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Alberto José de Araújo, M.D., Ph.D.Alberto José de Araújo, M.D., Ph.D.
Membro da Comissão de Tabagismo da SPBT & AMBMembro da Comissão de Tabagismo da SPBT & AMBDiretor do Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo Diretor do Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo
Instituto de Doenças do Tórax Instituto de Doenças do Tórax -- IDTIDTHospital Universitário C. F. Filho Hospital Universitário C. F. Filho -- UFRJUFRJ
XIV Curso Nacional de Atualização em Pneumologia, 11-13/4/13.
Declaração de Conflitos de Interesse
� Declaro que não tenho conflitos de interesse. As relações com a indústria farmacêutica são estabelecidas dentro de elevados princípios éticos, seguindo os marcos doutrinários de uma relação respeitosa, no interesse público e do desenvolvimento da medicina.
Resolução ANVISA & CFM.
Nem o sapo escapou do cigarro que se agarrou no papo, e que inundou o copo.
Foto de um Site em “Defesa dos Direitos dos Fumantes”
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Respirar?Respirar?
RRespirar o paradoxo de viver lenta agonia espirar o paradoxo de viver lenta agonia
EExpirar a fumaça em argolas, doce ironia xpirar a fumaça em argolas, doce ironia
SSoluçar na falta do ar que angustiaoluçar na falta do ar que angustia
PPigarrear no ruído da tosse que se anunciaigarrear no ruído da tosse que se anuncia
IInspirar a nicotina que anestesianspirar a nicotina que anestesia
RRelaxar até nova onda de abstinência elaxar até nova onda de abstinência
AArremessar o desejo feito flecha certeirarremessar o desejo feito flecha certeira
RRetornar ao ciclo escravo da dependência.etornar ao ciclo escravo da dependência.
A j Araújo (2007) A j Araújo (2007)
Revisão e ObjetivosRevisão e Objetivos
�� EpidemiologiaEpidemiologia�� Principais patologiasPrincipais patologias�� Impactos na Q. VidaImpactos na Q. Vida�� Protocolo TerapêuticoProtocolo Terapêutico�� Modelo da DPOCModelo da DPOC�� Implicações clínicasImplicações clínicas�� Estudos SelecionadosEstudos Selecionados�� ConclusõesConclusões
Tabaco não!
�� Como abordar o tabagismo no paciente portador Como abordar o tabagismo no paciente portador de doença respiratória associada?de doença respiratória associada?
�� Como identificar o estágio de motivação em que Como identificar o estágio de motivação em que se encontra o paciente com pneumopatia?se encontra o paciente com pneumopatia?
�� Como atuar em situações nas quais o paciente Como atuar em situações nas quais o paciente não está motivado a deixar de fumar?não está motivado a deixar de fumar?
�� Quais os benefícios possíveis após a cessação Quais os benefícios possíveis após a cessação do tabagismo?do tabagismo?
Pontos a considerar:Pontos a considerar:
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Objetivos geraisObjetivos gerais�� Abordagem do fumante visa: Abordagem do fumante visa:
� Aconselhamento para cessação do tabagismo
� Minimizar ou impedir agravamento das co-morbidades
� Obter uma melhor resposta terapêutica nas co-morbidades: p.ex., quimioterapia do câncer
Objetivos da AbordagemObjetivos da Abordagem
CoCo--morbidades e tabagismomorbidades e tabagismo
�� CoCo--morbidades possíveis:morbidades possíveis:�� acima de 50 patologias em todos os sistemas.acima de 50 patologias em todos os sistemas.�� várias ocorrem no sistema respiratório, seja participando várias ocorrem no sistema respiratório, seja participando
na gênese das mesmas ou as agravando.na gênese das mesmas ou as agravando.�� algumas patologias das patologias de grave algumas patologias das patologias de grave
comprometimento:comprometimento:�� Câncer de PulmãoCâncer de Pulmão�� DPOCDPOC�� AsmaAsma�� Infecções Respiratórias (+TB)Infecções Respiratórias (+TB)�� Pneumoconioses.Pneumoconioses.
CoCo--morbidades e tabagismomorbidades e tabagismo
�� Outras CoOutras Co--morbidades (muitas delas com bom morbidades (muitas delas com bom prognóstico após a cessação tabágica):prognóstico após a cessação tabágica):
�� Alveolite Fibrosante Criptogênica (Hamann Rich)Alveolite Fibrosante Criptogênica (Hamann Rich)�� Pneumonia Intersticial Descamativa (DIP)Pneumonia Intersticial Descamativa (DIP)�� Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI)Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI)�� Bronquiolite Respiratória associada a doenças intersticiais Bronquiolite Respiratória associada a doenças intersticiais �� Histiocitose X Histiocitose X �� Doenças Intersticiais Associadas a ColagenosesDoenças Intersticiais Associadas a Colagenoses
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Câncer de Pulmão e tabagismoCâncer de Pulmão e tabagismo
�� É o câncer + freqüente que padece a humanidadeÉ o câncer + freqüente que padece a humanidade�� Quase não existia em princípios do Séc. XXQuase não existia em princípios do Séc. XX�� 90% casos: provocado por tabaco (carga atribuível)90% casos: provocado por tabaco (carga atribuível)�� Morte por câncer na mulher: já tem superado o de mamaMorte por câncer na mulher: já tem superado o de mama�� Associação clara: Tabagismo passivoAssociação clara: Tabagismo passivo�� ExEx--fumantesfumantes: necessitam 10: necessitam 10--15 anos de abstinência para 15 anos de abstinência para
ter um risco de Ca Pulmão semelhante ao dos não ter um risco de Ca Pulmão semelhante ao dos não fumantes.fumantes.
�� Persistência do tabagismoPersistência do tabagismo: progressão da doença e : progressão da doença e surgimento de novas neoplasias.surgimento de novas neoplasias.
