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Geo-histria de Gois Teoria e Exerccios TJ-GO Aula 00 Atualidades Econmicas do Brasil
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Ol futuro Analista Judicirio do TJ-GO,
com imenso prazer que nos encontramos no PONTO DOS
CONCURSOS para esta jornada em busca de um excelente resultado na
disciplina de GEO-HISTRIA DE GOIS, do concurso do TRIBUNAL DE
JUSTIA DO ESTADO DE GOIS.
O concurso para o cargo de ANALISTA JUDICIRIO e oferece 474
vagas para contratao imediata. A remunerao inicial muito boa, podendo
chegar a R$ 3.437,20. um excelente nmero de vagas, assim, caro aluno,
umas das vagas ser sua!
Antes de dizer como ser o seu curso, vou me apresentar.
Sou Leandro Signori, gacho de Lajeado. Ingressei no servio pblico
com 21 anos e j trabalhei nas trs esferas da administrao pblica
municipal, estadual e federal - o que tem sido de grande valia para a minha
formao profissional servidor e docente. Nas Prefeituras de Porto Alegre e
So Leopoldo desenvolvi minhas atividades nas respectivas secretarias
municipais de meio ambiente; na administrao estadual, fui servidor da
Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN), estatal do governo do Rio
Grande do Sul.
Fui tambm, durante muitos anos, servidor pblico federal, como
gegrafo no Ministrio da Integrao Nacional, onde trabalhei com
planejamento e desenvolvimento territorial e regional.
Graduei-me em Geografia Licenciatura - pela Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS) e Bacharel - pelo UNICEUB em Braslia. A
oportunidade de exercer a docncia e poder alcanar o conhecimento
necessrio para a aprovao dos meus alunos me inspira diariamente e me traz
grande satisfao. Como professor em cursos preparatrios on line e presencial
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ministro as disciplinas de Atualidades, Conhecimentos Gerais, Realidade
Brasileira, Geografia, Direito Ambiental e Meio Ambiente.
OK, professor, e como ser o nosso curso?
Ser um curso completo de teoria e exerccios no qual vamos contemplar
os seguintes contedos constantes do edital regulador:
Formao econmica de Gois: a minerao no sculo XVIII, a
agropecuria nos sculos XIX e XX, a estrada de ferro e a modernizao da
economia goiana, as transformaes econmicas com a construo de Goinia e
Braslia, industrializao, infraestrutura e planejamento. Modernizao da
agricultura e urbanizao do territrio goiano. Populao goiana: povoamento,
movimentos migratrios e densidade demogrfica. Economia goiana:
industrializao e infraestrutura de transportes e comunicao. As regies
goianas e as desigualdades regionais Aspectos fsicos do territrio goiano:
vegetao, hidrografia, clima e relevo. Aspectos da histria poltica de Gois: a
independncia em Gois, o Coronelismo na Repblica Velha, as oligarquias, a
Revoluo de 1930, a administrao poltica de 1930 at os dias atuais.
Aspectos da Histria Social de Gois: o povoamento branco, os grupos
indgenas, a escravido e cultura negra, os movimentos sociais no campo e a
cultura popular. Aspectos histricos e urbansticos de Goinia. Atualidades
econmicas, polticas e sociais do Brasil, especialmente do Estado de Gois.
industrializao, infraestrutura e planejamento. Modernizao da agricultura e
urbanizao do territrio goiano. Populao goiana: povoamento, movimentos
migratrios e densidade demogrfica. Economia goiana: industrializao e
infraestrutura de transportes e comunicao. As regies goianas e as
desigualdades regionais Aspectos fsicos do territrio goiano: vegetao,
hidrografia, clima e relevo. Aspectos da histria poltica de Gois: a
independncia em Gois, o Coronelismo na Repblica Velha, as oligarquias, a
Revoluo de 1930, a administrao poltica de 1930 at os dias atuais.
Aspectos da Histria Social de Gois: o povoamento branco, os grupos
indgenas, a escravido e cultura negra, os movimentos sociais no campo e a
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cultura popular. Aspectos histricos e urbansticos de Goinia. Atualidades
econmicas, polticas e sociais do Brasil, especialmente do Estado de Gois.
Fique bem tranqilo se voc no conhece ou conhece pouco os contedos
relacionados nos tpicos. A sistemtica do curso, a estrutura de distribuio dos
contedos e as questes comentadas faro com que, ao final das aulas, voc
esteja preparado para um timo desempenho na disciplina ao fazer a prova.
Ao todo sero seis aulas, incluindo esta aula demonstrativa, cuja
estrutura a seguinte:
Aula Contedo Programtico
00 Atualidades econmicas do Brasil
01 Atualidades polticas do Brasil
02 Atualidades sociais do Brasil
03
ASPECTOS FSICOS DO TERRITRIO GOIANO: vegetao,
hidrografia, clima e relevo. FORMAO ECONMICA DE
GOIS: a minerao no sculo XVIII, a agropecuria nos
sculos XIX e XX, a estrada de ferro e a modernizao da
economia goiana, as transformaes econmicas com a
construo de Goinia e Braslia, industrializao, infraestrutura
e planejamento. Modernizao da agricultura e urbanizao do
territrio goiano.
04
POPULAO E ECONOMIA GOIANA: povoamento,
movimentos migratrios e densidade demogrfica.
Industrializao e infraestrutura de transportes e comunicao.
As regies goianas e as desigualdades regionais. Atualidades
econmicas de Gois.
05
ASPECTOS DA HISTRIA POLTICA E SOCIAL DE GOIS: a
independncia em Gois, o Coronelismo na Repblica Velha, as
oligarquias, a Revoluo de 1930, a administrao poltica de
1930 at os dias atuais. O povoamento branco, os grupos
indgenas, a escravido e cultura negra, os movimentos sociais
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no campo e a cultura popular. Aspectos histricos e urbansticos
de Goinia. Atualidades polticas e sociais do Estado de Gois.
A distribuio das aulas, neste formato, visa otimizar a diversidade dos
contedos e sua interconexo em grandes temas. Nos meus cursos tenho por
hbito incluir muitas questes, assim, at final deste curso, vou disponibilizar
mais de 300 questes comentadas, de diversas bancas.
Em cada aula, no desenvolvimento da teoria, estou inserindo questes
logo aps os assuntos explanados, para que voc veja como a nossa disciplina
cobrada pelas bancas. Elas tambm sero relacionadas no final de cada
apostila, de modo que voc poder resolv-las antes de iniciar a leitura da
teoria.
Na parte terica seremos objetivos, todavia, sem deixar de fora nenhum
contedo e sem esquecer dos detalhes cobrados pelas bancas. Vamos ver as
pegadinhas e as cascas de banana que so colocadas para escorregarmos na
questo. Tambm vou usar vrias figuras, tabelas, grficos e mapas de forma a
sintetizar e esquematizar o contedo. Grave bem eles.
Ao final de cada aula voc contar com um completo resumo, o
Memorex. Por fim, quero lhe dizer que as nossas apostilas so grandes, mas
no se preocupe, no h contedo em excesso. A grande maioria das pginas
so de exerccios. Exemplo: Nesta aula demonstrativa temos 87 exerccios
comentados.
Muitos candidatos pensam que Atualidades e Geo-histria de Gois so
disciplinas fceis, que s ler um bom jornal, assistir o noticirio das televises
e ler o que encontram na internet sobre histria e geografia de Gois. Ledo
engano; na hora da prova acabam sabendo que no bem assim. Por isto, ao
adquirir este curso voc j sair na frente da concorrncia.
A organizadora do certame ser a FGV, banca de abrangncia nacional e
nossa velha conhecida. O nvel das questes da FGV alto, com assertivas
extensas, bem elaboradas, contextualizadas e pouco pontuais. Por outro lado,
o nvel dos candidatos tambm est muito elevado, de modo que todas as
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disciplinas so importantes. Geo-histria pode fazer a diferena! Se voc
gabaritar a disciplina e acertar todas as questes, conquistar preciosos pontos
em relao concorrncia.
E eu estou aqui para lhe preparar para gabaritar a disciplina de
Atualidades. Sim, disso que estamos falando. Voc quer e voc pode gabaritar
a disciplina.
Como professor fao uma permanente anlise do que as bancas esto
cobrando. Assim, preparo um curso abrangente, mas cirrgico, com os
contedos que realmente caem e com os que tm probabilidade de cair.
Sem mais delongas, vamos aos estudos, porque o nosso objetivo que
voc tenha um excelente desempenho na disciplina de Geo-histria de Gois.
Para isso, alm de estudar, voc no pode ficar com nenhuma dvida.
Portanto, no as deixe para depois. Surgindo a dvida, no hesite em contatar-
me no nosso Frum.
Estou aqui neste curso, muito motivado, caminhando junto com voc,
procurando passar o melhor conhecimento para a sua aprendizagem e sempre
disposio no Frum de Dvidas.
timos estudos e fiquem com Deus!
Namast!
Forte Abrao.
Professor Leandro Signori
Tudo posso naquele que me fortalece.
(Filipenses 4:13)
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Sumrio
1. O Brasil no contexto da crise econmica mundial
2. Economia brasileira busca recuperao
3. Inflao alta
4. Alta dos juros
5. O problema da taxa de cmbio
6. Trabalho, emprego e renda
7. Balana comercial brasileira
7.1 A China torna-se o principal parceiro comercial do Brasil
8. Desconcentrao industrial
9. A indstria patina...
10. ... E o agronegcio cresce
11. O gargalo da infraestrutura
10.1 Matriz de transporte
12. Energia
11.1Eletricidade
11.2 lcool combustvel
11.3 Petrleo
11.3.1 Retomada dos leiles de petrleo
11.3.2 Definida a distribuio dos royalties
13. Brasil stima maior economia do mundo
13. Memorex
14. Questes comentadas
15. Questes propostas
16. Questes comentadas na parte terica
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1. O Brasil no contexto da crise econmica mundial
Quando estourou a atual crise econmica mundial em 2008, o ex-
presidente Lula disse que o Brasil estava preparado para enfrentar a crise e que
ela no atingiria profundamente o pas. Disse mais, falou que por estas terras a
crise no passaria de uma marolinha. Com o tempo, ficou demonstrado que o
Brasil estava mesmo melhor preparado, mas tambm ficou demonstrado no
ter sido uma marola que passou pelo Brasil. Muito pelo contrrio, o pas foi
duramente atingido pela crise e sente os seus efeitos at hoje.
