AnaisOficina:
Meio Ambiente
ORGANIZAÇÃO:
Universidade Federal do Pará - UFPA
INSTITUIÇÕES PARCEIRAS
A revisão lingüística e ortográfica, assim como o enquadramento às regras da ABNT é de responsabilidade dos autores e coautores.
ISBN 978-85-63728-28-9
Diversas metodologias têm sido propostas para minimizar os impactos ambientais
causados pelas atividades humanas, tais como: reciclagem e reutilização de materiais,
descartes adequados de resíduos, diminuição de resíduos, etc.
A reciclagem consiste no reaproveitamento da matéria- prima tornado útil algo que seria
descartado. A atitude de reciclar e reaproveitar um dado produto não apenas reduz a
quantidade de lixo gerado, como contribui para a minimização da degradação do meio
ambiente.
A proposta desta oficina é produção de sabão empregando óleo de fritura tem como
objetivo, formar multiplicadores e sensibilizar a comunidade escolar para as mudanças
de atitudes relacionadas à degradação ambiental.
A reutilização do óleo de fritura residual para a fabricação de sabão é uma das
alternativas viáveis no sentido de minimizar o impacto caudado pelo descarte
inadequado desse tipo de resíduo no meio ambiente. Para o embasamento da
fundamentação teórica levam-se em conta os seguintes autores: CARSIO (1999),
JACOBI (2003).
Metodologicamente para a realização de oficina, são necessários os seguintes materiais:
óleo de frituras, coletados em domicílios, soda cáustica, essências, corantes. Coloca-se
90 ml de óleo de fritura em um béquer. Em seguida adiciona-se 16 ml de soda cáustica,
mexendo até a mistura adquirir consistência. Em seguida adiciona três gotas de corante
e essência. Continue mexendo até apresentar uma consistência pastosa. Portanto está
oficina tem duração cerca de 2 horas.
Título: ???
Área temática: Meio Ambiente
Responsáveis pela oficina: C. F. Macêdo; J. C. ZUKOWSKI JUNIOR
Instituição: Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Autores: Chryss Ferreira Macêdo 1; Joel Carlos Zukowski Júnior 2
Resumo
O Brasil é privilegiado pelo seu clima que garante, em média, fração solar de 70%
dia/ano, possuindo as condições favoráveis para o uso de energia solar térmica. Cerca de 77%
da energia elétrica gerada no país é fornecida por usinas hidrelétricas, segundo a Empresa de
Pesquisas Energéticas (EPE) do Ministério de Ciência e Energia, devido à política
governamental e o grande potencial hídrico do Brasil. Com a eminente crise no setor elétrico e
o alto custo da energia, é necessário a aplicação de outras tecnologias para aquecimento de
água para fins não potáveis.
A oficina prima a capacitação de professores da educação básica para replicação com
os alunos de comunidades carentes, com o principal objetivo, a prática da preservação do
meio ambiente através da reutilização de materiais descartados pela própria comunidade
escolar. A metodologia construtiva do modelo utiliza-se de materiais simples (garrafa pet,
caixa de leite longa vida, reservatório de água, canos de PVC, conexões, corte, dobra e pintura,
colagem etc.).
A proposta da construção de um Aquecedor Solar Ecológico, é integrar a
conscientização ambiental e o uso de energias limpas de maneira didática e multidisciplinar.
Com este método contribuiremos para que se diminua o descarte inadequado das caixas longa
vida e garrafa pet, diminuir o consumo de energia elétrica, por não utilização do chuveiro
elétrico, melhorando a qualidade de vida da comunidade advindos da economia de energia
elétrica.
Resumo
A produção de mudas em viveiros localizados em escolas do campo podem
proporcionar novas práticas educativas. Por meio dessa ação é possível estimular o alcance
da compreensão sobre as questões ambientais existente locais e globais. O viveiro pode
promover o surgimento de novas iniciativas que complementem e fortaleçam a atuação de
grupos e instituições que desenvolvem processos de Educação Ambiental em todo o país.
