dispositivo fresamento controlado por cnc

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fresamentos com cnc

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  • CENTRO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLGICA CELSO

    SUCKOW DA FONSECA CEFET/RJ

    Dispositivo de Fresamento Controlado por CNC

    Leandro Fbio de Jesus Coutinho

    Marcos Thiago Bezerra Santiago

    Professor Orientador: Gilberto Castelo Branco

    Rio de Janeiro

    Maio de 2014

  • ii

    CENTRO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLGICA CELSO

    SUCKOW DA FONSECA CEFET/RJ

    Dispositivo de Fresamento Controlado por CNC

    Leandro Fbio de Jesus Coutinho

    Marcos Thiago Bezerra Santiago

    Projeto final apresentado em cumprimento s

    normas do Departamento de Educao Superior

    do CEFET/RJ, como parte dos requisitos para obteno

    do ttulo de Bacharel em Engenharia Mecnica

    Professor Orientador: Gilberto Castelo Branco

    Rio de Janeiro

    Maio de 2014

  • iii

  • iv

    DEDICATRIA

    Dedicamos esse projeto aos nossos amigos e familiares que nos apoiaram em nossa

    trajetria.

  • v

    AGRADECIMENTOS

    Gostaramos de agradecer aos nossos familiares e amigos que nos apoiaram, no apenas

    durante a execuo desse projeto, mas durante toda a nossa vida acadmica e ao nosso

    professor orientador, Gilberto Castelo Branco, por toda a sua ateno e dedicao.

  • vi

    RESUMO

    O projeto consiste no desenvolvimento de uma fresadora CNC para fins acadmicos. Para isso

    ser possvel pesquisou-se os diferentes tipos de materiais e suas vantagens e desvantagens

    estruturais e econmicas para a elaborao de um projeto que pudesse ser mais vivel. Dentre

    os materiais pesquisados, o alumnio foi o que apresentou as melhores caractersticas, pois

    possui alta resistncia mecnica, mdia usinabilidade e leve, apesar de possuir um custo

    mais elevado. Alm disso, um fator importante para a elaborao do projeto consiste em aliar

    preciso com rigidez.

    Palavras-chave: fresadora, CNC, alumnio.

  • vii

    ABSTRACT

    The project consists of the development of a CNC milling machine for academic purposes. To

    make this possible it was researched the different types of materials and their economic and

    structural advantages and disadvantages for the development of a project that could be more

    feasible. Among the materials investigated, aluminum showed the best characteristics because

    it has high mechanical resistance, average machinability and is light, despite having a higher

    cost. In addition, an important factor in formulating the proposed consists in combining

    precision with stiffness.

    Keywords: milling, CNC, aluminum.

  • viii

    SUMRIO

    1. Introduo.................................................................................................................1

    1.1 Motivao................................................................................................1

    1.2 Objetivo...................................................................................................1

    2. Reviso Bibliogrfica................................................................................................2

    2.1 Processo de Usinagem............................................................................2

    2.1.1 Parmetros do processo de usinagem.............................................3

    2.2 Fresagem................................................................................................5

    2.2.1 Fresamento Cilndrico Tangencial..................................................9

    2.2.2 Fresamento Frontal.......................................................................10

    2.3 Fresa.....................................................................................................10

    2.4 Fresadora CNC.....................................................................................11

    2.5 Fusos.....................................................................................................12

    2.5.1 Fuso Trapezoidal..........................................................................12

    2.5.2 Fuso de Esferas Recirculantes......................................................13

    2.6 Guias Lineares......................................................................................15

    2.7 Acoplamentos.......................................................................................16

    2.8 O motor eltrico....................................................................................17

    2.8.1 O funcionamento do motor eltrico............................................18

    2.8.2 Os tipos de motores.....................................................................18

    2.8.3 O motor de passo..........................................................................19

    2.8.4 Modos de Acionamento................................................................22

    2.8.5 Controladoras de motores de passo..............................................22

    3. Desenvolvimento....................................................................................................26

    3.1 Projeto Informacional...........................................................................26

    3.2 Projeto Conceitual................................................................................27

    3.2.1 Anlise Mercadolgica.................................................................28

  • ix

    3.2.2 Clculo da Fora de Corte Para Fresamento................................30

    3.2.3 Clculo da potncia de corte e de avano para fresamento..........35

    3.2.4 Escolha da Estrutura.....................................................................37

    3.2.5 Escolha dos Eixos, Mancais e Acoplamentos..............................38

    3.2.6 Escolha da Mesa de Trabalho.......................................................38

    3.2.7 Escolha do Spindle (eletromandril)..............................................39

    3.2.8 Potncia do Spindle......................................................................43

    3.2.9 Escolha dos motores de passo......................................................44

    3.2.10 Escolha dos parafusos, porcas e arruelas....................................46

    3.3 Projeto Preliminar.................................................................................48

    3.4 Projeto Detalhado.................................................................................49

    3.4.1 Estrutura........................................................................................49

    3.4.2 Mesa de Trabalho.........................................................................50

    3.4.3 Fixao do Spindle.......................................................................50

    3.4.4 Gaveta do Spindle.........................................................................51

    3.4.5 Chapa do Fundo............................................................................52

    3.4.6 Chapas laterais..............................................................................52

    3.4.7 Chapa Inferior...............................................................................53

    3.5 A Montagem.........................................................................................53

    3.6 Dimensionamento do projeto...............................................................54

    3.7 Anlise de Custos.................................................................................89

    4. Concluso..................................................................................................................90

    4.1 Trabalhos futuros.................................................................................90

    5. Referncia Bibliogrfica...........................................................................................91

    6. Anexo........................................................................................................................93

  • x

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1: Sequncia de Usinagem...............................................................................................2

    Figura 2: Movimentos e velocidades para fresamento discordante............................................5

    Figura 3: Fresamento Cilndrico Discordante.............................................................................5

    Figura 4: Fresamento Cilndrico Concordante............................................................................6

    Figura 5: Fresadora vertical........................................................................................................7

    Figura 6: Fresadora horizontal....................................................................................................8

    Figura 7: Fresadora universal com cabeote vertical..................................................................8

    Figura 8: Fresadora universal com mandril................................................................................9

    Figura 9: Fresa para fresamento cilndrico tangencial................................................................9

    Figura 10: Fresa para fresamento frontal..................................................................................10

    Figura 11: Tipos de fresas.........................................................................................................11

    Figura 12: Fuso trapezoidal.................................................................................................. .....13

    Figura 13: Fuso de esferas recirculantes...................................................................................14

    Figura 14: Fuso de esferas recirculantes desmontado...............................................................14

    Figura 15: Caminho helicoidal..................................................................................................15

    Figura 16: Exemplo de guias lineares.......................................................................................16

    Figura 17: Exemplo de acoplamento........................................................................................17

    Figura 18: Relutncia varivel..................................................................................................20

    Figura 19: Im permante...........................................................................................................21

    Figura 20: Hbrido.....................................................................................................................22

    Figura 21: Elementos de um drive de motor de passo..............................................................23

    Figura 22: Controle unipolar bsico..........................................................................................24

    Figura 23: Circuito de um drive bipolar....................................................................................24

    Figura 24: Exemplo de uma Ponte H........................................................................................25

    Figura 25: Fresadora CNC - SIGMA 600 Modelo didtica...................................................29

  • xi

    Figura 26: Fresadora CNC MTC 500x1000..........................................................................29

    Figura 27: Fresamento Frontal..................................................................................................30

    Figura 28: Fresamento Perifrico..............................................................................................31

    Figura 29: Espessura mdia do cavaco.....................................................................................31

    Figura 30: Fresa de 4 cortes Topo esfrico............................................................................33

    Figura 31: Clculo de Zc...........................................................................................................33

    Figura 32: Tipos de perfis extrudados em alumnio.................................................................38

    Figura 33: spindle de correia ( esquerda) e spindle com motor integrado ( direita).............39

    Figura 34: Spindle TECMAF TAC.2A3M.01..........................................................................42

    Figura 35: Esquema do motor de passo acoplado ao fuso e deslocando uma carga.................44

    Figura 36: Grfico do movimento.............................................................................................45

    Figura 37: Parafuso...................................................................................................................47

    Figura 38: Porca........................................................................................................................47

    Figura 39: Arruela de presso...................................................................................................48

    Figura 40: Desenho CAD da fresadora.....................................................................................48

    Figura 41: Desenho CAD da estrutura da mquina..................................................................49

    Figura 42: Desenho CAD da mesa de trabalho da fresadora CNC...........................................50

    Figura 43: Desenho CAD do sistema de fixao do spindle.....................................................51

    Figura 44: Desenho CAD da Gaveta do Spindle......................................................................51

    Figura 45: Desenho CAD chapa do fundo................................................................................52

    Figura 46: Desenho CAD chapas laterais.................................................................................52

    Figura 47: Desenho CAD chapa inferior..................................................................................53

    Figura 48: Desenho CAD da montagem...................................................................................54

    Figura 49: Diagrama de corpo livre para foras atuantes no eixo Z do suporte do spindle......58

    Figura 50: Tenses presentes no suporte do spindle (Fora atuante no eixo Z).......................59

    Figura 51: Deslocamentos presentes no suporte do spindle (Fora atuante no eixo Z)............60

    Figura 52: Deformaes presentes no suporte do spindle (Fora atuante no eixo Z)...............61

  • xii

    Figura 53: Diagrama de corpo livre para foras atuantes no eixo X do suporte do spindle.....62

    Figura 54: Tenses presentes no suporte do spindle (Fora atuante no eixo X).......................63

    Figura 55: Deslocamentos presentes no suporte do spindle (Fora atuante no eixo X)...........64

    Figura 56: Deformaes presentes no suporte do spindle (Fora atuante no eixo X)..............65

    Figura 57: Diagrama de corpo livre para foras atuantes no eixo Y do suporte do spindle.....66

    Figura 58: Tenses presentes no suporte do spindle (Fora atuante no eixo Y).......................67

    Figura 59: Deslocamentos presentes no suporte do spindle (Fora atuante no eixo Y)...........68

    Figura 60: Deformaes presentes no suporte do spindle (Fora atuante no eixo Y)..............69

    Figura 61: Diagrama de corpo livre para foras atuantes no eixo Z no conjunto mesa/apoio..70

