SANDRA AMOYR KHENAYFIS
A INFLUÊNCIA DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO NA
DECISÃO DE COMPRA
Dissertação apresentada à Escola Brasileira
de Administração Pública e de Empresas da
Fundação Getulio Vargas (EBAPE/FGV),
como requisito parcial para a obtenção do
grau de Mestre em Gestão Empresarial.
Orientador: Prof. Delane Botelho
Rio de Janeiro
Agosto, 2010
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS
CENTRO DE FORMAÇÃO ACADÊMICA E PESQUISA
CURSO DE MESTRADO EXECUTIVO EM GESTÃO EMPRESARIAL
TÍTULO
A INFLUÊNCIA DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO NA DECISÃO DE COMPRA
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO APRESENTADA POR:
SANDRA AMOYR KHENAYFIS
E APROVADA EM, 31/08/2010
PELA COMISSÃO APROVADORA
________________________________________
DELANE BOTELHO - ORIENTADOR
DOUTOR EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS - FGV/SP
________________________________________
ALEXANDRE LINHARES – MEMBRO INTERNO
DOUTOR EM PESQUISA OPERACIONAL – EBAPE/ FGV/RJ
________________________________________
ISABEL DE SÁ AFFONSO DA COSTA – MEMBRO EXTERNO
DOUTORA EM ADMINISTRAÇÃO – UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ/RJ
AGRADECIMENTOS
Agradeço à minha família que me apoiou incondicionalmente durante todo o tempo do
mestrado. Agradeço também aos colegas de turma e aos meus professores pelo que me
ensinaram. Aos amigos de pesquisa e aos entrevistados que colaboram para este trabalho
direta ou indiretamente e, em especial, a Cecília de Melo pelos constantes debates sobre o
assunto.
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RESUMO
Neste estudo verifica-se a influência da qualidade do atendimento na decisão de
compra de planos pós-pagos de telefonia móvel celular, bem como a existência de uma
correlação entre o grau de conhecimento que o consumidor já possui sobre o serviço antes de
adquiri-lo e a importância atribuída ao auxílio do vendedor no momento da compra. Para
tanto, foi realizada uma pesquisa com pessoas que adquiriram planos pós-pagos nas lojas de
uma operadora de telefonia móvel na cidade do Rio de Janeiro, por meio da qual foram
analisados: o grau de conhecimento prévio dos compradores sobre os serviços, o grau de
satisfação com o atendimento, a importância atribuída ao auxílio do vendedor para a tomada
de decisão de compra, entre outros indicadores. A etapa quantitativa foi precedida de uma
fase qualitativa, a fim de levantar os atributos considerados importantes pelos clientes para
medir a qualidade de atendimento e, com base neles, construídos os questionários que, depois
de aplicados e analisados, resultaram na constatação de uma correlação positiva entre a
percepção de qualidade no atendimento e a decisão de compra. Os resultados são discutidos,
bem como as implicações acadêmicas e gerenciais.
Palavras-chave: comportamento do consumidor; decisão de Compra; lealdade; satisfação;
marketing de serviços; motivação.
5
ABSTRACT
This research investigates the influence of service quality on purchase decision in the
mobile phone retail market, as well as a relationship between the consumer’s previous
knowledge of mobile services and the importance of salesmen help during the sales
encounter. In order to achieve that, a survey was conducted in Rio de Janeiro city using
mobile phone retail stores as its research locus. Among other factors, the survey measured
consumer’s previous knowledge of mobile services, consumer satisfaction, the importance
attributed to salesperson’s help during the sales encounter and the intent to purchase. The
quantitative phase was preceded by a qualitative one, in order to acknowledge which were the
consumer’s most used attributes to measure service quality. As a result, it was found, in
agreement with other previous studies, that service quality positively impacted on purchase
decision. The results and both the academic and managerial implications are discussed in this
work. Finally, suggestions of future studies are provided alongside the analysis.
Key words: Consumers behaviour; purchase decision; loyalty; satisfaction; marketing of
services; motivation.
6
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Modelo Observado X Estimado ........................................................48
Tabela 2 – Anova........................... .....................................................................48
Tabela 3 – Qui-quadrado........................................ ............................................49
Tabela 4 – Post Hoc Test ....................................... ............................................50
Tabela 5 – Cruzamento das Perguntas de Pesquisa ............................................51
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Receita Bruta ...................................................................................11
Quadro 2 – As Principais Dimensões do Serviço ...............................................22
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Celulares Ativos por Operadora .......................................................10
Figura 2 – A Evidencia dos Serviços do Ponto de Vista do Cliente .................19
Figura 3 – Relação entre Satisfação e Fidelidade de Clientes em Indústrias
Competitivas ......................................................................................................24
Figura 4 – Sexo .................................................................................................51
Figura 5 – Escolaridade .....................................................................................52
Figura 6 – Faixa Etária .....................................................................................52
7
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................... 8
1.1 Contextualização .........................................................................................9
1.2 Problema de Pesquisa ....................................................................................13
1.2.1 Questões de Pesquisa .......................................................................16
2. REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................17 2.1 O Conceito de Serviços.............................................................................17 2.2 A Satisfação do Consumidor .................................................................20 2.3 Qualidade do Atendimento e Satisfação .........................................21 2.4 Satisfação e Lealdade ..............................................................................24 2.5 Envolvimento e Confiança ....................................................................28 2.6 A Decisão de Compra ..............................................................................29
3. MÉTODO...............................................................................................35 3.1 Pesquisa Qualitativa ...............................................................................36 3.2 Pesquisa Quantitativa ............................................................................38
3.2.1 Qui-quadrado Independente .................................................40 3.3 Universo e Amostra ................................................................................42 3.4 Metodologia Survey por telefone ......................................................43 3.5 Coleta de Dados ........................................................................................44 3.6 Delimitação do Objeto ...........................................................................45
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS ..........................................................46 4.1 Resultado da Pesquisa Qualitativa ...................................................46 4.2 Resultado da Pesquisa Quantitativa ................................................48
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................53
6. REFERÊNCIAS.....................................................................................59
7. ANEXOS. ..............................................................................................64
8
1. INTRODUÇÃO
Prestar um bom atendimento ao cliente costuma ser um dos objetivos mais
perseguidos por alguns setores do mercado varejista, em especial aqueles em que há mais
competição e menos diferenciação entre os produtos e serviços, já que representa a
oportunidade de oferecer uma vantagem em relação aos concorrentes e, assim, tentar
conquistar a preferência dos clientes.
No setor de telefonia brasileiro, que é altamente competitivo e cujos concorrentes
oferecem praticamente a mesma gama de produtos e serviços, a capacidade de se destacar
pode ser estratégica para a perenidade do negócio.
Nesse setor, os canais de venda são também canais de atendimento, que o cliente
acessa de forma recorrente, em busca de satisfazer diversas necessidades, muitas das quais
capazes de gerar mais receita do que a auferida no momento da primeira compra, por não
mais incidir sobre elas o custo de captação do cliente.
Assim, compreender a influência da qualidade do atendimento na decisão de compra
do consumidor, bem como na intenção de recompra e de recomendação da empresa a pessoas
próximas, é fundamental para direcionar a aplicação das verbas de marketing e para orientar o
treinamento do pessoal de vendas e atendimento, a fim de garantir a satisfação do cliente que,
como referido na literatura, é um dos fatores mais importantes para melhorar a reputação da
empresa no mercado e diminuir os custos de captação de novos clientes (ANDERSON et al.,
1994; FORNELL, 1992), além de conduzir a empresa à lucratividade (ANDERSON et al.,
1997; ATHANASSOPOULOS et al., 2001; MOUTINHO & SMITH, 2000). Estudos apontam
ainda que a satisfação do consumidor é o mais importante preditor de lucros futuros de uma
empresa (Kotler, 1991) e que está fortemente associada à taxa de retenção de clientes,
9
considerada o fator mais relevante para manter a participação de mercado (RUST &
ZAHORIK, 1993).
No setor de telefonia, a relação do cliente com a empresa implica em diversos
contatos, alguns necessariamente presenciais, ao longo da prestação dos serviços, outros à
distancia, no call center. Tais contatos presenciais dependem da existência de pontos físicos
de atendimento, nos quais o consumidor possa interagir frente a frente com um representante
da empresa, a fim de ter sua necessidade satisfeita, consistindo em uma oportunidade para a
empresa que, nesse momento, tem a possibilidade de satisfazer a necessidade do consumidor
de modo substancialmente melhor que a concorrência, a fim de conquistar a preferência e a
lealdade do cliente, além do benefício adicional de poder realizar novas vendas.
É no encontro com o vendedor, denominado por NORMANN (1993) de “momento da
verdade”, que o relacionamento do consumidor com a empresa se concretiza, que a empresa é
testada pelo consumidor e que se pode estabelecer, pelo atendimento, a relação de confiança
que pode culminar não só na decisão de compra, mas na durabilidade do relacionamento com
o cliente. Assim, para conhecer melhor como se processam tais interações, recorreu-se à
literatura sobre o assunto, em especial a que trata dos conceitos de Decisão de Compra,
Satisfação e Lealdade, e a uma Pesquisa de Satisfação com o objetivo de verificar se a
qualidade percebida pelo consumidor no momento do atendimento influencia na intenção de
compra de serviços de telefonia móvel.
1.1. Contextualização
O mercado de telefonia móvel no Brasil é um mercado em reconhecida expansão,
tendo movimentado em 2009, mais de 150 milhões de reais, apresentando adições líquidas de
1,6 milhões em janeiro de 2010 superior a janeiro de 2009 (1,3 milhões de adições líquidas).
10
Ao final de 2008, existiam 150 milhões de usuários de celular no país, o que
corresponde a uma adição líquida de 15 milhões de usuários por ano (TELECO, 2009),
conforme demonstra a Figura 1.
Figura 1 – Celulares ativos por operadora de telecomunicações no Brasil de 2008 a 2009 (1º
trimestre de 2008 ao 2º trimestre de 2009)
Fonte: TELECO (2009).
Considerando o faturamento, o número de clientes e as regiões de cobertura, os quatro
maiores competidores brasileiros em 2009 eram a Claro, Oi, Tim e Vivo, que possuem juntas
pouco mais de 155 milhões de clientes, até janeiro de 2010, e obtiveram uma receita bruta
total de cerca de 150 milhões de reais em 2009 (TELECO 2010) conforme demonstra o
Quadro 1 abaixo.
11
Quadro 1 – Receita Bruta das Operadoras de Telecomunicações em 2009.
Fonte TELECO (2010)
Acompanhando a tendência mundial de setores de tecnologia, os aparelhos celulares e
a tecnologia utilizada são fatores igualmente disponíveis a quaisquer operadoras de telefonia
móvel, contando com uma taxa de obsolescência razoavelmente alta. As tarifas cobradas pela
utilização de determinados serviços, ao serem analisadas mais profundamente, não variam
muito de uma operadora à outra. A cobertura, por sua vez, já foi um grande diferencial para as
empresas em questão, mas hoje em dia é um fator que ocasiona pouca diferenciação entre
elas.
Com isso, o diferencial entre essas empresas pode estar localizado nos serviços
oferecidos e na qualidade de atendimento. E é esta combinação de fatores que podem
influenciar na decisão de compra e, posteriormente, na satisfação e na lealdade do
consumidor.
Os serviços oferecidos podem ser específicos ou integrados. O termo “serviço
específico” se refere ao fato do consumidor poder contratar, com as operadoras, cada serviço
separadamente: um plano de telefonia fixa; um plano de acesso à internet, que pode ser
discado, via banda larga ou via rádio; ou um plano de telefonia móvel, que pode ser pré ou
pós-pago.
12
Já o termo “serviços integrados” refere-se ao fato dos serviços poderem ser
disponibilizados pelas operadoras sob a forma de um pacote integrado, que une serviços de
voz, de dados e de acesso à internet, como se fossem um só serviço. Embora a forma de
“empacotá-los” e oferecê-los ao público varie bastante entre as operadoras, a diferenciação
entre os serviços se opera muito mais no nível do marketing do que no do efetivo
fornecimento, uma vez que, na realidade, os serviços são praticamente os mesmos a ser vistos
pelo mercado como commodities, fato esse devido ao esforço feito por parte das empresas em
ofertá-los de forma integrada ao público em geral (sites das operadoras de telecomunicações,
2009).
Dada a importância reconhecida desse aspecto na compra de bens ou serviços e a
ampla variação de níveis de qualidade, passível de ser constatada, o atendimento ao
consumidor pode influenciar na decisão de compra e ser o diferencial em empresas desse
setor.
O atendimento ao cliente se concretiza principalmente por meio dos canais de vendas,
através do qual a compra se realiza, a empresa é testada pelo consumidor e se estabelece a
relação de confiança que pode culminar na fidelização do cliente. Portanto, a possibilidade de
oferecer uma experiência de compra especialmente satisfatória é um dos fatores mais
importantes na consolidação de uma imagem positiva junto ao cliente.
Isso é diretamente influenciado pelos diferentes tipos de canal, que abrangem tanto
lojas físicas quanto telemarketing. Focando as lojas físicas, existem vários modelos de
negócio, entre eles a loja própria, a franquia, o multimarca e o grande varejo. Tanto a loja
própria quanto a franquia carregam explicitamente o nome e a marca da empresa, são voltadas
para os públicos A e B, enquanto que os outros dois modelos citados ofertam serviços de
várias operadoras.
13
Com relação a lojas próprias ou franquias, por exemplo, a operadora continua tendo
poder de decisão sobre o layout da loja, o material de comunicação, mix de planos, promoções
e treinamento da equipe da força de vendas, entre vários outros fatores, uma vez que a
franqueada precisa se manter dentro de certos padrões exigidos pelo franqueador. Isso
colabora para que este possa influenciar a qualidade do atendimento prestado em suas lojas –
tanto próprias quanto franqueadas. A Franquia é o tipo mais comum de distribuição em
serviços e é responsável pela maior parte das vendas (ZEITHAML e BITNER, 2003).
Já nas lojas multimarcas e do grande varejo, mais voltadas para as classes C e D, o
controle sobre a qualidade de atendimento, por parte da operadora de celular, é baixo, uma
vez que essas lojas têm um foco maior na venda de aparelhos celulares com planos de baixo
custo e pouco foco no relacionamento com o cliente, além da ingerência sobre a capacitação e
habilidades dos vendedores.
1.2. Problema de Pesquisa
O objetivo da pesquisa em questão é estudar a influência da qualidade do
atendimento, percebida pelo cliente, na decisão de compra em lojas franqueadas, com clientes
de classes A e B, que tenham adquirido um plano pós-pago. Buscando evitar a influência da
marca na preferência de compra, o estudo foi realizado com clientes de somente uma
empresa. Neste aspecto, optou-se por escolher uma operadora cujos indicadores da Agencia
Nacional de Telecomunicação (ANATEL), em geral, encontram-se numa posição
intermediária nos rankings do setor.
Oferecendo ao mercado serviços integrados, que abrangem serviços de telefonia fixa,
de telefonia móvel, de dados e de banda larga, a empresa analisada possuía em junho de 2009
mais de 53 milhões de assinantes, sendo 21 milhões de clientes de telefonia móvel. A
14
operadora está presente em todo o Brasil e tem mais de três mil pontos de vendas, dentre os
quais estão cerca de 500 franquias, 600 revendedores autorizados e mais de 3.000 quiosques
instalados em lojas de grande varejo.
Considerando que a decisão de compra é um processo sobre o qual incidem diversos
fatores, entre eles o comportamento do vendedor, capaz de influenciar a percepção do
consumidor sobre a qualidade do atendimento, o interesse deste estudo é verificar como se dá
tal influência em um campo específico: o mercado varejista de telefonia móvel celular. Para
tanto, a revisão teórica apresentada e os resultados da fase qualitativa, que serão apresentados
no capítulo referente à análise dos resultados, forneceram os elementos necessários à
formulação das hipóteses e ao modelo teórico.