Um viveiro florestal pode ser uma simples fábrica de mudas, que envolve técnicas e
métodos de produção, no entanto, ao observarmos a forma como o ser humano tem se
relacionado com o ambiente, as causas e efeitos dos problemas socioambientais vividos,
assim como, as diferentes possibilidades de atuação, o processo de produção de mudas
passa a ter outro significado, mais amplo e profundo. Com esses argumentos esta oficina
tem como objetivo apresentar as principais técnicas de produção de mudas articulados com
um projeto de extensão desenvolvido no Campus Professora Cinobelina Elvas da UFPI.
Serão discutidos os principais resultados obtidos com um projeto de extensão
desenvolvido em duas escolas famílias do sul do Piauí. Nesses espaços foram produzidas
mais de 3000 mudas e inseridas nas diferentes comunidades onde residem os estudantes
das EFAS. Desta forma, pretendemos junto com os jovens dialogar sobre a extensão
universitária com a juventude camponesa.
OFICINA DE COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS ORGANICOS DOMÉSTICOS
RESUMO
O lixo faz parte da história do homem. A taxa de geração de resíduos sólidos urbanos está
relacionada aos hábitos de consumo de cada cultura. Nota-se uma correlação estreita entre a
produção de lixo e o poder econômico de uma população. Países altamente industrializados
como os Estados Unidos produzem mais de 700 kg/hab/ano. No Brasil, o valor médio nas
cidades mais populosas é da ordem de 180 kg/hab/ano. E a geração do lixo ainda é, em sua
maioria, de procedência orgânica (Bidone, 1999). A compostagem é um processo na qual a
matéria orgânica é submetida a um tratamento que visa à obtenção do composto. O
composto é utilizado como adubo, ou como ração animal. Um fator crítico para a
compostagem de resíduos é a relação C/N. Se a relação correta não for observada, pode
haver a produção de compostos de baixa qualidade e contaminados com metais pesados.
Além disso a compostagem, quando implantado com técnicas incorretas, pode causar
transtornos às áreas vizinhas, como mau cheiro e proliferação de insetos e roedores
(Gonçalves, 1997). Nesta oficina a proposta é realizar a compostagem de resíduos
orgânicos, esclarecendo os critérios de separação do lixo doméstico para a compostagem, a
sua importância ambiental, descrever os tipos de composteiras e como construí-las, e a
utilização do composto produzido. Também é abordado o reaproveitamento de partes de
alimentos que normalmente são desprezados como cascas de legumes e frutas.
A PRODUÇÃO DE SABÃO A PARTIR DE ÓLEO COMESTÍVEL RESIDUAL
A degradação do meio ambiente vem tomando dimensões cada vez maiores devido
à grande concentração de resíduos que o contaminam. Dentre os vários contaminantes tem-
se o óleo de cozinha, que descartado de forma inadequada no meio, causa danos aos
ecossistemas, impermeabiliza o solo e obstrui as galerias de esgoto gerando as inundações
nos grandes centros. O presente trabalho tem como objetivo promover ações educativas
que levem a comunidade a sensibilizar-se dos danos que o descarte do resíduo de fritura
pode ocasionar no ambiente, além de ensinar a reciclagem do óleo, através de uma oficina
para a produção de sabão a partir da mistura do óleo de cozinha com soda cáustica e outros
aditivos. Será aplicado um questionário para que se saiba que destino era dado ao óleo
residual produzido nas residências, antes de terem participado das oficinas. Assim, a
reciclagem do óleo de cozinha usado para a fabricação de sabão mostra-se como uma
opção viável para minimizar o impacto do descarte inadequado desse tipo de resíduo no
meio ambiente. Além de promover uma conscientização ambiental, a oficina de sabão
permitirá demonstrar a comunidade em geral que a reciclagem do óleo de cozinha é viável
e comercialmente válida.
OFICINA DE RECICLAGEM DE ÓLEO DE COZINHA
RESUMO
Chamamos ‘lixo’ a uma grande diversidade de resíduos sólidos de diferentes procedências,
dentre eles o resíduo sólido urbano gerado em nossas residências. O IPT/CEMPRE (1995),
define-o como restos das atividades humanas, consideradas pelos geradores como inúteis,
indesejáveis ou descartáveis. O óleo de fritura, se despejado diretamente no ralo, provoca a
retenção de sólidos, entupimentos de canos, e dificulta a troca de gases com a atmosfera
nos rios, causando a morte de peixes. Para tratar este resíduo, são empregados vários
métodos de reciclagem como a produção de resinas para tintas, produção de sabão, de ração
para animais e de biodiesel. Nesta oficina a proposta é estudar a poluição causada pelo
descarte de óleo de cozinha na rede de esgoto, seu custo para o tratamento, e a reciclagem
transformando-o em sabão líquido e em barra. Várias receitas são apresentadas, e também
será requisitado aos participantes que tragam receitas conhecidas. Na prática, serão
produzidos os sabões líquido e em barra, receitas testadas e aprovadas pela facilidade de
execução e por utilizar ingredientes simples e de baixo custo. Aspectos relacionados à
segurança como EPIs e a toxicidade de alguns produtos também serão abordados.
