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UNIVERSIDADE POTIGUAR CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR
ALDRICH HEUSER CÂMARA GODEIRO ALESSANDRA MICHELYNE A. LIMA MELO
ALEXANDRE PEREIRA VIEIRA LUCIENE XAVIER DE MESQUITA
A ESCOLA NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO
MOSSORÓ-RN 2012
ALDRICH HEUSER CÂMARA GODEIRO ALESSANDRA MICHELYNE A. LIMA MELO
ALEXANDRE PEREIRA VIEIRA LUCIENE XAVIER DE MESQUITA
A ESCOLA NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO
Artigo científico apresentado à Universidade Potiguar-UNP, como parte dos requisitos para obtenção de nota na disciplina Gestão e Harmonização do Conhecimento, ofertada pelo Curso de Especialização em Docência no Ensino Superior. Orientador: Prof. Ms. Everkley Magno Freire Tavares
MOSSORÓ-RN 2012
A ESCOLA NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO
Aldrich Heuser Câmara Godeiro1
Alessandra Michelyne A. Lima Melo2 Alexandre Pereira Vieira3
Luciene Xavier de Mesquita4
RESUMO
Na escola, durante processos de socialização, o aluno tem a oportunidade de desenvolver a sua identidade e autonomia. Com isso, cria-se condições de conhecer, descobrir e ressignificar novos sentimentos, valores, ideias, costumes e papéis sociais. A atenção recebida na escola reflete no aluno, fazendo com que tome consciência do mundo de diferentes maneiras em cada etapa de seu desenvolvimento, pois o aluno bem atendido, considerado um cidadão, enquanto cresce, isso desde a educação infantil, se depara com fenômenos, fatos e objetos do mundo, pergunta, reúne informações, organiza explicações e arrisca respostas, desse modo, ocorrem mudanças fundamentais no seu modo de conceber a vida, a natureza e a cultura. E esse artigo, através dos pensamentos de Louis Althusser, Hannah Arendt, Antoni Zabala, Paulo Freire, Cipriano Carlos vem mostrar a todos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem a importância de se ter uma formação política e cidadã. É preciso que os educadores e educandos se preocupem em fazer de nossa sociedade cidadãos politizados para que consigam a ter um mundo mais justo. É esse o objetivo desse artigo mostrar aos leitores que é possível através da escola formar um bom cidadão. Palavras-chave: Escola, Educando, Cidadão, Formação Política.
1. INTRODUÇÃO
A sociedade vem sofrendo grandes transformações em sua estrutura social,
econômica e política, estabelecendo novas relações sociais, passando a exigir da
escola a formação de um novo aluno, capaz de atuar na sociedade, de maneira a
1 Graduado em Ciências da Computação, pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-
UERN. Aluno do Curso de pós-graduação Lato Sensu em Docência no Ensino Superior-UNP. 2 Graduada em Serviço Social. Aluna do Curso de pós-graduação Lato Sensu em Docência no Ensino
Superior-UNP. 3 Graduado em Arquitetura e Urbanismo, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN.
Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela UNIFOR. Aluno do Curso de pós-graduação Lato Sensu em Docência no Ensino Superior-UNP.
4 Graduada em Engenharia Agronomica pela Escola Superior de Agricultura – ESAM e Mestra em Ciências animal, pela Universidade Federal do Semi Árido. Aluna do Curso de pós-graduação Lato Sensu em Docência no Ensino Superior-UNP.
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transformá-la. A formação cidadã vem sendo destacada como necessária, para que
os cidadãos possam contribuir na construção de novos valores calcados na
solidariedade, pois as novas relações sociais estabelecidas estão provocando a
exclusão social das classes menos favorecidas.
Com essas transformações a escola é desafiada a repensar seu papel diante
o meio social, formando alunos mais capazes para o desenvolvimento de
habilidades cognitivas e condutas que facilitem o enfrentamento de situações
dinâmicas. A escola deve preparar o aluno para a comunicação em massa, para
resolver problemas práticos utilizando conhecimentos científicos, buscando se
aperfeiçoar continuamente com responsabilidade, criatividade e criticidade e ter a
preocupação com a formação cidadã do educando e ser uma das preocupações
primordiais da escola.