CoCo--morbidades respiratórias:morbidades respiratórias:�� As coAs co--morbidades respiratórias têm impacto:morbidades respiratórias têm impacto:
-- Expectativa de VidaExpectativa de Vida: risco de morte precoce.: risco de morte precoce.
-- Qualidade de VidaQualidade de Vida: incapacidades funcionais e : incapacidades funcionais e laborativas.laborativas.
-- Custos para o sistema produtivo, de saúde e de Custos para o sistema produtivo, de saúde e de seguridade socialseguridade social: :
-- absenteísmo & presenteísmo, farmacoterapia absenteísmo & presenteísmo, farmacoterapia contínua, aposentadoria precoce etc. contínua, aposentadoria precoce etc.
CoCo--morbidades e tabagismomorbidades e tabagismo
Câncer & TabagismoCâncer & Tabagismo
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Velocidade de declínio da função pulmonar em relação à época da cessação do tabagismo.
Adaptado de Fletcher & Peto, BMJ, 1997
Queda do VEF1.0 (ml)
20
40
100
DPOC
Fumante
Saudável
Tabagismo e DPOCTabagismo e DPOC
Adaptado de Fletcher & Peto, BMJ, 1997
�� Tratamento DPOC: Tratamento DPOC: Supressão do tabacoSupressão do tabaco�� ↑↑ sobrevivênciasobrevivência�� ↓↓ perda acelerada do VEFperda acelerada do VEF1.01.0
�� Melhora rápida: tosse e expectoraçãoMelhora rápida: tosse e expectoração�� Obstrução precoce das pequenas vias Obstrução precoce das pequenas vias
aéreas: pode ser reversível.aéreas: pode ser reversível.
Ainda que parem > 65 anos
Tabagismo e DPOCTabagismo e DPOC
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Passos no rumo da cessação:Passos no rumo da cessação:Como abordar o fumante ainda assintomático?Como abordar o fumante ainda assintomático?
�� Relacionar as coRelacionar as co--morbidades possíveis.morbidades possíveis.
�� Explorar aspectos da anamnese, exame físico e dos Explorar aspectos da anamnese, exame físico e dos exames radiológicos e funcionais.exames radiológicos e funcionais.
�� Resgatar histórias do convívio próximo e familiar d e Resgatar histórias do convívio próximo e familiar d e evolução do tabagismo e coevolução do tabagismo e co--morbidades.morbidades.
�� Encorajar o paciente a fazer uma tentativa para deix ar Encorajar o paciente a fazer uma tentativa para deix ar de fumar.de fumar.
�� Considerar os aspectos positivos da cessação.Considerar os aspectos positivos da cessação.
Estratégias de MotivaçãoEstratégias de Motivação
Passos no rumo da cessação:Passos no rumo da cessação:Como abordar o fumante já comprometido?Como abordar o fumante já comprometido?
�� Demonstrar o estágio atual das coDemonstrar o estágio atual das co--morbidadesmorbidadesrespiratórias e outras: radiologia e função pulmona r. respiratórias e outras: radiologia e função pulmona r.
�� Explorar achados da anamnese e exame físico.Explorar achados da anamnese e exame físico.
�� Resgatar histórias do próprio paciente, de seu Resgatar histórias do próprio paciente, de seu convívio próximo e familiar de evolução do tabagism o convívio próximo e familiar de evolução do tabagism o e coe co--morbidades respiratórias.morbidades respiratórias.
�� Convencer da cessação imediata do tabagismo.Convencer da cessação imediata do tabagismo.
�� Considerar os aspectos positivos da cessação.Considerar os aspectos positivos da cessação.
Estratégias de MotivaçãoEstratégias de Motivação
Passos no rumo da cessação:Passos no rumo da cessação:Como empregar as ferramentas da motivação?Como empregar as ferramentas da motivação?
�� Reconhecer o estágio de motivação em que se Reconhecer o estágio de motivação em que se encontra o paciente:encontra o paciente:
�� Paciente Paciente aindaainda não se encontra motivado: não se encontra motivado: -- prépré--contemplativo contemplativo �� abordagem mínima persistente.abordagem mínima persistente.
�� Paciente está Paciente está em processoem processo de motivação: de motivação: -- em contemplação em contemplação Abordagem Abordagem -- pronto para a ação pronto para a ação IntensivaIntensiva
Entrevista MotivacionalEntrevista Motivacional
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Os Estágios de MudançaOs Estágios de Mudança(DiClemente & Prochaska, 1982; 1992)(DiClemente & Prochaska, 1982; 1992)
O Modelo dos Estágios de O Modelo dos Estágios de MudançaMudança
Pré-contemplação
Contemplação
Preparação
Ação
Manutenção
Não está pronto para considerar uma mudança ou desconhece a necessidade de mudar; algumas vezes ironiza.
Ambivalente: A Pessoa considera e ao mesmo tempo rejeita a mudança.
Está aberto para mudar e se prepara para mudança (no próximo mês).
A Pessoa empenha-se em atitudes com intenção de promover as mudanças.
A Pessoa mantém uma situação de mudança que já alcançou.
Prochaska & DiClementeProchaska & DiClemente
Passos no rumo da cessação:Passos no rumo da cessação:Como utilizar as informações científicas no processo de Como utilizar as informações científicas no processo de
convencimento do paciente?convencimento do paciente?
�� Transmitir dados quantificados de melhora da Transmitir dados quantificados de melhora da Qualidade de Vida e do retardo das perdas funcionais Qualidade de Vida e do retardo das perdas funcionais obtidos com a cessação do tabagismo.obtidos com a cessação do tabagismo.
�� ArgumentosArgumentos: : �� Justificar a incapacidade física progressiva demonstrada Justificar a incapacidade física progressiva demonstrada
pela dispnéia, que se traduz em intenso sofrimento físico pela dispnéia, que se traduz em intenso sofrimento físico e psicológico, indagar sobre casos na família.e psicológico, indagar sobre casos na família.
�� Esclarecer o paciente sobre a possibilidade de diversas Esclarecer o paciente sobre a possibilidade de diversas doenças simultâneas: respiratórias e outras.doenças simultâneas: respiratórias e outras.