1
A Oficina é destinada à capacitação e treinamento, para a construção e montagem de
coletores solares térmicos para aquecimento de água utilizando materiais recicláveis.
A crescente demanda por energia tem provocado uma mudança de paradigma na
sociedade, exigindo o desenvolvimento de iniciativas voltadas à promoção do uso de fontes
renováveis de energia, estimulando a prática de atividades de educação ambiental voltadas
para o desenvolvimento sustentável. É importante para professores e alunos de qualquer nível
de escolaridade conhecer o equipamento que põe em prática várias partes da ciência. Além de
fazer parte de um movimento de educação ambiental, na questão do descarte de resíduos, se
insere na prática de eficiência energética. Os coletores solares para água quente que
ensinaremos a montar nesta oficina são construídos com 25 garrafas do tipo PET, tubos e
conexões de PVC e caixas de TETRA PAK. Distribuiremos o tempo com palestra sobre os
problemas ambientais da atualidade, sustentabilidade no século XXI, fontes renováveis de
energia, teoria sobre energia solar e coletores solares térmicos e fotovoltaicos, práticas de
construção e montagem, fabricação de um sistema completo com materiais recicláveis,
garrafas do tipo PET e caixas de leite, verificação do funcionamento dos coletores e discussão
sobre a montagem.
CONHECENDO AS SERPENTES DO CERRADO
TELES, Leonardo Teófilo¹, BEZERRA, Alessandra Cândida², PEREIRA, Alice
Moreira², SOUSA.
¹Docente da UEG – Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas –
Coordenador do Projeto; ²Acadêmicas da UEG – Unidade Universitária de
Ciências Exatas e Tecnológicas – Voluntárias do Projeto.
A educação não formal tem o intuito de complementar à educação formal,
proporcionando momentos alternativos de aprendizagem através de atividades
lúdicas. A oficina presente se comporta como um desses meios de educação
não formal, utilizando exposições permanentes e itinerantes, permitindo aos
estudantes uma oportunidade de conhecer e proporcionar um estudo sobre a
importância biológica das Serpentes do Cerrado. No bioma Cerrado essa fauna
é bastante expressiva em diversidade, representada em nove famílias sendo
que apenas duas delas (Elapidae e Viperidae) congregam espécies
peçonhentas, ou seja, aquelas que produzem toxinas em glândulas
especializadas e têm aparelhos apropriados para inoculá-las, que causam
intoxicações sérias no homem e animais domésticos. A oficina contará com o
uso de Serpentes em meio líquido e taxidermizadas representantes do bioma
Cerrado e kits didáticos construídos em resina sintética para melhor explorar o
mundo místico que agrega esse grupo, destacando características
morfológicas e adaptações além de esclarecer os acidentes e as principais
medidas a serem tomadas. A oficina aponta para a criação de um novo espaço
interativo de cultura científica regional do bioma Cerrado, constituindo-se em
uma verdadeira vitrine científica, na expectativa de contribuir para a formação
de mentes criativas, necessárias à produção de cultura e ciência, conservação
da nossa biodiversidade e suas potencialidades.
AS DANÇAS CIRCULARES COMO RECURSOS METODOLÓGICOS E REFLEXIVOS EM EDUCAÇÃO
As danças em círculo são danças que sempre existiram, nas mais diversas culturas ao redor do
planeta. Nos últimos anos, as práticas de danças circulares, antes utilizadas por distintas etnias
para comemorar momentos de alegria, saudar os novos integrantes de uma comunidade,
homenagear os mortos ou selar laços de união entre pessoas foram sendo deixadas de lado.
