dobras na costa vicentina, observadas a diferentes …€¦ · ibérica, e foi subdividida em...

20
V ENCONTRO DE CAMPO DO GRUPO DE GEOLOGIA ESTRUTURAL E TECTÓNICA (S.G.P.) Dobras na Costa Vicentina, observadas a diferentes escalas LIVRO GUIA Aljezur, 12 e 13 de Outubro de 2002

Upload: ngotu

Post on 29-Sep-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

V ENCONTRO DE CAMPO DOGRUPO DE GEOLOGIA ESTRUTURAL E

TECTÓNICA (S.G.P.)

Dobras na Costa Vicentina, observadas a diferentes escalas

LIVRO GUIA

Aljezur, 12 e 13 de Outubro de 2002

V ENCONTRO DE CAMPO DOGRUPO DE GEOLOGIA ESTRUTURAL E

TECTÓNICA (S.G.P.)

Dobras na Costa Vicentina, observadas a diferentes escalas

LIVRO GUIA

Organização:

Direcção do GGET

Colaboração: Mestre Ricardo Caranova (Dep. Geologia, Fac. Ciências, Univ. Lisboa) – orientação

da visita de campo no 1º dia do Encontro Prof. Dr. Rui Dias (Dep. Geociências, Univ. Évora) – orientação da visita de campo

no 2º dia do Encontro

Aljezur, 12 e 13 de Outubro de 2002

RESUMO DO PROGRAMA

Dia 12 de Outubro Praia de Vale Figueira

Orientador: Mestre Ricardo Caranova (GeoFCUL)

Da interpretação de dados recolhidos na Praia de Vale Figueira é possível definir

duas fases compressivas com deformação dúctil, separadas por um episódio

distensivo com a produção de estruturas de deformação frágil. Movimentação pós-

paleozóica encontra-se também representada, definida por acidentes frágeis que

favoreceram a instalação de corpos intrusivos.

Dia 13 de Outubro Praia da Arrifana

Orientador: Prof. Dr. Rui Dias (Univ. Évora)

Neste local serão observadas estruturas de deformação sin- e pós-deposicionais e

suscitada, tal como na Praia de Vale Figueira, salutar discussão de âmbito geológico

1

PRAIA DE VALE FIGUEIRA

Por: Ricardo Caranova (GeoFCUL)

INTRODUÇÃO

O Maciço Ibérico é considerado o representante mais ocidental e de maiores dimensões da Cadeia Varisca Europeia. Vários foram os autores que se debruçaram sobre a caracterização do Maciço; no entanto, foi pela primeira vez subdividido por Lotze (1945, in Dallmeyer & Garcia, 1990) em seis zonas com base nas diferenças das suas características estratigráficas, estruturais e metamórficas. Mais tarde esta divisão foi refinada, passando a ser aceite apenas cinco sub-zonas: Zona Cantábrica, Zona Oeste Asturo-Leonesa, Zona Centro Ibérica, Zona de Ossa Morena e Zona Sul Portuguesa.

A Zona Sul Portuguesa constitui, conjuntamente com a Zona Cantábrica, uma das Zonas Externas do Maciço Ibérico. Estas zonas apresentam características distintas das outras zonas do Maciço Ibérico (zonas internas). Comparativamente, pode afirmar-se que as unidades apresentam uma idade do Paleozóico superior, a deformação é menos intensa e mais tardia, e o magmatismo e metamorfismo sinorogénicos são menos acentuados (Ribeiro et al., 1979).

A Zona Sul Portuguesa ocupa o extremo sudoeste da Cadeia Varisca Ibérica, e foi subdividida em vários domínios; Antiforma do Pulo do Lobo, Faixa Piritosa Ibérica, Grupo Flysch do Baixo Alentejo e Sudoeste Português (FIG. 1). É neste último domínio que se enquadra a área em estudo.

A zona a visitar encontra-se inserida da Zona Sul Portuguesa, mais concretamente no Sector Sudoeste, constituindo uma das sub-zonas das grandes unidades geológicas do soco Hercínico da Península Ibérica (Lotze, 1945; e Julivert et al. 1974, Ribeiro et al. 1979).

O referido corte apresenta uma extensão aproximada de 1500 m, sendo limitado a Norte pela Praia do Penedo e a Sul pelo Corgo da Lagoa.

