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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Como a Orientação Pedagógica junto com a dinâmica das
relações humanas podem auxiliar na interatividade do corpo
docente buscando mudanças de atitudes.
Por: Rosiane de Jesus Silva Ferreira
Orientador
Prof.ª Flávia Cavalcanti
São Gonçalo
2014
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Orientação Pedagógica e Educacional
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção
do grau de especialista em Orientação
Pedagógica e Educacional.
Por: Rosiane de Jesus.
3
AGRADECIMENTOS
....a todos que, direta ou
indiretamente, contribuíram para a
realização deste trabalho. Em
especial aos meus amigos.
4
DEDICATÓRIA
.....dedico a todos aqueles que,
incentivaram ou colaboraram com a
realização deste trabalho.
Especialmente, os meus familiares.
5
RESUMO
Para sobreviver em um mundo globalizado e competitivo as
instituições precisam ser rápidas e criativas a fim de alcançar as metas
desafiadoras e inovadoras propostas pelo mercado vigente. É primordial
desenvolver estratégias que envolvam a implementação de projetos que nos
leve a entender como a orientação pedagógica junto com a dinâmica das
relações humanas pode favorecer um melhor entrosamento entre os
participantes da equipe pedagógica.
6
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................07
CAPÍTULO I
O CONTEXTO HISTORICO DA ORIENTAÇAO PEDAGOGICA E DA
DINAMICA DAS RELAÇÕES HUMANAS COMO INTERVENTORES DE
MUDANÇAS SIGNIFICATICAS....................................................................09
CAPÍTULO II
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DINÂMICAS DAS RELAÇÕES
HUMANAS JUNTAS AUXILIAM O BOM RELACIONAMENTO ENTRE AS
PESSOAS.....................................................................................................20
CAPÍTULO III
O MARKETING EM RELACIONAMENTO CONTRIBUI COM A
HUMANIZAÇÃO E JUNTO COM A RELAÇÃO INTERPESSOAL PROCURA
ATENDER POSSÍVEIS NECESSIDADES E EXPECTATIVAS DO CORPO
DOCENTE....................................................................................................28
CONCLUSÃO...............................................................................................38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................40
ÍNDICE.........................................................................................................42
7
Introdução
Neste trabalho pretende-se abordar questões referentes à dinâmica
das relações humanas na assertividade da excelência do desenvolvimento
pessoal da equipe pedagógica atuante no Colégio Cenecista padre Antônio
Vieira. Além de suscitar uma reflexão sobre alguns pressupostos que
respondam a questões de como a orientação pedagógica juntamente com a
dinâmica das relações humanas podem auxiliar na interatividade do corpo
docente na busca de mudanças de atitudes.
A escolha pelo tema surgiu do questionamento sobre as atitudes do
corpo docente atuante no Colégio Cenecista Padre Antônio Vieira e de
como o orientador pedagógico pode contribuir para melhorar o
entrosamento entre esta equipe de forma a humaniza-la ainda mais e fazer
com que estas mudanças de atitudes melhorem cada vez mais o trabalho
escolar.
O Orientador Pedagógico e Educacional tem um papel fundamental
para que ocorra uma orientação de forma significativa e o fortalecimento
deste trabalho pedagógico deve ultrapassar a esfera escolar.
O Orientador Pedagógico deve ser um profissional flexível em suas
atitudes, pois cada um possui sua individualidade e concepções diferentes,
as quais devem ser instigadas para melhor concretização do conhecimento,
a partir de sua realidade. Deve trabalhar em parceria a fim de que haja de
maneira adequada e através de diálogo e orientação busquem desenvolver
momentos prazerosos e de qualidade alcançando resultados significativos.
Esta pesquisa tem como objetivo geral entender como a Orientação
Pedagógica junto com a dinâmica das relações humanas pode favorecer um
melhor entrosamento entre os participantes da equipe pedagógica.
A partir deste objetivo geral, foram dispostos três objetivos
estratégicos que servirão de base para conclusão deste estudo.
8
Primeiramente estudar o contexto histórico da Orientação
Pedagógica e da Dinâmica das relações humanas como interventores de
mudanças significativas. A história da Orientação Pedagógica no Brasil teve
início na década de 1930. Logo no início do século XX deu-se uma
ampliação natural obedecendo à necessidade de assistir ao educando no
desenvolvimento de todas as suas estruturas.
Logo após, refletimos sobre as influências da cultura
organizacional.
O segundo capítulo intitulado, “A orientação Educacional: uma visão do
passado e do presente” abarca numa primeira parte um breve panorama
sobre a história da profissão através da Lei, e logo em seguida, a
Orientação Educacional nos dias atuais.
O terceiro capítulo “O Papel da orientação Educacional em face a
realidade da escola” foi divido em três etapas. Neste estudo de caso,
buscamos primeiro entender a cultura organizacional da escola em questão
para depois, numa segunda etapa evidenciarmos a atuação da Orientadora
Educacional, vislumbrando o Planejamento Escolar e os relatos de
professores e coordenadores. E finalmente, num terceiro momento
relacionamos as possibilidades entre a teoria e a prática nesse contexto
escolar.
Este trabalho justifica-se com o propósito de entendermos que este
cenário organizacional atual exige cada vez mais uma gestão de eficiência e
criatividade, capaz de prever as necessidades do corpo docente,
procurando sanar as dificuldades que ocorrem no dia-a-dia.
Desenvolvendo uma filosofia voltada para o conhecimento do perfil
da equipe pedagógica atuante, criando uma visão de preservação e
mensurando as necessidades reais para a conquista dos objetivos comuns
através de uma abordagem qualitativa. Explorando os benefícios de
implementação de projetos com maior agilidade e flexibilidade, contribuindo
desta forma com um clima de participação e motivação.
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CAPÍTULO I
O CONTEXTO HISTÓRICO DA ORIENTAÇAO PEDAGOGICA E DA
DINÂMICA DAS RELAÇÕES HUMANAS COMO INTERVENTORES DE
MUDANÇAS SIGNIFICATICAS
As raízes da Orientação Educacional e Pedagógica têm origem nos
Estados Unidos (1930) e seu objetivo era orientar os jovens para uma
decisão quanto à carreira exitosa no mercado de trabalho.
No Brasil até a década de 1920, a orientação educacional era
totalmente voltada para aconselhamentos moral e religioso. Com o
crescimento das indústrias as novas expectativas passaram para o ensino
profissional dando um forte enfoque para a Orientação Educacional.
Segundo Santos (1986), a orientação educacional utilizava técnicas
e métodos vocacionais para o ajustamento do aluno, seguindo a linha
psicologizante. Durante sua trajetória a concepção da orientação
educacional foi modificada, e estas modificações se deram devido a alguns
fatores, tais como: os avanços da psicologia, a questão epistemológica e ao
tratamento que lhe é dado no decorrer do tempo.
Tanto na teoria quanto na prática muitas foram às transformações e
evoluções vivenciadas pelos orientadores educacionais, pois em tais
praticas as linhas de atuação confusas e obscuras ligadas às relações de
poder e comando contribuíram para que ocorresse uma certa divisão dos
trabalhos pedagógicos e administrativos da escola.