Preparando a mudança...Preparando a mudança...
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Fletcher CM & Peto R, 1977.
A doença se desenvolve progressivamente em uma parcela de fumantes (variável....), refletindo uma aceleração da perda da
função pulmonar, usualmente relacionada à idade
VE
F1
(% d
o va
lor
aos
25 a
nos)
Fuma habitualmentee é suscetível aos efeitos do cigarro
Deixou aos 45
Deixou aos 65
Incapacidade
Morte
Idade (anos)
75
50
25
025 50 75
Nunca fumou ou não é suscetível ao cigarro
100
Mecanismo de Produção da DPOC pelo Consumo de Cigarros
Passos no rumo da cessação:Passos no rumo da cessação:Como utilizar as informações científicas no processo de Como utilizar as informações científicas no processo de
convencimento do paciente?convencimento do paciente?
�� Falar sempre dos ganhosFalar sempre dos ganhos que são significativos, mesmo que são significativos, mesmo que limitados para cada paciente, na dependência de:que limitados para cada paciente, na dependência de:
�� Tipo de coTipo de co--morbidademorbidade�� Extensão do processoExtensão do processo�� Tempo de evolução.Tempo de evolução.
Benefícios com a cessação...Benefícios com a cessação...
Benefícios com a cessação...Benefícios com a cessação...
�� Entre os benefícios auferidos com a supressão do tabaco estão:Entre os benefícios auferidos com a supressão do tabaco estão:�� Aumento da sobrevida; Aumento da sobrevida;
�� Redução da perda acelerada do VEF1;Redução da perda acelerada do VEF1;
�� Melhora rápida da tosse e expectoração;Melhora rápida da tosse e expectoração;
�� Obstrução precoce das pequenas vias aéreas que pode ser reversível; eObstrução precoce das pequenas vias aéreas que pode ser reversível; e
�� Melhora da qualidade de vida (autonomia)Melhora da qualidade de vida (autonomia)
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Parar de fumar é sempre bom para a respiração.
“Quanto mais cedo ocorrer a cessação do tabagismo menor será a perda do VEF1; a obstrução das pequenas vias aéreas pode
ser reversível ou se estabilizar; há rápida melhora da tosse e da expectoração e aumenta o tempo de sobrevida”.
“Um otimista vê uma oportunidade em cada calamidade. Um pessimista vê uma calamidade em cada oportunidade”. Winston CHURCHILL, estadista.
Decálogo da cessação...Decálogo da cessação...�� Grau de Dependência (Fagerström): Tempo fumar o 1º cig. e No. cig./dia.Grau de Dependência (Fagerström): Tempo fumar o 1º cig. e No. cig./dia.
�� Estágio de MotivaçãoEstágio de Motivação
�� Motivos para deixar de fumarMotivos para deixar de fumar
�� Situações de risco vs. habilidadesSituações de risco vs. habilidades
�� Grau de autoGrau de auto--eficáciaeficácia
�� Tentativas anteriores (relapsos, recaídas)Tentativas anteriores (relapsos, recaídas)
�� CoCo--morbidades vs. potenciais riscos e interaçõesmorbidades vs. potenciais riscos e interações
�� Rede de apoioRede de apoio
�� Disposição de investir no tratamento (compromisso, Disposição de investir no tratamento (compromisso,
aquisição e uso adequado das orientações e fármacos)aquisição e uso adequado das orientações e fármacos)
�� Grau de Acolhimento/compromisso do médicoGrau de Acolhimento/compromisso do médico
1. Durante quanto tempo, logo após acordar, você fuma o 1º cigarro?
���� Dentro de 5min ���� Entre 6-30min ���� Entre 31-60min ���� Após 60min
2. Para você é difícil não fumar em lugares proibidos?
���� Sim ���� Não
3. Qual dos cigarros que fuma durante o dia lhe dá mais satisfação?
���� O 1º da manhã ���� Os outros
4. Quantos cigarros você fuma por dia?
���� Menos de 10 ���� De 11-20 ���� De 21-30 ���� Mais de 31
5. Você fuma com mais frequência pela manhã?
���� Sim ���� Não
6. Você fuma mesmo doente, quando precisa ficar acamado a maior parte do tempo?
���� Sim ���� Não
����Total: [0-2] Muito baixa [3-4] Baixa [5] Média [6-7] Elevada [8-10] Muito elevada
Escala de Dependência à Nicotina de Fagerström
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Acróstico ENCORAJAR: os verbetes fundamentais Acróstico ENCORAJAR: os verbetes fundamentais no aconselhamento (AjA, Pulmão no aconselhamento (AjA, Pulmão –– RJ, 2008).RJ, 2008).
� Explore: aspectos da anamnese, do exame físico e dos exames radiológicos e funcionais
� Notifique o paciente, de forma enfática, acerca dos aspectos positivos da cessação (benefícios, isto é muito importante!)
� Comente sobre a evolução do tabagismo e o risco de co-morbidades
� Ouça o paciente com atitude respeitosa e acolhimento� Relacione as possíveis co-morbidades porventura já existentes
� Avalie os motivos prós e contras para deixar de fumar (balança de decisão)
� Justifique as opções terapêuticas baseadas em evidências
� Apóie o paciente na tentativa para deixar de fumar� Resgate histórias do convívio próximo e familiar com fumantes
�� Considerar Sempre a Preferência do pacienteConsiderar Sempre a Preferência do paciente�� Melhores resultados são obtidos quando:Melhores resultados são obtidos quando:
�� associada a terapia cognitivoassociada a terapia cognitivo--comportamentalcomportamental�� paciente está (ou é) motivado a pararpaciente está (ou é) motivado a parar�� médico tem atitude empática, acolhimentomédico tem atitude empática, acolhimento�� duração de acordo com as necessidadesduração de acordo com as necessidades�� quando há uma boa rede de apoio social/familiar quando há uma boa rede de apoio social/familiar
�� CustoCusto--efetividade das alternativasefetividade das alternativas�� custo das medicações vs. custo do cigarrocusto das medicações vs. custo do cigarro�� MBE comparada ao placebo e entre si. MBE comparada ao placebo e entre si.
