domus apostila 01 historia ii modulo 37 exercicio 04

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  • 8/18/2019 DOMUS Apostila 01 HISToRIA II Modulo 37 Exercicio 04

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    Exercício 04

    "As colônias não passam de estabelecimentos decomércio."

    (Choiseul, Ministro das Colônias da França, 1765.)

    Marque a opção que explica melhor a frase anterior.a) Segundo a visão mercantilista, a colonização eraenfocada, principalmente, a partir dos interessescomerciais metropolitanos.b) O ministro francês quis ressaltar com sua frase que a

    colonização mercantilista foi de todo entregue aocomércio privado e seus estabelecimentos.c) A colonização mercantilista moderna ignorava aprodução para concentrar-se só nas trocas e no lucrocomercial.d) Nas colônias dos Tempos Modernos, segundoChoiseul, o governo metropolitano desejava que oscomerciantes, não os produtores, tivessem os principaispostos de mando.e) Choiseul representava os interesses dos comerciantesatacadistas franceses, daí ressaltar o caráter central docomércio na colonização da época.

    O Brasil e a América Espanhola Coloniais estavamsubmetidos ao "Pacto Colonial", decorrente da aplicaçãodos princípios mercantilistas por parte das metrópoles.Nas duas imensas regiões formaram-se colônias deexploração, que tiveram como características:I - Crescimento da produção manufatureira voltadaprioritariamente para o mercado interno.II - Fixação de populações em regiões cujas basesgeográficas proporcionassem a reprodução dascondições de vida que tinham nas metrópoles.III - Atividade colonizadora grandemente decorrente deconflitos político-religiosos constantes nas metrópoles.IV - Agricultura desenvolvida em grandes extensões deterras ou latifúndios.

    V - Utilização de mão de obra escrava indígena e negra.Estão corretas:a) IV e V.b) II e III.c) I e IV.d) II e IV.e) I e II.

    "...se é de globo mundo que se trata e de império erendimentos que impérios dão, faz o infante D. Henriquefraca figura comparado com este D. João, quinto já sesabe de seu nome na tabela dos reis, sentado numacadeira de braços de pau-santo, para maiscomodamente estar e assim com outro sossego atenderao guarda-livros que vai escriturando no rol os bens e asriquezas, de Macau as sedas, os estofos, as porcelanas,os laçados, o chá, a pimenta, o cobre, o âmbar cinzento,o ouro, de Goa os diamantes brutos, os rubis, as pérolas,

    a canela, mais pimenta, os panos de algodão, o salitre,de Diu os tapetes, os móveis tauxiados, as colchasbordadas, de Melinde o marfim, de Moçambique osnegros, o ouro, de Angola outros negros, mas estesmenos bons, o marfim, que esse, sim, é o melhor do ladoocidental da África, de São Tomé a madeira, a farinha demandioca, as bananas, os inhames, as galinhas, oscarneiros, os cabritos, o índigo, o açúcar, de Cabo Verdealguns negros, a cera, o marfim, os couros, ficandoexplicado que nem todo o marfim é de elefante, dosAçores e Madeira os panos, o trigo, os licores, os vinhossecos, as aguardentes, as cascas de limão cristalizadas,os frutos, e dos lugares que hão-de vir a ser Brasil oaçúcar, o tabaco, o copal, o índigo, a madeira, os couros,o algodão, o cacau, os diamantes, as esmeraldas, aprata, o ouro, que só deste vem ao reino, ano por ano, ovalor de doze a quinze milhões de cruzados, em pó eamoedado, fora o resto, e fora também o que vai ao

    fundo ou levam os piratas..."(Saramago, José. MEMORIAL DO CONVENTO. Rio de Janeiro:Bertrand Brasil, 1994, p.227-8)

    O trecho anterior remete à formação e expansão dosimpérios coloniais entre os séculos XV e XVIII. OMercantilismo era dos principais pilares dos EstadosNacionais europeus dessa época.

    Identifique quatro características do mercantilismo.

    "O recurso comum, portanto, para aumentar nossariqueza e tesouro é pelo comércio externo, no qualdevemos observar esta regra: vender mais aosestrangeiros, anualmente, do que consumimos de seusartigos... porque a parte de nosso 'stock' que não nos fordevolvida em mercadorias deverá necessariamente serpaga em dinheiro... Qualquer medida que tomemos paraobter a entrada de dinheiro neste reino, este sópermanecerá conosco se ganharmos na balançacomercial..."(Thomas Man - A RIQUEZA DA INGLATERRA PELO COMÉRCIO EXTERNO.)

