UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOFÍSICA
GEO213 � TRABALHO DE GRADUAÇÃO
ASSINATURA TÉRMICA DE ROCHAS
ÍGNEAS PLUTÔNICAS E
ORTODERIVADAS DA REGIÃO
NORDESTE DO BRASIL
AUGUSTO CESAR BORGES CARVALHO
SALVADOR � BAHIA
ABRIL � 2013
Assinatura Térmica de Rochas Ígneas Plutônicas e Ortoderivadas da Região
Nordeste do Brasil
por
Augusto Cesar Borges Carvalho
Orientador: Prof. MC. Joaquim Xavier Cerqueira Neto
Coorientador: MC. Ariston de Lima Cardoso
GEO213 � TRABALHO DE GRADUAÇÃO
Departamento de Geologia e Geofísica Aplicada
do
Instituto de Geociências
da
Universidade Federal da Bahia
Comissão Examinadora
MC. Joaquim Xavier C. Neto - Orientador
MC. Ariston de L. Cardoso - Coorientador
Dra. Susana Silva Cavalcanti
Data da aprovação: 05/04/2013
� ... Junte suas forças, e clame a DeusEle escuta a voz do seu fraco coraçãoEu não tinha nada, e agora eu tenho vidaUma história linda escrita pelo dedo de Deus...�
Thalles Roberto
Dedico esse trabalho a minhaquerida e amada avó,
Ivone de Oliveira Borges
RESUMO
No presente trabalho, requisito para obtenção do grau de Bacharel em Geofísica pelaUniversidade Federal da Bahia, foram apresentadas, discutidas e determinadas as proprie-dades térmicas de rochas ígneas plutônicas, e ortoderivadas da Região Nordeste do Brasil.Nesse estudo foram analisadas 149 amostras, a�orantes, localizadas numa faixa de aproxi-madamente 60 km rente a linha litorânea dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba ePernambuco. Estas amostras foram coletadas durante o projeto Geoterm-NE (2004).
O intervalo das propriedades térmicas variou 1,64 a 3,53 W.m−1.K−1 para a condutivi-dade térmica, 0,91 a 1,59 m2.s−1 para a difusividade térmica, e 1,62 a 2,27 J.kg−1.K−1 paraa capacidade térmica volumétrica das rochas estudadas.
Foram realizadas correlações entre propriedades térmicas e aspectos petrográ�cos, mi-neralógicos e geoquímicos com intuito fundamental de elucidar o comportamento térmicodessas rochas. Os resultados podem ser úteis no entendimento de �uxos térmicos regionais.
A correlação linear entre mineralogia e condutividade térmica revelou uma relação posi-tiva do aumento da condutividade térmica em função do aumento da percentagem de quartzoe diminuição com o aumento de minerais má�cos.
Quanto à correlação dos dados das propriedades térmicas com os de geoquímica foramcon�rmados os resultados encontrados na mineralogia. Este comportamento foi veri�cadoprincipalmente com o SiO2. Neste caso nota-se uma correlação similar à observada com oquartzo, ou seja, aumento da condutividade térmica com o incremento de SiO2.
Os resultados mostram que existe uma relação entre parâmetros físicos (condutividadetérmica, por exemplo) e mineralógicos na caracterização petrofísica de rochas.
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ABSTRACT
In this work, a prerequisite for obtaining the Bachelor's degree in Geophysics from theFederal University of Bahia, were presented, discussed and determined the thermal propertiesof plutonic igneous rocks, and orthoderivades the Northeast of Brazil. In this study weanalyzed 149 samples, outcrop, located in a strip approximately 60 km shoreline close to thestates of Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco and Paraíba. These samples were collectedduring the project Geoterm-NE (2004).
The range of thermal properties ranged from 1.64 to 3.53 W.m−1.K−1 for the thermalconductivity from 0.91 to 1.59 m2.s−1 for the thermal di�usivity, and 1.62 a 2.27 J.kg−1.K−1
for the volumetric heat capacity of the rocks studied.
Correlations were made between thermal properties and aspects petrographic, miner-alogical and geochemical studies aiming to elucidate the fundamental thermal behavior ofthese rocks. The results can be useful in understanding thermal �ow regions.
The linear correlation between mineralogy and thermal conductivity showed a positivecorrelation of increased thermal conductivity due to the higher proportion of quartz anddecrease with increasing ma�c minerals.
The correlation of the data of the thermal properties with the geochemical were con-�rmed in the results found of mineralogy. This behavior was observed mainly with the SiO2.In this case it is observed a correlation similar to that seen with the quartz, or increase inthermal conductivity with increasing SiO2.
The results show that there is a relationship between physical parameters (thermalconductivity, for example) and mineralogical characterization of rock petrophysical.
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ÍNDICE
RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iii
ABSTRACT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iv
ÍNDICE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v
ÍNDICE DE TABELAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vii
ÍNDICE DE FIGURAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . viii
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
CAPÍTULO 1 Fundamentação Teórica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41.1 Transporte de calor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41.2 Fluxo de calor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51.3 Propriedades Térmicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.3.1 Condutividade Térmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71.3.2 Difusividade Térmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121.3.3 Calor Especí�co . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131.3.4 Capacidade Térmica Volumétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
CAPÍTULO 2 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152.1 Métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.1.1 Método de Regime Estacionário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152.1.2 Método de Regime Dinâmico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.2 Aparelho de Medidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162.3 Técnicas de Medidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.3.1 Determinação da Densidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172.3.2 Análise Sólida de Rocha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182.3.3 Análise Microscópica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
CAPÍTULO 3 Resultados e Discussões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213.1 Distribuição das Amostras de Rochas no Diagrama Ternário AQP . . . . . . 223.2 Descrição Estatística dos Parâmetros Térmicos . . . . . . . . . . . . . . . . . 233.3 Intervalos Característicos das Propriedades Térmicas e de Massa dos Litotipos
Estudados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
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3.4 Propriedades Térmicas no Diagrama Ternário AQP . . . . . . . . . . . . . . 313.5 Correlações Microscópicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 353.6 Análise Geoquímica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 383.7 Análise Modal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
CAPÍTULO 4 Conclusões Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
APÊNDICE A Amostras, código de unidade geológica, litologia, coor-
denadas das amostras, densidade, propriedades térmicas 47
APÊNDICE B Amostra e sua análise mineralógica micropetrográ�ca . . 59
APÊNDICE C Amostras, condutividade térmica aferida em laboratório
e condutividade térmica calculada via análise modal . . . 70
Referências Bibliográ�cas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
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ÍNDICE DE TABELAS
1.1 Condutividade térmica de materiais, minerais e rochas (300 K e 1atm). Adap-tado de Buntebarth (1984), Fowler, (1990) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.2 Condutividade térmica por vários autores para alguns dos principais mineraisformadores de rochas, segundo Beardsmore e Cull (2001). . . . . . . . . . . . 10
1.3 Difusividade térmica para alguns materiais e tipos rochosos. Adaptado Bun-tebarth (1984), Schon, (1996). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.4 Calor especí�co de alguns materiais rochosos. Buntebarth (1984). . . . . . . 14
A.1 Amostra, código da unidade geológica, litologia, localização, densidade, pro-priedades térmicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
B.1 Amostras e suas análises mineralógicas micropetrográ�cas. . . . . . . . . . . 69
C.1 Amostra, condutividade térmica aferida em laboratório e condutividade tér-mica calculada via análise modal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
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ÍNDICE DE FIGURAS
1.1 Condutividade térmica das principais classes minerais (300 K, 1 atm). Modi-�cado Kobranova (1989). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.1 Analisador Quickline TM-30 na medida de propriedades térmicas vendo-se osensor sobre a amostra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2 Picnômetro de água vendo-se uma amostra no interior do cilindro transparentee a densidade da amostra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.3 Várias fases de evolução para construção de uma lâmina delgada. A � Amostrade mão de onde foi cortada uma esquírola; B � Esquírola de rocha (cerca de0.5 cm de espessura) e lâmina de vidro onde vai ser colada a esquírola; C �Colagem da esquírola à lâmina de vidro; D � Amostra já colada na lâminade vidro; E � Amostra já depois de ser desgastada; F � Lâmina delgada já�nalizada, depois de polida e com lamela de vidro já colada; G � Lâminapolida já �nalizada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.1 Diagrama ternário AQP das rochas com a distribuição das amostras. . . . . 223.2 Representação dos dados estatísticos - Condutividade Térmica. . . . . . . . . 243.3 Representação dos dados estatísticos - Difusividade Térmica. . . . . . . . . . 253.4 Representação dos dados estatísticos - Capacidade Térmica. . . . . . . . . . 263.5 Representação dos dados estatísticos - Calor Especí�co. . . . . . . . . . . . . 273.6 Valores de condutividade térmica média para os diferentes litotipos analisados. 283.7 Valores de difusividade térmica média para os diferentes litotipos analisados. 293.8 Valores da densidade para os diferentes litotipos analisados. . . . . . . . . . 293.9 Valores de capacidade térmica volumétrica média para os diferentes analisados. 303.10 Valores de calor especí�co para os diferentes litotipos estudados. . . . . . . . 303.11 Ternário das rochas AQP e valores de condutividade térmica. . . . . . . . . . 313.12 Ternário das rochas AQP e valores de difusividade térmica. . . . . . . . . . . 323.13 Ternário das rochas AQP e valores de capacidade térmica volumétrica. . . . 323.14 Ternário das rochas AQP e valores de calor especí�co. . . . . . . . . . . . . . 333.15 Diagrama QAP e Sentido de aumento da condutividade térmica. . . . . . . . 343.16 Diagrama ternário para rochas plutônicas com parâmetros de condutividade
térmica e conteúdo mineralógico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 353.17 Relação das propriedades térmicas versus percentual de quartzo das amostras. 363.18 Relação das propriedades térmicas versus percentual de plagioclásio das amostras. 363.19 Relação das propriedades térmicas versus percentual de k-feldspatos das amostras. 37
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3.20 Relação das propriedades térmicas versus percentual de má�cos das amostras. 373.21 Condutividade Térmica versus Teor de SiO2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 393.22 Condutividade Térmica versus Teor de Na2O3. . . . . . . . . . . . . . . . . . 393.23 Condutividade Térmica versus Teor de K2O. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 403.24 Condutividade Térmica versus Teor de Al2O3. . . . . . . . . . . . . . . . . . 403.25 Condutividade Térmica versus Teor de CaO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 413.26 Condutividade Térmica versus Teor de Fe2O3. . . . . . . . . . . . . . . . . . 413.27 Condutividade Térmica versus Teor de FeO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 423.28 Condutividade Térmica versus Teor de MgO. . . . . . . . . . . . . . . . . . 423.29 Condutividade Térmica versus Teor de MnO. . . . . . . . . . . . . . . . . . 433.30 Condutividade Térmica versus Teor de TiO2. . . . . . . . . . . . . . . . . . 433.31 Condutividade Térmica aferida em Laboratório versus Condutividade Tér-
mica calculada via Análise Modal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
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INTRODUÇÃO
Estudar e compreender o calor, bem como seus meios de transmissão, e os efeitosassociados sobre o meio geológico, é dar, sem sombra de dúvidas, um grande passo noentendimento do planeta Terra.
O calor é o grande combustível que alimenta os processos geológicos, sendo responsávelpor construir e reconstruir o planeta junto à ação do clima e da erosão.
A Terra é um planeta geologicamente ativo. Sismos, cadeias de montanhas, riftemamen-tos, e vulcões são apenas alguns dos testemunhos evidentes dessa atividade, sendo resultantesde tensões internas e do geotermismo terrestre.
O estudo das propriedades térmicas é indispensável para o entendimento geodinâmicodo interior do nosso planeta. Figueiredo (2006) ressalta que embora haja consenso sobrea relevância dessas grandezas, só a partir do século XX ganhou notoriedade e importân-cia com estudos e pesquisas patrocinados em especial pela indústria do petróleo. A áreade geofísica, incentivada por todo esse contexto, desenvolveu-se enormemente mostrandograndes avanços nos métodos diagnósticos das propriedades entre eles a termometria. Taispesquisas procuravam fornecer informações mais precisas sobre os litotipos, principalmenteos de origem sedimentar, sempre tendo como objetivo �nal a melhor caracterização possíveldos reservatórios.
Segundo Beardsmore e Cull (2001) o conhecimento das propriedades térmicas de rochasé importante em estudos quantitativos tectônicos e de modelagem da evolução de baciassedimentares. Nestas, o conhecimento dos parâmetros térmicos das rochas que compõema bacia e seu embasamento são essenciais para caracterizar a história geológica da bacia eavaliar a possibilidade de ela ter gerado hidrocarbonetos.
O calor aprisionado no interior da Terra, e que aos poucos vai sendo liberado para asuperfície terrestre e posteriormente sendo perdido para o espaço, teve sua origem em trêsfontes principais: � dos choques violentos de planetesimais e de corpos maiores com a Terra,(ainda num estágio inicial da evolução do planeta); nestas colisões a energia cinética doscorpos era transformada em energia térmica, � pela desintegração de elementos radioativoscom a emissão de partículas subatômicas, estas quando absorvidas pela matéria do entornohavia a transformação da sua energia de movimento em calor e, � do processo de contraçãogravitacional aumentado à temperatura interna do planeta.
A variação de temperatura tanto espacial quanto temporal é uma das mais importantes
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propriedades físicas da Terra. As diferentes temperaturas são o resultado de heterogeneidadeslaterais e verticais em pequena escala ou na escala da Terra como um todo. A tendência deequilíbrio destas diferenças é regida pelo transporte de calor (Teixeira et al., 2009) de duasformas principais: condução térmica através do interior da crosta e convecção térmica nomanto e no núcleo. Uma terceira forma de transmissão de calor se dá por radiação térmica.
Estudo sobre relações entre propriedades térmicas e outras propriedades petrofísicas dasrochas, assim como sua dependência com características geológicas e com as condições detemperatura e pressão a que estão submetidas, foram discutidas por diversos autores (Jesus,2004; Clausier e Huenges, 1995; Seipold e Huenges, 1998).
Utilizando amostras de rochas cristalinas, ígneas e ortoderivadas, realizamos medidasdiretas e indiretas de diversas propriedades físicas como condutividade térmica, difusividadetérmica, calor especí�co, capacidade térmica e densidades com suas respectivas lâminas del-gadas, onde construímos uma análise micropetrográ�ca dos minerais constituintes de cadaamostra. Com esse conjunto de dados construímos diagramas ternários que classi�cam alitologia a partir de percentuais de minerais quartzo, feldspatos e plagioclásio, normaliza-dos. Adicionamos a essa classi�cação uma quarta coluna contendo as propriedades térmi-cas aferidas experimentalmente, o que facilita a observação/interpretação do crescimentodas propriedades dentro dos diagramas e sua relação com os elementos químicos constitu-intes. Agregada a esses diagramas, realizamos medidas de condutividade térmica partindodo percentual de minerais e dos valores de condutividade térmica de minerais amplamenteconstruídos na literatura.
Neste trabalho, determinou-se as propriedades térmicas das rochas do embasamento,trabalhadas no projeto Geoterm-NE, buscando ampliar o conhecimento destas. Foram anal-isadas 149 amostras envolvendo rochas ígneas do tipo plutônicas, e ortoderivadas da faixalitorânea (de extensão aproximada de 60 km) de cinco estados da região Nordeste do Brasil:Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba.
Os objetivos especí�cos são: determinar de forma quantitativa e qualitativa as pro-priedades térmicas nas rochas coletadas; avaliar o comportamento da condutividade térmicanos diversos litotipos; de�nir os principais parâmetros determinantes de uma maior ou menorcondutividade; de�nir a importância da mineralogia nesse contexto; fazer o estudo compara-tivo entre os valores de condutividade térmica aferidos em laboratório e calculados via análisemodal, e correlacionar os dados de condutividade com os da literatura com o objetivo de seconhecer e de�nir melhor os intervalos de condutividade dos litotipos estudados.
Este trabalho está inserido no projeto Geoterm-NE (parceria entre PROMOB � CENPES-PETROBRAS � CPGG/UFBA), um projeto mais amplo que visa estudar as propriedadestérmicas das rochas do embasamento adjacente e sob as bacias litorâneas do nordeste brasileiro,visando determinar os parâmetros térmicos necessários a uma modelagem termomecânica da
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bacia.
No primeiro capítulo desenvolveu-se os aspectos teóricos nos quais o trabalho se baseia,no segundo capítulo foram de�nidas a metodologia e as técnicas de medidas, no terceirocapítulo foram apresentados os resultados e as discussões e no quarto capítulo foram feitasas conclusões �nais.
