AUTOAVALIAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL:
UM ESTUDO NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS DO BRASIL
Autores: Adm. Iveti Magalia Caetano, Doutoranda
Universidade do Minho, Portugal
Universidade Federal de Santa Maria, RS, BrasilDoutora Maria de Lourdes Machado-Taylor, Orientadora
Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior (CIPES) José António de Oliveira Rocha, Co-orientador
Prof. Catedrático, Universidade do Minho, PortugalRecife, Dez. 2013
3º Fórum da Gestão do Ensino Superior nosPaíses e Regiões de Língua Portuguesa UFSM
BRASIL
1
Contexto
1. Avaliação das IES no Brasil
2. Expansão do ensino superior no Brasil (IES, cursos e matrículas)
3. Garantia da qualidade do ensino superior
4. Escassez de recursos financeiros (expansão x qualidade)
5. Necessidade de eficiência e eficácia nas IES
6. Indicadores dos efeitos da autoavaliação na gestão das universidades federais BR
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Sistemas de Avaliação
Braga, julho - 2011
Avaliação Institucional
autoavaliação avaliação
externa• Avaliação • Acreditação•Auditorias
(Eaton, 2009; ENQA, 2007; EUA, 2008; Lamarra, 2005; Santos, 2011; A3ES, 2011; Leite, 2008; Ristoff, 2010, Afonso, 2010)
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Avaliação do ensino superior no Brasil
Início: 1977 (CAPES) – Pós-graduação,PARU (1983), CNRES (1985), GERES(1986), PAIUB (1993) ENC (1996-2003)
SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRA (SINAES – 2004)
Avaliação: das Instituições; dos cursos e do aprendizado do estudante
Avaliação institucional: autoavaliação e avaliação externa*Base 10 dimensões de avaliação (INEP, 2010)
*2009 - 60 IES e 2010 – 767 IES
(Bertolin, 2007; Bertolin & Leite, 2003; Felix, 2008; Polidori, Marinho-Araujo & Barreyro, 2006) Souza & Oliveira, 2003, Tavares, Rosa & Amaral, 2010; Sobrinho, 2010; Ristoff, 2010)4
Enquadramento Teórico
1. Teoria da melhoria contínua
2. New public management
5
6
• Disponibilidade de informação aos stakeholders
• Acreditação
• Rankings
• Accountability
• Mudança (cultura)
• Melhoria e garantia da qualidade
• Regulação e Controle
(Harvey, 2002; Dias & Ristoff, 2003; Ewell, 2010; Hendel & Lewis, 2005; Milliken & Colohan, 2004; Santos, 2011; INEP, 2010).
Propósitos da avaliação
Número de Instituições de Ensino Superior no Brasil 1991 - 2011
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Organização acadêmicaAno/Número de Instituições
1991 % 1995 % 2000 % 2005 % 2009 % 2011 %Universidade 70 8.10 135 15.10 156 13.24 176 8.13 186 8.04 190 8.03
Publica 59 6.83 72 8.05 71 6.03 90 4.16 100 4.33 102 4.31
Privada 11 1.27 63 7.05 85 7.21 86 3.97 86 3.71 88 3.72
Centro Universitário - - - - 50 4.24 114 5.27 127 5.49 131 5.54
Publico - - - - 1 0.08 3 0.14 7 0.30 7 0.30
Privado - - - - 49 4.16 111 5.13 120 5.19 124 5.24
Faculdade 794 91.89 759 84.90 953 80.90 1691 78.06 1966 84.95 2004 84.74
Publica 163 18.86 138 15.44 83 7.05 85 3.88 103 4.45 135 5.71
Privada 631 73.03 621 69.46 870 73.85 1606 74.18 1863 80.50 1869 79.03
CET/FAT/CEFET/IFET* - - - - 19 1.61 184 8.50 35 1.51 40 1.69
Publico - - - - 19 1.61 53 2.45 35 1.51 40 1.69
Privado - - - - - 0 131 6.05 0 0 0 0 Total Geral IES 864 100 894 100 1178 100 2165 100 2314 100 2365 100
Publica 222 25.69 210 23.49 174 14.77 231 10.67 245 10.59 284 12.01
Privada 642 74.31 684 76.51 1004 85.23 1934 89.33 2069 89.41 2081 87.99
Fonte: Censo da Educação Superior, INEP (2013)
Estudos anteriores Questão de investigação
1. AMARAL, A.; EWELL, P. T; HARVEY, L., & WILLIAMS, J.; HENKEL, M.; MACHADO, M L.; MINTZBERG, H.; LAMARA, N. F.; PIRES & LAMAITRE; SANTOS, M.
1. BERTOLIN, J. C.; DIAS SOBRINHO, J.; LEITE, D.; FELIX, G.; MARINHO-ARAÚJO; PEIXOTO, M. C. L. ; 2. TOLOFORI, J.;
3. EUA, ENQA, UNESCO, OCDE, A3ES, INEP e outros.
Quais os efeitos da autoavaliação institucional na gestão das universidades federais brasileiras?
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Objetivo e Metodologia
Recife, Dez.2013
Objetivo:
Evidenciar contributos da autoavaliação institucional na gestão das universidades federais do Brasil.
Metodologia:
Sondagens e pré-testes
Coleta de dados on line via survey monkey, 2012-2013
Análise qualitativa dos dados. Percepções dos Presidentes/coordenadores das CPAs.
