do eu inferior ao eu superior
TRANSCRIPT
Do eu Inferior ao Eu Superior
Objetivo da Vida
“Manifestação do Espírito oculto
sob os invólucros da matéria com
a qual se identifica”
1ª PARTE
OBSTÁCULOS À NOSSA UNIÃO
COM O EU SUPERIOR
I
O CAMINHO A
PERCORRER
O Caminho a Percorrer
Aquilo que é sofrimento para a personalidade é júbilo para o Espírito;
A personalidade é movida por desejos egoístas enquanto o Espírito é movido pelo Amor e pelo Todo;
Identificação com a personalidade leva à ilusão da separatividade e apego ao mundo das formas.
O Caminho a Percorrer
A identificação com a personalidade leva à escravidão dos instintos, desejos e ambições e ao sofrimento por jamais poder satisfazê-los;
Com a dor acaba-se por aprender que somente a renúncia às coisas desejadas e adquiridas pode levar à paz e à felicidade.
O Caminho a Percorrer
A única coisa importante em nossa
vida, o único escopo para o qual
devemos viver e para o qual
estamos encarnados é nos
tornarmos conscientes e “unos”
com nosso Eu Superior.
O Caminho a Percorrer
Isso pode ser feito sem abandonarmos o mundo e mesmo sem mudar nossas atividades sociais;
A transformação deve ser essencialmente interior, um “deslocamento do nível de consciência” de modo a agirmos nos três mundos em função do objetivo único.
O Caminho a Percorrer
Assim, todas as nossas ações,
experiências, obrigações e dores se
tornam apenas meios para
atingirmos a UNIÃO;
Tudo em nossa vida se torna uma
OPORTUNIDADE DE PROGRESSO
ESPIRITUAL!
O Caminho a Percorrer
A repolarização não é fácil já que temos estado muitas vidas polarizados na personalidade, imersos no caleidoscópio do mundo das formas;
Assim, como primeiro estratagema, além de refletirmos sobre a verdadeira natureza do Eu, devemos desenvolver uma aspiração afetiva, um profundo desejo de sentir e realizar sua consciência.
Devemos procurar inicialmente
sentir, ainda que superficialmente,
o que é a vida do Eu Superior, suas
qualidades de vibrações;
Para isso devemos usar a
imaginação criativa, uma
verdadeira técnica esotérica.
O Caminho a Percorrer
A reflexão sobre o Eu nos ajuda a nos elevarmos e a mudarmos nossa postura frente ao mundo;
Inicialmente é difícil saber “consistir no ser”, já que temos vivido exclusivamente voltados para o mundo exterior das formas, emoções e pensamento.
O Caminho a Percorrer
Emoções e pensamentos, via de regra, ocultam e impedem as atividades do Eu;
Então, primeiramente temos que buscar aumentar a frequência com que fazemos pausas para momentos de recolhimento e silêncio a fim de reencontrar nosso centro de consciência.
O Caminho a Percorrer
Assim, o segundo estratagema é: o cultivo de momentos de silêncio;
Esses momentos de silêncio não são ainda a meditação, mas uma preparação para ela;
Para as pessoas muito absorvidas pela vida cotidiana, mesmo curtos momentos de recolhimento interior são muito difíceis.
O Caminho a Percorrer
Se quisermos que em nós cada ato, cada experiência, cada trabalho, cada sofrimento se transformem em Luz, em Sabedoria, e contribuam para o despertar da nossa consciência espiritual, devemos criar em nós esse “centro de consciência separado”, devemos vibrar num nível mais alto e continuar agindo nos três mundos com o mesmo dinamismo e esforço.
O Caminho a Percorrer
“Esteja à parte numa batalha e,
mesmo combatendo, não seja você
o guerreiro”....Luz no caminho;
Que nosso Eu seja o guia de todas
as nossas intenções e ações;
Toda essa preparação é necessária
para se iniciar no Caminho.
O Caminho a Percorrer
Para aquele que conhece a verdadeira
natureza do homem, a inércia não é
perdoada;
Quem sabe que o homem é um ser
essencialmente espiritual deve usar
todas as suas forças e meios para,
pouco a pouco, construir o Caminho
que o levará ao seu verdadeiro EU.
O Caminho a Percorrer
O ocultista não pode se limitar a
desejar e rezar. Deve estudar,
pesquisar, experimentar e querer;
Temos que ter ciente que tudo
contribui para nossa realização,
mesmo quando não estamos
conscientes disso.
O Caminho a Percorrer
A dor é sempre um fator de
despertar espiritual, e muito eficaz;
Somente quando compreendemos
o profundo significado e função da
dor humana é que somos capazes
de extrair dela todo bem e toda
sabedoria que nos oferece.
O Caminho a Percorrer
Quase sempre, o que é sofrimento para a personalidade é júbilo para o Eu e vice-versa;
Nosso Eu quer nos conduzir para uma direção e as forças da personalidade para outra, nascendo do atrito dessas duas tendências a DOR.
O Caminho a Percorrer
A personalidade vive imersa na ilusão da separatividade, agarrada ao mundo das formas, escrava dos instintos, desejos e ambições que jamais consegue satisfazer;
A dor estimula e desperta o ser humano para a insatisfação da vida sensorial e estimula assim a renúncia às coisas desejadas e adquiridas.
O Caminho a Percorrer
A dor pode parecer piorar os homens,
mas, ao longo de muitas vidas, ela
torna o homem cada vez mais
consciente de seu destino;
A dor é como o fogo que separa a
parte bruta do metal puro. Somente
com a temperatura adequada é que
o processo de transformação se inicia.
O Caminho a Percorrer
Quando a pessoa começa a se
tornar consciente da verdadeira
finalidade da vida e se propõe a
colaborar com a evolução e a
reencontrar seu Eu, estímulos
vindos de seu interior passam a
auxiliar na jornada.
O Caminho a Percorrer
Desse ponto em diante a
caminhada se acelera, pois tiramos
maior proveito das experiências
externas que estimulam ainda
mais nosso despertar interno.
O Caminho a Percorrer
II
RECONHECENDO
OS OBSTÁCULOS
Reconhecendo os Obstáculos
No caminho espiritual, para obtermos resultados positivos devemos ser objetivos;
Devemos também utilizar nossas tendências naturais e capacidades latentes;
Não devemos também adotar objetivos demasiado árduos.
Reconhecendo os Obstáculos
Devemos ainda adequar nossa evolução espiritual ao modo ocidental de vida, voltado para a atividade e a racionalidade;
Isso significa viver no mundo, sem abandonar sua luta, sem procurar a evasão, mas sem jamais perder de vista a meta interior e utilizar tudo para sua realização.
Reconhecendo os Obstáculos
Assim, devemos evitar a criação de dois compartimentos separados entre nossa vida pessoal, social, profissional e a nossa vida interior, espiritual;
Devemos procurar estabelecer em nós uma contínua “presença”, um estado de consciência destacado da personalidade, que nos permita ver tudo em função de uma só meta: a realização do Divino em nós.
Reconhecendo os Obstáculos
Isso é a “leitura espiritual”, a capacidade de ler aquilo que está escondido por trás dos acontecimentos da vida e das formas objetivas;
A leitura espiritual dos acontecimentos da vida objetiva, o decifrar destes como símbolos que escondem a realidade profunda, se desenvolve com a intuição, o que exige que nossa consciência esteja focalizado no Expectador.
Reconhecendo os Obstáculos
Na Índia há quatro métodos de Yoga
ou união com o Eu: Karma, Bhakti,
Jnana e Raja Yoga;
Karma Yoga é a via da união com o
Eu por meio da ação (plano físico);
Bhakti Yoga é a via da devoção ao
Divino ou qualquer Ser superior
(plano emocional).
Reconhecendo os Obstáculos
Jnana Yoga é a via do
conhecimento superior (plano
mental);
Raja Yoga é a via de união por
meio da concentração, da
meditação e da contemplação
(samadhi).
Reconhecendo os Obstáculos
Os primeiros três yogas são para
aqueles ainda inconscientes de sua
verdadeira natureza e destino;
O Raja Yoga é praticado por aquele
que despertou, que conhece a
meta e trabalha conscientemente
para sua autoformação.
Reconhecendo os Obstáculos
Aqueles que começam a querer percorrer voluntariamente o caminho que leva à realização do Eu deixam de percorrer o caminho mais fácil (mais adequado ao temperamento) e procuram utilizar todos os seus veículos e energias em direção à meta. Iniciam assim o yoga síntese ou Purna Yoga.
Reconhecendo os Obstáculos
As várias fases do desenvolvimento consciente do aspirante espiritual são, segundo Patânjali:
1) Aspiração à realização do Eu
2) Reconhecimento dos obstáculos
3) Compreensão da natureza do que impede nosso desenvolvimento
4) Determinação para eliminar os obstáculos
5) Repentino lampejo ou súbita visão da realidade do Eu
6) Forte determinação de fazer daquela visão uma realidade permanente
7) Batalha final com a personalidade (batalha de Kurukshetra)
Reconhecendo os Obstáculos
Fator essencial para iniciar o caminho de união com o Espírito é a Aspiração, o desejo ardente de atingir a meta da vida com todas as nossas energias;
Essa aspiração é particularmente fortalecida quando conseguimos alinhas os três princípios da personalidade: ação, emoção e inteligência;
A aspiração produz inspiração.
Reconhecendo os Obstáculos
Portanto, é necessário que
procuremos ver objetivamente se em
nós existe uma verdadeira aspiração;
Não podemos iniciar o caminho sem
a certeza de triunfar;
A reserva de energias, de entusiasmo,
de confiança e fervor é essencial para
o trabalho.
Reconhecendo os Obstáculos
Assim, devemos acender dentro de
nós o ardente fogo da aspiração
pura e férvida;
Reconhecer os obstáculos e
dificuldades que se postam entre
nós e a meta é essencial no
caminho.
