 11 questões, sendo 8 fechadas
e 3 abertas aos alunos que cursaram o 5º período, em 2010, tratando das atividades oferecidas
quando realizavam o 1º. período do Curso de Pedagogia. A amostra de 20% foi retirada do
número de 100 alunos matriculados, sendo 50 em cada um dos pólos de Olho D´Água das
Flores e de Santana de Ipanema. A escolha desses dois pólos se deu devido à disponibilidade
dos alunos em participarem da pesquisa de forma espontânea, que concluíram o período
supracitado com aprovação ou não, totalizando 20 alunos. Aos alunos escolhidos, através do
sorteio, foi enviado o questionário para o e-mail pessoal de cada para ser respondido e depois
retornado para o e-mail do autor deste estudo.
Para a entrevista com os professores foram escolhidos 4 que ministraram as
disciplinas ofertadas no 1º. período, em 2008, do curso em estudo. A partir dos dados
coletados, buscamos refletir sobre a pertinência das atividades avaliativas realizadas no
primeiro período do curso. As variáveis analisadas na aplicação do questionário dizem
respeito aos instrumentos de avaliação que foram usados com ou sem problemas, disciplinas
com maiores dificuldades, tipo de dificuldade, divergências de orientações entre atividades
constantes no Moodle e as orientações fornecidas pelas tutoras online, alterações de atividades
sugeridas pelo tutor, grau de satisfação na realização da avaliação presencial, motivos da
insatisfação na avaliação presencial, maiores dificuldades no desenvolvimento das atividades
avaliativas e sugestões para a melhoria da avaliação da aprendizagem.
Em seguida, foi dado um tratamento estatístico no que diz respeito à apresentação através de gráficos com a devida análise e interpretação dos dados obtidos.
Para a entrevista com os professores, foram construídas de sete perguntas que
versaram sobre os critérios utilizados para validar, através do plano de tutoria, as atividades a
serem postadas pelos alunos no fórum do Moodle utilizado pelo curso uma vez que as
atividades são corrigidas pelos tutores online com a devida justificativa; a forma da pontuação
para as atividades do fórum no plano de tutoria e o seu procedimento; as validações das
atividades avaliativas online pelas tutoras e de que forma se deu a sua participação; os tipos
de dificuldades que o professor encontrou na elaboração das atividades avaliativas para a
plataforma Moodle; se a quantidade de atividades avaliativas no Moodle foi previamente
pensada para o tempo de realização da sua disciplina e sua justificativa; que tipo de
instrumento foi utilizado para a avaliação da aprendizagem no momento presencial
estabelecido pela coordenação do curso, bem como se os alunos fizeram individualmente,
dupla ou em grupo e por que usou tal procedimento; e finalmente saber se no cotidiano
acadêmico de sala de aula do professor, que vivenciava duas modalidades de ensino,
presencial e a distância, fazia adaptação de atividades avaliativas para o momento a distância
ou se reconstruía a atividade com a devida clareza para a nova dinâmica da EAD.
Conforme estabelece o projeto pedagógico do curso, o processo avaliativo se dá
durante todo o desenvolvimento do curso, tendo como pressupostos básicos a avaliação
participativa e processual, atendendo aos diversos níveis de avaliação, tais como: avaliação da
aprendizagem, material utilizado e metodologia tanto do professor quanto do curso.
A avaliação didático-pedagógica está fundamentada numa perspectiva emancipatória no
qual o aluno, a partir da reflexão da sua prática pedagógica, associando-a aos conceitos
teóricos discutidos ao longo do curso, permita desenvolver uma proposta de autonomia
pessoal e desenvolvimento profissional que extrapole os modelos tradicionais de avaliação.
A importância desta avaliação processual, nos seus diversos níveis, constitui-se uma
prática constante de realimentação, possibilitando as intervenções que se fizerem necessárias,
como forma de minimizar os possíveis óbices do processo. O processo avaliativo da
aprendizagem desenvolve-se de forma quantitativa e qualitativa. Na forma quantitativa, diz
respeito ao registro da frequência nos momentos presenciais, em que o aluno deve ter 75%, no
mínimo, e a qualitativa trata dos aspectos do desempenho adquirido em cada disciplina.
No Projeto Pedagógico do Curso, a avaliação da aprendizagem consiste de um processo
sistemático, continuado e cumulativo que contempla: diagnóstico, acompanhamento,
reorientação e reconhecimento de saberes, competências, habilidades e atitudes; diferentes
atividades, ações e iniciativas didático-pedagógicas compreendidas em cada componente
curricular; análise, a comunicação e orientação periódica do desempenho do aluno em cada
atividade, fase ou conjunto de ações e iniciativas didático-pedagógicas; prescrição e/ou
proposição de oportunidades suplementares de aprendizagem nas situações de desempenho
considerado insuficiente em uma atividade, fase ou conjunto de ações e iniciativas didático-
pedagógicas.
O processo de avaliação da aprendizagem dos alunos de Pedagogia a distância da UFAL
consta de duas etapas: Exercícios avaliativos a distância ao término de cada módulo -
consta de um conjunto de exercícios como: trabalhos escritos individuais ou em grupo;
relatórios de projetos ou de pesquisas; estudo de caso, preparação e análise de planos;
observação de aulas; entrevistas; memorial; monografia; exercícios; redação de textos;
elaboração de material didático, comentários e resenhas sobre textos e vídeos; resolução de
problemas, solução de casos práticos. A interatividade dos alunos entre eles, com os
professores e tutores é estimulada na realização dos exercícios avaliativos. As atividades
avaliativas são corrigidas pelos tutores tomando-se como base o plano de tutoria definido pelo
professor que ministrou as aulas no momento presencial; Avaliações presenciais - os alunos
realizam nos pólos, uma avaliação presencial ao final de cada disciplina ministrada, exigência
legal do MEC para os cursos a distância. Os instrumentos e estratégias escolhidos estão
articulados com os objetivos, os conteúdos e as práticas pedagógicas adotadas no plano de
disciplina. Os instrumentos de avaliação são elaborados pelo professor-autor da disciplina
podendo ser prova escrita individual, em dupla ou em equipe, respeitando-se as
especificidades de cada disciplina
A partir dos dados coletados na pesquisa de campo foi feito um confronto a partir das
respostas obtidas com os alunos e professores, para verificação das intenções previstas no
projeto pedagógico e o que de fato foi colocado em prática.