Posteriormente, j com o Brasil atingido pela crise e com os pases
lutando para sair da dela, o governo brasileiro anuncia e festeja o fato de o pas
ser o ltimo a entrar na crise econmica e o primeiro a sair dela. verdade, o
Brasil no demorou para sair da crise, mas como disse, sente os seus efeitos
at os dias atuais.
S para lembrar, a crise de que estamos falando o grande abalo
econmico-financeiro mundial que ocorreu com a quebra de diversos bancos e
empresas financeiras do norte, a partir de setembro de 2008. Naquele ano
houve uma forte queda no preo dos imveis nos Estados Unidos, que subiram
bastante no perodo anterior, devido enorme ampliao do crdito. Milhares
de famlias no conseguiram mais pagar as prestaes da casa prpria, e
importantes empresas e bancos financiadores chegaram beira da falncia,
pois no havia a quem vender os imveis.
Como a economia globalizada, a crise atingiu a Europa e contaminou o
mercado mundial. Trilhes de dlares desapareceram dos mercados globais,
houve reduo brusca no crdito, perda de confiana no sistema e, finalmente,
reduo na atividade econmica global.
Vamos ver como a economia brasileira se comportou desde a ecloso da
crise, at o presente.
O PIB brasileiro vinha numa trajetria de crescimento contnuo, cresceu
3,2% em 2005; 4,0% em 2006 e 6,1% em 2007. Antes do estouro da crise
estimava-se que cresceria em torno de 7% em 2008. Naquele ano, mesmo com
a ecloso da crise o PIB cresceu 5,2%. J em 2009 houve uma retrao de -
0,3%.
Para enfrentar a crise o governo brasileiro adotou uma srie de medidas
de estimulo ao consumo interno, tais como o corte seletivo de impostos, maior
oferta de crdito, programas de apoio e de estmulo economia e reduo das
taxas de juros. A receita deu certo em 2010, ano em que o PIB cresceu 7,5%.
Porm, em 2011, a atividade econmica no pas entrou em marcha lenta
novamente, com o PIB crescendo 2,7% e despencando para 0,9% em 2012.
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Desta forma, conclui-se que o principal impacto da crise no Brasil foi a
desacelerao da atividade econmica, refletida no fraco crescimento do PIB,
conforme acabamos de demonstrar. Mas diferentemente do ocorrido em outros
pases, no Brasil, a crise no provocou problemas relevantes nas finanas
pblicas, no abalou o sistema financeiro do pas e no gerou crise cambial.
Hora de comear a praticar!
1) (VUNESP/TJ-SP/2012 - Assistente Social Judicirio/Psiclogo
Judicirio) Entre as medidas adotadas pelo governo brasileiro para
enfrentar a crise econmica que vem atingindo a Europa e os Estados
Unidos, encontra-se
a) a reduo das alquotas do Imposto de Renda para Pessoa Jurdica.
b) o aumento da carga tributria, para recuperar a situao financeira
do governo.
c) a liberao do saque do FGTS, de forma a injetar mais recursos na
economia.
d) a reduo do Imposto sobre Produtos Industrializados para carros.
e) o aumento da taxa de juros, de forma a garantir a rentabilidade dos
bancos.
COMENTRIOS:
Desde a crise econmica de 2008, o Governo Federal vem adotando
medidas para estimular o crescimento econmico. So medidas de reduo de
IOF nos financiamentos, reduo do IPI dos veculos, aumento de prazos de
financiamentos, corte de juros, desoneraes tributrias para empresas,
expanso da oferta de crdito e utilizao dos bancos pblicos para baixar os
spreads bancrios.
Gabarito: D
2. Economia brasileira busca recuperao
A economia brasileira cresceu 2,3% em 2013, num desempenho
bem melhor do que o 0,9% registrado em 2012. O setor com maior
participao na composio da riqueza nacional foi o de servios, que avanou
2,0%, representando 69,4% do PIB. O PIB da agropecuria cresceu 7,0% e
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representa 5,7% do PIB, enquanto a indstria cresceu 1,3%, representando
24,9% do PIB Nacional.
Esse resultado causou surpresa por fechar um trinio de pouca expanso
econmica: o PIB teve crescimento de 2,7% em 2011 e 0,9% em 2012. O PIB
do Brasil ficou, porm, abaixo do crescimento mundial de 2013,
estimado em 2,9% pelo Fundo Monetrio Internacional.
PIB brasileiro reage em 2013, mas desempenho continua abaixo do mundial
Note a ligao entre a economia brasileira e a mundial: h diferenas, mas o comportamento geral semelhante. Quando eclode a crise em 2008, ela derruba o PIB global de 2009, e o Brasil acompanha. O desempenho geral do pas, de 2007 a 2010,
melhor. Depois, ficou abaixo
Fonte: Revista Atualidades IBGE e Banco Mundial
O PIB a soma de tudo o que a economia produz durante um ano. Em
2013, ele somou 4,84 trilhes de reais. Para seu clculo, a economia
acompanhada e mensurada em trs reas: agricultura, indstria e servios.
Este ltimo segmento atualmente o maior, com 69,4% de participao no
PIB, e inclui a atividade dos bancos, o comrcio, os transportes e as
telecomunicaes.
A participao da indstria perdeu peso na conta. Em 2013, o setor foi
responsvel por 24,9% do PIB, abaixo dos 26% de 2012. O que motivou o fraco
desempenho da indstria brasileira foi, entre outras coisas, o recuo na indstria
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extrativa, principalmente por causa da reduo na extrao de minrios. A
manuteno de plataformas de petrleo tambm emperrou a produo.
As transaes comerciais internacionais contriburam negativamente para
o PIB e tiraram 0,9 ponto percentual. As importaes aumentaram em 8,4%,
sobretudo pela alta demanda de petrleo e gs natural vindos de fora. Na
contramo, as exportaes cresceram s 2,5%, mesmo impulsionadas pela
venda de produtos agrcolas.
O consumo das famlias cresceu 2,3%, registrando a taxa mais baixa em
uma dcada. Apesar de positivo, o dado preocupante, uma vez que ele era
um importante impulsionador da economia nos ltimos anos. O consumo
crescente registrado nos ltimos anos se deu, principalmente, pela reduo do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), medida adotada pelo governo
visando justamente o aquecimento da economia.
3. Inflao alta
O Brasil adota o regime de metas anuais de inflao, estabelecida pelo
Banco Central, que para persegui-la, adota vrias polticas, entre as quais o
controle da taxa bsica de juros. A meta oficial dos ltimos anos tem sido de
4,5% ao ano, podendo variar dois pontos percentuais para cima ou para baixo
de 2,5% a 6,5%.
Em 2010, pela primeira vez - desde que o Banco Central passou a
trabalhar com o regime de metas de inflao - a taxa ultrapassou o centro da
meta fixada de 4,5% ao ano, chegando a 5,92% naquele ano. Em 2013, a
inflao, medida pelo ndice de Preos ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de
5,91%. Este longo perodo de alta gera um temor de que quanto mais tempo a
inflao permanecer num patamar relativamente alto, mais resista aos
remdios para control-la.
O aumento do consumo uma das explicaes para a alta da inflao.
Esse aumento foi estimulado pelo governo federal, que, para combater uma
possvel recesso econmica na esteira da crise mundial de 2008, ampliou o
crdito e reduziu temporariamente os impostos sobre vrios produtos. Em
2013, diante do cenrio de alta da inflao, o governo lanou mo de um
mecanismo para tentar cont-la: o aumento da taxa bsica de juros da
economia, a chamada taxa Selic.
Como o preo dos alimentos vem pressionando a inflao, outra
providncia do governo foi cortar os impostos dos produtos da cesta bsica,
buscando reduzir seu custo. O governo tambm tem controlado os preos
administrados, pressionando algumas capitais para no aumentar as tarifas do
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transporte coletivo, impede a Petrobrs de reajustar o preo da gasolina e do
diesel aos valores que importa do mercado internacional e forou a reduo das
contas de luz.
A inflao recente
As taxas anuais do IPCA, em % acumuladas no perodo de 2006 a 2013.
Inflao a elevao dos preos de produtos e servios, que resulta na
diminuio do valor de compra do dinheiro. A inflao sempre existiu, mesmo
com ndices muito pequenos. Quando o indicador negativo, chama-se
deflao.
Uma inflao elevada e contnua desorganiza a economia ao alterar o
valor do dinheiro, elemento central do sistema econmico. A inflao atinge
mais duramente quem no possui formas fceis para corrigir seus ganhos,
como os assalariados.
A principal causa para a inflao a chamada demanda, que significa a
procura por bens e servios. Por exemplo, se muita gente quer comprar um
artigo e no tem para todos, o preo aumenta. a lei da oferta e da procura.
o que ocorre com frutas e legumes fora da estao (na entressafra).
O tormento da inflao incomodou durante muito tempo a vida nacional.
O Brasil viveu uma situao de inflao em alta no decorrer da dcada de 1980,
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at desaguar numa hiperinflao acima de 900% ao ano a partir de 1988.
Isso significa que os preos estavam se multiplicando mais de dez vezes a cada
perodo de 12 meses.