Na década de 70, o coreógrafo Alemão, Bernard Wosien, em uma experimentação ao norte da
Escócia, iniciou o resgate aplicando a metodologia em um grupo de pessoas de terceira idade.
O resultado foi tão animador que a pesquisa e a experimentação se estenderam. O resgate de
tais danças, a partir de então, passou a se dar por diferentes pessoas que passaram a ter
interesse na questão. Wosien conseguiu integrar à dança a dimensão da religiosidade, uma
vez que tais práticas foram se apresentando como uma espécie de meditação coletiva em
forma de dança. As danças circulares são hoje praticadas em todo o mundo e este resgate está
em curso, assim como sua reconstrução. A oficina proposta busca trazer um momento de
experimentação de tais práticas, visando o bem estar, o conhecimento da atividade e também
possíveis diálogos da atividade de danças circulares com as práticas educativas de uma forma
geral e como atividade integradora e reflexiva em trabalhos de Educação Ambiental.
AGROECOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS NO PROJETO DE
ASSENTAMENTO MADRE CRISTINA
Cultura; Meio Ambiente
Kaique Matheus Cardoso
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – CAMPUS AVANÇADO DE
CATALÃO (UFG/CAC)
Autor: Kaique Matheus Cardoso
Orientador: Daniel Alves
Co-Orientador: Cláudio José Bertazzo
Resumo
O assentamento Rural Madre Cristina foi estabelecido pelo INCRA-GO em 2009. O
Assentamento se localiza no município de Goiandira-Goiás.Junto aos assentados,
oNúcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Agroecologia-NEPEA, financiado pelo
MEC/ProEXT/SESu, desenvolveu um projeto de extensão e pesquisa que objetiva uma
construção coletiva, juntamente com seus alunos, professores e parceiros. As famílias
do assentamento estão sempre como foco doprojeto, objetivando que eles se organizem
e possam oferecer a toda região uma quantidade significativa de alimentos sem veneno.
O projeto visa contemplar todas as 18 famílias assentadas nas parcelas, pois conscientes
dos ideais de produção sem venenoterão melhores condições para se administrarem e
terem ótimas produções. Desta forma terão produtos para venderem, sendo isto
resultado deste acúmulo de saberes técnicos ao qual estão freqüentemente expostos. O
grupo de extensão realiza freqüentes intervenções técnicas e também organizacionais, a
fim de instruir e capacitar as famílias dos assentados para esta produção de alimentos
sem veneno. A busca por uma autonomia financeira, sem depender dos poucos recursos
que o governo disponibiliza para os recém assentados também é um objetivo deste
programa, possibilitando formas de produção e escoação dos produtos. Dentro do
assentamento encontramos algumas barreiras, como as dificuldades de interação e
cooperação entre eles próprios, devido jogos de interesses onde o privado supre o
coletivo. Sendo assim, tentamos sempre andar em meio às várias divergências e dentro
do possível ajudar o maior número de assentados. Em 1 ano e 4 meses de intervenções
notamos um aumento na produção de hortaliças e também inserção de outros produtos
caseiros.
Palavras-chave
Assentamento; Sem Veneno; Intervenção
Introdução
O assentamento Rural Madre Cristina foi legalizado pelo INCRA em 2009, ele
se localiza em distrito da cidade de Goiandira-GO, em um povoado popularmente
conhecido como “Veríssimo”. Localidade esta que é cortada por um rio que escoa
diretamente para uma barragem próxima. O povoado de Veríssimo viveu seus anos auge
durante o período da linha de ferro, tendo na localidade uma estação ferroviária que
servia de parada para os trens vindos de Minas Gerais, porém em meados dos anos 40
foi desativada, pois se construiu outra variante na região. Após este período a localidade
foi perdendo importância aos poucos, sem atrair nenhuma população. Atualmente o
povoado conta com menos de 50 habitantes.
O assentamento que é o objeto central deste trabalho se localiza a 3 km do
povoado Veríssimo. Na localidade vivem 18 famílias que foram assentadas a partir do
ano de 2009. Pensar nestas famílias nos requer trazer a tona uma longa trajetória, afinal
todas são oriundas de vários assentamentos espalhados no centro-oeste e sudeste do
Brasil. Como constatado, os assentados vieram de 4 acampamentos distintos. Todos
foram colocados neste assentamento em específico, pois foram os únicos não
contemplados pelas terras que seus companheiros de acampamento conseguiram. Certa
vez uma moradora relatou que ali naquela localidade havia apenas as sobras, pois
quando foi à vez dela de pegar uma terra no mesmo local que as outras famílias já
haviam conseguido, a terra havia acabado,ou seja, ela ficaria novamente na lista de
espera, desta forma outros 3 assentados relataram em suas trajetórias algo similar.