CAPÍTULO 1
Fundamentação Teórica
1.1 Transporte de calor
Calor é energia térmica em trânsito, pode ser entendido como a transferência de energiaem razão de uma diferença de temperatura.
Os processos de transferência de calor se dão de três formas, por condução térmica,convecção térmica e radiação.
Os modos de transferência de calor por condução e convecção têm em comum o fato deambos necessitarem de ummeio para sua propagação, por dependerem da transferência diretade energia entre moléculas. Todavia existe uma diferença fundamental entre a transmissãode calor por condução e convecção.
Condução (ou difusão térmica): só há movimento na escala molecular, ou seja, só hádifusão de energia. O transporte de calor se dá pela transferência de vibrações das moléculasou íons na estrutura dos minerais ou �uidos intersticiais, ou seja, o calor é transportadoatravés da transferência gradual de acréscimos da energia cinética de vibração, de um átomopara outro na estrutura da substância, de modo semelhante à passagem de uma onda elásticapelo meio. A condução é o modo de transferência de energia calorí�ca através dos corpossólidos e é o mais importante nas situações geológicas da crosta (Incropera e Witt, 1981).
Convecção: existe movimento além da escala molecular. Existe taxa de deformação(escoamento) no meio considerado. A convecção pode ser imaginada como a condução decalor adicionada do movimento do meio, consequentemente resultando em taxas maiores detransferência de calor. Ocorre tipicamente num �uido, onde as diferenças de densidade entreas regiões com diferentes temperaturas geram correntes de convecção. É este o processomais rápido e de maior relevância no transporte de calor e acontece em várias partes dointerior terrestre, sobretudo no manto litosférico por ser uma camada com característicasmais pastosa propícia esse tipo de fenômeno (Incropera e Witt, 1981).
A terceira forma de condução de calor se dá por radiação térmica, é uma propriedadeque tem todo corpo numa temperatura acima do zero absoluto (0 K) de emitir energia sob aforma de ondas eletromagnéticas. A intensidade da radiação emitida é proporcional à quarta
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potência da temperatura, de acordo com a lei de Stefan- Boltzmann para um corpo negroideal (aquele que absorve toda a radiação que o atinge), dada por:
Icn = σsbAT4 (1.1)
Onde é σsb a constante de Stefan-Boltzmann e A é a área do corpo emissor. Para corposnão-negros, a equação (1.1) torna-se:
Icn = ξσsbAT4 (1.2)
Onde ξ é a emissividade do material, de�nida como a razão entre a energia emitida pelocorpo e aquela de um corpo negro ideal na mesma temperatura.
Para temperaturas abaixo de 600 ◦C a energia radiada pelas rochas na crosta terrestreé desprezível quando comparada à conduzida, mas ela torna-se relevante acima desse valor,contribuindo na transferência total do calor, porém torna-se realmente efetiva acima de1200 ◦C (Robertson, 1988).
1.2 Fluxo de calor
Quando duas regiões de um sistema isolado são mantidas a diferentes temperaturas,veri�ca-se que a temperatura da zona entre elas varia continuamente. Com o passar dotempo, a temperatura nas regiões tendem a homogeneizar-se com o calor sendo transportadodas regiões mais quentes para as mais frias.
O calor que penetra na base da crosta terrestre vindo do interior da Terra mais o calorproduzido na própria crosta constituem o �uxo de calor na superfície. Na crosta o aumentoda temperatura ocorrido com o aumento da profundidade é devido ao �uxo do calor internodo planeta, chamado �uxo geotérmico, com o gradiente geotérmico alcançando valores entre30 e 40 ◦C/km.
Se num dado ponto do espaço existe um gradiente de temperatura diferente de zero,então ocorrem processos de equilíbrio que contribuem para a diminuição desse gradiente,contanto que nesse ponto não existam fontes adicionais de calor ou absorção. Durante oprocesso de equilíbrio, o �uxo de calor é transportado seguindo, principalmente, o sentidoinverso do gradiente de temperatura.
Este �uxo de energia, normalizado em relação ao tempo e área, é chamado de densidadede �uxo de calor Q(W.m−2), sendo proporcional ao gradiente de temperatura e obedece aLei de Fourier 1 conforme equação abaixo:
Q = −λ∇T (1.3)1 Essa lei fenomenológica foi proposta em 1822 por Jean Baptiste Fourier em seu famoso tratado �Theorie
Analytique de lachaleur�.
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Onde T = T(x, y, z, t) é a temperatura e λ(W.m−1.K−1) é o fator de proporcionalidadedenominado condutividade térmica do material.
A densidade do �uxo de calor é uma grandeza tensorial já que a condutividade tér-mica pode depender da direção do �uxo de calor; como no presente trabalho estamos anal-isando rochas ígneas plutônicas e ortoderivadas, e estas em sua grande maioria se comportamisotropicamente, a condutividade térmica tornar-se-á um escalar.
A equação de conservação do calor na crosta para um volume de material rochosocontendo fontes de calor uniformemente distribuídas de intensidade It (Schön, 1996), podeser escrita como:
∇Qt + A = ρco∂T
∂t(1.4)
Onde A é a taxa de produção de calor por unidade de volume. A equação diferencialde condução do calor é obtida combinando a Eq. (1.4) com a lei de Fourier dada pela Eq.(1.3). Para meios homogêneos, obtem-se:
λtρc0
∇2T +A
ρco=∂T
∂t(1.5)
Para condução em estado estacionário a Eq. (1.5) reduz-se à equação de Poisson e, nocaso de uma taxa desprezível de produção de calor, à equação de Laplace. A condução docalor é importante em muitos problemas de engenharia e das ciências da Terra e a condutivi-dade térmica, difusividade térmica e o calor especí�co são propriedades físicas da matériaimportantes para tal estudo.
1.3 Propriedades Térmicas
As propriedades dos minerais e das rochas que controlam o armazenamento e o trans-porte de calor na Terra são referidas como propriedades térmicas. Entre elas destacamos ocalor especí�co (c), condutividade térmica (λ) e difusividade térmica (κ).
Essas propriedades dependem, fundamentalmente, da composição mineralógica, tex-tura, estrutura, tipo e quantidade de �uidos de saturação, densidade, anisotropia, porosidadee também das condições ambientais de temperatura e pressão.
A temperatura é uma das mais expressivas características espaço-temporais da Terra,com várias escalas de variações reconhecidas. Diferenças globais de temperatura entre regiõesinternas do planeta tendem a ser homogeneizadas pelo �uxo de calor, que também con-stituem processo dependente do tempo. O movimento lento e contínuo das placas tectônicae a formação de montanhas com tectonismo e magmatismo associados, estão intimamenterelacionados com a redistribuição do calor interno da Terra (Van der Voo, 1988; Co�n eEldholm, 1994).
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Por outro lado, o estado atual e a história térmica das bacias sedimentares controlamprocessos de maturação de hidrocarbonetos, a migração de �uidos em profundidade e asreações diagenéticas por eles provocadas (Carvalho e Vacquier, 1977; McPherson e Chapman,1996). Anomalias de temperatura estão também fortemente associadas com zonas de �uxosverticais elevados de águas subterrâneas (Beck e Shen, 1985). Informações sobre o calorsubterrâneo na crosta podem ser obtidas em poços profundos (mais de 1000 metros) e emminas.
Para rochas vulcânicas e plutônicas, as propriedades térmicas, na maioria das vezes,comportam-se isotropicamente. Já para muitas rochas sedimentares e metamór�cas, as pro-priedades térmicas são bastante anisotrópicas e inomogêneas e isso se deve a orientação dosminerais que compõem essas rochas a qual esta possivelmente relacionada aos vários efeitosestruturais (Clauser e Huenges, 1995).
As propriedades térmicas são de grande importância em várias áreas das ciências daTerra, tais como energia geotérmica, formação e evolução de reservatórios de hidrocarbonetose de alguns depósitos minerais.
1.3.1 Condutividade Térmica
A condutividade térmica λ (W.m−1.K−1) é uma propriedade física que governa a difusãodo calor, em um estado estacionário. Ela de�ne a quantidade de calor que �ui através deuma seção transversal unitária de rocha ao longo de uma distância unitária por unidade detemperatura decaindo na unidade de tempo.
É uma propriedade física que expressa a habilidade de um material para conduzir calor,ou seja, materiais com condutividade térmica alta são bons condutores de calor e condutivi-dade baixa caracteriza os materiais designados como isolantes.
Nos materiais naturais, a condutividade térmica varia em algumas ordens de grandeza:de 0,03 W.m−1.K−1 no ar a 426 W.m−1.K−1 na prata, o material com maior condutivi-dade térmica. Já para o intervalo de rochas comuns encontrados na superfície terrestre, acondutividade térmica varia, geralmente, entre 1,5 e 3,5 W.m−1.K−1.
A condutividade térmica das rochas é um dos fatores mais importantes que afetamos gradientes de temperaturas em bacias sedimentares e, portanto, deve ser considerada noestudo termomecânico de bacias. Segundo Blackwell e Steele (1989), a estrutura térmicade uma bacia pode mudar lateralmente e verticalmente devido a condutividades térmicasdiferentes em diferentes litotipos, até mesmo se o �uxo de calor no interior da bacia forregionalmente igual.
Schön (1996) analisou a in�uência de fatores, como origem, composição mineralógica,fraturamento, porosidade, temperatura, etc., na condutividade térmica das rochas e de�niu
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intervalos nessa condutividade para caracterizar alguns dos principais tipos rochosos e buscoucorrelacioná-los com os fatores supracitados. No que tange as rochas ígneas e metamór�cas,o autor sugere que a condutividade térmica é fortemente controlada pela composição miner-alógica e estrutura interna enfatizando o contexto de rochas não-alteradas e não-fraturadas.
Abaixo é possível visualizar, Tabela 1.1, valores médios de condutividade térmica paraalguns materiais, minerais, e rochas.
Materiais λ (W.m−1.K−1) Minerais λ (W.m−1.K−1) Rochas λ (W.m−1.K−1)
Prata 426 Magnetita 4,61 Sal 5,5
Cobre 398 Diopsídio 4,23 Peridotito 3,8
Alumínio 237 Zircão 3,90 Arenito 3,2
Tungstênio 178 Moscovita 3,89 Carnonatol 2,2 a 2,8
Ferro 80,3 Faialita 3,85 Gnaissel 2,7
Vidro 0,72 - 0,86 Almandina 3,66 Granitol 2,6
Água 0,61 Hornblenda 2,91 Ardósia 2,4
Ar 0,03 Serpentina 2,41 Gabro 2,1
Table 1.1: Condutividade térmica de materiais, minerais e rochas (300 K e 1atm).Adaptado de Buntebarth (1984), Fowler, (1990)
Condutividade Térmica de Minerais e Rochas
Nos minerais, a composição química e cristalina são bem de�nidas caracterizando umahomogeneidade e, por conseguinte, propriedades térmicas bem de�nidas. Contudo, comouma rocha é um agregado de minerais e de vazios geralmente preenchidos por �uidos, aovariar as quantidades desses minerais e as características desses �uidos é de esperar-se quesua propriedade térmica também varie. O resultado é que cada tipo de rocha possui seuvalor ou intervalo característico de condutividade térmica, difusividade térmica e capacidadecalorí�ca.
Para de�nir e estudar melhor a condutividade térmica de minerais compara-se com ade rochas, pois as características físicas, químicas e cristalográ�cas são geralmente melhorcontroladas, mas quando tratamos minerais, segundo Clauser e Hueges (1995), o principalproblema na aquisição dos dados de condutividade térmica são a pureza e o tamanho dasamostras.
A condutividade térmica dos minerais é muito mais conhecida do que as das própriasrochas em si. Coleções de dados de condutividade térmica mineral foram compilados porBirch (1942), Clark (1966), Horai Simmons (1969), Dreyer (1974), Roy et al. (1981), �ermáke Rybach (1982), Diment e Pratt (1988), Somerton (1992), Clauser e Huenges (1995) e Popov
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et al. (1999).
A condutividade de um mineral é uma propriedade vetorial e depende da composição eestrutura interna do cristal (Dana, 1969). Todos os sistemas cristalográ�cos, exceto o sistemacúbico, são anisotrópicos, o que produz uma propagação do calor de maneira diferente apartir das direções. Quanto maior o valor da condutividade térmica de um mineral maiorserá sua habilidade em conduzir calor, e esta propriedade será sempre relacionada às suascaracterísticas físicas, químicas e cristalográ�cas.
A seguir é apresentada as principais classes mineralógicas e suas respectivas condutivi-dades térmicas, sugerindo valores médios para cada classe.
Figure 1.1: Condutividade térmica das principais classes minerais (300 K, 1 atm).Modi�cado Kobranova (1989).
Abaixo apresentamos valores de condutividade térmica (W.m−1.K−1) de vários autorespara alguns dos principais minerais formadores de rochas, segundo Beardsmore e Cull (2001).
Minerais Horai Dreyer Melnikov et al. Cermak e Ryback Diment e Pratt
(1971) (1974) (1975) (1982) (1988)
Olivina Fosferita (Mg) 5,03 6,0 5,06 4,65
Olivina Faialita (Fe) 3,16 3,0 3,16 3,85
Granada Almandina (Fe) 3,31 3,6 5,32
Granada Glossulária 5,48
Zircão 5,54 3,9
Titanita 2,34
Cianita 14,16 14,2 14,2 7,15-12,45
Andaluzita 7,58 6,56
Silimanita 9,10 10,73
10
Epídoto 2,83 2,82 2,50
Enstativa 4,47 4,34
Diopsídio 4,66 5,1-4,1 5,02 4,23
Hornenblenda 2,81 2,3-3,0 2,3 2,85 2,91
Muscovita 2,28 1,7 2,32 3,89
Biotita 2,02 1,17 3,14
Ortoclásio 2,31 2,17
Microclina 2,49 2,04
Albita 2,14 2,0 2,05 2,31 2,34
Anortita 2,1 1,88-1,95 1,68 2,72
Quartzo 7,69 6,5-11,3 8,0-13,0 7,69 6,15
Magnetita 5,10 9,7 4,7-5,28 5,10 4,61
Ilmenita 2,38 1,49
Hematita 11,28 12,1-14,7 11,2-13,9 12,1-14,7 12,42
Espinélio 9,48 13,8 12,42
Rutilo 9,3-12,9 7,95
Calcita 3,59 4,2-5,0 3,25-3,9 3,57 3,16-3,63
Aragonita 2,24 2,23 2,37
Dolomita 5,51 4,9 3,9-5,5 5,5 4,78
Apatita 1,38 1,4 1,38 1,27
Table 1.2: Condutividade térmica por vários autores para
alguns dos principais minerais formadores de rochas, segundo
Beardsmore e Cull (2001).
Neste trabalho utilizaremos a tabela com os valores dos minerais obtidos por Horai,primeiro por se tratarem de amostras fragmentadas de minerais, segundo por possuiremuma gama maior de minerais analisados.
Avaliando a condutividade térmica das rochas, Clauser e Huenges (1995), descreveramo comportamento dos quatro grupos de rochas: sedimentares, vulcânicas, plutônicas emetamór�cas. A partir de uma análise estatística foram investigados a variação da con-dutividade térmica e os principais fatores que in�uenciam cada grupo de rocha. Segundoaqueles autores, esses fatores no caso de rochas plutônicas é a fase dominante; nas rochasmetamór�cas, a anisotropia e a fase mineral predominante; nas rochas vulcânicas, a porosi-dade; e nas rochas sedimentares a porosidade e a origem da partícula sedimentar. Estesautores tratam ainda da in�uência da temperatura e pressão sobre a condutividade térmicapara vários tipos de rochas.
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O tema condutividade térmica de rochas ainda é pouco explorado quando se comparadoaos minerais e ainda carece de informações mais precisas e detalhadas, em especial de dadosquantitativos. Alguns trabalhos abordam o assunto destacando-se os de Grolier et al. (1991),Guéguen e Palciauskas (1992), Clauser e Huenges (1995), Schön (1996), Seipold e Huenges(1998), Vosteen e Schellschmidt, (2003), e Maqsood et al. (2004).