    Figura 62: Tenses presentes no conjunto mesa/apoio (Fora atuante no eixo Z)...................71

    Figura 63: Tenses presentes no conjunto mesa/apoio (Fora atuante no eixo Z)...................72

    Figura 64: Deslocamentos presentes no conjunto mesa/apoio (Fora atuante no eixo Z)........73

    Figura 65: Deslocamentos presentes no conjunto mesa/apoio (Fora atuante no eixo Z)........74

    Figura 66: Deformaes presentes no conjunto mesa/apoio (Fora atuante no eixo Z)...........75

    Figura 67: Deformaes presentes no conjunto mesa/apoio (Fora atuante no eixo Z)...........76

    Figura 68: Diagrama de corpo livre para as foras atuantes no eixo Z na chapa lateral...........77

    Figura 69: Tenses presentes na chapa lateral com furo (Fora atuante no eixo Z).................78

    Figura 70: Deslocamentos presentes na chapa lateral com furo (Fora atuante no eixo Z)......79

    Figura 71: Deformaes presentes na chapa lateral com furo (Fora atuante no eixo Z).........80

    Figura 72: Diagrama de corpo livre para as foras atuantes no eixo Z na chapa do fundo......81

    Figura 73: Tenses presentes na chapa do fundo (Fora atuante no eixo Z)............................82

    Figura 74: Deslocamentos presentes na chapa do fundo (Fora atuante no eixo Z).................82

    Figura 75: Deformaes presentes na chapa do fundo (Fora atuante no eixo Z)....................83

    Figura 76: Tenses presentes no conjunto................................................................................84

    Figura 77: Deformaes presentes no conjunto........................................................................85

    Figura 78: Deslocamentos presentes no conjunto.....................................................................86

    Figura 79: Tenses presentes no conjunto................................................................................87

  • xiii

    Figura 80: Deslocamentos presentes no conjunto.....................................................................88

    Figura 81: Deformaes presentes no conjunto........................................................................89

  • xiv

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1: Fresamento com fresa de metal duro de topo esfrico de 4 cortes...........................32

    Tabela 2: Dimenses relativas fresa.......................................................................................33

    Tabela 3: Presso especfica de corte e expoente de Kienzle...................................................35

    Tabela 4: Valores de kc para alguns materiais..........................................................................36

  • 1

    Captulo 1

    Introduo

    Nesse trabalho ser feito um estudo de uma Fresadora CNC, uma mquina controlada

    atravs de comandos numricos computadorizados. Essas mquinas automatizadas so muito

    utilizadas na indstria para a usinagem de peas, conseguindo uma maior repetibilidade na

    fabricao.

    Os materiais que podem ser usinados em uma Fresadora CNC dependero da potncia

    do motor, da estrutura da mquina, da ferramenta utilizada para a usinagem, entre outros

    fatores. No geral, possvel usinar vrios tipos de materiais como, por exemplo, ligas

    metlicas, madeira, uma grande quantidade de materiais polimricos, dentre outros.

    As fresadoras CNC tm grande beneficio que a usinagem em 3 dimenses

    simultaneamente, ou seja, elas realizam movimentos simultneos em X, Y e Z, por isso

    conseguem fazer uma grande variedade de peas que dariam muito trabalho em uma fresadora

    comum ou at mesmo seriam impossveis neste tipo de fresadora.

    A Fresadora CNC operada atravs do sistema CAD/CAM utilizando softwares

    computacionais. Nesses softwares so inseridos comandos para que a mquina opere em

    modo automtico da forma desejada, com a finalidade de que seja realizada a usinagem.

    1.1 Motivao

    A realizao de um projeto baseado no desenvolvimento de uma fresadora CNC j

    existente nas dependncias do CEFET/RJ. A fresadora feita de madeira e h muita

    trepidao, o que indesejvel para uma fresadora CNC. Com o objetivo de desenvolver uma

    mquina com outro tipo de material e que consiga obter uma preciso razovel, iniciou-se o

    desenvolvimento desse projeto para fins didticos.

    1.2 Objetivo

    O projeto de uma fresadora CNC determinando a escolha do material desta fresadora,

    a fora de corte da fresa, o modo de acionamento, a anlise mercadolgica e os componentes

    a serem utilizados.

  • 2

    Captulo 2

    Reviso Bibliogrfica

    Neste captulo iremos abordar alguns aspectos gerais relacionados ao desenvolvimento

    de uma fresadora CNC, tais como o processo de usinagem, o acionamento, o tipo do motor, as

    caractersticas da ferramenta de corte, dentre outros.

    2.1 Processo de Usinagem

    O conceito de usinagem aplica-se aos processos de fabricao onde h retirada de

    material sob a forma de cavaco partcula de material da pea extrada atravs da ao da

    ferramenta, sendo de forma irregular (no definida).

    A remoo de material ocorre atravs da interferncia entre ferramenta e pea, sendo a

    ferramenta constituda de um material de dureza e resistncia muito superior a do material da

    pea. Abaixo mostra-se um exemplo do passo-a-passo de usinagem (Figura 1).

    Figura 1 Sequncia de Usinagem [1]

    Existem vrios processos de usinagem, entre eles serramento, aplainamento,

    torneamento, fresamento (ou fresagem), furao, brochamento, eletroeroso, entre outros.

  • 3

    2.1.1 Parmetros do processo de usinagem

    Ponto de referncia

    um ponto genrico da aresta cortante, fixado, geralmente, prximo da ponta de

    corte, na regio de contato da ferramenta com a pea. Para algumas ferramentas como, por

    exemplo, a fresa, ocupa a ponta de corte.

    Movimentos Ativos

    So aqueles que tomam parte direta na formao do cavaco: movimento de corte,

    movimento de avano e movimento efetivo de corte.

    Movimento de corte o movimento relativo entre a pea e a ferramenta que, sem o

    movimento de avano, origina uma nica remoo de cavaco, durante um ciclo (volta ou

    curso).

    Movimento de avano o relativo entre a pea e a ferramenta que, juntamente com o

    movimento de corte, origina uma retirada contnua ou repetida de cavaco, durante vrios

    ciclos (revolues ou cursos).

    Movimento efetivo de corte o resultante dos movimentos de corte e de avano,

    quando realizados simultaneamente.

    Movimentos Passivos

    So aqueles que no tomam parte direta na formao do cavaco: movimentos de

    posicionamento, de profundidade e de ajuste.

    Direes dos Movimentos

    Distinguem-se em trs direes.

    Direo de corte que a direo instantnea do movimento de corte.

    Direo de avano que a instantnea do movimento de avano

    Direo efetiva de corte que a instantnea do movimento efetivo de corte.

  • 4

    Velocidade de Corte (v m/min)

    a velocidade instantnea, do ponto de referncia da aresta cortante, segundo a

    direo e o sentido de corte (Figura 2).

    Nas mquinas rotativas (torno, furadora, fresadora, etc.), n a rpm, isto , o nmero de

    rotaes em um minuto. A Equao 2.1 (em m/min) nesse caso a seguinte:

    [m/min] (2.1)

    Na frmula, d [mm] o dimetro relativo ao ponto de referncia P.

    Nas mquinas alternativas (plaina, limadora, por exemplo), n gpm (golpes por

    minuto) ou cpm (cursos duplos ou completos, por minuto) e 2.1 o espao percorrido pela

    ferramenta, pois se trata de um movimento de translao em um ciclo (um golpe ou um

    curso). A Equao 2.2 nesse caso a seguinte:

    [m/min] (2.2)

    Na frmula, l [mm] o comprimento de um curso simples, de ida ou volta.

    Velocidade de Avano (va mm/min)

    a velocidade instantnea, da ferramenta, segundo a direo e o sentido de avano

    (Figura 2).

    Se o avano a (mm/ciclo) o deslocamento da ferramenta, na direo de avano,

    durante um ciclo (rotao, golpe ou duplo-curso), em n ciclos, ou seja, durante minuto, a

    ferramenta percorrer o comprimento de a.n, valor equivalente a uma velocidade, por

    definio. A Equao 2.3 nesse caso a seguinte:

    [mm/min] (2.3)

  • 5

    Velocidade Efetiva de Corte (ve m/min)

    a velocidade instantnea, do ponto de referncia da aresta, segundo a direo e o

    sentido efetivos de corte (Figura 2).

    Figura 2 Movimentos e velocidades para fresamento discordante [2]

    2.2 Fresagem

    Consiste numa operao de usinagem em que o metal removido por uma ferramenta

    giratria denominada fresa de mltiplos gumes cortantes. Cada gume remove uma

    pequena quantidade de metal em cada revoluo do eixo onde a ferramenta fixada. A

    mquina ferramenta que realiza a operao denominada fresadora.

    A operao propicia a usinagem de superfcies apresentando qualquer orientao,

    porque tanto a pea quanto a ferramenta podem se movimentar em mais de uma direo, ao

    mesmo tempo.

    Figura 3 - Fresamento

    Cilndrico

    Discordante [2]

  • 6

    Figura 4

    Fresamento Cilndrico

    Concordante [2]

    O movimento discordante (Figura 3) tambm conhecido como movimento

    convencional e possui a vantagem de trabalhar com metais forjados ou fundidos, pois no

    alteram a vida da ferramenta. Em compensao a ferramenta tem a tendncia em trepidar e a

    pea de trabalho deve possuir uma fixao melhor. Isto prejudica o acabamento da superfcie.

    No movimento concordante (Figura 4), o deslocamento do avano e a rotao da

    ferramenta tm a mesma direo. Este movimento possui a vantagem de gerar menor desgaste

    na ferramenta e de produzir um acabamento melhor na superfcie. No adequado para

    trabalhar em metais a quente, forjados ou fundidos.

    Para realizar as operaes de fresamento utilizamos basicamente trs tipos de

    mquinas: fresadora vertical, fresadora horizontal e fresadora universal.

    A fresadora vertical (Figura 5) tem esse nome porque o mandril porta fresa se encontra

    na vertical. Podemos citar alguns exemplos de operaes de usinagem que podemos executar

    com a fresadora vertical:

    Fresamento frontal;

    Fresamento de cantos a 90;

    Fresamento de ranhuras em T;

    Fresamento de guias em forma de cauda de andorinha;

    Fresamento de canais;

    Faceamento.

