doenÇas infecciosas de cÃes
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DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES. Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria. DOENÇAS INFECCIOSAS EMERGENTES DE CÃES NO RS. LEISHMANIOSE. “Leishmaniose é uma doença parasitária de cães que afeta, - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
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DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES
Rafael Fighera
Laboratório de Patologia Veterinária
Universidade Federal de Santa Maria
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DOENÇAS INFECCIOSAS EMERGENTES DE CÃES NO RS
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LEISHMANIOSE
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“Leishmaniose é uma doença parasitária de cães que afeta,
concomitantemente, a pele, as vísceras e vários outros
tecidos e cursa com lesões e, consequentemente, com
sinais clínicos decorrentes do acúmulo de macrófagos
parasitados e da resposta imunológica do hospedeiro
com subsequente formação e deposição de
imunocomplexo.”
Leishmaniose(definição)
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Leishmaniose(etiologia)
Filo Sarcomastigophora
Subfilo Mastigophora
Ordem Kinetoplastida
Família Trypanosomatidae
Subfamília Leishmaniinae
Gênero Leishmania
Subgêneros Leishmania e Viannia
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Leishmaniose humana(etiologia)
Leishmania spp.
Leishmaniose visceralComplexo L. donovani (L. donovani e L. infantum*)L. chagasi*
Leishmaniose cutânea e mucocutâneaComplexo L. tropica Complexo L. mexicanaComplexo L. braziliensis
*Mesma espécie com base filogenética.
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Leishmaniose humana(etiologia)
Leishmania spp.
Leishmaniose visceralComplexo L. donovani
L. donovani L. infantum
L. infantum/infantumL. infantum/chagasi
Leishmaniose cutânea e mucocutâneaComplexo L. tropica Complexo L. mexicanaComplexo L. braziliensis
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Leishmaniose em animais(etiologia)
Cães e canídeos selvagens
L. infantum/chagasi
L. infantum/infantum
Gatos
Complexo L. mexicana
Complexo L. tropica
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. infantum/chagasi
L. infantum/infantum
L. tropica
L. mexicana
L. braziliensis roedores
cães* e canídeos selvagens
*Nicole & Comte 1908 (Tunísia).
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. infantum/chagasi
L. infantum/infantum
L. tropica
L. mexicana
L. braziliensis roedores
cães e canídeos selvagens*
*Vulpes vulpes (raposa-vermelha).
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. infantum/chagasi
L. infantum/infantum
L. tropica
L. mexicana
L. braziliensis roedores
*Deane 1951 (Brasil).
cães*, canídeos selvagens e marsupiais
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. infantum/chagasi
L. infantum/infantum
L. tropica
L. mexicana
L. braziliensis roedores
cães, canídeos selvagens* e marsupiais
*Cerdocyon (Dusicyon) thous (cachorro-do-mato).
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. infantum/chagasi
L. infantum/infantum
L. tropica
L. mexicana
L. braziliensis roedores
cães, canídeos selvagens* e marsupiais
*Lycalopex (Dusicyon) vetulus (raposinha-do-campo).
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. infantum/chagasi
L. infantum/infantum
L. tropica
L. mexicana
L. braziliensis roedores
cães, canídeos selvagens e marsupiais*
*Didelphis spp. (gambás).
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Leishmaniose(outros reservatórios)
Leishmania infantum/chagasi
Hipóteses recentes:
Humanos (2000)
Gatos (2002)
Equinos (2002)
Galinhas (2010)
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. infantum/chagasi
L. infantum/infantum
L. tropica
L. mexicana
L. braziliensis roedores
cães, canídeos selvagens e marsupiais
![Page 17: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/17.jpg)
Leishmaniose(outros reservatórios)
Complexo Leishmania tropica
Complexo Leishmania mexicana
Complexo Leishmania braziliensis
Hipóteses recentes:
Gatos
Cães
Equinos
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Leishmaniose(vetores no Velho Mundo)
Flebotomíneo(mosquito-palha)
Classe InsectaOrdem Diptera
Família PsychodidaeSubfamília Phlebotominae
Gênero Phlebotomus Subgênero Larroussius
P. perniciosus, P. ariasi, P. perfiliewi, P. neglectus e P. tobbi
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Leishmaniose(vetores no Novo Mundo)
Flebotomíneo(mosquito-palha)
Classe InsectaOrdem Diptera
Família PsychodidaeSubfamília Phlebotominae
Gênero Lutzomyia
Lutzomyia longipalpis*
*L. cruzi?