Apoiado no referencial teórico apresentado, este estudo trata a compra de um plano de
telefonia celular pós-pago como a aquisição de um serviço, e não de um produto, uma vez
que, embora seja necessário um aparelho celular para viabilizar o fornecimento e a utilização
do serviço, a operadora é uma empresa prestadora de serviços de telecomunicações e todo o
seu esforço de marketing – publicidade, ofertas, materiais de ponto-de-venda, etc. – é
orientado para a comercialização de serviços, especialmente dos pacotes de serviços
integrados. Além disso, uma vez cessado o vínculo com a operadora, o consumidor continua
de posse do aparelho, podendo até utilizá-lo para outros fins, mas não dos serviços – estes
sendo o verdadeiro motivo do relacionamento com a operadora.
Em conformidade com o trabalho de BERRY & PARASURAMAN (1990), este
estudo considera as pessoas responsáveis pelo contato intenso com os clientes como um
ingrediente crítico de sucesso, partindo da premissa de que, em uma loja, por exemplo, o
comportamento do vendedor pode influenciar não só a percepção do cliente, mas também
suas atitudes. Além disso, as atitudes do vendedor podem afetar o juízo que o consumidor
15
forma a respeito não só da qualidade do atendimento de uma pessoa, ou de uma loja em
particular, mas da organização como um todo.
O encontro presencial entre consumidor e vendedor, referido por ALBRECHT (2000)
e por NORMANN (1993) como o “momento da verdade”, foi o escolhido para testar a
percepção do consumidor sobre a qualidade do atendimento e o questionário foi montado com
base nas cinco dimensões da qualidade de serviço propostas por PARASURAMAN (1988).
O conceito de consumidor no qual este estudo se baseia é o de alguém orientado para
um objetivo (FRIESTAD & WRIGHT, 1994) e que busca e interpreta as informações de
forma distinta, conforme elas sejam relevantes ou não para atingir o objetivo desejado
(JONES & THIBAUT, 1958).
Finalmente, no que se refere aos modelos de processo de decisão, foram encontradas
muitas divergências na literatura, mas não necessariamente contraditórias, uma vez que é
possível que diferentes consumidores escolham os mesmos produtos de maneira distinta,
assim como também é possível que um mesmo consumidor escolha diferentes produtos de
forma distinta. Assim, com base nos modelos que abordam de dois estágios, pesquisa e
decisão (PAYNE 1976; OLSHAVSKY 1979; SVENSON 1979; GENSCH 1987; HAUSER &
WERNERFELT 1990; ROBERTS & LATTIN 1991; ANDREWS & SRINIVASAN 1995;
FADER & HARDIE 1996; SWAIT & ADAMOWICZ 2001), e considerando que não cabe a
este estudo tratar da metodologia da tomada de decisão, mas de compreender em que medida
esta foi influenciada pela qualidade do atendimento percebida pelo consumidor na interação
com o vendedor, optou-se seguir o caminho já percorrido por MALLALIEU e NAKAMOTO
(2008) e tentar entender se a qualidade do atendimento tem impacto diferente nos
consumidores, conforme eles estejam em diferentes estágios: no de pesquisa ou no de decisão.
16
1.2.1. Questões de Pesquisa
Considerando as informações anteriores, foram testados quais os atributos percebidos
pelo cliente no atendimento dentro da loja mais influenciam a decisão de compra.
Os atributos são baseados em empatia, responsividade e segurança conforme as
dimensões de qualidade em serviços tratados no SERVQUAL (ZEITHALM, 2006).
Sendo assim deseja-se testar se:
(a) há uma relação linear significativa entre a percepção de qualidade do
atendimento do vendedor e a decisão de compra;
(b) se existe relação entre o fato do cliente saber o que quer adquirir e a
importância da ajuda do vendedor para determinar a compra.
Para evitar a influência da marca na preferência de compra, o estudo será realizado
com clientes de uma única operadora de telecomunicações, no estado do Rio de Janeiro.
Após a introdução ao tema, a seguir, o referencial teórico, que pauta toda a análise em
questão, seguido pelo método de pesquisa a ser utilizado e resultados esperados. E,
finalmente, apresenta-se as conclusões, limitações e considerações gerais do presente estudo e
sugestões de pesquisas futuras.
17
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Com o objetivo de fundamentar o trabalho de pesquisa foi necessário compreender os
conceitos utilizados pelos pesquisadores das áreas de marketing e de motivação, mais
especificamente no que se refere a comportamento de compra. Para tanto, recorreu-se tanto
aos clássicos manuais de marketing (como MALHOTRA, 2006) e trabalhos de autores
consagrados (como ZEITHAML,, 2006), por conterem os construtos fundamentais que hoje
embasam as mais importantes pesquisas na área, quanto a recentes estudos sobre Satisfação
do Consumidor e Decisão de Compra, com destaque para a contribuição de MALLALIEU &
NAKAMOTO (2008), no que se refere ao estudo da motivação do consumidor. Além disso,
foi também abordado o conceito de Serviço, não apenas por ter sido frequentemente
mencionado na literatura referente à Satisfação, como possuindo estreita relação com este
último conceito, mas também por sua importância para o entendimento dos fatores que podem
influenciar a intenção de compra e na avaliação da percepção dos consumidores acerca do
desempenho da empresa (representada pelo vendedor), ou seja, a qualidade percebida. A
qualidade percebida é o julgamento do consumidor sobre a excelência global do serviço
(ZEITHAML e BITNER, 2000).
2.1. O Conceito de Serviço
Segundo HOFFMAN e BATESON (2003), a distinção entre produtos e serviços nem
sempre é clara. Na verdade, é muito difícil encontrar um produto puro, que não contenha um
serviço a ele acoplado – como entrega, garantia de troca ou assistência técnica –, ou de um
serviço que não tenha algum aspecto tangível, como um extrato bancário, um cardápio de
restaurante ou uma apólice de seguros (GOSLING, 2006). Assim, os serviços podem ser
18
oferecidos tanto por empresas de serviços quanto por algum fabricante de bens tangíveis,
agregados à oferta de produtos. De forma mais ampla, serviços são ações, processos e
desempenhos (ZEITHALM, 2003).
No caso particular da telefonia móvel, a linha que separa produto e serviço é muito
tênue e de difícil percepção pelo consumidor, pois, embora as operadoras sejam empresas
prestadoras de serviços, elas precisam se associar a fabricantes de aparelhos celulares para
tornar possível o fornecimento e a utilização dos serviços pelo consumidor. Assim, o chip da
operadora, que é acoplável ao aparelho celular, possibilitando ao consumidor a transferência
de seu número telefônico e de todos os demais serviços agregados para outros aparelhos,
acaba servindo para tangibilizar o serviço. Porém, quando, por exemplo, o vínculo com a
operadora é cortado, o caráter de prestação de serviço fica evidente, já que o chip não tem
outra utilidade a não ser como veículo para o fornecimento do serviço e que o próprio
aparelho, a menos que desbloqueado e reutilizado com o chip de outra operadora, também
perde a utilidade.
LOVELOCK e WRIGHT (2003, p.3) definem serviço como sendo: “um ato ou
desempenho oferecido por uma parte à outra. Embora o processo possa estar ligado a um
produto físico, o desempenho é essencialmente intangível e normalmente não resulta em
propriedade de nenhum dos fatores de produção”. Já na definição de GRÖNROOS (1995),
“serviço é uma atividade ou uma série de atividades de natureza mais ou menos intangível –
que, normalmente, mas não necessariamente, acontece durante as interações entre clientes e
empregados de serviço e/ou recursos físicos ou bens e/ou sistemas do fornecedor de serviços
– que é fornecida como solução ao(s) problema(s) do(s) cliente(s)”.
É relativamente comum os serviços serem produzidos e consumidos simultaneamente,
muitas vezes na interação direta do consumidor com o pessoal da empresa. Além disso, a
intangibilidade dos serviços faz com que os clientes procurem algum indicador tangível para
19
ajudá-los a tornar a experiência do serviço mais palpável. Tais fatos levaram os profissionais
de serviços a utilizar elementos adicionais para comunicação com os consumidores,
expandindo o composto de marketing tradicional para incluir, além dos quatro P’s usuais,
outras três variáveis: pessoas, evidência física e processo (ZEITHAML e BITNER, 2003).
A variável “pessoas” compreende os agentes humanos que desempenham algum papel
na execução de um serviço e que podem influenciar, entre outras, a forma como o serviço é
percebido, fornecido, fruído, avaliado: os funcionários da empresa, o próprio consumidor e os
demais consumidores no ambiente de serviços (ZEITHAML e BITNER, 2003). A “evidência
física” (physical evidence) diz respeito à tangibilização dos serviços, ao que se pode fazer
para tornar o serviço menos abstrato e mais tangível, tendo influência sobre a atribuição de
valor pelo cliente. Já o “processo” se refere às regras de negócio e aos procedimentos
necessários à execução dos serviços, que influem no nível de dificuldade, na duração e em
outros fatores que podem ter efeito sobre a satisfação do cliente (KOTLER, HAYES e
BLOOM, 2002).
Figura 2 - A evidência dos serviços do ponto de vista do cliente:
Fonte: Zeithaml e Bitner, 2003.
Pessoas
Processos
Evidência
Física
• Contratar funcionários
• Os próprios clientes
• Outros clientes
• Fluxo operacional de atividades
• Passos do processo
• Flexibilidade e padronização
• Tecnologia e participação humana
• Comunicação tangível
• Cenário de serviços
• Garantias
• Tecnologia
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O programa de marketing de uma empresa deve considerar quatro características
especiais do serviço: intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade.
2.2. A Satisfação do Consumidor
Diversos estudos têm apontado as vantagens da Satisfação do Consumidor para as
empresas : (i) um consumidor satisfeito tende a voltar comprar na mesma empresa (DICK and
BASU 1994; FECIKOVA 2004; OLIVER 1997; SHANKAR ET AL.2003); (ii) quanto mais
tempo um consumidor fica fiel à empresa mais ele compra (LAW et al. 2004); (iii) conquistar
um consumidor custa mais do que manter (PETERS 1988; SHETH et al. 1999); (iv) um
consumidor satisfeito é menos propenso a mudar para a concorrência (GREMLER and
BROWN 1999; KEAVENEY 1995); (v) um alto grau de satisfação do consumidor pode opor
o consumidor à concorrência, melhorar a reputação da empresa no mercado e diminuir os
custos de captação de novos clientes (ANDERSON et al. (1994) and FORNELL (1992); (vi) a
satisfação do consumidor conduz à lucratividade (ANDERSON et al. 1997;
ATHANASSOPOULOS et al. 2001; MOUTINHO and SMITH 2000); (vii) a satisfação do
consumidor está associada à taxa de retenção, que é considerada o fator mais relevante para o
market-share (RUST and ZAHORIK,1993); e (viii) a satisfação do consumidor é o mais
importante preditor de lucros futuros de uma empresa (KOTLER, 1991).
Para OLIVER (1997), satisfação do cliente é “a resposta ao atendimento do
consumidor. Trata-se da avaliação de uma característica de um produto ou de um serviço, ou
do próprio produto ou serviço, indicando que com eles se atinge um determinado nível de
prazer proporcionado pelo seu consumo”.
Porém, alguns estudos acharam resultados diferentes a respeito das medidas de
satisfação relativas a produtos e a serviços (ANDERSON et al., 1997): enquanto a correlação
21
entre satisfação, produtividade e lucro é positiva para produtos, é negativa para serviços. A
correlação negativa ocorre quanto mais a satisfação depender de customização (capacidade de
prover soluções individualizadas) e quanto mais custoso for para a empresa oferecer altos
níveis de customização sem perda de qualidade em relação ao que já é ofertado de maneira
padronizada.
2.3. Qualidade de Atendimento e Satisfação
A produção e o consumo de serviços são inseparáveis, já que ocorrem
simultaneamente, afirmam BERRY & PARASURAMAN (1990). Para os autores, as pessoas
responsáveis pela entrega do serviço são um ingrediente crítico de sucesso, pois são essas as
responsáveis pelo contato intenso com os clientes. Em uma loja, por exemplo, o vendedor
pode influenciar a percepção do cliente. O funcionário de contato é o próprio serviço e tudo
que ele fizer vai influenciar a percepção do cliente a respeito da organização.
ALBRECHT (2000) definiu momentos da verdade, ou horas da verdade, como o
momento do contato entre o fornecedor do serviço e o cliente num evento específico no
tempo, no qual o cliente entra em contato com algum aspecto da organização e adquire uma
impressão de seu serviço. São estes momentos da verdade experimentados pelos clientes que
formam a imagem que eles terão do serviço prestado pela organização. Sendo assim, a
percepção do cliente é formada em cada um desses instantes, em cada contato estabelecido.
De acordo com GUMMESSON (1998), a qualidade em serviços surge como uma das
contribuições à evolução do paradigma do marketing tradicional. A qualidade é resultado da
percepção do cliente sobre o desempenho do fornecedor. Portanto, trata-se de um julgamento
pessoal, conceito altamente relativo, formado por cada cliente, conseqüentemente, mais difícil
de ser mensurado (PARASURAMAN, 1988).
22
Os consumidores percebem a qualidade de serviço como um conceito unidimensional,
avaliado com base em múltiplos fatores (ZEITHAML e BITNER, 2003). O conceito de
qualidade de serviço pode ser definido em cinco dimensões maiores: confiabilidade, presteza,
cortesia, empatia e tangibilidade (PARASURAMAN, 1988), conforme demonstrado no
quadro 2 abaixo.
Quadro 2 – Principais dimensões de serviços
Principais Dimensões de Serviços, Segundo o SERVQUAL
Dimensões Definições
Confiabilidade Habilidade de realizar o serviço prometido de maneira correta e precisa.
Presteza Disposição para ajudar o cliente e fornecer um serviço pontual.
Cortesia Conhecimento e cortesia de empregados e a sua habilidade para
transmitir responsabilidade e segurança.
Empatia Cuidado, atenção individualizada que a empresa fornece a seus clientes.
Tangibilidade Aparência física de instalações, equipamentos, pessoal e materiais de
comunicação.
Fonte: Parasuraman (1985, 1988); Zeithaml (1990).
Entre essas dimensões, confiabilidade tem sido considerada a dimensão mais
importante (ZEITHAML e BITNER, 2003). A qualidade de serviço é composta por
dimensões multifacetadas e não existe nenhum acordo sobre o número de dimensões ou das
suas inter-relações (PARASURAMAN, 1994),.
De acordo com MILAN e TREZ (2005), entender a satisfação dos clientes é uma
tarefa fundamental para a gestão das empresas, pois é a perspectiva do cliente que deve
orientar as decisões estratégicas e operacionais que venham a influenciar no nível de
qualidade dos serviços prestados pela organização. É a qualidade do atendimento e a
satisfação do cliente que vão determinar a sobrevivência da empresa. Mas, para isso, o
marketing necessita aperfeiçoar as atuais formas de se comunicar e de estabelecer
23
relacionamentos duradouros com clientes usuais ou consumidores potenciais (BRETZKE,
2000).
“Apesar de terem algumas coisas em comum, satisfação é vista geralmente como um
conceito mais amplo, ao passo que a determinação da qualidade em serviços concentra-se
especificamente nas dimensões do serviço. Baseado nesta perspectiva, a qualidade percebida
em serviços é um componente da satisfação de clientes”, afirmam ZEITHAML e BITNER
(2003, p.).
A satisfação do cliente é a medida de sucesso mais relevante do que participação de
mercado, pois demonstra que a gestão dos clientes, ao longo do tempo, tem maior importância
para a empresa que a mera aquisição de clientes. Nesse sentido, pode-se afirmar que o
atendimento de qualidade ao cliente é o que determinará o crescimento e a competitividade
das empresas na próxima década (PEPPERS e ROGERS, 2000).
O cliente é influenciado pelo modo como recebe o serviço e como vivencia a relação.
Se uma reclamação for resolvida satisfatoriamente na sua avaliação, a empresa terá boa
qualidade em sua avaliação, mas se o cliente não ficar satisfeito, ou a obtenção de resultado
tiver sido complicada ou demorada, ele irá simplesmente avaliar toda a empresa, seus
produtos e serviços como ineficientes e, fatalmente, se sentirá lesado (FERREIRA e
SGANZELLA, 2000).