In�uência da Anisiotropia na Condutividade Térmica
Anisotropia é outro fator importante com in�uência na condutividade térmica. Anisotropiapode surgir não só da organização dos íons em uma estrutura cristalina, mas também, numaescala macroscópica, em rochas exibindo uma orientação preferencial de grãos minerais indi-viduais. Rochas com uma estrutura planar distinta, caso das rochas sedimentares e muitasrochas metamór�cas, exibem um comportamento anisotrópico de�nido. Seipold e Huenges(1998) analisaram o efeito de suas estruturas (acamamento, foliação, xistosidade, lineação)na anisotropia e concluíram que, geralmente, a condutividade térmica é maior na direçãoparalela ao plano da estrutura e menor na direção perpendicular a esse plano. Estes autores,a�rmam ainda que este efeito pode sofrer variações importantes quando a lineação for bemmarcada.
A condutividade térmica de algumas rochas é, a uma boa aproximação isotrópica, par-ticularmente em rochas vulcânicas e plutônicas. Em contraste a condutividade térmica demuitas rochas sedimentares e metamór�cas é fortemente anisotrópica, e o �uxo de calor lat-eral pode ser signi�cativo. Por isso, a informação sobre anisotropia é muitas vezes necessária,exigindo medidas de laboratório em diferentes direções.
In�uência da Temperatura e Pressão na Condutividade Térmica
A condutividade térmica na litosfera é governada por dois mecanismos: as vibrações narede ou fônons e a condutividade por radiação, sendo ambas dependentes da temperatura.Até uma temperatura de cerca de 600 ◦C o transporte de energia térmica em rochas é devidoprincipalmente às interações de redes não-harmônicas. Essa condutividade é mostrada serinversamente proporcional à temperatura absoluta T (Buntebarth, 1984), ou seja:
λt ∝1
T(1.6)
A explicação para tal comportamento é que as expansões térmicas devidas ao aumentoda temperatura ocorrem de forma diferencial para cada mineral causando um craqueamentotérmico nos minerais. Essa quebra cria resistências de contato entre grãos dos minerais con-tribuindo, assim, par um decréscimo na condutividade térmica com a temperatura (Clauser
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e Huenges, 1995). Experimentos con�rmam (Schatz e Simmons, 1972) a relação (1.6). Ob-serve que a condutividade térmica mostra uma tendência a diminuir com o aumento datemperatura.
Todas as rochas possuem porosidade consistindo de espaços vazios entre grãos min-erais e microfraturas que ocorrem tanto entre como no interior dos grãos. Esses vazios sãopreenchidos por algum tipo de �uido, comumente ar e água, que, por terem condutividadetérmica baixa, aumentam a resistência ao transporte de calor reduzindo, consequentemente,a condutividade térmica do material. Nas rochas com porosidade abaixo de 1% como ígnease as metamór�cas, Buntebarth (1984) mostrou que a condutividade térmica é pouco in�u-enciada pela pressão dentro da precisão da medida. A pressões mais altas, os espaços vaziossão reduzidos expulsando os �uidos e elevando a condutividade térmica do material.
Outro efeito de pressões mais altas é alterar as propriedades elásticas dos cristais individ-uais pela deformação dos retículos cristalinos aumentando a condutividade térmica (Dvo°áke Schloessin, 1973).
A variação da condutividade térmica com a pressão nas partes superiores da crostaterrestre é muito pequena. Em geral, um acréscimo de 1000 kg na pressão (correspondendoa cerca de 4 km de profundidade) aumenta a condutividade térmica por menos de 5%.
1.3.2 Difusividade Térmica
A difusividade térmica κ (m2.s−1) é uma propriedade física que governa a difusão decalor, em um estado transiente. Ela é de�nida pela razão entre a condutividade térmica ea capacidade térmica volumétrica, isso é, é a razão entre o �uxo de calor numas das facesunitárias da unidade de volume rochoso, e o calor armazenado na unidade de volume com otempo.
A difusividade térmica é uma propriedade física que expressa a qualidade de um materialem difundir calor; ela determina a escala de tempo para processos transientes tais como oresfriamento de corpos intrusivos.
Relação entre a condutividade térmica, difusividade, calor especí�co, e densidade domaterial.
κ =λ
ρcp=λ
C(1.7)
O termo no denominador da equação é chamado de capacidade térmica volumétrica(C), é o produto do calor especí�co à pressão constante pela densidade de massa. Dessaforma difusividade térmica é a razão entre a condutividade térmica e a capacidade térmicavolumétrica.
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Abaixo apresentamos valores de difusividade térmica para diversos materiais e tipos derochas.
Materiais e tipos rochosos κ (m2.s−1)
Água 0,13Vidro 0,40Alumínio 100,7Calcário 1,1Ardósia 1,2Arenito 1,6Carvão betuminoso 0,15Sal 3,1
Table 1.3: Difusividade térmica para alguns materiais e tipos rochosos. AdaptadoBuntebarth (1984), Schon, (1996).
1.3.3 Calor Especí�co
Calor especí�co c (J.kg−1.K−1) é uma grandeza física que de�ne a variação térmica deuma dada substância ao receber determinada quantidade de calor. Em termos diferenciais,o calor especí�co pode ser de�nido como a variação da energia interna de um corpo (q*),por unidade de massa e pela variação de temperatura que o corpo sofre, ou seja:
c =1
m
dq∗dT
(1.8)
Para rochas com porosidade pequena o calor especí�co médio é 880 (J.kg−1.K−1), umvalor que tem uma dependência signi�cante da temperatura (Beardsmore e Cull, 2001).
Para rochas cristalinas, esta dependência da temperatura à pressão constante é dadapela Eq. (1.9) (Schön, 1996):
cp[Ws/gK] = 750
(1 + 6, 14.10−4T − 1, 928.104
T 2
)(1.9)
Onde c é dado em J.kg−1.K−1 e T é a temperatura absoluta.
Em rochas com porosidades altas (as sedimentares, por exemplo), e quando saturadascom água, o calor especí�co correspondente aumenta porque o calor especí�co da água érelativamente alto (c = 4, 2.103J.kg−1.K−1 a 20 ◦C). Dentro da crosta superior o calorespecí�co da água pode chegar ao dobro do seu valor (Schön, 1996).
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Tipos rochosos c (J.kg−1.K−1)
Argila 0,86Arenito 0,71Calcarenito 0,84Carvão 1,26Gelo 2,10Água 4,19
Table 1.4: Calor especí�co de alguns materiais rochosos. Buntebarth (1984).
1.3.4 Capacidade Térmica Volumétrica
A capacidade calorí�ca volumétrica C (J.m−3.K−1) de uma substância ou sistema com-posto é de�nida como a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de umaunidade de volume da substância de um grau Kelvin (K).
Ela é representada pela equação:
C =1
V
∂Q
∂T(1.10)
Para um material sujeito a um dado �uxo de calor, quanto menor for seu valor C maiorserá sua variação de temperatura.
A capacidade calorí�ca expressa à habilidade de um sistema material armazenar calor,e pode variar de -∞ a +∞, dependendo da maneira como se efetua a transferência da energiatérmica (Lima, 2002).
Se a pressão durante a transferência de calor for mantida constante, de�ne-se capacidadecalorí�ca à pressão constante CP . Similarmente, se o volume material for mantido constanteCV . Essas duas grandezas têm valores muito próximos e, na maioria dos casos, confundem-sepor aproximação. Apenas em algumas substâncias anômalas elas diferenciam-se com CV umpouco maior que CP .
CAPÍTULO 2
Metodologia
2.1 Métodos
2.1.1 Método de Regime Estacionário
No primeiro método, conhecido como barra dividida (Beck, 1988), o conceito básicoé comparar valores desconhecidos de condutividade térmica de uma amostra de rocha coma condutividade térmica conhecida de material de referência. A amostra e materiais dereferência são moldadas em discos com um diâmetro de 50 mm e aproximadamente a mesmaespessura (10 mm). O material de referência é pyroce-ram, que tem uma condutividadecomparável ao de amostras de rocha. O calor �ui paralelamente ao eixo barra dividida deum aquecedor A (temperatura elevada) para um segundo nível de temperatura do aquecedorB (temperatura mais baixa) através de dois discos de referência e da amostra de rochacolada. O �uxo de calor radial pode ser desprezado. A pasta térmica é usada para reduzira resistência de contato entre a referência e a rocha. A queda de temperatura na amostrade rocha é comparada com a da amostra de referência de condutividade térmica conhecida.Quando o �uxo de calor através do sistema torna-se constante, a condutividade térmica daamostra de rocha pode ser calculada. A medida por esse método tem uma boa precisão, daordem de 3 %, mas tem o inconveniente de ser demorada, despendendo-se horas em cadamedida.
2.1.2 Método de Regime Dinâmico
No método dinâmico, também conhecido como método transiente, injeta-se um pulso decalor na amostra e mede-se o decaimento da temperatura na área de injeção com o tempo;a forma desse decaimento permite determinar a condutividade térmica da amostra e, emalguns aparelhos, também a capacidade térmica volumétrica. Neste caso, pode-se calcular adifusividade térmica e o calor especí�co da amostra, para este sendo necessário conhecendo-se a densidade de massa. Nesse método a precisão da medida é menor do que a da barradividida, da ordem de 10 %, mas tem a vantagem de o tempo de medida ser muito menor,de 10 a 15 minutos, e de permitir a determinação de outras propriedades térmicas. O sensor
15
16
pode ser do tipo linear ou planar para medidas na superfície da amostra, e do tipo agulhapara ser introduzido na amostra. O monitoramento da temperatura no método transiente éfeito por um termistor instalado no próprio sensor que injeta o pulso de calor.
Diferenças entre os métodos apresentados
Existem duas grandes diferenças entre as medições de sonda e a barra dividida (Prib-nowet et al., 2000): (1) os métodos das sondas são transientes enquanto o barra divididaconstitui-se um método estacionário; (2) a barra dividida apresenta um alto rendimento dacondutividade térmica na direção paralela ao eixo barra dividida, enquanto os métodos desondas o rendimento da condutividade térmica está em um plano perpendicular ao eixo dassondas. A sonda é baseada na teoria de uma fonte planar ou linear em meio in�nito (Carslawe Jaeger, 1959).
2.2 Aparelho de Medidas
Neste trabalho, utilizamos um analisador de propriedades térmicas modelo QuicklineTM - 30, da Anter Corporation, Fig. 2.1, que aplica a técnica da medição de pulsos tran-sientes de temperatura. Esse analisador aplica o método transiente de temperatura comsensor planar ou de agulha e dispõe de sondas planas apropriadas para amostras rochosas,calibradas para medir condutividade térmica na faixa de 0,30 a 2,0 W.m−1.K−1 e 2,0 a 6,0W.m−1.K−1. O erro das medidas é de 10% e a reprodutibilidade de 3% para ambas as sondas.
Figure 2.1: Analisador Quickline TM-30 na medida de propriedades térmicas vendo-se o sensor sobre a amostra.
O Quickline-30 mede, simultaneamente, a condutividade térmica e a capacidade térmica
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volumétrica permitindo, assim calcular-se a difusividade térmica e o calor especí�co com adensidade de massa obtida separadamente. Usamos amostras com dimensões de cerca de 6cm nas três dimensões para permitir medidas em dois planos perpendiculares. As faces dassuperfícies medidas foram polidas para garantir um bom contato entre a rocha e a sonda,evitando-se, assim, a necessidade de utilizar pastas térmicas.
2.3 Técnicas de Medidas
2.3.1 Determinação da Densidade
As densidades das amostras de rochas foram determinadas utilizando um picnômetro deágua desenvolvido por Oliveira (2006). Este equipamento constitui-se de um tubo cilíndricode acrílico com tampa nas duas extremidades: a tampa inferior é colada e é a base do cilindroe a tampa superior é uma placa solta de acrílico que adere perfeitamente nas bordas superiordo cilindro; essa placa possui um pequeno orifício para permitir a saída do ar quando elaé posta sobre o cilindro. Os passos para a determinação da densidade de cada amostra derocha são:
i )A amostra é lavada, secada em estufa e depois pesada obtendo-se a massa Mam.seca.Em seguida, a amostra é mergulhada num vaso com água.
ii) Pesa-se o picnômetro completamente cheio d'água, tapado e sem bolhas obtendo-sea massa Mpic.cheio (esse valor será usado em todas as determinações).
iii) Introduz-se a amostra saturada no cilindro, adiciona-se água no cilindro para enchê-lo completamente e pesa-se o picnômetro com a amostra e completamente cheio dágua,tapado e sem bolhas obtendo-se a massa Mpic.gua+amostra.
Usando-se água destilada, o volume da amostra (VA) é dado por:
V A =Mpic.cheio −Mpic.agua+amostra −Mam.seca
ρ(2.1)
Figure 2.2: Picnômetro de água vendo-se uma amostra no interior do cilindro trans-parente e a densidade da amostra.
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ρ =Mam.seca
V A(2.2)
A densidade determinada por este método é a densidade efetiva (ou absoluta) já queseus poros estão preenchidos com água.
O erro da medida resulta dos erros das pesagens apenas. Trabalhando-se com balançade precisão 0,005 g, o erro total propagado será 0,0086 g. Ademais, a Eq. (2.1) pode serescrita como:
V A =MACcheio −Mguaadicionada (2.3)
OndeMACcheio é a massa de água no cilindro cheio (corresponde ao volume do cilindro)e Mguaadicionada é a massa de água que se adiciona para encher o cilindro com a amostra, ouseja, o volume restante do cilindro ao introduzir-se a amostra.
Se M é o erro associado a cada medida de massa, pode-se mostrar que o erro relativona determinação do volume efetivo da amostra V A
∆V A, é dado por:
∂V A
V A=
2∂M
MACcheio −Mguaadicionada
(2.4)
Quanto menorMguaadicionada menor será o erro relativo de modo que se deve usar amostracom o volume próximo daquele do cilindro para minimizar o erro relativo da medida.
2.3.2 Análise Sólida de Rocha
Nas amostras sólidas, as propriedades térmicas da rocha foram medidas com o anal-isador de propriedades térmicas QuicklineTM-30 da Anter Corporation mostrado na Figura(2). Esse analisador mede simultaneamente a condutividade térmica (λ) e a capacidadecalorí�ca volumétrica (C) da amostra, com as quais se calculam a difusividade térmica (κ)usando a Eq. (1.7) e o calor especí�co dividindo a capacidade térmica volumétrica peladensidade, esta última medida separadamente (ver item 2.3.1).
Em nossas medidas, usamos sensores calibrados que cobrem a faixa de 0,1 a 6,0W.m−1.C−1.Para essa faixa de medida, e em condições normais de medição, o fabricante especi�ca, paraa medida da condutividade térmica, um erro máximo de 10% na acurácia e de até 3% paraa reprodutibilidade; para a capacidade térmica volumétrica, é especi�cado um erro de 15%na leitura e de 3% na reprodutibilidade.
Utilizamos amostras de rocha com dimensões tais que nos permitiu realizar as medidasem duas faces planas perpendiculares, e assim, obter seus valores médios para a condutividadetérmica reduzindo efeitos de foliações se existentes.
19
Fatores como �utuações na temperatura, umidade local, perturbações no sensor, di-mensões da amostra e superfície de contato entre o sensor e a amostra in�uenciam na con-�abilidade e qualidade das medidas térmicas. Para reduzir a in�uência de variações detemperatura e umidade, operarmos o aparelho numa sala climatizada com temperatura es-tável e umidade baixa e mantivemos as amostras nesta sala por, pelo menos, um dia antesde serem medidas para que todas estivessem homogeneamente numa mesma temperatura.
A espessura e a superfície de contato das amostras são os fatores mais importantes quein�uenciam na qualidade da medida. Espessuras menores que cerca de 2 cm permitem aperda de calor pela face oposta àquela onde se põe o sensor prejudicando, assim, a medida.Também, é muito importante que a superfície de contato esteja bem polida, porque numasuperfície rugosa, o ar entre o sensor e a superfície interfere na qualidade da medida. Paraminimizar esses efeitos, utilizamos amostras com um mínimo de 5 cm de espessura e polimosas faces serradas das amostras para garantir um perfeito acoplamento entre o sensor e asuperfície da amostra sem necessitar do uso de pastas térmicas.
2.3.3 Análise Microscópica
Consiste em uma preparação feita com rocha, mineral, solo ou qualquer material ge-ológico, para estudo em microscópio petrográ�co com luz natural ou polarizada. Para rochas,as amostras são cortadas em fatias muito �nas, coladas sobre uma lâmina de vidro. Esteconjunto é depois desgastado com equipamento próprio de modo que a espessura da lâminade rocha não ultrapasse os 0,03 mm, pois só assim se garante a transparência deseja parautilização do microscópio petrográ�co.
