disciplina: tomada de consciência: o caminho do fazer ao compreender professor: fernando becker...
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Disciplina: Tomada de Consciência: o caminho do fazer ao compreender
Professor: Fernando Becker
Alunas: Deisi Bohm, Graziela Souza e Scheila Ludke
Ano/Sem.: 2010/1
* PIAGET, Jean. [1974] Fazer e Compreender. São Paulo: Melhoramentos/Edusp. Conclusões Gerais, Item III, p.179 – 183.
DA PERIFERIA PARA O CENTRO E O PAPEL DO FUTURO *
PC C’
S O
Subjetividade Objetividade
• A ultrapassagem da ação pela conceituação [...] não modifica em nada as relações entre a periferia e os dois centros C e C’, nem as relações de equilíbrio entre os progressos em direção à interiorização lógico-matemática e em direção à exteriorização de explicação causal [...]
Item 1
• Observações:
1) Se pode explicar a ultrapassagem da ação pela conceituação (domínio dos sucessos pelo das razões) invocando a capacidade adquirida pelo indivíduo de construir indefinidamente novas operações sobre as precedentes, isso não significa que haja aí construções puras sem referência a um movimento retrospectivo que leve novamente da periferia para os centros das estruturações operatórias.
• Cada nova construção se apóia, em seu ponto de partida, sobre elementos que são retirados dos níveis anteriores por abstrações por reflexões.
•Abstração por Reflexão: já consiste em pesquisar nos mecanismos formadores e em aproximar-se assim das regiões mais “centrais”.
•Abstrações Reflexas: Reflexão consciente.
2) Processo de explicação causal = ao que se constata na direção da exteriorização:
- Partindo dos fenômenos mais aparentes para procurar sua razão: deslocar o problema; levantá-lo novamente a propósito da explicação encontrada;
- Partindo de um modelo A: que explica o fenômeno periférico P, isolando a razão, tratar-se-á de encontrar o porquê ou o como de tal transformação invocada no modelo A, donde a necessidade de um modelo B relacionado a um dos aspectos de A.
- E assim por diante, com uma alternância sem fim dos porquê e dos como.
- Essa seqüência de “razões” atinge, por aproximações sucessivas as regiões centrais (C’), o objeto.
• Ora [...]mesmo nas regiões onde a conceituação ultrapassa amplamente a ação e inspira suas minúcias [...] há correlação constante entre os progressos da interiorização (em direção a C) e os da exteriorização (em direção a C’);
• Ora são as estruturas e os operadores construídos pelo pensamento autônomo do matemático que servem imediatamente como instrumentos explicativos na física;
• Ora é a descoberta de novos fatos experimentais, que levantam problemas para o teórico e levam à construção (por reconstrução) de novos instrumentos matemáticos.
Fatos notáveis:
• Prolongamento espetacular desse constante equilíbrio entre os movimentos de interiorização e de exteriorização, que se pode perceber desde seu início mais modesto, no caso das estruturas operatórias e das explicações causais baseadas nas ações experimentais das crianças.
ReferênciasPIAGET, Jean. [1974] Fazer e Compreender. São Paulo: Melhoramentos/Edusp. Conclusões Gerais, Item III, p.179 – 183.