A satisfação como o resultado da união de três fatores é definida por FORNELL
(1996), da seguinte forma: (i) as expectativas do cliente, fator que engloba tanto as
expectativas prévias à compra, em relação ao que será fornecido, quanto as posteriores, em
relação à capacidade da empresa de fornecer o suporte adequado em caso de necessidade; (ii)
a qualidade percebida, que é a avaliação do consumidor sobre o produto/serviço após a
experiência de consumo; e (iii) o valor percebido, que é a percepção do consumidor sobre a
relação entre o quanto o produto/serviço realmente vale, em termos de conseguir atender às
24
suas necessidades e expectativas, e o valor efetivamente pago por ele (relação custo-
benefício).
Mas a satisfação sozinha não é suficiente, uma vez que não há garantia de que um
cliente satisfeito repita o processo de compra de produto ou serviço – processo esse mais
comumente chamado de intenção de recompra. No entanto, o cliente é propenso a ser fiel a
uma empresa quando está plenamente satisfeito com os serviços prestados (OLIVER, 1999).
2.4. Satisfação e Lealdade
Há uma importante relação entre satisfação e lealdade de clientes, como demonstra a
figura 4, a seguir. Essa relação é particularmente forte quando os clientes estão muito
satisfeitos. Nesse sentido, empresas que simplesmente almejam a satisfação de clientes podem
não estar fazendo o suficiente para desenvolver a fidelidade: mais do que simplesmente
satisfazer ou mesmo fidelizar os seus clientes (ZEITHAML e BITNER, 2003).
Figura 4 - Relação entre satisfação e fidelidade de clientes em indústrias competitivas:
1 2 3 4 5
20
40
60
80
100
Muito
insatisfeito
Insatisfeito Não satisfeito nem
insatisfeito
Satisfeito Muito satisfeito
Lea
ldad
e (r
eten
ção
) (%
)
1 2 3 4 5
20
40
60
80
100
Muito
insatisfeito
Insatisfeito Não satisfeito nem
insatisfeito
Satisfeito Muito satisfeito
Lea
ldad
e (r
eten
ção
) (%
)
Fonte: Zeitham, James L., Sasser Jr., W. Earl, Schlesinger, Leonard A., 2003.
25
Segundo FORNELL (1992), a satisfação nada mais é que uma avaliação geral
realizada pelo consumidor após a venda, tomando como base o desempenho experimentado
em relação ao esperado. A mensuração do nível de satisfação dos clientes serve como uma
medida para se verificar o desempenho global da empresa em relação às expectativas dos
clientes (ANDERSON, FORNELL e LEHMAN, 1992).
Lealdade, em sentido amplo, é a sensação de apego ou afeição pelas pessoas, produtos
ou serviços de uma empresa. O consumidor pode manisfestar esse sentimento de várias
formas, mas a melhor delas é a participação da empresa no total das compras efetuadas pelo
consumidor em seu ramo de atuação – no caso do setor de telefonia, é a participação dos
serviços de uma determinada operadora no total de compras de serviços de telecomunicações
feitas pelo consumidor.
A questão é que essa informação raramente se encontra disponível no nível do
consumidor individual, sendo que as alternativas de indicadores de lealdade mais comumente
usadas são: intenção de recompra, comportamento primário e comportamento secundário.
Ainda que não se trate de uma certeza, a intenção de recompra é um importante
preditor de comportamento futuro, indicando que, se nenhum fator negativo entrar em cena
(uma experiência ruim com o produto ou uma oferta irresistível da concorrência, por
exemplo), há uma grande probabilidade de o consumidor voltar a comprar (JONES &
SASSER JR., 1995).
Já o comportamento primário diz respeito a atitudes do consumidor que podem indicar
propensão à recompra: a proximidade da última compra realizada; a frequência com que são
feitas compras; a quantidade e montante das compras em relação à média dos demais
compradores; os contatos com a empresa (visitas ao site ou loja, atualização de cadastro); e o
tempo de relacionamento.
26
Por fim, o comportamento secundário se refere às recomendações que o cliente faz da
empresa, sendo um dos fatores mais importantes para a aquisição de novos clientes, além de
ser mais confiável do que a intenção de recompra, que se refere apenas a uma possibilidade, a
um possível comportamento futuro.
Uma vez capaz de medir tais indicadores de lealdade, a questão passa a ser o que fazer
com eles. Para JONES & SASSER JR. (1995), quando se trata de uma relação de consumo, a
única verdadeira lealdade é a dos consumidores totalmente satisfeitos. Uma classificação
abaixo dessa é considerada inaceitável, por indicar que o consumidor pode optar por outras
empresas. Para os clientes que não estão totalmente satisfeitos, a questão deixa de ser a
lealdade e passa a ser a volubilidade, ou seja, não se trata de discutir em que medida eles são
fiéis, e sim com que facilidade eles trocariam de marca.
A maioria das empresas sabe que quanto mais competitivo é o mercado, maior a
importância do grau de satisfação do consumidor.
Porém, o que essa mesma maioria costuma desconhecer é que, no que tange à
lealdade, há uma considerável diferença entre o consumidor meramente satisfeito e o
completamente satisfeito e que qualquer pequena queda no grau de satisfação do consumidor
se traduz em uma grande queda em termos de lealdade (JONES & SASSER, 1995).
Eles defendem que o mesmo se aplica a mercadorias com margens exíguas, cujo
retorno do investimento com a satisfação do consumidor costuma ser bem mais elevado do
que no caso das altamente lucrativas, e que a tentativa de obter consumidores completamente
satisfeitos nesses mercados muitas vezes eleva o produto a um nível de qualidade tal que
chega a retirá-lo da categoria de commodity.
São quatro os fatores fundamentais relacionados à satisfação do consumidor: (i) os
elementos básicos dos produtos e serviços, que os consumidores esperam que todos os
competidores de um mesmo mercado possam entregar; (ii) serviços de suporte, tais como
27
assistência técnica, Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), disponibilização de peças
de reposição e acessórios nas revendas, e outros capazes de facilitar a utilização dos produtos
pelo consumidor; (iii) um processo de recuperação, para os casos em que o consumidor tenha
uma experiência desagradável com o produto/serviço; e (iv) serviços que agreguem valor ao
original e excedam as expectativas do consumidor de tal maneira, ou atendam suas
necessidades de forma tão completa, que pareçam customizados.
Esses quatro fatores estão dispostos hierarquicamente e correspondem aos esforços
necessários, por parte da empresa, para fazer o consumidor passar de um grau a outro na
escala de satisfação.
Por exemplo: para uma empresa elevar seu conjunto de consumidores classificados
como “satisfeitos” para o grau de “muito satisfeitos” precisará atuar no âmbito do quarto fator
(exceder as expectativas); mas se quiser transformar os “insatisfeitos” em “neutros” terá que
atuar sobre os elementos básicos dos produtos, pois, antes de pensar em fornecer um bom
suporte, é necessário fornecer um bom produto e, antes de poder oferecer uma compensação
ao consumidor que teve uma experiência desagradável, é necessário contar com uma estrutura
ao menos básica de suporte ao cliente.
Normalmente, quando um consumidor está classificado entre os “insatisfeitos”
significa que a empresa falhou no nível mais elementar, nas características mais básicas do
produto ou serviço. Por outro lado, quando o consumidor se posiciona entre os “neutros”,
geralmente significa que ele é indiferente àquela marca ou produto em particular e que
qualquer empresa do segmento é provavelmente capaz de satisfazer suas necessidades com
igual competência.
28
O primeiro é um consumidor que precisa apenas que a empresa atenda ao padrão do
setor para passar de “insatisfeito” a “neutro”, enquanto o segundo precisa ser surpreendido
com algum diferencial ou vantagem, além daquilo que as outras empresas do setor já
oferecem, para passar de “neutro” a “satisfeito”.
Em resumo, os fatores que afetam a satisfação do consumidor são construídos uns
sobre os outros, de tal forma que a empresa vai, progressivamente, agregando cada vez mais
valor à sua oferta de produtos e serviços e, ao menos em tese, quando chega ao ponto de
exceder a expectativa do consumidor, já é capaz de atendê-lo de uma forma tão completa que
não há motivo para que ele prefira um concorrente.
O grande problema é que, na prática, há empresas que acabam focando apenas na
recompensa financeira imediata e, sem pensar no longo prazo, tomam decisões no sentido
contrário ao da satisfação do cliente, tais como: sacrificar a qualidade dos produtos em favor
de preços mais atraentes; economizar na qualificação de pessoal para atendimento ao cliente;
terceirizar serviços de instalação e assistência técnica, perdendo o controle sobre a qualidade
do suporte; e ignorar a insatisfação do cliente, permitindo que este procure outras alternativas
disponíveis no mercado sem sequer reagir (JONES & SASSER JR., 1995).
2.5. Envolvimento e Confiança
O envolvimento é definido como a relevância que determinado objeto tem para uma
pessoa com base em seus interesses, necessidades e valores (ZAICHKOWSKY, 1984). Do
ponto de vista do consumidor, envolvimento é um estado mental direcionado para um
objetivo (ZALTMAN e WALLENDORF, 1983), o que indica uma relação entre a motivação
para realizar um determinado objetivo e o grau de envolvimento de uma pessoa
(ALDLAIGAN e BUTTLE, 2001; HARRISON, 1994).
29
O envolvimento é a importância atribuída pelo consumidor à aquisição, consumo e
disponibilidade de um produto, serviço ou idéia (MOWEN e MINOR, 1998).
O conceito de confiança consiste no grau de certeza do comprador a respeito da
qualidade de determinada marca e está positivamente correlacionado com a intenção de
compra. Quanto mais simples for um produto em termos de valor, durabilidade, facilidade de
reposição e outros fatores (por exemplo, uma pasta de dentes), menos confiança e
envolvimento são necessários para adquiri-lo (HOWARD e SHETH, 1969).
Por outro lado, quanto mais complexo – ou seja, mais caro, mais durável, mais raro,
etc. (por exemplo, um plano de previdência) – maior o grau de confiança e envolvimento
necessários (WAHYUNINGSIH e TANAMAL, 2008) e, consequentemente, mais tempo será
despendido com a busca de informações antes da tomada de decisão.
2.6. A Decisão de Compra
Uma das habilidades mais valorizadas em um vendedor é a capacidade de identificar
necessidades do consumidor e responder com o comportamento mais apropriado, a fim de
conduzir tranquilamente o comprador à conclusão do negócio, seja fornecendo informações
para subsidiar a tomada de decisão, seja transmitindo segurança, motivando, ou simplesmente
tomando as providências necessárias para o pagamento e a entrega do produto ao consumidor
(MALLALIEU e NAKAMOTO, 2008).
Uma das visões mais comumente aceitas acerca do consumidor, oriunda das pesquisas
sobre persuasão – em especial, FRIESTAD e WRIGHT (1994), é como alguém orientado para
um objetivo e em relação ao qual o vendedor deve atuar como um facilitador e não como
alguém cuja principal tarefa seria persuadir. Para MALLALIEU e NAKAMOTO (2008), a
30
interação entre o comportamento do vendedor e os objetivos do comprador leva a duas
respostas por parte do último, uma cognitiva e outra emocional, cada uma podendo ser
positiva ou negativa, podendo afetar a decisão de comprar, a satisfação com a experiência de
compra e até a lealdade do consumidor.
A grande questão consiste em saber se é possível desenvolver no vendedor os
comportamentos adequados para gerar apenas respostas cognitivas e emocionais positivas no
comprador.
Os modelos de processos de tomada de decisão (SHAO, 2008) podem ser divididos
em dois grandes grupos: os focados em um estágio (escolha), tentam estabelecer uma relação
entre os atributos e os resultados da decisão (MALHOLTRA 1982; NOWLIS e SIMONSON
1996; KIVETZ e SIMONSON 2000), e os focados em dois estágios (pesquisa e escolha), que
defendem que, antes da tomada de decisão propriamente dita, há um processo de “filtragem”
ou “afunilamento”, visando a diminuir as opções disponíveis a uma quantidade mais fácil de
administrar (SWAIT e ADAMOWICZ 2001).
Ao aplicar as teorias de que o consumidor é orientado a um objetivo (FRIESTAD e
WRIGHT, 1994) e de que indivíduos orientados a objetivos buscam informações relevantes
para os seus propósitos, atribuindo-lhes significados, MALLALIEU e NAKAMOTO (2008)
afirmam que um consumidor nas primeiras fases do processo de decisão, tais como a do
reconhecimento do problema, da busca de informação e da avaliação de alternativas, tende a
enfrentar o momento da venda com preocupações diferentes das do consumidor mais
adiantado no processo e já pronto para a escolha do produto.
31
No início do processo de tomada de decisão o consumidor está focado na pesquisa, ou
seja, em reunir os elementos necessários para possibilitar sua escolha, em recolher
informações relevantes sobre a categoria de produtos relacionada à sua necessidade.
Por outro lado, a partir do momento em que o consumidor já reuniu informações
suficientes e está pronto para comprar, seu foco passa a ser a compra propriamente dita, a
conclusão do negócio.
Nos estágios iniciais da tomada de decisão, o consumidor assume um estado mental
voltado para a pesquisa, o que significa que o vendedor tende a gerar mais respostas positivas
se for capaz de auxiliá-lo com a aquisição de informação, comparação e seleção das
alternativas possíveis.
Se, em vez disso, o vendedor tentar concluir rapidamente a venda, corre risco de ser
percebido com alguém que se opõe aos interesses do comprador. Por outro lado, se o estado
mental do consumidor estiver orientado no sentido da escolha, o vendedor poderá gerar
respostas positivas simplesmente se preocupando em facilitar ao máximo o fechamento do
negócio.
Nesse caso, a apresentação de novas informações é perigosa, pois, além de poder ser
vista como uma tentativa de persuadir o consumidor a tomar um curso de ação diferente do
que já havia decidido, pode até mesmo fazê-lo voltar atrás no processo de tomada de decisão,
uma vez que as novas informações fornecidas pelo vendedor não haviam sido consideradas
antes, no decorrer processo.
Em ambos os casos, há o risco de provocar respostas negativas no consumidor, tais
como: (i) decepção, decorrente do não fechamento do negócio planejado; (ii) ansiedade,
gerada pelo início de um novo processo de escolha; e (iii) desconfiança, oriunda da percepção
do vendedor como tendo objetivos opostos aos do comprador.
32
As principais estratégias de persuasão (CIALDINI, 1984) citadas por Mallalieu e
Nakamoto (2008) à referida na literatura são:
(i) opinião especializada (expertise): baseia-se na noção de que especialistas
podem nos ajudar a tomar melhores decisões sobre o assunto que eles dominam, por terem
mais informações do que a maioria, e consiste em convencer o comprador de que o vendedor
é capaz de oferecer uma consultoria especializada sobre a categoria de produto desejada;
(ii) empatia (linking): baseada na idéia de que as pessoas tendem a seguir mais
conselhos de pessoas por quem elas sentem afinidade, esta estratégia consiste em apelar para
o lado emocional do consumidor, buscando criar um laço afetivo e estabelecer uma relação de
confiança;
(iii) reciprocidade (reciprocation): é uma estratégia destinada a induzir no
consumidor um sentimento de gratidão a ser compensado pela compra e que pode culminar
até na realização do negócio em bases reconhecidamente menos favoráveis para o comprador,
como retribuição por um tratamento diferenciado recebido do vendedor, tais como:
reconhecê-lo quando entra na loja, chamando-o pelo nome; aguardar pacientemente esperando
que ele se decida; ou reservar um determinado item;
(iv) escassez (scarcity): fundamentada no pressuposto de que as coisas mais
difíceis de conseguir são melhores do que aquelas que estão mais disponíveis e de que a
possibilidade de perder a liberdade de escolha é desagradável para a maioria das pessoas, esta
estratégia é comumente utilizada para convencer o comprador de que está diante de uma
oportunidade única e que pode perder a chance da compra se não se decidir imediatamente,
seja porque o produto poderá não estar disponível no futuro (por ser de fabricação limitada,
estar saindo de linha, em final de coleção, ou outros motivos) ou porque o preço irá aumentar
(muito utilizada em épocas de inflação ou antes de aumentos já previstos na regulação) ou
33
porque as condições de venda do produto irão mudar (muito utilizada durante a vigência de
ofertas, por exemplo);
(v) validação social (social validation): é baseada na premissa de que as pessoas
costumam avaliar a adequação das próprias ações e decisões com base nas de pessoas
pertencentes ao mesmo grupo social ou a um determinado grupo com o qual se identificam e
querem se aproximar, sendo usada para fazer o consumidor acreditar que tomou a decisão
certa, uma vez que pessoas com as quais se identifica fizeram o mesmo. Embora seja mais
utilizada na publicidade, também é aplicada no momento da venda, quando o produto é
referido pelo vendedor como sendo o mais vendido, o mais procurado por um determinado
tipo de pessoa, o mais indicado para uma determinada categoria profissional ou idêntico ao de
determinada pessoa famosa.