Figure 2.3: Várias fases de evolução para construção de uma lâmina delgada. A� Amostra de mão de onde foi cortada uma esquírola; B � Esquírolade rocha (cerca de 0.5 cm de espessura) e lâmina de vidro onde vai sercolada a esquírola; C � Colagem da esquírola à lâmina de vidro; D �Amostra já colada na lâmina de vidro; E � Amostra já depois de serdesgastada; F � Lâmina delgada já �nalizada, depois de polida e comlamela de vidro já colada; G � Lâmina polida já �nalizada.
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Com auxílio de um contador de pontos da marca SWIFT foram contados 1000 pontospor seção delgada, com o intuito de se quanti�car a percentagem mineralógica e consequente-mente avaliar microscopicamente o efeito da mineralogia sobre a condutividade.
Para a classi�cação e nomenclatura das rochas, foi utilizada a terminologia propostapor IUGS (Streckeisen, 1979). De�nidas as percentagens a partir da contagem modal foramdeterminadas as mineralogias principais, secundárias e acessórias, caracterizando a in�uênciade cada um.
CAPÍTULO 3
Resultados e Discussões
No presente trabalho, foram determinadas a densidade e as propriedades térmicas (con-dutividade térmica, capacidade térmica volumétrica, difusividade térmica e calor especí�co)em 149 amostras de rochas cristalinas sólidas, como também �zemos o estudo microscópicode lâminas petrográ�cas das amostras.
As amostras foram coletadas em a�oramentos numa faixa de cerca de 60 km do em-basamento adjacente às bacias litorâneas do nordeste brasileiro como parte dos trabalhosdesenvolvidos no projeto Geoterm-NE.
No apêndice A, apresentamos, para cada amostra estudada, o código a unidade ge-ológica, a litologia, a densidade e as coordenadas UTM do a�oramento no datum SIRGAS2000. As terminações Ba, Se, Al, Pe e Pb nos códigos das amostras denotam suas local-izações nas regiões da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba, respectivamente.São, também, apresentados os resultados das médias determinadas para a condutividadetérmica (W.m−1.K−1), capacidade térmica volumétrica (C) nas amostras sólidas usando osprocedimentos indicados no capítulo dois. Também são apresentados os valores calculadosda difusividade térmica (m2.s−1) e do calor especí�co (J.kg−1.K−1).
No apêndice B, apresentamos os resultados da análise micropetrográ�ca de lâminasdelgadas obtidas das amostras de rochas. Esses resultados foram utilizados na construçãode diagramas ternários para as rochas ígneas e ortoderivadas, bem como na determinaçãoda condutividade térmica da rocha usando dados de condutividade de minerais obtidos naliteratura.
No apêndice C, apresentamos para cada amostra os valores da condutividade térmicaaferidas em laboratório, e a calculada via análise modal. Os dados foram utilizados paraconfeccionar um grá�co da condutividade aferida versus a calculada a�m de veri�car o graude proximidades entre os dados.
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22
3.1 Distribuição das Amostras de Rochas no Diagrama Ternário
AQP
A investigação das lâminas delgadas possibilitou-nos uma série de informações a re-speito dos minerais constituintes das 149 amostras de rochas cristalinas de origem ígneaou ortoderivada. Essa análise micropetrográ�ca, apresentada no apêndice B possibilitou aconstrução dos diagramas ternários referentes a rochas ígneas e ortoderivadas comumenteconhecidos como diagramas AQP Streckeisen.
Obtemos o diagrama ternário de Streckeisen para as rochas em estudo.
Figure 3.1: Diagrama ternário AQP das rochas com a distribuição das amostras.
Onde : 1a.Quartzolitos, 1b. Granitoides ricos em quartzo, 2. Álcali-feldspatos granitos,3a.Sienogranito, 3b. Monzogranito, 4. Granodioritos, 5. Tonalitos, 60. Álcali feldspatoquartzo sienito, 6. Álcali feldspato sienito, 70. Quartzo sienito, 7. Sienito, 80. Quartzomonzonito, 8.Monzonito, 90. Quartzo monzodiorito / Quartzo monzogabro, 9. Monzodiorito/ Monzogabro, 100. Quartzo diorito / Quartzo gabros, 10.Dioritos / Gabros.
23
Na Fig.3.1 vemos que a disposição das amostras no diagrama ternário, limita a validadedas distribuições para um teor máximo de quartzo na faixa de até 40%.
3.2 Descrição Estatística dos Parâmetros Térmicos
A estatística descritiva consiste na recolha, análise e interpretação de dados numéri-cos através da criação de instrumentos adequados. De�ne-se estatística descritiva como oconjunto das técnicas e das regras que resumem a informação recolhida sobre uma amostraou uma população, e isso sem distorção nem perda de informação; pretende proporcionarrelatórios que apresentem informações sobre a tendência central e a dispersão dos dados.
As técnicas usadas costumam classi�car-se como:
1.Grá�cos descritivos: São usados vários tipos de grá�cos para sumarizar os dados. Porexemplo: Histogramas.
2.Descrição Tabular: Na qual se usam tabelas para sumarizar os dados. Por exemplotabelas de Frequências.
3.Descrição Paramétrica: Na qual estimamos os valores de certos parâmetros, os quaisassumimos que completam a descrição do conjunto dos dados. Por exemplo: Média, Mediana.
Os parâmetros fundamentais que mostram como as diferentes observações são semel-hantes são conhecidos na literatura como "medidas de tendência central", alguns exemplossão a média, mediana, e a moda. Os parâmetros que mostram como aquelas observaçõesdiferem são "medidas de dispersão�; a variância e o desvio padrão.
A "Inferência estatística" é o processo pelo qual é possível tirar conclusões acerca dapopulação usando informação de uma amostra, constituindo questão central, saber como usaros dados da amostra para obter conclusões acerca da população. A estatística inferencialpermite a generalização, a uma população, de informações obtidas a partir de uma amostrarepresentativa e a tomada de decisão. Dentre as técninas inferencias estão as chamadasdistribuições teóricas; que podem ser usadas para representar fenômenos reais, dentre estas,uma das mais importantes é a distribuição normal, também conhecida como distribuiçãoGaussiana.
A distribuição normal representa, com boa aproximação, as distribuições de freqüênciasobservadas de muitos fenômenos naturais e físicos, é caracterizada por dois parâmetros:média (µ) e o desvio-padrão (σ).
A seguir é apresentadas a descrição estatística para as diversas propriedades térmicasem estudo. A curva pontilhada em azul sobre o histograma representa a função densidade deprobabilidade de uma distribuição normal, a curva cheia em preto representa o polígono de
24
frequência. Na parte superior é possivel analisar a probabilidade acumulativa da propriedadetérmica em questão. Abaixo, na tabela, a uma desrição estatística dos dados. É importanteressaltar a diferença que existe entre o histograma e a curva (pontilhada): o histograma éuma representação da distribuição dos elementos (dados) de uma amostra extraída de umapopulação, enquanto a curva representa a distribuição teórica que melhor se aproxima dohistograma observado.
Figure 3.2: Representação dos dados estatísticos - Condutividade Térmica.
Na Fig 3.2 a função polinomial de interpolação para a probabilidade acumulativa tema seguinte forma: Y = Yo+B1.X +B2.X
2, os coe�cientes B1 e B2 assumem os valores 9,321e -1,213, respectivamente; e a curva intercepta o eixo Y em -14,952, tem R2=0,988. Abaixo,no histograma e na curva polida de frequência, temos como valores descritivos (Obs. os val-ores mostrados estão sem respectivas unidades associadas): média=2,398, mediana=2,371,moda=2,263, desvio padrão=0,296, variância=0,087, máximo=3,537, mínimo=1,641, obliq-uidade=0,632, e curtose=0,707. A assimetria é de 0,456 com a calda curva sendo desviadapara a direita, nestas circunstâncias com a média > mediana > moda a distribuição é as-simétrica positiva ou à direita. O valor de curtose maior que 0,263 indica que a curva é dotipo platicúrtica (menos achatada).
25
Figure 3.3: Representação dos dados estatísticos - Difusividade Térmica.
Na Fig. 3.3 a função polinomial de interpolação para a probabilidade acumulativa tem aseguinte forma: Y = Yo+B1.X+B2.X
2, os coe�cientes B1 e B2 assumem os valores 32,535 e-10,296, respectivamente; e a curva intercepta o eixo Y em -22,945 tem R2=0,977. Abaixo, nohistograma e na curva polida de frequência, temos como valores descritivos (Obs. os valoresmostrados estão sem respectivas unidades associadas): média=1,122, mediana=1,097, a dis-tribuição é amodal, desvio padrão=0,112, variância=0,012, máximo=1,591, mínimo=0,913,obliquidade=0,857 e curtose=1,016. O valor de curtose maior que 0,263 indica que a curvaé do tipo platicúrtica (menos achatada).
26
Figure 3.4: Representação dos dados estatísticos - Capacidade Térmica.
Na Fig. 3.4 a função polinomial de interpolação para a probabilidade acumulativa tema seguinte forma: Y = Yo + B1.X + B2.X
2, os coe�cientes B1 e B2 assumem os valores-62,537 e 17,999, respectivamente; e a curva intercepta o eixo Y em 51,748, tem R2=0,992.Abaixo, no histograma e na curva polida de frequência, temos como valores descritivos(Obs. os valores mostrados estão sem respectivas unidades associadas): média=2, 133x10−6,mediana=2, 155x10−6, moda=2, 165x10−6, desvio padrão=0, 088x10−8, variância=7, 819x1015,máximo=2, 271x10−6, mínimo=1, 627x10−6, obliquidade=-1,851, e curtose=6,841. A assime-tria é de -36,36 com a calda curva sendo desviada para a esquerda, nestas circunstâncias coma moda > média a distribuição é assimétrica negativa ou à esquerda. O valor de curtosemaior que 0,263 indica que a curva é do tipo platicúrtica (menos achatada).
27
Figure 3.5: Representação dos dados estatísticos - Calor Especí�co.
Na Fig. 3.5 a função polinomial de interpolação para a probabilidade acumulativa tema seguinte forma: Y = Yo+B1.X+B2.X
2, os coe�cientes B1 e B2 assumem os valores -86,965e 71,271, respectivamente; e a curva intercepta o eixo Y em 24,070, tem R2=0,99. Abaixo,no histograma e na curva polida de frequência, temos como valores descritivos (Obs. os val-ores mostrados estão sem respectivas unidades associadas): média=0,802, mediana=0,812,a distribuição é amodal, desvio padrão=0,0436, variância=0,00191, máximo=0,8762, mín-imo=0,6271, obliquidade=-1,1684, e curtose=1,885. O valor de curtose maior que 0,263indica que a curva é do tipo platicúrtica (menos achatada).
28
3.3 Intervalos Característicos das Propriedades Térmicas e de Massa
dos Litotipos Estudados
É importante salientar que a�m de encontrar intervalos mais representativos das grandezasestudadas, fazia-se necessário que pelo menos havesse uma amostra em cada vértice doquadrilátero que de�ne um determinado litotipo; dessa forma encontraríamos, teoricamente,os valores máximos dos intervalos das propriedades térmicas estudadas, caracterizando as-sim melhor a rocha em estudo; porém isto não aconteceu, conforme é possível vizualizar noternário anterior (Fig. 3.1), de forma que os intervalos das grandezas podem estar mascara-dos deixando os resultados menos expressivos.
Nas Figs. 3.6 a 3.10 apresentamos a faixa de variação da densidade e das grandezastérmicas analisada para os grupos litológicos de rochas encontrados; Tonalitos, sienitos,quartzo sienito, quartzo monzonito, quartzo monzodiorito, quartzo gabro, quartzo diorito,granodiorito, sienogranito, monzogranito, gabro, e álcali-feldspato granito.
Figure 3.6: Valores de condutividade térmica média para os diferentes litotiposanalisados.
29
Figure 3.7: Valores de difusividade térmica média para os diferentes litotipos anal-isados.
Figure 3.8: Valores da densidade para os diferentes litotipos analisados.
30
Figure 3.9: Valores de capacidade térmica volumétrica média para os diferentesanalisados.
Figure 3.10: Valores de calor especí�co para os diferentes litotipos estudados.
31
Nota-se nas Figs. 3.6, 3.7, 3.9 e 3.10 que os granitos apresentam a maior faixa de vari-ação para as grandezas térmicas analisadas: de 1,64 a 3,53W.m−1.K−1 para a condutividadetérmica, de 0, 91.10−6 a 1, 59.10−6 m2.s−1 para a difusividade térmica, de 1, 62.106 a 2, 26.106
W.m−1.K−1 para a capacidade térmica volumétrica, e de 627 a 866 J.kg−1.K−1 para o calorespecí�co.
A difusividade térmica apresenta o menor intervalo de variação considerando todasas litologias consideradas neste trabalho nas quais ela varia de 0,91 a 1,59 m2.s−1 para adifusividade térmica.
A capacidade térmica volumétrica e o calor especí�co são propriedades de volume, igual-mente à densidade; como esta varia pouco, aquelas apresentam faixas de variação bastantepróximas em todas as litologias.
É importanre ressaltar que o pequeno número de exemplares encontrados de algunstipos rochosos comprometeram, de certa forma, uma melhor caracterização/assinatura destasamostras; sobretudo para o Gabro e o Álcali-feldspatos granito.
3.4 Propriedades Térmicas no Diagrama Ternário AQP
Com os dados da análise modal de 149 amostras de rochas ígneas e ortoderivadas,construímos as distribuições dos parâmetros térmicos analisados em grá�cos ternários AQPStreckeisen. Isso é feito introduzindo uma quarta coluna de dados referente às propriedadestérmicas e densidade das rochas.
Figure 3.11: Ternário das rochas AQP e valores de condutividade térmica.
32
As distribuições para a difusividade térmica, capacidade térmica volumétrica e calorespecí�co são mostradas nas Figs. 3.12, 3.13 e 3.14.
Figure 3.12: Ternário das rochas AQP e valores de difusividade térmica.
Figure 3.13: Ternário das rochas AQP e valores de capacidade térmica volumétrica.
33
Figure 3.14: Ternário das rochas AQP e valores de calor especí�co.
No ternário da Fig.3.11 referindo-se ao conteúdo mineralógico, �ca claro que o incre-mento de quartzo está sempre associado a um aumento da condutividade térmica, em con-trapartida o aumento de plagioclásio nas rochas está sempre associado a uma diminuição dacondutividade térmica. O quartzo possui alta condutividade, em média λ=7,69W.m−1.K−1;já o plagioclásio uma baixa condutividade, em média em média λ=2,31 W.m−1.K−1.
As maiores condutividades dentro do diagrama são obtidas quando são aumentados ospercentuais de quartzo nas amostras, fato que se origina ao aumento de silício, que apesarde não possuir altos valores de condutividade térmica (λ=148 W.m−1.K−1) a organizaçãodo sistema cristalográ�co possibilita ao quartzo, dentro do diagrama, os maiores valores decondutividade térmica. Por essa propriedade especí�ca, o percentual de quartzo presenteem análises micropetrográ�cas determina se a amostra possui altos ou baixos valores decondutividade.
Considerando a composição química dos plagioclásios, em sua grande parte dos ele-mentos cálcio (λ=200 W.m−1.K−1) e sódio (λ=14 W.m−1.K−1), elementos químicos queapresentam elevados valores de condutividade térmica, porém a disposição desses elementosna formação do retículo cristalino não propicia um alto valor de condutividade térmica parao mineral plagioclásio, (Sass, 1973).
A organização da rede cristalina e a predominância de cristais tende a facilitar a con-dução do calor. A vibração da rede cristalina e dos elétrons livres são os processos básicospara explicar a condução térmica em sólidos cristalinos e/ou metálicos, portanto aqueles
34
materiais com maior organização cristalina e mairo quantidade de elétrons livres, de modogeral, tenderão a possuir maiores valores de condutividade térmica. Assim, é fácil perceberque com o aumento da temperatura a organização da rede cristalina �cará comprometida aponto de prejudicar o �uxo de calor.
Em teoria é de esperar-se, portanto, que minerais como quartzo, felspatos e granadas,por exemplo, provoquem uma relativa subida nas medidas de condutividade térmica emrochas, quando se levando em consideração apenas aspectos químicos, pois são elementosricos em sílicio e alumínio. Todavia, os valores medidos para os elementos químicos associados(silicatos, óxidos, etc.) estão quase sempre muito abaixo dos elementos no estado in situ
mostrando assim, uma complexa relação dos tipos de ligações envolvidas (metálica, van derWalls, etc.) e rede cristalina formada (retículos de Bravais), sendo quase sempre inferioresem relação aos elementos no estado puro (Figueiredo, 2006).