ESTRATIGRAFIA Do ponto de vista estratigráfico, esta unidade caracteriza-se por

sequências terrígenas de idade pós Devónico médio, a que se seguiu um episódio vulcânico bastante importante durante o Carbónico inferior (Tournaisiano e Viseano inferior) na Faixa Piritosa. Fácies do tipo culm depositaram-se no Carbónico inferior (Viseano superior). Para SW ocorrem séries condensadas de material fino de idade Devónico superior a Carbónico médio (Fameniano a Namuriano). Sobre estas séries condensadas depositaram-se sedimentos do tipo flysch do Carbónico superior (Namuriano superior - Vestefaliano segundo Ribeiro et al. (1983)).

2

FIG. 1 – Mapa Geológico da Zona Sul Portuguesa (adaptado de Oliveira, 1990). As Formações presentes nesta área são a Formação da Brejeira e a

Formação de Tercenas. A primeira apresenta uma vasta dispersão no sector Sudoeste

Português e na área a visitar, aflorando na zona Norte da Praia de Vale Figueira, composta essencialmente por turbiditos. A conjugação de todos os dados faunísticos permitem datar a Formação da Brejeira entre o Namuriano médio e o Vestefaliano D (Pereira, 1999)

Esta Formação foi dividida em três membros, estando nesta área apenas representado o Membro da Pedra dos Caneiros. Este é composto por bancadas de quartzovaques e grauvaques grosseiros decimétricos.

A Formação de Tercenas é constituída por dois corpos de composição arenosa, com espessuras aproximadas de 15 – 20 metros. Estes dois corpos apresentam-se separados por fácies heterolíticas de arenitos/pelitos com uma espessura próxima dos 40 m. Trabalhos de cartografia geológica permitiram individualizar dois membros: o Membro de Monte Novo, encontra-se representado na área em estudo, constituindo o conjunto arenoso superior, e o Membro do Barranco representando o conjunto inferior.

METAMORFISMO Dados sobre o magmatismo e o metamorfismo no sector SW Português

são escassos. Apenas alguns estudos sobre a origem e características dos corpos filonianos se encontram publicados. O metamorfismo do sector SW Português é de muito baixo grau.

3

São numerosos os afloramentos de rochas vulcânicas que atravessam as formações sedimentares do litoral algarvio. Estas manifestam-se predominantemente sob a forma filoneana, preenchendo fracturas, existindo também pequenas chaminés que atingem as dolomias inferiores datadas do Jurássico (Dogger e/ou Malm).

As paragens estão assinaladas na FIG. 2, não sendo possível, por vezes,

seguir a cronologia exacta dos eventos, devido às marés e aos locais de acesso. Assim, tenta-se uma ordem que permita a compreensão das estruturas e a sua relação.

FIG. 2 – Localização das paragens.

A repetição do número das paragens indica que os exemplo se encontram em diferentes locais

1

3 4

2

5

6

Praia de Vale Figueira

N

5

4

DEFORMAÇÃO PRESENTE NA ÁREA A VISITAR

Ao longo de toda a área estudada as estruturas geradas durante esta

fase de deformação não eliminaram as estruturas sin-sedimentares previamente formadas, encontrando-se representadas nas duas Formações que afloram na área em estudo.

As estruturas formadas durante esta fase na Formação de Tercenas são diversas: foliação secundária, boudins e dobras menores. As dobras macroscópicas não são observadas na área em estudo, mas caminhando para Sul, fora da área, as charneiras das dobras macroscópicas com a vergência para SW estão presentes.

Na Formação da Brejeira, estas estruturas estão bem representadas, apresentando-se na área em estudo uma sucessão de dobras com a vergência típica do Terreno Sul Português para SW.

O efeito da deformação de D2, encontra-se expresso nas duas unidades presentes, observando-se a sua actividade mais na Formação da Brejeira do que na Formação de Tercenas, uma vez que encontram-se mais estruturas afectadas por esta deformação na Formação Carbónica.

1ª E 2ª PARAGEM Extremo Sul da praia de Vale Figueira Num estádio inicial da primeira fase de deformação ter-se-ão gerados

estruturas que apresentam uma “mistura” de eventos sedimentares e tectónicos. Na Formação de Tercenas observam-se boudins quartzíticos, os quais não apresentam uma continuidade lateral parecendo indicar que a sua deposição ocorreu sob a forma de nódulos, significando que a sedimentação ocorreu de uma forma não homogénea, gerando estruturas lenticulares, que poderão ter sofrido extensão originando uma “falsa” boudinagem.