As três primeiras estratégias referidas por CIALDINI (1984) de ESS (Early Stages
Strategies ou Estratégias de Estágios Iniciais) foram tratadas por MALLALIEU e
NAKAMOTO (2008), como sendo os estágios iniciais aos quais se referem do processo de
tomada de decisão, a saber: reconhecimento do problema, busca de informações e avaliação
de alternativas.
Segundo eles, tais estratégias se aplicariam melhor aos estágios iniciais pelo fato do
estado mental do consumidor estar orientado para a avaliação dos produtos disponíveis e,
portanto, necessitando estabelecer com o vendedor um relacionamento baseado na confiança,
na cooperação e na crença de estar recebendo uma consultoria especializada.
As duas últimas estratégias foram chamadas por MALLALIEU e NAKAMOTO
(2008) de LSS (Later Stages Strategies ou Estratégias de Estágios Tardios), referindo-se aos
estágios finais da tomada de decisão, ou seja, aqueles nos quais o estado mental do
consumidor está mais voltado para a ação e, portanto, tendendo a buscar interações que
propiciem a confirmação da decisão e o fechamento.
34
Finalmente, os resultados dos estudos de MALLALIEU e NAKAMOTO (2008)
apontam para o fato de que a interação entre o comportamento do vendedor e o estado mental
do comprador provocam no comprador uma determinada resposta cognitiva e emocional, e
que se o vendedor conseguir identificar corretamente o estado mental do comprador, e adotar
o comportamento mais adequado, tem muito mais chances de conseguir uma resposta
positiva, com impacto tanto para a decisão de compra quanto para a satisfação e a lealdade do
consumidor.
Neste capítulo foi discutido o comportamento de compra com abordagem ao conceito
de serviço e aos atributos influenciadores para decisão de compra como qualidade do
atendimento, satisfação, lealdade, envolvimento e confiança que serão complementados pela
pesquisa qualitativa e mensurados na pesquisa quantitativa apresentadas no próximo capítulo.
35
3. MÉTODO
O modelo desse estudo pretende identificar a influência da qualidade do atendimento
na decisão de compra, em lojas franqueadas da empresa de telecomunicações analisada, na
cidade do Rio de Janeiro, com clientes das classes A e B, que tenham adquirido um plano pós-
pago. Para isso foram testados quais atributos percebidos pelo cliente no atendimento dentro
da loja mais influência a decisão de compra.
Foi realizada uma pesquisa qualitativa, com objetivo de testar o questionário e
conhecer a experiência do cliente no momento de contato com o vendedor, bem como
levantar quais atributos eram percebidos durante o atendimento. Nesta fase foram
entrevistadas 20 pessoas, das quais 13 adquiriram um serviço da operadora e 7 não
adquiriram. Em seguida, o questionário estruturado foi aplicado por telefone (método survey)
para 999 clientes da operadora para levantamento dos dados. Ainda neste capítulo, o
detalhamento das pesquisas realizadas.
Os atributos utilizados na pesquisa quantitativa são baseados em empatia,
responsividade e segurança conforme as dimensões de qualidade em serviços tratados no
instrumento SERVQUAL (Parasuraman et al, 1988).
Os consumidores percebem a qualidade de serviço como um conceito unidimensional,
avaliado com base em múltiplos fatores (ZEITHAML e BITNER, 2000). Mais
especificamente, o conceito de qualidade de serviço tem cinco dimensões maiores:
confiabilidade, presteza, cortesia, empatia e tangibilidade (Parasuraman et al, 1988). Entre
essas dimensões, confiabilidade tem sido consistentemente mostrada como a dimensão mais
importante (Zeithaml e Bitner, 2000). Presteza refere-se à vontade de ajudar o consumidor e
prover pronto-serviço. Cortesia envolve o conhecimento, maneira e habilidade dos
funcionários para comunicar confiança e segurança aos clientes. Empatia é definida como a
36
provisão de cuidados e atenção individual aos consumidores. A última dimensão,
tangibilidade, representa a aparência das instalações físicas, equipamentos, funcionários e
materiais de comunicação (FITZSIMMONS e FITZSIMMONS, 2000).
Sendo assim, o teste realizado para responder as hipóteses
(a) há uma relação linear significativa entre a percepção de qualidade do
atendimento do vendedor e a decisão de compra;
(b) se existe relação entre o fato do cliente saber o que quer adquirir e a
importância da ajuda do vendedor para determinar a compra.
foi o qui-quadrado da independência para verificar se a ajuda do vendedor influenciou na
decisão de compra e se foi importante para quem já sabia o que queria e para quem não sabia
o que queria.
A primeira fase da pesquisa foi destinada a obter informações de modo a refletir as
características da realidade tanto quanto possível. Assim, tem por finalidade evitar que as
predisposições não fundadas no repertório que se pretende conhecer influam nas percepções e,
conseqüentemente, no instrumento de medida.
3.1. Pesquisa Qualitativa
A pesquisa qualitativa pode ser definida como a pesquisa que se fundamenta em
descrições ricas, com observações, registros e análises reais das interações entre pessoas e
entre pessoas e processos. Além de não utilizar instrumentos estatísticos na análise de dados
(Zouain, 2004), o método qualitativo é apropriado quando o fenômeno é complexo, de
natureza social e não tende à quantificação (LIEBSCHER, 2000).
37
Nesse tipo de pesquisa o trabalho de campo é realizado durante quase todo o processo
e serve para definir o problema ou desenvolver a abordagem, gerar hipóteses e identificar
variáveis que devem ser incluídas na pesquisa. Dessa forma, proporciona ao pesquisador
maior familiaridade com o problema, com vista a torná-lo mais explícito (GIL, 1994).
Também é utilizada para corrigir o viés do pesquisador e, assim, aumentar o grau de
objetividade da própria pesquisa, tornando-a mais consentânea com a realidade.
Desta forma, a pesquisa exploratória tem a função de ajudar a saber quais
questionamentos se aplicam ao problema da investigação. Inclusive para GODOY,
RICHARDSON (1989, p. 26), a pesquisa exploratória se faz necessária “quando não se têm
informações sobre determinado tema e se deseja conhecer o fenômeno”. Além disso, tem
como objetivo principal o desenvolvimento de melhores idéias, pois o seu planejamento é
flexível, possibilitando a consideração de vários aspectos referentes ao fato a ser estudado
A pesquisa qualitativa proporciona melhor visão e compreensão do contexto do
problema e a sua finalidade é alcançar uma compreensão qualitativa das razões e motivações
subjacentes; trabalha com uma amostra pequena de casos não representativos; a coleta de
dados é não estruturada; a análise dos dados é não estatística; e seus resultados desenvolvem
uma compreensão inicial (MALHOTRA, 2006).
As entrevistas em profundidade constituem outro método de obtenção de dados
qualitativos. Essa entrevista é não-estruturada, direta, pessoal em que um único respondente é
testado por um entrevistador capacitado. O objetivo é descobrir motivações, crenças, atitudes
e sentimentos subjacentes sobre um determinado tópico (MALHOTRA, 2006).
A vantagem da entrevista em profundidade é que ela proporciona uma livre troca de
informações, mas deve ter cuidado com a sua estrutura para que os resultados não fiquem
suscetíveis à influência do pesquisador.
38
Neste trabalho foram realizadas 20 entrevistas de profundidade em três lojas da
empresa estudada. (Norte Shopping, Rio Sul e Barra Shopping). Desse total, 13 clientes
adquiriram compras de produtos ou efetivaram planos e sete clientes não adquiriram produtos
ou efetivaram planos no dia da entrevista. Essa etapa da entrevista foi realizada no mês de
maio de 2009 (resultados no anexo).
O roteiro se baseou na experiência do cliente no momento em que estava sendo
atendido dentro da loja. Foram abordadas algumas variáveis que poderiam influenciar a
compra, como tempo de atendimento e atenção do vendedor. O pesquisador utilizou perguntas
diretas e abertas, para avaliar a percepção do cliente e descobrir suas motivações para compra.
Também questionou a influencia do vendedor para aquisição de produtos e perguntou sobre a
percepção de atendimento em outras lojas.
Na etapa seguinte da pesquisa qualitativa, procurou-se apurar os dados, fazendo
perguntas específicas – ou melhor, cada vez mais específicas – para aperfeiçoar certas
informações ou para obter conhecimentos novos. Determinados os aspectos iniciais e as
hipóteses a serem exploradas no decorrer do estudo, passamos à etapa seguinte, com análise
quantitativa.
3.2. Pesquisa Quantitativa
O objetivo da pesquisa quantitativa é quantificar os dados e generalizar os resultados
da amostra para a população-alvo. Para ter confiabilidade é necessário grande número de
casos representativos, ter o questionário de pesquisa estruturado e uma análise de dados com
base na estatística. Os resultados obtidos proporcionam uma recomendação de ação final
(MALHOTRA, 2006).
39
Nesse estudo foi realizada uma pesquisa quantitativa descritiva transversal: (i)
pesquisa descritiva: tem por objetivo a descrição de algo; (ii) transversal: coleta de
informações de uma amostra da população (MALHOTRA, 2006). A pesquisa descritiva
descreve alguma coisa e é utilizada para descrever características de grupos de pessoas como
consumidores, vendedores ou organizações. Também especifica um determinado
comportamento de uma população, determina percepções de características de um produto,
faz previsões e define o grau de associação de uma ou mais variáveis.
Com o estudo descritivo pretende-se descrever com certa exatidão os fatos e
fenômenos de determinada realidade, sendo este estudo caracterizado ainda como
exploratório, uma vez que visa aumentar a experiência do pesquisador em torno de
determinado problema (TRIVIÑOS, 1987).
As pesquisas descritivas são caracterizadas por possuírem objetivos bem definidos,
procedimentos formais, serem bem estruturadas e dirigidas para a solução de problemas ou
avaliação de alternativas de cursos de ação (MATTAR, 1996). Segundo FREITAS (2000,
p.106), a pesquisa descritiva “busca identificar quais as situações, eventos, atitudes ou
opiniões estão manifestos em uma população: descreve a distribuição de algum fenômeno na
população ou entre subgrupos da população ou, ainda, faz uma comparação entre essas
distribuições”.
A pesquisa descritiva trata do estudo e da descrição das características, propriedades
ou relações existente na comunidade, grupo ou realidade pesquisada (CERVO & BERVIAN,
1996). A mesma favorece uma pesquisa mais ampla e completa, às tarefas da formulação
clara do problema e da hipótese como tentativa de solução.
Em uma pesquisa o dado quantitativo é a representação simbólica atribuída a
manifestações de um evento quantitativo. “É a estratégia de classificação de um fenômeno
aparentemente imponderável que, fixando premissas de natureza ontológica e semântica,
40
instrumentaliza o reconhecimento do evento, a análise de seu comportamento e suas relações
com outros eventos” (PEREIRA, 1999).
Neste trabalho, os dados da pesquisa quantitativa foram formatados sob a forma de
perguntas e respostas. O questionário preliminar foi pré-testado numa parcela da população do
estudo, mas que não participou das entrevistas em profundidade, nem da amostra utilizada
para a pesquisa. A análise desses resultados permitiu verificar quais são os atributos
considerados importantes pelos clientes para medir a qualidade de atendimento e,
conseqüentemente, construir o questionário estruturado a ser utilizado no levantamento,
iniciando-se a parte quantitativa do estudo. Após a realização do pré-teste, foram feitos os
ajustes considerados necessários.
3.2.1. Qui-quadrado da Independência
O Qui Quadrado é um teste de hipóteses que se destina a encontrar um valor da
dispersão para duas variáveis nominais, avaliando a associação existente entre variáveis
qualitativas. É um teste não paramétrico, pois não depende dos parâmetros populacionais,
como média e variância.
O princípio básico deste método é comparar as possíveis divergências entre as
frequências observadas e esperadas para um certo evento. Pode-se afirmar que dois grupos se
comportam de forma semelhante se as diferenças entre as frequências observadas e as
esperadas em cada categoria forem muito pequenas, próximas a zero.
O Qui Quadrado é utilizado quando se pretende verificar se a frequência com que um
determinado acontecimento observado em uma amostra se desvia significativamente (ou não)
da frequência com que ele é esperado. É também usado para comparar a distribuição de
41
diversos acontecimentos em diferentes amostras, a fim de avaliar se as proporções observadas
destes eventos mostram ou não diferenças significativas.
Para aplicar o teste os seguintes requisitos precisam ser satisfeitos: a) os grupos devem
ser independentes; b) os itens de cada grupo devem ser selecionados aleatoriamente; c) as
observações devem ser frequências ou contagens; d) cada observação deve pertencer a uma e
somente uma categoria; e e) a amostra deve ser relativamente grande (pelo menos 5
observações em cada célula e, no caso de poucos grupos, pelo menos 10).
Fórmula do qui quadrado: X2 = ∑ [(o - e)
2 /e]
em que o = frequência observada para cada classe e e = frequência esperada para
aquela classe.
Hipóteses a serem testadas
• Hipótese nula: As frequências observadas não são diferentes das frequências
esperadas. Portanto, não há associação entre os grupos
• Hipótese alternativa: As frequências observadas são diferentes da frequências
esperadas. Portanto, há associação entre os grupos.
A tomada de decisão é feita comparando-se os dois valores de X2:
• Se X2
calculado ≥ X2
tabelado: Rejeita-se Ho.
• Se X2
calculado ≤ X2
tabelado: Aceita-se Ho.
O X2 calculado é obtido a partir dos dados experimentais e o X
2 tabelado depende do
número de graus de liberdade e do nível de significância adotado. O nível de significância (α)
42
representa a máxima probabilidade de erro que se tem ao rejeitar uma hipótese. O número de
graus de liberdade é assim calculado: GL = número de classes - 1
Quanto maior for o valor do X2, mais significante é a relação entre a variável
dependente e a variável independente. Quando se consulta a tabela de X2 observa-se que é
determinada uma probabilidade de ocorrência daquele acontecimento. Portanto, rejeita-se uma
hipótese quando a máxima probabilidade de erro ao rejeitar aquela hipótese for baixa (α
baixo) ou quando a probabilidade dos desvios terem ocorrido pelo simples acaso é baixa.
3.3. Universo e Amostra
O conjunto total de elementos (indivíduos) com características comuns sobre o qual se
faz um estudo estatístico recebe a denominação de população ou universo. A amostra pode ser
definida como um subconjunto da população, através da qual se forma um juízo sobre as
características de todo o universo (TOLEDO, 1985).
Os fatores que determinam o tamanho de uma amostra, para que a mesma represente
com fidedignidade as características do universo deve ser composta por um número suficiente
de casos. Este número, por sua vez, depende dos seguintes fatores: extensão do universo,
nível de confiança estabelecido, erro máximo permitido e percentagem com a qual o
fenômeno se verifica (GIL, 1995).
O questionário foi aplicado por telefone para 999 pessoas que adquiriram planos de
serviços pós-pago nas lojas Franquias da empresa X, na cidade do Rio de Janeiro. A coleta de
dados da fase quantitativa foi feita com clientes que realizaram a compra em menos de um
mês, a fim de avaliar os clientes cuja experiência de compra fosse mais recente. A aplicação
por telefone foi assistida por computador (CATI).
43
O questionário foi aplicado à amostra selecionada, para o levantamento dos dados
referentes à pesquisa. Os dados levantados foram tratados através de uma análise de teste do
qui-quadrado, considerando a amostra obtida e sua explicação dentro de uma distribuição
normal. O objetivo neste ponto da pesquisa seria estabelecer um modelo onde pudéssemos
avaliar a influência destas variáveis na decisão de compra e desta forma testar as hipóteses
colocadas no início do trabalho.