  • 7

    Figura 5 Fresadora vertical [2]

    A fresadora horizontal (Figura 6) tem esse nome porque o mandril porta fresa se

    encontra na horizontal. Podemos citar algumas operaes de usinagem que podemos executar

    na fresadora horizontal:

    Fresamento de formas complexas;

    Fresamento perifrico ou tangencial;

    Fresamento de ranhuras e contornos;

    Fresamento de ranhuras (chavetas) Woodruff;

    Fresamento de guias prismticas;

    Fresamento de ranhuras com perfil constante;

    Fresamento de canais;

    Fresamento de roscas.

  • 8

    Figura 6 Fresadora horizontal [2]

    A fresadora universal usada para a usinagem de peas pesadas por oferecer um

    suporte mais rgido. Todas as aplicaes citadas anteriormente podem ser executadas na

    fresadora universal. Quando realizamos operaes de fresamento com ferramentas usadas na

    fresadora vertical, precisamos utilizar o cabeote vertical (Figura 7) acoplado na fresadora

    universal para executar o fresamento.

    Figura 7 Fresadora universal com cabeote vertical [2]

  • 9

    Quando executamos operaes de fresamento com ferramentas usadas na fresadora

    horizontal, retiramos o cabeote vertical da mquina e acoplamos o mandril - eixo porta

    ferramenta (Figura 8) na fresadora universal.

    Figura 8 Fresadora universal com mandril [2]

    2.2.1 Fresamento Cilndrico Tangencial

    Os dentes ativos encontram-se na periferia (superfcie cilndrica) da ferramenta, e o

    eixo da ferramenta paralelo superfcie a ser usinada. As ferramentas usadas no fresamento

    tangencial so chamadas de fresas cilndricas ou tangenciais (Figura 9).

    Figura 9 Fresa para fresamento cilndrico tangencial [3]

  • 10

    2.2.2 Fresamento Frontal

    Os dentes ativos esto na superfcie frontal da ferramenta, cujo eixo perpendicular

    superfcie a ser usinada. As ferramentas usadas no fresamento frontal so chamadas de fresas

    frontais ou de topo (Figura 10).

    Figura 10 Fresa para fresamento frontal [3]

    2.3 Fresa

    Definimos fresas (Figura 11) como ferramentas rotativas para usinagem de materiais,

    constitudas por uma srie de dentes e gumes, geralmente dispostos simetricamente em torno

    de um eixo. Os dentes e gumes removem o material da pea bruta de modo intermitente,

    transformando-a numa pea acabada, isto , com a forma e dimenses desejadas.

  • 11

    Figura 11 Tipos de fresas [3]

    2.4 Fresadora CNC

    Anteriormente automao, as mquinas convencionais dependiam extremamente da

    destreza do operador, isso sem levar em conta fatores como sade, estado de esprito, cansao,

    etc., com reflexos considerveis sobre a quantidade e qualidade da produo, sem falar sobre

    os altos percentuais de refugo. Com a automao esses incmodos ficaram para trs, a atuao

    do operador fica agora restrita superviso de uma ou vrias mquinas, sem interferncia

    direta no processo de produo. Para que essa evoluo chegasse s mquinas operatrizes,

    muitos estudos e desenvolvimentos foram necessrios, desde elementos de mquinas e tipos

    de acionamentos at sistemas de controle.

    A Fresadora CNC uma mquina de multitarefas CNC que faz operaes como

    fresagem, furao e mandrilhamento. Alm disso, uma mquina que possui 3 eixos (X, Y e

    Z) controlados por um CNC onde oferece extrema preciso, qualidade e automatizao na

    fabricao de peas.

  • 12

    A Fresadora CNC uma mquina que faz servios normalmente em peas de ao, ele

    possui uma alta rotao em seu spindle para oferecer um melhor arranque de material e

    acabamento nas peas, possui um sistema pneumtico eficiente, motores e servo motores de

    alta capacidade. Ela equipada com uma ferramenta de corte que atravs do movimento

    rotativo do spindle e movimento de seus eixos em determinado ponto da mesa, utilizada

    para o arranque do material.

    Em geral, esta mquina muito usada nas indstrias para a produo de peas seriadas

    e tambm na produo de peas complexas que se tornariam inviveis a produo em uma

    fresadora comum.

    2.5 Fusos

    Um fuso essencialmente uma barra cilndrica rosqueada. Um importante elemento de

    unio, o parafuso, representa bem um fuso, porm com uma cabea que limita o movimento

    de rotao do fuso. O princpio de funcionamento de um parafuso sendo rosqueado numa

    porca permite uma simples analogia do funcionamento dos eixos de uma mquina CNC. De

    fato, quando um parafuso rosqueado surge uma converso de movimentos. O movimento

    rotacional do parafuso gera um movimento de translao linear na porca.

    2.5.1 Fuso Trapezoidal

    O fuso trapezoidal (Figura 12), no caso das mquinas operatrizes, trabalha acoplado a

    uma porca trapezoidal encaixada mesa que se quer mover, elemento j considerado muito

    importante, alcanando preciso de 0,01 milmetros (centsimos de milmetros), ou seja, este

    dispositivo possibilita posicionar ou deslocar determinado equipamento com essa preciso.

  • 13

    Figura 12 Fuso trapezoidal

    2.5.2 Fuso de Esferas Recirculantes

    O fuso de esferas recirculantes (Figura 13) realiza o mesmo trabalho que o fuso

    trapezoidal, com inmeras vantagens, a comear pela preciso que de 0,001mm (milsimos

    de milmetros). Um fuso de esferas um mecanismo que permite converter o movimento de

    rotao em translao e vice-versa, um fuso de esferas um conjunto de acionamento que

    possui esferas como elementos de giro.

    O fuso de esferas recirculantes substitui o fuso trapezoidal muito utilizado em

    mquinas operatrizes, responsveis pelo movimento de translao das mesas ou bases, s

    quais esto presos os porta-ferramentas ou as peas a serem usinadas.

    Os componentes dos fusos de esferas (Figuras 14 e 15) so os seguintes:

    Eixo do fuso de esfera

  • 14

    Porca do fuso de esfera com esferas integradas

    Sistema de recirculao de esfera

    Figura 13 Fuso de esferas recirculantes

    Figura 14 Fuso de esferas recirculantes desmontado

  • 15

    Figura 15 Caminho helicoidal

    As vantagens do fuso de esferas:

    Alta eficincia

    Alta rigidez

    Alta preciso

    Vida til prolongada

    Maior velocidade de translao

    Menor aquecimento

    Reduo de atrito

    Simplificao construtiva

    Um fator relevante a simplificao construtiva. Hoje, encontramos no mercado

    centenas de mdulos prontos para diversos tipos de mquinas e aplicaes, facilitando

    projetos, simplificando montagens e garantindo um menor custo.

    2.6 Guias Lineares

    A partir dos anos 80 os principais fabricantes de mquinas comearam a empregar as

    guias lineares em lugar dos barramentos tradicionais, pois elas possuem alta preciso,

  • 16

    excelente rigidez e deslocamentos mais suaves. As guias lineares possuem as mesmas

    vantagens sobre os barramentos, que os fusos de esferas recirculantes sobre o fuso

    convencional.

    As guias lineares (Figura 16) utilizam elementos rolantes, tais como esferas ou rolos

    para movimentao linear. Ao utilizar a recirculao de elementos rolantes para o transporte

    tradicional, o coeficiente de frico nas guias lineares 50 vezes menor. Devido ao efeito de

    reteno entre os trilhos e os blocos, os trilhos lineares podem suportar cargas em diversas

    direes. Com esses recursos, os trilhos de guias lineares podem aumentar consideravelmente

    a preciso que se deslocam, principalmente, quando acompanhadas com fusos de esferas.

    Figura 16 Exemplos de guias lineares

    Movimentaes com aplicao de guias lineares oferecem:

    Preciso de posicionamento com alta repetibilidade

    Baixo atrito com vida til longa

    Alta rigidez com 4 carreiras de esferas

    Altas velocidades de operao

    Facilidade de instalao e intercambiabilidade

    Fcil lubrificao

    2.7 Acoplamentos

    O acoplamento (Figura 17) um elemento de mquina que liga o eixo do motor ao

    eixo de uma mquina ou estrutura. As principais funes so compensar os desalinhamentos,

  • 17

    no forar os rolamentos dos motores ou mancais e evitar a transmisso de vibraes ou

    cargas a equipamentos delicados.

    Existem vrios modelos de acoplamentos. Cada um com suas vantagens e desvantagens.

    Alguns modelos:

    OLDHAM A linha de acoplamentos Flexveis Oldhan so construdos em alumnio e

    elastmero no centro. So prticos e resistentes. Ideal para aplicao de Motores de passo e

    Servos Motores de at 2 KW. Absorve um desalinhamento angular de at 0.5 e radial/ axial

    de at 0.2 mm. Trabalha em rotaes de at 3000 RPM e torque de at 30 N.m.

    AF/AS: A linha de acoplamento AS/AF so de membrana e baixo custo. Ideal para aplicaes

    de motores de passo Nema 23 ou Encoders. O Torque para Motores de at 1.8 N.m.

    Figura 17 Exemplo de acoplamento

    2.8 O motor eltrico

    Um motor eltrico uma mquina destinada a transformar energia eltrica em

    mecnica. o mais usado de todos os tipos de motores, pois combina as vantagens da energia

    eltrica baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e simplicidade de comando com sua

    construo simples, custo reduzido, grande versatilidade de adaptao s cargas dos mais

    diversos tipos e melhores rendimentos.

  • 18

    2.8.1 O funcionamento do motor eltrico

    A maioria de motores eltricos trabalha pela interao entre campos eletromagnticos,

    mas existem motores baseados em outros fenmenos eletromecnicos, tais como foras

    eletrostticas. O princpio fundamental em que os motores eletromagnticos so baseados

    que h uma fora mecnica em todo o fio quando est conduzindo corrente eltrica imersa em

    um campo magntico. A fora descrita pela lei da fora de Lorentz e perpendicular ao fio e

    ao campo magntico. Em um motor giratrio, h um elemento girando, o rotor. O rotor gira

    porque os fios e o campo magntico so arranjados de modo que um torque seja desenvolvido

    sobre a linha central do rotor.