Trajetória do Projeto
Uma missionária da Igreja Católica que é integrante da Pastoral da Terra
matinha vínculos com algumas moradoras do acampamento Olga Benário, em Ipameri-
GO. A missionária,já engajada com a produção de alimentos sem venenos,começou um
pequeno trabalho de produção orgânica no acampamento, conquistando a confiança de
algumas mulheres. Estas mulheres com as quais a missionária mantinha vínculo se
dispersaramem vários assentamentos, porém duas delas foram justamente para o
Assentamento Madre Cristina. Desta forma, a missionáriacontinuou a ajudá-las,afinal
de contas a partir deste momento elas possuíam a terra para produzir. Alguns contatos
foram feitos e logo o prof. Dr. Cláudio Bertazzo, se inteirou da situação que a
missionária lhe apresentava. Aseguir,o NEPEA, financiado pelo MEC/ProEXT/SESu,
iniciou as atividades com os assentados iniciando pelos diagnósticos participativos a fim
de estabelecer relações com a comunidade de assentados e poder levantar, através da
ferramenta “análise FOFA”, as Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças e que
eram percebidas pelos agricultores. Com o objetivo de despertar nos assentados o
interesse pela agricultura segundo os princípiosagroecológicos, foram realizadas
oficinas e capacitações que evidenciavam práticas e estilos de agricultura sem usode
venenos. Deste modo, iniciamosnossas intervenções no Assentamento, em meados de
2012.
A Feira Sem Venenoé montada semanalmente dentro da UFG-CAC, desde 13 de
novembro de 2012, tendo a participação dos assentados do Madre Cristina como
expositores de seus produtos.Em poucas semanas conquistou seu público e se mantém
desde então. Inicialmente três famílias traziam seus produtos semanalmente para a feira,
que acontece todas as Terças-Feiras a partir das 17hrs. Logo conseguimos recursos para
que todos assentados que participassem da feira tivessem suas próprias tendas. Passadas
algumas semanas eles que já estavam em contato com as intervenções e capacitações
realizadaspor meio da extensão-PROEXT, eles que só produziam poucas variedades de
hortaliças passaram a oferecer muitas variedades de hortaliças, produtos de panificação,
laticínios e frango.
Material e Metodologia
Todas as intervenções são realizadas inicialmente na sede do Assentamento
Rural. A sede é uma casa que fica no inicio da localidade, e este espaço é utilizado para
as reuniões. Em primeiro momento são discutidos os problemas recentes do próprio
assentamento, como as últimas pragas e demais problemas nas lavouras. Após este
primeiro contato realiza-se a capacitação, que é onde os estudantes e professores trazem
novas informações para que elas se vinculem as que já foram discutidas e aprendidas.
Nas intervenções sempre há uma constante troca de saberes, que por fim resultaem
agricultores que praticam uma agricultura sustentável e sem veneno, e uma comunidade
acadêmica instruída que respeita, valoriza e reconhece os saberes das famílias
assentadas. As intervenções realizadas se caracterizam como observação participante e
enquanto intervenção didática, fruto de uma construção teórico-prática do tipo aprender
fazendo, pois em todas as intervenções há sempre uma troca constante de informações e
experiências, sendo esta uma das base do projeto. O NEPEA é composto por quatro
professores da UFG/CAC, oito alunos do curso de Geografia, dois da Engenharia Civil,
dois das Ciências Sociais e dois alunos da Enfermagem.
A ação de extensão desenvolvidano assentamento não consiste apenas em
instrumentalização técnica para a produção, mas também em contribuir para uma
formação de cidadãos conscientes, contudo negando qualquer forma ou expressão de
assistencialismo. Desta forma buscamos, através das intervenções,
possibilitarconhecimentos amplos, para que as famílias assentadas detenham não só
condições técnicas, mas também sociais, como saúde e educação, para produzirem e se
manterem fieis a este propósito.