3.4. Metodologia do Survey por Telefone
O avanço tecnológico no sistema de telecomunicações, entre outros setores, se tornou
fator predominante em praticamente todos os campos de atividades. Nos últimos cinqüenta
anos o uso do telefone para coleta de dados em pesquisa se tornou um instrumental freqüente
na coleta de dados, seja na esfera pública, acadêmica ou de setores privados.
Esta técnica “survey por telefone” consiste na aplicação de questionários estruturados
e padronizados a uma amostra representativa do universo a ser investigado, através de
contatos telefônicos. Permite a construção de tabelas de distribuição de freqüências simples,
cruzamentos de variáveis e outros processamentos estatísticos. O termo “telesurvey” é
utilizado para pesquisas cujas técnicas de coleta são predominantemente baseadas em algum
tipo de telecomunicações eletrônicas, entre eles o telefone.
A entrevista por telefone é um método freqüentemente escolhido quando o
investigador tem um tempo curto para desenvolver a pesquisa, visto a agilidade da obtenção
das repostas em relação a outros métodos, e também quando possui poucos recursos
financeiros para a realização da pesquisa.
Alguns cuidados devem ser considerados na adoção e implementação deste método
(DILLMAN, 1978): Primeiramente deve-se verificar qual é o melhor horário para ser aplicado
44
este tipo de entrevista. Isto se deve ao fato de que as pessoas podem ser abordadas em meio a
atividades, o que pode originar sentimentos imediatos de relutância, ansiedade, ou excitação e
com isso a atenção do respondente só se dará parcialmente, comprometendo a integridade e a
qualidade das respostas.
Deve-se buscar o estabelecimento de uma relação de confiança entre o entrevistado e o
entrevistador. O respondente tem que confiar no que está ouvindo para formular sua resposta.
Também devem ser tomados alguns cuidados na fase de formulação das perguntas para
garantir que o entrevistador não apenas as leia bem, como estas também soem bem diante dos
ouvidos do entrevistado.
Pelo universo da pesquisa se restringir a clientes de uma operadora telefônica, está
metodologia se mostrou a mais adequada para ser utilizada como instrumento de coleta de
dados, visto que nenhum indivíduo potencialmente estaria excluído automaticamente da
amostra. Este método de pesquisa obteve um alto índice de aceitação por parte dos
respondentes, o que contribuiu para corroborá-lo enquanto uma abordagem possível, rápida e
de baixo custo para o pesquisador.
3.5. Coleta de Dados
Os dados do presente estudo foram obtidos através de questionários (anexo)
estruturado com escalas de pontuação entre 1 e 10 para algumas perguntas e com respostas
binárias para outras perguntas. Avaliou-se o tempo total de atendimento, a satisfação geral
com o atendimento, a satisfação com o vendedor, a importância da ajuda do vendedor para
clientes que já sabiam o que queriam e para clientes que não sabiam o que queriam, a
iniciativa, interesse, confiança, atenção e o conhecimento do vendedor.
45
O índice de rejeição dos assinantes em participar da pesquisa foi de 2,4%. O período
da coleta de dados foi entre setembro e outubro de 2009.
Os dados obtidos nesta coleta estão descritos, interpretados e analisados no próximo
capítulo, através de gráficos, os quais são seguidos de suas respectivas interpretações.
3.6. Delimitação do Objeto
Para evitar a influência da marca na preferência de compra, o estudo foi realizado com
clientes de uma única operadora. Para evitar a influência de outras experiências de
atendimento com a operadora, positivas ou negativas, o estudo incluiu apenas novos clientes e
foi realizado em até um mês da data compra. Como há diferenças entre o atendimento
presencial e o telefônico, foram entrevistados apenas clientes cuja compra foi realizada em
loja. Por fim, a pesquisa se ateve aos compradores de planos pós-pagos ou de pacotes de
serviços, que são serviços mais complexos, deixando propositalmente de fora os compradores
de planos pré-pagos, por demandarem pouca participação do vendedor para a conclusão da
compra. Em seguida, são apresentados os resultados obtidos em ambas as fases da pesquisa.
46
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
4.1. Resultados da Pesquisa Qualitativa
As 20 entrevistas realizadas na parte qualitativa da pesquisa apresentaram resultados
condizentes com o referencial teórico aqui apresentado, ou seja, que a percepção do cliente
sobre qualidade de atendimento influencia na decisão de compra.
De forma geral, os vendedores das lojas Norte Shopping e Rio Sul foram bem
avaliados nos atributos presteza e empatia. A abordagem é quase imediata (com margem de
tempo considerada adequada). O fato de ocorrer uma triagem na porta facilita e agiliza o
atendimento.
Embora o tempo de atendimento seja considerado adequado, os clientes entendem que
a maior demora não depende do vendedor e sim de algum sistema (internet e cadastro).
Destacaram a iniciativa, simpatia e educação dos vendedores que demonstraram
interesse pelas necessidades do cliente e não tentaram “empurrar produtos”. A apresentação
de planos e serviços foram realizadas com segurança e percebe-se que há treinamento e
supervisão nas lojas.
Já a percepção dos clientes sobre os vendedores da loja do Barra Shopping com
relação a atenção, interesse e conhecimento de produtos e serviços ficou abaixo da média e
em alguns casos o atendimento foi considerado “morno”. A loja está sempre cheia e os
vendedores estão ocupados fazendo atendimento para outros clientes. Um cliente destacou
que ao solicitar uma informação ao vendedor, este respondeu: “o sr pode escutar a venda que
estou fazendo com aquele cliente, mas como ouvinte e sem perguntar nada no momento para
não atrapalhar”.
O tempo de espera e de atendimento foi considerado acima do desejado e a falta de
iniciativa e atenção foi mencionada.
47
Comentários registrados na etapa qualitativa:
- Este vendedor estava bem treinado. Respondeu todas as minhas dúvidas.
Demonstrou conhecimento pelo produto.”
- “Estava o tempo todo disposto a tirar as minhas dúvidas, sem perder a paciência.”
- “Atendimento rápido. Não precisei esperar.”
- “Uma coisa que eu gostei é que ele não empurrou o produto.”
- “Foi bem objetivo dentro do que eu perguntei.”
- “Demonstrou simpatia, educação.”
- Precisa melhorar coisas. Até porque só agora vocês estão preocupados com a
questão do atendimento.”
- “Eu acho que não tem treinamento.”
- “Ninguém me destratou, mas acho que ficou devendo informação.”
- “Hoje eu fui bem atendida. Totalmente diferente – outras informações que eu não
obtive no domingo.”
- “A gente demorou muito pra ser atendido. Todo mundo ocupado, e já ía embora.”
De modo geral os clientes mostraram-se muito satisfeitos com o atendimento e aqueles
que adquiriam serviços e produtos concordaram que o papel do vendedor foi bastante
importante para esclarecer dúvidas e dar orientações, além da postura apresentada.
Porém, alguns clientes que já estão decididos sobre o que comprar tem dificuldade em
mensurar o papel do vendedor – julgam-no importante, mas talvez adquirissem os serviços ou
produtos da empresa estudada mais do que pelo atendimento.
A grande influência do vendedor estará entre os clientes que não estão totalmente
decididos. Se o cliente tem dúvidas, dependendo do atendimento, esta pode persistir e
influenciar na não aquisição de produtos e serviços.
É inegável, no entanto que o atendimento é a interface do cliente com a empresa, e por
isso, para muitos – principalmente para novos clientes, a imagem do vendedor reflete a
imagem da empresa estudada.
48
4.2. Resultados da Pesquisa Quantitativa
Para a hipótese 1 os valores observados e estimados com resposta não (171/436) para
a pergunta “a qualidade do atendimento prestado pelo vendedor nfluenciou na sua decisão de
compra?” representa 39% do total. Já os respondentes com respostas sim no observado e
estimado, representam (454/539) 84% do resultado. A soma dos valores (171+454) divididos
pelo total de respondentes representa 64,1%.
Tabela 1 – Modelo observado X estimado
NÃO SIM TOTAL
NÃO
171 265 436
SIM 85 454 539OBSERVED
PREDICTED
Tabela 2 – ANOVA
P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Sum of
Squares df Mean Square F Sig.
Between Groups 53,738 2 26,869 138,532 ,000
Within Groups 191,434 987 ,194
Total 245,173 989
Para testar a hipótese 2 – se existe relação entre o fato do cliente saber o que quer
adquirir e a importancia da ajuda do vendedor para determinar a compra – foi utilizado o teste
do qui-quadrado.
49
Qui-quadrado da Independência
χ2 da independência
H0 = não existe relação entre cliente saber o que queria no momento da compra e a ajuda
do vendedor na decisão de compra.
H1 = caso contrário
α = 5%
Sig = 0,000
Tabela 3 – Teste do qui-quadrado
Value Df Asymp. Sig.
(2-sided) Exact Sig. (2-sided)
Exact Sig. (1-sided)
Pearson Chi-Square
193,040(b)
1
,000
Neste caso, conforme observado na tabela acima, o sig é igual a zero, confirmando a
existência da relação entre as variáveis.
Dos 414 que já sabiam o que queriam, 286 não consideram o atendimento importante
para a decisão de compra (69%). Já dentre os 540 que não sabiam o que queriam, o
atendimento influenciou na compra (76%).
Este resultado mostra que dependendo do grau de informação do cliente sobre
produtos e serviços, o atendimento pode ser uma vantagem ou uma desvantagem. Se o
vendedor não entender o grau de informação do cliente o atendimento pode ser percebido
como de baixa qualidade.
Para o cliente que já sabe o quer, o atributo mais importante é a agilidade no processo.
Para o cliente que não sabe o que quer, o atributo mais importante é a empatia e o
conhecimento do vendedor sobre o produto e serviço.
50
Tabela 4 – Post Hoc Tests - Homogeneous Subsets
P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Scheffe
P_17_1 - O Sr(a) diria que o vendedor... N
Subset for alpha = .05
1 2 3
Poderia ter ajudado e orientado melhor 36 ,14
Ofereceu ajuda mas o(a) Sr(a) praticamente já sabia o que queria
414 ,31
Foi muito importante para ajudar a entender e escolher o melhor plano
540 ,76
Sig. 1,000 1,000 1,000
Means for groups in homogeneous subsets are displayed. a Uses Harmonic Mean Sample Size = 93,618. b The group sizes are unequal. The harmonic mean of the group sizes is used. Type I error levels are not guaranteed.
Os clientes que dizem que o “a ajuda do vendedor foi importante” possuem
percepções mais positivas com relação à conduta do mesmo. Há mais citações positivas para
as perguntas abaixo, quando compara-se aos clientes que informam que a “ajuda do vendedor
poderia ter sido melhor”.
- O vendedor procurou explicar, de forma esclarecedora, todas as informações sobre o
produto que adquiriu?
- O vendedor procurou atendê-lo de forma personalizada ou exclusiva?
Clientes que percebem a ajuda do vendedor, lembram mais das perguntas realizadas
pelo profissional.
51
Tabela 5 – Cruzamento das perguntas
P_40_1 - A qualidade do atendimento
prestado pelo vendedor influenciou na sua
decisão de compra?
Total Não Sim
P_17_1 - O Sr(a) diria que o vendedor...
Ofereceu ajuda mas o(a) Sr(a) praticamente já sabia o que qu
286 128 414
Foi muito importante para ajudar a entender e escolher o me
130 410 540
Total 416 538 954
Porém quando segmenta-se pelos clientes que sabiam o que queriam e o quanto a
ajuda do vendedor foi importante, verifica-se claramente que:
- Cliente que entrou na loja sem saber o que queria a qualidade do atendimento
prestado pelo vendedor teve influência decisiva na sua decisão de compra.
Na pesquisa quantitativa, pudemos observar que o sexo entre compradores esta
equiparado com 53% de homens e 47% de mulheres (Figura 5), porém a escolaridade é alta
entre os clientes que adquiriram um plano pós-pago.
Figura 4 – Sexo dos entrevistados
52
Cerca de 86% tem no mínimo colegial completo e desses, 51% com superior completo
ou mais (Figura 6). Preferiu-se não trata a faixa de renda já que quase 20% recusaram dar essa
informação.
Figura 5 – Escolaridade dos entrevistados
Verifica-se que os compradores de planos pós pago da empresa estudada, está
equilibrada nas faixas de 36 a 45 anos (22%), 46 a 55 (25%) e 56 a 65 anos (25%).
Figura 6 – Faixa etária dos entrevistados
53
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo buscou identificar a relação entre qualidade de atendimento e
decisão de compra. Inicialmente, através da fase qualitativa da pesquisa, surgiram novas
possíveis variáveis explicativas: ajuda do vendedor e satisfação geral, que se mostraram
relevantes.
Apesar de Triola (1999) afirmar que amostras com mais de 30 respondentes têm
distribuição de médias amostrais satisfatoriamente aproximadas a uma distribuição normal,
isto é, à distribuição da população, é sabido que quanto maior a amostra, maior essa
aproximação. Felizmente, o número de respondentes torna a pesquisa confiável.
Além disso, a restrição a clientes da empresa estudada diminui consideravelmente o
universo de respondentes, apesar de tal decisão ter sido tomada com o intuito de neutralizar a
influência da variável Marca no estudo.
Finalmente, considerando os aspectos colocados anteriormente, é possível afirmar que,
para o público-alvo pesquisado, as variáveis que influenciam a decisão de compra são a
qualidade de atendimento (iniciativa e interesse do vendedor) e ajuda que o vendedor dá aos
clientes que não sabem o que querem.
Para os clientes que já sabem o que querem a ajuda do vendedor é indiferente. Com
relação à satisfação geral com o atendimento, tanto compradores quanto não compradores
percebem o atendimento da empresa estudada diferente de outras lojas.
Na pesquisa qualitativa realizada com compradores, de modo geral, os clientes
mostraram-se muito satisfeitos com o atendimento e aqueles que adquiriam serviços e
produtos concordaram que o papel do vendedor foi bastante importante para esclarecer
dúvidas e dar orientações, além da postura apresentada.
54
Porém, alguns clientes que já chegam à loja decididos têm dificuldade em mensurar o
papel do vendedor – julgam-no importante, mas talvez adquirissem os serviços ou produtos
pela empresa estudada mais do que pelo atendimento.
Entre os que adquiriram produtos e serviços, de modo geral, afirmam que o vendedor
contribuiu para a aquisição de serviços e produtos. Apenas os que já haviam decidido adquirir
o serviço ou produto antes da visita à loja dizem que o fariam de qualquer maneira –
independente do atendimento.
Aqueles que estavam pré-dispostos, mas ainda em dúvidas preferem voltar outro dia
para ser atendidos por outro vendedor. Há, porém, os que afirmam que se não gostassem do
atendimento, não fariam a aquisição do produto ou serviço.
O que pode indicar que se não houver interface favorável entre vendedor e comprador,
a decisão de compra do futuro cliente pode ser prejudicada.
Já entre os que não adquiriram produtos e serviços, não foi citada nenhuma
justificativa explicita relativa ao vendedor. Os motivos giraram em torno de falta de
documentação suficiente, necessidade de decidir juntamente com outras pessoas da família,
falta do modelo de aparelho desejado e impedimento de habilitação do cliente (problemas
com o cadastro).
A grande influência do vendedor estará entre os clientes que não estão totalmente
decididos. Se o cliente tem dúvidas, dependendo do atendimento, este pode persistir e
influenciar na não aquisição de produtos e serviços. É inegável, no entanto que o atendimento
é a interface do cliente com a empresa, e é por isso, para muitos – principalmente para novos
clientes, a imagem do vendedor reflete a imagem da empresa estudada.
A performance do atendimento com relação à presteza é de 73% o índice de
“prontamente atendido.
55
É evidente que, junto aos que avaliam que a ajuda do vendedor é importante, é melhor
a percepção de ter sido atendido prontamente.
No geral os vendedores deram a atenção necessária durante o atendimento. Verifica-se
que dentre os que dizem que o vendedor poderia ter orientado melhor, 17% avaliam que o
mesmo não deu a atenção necessária (índice significativamente superior aos demais).