    A maioria de motores magnticos so giratrios, mas existem tambm os tipos

    lineares. Em um motor giratrio, a parte giratria (geralmente no interior) chamada de rotor,

    e a parte estacionria chamada de estator. O motor constitudo de eletroms que so

    posicionados em ranhuras do material ferromagntico que constitui o corpo do rotor e

    enroladas e adequadamente dispostas em volta do material ferromagntico que constitui o

    estator.

    2.8.2 Os tipos de motores

    Motores de corrente contnua

    Precisam de uma fonte de corrente contnua, neste caso pode ser necessrio utilizar um

    circuito retificador para converter a corrente alternada, corrente fornecida pela concessionria

    de energia eltrica, para corrente contnua. Podem funcionar com velocidades ajustveis entre

    amplos limites e se prestam a controles de grande flexibilidade e preciso. Por isso seu uso

    restrito a casos especiais em que estas exigncias compensam o custo muito mais alto da

    instalao.

    Motores de corrente alternada

    So os mais utilizados, porque a distribuio de energia eltrica feita normalmente em

    corrente alternada. Seu princpio de funcionamento baseado no campo girante, que surge

    quando um sistema de correntes alternadas trifsico aplicado em polos defasados

    fisicamente de 120. Dessa forma, como as correntes so defasadas 120 eltricos, em cada

    instante, um par de polos possui o campo de maior intensidade, cuja associao vetorial

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Eletromagnetismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Forahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_eltricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_magnticohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fora_de_Lorentzhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rotorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Estatorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Retificadorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_alternadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_contnua
  • 19

    possui o mesmo efeito de um campo girante que se desloca ao longo do permetro do estator e

    que tambm varia no tempo.

    Os principais tipos so os motores:

    1. Motor sncrono: funciona com velocidade constante; utiliza-se de um induzido que

    possui um campo constante pr-definido e, com isso, aumenta a resposta ao processo

    de arraste criado pelo campo girante. geralmente utilizado quando se necessita de

    velocidades estveis sob a ao de cargas variveis. Tambm pode ser utilizado

    quando se requer grande potncia, com torque constante.

    2. Motor de induo: funciona normalmente com velocidade estvel, que varia

    ligeiramente com a carga mecnica aplicada ao eixo. Devido a sua grande

    simplicidade, robustez e baixo custo, o motor mais utilizado de todos, sendo

    adequado para quase todos os tipos de mquinas acionadas encontradas na prtica.

    Atualmente possvel controlarmos a velocidade dos motores de induo com o

    auxlio de inversores de frequncia.

    2.8.3 O motor de passo

    O motor de passo um tipo de motor eltrico de corrente alternada, sncrono e

    monofsico que pode ser controlado por sinais digitais, tornando-o preciso e de recomendvel

    utilizao em aplicaes que venham a requerer um ajuste fino de posicionamento. O preciso

    controle sobre seus movimentos o que mais o diferencia dos demais motores eltricos.

    O motor de passo um transdutor que converte energia eltrica em movimento

    controlado atravs de pulsos, o que possibilita o deslocamento por passo, onde o passo o

    menor deslocamento angular. Com o passar dos anos houve um aumento na popularidade

    deste motor, principalmente pelo seu tamanho e custo reduzidos e tambm a total adaptao

    por controle digitais. Outra vantagem do motor de passos em relao aos outros motores a

    estabilidade. Quando quisermos obter uma rotao especfica de um certo grau, calcularemos

    o nmero de rotaes por pulso, o que nos possibilita uma boa preciso no movimento. Os

    antigos motores passavam do ponto e ento para voltar precisavam de uma alimentao

    negativa. Por no girar por passos a inrcia destes maior e assim so mais instveis. Por

    esses motivos, os motores de passo so largamente utilizados nas mquinas CNC.

  • 20

    A forma com que o motor ir operar depender bastante do que se deseja controlar. H

    casos em que o torque mais importante, em outros a preciso ou a velocidade. Essas so

    caractersticas gerais dos motores de passos. Ao trabalhar com motores de passos, precisamos

    saber algumas caractersticas de funcionamento como a tenso de alimentao, a mxima

    corrente eltrica suportada nas bobinas, o grau de preciso. As caractersticas mais

    importantes que devemos ter ateno para controlar um motor de passo so a tenso de

    alimentao e a corrente eltrica que suas bobinas suportam.

    Existem 3 tipos bsicos de motores de passo: relutncia varivel (Figura 18), m

    permanente (Figura 19) e hbrido (Figura 20).

    A) Relutncia Varivel

    Esse tipo de motor usado frequentemente em aplicaes como mesas de micro

    posicionamento. Possui um rotor com vrias polaridades feito com ferro de baixo teor de

    carbono e um estator laminado. Geralmente operam com ngulos de passo de 5 a 15 graus, a

    taxas de passo relativamente altas e, por no possuir im, quando energizado apresenta torque

    esttico nulo. Quando a fase A energizada, quatro dentes de rotor se alinham com os quatro

    dentes do estator da fase A atravs de atrao magntica. O prximo passo dado quando a

    fase A desligada e na fase B energizada fazendo o rotor girar 15 graus direita.

    Continuando a sequncia, a fase C energizada e depois a fase A novamente.

    Figura 18 Relutncia Varivel [4]

  • 21

    B) m Permanente

    Os motores desse tipo possuem baixo custo, baixo torque e baixa velocidade. So

    ideais para uso em perifricos de informtica. Devido a sua caracterstica construtiva, o motor

    resulta em ngulos de passos relativamente grandes, porm seu controle mais fcil de ser

    implementado.

    Possui rotores de material alnico ou ferrite sem dentes e magnetizado

    perpendicularmente ao eixo. Seu torque esttico no nulo. Energizando as quatro fases em

    sequncia, o rotor gira, pois atrado aos polos magnticos. O motor mostrado dar um passo

    de 90 graus quando os enrolamentos ABCD forem energizados em sequncia. Geralmente

    tem ngulos de passo de 45 ou 90 graus a taxas de passo relativamente baixas, mas eles

    exibem torque alto.

    Figura 19 m Permanente [4]

    C) Hbrido

    Possui algumas das caractersticas desejveis de cada um. Tm alto torque, no

    apresenta torque esttico nulo e podem operar em velocidades de passo altas. Tm ngulos de

    passo que variam de 0.9 a 5 graus. So providos de plos que so formados por dois

    enrolamentos (como mostrado na figura ao lado), de forma que uma nica fonte pode ser

    usada. Se as fases so energizadas uma de cada vez, na ordem indicada, o rotor gira em

    incrementos de 1.8 graus. Este motor tambm pode ser controlado de forma a usar duas fases

    de cada vez, para obter maior torque, ou alternadamente, ora uma ora duas fases de cada vez,

    a fim de produzir meio-passos ou incrementos de 0.9 grau.

  • 22

    Figura 20 Hbrido [4]

    2.8.4 Modos de Acionamento

    O motor pode mover rotaes especficas de um certo grau, apenas calculando o

    nmero de rotaes por pulsos. Existem tambm os seguintes tipos bsicos de acionamento:

    passo normal, e meio passo tanto para o unipolar como o bipolar.

    H dois tipos de passo normal: com excitao nica de fase e com excitao dual.

    Com excitao nica de fase, o motor operado com s uma fase energizada de cada vez. S

    deve ser usada onde o torque e a velocidade no so importantes. Problemas de ressonncia

    podem impedir operao em baixa velocidade. Este modo requer uma quantia de potncia

    menor do que os demais modos de excitao.

    Com excitao dual, o motor operado com as fases energizadas duas de cada vez.

    Proporciona bom torque e velocidade com poucos problemas de ressonncia. Prov

    aproximadamente 30 a 40% de mais torque do que a excitao nica, mas requer o dobro da

    fonte.

    O meio passo a excitao nica e dual alternada que resulta em passos com a metade

    de um tamanho de um passo normal. Esse modo dobra a resoluo. O torque no motor varia a

    alternar o passo, isto , compensado pela necessidade de se usar um passo com metade do

    ngulo normal. Este modo reduz a ressonncia do motor, mas pode fazer este protelar em

    frequncias ressonantes particulares. Pode operar motores em uma grande faixa de velocidade

    e com quase qualquer carga encontrada comumente.

    2.8.5 Controladoras de motores de passo

    As controladoras, tambm conhecidas por drive, so dispositivos eletrnicos que

    interligam a mquina CNC ao controle de posic

  • 23

    interfaces se apresentam, geralmente, na forma de circuitos eletrnicos (placas de

    acionamento). O grau de complexidade destes circuitos varia na exata medida com que

    variam as caractersticas das mquinas a serem c

    controladora nada mais que uma fonte de corrente. A Figura 21 esquematiza as entradas e

    sadas dos sinais de um drive.

    Figura 21 Elementos de um drive de motor de passo

    A entrada de um drive um trem de pulsos digitais e um sinal de direo. A cada

    pulso refere-se a um passo, seja o dispositivo configurado para passo completo, meio passo ou

    micro passo. Portanto, o drive pode exigir entre 200 e 100000 pulsos para uma nica rotao

    do rotor.

    Tipos de controladoras de motores de passo:

    As controladoras so desenvolvidas de acordo com as necessidades da aplicao do

    motor de passo. J foi visto anteriormente que os motores so divididos em motores de passo

    com im permanente, relutncia varivel e hbrido. Cada tipo destinado aos seus requisitos de

    torque, velocidade, preciso e custo. Assim, para garantir que os requisitos sejam respeitados,

    existem controladoras unipolares e bipolares.

    Controladora Unipolar:

    O drive unipolar o arranjo mais simples de estgio de potncia para alimentar o

    motor de passo. Sua principal caracterstica est relacionada corrente eltrica que flui em

    uma direo atravs de um nico terminal do motor. A Figura 22 esquematiza um circuito

    simples de controle unipolar.

  • 24

    Figura 22 Controle unipolar bsico

    No caso deste simples drive, a corrente eltrica para polarizao das bobinas

    determinada apenas pela resistncia da bobina e pela tenso eltrica aplicada. Portanto, este

    circuito funciona bem para baixas velocidades, pois medida que a velocidade aumenta o

    torque cai rapidamente devido indutncia do enrolamento.