Foi perguntado ao aluno quais os instrumentos de avaliação que ele se sentiu à vontade
em realizar, sem dificuldades, podendo apontar até duas opções. 43% dos entrevistados
apontaram o fórum como um instrumento que favoreceu na realização das atividades
avaliativas sem problemas enquanto que 22% indicaram as tarefas, 16% as provas objetivas,
5% dos entrevistados apontaram para projetos e relatórios respectivamente e 3% para
portfólio, prova subjetiva e resenhas, respectivamente.
Este resultado confirma o grande interesse dos alunos por instrumentos que não
causem tanto medo como é o caso da “prova” (grifo nosso) que leva o aluno ao estresse. No
caso específico do fórum a aceitação pode ser justificada conforme Gomes (2010, p. 324) “os
fóruns são um dos instrumentos fundamentais [...] por permitirem promover espaços de
discussão e construção coletiva e colaborativa do conhecimento [...]”. Mas os alunos devem
estar bem orientados quanto ao que se quer como resposta qualitativa para não virar apenas
um depósito de conteúdo que não seja qualificada por quem de direito seja o professor ou
tutor.
A avaliação em EAD mediante AVA deve ir além da análise do aprendizado em
instrumentos particulares, isolados, mas o portifólio teve uma aceitação pequena pelos alunos.
Isto pode ser justificado pelo desconhecimento de uso dessa ferramenta pelo professor num
ambiente online. Neste caso, o professor desconhece que o uso do portfólio é bastante
adequado na EAD para fins de individualização do ensino; para promover a avaliação
continuada; para auxiliar a auto-avaliação; para apoiar o professor nas decisões relativas à
avaliação do desenvolvimento e da aprendizagem do aluno.
No que diz respeito às tarefas, Nunes e Villarinho et al (2010, p.345) afirma que “as
tarefas consideradas objeto de avaliação problematizem pontos importantes do conteúdo,
solicitando respostas dos alunos nas quais possam exibir criatividade, autonomia e
conhecimento construído”. Esta deve ser uma prática a ser seguida pelos professores que
acreditam nas potencialidades dos alunos na construção e reconstrução do conteúdo
trabalhado em cada disciplina.
Em relação aos instrumentos que apresentaram dificuldades para avaliar a
aprendizagem, 27% dos entrevistados apontaram a prova subjetiva como o instrumento
problema para avaliação da aprendizagem dos alunos com 27% enquanto que 20%
consideraram a prova objetiva, 13% os projeto e o portifólio, 10% o relatório, 7% o fórum e
resenhas e 3% as tarefas. Isto leva a concluir que o momento presencial da avaliação da
aprendizagem traz uma prática tradicional de educação tão vivenciada no modelo presencial
de ensino.
Ao juntarmos os percentuais das provas subjetivas e objetivas, apontadas pelos alunos,
totalizamos 47% de instrumentos que foram rejeitados pelos alunos porque, geralmente, eles
estão mais fixados no grau de correção de certo e errado. Também, podemos acreditar que a
própria história da prova revela o caráter excludente e pernicioso. Não significa dizermos que
as provas devem ser banidas da sala de aula mas utilizando-se sem causar transtornos e medos
para os alunos.
Moura (2007, p.98) afirma que “ao elaborar e avaliar os alunos através de provas
numa perspectiva inclusiva os professores estarão preocupados com o percuso cognitivo que
os alunos trilharam, com as hipóteses que foram produzindo para chegar aos resultados
esperados”.
Para que a imagem negativa da prova seja superada pelos alunos é imprescindível que
o professor busque outros instumentos mais mais eficientes para a aprendizagem online.
Outro questionamento teve a preocupação de perguntar sobre as disciplinas que os
alunos encontraram maior dificuldade nas atividades avaliativas. 40% dos entrevistados
apontaram que não tiveram nenhuma dificuldade nas disciplinas ministradas no primeiro
período do curso e dentre aqueles que apontaram as disciplinas, 30% indicaram Organização
do Trabalho Acadêmico, enquanto que 15% Fundamentos Filosóficos da Educação, 10%
Fundamentos Históricos da Educação e 5% apontaram Profissão Docente.
Verificamos os tipos de dificuldades enfrentadas pelo aluno em realizar as atividades
avaliativas considerando que esta variável daria resposta ao problema desta pesquisa. 40%
nunca encontraram dificuldades para realizar as atividades avaliativas enquanto que 30%
admitiram que o excesso de atividade para uma unidade temática da disciplina tem provocado
dificuldades, 15% apontaram que não havia clareza quanto à resposta a ser dada na questão,
10% apontaram outro motivo e apenas 5% apontaram que as orientações da questão
divergiam do material online.
Apesar de 40% terem apontado que não encontraram dificuldades na realização das
atividades avaliativas, 30% apresentaram que o execesso de atividade tem prejudicado a
realização das tarefas. Este resultado, pode estar atrelado à falta de conhecimento que o
professor tem na distribuição das atividades de aprendizagem conforme o tempo previsto pela
coordenação do curso para a oferta de cada disciplina.