![Page 20: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/20.jpg)
Leishmaniose em cães (outras formas de transmissão)
Transmissão verticalTransmissão materno-fetal
Transmissão transplacentária Transmissão mamária
Transmissão horizontalTransfusão sanguíneaTransmissão por contato (contato sanguíneo)Transmissão venéreaMordedura e ingestão de vísceras de reservatórios selvagens?Rhipicephalus sanguineus e Ctenocephalides felis felis?
![Page 21: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/21.jpg)
Leishmaniose visceral humana (epidemiologia)
Endêmica em 88 países do mundo:67 países do Velho Mundo21 países do Novo Mundo
350.000.000 de pessoas em risco.12.000.000 de casos.Cerca de 500.000 novos casos/ano.
Países mais afetados são:Bangladesh, Índia, SudãoBrasil
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Leishmaniose visceral humana (epidemiologia)
Características das regiões mais afetadas:
Áreas rurais e periurbanasHabitações próximas a matasHabitações precáriasPobrezaDesnutrição
do contato reservatório-vetor-homem
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Leishmaniose visceral humana (epidemiologia)
Ocorre principalmente no Nordeste.
Surtos frequentes no RJ e MG.
Afeta principalmente pessoas de baixa renda.
Casos são vistos basicamente em crianças (<10 anos de idade).
Aumento do número de casos em adultos (HIV +).
Cada vez mais frequente em centros urbanos.
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Leishmaniose canina (epidemiologia)
Europa (ao redor do Mar Mediterrâneo): enzoótica
África (ao redor do Mar Mediterrâneo): enzoótica
Ásia (Oriente Médio, Ásia Central e China): enzoótica
América do Sul (Brasil [exceto o Sul]): enzoótica
América do Sul (Sul do Brasil): emergente
América do Norte (Estados Unidos): emergente
Europa (Norte): emergente
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Leishmaniose canina (epidemiologia)
Europa (ao redor do Mar Mediterrâneo): 2%-40% da população
Sudoeste da Europa: 2,5 milhões de cães.
América do Sul (Brasil): ??????
América do Sul (Brasil, Colômbia e Venezuela): milhões de cães.
![Page 26: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/26.jpg)
Leishmaniose canina (epidemiologia)
Predisposições
Porte mais sucessível: grande
Aptidão mais sucessível: caça
Raça mais suscetível: Boxer*
Idade mais suscetível: adulto entre 3-7 anos (65% dos casos)
Sexo mais suscetível: macho
*Polimorfismo do gene (Slc11a1 [previamente Nramp1]) .
![Page 27: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/27.jpg)
Importância epidemiológica do cão na leishmaniose visceral humana
Áreas endêmicas de leishmaniose visceral humana
Prevalência da infecção em humanos: 1%-2%.Prevalência da infecção em cães: 20%-40%.
Diferença das lesões em humanos e cães
Riqueza de parasitismo cutâneo.
Infecção inaparente
Alta prevalência de infecção inaparente (50%-60%).
![Page 28: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/28.jpg)
Importância epidemiológica do cão na leishmaniose visceral humana
“O cão é o principal elo da cadeia de transmissão da leishmaniose
visceral humana.”
![Page 29: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/29.jpg)
Importância epidemiológica do cão na leishmaniose visceral humana
“Um estudo recente (2006) demonstrou que em 84% dos casos de leishmaniose em humanos,
há correlação com a infecção em cães.”
versus
“Estudos mais antigos (1996 e 2005) demonstram fraca associação entre leishmaniose humana
e cães infectados.”
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Leishmaniose(patogênese)
repasto sanguíneo do flebotomíneo fêmea em vertebrado
transformação dos amastigotas em PINR* no intestino anterior
ligação dos PINR a receptores intestinais
migração dos PINR para a cavidade oral
novo repasto sanguíneo do flebotomíneo fêmea em vertebrado
inoculação de saliva com PINR na pele
fagocitose por macrófagos
*Promastigotas infecciosos não replicativos (metaciclogênese).
![Page 31: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/31.jpg)
Leishmaniose(patogênese)
perda do flagelo e replicação dos amastigotas no fagolisossomo
ruptura dos macrófagos
fagocitose por outros macrófagos
disseminação pelo organismo
espécies que espécies que crescem in vitro crescem in vitro a 37º C a 34º C leishmaniose leishmaniose visceral cutânea
![Page 32: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/32.jpg)
Leishmaniose(pilares da patogênese)
1) Infecta exclusivamente macrófagos e inibe a atividade antimicrobiana.