O presente artigo foi desenvolvido com base nas idéias dos autores Louis
Althusser, Hannah Arendt, Antoni Zabala, Paulo Freire, Cipriano Carlos. Conclui-se
que a escola deve proporcionar um ensino de qualidade, buscando a formação de
cidadãos livres e conscientes de seu papel na construção e/ou transformação da
sociedade. Para que esta formação ocorra, toda a escola precisa estar
comprometida com o aluno, principalmente o professor que torna-se o mediador
entre o aluno e o conhecimento. Esta mediação deve ocorrer de maneira consciente,
critica e intelectual.
2. A ESCOLA COMO APARELHO DE DOMINAÇÃO
No intuito de explicar a reprodução das relações de produção no mundo
capitalista, Louis Althusser utiliza o conceito de Aparelhos Ideológicos de Estados,
dentro de uma divisão de classes da teoria marxista, composta por uma
infraestrutura ou base econômica, formada pela unidade das forças produtivas e das
relações de produção, por uma superestrutura que possui dois níveis: o jurídico-
político, formado pelo direito e o Estado; e a ideologia, formado pelas diferentes
ideologias, como a política, a religiosa, a cultural, a familiar, etc. Nesse modelo de
reprodução das relações de produção, a reprodução da força de trabalho não
depende exclusivamente de uma qualificação técnica para a prática desse trabalho,
mas depende também da submissão à classe dominante. Essa dominação é feita
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com a utilização e o controle de aparelhos de estado, constituído por dois corpos: o
aparelho repressivo de estado e os aparelhos ideológicos de estado.
O aparelho repressivo de estado, para Althusser, equivale ao aparelho de
estado da teoria marxista: “Lembremos que na teoria marxista, o Aparelho de Estado
(AE) compreende: o Governo, a Administração, O Exército, a Polícia, os Tribunais,
as Prisões, etc., que constituem aquilo a que chamaremos a partir de agora o
Aparelho Repressivo de Estado.” (ALTHUSSER, 1970, p.43). O aparelho repressivo
de estado funciona pela violência, seja ela física ou não, utilizando muita repressão e
um pouco de ideologia, pois não existe aparelho puramente repressivo ou
puramente ideológico.
Diferentemente do aparelho repressivo de estado, que é unificado e de
domínio público, os aparelhos ideológicos de estado (AIE) são diversos e em sua
maioria de domínio privado, onde se apresentam o AIE religioso, o familiar, o
jurídico, o político, o sindical, o da informação, o cultural e o escolar, que funcionam
com muita ideologia e pouca repressão.
Para manter a submissão da classe dominada, a classe dominante precisa
alimentar os aparelhos ideológicos de estado com uma ideologia que favoreça os
interesses dos dominantes. Essa ideologia dominante também assegura a harmonia,
muitas vezes precária, entre o aparelho repressivo de estado e os aparelhos
ideológicos de estado e entre os diferentes aparelhos ideológicos de estado.
Althusser afirma que “nenhuma classe pode duravelmente deter o poder de estado
sem exercer simultaneamente a sua hegemonia sobre e nos Aparelhos Ideológicos
de Estado.” (ALTHUSSER, 1970, p.49). A partir daí, podemos perceber que as lutas
de classe acontecem dentro dos aparelhos ideológicos de estado.
Durante muito tempo o AIE religioso destacou-se como o AIE dominante, e
exercia essa dominação em conjunto com AIE familiar. Hoje, porém, o AIE escolar,
também em conjunto com AIE familiar, consegue exercer uma influência maior que a
Igreja. O poder de influência da escola é incontestável, uma vez que essa influência
pode ser exercida desde as séries iniciais, e durantes anos, onde as crianças estão
mais vulneráveis. Para Althusser (1970, p.66),
(...) nenhum Aparelho Ideológico de Estado dispõe durante tanto tempo da audiência obrigatória (e ainda por cima gratuita...), 5 a 6 dias em 7 que tem a semana, à razão de 8 horas por dia, da totalidade das crianças da formação social capitalista.