Princípios da Abordagem Terapêutica do Fumante
Passos no rumo da cessação: Prós e Contras Passos no rumo da cessação: Prós e Contras –– Jogo d a Jogo da Balança de Decisão do Paciente.Balança de Decisão do Paciente.
Para o êxito do tratamento é necessário que o pacie nte Para o êxito do tratamento é necessário que o pacie nte esteja consciente e convencido dos:esteja consciente e convencido dos:
�� malefícios do tabaco.malefícios do tabaco.�� ganhos, em geral, com a cessação.ganhos, em geral, com a cessação.�� riscos de seguir fumando.riscos de seguir fumando.�� implicações para sua qualidade de vida com a progressão implicações para sua qualidade de vida com a progressão
e ou agravamento da doença de base.e ou agravamento da doença de base.�� benefícios no tratamento da sua patologia de base benefícios no tratamento da sua patologia de base
independente do tipo e do estágio em que se encontra.independente do tipo e do estágio em que se encontra.
Abordagem do fumante com Abordagem do fumante com pneumopatia... pneumopatia... (1)(1)
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Passos no rumo da cessação: Construindo um protocol o Passos no rumo da cessação: Construindo um protocol o para o paciente fumante com pneumopatia.para o paciente fumante com pneumopatia.
Para o êxito do tratamento é necessário que o médic o Para o êxito do tratamento é necessário que o médic o esteja consciente e preparado:esteja consciente e preparado:
�� realizar sempre abordagem intensivarealizar sempre abordagem intensiva�� eixo comportamental associado a farmacoterapia, inclusive eixo comportamental associado a farmacoterapia, inclusive
para redução gradual do consumopara redução gradual do consumo: TRN, BUP, VAR : TRN, BUP, VAR �� pode requerer maior tempo de seguimentopode requerer maior tempo de seguimento�� via de regra existe elevado grau de dependênciavia de regra existe elevado grau de dependência�� pode envolver longo tempo de tabagismo, carga tabágica pode envolver longo tempo de tabagismo, carga tabágica
elevada e alto grau de dependência.elevada e alto grau de dependência.
Abordagem do fumante com Abordagem do fumante com pneumopatia... pneumopatia... (2)(2)
Taxas de Efetividade e Abstinência para várias medicações comparadas ao placebo, após 6 meses de cessação
Meta-análise: � No. de Estudos: 83� Ano: 2008
� Estimativas: ODDS ratio (95% C.I.) e Taxa de Abstinê ncia (95% C.I.)
Monoterapias ODDS Ratio Abstinência Vareniclina (2 mg/day) ���� 3.1 (2.5–3.8) 33.2 (28.9–37.8) Vareniclina (1 mg/day) ���� 2.1 (1.5–3.0) 25.4 (19.6–32.2) Clonidina ���� 2.1 (1.2–3.7) 25.0 (15.7–37.3) Bupropiona SR ���� 2.0 (1.8–2.2) 24.2 (22.2–26.4) Nortriptilina ���� 1.8 (1.3–2.6) 22.5 (16.8–29.4)
Antidepressivos � 2.0 (1.2–3.4) 24.3 (16.1–35.0)(paroxetina, venlafaxina)
Medicações que não demonstram ser efetivas: ISRS ���� 1.0 (0.7–1.4) 13.7 (10.2–18.0) Naltrexone: ���� 0.5 (0.2–1.2) 7.3 (3.1–16.2)
Fiore et al. Meta-analysis (2008): Effectiveness an d abstinence rates for various medications and medication combinations compared to placebo at 6- months post quit (n = 83 studies).
Tobacco Guidelines Update, Surgeon General, 2008.
Passos no rumo da cessação: Construindo um protocol o Passos no rumo da cessação: Construindo um protocol o para o paciente fumante com pneumopatia.para o paciente fumante com pneumopatia.
Para encorajar o paciente quanto a uma cessação Para encorajar o paciente quanto a uma cessação imediata o médico deve:imediata o médico deve:
�� ilustrar os riscos do tabagismo ativo e passivoilustrar os riscos do tabagismo ativo e passivo
�� traduzir em linguagem fácil e acessível os “ganhos” já bem traduzir em linguagem fácil e acessível os “ganhos” já bem documentados na literatura científica.documentados na literatura científica.
�� entregar ao paciente um folheto dos ganhos a serem entregar ao paciente um folheto dos ganhos a serem auferidos com a “aplicação” em parar de fumar.auferidos com a “aplicação” em parar de fumar.
Abordagem do fumante com Abordagem do fumante com pneumopatia... pneumopatia... (3)(3)
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Passos no rumo da cessação: Construindo um protocol o Passos no rumo da cessação: Construindo um protocol o para o paciente fumante com pneumopatia.para o paciente fumante com pneumopatia.
Para encorajar o paciente quanto a uma cessação Para encorajar o paciente quanto a uma cessação imediata o médico deve:imediata o médico deve:
�� valorizar pequenos avanços do paciente que já se valorizar pequenos avanços do paciente que já se encontra em processo de redução.encontra em processo de redução.
�� indagar sobre períodos eventuais de abstinência no indagar sobre períodos eventuais de abstinência no passado e benefícios percebidos outrora;passado e benefícios percebidos outrora;
�� dar exemplos ou mostrar depoimentos de pacientes na dar exemplos ou mostrar depoimentos de pacientes na mesma situação que deixaram de fumar.mesma situação que deixaram de fumar.
Abordagem do fumante com Abordagem do fumante com pneumopatia... pneumopatia... (4)(4)
Revisão Cochrane: Metanálise
� 10 Estudos
� 3.760 pacientes
� Taxas de Abstinência similares ao comparar parada Abrupta vs. Gradual.