Cinco planos econmicos foram tentados no decurso de oito anos. No
mesmo perodo, o Brasil trocou cinco vezes de moeda, j que as cdulas
perdiam o valor muito rapidamente. A inflao chegou a 2.477% em 1993, o
que significa que os preos multiplicaram-se por 25 durante aquele ano. O
Plano Real, em julho de 1994, derrubou a taxa de inflao. Desde ento, sua
variao acontece em patamares reduzidos.
4. Alta dos juros
Os juros so o dinheiro a mais que uma pessoa ou empresa paga ao
sistema bancrio ao devolver um emprstimo, alm do valor original corrigido
pela inflao. Eles podem ser considerados uma remunerao pelo fato de que
quem empresta corre o risco de o dinheiro no ser devolvido.
O governo tem uma relao estreita com os juros, pois o maior agente
econmico do pas. Ele empresta dinheiro aos bancos para as suas
necessidades dirias e cobra por isso: essa taxa de juros bsica se chama taxa
Selic. Como esse emprstimo por 24 horas seguro, serve de referncia para a
economia. Os juros que os bancos cobram dos clientes para emprstimos,
cheque especial e carto de crdito so muito mais elevados que a taxa Selic.
Como a taxa de juros define o custo do dinheiro, os governos a utilizam
para controlar a inflao: quanto mais alta a taxa de juros, mais caros ficam os
emprstimos, o que funciona como um freio nas atividades produtivas (pois o
credirio fica caro para o consumidor, e o financiamento, para o produtor). Se
h menos compras (demanda, na linguagem econmica), os preos no
sobem, e a inflao fica baixa.
Quando a prioridade do governo estimular a atividade econmica, uma
das medidas baixar os juros. Foi o que fez o Banco Central ao perceber que a
economia estava desacelerando. Em setembro de 2011 comeou a baixar a
taxa de juros, que chegou ao seu menor nvel - 7,25% ao ano - em outubro de
2012. No entanto, a presso inflacionria verificada no incio de 2013 levou o
Banco Central a elevar a Selic a partir de abril de 2013. Em julho deste ano, a
taxa estava em 11,00% ao ano, nvel superior aos 10,75% do incio do
Governo da presidenta Dilma Rousseff.
2) (VUNESP/TJ SP/2013 Escrevente Tcnico Judicirio) O Comit de
Poltica Monetria (Copom) do Banco Central informou, em ata
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divulgada na quinta-feira (25 de abril de 2013), que a deciso da
semana passada de elevar a taxa de juros, de 7,25% para 7,50% ao
ano, deve-se necessidade de neutralizar risco de disparada da
inflao no pas, principalmente em 2014.
(G1, 25.04.13)
A alta dos juros promovida pelo Banco Central tem como objetivo
neutralizar risco de disparada da inflao. Um efeito colateral da
medida, no entanto, pode ser
a) a diminuio da entrada de capital estrangeiro.
b) o aumento da expectativa de inflao a longo prazo.
c) a queda contnua da bolsa de valores.
d) o aumento crescente do risco pas.
e) a reduo do crescimento econmico.
COMENTRIOS:
O Banco Central do Brasil adota a poltica de metas de inflao. A meta
oficial dos ltimos anos de 4,5% ao ano, podendo variar dois pontos para
cima ou para baixo de 2,5% a 6,5%. Desde 2010, a taxa de inflao
ultrapassa a meta fixada pelo banco.
Em 2012 a inflao acumulada no ano, medida pelo IBGE, por meio do
ndice de Preos ao Consumidor (IPCA) chegou a 5,84%. Em 2013, diante da
persistncia da taxa e do cenrio de alta da inflao, para tentar cont-la, o
governo lanou mo do mecanismo de aumento da taxa bsica de juros da
economia, a chamada taxa Selic.
A elevao da Selic visa diminuir os pedidos de crdito e refrear os
investimentos e o consumo da populao. A taxa mais alta encarece as
prestaes das compras feitas a prazo e tem como efeito colateral a reduo
do crescimento econmico.
Gabarito: E
5. O problema da taxa de cmbio
A taxa de cmbio o valor pelo qual a nossa moeda trocada por
moedas estrangeiras, principalmente pelo dlar, que a referncia no mercado
mundial. O comrcio exterior diretamente afetado pela taxa de cmbio.
Se o real vale pouco, nossas mercadorias so exportadas por valor menor
(o que as torna atraentes). Isso ajuda o setor exportador, mas importar fica
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mais caro. Quando o real se valoriza, nossos produtos ficam caros l fora, mas
mais barato importar. Facilitar as importaes ajuda a derrubar a inflao,
pois amplia a oferta de mercadorias externas a preo baixo.
O ano de 2013 foi marcado pela desvalorizao do cmbio, ou seja, por
constantes altas do dlar em relao ao real, com a moeda norte-
americana subindo mais de 15% em relao brasileira. A alta um reflexo do
possvel corte de estmulos do FED (Federal Reserve, banco central dos EUA)
economia estadunidense, o que reduziria a quantidade de dlares no mercado,
e do possvel aumento de juros nos EUA, que serviriam para atrair os
investidores internacionais.
3) (CESPE/FUB/2013 Assistente em Administrao) Cinco anos a
crise estourar, e com o fim dos estmulos economia dos estados
Unidos da Amrica (EUA), economistas alertam que, hoje, os mais
vulnerveis s turbulncias econmicas so os pases emergentes. Por
outro lado, novos documentos divulgados pela TV revelam que a
Agncia de Segurana nacional dos EUA usou se aparato para levantar
informaes sobre a PETROBRS.
(O Globo, 9/9/13)
Tendo o texto acima como referencial inicial e considerando a
amplitude do tema que ele aborda, julgue os prximos itens.
No Brasil, atualmente, a estabilidade cambial, determinada e conduzida
pelo Banco Central, faz que o dlar norte-americano tenha o mesmo
valor que o real e assegura preos baixos para os produtos importados.
COMENTRIOS:
Atualmente o dlar norte-americano no tem o mesmo valor que o real. O
Brasil adota o regime de cmbio flutuante, ou seja, a cotao do real definida
por fatores de mercado, no tendo o seu preo fixado pelo governo. O dlar
esta caro, o que eleva o preo dos produtos importados.
Gabarito: Errado
Os 20 anos do Plano Real
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Em 1 de julho de 1994, entrava em vigor o Real, moeda que ps fim
hiperinflao que assolou a populao brasileira nos 15 anos anteriores. Apenas
no primeiro semestre daquele ano, a inflao totalizou 757%, mdia de 43% ao
ms de acordo com o ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo (IPCA).
Nos seis meses seguintes, o ndice desabou para 18,6%, mdia de 2,9% ao
ms.
O Governo Federal criou a Unidade Real de Valor (URV). Cada real
equivalia a uma URV, que, por sua vez, valia 2.750 cruzeiros reais, moeda em
vigor at o dia anterior. Definida como uma quase-moeda, a URV funcionava
como uma unidade de troca, que alinhava os preos seguidos de vrios zeros
em cruzeiros reais a uma mdia de ndices de inflao da poca.
Em vigor por quatro meses, de maro a junho de 1994, a URV, na prtica,
promoveu a dolarizao da economia sem, de fato, abrir mo da moeda
nacional. Como cada URV valia um dlar, o real iniciou sua trajetria tambm
cotado a um dlar. O mecanismo uniformizou todos os reajustes de preos, de
cmbio e dos salrios de maneira desvinculada da moeda vigente, o cruzeiro
real, sem a necessidade de congelamentos e de tabelamentos, como nos planos
econmicos anteriores.
O Plano Real, na verdade, comeou a ser pavimentado um ano antes. Em
agosto de 1993, o ento ministro da Fazenda do governo do presidente Itamar
Franco, Fernando Henrique Cardoso, comunicou o corte de trs zeros no
cruzeiro e o lanamento do cruzeiro real. Naquela ocasio, j estava acertada a
criao do real, embora os detalhes do plano s tenham sido anunciados em
maro do ano seguinte, quando passou a vigorar a URV.
O plano foi implementado em duas fases para permitir, sem
congelamento de preos, a transio entre o cruzeiro real e o real. A URV
uniformizou todos os reajustes de preos, de cmbio e dos salrios de maneira
desvinculada da moeda vigente, o Cruzeiro Real (CR$). A cada dia, o Banco
Central fixava uma taxa de converso da URV em CR$, com base na mdia de
trs ndices dirios de inflao os bens e servios continuavam a ser pagos
em CR$, mas passaram a ter referncia numa unidade de valor estvel.
O lanamento do real, em 1 de julho de 1994, deu incio segunda fase
do plano. A converso e os clculos baseados na URV saram de cena para a
entrada do real. A partir de ento, os juros altos e o dlar barato, com
cmbio praticamente fixo, passaram a ser os principais instrumentos do
governo para controlar a inflao. Em 1999, aps a crise da Rssia, o
governo adotou modelo em trs pilares em vigor at hoje: supervit primrio
(esforo fiscal), cmbio livre e metas de inflao.
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6. Trabalho, emprego e renda
O Brasil um dos pases mais desiguais do mundo. Entretanto, nos
ltimos anos, o Brasil tem conseguido avanar no combate pobreza e na
melhoria da distribuio de renda. De 1994 a 2010, o nmero de pessoas
pobres no pas diminuiu 67%, de acordo com a Fundao Getulio Vargas (FGV),
e atualmente o governo prioriza o combate pobreza extrema. Porm, o Brasil
continua com boa parte de sua renda muito concentrada nas mos de uma
pequena minoria.
A concentrao de riqueza no pas uma caracterstica muito forte e
antiga em nossa sociedade. Assim, mesmo com essa evoluo recente, os
indicadores de distribuio de renda ainda so insatisfatrios. Conforme um
estudo divulgado pelo IBGE, relativo a 2009, os 10% de brasileiros mais ricos
detm 43% de toda a renda nacional, enquanto os 10% mais pobres detm
apenas 1% da renda.
