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Treinamento de Discipulado

INTRODUÇÃO

Este treinamento está voltado para a formação de um seguidor (discípulo) de Jesus, bem como o seu conse-qüente treinamento para multiplicar-se, e está dividido em duas partes principais: Uma de conscientização e moti-vação, e outra de treinamento prático. A primeira é o embasamento bíblico, e a segunda é a orientação pratica des-ses princípios.

Convido-o a conscientizar-se de que este ministério demanda paciência e persistência, lembrando do princípio bíblico de que "tudo tem o seu tempo". Confie que está obedecendo ao Senhor e colha os abençoa-dos resultados!

Examinemos, à luz da Palavra, o que fez do discipulado um sucesso na Igreja Primitiva. Paulo e Silas chegaram a Tessalônica, e tão grande foi o impacto do seu trabalho que os judeus moveram

uma perseguição contra eles e, como não os encontraram, arrastaram Jáson e alguns irmãos à presença dos magistrados da cidade, clamando: Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui (Atos 17:6).

O Espírito Santo separara a Paulo e a Barnabé, e eles realizaram a primeira viagem missionária (At. 13). Em Atos 17, eles são conhecidos como aqueles que têm transtornado o mundo. A i\Igreja de Antioquia resol-veu viver o verdadeiro cristianismo, fazendo e enviando discípulos, e o impacto é causado em todo o mundo. Essa revolução chega a Tessalônica. Entretanto, algo mudou anos depois: Essa revolução perde ímpeto, a i-greja se institucionaliza, vieram a Reforma Protestante e os movimentos "avivalistas" de séculos passados, mas parece que a igreja outra vez volta às "quatro paredes".

Ultimamente a ênfase no discipulado voltou a ocupar a atenção do povo de Deus. Pessoalmente temos vivido essa experiência, e é o que pretendemos compartilhar a seguir.

No caso desta Igreja, faremos deste encontro a mola propulsora para as outras etapas, visto que iniciare-mos uma classe de evangelismo no próximo mês. Todos os membros da sede que o desejarem participarão daquela classe e, além de ministrarmos o treinamento de evangelização pessoal, faremos o acompanhamento dos que estiverem praticando o discipulado. No próximo ano, possivelmente, o discipulado será acrescentado ao currículo do Instituto de Educação.

1. ESCOLHIDOS, NOMEADOS E ENVIADOS

Reflita em JOÃO 15:16, e responda:

a) Você escolheu ou foi escolhido por Jesus? ___________________________________________________ - Jesus diz ainda que fomos citados nominalmente! b) Para que Jesus nos escolheu? _____________________________________________________________ c) Que tipo de fruto Jesus espera que produzamos? ______________________________________________

2. O DIFÍCIL CAMINHO DA DESCOBERTA

Aconteceu em Muriaé. O ano de 1986 terminou e concluí o relatório do rol de membros da igreja. Havia iniciado o ano com 207 membros e o findava com 206, um membro a menos. Batizei apenas 10 pessoas na-quele ano.

Certamente algo estava errado, pois, naquele ano, havíamos realizado intensas campanhas evangelísticas, sendo que em uma delas, em parceria com outra igreja da cidade, anotamos 736 nomes de novos decididos. Onde estariam eles? Somente dois foram batizados, e um excluído depois.

Naquele ano, em apenas uma semana, havíamos distribuído dezoito mil folhetos, cinco mil evangelhos e trezentos novos testamentos. Contudo, apenas uma pessoa foi batizada e também excluída depois. A igreja tinha quatro congregações, e eu semanalmente deslocava um grupo para assisti-las, porém, essas congrega-ções não cresciam, não batizavam, e cada vez precisavam de mais assistência e maiores investimentos.

Eu fazia o que me parecia certo, desafiador e honesto, mas os resultados eram desanimadores.

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Na busca por uma resposta tomei diversas atitudes drásticas, desde responsabilizar a igreja, como fechar

o templo no domingo à noite e levar os membros para a praça da cidade. Mas nem isso trouxe resultados sig-nificativos e o povo não reagia.

Deus estava me preparando para uma tremenda descoberta dos seus princípios de evangelização, discipu-lado e crescimento da igreja, mas eu não entendia.

Recebemos a visita do Pr. José Calixto Patrício e, entre outras orientações, ele falou-me sobre a impor-tância e qualidade do tempo dedicado a Deus através da oração. Ofereceu-me o livro "Poder Através da Ora-ção", de E. M. Bounds, o qual me levou a reavaliar o meu tempo com Deus e a envolver a igreja no aprendi-zado e prática da oração.

Em seguida, participei de um mutirão de evangelismo na cidade de Barra do Corda (MA), promovido pela Junta de Missões Nacionais, onde um dos membros do grupo me deu a “pista” de como praticar o disci-pulado. Depois, li livro "Multiplicando Discípulos", de Waylon Moore, tendo também a oportunidade de ser treinado por ele e outros homens de Deus, como o Pr. Thomas Wade Akins e David Cornifield. Desse modo, as coisas começavam a clarear para mim. Adaptei e adeqüei o método à minha realidade e da igreja. Nesse mesmo ano implantamos também o ministério com Grupos de Comunhão. Aí aconteceu!... Havia sucessivas conversões, os novos convertidos eram discipulados, integrados aos Grupos de Comunhão e à igreja, e pas-savam imediatamente a discipular outros; também muitos de seus familiares se convertiam; esposos e esposas de membros da igreja (pelos quais se oravam há anos vieram também a se converter... foi uma revolução missionária na igreja).

Findamos o ano com 92 batismos, além das reconciliações e reintegração de membros afastados. Era uma alegria contagiante. Aquela igreja fria, com ar de derrota, despertou e o templo superlotou. Havia visi-tantes e conversões até nos cultos de oração. Foram 182 novos membros (por batismo) num período de dois anos. Uma das congregações foi organizada em Igreja.

Para atender à necessidade de acomodação dividimos a escola bíblica em dois horários e instalamos cir-cuito fechado de TV para os cultos à noite (principalmente nos dias especiais). O discipulado empolgava os membros da igreja. Atingíamos agora seis classes de treinamento na escola bíblica, com uma média de 150 alunos (no discipulado).

A próxima etapa foi no pastorado na PIB em Cel. Fabriciano. Nesse novo ministério, apesar dos resultados serem menores, mesmo assim, em dois anos e cinco meses,

batizamos 81 pessoas. A próxima experiência foi na Igreja Batista de Acari, no Rio de Janeiro. Acari era uma igreja com cerca

de 700 membros, na época; uma admirável folha de serviço e campanhas de ofertas missionárias, um grande patrimônio, saindo de um período de longo pastorado.

Ali chegamos à casa dos 500 batismos e mais de 200 membros da igreja treinados no ministério de disci-pulado. Alguns deles alcançaram à quarta, quinta e sexta gerações e continuam discipulando outros (até ho-je). Houve membros que discipularam mais de trinta pessoas (cada um). O atual pastor converteu-se, foi dis-cipulado, casado e ordenado ao ministério naquele período. Durante aquele ministério foram organizadas du-as novas igrejas.

A experiência na PIB do Barreiro foi diferente em virtude de ter encontrado a mesma no Ministério de Igreja em Células, porém, por questões éticas preferimos não tecer maiores comentários, apesar de ali terem sido batizadas mais de duzentas pessoas durante o nosso ministério e organizada uma Igreja com 90 mem-bros.