� Autores recomendam:
1) A escolha da estratégia seja discutida com o paciente;
2) Se for gradual, não durar mais que
algumas semanas.
Tipos de parada: evidências científicas
Lindson N, Aveyard P, Hughes JR. Reduction versus abrupt cessation in smokers who want to quit. Cochr ane
Database Syst Rev. 2010 (3):CD008033.
Passos no rumo da cessação: Construindo um protocol o Passos no rumo da cessação: Construindo um protocol o para o paciente fumante com DPOC.para o paciente fumante com DPOC.
�� coco--morbidade respiratória de maior incidência.morbidade respiratória de maior incidência.�� diminuição da frequência e gravidade das exacerbações.diminuição da frequência e gravidade das exacerbações.�� possível estabilização no estágio em que se encontra. possível estabilização no estágio em que se encontra. �� efeito benéfico na função ventilatória: retardo nas perdas efeito benéfico na função ventilatória: retardo nas perdas
funcionais (VEFfuncionais (VEF1.01.0 e FEFe FEF2525--75)75)..�� melhora dos sintomas: redução da intensidade e melhora dos sintomas: redução da intensidade e
desconforto.desconforto.�� redução do risco de reredução do risco de re--hospitalização devido a hospitalização devido a
exacerbações da DPOC.exacerbações da DPOC.
DPOC: um modelo de cessação...DPOC: um modelo de cessação... (1)(1)
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�� Epidemiologia:Epidemiologia:-- 15% dos fumantes desenvolvem DPOC15% dos fumantes desenvolvem DPOC-- 85% dos casos de DPOC são de origem tabágica85% dos casos de DPOC são de origem tabágica-- 5ª. > causa de internação no SUS em > 40 anos.5ª. > causa de internação no SUS em > 40 anos.
�� Índice de Mortalidade no Brasil vem Índice de Mortalidade no Brasil vem ↑ ↑ nos últimos 20 nos últimos 20 anos.anos.
�� Mortalidade: DPOC Mortalidade: DPOC �� 4ª.à 7ª. Posição entre as 4ª.à 7ª. Posição entre as principais causas de morte no Brasil.principais causas de morte no Brasil.
�� Taxa de Mortalidade:Taxa de Mortalidade: 7.88 / 100.000 habitantes (década 7.88 / 100.000 habitantes (década de 1980), de 1980), em 10 anos elevouem 10 anos elevou--se em 340% se em 340%
DPOC: aspectos epidemiológicos... DPOC: aspectos epidemiológicos...
�� Tratamento DPOC: Tratamento DPOC: Supressão do tabacoSupressão do tabaco�� ↑↑ sobrevivênciasobrevivência�� ↓↓ perda acelerada do VEFperda acelerada do VEF1.01.0
�� Melhora rápida: tosse e expectoraçãoMelhora rápida: tosse e expectoração�� Obstrução precoce das pequenas vias Obstrução precoce das pequenas vias
aéreas: pode ser reversível.aéreas: pode ser reversível.
Ainda que parem > 65 anos
Tabagismo e DPOCTabagismo e DPOC
�� Melhora Melhora da qualidade de vida (QV):da qualidade de vida (QV):�� testes a cada 6 meses (SGRQ): redução dos testes a cada 6 meses (SGRQ): redução dos
sintomas, das exacerbações, internações e gastos.sintomas, das exacerbações, internações e gastos.
�� pponderar com o paciente que a cessação tabágica onderar com o paciente que a cessação tabágica aliada a outros procedimentos terapêuticos podem aliada a outros procedimentos terapêuticos podem melhorar sua QV.melhorar sua QV.
QV: QV: quantificação do “quantificação do “impacto da doença nas impacto da doença nas atividades de vida diária e bematividades de vida diária e bem--estar do paciente de estar do paciente de maneira formal e padronizada” maneira formal e padronizada” ou ainda, como ou ainda, como
“a diferença entre aquilo que é desejável pelo “a diferença entre aquilo que é desejável pelo paciente perante aquilo que pode ser alcançado”.paciente perante aquilo que pode ser alcançado”.
Tabagismo, DPOC e QVTabagismo, DPOC e QV
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�� Questionários padronizados. Questionários padronizados. �� Comparação objetiva do impacto de intervenções Comparação objetiva do impacto de intervenções
utilizadas na DPOC.utilizadas na DPOC.�� Resultado: em números absolutos e percentuais. Resultado: em números absolutos e percentuais. �� Validados para o Brasil Validados para o Brasil -- questionários:questionários:
-- genéricos: Short Form 36 ou SF36 e SF 12genéricos: Short Form 36 ou SF36 e SF 12-- específicos: Saint George na Doença Respiratóespecíficos: Saint George na Doença Respirató--
ria (SGRQ).ria (SGRQ).-- Questionário de Vias Aéreas 20 (AQ20). Questionário de Vias Aéreas 20 (AQ20).
Tabagismo, DPOC e QVTabagismo, DPOC e QV
↓↓ riscos de complicaçõesriscos de complicações no per e pós operatório imediato: casos de no per e pós operatório imediato: casos de cirurgia geral, quando observada abstinência mínima de 8 semanas. cirurgia geral, quando observada abstinência mínima de 8 semanas. Período inferior eleva em 7 vezes.Período inferior eleva em 7 vezes.
Estudos avaliando Estudos avaliando portadores de DPOCportadores de DPOC com VEFcom VEF1.0 1.0 < 50% do < 50% do previsto x complicação pulmonar:previsto x complicação pulmonar:
-- 29% após cirurgia geral29% após cirurgia geral
-- 56% após cirurgia abdominal56% após cirurgia abdominal
-- 60% após revascularização miocárdica60% após revascularização miocárdica
Outro estudo recente avaliando os mesmos parâmetros evidenciou:Outro estudo recente avaliando os mesmos parâmetros evidenciou:
-- 37 % de complicações pulmonares37 % de complicações pulmonares
-- 6.7% de mortalidade 6.7% de mortalidade
Diminuição da dificuldade para respirar (dispnéia).Diminuição da dificuldade para respirar (dispnéia).