2) A ocorrência da doença depende principalmente da resposta imune do hospedeiro definitivo.
3) A infecção persiste pela capacidade do microorganismo estabelecer-se em tecidos em que o sistema monocítico-macrofágico é bem desenvolvido.
![Page 33: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/33.jpg)
Leishmaniose(pilares da patogênese)
1) Infecta exclusivamente macrófagos e inibe a atividade antimicrobiana.
2) A ocorrência da doença depende principalmente da resposta imune do hospedeiro definitivo. →
3) A infecção persiste pela capacidade do microorganismo estabelecer-se em tecidos em que o sistema monocítico-macrofágico é bem desenvolvido.
![Page 34: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/34.jpg)
Leishmaniose em cães (exposição versus infecção versus doença)
cães e canídeos selvagens contactantes
resposta imune
eficiente ineficiente (90%-97%) (3%-10%) * sem sinais da doença doença clínica eliminação manutenção do agente do agente
Incubação: 3 meses a 7 anos.
![Page 35: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/35.jpg)
cães e canídeos selvagens contactantes
resposta imune
eficiente ineficiente (90%-97%) (3%-10%) * sem sinais da doença doença clínica eliminação manutenção cão doente do agente do agente cão exposto cão infectado
Leishmaniose em cães (exposição versus infecção versus doença)
![Page 36: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/36.jpg)
Cão exposto: cão saudável* com diagnóstico indireto positivo (titulação baixa) e diagnóstico direto negativo
Cão infectado: cão saudável* com diagnóstico indireto positivo (titulação baixa) e diagnóstico direto positivo
Cão doente: cão doente com diagnóstico indireto positivo (titulação alta) e
diagnóstico direto positivo
Cão marcadamente doente: cão doente (idem anterior) com nefropatia com perda protéica oftalmopatia artropatia
*Ou com outra doença.
Leishmaniose em cães (exposição versus infecção versus doença)
![Page 37: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/37.jpg)
“Porque esses são os cães que desenvolvem um resposta
imunológica celular errática, caracterizada pela
diferenciação T CD4 TA0 em T CD4 TA2, o que
não permite a produção das interleucinas necessárias
à ativação dos macrófagos e, consequentemente, não
possibilita a morte dos amastigotas no interior
dos fagolisossomos.”
Por que apenas um minoria dos cães contactantes desenvolvem leishmaniose?
![Page 38: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/38.jpg)
infecção
apresentação do antígeno por CAA apresentação do antígeno por CAA a linfócitos T CD4 TA0 a linfócitos B diferenciação dos linfócitos T CD4 TA0 em T CD4 TA1
interação entre linfócito T CD4 TA1 e linfócito B
diferenciação do linfócito B em plasmócitos
secreção de Ig
Leishmaniose em cães (quando o contato não gera doença)
IL-2, TNF- e interferon-
![Page 39: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/39.jpg)
Leishmaniose em cães (quando o contato não gera doença)
IL-2, TNF- e interferon-↓
macrófagos*↓
macrófagos ativados↓
apoptose dos amastigotas mediada pelo óxido nítrico↓
cão sadio
*Indução de atividade anti-leishmanial.
![Page 40: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/40.jpg)
infecção
apresentação do antígeno por CAA apresentação do antígeno por CAA a linfócitos T CD4 TA0 a linfócitos B diferenciação dos linfócitos T CD4 TA0 em T CD4 TA2
interação entre linfócito T CD4 TA2 e linfócito B
diferenciação do linfócito B em plasmócitos
secreção de Ig
IL-4
Leishmaniose em cães (quando o contato gera doença)
![Page 41: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/41.jpg)
Leishmaniose em cães (quando o contato gera doença)
IL-4↓
macrófagos↓
macrófagos não ativado↓
incapacidade em causar morte dos amastigotas ↓
cão doente
![Page 42: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/42.jpg)
Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Sinais comuns
Lesões de pele (56-89%) →
Linfadenomegalia (56-90%)
Perda de peso (25-60%)
Atrofia muscular (64%)
Caquexia (48%)
Palidez das mucosas (58%)
Esplenomegalia (10-56%)
Sinais de doenças oftalmológica (10-81%)
Sinais inespecíficos (67-78%)*
Sinais incomuns
Febre (4-36%)
Epistaxe (4-15%)
Icterícia (1,5%)
Púrpura (1,5%)
Sinais respiratórios (1-2%)
*Incluem apatia e inapetência ou anorexia.