E junto aos que dizem que o vendedor não deu a atenção necessária, 25% esperam
exclusividade no atendimento. Fatores relacionados ao comportamento do vendedor como:
interesse, concentração, simpatia tem aproximadamente 27% - quase 1/3 das citações.
O índice de satisfação geral com o atendimento é 8,6, com 68% dando notas 9 e 10.
No entanto, 32% não se encontram encantados com o atendimento e avaliam com notas de 1 a
5. O atributo “satisfação geral com o vendedor” tem índice superior aos demais com 81% de
aprovação. O tempo total de atendimento é o aspecto com menor satisfação – apenas 56%
avaliam com notas 9 e 10.
Comparando as bases de compradores do RJ e não compradores, verifica-se que a
presteza do atendimento não é um fator determinante sobre a decisão de não compra, já que a
percepção referente à presteza no atendimento é até melhor – 88% citam que foram
prontamente atendidos contra 69% de compradores. Na percepção de 81% dos entrevistados,
o vendedor soube orientá-los e ajudá-los. De certa forma, percebem que o profissional
desempenhou bem seu papel.
Quando perguntados porquê deu essa nota para o atendimento recebido nessa loja
(para quem deu nota inferior ou igual a 8,0 para a satisfação com o atendimento de um modo
geral – total 13 pessoas), as respostas foram as seguintes:
(i) Problemas com o vendedor (54%);
(ii) Problemas de infraestrutura (54%);
(iii) Não dá 10 para nada/tem sempre que melhorar (15%).
56
Fica evidente que o atendimento pessoal não foi o fator decisivo para não ter aderido a
algum plano, já que praticamente não houve, junto com esse perfil de não compradores,
influência do profissional na decisão.
A grande maioria (70%) não deu opinião no que se refere às mudanças que poderiam
ocorrer no atendimento prestado. As poucas citações, diversidade de produtos e serviços
como ter mais folhetos foram os mais citados. Questão relacionada à capacitação do vendedor
aparece apenas com 5% das citações.
Nenhuma das citações registradas pelos não compradores se referem ao atendimento
especificamente da loja, mas sim ao preço, concorrência, decisão que envolvem terceiros e
algumas incompatibilidades do produto.
Por outro lado, o vendedor não foi articulado em derrubar as barreiras acima como
preço, concorrência e outros benefícios. Mas quando perguntados se voltariam a loja para
adquirir novos serviços, 78% disse que pretende voltar e 68% indicariam esta loja para outras
pessoas.
60% dos entrevistados entraram em lojas da empresa estudada sabendo que plano
pretendiam adquirir, no entanto, após o atendimento não se mostraram decididos ainda. De
modo geral, os não compradores justificam que o preço do produto, ou o seu custo-benefício
gerou insatisfação ou dúvidas a serem resolvidas a partir do levantamento de preço em outras
operadoras.
Quando questionados sobre como avaliam o vendedor, a resposta é positiva. Os
entrevistados mostram-se satisfeitos e afirmam que a orientação dada não poderia ser melhor.
Gostam da presteza no atendimento e da postura do vendedor, atributos considerados
fundamentais num atendimento.
Mas percebe-se que estas qualidades, apesar de importantes não foram suficientes
para sensibilizar e convencê-los.
57
Na fase qualitativa, comentam que a portabilidade estimula uma maior barganha por
preços, vantagens e qualidade do produto, e o consumidor pretende cada vez mais fazer uso
deste poder de escolha.
Como foi dito no início desse estudo, a decisão de compra é um processo sobre o qual
incidem diversos fatores, entre eles o comportamento do vendedor, capaz de influenciar a
percepção do consumidor sobre a qualidade do atendimento.
O relacionamento interpessoal – cliente e vendedor – pode ser melhor trabalhado pelas
empresas do setor de telecomunicações através dos treinamentos aplicados às equipes de
vendas (no qual se insere a empresa estudada) como fator diferencial já que os produtos e
serviços estão cada vez mais similares.
Considerando os atributos de qualidade mais valorizados, as empresas poderão
direcionar recursos e esforços de forma mais eficiente.
A questão pode ser aprofundada em futuros estudos com a aplicação desta pesquisa
em outras operadores de telecomunicações para testar a percepção de outros clientes com
relação à qualidade de atendimento de lojas de suas operadoras e pesquisar o quanto o
vendedor influencia na decisão de compra.
O estudo também pode ser utilizado pelas áreas de comunicação massa no intuito de
fortalecer o diferencial da empresa e assim conquistar clientes que valorizam esses atributos
de qualidade.
Ainda como sugestão para pesquisas futuras, o estudo pode ser aplicado em empresas
com multicanais de atendimento e venda. Uma comparação entre qualidade do atendimento
em mais de um canal de uma mesma empresa pode trazer resultados estratégicos para tomada
de decisão.
58
Ainda como sugestão, a pesquisa pode ser aprofundada com não compradores, ou seja,
possíveis clientes que entram nas lojas, mas não realizam a compra, no sentido de avaliar a
percepção do atendimento em comparação aos outros atributos de mercado como preço.
As principais limitações do estudo dizem respeito a sua possível generalização para
outros tipos de serviços ou outros tipos de segmentos de consumidores. A pesquisa foi
realizada com cliente de classe A e B, que adquiriram serviço nas lojas exclusivas da empresa
estudada.
Não foi avaliada a percepção do atendimento no pós-venda (nos call centers de
atendimento) para resolução de problema. Desta forma, novos estudos considerando outro
tipo de serviço, público-alvo ou local de compra são necessários.
59
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64
7. ANEXOS
7.1. A empresa de Telecomunicações
A empresa X é pioneira na prestação de serviços convergentes no país. Oferece
transmissão de voz local e de longa distância, telefonia móvel, comunicação de dados,
internet e entretenimento. No final de março a empresa X possuía cerca de 57,6 milhões de
clientes. Deste total, 21,8 milhões estavam em telefonia fixa, 31,9 milhões em telefonia móvel
e 3,9 milhões em banda larga.
No ano passado, também passou a fazer parte do Índice de Sustentabilidade
Empresarial (ISE) da Bovespa refletindo o alto grau de comprometimento da companhia com
a responsabilidade social e a adoção de práticas gerenciais sustentáveis.
Principal provedora de serviços de telecomunicações da região em que opera, é a
maior operadora de telecomunicações do país em faturamento e a maior empresa de telefonia
fixa da América do Sul com base no número total de linhas em serviço.
Originalmente, o grupo possuia concessão de telefonia fixa em 16 Estados que
compõem a Região I e depois passou a oferecer serviços móveis, sendo pioneira na introdução
da tecnologia GSM no Brasil. Em janeiro de 2009 adquiriu outra empresa de grande porte
passando a operar em mais 10 estados do Brasil. Além disso, também presta serviços de
comunicação de dados, internet e longa distância em todo o território nacional, com licenças
para operar 2G e 3G em São Paulo.
A empresa X oferece um leque de produtos de comunicações integrados e
convergentes que incluem serviços tradicionais de telefonia fixa, móvel, banda larga, ISP e
outros serviços a residências, usuários corporativos de pequeno, médio e grande porte,
agências governamentais e outras empresas de telecomunicações. Em seus resultados, mostra
65
um saudável equilíbrio entre forte geração de caixa (operações fixas) e o provimento de
serviços de alto crescimento (mobilidade e banda larga).
Sua imagem esta associada a um estilo de vida identificado com atributos como
ousadia, agilidade e inovação. O grupo objetiva oferecer o que há de mais moderno em
serviços de telecomunicações, superando os níveis de exigência dos clientes e do mercado.
Para isso, investe fortemente no desenvolvimento de novas tecnologias e no treinamento de
seus funcionários, a fim de garantir o melhor atendimento a seus consumidores.
7.2. Histórico
Lançada comercialmente em 2002 e, aliando uma agressiva estratégia de marketing
com o fato de ter sido a primeira operadora a usar a tecnologia GSM no Brasil, a empresa X
conseguiu atingir, somente nos primeiros dois anos de atuação, mais de cinco milhões de
clientes no serviço móvel. Crescendo sempre a uma velocidade muito maior do que a
esperada, a empresa não dispôs de tempo suficiente para se expandir de uma maneira muito
estruturada. A urgência em abrir novos pontos de venda e se estabelecer nos locais já
ocupados pela concorrência, fez com que, muitas vezes, prescindisse de alguns controles e
acompanhamentos necessários para garantir a máxima eficiência operacional. No entanto, no
que tange à conquista de participação de mercado, sua eficácia foi notável.
Em maio de 2003 passou por um importante processo de fusão com a finalidade de
unificar a operação e transformar duas empresas dos mesmos acionistas em uma só,
oferecendo, a partir daí, serviços de telefonia fixa, móvel e de longa distância, além de
transmissão de dados (banda larga).
Em 2008 a empresa X adquiriu uma operação na região da Amazônia e adquiriu
licença para atuar no estado de São Paulo, o maior PIB do país. E no início de 2009, com a
66
compra de outra operadora formou a maior plataforma de telecomunicações brasileira de
capital nacional. Hoje são mais de 53 milhões de clientes na base da operadora.
Atualmente, a empresa X é considerada a maior prestadora de serviços de telefonia
fixa da América do Sul, com mais de 56 milhões de assinantes, além de possuir mais de 21
milhões de clientes de telefonia móvel, cerca de 4 milhões de usuários de banda larga e ser
líder de mercado no serviço de longa distância.
O tom adotado nas campanhas de comunicação – transmitindo a idéia de uma empresa
jovem, dinâmica, inovadora, bem-humorada – resultou em uma forte identificação do público
jovem, e de consumo regulado, com a companhia. Porém, esta estratégia, que no curto prazo
provocou um excelente resultado – a meta da companhia era conquistar o primeiro milhão de
clientes em um ano e o fez em menos de seis meses – precisou ser revista com o passar do
tempo. Sua principal necessidade deixou de ser a mera conquista de participação no mercado,
no sentido amplo, para tratar-se da participação no mercado denominado de “alto valor”,
aquele formado pelos clientes de maior poder aquisitivo.
Uma vez posicionada entre suas concorrentes como uma participante de peso em sua
área de atuação, a empresa já não se contentava apenas em aumentar sua fatia; mais do que
isso, queria conquistar a fatia certa, aquela capaz de proporcionar maior lucratividade.
A decisão tomada foi direcionar a comunicação de marketing para o segmento de alto
valor, preparar os canais de vendas (especialmente as lojas, ambientes nos quais o cliente
potencial poderia se transformar em assinante) para suportar essa nova estratégia. Campanhas
como “Desbloqueio” e “Multa Não” foram estratégicas para o posicionamento da empresa X
como empresa com foco em serviços.
67
7.3. Canais de Vendas
Considerando que toda a rede de lojas era terceirizada, a grande questão a ser
enfrentada, sempre que tomada qualquer decisão que envolvesse este canal de vendas, era a
da cooperação dos parceiros comerciais (donos das lojas) na implementação das ações
definidas pela empresa.
Realizar vendas para clientes mais informados e que exigissem do vendedor não
apenas um maior grau de conhecimento sobre os produtos e serviços da empresa, mas a
capacidade de levantar adequadamente as necessidades do cliente e de oferecer o pacote de
produtos e serviços mais adequado era fundamental para o posicionamento da empresa diante
do segmento de alto valor.
A reestruturação da operação das lojas, passando pela sinalização, iluminação, layout
e, principalmente, pela forma de atender, foi realizada a fim de provocar uma alteração
significativa na experiência de compra dos clientes, atraindo e conquistando o segmento de
alto valor.
Com a implementação de uma rede de franquias foi possível garantir o alinhamento
sustentável da operação das lojas às estratégias da empresa e, dessa forma, finalmente
alcançar o objetivo principal, que era o de atender o segmento de alto valor.
7.4. A Rede de Franquias
Em franquias de produtos e serviços de telecomunicações, essa característica do
sistema de franchising é ainda mais importante e pode ser muito bem explorada. Nesse
segmento, o controle sobre o ponto de venda – desde a ambientação da loja até a maneira de
68
atender – é imprescindível devido ao fato da relação com o cliente ser feita para durar
eternamente.
No caso particular da empresa de telecomunicações em estudo, que desde o início de
suas operações, optou por não utilizar lojas próprias, a padronização da rede sempre foi um
grande desafio. Embora a eficácia da empresa, no que tange à conquista de participação de
mercado, tenha sido sempre notável, fazendo a empresa crescer a uma velocidade muito maior
do que a esperada, ela nunca dispôs de tempo suficiente para se expandir de uma maneira
muito estruturada. Ao contrário, a urgência em abrir novos pontos de venda e em se
estabelecer nos locais já ocupados pela concorrência, fez com que, muitas vezes, tivesse que
prescindir de alguns controles e acompanhamentos, necessários para garantir uma maior
eficiência operacional, a fim de ganhar tempo.
Considerando que estas lojas carregavam o nome e a marca da empresa, além de
serem responsáveis pelo atendimento aos clientes, a solução encontrada para superar os
problemas existentes e garantir à empresa estudada uma participação mais ativa na gestão e
operação dos pontos de venda foi a implementação do sistema de franchising.
Para assegurar a adequação das franquias ao modelo de negócio definido pela empresa
para a rede, onde quer que as lojas se localizassem e independente de quem fosse gestor do
negócio, a empresa em questão criou um programa de qualidade, denominado de Programa de
Excelência, cujo objetivo era traçar parâmetros e acompanhar o processo de adequação,
corrigindo falhas e difundindo melhores práticas, a fim de produzir um ciclo de melhoria
contínua. Não se tratava apenas de definir um padrão, traduzi-lo em um manual de operação e
entregá-lo ao franqueado. Tratava-se de escolher entre os candidatos a franqueados aqueles
com perfil para gerir adequadamente o negócio, elaborar o manual, treinar toda a equipe de
vendas (e mantê-la atualizada), definir indicadores, medir a adequação das lojas e das equipes
ao padrão e realizar ações de melhoria, recomeçando todo o ciclo periodicamente, revisando
69
não só a parte relativa ao modelo – revisão dos requisitos, do manual, dos indicadores, da
metodologia de avaliação e do treinamento – mas também a parte relativa aos próprios
franqueados, descredenciando os que não tivessem condições de atingir o desempenho
requerido, ajudando aqueles que pudessem se aperfeiçoar, premiando os mais qualificados e,
finalmente, selecionando novos. O Programa de Excelência compreende todo este ciclo de
qualificação da rede de franquias, que começa no recrutamento e seleção de franqueados e
culmina na implementação das ações corretivas e de melhoria, renovando-se continuamente.
7.5. O Programa de Excelência
O programa foi criado de forma participativa, ou seja, tanto a empresa franqueadora
quanto o franqueado colaboraram na criação das metas e indicadores, tendo como premissa a
utilização das melhores práticas dentro da própria rede. Com isso em mente, a parceria foi
estruturada para atender as necessidades da estratégia da empresa e ambos – franqueado e
franqueador – assumiram uma relação onde cada um passou a ter, inclusive do ponto de vista
contratual, parcelas melhor definidas de responsabilidades para o sucesso do negócio.
As avaliações do Programa de Excelência são realizadas três vezes ao ano, em 100%
da rede de franquias. Um instituto de pesquisa contratado faz a avaliação presencial em todas
as lojas e o cliente oculto com pelo menos um vendedor por loja.
A avaliação presencial é realizada por um auditor identificado, que leva uma planilha
de pontuação e avalia item a item, de preferência na presença do gerente da loja, a fim de
imprimir um caráter educativo à ação. No cliente oculto, o auditor se faz passar por cliente,
tentando simular uma compra e, portanto, não se identifica. Nesse caso, a avaliação é global,
da percepção de compra como um todo. Porém, a avaliação é feita sempre da mesma forma
pelos auditores, levando em consideração o tempo que espera para ser abordado pelo
vendedor, se suas necessidades são levantadas, se algum produto é oferecido e se está de
70
acordo com as necessidades apresentadas e se é feita alguma tentativa de fechamento da
venda.
Os resultados do instituto de pesquisa são somados aos relatórios internos de
acompanhamento de índices de inadimplência, volume de vendas por mix de produtos,
volume de ativações de serviços de telefonia móvel através da extranet, entre outros relatórios
internos que compõem a avaliação. A partir daí tem-se um ranking das lojas com relação à
adequação aos padrões.