↓↓nível de Monóxido de Carbono e da Carboxihemoglobina no sangue.nível de Monóxido de Carbono e da Carboxihemoglobina no sangue.
Revisão de estudos científicosRevisão de estudos científicos
Cirurgias abdominais: Cirurgias abdominais: andar superiorandar superior x x inferior:inferior:
-- taxas de complicações maiorestaxas de complicações maiores-- redução da função pulmonar maiorredução da função pulmonar maior
Cirurgia cardíaca em portadores de DPOC:Cirurgia cardíaca em portadores de DPOC:-- taxa de morbidade no PO 1.5 a 2 vezestaxa de morbidade no PO 1.5 a 2 vezesem relação à população sem DPOCem relação à população sem DPOC
Revisão de estudos científicosRevisão de estudos científicos
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RILEY, DJ RILEY, DJ –– Pulmonary and Critical CarePulmonary and Critical Care-- American College of Ch est American College of Chest Physicians, 2002, Lesson 16, Volume 16.Physicians, 2002, Lesson 16, Volume 16.
�� FollowFollow--up: 2 anos, 30% mantinhamup: 2 anos, 30% mantinham--se abstêmios, se abstêmios, abordagem intensiva com TRN + Bupropiona.abordagem intensiva com TRN + Bupropiona.
�� Redução da quantidade fumada levou a um menor Redução da quantidade fumada levou a um menor declínio da função pulmonar.declínio da função pulmonar.
�� 3 estudos quantificaram os efeitos do fumo:3 estudos quantificaram os efeitos do fumo:1) redução da obstrução da pequena via aérea1) redução da obstrução da pequena via aérea
após 1 ano.após 1 ano.2) evidenciou melhora do VEF2) evidenciou melhora do VEF1.01.0
3) período de 5 anos, reduzindo para 15 cigarros/dia3) período de 5 anos, reduzindo para 15 cigarros/diamostrou melhora do VEFmostrou melhora do VEF1.01.0
Estudos selecionadosEstudos selecionados
REKHUIZEN, R REKHUIZEN, R –– (Nijmegen, Holanda) (Nijmegen, Holanda) –– citado no 13citado no 13°°Congresso Anual Congresso Anual ERS ERS –– Viena, 2003 Viena, 2003 –– Estresse Oxidativo na DPOC.Estresse Oxidativo na DPOC.
�� Estudo indicou numerosos processos reativos do OEstudo indicou numerosos processos reativos do O22 presentes na presentes na DPOCDPOC-- Fumaça do cigarro contém muitas substâncias reativas Fumaça do cigarro contém muitas substâncias reativas -- Neutrófilos nos pulmõesNeutrófilos nos pulmões-- Redução da glutadiona celular (AO)Redução da glutadiona celular (AO)
�� EEstresse oxidativo: proliferação de células musculares lisas stresse oxidativo: proliferação de células musculares lisas afetando a parede dos brônquios: afetando a parede dos brônquios: -- Estimula produção da secreçãoEstimula produção da secreção
-- Reduz ação da função dos BetaReduz ação da função dos Beta--bloqueadores.bloqueadores.-- Ativa os mastócitosAtiva os mastócitos-- Estimula a contração dos vasos pulmonaresEstimula a contração dos vasos pulmonares
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REKHUIZEN, R REKHUIZEN, R –– (Nijmegen, Holanda) (Nijmegen, Holanda) –– citado no 13citado no 13°°Congresso Congresso Anual ERS Anual ERS –– Viena, 2003 Viena, 2003 –– Estresse Oxidativo na DPOC.Estresse Oxidativo na DPOC.
�� Estresse oxidativo: Estresse oxidativo: �� Estimula a contração dos vasos pulmonares.Estimula a contração dos vasos pulmonares.�� ↓↓ a ação proteases, produção do colágeno e elastasea ação proteases, produção do colágeno e elastase�� ↑↑ a adesão de polimorfonucleares ao endotélioa adesão de polimorfonucleares ao endotélio�� ↑↑ da permeabilidade da microcirculação pulmonar e das da permeabilidade da microcirculação pulmonar e das
células epiteliais alveolares.células epiteliais alveolares.
Conclusão: Os fatos acima colaboram para as Conclusão: Os fatos acima colaboram para as exacerbações e progressão da DPOC.exacerbações e progressão da DPOC.
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ROSEMBERG J.ROSEMBERG J.-- Tratamento da Dependência da Nicotina . Tratamento da Dependência da Nicotina. Nicotina Nicotina -- Droga Universal 2003:209Droga Universal 2003:209--210210 . .
�� Fumantes com DPOC: grupo de eleição para o Fumantes com DPOC: grupo de eleição para o tratamento de cessação de fumar.tratamento de cessação de fumar.
�� Em geral são dependentes em alto grau.Em geral são dependentes em alto grau.
�� Deixar de fumar é a melhor terapêutica.Deixar de fumar é a melhor terapêutica.
�� Embora sem cura, existe possibilidade de melhora Embora sem cura, existe possibilidade de melhora sintomáticas, da QV e aumento de esperança de vida.sintomáticas, da QV e aumento de esperança de vida.
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ROSEMBERG J.ROSEMBERG J.-- Tratamento da Dependência da Nicotina . Tratamento da Dependência da Nicotina. Nicotina Nicotina -- Droga Universal 2003:209Droga Universal 2003:209--210210 . .
�� A cessação tabágica ou a redução significativa do A cessação tabágica ou a redução significativa do consumo de cigarros auxiliado por apoio farmacológico consumo de cigarros auxiliado por apoio farmacológico = TRN + Bupropiona traz benefícios:= TRN + Bupropiona traz benefícios:
�� ↓↓ o desconforto respiratórioo desconforto respiratório�� ↓ ↓ o nível de CO expiradoo nível de CO expirado�� ↓↓ a concentração de carboxihemoglobinaa concentração de carboxihemoglobina�� Melhoram os parâmetros da capacidade pulmonar: Melhoram os parâmetros da capacidade pulmonar:
VEF1 e do FEF 25VEF1 e do FEF 25--75%.75%.�� Tradução clínica: relativa melhora sintomática/QV.Tradução clínica: relativa melhora sintomática/QV.