Concomitantemente à geração destes boudins formam-se veios com preenchimento de quartzo. Estes desenvolvem-se perpendicularmente à foliação primária, ocorrem também veios com inclinações variadas quer para Norte quer para Sul. Importa salientar que os veios perpendiculares à foliação apresentam-se dobrados, num estilo muito particular. Estas dobras apresentam um comprimento de onda reduzido, uma distância entre as charneiras das dobras medida ao longo do leito consideravelmente maior do que a espessura do mesmo. Este tipo de dobras designa-se por dobras ptigmáticas (FIG. 3).

A relação destas duas estruturas geradas simultaneamente é fácil de estabelecer; enquanto ocorre extensão em duas direcções normais entre si no plano da estratificação, ocorre compressão na perpendicular deste plano, gerando-se o dobramento dos veios de quartzo formados

5

FIG. 3 – Esquema da relação dos boudins com as ptigmáticas

3ª PARAGEM Falha Normal As estruturas geradas por esta deformação são acidentes frágeis, com

movimentação normal, claramente marcada essa movimentação, não só através de estrias como também pela separação vertical das bancadas quartzíticas, as quais podem ser definidas como marcadores cinemáticos. Estas falhas normais apresentam uma geometria em rampa e patamar (FIG. 4), apesar de esta terminologia ser usada em falhas inversas utiliza-se apenas sob o ponto de vista geométrico.

Esta falha apresenta uma atitude média de 300º, 15º, na zona de patamar, a zona de rampa apresenta uma inclinação próxima dos 40º. As estrias sobre o plano de falha são bem visíveis apresentando uma atitude 10º, 208º. Estas falhas apresentam-se preenchidas por quartzo, com espessuras variáveis nunca excedendo uma dezena de centímetros.

Nas bancadas quartzíticas que se encontram na proximidade do plano de falha são observadas pequenos veios e fendas de quartzo algumas das quais cortam a própria estratificação. Estas estruturas, nomeadamente os veios, apresentam uma geometria sigmoidal

6

FIG. 4 – Esquema representativo da falha normal gerada no episódio

entre fases D1 e D2 e estruturas associadas. Torna-se importante referir os critérios que estiveram na base da

inclusão desta deformação entre as fases de deformação. Os padrões de interferência de fases presentes na área nem sempre são claros e visíveis, nomeadamente na Formação da Brejeira. Nesta Formação não é evidente a presença de estruturas geradas por esta deformação, as estruturas de primeira fase apresentam-se afectadas apenas pela D2.

As falhas normais cortam as estruturas geradas durante a D1, nomeadamente a clivagem, e numa secção perpendicular à arriba é possível observar o dobramento do plano de falha pela segunda fase de deformação.

4ª PARAGEM Fracturação Tardia A idade absoluta desta deformação frágil é desconhecida, não tendo

sido realizado qualquer estudo de datação nestas estruturas. Apenas se pode datar relativamente aos eventos descritos anteriormente. Assim, utilizando conceitos de cronologia relativa, em que estruturas de uma fase serão afectadas por outras de fases posteriores, pode afirmar-se que estas estruturas são as mais recentes uma vez que afectaram as duas Formações

A estrutura, presente que se enquadra neste tipo de deformação é uma falha normal de dimensão quilométrica. O seu traçado nem sempre é rectilíneo apresentando nos seus diversos troços inclinações variáveis. Na arriba da zona sul, um desses troços apresenta-se bastante inclinado para Este devido a um escorregamento actual da vertente .

Caracterizando este acidente pode referir-se que apresenta uma atitude geral de 220º, 66º, com uma atitude das estrias de 60º, 275º, sugerindo para esta falha uma movimentação normal, com abatimento do bloco Norte. O deslocamento vertical é acentuado, provocando o desaparecimento de algumas Formações como por exemplo Formação de Bordalete, de Murração e

7

das Quebradas. Correspondendo à sobreposição da Formação Carbónica mais recente (F. Brejeira) à Formação Devónica (F. Tercenas)

Aproveitando este plano de descontinuidade, ascende um filão, que se apresenta bastante alterado, sendo difícil identificar a sua mineralogia original, uma vez que se encontra substituído por carbonatos.

Este filão é pouco extenso, apresentando uma possança métrica, não sendo, no entanto, observado em toda a extensão da falha. A sua coloração não é homogénea, mostrando tonalidades esbranquiçadas, amareladas atingindo por vezes mesmo tonalidades arroxeadas, resultado como atrás referido de processos de alteração que mascaram totalmente a mineralogia original da rocha.