Para medir a concentrao de renda em nveis mundiais, o padro
adotado internacionalmente o ndice de Gini, cujo valor varia de zero (a
igualdade perfeita) a 1 (a desigualdade mxima). No Brasil, desde 1996, houve
reduo discreta, mas constante, desse ndice, partindo de 0,568 para chegar
ao patamar de 0,507, em 2012, de acordo com IBGE.
Vejamos algumas das principais causas da m distribuio de renda no
Brasil:
Concentrao fundiria Quase metade das terras cultivadas no pas
so grandes propriedades (acima de mil hectares), que esto nas mos de
apenas 1% dos proprietrios, segundo o IBGE. Essa estrutura provoca pobreza
no campo e o xodo da populao para as cidades.
Industrializao - ela se desenvolveu em quase todo o sculo XX no
Sudeste e no Sul, concentrando a renda.
Problemas urbanos - as cidades no foram preparadas para receber
as populaes vindas do campo. A carncia habitacional, por exemplo, um
fator de pobreza e favelizao.
Analfabetismo - ele foi combatido tardiamente, a partir dos anos de
1970. A falta de instruo mantm o trabalhador mal remunerado, com
dificuldade para ascender socialmente.
Discriminao racial - ao final de quatro sculos de escravido, o
Estado brasileiro lavou as mos, sem polticas de apoio populao negra para
que pudesse ter acesso terra, educao e ascenso social. Desde ento,
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as geraes seguintes enfrentam um ciclo vicioso de pobreza. Como resultado,
sete em cada dez brasileiros entre os 10% mais pobres so negros, de acordo
com o IBGE.
Estrutura tributria - a distribuio dos impostos no pas injusta,
pois a camada que tem mais renda paga menos imposto em proporo aos seus
ganhos. Segundo o Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (IPEA), em 2008,
pessoas que recebiam at dois salrios mnimos gastavam 54% da renda
pagando impostos, diretos e indiretos. J as famlias com renda superior a 30
salrios mnimos desembolsavam em torno de 29% com impostos.
6.1 Medidas eficazes
O aumento do salrio mnimo com ndices percentuais acima da inflao
tem se mostrado, nos ltimos anos, uma medida eficaz para desconcentrar a
renda. Isso porque o salrio mnimo um dos parmetros para reajustes
salariais, beneficia diretamente os salrios mais baixos e as aposentadorias. A
forte criao de empregos tambm leva desconcentrao da renda.
A partir da dcada de 1990, o Brasil adotou medidas assistenciais para
combater a pobreza. Primeiramente, com a criao do seguro-desemprego.
Depois, com os programas de auxlio luz, gs e alimentao para famlias
pobres. Em 2004, o programa Bolsa Famlia incorporou esses auxlios e foi
ampliado. O programa transfere um auxlio em dinheiro diretamente para os
mais pobres.
Em 2011, o governo federal criou uma secretaria e o programa Brasil Sem
Misria, visando a eliminar a pobreza extrema, que o tero mais pobre dos
pobres: 16 milhes de pessoas com renda mensal per capita inferior a 70 reais,
valor definido como a linha da misria. Em maio de 2012, o governo lanou o
programa Brasil Carinhoso, que aumenta o valor do programa Bolsa Famlia
para famlias com criana de at seis anos. O valor varia conforme o domiclio e
cresce o suficiente para elevar a renda mensal da famlia para 70 reais mensais
per capita. Segundo o Censo de 2010, h cinco milhes de famlias com renda
per capita de at um quarto do valor do salrio mnimo (127 reais naquele ano,
4,25 reais por dia) e 8,7 milhes de famlias com renda de at meio salrio.
6.2 Quadro recente do desemprego no Brasil
Atualmente, o IBGE produz informaes mensais sobre trabalho e
rendimento por meio da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que investiga
seis regies metropolitanas: Rio de Janeiro, So Paulo, Belo Horizonte, Recife,
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Salvador e Porto Alegre. J a Pesquisa Nacional de Amostras por Domiclio
(PNAD), que disponibiliza estas informaes englobando o pas inteiro,
realizada anualmente e no possui carter de acompanhamento de curto prazo
ou conjuntural.
Em janeiro de 2014, o IBGE apresentou e divulgou pela primeira vez os
resultados da Pesquisa Nacional de Amostras por Domiclio Contnua
(PNAD Contnua). Os dados da PME retratam a evoluo do emprego em
reas urbanas com elevada participao na atividade econmica, porm
englobam menos de um tero da populao brasileira. A PNAD Contnua, que
trimestral, por sua vez, abrange todas as reas metropolitanas e ainda muitas
outras cidades mdias e pequenas, que abrigam quase 90% da populao
brasileira 3.500 municpios.
Segundo dados da PME, em abril de 2014, a taxa de desemprego no
Brasil foi de 5,1% e o rendimento mdio de R$ 2.028,00, ante R$ 2.040,00 do
ms anterior. Pela PNAD Contnua, a taxa de desemprego ficou em 7,1%
no primeiro trimestre de 2014, acima dos 6,2% do ltimo trimestre de 2013.
Para o ano de 2014, o salrio mnimo de R$ 724,00.
Pessoal, prestem bastante ateno neste tpico, pois o IBGE est mudando a
metodologia de aferio do emprego/desemprego no Brasil da PME para a
PNAD Contnua. Ou seja, uma novidade. E as bancas adoram novidades!
4) (CESPE/IRBR/2012 DIPLOMATA) O maior empecilho ao combate
da pobreza nas diferentes regies do Brasil, representada pela baixa
renda mensal, reside na m distribuio territorial dos recursos
naturais que geram insumos econmicos para a atividade produtiva.
COMENTRIOS:
O maior empecilho para o combate pobreza no Brasil a m
distribuio da renda. A escandalosa concentrao de renda faz do Brasil um
dos pases mais desiguais do mundo.
Veja que o Norte, riqussimo em recursos naturais, a segunda regio
com o maior percentual de populao de baixa renda (com renda familiar per
capita de at um salrio mnimo) em relao populao total da regio.
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Fonte: Pnad 2012, Sntese de indicadores sociais 2012/2013 e IBGE
Gabarito: Errado
7. Balana comercial brasileira
A balana comercial o conjunto de tudo o que o pas exporta e
importa em um ano. A soma desses valores o total do comrcio exterior
nacional. J o saldo da balana comercial o resultado do valor exportado
retirando-se o valor importado. Quando o pas vende mais do que compra no
exterior, consegue um saldo positivo: o supervit da balana comercial.
Quando o resultado negativo, d-se o nome de dficit.
O Brasil registra nos ltimos dez anos, um crescimento consistente de sua
participao no mercado mundial (nas exportaes e nas importaes). O
comrcio exterior do Brasil cresceu mais de trs vezes na primeira dcada do
sculo XXI, o que reflete um forte aumento da atividade econmica brasileira. O
pas registrou supervits contnuos anuais durante toda a dcada passada, mas
esses supervits esto diminuindo nos anos recentes.
Os supervits comearam a diminuir a partir de 2008, em razo da crise
econmica mundial. As causas dessa diminuio envolvem vrios fatores, como
a valorizao do real frente ao dlar, a situao econmica dos pases com os
quais o Brasil faz comrcio e a estrutura da produo brasileira.
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De acordo com dados do Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e
Comrcio Exterior (MDIC), a balana comercial brasileira registrou um supervit
(exportaes menos importaes) de US$ 2,56 bilhes em 2013, o pior
resultado para um ano fechado desde 2000 quando foi apurado um dficit de
US$ 731 milhes. As exportaes somaram US$ 242,17 bilhes e as
importaes totalizaram US$ 239,61 bilhes.
O saldo comercial de 2013 s no foi pior por conta da exportao de
plataformas de petrleo que, na realidade, nunca deixaram o Brasil. As
plataformas foram compradas de fornecedores brasileiros por subsidirias de
empresas, como a Petrobras, no exterior e depois "internalizadas" no pas como
se estivessem sendo "alugadas", mesmo sem sarem fisicamente do Brasil. Esse
expediente permite s empresas do setor recolher menos tributos.
A exportao de plataformas de petrleo, que no saram de fato do
Brasil, nunca foi to alta quanto no ano passado (US$ 7,73 bilhes). O maior
valor exportado, antes de 2013, havia sido registrado em 2008 (no valor de
US$ 1,48 bilho). Em 2012, as "vendas" ao exterior de plataformas somaram
US$ 1,45 bilho.
O fraco desempenho da balana comercial brasileira se deve
principalmente combinao de uma queda da produo nacional de petrleo e
derivados e do aumento do consumo de combustveis no pas, o que reduziu as
exportaes e elevou as importaes desses produtos. Tambm tem relao
com a crise financeira internacional - que diminui as exportaes brasileiras.
Mercados para os quais tradicionalmente o Brasil exporta muito ainda esto
com demandas desaquecidas.
As exportaes brasileiras so altamente dependentes de fatores
externos. Mais de 70% das exportaes so compostas por commodities
mercadorias que o Brasil no detm qualquer controle sobre suas cotaes
internacionais, e muito menos sobre as quantidades a serem exportadas.
Commodities so mercadorias produzidas em grande quantidade, por
um nmero significativo de produtores e com qualidade uniforme, ou seja, sem
significativas distines em suas caractersticas. As commodities tradicionais
so produtos agrcolas, como trigo, soja, suco de laranja congelado e boi gordo,
e produtos minerais, como petrleo, ao e ouro. Esses produtos bsicos so
negociados por volume em bolsas de mercadorias. Os seus preos so
determinados por sua oferta e procura no mercado mundial.