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GAN WO et col GAN WO et col –– The interactions between cigarette smoking and The interactions between cigarette smoking and reduced lung function on systemic inflamation. St. Paul’s Hospital, reduced lung function on systemic inflamation. St. Paul’s Hospital, Vancouver, BC Vancouver, BC –– CanadaCanada-- Chest, 2005 Feb;127(2):558Chest, 2005 Feb;127(2):558--64.64.
�� N = 7.685N = 7.685 adultos > 40 anos de idade.� Estudo comparando fumantes e não fumantes.studo comparando fumantes e não fumantes.�� Observado efeito aditivo do fumo ativo e marcadores Observado efeito aditivo do fumo ativo e marcadores
inflamatórios sistêmicos.inflamatórios sistêmicos.-- PCR: PCR: ↑↑ risco de elevar o nível até 63% (OR: 1.63; risco de elevar o nível até 63% (OR: 1.63; IC: 95%)IC: 95%)-- FEV1.0: FEV1.0: ↓↓ (OR: 2.27; IC: 95%)(OR: 2.27; IC: 95%)
�� 2 fatores de risco (fumo e 2 fatores de risco (fumo e ↓↓ FEV1.0) eleva a OR: 3.31 FEV1.0) eleva a OR: 3.31 (IC 95%).(IC 95%).
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PELKONEN M et col. PELKONEN M et col. –– Smoking cessation, decline in pulmonary function Smoking cessation, decline in pulmonary function and total mortality: a 30 year follow up study amon g the Finnish cohorts of and total mortality: a 30 year follow up study amon g the Finnish cohorts of the Seven Countries Studythe Seven Countries Study-- Thorax 2001;56:703Thorax 2001;56:703--707707-- Finland.Finland.
�� A cessação tabágica permanente reduz a perda da fun ção A cessação tabágica permanente reduz a perda da fun ção pulmonar. pulmonar.
�� Foram examinados: associação entre tabagismo, declí nio da Foram examinados: associação entre tabagismo, declí nio da função pulmonar e mortalidade.função pulmonar e mortalidade.
�� Estudo followEstudo follow--up de 30 anos, com reup de 30 anos, com re--exames em 5 ocasiões exames em 5 ocasiões (1964 a 2000), homens, N = 1711, idade de 40(1964 a 2000), homens, N = 1711, idade de 40--59 an os.59 anos.
�� Mostrou significativos benefícios na parada permane nte Mostrou significativos benefícios na parada permane nte quando o tabagismo foi curto: efeitos parcialmente reversíveis quando o tabagismo foi curto: efeitos parcialmente reversíveis ou até normalizados (broncoconstricção e efeitos ou até normalizados (broncoconstricção e efeitos inflamatórios).inflamatórios).
�� Em contraste, paradas intermitentes mantém contínuo estímulo Em contraste, paradas intermitentes mantém contínuo estímulo da resposta inflamatória o que leva a profundas a lterações da resposta inflamatória o que leva a profundas a lterações funcionais e anatômicas dos pulmões.funcionais e anatômicas dos pulmões.
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PELKONEN M et col. PELKONEN M et col. –– Smoking cessation, decline in pulmonary function and Smoking cessation, decline in pulmonary function an d total mortality: a 30 year follow up study among th e Finnish cohorts of the total mortality: a 30 year follow up study among th e Finnish cohorts of the Seven Countries StudySeven Countries Study-- Thorax 2001;56:703Thorax 2001;56:703--707707-- Finland.Finland.
�� Durante os primeiros 15 anos, N = 1007Durante os primeiros 15 anos, N = 1007
análise do FEVanálise do FEV0.750.75 : perdas de ...: perdas de ...
�� Nunca fumaram = 46.4 ml/anoNunca fumaram = 46.4 ml/ano
�� Passado de tabagismo = 49.3 ml/anoPassado de tabagismo = 49.3 ml/ano
�� Parada permanente = 55.5 ml/anoParada permanente = 55.5 ml/ano
�� Parada intermitente = 55.5 ml/anoParada intermitente = 55.5 ml/ano
�� Tabagismo contínuo = 66.0 ml/anoTabagismo contínuo = 66.0 ml/ano
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SCANLON PD et al. Smoking Cessation and Lung Funct ion in MildSCANLON PD et al. Smoking Cessation and Lung Funct ion in Mild--toto--Moderate Chronic Obstructive Pulmonary Disease. Am. J. Respir. Crit. Moderate Chronic Obstructive Pulmonary Disease. Am. J. Respir. Crit. Care Med., Volume 161,Number 2, February 2000, 381Care Med., Volume 161,Number 2, February 2000, 381- -390.390.
�� Estudo clínico prospectivo randomizado, n = 3.926, média de Estudo clínico prospectivo randomizado, n = 3.926, média de idade 48.5, 36% mulheres.idade 48.5, 36% mulheres.
�� Medidas da função pulmonar anuais x 5 anos, participantes Medidas da função pulmonar anuais x 5 anos, participantes que cessaram tiveram melhora no ano seguinte: 47 ml ou 2%.que cessaram tiveram melhora no ano seguinte: 47 ml ou 2%.
�� Sintomas respiratórios Sintomas respiratórios não são preditoresnão são preditores das alterações das alterações da função pulmonar.da função pulmonar.
�� Fumantes com obstrução das vias aéreas são Fumantes com obstrução das vias aéreas são beneficiados com a cessação apesar de:beneficiados com a cessação apesar de: passado de passado de tabagismo intenso, idade avançada, função pulmonar < tabagismo intenso, idade avançada, função pulmonar < teóricos mínimos ou hiperresponsividade de vias aéreas. teóricos mínimos ou hiperresponsividade de vias aéreas.