Espero que este trabalho contribua para a bênção que você está esperando para o seu ministério. Receba os testemunhos aqui descritos somente como a comprovação de que é uma obra de Deus. Que Ele sempre o fez, está fazendo e o fará com todo aquele que obedecer à ordem do seu Filho: “Fazer discípulos”. Deus vai abençoá-lo também. Sua Palavra diz que “Ele é galardoador de todos os que O buscam", que aquele "que ceifa recebe galar-dão, e ajunta fruto para a vida eterna". Então chegou sua hora também. Com toda certeza, Deus já está operando através de sua vida e este material chega às suas mãos como um complemento ou, quem sabe, até, uma confirma-ção de que você já está no caminho certo para "dar muito fruto".

Veremos, a seguir, exemplos do discipulado e expansão da Igreja em o Novo Testamento.

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2. O DISCIPULADO

EM O NOVO TESTAMENTO

O Novo Testamento demonstra que a principal missão da Igreja é fazer discípulos: Mat. 28:18-20. Os exemplos a seguir comprovam que este foi o método de Jesus, e que deve ser praticado por todos que se tor-nam seus seguidores (discípulos).

2.1. Quantos foram os primeiros apóstolos de Jesus? Mc. 3:14a - ______ - Note que Jesus não começou pela liderança religiosa e nem com a sociedade proeminente. Estes foram al-cançados e envolvidos mais tarde. Assim, Jesus demonstrou que o discipulado pode ser ministrado a pessoas de todas as classes sociais. Aos pastores que procuram se justificar dizendo que não têm membros da Igreja realmente empenhados, e que o grupo que demonstra interesse pelo evangelismo é sempre muito pequeno, lembro que Jesus não começou com uma multidão, mas, sim, com apenas doze, os quais, aos olhos humanos, não eram a chamada “nata” social. Dificilmente, escolheríamos pescadores, cobradores de impostos, homens temperamentais e incultos para um empreendimento que alcançaria governadores, presidentes, reis e revolu-cionaria o mundo. Desse modo, reafirmo, que o Reino de Deus pode ser expandido com qualquer pessoa, de qualquer classe social, religiosa, política, estatura ou cor, que se ponha em Suas mãos e se deixe usar por Ele.

2.2. Para que Jesus os nomeou? - Observe que o texto tem dois objetivos: 2.2.1. Mc. 3:14b - ________________________________________ 2.2.1. Mc. 3.14c - _________________________________________

- Antes de saírem para pregar, eles precisavam "estar com Jesus". Talvez aqui resida o fracasso de muitos pregadores e discipuladores: sair para enfrentar "as portas do inferno" sem terem estado com Jesus. É verda-de que Jesus começou com homens simples e incultos, mas também é verdade que o segredo do sucesso no discipulado é o tempo que se passa com Jesus. Sobre esse assunto falarei mais adiante.

2.3. Após a ascensão de Jesus, a quanto foi elevado o número de discípulos? At. 1:15 - ________________ - Notamos aí uma multiplicação de 12 vezes 10. Jesus não começou com uma multidão, mas seus discípulos deveriam se multiplicar. E foi o que aconteceu: Agora eles são 120.

2.4. Após a mensagem de Pedro, quantas novas pessoas se uniram à Igreja? At. 2:41 - _________________ - Você se lembra quem levou Pedro a Jesus? (João 1:40-42). André agora se multiplica através de Pedro, em quase três mil almas. É comum acontecer que muitos, após serem levados a Cristo, se multiplicam em milha-res de outras vidas. Invista no discipulado porque "é Deus quem dá o crescimento" (I Co. 3:6-7).

2.5. Em quais dias da semana a Igreja crescia? At. 2:47 - ________________________________________ - A Igreja não esperava até domingo, no culto da noite, no final do sermão do pregador, para alguém ser sal-vo. Havia um crescimento diário da Igreja. Quando temos grupos de discipuladores ou Grupos de Comunhão, experimentamos o crescimento da igreja em diferentes dias da semana, através dos membros da igreja que vão se multiplicando nos lares, escolas e locais de trabalho.

2.6. O discipulado resultou na formação de um grupo de quantos homens? At. 4:4 - ___________________ - Aqui temos os dados quantitativos apenas dos homens, sem as mulheres, tão grande era esse número. Cons-tata-se então o impressionante crescimento da Igreja, apesar da oposição e perseguição predominantes.

2.7. Como se tornava a Igreja mediante a ação discipuladora dos seus membros? At. 5:14 - _____________ _______________________________________________________________________________________ - Agora as mulheres são também incluídas: Era uma multidão crescendo cada vez mais!

2.8. Apesar de proibirem os apóstolos falar no nome de Jesus, o que as autoridades reconheceram que os discípulos fizeram em Jerusalém? At. 5:28 - ____________________________________________________ - A Igreja que discipula e realiza encontros de Grupos de Comunhão, se distribui por bairros e ruas, condo-mínios fechados e favelas, apartamentos, mansões, becos e valados. Vidas preciosas para Deus são alcança-das ali mesmo onde estão. A igreja "enche a cidade da doutrina" do Senhor. Ela "mina as bases do inferno".

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2.9. Conforme Atos 6:1 “crescia o número de ____________________”.

- Os novos convertidos não eram apenas agregados à Igreja. Eles eram discipulados; tornavam-se discípulos do Senhor.

2.10. Os discípulos eram somados ou multiplicados? At. 6:7 _________. - Exemplo 5+5=10; porém, 5x5=25. O membro da igreja não deve ser somado em apenas mais um (o que seria um grande resultado). Eles devem ser multiplicados. Em nossa experiência ministerial temos visto membros se multiplicando em outros cinco, dez... e até caso de diversos irmãos que discipularam em mais de trinta outras pessoas.

2.11. Qual foi a produção da "boa terra" na "Parábola do Semeador"? Mt. 13:23: Um produziu _____________; outro produziu ______________; e o outro produziu _______________. - A verdade é que temos três tipos de produção na boa terra. Em qual dessas situações você se encontra no momento? Você poderia mostrar, pelo menos, seus trinta frutos para o Reino de Deus? Isso não quer dizer que pretendemos ser "literais" quanto aos números aqui apresentados, mas os tomamos apenas como referen-cial de multiplicação, uma vez que foram citados por Jesus.

2.12. Conforme Isaías 60:22, qual é a promessa do Senhor para: a) O mais pequeno _____________________________________________________________________ b) O mínimo _________________________________________________________________________

- Entre os componentes de minha primeira classe de discipulado em Muriaé, estava também a irmã Sara, uma senhora de aproximadamente sessenta anos de idade, baixinha, analfabeta, rosto enrugado e marcado pelos sofrimentos e provações da vida. Eu ficava meio incomodado com sua presença ali, principalmente porque na ministração dos estudos de discipulado precisamos ler e escrever. A expressão facial dela era de quem estava entendendo quase nada do treinamento. Porém participava de todos os treinamentos, apesar de não ler, não anotar e nem fazer qualquer pergunta. Quando o grupo estava pronto para começar o discipulado não dei para a irmã Sara o nome de ninguém para ser visitado ou acompanhado. Entretanto, numa manhã, ela chegou ofe-gante ao meu gabinete, dizendo:

__ Pastor... pastor... o moço do sacolão! __ O que houve com o moço do sacolão, irmã Sara __ perguntei-lhe. __ O moço do sacolão disse que gostaria de aceitar Jesus. Eu estava falando de Jesus e ele me disse que de-

seja entregar a vida para Jesus. __ E por que a senhora não lhe apresentou o Plano de Salvação? Ela fez uma cara de estranheza. É que eu

não lhe havia ensinado o Plano de Salvação. Então, fui com ela àquele sacolão e, de fato, “o moço” queria aceitar Jesus. Apresentei-lhe o Plano de Salvação e ele, ali mesmo, entregou sua vida ao Senhor. Integrou-se à igreja, foi discipulado e batizado. A esposa dele também se converteu, foi discipulada e batizada; da mesma forma, a filha e uma irmã dele. Houve um período em que a esposa dele esteve discipulando cinco novos convertidos. Outras pessoas se converteram próximo àquela casa e abri um Grupo de Comunhão com os no-vos crentes da região onde ele morava, vindo, o Mário Veloso (o moço do sacolão), a ser o líder daquela no-va frente de expansão da igreja.