Turrioni e Stano (2010) afirmam que na modalidade a distância os “processos de
ensinar e aprender apresentam especificidades que impedem a mera transposição didática e
requerem competências e habilidades docentes diferenciadas e cuidadosamente
desenvolvidas”. E completa que, “isto exige mudanças nos métodos didáticos e pedagógicos e
leva o professor a repensar os métodos de avaliação dado que a tradicionl avaliação presencial
mostra sinais de desgaste neste novo ambiente.
Ao analisarmos o módulo de uma das disciplinas postadas no Moodle apuramos
quinze atividades para serem resolvidas de forma online, além da avaliação presencial no final
da disciplina. Na proposta pedagógica do curso, em questão, a duração de cada disciplina fica
em torno de dois a três meses, a depender da carga horária portanto, tempo muito curto para
resolução das atividades.
Na questão sobre a frequência com que o aluno encontrava divergência de orientações
nas atividades avaliativas temos 50% dos entrevistados raramente encontraram divergências
entre as orientações das atividades avaliativas apresentadas no Moodle, mas 40% afirmaram
que quase sempre essas divergências apareciam na plataforma. Apenas 5% apontaram sempre
e nunca, respectivamente.
Neste resultado, somando-se os percentuais de quase sempre e raramente totalizamos
90% encontraram divergências nas orientações das atividades avaliativas apresentadas no
Moodle. É significativo e preocupante para o gestor pedagógico de um curso de EAD. Neste
modelo a comunicação, para Turrioni e Stano (2010) “é um dos itens muito importante na
relação professor x aluno x tutor, pois ocorre em múltiplas direções, principalmente entre os
alunos, que passa a exigir do professor um trabalho muito mais sério de direcionamento e
estabelecimento de fronteiras, de tal forma que não seja permitido o desvio dos objetivos
planejados para a disciplina”.
Quanto a quantidade de vezes em que houve alterações nas atividades avaliativas
devido a problema de compreensão, 35% dos entrevistados afirmaram que nenhuma vez
solicitou alterações nas atividades avaliativas devido a problemas de compreensão nos
questionamentos formulados enquanto que 30% apontaram três vezes, 15% apontaram duas
vezes, 10% indicaram quatro vezes e 5% dos entrevistados apresentaram uma e acima de
quatro, respectiviamente.
O resultado merece atenção do gestor pedagógico porque somando-se os números de
vezes em que houve alteração nas atividades avaliativas por problemas de compreensão por
parte dos alunos totalizam 65%. A partir do momento em que uma atividade avaliativa é
elaborada, o professor precisa ter o cuidado na construção dos itens, de tal modo que não
deixe gerar dúvidas quanto o que se quer dos itens, pois haverá problemas na correção pelo
tutor, inclusive provocando a demora no cumprimento dos prazos estabelecidos no plano de
tutoria. Na perspectiva da avaliação como processo “ela deve ser colocada enquanto elemento
integrador e motivador e não como uma situação frequentemente carregada de ameaça,
pressão ou terror” (MOURA, 2007, p.93).
Questionamos quais foram os motivos que os entrevistados apresentariam quando
apontaram um certo grau de insatisfação nas atividades avaliativas das disciplinas cursadas no
primeiro período, 50% dos entrevistados deixaram em branco a questão que tratava dos
motivos que justificavam a insatisfação na avaliação presencial; 20% afirmaram que a
demora na postagem das notas provocou a instasfação na disciplina; 10% apontaram o
material pedagógico de difícil compreensão e 5% apontaram o tempo curto para as atividades,
demora do material no AVA, pouca questão com pontuação alta e falta de comunicação com a
professora, respectivamente.
A prática tradicional da avaliação da aprendizagem leva os alunos à preocupação da
nota pura e simplesmente.
Tivemos o interesse em detectar as maiores dificuldades encontradas pelos
entrevistados no desenvolvimento das atividades avaliativas durante a realização do curso no
primeiro período. 21% dos entrevistados apontaram o excesso de atividades como maior
dificuldade na realização das atividades avaliativas enquanto que 13% apontaram as
atividades presenciais, questões mal formuladas e mudanças constantes no calendário
enquanto que 11% apontaram o feedback demorado; 8% apontaram a demora na postagem do
material no AVA e problemas com a tutora na hora da prova presencial; 5% apontaram o tutor
porque difere do entendimento do professor, tempo reduzido para a postagem das atividades;
e 3% deixaram em branco. A modalidade de oferta das disciplinas em cada módulo, em
número de duas, tem causado o acúmulo e atraso das atividades avaliativas provocado pelas
datas estabelecidas por cada professor-autor, conforme cronograma determinado pela
coordenação de curso.
O último questionamento solicitava sugestões para a melhoria do processo avaliativo
na EAD, 19% sugeriram a redução na quantidade de atividades avaliativas enquanto que 12%
apontaram para três sugestões: textos mais claros e objetivos, feedback das atividades
realizadas e clareza nas questões da prova objetiva; 5% foram apontadas para antecipação do
material impresso e melhor organização do conteúdo no Moodle; 7% sugeriram que
avisassem com antecedência mudança no calendário e divulgação de notas ao final de cada
disciplina; e 2% apontaram, igualmente, para apresentações orais/seminários e provas com
consulta. 2% deixaram em branco.
Essa proposta de redução nas atividades avaliativas está atrelada ao fato de que as
disciplinas são ofertadas num período mínimo de dois meses e ao término desse período
outras disciplinas são oferecidas até que complete o semestre letivo; este fato tem provocado
o acúmulo de atividades, isto sem levar em consideração outros fatores intervenientes que são
a qualidade de provedores disponíveis nas comunidades em que os alunos estão inseridos.