Abaixo é possivel vizualizar o comportamento da condutividade térmica em função davariação do teor mineralógico de quartzo, k-feldspato, e plagioclásio.
Figure 3.15: Diagrama QAP e Sentido de aumento da condutividade térmica.
Segue esquema representativo básico, para alguns exemplares, de rochas plutônicas emfunção da condutividade térmica e do conteúdo mineralógico.
35
Figure 3.16: Diagrama ternário para rochas plutônicas com parâmetros de condu-tividade térmica e conteúdo mineralógico.
Observações semelhantes a condutividade são visualizadas para a difusividade térmica,capacidade térmica e calor especí�co, vide respectivos diagramas ternários acima.
3.5 Correlações Microscópicas
Na busca de entender o efeito da mineralogia sobre as propriedades térmicas, foramconfeccionados grá�cos da condutividade térmica, difusividade térmica e capacidade térmicavolumétrica dentro de um mesmo grá�co versus os percentuais de quartzo (Fig. 3.17),plagioclásio (Fig. 3.18), K-feldspato (Fig. 3.19) e má�cos (Fig. 3.20). Ver grá�cos abaixo.
36
Figure 3.17: Relação das propriedades térmicas versus percentual de quartzo dasamostras.
Figure 3.18: Relação das propriedades térmicas versus percentual de plagioclásiodas amostras.
37
Figure 3.19: Relação das propriedades térmicas versus percentual de k-feldspatosdas amostras.
Figure 3.20: Relação das propriedades térmicas versus percentual de má�cos dasamostras.
38
As Figs. 3.17 e 3.18 apresentam as propriedades térmicas em relação ao percentual dequartzo e plagioclásio, respectivamente. Nota-se que com o aumento de quartzo nas rochas aum aumento do seu valor de condutividade, R= 32%. E a diminuição do teor de plagioclásioevidencia um aumento na condutividade térmica, evidenciado pelo R= -0,11%. Para asoutras propriedades não notamos uma tendência de aumento ou diminuição com a variaçãodos teores de quartzo ou plagioclásio.
Não foi notada nenhuma tendência de crescimento ou decrescimento das propriedadestérmicas com a variação dos teores de k-feldspatos (Fig. 3.19).
O crescimento da quantidade de quartzo nas amostras constata que esse mineral exerceum importante controle sobre a condutividade térmica.
A relação dos má�cos (Fig.3.20) evidencia comportamento oposto ao quartzo, com oaumento de má�cos ocorre uma diminuição da condutividade térmica, R= -33%. Nota-seque essa diminuição da condutividade com o aumento de má�cos esta relacionada aquestãode o aumento de má�cos provocar uma diminuição de quartzo nas rochas cristalinas. Oaumento da percentagem de �lossilicatos em especial biotitas e muscovitas potencializamuma queda da condutividade térmica (Clauser e Huenges, 1995).
3.6 Análise Geoquímica
Neste item o objetivo é avaliar as possíveis correlações existentes entre a condutividadetérmica e a química da rocha, enfatizando em especial os elementos maiores. São discutidosaqui os óxidos (elementos) principais formadores de rochas (SiO2, Na2O3, K2O, Al2O3,CaO, Fe2O3, FeO, MgO, MnO, TiO2).
Se considerarmos os principais elementos formadores de minerais na crosta terrestre,temos como os principais elementos constituintes: o Sílicio (Si), Alumínio (Al), Ferro (Fe),Magnésio (Mg), Cálcio (Ca), Potássio (K), Sódio (Na) e Titânio (Ti) (Kirsh, 1965). Osdois elementos mais abundantes, Si e Al, apresentam condutividade térmica de 148 e 237W.m−1.K−1, respectivamente. Dentre os demais elementos destacam-se o Ca, Mg, Na, K eFe com elevadas condutividades, 200, 156, 141, 102, 5, e 80, 2 W.m−1.K−1, respectivamente.Comparando com os elementos citados o Titânio (Ti) é o que apresenta menor condutividade21,9 W.m−1.K−1 e o Alumínio (Al), a maior, chegando a 237 W.m−1.K−1.
39
Figure 3.21: Condutividade Térmica versus Teor de SiO2.
Figure 3.22: Condutividade Térmica versus Teor de Na2O3.
40
Figure 3.23: Condutividade Térmica versus Teor de K2O.
Figure 3.24: Condutividade Térmica versus Teor de Al2O3.
41
Figure 3.25: Condutividade Térmica versus Teor de CaO.
Figure 3.26: Condutividade Térmica versus Teor de Fe2O3.
42
Figure 3.27: Condutividade Térmica versus Teor de FeO.
Figure 3.28: Condutividade Térmica versus Teor de MgO.
43
Figure 3.29: Condutividade Térmica versus Teor de MnO.
Figure 3.30: Condutividade Térmica versus Teor de TiO2.
44
Inicialmente foi possivel observar que a correlação, quando existe, e do tipo linear, assimcomo aquelas observadas com a mineralogia. Este comportamento foi veri�cado principal-mente nas correlações com o SiO2 e o Na2O3. Nestes casos notam-se um comportamentobastante similar ao observado com o quartzo, ou seja, aumento da condutividade térmicacom o incremento de SiO2 e Na2O3, conforme Figs. 3.21 e 3.22.
Quanto ao K2O o resultado não é conclusivo havendo estatisticamente dispersão, comfator de correlação igual ou muito próximo a zero, Fig 3.23.
Nos demais casos os fatores de correlação são sempre baixos todavia apresentando nogeral comportamento inverso, ou seja, tendência de queda da condutividade térmica com oincremento do óxido, sendo observado paraAl2O3, CaO, Fe2O3, FeO, MgO, MnO, TiO2,conforme Figs. 3.24 a 3.30.
Quando realizada uma comparação entre todos os resultados �ca evidente novamente aimportância do SiO2 no aumento da condutividade térmica, pois, observa-se uma tendênciade aumento direto expressivo. Em quase todas as situações os fatores de correlação sãorelativamente baixos com tendências discretas de queda, ou seja o aummento do teor desses(má�cos) propicia uma queda no valor da condutividade térmica.
3.7 Análise Modal
Figure 3.31: Condutividade Térmica aferida em Laboratório versus CondutividadeTérmica calculada via Análise Modal.
45
O estudo comparativo entre a condutividade térmica medida em laboratório e a calcu-lada via análise modal mostrou que, em sua grande maioria, nestas últimas a condutividadetérmica é ligeiramente maior que o valor aferido em laboratório; umas das explicações pos-síveis para essa tendência é o fato de a rocha conter ar nos seus poros, e este pro apresentarbaixo valor de condutividade térmica reduz o valor desta nas aferições feitas em laboratórios.
CAPÍTULO 4
Conclusões Finais
Os resultados obtidos neste trabalho contribuem para o conhecimento das propriedadestérmicas de rochas, particularmente do comportamento das rochas ígneas e ortoderivadas daRegião Nordeste do Brasil. Entre os resultados obtidos, destacamos:
Nas amostras de rochas analisadas a condutividade térmica variou de 1,64 a 3,53W.m−1.K−1, sendo as rochas graníticas as maiores responsável para esse amplo intervalode condutividade. A difusividade térmica variou de 1,00 a 1,59 m2.s−1, e a capacidadetérmica volumétrica de 1,91 a 2,27 W.m−1.K−1.
Os aspectos macroscópicos permitiram avaliar e correlacionar com bom grau de precisãoo efeito da mineralogia (quartzo, plagioclásio, K-feldspatos e má�cos) de alterações com oaumento ou queda da condutividade térmica, servindo assim como ferramenta preditiva parao comportamento da condutividade térmica no meio rochoso.
No que diz respeito aos aspectos mineralógicos o quartzo mostrou as melhores corre-lações, sendo um mineral importante e decisivo no controle da condutividade térmica suaausência ou presença implicarão em resultados muito diferenciados de condutividade tér-mica. Quando ausente à nova fase dominante (feldspatos, má�cos, etc.) determinarão ocomportamento da condução de calor, entretanto sempre com valores mais baixos quandocomparados com os resultados obtidos com o quartzo.
Os resultados experimentais mostram que a condutividade térmica e a difusividadetérmica crescem com o aumento do conteúdo do quartzo presente na amostra e em relaçãoao conteúdo de plagioclásio e má�cos o comportamento veri�cado foi o inverso, ou seja, oaumento do teor nesses elementos causa uma diminuição no valor da condutividade térmica.
A comparação entre os valores da condutividade térmicos aferidas em laboratórios ecalculados via análise modal, mostraram que estas últimas são ligeiramente maiores que asaferidas em laboratórios, por consequência do ar presente nos poros das amostras aferidas,o que causa uma diminuição no valor das referidas propriedades.
46
APÊNDICE A
Amostras, código de unidade geológica, litologia,
coordenadas das amostras, densidade,
propriedades térmicas
47
48
Amostras
Unidade
Litologia
UTM
XUTM
Yρ
λQ
106
κc
(m)
(m)
(kg.m
−3)
(W.m
−1.K
−1)
(J.m
−3.K
−1)
(m2.−
1)
(J.kg−
1.K
−1)
GeA
l150
NP3yit
Álcali-FeldspatoGranito
196236
8,97671E
62,57582
2,795
2,1675
1,2895
841,48029
GeA
l045
NP3yo
Granito
(monzogranito)
790282
8,96364E
62,66347
2,32833
2,165
1,07544
812,84938
GeA
l123
NP3yit
Biotita
monzogranito
180973
8,9503E6
2,59768
2,38
2,21
1,07692
850,75906
GeA
l157
NP3yit
Biotita
monzogranito
198161
8,99487E
62,56584
2,39167
2,15
1,1124
837,9338
GeA
l217
NPyi
Biotita
monzogranito
por-
�rítico
823229
8,98796E
62,58197
2,24833
2,135
1,05308
826,88925
GeA
l289
NP3yit
Biotita
augen
ortognaisse
(monzogranítico)
174935
8,99086E
62,57462
2,06167
1,985
1,03862
770,98607
GeA
l294
NP3yit
Moscovita
monzogranito
182286
8,99498E
62,5953
1,64167
1,6275
1,0087
627,09559
GeA
l324
NP3yit
Monzogranito
200521
8,96374E
62,62693
2,02667
2,09
0,9697
795,60447
GeA
l334
NP3yit
Augen
gnaisse
(monzo-
granítico)
187823
8,97656E
62,60127
2,98667
2,255
1,32446
866,88511
GeA
l525
NPyi
Biotita
monzogranito
793095,199
8,97982E
62,57242
2,72333
2,1025
1,29528
817,32353
GeA
l642
NP3yx
Moscovita
biotita
monzo-
granito
739648
8,87614E
62,58729
2,04667
2,0525
0,99716
793,30028
GeA
l093
NP3yi
Sienogranito
795826
8,97682E
62,69833
3,03333
2,24
1,35417
830,14463
GeA
l158
NP3yit
Sienogranito
199476
8,99747E
62,58912
2,395
2,1075
1,13642
813,98188
GeA
l241
NP3yit
Sienogranito
812671
8,96356E
62,6582
2,14
2,0925
1,0227
787,18534
GeA
l251
NP3yit
Biotita
ortognaisse
(sienogranítico)
829232
8,97673E
62,61696
2,455
2,15
1,14186
821,56247
GeA
l281
NP3yit
Biotita
sienogranito
200167
9,00197E
62,5419
2,615
2,1925
1,1927
862,54337
GeA
l285
NP3yit
Biotita
gnaisse
(sienogranítico)
193941
8,99959E
62,59662
2,09167
1,98
1,0564
762,52864
49
GeA
l306
NP3yit
Biotita
sienogranito
212072
8,99893E
62,6174
2,05333
1,9925
1,03053
761,2504
GeA
l307
NP3yit
Biotita
sienogranito
210824
8,99713E
62,61315
2,555
2,165
1,18014
828,50119
GeA
l309
NP3yit
Sienogranito
204372
8,99303E
62,63156
2,85
2,2375
1,27374
850,25721
GeA
l332
NP3yit
Hornblend
asienogranito
(cataclástico)
185437
8,97415E
62,55997
2,405
2,1475
1,11991
838,876
GeA
l333
NP3yit
Sienogranito
186219
8,97544E
62,5928
3,00333
2,16
1,39043
833,0767
GeA
l340
NP3yit
Biotita
sienogranito
194464
8,98749E
62,58819
2,03
1,9825
1,02396
765,97822
GeA
l685
NP3yx
Biotita
augeng-
naisse(sienogranítico)
759323
8,87896E
62,58795
2,05
2,0825
0,98439
804,69124
GeA
l053
NP3yit
Biotita
grandodiorito
799731
8,95002E
62,90039
2,305
2,12
1,08726
730,93622
GeA
l061
NP3yit
Biotita
granodiorito
800889
8,96108E
62,63057
2,45
2,185
1,12128
830,61701
GeA
l218
NPyi
Hornblend
agranodiorito
820211
8,98811E
62,72537
2,305
2,15
1,07209
788,88402
GeA
l313
NP3yit
Biotita
granodiorito
204975
8,98526E
62,59149
2,89333
2,245
1,28879
866,2986
GeA
l356
NPyi
Biotita
granodiorito
793243
8,94357E
62,65131
2,485
2,1325
1,1653
804,32076
GeA
l091
NP3yi
An�
bólio
quartzomonzodi-
orito
797401
8,9725E6
2,54123
2,24
2,125
1,05412
836,20883
GeA
l193-A
NP3yit
Biotita
quartzomonzodior-
ito
249614
9,00639E
62,591
2,11667
2,105
1,00554
812,42763
GeA
l048
NP3yi
Hornblend
aquartzo
mon-
zonito
800606
8,96373E
62,62854
2,24667
2,065
1,08797
785,60647
GeA
l054
NP3yit
Biotita
ortognaisse
(quartzo-m
onzonítico)
798577
8,951E
62,696
2,30833
2,1625
1,06744
802,11424
GeA
l113
NPyi
Biotita
quartzomonzonito
783852
8,94299E
62,87006
2,45
2,155
1,13689
750,85479
50
GeA
l145
NP3yit
Biotita
augen
gnaisse(quartzo-
mozonítico)
199707
9,01326E
62,63326
2,42833
2,2175
1,09508
842,11295
GeA
l222
NPyi
An�
bólio
alcalin
obiotita
quartzo-monzonito
810023
8,98629E
62,72419
2,27333
2,14
1,06231
785,55435
GeA
l224-A
NPyi
An�
bólio
alcalin
obiotita
quartzo-monzonito
804343
8,98587E
62,672
2,2
2,0875
1,05389
781,25
GeA
l247
NP3yit
Biotita
augen
ortognaisse
(quartzo-m
onzonítico)
178736
8,96815E
62,68958
2,26333
2,15