Quem foi o principal instrumento de Deus para alcançar aquelas vidas preciosas? Sara, exatamente ela, com todas as suas limitações naturais, culturais e físicas. O Grupo de Comunhão que funcionava em sua casa era o mais concorrido, porque ela, na sua simplicidade, fazia o trabalho de visitação, convite e amizade, en-volvendo e atraindo muita gente. Cumpriu-se nela, literalmente, o mais pequeno virá a ser mil e o mínimo, uma nação forte.

2.13. Por quais lugares os discípulos anunciaram a Palavra? At. 8:4 - _______________________________ - No discipulado acontece a expansão da igreja por toda parte: Casas, apartamentos, condomínios fechados, favelas, becos, meio rural... onde houver uma vida preparada para ouvir a Palavra de Deus será possível des-cobri-la e alcançá-la, porque cada discipulador desenvolverá a consciência de buscar um novo discípulo e não esperar que este venha até ele.

2.14. Leia Atos 9:31 e responda: a) Onde são encontradas igrejas? __________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________ b) O que tinham essas igrejas? ____________________________________________________________ c) O que lhes acontecia? _________________________________________________________________

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- Paz e multiplicação são o resultado natural para as igrejas que discipulam. Cumpre-se então a Palavra de Deus quando diz não prosperará nenhuma arma forjada contra ti (...), e as portas do inferno não prevale-cerão contra ela (Is. 54:17; Mt. 16:18).

2.15. Quantas vidas se converteram em Lida e Sarona? At. 9:35 ______ - Temos dois casos na Bíblia em que toda uma cidade se converteu ao Senhor com a pregação de um homem de Deus. O primeiro foi Nínive, com a pregação do profeta Jonas, e o outro é este aqui, em que duas cidades inteiras se convertem. Deus continua atuando e querendo salvar cidades inteiras. Ele procura homens e mu-lheres que resolvam obedecer à sua Palavra. Comece ainda hoje.

2.16. Onde, em Jope, foi anunciado o Evangelho? At. 9:42 - _____________________________________ - A ação discipuladora deve se dirigir a toda a cidade. Aliás, isso só é possível, mesmo, através do discipula-do e de pequenos grupos nos lares, visto que, na maioria das vezes, a igreja tem em seu rol membros que mo-ram bairros distantes e estes, quando treinados, evangelizam, discipulam e dão assistência às pessoas de sua região.

2.17. Que número de conversões houve em Antioquia? At. 11:21- _________________________________

2.18. Conforme At. 17:6, o que os próprios incrédulos afirmaram que os apóstolos fizeram em todo o mun-do? ____________________________________________________________________________________ - Outra interpretação para "transtornado o mundo" é “virado o mundo de pernas para o ar” ou ainda “revolu-cionado o mundo”. E aqui está a base para a nossa compreensão do discipulado, uma revolução que se ini-ciou em Antioquia e agora é reconhecida pelos tessalonicenses como tendo "revolucionado o mundo" e che-gado até eles. O ministério de discipulado, que você realizar, não se restringirá à esfera de sua igreja. Você se tornará um canal de bênção para outros pastores e igrejas. Deus começará uma revolução no seu ministério que se refletirá por outros lugares do mundo, como um aroma de Cristo (II Co. 2:15).

2.19. Quantas e que classes de pessoas se converteram como resultado dessa revolução missionária? At. 17:12 - _________________________________________________________________________________ - Treinei a irmã Maria do Socorro. Ela discipulou a irmã Sônia, que naquele período estava meio afastada das atividades da igreja. Ela era professora de educação física na cidade; o seu esposo, médico, não era batizado, apesar de freqüentar os cultos. Maria do Socorro e Sônia se uniram e foram discipular Hilda (uma nova con-vertida). As duas filhas da Hilda também se converteram e foram batizadas. Foi neste período que o esposo da Sônia, com quem eu já vinha trabalhando há quase cinco anos, tomou a decisão de tornar pública sua fé (pelo batismo), juntamente com uma filha. Abrimos um Grupo de Comunhão na residência da Hilda, a qual deslanchou! Tivemos que multiplicá-lo em dois, depois o segundo foi multiplicado em outros dois, sendo que o terceiro veio a produzir o quarto grupo, que produziu o quinto Grupo de Comunhão. Tudo começou com a irmã Maria do Socorro (uma senhora muito amável, porém tímida), a qual se uniu a Sônia que discipulou Hilda... bem, você já sabe. Foi nesse ano que batizei 92 pessoas. A grande importância desse resultado não está no número de batismos, mas no fato de os batizandos serem discipulados, integrados e multiplicados, tornam-se frutos que permanecem (João 15:16), porque de nada adianta batizar muitos se poucos permanece-rem.

2.20. Quantas vidas Deus tem ainda nesta cidade para converter? At. 18:10 - _________________________ - Ouvi, certa vez, um pregador afirmar que não existem campos difíceis, existem, sim, líderes difíceis. Há colegas que dizem: “mas o povo daqui é diferente, eles não se importam com o Evangelho, os membros desta igreja não se empenham com o evangelismo... é um lugar muito difícil”. Deus sempre tem corações prepara-dos para ouvir a mensagem. E tanto é verdade que outro grupo religioso chega e arrebanha seus adeptos (jus-tamente naquele lugar tido como “difícil”). A palavra do Senhor aos nossos corações é que Ele tem muito povo em nossa cidade ou bairro. O que precisamos é reavaliar nossa estratégia e, principalmente, nossa de-pendência de Deus.

2.21. O que fazia Paulo em Roma, mesmo preso? At. 28:31 - _____________________________________ - Conforme vemos, Paulo estava preso e não esperou ser solto para pregar o Evangelho. Ali mesmo, algema-do a um soldado, ele anunciava o Evangelho "sem impedimento algum".

A irmã Flora era uma senhora com complicações de saúde nas áreas ortopédica, neurológica e cardíaca. Constantemente tinha fortes crises e baixava ao hospital, muitas vezes inerte. Pessoalmente, era uma doçura

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de pessoa e uma dedicada serva do Senhor. Aconteceu que o fogão da sua casa apresentou defeito, sendo convidado um técnico para consertá-lo. Enquanto observava o trabalho daquele homem ela lhe perguntou:

__ João, meu filho, qual é sua religião? __ Ah, dona Flora, eu era da Igreja Católica, mas ultimamente estou meio decepcionado e até pensando em

procurar outra religião. __ Oh, João, meu filho! Em nossa igreja estamos fazendo estudos bíblicos e, se você quiser, vou fazê-los com você.

__ Ah! quero sim, dona Flora! Então, no dia seguinte, Flora, acompanhada de uma de suas filhas, apesar de todas as suas limitações físi-

cas, subiu um imenso morro (a mais 1 km de sua casa) e foi ministrar discipulado a João e a esposa dele. Os dois foram ao culto de oração (numa quarta-feira), entregaram suas vidas a Jesus e depois foram batizados. Converteram-se, e também foram batizados, os dois filhos do casal, uma família de vizinhos do lado direito, outra família do lado esquerdo e outra em frente à casa do João, além de membros de outras famílias. Se a irmã Flora fosse esperar até ficar curada de todas aquelas enfermidades, dificilmente seria um instrumento de Deus para discipular tantas pessoas.