    Controladora Bipolar

    Com o objetivo de aumentar o desempenho e a eficincia, usa-se uma controladora

    bipolar. Este drive permite controlar os sentidos da corrente eltrica em cada bobina do

    estator, portanto pode-se energizar vrias bobinas simultaneamente. Esta condio

    proporciona ao motor um torque relativamente maior em relao s controladoras unipolares.

    O arranjo padro de um drive bipolar esquematizado na Figura 23.

    Figura 23 Circuito de um drive bipolar

  • 25

    Ponte H

    um circuito eletrnico que permite que um motor rode tanto para um sentido quanto

    para o outro. Estes circuitos so geralmente utilizados em robtica e esto disponveis em

    circuitos prontos ou podem ser construdos por componentes.

    O nome ponte H dado pela forma que assume o circuito quando montado. O circuito

    -S4) que so acionadas de forma alternada (S1 e S4 ou

    assim como as chaves S3 e S4 no podem ser ligadas ao mesmo tempo, pois podem gerar um

    curto circuito. Para construo da ponte H (Figura 24) pode ser utilizado qualquer tipo de

    componente que simule uma chave liga-desliga como transistores, rels, mosfets.

    Figura 24 Exemplo de uma Ponte H

  • 26

    Captulo 3

    Desenvolvimento

    Apresentaremos, neste captulo, uma metodologia para o desenvolvimento de uma

    mquina CNC didtica. A diviso deste captulo ser feita da seguinte forma: projeto

    informacional, projeto conceitual, projeto preliminar, projeto detalhado, montagem e

    dimensionamento.

    3.1 Projeto Informacional

    Neste primeiro tpico apresentado o passo inicial para o desenvolvimento da

    fresadora CNC didtica. Ele consiste na apresentao do problema e das necessidades bsicas,

    na definio dos requisitos de projeto e na especificao do projeto.

    O levantamento das necessidades bsicas para o desenvolvimento da mquina

    baseada em alguns atributos bsicos de projetos:

    Funcionamento: O operador deve ser capaz de operar de forma precisa uma mquina

    sem vibraes;

    Vibrao: A mquina dever vibrar o mnimo possvel para no comprometer sua

    preciso;

    Ergonomia: necessrio espao suficiente para o usurio controlar a mquina e

    verificar os movimentos da mquina;

    Esttica: desejvel a pintura da mquina, mas por haver alguns componentes de

    alumnio, no h a necessidade de se pintar toda a estrutura, pois o alumnio forma

    uma camada apassivadora de xido de alumnio;

    Economia: No realizar gastos desnecessrios;

    Os requisitos de projetos podem ser formados pelas necessidades mais bsicas e os

    seguintes atributos:

    Confiabilidade: A mquina tem que demonstrar que foi desenvolvida por profissional;

  • 27

    Baixo custo: O projeto deve racionalizar o uso de recursos e deve-se evitar gastos

    desnecessrios na compra de materiais;

    Operao: A fresadora deve ser de fcil manuseio. Fcil fixao da pea e troca de

    ferramentas;

    Resistncia: Deve ter alta robustez e durabilidade;

    Fabricao: Devem-se utilizar as instalaes do Laboratrio de Usinagem para

    fabricao de peas (se possvel).

    Aps a verificao dos requisitos de projeto, deve ser escolhido um modelo de

    referncia mais prximo do projeto idealizado. Esta deciso est fundamentada nos tipos de

    fresadoras existentes e foi apresentada no captulo anterior. Estas mquinas podem diferir

    entre si segundo as seguintes caractersticas funcionais:

    Quantidade de eixos: 3, 4 ou 5;

    Movimentao do eixo rvore: vertical, horizontal ou universal;

    Movimentao dos demais eixos: convencional ou portal.

    Neste projeto, escolheu-se construir uma fresadora com 3 eixos (suficientes para

    demonstrao didtica e possui menor custo), com movimentao do eixo rvore na vertical

    (mais simples de ser implementado e maior disponibilidade de ferramentas) e a

    movimentao dos demais eixos do tipo convencional devido disponibilidade de

    construo de uma futura fresadora do tipo portal com outros materiais j adquiridos.

    3.2 Projeto Conceitual

    O Projeto Conceitual consiste em transformar as ideias do Projeto Informacional em

    um projeto mais tangvel, ou seja, ser apresentada neste tpico uma anlise mercadolgica

    das mquinas CNC. Em seguida, o funcionamento da fresadora CNC didtica idealizada e,

    por fim, revela algumas solues obtidas a partir dos requisitos descritos no tpico anterior.

  • 28

    3.2.1 Anlise Mercadolgica

    A anlise de mercado um ponto importante para um projeto de Engenharia.

    Neste assunto sero analisados 3 tpicos: o cliente ou pblico-alvo, os concorrentes e os

    fornecedores.

    O estudo do pblico-alvo um ponto fundamental nos negcios, pois sem clientes,

    no existe empresa.

    Precisa-se conhecer muito bem para quem vamos oferecer o produto ou servio. Em

    muitos casos, existe mais de um segmento de pblico-alvo. necessrio elencar aqueles que

    so considerados os mais importantes. Certamente, quanto mais soubermos sobre os nossos

    clientes potenciais, em melhor situao estaremos.

    Para isso temos como pblico-alvo as universidades pblicas e particulares

    interessadas neste projeto.

    Com seu pblico-alvo conhecido e estudado, hora de partir para o passo seguinte:

    anlise dos concorrentes.

    Observar a concorrncia fundamental, pois assim ser capaz de identificar as

    deficincias e as vantagens dela e determinar os possveis pontos fracos e fortes do seu

    negcio, alm de no cometer os erros que j foram cometidos por outras empresas do mesmo

    ramo de atividade que a sua.

    Pode-se citar algumas das empresas que atuam no ramo de vendas de fresadoras CNC

    didticas:

    Fresadora CNC Sigma 600 da Tecnodrill (Figura 25);

    Fresadora CNC 500x1000 da MTC (Figura 26).

  • 29

    Figura 25 Fresadora CNC - SIGMA 600 Modelo didtica [5]

    Figura 26 Fresadora CNC MTC 500x1000

    O terceiro item da anlise de mercado o estudo dos fornecedores.

    necessrio iniciar essa anlise, identificando quem sero seus fornecedores, onde se

    localizam, tempo para o produto chegar, frete, custos em geral e condies de pagamento.

    Essas informaes so importantes para determinar o investimento inicial necessrio e

    algumas das despesas do negcio. Para cada item, escolha trs potenciais fornecedores e

    mantenha sempre contato com todos independente de escolher apenas um para te abastecer.

    Escolhemos como nossos possveis fornecedores as empresas: Tekkno Mecatrnica

    (os mancais e os acoplamentos), WGB (os fusos e as guias lineares), Kalatec (o motor de

    passo), OSG (a fresa), Tecmaf (o porta-fresa e as pinas), Ciser (parafusos, porcas e arruelas),

    OBR (perfil de alumnio extrudado).

  • 30

    3.2.2 Clculo da Fora de Corte Para Fresamento

    No fresamento temos os seguintes fatores que podem ocasionar problemas:

    Espessura do cavaco varivel (clculo de h)

    Diferena entre o fresamento frontal e o perifrico (clculo de s)

    Ferramenta multicortante (vrios dentes, clculo de Zc)

    Variedade de geometrias de ferramenta e de gume (clculo de b)

    Clculo de s

    H duas Equaes s, a Equao 3.1 para o fresamento frontal

    (Figura 27) e a Equao 3.4 para o fresamento perifrico (Figura 28). A Equao 3.1 a

    seguinte:

    (3.1)

    As Equaes 3.2 e 3.3 so necessrias para descobrir os valores de 1 e 2.

    (3.2)

    (3.3)

    Figura 27 Fresamento Frontal [6]

  • 31

    (3.4)

    Figura 28 Fresamento Perifrico [6]

    Vamos considerar o caso onde toda a ferramenta penetra na pea, ou seja, a penetrao

    de trabalho igual ao dimetro da fresa (consideramos para efeitos de clculo a fresa da

    Tabela 1 com dimetro de 4mm). Com isso, podemos considerar o ngulo s = 180.

    Clculo de h

    Para levar em conta a variao da espessura do cavaco usa-se a sua espessura mdia

    (Figura 29). A Equao 3.5 a seguinte:

    (3.5)

    Figura 29 Espessura mdia do cavaco [6]

    hm : espessura mdia do cavaco [mm]

    fz : avano por dente [mm/dente]

    ae : penetrao de trabalho [mm]

    s : ngulo de contato ferramenta pea [graus]

    D : dimetro da fresa [mm]

    kr : ngulo de direo do gume principal [graus]

  • 32

    A Equao 3.6 e a Equao 3.7 explicitam o avano por dente e a velocidade de

    avano respectivamente.

    (3.6)

    (3.7)

    As equaes 3.8 e 3.9 demonstram o avano por dente em funo da velocidade de

    avano.

    (3.8)

    (3.9)

    a: avano [mm]

    va: velocidade de avano [mm/min]

    n: nmero de rotaes por minuto [rot/min]

    z: nmero de dentes

    Tirando os valores para Alumnio de va (1800 mm/min), z (4 dentes) e n (13535

    rot/min) da Tabela 1 e da Figura 30 de fresamento com fresa de metal duro de topo esfrico

    de 4 navalhas, encontramos o valor de fz igual a aproximadamente 0,033 mm/dente. A Tabela

    2 nos mostra as dimenses da fresa escolhida.

    Simplificando a Equao 3.5 acima, temos uma nova equao, a Equao 3.10:

    (3.10)

    Sendo este valor igual a aproximadamente 0,02 mm.

    Tabela 1 Fresamento com fresa de metal duro de topo esfrico de 4 cortes [7]

  • 33

    Figura 30 Fresa de 4 cortes Topo esfrico [7]

    Tabela 2 Dimenses relativas fresa [7]

    Clculo de Zc

    A fora de corte depende do nmero de dentes em contato com a pea. Se Zc (Figura

    31) no for um nmero inteiro, significa que, enquanto a fresa gira, o nmero de dentes em

    contato oscila entre dois valores inteiros. Assim a fora de corte tambm oscila. Usa-se ento

    o maior dos dois valores. A Equao 3.11 demonstra a frmula para o nmero de dentes em

    contato com a pea.