A orientação Educacional legitimou-se pela obrigatoriedade com a LDB 5.692/71, que complementa a lei 5.540/68, surgindo com a finalidade de qualificar para o trabalho, através da profissionalização, com sondagens no 1° grau e habilitações profissionais no 2° grau. Afirma ainda
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que o fato de a LDB 5.692/71 garantir a obrigatoriedade da Orientação Educacional, não garantia a sua implantação nas escolas, o que fez com que esse movimento da categoria perdesse tempo quanto à conquista deste lugar no sistema educacional. (Grinspun, 2001, p.17 )
Segundo Frangella (2008), a orientação educacional teve sua
historia de desenvolvimento atrelada à da psicologia, que data do século
XVI e procurava, através de psicotécnicas, traçar aptidões correlacionadas
a atividades específicas.
Até a década de 1920, a Orientação Educacional no Brasil constituía-se de atividades esparsas e isoladas, em que fazia presente o cunho de aconselhamento, ligado a uma moral religiosa. A partir da década de 1920, com o desenvolvimento urbano-industrial, houve a necessidade de formação para essa nova realidade de trabalho. O ensino profissional foi sendo implementado e, com ele, a Orientação Educacional, serviço que poderia adotar uma linha de aconselhamento vocacional. (Frangella, 2008, p.15).
Conhecendo um pouco da história pode-se analisar que a primeira
alteração foi a Lei 7044/82, onde o ensino de 2° grau deixou de ser
compulsoriamente profissionalizante para sê-lo optativamente na quase
totalidade das instituições escolares. A prática da orientação educacional e
pedagógica deve analisar os fatos:
Questionamento da necessidade ou não destes profissionais nas
escolas;
Sua função: assumir um papel importante na consecução dos
objetivos em busca de uma escola que cumpra o processo de ensinar
e aprender;
A importância dos debates em torno da reformulação do curso de
pedagogia colocando em questão a função própria do pedagogo,
enquanto profissional da escola e da educação.
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Exerce uma contribuição efetiva no sentido de aproximar o Orientador
Educacional da concepção de especialista em educação.
A autora Selma Garrido avalia, reelabora e assimila criticamente as
contribuições das principais teorias da Orientação Educacional fornecendo
indicações para a elaboração, reformulação e critica das técnicas de
intervenção pedagógica levadas a efeito pelos OEs. Ainda segundo a autora
a origem do problema se da devido aos seguintes fatos:
A ausência de eficácia da orientação vocacional empreendida,
já que os alunos pouco ou nada modificavam a escolha vocacional
previamente feita;
A presença dos fatores socioeconômicos, como mais decisivos
para a escolha do que dos fatores psicológicos, trabalhados pela orientação
vocacional.
A insuficiência de teorias que amparassem a pratica da
orientação vocacional no Brasil, já que as eventualmente utilizadas eram
importadas, sem sofrerem uma devida adequação e apresentavam uma
visão fragmentaria do homem, pois eram exclusivamente desenvolvidas sob
o enfoque da Psicologia.
A ausência da visão clara do conceito de homem que se tem,
ao empreender a orientação vocacional – o que gerou perda de significado
da própria orientação vocacional.
A filosofia contribuiu para o estudo dos orientadores educacionais e
pedagógicos no que se refere ao ser humano como ser-encarnado no
mundo, o que permite recolocá-lo como unidade homem e nela a liberdade.
Observa-se a predominância nos educadores brasileiros a consciência
comum.
No nível da experiência constatou-se que a orientação vocacional
não esta desempenhando o seu papel de “ajudar o indivíduo a decidir por
uma ocupação e adaptar-se a ela”, já que os indivíduos decidem, apesar da
orientação vocacional.
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A decisão tem sido trabalhada sob o enfoque exclusivo da
psicologia do indivíduo e das ocupações. Este enfoque gerou um
“psicologismo” da decisão na medida em que, tomando o homem como
objeto da decisão e não sujeito, a orientação vocacional não coloca em
questão o problema da liberdade de decidir.
Cabe a orientação vocacional um papel de sujeição do homem a um
trabalho produtivo sem que uma apreciação objetiva de suas
potencialidades seja efetivada. Baseado no estudo psicológico do individuo,
a orientação vocacional cria nele a impressão da decisão.
A orientação (entendida como ajuda) profissional, aparece
documentada, pela 1ª vez em 1575, na obra Examén de Ingénios para las
ciências, escrita pelo médico espanhol Juan Huarte, que procura resolver a
questão (individuo e profissão).
Em 1631, Guibelet já destacava a importância da afeição para o
êxito de uma profissão.
Em 1909, Frank Parsons decretou que o fundamento de uma
orientação profissional cientifica consistem, de uma parte, conhecer o
homem e, de outra, conhecer as indústrias. Nasce de modo sistematizado o
primeiro escritório de orientação profissional, em Munich (1908) e o
segundo em Boston (Parsons). A orientação profissional já estava vinculada
a Psicologia, especialmente a psicometria e a analise ocupacional.
Houve a separação entre os fatos e as teorias. A orientação
vocacional passa a ser entendida como campo de aplicação da psicologia
vocacional.
Destacam-se alguns fatos significativos:
Em 1908, Frank Parsons criou o Serviço de Orientação Profissional
na Associação Cristã de Moços, em Boston.
Proposição de Parsons: Dada a revolução industrial associada a
mudanças sociais, o número de ocupações amplia-se e ampliam-se
as oportunidades ocupacionais fazendo surgir à necessidade de
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orientação aos jovens para que se decidam frente ao novo e
complexo mercado de trabalho.
Aplicação de testes coletivos de inteligência, dando contribuições
importantes decisivas na psicológica vocacional.
Publicação da edição: Inventaria de Interesses Vocacionais (IIVS),
por Strong, E.K.
Estudos que constituíram o ponto de partida para o que hoje
conhecemos como Relações Humanas.
Construção da máquina “prognosticadora” para predizer o êxito de
uma pessoa em todas as possíveis ocupações.
A Teoria dos Traços e Fatores resumiu toda a característica da
psicologia vocacional e da orientação vocacional no período de 1900 a
1950, pois representa o esforço cientifico para a caracterização das
ocupações e caracterização e identificação das aptidões.
Acreditava-se que as aptidões são inatas e neste contexto não cabe
falar em decisão vocacional, mas sim em determinismo vocacional.
Em 1951, a psicometria é colocada em segundo plano. Inicia-se a
formulação da chamada teoria desenvolvimentista da escolha vocacional,
que é definida como um processo de desenvolvimento que se inicia ao final
da infância e termina no inicio da idade adulta.
Contraria a psicometria para o qual a “escolha” era um fato fixo, a
ser identificado em um momento da vida. (o término da escola secundária).
Segundo a Teoria da Escolha Vocacional, pretende coletar os
elementos que permitam colocar em evidência o psicologismo e a sua
insuficiência.