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Mapa conceitual elaborado por Aldrich Heuser Câmara Godeiro baseado na obra Os aparelhos Ideológicos do estado de Luis Althusser.
Mesmo que surjam teorias que não concordem que a maior influência na
sociedade é exercida pela escola, é difícil não acreditar que a escola exerça alguma
influência, positiva ou não. Tudo vai depender do direcionamento do que será
ensinado, se vamos apontar essa educação apenas para o desenvolvimento
profissional, ou vamos apontá-la também para uma educação capaz de formar
cidadãos.
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3. A FUNÇÃO SOCIAL DO ENSINO
Na visão de Antoni Zabala, o ensino, como função social, é o resultado do tipo
de pessoa que se quer formar, e seu modelo de sociedade, para isso, obrigando-se
a aproximar-se de uma educação social, interpessoal, pessoal e profissional, como
meio de compreender a realidade em sua complexidade e intervir nela, através de
uma visão holística e integradora, um enfoque globalizador.
Ideias, valores e comportamentos dos indivíduos são reflexos das concepções
da sociedade. A partir daí, as propostas dos conteúdos da educação não ficam
vinculadas somente aos âmbitos pessoais e sociais, mas muitas vezes vinculadas a
um tipo de pessoa que alguém acredita que se deva desenvolver, e com isso,
elevando a importância de alguns conteúdos em detrimento de outros, agravadas
pela falta de consciência dos professores quanto ao papel do ensino, ficando esses,
e o sistema educativo, fora das decisões dos conteúdos escolares, que ficaram a
cargo das demandas externas e de grupos hegemônicos.
O papel dos sistemas educativos como reflexo dos modelos sociais vigentes é
a reprodução de uma ordem social estabelecida e que necessita se manter. Embora
a sociedade denomine-se democrática, os conteúdos escolares atuais nem sempre
preparam os indivíduos para exercer a cidadania de forma consciente. Esses
conteúdos estão cada vez mais subordinados ao mercado de trabalho, por força dos
poderes econômicos, políticos e corporativos, dentro de um modelo capitalista que
gera desigualdades, e a dependência desses poderes hegemônicos cria uma tensão
na seleção dos conteúdos curriculares entre algumas disciplinas valorizadas como
eternas pelos conservadores e às demandas do mundo produtivo.
Para Antoni Zabala (2002, p. 46):
(...) a força dos poderes econômicos, políticos e corporativos fez com que os currículos escolares estivessem hipotecados pela necessidade de reprodução do sistema e, como uma consequência aparentemente não-desejada, mas real, de afirmação das desigualdades.
Essa tensão se agrava ainda mais quando interesses de grupos profissionais
incidem de maneira decisiva na preponderância de algumas matérias sobre outras.
Com isso, o papel da educação em um sistema democrático, não se coloca.
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Para poder melhorar esse processo é preciso saber que modelo de pessoa e
sociedade se quer formar e ver a educação de forma utópica, considerando o
desenvolvimento humano em todas as suas potencialidades e capacidades.
Aprofundando-se na elaboração dos conteúdos dessa educação, e de forma que
todos possam participar. Criar um sistema educativo voltado para a democracia.
Nesta época de desigualdades, o desequilíbrio entre a riqueza e a miséria se
acentuou nos últimos anos. Essa falta de democracia plena manifesta-se
principalmente na educação. O currículo escolar precisa oferecer meios e possibilitar
instrumentos para a interversão na transformação social. A finalidade do ensino
deve aproximar-se das diferentes dimensões de desenvolvimento das pessoas.
Dimensão profissional: conhecimentos e habilidades para as tarefas profissionais.
Dimensão social: participar ativamente da transformação da sociedade; Dimensão
interpessoal: cooperação e participação nas atividades humanas; Dimensão pessoal:
formação para a cidadania.