Reconhecendo os Obstáculos
As dificuldades e obstáculos são sempre causados pela personalidade e os veículos que a compõem;
Temos que compreender esses obstáculos, mesmo aqueles que não pertencem à presente encarnação. São os samskaras (sementes);
Patânjali destacou os obstáculos fundamentais: ignorância, senso de eu, o desejo, o apego e a aversão.
Reconhecendo os Obstáculos
Ignorância ou avidya é a causa de todos os males. É o estado que nos leva a confundir o permanente com o ilusório;
Tal ignorância é inerente à natureza humana já que a Mônada, revestida de invólucros, acaba por se identificar com eles e se esquecer de sua verdadeira origem.
Reconhecendo os Obstáculos
Avidya, tendo uma abrangência tão
vasta e geral, é a fonte do segundo
obstáculo, ou seja, o senso de eu, a
identificação do conhecedor com
os instrumentos do conhecimento.
Reconhecendo os Obstáculos
O senso de eu é um obstáculo
muito duro de superar. A
personalidade é uma verdadeira
força que se opõe à energia
espiritual, engajando uma luta em
todos os planos, até sua “rendição”
final.
Reconhecendo os Obstáculos
Essa luta é evitada pelo homem
até que se dê seu primeiro contato
com o Eu e passe a compreender
a futilidade e inconsistência da vida
na personalidade.
Reconhecendo os Obstáculos
Outro obstáculo no Caminho é o desejo ou paixão, uma tendência extrovertida do espírito para a vida da forma;
Esse desejo pode ser o do prazer de um canibal naquilo que come, o amor de um homem por sua família, a admiração de um artista por seu trabalho ou a adoração do devoto pelo Cristo.
Reconhecendo os Obstáculos
O desejo compreende desde os mais baixos, ligados às paixões e desejos, até os ligados aos ideais mais elevados;
Do ponto de vista do Eu, mesmo os desejos superiores constituem um obstáculo à completa consciência espiritual.
Reconhecendo os Obstáculos
“Parece que o progresso da Alma está nessa
passagem de um objeto desejado a outro, até
que chega a hora em que a Alma é impelida em
direção a si mesma e se encontra só. Ela exauriu
todas as possibilidades de apego e até o
instrutor parece tê-la abandonado. Resta então
somente uma Realidade, a realidade espiritual,
que é a própria Alma, voltando-se, portanto, o
seu desejo para o interior. O desejo pelo mundo
exterior exauriu-se e a Alma encontra, assim, o
reino de Deus dentro de si” (Patanjali, Sutra Yoga,
Livro II, pp 132-33, Ed. Nova Era)
Reconhecendo os Obstáculos
O verdadeiro Caminho para Deus
não está fora mas dentro do
homem, caminho que se descobre
quando se desprende de tudo e
compreende a ilusão do mundo
objetivo”
Reconhecendo os Obstáculos
O ódio é o sentimento separatista
inerente à personalidade, o
sentimento oposto àquele natural do
Eu, que é o do sentido de unidade;
A separação é chamada na “Voz do
Silêncio” de a grande heresia, pois é a
causa dos infinitos sofrimentos do
homem.
Reconhecendo os Obstáculos
A separatividade produz ódio, aversão, egoísmo, orgulho, espírito de crítica e todas as demais qualidades negativas associadas à falta de amor e fraternidade;
Como ainda não temos plena consciência do Eu, em cada um de nós ainda existe certa dose de ódio e incompreensão para com os outros.
Reconhecendo os Obstáculos
O obstáculo da separatividade e do
ódio somente poderá ser superado
quando o Amor do Eu puder fluir
livrementre através de nossos
veículos, dando-nos o sentido de
união com todos.
Reconhecendo os Obstáculos
O apego é outro obstáculo congênito no homem, pois é o “elemento dominante na manifestação divina” por exprimir a relação entre os dois opostos: Espírito e Matéria;
Não podemos nos libertar do apego até que tenhamos encontrado um equilíbrio entre os “pares de opostos” e descoberto o “Caminho estreito como o fio de uma navalha”.
Reconhecendo os Obstáculos
Desejo e apego estão estreitamente
ligados e devem ambos ser
superados;
O completo desprendimento desses
obstáculos não ocorre de uma só vez.
É gradativo, e vamos continuamente
nos desapegando do que é inferior e
nos apegando ao que é superior.
Reconhecendo os Obstáculos
Assim, o caminho evolutivo é feito de crises de superação e desapego, seguidas de apego ou aspiração por qualquer coisa mais elevada;
Somente com a consciência da unidade, quando a consciência inferior e superior estiverem unificadas, Espirito e Matéria como uma só coisa, é que o homem estará livre de apego.
Reconhecendo os Obstáculos
Esses são os cinco obstáculos fundamentais, segundo Patanjali, e como são de natureza geral, cada um de nós os sentirá em maior ou menor intensidade;
Existem ainda em cada homem outros obstáculos de natureza particular e individual, dependendo de seu grau evolutivo, Raio dominante e temperamento.
Reconhecendo os Obstáculos
Cabe a cada um descobrir seus
obstáculos particulares,
conhecendo a si mesmo;
Há obstáculos em nós tão
enraizados que se tornam quase
irreconhecíveis à nossa consciência;
III
INTEGRAÇÃO DA
PERSONALIDADE
Integração da Personalidade
A personalidade é composta de três
veículos ou corpos que devem ser o
perfeito reflexo dos três aspectos do
Eu: Vontade-Amor-Inteligência;
Esses três corpos evoluem e muitas
são as diferenças dos graus de
desenvolvimentos desses corpos entre
os indivíduos.
Integração da Personalidade
Nossa personalidade não pode ser
chamada de “entidade
independente” até que os três
veículos pessoais estejam
completamente desenvolvidos,
formados. integrados e
coordenados entre si.
Integração da Personalidade
Na personalidade integrada, os três corpos funcionam coordenada e harmonicamente, colaborando entre si para um único fim;
Enquanto o senso de identidade pessoal ou consciência do Eu não estiver formado plenamente, os corpos poderão funcionar de maneira independente, como se cada um tivesse vontade própria.
Integração da Personalidade
Sem ainda uma unidade de
consciência pessoal, o homem tem
a ânimo multíplice, identificando-se
ora com um ora com outro veículo.
É presa de seus estados psíquicos
ao invés de ser senhor.
Integração da Personalidade
Vai numa direção ou noutra conforme
prevaleçam os impulsos instintivos
(corpo vital), as emoções (corpo
astral) ou idéias e formas-
pensamento (corpo mental inferior);
Sua vontade é frágil e vacila
continuamente entre um objeto e
outro sem uma meta bem definida.
Integração da Personalidade
Somente com uma meta elevada, com focalização e concentração de forças, pode-se criar a integração dos três veículos pessoais alinhados e coordenados pela vontade;
Neste ponto emerge a verdadeira personalidade que conserva uma energia peculiar, uma nota peculiar, uma força independente, que não é a soma das energias dos corpos, e que tem características e qualidades próprias.
Integração da Personalidade
Sem meta, sem ideal, não pode existir uma verdadeira personalidade;
Somente a presença do fio integrador fruto de um ideal, de um propósito permite a integração dos veículos pessoais e a formação de uma verdadeira personalidade.
Integração da Personalidade
Somente sob o comando da vontade,
com um funcionamento organizado e
harmônico, pode a personalidade ser
um adequado canal do Eu;
A personalidade deve estar preparada
para expressar o mais plenamente
possível os atributos do Eu –
Vontade/Amor/Inteligência.
Integração da Personalidade
O contato contínuo da personalidade com o Eu só se dá quando há o alinhamento e integração dos veículos;
Não pode haver integração da personalidade quando existem deficiências no desenvolvimento em qualquer dos veículos.
Integração da Personalidade
Portanto, para a integração, temos
que desenvolver cada lado de
nossa personalidade;
Há outra série de dificuldades que
surgem depois de os três veículos
estarem formados e desenvolvidos.
São as “cisões”.
Integração da Personalidade
Cisão é o contrário de
coordenação, colaboração,
harmonia e união;
Na personalidade podem haver
cisões entre um veículo e outro e,
às vezes, também no interior de
um mesmo veículo.
Integração da Personalidade
Essas cisões existem psicologicamente, na consciência do indivíduo;
Com a cisão, o indivíduo identifica-se separadamente ora com um ora com outro veículo, ligando-se por completo ao veículo que esteja identificado no momento, seguindo cegamente seus impulsos e obedecendo suas exigências, acreditando estar seguindo a vontade do seu eu.
Integração da Personalidade
Ao se identificar com um veículo e
depois com outro, o indivíduo pode
ser portar como se fosse outra
pessoa, pois pode acontecer de os
impulsos, qualidades e desejos do
segundo corpo ser absolutamente
diversos dos do primeiro.
Integração da Personalidade
As cisões podem ser tanto
superficiais e temporárias quanto
profundas e duradouras;
É como se no homem florescessem
alternadamente duas ou mais
personalidades, não só diversas,
mas, com frequência, conflitantes.
Integração da Personalidade
O indivíduo não é sempre igual a si próprio, não é
coerente, não tem uma única fisionomia, mas é
multíplice, faccionado;
Exemplos: homens de ciência, de mente clara e
límpida mas que afetivamente são inseguros e
medrosos; pessoas práticas e eficientes
profissionalmente mas frágeis e inseguros na vida
particular; indivíduos honestos e íntegros na
profissão mas que são emocionalmente egoístas
cruéis ou cínicos.
Integração da Personalidade
Cisões entre os veículos os impede de funcionar coordenada e harmonicamente criando penosas dificuldades e intensos distúrbios;
Cisões ocorrem se os Raios que influenciam os três corpos são de naturezas opostas, se o indivíduo não tem vontade diretiva e autodomínio sobre os corpos de sua personalidade ou se não existe o elemento integrador de um ideal, de uma meta a alcançar.