1,05271
799,38188
GeA
l249
NP3yit
Biotita
augen
ortognaisse
(quartzo-m
onzonítico)
175404
8,97065E
62,64966
2,70167
2,2225
1,2156
838,78676
GeA
l177
NP3yit
Augen
gnaisse
(quartzo-
sienítico)
231935
9,00776E
62,59072
3,13167
2,27
1,37959
876,20351
GeA
l179
NP3yit
Biotita
augen
gnaisse
(quartzo-sienítico)
230806
9,01349E
62,65797
2,17833
2,1325
1,02149
802,30262
GeA
l288
NP3yit
Biotita
hornblenda
augen
ortognaisse
(quartzo-
sienítico
aquartzo-
monzonítico)
173466
8,99034E
62,72551
2,29833
2,1775
1,05549
798,93289
GeA
l295
NP3yit
Biotita
quartzo-sienito
183762
8,99556E
62,65845
2,085
1,965
1,06107
739,15165
GeA
l329
NP3yit
Hornblend
aaugen
gnaisse
(quartzo-sienítico)
177941
8,97226E
62,67521
1,89167
2,01
0,94113
751,34319
GeA
l524
Eyab
Quartzo-m
onzonito
792093
8,98121E
62,59009
2,69833
2,24
1,20461
864,83549
GeA
l335
NP3yit
Aegirina
augita
gnaisse
(sienítico)
187998
8,97749E
62,59729
2,125
2,1075
1,0083
811,42316
51
GeA
l336
NP3yit
Aegirina
augita
gnaisse
(sienítico)
187343
8,97921E
62,64746
2,00833
2,0525
0,97848
775,27196
GeB
a018-B
PPytp
Biotita
monzogranito
598395
8,70197E
62,67969
2,62778
2,188
1,201
816,51201
GeB
a020
PPytp
Biotita
monzogranito
596843
8,70103E
62,62799
2,83833
2,205
1,28723
839,04456
GeB
a163
PPytp
Biotita
monzogranito
615523
8,7151E6
2,606
2,335
2,095
1,11456
803,91404
GeB
a019
PPytp
Biotita
quartz
omonzodior-
ito
598260
8,70182E
62,67587
2,71167
2,1425
1,26566
800,67402
GeB
a098
PPytp
Biotita
quartzomonzodior-
ito
604449
8,6994E6
2,62076
2,51667
2,16
1,16512
824,1883
GeB
a100-B
PPytp
Biotita
hornblenda
quartzo
monzodiorito
600970
8,70387E
62,578
2,38333
2,105
1,13222
816,52444
GeB
a169-A
PPytp
Ortognaissequartzomonzo-
diorítico
607677
8,71406E
62,62
2,95556
2,16
1,36831
824,42748
GeB
a008-A
PPytp
Hornblend
a-biotita
gran-
odiorito
596709
8,70152E
62,64949
2,47667
2,135
1,16003
805,81617
GeB
a008-B
PPytp
Biotita
quartzodiorito
596709
8,70152E
62,74349
2,72667
2,1675
1,25798
790,05199
GeB
a018-A
PPytp
Hornblend
aquartzodiorito
598395
8,70197E
62,78482
2,50111
2,092
1,19556
751,21649
GeB
a022
PPytp
Biotita-hornblend
aquartzo
diorito
593846
8,69526E
62,68828
2,68333
2,145
1,25097
797,90698
GeB
a100-A
PPytp
Biotita
quartzomonzonito
600970
8,70387E
62,59768
2,63167
2,165
1,21555
833,43591
52
GeB
a161
PPytp
Biotita
tonalito
614577
8,71487E
62,689
2,59111
2,154
1,20293
801,04128
GeP
b094
NP3yit
Biotita
monzogranito
233656
9,1757E6
2,58342
2,45333
2,1675
1,13187
839,00272
GeP
b170
PP3ysj
Biotita
ortognaisse
(tonalítico)
224256
9,20931E
62,67599
2,26667
2,02667
1,11842
757,35287
GeP
b095
NP3yit
Hornblend
aortognaisse
monzogranítico
233246
9,17399E
62,65929
2,45167
2,18667
1,12119
822,27474
GeP
b155
NP1yr
Biotita
augen
ortognaisse
(monzograníto)
232665
9,22302E
62,7839
1,88167
1,8525
1,01574
665,43288
GeP
b003
NP3yit
Hornblend
asienogranito
262177
9,18732E
62,61695
2,67667
2,235
1,19761
854,04917
GeP
b073-A
PP3ysj
Sienogranito
235316
9,20674E
62,60732
3,535
2,2225
1,59055
852,40938
GeP
b214
NP1yf
Gnaisse
(sienogranítico)
243021
9,24358E
62,624
2,77167
2,2
1,25985
838,41476
GeP
b225
NP3yit
Biotita
sienogranito
263009
9,24348E
62,63802
3,09667
2,2625
1,36869
857,65149
GeP
b226
NP3yit
Biotita
sienogranito
260191
9,24504E
62,6316
2,43
2,158
1,12604
820,03475
GeP
b143
PP3ysj
Hornblend
abiotita
ortog-
naisse
granodiorítico
237278
9,19969E
62,74982
2,15167
1,96
1,09779
712,77378
GeP
b145
PP3ysj
Biotita
gnaisse
(granodi-
orítico)
234956
9,20931E
62,71604
2,19
2,25
0,97333
828,41227
GeP
b204-B
NP3yit
Hornblend
abiotitagnaisse
(granodioritico)
234922
9,2284E6
2,62947
2,33333
2,2475
1,03819
854,73612
53
GeP
b033
PP3ysj
Biotita
ortognaissequartzo
diorítico
214937
9,1911E6
2,66884
2,26333
2,175
1,04061
814,96089
GeP
b153
NP1yr
Biotita
hornblenda
ortog-
naissequartzomonzodiorito
233756
9,22561E
62,76231
2,395
2,2425
1,068
811,82097
GeP
b262
NP3yit
Biotita
hornblenda
quartzo-
monzodiorito
231741
9,23908E
62,742
2,185
2,1075
1,03677
768,59956
GeP
b264
NP3yit
Hornblend
abiotitaquartzo-
monzodiorito
233791
9,23741E
62,763
1,905
2,03
0,93842
734,70865
GeP
b060
PP3ysj
Ortognaisse
(quartzo-
monzonítico),
231092
9,19676E
62,59153
2,4
2,225
1,07865
858,56623
GeP
b162
NP1yf
Biotita
augen
gnaisse
quartzo-monzonítico
221761
9,2151E6
2,64833
2,22167
2,1975
1,011
829,76737
GePe166
MP1yst
Biotita
ortognaisse
tonalítico
228890
9,12687E
62,77173
2,25333
2,165
1,0408
781,10153
GePe026
NP1yob
Moscovita-biotita
granito
200113
9,06661E
62,60595
2,42333
2,14
1,1324
821,19702
GePe033
NP3yit
Biotita
monzogranito
194549
9,04839E
62,57753
2,37833
2,205
1,07861
855,46884
GePe050
NP3yit
Hornblend
a-biotita
monzo-
granitopor�rítico
259450
9,04297E
62,65975
2,19667
2,1725
1,01112
816,8063
GePe132
PP4ysp
Biotita
augengnaissemon-
zogranítico
238933
9,1359E6
2,68784
2,24167
2,1475
1,04385
798,96914
GePe183
NP3ysm
Biotita
monzogranito
leu-
cocrático
228289
9,15657E
62,63841
2,685
2,18667
1,2279
828,78279
GePe191
NP3yit
Biotita
monzogranito
por-
�rítico
237829
9,1693E6
2,702
2,6
2,1975
1,18316
813,28645
54
GePe239
NP3yit
Biotita
monzogranito
por-
�rítico
251794
9,05637E
62,61779
2,64667
2,1825
1,21268
833,7194
GePe240
NP3yit
Biotita
granitopor�rítico
255547
9,05516E
62,63057
2,75833
2,2375
1,23277
850,57697
GePe254
NP3yit
Biotita
monzogranito
por-
�rítico
243889
9,03318E
62,60328
2,65833
2,21
1,20287
848,92838
GePe257
NP1yob
Biotita
monzogranito
236025
9,04329E
62,5263
2,16667
2,0675
1,04796
818,39115
GePe289
NP3yit
Biotita
ortognaissemonzo-
granítico
244800
9,073E
62,65363
2,13
2,0775
1,02527
782,88881
GePe294
NP3yit
Biotita
monzogranito
241346
9,08902E
62,59403
2,48
2,2275
1,11336
858,70126
GePe298
NP3yit
Biotita
monzogranito
182882
9,04303E
62,63313
2,06333
1,9675
1,04871
747,21013
GePe310
NP1yob
Moscovita-biotita
monzo-
granito
194339
9,05467E
62,59158
2,165
2,0775
1,04212
801,63465
GePe317
NP1yob
Moscovita-biotita
monzo-
granito
184954
9,02697E
62,59151
2,11667
2,195
0,96431
846,99563
GePe345
NP3yit
Biotita
monzogranito
270993
9,08103E
62,64172
2,62167
2,1675
1,20953
820,48772
GePe378
NP1yob
Biotita
monzogranito
203265
9,05475E
62,58532
2,9
2,2225
1,30484
859,66238
GePe381
NP3yit
Biotita
monzogranito
209137
9,05576E
62,60543
2,59167
2,22
1,16742
852,06709
GePe007
NP3yit
Biotita
sienogranito
por-
�rítico
227993
9,08975E
62,62986
2,73167
2,1975
1,24308
835,59577
GePe103
NP3yit
Hornblend
asienogranito
217364
9,0817E6
2,58708
2,52667
2,14
1,18069
827,18813
GePe117
NP3yit
Biotita
sienogranito
244006
9,16704E
62,64538
2,69833
2,1625
1,24778
817,46323
GePe155
PP4ysp
Biotita
ortognaisse
sienogranítico
229035
9,12129E
62,63244
2,595
2,0425
1,2705
775,89623
GePe203
NP3ysm
Biotita
sienogranito
258332
9,1814E6
2,5922
2,61333
2,205
1,18519
850,62939
GePe270
NP3yit
Biotita
sienogranito
251074
9,02392E
62,63559
2,17333
2,1625
1,00501
820,50056
55
GePe078
NP3yit
Biotita
sienogranito
por-
�rítico
254402
9,09061E
62,66392
2,74167
2,2425
1,22259
841,80594
GePe221
NP3yit
Biotita
granodiorito
263547
9,08723E
62,609
2,485
2,135
1,16393
818,3212
GePe060
NP3yit
Quartzo
diorito
250174
9,08889E
62,75895
2,00333
2,1925
0,91372
794,68551
GePe097
NP3yit
Biotita
quartzodiorito
214593
9,07761E
62,7883
2,07667
1,955
1,06223
701,14481
GePe156
MP1yst
Biotita
ortognaissequartzo
diorítico
224803
9,12371E
62,81519
2,02167
2,0125
1,00455
714,87147
GePe383
NP3yit
Quartzo
diorito
215957
9,05597E
62,76535
2,24833
2,23
1,00822
806,4081
GePe165
PP4ysp
Biotita
ortognaissequartzo
monzo
diorito
232528
9,1244E6
2,75586
2,11
2,0925
1,00836
759,2903
GePe250
NP3yit
Biotita
quartzomonzodior-
ito
252537
9,0328E6
2,72302
2,04
2,1525
0,94774
790,4813
GePe293
NP3yit
Biotita
quartzomonzodior-
ito
240992
9,09235E
62,70739
2,13833
2,075
1,03052
766,42183
GePe261
NP3yit
Hornblend
a-biotitaquartzo
monzonítico
235391
9,0271E6
2,62052
2,35667
2,16
1,09105
824,26283
GePe222
NP3yit
Biotita
quartzosienito
263443
9,08083E
62,60133
2,75333
2,2125
1,24444
850,52662
GeSe360
NP3ygohHornblend
a-biotita
gran-
odiorito
697647
8,86946E
62,76087
2,25167
2,14
1,05218
775,11686
GeSe
371-A
NP3ygobBiotita
tonalito
708015
8,88056E
62,73026
2,05333
2,0325
1,01025
744,43424
GeSe
382-A
NP3ylgr
Biotita-m
oscovita
leucogra-
nodioritofoliado
716388
8,88822E
62,63079
2,52167
2,105
1,19794
800,13914
GeSe383
NP3ylgr
Biotita-m
oscovita
leucogra-
nodioritofoliado
720090
8,88951E
62,64596
2,76167
2,175
1,26973
822,00674
56
GeSe
397-B
NP3ylgr
Biotita-m
oscovita
leuco
tonalitoagranodiorito
723800
8,8767E6
2,6382
2,32333
2,125
1,09333
805,474
GeSe450
NP3ylgr
Moscovita-biotita
leucogra-
nodiorito
698053
8,86164E
62,64689
2,26333
2,186
1,03538
825,87635
GeSe451
NP3ylgr
Moscovita
leucogranodior-
itoagranito
700673
8,86209E
62,68387
2,71667
2,205
1,23205
821,5745
GeSe
460-A
NP3ygohHornblend
a-biotita
gran-
odiorito
702031
8,88745E
62,72525
2,26333
2,1725
1,04181
797,17407
GeSe594
NP3ylgr
Biotita-m
oscovita
leucogra-
nodiorito
704358,204
8,87187E
62,636
2,37167
2,145
1,10567
775,20781
GeSe595
NP3ygohHornblend
a-biotita
gran-
odiorito
705388,204
8,87145E
62,696
2,56
2,205
1,161
817,87834
GeSe599
NP3ylgr
Moscovita-biotita
leucogra-
nodiorito
719375,801
8,87626E
62,566
2,07
2,1075
0,98221
821,31723
GeSe
603-A
NP3ylgr
Moscovita-biotita
granodi-
oritognaissoso
710833
8,89213E
62,55744
2,645
2,19
1,20776
856,32598
GeSe
604-A
NP3ylgr
Biotita-m
oscovita
granodi-
oritognaissoso
709328
8,89263E
62,56352
2,61167
2,11667
1,23386
825,68839
GeSe418
NP3yca
Hornblend
a-biotitaquartzo
dioritognaisse
687671
8,88608E
62,79653
2,065
2,07
0,99758
740,20191
GeSe462
NP3yca
Biotita-hornblend
aquartzo
diorito
699711
8,88946E
62,81927
2,26
2,075
1,08916
736,00634
GeSe463
NP3yca
Quartzo
dioritoganissoso
699711
8,88946E
62,79222
2,04833
2,03
1,00903
727,0191
GeSe
464-A
NP3yca
Hornblend
a-biotitaquartzo
diorito
699511
8,89039E
62,75153
2,28833
2,1375
1,07057
776,84001
57
GeSe572
NP3ygohHornblend
a-biotitaquartzo
dioritognaissoso
688318
8,841E
62,863
2,61111
2,052
1,27247
716,7307
GeSe
591-C
NP3yca
Biotita-hornblend
a-quartzo
dioritoagabro
704186,541
8,8895E6
2,734
2,14
2,1425
0,99883
783,65033
GeSe
592-A
NP3yca
Biotita-quartzo
diorito
agabro
702743,533
8,88829E
62,785
2,05833
2,02
1,01898
725,31418
GeSe593
NP3yca
Hornblend
a-biotita-quartzo
dioritoagabro
698291,205
8,86869E
62,767
2,235
2,165
1,03233
789,28181
GeSe447
NP3ylgr
Biotita-m
oscovita
quartzo
leucosienitognaissoso
697733
8,86674E
62,65502
2,29222
2,136
1,07314
804,51233
GeSe237
NP3ygohBiotia-hornblenda
quartzo
monzodiorito
644841
8,84806E
62,75781
2,28
2,075
1,0988
752,40815
GeSe
399-A
NP3ypp
Biotita
monzogranito
724417
8,8763E6
2,74103
2,13167
2,125
1,00314
775,25698
GeSe485
NP3ylgr
Moscovita-biotita
leuco
monzogranito
720992
8,8711E6
2,6415
2,23667
2,165
1,0331
819,61007
GeSe
522-A
NP3ypp
Biotita
granitopor�rítico
736108
8,86654E
62,68944
2,48
2,2075
1,12344
820,80355
GeSe528
NP3ylgr
Biotita
granito
665227
8,83944E
62,67323
2,37333
2,0825
1,13966
779,01897
GeSe529
NP3ylgr
Biotita
granito
665227
8,83944E
62,67549
2,55
2,1525
1,18467
804,52559
GeSe598
NP3ypp
Biotita
monzogranito
por-
�rítico
715536,81
8,87733E
62,599
2,37167
2,1625
1,09672
832,05079
GeSe602
NP3ylgr
Biotita-m
oscovita
monzo
granitognaissoso
721209
8,88626E
62,59065
2,92333
2,1675
1,34871
836,66203
58
GeSe
504-A
NP3yca
Gabro
719974
8,86233E
62,88662
2,17333
1,9075
1,13936
660,80656
GeSe446
NP3ylgr
Biotita-m
oscovita
leuco
sienogranito
gnaissoso
688648
8,8789E6
2,63926
2,25444
2,126
1,06042
805,52931
GeSe373
NP3ygobBiotitatonalito
706878
8,88214E
62,73111
2,26
1,94
1,16495
710,33335
GeSe596
NP3ygobMoscovita-biotita
tonalito
715502,204
8,87729E
62,68
2,13
2,115
1,00709
789,1791
GeSe597
NP3ygobMoscovita-biotita
tonalito
719341,203
8,87621E
62,674
2,41333
2,18
1,10703
815,25804
TableA.1:Amostra,código
daun
idadegeológica,litolo-
gia,
localização,densidade,propriedades
térm
icas.
60
Amostras
Com
posiçãoMineralagógica(A
náliseModal)
GeA
l045
Plagioclásio39%;microclina36%;quartzo22%;biotita2%
;opacos
1%;zircão
(Tr).
GeA
l048
Plagioclásio41%;ortoclásio
32%;quartzo12%;hornblenda
10%;biotita3%
;opacos
1%;titanita
1%;apatita(Tr);
zircão
(Tr).
GeA
l053
Ortoclásiomicroclinizado52%;quartzo28%;plagioclásio
15%;biotita5%
;opacos
(Tr);zircão
(Tr).