Foi criado um Grupo de Comunhão naquele local e João veio a ser o seu líder. Este Grupos de Comunhão cresceu e depois teve que ser desdobrado em dois.

Agora chegamos a um ponto de profunda reflexão. Deixe que o Espírito Santo fale ao seu coração e res-ponda:

2.22. Como podemos glorificar o nome do Pai? João 15:8 - ______________________________________ - Esta afirmação de Jesus: nisto é glorificado o meu Pai, é impactante! Nesse caso, quem não produz muito fruto é uma desonra para Deus. As conseqüências dessa desonra ao Pai estão relacionadas no próximo ponto. Lembramos que, ainda que nesse texto possamos encontrar evidência da produção do "fruto do Espírito", conforme Gl. 5:22-23, o fundamento desse ensino é sobre a produção de vidas para o Reino de Deus.

2.23. O que acontece a quem não produz muito fruto? João 15:2, 5-6 - ______________________________ _______________________________________________________________________________________

2.24. Para você, Jesus disse essas palavras apenas para impressionar? _______ nesse caso, elas são verda-deiras ou falsas? ______________. Então, como estaria sua vida neste momento? Em que etapa você estaria? _______________________________________________________________________________________ - Ressalvamos que as conseqüências de não produzir muito fruto (nesse texto) se aplicam à perda da comu-nhão com Deus e de suas bênçãos espirituais, como é confirmado no verso 16, e não se trata da perda da sal-vação ou de que o crente será lançado no fogo do inferno por ser improdutivo. Entendemos que ele será cor-tado da comunhão com Deus, será colhido pelas conseqüências desse desligamento espiritual, perderá a ale-gria da salvação, terá uma vida seca e será colhido pelo vazio e tormento dessa condição espiritual. Reco-mendamos a leitura dos seguintes textos para confirmar a certeza da salvação e os prejuízos espirituais da-quele que ignora a santificação e, em desobediência à Palavra de Deus, constrói mal sua “casa”: João 5:24; 10:27-29; I Cor. 5:5; 3:11-15; I Pedro 4:12-17; Heb. 10:25-31; 12:1-29.

2.25. Para que Jesus nos escolheu? João 15:16a - _______________________________________________ - Nota-se que a ênfase é ir e dar fruto. Tem havido uma discussão a respeito do tempo do verbo ir: se é vades ou indo. Para mim, tanto faz. O que importa é o seguinte: No vades ou indo houve produção? E que tipo de produção? É muito fácil apresentar um relatório de milhares de folhetos distribuídos, como já o fiz; ou de de-zenas de casas pedindo estudos bíblicos. A minha pergunta continua sendo: Qual foi o resultado? Onde estão os frutos? Eles permaneceram? Estão produzindo outros frutos? Bem, se sua resposta é positiva, então sua conta nos céus não tem limites. Jesus disse que você receberá "tudo" o que pedir ao Pai em nome dele! Esta deve ser a resposta do próximo ponto.

2.26. Qual é o resultado de produzirmos "fruto que permaneça"? João 15:16b - _______________________ _______________________________________________________________________________________ - Sabemos que há outras condições estabelecidas (na Palavra) para alguém receber tudo o que pedir, confor-me João 15:7 e outros textos. O que salientamos aqui é que há uma bênção especial para quem produz fruto que permaneça. Isso porque, volto a lembrar, as únicas vezes em que a Bíblia registra que há alegria nos céus, é quando um pecador se arrepende (Luc. 15:7 e 10). E então, vamos alegrar ainda mais os céus?

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3. A TAREFA DE “FAZER” DISCÍPULOS

Qual é, exatamente, nossa proposta? Jesus ordenou que seus apóstolos fizessem discípulos e lhes ensi-nassem todas as coisas que Ele tinha mandado (Mt. 28:19). Jesus queria que os apóstolos fizessem discípulos à semelhança do que fizera com eles. Ele dera o exemplo; agora os discípulos deveriam imitá-Lo.

Jesus andou com eles, ensinou-lhes sobre perdão, oração, amor, renúncia, Reino de Deus, vida eterna, missões e outros ensinos básicos da fé cristã. Jesus investiu neles. Jesus deu a sua vida por eles.

Discipulado é, portanto, o fruto de relacionamentos, convivência, acompanhamento, ensino e, principal-mente, transformação e edificação de vidas para chegar à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. É dar assistência a uma pessoa, procuran-do torná-la semelhante a Cristo: Ef. 4:12-13. Nisso reside uma das grandes responsabilidades do discipula-dor, porque ele próprio precisa estar crescendo, tendo como alvo a estatura da medida completa de Cristo.

Numa de suas cartas, Paulo disse que ainda sentia as “dores de parto” pelos crentes da Galácia, e que “gerou” Onésimo nas suas prisões (Gl. 4:19 e Fm. 10). Muitas vezes, a formação de um discípulo torna-se para nós como um trabalho de parto. Mas depois que o discípulo “nasce” dá-nos uma alegria indescritível (João 16:21).

É importante salientar ainda que, no discipulado, buscamos aqueles que Deus tem preparado o seu cora-ção (como Paulo encontrou Lídia em Filipos: Atos 16:14) a fim de fazê-los discípulos de Jesus. O que pre-tendemos dizer com isso é que o nosso alvo deve ser a busca de vidas acessíveis à mensagem ou ao discipu-lado. Aqueles que não estiverem preparados, não devem ser “forçados” a ouvir a mensagem ou a se tornar discípulos de Jesus.

Como isso pode acontecer?

3.1. Relacionar nomes de: a) Novos convertidos – É comum em nossos cultos que vidas aceitem a Jesus, demonstrando assim inte-

resse na salvação de sua alma. Esses novos convertidos, muitas vezes, são perdidos nos primeiros dias de vi-da cristã para outros grupos religiosos ou simplesmente são abandonados e não são integrados à igreja. Ou-tros chegam até o batismo, mas não têm crescimento espiritual satisfatório por falta de assistência de um crente treinado no discipulado. Porém, quando discipulados, não somente têm maiores chances de integração como também seus familiares podem ser alcançados pelos estudos realizados no seu lar, e eles tendem a se multiplicar porque também farão discipulado com mais alguém. Como você percebe, o novo convertido é o nosso primeiro alvo no discipulado.

b) Interessados no Evangelho - Não é necessário ir muito longe para encontrar pessoas perdidas, porém interessadas no Evangelho de Cristo. Inúmeras delas estão em nossos cultos (muitas vezes semanalmente). Não fazem uma decisão por falta de maiores esclarecimentos sobre o que seja ser um cristão e por terem cer-tas dúvidas doutrinárias. Porém, quando recebem a assistência de um evangelista ou discipulador treinado, essas pessoas tendem a fazer sua entrega a Jesus e a também se tornarem discipuladoras. No meu ministério, isso tem acontecimento com dezenas de vidas. Aliás, a maioria das decisões que ocorreram foi oriunda de vidas trabalhadas por um discipulador. Inúmeras vezes, discipuladores me disseram (num culto de meio de semana): pastor, hoje temos uma pessoa no culto que veio preparada para fazer sua decisão publicamente. Então, eu só “balanço a árvore e colho os frutos”;

c) Familiares de membros de nossa igreja - É muito grande o número de parentes de irmãos de nossas igrejas que, se assistidos no seu lar, virão a fazer sua decisão por Cristo.