4. A NECESSIDADE DE UMA FORMAÇÃO POLÍTICA
Durante toda a história da humanidade, a qualidade de vida do homem em
seu contexto histórico sempre esteve muito ligado a capacidade que cada
sociedade, em sua maioria, possuía de compreender a necessidade da condição
política do ser humano. É através de uma conscientização política que podemos
determinar as ações que nos levarão a alcançar a verdadeira liberdade, a
capacidade de definir nosso próprio destino. No conceito dessas ações, está o que
Hannah Arendt chama simplesmente de “ação”, como uma das condições humanas
fundamentais:
A ação, única atividade que se exerce diretamente entre homens sem a mediação das coisas ou da matéria, corresponde à condição humana da pluralidade, ao fato de que homens, e não o Homem, vivem na Terra e habitam o mundo. Todos os aspectos da condição humana têm alguma relação com a política (ARENDT, 2007, p.15).
Hoje, infelizmente, existe muito preconceito por parte população quando o
assunto é política, com isso, termas importantes da sociedade deixam de serem
debatidos pela maioria da sociedade, muitas vezes por não reconhecer que a
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política esta presente em todas as relações do ser humano, e que faz parte do jogo
da sobrevivência, onde todos vencerão se cada cidadão se preocupar em buscar
melhores condições de vida para sociedade onde esta inserido, e por consequência
para si mesmo.
É preciso deixar o preconceito de lado, e prestar mais atenção aos sistemas
que colaboram para o funcionamento da sociedade. E não basta apenas buscar
elementos que ajudem a melhorar esse sistema, é preciso que os cidadãos dessa
sociedade possuam capacidade crítica para compreender e questionar a realidade
do mundo, e capacidade reflexiva para questionar a si mesmo. Veja que fala-se
muito de transparência, que é referenciado comumente como um elemento
importante na tentativa de expurgar o males que infestam a política no nosso pais e
no mundo, mas de que adianta um sistema transparente se não estamos com
nossos olhos virados para ele.
Somente com o desenvolvimento da capacidade crítica e reflexiva dos
cidadãos, é que a sociedade como um todo, terá a autonomia necessária para
promover as mudanças para uma democracia efetiva, que nos livrará das ilusões
engendradas por ideologias de dominação, perceber que essas ideologias existem:
Saber igualmente fundamental à prática educativa do professor ou da professora é o que diz respeito à força, às vezes maior do que pensamos, da ideologia. É o que nos adverte de suas manhas, das armadilhas em que nos faz cair. É que a ideologia tem que ver diretamente com a ocultação da verdade dos fatos, com o uso da linguagem para penumbrar ou opacizar a realidade ao mesmo tempo em que nos torna míopes. (FREIRE, 2011, p.122).
A escola tem papel fundamental no desenvolvimento dessa autonomia. A
sociedade realmente precisa de uma educação que possa promover a formação
política e cidadã, do educador e do educando, uma educação necessária para nos
tirar desse estado de alienação.
5. O EDUCADOR E O EDUCANDO COMO SUJEITOS DA PRÁXIS PEDAGÓGICA
A função docente exige do professor uma série de condutas, tornando-o
reconhecido como alguém que utiliza o seu saber e o seu poder como um recurso
para o bem da coletividade com quem trabalha, fazendo o melhor que lhe compete.
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Exige, além disso, determinadas virtudes, conhecimentos, qualidades, que poderão
auxiliá-lo no dia-a-dia, como a humildade, a curiosidade, a coragem, a capacidade
de decidir e de colocar limites, comprometendo-se na busca de objetivos a que se
propõe.