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7.1 A China torna-se o principal parceiro comercial do Brasil
Desde 2009, a China o principal parceiro comercial do Brasil. o pas
que mais importa produtos brasileiros e o que mais vende para o Brasil. Nos
dois casos, ultrapassou os Estados Unidos, que caiu para a segunda posio.
A sia tornou-se o principal mercado parceiro, ultrapassando a Unio
Europeia como mercado fornecedor (importaes) e a Amrica Latina como
principal mercado comprador (exportaes). O ponto fraco das relaes
comerciais com a China, os EUA e a Unio Europeia que o Brasil entra,
sobretudo, como fornecedor de matrias-primas como soja e ferro , e eles
nos vendem produtos manufaturados, que tm maior valor agregado na
produo. Vendemos grandes quantidades de produtos baratos, e compramos
produtos caros. uma receita que gera dependncia e instabilidade.
5) (CESPE/STJ/2012 Analista Judicirio) A China, principal motor da
economia global, reduziu sua meta de crescimento, o que no s
derrubou as bolsas de valores pelo mundo, como trouxe preocupaes
para pases como o Brasil, grande exportador de commodities. Com os
Estados Unidos da Amrica, a Europa e o Japo em recesso ou com
crescimento fraco, a China no pode depender das exportaes,
devendo priorizar o mercado consumidor interno, segundo o primeiro-
ministro Wen Jiabao.
Folha de S.Paulo, 3/3/2012, p. A12 (com adaptaes).
Tendo o texto acima como referncia inicial e considerando os mltiplos
aspectos que ele suscita, bem como o cenrio econmico mundial
contemporneo, julgue o item seguinte.
Em 2011, a China foi o principal destino das commodities exportadas
pelo Brasil, que vendeu, ao pas asitico, especialmente, minrio de
ferro, soja e petrleo.
COMENTRIOS:
A China o principal parceiro comercial do Brasil e principal destino das
nossas commodities. Os principais produtos comprados pelos chineses do Brasil
so minrio de ferro, petrleo e soja.
Gabarito: Certo
8. Desconcentrao industrial
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A indstria brasileira vive um significativo processo de
descentralizao, do Sudeste para as demais regies, principalmente para a
Regio Sul, e das capitais para o interior dos Estados. Os principais fatores que
contribuem para a descentralizao so: o deslocamento das fbricas para
locais com incentivo fiscal do Estado; o crescimento da oferta de mo de obra
qualificada fora das capitais, mas que aceita salrios menores; o deslocamento
de empresas para perto de fornecedores de matrias-primas e a busca de
cidades onde o gasto com benefcios trabalhistas mais baixo.
No grfico observa-se que o Sudeste diminui a sua participao
relativa no total de estabelecimentos industriais no Brasil. Todas as demais
regies apresentam crescimento.
Fonte: IBGE
Esta outra tabela refora a constatao da desconcentrao industrial.
Diminui a participao percentual do Sudeste no Valor da Transformao
Industrial (VTI) e aumenta a participao percentual das demais regies
brasileiras.
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Fonte: Ministrio da Integrao Nacional
9. A indstria patina...
A indstria brasileira atravessou um perodo de crescimento forte na
dcada passada. As empresas importaram grande quantidade de mquinas para
modernizar e expandir a produo. As exportaes e o consumo interno
cresceram.
O Brasil tornou-se um dos poucos pases latino-americanos a alcanar um
bom valor em exportao de produtos industriais, superando a participao dos
produtos primrios (minrios e agropecuria).
Em 2010, a indstria cresceu 10,1%. Aps registrar essa taxa recorde, o
ritmo da produo industrial brasileira foi diminuindo, chegando a 2,5% em
2012. Nos ltimos anos, pesam contra o desempenho da indstria nacional a
crise econmica internacional e a valorizao do real, fatores que geraram
reduo das exportaes. No contexto da crise, com o acirramento da disputa
por mercados, a indstria brasileira sofre mais com os seus j conhecidos
problemas de competitividade e com os gargalos da infraestrutura nacional.
Desde 2009, o Governo Federal vem adotando medidas para estimular a
produo industrial. So medidas de estimulo ao consumo interno, que
favorecem a produo industrial, como a reduo das taxas de juros, o
aumento no nmero de meses nos financiamentos para pagar produtos
prestao, e a reduo temporria de impostos sobre automveis e
eletrodomsticos. Tambm adotou uma nova poltica de tributao
previdenciria, reduzindo os valores pagos pelas empresas sobre a folha de
pagamentos e est aumentando em igual medida a tributao sobre qualquer
produto importado que tenha semelhante nacional dos mesmos setores.
O governo tenta aumentar a competitividade da indstria nacional, que
sofre com a entrada de produtos mais baratos, como os da China, por duas
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vias: reduzindo os gastos da indstria nacional e taxando seus
concorrentes mais diretos. Essas medidas ajudaram a produo industrial,
que cresceu 1,2% em 2013.
6) (CESGRANRIO/CAIXA/2012 MDICO DO TRABALHO) O Brasil
conquistou o direito de sediar a Copa do Mundo de 2014, os Jogos
Olmpicos de 2016 e um clima de otimismo e euforia cerca o pas. Esse
clima, no entanto, esconde um processo que ocorre internamente,
desde pelo menos o incio da dcada de 1990, a chamada
desindustrializao.
ZINET, C. Por que a poltica econmica ameaa a indstria brasileira. Caros
Amigos, ano 15, n. 175, p.10, out. 2011.
No Brasil, o atual processo de desindustrializao caracteriza- se,
especificamente, pela
a) retrao da flexibilizao das relaes trabalhistas nas ltimas duas
dcadas
b) entrada de indstrias multinacionais, concorrentes das empresas
brasileiras
c) desvalorizao atual do real, face alta generalizada de moedas
estrangeiras
d) persistncia de taxas de juros baixas, vinculada alta rotatividade
no emprego
e) diminuio da proporo de empregados no setor industrial, frente
aos demais setores
COMENTRIOS:
A indstria brasileira apresenta uma trajetria errtica nos ltimos, com
crescimento e decrescimento industrial. Pesam contra um melhor desempenho
da indstria nacional a forte concorrncia dos produtos importados, a falta de
uma maior competitividade industrial, a elevada tributao e a valorizao do
real. Uma das consequncias do atual processo de desindustrializao a
diminuio da proporo de empregados no setor industrial, frente
agropecuria e ao setor de servios.
Gabarito: E
10. ... E o agronegcio cresce
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Pessoal, agropecuria e agronegcio no so a mesma coisa. Falamos de
conceitos diferentes.
A agropecuria o conjunto de atividades ligadas criao de plantas e
animais para consumo humano. um dos trs setores para o clculo do PIB, o
setor primrio da economia.
O agronegcio mais do que a agricultura e a pecuria. o conjunto de
atividades econmicas ligadas produo agropecuria, incluindo os fabricantes
e fornecedores de insumos, equipamentos e servios para a zona rural, bem
como a comercializao dos produtos. Ou seja, toda a cadeia produtiva
vinculada agropecuria.
No sculo XXI, a agricultura brasileira tem conhecido extraordinrio
crescimento da sua produo de gros. A produo mais que dobrou em uma
dcada e a rea cultivada cresceu menos de vinte por cento. Isto demonstra o
grande aumento de produtividade da lavoura brasileira, fruto de pesquisa,
tecnologia e inovao.
Segundo estimativas da CONAB e do IBGE, o pas dever colher 188,7
milhes de toneladas de gros em 2013/2014, com aumento de 0,7% em
relao safra passada (187,4 milhes de toneladas). Novamente, a soja o
gro que mais se destaca, vindo em segundo e terceiro lugar o milho e o
arroz, em quantidade produzida. O Brasil ultrapassou os Estados Unidos e
chegou ao posto de maior exportador mundial de soja, ficando um pouco
atrs como o segundo maior produtor.
O nosso pas um dos gigantes da agropecuria global. o maior
produtor e exportador mundial de acar, caf e suco de laranja. Ocupa o
primeiro lugar como exportador de soja, carne bovina e frango. Alm de
garantir o abastecimento do mercado interno, o pas tornou-se o segundo
maior exportador de alimentos, atrs dos Estados Unidos.
Como vimos, em 2013 a agropecuria representou 5,7% do PIB
brasileiro. Porm, quando calculamos a participao do agronegcio no PIB
brasileiro, este percentual fica em torno de 22%, uma grande diferena. O
agronegcio responde por cerca de 40% das exportaes do pas.
Uma coisa certa, j h alguns anos, o agronegcio o responsvel
pelo supervit da balana comercial brasileira. Dados do Governo Federal
demonstram que as exportaes do agronegcio na safra 2012/2013 (perodo
de julho de 2012 a junho de 2013), registraram supervit de US$ 83,91
bilhes, o maior para o perodo desde o incio da srie histrica em 1989. As
exportaes da safra ficaram em US$ 100,61 bilhes e tambm foram recordes.
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Em 2013, o supervit da balana comercial foi de 2,56 bilhes de dlares.
Fica fcil perceber que sem o agronegcio a balana comercial acumularia
pesados dficits comerciais anuais. Da a importncia e a fora do agronegcio
na economia brasileira.
O Centro-Oeste o maior produtor de gros e conta com o maior
rebanho bovino do pas. A regio desenvolveu uma agricultura moderna e
tecnificada, com a utilizao de tcnicas agrcolas inovadoras e de alta
produtividade.
O agronegcio cresce, mas enfrenta problemas como juros altos,
instabilidade no cmbio e carncias na infraestrutura. A produo agropecuria
voltada para a exportao a que mais sente as carncias de infraestrutura,
que elevam muito o preo final dos produtos.
A elevao da produtividade no meio rural brasileiro, com pesquisa,
tecnologia e manejo, esbarra numa estrutura fundiria concentrada nas mos
de poucos proprietrios. Trata-se de uma realidade difcil para a agricultura
familiar, que d trabalho a milhes de pessoas, voltada para produzir os
alimentos para o mercado interno, e conta com pouco apoio.