Análise dos dados coletados a partir da entrevista realizada com os professores
Nas entrevistas realizadas com quatro professores (Prof 1, 2 e 3) que lecionam no
curso de pedagogia na modalidade a distância, utilizamos o e-mail pessoal de cada um, no
qual foram feitas 7 perguntas e enviadas por e-mail para obtenção das respostas:
As respostas dadas pelos professores à primeira pergunta sobre os critérios utilizados
para validar, através do plano de tutoria, as atividades postadas pelos alunos no fórum do
ambiente virtual de aprendizagem utilizado pelo curso.
Todas as atividades elaboradas por mim, no ambiente Moodle, são corrigidas por
mim também. Os tutores acompanham as postagens e atuam nas discussões com o
professor, no caso desta pergunta, os critérios que utilizo para avaliar as atividades
integram a discussão do conteúdo e o poder de argumentação dos estudantes e a
utilização das regras gramaticais. (Prof.2)
No fórum as atividades não são corrigidas. São conversas ou comentários feitos e os
tutores e até o professor podem estimular e direcionar melhor. Evidentemente que
na hora de avaliar o aluno está se ele participou ou não nos fóruns, a qualidade e
pertinência de seus comentários, se ele comentou também sobre outros comentários
de colegas ou apenas do que foi solicitado... Existe um componente quantitativo e
outro qualitativo na avaliação das participações nesses fóruns, mas não é apenas no
fórum que colocamos atividades. (Prof.4)
O professor-2 afirma que utiliza os critérios para validação das atividades do fórum
tais como discussão do conteúdo, o poder de argumentação dos alunos e as regras gramaticais.
Já o professor-4 entendeu a pergunta quanto à existência ou não de critérios para validação
das atividades postadas no fórum, mas, mesmo assim, ainda demonstra desconhecimento em
como proceder avaliação dos fóruns postados pelos alunos.
Uma das respostas que chama mais a atenção é a do professor-3 que afirma que as
tarefas são para estudo e não avaliativas. Por que o professor 3 incluiu as tarefas sem ter o
objetivo de avaliá-las? Com este entendimento podemos levantar a hipótese de que esse
professor concebe avaliação da aprendizagem apenas atividades que são pontuadas.
O professor, ao propor atividades avaliativas no AVA deve fazer o plano de tutoria
indicando os critérios de correção, ou seja, apresentando o que deve ser observados
qualitativamente os caminhos das respostas possíveis que o aluno deve apresentar em cada
item que foi proposto. Para Luckesi (2006, p.148) “o ato de avaliar tem, basicamente, três
passos: conhecer o nível de desempenho do aluno em forma de constatação da realidade;
comparar essa informação com aquilo que é considerado importante no processo educativo
(qualificação); tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados”. O autor
afirma, ainda, que “é papel do professor comprometido com a construção coletiva e a
circulação do conhecimento, numa atitude de parceria, desafiar as estruturas mentais dos
alunos, ajudando-os a ordenar e compreender o mundo, simbolizando, transformando,
classificando e organizando os dados da realidade [...] por critérios de semelhanças ou de
diferenças”.
No fórum de discussão o professor pode comparar os níveis de respostas dadas pelos
alunos a cada interação, bem como, posicionar-se quanto aos ritmos de aprendizagem, pois
uns interagem repetindo simplesmente o que outro colega tratou sem aprofundar as discussões
e outros aprofundam o conhecimento, inclusive com indicações de leituras para
complementação do conteúdo.
Os professores informaram de que forma foi atribuída a pontuação para as atividades
do fórum no plano de tutoria bem como os motivos do procedimento adotado.
Não foi atribuida pontuação para as atividades do fórum. (Prof.1)
Não existiu atribuição de pontos no plano, uma vez que o professor coloca as notas.
No entanto, a notas variam de 1 a 100, para cada atividade proposta. (Prof.2)
Não existe ainda o plano de tutoria oficial. Veja o documento de registro de
atividades. Basicamente olhávamos para a realização ou não da postagem e da
qualidade do comentário realizado. Tem um outro fator que é ver ou deduzir se esse
comentário é original ou "copiado". Enfim, que por fora da quantificação estrita,
existe também um componente qualitativo ou opinião do professor sobre o
desempenho geral do aluno. Entendo que o aluno deve ver se faltou alguma
atividade, isso ele pode ver no próprio Moodle, mas os professores não precisam
estar divulgando as tabelas completas de tarefas realizadas ou não, que é algo que
aconteceu nesta última edição do curso e não deveria ter acontecido ou tomada como
prática. (Prof.4)
A maioria dos entrevistados não estabelece pontuação (escore) para o fórum com
exceção do professor-2 que afirma que atribui nota numa escala de 1 a 100 e que essa escala
só fica à disposição do tutor ou de quem vai avaliar se o professor disponibilizar essa função
no Moodle. Mas na resposta do professor-4 percebemos que o mesmo teve o devido cuidado
de verificar se o comentário é original ou copiado, mas não entende que está atribuindo
critérios, que poderiam ser mensurados através de notas ou escores.
A clareza nos objetivos de ensino facilita muito o professor na elaboração da
atividades avaliativa pois explicita o comportamento desejável. Por sua vez eles devem ser
formulados claramente de tal forma que facilite a construção de atividades de aprendizagem
levando o professor a uma avaliação não apenas de objetivos de conteúdos mas de objetivos
ligados à função social da escola expressos na organização do trabalho pedagógico. Por isto
Sant´Anna (2002, p.34) afirma que deve haver a “formulação de objetivos com vista à
avaliação em termos de comportamento observáveis, estabelecendo critérios de tempo,
qualidade e/ou quantidade”.