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Lesões de pele
Dermatite esfoliativa
não eritematosa
eritematosa
Dermatite ulcerativa
Dermatite nodular
Onicogrifose (20-31%)
Despigmentação
Hiperqueratose nasodigital
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Sinais comuns
Lesões de pele (56-89%)
Linfadenomegalia (56-90%)
Perda de peso (25-60%)
Atrofia muscular (64%)
Caquexia (48%)
Palidez das mucosas (58%)
Esplenomegalia (10-56%)
Sinais de doenças oftalmológica (10-81%) →
Sinais inespecíficos (67-78%)*
Sinais incomuns
Febre (4-36%)
Epistaxe (4-15%)
Icterícia (1,5%)
Púrpura (1,5%)
Sinais respiratórios (1-2%)
*Incluem apatia e inapetência ou anorexia.
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Sinais de doenças oftalmológica
Conjuntivite (2-32%)
Ceratite (5-8%)
Uveíte (1-8%)
Panoftalmite (1%)
Blefarite
Celulite orbital
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Sinais comuns
Lesões de pele (56-89%)
Linfadenomegalia (56-90%)
Perda de peso (25-60%)
Atrofia muscular (64%)
Caquexia (48%)
Palidez das mucosas (58%)
Esplenomegalia (10-56%)
Sinais de doenças oftalmológica (10-81%)
Sinais inespecíficos (67-78%)*
Sinais incomuns
Febre (4-36%)
Epistaxe (4-15%)
Icterícia (1,5%)
Púrpura (1,5%)
Sinais respiratórios (1-2%)
*Incluem apatia e inapetência ou anorexia.
![Page 47: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/47.jpg)
Leishmaniose em cães(outros sinais clínicos)
Sinais de síndrome urêmica
vômito (26%)
diarreia (3-30%)
melena (2-12%)
úlceras orais (1-6%)
poliúria/polidipsia (12%)
Locomoção anormal (4-38%)
claudicação
dor articular
ataxia
![Page 48: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/48.jpg)
Leishmaniose em cães(estadiamento clínico segundo o CLWG)
Doença leve (I): apenas linfadenomegalia ou dermatite papular
Doença moderada (II): linfadenomegalia ou dermatite esfoliativa ou linfadenomegalia ou dermatite ulcerativa e perda de peso
anêmicos e hiperproteinêmicos
Doença grave (III): idem II + sinais de reação de hipersensibilidade do tipo III
idem II + azotêmicos
Doença muito grave (IV): idem III + IRC ou SN
idem III + proteinúricos
![Page 49: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/49.jpg)
Leishmaniose em cães(quando suspeitar?)
Área endêmica
Qualquer dos sinais clínicos isolados
Área livre
Associação de sinais clínicos
linfadenomegalia
perda de peso e atrofia muscular
lesões de pele típicas
![Page 50: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/50.jpg)
Leishmaniose em cães(achados laboratoriais – hemograma)
Anemia arregenerativa (60%-73,4%) ou regenerativa (rara)
Leucocitose (24%) por neutrofilia e/ou monocitose
Leucopenia (22%) por linfopenia ( LT CD4) com eosinopenia
Trombocitopenia (29,3%-50%)
![Page 51: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/51.jpg)
Leishmaniose em cães(achados laboratoriais – proteinograma)
Hiperproteinemia (63,3%-72,8%)
Hipergamaglobulinemia (76,0%-100%)
Hipoalbuminemia (68%-94%)
![Page 52: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/52.jpg)
Leishmaniose em cães(achados laboratoriais – bioquímica)
Azotemia (16%-45%)
FAL (16%-51%)
ALT (16%-61%)
![Page 53: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/53.jpg)
Leishmaniose em cães(achados laboratoriais – urinálise)
Densidade baixa
Sedimento inativo
Proteinúria (71,5%-85%)
![Page 54: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/54.jpg)
Leishmaniose em cães(quando suspeitar?)