    O texto e o estudo da evolução do pensamentoeconômico permite afirmar que:I - Está presente uma verdadeira síntese daspreocupações dos mercados das cidades medievaisitalianas, principalmente dos comerciantes de Gênova e

    de Veneza.II - Traduz também as linhas de ação do mercantilismoprussiano ou alemão, que buscou inclusive intervir naeconomia interna como uma forma de planificação dasociedade.III - Os estados mercantilistas tinham por meta alcançarsempre o "superavit" comercial como forma deconseguir metais preciosos, uma vez que o dinheiro, naépoca, século XVI, XVII e parte do XVIII, era de metal.IV - Riqueza e dinheiro ou moeda são sinônimos nopensamento do autor.V - O intervencionismo estatal na economia e oprotecionismo alfandegário eram características daeconomia europeia ocidental nos séculos apontados na

    opção III.Estão corretas, apenas:a) III e IV.b) II e IV.c) I, II, III e V.d) II, III, IV e V.e) II e V.

    Questão 04

    Questão 03

    Questão 02

    Questão 01

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         D     O     M     U     S_

         A    p    o    s     t     i     l    a     0     1

       -     H     I     S     T      Ó     R     I     A

         I     I   -

         M      ó     d    u     l    o     3     7

         (     E    x    e    r    c      í    c     i    o     0     4     )

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    "A Metrópole, por isso que é mãe, deve prestar àscolônias suas filhas todos os bons ofícios e socorros

    necessários para a defesa e segurança das suas vidas edos seus bens (...).

    Estes benefícios pedem iguais recompensas e, ainda,alguns justos sacrifícios; e, por isso é necessário que ascolônias também, da sua parte, sofram: 1) que sópossam comerciar diretamente com a Metrópole,excluída toda e qualquer outra nação, ainda que lhesfaça um comércio mais vantajoso; (...) Desta sorte, os

     justos interesses e as relativas dependênciasmutuamente serão ligadas."

    Azeredo Coutinho, J. J. da Cunha. ENSAIO SOBRE OCOMÉRCIO DE PORTUGAL E SUAS COLÔNIAS, 1816)

    A empresa que se organiza como parte integrante do

    sistema colonial português na Época Moderna tem comobase os elementos da política econômica mercantilista,entre os quais se encontra o monopólio comercial.a) Identifique duas características da empresa colonialportuguesa na Época Moderna.b) Explique a função do monopólio comercial no sistemacolonial da época mercantilista.

    Balança fecha com deficit de US 315 milhõesO governo está comemorando o deficit de US$ 315

    milhões na balança comercial do mês passado, bem

    abaixo do saldo negativo de US$ 811 milhões registradoem julho.(O GLOBO, 02/09/97)

    A notícia acima identifica uma preocupação dogoverno em obter um saldo positivo nas correntes decomércio. Essa preocupação, no entanto, não é nova.

    Na Idade Moderna - séculos XV ao XVIII, a formulaçãoda ideia de uma balança favorável era decorrente daspráticas econômicas ligadas ao:a) mercantilismob) fisiocratismoc) cameralismod) metalismo

    ENTRADAS DE OURO E PRATA AMERICANOS NA CASA DE CONTRATAÇÃO DE SEVILHA 

    (SANTIAGO, Théo A. (org). "América colonial". São Paulo: Ícone, 1988.)

    Utilizando as informações contidas na tabela,explique a razão do poderio econômico da Espanha demeados do século XVI até o início do XVII.

    Devemos sempre ter o cuidado de não comprar maisaos estrangeiros do que lhe vendemos.

    (SMITH, Thomas, 1549 apud BRAUDEL, F. Os jogos das trocas. Lisboa:Cosmos, 1985.)

    A afirmativa acima evidencia uma das principaiscaracterísticas das práticas econômicas mercantilistasdos Estados absolutistas entre os séculos XV e XVIII.a) Explique o significado de riqueza nacional na épocado mercantilismo.b) Justifique por que a ideia de balança de comérciofavorável foi um fator que contribuiu para a colonizaçãoda América.

    As práticas mercantilistas, ocorridas na IdadeModerna, estiveram relacionadas com:a) a exploração de impérios coloniais e aregulamentação do comércio exterior.b) o surgimento das Corporações de Ofícios.c) a ideia de liberdade de produção, de concorrência ede circulação de mercadorias.d) o surgimento das doutrinas iluministas.e) o final dos regimes absolutistas e os princípios liberaissurgidos nas chamadas revoluções burguesas.

    A DESCOBERTA DA AMÉRICA E A BARBÁRIE DOS CIVILIZADOS

    – A conquista da América pelos europeus foi umatragédia sangrenta. A ferro e fogo! Era a divisa doscristianizadores. Mataram à vontade, destruíram tudo elevaram todo ouro que havia.

    Outro espanhol, de nome Pizarro, fez no Peru coisaidêntica com os incas, um povo de civilização muitoadiantada que lá existia. Pizarro chegou e disse aoimperador inca que o papa havia dado aquele país aosespanhóis e ele viera tomar conta. O imperador inca,

    que não sabia quem era o papa, ficou de boca aberta, emuito naturalmente não se submeteu. Então Pizarro,bem armado de canhões conquistou e saqueou o Peru.

    – Mas que diferença há, vovó, entre estes homens eaquele Átila ou aquele Gengis-Cã que marchou para oocidente com os terríveis tártaros, matando, arrasando esaqueando tudo?