Na pergunta feita aos professores para saber se as atividades avaliativas online
somente foram validadas pelas tutoras ou tiveram a participação dos professores e de que
forma se deu a participação, temos:
As atividades avaliadas pelo tutor não foram conferidas. Quando as tutoras tinham
alguma dúvida trocávamos correspondências. (Prof.1)
Os tutores acompanham as atividades e postagens dos estudantes, averiguando a
frequência dos estudantes e se postaram ou não as atividades, o fluxo das discussões
e respostas. A avaliação de conteúdo e de argumentação ficou ao cargo do docente.
(Prof.2)
O papel da quantificação das atividades feitas pelos alunos e das respostas para eles
(feedback) oficialmente fica sob a responsabilidade dos tutores, mas muitas vezes
(nas duas primeiras edições do curso) eu também escrevia comentários nas
produções realizadas (fórum, tarefas, glossários), prinipalmente quando os tutores
por alguma causa não davam um rápido retorno para os alunos, ou quando havía
alguma dúvida que merecia uma resposta do professor. (Prof.4)
Dentre os entrevistados, o professor 2 afirmou que a avaliação de conteúdo e de
argumentação ficam a cargo dele. Os professores 1 e 4 afirmaram que atribui essa missão aos
tutores mas em algumas situações faz a intervenção no processo.
O procedimento de validação das atividades avaliativas online feito pelos tutores para
atribuição das notas é preocupante considerando a diversidade de disciplinas que os mesmos
assumem durante um determinado módulo. Até que ponto o tutor tem o domínio dos
conteúdos de todas as disciplinas ofertadas em cada módulo? A partir das observações no
Moodle constatamos que as intervenções dos tutores para repassar o feedback aos alunos é de
responder simplesmente conceitualmente (ótimo, bom, regular), atribuindo uma nota ou
apenas “precisa refazer” (grifo nosso). Essa prática leva o aluno a querer saber de fato em que
errou ou em que precisa melhorar.
Na quarta questão tivemos o interesse em saber que tipo de dificuldades o professor
encontrou na elaboração das atividades avaliativas para o Moodle e o motivo.
Não encontramos dificuldades. (Prof.1)
Melhores recursos técnicos oferecidos pela instituição, como laboratórios e designer
gráfico e a disponibilidades dos dispositivos pedagógicos do Moodle. Por ex.
disponibilizar todas as ferramentas para que o professor possa avaliar qual q melhor
para e desenvolvimento de conteúdos e atividades. Mais treinamento de professores
no uso das ferramentas do Moodle, como edição em Flasch. (Prof.2)
Acredito que em sentido geral não tive grandes dificuldades na elaboração. Estava
claro no que eu queria avaliar ou testar. Nos materiais impressos inclui um item de
autoavaliação ou checklist. Na versão do Moodle que tínhamos na primeira edição
do curso não estavam instaladas todas as funcionalidades que existem agora. Apenas
tínhamos fórum, glossário e alguma outra. Dessa forma o fórum foi muito mais
utilizado naquele momento que depois, quando tivemos já a possibilidade de que o
aluno enviasse tarefas, por exemplo. Desde o primeiro momento tentei utilizar
também a funcionalidade de feedback , automático que pode ser configurado para
que o sistema brinde respostas imediatas para o aluno segundo as opções dadas por
ele em diversos itens de avaliação formativa. (Prof.4)
Dois dos professores entrevistados não encontraram dificuldades. Mas o professor-2
propõe a existência de profissionais qualificados para assessorar o docente na construção e
alocação de conteúdos na plataforma online. Na resposta do professor-4, percebemos que a
dificuldade não foi na elaboração das atividades e, sim, no próprio funcionamento do AVA
que o atendia com limitações. Esse problema técnico compromete o plano de trabalho do
professor bem como compromete a qualidade do curso, como destacam Franco, Cordeiro e
Castillo (2003).
O professor necessita aprender que o ambiente é um recurso com finalidades
semelhantes aos outros dispositivos educacionais já estabelecidos e, se bem
utilizado, pode substituir, eficientemente, dispositivos tradicionais e, mais do
que isso, criar novas oportunidades, as quais devem ser aprendidas e
incorporadas no cotidiano do processo educativo, para serem eficientes. De
qualquer forma, o professor deve sempre estar alerta para o papel da
tecnologia. Em um curso, o ponto central é alcançar o objetivo de cada
disciplina. Esse objetivo não deve ser minimizado pelo entusiasmo do
professor na utilização de uma nova tecnologia.
Neste caso, é importante que o professor esteja sempre em permanente atualização das
TIC buscando a melhoria para traçar o seu planejamento pedagógico mais adequado à EAD.
Tivemos o interesse em saber se a quantidade de atividades avaliativas no Moodle
teria sido previamente pensada para o tempo de realização da disciplina sob sua
responsabilidade. No quadro 8 estão contidas as respostas dos quatro professores.
Sim, tentamos conciliar a cobertura de todos os conteúdos com o tempo da
disciplina. (Prof.1)
Todas as atividades foram pensadas para integrar os estudantes no fluxo da
aquisição aprendizagem de metodologias e produção teórica. (Profv.2)
Sim e não. Acontece que no início sim pensei em tudo isso, e embora alguns
professores comentassem que eles faziam muitas menos atividades que eu ou que eu
fazia muitas coisas, na realidade eu tinha previsto tudo isso e considerava que tinha
que levar para o aluno uma serie de coisas que considerava importantes, [...], nesta
última edição acredito que tivemos uma complicação ainda maior, que foi o fato de
que a disciplina que eu ministrava sempre sozinha, ou seja era única [...], e estava
planejada para que fosse feita pelos alunos com concentração total para ela; de
repente fiquei na situação de que foi dada junto com outra disciplina e aí o esquema
de planejamento e o efeito pretendido não serviu para nada e tive que eliminar às
pressas algumas atividades, quebrando também o fluxo pretendido por mim. (prof.4)
A respostas do professor-4 apresenta preocupação quanto à quantidade de atividades
avaliativas propostas. Demonstra que houve um planejamento inicial, mas foi desconsiderado ao longo
da oferta, relatando inclusive os problemas causados. O desconhecimento das possibilidades de uso do
Moodle tem levado os professores a não planejarem suas atividades com o devido conhecimento
do mesmo, pois de acordo com Legoinha, Pais e Fernandes (2011) “o Moodle como sistema
de gestão de ensino e aprendizagem apresenta funcionalidades com forte componente de
participação, comunicação e colaboração entre formandos, formadores e pares. Enquanto
software educativo, a componente de avaliação (assessment and inquiry) não poderia ser
esquecida. São oferecidas ferramentas de avaliação específicas de diversas actividades, como
a possibilidade de classificar (pelos professores ou pares), através de escala elaborada para o
efeito, discussões de fórum, trabalhos enviados ou realizados online, lições com questões,
entradas de glossário”.