    (3.11)

    Figura 31 Clculo de Zc [6]

  • 34

    Zc : nmero de dentes em contato com a pea [dentes]

    Z : nmero (total) de dentes da fresa [dentes]

    Substituindo- s na frmula, temos que Zc = 2 dentes.

    Clculo de b

    A Fora de Corte diretamente proporcional ao comprimento do gume ativo. Ocorre

    que a variedade de geometrias de ferramenta dificulta o clculo de b. Como simplificao,

    demonstramos a Equao 3.12 para uma ferramenta de gumes (ou dentes) retos:

    (3.12)

    Se kr = 90 s = 0 b = ap

    b: comprimento do gume ativo [mm]

    s: ngulo de inclinao do gume principal [graus]

    ap: profundidade de corte [mm]

    De acordo com a tabela 1, ap igual a 0,3D, logo, ap igual a 1,2 mm. Sendo,

    portanto, b igual a 1,2 mm.

    A equao da fora de corte no fresamento (Equao 3.14) , ento, modificada a

    partir da equao do torneamento (Equao 3.13), para levar em conta as particularidades do

    processo.

    Torneamento

    (3.13)

    Fresamento

    (3.14)

    Reunindo as equaes mostradas chega-se frmula para a fora de corte no

    fresamento.

    (3.15)

    Substituindo-se os valores de kc1.1 (N/mm), 1-mc (Tabela 3), b, zc e hm, temos que:

    Fc = 600 x 1,2 x 2 x 0,020,75

    = 76,58 N

  • 35

    Tabela 3 Presso especfica de corte e expoente de Kienzle [8]

    3.2.3 Clculo da potncia de corte e de avano para fresamento

    Potncia de Corte (Pc) o produto da fora de corte com a velocidade de corte v. Para

    Fc e v em mm/min tem-se a Equao 3.16:

    (CV) (3.16)

    Fc 76,58 N = 7,81 kgf

    v = 170 m/min

    Pc = 7,81 x 170 / 60 x 75 = 0,29 CV = 0,28 HP

    A Potncia de avano (Pa) Equao 3.17 o produto da fora de avano (Equao

    3.18) com a velocidade de avano va. Tem-se:

    (CV) (3.17)

    (3.18)

    fn = va

    Dc = 4 mm

    fz = 0,033 mm/dente

    kr = 90

  • 36

    Da Tabela 4, temos que:

    kc = 1050 N/mm

    Fa

    va = 1800 mm/min

    Pa = 3,5 x 1800 / 1000 x 60 x 75 (CV)

    Pa = 1,4 x 10-3

    CV

    Tabela 4 Valores de kc para alguns materiais [9]

    A Potncia efetiva de corte Pe (Equaes 3.19 e 3.20): o produto da fora efetiva de

    corte Fe pela velocidade efetiva de corte ve. portanto igual soma das potncias de corte e

    avano.

    (3.19)

    Pe = 0,29 + 1,4 x 10-3

    29 CV

    Para Fe em kgf e ve em m/min tem-se:

    (CV) (3.20)

  • 37

    Relao entre a potncia de corte e de avano (Equao 3.21):

    (3.21)

    3.2.4 Escolha da Estrutura

    A definio da estrutura da mquina o ponto inicial para o desenvolvimento do

    projeto, pois influenciar na resistncia da mquina, no peso, na montagem, na usinagem e no

    custo.

    Para um projeto ideal de uma mquina fresadora CNC devemos obter um material que

    possua principalmente alta resistncia, baixo peso e um custo mdio. A partir dos materiais

    disponveis, podemos avaliar os 3 materiais mais comuns, de acordo com os requisitos que

    necessitamos: madeira, ao e alumnio.

    A madeira leve, possui baixo custo, fcil usinabilidade, fcil montagem, porm

    possui uma baixa resistncia mecnica. O ao possui alta resistncia mecnica, tem um custo

    mdio, mas possui difcil usinabilidade e montagem e pesado. J o alumnio tem uma alta

    resistncia mecnica, uma mdia usinabilidade e montagem, leve, mas possui um custo mais

    elevado.

    A partir desse estudo, escolhemos uma estrutura em alumnio por possuir uma maior

    quantidade de requisitos relevantes para um bom desenvolvimento do projeto. Para a mesa de

    trabalho escolhemos os perfis em alumnio.

    Os perfis de alumnio (Figura 32) possuem montagens rpidas, prticas e versteis de

    estruturas de mquinas, dispositivos mecnicos, linhas de produo, mesas de trabalho, entre

    outros. Sua montagem feita atravs de parafusos e conexes, dispensando o uso de solda,

    garantindo uma unio segura e resistente, suficientes para os esforos estticos e dinmicos

    em qualquer aplicao. Os perfis dispensam pintura, pois so anodizados conferindo um

    belssimo acabamento com alta resistncia abraso e corroso.

  • 38

    Figura 32 Tipos de perfis extrudados em alumnio [10]

    3.2.5 Escolha dos Eixos, Mancais e Acoplamentos

    Os eixos escolhidos para a fresadora CNC proposta sero compostos, cada um, por um

    fuso de esferas recirculantes e por duas guias lineares. As principais caractersticas do fuso de

    esferas recirculantes so alta eficincia, alta preciso, alta rigidez e reduo de atrito. As guias

    lineares possuem as mesmas caractersticas e isso permite o uso dos componentes mecnicos

    neste projeto.

    As guias lineares escolhidas so as do modelo BRH25B (Anexo C) e os fusos de

    esferas recirculantes escolhidos so do modelo SFW1605-3 (Anexo D).

    Para os mancais escolheu-se o modelo BK12 e BF12 (Anexo E) e para os

    acoplamentos escolheu-se o modelo AF25 (Anexo F). A Linha de acoplamento AS/AF so de

    membrana e Baixo custo. Ideal para aplicaes de motores de passo Nema 23 ou Encoders.

    O Torque para Motores de at 1.8 N.m.

    3.2.6 Escolha da Mesa de Trabalho

    As mesas de trabalho das fresadoras convencionais so grandes blocos em ao usinado

    com fresas especiais. Essas fresas criam vrios rasgos no bloco e permitem fixar uma pea na

    mesa com maior segurana, alm de proporcionar o escoamento do lquido refrigerante.

    No caso da fresadora CNC didtica no h necessidade de pesados blocos em ao, mas

    alguns requisitos devem ser obedecidos.

    Fcil montagem e usinagem;

    Segurana na fixao da pea;

    Fcil limpeza;

  • 39

    Alta resistncia mecnica;

    Baixo peso e;

    Baixo custo.

    A construo da mesa de trabalho proposta ser com a unio de vrias partes de perfis

    em alumnio extrudado, pois possui as caractersticas citadas acima, logo, no h a

    necessidade de se fabricar uma a partir de um bloco de alumnio.

    3.2.7 Escolha do Spindle (eletromandril)

    O spindle se caracteriza por fornecer o movimento de rotao necessrio ferramenta

    de corte, bem como a potncia necessria para a operao.

    As caractersticas mais importantes para caracterizar um spindle so:

    a) Potncia Nominal e Binrio

    b) Mxima e Mnima Velocidade de Rotao

    c) Tipo e Tamanho de Ferramenta a utilizar

    d) Tipo de refrigerao

    e) Peso

    Existem basicamente dois tipos de spindles: os de motor integrado (Integrated Motor

    Spindle - Figura 33) e os acionados por correias (Belt Driven Spindle - Figura 33).

    Figura 33 - spindle de correia ( esquerda) e spindle com motor integrado ( direita) [11]

    Os spindles acionados por correias so normalmente constitudos por um eixo apoiado

    num sistema de rolamentos que so introduzidos dentro de um corpo, normalmente metlico.

  • 40

    O eixo do spindle incorpora tambm o sistema de fixao da ferramenta. O sistema que

    possibilita a mudana da ferramenta , geralmente, montado externamente.

    A potncia e o momento de rotao so fornecidos ao spindle por meio de um motor

    externo. O motor transmite o binrio usualmente atravs de correntes dentadas ou correias em

    V.

    As principais vantagens deste tipo de spindles so:

    Custo reduzido: como o eletromandril constitudo por um nmero menor de

    componentes, o seu custo reduzido quando comparado com os de motor integrado.

    Grande variedade possvel de caractersticas: como a potncia, o binrio e a

    velocidade mxima so muito dependentes do motor externo, possvel variar os

    valores destas caractersticas simplesmente alterando este ltimo, o que no possvel

    num spindle com motor integrado.

    Grande potncia e binrio disponvel: uma vez que o motor montado externamente

    ao eixo do spindle, muitas vezes possvel utilizar motores de grandes dimenses.

    Motores de grandes dimenses possuem habitualmente grandes potncias e binrios

    que podem ser transmitidos ao spindle. No caso dos spindles com motor integrado, o

    espao livre limitado, o que impede o uso de motores de grandes dimenses.

    Este tipo de spindle est geralmente limitado a uma velocidade mxima entre 12000 e

    15000 rotaes por minuto e podem encontrar-se no mercado com potncias at cerca de 30

    HP.

    Nos spindles com motor integrado, o motor montado dentro da estrutura e

    acoplado ao eixo do spindle. Isto permite que o eletromandril atinja velocidades elevadas sem

    problemas adicionais relacionados com os esforos induzidos pelas correias ou rodas

    dentadas. O eixo do eletromandril posicionado por um conjunto de rolamentos de preciso.

    Estes rolamentos podem necessitar de manuteno frequente.

    Neste caso, as caractersticas do spindle esto diretamente ligadas s do motor. A

    potncia e velocidades mximas do spindle esto limitadas s caractersticas do motor, no

    sendo geralmente possvel a substituio deste por um de caractersticas diferentes. Assim, o

    motor utilizado um dos critrios mais importantes neste tipo de equipamento.

    Nestes equipamentos necessrio providenciar o arrefecimento do motor interno. Este

    arrefecimento efetuado geralmente por ar ou gua.

