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Curso de Artes Plásticas e Multimédia Atelier III 2º Ano |1º Semestre Nome: António Peleja N.º de aluno: 9964 DOSSIER DE PROJECTO

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Dossier de Projecto para a Unidade Curricular Atelier III

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APM - Ate l ier I I I - António Pele ja 996417 | Janeiro | 2012 1

Curso de Artes Plásticas e Multimédia

Atelier III

2º Ano |1º Semestre

Nome: António Peleja

N.º de aluno: 9964

DOSSIER DE PROJECTO

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Era como se de um dia de Verão se tratasse o céu estava limpo e o calor fustigava-nos a pele, deambulá-mos pela mata aqui bem perto do IPBEJA o objectivo já tinha sido traçado anteriormente, em sala de aula, recolher um objecto para a Unidade Curricular Artes Plásticas III, um objecto que seria alvo de um estudo bi e tridimensional.

Depois de percorrer durante algum tempo o espaço tanto em círculos como em linhas paralelas, uma ideia aflorou na minha mente, e de pronto a coloquei em prática, recolher de uma das árvores que por ali habitam um pouco da pele que as reveste, escolhi o objecto por entre milhares que se me depararam, pois tentei logo fazer a selecção no local tendo em conta que de seguida além do molde perdido teria que criar um objecto que desenvolve-se a capacidade criativa e comunicação de ideias e assim foi.

A árvore escolhida foi esta

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E logo na ideia depois de fotografada ficou a necessidade de um dia lá voltar já com a peça acabada e ali naquele mes-mo sítio a colocar para seguidamente fotografar.

Regressados à sala de aula, foi altura de analisar a peça olhá-la de cima e de baixo dos lados e de frente, perceber a sua forma o seu volume. Naquele dia ficámo-nos por ali…

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Já com o material adquirido, barro, gesso, teques, avental e espátulas, há que colocar a mão na massa, primei-ramente optei por retirar um pedaço de barro que desse para preencher o espaço da peça, de seguida dei-lhe uma forma bidimensional e só depois comecei a fase de enchimento para criar volume e conferir à peça o seu aspecto real e tridimensional.

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Passada este fase e depois de a peça estar definida começou a fase de lhe conferir textura, nessa fase socorri-me de vários objectos, espá-tulas de desenho, escovas de dentes, teques etc..

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Depois de dar a peça por concluída havia a necessidade de avançar, a fase seguinte consistia numa primeira camada de gesso sobre a peça, gesso que devia conter um pigmento para se diferenciar de uma outra camada que seria colocada posteriormente. Nesta fase o gesso deve ter uma con-sistência que permita que ele alcance facilmente todas as reentrâncias e fissuras que a peça tenha de modo a que esta fique totalmente coberta e em todos os pontos em contacto com o barro,

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Esta camada deve ter cerca de 5mm, finalizado o processo, devemos rapidamente lavar e limpar os uten-sílios que utilizámos e esperar que o barro seque de forma a que se possa colocar a segunda camada.

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Esta segunda camada é de gesso branco e já pode ter uma consistência maior em relação à primeira, é uma camada de protecção e de suporte da peça antes do enchimento. Segui-damente deixamos secar para numa terceira fase procedermos à remoção do barro de dentro do molde.

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Durante o processo de remoção do barro há a necessidade de se ter muito cuidado para não ferir as paredes do molde, dado que se tal acontecer quando se proceder ao enchimento essas falhas farão parte do objecto final o que não é de todo bom.

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Retirado todo o barro do interior da peça temos que com uma mistura de sabão e água criar uma pasta que pincelamos (cuidadosamente para não retirar as texturas da peça) por toda a peça de uma forma consistente e ocupando todas a suas reentrâncias para que quando estivermos na fase de partir o molde este se separe facilmente da peça. Passada esta fase esperamos que a solução seque, reparem que fica com uma consistência gordurosa o que é bastante bom, antes do enchimento temos que nivelar bem a peça e segurá-la de modo a que durante o processo de enchimento não caia

De seguida fazemos mais gesso desta vez deve ficar líquido o sufi-ciente para conseguir entrar em todas as ranhuras da peça este liquido deve ser vertido para dentro da peça de uma forma consistente e lenta de modo a permitir que este ocupe todos os espaços e não se formem bolhas de ar, é um processo demorado e que requer paciência mas dele depende o sucesso da peça.

