dissertação, a tirania da escolha
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(2009 / 2010) “A Tirania da Escolha”Por: Vítor Martins Pereira, 11ºCT3Escola Secundária Martins SarmentoGuimarães, PortugalEm comparação com qualquer outra época, actualmente, as pessoas dispõem de um maior número de opções, nas mais variadas áreas. É normal pensar que um conjunto de possibilidades seria conveniente e agradaria às pessoas. No entanto, o excesso de alternativas contribui muitas vezes para a infelicidade destas. Com a evolução da sociedade contemporânea, na qual se tem cada vez menos tempo para certas tarefas do dia-a-dia, comprar um simples pacote de bolachas poderá tornar-se uma tarefa desconcertante!TRANSCRIPT
2009 Vítor Martins Pereira
“A Tirania da Escolha”
Em comparação com qualquer outra época, actualmente, as pessoas
dispõem de um maior número de opções, nas mais variadas áreas. É normal
pensar que um conjunto de possibilidades seria conveniente e agradaria às
pessoas. No entanto, o excesso de alternativas contribui muitas vezes para a
infelicidade destas.
Em certa medida, a oportunidade de escolher aumenta a nossa qualidade
de vida. É razoável pensar que se alguma possibilidade de escolha é algo
bom, um número maior de possibilidades é ainda melhor. Ou seja, quem
considera importante a existência de uma infinidade de opções irá beneficiar
com elas, e os que não se importam poderão sempre ignorar as 101 marcas
de leite que nunca experimentaram tomar ao pequeno-almoço.
Na minha opinião, embora alguma possibilidade de escolha seja, sem
dúvida, melhor que nenhuma, nem sempre a existência de várias
alternativas é melhor do que a sua ausência.
Imagine-se a situação: Uma pessoa está num hipermercado, no qual
entrou com o desejo de trazer um livro para ler no fim-de-semana e cereais
para o pequeno-almoço que tinham acabado na manhã desse dia. Em
primeiro lugar, dirige-se à secção dos livros policiais, o tipo de livro que mais
gosta de ler... mas, depara-se com um pequeno problema: os cinco minutos
de que dispõe até a chegada do autocarro tornaram-se ainda mais curtos
perante a longa estante de livros à sua frente. Em busca do livro adequado
ao seu fim-de-semana, percorre a estante do princípio ao fim. No final, ainda
não o tinha encontrado... Entretanto, olhou para o relógio e reparou que os
cinco minutos de que dispunha esvoaçavam… Não podia demorar mais,
pegou no primeiro livro que viu na sua frente e correu para o autocarro. Já
no autocarro, acompanhado de “umas graminhas de stress” chegou à
conclusão de que aquele livro talvez não fosse o mais adequado e, para além
disso, reparou que se tinha esquecido de comprar os cereais para o pequeno-
almoço…
Perante esta situação podemos concluir que ter à disposição um leque
variado de escolhas possíveis, nem sempre é o mais favorável à nossa
felicidade.
Com a evolução da sociedade contemporânea, na qual se tem cada vez
menos tempo para certas tarefas do dia-a-dia, comprar um simples pacote de
bolachas poderá tornar-se uma tarefa desconcertante!