Área endêmica
Qualquer dos achados laboratoriais isolados
Área livre
Associação de achados laboratoriais
anemia arregenerativa
hipergamaglobulinemia
![Page 55: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/55.jpg)
Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Métodos diretosDiagnóstico parasitológicoDiagnóstico molecularCulturaXenodiagnóstico
Métodos indiretosDiagnóstico imunológico
Imunofluorescência indireta ELISATeste imunocromatográfico rápido
![Page 56: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/56.jpg)
Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Métodos de detecção de anticorpos (Diagnóstico imunológico)
coleta de sangue no momento da suspeita clínica
cão reagente cão não-reagente positivo falso-positivo negativo falso-negativo (incomum a comum) (raro)
![Page 57: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/57.jpg)
Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Métodos de detecção de anticorpos (Diagnóstico imunológico)
coleta de sangue no momento da suspeita clínica
cão reagente cão não-reagente positivo falso-positivo negativo falso-negativo (incomum a comum) (raro)
Muito sensível e variavelmente específico!!!
![Page 58: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/58.jpg)
Leishmaniose (diagnóstico definitivo)Métodos de detecção de anticorpos
(Diagnóstico imunológico)
causas de falso-positivo Má interpretação do técnico.Subjetividade diagnóstica.Reação cruzada.
Trypanosoma spp. (T. cruzi)Leishmania (L. tropica, L. mexicana e L. braziliensis)Babesia (B. canis)
![Page 59: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/59.jpg)
Leishmaniose (diagnóstico definitivo)Métodos de detecção de anticorpos
(Diagnóstico imunológico)
causas de falso-negativo Má interpretação do técnico.Subjetividade diagnóstica.Período de janela imunológica*.
*Soroconversão (casos naturais): 1-22 meses (5 meses).*Soroconversão (casos experimentais): 1-6 meses (3 meses).
![Page 60: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/60.jpg)
Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Métodos de detecção de antígenos(Diagnóstico parasitológico)
impressão cutânea ou PAAF do LN ou da MO
biópsia de pele ou do LN
presença do agente ausência do agente positivo falso-positivo negativo falso-negativo (não ocorre) (comum)
![Page 61: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/61.jpg)
Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Métodos de detecção de antígenos(Diagnóstico parasitológico)
impressão cutânea ou PAAF do LN ou da MO
biópsia de pele ou do LN
presença do agente ausência do agente positivo falso-positivo negativo falso-negativo (não ocorre) (comum)
Pouco sensível e muito específico!!!
![Page 62: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/62.jpg)
Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Métodos de detecção de antígenos
(Diagnóstico molecular)
coleta de sangue, PAAF da MO ou do LF, biópsia de pele
amplificação do DNA não-amplificação do DNA
positivo falso-positivo negativo falso-negativo
(incomum) (incomum)
![Page 63: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/63.jpg)
Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Métodos de detecção de antígenos
(Diagnóstico molecular)
coleta de sangue, PAAF da MO ou do LF, biópsia de pele
amplificação do DNA não-amplificação do DNA
positivo falso-positivo negativo falso-negativo
(incomum) (incomum)
Muito sensível e muito específico!!!
![Page 64: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/64.jpg)
Leishmaniose (diagnóstico definitivo)Métodos de detecção de antígenos
(Diagnóstico molecular)
causas de falso-positivo Gênero específico/espécie inespecífica.
Leishmania (L. tropica, L. mexicana e L. braziliensis)
![Page 65: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/65.jpg)
Leishmaniose (diagnóstico definitivo)Métodos de detecção de antígenos
(Diagnóstico molecular)
causas de falso-negativo Escassez do agente.Variabilidade na quantidade do agente na circulação.
![Page 66: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/66.jpg)
Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Diagnóstico sorológico(O que e como enviar)
Sangue: 5 ml (sem anticoagulante). Sob refrigeração.
Soro: 2 ml. Sob congelamento.
Prazo: variável de acordo com a técnica empregada.
![Page 67: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/67.jpg)
Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Diagnóstico parasitológico(O que e como enviar)
MO: todo o aspirado (anticoagulado com EDTA [1/5]). Sob refrigeração (até quatro horas).
LF: lâminas com o esfregaço realizado imediatamente (secas ao ar).Sob temperatura ambiente (sem validade).
Pele: lâminas com conteúdo da impressão (secas ao ar).Sob temperatura ambiente (sem validade).
Pele e LF: fragmento em formol a 10%.Em formol (sem validade).
Prazo: um a cinco dias úteis.
![Page 68: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/68.jpg)
Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Diagnóstico molecular(O que e como enviar)
MO: todo o aspirado (anticoagulado com EDTA [1/5]). Sob refrigeração (até 24 horas).