CRITES (2000), agrupa as teorias da escolha vocacional em 3
grupos:
a) Teoria não psicológicas – são as que atribuem os fenômenos da
escolha, a fatores externos ao indivíduo:
b) Teoria do acidente - as pessoas escolhem uma ocupação
casualmente. Analisando o costume e os meio como fatores de
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escolha profissional em sua época, PASCAL, verificou que a divisão
do trabalho era por corporações de oficio, fechadas, delimitadas e
hereditárias.
c) Teorias econômicas – tenta explicar por que o número de
trabalhadores é diferente nas varias ocupações. Força de trabalho
masculina era constituída por artesões ou por operários, enquanto a
minoria era profissional.
O individuo tem completa liberdade de escolha, assim quem escolhe
a ocupação traz maiores benefícios. Aquelas ocupações que oferecem
maiores salários são também as que exigem menos trabalho. Portanto, o
salário é o fator que explica a distribuição dos indivíduos pelas ocupações.
Fatores que segundo CLARK (1931), produzia as desigualdades na
distribuição dos indivíduos pelas ocupações:
Há ignorância sobre vantagens e desvantagens salariais das
diferentes ocupações.
O custo para aquisição de capacidade para as diferentes ocupações
é variável.
Observação: A maior parte dos economistas contemporâneos
reconhece que a escolha de uma ocupação depende de um numero
de variáveis;
Prestígio das ocupações;
A segurança de emprego que oferecem;
Requisitos ocupacionais exigidos pelas ocupações.
Para a Teoria Cultural e Sociológica o fator mais importante na
determinação da escolha vocacional é a influencia da cultura e da
sociedade.
a) Cultural: (ocidental, oriental e eurasiana)
b) Subcultura: (região geográfica, classe social, antecedentes
raciais)
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As Teorias Psicológicas concentra-se no indivíduo afirmando que a
escolha vocacional é determinada, principalmente, pela dinâmica de suas
características e só indiretamente pelo meio em que vive.
Teoria de Decisão - É constituído pelas teorias baseadas na satisfação
de necessidades. Qualquer sistema psicológico que se esforce por
obter uma explicação da conduta em termos de motivos ou impulsos.
Envolve a psicanalise ortodoxa.
O individuo se adapta as expectativas e costumes sociais,
sublimando os desejos e impulsos que experimenta, como resultado de sua
natureza biológica, O mecanismo de conduta que o individuo adota
constituem seu caráter e personalidade e é a base para a escolha de uma
ocupação.
Teoria de Meadow – Referente à personalidade
1 – A pessoa independente poderá procurar um emprego no comércio, ou
em profissões onde possa exercer liderança e iniciativa.
2 – O tipo reativo como os compulsivos, procurará atuar em profissões que
requeiram este traço.
3 - Os agressivos podem escolher profissões altamente competitivas.
4 - Uma pessoa que tenha superego severo pode sentir-se satisfeita nas
suas ocupações.
5 - O trabalhador passivo e submisso tem menos êxito no emprego que
escolheu do que o agressivo.
Teoria do Desenvolvimento - Enfatiza a importância dos seis
primeiros anos de vida, na estruturação da personalidade e na criação
de necessidades que se expressarão mais tarde na conduta racional.
ANNE ROE (2005), fez suas primeiras experiências psicossociais
com a família. Dependo como o sujeito satisfaz suas necessidades, isto
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determinará quais de suas capacidades, interesses e aptidões serão
desenvolvidos. Ela estabeleceu como necessidade básica a auto realização.
A maioria dos estudos que buscou validade pratica da teoria de ROE
chegou a resultados negativos.
Segundo estudo de HOLLAND, a escolha da vocação é uma
experiência da personalidade, os inventários de interesse são inventários de
personalidade, os estereótipos vocacionais possuem significados
psicológicos e sociológicos confiáveis e importantes;
Os indivíduos que tem uma dada vocação tem personalidade e
historias semelhantes de desenvolvimento pessoal;
Dado que as pessoas de mesmo grupo vocacional têm
personalidades semelhantes, responderão ao mesmo modo a muitos
problemas e situações; e criarão ambientes interpessoais
característicos.
Na vocação a satisfação, a estabilidade e o sucesso dependem de
uma congruência entre a personalidade e o ambiente em que se
trabalha.
Partem do principio que as decisões implicadas na seleção de uma
ocupação, são tomadas em diferentes momentos da vida e constituem um
processo continuo que começa na infância e termina na idade adulta.
A partir de entrevistas com adolescente podemos destacar:
a) Fantasia: O que você quer ser quando crescer (3 a 11 anos)
b) Tentativa: baseia-se na escolha a partir de seus interesses, depois
em suas capacidades e finalmente em seus valores. (13 aos 17 anos)
c) Realista: representa os esforços do individuo para equilibrar suas
necessidades e a realidade, para que possa resolver o problema da
escolha vocacional passando por três momentos:
Exploração: elimina as ocupações
Cristalização: se compromete com objetivos
Especificação: dá os primeiros passos para alcançar seus
objetivos.
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Teoria de SUPER - Baseia-se nos princípios da psicologia diferencial
e fenomenológica para descrever e explicar o processo da escolha.
Introduziu a importância da formação do “conceito de si mesmo”. A
maturidade vocacional para acentuar o grau de desenvolvimento individual,
desde o nascimento até o final da vida de trabalho. (aposentadoria). Afirma
que as oportunidades não são iguais para todos.
Teoria de TIEDEMAN - Considera o conceito de si mesmo em
enfoque diferente da Teoria de SUPER. Destaca a formação do si mesmo
em relação às experiências educacionais. O desenvolvimento do si mesmo
e desenvolvimento vocacional interatuam e se afetam mutuamente.
Teoria Operatória do Desenvolvimento Vocacional - Estabelecem
estratégias (operações) que permitam ao individuo, concretizar as etapas do
desenvolvimento vocacional.
Destaque para cada fase:
A) Exploração: pensamento criativo
B) Cristalização: importância do pensamento interpretativo
C) Especificação - onde terá que hierarquizar seus valores segundo
critérios essenciais que lhe sirvam de guia para comparação dos
diferentes projetos.
D) Realização - importância dada ao pensamento implicativo.
Os Orientadores Educacionais que se baseia nas teorias
desenvolvimentistas, encontra inúmeras possibilidades para criar
instrumentos que lhe permitam ajudar o individuo a escolher, mas não
questiona o para quê escolher.
As teorias de escolha vocacional baseados nas decisões não
fornecem respostas, mas ajudam a desvendar aspectos do problema da
decisão.
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Teorias baseadas em modelos de tomada de decisão fixam o seu
interesse no individuo que decidi, apesar de remetê-lo a avaliar a situação
em que vive. Apelam ao individuo psicológico que organiza racionalmente o
seu problema, para agir conforme os seus interesses, suas aptidões e os
condicionantes sociais a elas.