5ª PARAGEM Macro dobras D1 As dobras apresentam uma direcção NW-SE, com charneiras

mergulhantes para NW e a superfície axial a inclinar para NE (FIG. 5); estas características permitem inferir uma vergência para SW, típica do Terreno Sul Português.

FIG. 5 – Estereograma no qual

estão representadas as atitudes de 10 charneiras de dobras D1.

A análise morfológica das dobras permitiu identificar que estas são

assimétricas, apresentando flancos normais bastante longos, muito monótonos, apresentando muito pouca deformação relativamente aos flancos curtos, nos quais se concentra a maior deformação.

Estas macroestruturas apresentam dobras menores com uma geometria em Z nos flancos longos e em S nos flancos curtos (Ramsay & Huber, 1987).

A clivagem é de plano axial (FIG. 6)apresentando uma direcção NW-SE e uma inclinação de 50º.

Na Formação da Brejeira a clivagem está bem marcada, excepção feita aos flancos longos das dobras D1 onde esta clivagem se apresenta muito pouco evidente, resultado da sua transposição com a foliação primária.

8

FIG. 6 - Características geométricas da clivagem de plano axial ou em leque e da

lineação de intersecção com a foliação primária, em sequências multi-estratificadas. A intersecção de S1 com S0 resulta numa lineação que é paralela à charneira da dobra (adaptado Ramsay & Huber, 1983).

Na Formação da Brejeira, constituída por uma alternância rítmica de

pelitos e grauvaques, estão presentes tipos de clivagem diferentes. Nos níveis pelíticos esta manifesta-se sob a forma de uma clivagem xistenta, a qual se define como resultado de uma orientação preferencial de minerais de forma tabular, como por exemplo os filossilicatos, formando um fabric planar na rocha. Este alinhamento mineral faz-se segundo os planos de clivagem da rocha.

Nos níveis grauvacóides a clivagem presente é de fractura; esta desenvolve-se principalmente em rochas competentes, onde a percentagem de filossilicatos é diminuta. Formam-se também microlithons, i.e., zonas onde não se observa qualquer orientação preferencial de minerais; limitando os microlithon desenvolvem-se finos planos de descontinuidade onde os minerais filossilicatados se apresentam orientados (Ghosh, 1993).

A diferença de competência dos diferentes leitos provoca uma alteração da orientação da clivagem na passagem de um leito para o outro, designada por refracção da clivagem (Ramsay & Huber, 1983).

6ª PARAGEM Boudinagem associada às dobras A associação entre dobras e boudins é comum, existindo para a sua

formação diversos processos possíveis. O desenvolvimento e forma dos diferentes tipos de boudins é condicionado pelo contraste reológico e competência dos materiais. Estas

9

estruturas podem formar-se em uma ou duas direcções perpendiculares, designando-se esta última por boudinagem em tablet de chocolate (Wegmann, 1932, in Hobbs, et. al., 1976) (FIG. 7).

FIG. 7 – descrição dos elementos característicos dos boudins e estruturas pinch-and-

swell (Adaptado de Ghosh, 1993). Os eixos dos boudins podem estar paralelos, perpendiculares ou mesmo

oblíquos em relação às charneiras das dobras (Ghosh, 1993). Na Formação da Brejeira a boudinagem só se observa nos flancos

curtos inversos das macro estruturas desta fase. Mas encontram-se também desenvolvidos em duas secções perpendiculares relativamente às charneiras das dobras D1. Durante o dobramento, por buckling, os leitos sofrem encurtamento segundo a direcção de compressão máxima formando-se as dobras, enquanto na direcção perpendicular, ocorre extensão, desenvolvendo-se boudins (Ghosh, 1993). Pode assim referir-se que simultaneamente à formação das dobras de D1 se geram boudins com eixos perpendiculares às charneiras das dobras. Num mecanismo de deformação progressiva e com o contínuo aperto das dobras formadas, os flancos destas tendem a entrar no campo da extensão podendo originar boudinagem dos flancos; estes boudins assim formados apresentam-se paralelos às charneiras das dobras (FIG. 8).

10

FIG. 8 – (a) – (c) Diversos estados do desenvolvimento de dobras com a formação de

boudins e estruturas do tipo pinch-and-swell nos flancos, à medida que estes rodam entram no campo da extensão. (d) Circulo representativo do estado indeformado e a elipse representa a elipse de deformação. L.N.A.F. – Linha de não alongamento finito. (Adaptado de Price and Cosgrove, 1990).

