documento sobre lógica

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  • 7/24/2019 Documento sobre lgica

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    Lgica informal

    Desidrio MurchoKing's College London

    A lgica informal o estudo dos aspectos lgicos da argumentao que no dependemexclusivamente da forma lgica, contrastando assim com a lgica formal, que estudaapenas esses aspectos. Os aspectos lgicos em causa so os que contribuem para avalidade e a fora da argumentao, distinguindo-se dos aspectos psicolgicos,histricos, sociolgicos ou outros.

    A argumentao um encadeamento de argumentos. Um argumento um conjunto deproposies em que se pretende que uma delas (a concluso) seja justificada ousustentada pela outra ou outras (a premissa ou premissas). Argumento, inferncia eraciocnio so termos aproximados, pois em todos os casos se trata de procurar chegar

    a uma afirmao com base noutras. Contudo, um argumento diferente de umraciocnio ou inferncia porque envolve a persuaso de algum (incluindo ns mesmos),ao passo que um raciocnio ou inferncia no envolve tal aspecto.

    Alguns autores reservam o termo validade para a validade dedutiva, usando termoscomo fora para a validade no dedutiva. Esta opo no a mais indicada porquetambm nos argumentos dedutivos necessrio falar de maior ou menor fora, comoveremos. Da que se opte aqui por usar validade para osdois tipos de validade: adedutiva e a no dedutiva. Veremos mais tarde algumas diferenas centrais entre os doistipos de validade.

    A lgica informal permite definir vrias noes centrais que no podem ser definidasrecorrendo exclusivamente aos instrumentos da lgica formal. A mais bsica dessasnoes a de argumento. A lgica formal define a noo de derivabilidade e deconsequncia formal, mas no de argumento. Existe uma relao de derivabilidade entreas premissas e a concluso de alguns argumentos vlidos (os argumentos dedutivosformais, como o modus ponens), mas essa relao no existe nos argumentos dedutivosinvlidos nem nos argumentos no dedutivos (vlidos ou no). Por outro lado, nemtodos os conjuntos de proposies derivveis constituem argumentos. Considere-se osseguintes exemplos:

    1.

    Se a vida faz sentido, Deus existe; a vida no faz sentido; logo, Deus no existe.2. O cu azul; a neve verde; o arco-ris bonito.3. A neve branca; Deus existe ou no existe.

    Em 1 e 2 no h qualquer relao de derivabilidade; contudo, 1 um argumento e 2 no.Em 3 h uma relao de derivabilidade, mas no h qualquer argumento. A noo deargumento no definvel sem recorrer a pessoas ou outros agentes cognitivos, pois soestes que decidem ou no apresentar um dado conjunto de proposies como umargumento. (Sublinhe-se que na definio de argumento se usou a expressopretende.) necessrio que algum tenha a inteno de apresentar um dado conjuntode proposies como um argumento para que esse conjunto de proposies seja um

    argumento; mas no necessrio que algum tenha a inteno de derivar uma dadaproposio de outra ou outras para que a relao de derivabilidade exista entre elas.

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    A lgica formal igualmente incapaz de distinguir entre um argumento dedutivoinvlido e um argumento no dedutivo vlido. 1 um argumento dedutivo invlido, mas

    4. Todos os corvos observados at hoje so pretos; logo, todos os corvos so pretos.

    um argumento indutivo vlido (por hiptese; costuma-se dar este exemplo mas defensvel que uma induo invlida, sendo necessrias mais premissas para que sejavlida). Contudo, do ponto de vista da lgica formal, tanto 1 como 4 so argumentosinvlidos. Para distinguir 1 de 4 necessrio usar a noo informal de explicao. 1 um argumento dedutivo invlido porque a melhor explicao desse argumento que setrata de um argumento dedutivo falhado; mas 4 no um argumento que se pretendiadedutivo: um argumento indutivo por direito prprio. Assim, um argumento invlido dedutivo ou no dedutivo em funo da melhor explicao disponvel para a suainvalidade.

    Do ponto de vista da lgica formal, tudo o que se pode dizer de um argumento que

    formalmente vlido ou no. Um argumento formalmente vlido quando h umarelao de derivabilidade ou consequncia formal entre as suas premissas e a suaconcluso. Isto pode dar a iluso de que se um argumento no formalmente vlido,ento no vlido.

    A lgica formal igualmente incapaz de definir a noo de falcia. Uma falcia no apenas um argumento invlido, pois muitos argumentos invlidos no so falcias.Tome-se o seguinte argumento: Plato era grego; logo, a neve branca. Esteargumento invlido, mas no uma falcia porque no habitualmente tomado porum argumento vlido. A falcia da negao da antecedente, por exemplo, no apenasum argumento invlido: um argumento invlido que muitos agentes sem preparaolgica tm tendncia para tomar como vlido.