As lojas que obtiverem qualificação igual ou superior a 70% nas três últimas
auditorias são convidadas a participar da convenção anual do varejo, onde são reconhecidas
pela performance na adequação aos padrões, com recebimento de troféus e prêmios para
serem compartilhados entre a equipe da loja. Além disso, recebem royalties como apoio
financeiro para a operação.
7.6. Roteiro Entrevista Qualitativa:
Apresentação da Pesquisa e objetivo do projeto
Objetivo: levantamento de como percebem o atendimento realizado na loja da empresa X
Impressões/Percepções gerais sobre o atendimento
Pensando de forma geral, o que é importante no atendimento de uma loja – o que o Sr
espera? O que não gosta e gosta?
Motivo da Visita / aquisição do plano
Quando o(a) sr(a) chegou a esta loja já sabia qual produto queria adquirir?
O que o levou a escolher desse produto? Como foi a orientação (argumentação) do
vendedor?
O vendedor contribuiu para a sua decisão? Como?
71
Atendimento Vendedor
Qual foi o peso/importância do vendedor para o(a) sr(a) se tornar um cliente da
empresa X?
O que o(a) achou do vendedor? O que poderia ser melhorado e o que mais gostou? Por
quê? ( se necessário estimular atributos abaixo): Como avalia a :
Iniciativa
Educação
Atenção oferecida
Interesse pelas suas necessidades
Apresentação de planos e serviços
Confiança /segurança nas informações/orientações prestadas
Atendimento na loja
Antes do(a) sr(a) vir à esta loja, visitou alguma outra loja?
Se sim – Como o Sr avaliaria o atendimento nessa outra loja?
Por que o(a) sr(a) escolheu esta loja (onde está nesse momento)?
Como avalia/O que o(a) sr(a) achou do atendimento nesta loja? (Desde o momento em
que entrou, até a efetivação do plano)
Como avalia / o que achou da abordagem quando entrou na loja?
De um modo geral o que achou da atenção, educação, postura das pessoas que
trabalham nesta loja?
Em que o atendimento da empresa X se difere com relação às outras operadoras? Por
quê?
Quando o(a) Sr(a) precisar de novos serviços e produtos da empresa X, pretende voltar
nesta loja? Por quê?
Indicaria esta loja? Por quê?
Para clientes que não comprarem/adquirirem produtos na loja:
Como foi o atendimento nesta loja?
O que Sr mais destaca na postura do vendedor?
O Sr acha que ele foi atencioso? Compraria com ele?
Ele explicou os produtos?
Por não comprou (motivo da não compra)
Como o Sr avalia este atendimento?
72
7.7 Questionário de Pesquisa Estruturado - Quantitativa
ABORDAGEM
(P_1_1) Bom dia / boa tarde / boa noite.
FALANDO COM O ENTREVISTADO:
“Meu nome é __________, sou da empresa X. Estamos fazendo uma pesquisa com
clientes que adquiriram planos e serviços de telefonia móvel. A empresa X gostaria de
conhecer sua satisfação com o atendimento recebido nesta loja.”
BLOCO PRINCIPAL – CONFIRMAÇÃO DO PERFIL
(P_1_1) Confirme/Registre o NOME COMPLETO da pessoa (e que será o
respondente).
NOME: __________________________
IMPRESSÃO DA LOJA E ABORDAGEM INICIAL
Q006. (P_6_1) Quando o(a) Sr(a) chegou na loja, o(a) Sr(a) foi...
(03) prontamente atendido – Fazer Q008
(02) aguardou pouco tempo para ser atendido por um vendedor – Fazer Q008
(01) demorou para um vendedor atender? – Fazer Q007
Q007. (P_31_1)Por que demorou? (Resposta única)
(04) A loja estava cheia
(03) O vendedor estava ocupado (atendendo telefone ou com outra coisa)
(02) O vendedor era desatencioso
(01) Outros____________________
AVALIAÇÃO DO VENDEDOR
73
Q008. (P_7_1) Quanto à atenção que o vendedor lhe ofereceu, o(a) Sr(a) diria que ele
(resposta única, estimulada)
(03) Deu toda a atenção necessária, deixando-lhe bem à vontade – Fazer Q010
(02) Não deu a atenção necessária – Fazer Q009
(01) Foi insistente e exagerou na atenção – Fazer Q009
Q009. (P_32_1) O que faltou para o vendedor lhe dar a atenção necessária?
Vou fazer algumas perguntas sobre a forma como o vendedor lhe atendeu...
Q010. (P_9_1) Ele fez perguntas sobre...
Sim Não Não sabe
1. Sua antiga operadora
2. Tipo de plano
3. Gasto mensal
Q011. (P_33_1) Ele procurou...
Sim Não Não sabe
1. Identificar suas necessidades (uso de
internet, tem telefone fixo)?
2. Apresentar planos e serviços de acordo
com essas necessidades?
3. Explicar, de forma esclarecedora,
todas as informações sobre o produto
que o (a) Sr (a) adquiriu?
4. Atender o (a) Sr (a) de forma
personalizada ou exclusiva?
AVALIAÇÃO DO VENDEDOR
74
Q013. (P_12_1) Avaliando esse atendimento prestado pelo vendedor utilizando uma
escala de 1 a 10 pontos, onde 10 indica totalmente satisfeito e 1 totalmente insatisfeito, que
nota o (a) Sr (a) daria para... (respostas únicas, espontâneas)
Avaliação
1. A atenção que o vendedor lhe ofereceu
2. A iniciativa e interesse do vendedor
3. A confiança que o vendedor lhe transmitiu durante seu atendimento
4. O conhecimento do vendedor para responder suas dúvidas e lhe
orientar corretamente
5. Satisfação geral com este vendedor
ORIENTAÇÃO E INFLUÊNCIA NA COMPRA
Q014. (P_15_1) Quando o (a) Sr (a) chegou à loja já sabia que plano queria adquirir?
Estimular se necessário
(01) Sim - Fazer Q015.
(00) Não - Fazer Q016
(88) Mais ou menos/ Tinha uma idéia mas não sabia exatamente - Fazer Q016
Q015. (P_16_1) E que plano o(a) sr(a) queria adquirir?
(resposta única, espontânea)
Q016. (P_17_1) O Sr(a) diria que o vendedor... (resposta única, estimulada)
(03) Foi muito importante para ajudar a entender e escolher o melhor plano
(02) Ofereceu ajuda, mas o (a) Sr (a) praticamente já sabia o que queria ou
(01) Poderia ter ajudado e orientado melhor?
AVALIAÇÃO DO TEMPO DE ATENDIMENTO
Q017. (P_20_1)Como o(a) Sr(a) avalia o tempo total de atendimento que recebeu
nessa loja, dando uma nota de 1 a 10?
75
Nota de 1 a 10: ____
Q018. (P_19_1) Com relação ao tempo total do seu atendimento, o (a) Sr (a) diria que
foi...
(resposta única, estimulada)
(01) Inaceitável
(02) Razoável
(03) Adequado
(04) Superou minhas expectativas
AVALIAÇÃO GERAL
Q019. (P_23_1) Que nota de 1 a 10 o(a) Sr(a) dá levando em consideração todos os
aspectos abordados, a experiência com o atendimento que o(a) Sr(a) recebeu nessa loja de um
modo geral?
Nota de 1 a 10: ____
[Se nota Q021 <= 8]
Q020. (P_24_1) Porque o(a) Sr(a) deu a nota ___ para o atendimento recebido nessa
loja?
(resposta múltipla, espontânea) (criar opções fechadas ao longo das entrevistas)
[perguntar ao entrevistado se não existe mais algum motivo]
ENTREVISTADOR: se o entrevistado argumentar que a nota dada é boa, perguntar
por que o(a) Sr(a) não deu 9 ou 10?
A. Clareza nas informações
B. Atitude proativa do vendedor
C. Simpatia do vendedor
D. Postura e linguagem do vendedor
E. Exclusividade no atendimento
F. Ambiente pouco confortável (loja cheia, barulhenta ou suja)
G. Atendimento mais rápido
76
H. Não dá 10 para nada/Tem sempre que melhorar
I - Ter vendedores treinados / capacitados
J - Ter mais vendedores
K - Ter velocidade no sistema
L - Ter um sistema melhor
M - Ter qualidade no atendimento
N - Mais computadores / informatização
O - Ter aparelho para o desbloqueio imediato
P - Mais variedade de aparelhos
Y. Não sabe/ Não lembra
Z. Outra(o)_____________________________________
Q020.1 (P_40_1) A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na
sua decisão de compra?
A. Sim
B. Não
C. Não sabe
Q021. (P_22_1) Quando o(a) Sr(a) precisar de novos serviços e produtos da empresa
X, o(a) Sr(a)...
(resposta única, estimulada)
(03) pretende voltar a essa mesma loja
(02) não tem preferência, voltará nessa ou em qualquer loja da empresa X ou
(01) não voltará mais a essa loja?
Q022. (P_34_1) E o (a) Sr (a) indicaria esta loja? (resposta única, estimulada)
(05) Certamente sim,
(04) Provavelmente sim,
(03) Talvez sim / Talvez não,
(02) Provavelmente não,
77
(01) Certamente não.
PERFIL DO ENTREVISTADO
Q023. (P_25_1) [ENTREVISTADOR] Anote o sexo do entrevistado:
(anotar)
Opçã
o
Masculino 1
Feminino 2
Q024. (P_35_1) Qual a sua Idade? _______ anos
Q025. (P_36_1) Qual a sua escolaridade?
Entrevistado
Analfabeto / Primário Incompleto 1
Primário Completo / Ginásio Incompleto 2
Ginásio Completo / Colegial Incompleto 3
Colegial Completo / Superior Incompleto 4
Superior Completo ou mais 5
Q026. (P_37_1) Qual a sua renda?
Incluir opções por faixa.
a) Até 1 salário mínimo (E)
b) De 1 a 3 salários mínimos (D)
c) De 4 a 7 salários mínimos (C)
d) De 8 a 14 salários mínimos (B)
e) De 15 a 20 salários mínimos (A2)
78
f) Acima de 20 salários mínimos (A1)
g) Recusa
FINALIZAÇÃO CENTRAL / CARACTERIZAÇÃO / COMENTÁRIOS /
AUTORIZAÇÃO
[Feito para TODOS os entrevistados]
Q027. (P_27_1) O Sr(a) gostaria de deixar algum comentário ou sugestão?
___________________________ (RESPOSTA ABERTA)
Q028. (P_28_1)REGISTRE SE É UM ELOGIO, COMENTÁRIO NEGATIVO OU
CASO CRÍTICO QUE DEVE SER ENVIADO PARA A EMPRESA X.
1. Elogio
2. Comentário negativo
3. Caso Crítico
4. Nada a registrar
[Se Q026 = 2 ou 3]
Q28_TIPO. (P_29_1) Registre se é Comentário negativo ou Caso crítico com este
contato, com outro contato ou com outra área.
A - Com este contato
B - Com outro contato
C - Com outra área
Q029. (P_26_1) O(a) Sr(a) autoriza que essas informações que o(a) Sr(a) forneceu
sejam analisadas pela empresa X para melhorar seu atendimento? (resposta única, espontânea)
01. Sim
79
00. Não
Chegamos ao final da pesquisa. A empresa X agradece sua participação.
Tenha um bom dia / uma boa tarde / uma boa noite.
7.8 Tabelas
Classification Table(a)
Observed Predicted
P_40_1 - A qualidade do atendimento
prestado pelo vendedor influenciou na sua
decisão de compra?
Percentage Correct Não Sim
Step 1 P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Não
178 258 40,8
Sim 89 450 83,5
Overall Percentage 64,4
a The cut value is ,500
80
Block 0: Beginning Block Classification Table(a,b)
Observed Predicted
P_40_1 - A qualidade do atendimento
prestado pelo vendedor influenciou na sua
decisão de compra?
Percentage Correct Não Sim
Step 0 P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Não
0 436 ,0
Sim 0 539 100,0
Overall Percentage 55,3
a Constant is included in the model. b The cut value is ,500 Variables in the Equation
B S.E. Wald df Sig. Exp(B)
Step 0 Constant ,212 ,064 10,840 1 ,001 1,236
81
Block 1: Method = Backward Stepwise (Wald) Omnibus Tests of Model Coefficients
Chi-square df Sig.
Step 1 Step 103,145 8 ,000
Block 103,145 8 ,000
Model 103,145 8 ,000
Step 2(a)
Step -,054 1 ,815
Block 103,090 7 ,000
Model 103,090 7 ,000
Step 3(a)
Step -,085 1 ,771
Block 103,006 6 ,000
Model 103,006 6 ,000
Step 4(a)
Step -,188 1 ,664
Block 102,817 5 ,000
Model 102,817 5 ,000
Step 5(a)
Step -,937 1 ,333
Block 101,880 4 ,000
Model 101,880 4 ,000
Step 6(a)
Step -1,530 1 ,216
Block 100,351 3 ,000
Model 100,351 3 ,000
a A negative Chi-squares value indicates that the Chi-squares value has decreased from the previous step. Model Summary
Step -2 Log
likelihood Cox & Snell R Square
Nagelkerke R Square
1 1237,591(a)
,100 ,134
2 1237,645(a)
,100 ,134
3 1237,730(a)
,100 ,134
4 1237,919(a)
,100 ,134
5 1238,855(a)
,099 ,133
6 1240,385(a)
,098 ,131
a Estimation terminated at iteration number 5 because parameter estimates changed by less than ,001.
82
Hosmer and Lemeshow Test
Step Chi-square df Sig.
1 7,592 7 ,370
2 6,320 7 ,503
3 7,492 7 ,379
4 3,309 6 ,769
5 2,613 6 ,856
6 7,604 5 ,179
Contingency Table for Hosmer and Lemeshow Test
P_40_1 - A qualidade do atendimento
prestado pelo vendedor influenciou na sua
decisão de compra? = Não
P_40_1 - A qualidade do atendimento
prestado pelo vendedor influenciou na sua
decisão de compra? = Sim
Total Observed Expected Observed Expected
Step 1 1 78 79,105 20 18,895 98
2 62 60,214 36 37,786 98
3 51 51,722 48 47,278 99
4 54 44,902 44 53,098 98
5 35 39,578 62 57,422 97
6 41 35,628 57 62,372 98
7 27 32,266 69 63,734 96
8 6 5,531 11 11,469 17
9 82 87,054 192 186,946 274
Step 2 1 78 79,175 20 18,825 98
2 63 60,152 35 37,848 98
3 50 51,113 48 46,887 98
4 53 44,899 45 53,101 98
5 35 39,662 62 57,338 97
6 41 36,026 58 62,974 99
7 28 31,631 66 62,369 94
8 5 4,890 10 10,110 15
9 83 88,451 195 189,549 278
Step 3 1 78 79,147 20 18,853 98
2 65 60,123 33 37,877 98
3 47 51,078 51 46,922 98
4 53 44,943 45 53,057 98
5 34 38,166 59 54,834 93
6 41 36,212 58 62,788 99
7 28 32,008 67 62,992 95
8 3 3,920 9 8,080 12
9 87 90,401 197 193,599 284
Step 4 1 77 79,040 21 18,960 98
2 65 60,137 33 37,863 98
83
3 50 51,625 49 47,375 99
4 50 44,916 48 53,084 98
5 40 41,246 61 59,754 101
6 36 34,432 59 60,568 95
7 31 34,404 71 67,596 102
8 87 90,200 197 193,800 284
Step 5 1 77 78,909 21 19,091 98
2 65 60,345 33 37,655 98
3 52 50,792 46 47,208 98
4 44 44,731 54 53,269 98
5 39 39,293 57 56,707 96
6 32 29,746 49 51,254 81
7 25 22,746 41 43,254 66
8 102 109,438 238 230,562 340
Step 6 1 77 78,510 21 19,490 98
2 67 59,782 30 37,218 97
3 49 51,363 50 47,637 99
4 53 48,096 53 57,904 106
5 32 39,252 64 56,748 96
6 54 48,071 80 85,929 134
7 104 110,928 241 234,072 345
Classification Table(a)
Observed Predicted
P_40_1 - A qualidade do atendimento
prestado pelo vendedor influenciou na sua
decisão de compra?