Integração da Personalidade
Se um indivíduo estiver assim polarizado: corpo emocional de 2º Raio e corpo mental de 1º Raio, ele terá muita dificuldade para coordenar, harmonizar e integrar o corpo emotivo com o mental porque o 2º e o 1º Raios possuem características quase contrastantes e finalidades quase opostas.
Integração da Personalidade
Enquanto estiver propenso a comportamentos amorosos, compreensíveis, inclusivos, construtivos devidos ao raio de seu corpo emocional, será, entretanto, impelido pelo Raio do corpo mental à prepotência, à rigidez, à destrutividade, ao isolamento, como se houvesse duas personalidades distintas aflorando alternadamente conforme sua polarização, no emotivo ou no mental.
Integração da Personalidade
A pessoa que tem em sua psique qualquer cisão não é normalmente consciente desta, justamente porque não se formou nela aquele senso de auto-observação e de objetividade que emerge quando aparece a consciência do eu pessoal.
Integração da Personalidade
Quando o homem se torna senhor
dos seus veículos e das energias que
os compõem, se torna capaz de
servir-se delas para seu objetivo,
usando-as de maneira equilibrada e
coordenada de modo a cooperarem
entre si, sem obstarem entre si. Terá,
então, integrado sua personalidade.
Integração da Personalidade
A integração da personalidade marca um momento evolutivo importantíssimo para o homem;
Ponto importante: nem sempre o desenvolvimento da personalidade é simultâneo e paralelo àquele interior e espiritual, apesar de ser necessário à formação do indivíduo e à sua futura obrigação de Servidor do Plano Divino.
Integração da Personalidade
Às vezes podemos encontrar pessoas bem desenvolvidas e que atingiram a integração, mas que nada tem de espiritual;
Por outro lado, podemos encontrar indivíduos muito maduros espiritualmente e com personalidades truncadas, imperfeitas e falhas.
Integração da Personalidade
Aqueles que atingiram a integração dos veículos pessoais sem ter desenvolvido, mesmo que de maneira primitiva, a intuição espiritual (caso comum nos países ocidentais) encontrar-se-ão diante de muitas dificuldades e a luta a ser travada por seu Eu Superior para conquistar seu instrumento será longa e árdua.
Integração da Personalidade
A personalidade integrada, mesmo não sendo o verdadeiro Eu, mas somente um reflexo dele, é uma entidade muito forte, porém separatista, orgulhosa e rebelde;
A finalidade do Eu é muito diferente da finalidade da personalidade, uma altruísta, desinteressada e universal e a outra egoísta, interesseira e separatista.
Integração da Personalidade
A luta entre o Eu e a personalidade é
quase sempre inevitável, pois a última
se rebela contra a luz do primeiro,
acreditando que “entregar-se” significa
seu fim e sua destruição;
Este é o drama do homem que se
rebela contra aquele que é sua
salvação.
Integração da Personalidade
“Tem olhos e não veem, tem ouvidos e não ouvem”...Jesus;
Mas a personalidade é uma necessidade para o Eu Superior se desenvolver nos planos inferiores. Assim, deve o ser se desenvolver também “estruturalmente”, com seus corpos ou veículos de experiência e de expressão.
IV
O PROBLEMA DA ILUSÃO
O Problema da Ilusão
A falta de visão, o ofuscamento da
consciência, o estado de obscuridade
da personalidade é outro obstáculo
que se apresenta no Caminho;
A ilusão é o estado de consciência
natural da personalidade porque ela
própria é ilusória e vive no mundo do
irreal.
O Problema da Ilusão
A humanidade inteira é presa desta obscuridade, está envolvida por esse véu que ofusca a consciência;
Só quando a Luz do Eu começa a penetrar na mente e a intuição começa a despertar é que a ilusão, em seus vários aspectos, aos poucos se dissolve, diminui e desaparece para dar lugar à revelação e à compreensão da Realidade.
O Problema da Ilusão
A ilusão deriva da identificação do homem com a forma e com o mundo objetivo; entretanto, ela se encontra em níveis evolutivos bastante altos, pois apresenta-se sob vários aspectos e se introduz na personalidade por vias insidiosas e obscuras.
O Problema da Ilusão
Nas primeiras fases do Caminho evolutivo, o estado de imersão na ilusão não constitui um problema porque não somente é inevitável, mas, em certo sentido, útil;
A identificação do homem com seus veículos lhe dá o impulso para desenvolvê-los.
O Problema da Ilusão
O homem não está ainda suficientemente
maduro para operar sobre os corpos da
personalidade;
Assim, por longas épocas, o homem, sem
conhecer o verdadeiro e profundo
significado da obra que está realizando e
sem mesmo estar consciente daquilo que
está fazendo, constrói os instrumentos que
servirá ao seu Eu na realização de seus
objetivos.
O Problema da Ilusão
Somentre no Caminho da Prova (ou da Purificação), começa o homem a desenvolver o discernimento entre o Real e o irreal, o Eu do não-eu, o permanente do transitório;
Neste ponto, a imersão na ilusão torna-se um verdadeiro problema e um obstáculo a ser superado porque o homem deseja a Luz e não pode vê-la.
O Problema da Ilusão
A ilusão tem nome diferente em cada plano:
- Plano etérico: “Maya”
- Plano astral: “Ofuscamento”
- Plano mental: “Ilusão”
A ilusão da personalidade integrada chama-se “Guardião do Limiar (ou Umbral)”
MAYA OU
ILUSÃO NO
PLANO FÍSICO
O Problema da Ilusão
Maya ou ilusão no plano físico-etérico: o homem crê que seu “eu” é o corpo físico e que o verdadeiro mundo real é aquele percebido pelos cinco sentidos
Maya é o dar excessiva importância a tudo o que é material, às provas físicas, às experiências sensíveis, às sensações.
O Problema da Ilusão
Em Maya, não sabemos distinguir o material
do imaterial, não concebemos coisas além
dos cinco sentidos;
Somente quando homem começa a ter
consciência da dualidade existente entre ele
e as forças, é que descobre a dualidade inicial
entre o corpo físico denso e o corpo vital e
aprende que o primeiro é o meio de contato
no plano físico, o outro o instrumento de
contato com as forças internas, com as
energias e com os mundos do ser.
O Problema da Ilusão
Maya torna-se um problema somente quando é reconhecida e nas primeiras fases da evolução;
Maya só é experimentada quando se está no Caminho porque ela impede cada passo que damos para a Luz e para a libertação, nos mantém ligados ao mundo das formas e não permite que percebamos a realidade interior.
O Problema da Ilusão
É nessa fase que damos início às primeiras tentativas sérias de purificação física e em que se efetua a transmutação dos centros inferiores para os centros superiores;
Enquanto nossas energias estiverem localizadas nos centros abaixo do diafragma, não poderemos nos libertar de maya. Somente através da purificação e da transmutação deslocamos as energias para os centros superiores.
O Problema da Ilusão
Maya será totalmente superada apenas quando o aspirante tiver aprendido a técnica da inspiração, que consiste na substituição das energias do corpo etérico pelas energias anímicas que afluem na meditação;
Tal substituição pode ocorrer inconscientemente sempre que o aspirante age com pureza de propósitos.
OFUSCAMENTO OU ILUSÃO NO PLANO ASTRAL
O Problema da Ilusão
A ilusão no plano mental chama-se
“ofuscamento” porque apresenta-
se ao clarividente como uma névoa
que ofusca a visão;
A humanidade em sua quase
totalidade é presa do ofuscamento
astral.
O Problema da Ilusão
O corpo astral, quando não coligado
ao Eu, produz estados emocionais,
sentimentais de caráter pessoal que
ofusca a visão, acarretam falsos
juízos, influem nas faculdades mentais
e fazem o homem submergir, sempre
mais profundamente, no mundo da
irrealidade.
O Problema da Ilusão
O corpo emocional deveria ser apenas “o
instrumento de sensibilidade” do homem, o
límpido refletor do aspecto búdico do Ego,
sem possuir uma atividade autônoma,
independente;
O problema do ofuscamento emocional é,
num certo sentido, mais difícil de ser
resolvido porque ocupa um campo vasto e
indeterminado, sendo de difícil
reconhecimento.
O Problema da Ilusão
O ofuscamento apresenta aspectos
positivos que muitas vezes não se
apresentam como características a serem
superadas ou destruídas, mas como
qualidades e virtudes;
A afetividade, o sentimentalismo, o “amor”
humano, os apegos, a sensibilidade emotiva,
a devoção etc. parecem ótimas qualidades
mas escondem os mais perigosos
estratagemas e mascaram qualidades
negativas e personalismos.
O Problema da Ilusão
A característica de quase todas as
ilusões (em todos os planos) é a
sermos inconscientes delas e de se
apresentarem alteradas e
camufladas à consciência do
indivíduo sob o aspecto de virtudes
e qualidades.
O Problema da Ilusão
Os ofuscamentos emocionais parecem virtudes duramente conquistadas e são difíceis de ser descobertos “por causa das belas colorações que a névoa assume”;
Devemos a aprender a discriminar a vibração do corpo astral da vibração do Eu.
O Problema da Ilusão
Nessa tarefa somente a mente iluminada pela Mônada pode nos ajudar;
A técnica de dissolver o ofuscamento é a iluminação precedida de exercícios formadores de uma sólida e permanente polarização mental.
ILUSÃO, A ILUSÃO NO
PLANO MENTAL
O Problema da Ilusão
A palavra “ilusão” quando se refere ao plano mental tem um significado bem particular;
A ilusão mental se apresenta somente quando o aspirante tem certo grau de contato com o Eu, é sensível ao afluxo de idéias que provêm do plano anímico e tem sólida polaridade no corpo mental.