Ainda hoje, a visão do que vem a ser orientação esta atrelada aos significados construídos historicamente: o de um profissional que atua sobre o outro. Essa visão, ainda tão presente no cotidiano escolar, indica caminhos de uma hierarquização do trabalho no cotidiano escolar a partir da condição de ser possuidor ou não de alguns conhecimentos. Nesse modelo, o orientador, ao se debruçar sobre esse cotidiano em desenvolvimento, analisa-o e o altera, como se só ele fosse capaz de enxergar as dificuldades encontradas e de propor alternativas a elas. (Frangella, 2008, p.20)
Cabe ao orientador educacional articular seu trabalho de forma
coletiva envolvendo os demais segmentos da escola no sentido de
compartilhar ações que se concretizem em prol dos professores, aluno e
família.
A prática da Orientação Educacional e Pedagógica deve ser vista
como uma pratica escolar e ilimitada, pois caminha no sentido da
obrigatoriedade, da subjetividade e da totalidade da Educação.
A orientação Educacional desempenha um importante papel para que essas mudanças aconteçam, pois os orientadores, juntamente com os supervisores, são responsáveis pelo planejamento e execução de propostas que façam com que os processos de ensino e de aprendizagem dos alunos se desenvolvam com qualidade. Também cabe a eles serem articuladores e mediadores junto aos professores, buscando uma prática educativa que atenda as necessidades das diversidades de seus alunos. (Brandão, 2005, p.2)
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A atuação dos profissionais de orientação educacional e
pedagógica ultrapassam os muros das escolas e estes devem ser
mediadores das relações existentes no âmbito escolar promovendo a
integração necessária para a construção de uma sociedade inclusiva
comprometida não só com os ditos normais, como também com os alunos
com necessidades educacionais especiais.
Um processo social desencadeado dentro da escola mobiliza todos os educadores que nela atuam – especialmente os professores – para que, na formação desse homem coletivo, auxiliem cada aluno a se construir, a identificar o processo de escolha por que passam, os fatores socioeconômico-político-ideológicos e éticos que o permeiam e os mecanismos por meio dos quais ele possa superar a alienação proveniente de nossa organização social, tornando-se, assim, um elemento consciente e atuante dentro da organização social, contribuindo para sua transformação. (Pascoal, 2006, p.118)
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CAPÍTULO II
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E DINÂMICAS DAS RELAÇÕES
HUMANAS JUNTAS AUXILIAM O BOM RELACIONAMENTO ENTRE AS
PESSOAS
No mundo globalizado em que vivemos, as pessoas necessitam
cada vez mais de rapidez e criatividade para solucionar problemas que
possam surgir, seja na vida pessoal ou profissional. A orientação
Pedagógica surge para auxiliar e orientar os profissionais na busca destas
soluções, desenvolvendo estratégias que atendam as necessidades atuais.
Para se atingir os objetivos propostos em uma empresa é preciso
que a equipe atuante desenvolva um trabalho de alto desempenho através
de transformações e mudanças significativas.
Segundo Leavitt (2000), uma equipe é formada por um grupo de
pessoas que necessitam umas das outras para alcançar um objetivo. A
equipe tem metas e resultados a serem atingidos e uma razão de existência.
Segundo Oliveira (1988) deve-se avaliar a diversidade dos membros
da equipe destacando os aspectos importantes a ser levado em conta para
a sobrevivência da empresa. As equipes geralmente são compostas por
pessoas que têm características comportamentais diversas, aptidões,
interesses e atitudes diferenciadas.
A gestão da diversidade vai promover a
consciência, a aceitação e a compreensão de diferenças entre indivíduos, como a expectativa de que os resultados sejam melhores relações pessoais, maior apreço e respeito pelos outros, maior aceitação das diferenças e minimização de manifestações ostensivas e outros preconceitos. (Roosevelt, 1998, p.297)
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O objetivo deste estudo compreende em analisar se existe relação
entre a complementaridade de pessoas de tipos psicológicos distintos e o
desempenho dentro da equipe. A orientação pedagógica pesquisa a
atuação de alguns aspectos comportamentais na interação entre as
pessoas, como as afinidades e dificuldades que podem ocorrer dentro da
equipe.
O estudo das dinâmicas das relações humanas contribui para
aumentar a percepção que as pessoas têm de si e dos outros membros da
equipe na qual estejam engajadas, objetivando aumentar o entendimento, a
colaboração e a aceitação entre as pessoas reunidas em prol de um
objetivo comum.
O orientador pedagógico deve ajudar os membros das equipes a se
conhecerem melhor, a reconhecer suas preferências, valorizar seus
talentos, desenvolver seus pontos fracos e maximizar os pontos fortes.
Faz-se necessário a intervenção no relacionamento interpessoal,
destacando que os indivíduos são diferentes, pensam diferentemente e
abordam os problemas por vários ângulos. Aumentar a tolerância em
relação às diferenças e aos diversos pontos de vista, favorece a
capacitação das pessoas sobre as diferenças de estilos de personalidade
em favor da equipe.
Carl Gustav Jung foi um dos autores que mais estudou a personalidade humana, interessado e preocupado comas relações do homem com o mundo externo e com a comunicação entre as pessoas. Jung é conhecido como um dos maiores psicólogos do século XX. (Lindzey, 1973, p.131)
Segundo Jung (1971), existe duas formas de atitudes/disposição
das pessoas em relação ao objeto: a pessoa que prefere focar a sua
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atenção no mundo externo de fatos e pessoas (extroversão), e/ou mundo
interno de representações e impressões psíquicas (introversão).
A extroversão e a introversão são duas atitudes
naturais, antagônicas entre si, ou movimentos dirigidos, que já foram definidos por Goethe como diástole e diástole. Em sucessão harmônica, deveriam formar o ritmo da vida. Alcançar esse ritmo harmônico supõe uma suprema arte de viver. (Jung, 1971, p.51)
Ainda, segundo o autor, ambas as atitudes existem dentro do
individuo, mas só um delas foi desenvolvida como função de adaptação,
logo se pode supor que a extroversão cochila no fundo do introvertido, como
uma larva, e vice-versa.
Jung identificou quatro Funções Psíquicas que a consciência usa
para fazer o reconhecimento do mundo exterior e orientar-se: Sensação,
Pensamento, Sentimento e Intuição.
A sensação e a intuição são funções irracionais, uma vez que a
situação é apreendida diretamente, sem a mediação de um julgamento ou
avaliação.
As funções pensamento e sentimento são considerados racionais
por terem caráter judicativo e por serem influenciadas pela reflexão,
determinando o modo de tomada de decisões.
Sob o conceito de sensação pretendo abranger todas as percepções através dos órgãos sensoriais; o
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pensamento é a função do conhecimento intelectual e da formação lógica de conclusões. Por sentimento entendo uma função que avalia as coisas subjetivamente e por Intuição entendo a percepção por vias inconscientes. A sensação consta o que realmente está presente. O pensamento nos permite conhecer o que significa o presente; o sentimento, qual o seu valor; a intuição, finalmente, aponta as possibilidades do de onde e do para onde que estão contidas neste presente. As quatro funções são algo como os quatro pontos cardeais, Tão arbitrarias e tão indispensáveis quanto estes. (Jung, 1971, p.497)
O inconsciente é o produto da interação entre o inconsciente
coletivo e o meio ambiente em que o indivíduo cresce.