LF: todo o aspirado (diluído em 200 l de solução fisiológica).Sob refrigeração (até 24 horas).
Sangue: 4 ml (anticoagulado com EDTA). Sob temperatura ambiente (até 72 horas).Pele: 250 mg.
Sob refrigeração em gelo seco (imediatamente).Fragmento de tecido em formol tamponado ou emblocado.
Em formol ou bloco de parafina (sem validade)
Prazo: sete dias úteis.
![Page 69: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/69.jpg)
Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Diagnóstico molecular(O que e como enviar)
MO: todo o aspirado (anticoagulado com EDTA [1/5]). Sob refrigeração (até 24 horas).
LF: todo o aspirado (diluído em 200 l de solução fisiológica).Sob refrigeração (até 24 horas).
Sangue: 4 ml (anticoagulado com EDTA). Sob temperatura ambiente (até 72 horas).Pele: 250 mg.
Sob refrigeração em gelo seco (imediatamente).Fragmento de tecido em formol tamponado ou emblocado.
Em formol ou bloco de parafina (sem validade)
Prazo: sete dias úteis.
![Page 70: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/70.jpg)
Cão exposto: cão saudável* com diagnóstico indireto positivo (titulação baixa) e diagnóstico direto negativo
Cão infectado: cão saudável* com diagnóstico indireto positivo (titulação baixa) e diagnóstico direto positivo
Cão doente: cão doente com diagnóstico indireto positivo (titulação alta) e
diagnóstico direto positivo
Cão marcadamente doente: cão doente (idem anterior) com nefropatia com perda protéica oftalmopatia artropatia
*Ou com outra doença.
Leishmaniose em cães (exposição versus infecção versus doença)
![Page 71: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/71.jpg)
Leishmaniose em cães (diagnóstico definitivo)
achados clínicos típicos+
achados de laboratório clínico típicos+
sorologia
positivo negativo exame parasitológico outra doença positivo negativo leishmaniose PCR positivo leishmaniose negativo outra doença*
*Sorologia inicial falso-positiva ou cão exposto.
![Page 72: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/72.jpg)
Leishmaniose em humanos e cães(controle)
Diagnóstico e tratamento dos casos em humanos.
Combate sistemático ao vetor.
Eliminação dos reservatórios.
Educação continuada.
Vacinação e uso de repelentes.
![Page 73: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/73.jpg)
Leishmaniose em humanos e cães(controle – combate sistemático ao vetor)
Borrifação de inseticida em todos os imóveis em um raio de 200 metros em torno da residência em que há casos confirmados (humanos ou caninos)*.
Borrifação intra e peridomiciliar**.
Inseticidas piretroides.
*Flebotomíneos atingem um raio de 1 km.
**Flebotomíneos ocorrem durante todo o ano.
![Page 74: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/74.jpg)
Leishmaniose em humanos e cães(controle)
Diagnóstico e tratamento dos casos em humanos.
Combate sistemático ao vetor.
Eliminação dos reservatórios.
Educação continuada.
Vacinação e uso de repelentes.
![Page 75: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/75.jpg)
Leishmaniose em humanos e cães(controle – eliminação dos reservatórios)
Segundo a OMS, todos os cães sorologicamente positivos devem ser eliminados.
Sempre que possível, os casos devem ser confirmados através de exame parasitológico ou outras técnicas mais recentes.
![Page 76: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/76.jpg)
Cães assintomáticos: 57% dos positivos em área endêmica.
Cães oligossintomáticos: 18% dos positivos em área endêmica.
Cães sintomáticos: 25% dos positivos em área endêmica.
Leishmaniose em humanos e cães(controle)
![Page 77: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/77.jpg)
Leishmaniose em humanos e cães(controle)
Diagnóstico e tratamento dos casos em humanos.
Combate sistemático ao vetor.
Eliminação dos reservatórios.
Educação continuada.
Vacinação e uso de repelentes.
![Page 78: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/78.jpg)
Leishmaniose em humanos e cães(controle – vacinação)
Vacinação dos cães com Leishmune não é um método de prevenção da leishmaniose visceral em humanos
(Ministério da Saúde).
versus
Vacinação dos cães com Leishmune é um método
de bloqueio da transmissão da doença.
(Fort Dodge).