O Problema da Ilusão
A ilusão mental pode significar a
reação da mente não disciplinada ao
mundo das idéias, do Eu, com o qual
começa a tomar contato. A mente
capta a idéia superior, mas ainda não
purificada, a colore e altera, dando-lhe
uma interpretação distorcida e
“ilusória”.
O Problema da Ilusão
A alteração da ideia ocorre devido:
i) ao grau de desenvolvimento da mente;
ii) à indeterminação da forma-pensamento;
iii) ao tipo do Raio do Ego;
Iv) à instabilidade do contato da mente com a ideia percebida.
O Problema da Ilusão
Tais causas podem ser eliminadas, pouco a pouco com o gradual treinamento da mente para se tornar mais sensível e receptiva, com a prática da meditação e com a purificação mental;
Mas a técnica mais eficaz, quase “única” para dissolver a ilusão é o desenvolvimento da intuição.
O Problema da Ilusão
A intuição não pode ser desenvolvida de
uma só vez. Sua conquista requer longo
treinamento na prática da meditação,
certas ampliações da consciência,
desenvolvimento interior e maturidade que
não se pode ter antes de determinado
desenvolvimento evolutivo;
Eis porque a verdadeira superação da ilusão
não é possível antes que se tenha
conseguido a Iniciação.
GUARDIÃO DO
LIMIAR, A ILUSÃO DA
PERSONALIDADE INTEGRADA
O Problema da Ilusão
Em certo ponto do caminho evolutivo do discípulo apresenta-se a ele o Guardião do Limiar, o conjunto de forças da natureza inferior, tal como acontece com a personalidade antes da iluminação, da inspiração e da iniciação;
A personalidade, nessa fase, é muito forte e o Guardião encarna todas as forças psíquicas e mentais desenvolvidas pelo homem ao longo das idades.
O Problema da Ilusão
É a potência da tríplice forma material, antes de sua consciente cooperação e consagração à vida do Eu e ao serviço da Hierarquia Espiritual;
Esse “conjunto de forças da natureza inferior” constitui uma potente forma-pensamento diante do qual o discípulo, simbolicamente falando, se encontra quando deve passar pelo Portal da Iniciação.
O Problema da Ilusão
É o Guardião do Limiar porque o discípulo não pode ir adiante se antes não vencer e destruir a potente forma-pensamento;
Na realidade, essa experiência significa que, ao estar o discípulo pronto para a Iniciação, a Luz que flui de seu Eu fará com que ele veja todos os lados de sua personalidade, todo o conjunto de suas forças psíquicas inferiores, que ele deve, de uma vez por todas, superar.
O Problema da Ilusão
Ele se vê como realmente é, sem véus ou
ilusões e tal visão é uma experiência
terrificante;
O discípulo se horroriza ao ver quanta
baixeza, quanta obscuridade, quanta
negatividade estão ainda escondidas e
enraizadas na sua personalidade;
Mas o Eu lhe dá força e coragem para lutar
e vencer a batalha contra sua natureza
inferior que se lhe ergue como um inimigo.
O Problema da Ilusão
Devemos descobrir à qual tipo de ilusão estamos mais sujeitos;
Maya predomina sobre as pessoas que estão sob o influxo do 5º e 7º Raios;
O ofuscamento emocional predomina nas pessoas que estão sob o influxo do 2º e 6º Raios;
A ilusão mental predomina nas pessoas que estão sob o influxo do 1º e 3º Raios.
O Problema da Ilusão
Enquanto vivermos identificados com o eu pessoal, estaremos imersos na ilusão e continuaremos a caminhar cegamente;
Se nos desidentificarmos desse eu, abrir-nos-emos à intuição e a nossa mente tornar-se-á um dúplice instrumento: um receptor da Luz do alto e uma força de comando e controle para baixo.
O Problema da Ilusão
Para alcançarmos tal estágio devermos trabalhar , aprender muitas coisas, ter a devida perspicácia, habituar-nos a comportamentos adequados para conosco e para com os demais e nos prepararmos para práticas de concentração, meditação e auto-afirmação que produzam o despertar da consciência superior.
2ª PARTE
MÉTODOS, PERCEPÇÕES E
TÉCNICAS PARA FAVORECER A
UNIÃO COM O EU SUPERIOR
V
A IMAGINAÇÃO COMO
TÉCNICA ESPIRITUAL
A Imaginação como Técnica Espiritual
Para obtermos resultados sensíveis devemos, antes de tudo, mudar nosso comportamento interior diante dos acontecimentos da vida;
Tudo que nos acontece não é por acaso, mas o efeito de leis justas e perfeitas e tudo tem um objetivo preciso e claro: servir de estímulo para o despertar de nossa consciência superior.
A Imaginação como Técnica Espiritual
A espiritualidade deve tornar-se parte
integrante da vida, de todos os dias, o
pano de fundo de todos os nossos
pensamentos e sentimentos;
Devemos também ter presente que o
Eu é nossa verdadeira identidade e
que devemos nos transformar naquilo
que já somos em potencial.
A Imaginação como Técnica Espiritual
Aspiramos à União com o EU, não
porque somos dele separados mas
porque somos dele inconscientes;
A Centelha Divina, mergulhando na
matéria dos vários planos, esquece-
se de sua origem e se identifica
com os vários invólucros.
A Imaginação como Técnica Espiritual
Aos poucos o homem vai se
lembrando de sua origem até que
tem início o período mais significativo
do caminho de volta, aquele em que o
homem consciente e voluntariamente
colabora com a sua evolução, trabalha
para o seu despertar, abre-se às
energias espirituais.
A Imaginação como Técnica Espiritual
Mas ainda que convencidos de que somos o EU, sabemos muito pouco ou quase nada sobre ele e o pouco que sabemos parece vago, nebuloso, confuso;
Ai é que podemos recorrer, além de a livros e à nossa intuição, também à IMAGINAÇÃO.
A Imaginação como Técnica Espiritual
Ainda que a imaginação possa criar
absurdos no que se refere a objetos físicos,
mergulhando no fantástico e no absurdo,
ela não pode imaginar sentimentos, ideias e
estados de consciência que nunca existiram;
Nesse sentido, com a imaginação, o
homem usa material de sua consciência,
usa substância psicológica, que está em
contínua mutação e transformação e que
tem em si infinitas potencialidades e
possibilidades.
A Imaginação como Técnica Espiritual
No que se refere as coisas interiores, a estados de consciência, a imaginação é criativa, evocativa e dotada de grande força;
A imaginação é um ato de pensamento. E a energia segue o pensamento. O homem se torna aquilo que ele pensa.
A Imaginação como Técnica Espiritual
Quando imaginamos um sentimento, uma qualidade superior, evocamos do fundo de nós mesmos poderosas forças latentes e, ao mesmo tempo, atraímos do alto energias afins com aquele sentimento, aquela qualidade.
A Imaginação como Técnica Espiritual
Quando imaginamos uma qualidade
criamos uma forma-pensamento que
tenderá continuamente a realizar-se
no plano físico;
Não existe pensamento sem
expressão; o pensamento é um ato
nascente, um princípio de atividade.
A Imaginação como Técnica Espiritual
Nos esforcemos continuamente para imaginar as qualidades do Eu, pensando nelas com clareza e precisão e criando uma forma pensamento nítida e clara;
Em cada momento do dia deveríamos ter sempre em mente o pensamento: “Eu sou o Eu Superior e devo provar suas qualidades e não as da personalidade”.
A Imaginação como Técnica Espiritual
Deveríamos imaginar sempre
como nosso Eu Superior se
comportaria nas circunstâncias de
nosso dia-a-dia;
Como muitos místicos cristãos que
continuamente se perguntavam: “O
que faria Jesus?”.
A Imaginação como Técnica Espiritual
Sempre agimos como personalidade
e, por isso, não sabemos enfrentar a
vida, não temos força para superar os
obstáculos, sentimo-nos infelizes,
frágeis e cansados;
Vivemos para tornar a mesquinha
vida da personalidade cômoda e feliz
como se essa fosse a verdadeira vida.
A Imaginação como Técnica Espiritual
Para agir como o Eu Superior temos que usar a discriminação para discernir as qualidades da personalidade daquelas do Eu;
Se não sabemos reconhecer as qualidades anímicas (do Eu), devemos, ao menos, distinguir as notas e qualidades pessoais.
A Imaginação como Técnica Espiritual
Devemos saber ver com clareza e
objetividade as coisas que pertencem
à personalidade sem nos iludirmos
com a possibilidade de que venham a
pertencer ao Eu, ainda que
aparentemente boas e positivas;
Eis uma relação de reações pessoais
que pode servir como exemplo:
A Imaginação como Técnica Espiritual
1. Sentir-se ofendido
2. Sentir-se humilhado
3. Desejar ser amado
4. Desejar ser compreendido
5. Sentir-se satisfeito
6. Sentir-se superior aos outros
7. Sentir-se orgulhoso
8. Crer que as próprias ideias são as melhores
9. Sentir-se juiz e crítico dos outros
10. Sentir-se diferente dos outros
11. Amar alguém com apego e desejar retribuição
12. Fazer uma gentileza e sentir-se bom
A Imaginação como Técnica Espiritual 13. Fazer um ato de bondade e desejar gratidão
14. Ser gentil e dócil por interesse
15. Sentir-se irritado porque os outros não o apreciam
16. Desejar elogio
17. Ser indeciso e incerto
18. Sentir-se deprimido
19. Sentir-se triste
20. Sentir-se infeliz
21. Sentir-se eufórico
22. Sentir ser algo excepcional
23. Estar muito contente consigo mesmo a ponto de preferir-se
aos outros (“não me trocaria por ninguém”)
24. Desejar que todos saibam que fez uma coisa boa
A Imaginação como Técnica Espiritual
25. Ter medo do futuro
26. Ter medo de ser enganado
27. Rebelar-se contra a dor
28. Sentir-se injustamente tratado
29. Irritar-se e indignar-se com as maldades alheias
30. Pretender a ajuda dos outros
31. Desprezar aqueles que são menos inteligentes
32. Fazer o bem somente àqueles que lhes são
simpáticos
33. Procurar somente a companhia dos afins
34. Trabalhar apenas visando o interesse
A Imaginação como Técnica Espiritual
35. Crer que os outros têm mais sorte
36. Ser otimista demais
37. Ser pessimista demais
38. Desejar a felicidade
39. Se preocupar com o que pensam
de você
40. Ser vaidoso
A Imaginação como Técnica Espiritual
Essas são algumas das reações
pessoais que devem ser distinguidas
das anímicas;
Tudo que vem da personalidade tem
algo de egoístico, de interessado e de
limitado;
Tudo que vem do Eu é altruístico,
puro, desinteressado, amplo, universal.