GeA
l054
Plagioclásio50%;ortoclásio
32%;quartzo7%
;biotita7%
;hornblenda
3%;opacos
1%;titanita
(Tr);apatita(Tr).
GeA
l061
Plagioclásio57%;quartzo27%;microclina8%
;biotita6%
;opacos
1%;titanita
1%;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeA
l091
Ortoclásio62%;p
lagioclásioalbítico
18%;q
uartzo
10%;an�
bólio
7%;b
iotita
2%;opacos+titanita
1%;apatita
(Tr).
GeA
l093
Ortoclásiomicroclinizado49%;plagioclásio
27%;quartzo20%;biotita3%
;opacos
1%;zircão
(Tr).
GeA
l113
Ortoclásio/microclina40%;plagioclásio
31%;quartzo22%;biotita6%
;opacos
1%;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeA
l123
Microclina39%;plagioclásio
32%;quartzo21%;biotita6%
;opacos
1%;titanita
1%;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeA
l145
Microclina42%;plagioclásio
35%;quartzo18%;biotita5%
;titanita
(Tr);opacos
(Tr);apatita(Tr).
GeA
l150
Microclina47%;quartzo30%;albita
18%;aegirina
augita
5%;opacos
(magnetita)(Tr);titanita
(Tr);calcita(Tr).
GeA
l157
Ortoclásiomicroclinizado37%;plagioclásio
33%;quartzo22%;biotita5%
;moscovita
2%;opacos
1%;zircão
(Tr).
GeA
l158
Ortoclásiomicroclinizado52%;quartzo25%;plagioclásio
20%;biotita3%
;opacos
(Tr);zircão
(Tr);apatita(Tr).
GeA
l177
Ortoclásio/microclina58%;plagioclásio
20%;quartzo17%;opacos
3%;biotita2%
;apatita(Tr).
GeA
l179
Ortoclásio+
microclina54%;plagioclásio
20%;quartzo12%;biotita7%
;an�b
ólio
3%;titanita
2%;opacos
2%;
apatita(Tr).
GeA
l193-A
Plagioclásio54%;ortoclásio
27%;quartzo15%;biotita3%
;opacos
1%;apatita(Tr).
GeA
l217
Plagioclásio37%;ortoclásio/m
icroclina33%;quartzo20%;biotita5%
;an�b
ólio
alcalin
o2%
;epídoto+
titanita
2%;
opacos
1%;apatita(Tr);zircão(Tr).
GeA
l218
Plagioclásio44%;quartzo27%;ortoclásio
17%;hornblenda
6%;biotita4%
;epídoto+
titanita
2%;opacos
(Tr);
apatita(Tr).
GeA
l222
Ortoclásio/microclina44%;plagioclásio
32%;biotita10%;quartzo7%
;an�b
ólio
alcalin
o5%
;opacos
1%;epídoto+
titanita
1%;apatita(Tr).
61
GeA
l224-A
Plagioclásio38%;ortoclásio/m
icroclina32%;quartzo17%;biotita7%
;an�b
ólio
alcalin
o5%
;opacos
1%;titanita
(Tr);apatita(Tr).
GeA
l241
Ortoclásio52%;plagioclásio
25%;quartzo20%;biotita3%
;opacos
(Tr);titanita
(Tr);alanita(Tr);apatita(Tr).
GeA
l247
Ortoclásio46%;p
lagioclásio30%;q
uartzo
18%;b
iotita
5%;titanita1%
;opacos(Tr);apatita
(Tr);alanita
(Tr);zircão
(Tr).
GeA
l249
Plagioclásio40%;ortoclásio
38%;quartzo12%;biotita5%
;hornblenda
2%;titanita
1%;opacos
(Tr);apatita(Tr);
zircão
(Tr).
GeA
l251
Microclina48%;plagioclásio
25%;quartzo20%;biotita5%
;moscovita
2%;opacos
(Tr);apatita(Tr);Zircão(Tr).
GeA
l281
Ortoclásio49%;q
uartzo
27%;p
lagioclásio15%;b
iotita
5%;m
oscovita
2%;opacos1%
;epídoto
+titanita
1%;apatita
(Tr);zircão
(Tr).
GeA
l285
Ortoclásio/microclina51%;q
uartzo
26%;p
lagioclásio15%;b
iotita
5%;m
oscovita
2%;opacos1%
;apatita
(Tr);zircão
(Tr).
GeA
l288
Ortoclásiopertítico49%;plagioclásio
28%;quartzo8%
;hornblenda
7%;biotita5%
;opacos
2%;titanita
1%;apatita
(Tr).
GeA
l289
Ortoclásio42%;plagioclásio
28%
Quartzo
22%;biotita7%
;opacos
1%;epídoto(Tr);titanita
(Tr);apatita(Tr);
zircão
(Tr).
GeA
l294
Ortoclásio/microclina35%;plagioclásio
30%
Quartzo
27%;moscovita
5%;biotita2%
;Óxidosde
ferro1%
.GeA
l295
Ortoclásio52%;plagioclásio
27%;quartzo12%;biotita5%
;hornblenda
2%;titanita
1%;epídoto1%
;opacos
(Tr);
apatita(Tr).
GeA
l306
Ortoclásio/microclina52%;quartzo21%;plagioclásio
20%;biotita5%
;opacos
1%;alanita1%
;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeA
l307
Ortoclásio/microclina49%;quartzo25%;plagioclásio
21%;biotita5%
;opacos
1%;alanita1%
;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeA
l309
Ortoclásio/microclina47%;quartzo30%;plagioclásio
18%;biotita3%
;opacos
2%;alanita(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
62
GeA
l313
Plagioclásiosódico
65%;quartzo20%;microclina10%;biotita3%
;opacos
1%;titanita
+epídoto1%
;zircão
(Tr).
GeA
l324
Ortoclásio/Microclina39%;Quartzo
28%;Plagioclásio26%;Hornblend
a3%
;Epídoto
2%;Opacos1%
;Titanita1%
;Apatita
(Tr).
GeA
l329
Ortoclásio+
microclina59%;quartzo18%;plagioclásio
+albita
15%;hornblenda
5%;aegirina-augita2%
;opacos
1%;titanita
(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeA
l332
Microclina(pertítica
elím
pida)46%;quartzo
28%;p
lagioclásio20%;h
ornblend
a5%
;opacos1%
;titanita(Tr);epídoto
(Tr);zircão
(Tr).
GeA
l333
Ortoclásio+
microclina44%;quartzo32%;plagioclásio
18%;hornblenda
3%;opacos
2%;epídoto1%
;titanita
(Tr);
zircão
(Tr).
GeA
l334
Ortoclásio+microclina33%;p
lagioclásioalbítico
32%;q
uartzo
28%;aegirina-augita
+an�b
ólioalcalin
o3%
;biotita
2%;opacos
1%;titanita
1%;apatita(Tr).
GeA
l335
Ortoclásio+
microclina62%;plagioclásio
cálcio
alcalin
o+
albita
22%;aegirina
augita
12%;Fe-hastingsita
3%;
titanita
1%;apatita(Tr).
GeA
l336
Ortoclásio+microclina60%;p
lagioclásiocálcioalcalin
o+albita
27%;aegirinaaugita
10%;F
e-hastingsita2%
;opacos
1%;titanita
(Tr);epídoto(Tr);apatita(Tr).
GeA
l340
Ortoclásio57%;quartzo25%;plagioclásio
12%;biotita5%
;opacos
1%;zircão
(Tr).
GeA
l356
Plagioclásio43%;quartzo35%;microclina15%;biotita7%
;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeA
l524
Ortoclásio41%;plagioclásio
35%;quartzo17%;hornblenda
3%;opacos
2%;biotita1%
;titanita
1%;alanita(Tr);
apatita(Tr);Zircão(Tr).
GeA
l525
Ortoclásio45%;plagioclásio
28%;quartzo19%;biotita5%
;titanita
2%;opacos
1%;apatita(Tr);alanita(Tr).
GeA
l642
Ortoclásio36%;q
uartzo
28%;p
lagioclásio25%;b
iotita
+moscovita
5%;epídoto
3%;opacos2%
;titanita1%
;apatita
(Tr);zircão
(Tr).
GeA
l685
K-Feldspatos(ortoclásio+
microclina)
51%;quartzo27%;plagioclásio
(cálcioalcalin
o+
albita)15%;biotita5%
;opacos
1%;epídoto1%
;titanita
(Tr);alanita(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
63
GeB
a008-A
Plagioclásio54%;quartzo21%;microclina12%;biotita7%
;hornblenda
5%;alanita1%
;opacos
(tr);apatita(tr);
zircão
(tr).
GeB
a008-B
Plagioclásio78%;quartzo15%;biotita
7%;opacos
(Tr);zircão(Tr).
GeB
a018-A
Plagioclásio63%;hornblenda
18%;quartzo12%;biotita5%
;opacos
2%;alanita(Tr);apatita(Tr).
GeB
a018-B
Plagioclásio43%;microclina31%;quartzo20%;biotita6%
;opacos
(tr);alanita(tr);apatita(tr);zircão
(tr).
GeB
a019
Plagioclásio65%;quartzo18%;microclina10%;biotita
7%;opacos
+titanita
(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeB
a020
Plagioclásio48%;microclina25%;quartzo20%;biotita7%
;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeB
a022
Plagioclásio69%;quartzo15%;hornblenda
8%;biotita6%
;microclina2%
;opacos
(Tr);titanita
(Tr);apatita(Tr);
zircão
(Tr).
GeB
a098
Plagioclásio61%;microclina17%;quartzo15%;biotita5%
;hornblenda
1%;opacos
1%;apatita(Tr);zircão
(Tr
GeB
a100-A
Plagioclásio50%;microclina28%;quartzo17%;biotita5%
;apatita(Tr);opacos
(Tr);zircão
(Tr).
GeB
a100-B
Plagioclásio60%;quartzo15%;hornblenda
10%;biotita
8%;microclina7%
;opacos
(Tr);apatita(Tr).
GeB
a161
Plagioclásio57%;quartzo28%;biotita
12%;microclina2%
;titanita
+epídoto1%
;alanita(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeB
a163
Ortoclásio37%;plagioclásio
35%;quartzo21%;biotita6%
;titanita
+epídoto1%
;opacos
(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeB
a169-A
Plagioclásio70%;microclina12%;quartzo10%;epídoto5%
;biotita2%
;opacos
1%;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeP
b003
Ortoclásio44%;plagioclásio
22%;quartzo19%;hornblenda
12%;titanita
2%;opacos
1%;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeP
b033
Plagioclásio74%;quartzo18%;biotita7%
;opacos
1%;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeP
b060
Microclinapertítica(ortoclásiomicroclinizado)
42%;plagioclásio
37%;quartzo18%;biotita3%
;opacos
(Tr);zircão
(Tr).
GeP
b073-A
Ortoclásio53%;q
uartzo
27%;p
lagioclásio15%;b
iotita
2%;o
pacos2%
;alanita
+epídoto+
apatita1%
;zircão(Tr).
GeP
b094
Microclina48%;plagioclásio
27%;quartzo19%;biotita5%
;opacos
1%;titanita
(Tr)
Apatita
(Tr);zircão
(Tr).
GeP
b095
Plagioclásio40%;q
uartzo
25%;m
icroclina22%;h
ornblend
a7%
;biotita
3%;a
egirina-augita
2%;titanita1%
;apatita
(Tr);zircão
(Tr).
64
GeP
b143
Plagioclásio42%;microclina21%;quartzo19%;biotita12%;hornblenda
5%;opacos
1%;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeP
b145
Plagioclásio46%;quartzo27%;biotita12%;microclina10%;granada5%
;opacos
(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeP
b153
Plagioclásio56%;quartzo18%;microclina10%;hornblenda
8%;biotita5%
;titanita
2%;opacos
1%;apatita(Tr);
zircão
(Tr).
GeP
b155
Plagioclásio35%;microclina31%;quartzo19%;biotita11%;hornblenda
3%;titanita
1%;opacos
(Tr);apatita(Tr).
GeP
b162
Ortoclásio/microclina47%;p
lagioclásio27%;q
uartzo
18%;b
iotita
5%;o
pacos1%
;apatita
(Tr);zircão(Tr);v
ênulas
(calcita)2%
.GeP
b170
Plagioclásio68%;quartzo18%;biotita7%
;epídoto+
titanita
5%;opacos
2%;apatita(Tr).
GeP
b204-B
Plagioclásio55%;quartzo20%;microclina10%;biotita8%
;hornblenda
5%;epídoto+
titanita
2%;apatita(Tr);
zircão
(Tr).
GeP
b214
Ortoclásio/microclina55%;quartzo28%;plagioclásio
12%;biotita3%
;moscovita
2%;opacos
(Tr);apatita(Tr);
zircão
(Tr).
GeP
b225
Ortoclásio/microclina44%;quartzo29%;plagioclásio
18%;biotita5%
;moscovita
3%;opacos
1%;turm
alina(Tr);
apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeP
b226
Ortoclásio44%;quartzo28%;plagioclásio
17%;biotita5%
;moscovita
3%;turm
alina2%
;opacos
1%;apatita(Tr);
zircão
(Tr).
GeP
b262
Plagioclásio43%;ortoclásio
20%;quartzo15%;hornblenda
12%;biotita8%
;titanita
2%;opacos
(Tr);apatita(Tr)
GeP
b264
Plagioclásio42%;Ortoclásio20%;quartzo16%;biotita12%;hornblenda
8%;titanita
2%;opacos
(Tr);apatita(Tr);
zircão
(Tr).
GePe007
Ortoclásio+
Microclina46%;quartzo26%;plagioclásio
18%;biotita7%
;opacos
2%;epídoto1%
;titanita
(Tr);
apatita(Tr);Zircão(Tr).
GePe026
Ortoclásio37%;quartzo28%;plagioclásio
27%;biotita5%
;moscovita
3%;opacos
(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GePe033
Ortoclásio48%;plagioclásio
28%;quartzo21%;biotita2%
;epídoto1%
;titanita
(Tr);opacos
(Tr);apatita(Tr).
GePe050
Ortoclásio36%;p
lagioclásio31%;quartzo
22%;b
iotita
7%;titanita2%
;alanita
1%;epídoto
(Tr);opacos(Tr);apatita
(Tr);zircão
(Tr).
65
GePe060
Plagioclásio68%;quartzo13%;biotita10%;microclina5%
;titanita
2%;opacos
2%;apatita(Tr).
GePe078
Ortoclásio42%;quartzo28%;plagioclásio
22%;biotita7%
;opacos
1%;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GePe097
Plagioclásio(A
ndesinaAn31)63%;biotita12%;quartzo10%;microclina7%
;hornblenda
5%;titanita
2%;opacos
1%;apatita(Tr).
GePe103
Ortoclásio+
Microclina46%;quartzo28%;plagioclásio
saussuritizado
+albita
22%;biotita4%
;moscovita
(Tr);
opacos
(Tr);apatita(Tr).
GePe117
Microclinapertítica+
Microclinalím
pida
60%;quartzo19%;plagioclásio
cálcico+
albita
14%;biotita5%
;epídoto
2%;opacos
(Tr);titanita
(Tr);apatita(Tr).
GePe132
Ortoclásio+
Microclina39%;plagioclásio
cálcico+
albita
27%;quartzo23%;biotita8%
;titanita
2%;opacos
1%;
apatita(Tr);zircão
(Tr).
GePe155
Microclinapertítica+
microclinalím
pida
46%;quartzo27%;plagioclásio
cálcico+
albita
10%;biotita10%;horn-
blenda
3%;epídoto2%
;calcita1%
;titanita
1%;alanita(Tr);opacos
(Tr);apatita(Tr).
GePe156
Plagioclásio55%;biotita12%;epídoto10%;quartzo10%;hornblenda
7%;opacos
5%;calcita1%
;apatita(Tr).
GePe165
Plagioclásio55%;quartzo15%;microclina10%;hornblenda
7%;biotita5%
;epídoto3%
;opacos
2%;calcita2%
;titanita
1%;apatita(Tr).
GePe166
Plagioclásio62%;quartzo17%;biotita10%;hornblenda
8%;epídoto2%
;opacos
1%;apatita(Tr).
GePe183
Plagioclásio43%;m
icroclina28%;q
uartzo
20%;opacos5%
;biotita
3%;titanita1%
;alanita
(Tr);apatita
(Tr);zircão
(Tr).