A irmã Ilma me procurou pedindo que visitasse seu esposo e lhe falasse de Jesus. Eu o fiz e ele se deci-diu e foi batizado. Já a irmã Márcia era uma crente excluída da igreja e meio “arisca”. Uma jovem senhora inteligente, filha de crentes, mas que se ressentia de algumas lembranças do rigor religioso a que foi submeti-

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da na infância. Fizemos um paciente trabalho até ver aquela irmã reconciliando-se e integrando-se à igreja. O esposo dela, também uma pessoa admirável (porém de formação espírita), aceitou que eu fizesse estudos bí-blicos. Concluí toda a série de estudos e, apesar de ter aceitado a Cristo, não se decidiu para o batismo. Dei-xei o pastorado naquela cidade sem vê-lo batizado. Meses depois, recebi um telefonema. Era ele que, alegre-mente, me comunicava que iria ser batizado e dizendo-me que eu era a primeira pessoa a receber aquela notí-cia. Eu havia batizado também um dos seus filhos. Hoje, são bem-sucedidos empresários, estão firmes no Senhor e têm uma consideração especial para comigo. Eu também os amo muito. Valeu a pena investir tempo naquelas vidas e vale a pena investir nos familiares de crentes;

d) Crentes excluídos ou afastados - A Bíblia tem uma promessa especial para quem ajuda um irmão afas-tado a voltar para o caminho (Tg. 5:19-20).

Hélio era um gerente de uma empresa de turismo. Ele fez parte do meu primeiro grupo de discipuladores em Acari (Rio de Janeiro). Ele foi incumbido de discipular Roberto e Valéria Lira, um casal de crentes exclu-ídos que estava se reconciliando com a igreja. Roberto, além de vir a ser integrado à igreja juntamente com sua esposa, tornou-se um dos maiores discipuladores de nossa equipe, produzindo dezenas de frutos para o Reino de Deus. Pouco tempo depois, batizei também a mãe do Roberto; a irmã dele reconciliou-se com a i-greja, batizei seus dois filhos e mais uma sobrinha. Hélio, apesar de ser um homem muitíssimo ocupado, con-tinuou discipulando e integrando dezenas de vidas à igreja. Uma das pessoas que ele discipulou veio a ser o patrocinador do discipulado numa igreja batista de um bairro vizinho. São inúmeras experiências que se su-cedem. Você pode imaginar a bênção que é o discipulado para essas pessoas, para a igreja e, principalmente para o Reino de Deus? Temos todo esse público diante dos nossos olhos. Por que o negligenciamos?

Outro grupo que pode ser nosso alvo é constituído de... e) Amigos, vizinhos e colegas dos membros da igreja - Esse público, então, é imenso. Tito era relojoeiro

e, como ele mesmo compartilhou: "há 18 anos que eu era crente e nunca tinha levado alguém aos pés de Cris-to". Participou de uma classe de discipulado, apresentou o Plano de Salvação para os colegas de trabalho. Três deles se converteram, foram batizados e passaram a discipular outros. Um deles tornou-se o líder do dis-cipulado naquela igreja.

Vemos que o campo realmente está pronto. Faltam-nos os ceifeiros. Eles estão em nossas igrejas, é só treiná-los e tornar-se-ão abençoados trabalhadores na Seara do Mestre.

3.2. Ministrar estudo na primeira visita - Ao visitar um novo convertido, você deve realizar o primeiro estu-do na primeira visita, ainda que seja uma visão parcial do mesmo. Isso é importante porque demonstra logo para o discipulando que o assunto é interessante e que o tempo não é longo, como fazem outros grupos reli-giosos. Entretanto, quando a visita for para evangelização ou integração de um crente afastado, é importante que primeiro crie o ambiente, conquiste a simpatia daqueles que estão sendo visitados para, na segunda visi-ta, ministrar o estudo específico. Evite expressões como: “Gostaria de marcar um estudo com você”; ou “vim fazer um estudo com você”. Quando iniciar o estudo diga: “trouxe um presente para você... quer ver como é?... abra na página tal... o que está escrito aí?” Ao concluir, pergunte: “Podemos voltar na próxima semana?” Dessa forma você inicia o estudo de modo suave e sem criar resistência nos participantes. Eles irão gostar e desejarão continuar na próxima semana.

3.3. Definir com ele dia e horário das próximas visitas (ter cuidado para não coincidir com o horário de ou-tras atividades da igreja). Pode-se optar ainda por horário da manhã ou da tarde, conforme a disponibilidade de cada um.

3.4. Trazê-lo para a classe de integração, apresentá-lo ao dirigente e, nos cultos, sentar-se ao lado dele, aju-dando-o a encontrar os textos bíblicos. Apresente-o a outros irmãos da igreja e conduza-o à organização da qual deverá fazer parte. Visite-o em outros dias da semana e planeje recreação conjunta.

Lembre-se que discipulado não é realização de estudos, mas relacionamento.

3.5. Caso sua igreja tenha congregação ou Grupos de Comunhão encaminhe-o ao mais próximo e apresente-o ao respectivo líder.

3.6. Quando fizer estudos na casa dele, incentive-o a convidar parentes e vizinhos para também participa-rem do estudo. Você não deve mudar o estudo por causa de mais alguém presente. Tenha o novo convertido como o principal alvo. Outros convidados poderão assistir, ao mesmo estudo. Em havendo disponibilidade de tempo, e você percebendo real interesse, poderá combinar, com aqueles que não forem crentes, outro dia e horário para fazer com eles o estudo apropriado.

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O Edson, esposo da irmã Sônia, converteu-se e eu fui discipulá-lo. A Taís, outra nova convertida tam-

bém veio participar e convidou a mãe dela, dona Magda. Quando encerrei o primeiro estudo (que era para novos convertidos), dona Magda disse que iria à igreja no próximo domingo para entregar sua vida a Jesus. Então eu lhe disse que não precisaria esperar até domingo porque Jesus estava ali conosco, e que ela poderia entregar sua vida ao Senhor naquele mesmo momento. Ela o fez. Foi batizada depois juntamente com o Ed-son e a Taís, sua filha. Em seguida, uma irmã e um sobrinho da irmã Magda também se converteram e foram batizados. Edson veio a ser um dos líderes dos Grupos de Comunhão que reunia naquela região e o coorde-nador do Ministério de Casais da igreja. No discipulado, um novo convertido não somente tem menos chance de ser perdido como, principalmente, poderá vir a multiplicar-se em muitos outros.

3.7. Oriente-o a não aceitar estudos ou convites de elementos de outros grupos religiosos; e, quando estes baterem à sua porta, a dizer-lhes que já está estudando a Palavra de Deus e está satisfeito. Ainda que esta re-comendação pareça estranha, ela tem respaldo bíblico, principalmente nos seguintes textos: Mt. 7:15; Rm. 15:20; 16:17-18; Gl. 1:6-9; II João 10.

3.8. Manter controle, isto é, um mapa ou cadastro de discipuladores e discipulandos, inclusive o estágio em que cada um se encontra: Veja modelo no final desta apostila.

3.9. Comparecer às reuniões de treinamento nos dias definidos pelo líder. Nenhum discípulo deve se achar auto-suficiente ou que não precisa de treinamentos. Ainda que os estudos lhe pareçam fáceis ou que já saiba como aplicar o discipulado, seu comparecimento é indispensável, inclusive, pelo que poderá compartilhar com os demais discipuladores. É nesses encontros que nos miramos nas experiências dos demais discipulado-res ou servimos de referencial para eles. O treinamento de discipulado é um somatório de experiências, como num corpo cada membro é interdependente do outro.

3.10. Entregue, sistematicamente, o relatório do seu trabalho de discipulado, constando o estágio de estudos em que se encontra, e experiências ou sugestões que possa compartilhar. No discipulado, por lidarmos com vidas totalmente diferentes uma das outras, há sempre algo a aprender e repartir. Veja modelo no final desta apostila.