Tudo quanto conheço, mas sobre o qual no momento não estou pensando; de tudo quanto eu tinha consciência, mas agora esqueci; tudo quanto os seus sentidos percebem, mas que não é notado pela minha mente consciente; tudo quanto, involuntariamente e sem prestar atenção, sinto, penso, recordo, quero e faço; todas as coisas futuras que estão tomando forma em mim e que algum dia virão à consciência; tudo isso é o conteúdo do inconsciente. (Stevens, 1993, p.52)
Dentro da dinâmica da personalidade, existe a função dominante,
que surge pelo exercício e pelo desenvolvimento de traços congênitos.
Cada indivíduo utiliza preferência sua função principal, a fim de obter
melhores resultados na luta pela existência.
Na luta pela existência e pela adaptação, cada
qual emprega instintivamente sua função mais desenvolvida, que se torna, assim, o critério de seu hábito de reação. Assim como o leão abate seu inimigo ou sua presa com a pata dianteira (e não com a cauda, como faz o crocodilo), também nosso habito de reação se caracteriza normalmente por nossa força, isto é, pelo emprego de
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nossa função mais confiável e mais eficiente, o que não impede que às vezes, também possamos reagir utilizando nossa fraqueza específica. Tentaremos criar e procurar situações condizentes e evitar outras, para, assim, fazermos experiências especificamente nossas e diferentes das dos outros. (Silveira, 1988, p.34)
Nise da Silveira (1988) destacou que a função dominante é a arma
mais eficiente que o indivíduo dispõe para usar na sua orientação e
adaptação ao mundo exterior, ela se torna o seu Habitat reacional.
A individuação é um dos principais conceitos da teoria de Jung, diz
respeito a um processo amplo e complexo que responde a uma necessidade
natural do homem de crescer, completar-se e entrar em contado com os
aspectos menos desenvolvidos da sua personalidade.
Ela envolve não apenas a auto realização, mas
também a auto diferenciação: a decisão ética de buscar a própria individuação é uma escolha para diferenciar a si mesmo, como ser humano completo, dos demais seres humanos. (Stevens, 1993, p.187)
É importante para o orientador pedagógico reconhecer na equipe o
perfil daqueles que têm mais facilidade para trabalhar em determinadas
atividades, criar um ambiente que tenha novidades, alternativas, visão
macro e possibilidade de mudanças.
Cabe ao orientador pedagógico o papel de proporcionar um
ambiente de trabalho com a menor rotina possível, buscando criar um
comprometimento das pessoas envolvidas no processo, ganhando desta
forma sinergia e consistência na solução de problemas.
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Outro percursor da utilização de dinâmicas foi Kurt Lewin, psicólogo
social alemão, que desenvolveu nos Estados Unidos pesquisas no
comportamento humano. Seu interesse centrou-se em grupos, analisando
as variações de coesão, padrões, motivação, participação, processos
decisórios, produtividade, preconceitos, tensões e formas de coordenar um
grupo.
O primeiro artigo de Lewin, em 1944, fala da expressão Dinâmica de
grupo onde tratava da relação entre teoria e prática em psicologia social.
Afirmava que para se trabalhar com grupos é preciso conhecer a natureza e
o funcionamento dos grupos bem como a relação indivíduo com grupo e do
grupo com a sociedade.
O grupo surgiu pela necessidade de o homem viver em contato com
os outros homens. Nesta relação homem-homem, vários fenômenos estão
presentes: comunicação, percepção, afeição, liderança, integração, normas
e outros. À medida que nós nos observamos na relação eu-outro surge uma
amplitude de caminhos para nosso conhecimento e orientação.
Dentro das relações humanas, o que é mais importante é a
motivação em estar com o outro, participar na coordenação de caminhos ou
metas a alcançar.
O ser humano necessita viver com outros de sua espécie, pela sua
própria natureza, mas ainda não se harmonizou nessa relação.
Lewin (1965) considerou o grupo como o terreno sobre qual o
indivíduo se sustenta e se satisfaz. Um instrumento para satisfação das
necessidades físicas, econômicas, politicas, sociais, etc.
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Cabe ao orientador pedagógico levantar esses objetivos dos
componentes do grupo e facilitar o atendimento as necessidades
detectadas. Considerar o homem não só como animal pensante, mas como
um Ser que precisa estar em contato com o outro para conhecer a si e
apreender o mundo que o rodeia.
O orientador pedagógico deve estar atento ao sistema grupal.
Observando, colhendo dados e agindo ou interferindo nesse sistema para
uma maior clareza do grupo. Deve se colocar como facilitador, abrindo
caminhos para livrar o homem de dependência do outro e dá condições
para que ele encontre cominhos para atingir seus próprios objetivos em
suas diversas relações.
Colocar o respeito acima de qualquer técnica e conhecimento
teórico, permitindo ao grupo ser espelho de sua própria realidade social,
dando condições para que o grupo rejeite e assim possa confrontar-se com
seu mundo afetivo social. O orientador pedagógico promove o crescimento
do grupo à medida que ele está disponível para também crescer.
Segundo Eliane Costa (2007) o importante é sabermos as
características fundamentais que devem ser desenvolvidas no grupo:
1 – O facilitador assume dois papéis básicos, o iniciador e o de
catalisador das interações travadas no grupo.
2 – Toda dinâmica tem de ser planejada. Improvisação deve ser
guardado para os momentos em que algo planejado der errado.
3 – Também na fase de planejamento, devemos meditar sobre as
dinâmicas e estar preparado para as variações.
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O orientador pedagógico deve contribuir para a formação de um
clima propício ao crescimento do grupo. Desenvolvendo aptidões
relacionadas com a arte de comunicar em eficiência, saber ouvir e saber
expressar-se. Saber avaliar informações, elogiar e disciplinar as pessoas.
Segundo Schutz (1988) todos os grupos passam por quatro fases
distintas e interdependentes: Inclusão, controle, afeição e separação.
Hoje, no mundo do trabalho, atribui-se a cada homem e a cada
mulher responsabilidade pelo desenvolvimento de sua trajetória profissional.
Ninguém fica num local apenas por conta do salário, mas sua permanência
é também condicionada pela capacidade de enxergar a finalidade positiva
do que faz do reconhecimento que obtém, do bem-estar que sente quando
seu trabalho é valorizado e se percebe ali a possibilidade de futuro
conjunto.
Há um nível de insatisfação entre os profissionais da atualidade que
levam as empresas a agirem com uma inteligência estratégica. A principal é
o mecanismo de reconhecimento. Reconhecer significa conhecer a mim
mesmo. Precisamos nos ver naquilo que fazemos, do contrário não há
realização.