![Page 79: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/79.jpg)
Leishmaniose em cães(controle – vacinação)
A vacina Leishmune da empresa multinacional Fort Dodge, lançada no mercado em agosto de 2004, é uma das únicas
comerciais no mundo contra leishmaniose canina.
A vacina é de subunidade e utiliza uma glicoproteína (FML [fucose-mannose-ligand]) como antígeno vacinal**.
Antes de ser liberada pelo MAPA, em 11 de Junho de 2003*, a vacina foi testada em hamsters e cães.
A vacina seguiu as quatro fases de desenvolvimento estabelecidas pela OMS.
*Sob licença no 8.627**Desenvolvida pela UFRJ
![Page 80: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/80.jpg)
Leishmaniose em cães(O que dizem os contrários a vacinação)
Não existem evidências científicas que comprovem a eficiência da vacinação contra leishmaniose
canina!
![Page 81: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/81.jpg)
Leishmaniose em cães(O que argumenta o fabricante)
Silva V.O. et al. 2001. A phase III trial of efficacy of the FML-vaccine against canine kala-azar in an endemic area of Brazil (São Gonçalo do Amarante, RN). Vaccine 19:1082-1092.
Esse estudo conclui que 92% dos cães vacinados apresentam
proteção quando naturalmente desafiados versus 67% do
grupo controle*.
*Acompanhados durante 24 meses.
![Page 82: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/82.jpg)
Leishmaniose em cães(O que argumenta o fabricante)
Borja-Cabrera G.P. et al. 2002. Long lasting protection against canine kala-azar using the FML-QuilA saponin vaccine in an endemic area of Brazil (São Gonçalo do Amarante, RN). Vaccine 20:3277-3284.
Esse estudo conclui que 95% dos cães vacinados apresentam
proteção quando naturalmente desafiados versus 75% do
grupo controle*.
*Acompanhados durante 41 meses.
![Page 83: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/83.jpg)
Leishmaniose em cães(O que argumenta o fabricante)
Borja-Cabrera G.P. et al. 2008. Immunogenicity assay of the Leishmune vaccine against canine visceral leishmaniais in Brazil. Vaccine 26:4991-4997.
Esse estudo conclui que 99% dos cães vacinados apresentam proteção quando experimentalmente desafiados*.
O desafio foi realizado através da intradermoreação e a comprovação dada por citometria de fluxo.
*Acompanhados durante 24 meses.
![Page 84: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/84.jpg)
Leishmaniose em cães(O que argumenta o fabricante)
Parra L.E. et al. 2007. Safety trial using the Leishmune vaccine against canine visceral leishmaniasis in Brazil. Vaccine 25:2180-2186.
Esse estudo conclui que 97,3% dos cães vacinados
apresentam-se saudáveis após dois anos da vacinação.
![Page 85: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/85.jpg)
Leishmaniose em cães(O que argumenta o fabricante)
O fabricante alega que, em cinco anos no mercado, a vacina já foi utilizada em mais de 70.000 cães e que a
proteção conferida é superior a 97%*.
O índice de falha vacinal é muito baixo.
Além disso, tais cães poderiam estar previamente infectados (sorologia prévia falso-negativa).
*Esse dado tem como base 8.000 cães vacinados e avaliados clinicamente.
![Page 86: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/86.jpg)
Leishmaniose em cães(O que dizem os contrários a vacinação)
O cão vacinado, embora não adoeça, continua um reservatório do protozoário!
![Page 87: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/87.jpg)
Leishmaniose em cães(vacinação)
Nogueira F.S. et al. 2005. Leishmune vaccine blocks the transmission of canine visceral leishmaniasis. Absence of Leishmania parasites in blood, skin and lymph nodes of vaccinated exposed dogs. Vaccine 23:4805-4810.
Esse estudo conclui que cães vacinados não são transmissores
da leishmaniose por pelo menos 11 meses após a vacinação.
No mesmo período, o grupo controle apresentou PCR*
positivo em 56,7% dos casos.
*PCR dos LN e do sangue, IHQ da pele e ELISA do soro.
![Page 88: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/88.jpg)
Leishmaniose em cães(O que argumenta o fabricante)
Saraiva E.M. et al. 2006. The FML-vaccine (Leishmune) against canine visceral leishmaniasis: A transmission blocking vaccine. Vaccine 24:2423-2431.
Esse estudo conclui que anticorpos de cães vacinados
previnem o desenvolvimento das formas promastigotas no
flebotomíneo*. Assim, a vacina seria uma vacina
bloqueadora de transmissão.