3.11. Após o treinamento da primeira revista, você deve sair com o seu discipulando para demonstrar-lhe como aplicar o discipulado a outros novos convertidos. Ao longo do estudo, seu discipulando deverá minis-trar alguns tópicos e depois os estudos completos, até que esteja dirigindo todos os demais estudos, sob sua supervisão. Algumas vezes você deverá faltar à ministração do estudo para que o seu discipulando comece a assumir sozinho a ministração dos estudos com o discipulando dele. Ao findar essa revista, ele deverá sair com aquele novo discípulo para discipular outro novo convertido (ou evangelizar alguém), mas você conti-nuará relacionando-se com ele e fazendo estudos com o mesmo, bem como acompanhando-o à casa do novo discípulo onde você o ensinou a discipular. Isto é, você ministrará a ele o curso completo e acompanha-lo-á na ministração também do curso completo ao próximo discípulo. Ele fará o mesmo com o seu discipulando, e assim sucessivamente. Dessa maneira estará desencadeada uma poderosa multiplicação de discípulos.

4. COMO INICIAR OS ESTUDOS NA RESIDÊNCIA DE UM DISCIPULANDO

Após estudar a primeira lição do material adotado, você deve receber um nome para ser discipulado. Es-se nome é de alguém que pediu visita, ou um estudo bíblico; pode ainda ser um novo convertido ou um cren-te afastado. Você está munido do estudo próprio para aquela pessoa, além de caneta, Bíblia, e se faz acompa-nhar de um auxiliar (o companheiro de discipulado). Agora se dirige à casa do(s) futuro(s) discípulo(s). Ob-serve esses passos que, apesar de simples, são fundamentais no trabalho que vai você realizar.

4.1. É imprescindível que você faça contato, antecipadamente, combinando o horário da visita. Ao chegar, identifique-se e apresente o seu companheiro de equipe. Diga que está fazendo uma visita e gostaria de orar por ele e sua família. Se não for convidado, peça permissão para entrar por um instante; procure sentar-se de frente para o discipulando; o auxiliar deve sentar-se ao lado dele para ajudá-lo a encontrar os textos bíblicos

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ou compartilhar a Bíblia. Na medida do possível, o seu (ou sua) auxiliar deverá sentar-se ao lado de alguém do mesmo sexo. Diga que lhe trouxe um presente e entregue-lhe o estudo bíblico; pergunte se ele tem Bíblia e se há mais alguém em casa e convide-o a participar da oração que você irá fazer.

4.2. Pergunte se algum dos presentes tem pedido de oração, e ore objetivamente, sem frases rebuscadas ou impostação de voz. A oração precisa ser especificamente em favor dos pedidos apresentados. Inicie o estudo natural e discretamente. Evite anunciar: “agora vamos iniciar o nosso estudo”.

4.3. Esquive-se de questões polêmicas. Lembre-se que você tem um alvo e ele precisa ser atingido. Caso surjam essas questões, informe que poderão conversar sobre as mesmas no final do estudo, se houver tempo, ou em outra data que você combinará. Se não tiver condições de respondê-las busque ajuda e, no momento adequado, procure atender à curiosidade do discipulando. Lembre-se que tudo é importante para ele. Se você o valorizar ele também valorizará você.

4.4. Tanto você quanto seu auxiliar devem estar equipados com a Bíblia e o material necessário àquele en-contro (caneta, ficha do decidido, folha de relatório e, é evidente, o material do estudo daquele dia).

4.5. Se o estudo for dirigido ou tiver perguntas, não se apresse em respondê-las. Incentive o discipulando a encontrá-las. Caso ele tenha deixado respostas em branco ou incorretas no estudo da semana anterior, releia a questão, releia o texto bíblico e ajude-o a encontrar a resposta.

4.6. O tempo de estudo nunca, mas nunca mesmo, deve passar de uma hora. Se possível, realize-o em me-nos tempo. Não importa o quanto o discipulando esteja interessado e você saiba as respostas às suas indaga-ções. Isso normalmente se converte em arma do inimigo contra o próprio discipulado e você acaba perdendo aquele novo convertido. Você não precisa exibir conhecimentos. Ministre a cada semana, no período de uma hora, o estudo e não passe disso, sob nenhum pretexto. Discipline-se a si mesmo, e será abençoado nesse tra-balho!

4.7. Se ele lhe servir lanche, você precisará ter cuidado para isso não se constituir em obstáculo nos próxi-mos encontros. Dependendo da liberdade que tiver, sugira apenas um cafezinho, etc.

5. DIFICULDADES, E COMO SUPERÁ-LAS

Durante o estudo poderão ocorrer alguns imprevistos. Esteja preparado para eles. Não se esqueça de que são comuns a esse tipo de trabalho. Peça a direção do Espírito Santo para cada situação, observando o seguin-te:

5.1. Caso o discipulando não se encontre em casa, ou não possa recebê-lo, volte outras vezes ou combine um melhor horário.

5.2. Se ele demonstrar que ainda não fez a entrega de sua vida a Jesus ou disser que no dia do apelo apenas queria oração, pergunte-lhe se mesmo assim você poderia continuar visitando-o. Nesse caso, é melhor substi-tuir o estudo “O Novo Convertido” pelo "Boa Notícia", conforme veremos mais adiante. Trate-o com amor. Muitos frutos só vingam depois.

5.3. Se perceber que ele não está interessado em continuar o estudo, não se ofenda, procure resumi-lo, ore com ele e volte na semana seguinte. O discipulador deve sentir o "clima" na casa do discipulando e ser coe-rente. Se perceber que ele está mais interessado na televisão do que no estudo ou sua visita, resuma o estudo e volte na semana seguinte. Caso a TV ou outro aparelho de som esteja ligado (e ele nem o perceba), pergun-te se não poderia baixar um pouquinho o volume.

5.4. Se em algum dia ele não puder recebê-lo, faça uma oração e volte na semana seguinte; não force; seja educado e compreensivo. Lembre-se que os estudos são apenas ferramentas. O mais importante é atenção e relacionamentos.

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5.5. Durante o estudo poderão ocorrer imprevistos. Enfrente-os com naturalidade; evite irritação. Nessas

horas o auxiliar poderá dar importante apoio (no caso de crianças, por exemplo, ele poderá dar-lhes atenção ou sair um pouco com elas). Volto a reafirmar que: O mais importante no discipulado não é o estudo, mas, sim, a atenção e carinho do discipulador. Nossas atitudes marcam muito mais positivamente, do que as nos-sas palavras.

5.6. Esteja certo de que o Espírito Santo o ajudará na tarefa de discipular e de que Jesus estará com você todos os dias, porque Ele o prometeu (Mt. 10:20 e 28:18-20).

6. BÊNÇÃOS E IMPORTÂNCIA DO DISCIPULADO

O que acontece e quais são os resultados do discipulado? Quem é beneficiado com esse trabalho, e qual é o seu alcance? A seguir pontificamos algumas das muitas bênçãos e da relevância do discipulado:

6.1. Proporcionará, a você mesmo, crescimento doutrinário e espiritual. O primeiro grande beneficiado é o próprio discipulador. Quando nos tornamos canal de bênção, nos constituímos o canal por onde a bênção flui. Sabemos também que quem mais aprende é aquele que ensina. Você estará sempre atualizado e aprendendo novas verdades da vida cristã.

6.2. Você terá a alegria de acompanhar o crescimento e desenvolvimento de vidas preciosas, como verda-deiras crianças, e ajudá-las nas suas dúvidas e possíveis períodos de crise. Lembre-se: Por mais bem dotado que seja um novo convertido ele é um recém-nascido e precisa de cuidados especiais.

6.3. No discipulado podem ser envolvidas pessoas da igreja que não sabem trabalhar em outras áreas, mas são grande bênção como discipuladoras. Muitas vezes, cristãos completamente apagados, tornam-se verda-deiros gigantes na arte de fazer discípulos.