O crescimento do agronegcio se d em meio a conflitos com o meio
ambiente. A presso da busca por novas reas de plantio est diretamente
associada ao desmatamento do cerrado e da Amaznia nas ltimas dcadas. Os
poderosos interesses econmicos envolvidos nesse processo esto na origem
dos embates que opem os grandes fazendeiros aos ambientalistas, na
sociedade e no Congresso Nacional, em relao a temas como a preservao da
natureza e o novo Cdigo Florestal.
7) (CESPE/2007/TCU Analista de Controle Externo) O Brasil,
considerado pas emergente, busca situar-se no mercado global
altamente competitivo e tem no agronegcio um importante
instrumento para melhorar seu posicionamento na economia mundial.
COMENTRIOS:
Na condio de pas emergente, do grupo BRICS, o Brasil busca ampliar a
sua participao no comrcio mundial e conta para isso com a fora do
agronegcio, cuja produo tem quebrado recordes e crescido continuamente
ao longo dos anos.
O agronegcio um dos motores da economia nacional, que impulsiona
parte importante da indstria e dos servios, alm de jogar papel decisivo na
pauta de exportaes. Em 2010, o pas tornou-se o terceiro maior exportador
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mundial de alimentos, atrs dos Estados Unidos e da Unio Europeia. Por isto,
h quem fale que o Brasil se prepara para, no futuro, ser o celeiro do planeta.
Gabarito: Certo
11. O gargalo da infraestrutura
Os problemas de infraestrutura do pas refletem a falta de planejamento e
de investimentos. A partir de 2007, o governo federal comea a correr atrs do
tempo perdido e deflagra o primeiro Plano de Acelerao do Crescimento (PAC),
que prioriza obras em infraestrutura. Em execuo, a segunda etapa do plano
PAC 2 tem como um dos focos prioritrios a melhoria do sistema de
transportes.
Alm do desafio relacionado aos eventos mundiais Copa do Mundo e
Olimpadas - o Brasil enfrenta o chamado apago logstico para exportar seus
produtos, principalmente agrcolas e minrios. A matriz de transportes
alicerada em rodovias e a concentrao histrica nos portos do Sudeste e do
Sul apresentam, h anos, mostras de saturao. Formam-se filas de caminhes
aguardando para desembarcar sua carga, e de navios atracados ao largo do
Porto de Santos (SP) e de Paranagu (PR) para receb-las. As condies de
asfalto das estradas so ruins, o que provoca desperdcio de gros; h rodovias
com a construo iniciada, mas a finalizao atrasada h dcadas e, com a
carncia do transporte por ferrovias e hidrovias, faltam inclusive caminhes e
motoristas.
A falta de silos e locais para armazenar gros, seja nas reas de produo
seja nas docas dos portos, tambm afeta a competitividade do pas. O Custo
Brasil, que envolve gastos com estocagem, transporte e impostos, um dos
maiores do mundo, prejudica as exportaes.
Para tirar do papel e acelerar obras importantes como portos, ferrovias,
rodovias e aeroportos, o governo brasileiro decidiu fazer parcerias com a
iniciativa privada, por meio de programas de privatizao (concesso).
O governo comeou pelos aeroportos. Em 2012 passou para as mos da
iniciativa privada os aeroportos de Guarulhos (SP); Viracopos, em Campinas
(SP); e Braslia. J em 2013, foram privatizados Galeo (RJ) e Confins (MG).
A recente aprovao da Lei n 12.815/2013 - novo marco regulatrio do
setor porturio considerado importante passo para alavancar investimentos
privados no setor e modernizar a infraestrutura porturia brasileira. O Governo
Federal anunciou a privatizao dos portos de Santos, em So Paulo, e de
Santarm, Outeiro, Vila do Conde, Belm e Miramar, no Par. Em julho de
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2013, concedeu iniciativa privada cinqenta reas para a construo de novos
terminais porturios.
Em agosto de 2012, lanou o programa de concesses de rodovias e
ferrovias, cuja meta para as rodovias conceder dez trechos de rodovias
federais. J foram leiloadas a BR-050 - Gois e Minas Gerais, BR-163/Mato
Grosso, BR-163/Mato Grosso do Sul, BR-060/153/262/Distrito Federal /Gois
/Minas Gerais, BR-040/Distrito Federal /Gois/Minas Gerais e BR-
153/Tocantins/Gois. Para os prximos meses, est nos planos do governo a
privatizao da BR-116/Minas Gerais, BR-101/Bahia, e BR-262/Esprito
Santo/Minas Gerais.
8) (IADES/CAU RJ/2014 AGENTE DE FISCALIZAO) No final de
2013, o governo federal realizou leilo para a concesso de quais
aeroportos brasileiros?
(A) Galeo, no Rio de Janeiro, e Confins, em Minas Gerais.
(B) Viracopos e Guarulhos, em So Paulo.
(C) Juscelino Kubistchek, em Braslia, e Dois de Julho, na Bahia.
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(D) Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e Congonhas, em So Paulo.
(E) Todos os aeroportos localizados nas regies Norte e Nordeste.
COMENTRIOS:
Em 2012, o Governo Federal passou para as mos da iniciativa privada os
aeroportos de Guarulhos (SP); Viracopos, em Campinas (SP); e Braslia. J em
2013, foram privatizados Galeo (RJ) e Confins (MG).
Gabarito: A
11.1 Matriz de transporte
A matriz de transporte de um pas o conjunto dos meios de circulao
usados para locomover mercadorias e pessoas. Como o transporte de carga
um dos problemas bsicos da economia, principalmente dele que tratamos
quando se fala do assunto. Uma matriz adequada a que consegue equacionar
as distncias a serem cobertas com as exigncias econmicas e sociais.
Uma matriz de transporte eficiente permite deslocar cargas no menor
tempo e com o menor preo. Em um pas de territrio extenso, seu
planejamento e estruturao so complexos, pois a infraestrutura de
transportes exige muito investimento, uma combinao de diversos meios e
previso das necessidades futuras.
Pas de dimenso continental, que movimenta mercadorias internamente
e exporta grande volume de gros e minrios produzidos em reas distantes do
litoral, o Brasil necessita usar as vrias modalidades de transporte, de forma
equilibrada. Mas no isto que ocorre. Em 2011, a maior parte do transporte
de carga do pas (52%) foi feita por rodovias, 30% por ferrovias, 13% por
hidrovias e cabotagem (transferncia entre portos martimos).
O principal resultado do desequilbrio da matriz de transporte brasileira
o alto custo nacional do transporte de carga. Por exemplo, para
transportar soja por hidrovia paga-se um tero do que gasto via ferrovia, e
um quinto do necessrio para lev-la por estradas. Como as grandes plantaes
de soja do Brasil esto longe do litoral e h falta de ferrovias e hidrovias, a
maioria dos produtores de soja tem de pagar o transporte por longos trajetos
de caminhes, deixando boa parte dos seus ganhos com a transportadora.
Um estudo do Ministrio dos Transportes adverte que nossos dois
principais concorrentes nas exportaes agrcolas, Argentina e Estados Unidos,
conseguem custos menores de transporte. Os argentinos porque possuem boa
cobertura ferroviria em um territrio menor, com estradas mais curtas, o que
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resulta em custo e preo menor. Os norte-americanos porque usam
intensivamente ferrovias e hidrovias.
O impacto do custo elevado do transporte recai sobre o custo dos
produtores, das empresas e das mercadorias. Por isso, encarecem tanto o preo
dos produtos vendidos dentro do pas quanto aqueles que exportam, e a
reduo desses custos importante para a melhoria da economia.
O governo planeja melhorar a infraestrutura de transportes, com metas
definidas no Plano Nacional de Logstica de Transportes. O plano define os
investimentos necessrios em vinte anos (2005-2025), para buscar maior
equilbrio na matriz. Para isso, prev ampliar o uso das ferrovias e das
hidrovias, alm das mudanas em portos e aeroportos. Vejas nos grficos a
seguir:
Evoluo recente da distribuio de transporte de cargas no pas e
planejada para 2025
Fonte: Ministrio dos Transportes Plano Nacional de Logstica de Transportes
12. Energia
Para falarmos de energia, temos que falar da matriz energtica.
Humm... O que isto?
Matriz energtica o conjunto dos recursos de energia de uma
sociedade ou regio e as formas como eles so utilizados. Uma matriz de
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energia divide-se principalmente em energia renovvel (que podemos repor) e
no renovvel (que se esgota). Os energticos so as fontes primrias
(petrleo, carvo mineral, gua, lenha, cana-de-acar, ventos) e fontes
secundrias, derivadas das primrias (gasolina e leo diesel, eletricidade,
lcool). Os setores de consumo so transporte, indstria, agricultura, comrcio
e residncias.
Matriz energtica brasileira
Oferta interna de energia, % de participao de cada fonte primria no total
Fonte: EPE e Agncia Internacional de Energia
O Brasil tem a matriz energtica mais equilibrada entre as grandes
naes. De acordo com o Balano Energtico Nacional, 2012, 44,1% da energia
usada pelos brasileiros vem de fontes renovveis, como a gua e a cana-de-
acar, e o restante, 55,9%, de fontes no renovveis, principalmente petrleo
e gs natural. A mdia mundial de uso de energias renovveis, segundo
relatrio da Agncia Internacional de Energia, de apenas 13,2%, e a mdia
cai para 7,6% entre os 30 pases da Organizao para a Cooperao e o
Desenvolvimento Econmico (OCDE), que agrupa as naes mais ricas do
mundo.
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Matriz energtica e produo de energia eltrica no so a mesma coisa.
A primeira refere-se ao total da energia consumida no pas, nas suas diferentes
fontes. A segunda refere-se somente produo de energia eltrica.