O líder é aquele ou aquela capaz, numa dada circunstancia, de levar adiante pessoas, projetos, ideias, metas. Qualquer um consegue fazer isso, desde que transforme sua força intrínseca numa força atual. O que reafirmo com isso, para não cairmos numa armadilha? Não existe líder nato. Aquele apontado como: Esse cara nasceu para liderar. Observe a historia dele e vera que ele foi assumindo encargos, lidando com situações e circunstancias que permitiram que fizesse aquilo. Você não nasce líder, você se torna um líder no processo de vida com os outros. (Cortella, 2012, p.100)
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CAPÍTULO III
O MARKETING EM RELACIONAMENTO CONTRIBUI COM A
HUMANIZAÇÃO E JUNTO COM A RELAÇÃO INTERPESSOAL PROCURA
ATENDER POSSÍVEIS NECESSIDADES E EXPECTATIVAS DO CORPO
DOCENTE
A atualidade traz um tempo de grande competição, daí a importância
da inovação e criatividade. O mercado está em busca de profissionais que
atendam as necessidades da empresa e que sintam orgulho em fazer parte do
quadro profissional. O corpo docente feliz e satisfeito veste a camisa da
instituição.
O vetor motivacional do orientador pedagógico é um processo que
requer interação pessoal, dedicação e um esforço organizacional que apoie e
proteja os recursos necessários. A motivação se faz a partir de uma força ou
energia que nos impulsione rumo a algum objetivo, é intrínseca, nasce de
nossas necessidades interiores.
É crucial estimular e encorajar o corpo docente, porém mantê-los
motivados não é fácil. Na maioria das pessoas os fatores motivacionais
encontram-se nos desejos humanos como o reconhecimento, o apreço, etc.
Cada indivíduo é um universo único; suas ações, seus motivos,
seus sentimentos constituem paradigma único.
Ninguém pode jamais sentir a saudade que
sentimos experimentar a felicidade que vivemos sofrer as angustias da perda que sofremos e, porque assim somos, constituímos figura ímpar, ser singular no imenso espaço que emoldura nossa passagem pelo tempo. Esta originalidade de cada um dificulta a comunicação interpessoal e com ela todo esquema de relações humanas que envolvem o segredo do conviver. Esta singularidade humana está presente em qualquer família, em um escritório, na risonha mesa de um bar, na escolha de
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companheiros, nos partidos políticos e, naturalmente, na sala dos professores e em toda sala de aula. (Celso Antunes, 1937, p.10)
Ainda segundo Celso Antunes (1937), a prática das relações
humanas interpessoais busca examinar os fatores condicionantes das
relações humanas, e fase aos mesmos, sugerir procedimentos que
amenizem a angustia da singularidade de cada um.
A escola atual assumiu um papel educativo e as relações
interpessoais passaram a ganhar dimensão imprescindível. O laço
estreitado neste contexto educacional tornou-se muito importante.
O trabalho dos profissionais da educação, em especial da supervisão educacional, é traduzir o novo processo pedagógico em curso na sociedade mundial, elucidar a quem ele serve, explicitar suas contradições e, com base nas condições concretas dadas promover necessárias articulações para construir alternativas que ponham a educação a serviço do desenvolvimento de relações verdadeiramente democráticas. (Ferreira apud RANGEL, 2002, p. 9)
O orientador pedagógico deve mostrar-se preparado e com aguda
sensibilidade para perceber o oportunismo do momento e ter total domínio
de estratégias de execução, que segundo Celso (1937) são três: fazer
alguma coisa pelas relações interpessoais, estar preparado para esse fazer
e é imprescindível, o momento ideal para fazê-lo.
Conhecendo os traços da personalidade de cada um podemos ter
uma pequena ideia de como se sentem em relação a si mesmos e em suas
relações interpessoais. O poeta paraibano Augusto dos Anjos disse que
quem nesta terra miserável vive entre feras, sente o inevitável desejo de
também ser fera.
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Cabe ao orientador pedagógico com paciência, persistência,
objetividade, coerência, conhecimentos, trabalhar e silenciar desejos de
ferocidade.
Não é tarefa fácil, porém o orientador pedagógico precisa ajudar o
corpo docente a se auto reconhecer, pois assim formará bases firmes para
realizar mudanças. Para isso, poderá contar com ajuda, se necessário, de
psicólogos.
A educação para autoestima deve distanciar-se de
palavras como erro ou culpa e pela descoberta de que aprender a viver é como descobrir um caminho. Contando com ajuda criarão quadros de si mesmas como indivíduos valorosos e bem-sucedidos, com uma boa auto compreensão e um bom autocontrole. (Rogers, 1955, p.21)
Segundo George Kelly (1955), os seres humanos são em geral
curiosos e, como querem compreender o mundo e o próprio eu, evoluem
pelos anos construindo conceitos extremamente pessoais e personalizados.
A comunicação é muito significativa no esquema das relações
interpessoais. Ray Birdwhistell (1970) afirma que o que é captado pelo
ouvinte advém de palavras pronunciadas; o mais e o que efetivamente ajuda
a aprender estão no sentimento de empatia.
As relações interpessoais devem sempre estar acompanhadas por
transformações, ainda que sem a inequívoca certeza de que efetivamente
ocorrerão.
Para se realizar um trabalho referente às relações
interpessoais é necessário se ter uma definição clara dos objetivos pretendidos, levantamento dos recursos materiais e humanos necessários, organização de uma lista de temas que representarão pressupostos morais ou filosóficos da programação desenvolvida, definição de quando, como e
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onde trabalhar o projeto, conhecimento de estratégias específicas que estimulem a discussão, aprofundem o debate e façam aflorar mudança positiva nas relações interpessoais, procedimentos que aproximem a família da escola e, portanto, possam elevar a dimensão das mudanças que se busca construir e sistema de avaliação formativa que possam acompanhar como esta se dando relacionamento, como indicar eventuais correções de rota do projeto. (Celso Antunes, 1935, p.46)
Para Vitor Paro (1986), a prática administrativa deve ser criadora,
calcada na invenção e na descoberta. Reiterativa (ou reprodutivista), pois
multiplica os procedimentos criados, apenas ampliando seu alcance.
O processo amplo, complexo e lento de mudanças que ocorrem, por inúmeras razões – mas principalmente pelo surgimento de novas necessidades dos homens – de práticas, valores, princípios e características pertinentes a determinado tipo de sociedade. Consideramos, por isso mesmo, a análise da transformação social extremamente para maior autoconsciência do que somos ou fazemos. (Neto e Nagel, 2007, p. 4).
Neste novo cenário organizacional há exigência de uma equipe de
trabalho mais eficiente e criativa, capaz de reconhecer sua necessidade e
as necessidades do outro, valorizando a relação interpessoal.
Trabalhar com o marketing em relacionamento permiti desenvolver
dentro da empresa uma filosofia voltada para satisfação. Ao identificar
alguns traços básicos de seus componentes o orientador pedagógico será
capaz de distinguir o tipo de pessoa com quem trabalha: decidido, indeciso,
confuso, apressado, sem pressa, comunicativo, atento, que só diz sim,
estrela e negociador.
O marketing em relacionamento é um processo contínuo que exige
das pessoas que o utilizam comunicação frequente, para assegurar a
realização dos objetivos comuns.
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Os autores Pepers e Rogers (1997) a dinâmica competitiva proposta
pelo marketing em relacionamento exige da empresa uma comunicação
interativa e gerenciamento de informações.