Leandro, um garoto de 15 anos, tímido, de físico aparentemente frágil, encontrou no discipulado uma das grandes realizações de sua vida. Ele assimilou tão bem o programa, que veio a liderar uma classe de discipu-lado, da qual faziam parte jovens, adultos (alguns com mais de 50 anos). Tornou-se também líder dos adoles-centes e um excelente pregador. O que pretendo dizer com esse exemplo é que, no discipulado, há lugar para todos, até mesmo para aqueles de quem, comumente, não esperamos um envolvimento tão grande numa obra que demanda entusiasmo e disposição.

6.4. Possibilitará a provável criação de Grupos de Comunhão, frentes missionárias, congregações e igrejas. Já compartilhei inúmeras experiências ao longo deste estudo. Quando fui para o seminário (no Rio de

Janeiro), dirigi uma Frente Missionária, organizada na residência de uma irmã que fez do seu lar um ponto de oração e estudos bíblicos para os vizinhos; foi a saudosa "Tia Ana", em cuja casa nasceu a Igreja Batista "Novo Horizonte", no bairro de Todos os Santos. Na Igreja Batista de Acari, consolidamos e organizamos em igreja duas frentes missionárias (iniciadas no ministério anterior): nas cidades de São Sebastião do Paraíso - MG e Arapoti - PR. Na PIB do Barreiro, organizamos a Igreja de Vila Pinho (com 90 membros) e criamos a Congregação do Buritis. Essas experiências estão se repetindo por todo o Brasil. Funciona mesmo... Experi-mente!

6.5. Desencadeará uma explosão de discipulado e alegria contagiante em toda a igreja. Parece que a alegria que há nos céus e diante dos anjos de Deus se reflete na vida da igreja: Luc. 15:1-10. Ao deixarmos o pasto-rado da Igreja Batista de Acari, fomos sucedidos naquele ministério por um jovem que foi discipulado, casa-do e ordenado ao pastorado durante nossa estada à frente daquela igreja (como já mencionamos anteriormen-te).

6.6. Tirará a igreja das "quatro paredes" para cumprir sua missão prioritária: FAZER DISCÍPULOS: Mt. 28:19-20.

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6.7. O discipulado é uma atividade que poderá ser praticada por igreja ou grupo de qualquer tamanho; basta

ter alguém motivado para a obra. Essa pessoa, se adequadamente treinada, poderá vir a multiplicar-se em de-zenas, centenas e até em milhares de outros discípulos. No meu ministério (como já compartilhei anterior-mente) tenho treinado irmãos que discipulam 10, 20, 30... cada um.

Tomemos como exemplo os seguintes dados: Uma igreja que treine um grupo de 10 pessoas, sendo que elas formarão cinco duplas, as quais passem a discipular (cada dupla) apenas uma pessoa por trimestre, pode-riam chegar aos seguintes resultados:

- 1o. Trimestre: 15 discípulos (os 10 treinados, mais 5 novos discípulos) - 2o. " 22 " - 3o. " 33 " - 4o. " 50 "

* Em apenas um ano teria cinco vezes mais que o grupo iniciado.

- Em 2 anos 256 discípulos - Em 3 anos 1.297 " - Em 4 anos 6.567 " - Em 5 anos 33.250 "

* Numa Progressão Geométrica teríamos, em 9 anos, 356.000.000 de pessoas discipuladas. Sabemos que essa multiplicação não é tão espontânea, porque ela não se desenvolve tão perfeitamente

assim; mas, se houvesse uma perda de 90%, teríamos o resultado de 35.600.000; se a perda fosse de 99%, o resultado seria de 3.560.000; se o aproveitamento fosse de apenas 0,1%, mesmo com essa fração insignifi-cante, ainda assim, o resultado seria assombroso: 356.000 novos discípulos. Poderíamos fracionar ainda mais o resultado que, mesmo assim, seria tremendamente compensador. Isso significa que o investimento no dis-cipulado, por mais improdutivo que seja, resultará em grandes bênçãos e crescimento do Reino de Deus.

Ah, meu irmão! veja quanto tempo tem perdido com reuniões e ativismo infrutíferas. Aproveite as opor-tunidades que Deus lhe dá e comece, hoje mesmo, a discipular. Sua vida será grandemente abençoada e terá mais objetividade; sentir-se-á mais realizado e se tornará um canal de bênçãos para outras pessoas. Experi-mente!

7. ORIENTAÇÕES COMPLEMENTARES

Além das sugestões (até aqui) dadas, destacamos ainda alguns princípios gerais que norteiam o minis-tério de discipulado.

7.1. Quando for ministrar estudos, leve consigo um auxiliar. Este deve permanecer em silêncio e somente falar quando solicitado. É prudente sentar-se ao lado do discipulando e ajudá-lo a encontrar os textos bíblicos e, nos casos de pessoas com dificuldade (de leitura), ler os textos bíblicos para elas.

7.2. Ao concluir a primeira revista (ou livro), providenciar para que ele receba um certificado. E assim, ao final de cada etapa (livro), ele receberá um certificado, de preferência diante da igreja, tendo os discipulado-res ao seu lado, para despertar aqueles que ainda não participam do ministério.

8. LITERATURA SUGERIDA

Aqui talvez esteja um dos pontos cruciais na tarefa de fazer discípulos. Creio que todos concordam que a melhor de todas as literaturas é a Bíblia. E que o melhor “material” é o exemplo (no relacionamento pessoal), mesmo porque Jesus mandou que ensinássemos "todas as coisas que" Ele nos tinha mandado. E o que Ele mandou está na Bíblia. Mas reconhecemos que não é tão simples entender a Palavra do Senhor, daí haver a necessidade de treinar pessoas para ensinar (II Tm. 2:2). Nossa primeira experiência foi escrevendo

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lições conforme nossa realidade, visto que ainda não conhecíamos outra literatura apropriada para o discipu-lado. Com o alargamento da experiência, após testar e até sugerir outras obras, vimo-nos compelidos a escre-ver um material que melhor retratasse a realidade do público que desejávamos alcançar, mas lembramos que, no discipulado, o ponto mais importante é a atenção e os relacionamentos. Isso marca mais do que todos os estudos que ministrarmos. Então, a literatura que temos produzido e que sugerimos é a seguinte:

8.1. Para novos convertidos:

a) “O Novo Convertido” – Lições que ensinam o novo convertido a ler e a estudar a Bíblia, bem como a orar. Esta obra trata das doutrinas básicas da fé, com a vantagem de dedicar os últimos capítulos ao treina-mento do novo convertido, em discipular outros novos convertidos ou interessados no Evangelho. Em segui-da deve ser aplicado “Estudando a Bíblia”.

b) “Estudando a Bíblia” – Estudos que instruem o novo convertido desde a criação do mundo, passando pela história do povo de Deus, bem como, a vida, a obra e os ensinos de Jesus. Em seguida podem ser aplica-dos os estudos nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João (também de nossa autoria).

8.2. “Boa Notícia” – É uma série de estudos bíblicos para evangelização de amigos e vizinhos, parentes de membros da igreja, etc. Caso haja conversão, ao final de “Boa Notícia”, aplicar “O Novo Convertido” e “Es-tudando a Bíblia”, conforme orientação dos pontos anteriores.

8.3. Crentes excluídos ou afastados: Para estes, deve-se iniciar por “Estudando a Bíblia” e em seguida os estudos dos evangelhos. Mais tarde, agrupar outras pessoas interessadas no estudo da Palavra e formar Gru-pos de Comunhão. Estes estudos, pela sua objetividade e conteúdo, muito contribuem para o conhecimento e interpretação da Palavra de Deus. É o discípulo em contato direto com a Bíblia.