A Imaginação como Técnica Espiritual
Todos os impulsos e tendências superiores que somos capazes, como a sede de verdade, o amor pelo conhecimento, o senso de fraternidade, a atividade altruística, o amor desinteressado, a abnegação provêm do Eu;
São reflexos na personalidade das capacidades anímicas.
A Imaginação como Técnica Espiritual
Qualidades anímicas refletidas através do corpo físico:
Atividade , laboriosidade (com altruísmo) Ordem Harmonia Ritmo Senso de bem estar Senso de vitalidade Adaptabilidade física
A Imaginação como Técnica Espiritual
Qualidades anímicas refletidas através do corpo emocional:
Serenidade Calma Amor desinteressado e impessoal Alegria Simpatia (por todos) Sensibilidade pelo belo compaixão
A Imaginação como Técnica Espiritual
Qualidades anímicas refletidas através do corpo mental:
Compreensão
Sabedoria
Sede de conhecimento
Clareza mental
Imparcialidade de julgamento
Raciocínio livre de fanatismo
Lógica serena
Criatividade mental
Discriminação
Elasticidade mental
Adaptabilidade mental
VI
O DESAPEGO
O Desapego
Depois de refletir sobre as qualidades do Eu, procurar imaginar nossa personalidade permeada por elas, e depois de termos procurado discriminar as notas pessoais das anímicas, devemos passar à atuação prática, à verdadeira e concreta realização da consciência de nosso verdadeiro Eu.
O Desapego
Um dos principais comportamentos interiores que favorecem e preparam o despertar da consciência superior é o DESAPEGO;
Desapego é a indiferença por tudo que faz parte do “não-Eu. É separar o real do ilusório.
O Desapego O desapego nasce da recusa em identificar-
se com algo que não seja a realidade
espiritual;
É um repúdio ativo, sem qualquer
concentração, sobre o que é repudiado;
Desapego é o comportamento do
Expectador, daquele que observa a
personalidade a viver, a agir, a sentir e a
pensar nos três mundos e, ainda assim,
calmos, separados de tudo o que acontece
no plano pessoal.
O Desapego
Se conseguíssemos esse comportamento interior, o despertar gradual da verdadeira consciência Anímica seria facilitado e favorecido, pois o que impede tal despertar é nossa identificação com o não-Eu, com as formas e os objetos ilusórios, com os veículos da nossa personalidade.
O Desapego
Esse comportamento interior não é fácil de
se conseguir. Ele é o resultado final de
graduais e sucessivos reconhecimentos. Não
pode ser atingido repentinamente;
Antes de conseguir o verdadeiro “desapego”,
o homem passa por vários e graduais
desapegos ou libertações, transferindo o seu
desejo e o seu apego de um objeto interior
para um superior´, reconhecendo a
caducidade de um e apegando-se à outro
que acha verdadeiro e duradouro.
O Desapego
Toda libertação da consciência pressupõe
uma “libertação” de certos apegos;
O desapego é a própria técnica da evolução
da consciência a partir da prisão da forma;
Mas desapego não é frieza, distanciamento
ou isolamento e evasão ao sofrimento;
Pode-se amar com profundidade,
compreender, sentir todo o sofrimento,
mesmo permanecendo interiormente
separados.
O Desapego
De fato, não sabemos amar com desapego, amar como Eus Superiores, dando sem nada pedir em troca, querer bem sem desejar retribuição;
Amar com desapego significa deixar os outros livres, amar com impessoalidade.
O Desapego
“Destrua a ambição, o desejo de
viver e o desejo de bem estar, mas
trabalha como os ambiciosos,
respeite a vida como os que a
desejam e seja feliz como quem
vive para a felicidade...LUZ NO
CAMINHO”
O Desapego
Devemos trabalhar intensamente
mas desapegados dos resultados
de nossas ações e esforços;
Em nossas ações devemos sempre
seguir o impulso que vem do alto e
não obedecer aos motivos egoístas
da personalidade.
O Desapego
Devemos amar a vida, respeitá-la, gozar suas belezas e alegrias, permanecendo, porém, sempre desapegados internamente sabendo que TUDO É TRANSITÓRIO, ILUSÓRIO;
Esta vida é o reflexo de outra mais verdadeira e real.
O Desapego
Devemos nos dedicar às criaturas, às formas com a consciência de que são apenas invólucros da Vida Una, e jamais por pavor da morte;
Mesmo sabendo que as alegrias da vida são efêmeras e transitórias, devemos saber gozá-las como dons temporários.
O Desapego
Devemos ser alegres e serenos, permanecendo, entretanto, livres e desapegados interiormente;
Conquistar o desapego conduz o homem a despertar em si a consciência do Expectador. É essa consciência que abre a estrada para a ulterior realização da consciência do Eu.
O Desapego
Enquanto estivermos presos pelo turbilhão dos desejos, num tumulto de infinitas vozes, num marasmo nebuloso, é um absurdo pensar ou esperar que possamos realizar a consciência do verdadeiro Eu;
Poderemos perceber a verdadeira essência espiritual que há em nós quando não formos mais presas do apego e do desejo.
O Desapego
Para atingirmos tal desiderato, temos que começar por uma análise profunda para descobrir em qual dos três veículos existe maior apego;
Alguns podem estar apegados aos bens físicos, às comodidades , luxo e conforto físico.
O Desapego
Outros podem estar mais apegados no campo emotivo e afetivo, com sentimentos fortes e excessivos que provocam ciúme, agitação e perturbação contínua. Se apegam demais às pessoas queridas;
Outros ainda podem ter mais apegos no corpo mental inferior como ambição, orgulho, desejo de fama, senso de superioridade, exagerada estima da razão e da inteligência etc.
O Desapego
Identificamos nossos apegos quando olhamo-nos no espelho, como um expectador que observa a parte de nós que age;
Temos que reencontrar em nós o centro fixo e sólido que não muda jamais e que nos dá o sentido de nossa identidade, o “eu” livre de seus conteúdos psíquicos.
O Desapego
Uma prática útil para formar em nós a consciência do “eu” desapegado de seus conteúdos psíquicos e não identificado com os três veículos é o exame noturno;
Tal exame, feito regularmente todas as noites ou em qualquer outro momento do dia, depois de uma oportuna preparação interior com relaxamento e calma que nos leva acima da personalidade, é uma prática indispensável para o aspirante espiritual.
O Desapego
Somente com o exame noturno formar-se-á
aquele ponto intermediário entre a
personalidade e o Eu, que não é mais a
consciência da personalidade e não é ainda a
consciência do Eu;
É o ponto onde se forma a consciência do
observador silencioso, do Expectador
desapegado e que lhe dá a possibilidade de
observar desapaixonadamente a sua
personalidade, de não se identificar com os seus
veículos e de se sentir completamente “senhor”
das energias inferiores, que lhes são próprias.
O Desapego
Desapego não é indiferença e frieza, é profunda serenidade e calma interior, trespassada de amor, compreensão, alegria, energia e força;
O desapego é o comportamento de todo aquele “que sabe”, que está livre das ilusões da forma.
O Desapego
Ausência de paixão (ou desapego
ou vairagya) é a consciência de ser
“senhor” por parte daqueles que
se libertaram do desejo por
qualquer objeto visto ou
imaginado....Sutra Yoga de Patanjali
O Desapego
Cultivemos a cada momento do nosso dia, em cada atividade ou momento de provação, um senso de liberdade interior, um comportamento calmo e sereno. Preservemos a consciência do Expectador, invocando sempre nosso Eu para que nos faça atingir o desapego e nos faça conhecer a paz daqueles que, mesmo estando no mundo, “vivem no eterno”.
VII
O SILÊNCIO
O Silêncio
Nós do mundo ocidental raramente sabemos retirar luz e força do silêncio;
O silêncio pode parecer um vazio, uma escuridão para aqueles que vivem imersos na personalidade, no mundo objetivo e que jamais provaram a vibração que provém dos níveis espirituais.
O Silêncio
O profundo significado do silêncio só é sentido por aquele que já sente, ainda que inconscientemente, a influência do Eu espiritual;
O silêncio não é apenas o emudecimento da palavra, do som físico. É também o apaziguamento das emoções, desejos e sentimentos e calma absoluta da mente e dos pensamentos.
O Silêncio
Somente com o apaziguamento completo dos três veículos é que poderemos ouvir a “voz sem som”, a “voz do silêncio”, que é a voz de nosso Eu, de forma cada vez mais clara e nítida;
Mas devemos passar por várias fases de silêncio antes de atingirmos o verdadeiro silêncio. Aquele que abre a porta do mundo da realidade.
O Silêncio
O primeiro passo é dado no plano
físico com o domínio da palavra;
Os discípulos de Pitágoras
observavam silêncio absoluto por dois
anos como prova de autodomínio;
Em muitas Tradições e Ordens
Espirituais existe a regra da
observação do silêncio.