    Nem todos os argumentos com a forma lgica de uma falcia so falaciosos, pois emalguns casos nenhum agente tomaria tal argumento por bom. A neve branca; logo, aneve branca, tem a forma da falcia da petio de princpio, mas apenas umargumento mau e no uma falcia dado que nenhum agente o tomaria como bom. MasA Bblia diz que Deus existe e tudo o que a Bblia diz verdade; logo, Deus existe uma falcia porque alguns agentes no se apercebem de que a nica razo para pensarque a premissa verdadeira pressupor que a concluso verdadeira.

    Algumas falcias so argumentos formalmente vlidos, como o caso da petio deprincpio e do falso dilema:

    5. Ou est muito frio ou est muito calor; no est muito frio; logo, est muito calor.

    5 tem uma forma vlida mas falacioso porque a primeira premissa no esgota todas aspossibilidades: falsa. Assim, apesar de ser habitual definir falcia como um argumentoinvlido que parece vlido, a definio correcta um argumento mau que parece bom

    sendo que um argumento pode ser mau por outros motivos alm da invalidade(nomeadamente, por no ser slido, como o caso do falso dilema).

    H vrios tipos de argumentos, como se pode ver no diagrama seguinte:

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    S nos argumentos dedutivos formais a validade ou invalidade pode ser explicadarecorrendo exclusivamente forma lgica. Da que todos os outros argumentos seconsiderem informais: a sua validade ou invalidade no pode ser explicada recorrendoexclusivamente sua forma lgica. (Dizer A validade dos argumentos dedutivosformais depende exclusivamente da forma lgica diferente de dizer A validade dosargumentos dedutivos formais pode ser explicada recorrendo exclusivamente forma

    lgica; a primeira no se segue da segunda e h razes para pensar que a primeira falsa.)

    A lgica informal ocupa-se de todos os tipos de argumentos e a formal exclusivamentedos argumentos dedutivos formaisos nicos cuja validade ou invalidade explicvelrecorrendo exclusivamente forma lgica, como 6) Se a vida faz sentido, Deus existe;mas Deus no existe; logo, a vida no faz sentido. Mas mesmo no que respeita aosargumentos formais h aspectos lgicos importantes que a lgica formal ignora, pois sd ateno ao que explicvel recorrendo exclusivamente forma lgica. Isto pode dara iluso de que os nicos fenmenos lgicos so os que se podem explicar recorrendo forma lgica. Contudo, a diferena entre uma induo vlida e invlida claramente

    lgica porque ambas podem ter premissas verdadeiras, mas tal diferena no podeexplicar-se recorrendo forma lgica. Logo, falso que os nicos aspectos lgicos daargumentao sejam os aspectos formais da argumentao.

    Algumas das diferenas mais importantes entre os argumentos dedutivos e os nodedutivos so as seguintes:

    I. A validade de um argumento no dedutivo nunca explicvel recorrendoexclusivamente forma lgica, ao passo que a validade de alguns argumentosdedutivos (os formais) explicvel recorrendo unicamente forma lgica.

    II. Nos argumentos no dedutivos vlidos logicamente possvel, mas improvvel,

    que as suas premissas sejam verdadeiras e a sua concluso falsa; mas em algunsargumentos dedutivos vlidos (os formais) logicamente impossvel que as

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    premissas sejam verdadeiras e a concluso falsa. (Contudo, defensvel que nosargumentos no dedutivos vlidos metafisicamente impossvel as premissasserem verdadeiras e a concluso falsa, apesar de no ser logicamenteimpossvel.)

    III. A validade dos argumentos dedutivos discreta (uma deduo vlida ou no),

    ao passo que a validade dos argumentos no dedutivos contnua (uma induopode ser mais ou menos vlida).IV. A validade dedutiva formalizada pela lgica clssica monotnica, mas a

    validade no dedutiva no monotnica.

    Os argumentos dedutivos de carcter conceptual (A neve branca; logo, a neve temcor) ou semntico (O Joo casado; logo, no solteiro) no dependemexclusivamente da forma lgica e discutvel se so entimemas (argumentos a que faltauma ou mais premissas) redutveis a dedues formais. Por exemplo, para reduzir adeduo anterior sobre o Joo a uma deduo formal, poderia adicionar-se a premissaNenhum casado solteiro. Contudo, pode-se defender que neste caso no se

    conseguiu uma verdadeira reduo porque a premissa adicionada uma verdadeanaltica e, como tal, no se eliminou o fenmeno semntico que se queria eliminar.Para defender que o argumento original um entimema preciso aceitar que a premissaadicional uma verdade analtica (que talvez por isso mesmo no teria sidoexplicitamente mencionada); mas se aceitamos que h fenmenos de analiticidade aonvel das premissas, no h qualquer razo no ad hocpara os recusar ao nvel dos

    prprios argumentos. Alm disso, h dedues vlidas informais, como A neve branca; logo, nenhum casado solteiro, que obviamente no so entimemas. E no sepode recusar este tipo de validades dedutivas informais por serem vcuas, poistambm h validades dedutivas formais vcuas, como A neve branca; logo, choveou no chove.