Percentage Correct Não Sim
Step 1 P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Não
178 258 40,8
Sim 89 450 83,5
Overall Percentage 64,4
Step 2 P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Não 178 258 40,8
Sim 90 449 83,3
Overall Percentage 64,3
Step 3 P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Não 176 260 40,4
Sim 90 449 83,3
Overall Percentage 64,1
84
Step 4 P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Não 176 260 40,4
Sim 92 447 82,9
Overall Percentage 63,9
Step 5 P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Não 172 264 39,4
Sim 86 453 84,0
Overall Percentage 64,1
Step 6 P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Não 171 265 39,2
Sim 85 454 84,2
Overall Percentage 64,1
a The cut value is ,500 Variables in the Equation
B S.E. Wald df Sig. Exp(B)
95,0% C.I.for EXP(B)
Lower Upper
Step 1(a)
x8 ,028 ,121 ,055 1 ,815 1,029 ,812 1,303
x7 ,176 ,106 2,745 1 ,098 1,193 ,968 1,470
x6 ,175 ,100 3,050 1 ,081 1,192 ,979 1,451
x5 ,027 ,093 ,086 1 ,770 1,028 ,857 1,232
x4 ,079 ,114 ,481 1 ,488 1,082 ,866 1,353
x3 ,045 ,117 ,151 1 ,697 1,047 ,832 1,316
x2 ,039 ,068 ,324 1 ,569 1,040 ,909 1,189
x1 ,052 ,072 ,513 1 ,474 1,053 ,914 1,214
Constant -5,458 ,728 56,252 1 ,000 ,004
Step 2(a)
x7 ,186 ,098 3,632 1 ,057 1,205 ,995 1,460
x6 ,179 ,100 3,226 1 ,072 1,196 ,984 1,453
x5 ,027 ,093 ,085 1 ,771 1,027 ,857 1,232
x4 ,087 ,109 ,630 1 ,427 1,091 ,880 1,351
x3 ,048 ,117 ,166 1 ,684 1,049 ,834 1,318
x2 ,038 ,068 ,312 1 ,576 1,039 ,909 1,188
x1 ,052 ,072 ,520 1 ,471 1,054 ,914 1,214
Constant -5,406 ,692 60,965 1 ,000 ,004
Step 3(a)
x7 ,189 ,098 3,743 1 ,053 1,208 ,998 1,462
x6 ,188 ,094 3,971 1 ,046 1,207 1,003 1,452
x4 ,096 ,105 ,838 1 ,360 1,101 ,896 1,351
x3 ,050 ,116 ,188 1 ,665 1,052 ,838 1,321
x2 ,038 ,068 ,312 1 ,576 1,039 ,909 1,188
x1 ,053 ,072 ,534 1 ,465 1,054 ,915 1,215
Constant -5,379 ,686 61,463 1 ,000 ,005
Step 4(a)
x7 ,195 ,097 4,060 1 ,044 1,215 1,005 1,468
x6 ,188 ,094 3,976 1 ,046 1,207 1,003 1,451
x4 ,102 ,104 ,959 1 ,327 1,107 ,903 1,357
x2 ,055 ,057 ,938 1 ,333 1,056 ,945 1,180
85
x1 ,075 ,052 2,038 1 ,153 1,077 ,973 1,194
Constant -5,370 ,684 61,560 1 ,000 ,005
Step 5(a)
x7 ,195 ,097 4,044 1 ,044 1,215 1,005 1,469
x6 ,191 ,094 4,116 1 ,042 1,210 1,006 1,455
x4 ,124 ,101 1,511 1 ,219 1,132 ,929 1,381
x1 ,102 ,044 5,516 1 ,019 1,108 1,017 1,207
Constant -5,378 ,686 61,509 1 ,000 ,005
Step 6(a)
x7 ,236 ,091 6,794 1 ,009 1,266 1,060 1,512
x6 ,243 ,084 8,414 1 ,004 1,275 1,082 1,503
x1 ,113 ,043 6,988 1 ,008 1,120 1,030 1,218
Constant -5,177 ,658 61,893 1 ,000 ,006
Variables not in the Equation
Score df Sig.
Step 2(a)
Variables x8 ,055 1 ,815
Overall Statistics ,055 1 ,815
Step 3(b)
Variables x8 ,054 1 ,817
x5 ,085 1 ,771
Overall Statistics ,140 2 ,932
Step 4(c)
Variables x8 ,069 1 ,792
x5 ,107 1 ,744
x3 ,188 1 ,664
Overall Statistics ,328 3 ,955
Step 5(d)
Variables x8 ,067 1 ,796
x5 ,145 1 ,703
x3 ,810 1 ,368
x2 ,941 1 ,332
Overall Statistics 1,265 4 ,867
Step 6(e)
Variables x8 ,400 1 ,527
x5 ,570 1 ,450
x4 1,522 1 ,217
x3 1,353 1 ,245
x2 1,505 1 ,220
Overall Statistics 2,789 5 ,732
a Variable(s) removed on step 2: x8. b Variable(s) removed on step 3: x5. c Variable(s) removed on step 4: x3. d Variable(s) removed on step 5: x2. e Variable(s) removed on step 6: x4.
86
Block 0: Beginning Block Classification Table(a,b)
Observed Predicted
P_40_1 - A qualidade do atendimento
prestado pelo vendedor influenciou na sua
decisão de compra?
Percentage Correct Não Sim
Step 0 P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Não
0 436 ,0
Sim 0 539 100,0
Overall Percentage 55,3
a Constant is included in the model. b The cut value is ,500
Block 1: Method = Backward Stepwise (Wald) Omnibus Tests of Model Coefficients
Chi-square df Sig.
Step 1 Step 103,145 8 ,000
Block 103,145 8 ,000
Model 103,145 8 ,000
Step 2(a)
Step -,054 1 ,815
Block 103,090 7 ,000
Model 103,090 7 ,000
Step 3(a)
Step -,085 1 ,771
Block 103,006 6 ,000
Model 103,006 6 ,000
Step 4(a)
Step -,188 1 ,664
Block 102,817 5 ,000
Model 102,817 5 ,000
Step 5(a)
Step -,937 1 ,333
Block 101,880 4 ,000
Model 101,880 4 ,000
Step 6(a)
Step -1,530 1 ,216
Block 100,351 3 ,000
Model 100,351 3 ,000
a A negative Chi-squares value indicates that the Chi-squares value has decreased from the previous step.
87
Model Summary
Step -2 Log
likelihood Cox & Snell R Square
Nagelkerke R Square
1 1237,591(a)
,100 ,134
2 1237,645(a)
,100 ,134
3 1237,730(a)
,100 ,134
4 1237,919(a)
,100 ,134
5 1238,855(a)
,099 ,133
6 1240,385(a)
,098 ,131
a Estimation terminated at iteration number 5 because parameter estimates changed by less than ,001. Hosmer and Lemeshow Test
Step Chi-square df Sig.
1 7,592 7 ,370
2 6,320 7 ,503
3 7,492 7 ,379
4 3,309 6 ,769
5 2,613 6 ,856
6 7,604 5 ,179
Contingency Table for Hosmer and Lemeshow Test
P_40_1 - A qualidade do atendimento
prestado pelo vendedor influenciou na sua
decisão de compra? = Não
P_40_1 - A qualidade do atendimento
prestado pelo vendedor influenciou na sua
decisão de compra? = Sim
Total Observed Expected Observed Expected
Step 1 1 78 79,105 20 18,895 98
2 62 60,214 36 37,786 98
3 51 51,722 48 47,278 99
4 54 44,902 44 53,098 98
5 35 39,578 62 57,422 97
6 41 35,628 57 62,372 98
7 27 32,266 69 63,734 96
8 6 5,531 11 11,469 17
9 82 87,054 192 186,946 274
Step 2 1 78 79,175 20 18,825 98
2 63 60,152 35 37,848 98
88
3 50 51,113 48 46,887 98
4 53 44,899 45 53,101 98
5 35 39,662 62 57,338 97
6 41 36,026 58 62,974 99
7 28 31,631 66 62,369 94
8 5 4,890 10 10,110 15
9 83 88,451 195 189,549 278
Step 3 1 78 79,147 20 18,853 98
2 65 60,123 33 37,877 98
3 47 51,078 51 46,922 98
4 53 44,943 45 53,057 98
5 34 38,166 59 54,834 93
6 41 36,212 58 62,788 99
7 28 32,008 67 62,992 95
8 3 3,920 9 8,080 12
9 87 90,401 197 193,599 284
Step 4 1 77 79,040 21 18,960 98
2 65 60,137 33 37,863 98
3 50 51,625 49 47,375 99
4 50 44,916 48 53,084 98
5 40 41,246 61 59,754 101
6 36 34,432 59 60,568 95
7 31 34,404 71 67,596 102
8 87 90,200 197 193,800 284
Step 5 1 77 78,909 21 19,091 98
2 65 60,345 33 37,655 98
3 52 50,792 46 47,208 98
4 44 44,731 54 53,269 98
5 39 39,293 57 56,707 96
6 32 29,746 49 51,254 81
7 25 22,746 41 43,254 66
8 102 109,438 238 230,562 340
Step 6 1 77 78,510 21 19,490 98
2 67 59,782 30 37,218 97
3 49 51,363 50 47,637 99
4 53 48,096 53 57,904 106
5 32 39,252 64 56,748 96
6 54 48,071 80 85,929 134
7 104 110,928 241 234,072 345
89
Classification Table(a)
Observed Predicted
P_40_1 - A qualidade do atendimento
prestado pelo vendedor influenciou na sua
decisão de compra?
Percentage Correct Não Sim
Step 1 P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Não
178 258 40,8
Sim 89 450 83,5
Overall Percentage 64,4
Step 2 P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Não 178 258 40,8
Sim 90 449 83,3
Overall Percentage 64,3
Step 3 P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Não 176 260 40,4
Sim 90 449 83,3
Overall Percentage 64,1
Step 4 P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Não 176 260 40,4
Sim 92 447 82,9
Overall Percentage 63,9
Step 5 P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Não 172 264 39,4
Sim 86 453 84,0
Overall Percentage 64,1
Step 6 P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Não 171 265 39,2
Sim 85 454 84,2
Overall Percentage 64,1
a The cut value is ,500
90
Variables in the Equation
B S.E. Wald df Sig. Exp(B)
Step 1(a)
x8 ,028 ,121 ,055 1 ,815 1,029
x7 ,176 ,106 2,745 1 ,098 1,193
x6 ,175 ,100 3,050 1 ,081 1,192
x5 ,027 ,093 ,086 1 ,770 1,028
x4 ,079 ,114 ,481 1 ,488 1,082
x3 ,045 ,117 ,151 1 ,697 1,047
x2 ,039 ,068 ,324 1 ,569 1,040
x1 ,052 ,072 ,513 1 ,474 1,053
Constant -5,458 ,728 56,252 1 ,000 ,004
Step 2(a)
x7 ,186 ,098 3,632 1 ,057 1,205
x6 ,179 ,100 3,226 1 ,072 1,196
x5 ,027 ,093 ,085 1 ,771 1,027
x4 ,087 ,109 ,630 1 ,427 1,091
x3 ,048 ,117 ,166 1 ,684 1,049
x2 ,038 ,068 ,312 1 ,576 1,039
x1 ,052 ,072 ,520 1 ,471 1,054
Constant -5,406 ,692 60,965 1 ,000 ,004
Step 3(a)
x7 ,189 ,098 3,743 1 ,053 1,208
x6 ,188 ,094 3,971 1 ,046 1,207
x4 ,096 ,105 ,838 1 ,360 1,101
x3 ,050 ,116 ,188 1 ,665 1,052
x2 ,038 ,068 ,312 1 ,576 1,039
x1 ,053 ,072 ,534 1 ,465 1,054
Constant -5,379 ,686 61,463 1 ,000 ,005
Step 4(a)
x7 ,195 ,097 4,060 1 ,044 1,215
x6 ,188 ,094 3,976 1 ,046 1,207
x4 ,102 ,104 ,959 1 ,327 1,107
x2 ,055 ,057 ,938 1 ,333 1,056
x1 ,075 ,052 2,038 1 ,153 1,077
Constant -5,370 ,684 61,560 1 ,000 ,005
Step 5(a)
x7 ,195 ,097 4,044 1 ,044 1,215
x6 ,191 ,094 4,116 1 ,042 1,210
x4 ,124 ,101 1,511 1 ,219 1,132
x1 ,102 ,044 5,516 1 ,019 1,108
Constant -5,378 ,686 61,509 1 ,000 ,005
Step 6(a)
x7 ,236 ,091 6,794 1 ,009 1,266
x6 ,243 ,084 8,414 1 ,004 1,275
x1 ,113 ,043 6,988 1 ,008 1,120
Constant -5,177 ,658 61,893 1 ,000 ,006
a Variable(s) entered on step 1: x8, x7, x6, x5, x4, x3, x2, x1.
91
Oneway [DataSet2] F:\Banco_Franquia_R1_RJ 2.sav
ANOVA
P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Sum of
Squares df Mean Square F Sig.
Between Groups 53,738 2 26,869 138,532 ,000
Within Groups 191,434 987 ,194
Total 245,173 989
Post Hoc Tests Homogeneous Subsets P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
Scheffe
P_17_1 - O Sr(a) diria que o vendedor... N
Subset for alpha = .05
1 2 3
Poderia ter ajudado e orientado melhor 36 ,14
Ofereceu ajuda mas o(a) Sr(a) praticamente já sabia o que qu
414 ,31
Foi muito importante para ajudar a entender e escolher o me
540 ,76
Sig. 1,000 1,000 1,000
Means for groups in homogeneous subsets are displayed. a Uses Harmonic Mean Sample Size = 93,618. b The group sizes are unequal. The harmonic mean of the group sizes is used. Type I error levels are not guaranteed. ANOVA
P_17_1 - O Sr(a) diria que o vendedor...
Sum of
Squares df Mean Square F Sig.
Between Groups 67,416 1 67,416 264,312 ,000
Within Groups 252,002 988 ,255
Total 319,418 989
92
P_17_1 - O Sr(a) diria que o vendedor... * P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra? Crosstabulation
Count
P_40_1 - A qualidade do atendimento
prestado pelo vendedor influenciou na sua
decisão de compra?
Total Não Sim
P_17_1 - O Sr(a) diria que o vendedor...
Poderia ter ajudado e orientado melhor 31 5 36
Ofereceu ajuda mas o(a) Sr(a) praticamente já sabia o que qu
286 128 414
Foi muito importante para ajudar a entender e escolher o me
130 410 540
Total 447 543 990
Chi-Square Tests
Value df Asymp. Sig.
(2-sided)
Pearson Chi-Square 216,994(a) 2 ,000
Likelihood Ratio 225,939 2 ,000 Linear-by-Linear Association
208,738 1 ,000
N of Valid Cases 990
a 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 16,25.
Crosstabs [DataSet2] F:\Banco_Franquia_R1_RJ 2.sav
Case Processing Summary
Cases
Valid Missing Total
N Percent N Percent N Percent
P_17_1 - O Sr(a) diria que o vendedor... * P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra?
954 95,5% 45 4,5% 999 100,0%
93
P_17_1 - O Sr(a) diria que o vendedor... * P_40_1 - A qualidade do atendimento prestado pelo vendedor influenciou na sua decisão de compra? Crosstabulation
Count
P_40_1 - A qualidade do atendimento
prestado pelo vendedor influenciou na sua
decisão de compra?
Total Não Sim
P_17_1 - O Sr(a) diria que o vendedor...
Ofereceu ajuda mas o(a) Sr(a) praticamente já sabia o que qu
286 128 414
Foi muito importante para ajudar a entender e escolher o me
130 410 540
Total 416 538 954
Chi-Square Tests
Value df Asymp. Sig.
(2-sided) Exact Sig. (2-sided)
Exact Sig. (1-sided)
Pearson Chi-Square 193,040(b) 1 ,000
Continuity Correction(a)
191,214 1 ,000
Likelihood Ratio 198,724 1 ,000
Fisher's Exact Test ,000 ,000
Linear-by-Linear Association 192,838 1 ,000
N of Valid Cases 954
a Computed only for a 2x2 table b 0 cells (,0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 180,53.