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Depois deste passo temos que esperar que a peça seque total-mente, de seguida com o auxílio de uma folha de serra retiramos o execesso de gesso que resultou do enchimento de modo a que se fique com uma base totalmente plana, e só depois de esta base estar assente em panos de modo a servirem de amortecedores às pancadas conferidas à peça é que podemos começar a partir o gesso com segurança.

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Neste processo utilizamos um maço de madeira e um escopo as pancadas de ver ser secas e firmes e o gesso deve ser retirado cuida-dosamente estudando a peça a cada pancada para evitar que se criem rachadelas.

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Na minha peça dado ela ser muito fina e a falta de experiência levou a que a mesma se partir-se em vários pontos havendo pois a necessidade de unir as peças recorrendo à introdução de ara-mes e gaze embebida em gesso com enchimento dos espaços com gesso liquido de modo a preencher o espaço e depois de devidamente lixada se conseguir um resultado final excelente.

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Passado a parte da peça em gesso havia a necessidade de fazer alguns es-tudos de modo a chegar ao objecto final, desde há muito que vinha imaginando como poderia ser esse mesmo objecto e desde sempre que o identifiquei com um crocodilo não fiz muitos esboços pois gosto mais de avançar logo para os objectos dado que já estava bem definido aquilo que pretendia.

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GASPAR o fora-da-lei

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A segunda peça, optei dado a forma da primei-ra, por um crocodilo, e um crocodilo porque a própria textura da árvore me lembra isso mesmo, e porque no meu surreal imagino crocodilos a voar e a viverem nas árvores, afáveis e de bom trato companheiros inseparáveis dos pássaros que com eles dividem os galhos. O crocodilo Gaspar gosta de voar sobre os prédios de Beja e poisar nas varandas a ver o sol descer lá longe no horizonte, e se alguém se aproxima dele e o acaricia, desfaz-se como se de uma Fénix se tratasse, é brincalhão e bem disposto, gosta de voar atrás da bola nos recreios das escolas, gosta de se molhar no lago do Parque da cidade e gosta de à noite se confundir com os mochos e lançar uns pios aterradores a quem passa na mata, por brincadeira diz ele. Gaspar é chamado por alguns o fora-da-lei, não compreende as injustiças, e quando voa o vento bate nas suas escamas e faz músicas de revolta e protesto.

Gaspar é um crocodilo brincalhão, afável mas que não se pode tocar, pois desfaz-se em cinzas, e jamais volta, gostar do Gaspar não é abraçá-lo é sim deixá-lo viver livre no nosso pensamento.

GASPAR o fora-da-lei

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A ideia que me surgiu para o Gaspar pri-meiramente era a de uma fotogravura, dado que não havia material suficiente, passei para o plano B e que até será o que mais se enquadra com o perfil fora-da-lei do Gaspar a gravura, que há vários séculos apareceu como a forma mais tradicional de impressão.

Aqui o processo passa por além de um tratamento prévio da chapa de zinco, lixando e segui-damente pintando com betume judaico , por uma raspagem do Betume depois de este secar e termos definido o contorno do objecto.

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Ultrapassada esta fase passamos a mordida de ácido, este ácido irá corrom-per a chapa nas zonas onde retirámos o Betume.

Depois do ácido e de a chapa bem seca à que passar à fase da tintagem, que engloba, passar tinta, limpar colocar na prensa, depois do registo de impressão estar feito e seguida-mente passar a impressão. è evidente que mui-tos mais pormenores existem neste processo mas seria moroso, ficam algumas imagens de como o processo se desenvolveu.

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É um processo muito interessante que necessita de uma atenção e rigor minuciosos tanto na feitura das mas-sas como e ainda em todos os processos, pois o sucesso final da peça depende de que todos os processos sejam cumpridos com rigor.

Foi um estudo da peça com continuidade em várias disciplinas o que agrada bastante, neste processo reco-nheço que não dediquei tantas horas extras como devia mas infelizmente nem sempre é possível, em relação à minha peça desde o primeiro dia que gostei dela e a ima-ginei em todos os processos, para mim são 4 a feitura do molde perdido, a fotografia no local depois de definitivo o molde, a elaboração de um objecto saído deste molde e um quadro da evolução da peça em fotogravura, foi um processo que enriqueceu o meu olhar sobre a tridi-mensionalidade, as texturas e importante também