Apesar dos avanços conquistados no reconhecimento da diversidade
presente na sociedade e nas Instituições de Ensino, nos processos de construção e
apreensão do conhecimento, o comportamento do professor continua linear. Assim,
a busca de conhecimento teórico e prático de qualidade torna-se um desafio para o
professor. É importante lembrar que ele tem como desafio fazer a leitura da
realidade com o objetivo de coletar informações para compreendê-la, isto é, buscar
sentido, e significação para o seu trabalho. Isso requer, também, do professor um
aprofundamento nas questões relevantes da sua relação com o educando. O que
significa:
Na práxis pedagógica, o educador é aquele que, tendo adquirido o nível de cultura necessário para o desempenho de sua atividade, dá direção ao ensino e à aprendizagem....Ele exerce o papel de uma dos mediadores sociais entre o universal da sociedade e o particular do educando. (LUCKESI, 1994, p.115).
Para ser educador, o desafio é a descoberta do prazer em aprender e
conhecer. Ninguém se faz professor do dia para a noite sem aprendizagem e
preparação. Em síntese, para exercer o papel de educador, é preciso compromisso
político, competência técnica, criatividade e responsabilidade.
Luckesi (1994) afirma que, o educando é um sujeito que necessita da
mediação do educador para reformular sua cultura, tomar em suas próprias mãos a
cultura espontânea que possui, para reorganizá-la com a apropriação da cultura
elaborada.
Para o autor, o educando é um sujeito possuidor de capacidade de avanço e
crescimento, só necessitando para tanto da mediação da cultura elaborada, que
possibilita a ruptura com o seu estado natural. Ocorre que o educando não possui
todo o saber, nem é pura ignorância. Ele detém uma cultura que adquiriu
espontaneamente no seu cotidiano, porém limitada ao circunscrito e ao natural.
No trabalho escolar, o educador deve estar atento ao fato de que o educando
é um sujeito como ele, com capacidade de ação e de crescimento - e, por isso, um
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sujeito com capacidade de aprendizagem, conduta inteligente, criatividade,
avaliação e julgamento. É preciso, portanto, compreender o educando a partir dos
condicionantes sociais, econômicos, culturais, afetivos, políticos, caso deseje
trabalhar adequadamente com ele.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos perceber durante toda a leitura realizada que é possível através da
escola formar um bom cidadão. Luis Althusser fala que a escola tem o poder de
influência maior do que a Igreja, uma vez que a escola atua na formação pessoal
desde os primeiros anos de vida. Dando continuidade a esse pensamento Antoni
Zabala, destaca que a escola define o modelo de sociedade que se quer formar e
para isso, é necessário compreender a realidade que a cerca para poder intervir;
Arendt diz que é necessário a formação política e cidadã para superar o estado de
alienação; e por fim, Luckesi diz que para a formação de um cidadão se faz
necessário que o educador tenha compromisso político, competência técnica,
criatividade e responsabilidade, fazendo com que o educando reelabore sua cultura.
Para que isso ocorra, a escola necessita formar indivíduos capazes de refletir
sobre os processos de aquisição e saberem filtrar melhor as informações que
desejam, dessa forma, estaremos contribuindo para uma sociedade mais justa,
solidaria e humana. Nesse sentido, é necessário que a escola tenha educadores
dedicados, esforçados, responsáveis e que tenham consciência da parte dos alunos,
apesar de que os educadores estejam sempre na luta contra o sistema que deseja
manter um grande número de analfabetos intelectuais, para que estes sejam apenas
massas manipuláveis.
Para que haja uma formação cidadã se faz necessário também a parceria
entre escola e famílias, para que estas juntas, apresente propostas atraentes para o
projeto político sustentável e socializado, deixando claro os objetivos que devem ser
trabalho por todos. Quando houver essa prática, os educadores e educandos
tomarão consciência de seus direitos e deveres e desta forma, haverá transformação
humana, social e política.
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REFERÊNCIAS
ALTHUSSER, Louis. Ideologia e aparelhos ideológicos de estado. Lisboa: Editorial Presença, 1970.
ARENDT, Hannah. A condição humana. 10.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
FREIRE, Paulo. Pegadogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Sujeitos da práxis pedagógica: o educador e o educando. In: Filosofia da Educação. São Paulo, 1994.
ZABALA, Antoni. Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma proposta para o currículo. Porto Alegre: Artmed, 2002.