9. O FUNDAMENTO DO DISCIPULADO

O que dá sustentação ao discipulado? Quais são suas bases para o sucesso? Como realmente começá-lo de modo a ter continuidade, percorrendo seu bairro, sua cidade, seu estado e o mundo? Preste atenção, com o coração aberto, no que é sugerido a seguir, e que Deus o abençoe!

Todo discipulado precisa começar com oração. É o primeiro passo. Negligenciar a oração para um empreendimento tão significativo é estar fadado ao fracasso desde o fundamento. Jesus começou o seu minis-tério orando. Orou durante quarenta dias e quarenta noites. Antes de chamar os doze apóstolos passou a noite em oração. E durante todo o seu ministério dedicou muito tempo para estar com o Pai.

Nenhum ministério espiritual pode começar com a mera técnica ou estratégia humana, por mais bem intencionado que seja. Devemos nos lembrar que o ministério de discipulado é uma batalha espiritual (Ef. 6:10-19) e um confronto com "as portas do inferno" (Mt. 16:18). É estar como ovelhas no meio de lobos (Mt. 10:16). Precisamos de anjos acampados ao nosso redor e da mão do Senhor estendida para abençoar.

Então, o primeiro passo é investir tempo com Deus, procurando conhecer a sua vontade. Para tanto, a oração deve ser acompanhada do estudo da Palavra de Deus, de um modo especial, "comendo a Palavra". Je-sus disse que sem Ele nada poderíamos fazer (João 15:4-7). É preciso estar nEle e Ele em nós. É preciso sua Palavra estar em nós e nós na Sua Palavra. Precisamos ter Sua orientação sobre nomes de pessoas que com-porão nosso quadro de discípulos; precisamos saber a hora certa de iniciar o ministério, precisamos de Sua inspiração e bênção sobre o trabalho. Assim, estando lançado o fundamento, agora você terá os meios de construir o seu ministério de discipulado.

CONCLUSÃO

O que acabei de compartilhar, não é algo que aconteceu na Coréia, que está acontecendo nos Estados Unidos ou que “poderá” acontecer na minha vida. Isso Deus já fez e continua fazendo, e foi unicamente pela misericórdia dEle, porque nenhum de nós poderia fazer qualquer coisa sem Jesus.

Já experimentei, algumas vezes, ver os resultados "minguarem": e o fruto parecer perdido. Isso nor-malmente tem quatro motivos básicos: Primeiro, no afã de compartilhar as experiências, a gente enaltece

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mais o método do que Aquele que abençoa vidas (porque Deus não abençoa nossos métodos, mas, sim, nos-sas vidas nas mãos dEle, para agir conforme sua soberana vontade, pois Ele não é tão "metódico" assim); se-gundo, quando enaltecemos nossa pessoa e não a Pessoa dAquele que realmente opera (o próprio Senhor diz que não dará sua glória a outrem: Is. 42:8), de fato – quem se exalta, é humilhado (Mt. 23:12); terceiro, quando o Senhor quer nos conduzir a um passo mais adiante e ficamos limitados ao que já aprendemos, como se Ele não fosse criativo e tivesse que submeter-Se à nossa exígua inteligência; e o quarto

motivo é quando

descuidamos do controle e acompanhamento ou negligenciamos a vida devocional. Como você pode perceber, sempre que o discipulado enfraquece no ministério, o problema são sem-

pre nossas limitações humanas. Então, ou nos humilhamos, mudamos e buscamos ao Senhor ou então temos que nos desgastar e ver os frutos "saindo pelo ralo".

A Bíblia é clara ao dizer que Deus não Se deixa escarnecer e que colhemos exatamente o que seme-amos (Gl. 6:7). Vemos também que, desde o princípio, cada um de nós produz "segundo a sua espécie" (Gen. 1:11).

Cremos ser esta uma excelente oportunidade para, como filhos da Luz, produzirmos luz nesse mundo tenebroso; bem como uma oportunidade para, como galhos bem ligados à Videira Verdadeira, darmos fruto que permaneça e assim glorificarmos o Pai (João 15:1-8).

MODELOS DE FORMULÁRIOS

RELATÓRIO DE DISCIPULADO

NOME COMPLETO: _________________________________________ ESTUDOS RECEBIDOS

QUEM DISCIPULOU VOCÊ?

Boa Notícia

O Novo Conv.

Est. a Bíblia

Mat. Mar. Luc. João Outros

Está discipulando alguém, atualmente? Quem ______________________ ______________________________________________________________________________________________________________________ Pode discipular mais alguém? Sim ( ); Não ( ) Observações_________________________________________________ ___________________________________________________________

ESTUDOS APLICADOS (CASO TENHA DISCIPULADO ALGUÉM)

A QUEM VOCÊ DISCIPULOU?

Boa Notícia

O Novo Conv.

Est. a Bíblia

Mat. Mar. Luc. João Outros

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FUNÇÕES DO LÍDER DE DISCIPULADO

1. Saber que o seu trabalho é um ministério e, portanto, encará-lo com oração, dependência de Deus e alegria: “servi ao Senhor com alegria”: Sal. 100:2.

2. Preparar e ministrar os estudos nas classes de treinamento. 3. Verificar o trabalho dos secretários do discipulado, recebendo deles relatórios. 4. Verificar alunos faltosos ou que não estão discipulando e procurar detectar qualquer a dificuldade. 5. Visitar todos os membros da classe de discipulado, orar com eles, levantar testemunhos e compartilhar

com a classe. 6. Promover encontros (passeios ou retiros) para reciclagem e confraternização de todos os discipuladores e

discipulandos. 7. Coordenar o ministério de discipulado da igreja. 8. Incentivar e abrir novas classes de discipuladores. 9. Realizar estudos de “adiantamento” para aqueles que chegarem atrasados nas lições da classe (isto é, os

novos discipuladores), a fim de que possam acompanhar os demais. Uma outra opção é orientar aos no-vos candidatos a aguardarem a criação de uma nova classe.

10. Informar ao pastor da igreja o andamento do trabalho. Entregar os certificados e premiações do discipulado, em consonância com o pastor da igreja. 11. Outras _______________________________________________________________________________

FUNÇÕES DO SECRETÁRIO DE DISCIPULADO

12. Saber que o seu trabalho é um ministério e, portanto, encará-lo com oração, dependência de Deus e alegria “servi ao Senhor com alegria”: Sal. 100:2.

13. Ter, sempre (nas reuniões de treinamento), material à mão (fichas de novos convertidos ou fichas de visi-tantes que aceitam visitas) para entregar àqueles que precisarem.

14. Passar a folha de chamada e do relatório durante o treinamento e depois entregá-la ao responsável (pastor, por exemplo) para que os dados sejam digitados no computador. Antes de entregá-la verificar se todos a preencheram devidamente.

15. Atualizar os dados na Árvore Genealógica, para que sempre esteja à vista a posição do discipulado e sua multiplicação.

16. Sempre que alguém concluir um livro, providenciar para que o respectivo certificado seja pronto e passá-lo para o líder do discipulado a fim de promover a entrega do mesmo durante o culto, em consonância com o pastor da igreja.

17. Providenciar para que todo discipulador que chegar à terceira geração receba um prêmio (broche, Bíblia, livro, hinário, etc.).

18. Providenciar para que todos os novos convertidos e visitantes sejam assistidos (não esquecer ninguém). 19. Fazer levantamento (pesquisa) dos membros da igreja que já foram discipulados, e contudo ainda não es-

tão no treinamento ou não estão discipulando, objetivando envolver a todos. 20. Assessorar o líder do discipulado.

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