Segundo McKenna (1979), o marketing baseado na experiência
enfatiza a interatividade, a conectividade e a criatividade. Conhecer,
interagir e criar novidades para o cliente são bases essenciais para o
sucesso de um planejamento.
Dizem que as empresas, organizações e indivíduos constroem junta
uma rede de relacionamentos que é valorizada de acordo com os interesses
das mesmas. Para se manter em um mercado competitivo, ao longo de
nossa trajetória tentamos conquistar novos contatos e capacitar o corpo
docente. A instituição procura manter ao seu redor pessoas que apoiam,
apreciam o seu valor e proporcionam novas oportunidades de crescimento.
Para o orientador pedagógico comunicar-se com clareza de forma
aberta é o caminho para a excelência e crescimento. O marketing de
relacionamento é uma abordagem qualitativa e são vários os benefícios de
implementação, entre eles temos o clima de participação, motivação dos
funcionários e maior desenvolvimento humano.
Segundo Sheth, Mittal e Newmann (2001), empresas de todo mundo
estão reconhecendo a importância de entender o comportamento de seus
funcionários como uma chave para o sucesso da instituição.
CORTELLA (2010) analisa os tempos de hoje e levam o leitor a
indagar sobre seu modo de vida e aspirações. Apresenta um perfil ideal do
profissional e considera que a educação continuada pressupõe a
capacidade de dar vitalidade as competência, às habilidades e ao perfil das
pessoas.
Segundo Assis (1994) a importância do papel do orientador
pedagógico como responsável educacional, questiona as práticas docentes
envolvendo os aspectos didático-pedagógicos, tais como, metodologias,
avaliações, a necessidade de que os docentes conheçam e reflitam sobre o
real significado da existência da escola e sua função social. Apresenta o
33
papel do orientador pedagógico numa dimensão bastante ampla e fala
também da escola como lócus privilegiado de participação. Questiona a
formação profissional, mostrando que há necessidade de uma nova
atuação.
O orientador pedagógico deve desenvolver propostas que elevem o
nível cultural do corpo docente e transforme o ambiente escolar no melhor
possível, participando da construção coletiva de caminhos para a criação de
condições facilitadora e desejável ao bom desenvolvimento do trabalho
pedagógico.
Desta forma, é necessária uma discussão sobre a natureza da vida escolar em que todos os integrantes da equipe pedagógica questionem criticamente o currículo existente na escola, o currículo oculto, o aparelho político em todos os níveis, a forma e o conteúdo dos textos escolares e as condições de trabalho que caracterizam escolas específicas. (Giroux, 1987, p.48)
Cabe ao orientador pedagógico promover a integração entre todos
os envolvidos no contexto escolar e ter um comportamento ético, pois a
confiança na pessoa do orientador pedagógico é uma peça fundamental
para o bom êxito de seu trabalho.
A escola pode constituir-se em espaço social e
político que luta por uma sociedade mais justa, mais democrática, mais humana. Há algo que nos parece fundamental no trabalho do orientador pedagógico hoje; além do comprometimento com os problemas de ensino e aprendizagem, é preciso lutar para que a escola não perca a sua dimensão humana. (Assis, 1994, p.138)
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A prática da orientação pedagógica como atividade que colabora
com o processo pedagógico, incorpora aspectos da Ética, da Ciência e da
Educação, como formação de conceitos e bases teóricas, necessários à
compreensão desta prática.
O trabalho da orientação pedagógica está diretamente relacionado
à questão de ética, na medida em que se compromete com a questão dos
valores, sendo a pessoa humana o seu valor primordial, fonte de onde
emana e finaliza seus procedimentos.
Segundo Reale (1988), a ética pode ser classificada pela
predominância da subjetividade do homem (domínio da moral), ou dos
valores comunitários (domínio da moral social e do Direito).
As exigências e normas da ética formam a
intimação que a integração específica determinada (e a tradição do desenvolvimento humano) dirige ao individuo, a fim de que este submeta sua particularidade ao genérico e converta essa intimação em motivação interior. (Heller, 1989, p. 23)
A relação do eu com o outro é um dado importante nas ações que o
orientador pedagógico desenvolve junto ao corpo docente. Procurando
orientá-los e fundamentar na ética o desempenho de suas funções.
Face às mudanças ocorridas na dimensão ética da formação do
cidadão que envolve a liberdade, os direitos humanos e a responsabilidade
o orientador pedagógico deve estar atento relacionando os fatos da
intersubjetividade dos argumentos do cotidiano. No que diz respeito à
organização do currículo, ao conhecimento da realidade, a
35
interdisciplinaridade e a construção coletiva que interfere, participa e
transforma a realidade.
O orientador atua junto ao corpo docente, participa de forma coletiva
do processo de formação deste, procura identificar as questões das
relações de poder, da resistência dentro e fora da escola, de como e por
que se deve agir em conjunto em prol de uma Educação transformadora.
O conceito de sujeito com que trabalhamos se diferencia radicalmente dessas noções, uma vez que concebe que o sujeito se constitui por uma relação com o outro sujeito (relação intersubjetiva), ou seja: não há diferença entre sujeito psíquico (sujeito da história individual e do desejo consciente) e sujeito social (sujeito da historia social e de suas transformações). (Losicer, 1996, p. 69)
A ação do orientador pedagógico se faz necessária na medida em
que ele trabalha como mediador e articulador, procurando atuar em campos
específicos de reflexão, argumentação, relação e criatividade do corpo
docente.
A complexidade da vida contemporânea acarreta grandes desafios
ao homem na busca de sua identidade e dos valores necessários ao seu
equilíbrio dentro da própria sociedade. A orientação busca uma visão
completa da situação sem perder de vista a singularidade, tendo como forte
aliado de seu trabalho a comunicação, a argumentação e a informação.
O trabalho da orientação pedagógica é uma atuação de grupo que acontece com os professores e demais setores da escola. Por ser grupal, o trabalho exige o exercício constante do pensar, do descobrir e do saber o modo de avançar nas ações e também o de recuar. Esse trabalho requer estudo, dedicação e se constrói no fazer diário da escola (por isso, nunca se sabe como fazê-lo, não tem receita), o que permite olhá-lo de diversas maneiras. Em suma, caracteriza-se como um trabalho administrativo-burocrático que transcende o conhecimento puro e simples da sala de aula. (Medina, 2002, p.102
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Fator importante a ser observado pelo orientador pedagógico é o
clima institucional, uma vez que na instituição convivem diferentes
indivíduos, com interesses e expectativas diversas, além das próprias
relações. Para o sucesso deste clima são necessários três fatores: a
estrutura, a organização e as características comportamentais.
O clima de uma escola resulta do tipo de programa, dos processos utilizados, das condições ambientais que caracterizam a escola como instituição e como um agrupamento de alunos, dos departamentos, do pessoal e dos membros da direção. Cada escola possui o seu clima próprio. O clima determina a qualidade de vida e a produtividade dos docentes e dos alunos. O clima é um fator crítico para a saúde e para a eficácia de uma escola. Para os seres humanos, o clima pode ser um fator de desenvolvimento. (Fox apud Brunet, 1995, p.127)
O orientador pedagógico deve investir na qualidade da educação e
no desenvolvimento profissional elaborando um projeto de formação
continuada.