11

BIBLIOGRAFIA

DALLMEYER, R. D. & GARCIA, E. M. (1990) – Introduction to the Pre-Mesozoic

Geology of Iberia. In: R. D. Dallmeyer& E. Martinez Garcia, Eds, Pre-Mesozoic Geology of Iberia, Springer-Verlag, Berlin, New York, N.Y., pp. 3-4.

GHOSH, S. K. (1993) – Structural Geology – Fundamental and Modern Developments. Pergamon Press. Oxford. 598 p..

HOBBS, B. E., MEANS, W. D. &WILLIAMS P. F. (1976) – An Outline of Structural Geology. John Wiley & Sons, 571 p..

JULIVERT, M.; FONTBOTÉ, J. M.; RIBEIRO, A.; CONDE, L. E. (1974) – Memória Explicativa del Mapa Tectónico de la Peninsula Iberica y Baleares, escala 1:1.000.000. Instituto Geológico y Minero de España, 104 p..

LOTZE, F. (1945) – Zur Gliederung der Variscien der Iberchen Meseta. Geotekt. Forsch. 6, pp. 78-92.

PEREIRA, Z. (1999) – Palinostratigrafia do sector Sudoeste da Zona Sul Portuguesa. Comun. Instituto Geológico e Mineiro. T. 86, pp. 25-28.

RAMSAY, J. G. & HUBER, M. I. (1987) – The Techniques of Modern Structural Geology; Volume 2: Folds and Fractures. Academic Press Inc. (London, Ltd.) 307 p..

RAMSAY, J. G. & HUBER, M. I. (1983) – The Techniques of Modern Structural Geology; Volume 1: Strain Analysis. Academic Press Inc. (London, Ltd.). pp. 309 - 700.

RAMSAY, J. G. & HUBER, M. I. (1987) – The Techniques of Modern Structural Geology; Volume 2: Folds and Fractures. Academic Press Inc. (London, Ltd.) 307 p..

RIBEIRO, A.; ANTUNES M. T.; FERREIRA, M. P.; ROCHA, R. B.; SOARES, A. F.; ZBYSZEWSKI, G.; ALMEIDA, F. M.; CARVALHO, D. & MONTEIRO, J. H. (1979) – Intruduction à la géologie générale du Portugal, Serviços Geológicos de Portugal, 114 p. (26 e Cong. Int. Géol. Paris, 1980).

RIBEIRO, A.; OLIVEIRA, J. T. & SILVA, J. B. (1983) – La estructura de la Zona Sur Portuguesa. In: “Libro Jubilar J. M. Rios, Geologia de España, t. I”. Instituto Geológico y Minero de España, pp. 504-511.

12

ANEXOS

NE SW

NW SE

A

F . de TercenasF . de TercenasF . da Bre je i raF . da Bre je i ra

ENE WSW

Exemplos de dobramentos

ptigmáticos na Formação de

Tercenas. Pormenor onde é

possível observar os veios

d e q u a r t z o d o b r a d o s

pe rpend icu la rmen te à

estratificação

Aspecto geral de falha normal que coloca em contacto lateral a F. de Tercenas e a

F da Brejeira, e onde intruíu um filão de natureza desconhecida.

Aspecto geral do plano de falha gerado entre fases.Secção ortogonal, ao plano da arriba, onde é

possível observar o plano de falha dobrado pela D2.A -

13

NE

SW

Aspecto

sda

cliv

agem

xis

tenta

nos

leitos

pelíticos

ede

fractu

ra

nos

leitos

gra

uvacóid

es.

Refr

acção

da

cliv

agem

na

passagem

entr

ebancadas.O

bserv

ado

na

pla

tafo

rma

de

abra

são

marinha.

Dobra

menor

da

prim

eira

fase

de

defo

rmação

com

cliv

agem

de

pla

no

axia

l.O

bserv

ado

na

pla

tafo

rma

de

abra

são

marinha.

Dobra

em

sin

form

agera

da

na

fase,com

perf

ilassim

étr

ico

em

que

oflanco

Sulse

apre

senta

muito

menos

inclin

ado

que

oflanco

Nort

e,dando

assim

adirecção

de

verg

ência

da

dobra

.A

charn

eira

apre

senta

aorienta

ção

NW

-SE

.

Leito

pelítico

entr

ele

itos

gra

uvacóid

es

boudin

ados

gera

dos

dura

nte

aD

1.

AC

livagem

Sarr

epia

da

segundo

adirecção

de

movim

ento

responsável

pela

apro

xim

ação

dos

.E

ste

movim

ento

resulta

da

D2.

2

boudin

s

14

ANOTAÇÕES