    – A diferença única é que a história é escrita pelosocidentais e por isso torcida a nosso favor.

    Vem daí considerarmos como feras aos tártaros deGengis-Cã e como heróis com monumentos em todaparte, aos célebres “conquistadores” brancos. Averdade, porém, manda dizer que tanto uns como outrosnunca passaram de monstros feitos da mesmíssimamassa, na mesmíssima forma. Gengis-Cã construiu

    pirâmides enormes com cabeças cortadas aosprisioneiros. Vasco da Gama encontrou na Índia váriosnavios árabes carregados de arroz, aprisionou-os, cortouas orelhas e as mãos de oitocentos homens daequipagem e depois queimou os pobres mutiladosdentro dos seus navios.

    Monteiro Lobato, História do mundo para crianças. Capítulo LX

    Questão 10

    Questão 09

    Questão 08

    Questão 07

    Questão 06

    Questão 05

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         D     O     M     U     S_

         A    p    o    s     t     i     l    a     0     1

       -     H     I     S     T      Ó     R     I     A

         I     I   -     M

          ó     d    u     l    o     3     7

         (     E    x    e    r    c      í    c     i    o     0     4     )

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    O texto de Monteiro Lobato expressa a dificuldade dedefinirmos quem é civilizado e quem é bárbaro. Mas issoà parte, pensando a atuação europeia nos séculos XVI eXVII nas áreas americanas, um número razoável dessasvisões equivocadas justificou o avanço espanhol e a

    destruição dos astecas, maias e incas explicados por:a) necessidades sociais impostas pelas característicasculturais do território espanhol e pela presençamuçulmana que limitava as condições deenriquecimento da monarquia, levando à conquista daAmérica e à constituição de uma base política iluminista.b) necessidades religiosas decorrentes da perda depoder da Igreja Católica frente ao avanço das reformasprotestantes e das alianças com as potências ibéricaspara estabelecer o Império da Cristandade, baseado naEscolástica.c) necessidades políticas oriundas das tensões naPenínsula Ibérica que levaram a Espanha a organizar oprocesso de conquista do Novo Mundo como únicaalternativa para sua unidade política, utilizando para

    isso o apoio do Papado e da França de Francisco I.d) necessidades econômicas provenientes da divisão doterritório espanhol, fruto da diversidade cultural eétnica, e das disputas pelo poder entre Madri eBarcelona, ampliadas pelas vitórias portuguesas naÁfrica e na Ásia e pelo desenvolvimento da economia doaçúcar no Brasil.e) necessidades econômicas, políticas e religiosas dosrecém-centralizados estados modernos, através domercantilismo metalista que inundou a Europa de pratae de ouro, levando em seguida a uma revolução nospreços, que provocou inflação, e ao avanço de novasformas de desenvolvimento da agricultura.

    GABARITO

    Letra A.

    Letra A.

    A acumulação de metais preciosos (bulionismo oumetalismo) como uma das principais estratégias deacesso à riqueza. A busca de balança comercialfavorável como um dos meios de obtenção de parte dariqueza existente. O estabelecimento do Pacto Colonialcomo instrumento de realização de saldos na balançacomercial. O fomento às manufaturas para garantir oaumento da produção para exportação.

    Letra A.

    a) A predominância do latifúndio, da monocultura e daescravidão; da produção especializada e voltada para omercado externo. O caráter complementar da economiacolonial em favor do mercantilismo metropolitano.

    b) A garantia de mercados exclusivos, possibilitava aacumulação de capitais pelas metrópoles.

    Letra A.

    O poderio econômico espanhol foi resultado daprática de acumulação de metais, característica doMercantilismo, em virtude do grande afluxo de prata eouro da América.

    a) Durante a Idade Moderna, a riqueza nacional estavafundamentada na acumulação de metais preciosos, ometalismo. Sendo o comércio a atividade econômicapreponderante, as nações europeias adotavam oprotecionismo, a balança comercial favorável e omonopólio sobre o comércio de suas colônias, visando aobtenção e o controle da evasão dos metais.b) Em razão dos entraves decorrentes das práticasprotecionistas entre as nações europeias, as colôniasalém de fornecerem metais preciosos, gêneros tropicaise matérias-primas, absorviam manufaturas e outrosprodutos provenientes das metrópoles. Assim, atravésdo "Pacto Colonial", as colônias americanas constituíamum elemento vital para a balança comercial favorável e

    para o próprio enriquecimento da metrópole no contextodo mercantilismo.

    Letra A.

    Letra E.A questão remete às várias teorias racistas,

    sobretudo as do século XIX fundamentadas no

    Darwinismo Social, que reforçaram o eurocentrismocomo justificativa para a submissão de diversos povospelos europeus, motivada por interesses econômicos,políticos e religiosos.

    Questão 10

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         D     O     M     U     S_

         A    p    o    s     t     i     l    a     0     1

       -     H     I     S     T      Ó     R     I     A

         I     I   -     M

          ó     d    u     l    o     3     7

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