    Usa-se por vezes o termo induo para falar indistintamente de qualquer argumentono dedutivo, o que pode dar origem a confuses. Quando se afirma que numa induoa concluso mais geral do que as premissas, tem de se estar a falar apenas degeneralizaes, mas no de previses. Uma generalizao um argumento comoTodos os corvos observados at hoje so pretos; logo, todos os corvos so pretos; uma

    previso um argumento como Todos os corvos observados at hoje so pretos; logo,o prximo corvo a ser observado ser preto.

    Os argumentos de autoridade, os argumentos por analogia e os causais, tal como as

    abdues, podero ser encarados como indutivos, caso se forneam redues bemsucedidas. Mas tal reduo poder no ajudar a distinguir os bons dos maus argumentosde autoridade, por analogia ou causais.

    Chama-se slido a um argumento vlido com premissas verdadeiras. No basta umargumento ser slido para ser bom, pois o argumento

    A neve branca; logo, a neve branca.

    slido mas mau. mau porque circular. A circularidade viola uma regra central daboa argumentao: as premissas tm de ser mais plausveis do que a concluso. O

    seguinte argumento vlido sofre do mesmo problema:

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    Se Deus existe, a vida faz sentido; Deus existe; logo, a vida faz sentido.

    Este argumento no bom porque as premissas no so mais plausveis do que aconcluso. Parte da argumentao vlida ineficaz resulta da violao desta regra. Paraque um argumento seja bom, preciso que, alm de vlido, tenha premissas aceitveis

    para quem recusa a concluso. Chama-se cogente a um argumento que seja bom nestesentido.

    A plausibilidade das premissas relativa ao estado cognitivo do agente e no discretamas sim contnua. A solidez de um argumento (a conjuno da verdade com a validade) independente dos agentes cognitivos. Mas os agentes cognitivos no so omniscientese perante cada premissa ou concluso tm de a avaliar como mais ou menos plausvel, luz do que julgam saber em geral. Assim, um argumento pode ser bom ou mau, melhorou pior, mais ou menos forte ou cogente, apesar de ser slido. Um argumento bom, forteou cogente um argumento que alm de slido tem premissas mais plausveis do que aconcluso. Esta noo relaciona-se de perto com a noo epistmica de axioma, por

    oposio a uma noo meramente sintctica. A noo epistmica de axioma umaproposio auto-evidente e portanto mais plausvel do que os teoremas que se provamcom base nos axiomas.

    possvel defender uma verso mais fraca do princpio da plausibilidade relativa,exigindo-se apenas que a concluso no seja mais plausvel do que as premissas paraque um argumento seja bom. Neste caso, um argumento poderia ser bom apesar de ograu de plausibilidade das premissas e da concluso ser idntico. Mas defensvel quequalquer alegado exemplo de um argumento bom cujas premissas e concluso tenham amesma plausibilidade se baseia numa confuso entre argumento bom, inferncia eargumento vlido. Uma inferncia pode ser boa sem que constitua um bom argumento,

    porque numa inferncia no h a exigncia de persuadir algum (nem ns mesmos).Para que uma inferncia seja boa apenas necessrio que seja um argumento vlido.Mas um bom argumento mais do que meramente vlido: um argumento persuasivo.

    Na argumentao h uma componente epistmica que no existe na mera inferncia.

    A exigncia de maior plausibilidade das premissas permite distinguir argumentos deexplicaes. Uma explicao pode ser um argumento vlido, mas no um bomargumento porque as concluses (explananda)das explicaes so mais plausveis doque as premissas (explanantia). Por exemplo:

    O Joo esteve em contacto com a Maria; a Maria est com gripe; a probabilidade decontgio de 99 por cento; logo, o Joo est com gripe.

    Esta estrutura pode ser um bom argumento indutivo (uma previso), caso no se saibaque o Joo est com gripe e caso tenhamos bastante confiana nas premissas. Mas seruma explicao se for bvio que o Joo est com gripe, pois neste caso estamos aexplicar o bvio atravs do menos bvio. Assim, o conhecido silogismo vlido

    Todos os homens so mortais e Scrates um homem; logo, Scrates mortal.

    um mau argumento na maior parte dos contextos epistmicos, mas poder ser uma

    explicao razovel, ainda que superficial, da bvia mortalidade de Scrates.