A equipe escolar tem um campo de atuação da
maior importância: ajudar os docentes a repensarem suas propostas, reverem as rotinas, romperem com o formalismo (enciclopedismo, informações desconectadas, classificações, metalinguagem) dos conteúdos pré-estabelecidos. De certa forma, a reflexão sobre sua proposta de trabalho envolve uma serie de outras questões muito importantes para a construção da identidade profissional: visão do mundo, opção por um quadro de valores, posicionamento frente à realidade social conflitiva, etc., mas com a vantagem de se dar a partir do contexto bem definido de sua atuação como professor, tornando-se consequentemente, muito mais pertinente e realmente formativa. (Vasconcellos, 2002, p.121)
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Todo trabalho de planejamento requer uma cuidadosa tarefa de
acompanhamento ou monitoramento do processo, se este não ocorrer,
desvios e incorreções podem surgir e tomar proporções impossíveis de
serem reparadas. O orientador pedagógico deve monitorar a atuação do
corpo docente articulada ao projeto pedagógico.
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CONCLUSÃO
Ao término da conclusão deste trabalho que teve por objetivo geral
responder a questões de como a orientação pedagógica juntamente com a
dinâmica das relações humanas pode auxiliar na interatividade do corpo
docente na busca de mudanças de atitudes, verifica-se que se faz
necessário à comunicação clara e objetiva dos integrantes envolvidos no
contexto educacional.
Busca-se com o passar dos tempos capacitações que levem o
orientador pedagógico ao crescimento profissional e pessoal. O que através
de experiências diferenciadas e o conhecimento humano oportunizam trilhar
novos caminhos de descobertas, a novas conquistas do mundo complexo e
até ainda desconhecido da dinâmica da orientação pedagógica.
O orientador pedagógico deve manter contato com outros
profissionais e através de suas observações, sistematizar e reformular suas
reflexões, sempre oportunizando o diálogo entre os envolvidos no contexto
educacional.
Com espontaneidade sem maiores preocupações do que
exteriorizar o que pensavam, o corpo docente procurou definir o trabalho da
orientação e a verdadeira função do orientador pedagógico. O envolvimento
destes foi significativo para tornar efetiva qualquer inovação.
Verifica-se o quanto pode crescer uma equipe de trabalho, quando
animada por propósitos comuns, com seus princípios de valor e ligada por
um ideal no qual acredita firmemente.
Através da dinâmica das relações humanas que procura trazer o
conhecimento de si mesmo e respeitar a opinião do outro, como fonte
renovadora de um sentido de viver, desejo de colaboração que vem da
aceitação das possibilidades e limitações do semelhante. A orientação
pedagógica deve trabalhar o espírito de harmonia e de integração unindo os
elementos deste contexto para realizar qualquer atividade.
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As circunstancias e os fatos serão encarados em conjunto sem
preocupação com aspectos individualistas e pessoais que possam levar a
perda de tempo, desvio dos objetivos ou qualquer outro problema que
venha a surgir no decorrer do desenvolvimento do trabalho.
O ser humano busca a perfeição, procura cercar-se da verdade, da
ciência e da arte. O ambiente de trabalho deve ser de tranquilidade e o
orientador pedagógico deve treinar os componentes da equipe a utilizarem
a comunicação humana e o diálogo de forma clara e saudável.
John Donne afirma que homem algum é uma ilha inteiramente á
parte, cada homem é uma parcela do continente, uma partícula da terra
firme. Cada individuo é capaz de fazer muito mais por si do que pelo outro,
à medida que se busca compreender a comunicação humana, para dar e
receber.
Após analisar várias teorias sobre o mundo da orientação
pedagógica, conclui-se que somente na medida em que se acredita, vive e
se tem a experiência de determinada realidade é que se tem autoridade
para transmitir estes conhecimentos, ajudando o outro a crescer, a enxergar
tudo aquilo que nos é oportunizado apreender.
A equipe será motivada a compreender que aquilo que se realiza é
muito mais amplo do que qualquer atividade e que um dos maiores desafios
do líder é inspirar, animar as pessoas a se sentirem bem com o que fazem e
a se sentirem integradas a equipe.
O maior compromisso do orientador pedagógico é ajudar esses
indivíduos e equipes a buscarem sua realização profissional, intervir nas
relações interpessoais facilitando através da comunicação e linguagem,
estabelecer laços sólidos nas relações humanas e ajudar na superação de
conflitos emocionais, através de uma colaboração confiante e pertinente.
Por fim o orientador pedagógico procura através do marketing em
relacionamento compreender que está lidando com critérios subjetivos que
exige um constante trabalho de sintonia fina e um esforço incansável de
relacionamento saudável entre a outras pessoas.
40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANTUNES, Celso. Relações interpessoais e autoestima: a sala de aula
como um espaço do crescimento integral, fascículo 16, 7 ed. – Petrópolis,
RJ: Vozes, 2010.
CORTELLA, Mário Sérgio, Qual é a tua obra?: inquietações propositivas
sobre gestão, liderança e ética. 19 ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
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CRITES, John. Psicologia Vocacional. Buenos Aires: Paidós, 1974.
GRINSPUN, Miriam Paura Sabrosa Zippin. O Espaço Filosófico da
Orientação Educacional na Realidade Brasileira. Rio de Janeiro : Forense,
1992.
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1986.
JUNG, C.G. Fundamentos da psicologia analítica. Petrópolis: Editora Vozes,
1971.
HELLER, Agnes. O cotidiano e a História. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
LEAVITT, H.; LIPMAN-BLUMEN, J. Hot groups São Paulo: Makron Books,
2000.
LEWIN, Kurt. Problemas de Dinâmica de Grupo, São Paulo, Cultrix, 1990.
MEDINA, Antonio Silva. Supervisão escolar. Porto Alegre: AGE, 2002.
OLIVEIRA, Djalma Pinho Rebouças. Estratégia Empresarial. São Paulo,
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NETO, Alexandre S: NAGEL, Lizia H. Transformação Social e Concepção
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ROOSEVELT, T.A. A diversidade humana. In: HESSELBEIN, F.et al. (Org).
A comunidade do futuro. São Paulo: Editora futura, 1998.
41
SCHUTZ, Willian. Profunda Simplicidade: uma consciência do eu interior.
São Paulo, Agora, 1988.
SILVEIRA, N.Jung: vida e obra. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
STEVENS,A.Jung: Vida e pensamento. Tradução Atilio Brunetta. Petrópolis:
Vozes, 1993.
VASCONCELLOS, Celso S. Coordenação de Trabalhos Pedagógicos: do
Projeto político Pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo:
Libertad, 2004
42
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
SUMÁRIO 6
INTRODUÇÃO 7
CAPÍTULO I 9
CAPÍTULO II 20
CAPÍTULO III 28
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
ÍNDICE 42