Resultados e Discussões
A cada intervenção realizada no assentamento rural, observamos a constante
necessidade decompartilharmos os conhecimentos adquiridos na academia com os
conhecimentos dos agricultores assentados. Além disso, também notamos o crescente
interesse por parte dos assentados em se capacitarem cada vez mais e contribuírem para
capacitar outros agricultores.Afinal de contas,uma produção sem venenos em média
poderá se tornar bastante lucrativa e satisfatória, tendoem vista que os produtores rurais
estarão certos de que comercializam hortaliças e frutas sem nenhum tipo de produto
químico que possa vir a fazer mal às pessoas.
A prova de que produzir alimentos sem nenhum tipo de veneno é possível
utilizando apenas e somente os recursos próprios oferecidos pela natureza, contribui
ainda mais para a motivação e interesse dos assentados neste tipo de produção, gerando
sempre uma boa interação entre os extensionistase assentados. Já é possível notar que
as famílias que tinham um pequeno conhecimento sobre este tipo de produção e que
tentavam praticá-la de forma rude, hoje já conseguem produzir mais e melhor. A
variedade de hortaliças que eles produziam se multiplicou, incrementando também a
produção de plantas frutíferas. De forma que as famílias que só recentemente
conseguiram ser introduzidas pelo INCRA na posse da terra, logo se inseriram no
grupoe tem aproveitado muito as oficinas e dias de campo, esclarecendo suas dúvidas e
aprendendo as tecnologias sociais.
Conclusão
Os objetivos iniciais do projeto, fomentado pelo MEC/ProEXT/SESu, vêm
sendo alcançados diariamente, a cada intervenção podemos notar o avanço técnico e a
motivação dos assentados a continuarem no caminho da produção sem veneno e da
alimentação saudável. Desta forma,a ideia central do projeto, que está, resumidamente
em dois eixos: em despertar as famílias assentadas para a conscientização ambiental e
capacitação em práticas de agriculturas ecológicas; está sendo possível construir novas
relações sociedade natureza em bases ecológicas.
Referência Bibliográfica
CAPORAL, F.R. Agroecologia e Extensão Rural: contribuições para a promoção do
desenvolvimento rural sustentável. Francisco R. Caporal e José A. Costabeber; prefácio
de Miguel Altieri. – Brasília: MDA/SAF/DATER-IICA, 2004.
Roberto Fonseca Dias; Glaucio Henrique Chaves; Guia Geral das Estradas de Ferro
do Brasil, 1960
IMAGINÁRIO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL NA AMAZÔNIA
Deize Carneiro1; Vita Oliveira
2; Miguel Orrico
3
1Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)
[email protected] 2Escola de Ensino Médio e Fundamental Professora Terezinha de Jesus Rodrigues
[email protected] 3Escola de Ensino Médio e Fundamental Professora Terezinha de Jesus Rodrigues
A falta de conhecimento sobre a geodiversidade constitui uma barreira para a
conservação do Patrimônio Geológico, entretanto, o valor cultural associado a
determinados ambientes, muitas vezes, colabora para a conservação dos mesmos.
Tendo em vista esta constatação a Universidade Federal do Oeste do Pará, por meio do
Projeto Integrado Roteiros Santarenos: geologia, história e turismo, vinculado ao
Programa de extensão “Cultura, Identidade e Memória na Amazônia”
(PROEXT/MEC), em parceria com professores da escola Estadual Terezinha de Jesus
Rodrigues e alunos do Programa de bolsa de iniciação científica do ensino médio
(PIBIC-EM/CNPq), realiza ações de extensão que colaboram com a divulgação do
conhecimento cultural local e cientifico, fomentando a educação e sensibilização do
público alvo: adolescentes e jovens, acerca da identidade cultural e conservação das
belezas naturais de região. A partir do imaginário local e explorando o conteúdo sobre
os elementos da geodiversidade presentes na região de Santarém citados nas lendas,
mitos e histórias tradicionais, são propostas práticas e atividades lúdicas, que podem
ser utilizadas tanto em sala de aula, quanto em atividades extraclasse, como: sarais,
piracaias, mostras de poemas, fotografias, filmes e excursões.
Palavras-chave: Geoconservação, imaginário, atividades lúdicas.