    As principais vantagens deste equipamento em comparao com os eletromandris

    acionados por correia so:

  • 41

    Velocidades mximas mais elevadas: a utilizao de correias ou correntes traz alguns

    problemas associados. Em primeiro lugar, os problemas de escorregamento das

    correias impossibilitam que se use toda a energia fornecida. Alm disso, as

    temperaturas geradas pelo atrito de contato da correia com o eixo do spindle a

    elevadas velocidades pode danificar as correias. A utilizao de rodas dentadas e

    correntes elimina estes problemas, mas induz vibraes prejudiciais ao tipo de

    operao que estes equipamentos realizam. Nos spindles com motor integrado, o

    motor acoplado diretamente ao eixo do spindle, eliminando os problemas

    anteriormente apresentados e permitindo que velocidades superiores sejam atingidas.

    Esforos menores nos rolamentos: as correias necessitam de estar tensionadas para

    funcionarem. Este tensionamento vai exercer uma fora radial nos rolamentos onde o

    eixo do spindle est apoiado. Esta fora radial aumenta com a potncia e velocidade

    transmitida, o que poder danificar os rolamentos se velocidades ou potncias muito

    elevadas forem atingidas. Nos spindles com motor acoplado, o acoplamento do motor

    ao eixo no ir exercer foras radiais significativas nos rolamentos. Este fato pode

    reduzir a necessidade de manutenes frequentes.

    Tendo em vista o correto funcionamento e longevidade destes spindles, existem alguns

    parmetros de segurana que tem de ser, obrigatoriamente, levados em conta. A temperatura

    no interior do spindle (no caso, o de motor integrado) e o bloqueio/desbloqueio da ferramenta

    so apenas dois dos parmetros que tm de ser monitorados durante o funcionamento do

    equipamento. Durante as operaes de manipulao, manuteno e reparao do spindle

    indispensvel que o mesmo esteja parado e, preferencialmente, desconectado da corrente

    eltrica.

    Existem spindles com uma potncia desde 100 W at 35 KW e com velocidades de

    rotao at cerca de 50000 rpm. Existem ainda spindles especiais para maquinagem de pedra

    ou vidro.

    Ao fazer essa anlise sobre os dois tipos de eletromandris, optamos por escolher o

    eletromandril com motor integrado, pois mesmo tendo um custo elevado, possui velocidade

    mxima mais elevada e contribui para uma menor vibrao, alm de possuir esforos menores

    nos rolamentos, o que reduz a necessidade de manutenes frequentes.

    O spindle escolhido foi o TECMAF TAC.2A3M.01 por apresentar as caractersticas

    necessrias ao projeto. Ele possui uma rotao acima da necessria e peso de 5,1 Kg. O

    spindle possui um custo de R$7490,00. O desenho tcnico pode ser visto no Anexo A.

  • 42

    Figura 34 Spindle TECMAF TAC.2A3M.01 [12]

    Caractersticas do Spindle:

    Cabeote Spindle de Alta Frequncia

    - Refrigerao Ar Comprimido

    - Rotao Nominal: 18.000 / 24.000 rpm

    - Frequncia Nominal: 300 / 400 Hz

    - Tenso Nominal: 220 ou 380V

    - Potncia Nominal: 1,5 Kw (2 HP)

    - Amperagem: 5,3 / 3,1 A

    - Peso: 5,1 Kg

    - Nmero de Plos: 02 Plos

    - Fixao da Ferramenta: Porta Pina ER-20 (Ferramenta com haste at 13mm)

    - Classe IP: 65

    - Classe de Isolao: H

  • 43

    - Temperatura de Trabalho: 55 C

    - Conector Eltrico: Harting Tipo Plug

    - Rolamentos Dianteiros: Contato Angular Cermico de super preciso

    - Rolamento Traseiro: Ao

    - Preciso de Usinagem: 0,005 mm

    -Rendimento: 0,75

    3.2.8 Potncia do Spindle

    Potncia fornecida pelo motor (Equao 3.22):

    (3.22)

    80%. No caso de haver um motor

    para cada movimento, o clculo parcelado das potncias fornecidas pelos motores pode ser

    realizado com um rendimento maior.

    Para o spindle escolhido:

    c / Pm 0,75 = Pc / 2

    Pc = 1,5 HP > 0,72 HP

    Sendo assim, a potncia de corte do motor escolhido est adequada ao projeto.

  • 44

    3.2.9 Escolha dos motores de passo

    A deciso correta do modo de acionamento deve ser baseada no torque exigido ao

    motor. A partir do conhecimento do torque, pode-se escolher tanto o melhor motor indicado

    como tambm a controladora de motores de passo adequada.

    Para o clculo do torque necessrio realizar algumas consideraes e obter alguns

    dados tcnicos a respeito do fuso de esferas recirculantes, do motor de passo e da carga que

    ser submetida ao fuso. Inicialmente, considera-se o motor acoplado ao fuso que por sua vez

    desloca uma carga, como mostra a Figuras 35.

    Figura 35 Esquema do motor de passo acoplado ao fuso e deslocando uma carga [13]

    Segundo Parker Automation [13], o torque necessrio ao motor definido pela

    Equao 3.23:

    (3.23)

    Na Equao 3.23, o torque o produto da inrcia e da acelerao, T em N.m e J em

    kg.m.

    A inrcia (J) referente soma das inrcias do rotor, do fuso e da carga. A acelerao

    uma estimativa do valor esperado para a aplicao e portanto escolhida pela experincia do

    projetista.

    Segundo o Anexo B, o rotor tem inrcia igual 480 g.cm. Este valor equivalente

    48.106 kg.m.

  • 45

    Segundo Parker Automation [13], a inrcia do fuso pode ser estimada pela Equao

    3.24:

    (3.24)

    Na Equao 3.24, a inrcia de uma barra cilndrica em ao, onde D em m, L em m e J em

    kg.m.

    Se D = 16 x 103 m e L=0,69 m, temos J = 34,41 x 10

    6 kg.m.

    A carga tambm estimada de acordo com a experincia do projetista e para o pior

    caso pode-se considerar igual a 10 kg. Segundo [4], para um sistema de parafuso, a inrcia

    referente carga estimada pela Equao 3.25:

    (3.25)

    Equao 3.25: Inrcia igual ao produto da massa (kg) e o passo do fuso (mm).

    Portanto, Jw = 6,25.106 kg.m, visto que W=10 kg e p=5 mm.

    A inrcia total igual soma das trs parciais j calculadas pelas Equaes 3.24 e 3.25

    e ainda a inrcia especificada na nota tcnica do motor de passo. Portanto, J = 88,66 x 106

    kg.m. Considera-se ainda que a eficincia do fuso, o coeficiente de atrito dos rolamentos e o

    desalinhamento do eixo do motor e fuso aumentem a inrcia em at 60%. Temos uma inrcia

    total (Jt): Jt = 141,856 x 10-6

    kg.m.

    O parmetro que ainda resta definir a acelerao. Com base nos modelos de

    mquinas vendidas comercialmente, encontram-se uma velocidade mxima de trabalho na

    ordem de 3500 mm/min para motores semelhantes ao KTC-HT23-401. Esse valor

    corresponde a 5 mm em 85 ms, ou seja, 1 passo a cada 85ms. O movimento do eixo parte de

    uma velocidade nula e aumenta linearmente at a velocidade mxima, em seguida mantm a

    velocidade constante at comear a decair linearmente e parar. Atravs disso possvel

    determinar a acelerao pela Equao 3.26. A Figura 36 mostra um grfico do movimento:

    Figura 36: Grfico do movimento [13]

  • 46

    O dimensionamento do motor para aplicaes de alta velocidade frequentemente

    baseado em perfis trapezoidais de i nos quais a acelerao,

    movimento de velocidade constante e desacelerao ocupam cada qual, um tero do

    tempo de movimento.

    Segundo Parker Automation [13], a acelerao para um movimento com perfil

    trapezoidal definida pela Equao 3.26.

    (3.26)

    Ac = 4,5 x 1/ (0,085)2

    Ac = 622,83 rot/s2

    Equao 3.26: Acelerao para um movimento com perfil trapezoidal, D em rotaes e t em

    segundos.

    Se a carga deve mover 5mm em 85ms, temos: Ac = 622,83 rot/s

    Substituindo os valores encontrados na Equao 3.23, encontra-se o valor do torque

    esttico exigido ao motor: T = 0,663 N.m.

    o torque necessrio no motor para cumprir os requisitos da

    mquina.

    Portanto, o motor escolhido pode ser usado no projeto, visto que a necessidade do

    projeto de 0,663 N.m e a capacidade do motor em modo bipolar 1,80 N.m.

    3.2.10 Escolhas dos parafusos, porcas e arruelas

    Parafuso

    O parafuso tem por finalidade ser o elemento de fixao de duas ou mais superfcies,

    combinadas ou em junes diferentes.

    O parafuso um rgo que tem por fim transformar um movimento de rotao em

    torno do seu eixo num movimento de translao segundo esse eixo.

    Os parafusos escolhidos foram os mtricos da linha MA: 145 da Ciser (Figura 37) com

    as dimenses M5, M6 e M8 mm de dimetro e 25, 30, 35 e 40 mm de altura, conforme Anexo

    G.

  • 47

    Figura 37: Parafuso de cabea sextavada [14]

    Porca

    As porcas so elementos de fixao em conjunto com um parafuso. Seus tipos variam

    de acordo com as roscas (que correspondem a do parafuso) e formato.

    As porcas escolhidas foram as mtricas sextavadas auto travantes com inserto de nylon

    da linha MA: 618 da Ciser (Figura 38) com as dimenses M5, M6 e M8 mm de dimetro,

    conforme Anexo H.

    Figura 38: Porca sextavada inox de inserto de nylon [14]

    Arruela

    Uma arruela um disco fino com um furo, geralmente no meio. Ela utilizada

    normalmente para suportar a carga de um parafuso. As arruelas tambm so importantes para

    evitar a corroso galvnica, particularmente isolando parafusos de ao de superfcies

    de alumnio.

    Arruela de presso

    utilizada para evitar que a porca escape do parafuso com a trepidao.

    As arruelas de presso escolhidas foram as mtricas da linha 801 da Ciser (Figura 39)

    com as dimenses de 5, 6 e 8 mm de bitola, conforme Anexo I.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Roscahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Parafusohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Corros%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alum%C3%ADniohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Porca
  • 48

    Figura 39: Arruela de presso [14]

    3.3 Projeto Preliminar

    Este tpico apresenta o projeto idealizado para a construo da fresadora CNC

    didtica. Cabe a este tpico descrever o projeto a partir dos resultados obtidos com o projeto

    informacional e o projeto conceitual.