Destacamos que o conhecimento das ferramentas no Moodle é importantíssimo para o
planejamento das atividades avaliativas.
Na sexta questão tivemos o interesse de saber que tipo de instrumento foi utilizado
para a avaliação da aprendizagem no momento presencial estabelecido pela coordenação do
curso? Os alunos fizeram individualmente, dupla ou em grupo? Por que usou tal
procedimento? No quadro 9 as respostas são apresentadas dos professores entrevistados.
Foi utilizado prova individual para o momento presencial, seguindo orientação da
coordenação. (Prof.1)
Em todas as atividades presenciais foi solicitado redações com o objetivo de
averiguar o poder de argumentação dos estudantes e apreensão dos conteúdos.
(Prof.2)
Avaliação escrita individual com itens que considero bastante fáceis e suficientes
para que o aluno mostre se entendeu [...] . Tive cuidado de incorporar menos itens
memorísticos e mais de aplicação. Em sentido geral eu fiquei muito satisfeito com as
provas elaboradas nesse sentido e as considero adequadas para o contexto de ensino
nosso. Além disso, na segunda edição incorporei uma avaliação prática automática
de habilidades básicas [...]. A incorporação dessa pequena avaliação foi muito
importante porque os alunos entenderam que eles mesmos tinham que adquirir essas
habilidades básicas e não esperarem que outros fizessem por eles. lamentávelmente
na última edição do curso, devido ao alto número de alunos e número não suficiente
de máquinas produto do alto número de cursos já existentes nos pólos (que estão
totalmente saturados) não conseguimos operacionalizar esse tipo de avaliação
prática que precisa de alguns cuidados. [...] (Prof.4)
Os professores 1 e 4 afirmaram que utilizam prova individual sendo que um deles
ressaltou que evitou questões de memorização, priorizando os de aplicação, inclusive
aplicando provas práticas no laboratório. Por sua vez o professor-4 lamentou que o excesso de
alunos nas turmas dificultou pela continuidade de aplicação de provas práticas.
Uma das críticas formuladas pelos professores é o uso de questões de múltipla-escolha
nos momentos presenciais como forma de facilitar a correção. Esse instrumento reduz a
possibilidade do professor conhecer o poder argumentativo do aluno “Porque responder a
provas de escolha múltipla não exige a reflexão nem o raciocínio, mas apenas o
reconhecimento de uma resposta. Aprender a pensar e raciocinar é importante, porque permite
encontrar as estruturas lógicas e interligar os acontecimentos; Porque responder a provas deste
tipo não exige a competência de construir conhecimento, mas apenas a capacidade de “tomar
como sua” uma resposta já dada”. (CASASSUS, 2009, p.75)
Embora os AVA apresentem instrumentos de avaliação, na maioria das vezes eles
voltam-se para o caráter quantitativo, limitando-se a informar o número de acessos ou a
quantidade de tarefas depositadas nas ferramentas disponíveis sejam elas o fórum, chats,
portfólio, tarefas.
Buscamos saber se no cotidiano acadêmico sala de aula, vivenciando duas
modalidades de ensino, presencial e a distância, se o professor fazia adaptação de atividades
avaliativas para o momento a distância ou reconstruía a atividade com a devida clareza para a
nova dinâmica da EAD e o porquê.
Creio que ocorreu um misto das duas possibilidades, algumas atividades avaliativas
do curso presencial foram adaptadas para o curso a distância, mas creio que a
maioria foi reconstruída para o curso a distância. Isso porque elas tomam o lugar da
interação face-a-face que tem no curso presencial. Entretanto, no curso a distância o
professor pode ter maior retorno das atividades avaliativas que no curso presencial
se ele tiver tempo disponível para interagir com os tutores e com os alunos na
plataforma. (Prof.1)
As atividades são solicitadas para atender o desenvolvimento cognitivo do estudante
no campo do ciberespaço, especialmente a elaboração, por parte do estudante, de
hipertextos. Conciliando recursos presenciais com dispositivos específicos da
cibercultura. (Prof.2)
[...] não tenho esse problema por várias razões: a) eu não dou as disciplinas no
presencial, b) se fosse no presencial, provavelmente seria muito similar, porque a
disciplina pressupõe o uso dessas mesmas ferramentas e procedimentos (ou muito
similares); c) Dizem que o professores que adquire a forma de trabalhar correta na
EaD também melhora no seu ensino presencial e considero que isso é uma grande
verdade; d) Cada vez mais optamos pelo blended learming (aprendizagem mista) em
qualquer disciplina e já eu não posso trabalhar se não é incorporando alguma
ferramenta no ensino embora seja presencial. É a única forma de aumentar o contato
e o tempo de reposição e diálogo inclusive fora do momento da aula presencial,
além de outras vantagens. [...] Assim e tudo a elaboração dessa disciplina minha
precisou de vários meses de trabalho individual (na criação e formatação dos
conteúdos) de forma que fossem eficientes e por sua vez atraentes, e tudo isso foi
feito de forma individual, sem uma equipe consolidada para produção e revisão dos
materiais. Considero que isso é errado, o docente não deveria ficar sozinho nessa
tarefa, mas por outro lado, sei que tudo era novo naquele momento e não existia
(nem acho que ainda existe) uma equipe completa para esse fim. Voltando para meu
caso, sim considero que as atividades avaliativas foram adequadas (pelo menos para
as condições originalmente pensadas) (Prof.4)
O professor-1 fez adaptações das atividades e ressaltou que o professor pode ter um maior feedback, caso tenha disponibilidade de tempo para fazer as devidas interações. Neste
caso, ele está apresentando um argumento que compromete a postura do professor que assume
os cursos da modalidade online pois a partir do momento que o professor assume a
disciplina na modalidade online ele terá de encontrar tempo para produzir as interações,
enquanto que o professor-2 demonstra um conhecimento específico de informática que
contribui para um trabalho mais profícuo na EAD.