O Silêncio
Há no domínio da palavra um significado oculto profundo que não é apenas de valor moral mas, também, e principalmente, “mágico”;
Toda vez que falamos emanamos energia, vibração dependendo da natureza e qualidade de nossas palavras. Com isso, quando falamos, dispersamos energia continuamente.
O Silêncio
O silêncio é, assim, conservação de
energia;
Quando temos um plano traçado, não
devemos falar dele a ninguém
justamente porque falar dele dispersa
a energia que deve ser usada para
construir e manter a forma-
pensamento associada a esse plano.
O Silêncio
Assim pode ocorrer que, ao se falar de nosso plano, sua precipitação no plano físico seja atrasada ou até que não ocorra;
Outro aspecto importante do silêncio é que podemos usá-lo para ajudar nossos semelhantes mais ainda do que com as palavras.
O Silêncio
Frequentemente, as palavras são
inadequadas ou mesmo
desagradáveis, enquanto a vibração
pura da nossa compaixão, do nosso
amor, pode atingir o objetivo sem
obstáculos e sem causar reações;
Há situações na vida que só podem
ser resolvidas com o silêncio.
O Silêncio
É um silêncio ativo, construtivo,
radiante, que age quando a
personalidade inteira se cala;
Quando os lábios emudecem, as
emoções se aquietam, os
pensamentos param, aí, então,
outra coisa fala em nós.
O Silêncio
Quando silenciamos desse modo, pode nosso Eu falar direto ao Eu de outro e a ajuda pode assim se dar por meios inexplicáveis mas eficazes;
Cale como personalidade e opere como Eu Superior. Só assim obterá resultados.
O Silêncio
Só quando o número de palavras normalmente ditas for reduzida e for aprendida a prática do silêncio, será possível à palavra exercer seu poder no plano físico;
O silêncio nutre a palavra que quando proferida é então cheia de poder e atração.
O Silêncio
O som tem um grande poder e o homem o usa indiscriminadamente, quase sempre de maneira nociva;
A cada palavra corresponde uma energia sonora e corresponde também um sentimento, um pensamento que também são energias que se propagam e tendem a criar resultados no plano físico, sem contar o aspecto moral da palavra.
O Silêncio
Todas as palavras egoístas, maliciosas,
cruéis, de ódio destroem os vacilantes
impulsos do Eu e cortam as raízes da
vida;
Enquanto não tivermos conquistado o
autodomínio e o discernimento, é
melhor reduzir o número de palavras
e aprender a calar o máximo possível.
O Silêncio
Fale somente quando o que for dizer for
verdadeiro, amável e útil;
Pelo menos duas vezes ao dia deveríamos ter
alguns minutos de solidão e recolhimento
para nos dedicarmos à prática do silêncio;
As múltiplas vozes de nossa natureza inferior
emudecerão somente quando houver a
completa “rendição” da personalidade, após o
conflito final entre o Eu e seus instrumentos.
O Silêncio
Conflito árduo, tempestuoso em que as forças de involução se unirão contra as forças da Luz;
Esse conflito poderá suceder-se em níveis inconscientes da psique mas, superficialmente, manifestar-se como um estado de sofrimento, de depressão, de mal estar profundo, de infelicidade, de cansaço, de desgosto pela vida e, às vezes, como verdadeiras doenças físicas.
O Silêncio
Terminado o conflito, com a redenção
da personalidade, segue uma calma
profunda, um silêncio completo que
preludia um maravilhoso e misterioso
evento, o despertar do Eu, o abrir-se
do ouvido interior à sua voz que
finalmente poderá ser ouvida pelo
aspirante.
O Silêncio
“Espere que a flor desabroche no silêncio que segue à tempestade, não antes”....Luz no Caminho;
E no silêncio profundo acontecerá o evento misterioso que prova que o caminho foi encontrado;
Entretanto, podemos provar momentos vivificantes desse silêncio mágico, mesmo antes desse evento, e utilizar os seus poderes e a sua força para tornar nossa vida mais harmônica, e útil tanto pessoal quanto espiritualmente.
O Silêncio
Aprendamos a compreender a
força da ação silenciosa, do serviço
tácito, do We-wei, a ação sem ação
dos hindús, que nos abrem a
nascente das energias que jazem
inaproveitadas em nós.
PARTE PRÁTICA
VIII
A MEDITAÇÃO
O Relaxamento Físico
A Meditação – O Relaxamento Físico
Vamos ver os métodos, exercícios e técnicas de treinamento interior aptas a preparar a personalidade para torná-la um canal das energias espirituais e criar em nós a vibração mais elevada e pura que poderá contribuir com o despertar da consciência superior.
A Meditação – O Relaxamento Físico
A técnica por excelência nesse caso é
a MEDITAÇÃO;
Meditação é a ciência do treinamento
interior;
A meditação, ao contrário da prece
que parte do corpo emotivo e usa o
desejo, parte do corpo mental e usa a
vontade para atingir seu objetivo.
A Meditação – O Relaxamento Físico
A prece, em seu mais alto grau forma o místico. A meditação, ao contrário, forma o ocultista;
A verdadeira meditação oculta implica uma série de exercícios técnicos, de práticas e de treinamentos dirigidos ao campo das energias psíquicas, que requerem diversos anos de exercícios e certo grau de desenvolvimento mental.
A Meditação – O Relaxamento Físico
A meditação é criativa, movimenta energias, produz efeitos definitivos, transmutações; suscita e evoca forças latentes e adormecidas, destrói negatividades e constrói qualidades positivas. Muda completamente nossa vida;
Está estreitamente ligada à formação do caráter.
A Meditação – O Relaxamento Físico
A meditação sempre eleva a
vibração e atrai energias
superiores;
Os efeitos podem-se manifestar
com atraso e o trabalho e a
penetração das forças espirituais
são quase sempre inconscientes.
A Meditação – O Relaxamento Físico
não estamos conscientes do que se passa no profundo de nós mesmos. Mas, de repente, tais resultados se manifestam, quando menos pensamos neles;
A meditação é uma verdadeira ciência e técnica de melhoramento e purificação da personalidade.
A Meditação – O Relaxamento Físico
Cada uma de suas fases tem um significado e um objetivo bem precisos que produzem efeitos determinados em nossa personalidade;
A primeira fase é o alinhamento, que se subdivide em inferior e superior.
A Meditação – O Relaxamento Físico
O alinhamento inferior é aquele dos três
corpos da personalidade que são levados,
com estratagemas apropriados, a uma
temporária coordenação e sintonização e
são mantidos sob controle da mente com
um esforço da vontade, em calma, silêncio e
relaxamento;
Este alinhamento, mesmo que momentâneo,
abre um canal para o afluxo das energias
anímicas.
A Meditação – O Relaxamento Físico
O alinhamento superior é aquele da personalidade com o Eu;
Obtém-se o alinhamento inferior fazendo primeiramente o relaxamento do corpo físico, tranquilizando depois o corpo emotivo e atingindo, por último, o silêncio mental.
A Meditação – O Relaxamento Físico
O relaxamento físico deve diluir
toda a tensão, relaxar cada
músculo a fim de que deixar o
veículo físico num estado de
completa quietude que permita à
nossa consciência abstrair-se
totalmente dele;
A Meditação – O Relaxamento Físico
A mente deve poder introverter-se para o mundo psíquico, sem ser perturbada por sensações físicas;
Nesse estado de quietude também as energias do corpo etérico poderão circular mais harmônica e livremente, sem criar obstruções e congestões que resultam em indisposições e sensações desagradáveis.
A Meditação – O Relaxamento Físico
O bom relaxamento pratica-se deitando-se em posição supina numa cama ou no chão e relaxando-se todos os músculos;
Perscrute com a mente todo o corpo, relaxando cada parte dele, até a menor delas;
Com a prática o relaxamento será cada vez melhor.
A Meditação – O Relaxamento Físico
O estado de tensão constante desgasta nossas energias prânicas. O relaxamento completo restaura e restabelece a circulação prânica no corpo etérico e, consequentemente, a energia vital pode, com liberdade, fluir por todo o corpo físico vivificando-o e restaurando todos os pontos debilitados.
A Meditação – O Relaxamento Físico
Por isso é necessário se fazer alguns momentos de
relaxamento quando se está muito cansado, o que
tem mais eficácia do que várias horas de um sono
agitado;
Com o relaxamento e a harmonização de nossas
correntes prânicas nosso corpo fica num estado
de calma e tranquilidade completa. As energias
anímicas encontrarão então um invólucro calmo,
receptivo e nele poderão fluir livremente,
purificando-o, harmonizando-o e praticando, aos
poucos, a obra de sublimação e transmutação de
nossa matéria física.