31 universidades federais das 5 regiões do Brasil de um total de 54.9
Efeitos na gestão
Indicadores:Discordaram Concordaram
Missão 48% 32%
Tomada de decisão 10% 78%
Estratégias 32% 36%
Financiamento 58% 13%
Accontability 16% 55%
Inovação 16% 29% Melhoria da qualidade 10% 52%
OBS: a escala de likert utilizada na pesquisa, para fins dessa comunicação foi simplificada 10
Indicadores em evidência:
1.Tomada de decisão,
2.Accountability e
3.Melhoria da qualidade
4.Limitações5.Dificuldade na obtenção dos dados
6.Sugestões para trabalhos futurosAmpliar a pesquisa para outros segmentos de IES.
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Considerações finais
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Avaliação do Ensino Superior
Importância da avaliação em virtude da:•Massificação do Ensino Superior
•Abertura do mercado de Ensino Superior à iniciativa privada
•Internacionalização (validação e mobilidade)
•Exigência de qualidade (cidadãos)
• Redução das despesas públicas
• Sustentabilidade das IES
(Amaral, Magalhães & Santiago; 2003; Deem, 1998; Tolofori, 2005, Leite, 2003; Santos, 2011)
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Avaliação Institucional
Lisboa, Nov. 2011
Propósitos da avaliação:
• Disponibilidade de informação aos stakeholders
• Acreditação
• Rankings
• Accountability
• Mudança (cultura)
• Melhoria e garantia da qualidade
• Regulação, Auto regulação e Controle
(Harvey, 2002; Dias & Ristoff, 2003; Ewell, 2010; Hendel & Lewis, 2005; Milliken & Colohan, 2004; Santos, 2011; INEP, 2010).15
Dados síntese da expansão do ensino superior no Brasil
Indicadores Crescimento
18 anos
Números em
2009
IES 267,82% 3.314
Cursos 632% 27.827
Vagas 612% 3.164.679
Matrículas 326,77% 5.115.896
Docentes 269%* 359.089Técnicos administrativos - 353.775
*1990 até 2009Fonte: Adaptado de Censo da Educação Superior (INEP, 2010)
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Reflexões finais
Expansão: Aumento quantitativo de IES, cursos e alunos
Sistema avaliação- SINAES/2004: IES, Cursos e aprendizado do estudante
Contributos :
Mecanismo de regulação e controle estatalInformações para stakeholdersAuto reflexão nas IES
Necessita de consolidação Resultados
Garantia da qualidade17
Década de 1990 – Pressões internacionais Expansão pela via privada (Word Bank, 1994)
A partir de 2000 – Iniciativas governamentais de expansão e interiorização do ensino superior público (totalmente gratuito)
1. Plano Nacional da Educação (Lei n. 10.172/2001) – 30% jovens 18-24 ES
2. Programa REUNI – 2007 a) 90% taxa média de conclusão cursos de graduação presenciais; b) 18 alunos/professor em sala de aula
3. Programas de apoio ao estudante, ex. PROUNI-2004
4. Programas de apoio ao ensino a distância -EAD
5. Reestruturação do ensino tecnológico e criação dos IFETs
6. Criação de novas universidades multi campus
A expansão do ensino superior no Brasil
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Organização
Acadêmica
Ano/Número de Instituições
1991 % 1995 % 2000 % 2005 % 2009 %
Universidade 70 8.10 135 15.10 156 13.24 176 8.13 186 8,04 Pública 59 6.83 72 8.05 71 6.03 90 4.16 100 4,33
Privada 11 1.27 63 7.05 85 7.21 86 3.97 86 3,71
Centro Universit. - - - - 50 4.24 114 5.27 127 5,49 Público - - - - 1 0.08 3 0.14 7 0.30
Privado - - - - 49 4.16 111 5.13 120 5,19
Faculdade 794 91.89 759 84.90 953 80.90 1690 78.06 1966 84,95 Pública 163 18.86 138 15.44 83 7.05 84 3.88 103 4,45
Privada 631 73.03 621 69.46 870 73.85 1606 74.18 1863 80,50
IFET, CEFET* - - - - 19 1.61 185 8.50 35 1,51 Público - - - - 19 1.61 53 2.45 35 1,51
Privado - - - - - 0 132 6.05 0 0
Total Geral IES 864 100 894 100 1178 100 2165 100 2314 100
Pública 222 25.69 210 23.49 174 14.77 231 10.67 245 10,59
Privada 642 74.31 684 76.51 1004 85.23 1934 89.33 2069 89,41
Instituições de Ensino Superior Brasileiras de 1991 a 2009
Fonte: Rodrigues adaptado d0 INEP (2010). 19
Consequências
1. Crescimento desordenado das IES
2. Instalações físicas inadequadas
3. Ausência ou debilidades de estruturas de apoio ao ensino e à investigação
4. Professores com baixa capacitação/área x demanda
5. Cursos com baixo nível de exigência e vocacionados para a qualificação técnico-profissional
6. Falta de informações sobre a formação oferecida
7. Falta de mecanismos de avaliação do ensino superior
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Estudos anteriores Questão de investigação
1. AMARAL, A.; EWELL, P. T; HARVEY, L., & WILLIAMS, J.; HENKEL, M.; MACHADO, M L.; MINTZBERG, H.; LAMARA, N. F.; PIRES & LAMAITRE; SANTOS, M.
1. BERTOLIN, J. C.; DIAS SOBRINHO, J.; LEITE, D.; FELIX, G.; MARINHO-ARAÚJO; PEIXOTO, M. C. L. ; 2. TOLOFORI, J.;
3. EUA, ENQA, UNESCO, OCDE, A3ES, INEP e outros.
Quais os efeitos da autoavaliação institucional na gestão das universidades federais brasileiras?
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