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BURCHFIEL CM et al. BURCHFIEL CM et al. –– Effects of smoking and somoki ng cessationEffects of smoking and somoking cessationon longitudinal decline in pulmonary function on longitudinal decline in pulmonary function –– Am. J. Respir. Crit. Care Am. J. Respir. Crit. Care Med., Vol 151, No. 6, 06 1995, 1778Med., Vol 151, No. 6, 06 1995, 1778--1785.1785.
�� Analisa o declínio da função pulmonar (FEVAnalisa o declínio da função pulmonar (FEV1.01.0) ) �� N = 4.451 homens, com idade variando entre 45 e 68 N = 4.451 homens, com idade variando entre 45 e 68
anos, no período de 1965 anos, no período de 1965 –– 1968.1968.�� O declínio variou com o O declínio variou com o status status do fumante (intensidade do fumante (intensidade
x tempo) e a idade.x tempo) e a idade.�� Comparando com o queComparando com o que nunca fumoununca fumou::
-- fumante contínuo: fumante contínuo: -- 34 ml/ano34 ml/ano-- nunca fumou : nunca fumou : -- 21 ml/ano 21 ml/ano
Estudos selecionadosEstudos selecionados
�� A abordagem do paciente para a cessação tabágica A abordagem do paciente para a cessação tabágica com seu sistema respiratório já comprometido é sempre com seu sistema respiratório já comprometido é sempre gratificante, ainda que seja uma tarefa difícil.gratificante, ainda que seja uma tarefa difícil.
�� As informações científicas As informações científicas sobre os danos do tabaco e sobre os danos do tabaco e os benefícios da cessaçãoos benefícios da cessação podem auxiliar o paciente a podem auxiliar o paciente a refletir no risco crescente pela persistência do uso do refletir no risco crescente pela persistência do uso do tabaco e a conseqüente piora do seu prognóstico.tabaco e a conseqüente piora do seu prognóstico.
�� Cada consulta, visita ou telefonema é sempre uma boa Cada consulta, visita ou telefonema é sempre uma boa oportunidade de renovar o apreço e aumentar a oportunidade de renovar o apreço e aumentar a conscientização do paciente para iniciar a cessação.conscientização do paciente para iniciar a cessação.
Conclusões (Conselhos)Conclusões (Conselhos)
�� O pneumologista dispõe de meios práticos e objetivos O pneumologista dispõe de meios práticos e objetivos para “dar uns toques” no seu paciente quanto a deixar para “dar uns toques” no seu paciente quanto a deixar de fumar: espirometria, radiografia, ausculta, sintomas.de fumar: espirometria, radiografia, ausculta, sintomas.
�� Estabelecer uma relação direta e ativa com o paciente Estabelecer uma relação direta e ativa com o paciente demonstrando e sinalizando quanto às alterações já demonstrando e sinalizando quanto às alterações já observadas no seus exames clínicos e laboratoriais é observadas no seus exames clínicos e laboratoriais é uma medida que pode encorajar o paciente a mudar de uma medida que pode encorajar o paciente a mudar de estágio de motivação.estágio de motivação.
�� O paciente com pneumopatia e ainda refratário à idéia O paciente com pneumopatia e ainda refratário à idéia de começar um programa de cessação pode ser de começar um programa de cessação pode ser orientado a praticar uma redução do número de cigarros.orientado a praticar uma redução do número de cigarros.
Conclusões (Conselhos)Conclusões (Conselhos)
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�� As pneumopatias, em geral, exigem acompanhamento As pneumopatias, em geral, exigem acompanhamento durante toda a vida, com o tabagismo a situação é similar: durante toda a vida, com o tabagismo a situação é similar: paciência, tolerância, interesse e insistência bem dosadas paciência, tolerância, interesse e insistência bem dosadas podem fazer a diferença na ajuda a seu paciente. podem fazer a diferença na ajuda a seu paciente.
�� A autoA auto--avaliação na questão conforto respiratório e na avaliação na questão conforto respiratório e na qualidade de vida do paciente baseado nos dados qualidade de vida do paciente baseado nos dados recebidos através da abordagem intensiva poderá ser recebidos através da abordagem intensiva poderá ser decisiva para a cessação, até com chance de ocorrer de decisiva para a cessação, até com chance de ocorrer de forma abrupta. forma abrupta.
�� O pneumologista deve sempre socorrer seu paciente em O pneumologista deve sempre socorrer seu paciente em situações de abstinência “compulsória”: viagens, cirurgia e situações de abstinência “compulsória”: viagens, cirurgia e hospitalizações, ainda que ele não queira parar de fumar no hospitalizações, ainda que ele não queira parar de fumar no momento.momento.
Conclusões (Conselhos)Conclusões (Conselhos)
Viver!Viver!Sem terSem terQue precocemente perecerQue precocemente perecerNem esperar sofrer Nem esperar sofrer Ao envelhecer...Ao envelhecer...
Viver!Viver!Libertar o serLibertar o serDa nDa néévoa que impede vervoa que impede verA qualidade do viverA qualidade do viverAo depender...Ao depender...
Viver!Viver!Renovar a cada amanhecerRenovar a cada amanhecerSem precisar padecerSem precisar padecerNem os riscos temerNem os riscos temerE alcanE alcan ççar o teu entardecer...ar o teu entardecer...
Viver!Viver!O aroma vital perceberO aroma vital perceberAr puro nos alvAr puro nos alv ééolos difundir olos difundir E das tragadas esquecerE das tragadas esquecerE buscar o teu renascer...E buscar o teu renascer...
AraAraúújo AJ., 29/8/2001jo AJ., 29/8/2001
"As coisas que realizamos nunca são tão belas,quanto aquelas que sonhamos!
Mas, às vezes, nos acontecem coisas tão belas que nunca pensamos em sonhá-las!”
AjAraújo.
Manual do Tabagismo da SBPT