*Bloqueia a adesão dos amastigotas ao intestino dos flebotomíneos (79,3%).
![Page 89: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/89.jpg)
Leishmaniose em cães(O que argumenta o fabricante)
Fort Dodge 2009. Leishmune. Vacina contra leishmaniose visceral canina. Folder promocional. Encontrado em www.leishmune.com.br.
Um estudo realizado na UFMG (dados ainda não-publicados) concluiu, a partir de resultados preliminares, que nenhum
cão vacinado e desafiado naturalmente* infectou flebotomíneos no xenodiagnóstico
*Desafiados naturalmente durante três anos vivendo em área endêmica.
![Page 90: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/90.jpg)
Leishmaniose em cães(O que dizem os contrários a vacinação)
Não existem testes diagnósticos que diferenciem cães vacinados de cães infectados!
![Page 91: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/91.jpg)
Leishmaniose em cães(O que argumenta o fabricante)
Quando é realizado ELISA, os cães vacinados são negativos.
ELISA utiliza como antígeno proteínas solúveis semipurificadas*.
Kits de laboratórios particulares licenciados pelo MAPA (kit Biogene)*.
Kits utilizados em inquéritos epidemiológicos (kit Bio-Manguinhos).
*Proteína recombinante S7.
![Page 92: DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062314/5681311c550346895d97865d/html5/thumbnails/92.jpg)
Leishmaniose em cães(Outras perguntas sobre vacinação)
Qual a prevalência de reação vacinal?
Parra L.E. et al. 2007. Safety trial using the Leishmune vaccine against canine visceral leishmaniasis in Brazil. Vaccine 25:2180-2186.
Esse estudo foi realizado com 600 cães com até 13 anos de idade e em filhotes de raças de pequeno porte e
demonstrou alta segurança.
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Leishmaniose em cães(Outras perguntas sobre vacinação)
Essa vacina pode ser aplicada juntamente com outras?
Fort Dodge 2003. Leishmune safety trial, with 2 saponin, injected simultaneously with Duramune and Rai-Vac I as a possible vaccination program for adult dogs.
A empresa Fort Dodge garante que a vacina Leishmune pode ser utilizada juntamente com as vacinas Duramune
and Rai-Vac I sem que haja reação vacinal.
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Leishmaniose em cães(Outras perguntas sobre vacinação)
O cão pode se infectar durante a vacinação?
Fort Dodge 2009. Leishmune. Vacina contra leishmaniose visceral canina. Folder promocional. Encontrado em www.leishmune.com.br.
A empresa Fort Dodge reconhece que os cães podem infectar-se no período de janela imunológica (até 21 dias após a
terceira dose da vacina [até 63 dias após a primeira aplicação]).
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Leishmaniose em cães(Perguntas feitas por leigos)
“O cão pode adoecer pela vacina?”
“É verdade que precisa fazer um exame antes de fazer a vacina?”
“Eu posso comprar a vacina na agropecuária?”
“A vacina protege pelo resto da vida do cão”?
“A vacina pode ser utilizada em São Borja?”
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Leishmaniose em cães(tratamento)
Segundo o MS, cães com leishmaniose não devem ser tratados.
A terapia em cães melhora significativamente a qualidade de vida do paciente, mas raramente leva a cura e nunca elimina totalmente o protozoário.
O tratamento do cão, quando mesmo assim realizado, deve estar associado a técnicas de prevenção da infecção em humanos (canil telado, repelentes* e pulverização do ambiente).
*Coleiras com deltametrina (4%): oito meses de proteção. Scalibor da Intervet
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Leishmaniose em cães(tratamento)
Antimoniato de meglumina (Glucantime) (IV ou SC)100 mg/kg/dia (3-4 semanas)
Estibogluconato de sódio (Pentostam) (IV ou SC)30-50 mg/kg/dia (3-4 semanas)
Alopurinol (OR)20-40 mg/kg/dia (indefinido)
Anfotericina B (IV ou SC)1 mg/kg/dia (3 semanas)
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Leishmaniose em cães (agradecimentos)
Professora Daniela Rozza – UNESP, Araçatuba
Professora Gisele Machado – UNESP, Araçatuba
MV Erivelton Araújo Júnior – CCZ, Araçatuba.
Professor Renato Santos – UFMG, Belo Horizonte
Professor Carlos Eurico Fernandes – UFMS, Campo Grande