IX
A MEDITAÇÃO
A Aquietação Emotiva
A Meditação – A Aquietação Emotiva
O corpo emotivo reflete o segundo aspecto da Mônada e do Ego, o Amor;
Mas muitas encarnações são necessárias antes que o corpo emotivo do homem possa se tornar um límpido refletor e transmissor da energia do Amor do Ego.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
A matéria astral do corpo emotivo é fluída, mutável, sensibilíssima e está aberta à todas as influências e vibrações do exterior (dos outros dois veículos da personalidade e dos veículos das outras pessoas e do plano astral em geral);
Antes que o homem possa regular essas influências, repelindo as negativas , aceitando as positivas, e possa dirigir a receptividade do corpo emotivo para o Eu, deve-se tornar consciente de sua meta, desenvolvendo o corpo mental, a vontade e o autodomínio.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
No corpo emotivo há o amor pessoal como
uma nota dominante, com todos os seus
aspectos derivados, positivos e negativos
(amor e ódio, atração e repulsão, simpatia e
antipatia, benevolência e inveja e ciúme);
O corpo emotivo do homem comum está em
contínua agitação e movimento e deve ser
acalmado e aquietado para a prática da
meditação;
As ondas emotivas obstaculizam as energias
do Eu e ofuscam a mente.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
O corpo emotivo, durante o alinhamento, deveria estar calmo, sereno, recolhido para o alto e límpido como um cristal;
A aquietação emotiva alcança-se de muitas maneiras e por vários métodos, que diferem de pessoa para pessoa, conforme seu temperamento, grau evolutivo, polarização etc.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
A meditação só é possível para aquele que tem um mental já bem desenvolvido, com força mental, presença de vontade e capacidade de autodomínio;
Se o corpo emotivo não for dominado, estará sempre em movimento, com um conjunto de vibrações, de sensações e de reações muito comum em corpos emocionais desenvolvidos e ainda não dominados.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
Outro obstáculo presente no veículo emotivo
é o estado de tensão, de congestão que pode
vir a se formar provocando uma sensação de
angústia, de preocupação e de mal-estar sem
uma causa aparente;
Isso ocorre quando há no nosso
subconsciente algo que nos perturba, nos
agita sem que estejamos conscientes disso e
que congestiona as energias emocionais que
não podendo fluir livre e harmonicamente,
nos causa sensação de tensão e angústia.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
Tal estado de tensão é um obstáculo
no alinhamento porque absorve toda
a nossa atenção e atrapalha a mente;
Desejos, paixões e emoções pessoais
também são um empecilho e devem
ser aquietada e acalmadas, ainda que
por um período definido para a
prática da meditação.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
A aquietação emocional duradoura se seguirá como resultado da prática constante, séria e repetida da meditação cotidiana;
O bom relaxamento físico como primeira fase do alinhamento é uma boa preparação do terreno para uma boa aquietação emocional. A fluição das correntes etéricas acalma o sistema nervoso que se reflete nas emoções.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
Uma maneira de se aquietar o corpo emocional é por meio da imaginação, procurando visualizar imagens que suscitem calma, serenidade, quietude;
A imagem de um lago calmo nas montanhas ou de um céu azul e sereno são bastante eficazes.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
Pessoas volitivas podem aquietar o emocional por meio de afirmações de frases adequadas: “A paz e a quietude reinam em meio corpo emocional” ; “Toda emoção se esvai, todo sentimento se aquieta”;
Essas frases devem ser ditas com força e convicção.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
Os corpos da personalidade se
influenciam mutuamente. Em
especial o corpo mental influencia
muito o emocional, dando às
emoções constância, estabilidade e
profundidade.
X
A MEDITAÇÃO
O Domínio da Mente no
Alinhamento
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento O corpo mental é formado nos sete
subplanos. O mental inferior é composto de matéria dos quatro subplanos inferiores e pertence à personalidade e o mental superior é composto dos três subplanos superiores e pertence ao Eu;
Assim, o corpo mental é cindido em duas partes.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento Até que o homem, através de muitas vidas,
de meditação constante, construa uma
“ponte” entre essas duas partes, podemos
dizer que existem duas unidades mentais
distintas. E a superior está tão acima de
nossa percepção, que é como se não
existisse em nós. Ela é a sede da intuição
cognitiva mais alta;
Tenhamos então sempre à mão essa
natureza dúplice da mente.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento
A mente pode assim ser dirigida para o mundo exterior, subjetivo e para o interior ou subjetivo;
O homem de mediana evolução só põe em movimento seu instrumento mental por meio das sensações do exterior e pensa apenas em conexão com objetos.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento A mente superior é capaz de pensar
de maneira abstrata, de formular ideias e conceitos abstratos, impessoais e objetivos;
E a mente superior pode ir ainda mais alto. Pode abrir-se ao mundo das intuições, dos conceitos universais, tornando-se um meio de contato com a Mente Universal.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento A função da mente na meditação é a
de se tornar receptora das ideias do Eu, de seus propósitos e planos;
Para muitos , o domínio da mente é a parte mais difícil do alinhamento;
Domínio da mente significa tornar-se senhor por completo do nosso mecanismo de pensamento, de maneira a poder guiá-lo como e quando quisermos.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento Domínio da mente significa ainda saber
discernir as influências emotivas e as provenientes das sensações físicas dos pensamentos verdadeiros; significa libertar a mente de tais influências e sabê-la conduzi-la de maneira independente. Saber concentrá-la à vontade, em qualquer ponto e usar sua faculdade de raciocínio em qualquer direção;
No alinhamento que precede a meditação, devemos, aos poucos, apender a dominar a mente, tornando-a um perfeito instrumento da vontade.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento O primeiro passo é introverter a
atenção, voltando-a para o interior (pratyahara);
As primeiras tentativas de domínio da mente nos darão importantes descobertas. A primeira delas é que não usamos toda a mente, mas uma pequena parte dela, aquela mais mesclada por emoções, instintos e desejos (kama-manas).
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento Perceberemos aos poucos a necessidade
de desemaranhar o verdadeiro
pensamento de todas as influências
espúrias, libertá-la da névoa emotiva,
tornando-a receptiva à Luz;
Nós achamos que pensamos, mas, na
realidade, nada fazemos senão exprimir
conceitos confusos, opiniões provindas de
influências externas, desejos que
acreditamos ser convicções etc.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento Para usar a mente como órgão de integração
e controle da personalidade devemos aprender a pensar;
A segunda descoberta será que nos conscientizaremos, por experiência direta, de que há algumas coisa acima dos pensamentos, acima do nosso mecanismo mental, um centro de consciência, uma vontade, uma força que não é a mente mas “alguma coisa” que pode dominá-la e dirigi-la. Esse centro de consciência é o reflexo do Eu na personalidade.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento Essa experiência interior é um pouco
diferente de pessoa para pessoa, segundo o temperamento ou tipo psicológico.
Com o tempo e a prática, o senso de Eu se tornará permanente;
Essa descoberta do Eu separado, que não é a mente, é uma grande ajuda e uma grande força para podermos chegar a dirigir e controlar a mente como quisermos.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento Portanto, podemos dizer que a fase de
alinhamento dedicado à mente consta de duas partes: a) introversão da mente para si mesma e contato com o mundo dos pensamentos; b) domínio da mente através da vontade e do seu uso na direção desejada. (dharana)
Dharana ou concentração é a base sobre a qual se apoia toda a meditação.
XI
A CONCENTRAÇÃO
A Concentração
A mente dá a estabilidade, a consciência, a firmeza de propósito e, ainda, a possibilidade de poder traduzir em conceitos e em pensamentos as percepções recebidas;
Só a aspiração não é suficiente. Pode levar à insatisfação por não conseguirmos compreender o profundo significado das coisas ou ao êxtase com um rápido e temporário contato com o Eu.
A Concentração
Só poderemos progredir realmente e chegar a um contato estável com o Ego e ter uma consciência clara e duradoura da realidade quando substituirmos a aspiração emotiva e o desejo por uma decisiva e firme determinação de nos tornar senhores de nossa mente de modo a usá-la segundo seu verdadeiro objetivo, isto é, ser a intermediária entre o mundo e o Eu.
A Concentração
A prece é possível a todos. A meditação só é possível aos que estão polarizados mentalmente;
Todos os que se sentem prontos para transmutar suas emoções em devoções espirituais podem ser santos, mas nem todos os homens podem ser conhecedores, porque isso requer tudo o que foi alcançado pelo Santo mais o uso do intelecto e o poder de pensar, até chegar ao conhecimento direto.
A Concentração
Esse conhecimento direto é a leitura espiritual, a faculdade de ler com os olhos do Eu através de todas as formas materiais, que não passam de símbolos da realidade divina;
Antes que a mente possa se tornar o órgão dessa leitura espiritual, ela deve se tornar um perfeito instrumento do pensamento, obediente à vontade, e um límpido refletor das ideias do Eu. E a isso se chega somente através da concentração e, depois, da meditação.
A Concentração
Concentração significa centrar todos os pensamentos e conduzi-los para o mesmo ponto, sem distrações, divagações, eliminando tudo o que for estranho ao objeto de nossa atenção;
Patanjali nos Yoga-Sutras define concentração como a fixação da substância mental (chitta) sobre um objeto particular.
A Concentração
Podemos então definir concentração também como uma intensificação da atenção sobre um tema escolhido;
A atenção pode ser involuntária (sem força de vontade) e voluntária (com força de vontade), mas é natural e espontânea;
A concentração do pensamento faz com que ele se torne muito mais intenso, profundo e vigoroso.
A Concentração
A concentração não serve apenas
como meio de domínio e controle da
mente, mas também como meio de
desenvolvimento e de reforço de seu
poder;
A mente sempre reage negativamente
às primeiras tentativas de domínio e
reorganização.
A Concentração
O aumento de sua fluidez ocorre porque a mente não está habituada a ser controlada e porque, ao nos concentrarmos mentalmente, é natural que se forme uma polarização mental mais intensa, isto é, as forças da nossa personalidade alinham-se e afluem para a mente, produzindo um aumento das energias intelectivas que, ainda não dominadas e organizadas, irrompem aqui e ali de forma caótica.
A Concentração
Esse é o primeiro obstáculo á concentração e que, depois, se transforma em riqueza e eficiência mental;
Outro obstáculo comum é a divagação da mente ao ser perturbada por pensamentos inoportunos que se infiltram na mente.
A Concentração
Devemos aprender a não nos deixar distrair por tais pensamentos durante a concentração;
A concentração é um estado de intensa atividade mental;
Patanjali, nos Yoga-Sutras diz que a concentração tem sete estágios.