No grfico abaixo, extrado do relatrio Resenha Energtica Brasileira
Resultados Preliminares de 2011, do MME, verificamos que 75,4 % da
oferta de energia eltrica no Brasil provem de usinas hidroeltricas, seguida por
trmicas (gs, carvo, derivados de petrleo e biomassa), nuclear e elica,
alm de uma pequena quantia de importao.
Oferta Interna de Energia Eltrica - 2011
Fonte: Ministrio das Minas e Energia
Com a quinta populao mundial para atender, espalhada no quinto maior
territrio, a infraestrutura para produzir e oferecer energia prioritria para
que o pas no pare. O Governo Federal investe pesado para aumentar a
produo interna e garantir a oferta, mas a situao recente destoa dos
progressos que haviam sido anunciados. Trs grandes reas chamam a ateno
no pas na busca pela produo de energia.
12.1 Eletricidade
Em 2012 e em 2013, houve blecautes de eletricidade na regio Norte,
Centro-Oeste e Nordeste. Alguns apages afetaram vrios estados
simultaneamente. Segundo o Ministrio das Minas e Energia, foram provocados
por eventos naturais, como vendavais, por falhas tcnicas e pelo
envelhecimento da rede de distribuio.
Dentro dos projetos de aumento da oferta de energia esto sendo
construdas novas usinas hidreltricas. A Amaznia a regio que possui o
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maior potencial hdrico ainda inexplorado e onde as construes causam
maiores polmicas.
A construo da usina de Belo Monte, no Rio Xingu, perto do Parque
Nacional do Xingu (PA), a que provoca mais crticas e protestos. As obras tm
sido paralisadas por ocupaes e crticas de povos indgenas e ambientalistas
contrrios a construes de grandes represas na Amaznia legal, em razo dos
impactos sobre fauna e flora e na vida dos ndios.
12.2 lcool combustvel
A produo e venda acelerada de carros flex bicombustveis, a partir de
2003-2004, fez diminuir a dependncia da gasolina e era saudada como mais
um exemplo brasileiro de alternativa energtica, limpa e renovvel. Porm,
desde 2009 o consumo cai continuamente e j diminuiu 40%.
Interferindo diretamente na Petrobrs, o Governo Federal mantm sob
controle nos ltimos anos, o preo da gasolina e do diesel. A empresa importa
esses produtos e os vende no mercado interno abaixo do preo que paga aos
fornecedores. O resultado um prejuzo de bilhes de dlares, que tem elevado
a dvida e afetado a capacidade de investimento da estatal.
No mesmo perodo, os custos de produo do etanol subiram e tornaram
o preo do etanol hidratado pouco competitivo (ele deve ser pelo menos at
30% mais barato que a gasolina para ser competitivo). Consequncia: a venda
do etanol hidratado nos postos despencou.
Produo e venda de etanol hidratado, em bilhes de litros
Crdito: Unica/ANP
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12.3 Petrleo
O pas alcanou a autossuficincia em petrleo em 2006. A descoberta
das gigantescas jazidas de petrleo na camada pr-sal do litoral, no ano
seguinte, acenava com uma autossuficincia duradoura. Mas durou pouco, em
2008 o Brasil perdeu a autossuficincia. Nesse mesmo ano, a Petrobras iniciou
a extrao de petrleo da camada pr-sal.
A discusso no Congresso da lei de redistribuio dos royalties de petrleo
entre os estados e a Unio, dentro da nova legislao criada para a riqueza do
pr-sal, estendeu-se durante cinco anos. Isso levou o governo a suspender os
leiles para licitar poos do pr-sal. Os leiles permitiriam acelerar a formao
de consrcios entre petroleiras estrangeiras e a Petrobrs, para investir em
plataformas, e na abertura de poos. Durante todos estes anos, a Petrobrs
investiu sozinha na explorao do pr-sal.
Ao mesmo tempo, cresceram as vendas de novos veculos e tambm o
consumo de gasolina nos postos, do querosene na aviao, da nafta e leo
combustvel na indstria e do gs domstico. A produo total da empresa
diminuiu nos ltimos trs anos 2011 a 2013. A Petrobrs tem como meta
colocar em operao sete novas plataformas de extrao ao longo deste ano,
com isto espera recuperar o volume de produo em 2014.
12.3.1 Retomada dos leiles de petrleo
At 1953, qualquer empresa estrangeira poderia explorar petrleo no
Brasil. Com a campanha O petrleo nosso, o ouro negro virou monoplio
estatal. Assim, de 1953 a 1998 somente a Petrobrs extraia petrleo no Brasil.
A comercializao de derivados do petrleo era e continua livre, mas a extrao
ficou sendo monoplio estatal. Em 1998, no governo FHC o monoplio estatal
foi quebrado e a extrao voltou a ser livre por meio de concesso, pelo
mecanismo de leiles organizados pela Agncia Nacional de Petrleo, Gs
Natural e Biocombustveis (ANP).
No regime de concesso as empresas vencedoras dos leiles ganham o
direito de explorar o poo por determinado perodo. Por sua vez, o Estado
brasileiro recebe o valor do lance vencedor do arrendamento, os impostos e os
royalties. Nesse regime todo o petrleo extrado fica com a empresa vencedora
do leilo.
Em 2007, foi anunciada a descoberta do pr-sal. Diante deste novo fato,
foi aprovada no ano de 2010, uma nova legislao de extrao de petrleo. A
extrao continua livre, via concesso, por meio de um novo regime o de
partilha. Por esse regime, o Estado brasileiro recebe o valor do bnus de
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assinatura, os impostos, os royalties e mais um percentual do leo extrado.
Pela nova lei, a Petrobrs ser a operadora de todos os poos do pr-sal com o
mnimo de 30% de participao.
Aps cinco anos de interrupo, a Agncia Nacional de Petrleo (ANP)
realizou em maio de 2013, a 11 Rodada de Licitaes com a oferta de blocos
de petrleo e gs em terra e no mar. Em outubro, foi licitado o campo gigante
de Libra, considerado o fil mignon do pr-sal, com reservas recuperveis de
8 a 12 bilhes de barris de petrleo. A 12 Rodada de Licitaes foi realizada
em novembro e ofertou blocos exploratrios em terra e no mar, para a
explorao de gs natural, petrleo e petrleo de xisto.
O leilo de Libra foi o primeiro pelo regime de partilha. As grandes
empresas americanas e britnicas no se candidataram. Somente um consrcio
participou do leilo e saiu-se vencedor oferecendo o lance mnimo 15 bilhes
de reais de bnus de assinatura e o percentual de 41,65% do leo extrado. O
consrcio composto pela Petrobrs, Shell, Total e as chinesas CNOOC e CNPC.
O leilo foi realizado em meio a uma polmica, segmentos nacionalistas
protestaram dizendo que o petrleo do pr-sal foi entregue a preo de banana
ao setor privado internacional.
O pr-sal uma camada no subsolo marinho, que armazena petrleo
abaixo de uma grossa camada de sal, a cerca de 7 km abaixo da superfcie do
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mar. Fica a uma distncia mdia de 300 km do litoral, em uma faixa de 200 km
de largura e 800 km de extenso, que vai do Esprito Santo a Santa Catarina
(veja mapa abaixo). As reservas j conhecidas alcanam 31 bilhes de barris de
petrleo, podendo conter at 87 bilhes de barris.
A Petrobrs detm a tecnologia mais avanada do mundo em explorao
de guas profundas, porem a produo do Pr-sal tem exigido uma revoluo
no setor. O Brasil est desenvolvendo novas tecnologias de explorao
petrolfera e conta com uma mo de obra altamente qualificada. Com vistas a
atender a demanda de ampliao de postos de trabalho, a Petrobrs e outras
empresas qualificaro 285 mil trabalhadores nos prximos cinco anos.
O xisto uma rocha, de onde possvel extrair petrleo e gs. At 2006
os mtodos disponveis para extrair combustveis da rocha eram muito caros.
Naquele ano empresas de petrleo e gs norte-americanas comearam a
utilizar uma nova tecnologia o fraturamento hidrulico o que faz a produo
de petrleo de xisto crescer aceleradamente no mundo.
O petrleo e gs natural de xisto esto contribuindo para a recuperao
econmica dos Estados Unidos. O processo produtivo bem mais barato do que
o convencional. A China, Estados Unidos e a Argentina possuem as maiores
reservas mundiais de petrleo e gs de xisto recuperveis. O Brasil o dcimo
colocado.
9) (VUNESP/POLCIA CIVIL SP/2014 OFICIAL ADMINISTRATIVO) A
presidente Dilma Rousseff negou, na noite desta segunda--feira
(21.10.2013), que o leilo do Campo de Libra, sob o regime de partilha,
represente uma privatizao. Em pronunciamento de oito minutos em
rede nacional de rdio e televiso, ela afirmou que 85% de toda a
renda gerada ficar com a Unio e que as empresas parceiras tero
seus lucros, compatveis com os riscos que correro.
(http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/10/e-bem-diferente-de--privatizacao-
afirma-dilma-sobre-leilao.html. Adaptado)
No pronunciamento, a presidente referia-se ao leilo
(A) do petrleo do pr-sal.
(B) das ferrovias nordestinas.
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(C) das estradas da soja.
(D) da reserva de bauxita, no Par.
(E) do porto de Santos
COMENTRIOS:
A presidenta Dilma se referia ao leilo do petrleo do pr-sal. O campo de
Libra foi o primeiro a ser licitado pelo novo regime de explorao o regime de
partilha.
Gabarito: A
12.3.2 Definida a distribuio dos royalties
Royalty a parte dos recursos obtidos com a explorao do petrleo
destinada aos governos federal, estaduais e municipais. Pela legislao anterior,
os estados e os municpios produtores recebiam 52,5% do total de royalties.