GePe191
Microclina38%;plagioclásio
30%;quartzo19%;biotita7%
;epídoto5%
;titanita
1%;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GePe203
Ortoclásiopertítico52%;p
lagioclásio22%;quartzo
17%;h
ornblend
a5%
;biotita
3%;titanita1%
;alanita
(Tr);opacos
(Tr);epídoto(Tr);apatita(Tr).
GePe221
Plagioclásio52%;quartzo23%;microclina18%;biotita5%
;opacos
2%;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GePe222
Ortoclásio+
Microclinalím
pida
49%;plagioclásio
cálcico+
albita
25%;quartzo18%;biotita6%
;moscovita
1%;
opacos
1%;titanita
(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
66
GePe239
Plagioclásio46%;ortoclásio27%;quartzo
20%;b
iotita
6%;opacos1%
;epídoto
(Tr);titanita(Tr);apatita
(Tr);zircão
(Tr).
GePe240
Ortoclásio37%;plagioclásio
30%;quartzo25%;biotita7%
;opacos
1%;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GePe250
Plagioclásio52%;microclina17%;quartzo15%;hornblenda
7%;biotita5%
;titanita
3%;opacos
1%;apatita(Tr);
zircão
(Tr).
GePe254
Ortoclásio+
Microclina45%;plagioclásio
cálcico+
albita
25%;quartzo22%;biotita5%
;opacos
2%;epídoto1%
;titanita
(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GePe257
Microclina41%;plagioclásio
32%;quartzo20%;biotita5%
;moscovita
2%;opacos
(Tr);titanita
(Tr);apatita(Tr);
zircão
(Tr).
GePe261
Ortoclásio45%;plagioclásio
31%;quartzo10%;hornblenda
7%;biotita3%
;titanita
2%;opacos
1%;epídoto1%
;alanita(Tr);apatita(Tr).
GePe270
Ortoclásio54%;quartzo18%;plagioclásio
15%;hornblenda
9%;biotita3%
;opacos
1%;titanita
(Tr);apatita(Tr);
zircão
(Tr).
GePe289
Ortoclásio+
Microclina36%;plagioclásio
cálcico+
albita
30%;quartzo19%;biotita7%
;opacos
5%;titanita
3%;
alanita(Tr);epídoto(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GePe293
Plagioclásiocálcico+
albita
62%;quartzo15%;microclina12%;biotita5%
;titanita
3%;opacos
2%;epídoto1%
;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GePe294
Ortoclásio38%;plagioclásio
33%;quartzo23%;biotita5%
;epídoto1%
;opacos
(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GePe298
Ortoclásio40%;plagioclásio
31%;quartzo22%;biotita5%
;opacos
2%;titanita
(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GePe310
Ortoclásio+
Microclina38%;plagioclásio
32%;quartzo21%;biotita5%
;moscovita
3%;opacos
1%;apatita(Tr);
zircão
(Tr).
GePe317
Microclina38%;plagioclásio
32%;quartzo23%;moscovita
7%;apatita(Tr).
GePe345
Microclina43%;plagioclásio
27%;quartzo22%;biotita6%
;titanita
2%;opacos
(Tr);apatita(Tr).
GePe378
Ortoclásio41%;p
lagioclásio32%;q
uartzo
21%;opacos3%
;biotita
2%;epídoto
1%;titanita(Tr);apatita
(Tr);zircão
(Tr).
67
GePe381
Plagioclásio41%;microclina30%;quartzo22%;biotita5%
;opacos
2%;epídoto(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GePe383
Plagioclásio75%;quartzo12%;biotita7%
;opacos
3%;titanita
2%;epídoto1%
;alanita(Tr);apatita(Tr).
GeSe237
Plagioclásio62%;quartzo12%;microclina7%
;hornblenda
7%;biotita5%
;epídoto5%
;alanita1%
;titanita
1%;
apatita(Tr).
GeSe360
Plagioclásio45%;quartzo21%;microclina15%;biotita8%
;hornblenda
7%epídoto3%
;titanita
1%;opacos
(Tr);
apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeSe371-A
Plagioclásio53%;quartzo20%;microclina15%;biotita6%
;epídoto5%
;titanita
1%;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeSe373
Plagioclásio61%;quartzo20%;microclina5%
;biotita10;epídoto3%
;titanita
1%;opacos
(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeSe382-A
Plagioclásioalbítico
53%;q
uartzo
22%;m
icroclinatriclín
ica15%;m
oscovita
5%;b
iotita
3%;epídoto
2%;opacos(Tr);
zircão
(Tr).
GeSe383
Plagioclásio44%;quartzo
27%;m
icroclina20%;m
oscovita
5%;b
iotita
2%;epídoto
+titanita
2%;apatita
(Tr);zircão
(Tr).
GeSe397-B
Plagioclásio60%;quartzo19%;microclina10%;moscovita
5%;biotita3%
;epídoto3%
;titanita
(Tr);opacos
(Tr);
apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeSe399-A
Plagioclásio37%;o
rtoclásio35%;q
uartzo
18%;b
iotita
7%epídoto2%
;titanita1%
;opacos(Tr);a
patita
(Tr);zircão
(Tr).
GeSe418
Plagioclásio62%;Quartzo
15%;Biotita
12%;Epídoto
5%;Hornblend
a3%
;Titanita2%
;Granada
1%;Opacos(Tr);
Apatita
(Tr).
GeSe446
Microclina50%;quartzo23%;plagioclásio
15%;moscovita
10%;epídoto2%
;opacos
(Tr);apatita(Tr).
GeSe447
Microclina61%;quartzo18%;plagioclásio
12%;moscovita
5%;biotita2%
;epídoto2%
;opacos
(Tr);apatita(Tr).
GeSe450
Plagioclásio50%;quartzo23%;microclina15%;biotita5%
;moscovita
3%;epídoto2%
;alanita1%
;opacos
1%;
apatita(Tr).
GeSe451
Plagioclásio40%;q
uartzo
30%;m
icroclina18%;m
oscovita
5%;epídoto
3%;calcita
2%;titanita+opacos
2%;b
iotita
1%;apatita(Tr);zircão
(Tr).
68
GeSe460-A
Plagioclásio50%;quartzo20%;microclina17%;biotita7%
;epídoto5%
;hornblenda
1%;opacos
(Tr);alanita(Tr);
titanita
(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeSe462
Plagioclásio65%;hornblenda
15%;biotita10%;quartzo5%
;epídoto3%
;titanita
2%;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeSe463
Plagioclásio66%;biotita12%;quartzo10%;augita
5%;epídoto5%
;titanita
2%;opacos
(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr)
GeSe464-A
Plagioclásio71%;q
uartzo
10%;b
iotita
7%;h
ornblend
a5%
;epídoto
5%;titanita2%
;opacos(Tr);apatita
(Tr);zircão
(Tr).
GeSe485
Plagioclásio38%;ortoclásio
30%;quartzo20%;biotita5%
;moscovita
3%;epídoto2%
;titanita
1%;calcita1%
;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeSe504-A
Plagioclásio39%;biotita28%;hornblenda
25%;epídoto5%
;quartzo2%
;titanita
1%;opacos
(Tr);apatita(Tr)
GeSe522-A
Plagioclásio36%;ortoclásio+microclina35%;quartzo
21%;b
iotita
5%;epídoto
2%;titanita1%
;opacos(Tr);alanita
(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeSe528
Plagioclásio37%;microclina33%;quartzo20%;biotita6%
;epídoto3%
;titanita
1%;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeSe529
Plagioclásio36%;m
icroclina34%;q
uartzo
21%;b
iotita
5%;epídoto
3%;titanita1%
;opacos(Tr);apatita
(Tr);zircão
(Tr).
GeSe572
Plagioclásio69%;quartzo15%;biotita7%
;hornblenda
5%;titanita
2%;epídoto2%
;apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeSe591-C
Plagioclásio53%;h
ornblend
a20%;b
iotita
12%;quartzo
7%;epídoto
5%;opacos+titanita
2%;turmalina1%
;apatita
(Tr);zircão
(Tr).
GeSe592-A
Plagioclásio50%;b
iotita
17%;q
uartzo
15%;aegirinaaugita
10%;epídoto
5%;h
ornblend
a1%
;alanita
1%;turmalina
1%;opacos
+titanita
(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeSe593
Plagioclásio56%;biotita20%;hornblenda
12%;quartzo7%
;epídoto3%
;opacos
+titanita
2%;turm
alina(Tr);
apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeSe594
Plagioclásio61%;Quartzo
20%;Microclina12%;Moscovita
3%;Biotita
2%;Epídoto
+Titanita2%
;Apatita
(Tr);
Zircão(Tr).
69
GeSe595
Plagioclásio49%;Q
uartzo
27%;M
icroclina12%;B
iotita
7%;H
ornblend
a2%
;Epídoto
2%;T
itanita1%
;Opacos(Tr);
Apatita
(Tr).
GeSe596
Plagioclásio58%;Quartzo
20%;Biotita
12%;Microclina5%
;Moscovita
2%;Epídoto
+Titanita2%
;Calcita
1%;
Apatita
(Tr);Zircão(Tr).
GeSe597
Plagioclásiosaussuritizado
66%;Quartzo
18%;Biotita
6%;Moscovita
3%;Calcita
2%;Epídoto
2%;Titanita2%
;Granada
1%;Opacos(Tr);Apatita
(Tr).
GeSe598
Plagioclásiosaussuritizado
68%;Quartzo
20%;Biotita
7%;Epídoto
3%;Titanita1%
;Opacos(Tr);Apatita
(Tr);
Zircão(Tr).
GeSe599
Plagioclásiosaussuritizado
46%;M
icroclina22%;Q
uartzo
20%;B
iotita
5%;M
oscovita
3%;E
pídoto
3%;T
itanita1%
;Opacos(Tr);Apatita
(Tr);Zircão(Tr).
GeSe602
Plagioclásio(A
lbitaAn9)
41%;microclina25%;quartzo22%;moscovita
7%;biotita2%
;calcitao2%
;opacos
1%;
epídoto(Tr);titanita
(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeSe603-A
Plagioclásio(A
lbitaAn9)
48%;quartzo25%;microclina17%;biotita6%
;moscovita
3%;titanita
1%;alanita(Tr);
epídoto(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
GeSe604-A
Plagioclásio(A
lbitaAn8)
44%;quartzo25%;microclina18%;moscovita
6%;biotita5%
;titanita
1%;epídoto1%
;alanita(Tr);apatita(Tr);zircão
(Tr).
Table
B.1:Amostras
esuas
análises
mineralógicas
mi-
cropetrográ�cas.
APÊNDICE C
Amostras, condutividade térmica aferida em
laboratório e condutividade térmica calculada
via análise modal
Amostras Condutividade Térmica Condutividade Térmica viaAferida em LAboratório (w.m−1.K−1) Análise Modal (w.m−1.K−1)
GeAl 045 2,795 3,526GeAl 048 2,17333 3,2252GeAl 053 2,62778 3,3242GeAl 054 2,83833 2,3111GeAl 061 2,335 3,1083GeAl 091 2,13167 2,5276GeAl 093 2,23667 3,1468GeAl 113 2,48 3,0442GeAl 123 2,37333 2,9566GeAl 145 2,55 2,8731GeAl 150 2,37167 2,9355GeAl 157 2,92333 3,2001GeAl 158 2,32833 3,1993GeAl 177 2,38 2,7708GeAl 179 2,39167 2,4914GeAl 193-A 2,24833 2,7385GeAl 217 2,06167 2,8333GeAl 218 1,64167 3,128GeAl 222 2,02667 2,3344GeAl 224-A 2,98667 2,8027GeAl 241 2,72333 3,0386GeAl 247 2,04667 3,0245GeAl 249 2,42333 2,6252GeAl 251 2,37833 2,84084
70
71
GeAl 281 2,19667 3,26443GeAl 285 2,24167 3,1574GeAl 288 2,685 2,3083GeAl 289 2,6 3,1895GeAl 294 2,64667 3,0635GeAl 295 2,75833 2,5802GeAl 306 2,65833 2,9496GeAl 307 2,16667 3,1712GeAl 309 2,13 3,354GeAl 313 2,48 2,8229GeAl 324 2,06333 3,0916GeAl 329 2,165 2,6173GeAl 332 2,11667 3,22GeAl 333 2,62167 3,3318GeAl 334 2,9 3,1471GeAl 335 2,59167 1,7912GeAl 336 2,45333 1,8504GeAl 340 2,45167 3,5085GeAl 356 1,88167 3,5676GeAl 524 2,25444 2,9974GeAl 525 3,03333 2,869GeAl 642 2,395 3,1142GeAl 685 2,14 3,1721GeBa 008-A 2,455 2,8033GeBa 008-B 2,615 2,6929GeBa 018-A 2,09167 2,1446GeBa 018-B 2,05333 2,8436GeBa 019 2,555 2,7524GeBa 020 2,85 2,8414GeBa 022 2,405 2,605GeBa 098 3,00333 2,7029GeBa 100-A 2,03 2,7177GeBa 100-B 2,05 2,4552GeBa 161 2,73167 3,1735GeBa 163 2,52667 3,2028GeBa 169-A 2,69833 2,3568GePb 003 2,595 2,7063
72
GePb 033 2,61333 2,8923GePb 060 2,17333 3,0173GePb 073-A 2,67667 3,6092GePb 094 3,535 2,7887GePb 095 2,77167 2,8925GePb 143 3,09667 2,7477GePb 145 2,43 3,0953GePb 153 2,74167 2,532GePb 155 2,47667 2,8636GePb 162 2,25167 3,1387GePb 170 2,05333 2,7733GePb 204-B 2,52167 2,8662GePb 214 2,76167 3,4588GePb 225 2,32333 3,4598GePb 226 2,26333 3,3044GePb 262 2,71667 2,6768GePb 264 2,26333 2,698GePe 007 2,37167 3,221GePe 026 2,56 3,3539GePe 033 2,07 3,1774GePe 050 2,645 3,0378GePe 060 2,61167 2,652GePe 078 2,305 3,2736GePe 097 2,45 2,2836GePe 103 2,305 3,2436GePe 117 2,89333 2,7969GePe 132 2,485 2,9657GePe 155 2,485 3,0009GePe 156 2,15167 2,0979GePe 165 2,19 2,493GePe 166 2,33333 2,6797GePe 183 2,72667 2,7218GePe 191 2,50111 3,1909GePe 203 2,68333 2,9721GePe 221 2,065 3,2284GePe 222 2,26 3,4133GePe 239 2,04833 3,3162
73
GePe 240 2,28833 3,4624GePe 250 2,61111 2,6542GePe 254 2,00333 3,0403GePe 257 2,07667 2,9947GePe 261 2,02167 2,8507GePe 270 2,24833 2,7901GePe 289 2,26333 2,6929GePe 293 2,14 3,2118GePe 294 2,05833 3,6889GePe 298 2,235 3,4201GePe 310 2,71167 2,859GePe 317 2,51667 2,8578GePe 345 2,38333 3,1724GePe 378 2,95556 3,0605GePe 381 2,28 3,2476GePe 383 2,24 2,3794GeSe 237 2,11667 2,2218GeSe 360 2,11 3,0359GeSe 371-A 2,04 2,9841GeSe 373 2,13833 2,8525GeSe 382-A 2,395 3,0512GeSe 383 2,185 3,3729GeSe 397-B 1,905 2,9047GeSe 399-A 2,63167 2,7969GeSe 418 2,24667 2,7093GeSe 446 2,30833 2,8188GeSe 447 2,45 2,6318GeSe 450 2,42833 2,8215GeSe 451 2,27333 3,05825GeSe 460-A 2,2 2,7182GeSe 462 2,26333 1,8329GeSe 463 2,70167 2,257GeSe 464-A 2,69833 2,2841GeSe 485 2,35667 3,0558GeSe 504-A 2,4 1,4686GeSe 522-A 2,22167 2,9469GeSe 528 2,29222 2,935
74
GeSe 529 3,13167 2,8061GeSe 572 2,17833 2,4907GeSe 591-C 2,29833 1,953GeSe 592-A 2,085 2,3738GeSe 593 1,89167 2,338GeSe 594 2,75333 2,758GeSe 595 2,125 3,6093GeSe 596 2,00833 3,2004GeSe 597 2,59111 2,5716GeSe 598 2,26 2,8397GeSe 599 2,13 2,833GeSe 602 2,41333 3,0001GeSe 603-A 2,25333 3,2469GeSe 604-A 2,26667 3,0125
Table C.1: Amostra, condutividade térmica aferida emlaboratório e condutividade térmica calculada via análisemodal.
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