    De forma mais tcnica, o funcionamento da fresadora CNC didtica possui o seguinte

    comportamento:

    Os motores de passo geram um torque capaz de rotacionar os fusos de esferas

    recirculantes, que juntos s guias lineares movimentam a mesa de trabalho e/ou

    o spindle;

    Os movimentos dos eixos criam os movimentos de usinagem, que produzem

    sada de cavacos ou no.

    O projeto CAD mostrado na Figura 40 e facilita a compreenso do funcionamento do

    sistema.

    Figura 40: Desenho da fresadora

  • 49

    Os trs eixos se movimentam ortogonalmente, o eixo horizontal X movimenta a

    gaveta do spindle e o eixo horizontal que podemos chamar de Y movimenta a mesa de

    trabalho. O terceiro eixo, Z, movimenta o suporte que por sua vez estar rotacionando a

    ferramenta de corte. Os eixos so formados por fusos de esferas e guias lineares. A

    transmisso do movimento de rotao do motor de passo para o fuso de esferas feita por

    meio de acoplamentos do tipo AS/AF.

    Por fim, a mesa de trabalho projetada em alumnio e possui vrios rasgos

    longitudinais para fixao de grampos, isto garante melhor fixao da pea a ser usinada.

    3.4 Projeto Detalhado

    Neste tpico possvel compreender o desenvolvimento de todos os elementos

    mecnicos projetados.

    3.4.1 Estrutura

    Inicialmente, montou-se uma estrutura em alumnio 6061-T6 (solubilizado e

    envelhecido). Essa estrutura tem o objetivo de apoiar os trs eixos da fresadora e garantir a

    ortogonalidade entre eles. Os parafusos que sero utilizados so de ao 1020 laminado a

    quente. A Figura 41 esquematiza o projeto CAD da estrutura da mquina.

    Figura 41: Desenho CAD da estrutura da mquina

  • 50

    3.4.2 Mesa de Trabalho

    A mesa de trabalho a parte da fresadora responsvel, junto com os grampos, pela

    fixao da pea a ser usinada. A mesa constituda por um conjunto de perfis em alumnio

    fixado a um apoio. A ideia de construir uma mesa a partir de perfis em alumnio deve-se ao

    fato de aproveitar os rasgos disponveis nos perfis e fixar os grampos que so responsveis

    pela fixao do material a ser usinado e a mesa de trabalho. A fixao entre os perfis em

    alumnio e o apoio por meio de solda. Esta mesa de trabalho tem dimenses de 400 mm x

    420 mm. A Figura 42 mostra o desenho CAD da mesa de trabalho.

    Figura 42: Desenho CAD da mesa de trabalho da fresadora CNC

    3.4.3 Fixao do Spindle

    A placa de fixao do spindle constituda por uma chapa de alumnio com espessura

    de 15 mm. Como pode ser visto na Figura 43, a placa de fixao prende o spindle em oito

    pontos, evitando que o spindle se mova em relao ao sistema de fixao.

  • 51

    Figura 43: Desenho CAD da placa de fixao do spindle

    3.4.4 Gaveta do Spindle

    A gaveta do spindle constituda por quatro chapas de 15 mm tendo uma delas um

    rebaixo centralizado de 8 mm para acomodar os mancais. Como pode ser visto na Figura 44,

    ela possui um par de guias lineares e 1 motor de passo que serviro para a movimentao

    vertical do spindle e possui dois patins responsveis por realizarem a movimentao

    horizontal da gaveta.

    Figura 44: Desenho CAD da Gaveta do Spindle

  • 52

    3.4.5 Chapa do Fundo

    Esta chapa (Figura 45) possui 15 mm de espessura com um rebaixo centralizado de

    8mm para a fixao dos mancais que juntamente com as guias lineares garentem a

    movimentao da gaveta no eixo horizontal.

    Figura 45: Desenho CAD chapa do fundo

    3.4.6 Chapas laterais

    Cada uma dessas chapas (Figura 46) possui um par de patins responsveis pela

    movimentao da mesa de trabalho e uma delas possui um motor de passo responsvel pela

    movimentao de um dos fusos.

    Figura 46: Desenho CAD chapas laterais

  • 53

    3.4.7 Chapa Inferior

    Essa chapa da Figura 47 contm um suporte para a castanha do fuso da mesa que

    auxilia no movimento da mesa. Ela fixa por parafusos s chapas laterais.

    Figura 47: Desenho CAD chapa inferior

    3.5 A Montagem

    Este tpico consiste em descrever o passo a passo na montagem da mquina.

    Inicialmente foram soldados 10 perfis de alumnio de dimenses 40 mm x 40 mm x

    420 mm centralizadas numa chapa de espessura 15 mm, a essa chapa denominamos por apoio.

    Ela ir se movimentar no eixo y e para isso foi necessrio colocar 1 par de guias lineares nas

    suas laterais, da mesma maneira foram colocados dois pares de patins nas chapas laterais.

    Essas chapas laterais devero estar precisamente montadas, pois qualquer desvio

    implicar numa dificuldade de movimentao do apoio e consequentemente da mesa de

    trabalho. Essas chapas laterais para serem amarradas estrutura sero aparafusadas a duas

    novas chapas, uma ficar na parte traseira da estrutura e recebeu a denominao de chapa do

    fundo.

    Nessa nova etapa da montagem, a chapa do fundo ser aparafusada a essas duas

    chapas laterais, ela ser responsvel pela movimentao no eixo x da gaveta do spindle e para

    isso recebe um par de guias lineares.

    A chapa inferior aparafusada logo em seguida s chapas laterais e nela estar o

    suporte para a castanha que facilitar a movimentao do apoio da mesa de trabalho no eixo y.

    Na ltima etapa da montagem a gaveta do spindle recebe dois pares de patins que

    deslizaro nas guias lineares da chapa do fundo. Em seguida recebe dois pares de guias

  • 54

    lineares para realizar a movimentao do suporte do spindle no eixo Z, esse suporte ser

    responsvel por levar o spindle at o contato direto com a pea a ser trabalhada. O suporte

    recebe 2 pares de patins para realizar essa movimentao. A montagem completa pode ser

    vista na Figura 48.

    Figura 48: Desenho CAD da montagem

    3.6 Dimensionamento do projeto

    Neste subcaptulo calculou-se o dimensionamento de parafusos atravs dos

    conhecimentos adquiridos em sala de aula. Para o clculo das chapas da fresadora CNC

    utilizou-se o programa SolidWorks 2013 para calcular as tenses, deslocamentos e

    deformaes de cada chapa.

    Clculos de resistncia dos materiais

    Clculo da tenso de cisalhamento (Equao 3.27) para as foras atuantes no eixo z:

    (3.27)

    Para os parafusos do suporte do Spindle, utilizando-se as Equaes 3.28 e 3.29, temos:

    (3.28)

  • 55

    P + Fa = 8V

    V = (50 + 34,3)/8 V = 10,54 N

    (3.29)

    -3)

    2 / 4 = 2,375 x 10

    -5 m

    2

    -5 = 4,44 x 10

    5 Pa < 125 MPa

    P = Peso do Spindle = 50 N

    Fa = Fora de avano = 34,3 N

    V = Esforo cortante

    A = rea da seo transversal do parafuso

    D = Dimetro da seo transversal do parafuso

    Para os parafusos da chapa do fundo, utilizando-se as equaes 3.30 e 3.31, temos:

    (3.30)

    Fa = Fora de avano = 34,3 N

    P1 = Peso do Spindle = 50 N

    P2 = Peso do Suporte do Spindle = 25,51 N

    P3 = Peso da gaveta do Spindle = 57,88 N

    P4 = Peso da chapa do fundo = 49,54 N

    FT = 217,23 N

    (3.31)

    FT = 8V V = FT/8 V = 27,15 N

    -3)

    2 / 4 = 1,96 x 10

    -5 m

    2

    -5 = 13,85 x 10

    5 Pa < 125 MPa

  • 56

    Obs1: Para as guias lineares da chapa do fundo calcula-se da mesma maneira excluindo-se P4

    do clculo e adicionando-se mais parafusos, logo a solicitao mecnica ser menor.

    Para os parafusos dos patins localizados nas chapas laterais:

    Considerando uma carga de 10kg aplicada sobre a mesa e as Equaes 3.32 e 3.33, temos:

    (3.32)

    P1 = Peso da carga aplicada = 98,1 N

    P2 = Peso das 10 barras extrudadas = 91,43 N

    P3 = Peso do apoio da mesa = 408,47 N

    Fa = Fora de avano = 34,3 N

    FT = 632,3 N

    (3.33)

    FT = 16V V = 632,3 / 16 = 39,52 N

    -3)

    2 / 4 = 2,83 x 10

    -5 m

    2

    -5 = 13,96 x 10

    5 Pa < 125 MPa

    Obs2: Para os parafusos das guias lineares do apoio da mesa, calcula-se adicionando mais

    parafusos, logo a solicitao mecnica ser menor.

    Obs3: Para os parafusos da chapa inferior a nica solicitao mecnica o peso da prpria

    chapa, o que irrelevante.

    Clculo da tenso de cisalhamento para as foras atuantes no eixo x:

    Para os parafusos do suporte do Spindle, utilizando-se as Equaes 3.34 e 3.29:

    (3.34)

    Fc = 8V

    V = 193/8 V = 24,125 N

    (3.29)

  • 57

    -3)

    2 / 4 = 2,375 x 10

    -5 m

    2

    -5 = 10,16 x 10

    5 Pa < 125 MPa

    Fc = Fora de corte

    V = Esforo cortante

    A = rea da seo transversal do parafuso

    D = Dimetro da seo transversal do parafuso

    Clculo da tenso normal no eixo y para as foras atuantes nos parafusos

    Para os parafusos do suporte do Spindle, utilizando-se as Equaes 3.35 e 3.29, temos:

    (3.35)

    Fc = 8N

    N = 193/8 N = 24,125 N

    (3.29)

    -3)

    2 / 4 = 2,375 x 10

    -5 m

    2

    -5 = 10,16 x 10

    5 < 210 MPa

    Fc = Fora de corte

    N = Esforo normal

    A = rea da seo transversa