Dada a magnitude das reservas do pr-sal, o Congresso aprovou uma
distribuio mais igualitria dos royalties do petrleo extrado no pas. Mas essa
nova partilha ser julgada pelo STF.
Vejamos como ficou a distribuio:
Fonte: Congresso Nacional
O Congresso Nacional tambm aprovou, e o governo sancionou em lei,
que 75% das receitas especiais e royalties de todo o petrleo e gs da Unio
produzidos no pr-sal iro para a educao e 25% para a sade. Os royalties de
estados e municpios com comercializao declarada a partir de dezembro de
2012 tambm seguiro essa diretriz legal.
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10) (VUNESP/POLCIA CIVIL SP/2014 OFICIAL ADMINISTRATIVO)
Em setembro de 2013, foi publicada a Lei dos Royalties, legislao que
obriga o governo federal, os estados e os municpios a aplicar parte dos
recursos obtidos pela produo de petrleo, em duas reas especficas:
(A) o transporte e o trabalho.
(B) a energia e a cultura.
(C) as comunicaes e a previdncia.
(D) a cincia e o transporte.
(E) a educao e a sade.
COMENTRIOS:
Pela nova Lei dos Royalties, 75% das receitas especiais e royalties de
todo o petrleo e gs da Unio produzidos no pr-sal iro para a educao e
25% para a sade. Os royalties de estados e municpios com comercializao
declarada a partir de dezembro de 2012 tambm seguiro essa diretriz legal.
Gabarito: E
13. Brasil stima maior economia do mundo
Em 2011, o Brasil ultrapassou o Reino Unido, tornando-se a sexta maior
economia do mundo. Perdeu o posto um ano depois, 2012, devido ao
fraqussimo crescimento do PIB, voltando posio de stima maior economia
do mundo.
RANKING DAS MAIORES ECONOMIAS MUNDIAIS
(PIB nominal em 2012)
1 Estados Unidos
2 China
3 Japo
4 Alemanha
5 Frana
6 Reino Unido
7 Brasil
8 Rssia
9 Itlia
10 ndia
Fonte: Fundo Monetrio Internacional (FMI)
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O Brasil no contexto da crise econmica mundial
A crise econmica mundial atingiu o Brasil, cujo principal impacto foi a
desacelerao da atividade econmica, refletida no fraco crescimento do PIB.
Diferentemente do ocorrido em outros pases, no Brasil, a crise no provocou
problemas relevantes nas finanas pblicas, no abalou o sistema financeiro do
pas e no gerou crise cambial.
Para enfrentar a crise o governo brasileiro adotou uma srie de medidas
de estimulo ao consumo interno, tais como o corte seletivo de impostos, maior
oferta de crdito, programas de apoio e de estmulo economia e reduo das
taxas de juros.
Economia brasileira busca recuperao
A economia brasileira cresceu 2,3% em 2013, num desempenho
bem melhor do que o 0,9% registrado em 2012. O setor com maior
participao na composio da riqueza nacional o de servios, representando
69,4% do PIB, seguido pela indstria representando 24,9% e a
agropecuria que representa 5,7%. O PIB do Brasil ficou, porm, abaixo
do crescimento mundial de 2013, estimado em 2,9% pelo Fundo Monetrio
Internacional.
Inflao alta
Inflao a elevao dos preos de produtos e servios, que resulta na
diminuio do valor de compra do dinheiro. A inflao sempre existiu, mesmo
com ndices muito pequenos. Quando o indicador negativo, chama-se
deflao.
Uma inflao elevada e contnua desorganiza a economia ao alterar o
valor do dinheiro, elemento central do sistema econmico. A inflao atinge
mais duramente quem no possui formas fceis para corrigir seus ganhos,
como os assalariados.
O tormento da inflao incomodou durante muito tempo a vida nacional.
O Brasil viveu uma situao de inflao em alta no decorrer da dcada de 1980,
at desaguar numa hiperinflao acima de 900% ao ano a partir de 1988.
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Isso significa que os preos estavam se multiplicando mais de dez vezes a cada
perodo de 12 meses.
O Plano Real, em julho de 1994, derrubou a taxa de inflao. Desde
ento, sua variao acontece em patamares reduzidos.
O Brasil adota o regime de metas anuais de inflao, estabelecida pelo
Banco Central, que para persegui-la, adota vrias polticas, entre as quais o
controle da taxa bsica de juros. A meta oficial dos ltimos anos tem sido de
4,5% ao ano, podendo variar dois pontos percentuais para cima ou para baixo
de 2,5% a 6,5%.
Em 2010, pela primeira vez - desde que o Banco Central passou a
trabalhar com o regime de metas de inflao - a taxa ultrapassou o centro da
meta fixada de 4,5% ao ano, chegando a 5,92% naquele ano. Em 2013, a
inflao, medida pelo ndice de Preos ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de
5,91%. O aumento do consumo e a elevao dos preos dos alimentos so os
principais fatores para explicar a alta da inflao.
Juros e taxa de cmbio
A taxa de juros um instrumento para controlar a inflao e estimular a
economia: quanto mais alta, mais caro fazer emprstimos, o que freia o
consumo. Na outra ponta, juros mais baixos ajudam a aquecer a economia. Em
janeiro deste ano, a taxa estava em 10,75% ao ano, nvel do incio do
Governo da presidenta Dilma Rousseff.
A taxa de cmbio o valor de troca da moeda nacional por outras
moedas, e afeta o comrcio exterior. Se o real vale pouco, as mercadorias
ficam mais baratas para exportao; se o real se valoriza, nossos produtos
ficam mais caros, mas fica mais barato importar. O ano de 2013 foi marcado
pela desvalorizao do cmbio, ou seja, por constantes altas do dlar em
relao ao real, com a moeda norte-americana subindo em relao
brasileira.
Trabalho, emprego e renda
A concentrao de renda a distribuio desigual de rendimentos entre
os estratos da populao. No Brasil, historicamente, a renda muito
concentrada numa pequena elite. Desconcentrar a renda um fator
determinante para desenvolver a economia e alcanar a justia social.
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No Brasil, a concentrao da renda est diminuindo. De 1994 a
2010, caiu em 67% o nmero de pobres no Brasil. Essa melhora resultado da
valorizao do salrio mnimo e de programas como o Bolsa Famlia. Os
indicadores, porm, ainda so insatisfatrios: em 2010, mais da metade das
famlias detinha uma renda mensal per capita mxima de apenas um salrio
mnimo.
O ndice de Gini mede a concentrao de renda em nveis mundiais. O
valor varia de zero (a igualdade perfeita) a 1 (a desigualdade mxima). No
Brasil, de 0,507 (2012).
A concentrao de renda no pas tem razes histricas: a
concentrao de terras nas mos de poucos, que provoca pobreza no campo e o
xodo para as cidades; a industrializao no Sudeste e no Sul, que concentrou
a riqueza e a renda; e um sistema injusto de impostos.
Segundo dados da PME, em abril de 2014, a taxa de desemprego no
Brasil foi de 5,1% e o rendimento mdio de R$ 2.028,00, ante R$ 2.040,00 do
ms anterior. Pela PNAD Contnua, a taxa de desemprego ficou em 7,1%
no primeiro trimestre de 2014, acima dos 6,2% do ltimo trimestre de 2013.
Para o ano de 2014, o salrio mnimo de R$ 724,00.
Balana comercial brasileira
A balana comercial o conjunto de tudo o que o pas exporta e
importa em um ano. A soma desses valores o total do comrcio exterior
nacional. J o saldo da balana comercial o resultado do valor exportado
retirando-se o valor importado. Quando o pas vende mais do que compra no
exterior, consegue um saldo positivo: o supervit da balana comercial.
Quando o resultado negativo, d-se o nome de dficit.
O Brasil registra nos ltimos dez anos, um crescimento consistente de sua
participao no mercado mundial (nas exportaes e nas importaes). O pas
registrou supervits contnuos anuais durante toda a dcada passada, mas
esses supervits esto diminuindo nos anos recentes. Em 2013, o pas registrou
o menor supervit desde o ano 2000.
O fraco desempenho da balana comercial brasileira em 2013 se deve
principalmente combinao de uma queda da produo nacional de petrleo e
derivados e do aumento do consumo de combustveis no pas, o que reduziu as
exportaes e elevou as importaes desses produtos. Tambm tem relao
com a crise financeira internacional - que diminui as exportaes brasileiras.
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Mercados para os quais tradicionalmente o Brasil exporta muito ainda esto
com demandas desaquecidas.
As exportaes brasileiras so altamente dependentes de fatores
externos. Mais de 70% das exportaes so compostas por commodities
mercadorias que o Brasil no detm qualquer controle sobre suas cotaes
internacionais, e muito menos sobre as quantidades a serem exportadas.
Commodities so mercadorias produzidas em grande quantidade, por
um nmero significativo de produtores e com qualidade uniforme, ou seja, sem
significativas distines em suas caractersticas. As commodities tradicionais
so produtos agrcolas, como trigo, soja, suco de laranja congelado e boi gordo,
e produtos minerais, como petrleo, ao e ouro. Esses produtos bsicos so
negociados por volume em bolsas de mercadorias. Os seus preos so
determinados por sua oferta e procura no mercado mundial.
A China o principal parceiro comercial do Brasil, ultrapassou os Estados
Unidos, que caiu para a segunda posio. A sia tornou-se o principal mercado
parceiro, ultrapassando a Unio Europeia como mercado fornecedor
(importaes) e a Amrica Latina como principal mercado comprador
(exportaes).
Indstria
A indstria o segundo setor gerador de riquezas do produto interno
bruto (PIB), depois de servios. Produz os bens de maior valor monetrio, atrai
investimentos estrangeiros e cria grande quantidade de empregos.
A indstria brasileira cresceu na dcada pass