Nesse depoimento fica claro que existem professores que trabalham com EAD
fazendo as adaptações do ensino presencial ou transferindo todo seu conteúdo para o ambiente
online. Quanto a essa prática, Caldeira (2004) afirma que “apesar do progresso tecnológico e
da disseminação dos pressupostos construtivistas, muitas das ações não deixaram de lado o
princípio do “verificar e medir”. Da categorização pode se passar facilmente à classificação e
hierarquização dos alunos. Apesar de todas as suas potencialidades, é fácil que os ambientes
digitais sirvam aos objetivos dos modelos tecnicistas”.
Isto comprova as distorções pelos professores das concepções de ensino-aprendizagem
que favorecem à construção do conhecimento do aluno. Não é o fato de utilizar a nova
tecnologia que garante a melhoria do ensino na sala de aula.
Os dados das entrevistas revelam a necessidade dos professores envolvidos no curso
de Pedagogia da UAB/UFAL entenderem que o conhecimento, a competência e a habilidade
de usarem a tecnologia determinam os recursos digitais a serem utilizados em determinada
estratégia de ensino e das possibilidades da identificação do potencial do AVA para
determinada estratégia (ARAÚJO Jr. e MARQUESI, 2009).
Os resultados das entrevistas apontam para a necessidade de uma preparação maior do
uso do Moodle para os professores envolvidos no curso em estudo, indicando as melhores
ferramentas possíveis para a melhoria das estratégias de avaliação que provoque no aluno a
motivação em realizá-las objetivando as condições mínimas de aprendizagem cooperativa
propiciando a interdependência positiva entre os alunos e professores, levando-se em
consideração a heterogeneidade dos alunos.
Os resultados obtidos também apontam para a necessidade de uma avaliação, pela
coordenação do curso em estudo, da quantidade das atividades avaliativas definidas pelos
professores porque foi alvo de bastante crítica em nosso trabalho.
Considerações Finais
Este estudo revelou que há muito o que fazer para as mudanças necessárias nas
práticas avaliativas na modalidade de EAD. Apesar das práticas conservadoras, reveladas e
publicizadas em vários estudos científicos na modalidade de ensino presencial sobre avaliação
serem alvo de críticas ao longo dos anos, e também que, apesar dos avanços obtidos em
correntes pedagógicas que apostam numa dinâmica de avaliação da aprendizagem que
oportunize mais a construção do conhecimento, muito ainda precisa ser feito para ter uma
avaliação de qualidade.
A prática avaliativa, independentemente de modalidade da oferta de ensino, seja ela
presencial ou a distância, vem sendo concebida como medida e não como um processo
contínuo em que o professor aplica diversos instrumentos para verificar se os objetivos
propostos no plano de ensino foram atingidos ou não.
A modalidade da EAD com o auxílio do Moodle é prática muito em uso nos últimos
anos, considerando os grandes benefícios que o mesmo apresenta para o processo ensino-
aprendizagem por possibilitar várias ferramentas para coleta de dados sobre o
desenvolvimento da aprendizagem do aluno.
A busca incessante pelas mudanças nas práticas avaliativas deixando de lado o uso de
instrumentos meramente pontuais vem exigindo dos professores um aprofundamento maior
nos conhecimentos concernentes ao uso da informática, da internet e de outros recursos
tecnológicos que possibilite uma avaliação da aprendizagem que acompanhe e respeite o
ritmo de aprendizagem dos alunos.
É importante considerar que o ambiente de aprendizagem na EAD deve ser capaz de
propiciar os meios necessários pelos quais os alunos possam participar dos cursos na
perspectiva de serem avaliados pelos professores ou tutores, em que as atividades avaliativas
que constam no AVA sejam corrigidas, auxiliando ao aluno para que ele possa perceber e
rever onde estão suas deficiências mas ao mesmo tempo conhecer seus avanços.
É de fundamental importância que o professor que usa o ambiente online para avaliar
o aluno não perca de vista as manifestações contínuas apresentadas pelos alunos pois os
registros das observações e impressões oportunizam a proposição de novas estratégias que
permitam o diálogo virtual.
É um desafio para o professor acostumado com uma metodologia de ensino na
modalidade presencial conservadora quebrar esse paradigma e considerar a EAD, de forma
online, como uma alternativa para a melhoria da educação no Brasil e, em especial, em
Alagoas. Para tanto, o professor deve encarar a avaliação formativa como uma prática
contínua que contribua para a melhoria da aprendizagem do aluno. Mendes (2001, p. 4)
reforça que “o processo de (re)significação da avaliação, em todas as suas dimensões depende
do compromisso de seus agentes, sejam os órgãos institucionais, seja o educador na sala de
aula, através da visão de educação explicitada mais pela ação concreta do que pelo discurso
professado”.