A Concentração
1 – Escolha do objeto sobre o qual se concentrar;
2 – Retirada da consciência mental do mundo externo;
3 – A consciência concentra-se e fixa-se no centro entre as
sobrancelhas;
4 – A mente fixa-se e a atenção se dirige exclusivamente
para o objeto escolhido;
5 – A visualização ou percepção imaginativa de tal objeto e
o raciocínio lógico sobre ele;
6 – A extensão dos conceitos que foram formulados,
passando do especifico e particular para o geral e universal;
7 – A procura daquilo que está por trás da forma escolhida
como objeto de concentração, isto é, a ideia que a produziu.
A Concentração
Este procedimento eleva gradativamente a consciência e permite transferir-se do lado forma para o lado vida da manifestação;
Os objetos de concentração podem ser os mais variados, começando por objetos físicos até atingir conceitos abstratos e elevados.
A Concentração
Para os principiantes, cuja finalidade é atingir o domínio da mente, o tipo de objeto de concentração não têm importância, sendo apenas um meio para se alcançar a meta;
Quando se tiver adquirido certo controle sobre o mecanismo do pensamento e certa facilidade em concentrar a mente, aí sim, poderá se pensar em escolher temas de utilidade formativa e evocativa.
A Concentração
Inicialmente o exercício será de verdadeiro
exercício de concentração; será uma
“chamada de atenção” pois nos
aperceberemos muitas vezes de ter
divagado e perdido de vista o tema. Então,
deveremos continuamente orientar a
atenção para a direção desejada;
Nesse esforço contínuo de reconduzir a
atenção ao tema, obteremos os primeiros
resultados importantes:
A Concentração
a) fortalecimento da nossa vontade;
b) aumento do poder mental;
c) aumento da eficiência na vida
cotidiana.
O saber fazer uma coisa por vez é
o fator com conduz à eficiência e
ao sucesso.
A Concentração
Todos os grandes homens, os gênios,
pesquisadores, estudiosos tiveram essa
firmeza de propósito, essa concentração,
esse poder de pensamento, essa intensa
faculdade de atenção, tanto no mundo
mental quanto nas ações;
A concentração é o único meio adequado
e eficaz para se atingir o domínio da
mente para poder usá-la na meditação.
A Concentração
Quando apontamos e fixamos a consciência na cabeça consegue-se um outro resultado importante totalmente espontâneo: uma momentânea integração dos três veículos da personalidade;
Se quisermos realmente aprendermos a meditar, no sentido exato da palavra, usando-a como uma verdadeira técnica para entrar em contato com nosso Eu, devemos passar “através do fogo da disciplina”, ter paciência, constância e perseverança e, aos poucos, tomar em mãos o nosso mecanismo do pensamento com exercícios regulares de concentração.
A Concentração
Os exercícios de concentração,
para serem eficazes, devem ser
feitos regularmente, todos os dias,
pelo menos por alguns minutos;
A prática diária e constante forma
o ritmo que tem oculto um valor
real e uma verdadeira utilidade.
A Concentração
Todos os dias, mesmo que não nos
apercebamos, conseguimos certo resultado
e, se interrompermos o ritmo, tal resultado
se perde e teremos que começar de novo;
Todo exercício promove transformações
dentro de nossa mente, mesmo que leves
e insensíveis e a regularidade é a única
chave para tornar tais transformações
sempre mais profundas e estáveis.
A Concentração
A regularidade só é difícil no começo pois aos poucos se forma o hábito interior e o ritmo se estabelece espontaneamente;
Na concentração só temos que pensar em uma coisa por vez, impedindo a mente de passar de um tema para o outro, levando-a assim a aprofundar, ampliar e estender o tema desejado;
A Concentração
É como se desenvolvêssemos um tema com o pensamento, como se escrevêssemos uma composição da qual nos foi dado somente o título;
Esse poder de aprofundar, de ampliar, de estender uma ideia, um conceito serão usados depois na verdadeira meditação, na qual os temas serão escolhidos com fins bem precisos e com propósitos formativos ou cognitivos.
A Concentração
A mente educada, regulada e
eficiente dá resultados admiráveis
uma vez que tem em si latente a
possibilidade de entrar em contato
com o Eu e com a Mente
Universal.
XII
O ALINHAMENTO COM O
EU SUPERIOR
O Alinhamento com o Eu Superior
Realizado o alinhamento dos três veículos inferiores, devemos passar à fase mais importante da meditação: o alinhamento com o Eu, o alinhamento superior;
Nossa personalidade é um instrumento do Eu. Não é nosso verdadeiro Eu, só um reflexo de nossa verdadeira essência.
O Alinhamento com o Eu Superior
Na meditação, tentamos fazer aflorar à consciência ao menos um vislumbre dessa realidade e construímos um canal de comunicação entre o eu inferior e o Eu superior;
O fio que liga à personalidade ao Eu, o fio de sutratma, fio de energia dourada que provém do Eu e passa pelos três corpos inferiores, chegando ao corpo físico, divide-se em dois ramos: um se ancora no cérebro, na glândula pineal, e ou outro desce até o coração. O ramo da glândula pineal constitui o aspecto consciência do Eu enquanto que o ramo do coração constitui o aspecto energia.
O Alinhamento com o Eu Superior
Estamos sempre ligados ao Eu mas não estamos conscientes dessa ligação;
Ao fazermos o alinhamento inferior, estamos aptos a receber as energias superiores;
A fase do alinhamento superior consta de duas partes:
O Alinhamento com o Eu Superior
a) Fase da espera e de invocação;
b) Fase de visualização da Luz e da energia que afluem à mente.
Não há apelo da personalidade que não tenha resposta por parte do Eu, mesmo que muitas vezes não estejamos conscientes dessa resposta
O Alinhamento com o Eu Superior
Mas a resposta também pode ser muito maior que a esperada;
A resposta e o afluxo de energia podem também ocorrer muito mais tarde, dias depois e pode ainda tomar a forma de uma “lenta penetração semelhante à osmose numa substância porosa.
O Alinhamento com o Eu Superior
Às vezes a resposta do Eu é
bloqueada pela condição em que se
encontram os nossos três veículos: se
eles ainda estão imperfeitos e
impuros, havendo portanto vibrações
baixas, não poderão ser sensíveis às
elevadíssimas vibrações provenientes
do nível Egóico.
O Alinhamento com o Eu Superior
O alinhamento é principalmente uma questão de vibração. Quando tivermos construído em cada um dos três corpos inferiores, matéria suficiente do terceiro sub-plano (cada plano de cada veículo se divide em sete sub-planos, sendo o sétimo o mais denso), então o Eu começará conscientemente e sempre com maior estabilidade, a funcionar através da personalidade alinhada.
O Alinhamento com o Eu Superior
O Eu vibra nos três sub-planos superiores do
plano mental;
Portanto a obra da autotransformação é
fundamental para o contato com o Eu
Superior;
A meditação, se feita seriamente leva ao
desejo natural de melhorar a si próprio e de
elevar-se. A penetração da energia do Eu,
lenta e gradualmente, age como um
fermento, como um impulso interior para o
crescimento espiritual.
O Alinhamento com o Eu Superior
O alinhamento com o Eu não é difícil e
absurdo. Esse é o comportamento correto,
verdadeiro e real de todo homem e deveria
ser o único objetivo da vida: procurar realizar
a própria natureza divina e colaborar com o
plano evolutivo;
Se, pelo contrário, vivermos como autômatos
sonolentos, ou pior, se seguirmos os impulsos
inferiores, estaremos bloqueando nossa
ascensão e, num certo sentido, estaremos
andando contra a corrente”.
O Alinhamento com o Eu Superior
Nada pode impedir que, mais cedo ou mais tarde, haja o contato com o Eu;
O alinhamento com o Eu se dá com o silêncio da mente concreta e depois, com a direção da mente para o alto, em atitude de espera e receptividade. A essa altura podem-se usar dois métodos:
O Alinhamento com o Eu Superior
a) Invocar o Eu para que faça afluir
sua Luz sobre nós;
b) Afirmar com força que somos o Eu
e não a personalidade.
Cada um poderá escolher o
método segundo seu
temperamento e tipo psicológico.
O Alinhamento com o Eu Superior
Existem disponíveis na literatura muitas invocações e afirmações que poderão ser escolhidas à vontade do praticamente;
Com isso estaremos formando uma ponte, um canal de comunicação através do qual as energias espirituais poderão fluir em liberdade e transformando nossos veículos em instrumentos de serviço para o Eu.
O Alinhamento com o Eu Superior
Devemos nos lembrar que todo
trabalho de penetração e de
manifestação do Eu se dá na
personalidade “inconsciente” e que a
maior parte de nossas maturações,
dos ajustamentos e das ampliações
da nossa consciência se realiza sem
que nos apercebamos.
O Alinhamento com o Eu Superior
Assim como existe uma esfera subconsciente, onde se desenvolvem os conflitos , as elaborações e adaptações referentes à vida instintiva e afetiva da personalidade, existe também todo um mundo Supraconsciente, onde estão armazenados os nossos melhores impulsos, as nossas aspirações, os nossos ideais inexprimidos, as nossas qualidades superiores latentes e as nossas possibilidades de elevação.
O Alinhamento com o Eu Superior
Quando fazemos o alinhamento, aos poucos alargamos nossa esfera de consciência limitada e anexamos-lhe seções sempre mais amplas do Supraconsciente, afluindo em nós qualidades de altruísmo, generosidade, sacrifício, sentimentos impessoais e universais, intuições de verdades amplas, energias latentes do bem.
O Alinhamento com o Eu Superior
Tudo isso forma, aos poucos, uma “segunda consciência” que aflora apenas nos momentos de meditação, de silêncio e de emergência; mas essa consciência, mesmo que intermitente, torna-se real e verdadeira e é como uma força interior a qual podemos nos dirigir todas as vezes que precisamos.
O Alinhamento com o Eu Superior
Essa é a maravilhosa realidade que
aos poucos descobrimos: o auxílio
divino, a força espiritual, que não
precisamos buscar nos outros ou
no mundo exterior, mas dentro de
nós.
FIM