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    Um argumento vlido tem uma fora universal se as suas premissas so mais plausveis,para qualquer agente racional (ou pelo menos razovel), do que a sua concluso. Aafirmao No se deve torturar crianas por prazer plausvel para qualquer agenteracional (por hiptese); mas a afirmao Sem Deus a vida no tem sentido implausvel para alguns agentes. Ambas as afirmaes so presumivelmente verdadeiras

    ou falsas independentemente do que pensam os agentes, mas da no se segue queambas sejam igualmente plausveis para qualquer agente, em qualquer situaoepistmica.

    Aristteles fundou no apenas a lgica formal mas tambm a informal. A teoria dasfalcias, fundada por Aristteles na obra Sophistici Elenchi, constitui uma parteimportante da lgica informal. Esta abordagem tem sido contestada por no serconstrutiva, mas defensvel que ao estudar falcias possvel compreender aspectosimportantes da boa argumentao. Mas verdade que uma mera listagem de falciasno esclarecedora e pode ser enganadora. Por exemplo, falso que qualquerargumento ad hominemseja falacioso: racional colocar em causa (nomeadamente,

    num tribunal) o testemunho de algum caso se mostre que essa pessoa tem fortesmotivos para mentir.

    Aristteles introduziu a distino entre demonstrao e deduo dialctica (Topica,100a). Por demonstrao, Aristteles no entendia a noo moderna, pois desconheciaos mtodos sintcticos de demonstrao, mas apenas qualquer argumento dedutivovlido cujas premissas sejam verdadeiras (e primitivas, ou derivadas de verdades

    primitivas), ou seja, o que hoje chamamos argumentos slidos. Por deduodialctica Aristteles entendia qualquer argumento dedutivo vlido cujas premissas soapenas opinies respeitveis, isto , afirmaes plausveis, mas no verdadesestabelecidas.

    Assim, Aristteles no ope as demonstraes da lgica formal argumentaoinformal, nomeadamente argumentao sobre matrias morais, estticas, jurdicas oufilosficas. Muitas vezes, este tipo de argumentao demonstrvel com os recursos dalgica formal. Por exemplo, o seguinte argumento moral logicamente demonstrvel,dado que um modus tollens:Se os animais no humanos no tm direitos porque notm deveres, tambm os bebs no tm direitos porque no tm deveres; mas no verdade que os bebs no tm direitos porque no tm deveres; logo, no verdade queos animais no humanos no tm direitos porque no tm deveres. Mas este argumento dialctico, no sentido de Aristteles, porque as suas premissas no so verdades

    estabelecidas, mas apenas opinies respeitveis isto , as premissas desteargumento, apesar de plausveis, esto abertas discusso. Assim, os argumentosdialcticos so quaisquer argumentos dedutivos vlidos, demonstrveis ou no pelalgica formal, cujas premissas, apesar de plausveis, esto abertas discusso. Adistino de Aristteles refere-se unicamente ao tipo de premissas usadas e pode seralargada a todos os tipos de argumentos. Pode-se assim falar de argumentos nodedutivos demonstrativos (por exemplo, argumentos por analogia com premissasverdadeiras).

    Algumas questes de estilo so abordadas pela lgica informal e pela retrica. Porexemplo, numa deduo em cadeia, com a forma

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    Se A, ento B;se B, ento C;logo, se A, ento C.

    a ordem das premissas irrelevante, mas estilisticamente a ordem apresentada a mais

    indicada. Outras questes de estilo, nomeadamente relativas beleza, soexclusivamente abordadas pela retrica, que se ocupa igualmente da linguagem poticae literria, e no exclusivamente da linguagem argumentativa. Por outro lado, a retricano distingue a persuaso irracional da racional, no tendo por isso recursos para definira noo de falcia. Da que se use pejorativamente o termo retrico para classificarum texto muito inflamado mas cujos argumentos so muito fracos. H assim uma certacontinuidade e complementaridade, mas tambm oposio, entre a lgica informal e aretrica.

    Desidrio [email protected]

    Extrado deEnciclopdia de Termos Lgico-Filosficos, segunda edio,org. por JooBranquinho, Desidrio Murcho e Nelson Golalves Gomes (So Paulo: Martins Fontes,2006)

    Bibliografia

    Aristteles. Topica e Sophistici Elenchi. InAristotle Selections.Org. e trad. deTerence Irwin e Gail Fine. Hackett, Indianapolis, Cambridge, 1995.

    Epstein, Richard L. 2001.Five Ways of Saying Therefore. Belmont, CA:Wadsworth.

    Murcho, D. 2006. Epistemologia da Argumentao. InPensar Outra Vez.VilaNova de Famalico: Quasi. Parsons, C. 1996. What is an Argument?Journal of Philosophy93: 164-185. Sainsbury, M. 1991.Logical Forms, Cap. 1. Oxford: Blackwell. Walton, D. 1989.Informal Logic.Cambridge: Cambridge University Press.

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