O estudo aqui realizado demonstrou que as atividades avaliativas dos professores
entrevistados do Curso de Pedagogia da UFAL/UAB na modalidade a distância, inseridas no
Moodle foi aceito pelos alunos sem muita reclamação, fato este que chamou atenção, pois no
início deste estudo levantamos o problema de que havia inadequação nas atividades
avaliativas de aprendizagem no Moodle do curso. Constatamos que o fórum foi um
instrumento que favoreceu muito mais na realização das atividades avaliativas sem
problemas, seguido das tarefas, das provas objetivas, dos projetos e relatórios bem como dos
portfólio, prova subjetiva e resenhas. O percentual maior, em torno de 43% foi destinado ao
fórum, pois é um dos instrumentos formativos com mais facilidade para a interação dos
alunos com professores e tutores. Caldeira (2004, p.5) afirma que “a preocupação em avaliar a
participação de alunos em chats e fóruns explicita bem essa questão. Muitos autores chegam a
propor categorias para classificar a participação dos alunos, chegando até mesmo a criar um
coeficiente de participação para avaliar as interações on-line, a partir da combinação de
diversos critérios qualitativos e quantitativos”.
Acreditamos na importância do desenvolvimento de pesquisas para definição de
indicadores que possam contribuir na avaliação de conteúdos que utilizam o chat ou fórum
como instrumento de avaliação.
Outro dado revelador de prática adaptadas do ensino presencial é ter constatado que as
tarefas estão muito presentes nas disciplinas oferecidas no curso em questão.
As provas presenciais, exigidas pela legislação, foram os instrumentos que os alunos
apresentaram menor preferência, isto devido a herança trazida do ensino tradicional que
aponta esse instrumento como uma “arma” (grifo nosso) contra o aluno e não a favor dele.
Com as entrevistas dos professores, percebemos que inexistem critérios de avaliação para
pontuação das atividades postadas nos fóruns, que há uma grande lacuna de como se registra a
aprendizagem do aluno, daí o grande interesse dos alunos pelo instrumento pois qualquer das
respostas dadas no fóruns, são consideradas. Este fato ficou comprovado quando, aos
entrevistados foi perguntado sobre os instrumentos que apresentam problemas na avaliação,
as provas subjetivas e objetivas foram apontadas por 27% dos entrevistados; os projetos e o
portifólio por 13 % e o relatório por 10%; o fórum e resenhas por 7% e as tarefas por 3% dos
entrevistados. Isto nos leva a crer que o momento presencial da avaliação da aprendizagem
traz uma prática tradicional de educação tão vivenciada no modelo presencial de ensino.
Tendo em vista que os professores que ministraram as disciplinas serem novatos na
prática de ensino na modalidade a distância utilizando-se um AVA. O excesso de atividades
foi apontado como maior dificuldade na realização das atividades avaliativas com 27%,
enquanto que 13% apontaram as atividades presenciais, questões mal formuladas e mudanças
constantes no calendário enquanto que 11% apontaram o feedback demorado; 8% apontaram
a demora na postagem do material no AVA e problemas com a tutora na hora da prova
presencial; 5% apontaram o tutor porque difere do entendimento do professor, tempo reduzido
para a postagem das atividades; e 3% deixaram em branco.
Observando um dos módulos da disciplina 1, constatamos que são solicitadas em torno
de 15 atividades avaliativas para um período curto de dois meses da oferta da disciplina, sem
considerar que os alunos tem outra disciplina com várias atividades para darem conta em
pouquíssimo tempo. Caldeira (2004, p.6) afirma que “isso ocorre principalmente porque a
mera inovação dos recursos tecnológicos não garante a inovação dos processos educacionais”.
Muitos dos alunos podem evadir-se ou serem reprovados por não darem conta de
muitas das atividades. Por isso os professores que atuam na EAD utilizando-se de um AVA
deve ter o devido cuidado de não adequar suas práticas de ensino na modalidade presencial e
sim, preparar uma nova proposta de avaliação que atendam às características dessa nova
modalidade. É importante destacar que “a prática avaliativa é uma das formas mais eficientes
de instalar ou controlar comportamentos, atitudes e crenças entre estudantes, podendo ser
positiva ou destrutiva em suas possibilidades de desenvolvimento, pelo poder que encerra e
pela importância que tem como mecanismo de inclusão ou exclusão social, através das marcas
burocráticas e legais impregnadas na sua utilização”. (MENDES, 2001, p. 4)
A questão da avaliação em EAD é complexa e requer estudos aprofundados de
maneira a se criar soluções que minimizem a sua complexidade e a sua subjetividade, bem
como, possam servir de guia à aquisição de conhecimentos e competências estabelecidas nos
planos de formação dos futuros professores.
Os resultados apontam que há uma adequação das atividades aos objetivos exigidos
em cada disciplina porém, os maiores problemas detectados foram a grande quantidade de
atividades para o tempo de oferta da disciplina em cada módulo e a demora na publicização
das notas obtidas.
As mudanças a serem exigidas aos professores em relação às concepções de
aprendizagem são importantíssimas principalmente quanto à quebra de paradigmas na
avaliação da aprendizagem na EAD, porque segundo Caldeira (2004, p.6) “os ambientes
digitais de aprendizagem possuem elementos que configuram como um novo contexto
educacional, diverso do presencial, e por isso é fundamental que se criem processos e
estratégias que respondam às novas necessidades e circunstâncias dos novos modelos. Não é
possível, portanto, simplesmente adaptar os modelos presenciais”.
Neste sentido, cabe à coordenação do curso realizar uma avaliação institucional
culminando com a revisão do seu projeto pedagógico, reconstruindo-o para um modelo
próprio para a modalidade a distância, bem como admitindo professores no curso que tenham
um perfil que atenda às características de um curso online.
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